HOMENAGEM A RAUL LINS E SILVA
Renato de Moraes
Segue para os amigos a lembrança, justa e merecida, que prestei ao
meu presidente do Instituto dos Advogados Brasileiros, celebrando os 101 anos
que Raul Lins e Silva completaria em 30 de agosto último.
Todos sabem que Antonio Evaristo de Moraes, meu avô, o “Rábula
Criminalista”, foi e é um grande farol, e foi mesmo para Evandro Lins e Silva,
discípulo do “Velho”, cuja história, em capítulos, deixou quase no prelo.
Já Raul, o homenageado, e Evaristo de Moraes Filho, meu Tio, foram
contemporâneos e amigos de vida inteira; o primeiro, colhido, abruta e
equivocamente, pela “indesejada das gentes”, o segundo, vivente com saúde,
física e intelectual, que causa inveja, branca e preta.
Antonio Evaristo de Moraes Filho encontrou em Evandro o elo perdido,
pois perdeu papai o seu “farol” aos seis anos de idade, em 1939. Evandro
serviu de guia – até de padrinho de casamento.
Técio, nosso presidente do IAB, menino, que trabalhava com Raul e foi,
não aos seis anos, mas muito jovem, ainda estagiário, foi abalroado pela vida,
com a partida inesperada de Raul, e teve em Evaristo, George Tavares e
Antonio Carlos Barandier parceiros de contravenção penal, já atingida pela
prescrição.
O destino – se houver destino – fez-me amigo de Técio, a ainda de
Letícia e Tiago Lins e Silva, eu, além do mais, admirador de Paulo Lins e Silva,
e daí, da coincidência ou da sincronia, tudo vai ao encontro do bem.
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Por isso, na sessão do último dia 1º de outubro, prestei a aludida
homenagem,
cuja
íntegra
está
no
site
do
IAB
(http://www.iabnacional.org.br/article.php3?id_article=4022).
O ENCONTRO:
HOMENAGEM A RAUL LINS E SILVA (101 ANOS)
Do mesmo tronco, todos nasceram.
Denominemos “árvore-mãe-genealógica”, cujos ramos já chegaram a
bilhões, só na China. Onde tudo vai parar?
Entre idas e vindas, os “Lins e Silva” cruzaram com os “Evaristo de
Moraes” e, do encontro, refundaram, entre eles, amor, sabedoria, generosidade
e solidariedade.
Enquanto “Lins” são plurais na entrada, “de Moraes” coletivizam na
saída.
Há mais de século, por avenidas, ruas e vielas, a vida e o tempo se
encarregaram de o encontro nunca se desencontrar.
Pode ser destino.
Pode ser coincidência.
Pode, apenas, ser...
Nunca solucionaremos o enigma, até porque, se decifrado, perde o
gosto.
Pranteamos de saudade: “sol da idade” ou “sal das lágrimas”, na
lembrança dos singulares “Silva” e “Evaristo”, que alcançaram o encantamento
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das folhas, desprendendo-se, libertos, enfim (liberdade alheia que foi sempre o
combustível).
No fundo da verdade, aonde nunca chegaremos, “Lins e Silva” e
“Evaristo de Moraes” são indivisíveis na raiz quadrada da existência, em que,
parafraseando, a estrada é lisa, mas os pés são rochosos.
Finquemos os pés rochosos para celebrar RAUL LINS E SILVA!
Deixemos de lado a lida, a luta, a lenha para brindar: RAUL LINS E
SILVA.
Revisitemos os nossos mortos, que são só nossos, dentro do sacrário do
peito, para saudar os “Lins e Silva” e os “Evaristo de Moraes”, os quais, onde
estiverem, se derramam em prosa, mirando o horizonte e orgulhando-se dos
errantes ramos viventes que ainda somos nós.
Arquivo na fonte: http://www.iabnacional.org.br/article.php3?id_article=4022
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