1 Programação e Trabalhos do
VIII Simpósio Internacional de
Dança em Cadeira de Rodas
Santa Maria, 12 a 15 de outubro de 2011
2 © 2011 by Eliana Lucia Ferreira (organizadora).
Direitos desta edição reservados à Intertexto Editora e Consultoria Ltda.
Os textos são de inteira responsabilidade dos seus autores.
Dados internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)
S612
Simpósio Internacional de Dança em Cadeira de Rodas
(8. : 2011 : Santa Maria)
Programação e trabalhos... / Eliana Lúcia
Ferreira (organizadora). – Niterói : Intertexto,
2011.
31 p. ; 23 cm.
ISBN 978-85-87258-94-6.
1. Esportes para deficientes físicos. 2. Deficientes físicos – Reabilitação. I. Ferreira, Eliaana Lucia.
CDD 796.109
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E
DESPORTOS
NÚCLEO DE APOIO E ESTUDOS DA
EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA (NAEEFA)
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
FÍSICA E DESPORTOS
GRUPO DE PESQUISA EM INCLUSÃO,
MOVIMENTO E ENSINO A DISTÂNCIA (GIME)
Reitor
Felipe Martins Müller
Vice-Reitor
Dalvan José Reinert
Pró-Reitor de Extensão
João Rodolpho Amaral Flôres
Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa
Hélio Leães Hey
Reitor
Henrique Duque de Miranda Chaves Filho
Pró-Reitor de Pesquisa
Marta Tavares D’Agosto
Pró-Reitor de Extensão
Marcelo Soares Dulci
Secretário de Desenvolvimento Institucional
Flávio Iassuo Takakura
Coordenação de Acessibilidades Física e
Informacional
Eliana Lucia Ferreira
Faculdade de Educação Física e Desportos
(FAEFID)
CONFEDERAÇÃO BRASLEIRA DE DANÇA EM CADEIRA DE RODAS
Presidente
Eliana Lucia Ferreira
Vice presidente
Luciano Marques de Souza
Secretário Geral
Michelle Aline Barreto
1º Primeiro Secretário
Viviane Pereira Macedo
Tesoureira Geral
Flávia Regina Ferreira Alves
1º Tesoureiro
Otávio Rodrigues de Paula
Conselho Fiscal
Maria Beatriz Rocha Ferreira
Mara Rubia Antunes
Regina Cunha
3 Comissão organizadora
Coordenação Geral
Eliana Lucia Ferreira – FAEFID / UFJF
Mara Rubia Antunes / UFSM
Luciana Erina Palma / UFSM
Maria Amélia Roth / UFSM
Comissão Científica
Eliana Lucia Ferreira – FAEFID / UFJF
Otávio Rodrigues de Paula – FAEFID / UFJF
Lívia Fabiana Saço – FAEFID/UFJF
Flávia Regina Ferreira Alves – FAEFID/UFJF
Michelle Aline Barreto – FAEFID/UFJF
Carolina Lessa Cataldi – FAEFID/UFJF
Mara Rubia Antunes / UFSM
Luciana Erina Palma / UFSM
Maria Amélia Roth / UFSM
Tatiana Dalmaso Jardim / UFSM
Carolina Canha Santos / UFSM
Comissão de Divulgação
Daniel Defilippo – FAEFID / UFJF
Lia Maria Manso Siqueira – FAEFID/UFJF
Greice Rosso Lehnhard / UFSM
Aline Rosso Lehnhard / UFSM
Cristiane Posser da Silva / UFSM
Comissão de Secretaria
Frances Pimentel Leite Gomes – FAEFID / UFJF
Sofia Wolker Manta / UFSM
Laís Cavalheiro Rigo / UFSM
Andressa Ferreira da Silva / UFSM
Apoio Tecnológico – Informática
Felipe Alhadas Cordeiro – CAEFI/UFJF
Matheus de Souza Almeida – CAEFI/UFJF
Ramon Cezário Lamas – CAEFI/UFJF
Daniel Defilippo – FAEFID/UFJF
Rafael Fernandes de Carvalho – GIME/UFJF
Rafael Rodrigues de Araujo – CAEFI/UFJF
Paula Lucion / UFSM
Luana Fernandes / UFSM
Mari Anne Messa / UFSM
Distribuição gratuita
4 SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ..................................................................................................... 6
PROGRAMAÇÃO ...................................................................................................... 7
TRABALHOS APRESENTADOS ............................................................................ 11
A DANÇA COMO POSSIBILIDADE DE ACESSO À ARTE PARA PESSOAS
COM DEFICIÊNCIA NO MUNICÍPIO DE NITERÓI/RJ
Soyane de Azevedo Vargas do Bomfim, José Guilherme de Andrade
Almeida e Dayana Ferreira dos Santos .................................................................... 12
A INFLUÊNCIA DA DANÇA NO CONTEXTO SOCIAL DO INDIVÍDUO
CADEIRANTE
Vanessa Rampelotto de Azevedo Bortolás, Lilian Simas Bilibio e Jéssica
Jaíne Marques de Oliveira ........................................................................................ 13
A INFLUÊNCIA DA PREPARAÇÃO FÍSICA ESPECÍFICA EM
MILITARES DO 8º BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR DA 6ª REGIÃO
DE MINAS GERAIS
Michelle Aline Barreto, Antônio Gilmar Tavares, Ramon Camilo Fonseca
e Edilson Tadeu Ferreira Furtado ............................................................................. 14
A PARTICIPAÇÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL NAS
AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA: UM DIAGNÓSTICO NAS ESCOLAS
DA REDE ESTADUAL DE SANTA MARIA/RS
Sofia Wolker Manta, Rafaella Righes Machado, Greice Rosso Lehnhard e
Luciana Erina Palma ................................................................................................ 15
A RELAÇÃO ENTRE CORPOS DEFICIENTES DANÇANTES E A
NOÇÃO DE CORPO
Laís Cavalheiro, Cristiane Posser, Luana Fernandes, Tatiana Dalmaso
e Mara Rubia Antunes .............................................................................................. 16
ACESSIBILIDADE PARA BAILARINOS CADEIRANTES NO CENTRO DE
EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTOS DA UNIVERSIDADE FEDERAL
DE SANTA MARIA
Andressa Ferreira da Silva, Paula Lucion e Mara Rubia Antunes ........................... 17
ANSIEDADE E ESPORTES DE ALTO RENDIMENTO: O CASO DA DANÇA
ESPORTIVA Em CADEIRA DE RODAS
Otávio Rodrigues de Paula, Pâmela Aparecida Silva Ferreira,
Roberta Gonçalves Gerhein e Eliana Lucia Ferreira ................................................ 18
CORPOS DEFICIENTES DANÇANTES E AS HABILIDADES MOTORAS
Mariane Naziazeno Ferreira, Kelen Giovana Leite Ferreira e
Aline Dal Bem Venturini ............................................................................................ 19
CORPOS MÚLTIPLOS QUE DANÇAM COM AS DIFERENÇAS
Thuane Lopes Macedo, Carolina Canha Santos e Bruna Thaís Nascimento ..........20
DANÇA EM CADEIRA DE RODAS: A EXPERIÊNCIA NA ORGANIZAÇÃO
DE CAMPEONATOS
Maria do Carmo Rossler de Freitas .......................................................................... 21
DANÇA EM CADEIRA DE RODAS, MEMÓRIA E CONSTRUÇÃO
DE IDENTIDADE
Michelle Aline Barreto, Eliana Lucia Ferreira, Edilson Tadeu Ferreira
Furtado e Flávia Regina Ferreira Alves .................................................................... 22
DANÇA INCLUSIVA E COMUNICAÇÃO EXPRESSIVA
Daniella Forchetti ...................................................................................................... 23
DANÇANDO SOBRE RODAS
Luiz Giovani Soares da Rosa, Tiago Weber, Fabrício I. Duarte,
Ederson W. Cassel, Maurício Oliveira Saldanha e
Maria Cristina Chimelo Paim .................................................................................... 24
EVOLUÇÃO DA DANÇA EM CADEIRA DE RODAS NO BRASIL:
A CAPACITAÇÃO DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA E
ATLETAS DA DANÇA EM CADEIRA DE RODAS
ATRAVÉS DA CBDCR
Flávia Regina Ferreira Alves e Michelle Aline Barreto ............................................. 25
FESTIVAL DA UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL:
INTEGRANDO DANÇA E ESPORTE
Martha Helena Segatto Pereira, Ursula Mulller e Flávio Antônio de Azeredo .......... 26
PERSPECTIVAS EDUCACIONAIS EM SAÚDE NOS ESPAÇOS ESCOLARES
Sílvia Maria de Oliveira Pavão e Janice Bittencourt Facco ...................................... 27
PROGRAMA PISCINA ALEGRE: ATIVIDADES AQUÁTICAS PARA
PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
Rafaella Righes Machado, Thais Machado Costa, Roberta
Bevilaqua de Quadros, Laisa Ferst Bard e Luciana Erina Palma ............................ 28
O PROGRAMA CAMINHE LEGAL E A ACESSIBILIDADE
Daniel Tochetto, Priscila T. Quesada e Sheila Comiran .......................................... 29
5 6 APRESENTAÇÃO
Como presidente da Confederação Brasileira de Dança em Cadeira de Rodas, me
cabe apresentar este anais, que é o fiel reflexo das últimas pesquisas realizadas em
Dança em Cadeira de Rodas no Brasil. Este evento é o mais importante foro de
debate sobre esta temática, não só no Brasil como no mundo.
Neste evento contaremos com a presença de pesquisadores da área, dançarinos,
atletas, treinadores e coreógrafos desta modalidade, que se reúnem anualmente para
intercâmbio e troca de experiências científicas, artísticas, esportivas e sociais.
O X Simpósio Internacional de Dança em Cadeira de Rodas, é considerado um êxito,
principalmente pela participação das pessoas com deficiência, mas também pela
repercussão junto à comunidade em geral, que vem prestigiando o crescimento desta
modalidade.
Neste ano, a CBDCR completa uma década de dedicação, desenvolvimento e
expansão. Aos que se fizeram presentes nestes últimos 10 anos, estamos
convencidos de termos acertados na decisão da constituição desta instituição que
podemos chamar de “família”, pois, vencemos barreiras, quebramos paradigmas e
fizemos HISTÓRIA.
Assim, a todos nós, fica a esperança e a certeza de que tal acontecimento terá
continuidade, sempre com o objetivo de compartilhar e disseminar os avanços da
ciência e da experiência de cada um.
Para finalizar, desejo manifestar meus mais sinceros agradecimentos aos sócios e
diretoria da CBDCR e a Universidade Federal de Juiz de Fora que tanto fazem para a
difusão do conhecimento da dança em cadeira de rodas. E especialmente, gostaria de
agradecer a Universidade Federal de Santa Maria, por sediar de maneira tão peculiar,
este evento, que representa para todos nós, a concretização do que foi um dia, em
novembro de 2000, um grande sonho.
Bom trabalho a todos!
Eliana Lucia Ferreira
Presidente da Confederação Brasileira de Dança em Cadeira de Rodas
7 PROGRAMAÇÃO
Quarta-feira: 12/10/2011
14h – Recepção dos congressistas
Local: Salão Imembuí – Reitoria/UFSM
14h30min – Inscrições e entrega de material
Local: Salão Imembuí – Reitoria/UFSM
14h30min – Mini curso (1) – Dança de salão: descobrindo ritmos
Prof.ª Bettina Reid (Alemanha)
Somente para atletas da CBDCR
Local: Ginásio Didático n.º 2/CEFD/UFSM
15h30min – Cerimônia de Abertura
Local: Salão Imembuí – Reitoria/UFSM
16h – Conferência de abertura: Arte e esporte na Dança em Cadeira de
Rodas.
Prof.ª Dr.ª Eliana Lucia Ferreira – Presidente da CBDCR/UFJF/MG
Local: Salão Imembuí – Reitoria/UFSM
17h – II Encontro Nacional de Pesquisadores de/em Dança em Cadeira de
Rodas: Relatos de pesquisas – Professores e acadêmicos
Local: Salão Imembuí – Reitoria/UFSM
18h – Congresso Técnico – Membros da CBDCR
Local: Mini auditório do Centro de Educação Física e Desportos/UFSM
19h – Reunião de árbitros da CBDCR
Local: Mini auditório do Centro de Educação Física e Desportos/UFSM
19h30min – Churrasco e Mostra Cultural – Organização: DTG Noel
Guarany/UFSM
Local: Centro de Eventos da UFSM
Quinta-feira: 13/10/2011
9h – Mesa Redonda: Acessibilidade – adaptações e normas: realizações e
perspectivas.
Prof.ª Dr.ª Nara Joyce Vieira (UFSM/RS)
Arq. Sheila Comiran (Escritório da Cidade/Prefeitura Municipal-SM)
Prof.º Dr.º Jocemar Ilha (ULBRA/SM)
Mediadora: Prof.ª Dr.ª Luciana Erina Palma (UFSM)
Local: Salão Imembuí – Reitoria/UFSM
10h30min – Intervalo
8 11h – Mini curso (1) – Dança de salão: descobrindo ritmos
Prof.ª Bettina Reid (Alemanha)
Somente para atletas da CBDCR
Local: Teatro Caixa Preta/CAL/UFSM
Mini curso (2) – Movimentação segura para deficientes físicos/
manejo da cadeira de rodas
Prof.ª Ms. Caren Bernardi
Prof.º Dr.°. Jocemar Ilha
Local: Ginásio Didático n.º 2/CEFD/UFSM
12h – Intervalo
13h – Fixação dos Posters
13h30min – Exposição de Posters
Local: Salão Imembuí – Reitoria/UFSM
14h30min – Mesa Redonda: Diferentes práticas pedagógicas desenvolvidas
pelos profissionais na perspectiva da inclusão.
Prof.º Ms. Marlini Dorneles (UFG/GO)
Prof.ª Dr.ª Sílvia Wolff (UFPEL/RS)
Prof.ª Dr.ª Aline Haas (UFRGS/RS)
Prof.ª Dr.ª Maria Beatriz Rocha Ferreira (UNICAMP/SP)
Mediadora – Prof.ª Dr.ª Maria Amélia Roth (UFSM)
Local: Salão Imembuí – Reitoria/UFSM
16h – Intervalo
16h30min – Mini curso (3) – A educação somática e a (re)descoberta
de corpos deficientes dançantes
Prof.ª Ms. Marlini Dorneles
Prof.ª Dr.ª Sílvia Wolff
Local: Teatro Caixa Preta/CAL/UFSM
Mini curso (4) – Dança em cadeira de rodas: os caminhos da dança
artística e da dança esportiva
Prof.º Ms. Henrique Amoedo (Portugal)
Prof.ª Gerrie Van Dijk (Holanda)
Local: Ginásio Didático n.º 2/CEFD/UFSM
17h30min – Intervalo
18h30min – Open de Dança Esportiva em Cadeira de Rodas
Local: Ginásio de Esportes – Colégio Marista Santa Maria
20h30min – X Campeonato Brasileiro de Dança Esportiva
em Cadeira de Rodas
Local: Ginásio de Esportes – Colégio Marista Santa Maria
9 Sexta-feira – 14/10/2011
9h – Mesa Redonda: Dança em Cadeira de Rodas: os novos
desafios para o século XXI.
Prof.ª Gerrie Van Dijk (Holanda)
Prof.º Ms. Henrique Amoedo (Portugal)
Prof.º Manoel Messias Cordeiro (Fundação Albertina Brasil/SE)
Mediadora: Prof.ª Dr.ª Mara Rubia Antunes (UFSM)
Local: Salão Imembuí – Reitoria/UFSM
10h30min – Mini curso (1) – Dança de salão: descobrindo ritmos
Prof.ª Bettina Reid (Alemanha)
Somente para atletas da CBDCR
Local: Teatro Caixa Preta/CAL/UFSM
Mini curso (2) – Movimentação segura para deficientes físicos/
manejo da cadeira de rodas
Prof.ª Ms. Caren Bernardi
Prof.º Dr.°. Jocemar Ilha
Local: Ginásio Didático n.º 2/CEFD/UFSM
12h – Intervalo
14h – Mini curso (3) – A educação somática e a (re)descoberta
de corpos deficientes dançantes
Prof.ª Ms. Marlini Dorneles
Prof.ª Dr.ª Sílvia Wolff
Local: Teatro Caixa Preta/CAL/UFSM
Mini curso (4) – Dança em cadeira de rodas: os caminhos da dança
artística e da dança esportiva
Prof.º Ms. Henrique Amoedo (Portugal)
Prof.ª Gerrie Van Dijk (Holanda)
Local: Ginásio Didático n.º 2/CEFD/UFSM
15h30min – Intervalo e eleições da CBDCR
16h – II Encontro Nacional de Pesquisadores de/em Dança em Cadeira de
Rodas: relatos de pesquisas – professores e acadêmicos
Local: Salão Imembuí – Reitoria/UFSM
20h30min – X Mostra de Dança Artística em Cadeira de Rodas
Local: Salão de eventos – Colégio Marista Santa Maria
Sábado – 15/10/2011
9h – Mini curso (1) – Dança de salão: descobrindo ritmos
Prof.ª Bettina Reid (Alemanha)
Somente para atletas da CBDCR
Local: Ginásio Didático n.º 2/CEFD/UFSM
10h30min – Conferência de encerramento
Prof.ª Ms. Marlini Dorneles (UFG/GO)
Prof.ª Ms. Caren Bernardi (UFGRS/RS)
Local: Salão Imembuí – Reitoria/UFSM
10 12h – Avaliação do evento científico e propostas temáticas para o
próximo evento
Prof.ª Ms. Michelle Barreto (Confederação Brasileira de Dança em
Cadeira de Rodas)
Prof.ª Dr.ª Luciana Erina Palma (UFSM/RS)
Prof.ª Dr.ª Eliana Lucia Ferreira (UFJF/MG)
Local: Salão Imembuí – Reitoria/UFSM
12h30min – Encerramento
11 TRABALHOS APRESENTADOS
12 A DANÇA COMO POSSIBILIDADE DE ACESSO À ARTE PARA PESSOAS COM
DEFICIÊNCIA NO MUNICÍPIO DE NITERÓI – RJ
Soyane de Azevedo Vargas do Bomfim*, José Guilherme de Andrade Almeida**
e Dayana Ferreira dos Santos***
A dança sob a perspectiva artística para pessoas com deficiência, apesar de ainda
pouco explorada, pode nos apresentar desafios e possibilidades – tanto para arte
quanto para a prática de atividade física. Localizado no município de Niterói – RJ, o
projeto Dançarte na Associação Niteroiense dos Deficientes Físicos – ANDEF – tem
como principal objetivo ampliar as possibilidades de aprendizagens, acesso à arte e a
contribuir para construção da cidadania das pessoas com deficiência. Na revisão da
literatura, ficou claro que incluir pessoas com deficiência em aulas de dança, pode
contribuir amplamente para o desenvolvimento biopsicossocial dessas pessoas. No
entanto, em nosso projeto, não sabemos quais são os desafios que precisam ser
superados, para que de fato esses objetivos possam ser atingidos? Por outro lado,
quais seriam as possibilidades encontradas em nosso projeto, que podem incentivar a
adesão e a permanência das pessoas com deficiência nas aulas de dança? Em nossa
pesquisa, realizamos um estudo de caso de caráter exploratório, por meio de
entrevista semiestruturada, 16 alunos e alunas do projeto, com faixa etária entre 16 e
39 anos de idade, sendo 14 do sexo feminino e 2 do sexo musculino Aplicamos o
método de análise de conteúdo de Bardin, na tentativa de conhecer melhor a
importância da arte da dança para aqueles que vivenciam esta prática. Observamos
que os desafios são grandes, as categorias relacionadas aos desafios encontrados
foram: cadeira de rodas (10), incompatibilidade entre os praticantes (1), dificuldades
externas à instituição (13), técnica da dança (12), estrutura organizacional da
instituição (2) e, não identificou dificuldades (1). Por outro lado, as possibilidades
encontradas pelos praticantes são muito significativas. As categorias são: melhor
sensação de bem estar (22), melhor relação com o próprio corpo (23), melhoria no
relacionamento social (12), praticar atividade física (1), aquisição de conhecimentos
(11), profissionalizar-se em dança (4) e, realização de um sonho (2). Foi possível
perceber que o papel da dança inclusiva, naquele local, tem ido além da reabilitação
das pessoas com deficiência.
*
Secretaria Municipal de Acessibilidade e Cidadania de Niterói. Professora do Convênio
ANDEF/FAETEC. E-mail: [email protected].
**
Bailarino e acadêmico de Educação Física na UNIVERSO. ***
Bailarina e acadêmica de Educação Física na UNIVERSO. 13 A INFLUÊNCIA DA DANÇA NO CONTEXTO SOCIAL DO INDIVÍDUO CADEIRANTE
Vanessa Rampelotto de Azevedo Bortolás, Lilian Simas Bilibio e Jéssica Jaíne
Marques de Oliveira*
Antigamente era inimaginável que as pessoas com deficiências físicas pudessem
dançar, fazer apresentações e muito menos competir, elas estavam à margem da
sociedade, eram totalmente excluídas. Pensando nisso desenvolvemos esta pesquisa
com o objetivo de compreender quais os benefícios trazidos da dança para as
diferentes realidades e contextos em que esses sujeitos estão inseridos, neste caso
os cadeirantes. Para tanto optamos por uma pesquisa de cunho qualitativo, tendo
como tendência metodológica a pesquisa etnográfica, a qual o pesquisador se insere
no contexto do sujeito pesquisado, mantendo um vínculo de ligação com o mesmo.
Desse modo, percebemos que são muitos os benefícios que a dança trás ao sujeito
cadeirante, tais como: as amizades, o companheirismo, a empatia e a independência,
visto que estes são estímulos que favorecem a interação dos indivíduos no grupo, que
as pessoas têm mudanças significativas e de modo diferenciado quanto ao caráter do
desenvolvimento. Consideramos que as dificuldades sempre aparecem em toda e
qualquer etapa da vida humana, principalmente em sua iniciação, mas que com a
prática unida a vontade de mudança, é possível obter avanços sendo estes
transformadores de autoestima, independência e da própria identidade do sujeito. A
dança em cadeira de rodas é um exemplo de que limitações em contato com a mesma
só aumentam as possibilidades de desenvolvimento e trazem inúmeros benefícios
concretos aos indivíduos que a praticam.
*
E-mail: [email protected].
14 A INFLUÊNCIA DA PREPARAÇÃO FÍSICA ESPECÍFICA EM MILITARES DO 8º
BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR DA 6ª REGIÃO DE MINAS GERAIS
Edilson Tadeu Ferreira Furtado*, Antônio Gilmar Tavares**, Ramon Camilo Fonseca*** e
Michelle Aline Barreto****
O treinamento físico realizado de forma sistematizada e regular acarreta em
importantes modificações morfofisiológicas no organismo. Considerando os princípios
que norteiam o treinamento, os estímulos específicos responderão com adaptações
específicas (adaptações específicas as demandas impostas) – Principio da
Especificidade. Os policiais militares são expostos a situações de estresses físicos e
mentais no seu cotidiano, sendo assim, um programa de treinamento físico bem
planejado poderá provocar melhoras no condicionamento físico e na composição
corporal desta população. O objetivo deste trabalho foi treinar um grupo de militares
com exercícios destinados a aquisição de um condicionamento físico específico
necessário a rotina da sua profissão. A amostra foi composta por vinte militares do
sexo masculino com seguintes valores antropométricos 24 ± 3,4 anos; 174 ± 5,0 cm;
70,6 ± 9,6 kg; 23,3 ± 3,0 kg.m2 e 11,7 ± 5,6 % de gordura. Foram realizados testes
cineantropométricos antes e após o programa de treinamento. Os militares foram
divididos igualmente em dois grupos, grupo controle (GC) e grupo treinamento
específico (GTE). Para um valor de p<0,05 houve diferença significativa nas variáveis
VO2máx e barra fixa dinâmica. Os resultados encontrados neste estudo nos mostram
que a aplicação de estímulos específicos para estes indivíduos foram vantajosos para
a aquisição da aptidão aeróbia e da força muscular. A ausência de diferença
significativa na composição corporal foi devido ao não controle da dieta.
*
**
***
****
Professor da Faculdade Presbiteriana Gammon (FAGAMMON). Integrante do Núcleo de
Estudos do Movimento Humano – Universidade Federal de Lavras (UFLA).
Graduado em Educação Física pela FAGAMMON, Lavras, Minas Gerais.
Professor da Faculdade Presbiteriana Gammon (FAGAMMON).
Professora-Mestre da Faculdade Presbiteriana Gammon (FAGAMMON/UFJF/UFLA).
E-mail: [email protected].
15 A PARTICIPAÇÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL NAS AULAS DE
EDUCAÇÃO FÍSICA: UM DIAGNÓSTICO NAS ESCOLAS DA REDE ESTADUAL DE
SANTA MARIA – RS*
Sofia Wolker Manta**, Rafaella Righes Machado***, Greice Rosso Lehnhard e Luciana
Erina Palma****
Reconhecendo a importância da prática de atividade física para a população com
deficiência visual (DV), este estudo teve como intuito realizar um levantamento das
Escolas Públicas Regulares Estaduais que tem alunos com DV matriculados. O estudo
é do tipo descritivo, para a coleta de dados foi utilizada uma Ficha de informações
para diagnóstico das pessoas com DV nas escolas. Segundo informações da 8ª
Coordenadoria Regional de Educação do RS das 36 escolas estaduais da cidade em 2
havia alunos com DV. O total de alunos das 2 escolas foi de 2175, dos quais 7
possuíam DV. No que diz respeito à idade, 1 aluno estava na fase da infância e 6 na
adolescência. Em relação aos níveis de ensino, 3 estavam nas Séries Iniciais, 2 nas
Séries Finais e 2 no Ensino Médio. Todos os alunos possuíam baixa visão, 5 do tipo
congênita e 2 adquirida. A principal causa (5) são as doenças sexualmente
transmissíveis e 2 desconhecem a causa. Destes 7 alunos 6 possuem deficiências
associadas, 5 possuem deficiência intelectual e 1 deficiência auditiva. No que diz
respeito à participação nas aulas de EF, apenas 2 participavam. A partir dos dados foi
possível verificar que o número de escolas que possui alunos matriculados ainda é
muito pequeno, além disso, a maioria desses alunos não participa das aulas de EF o
que pode indicar que ainda há uma percepção de que os mesmos não possuem
condições de participação e que a inclusão dos mesmos não ocorre nas aulas de EF.
*
**
***
****
Este estudo faz parte da pesquisa intitulada “A prática de atividades físicas por pessoas
com deficiência visual: um diagnóstico” financiada pelo Fundo de Incentivo a Pesquisa
(FIPE/UFSM).
Especialista em Atividade Física, Desempenho Motor e Saúde pela UFSM.
E-mail: [email protected].
Acadêmica do curso em Educação Física Licenciatura pela UFSM.
Doutora em Ciência do Movimento Humano pela UFSM e Professora do
DMTD/CEFD/UFSM. 16 A RELAÇÃO ENTRE CORPOS DEFICIENTES DANÇANTES E A NOÇÃO DE
CORPO
Laís Cavalheiro*, Cristiane Posser, Luana Fernandes, Tatiana Dalmaso e Mara Rubia
Antunes
Acreditamos no benefício de uma Dança que não tem limites, que permite ser o que
somos: “diferentes”. Que os corpos deficientes dançantes consigam expressar seus
sentimentos às pessoas a enxergar, representar uma sociedade aberta às diferenças.
Conforme Porto (2005), a Dança em cadeira de rodas é uma das possibilidades de se
explorar o dançar. É mais uma oportunidade para o corpo dançante poder sentir algo
de próprio e singular. Temos como objetivos verificar e analisar a noção de corpo em
crianças e adolescentes com deficiência física, que praticam Dança em cadeira de
rodas; verificar e analisar os elementos do esquema corporal através de pré e póstestes; desenvolver atividades para aprimorar a consciência corporal de pessoas com
deficiência física que praticam Dança em cadeira de rodas. Os participantes são
pessoas com deficiência física, que praticam esta atividade, no mínimo, há 3 anos. Os
instrumentos utilizados, para observar a percepção da Imagem Corporal, será o teste
do “Desenho do corpo”, este objeto foi adaptado da Bateria de Testes de Fonseca
(2006). Salientamos que o mesmo não será realizado na mesma perspectiva, e sim
como um objeto concreto para facilitar a observação sobre a percepção da Imagem
Corporal dos avaliados. A partir destas reflexões queremos mostrar que estes corpos
possam, através da Dança, desenvolver sua percepção corporal. Espera-se que os
resultados obtidos através das aulas de Dança, com ênfase nas técnicas de noção
corporal e desenvolvimento das habilidades motoras, aprimorem estas habilidades
auxiliando no cotidiano destas pessoas com deficiência física, tornando-as mais
autônomas.
*
E-mail: [email protected].
17 ACESSIBILIDADE PARA BAILARINOS CADEIRANTES NO CENTRO DE
EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTOS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA
MARIA
Andressa Ferreira da Silva*, Paula Lucion e Mara Rubia Antunes
Com o intuito de oportunizar o acesso de cadeirantes a Dança Artística o Núcleo de
Apoio e Estudos da Educação Física Adaptada (NAEEFA) da Universidade Federal de
Santa Maria (UFSM) criou o Projeto de Extensão “Dançando com as diferenças”, que
se estabelece como foco dessa pesquisa. Objetivamos com esta, conhecer as
opiniões desses cadeirantes quanto à acessibilidade e a qualidade da infra-estrutura
do local onde se realiza a prática da Dança em Cadeira de Rodas e suas
dependências. Para isso, foi realizada uma entrevista contendo 10 perguntas fechadas
organizadas em escala do tipo Lickert, de 4 pontos de escore (inacessível, pouco
acessível, acessível, muito acessível), juntamente com 4 perguntas abertas focadas
na opinião dos cadeirantes sobre as estruturas de acesso. A amostra se constituiu de
sete cadeirantes, e por meio da análise das respostas obtiveram-se os seguintes
resultados: quanto ao acesso primário – calçadas: 57,14% pouco acessível;
corredores: 42,86% inacessível e 42,86% pouco acessível; quanto ao acesso básico –
banheiro: 85,71% inacessível; bebedouros: 71,43% inacessível e quanto ao acesso
principal – Sala de Dança do Ginásio 2 do CEFD/UFSM: 42,86% inacessível; 42,86%
pouco
acessível.
Segundo
os
entrevistados
as
maiores
dificuldades
estão
relacionadas às rampas íngremes ou demasiadamente pequenas, portas estreitas,
buracos no chão da sala de dança, falta de banheiros e bebedouros adaptados.
Devido a isso 71,43% declaram não poder circular com autonomia pelos espaços do
CEFD/UFSM. Portanto, cabe refletir se o direito Constitucional de Acessibilidade e a
NBR 9.050/2004 estão sendo cumpridos e executados conforme instituídos em Lei.
*
E-mail: [email protected].
Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal de Santa Maria.
18 ANSIEDADE E ESPORTES DE ALTO RENDIMENTO: O CASO DA DANÇA
ESPORTIVA EM CADEIRA DE RODAS
Otávio Rodrigues de Paula, Pâmela Aparecida Silva Ferreira, Roberta Gonçalves
Gerhein e Eliana Lucia Ferreira *
As competições de Dança Esportiva em Cadeira de Rodas (DECR) são realizadas no
sistema de rodadas em que os casais se apresentam simultaneamente. Neste tipo de
competição, a presença de situações de pressão pode gerar significantes níveis de
ansiedade nos atletas, sendo que esta é um dos componentes psicológicos que
influenciam o atleta no momento da competição e que tem sido ponto de investigação
no esporte competitivo, inclusive no adaptado. O Objetivo é verificar os níveis de
ansiedade (cognitiva, somática e autoconfiança) dos atletas brasileiros da DECR.
Foram avaliados 26 atletas, sendo 12 cadeirantes e 14 andantes, com a média de
idade de 32,9±10,8 anos. O estudo foi conduzido durante a realização de três
Campeonatos Brasileiros da DECR. Para a avaliação da ansiedade dos atletas foi
utilizado o Inventário do Estado de Ansiedade Competitiva – II (CSAI-2) 24 horas e 1
hora antes de cada uma dessas competições. Não foi encontrada diferença para as
três subescalas de ansiedade: cognitiva (15,96±5,3 e 15,77±5,6; p=0,682), somática
(14,04±3,8 e 14,88±4,4; p=0,122) e autoconfiança (26,81±5,4 e 26,81±4,9; p=1,000)
24 horas e 1hora antes da competição, respectivamente. No entanto, quando foi
avaliado se o tipo de parceiro influencia o estado de ansiedade do atleta cadeirante,
constatou-se que houve diferença para a ansiedade cognitiva (p=0,026) e
autoconfiança (p=0,047) entre os andantes e os cadeirantes, já para a ansiedade
somática não encontramos diferenças estatísticas (p=0,071). Podemos concluir que as
três subescalas de ansiedade: cognitiva, somática e autoconfiança não se alteram
quando se aproxima da competição da DERC, no entanto, o tipo de parceiro influencia
diretamente os escores de ansiedade no periodo pré competitivo, sendo que o atleta
cadeirante parece estar mais ansioso do que o atleta andante. Uma possível
explicação para estes resultados pode ter a ver com o fato de que, sob condições
competitivas, os atletas com deficiência podem questionar sobre a confiança nas suas
capacidades para renderem a um nível elevado e assim, alcançarem os seus
objetivos, quando comparados com outros atletas sem deficiência.
*
E-mail: [email protected]. 19 CORPOS DEFICIENTES DANÇANTES E AS HABILIDADES MOTORAS
Mariane Naziazeno Ferreira, Kelen Giovana Leite Ferreira e Aline Dal Bem Venturini
Conforme Gaio (2006) a história do corpo deficiente, tem como ponto de partida e
chegada a realidade, é produto das ações sociais, culturais, políticas, religiosas do ser,
diferente em cada momento, forjada no encontro incessante com o meio ambiente.
Espera-se
que
os
resultados
obtidos
através
das
aulas,
com
ênfase
no
desenvolvimento das habilidades motoras, possam aprimorar as habilidades
auxiliando na vida diária destas pessoas. Acreditamos no benefício da Dança para
estes alunos, pois através desta arte/educação expressamos nossos sentimentos,
percebemos nosso corpo, aumentamos nossa auto-estima e nossa capacidade sócioafetiva. Desde os primórdios dos tempos, o homem manifesta-se através da Dança,
seja como celebração, participação ou espetáculo, Dança em cadeiras de rodas surgiu
num primeiro momento como forma de reabilitação e terapia, com o passar dos anos
como Dança artística. A mesma é analisada através de conceitos da cultura e
identidade social, considerada uma Dança com a utilização de equipamento. O
processo de sua constituição vem sendo construído pelas possibilidades abertas da
Dança Moderna, de salão e terapêutica. Por ser recente ela está passando por um
processo de construção de identidade no mundo da Dança, da Educação Física e da
Fisioterapia. Porto (2005) acredita na Dança em cadeira de rodas como uma das
inúmeras formas e possibilidades para se explorar o dançar. Notamos, através dos
resultados, que houve melhora das habilidades apontadas, devido a escolha dos
conteúdos e das estratégias selecionadas.
20 CORPOS MÚLTIPLOS QUE DANÇAM COM AS DIFERENÇAS
Thuane Lopes Macedo, Carolina Canha Santos e Bruna Thaís Nascimento*
Acredita-se que não deveriam existir diferenças entre os seres humanos, mas elas
existem, e esta é a realidade a ser encarada. Sabe-se que todos são diferentes,
possuem particularidades e individualidades próprias. Nesta perspectiva, questiona-se:
como as pessoas com deficiência física vêem seus corpos? Sendo que a pessoa é
corpo, é possível que essas pessoas sintam alegria e orgulho de seus corpos? O
Projeto de Extensão “Dançando com as diferenças” tem como objetivos: oportunizar
vivências em Dança; proporcionar um trabalho interdisciplinar entre as áreas do
conhecimento; buscar a melhora da auto-estima das pessoas com deficiência física e
a inclusão social destas. O público-alvo são crianças e adolescentes com deficiência
física da cidade de Santa Maria – RS – Brasil. Contamos com a participação de 4
meninos e 6 meninas com idades entre 7 a 21 anos. O público envolvido são 3
acadêmicas e 5 professoras de Educação Física, 8 acadêmicas do Curso de
Educação Especial. Os encontros são realizados aos sábados, na sala de Dança do
CEFD/UFSM. As aulas são construídas baseadas nos princípios pedagógicos da
“Dança-Educação”, que faculta a formação corporal, o espírito socializador, possibilita
o processo criativo, proporcionando uma educação integral, seus pressupostos
básicos baseiam-se em vivenciar o corpo dentro da sua especificidade; da “Dança
Criativa”, que compreende o corpo como um instrumento que propicia resgatar
aspectos como liberdade de expressão e de criatividade, além de servir como base de
movimentos naturais, não considerando os predeterminados e técnicos como um fim e
sim como um meio; e da “Dança-Educação Física”, voltada para um enfoque
multidisciplinar, que enfatiza o desenvolvimento da consciência corporal e espaçotemporal, buscando uma maior conscientização da pessoa que dança, de suas
possibilidades e limites.
*
Centro de Educação Física e Desportos/Universidade Federal de Santa Maria – RS – Brasil.
21 DANÇA EM CADEIRA DE RODAS: A EXPERIÊNCIA NA ORGANIZAÇÃO DE
CAMPEONATOS
Maria do Carmo Freitas
Relato das experiências no que se refere a organização de campeonatos de Dança
Esportiva em Cadeira de Rodas, é necessário mostrar a relevância de um
planejamento detalhado para o êxito do evento. Na realização deste é importante que
alguns cuidados sejam tomados como: verificar se o local onde o evento será
realizado tem as instalações adequadas para receber o publico alvo do evento
(alojamento e sanitários); devem ser organizados e listados o meios de transportes
que existem no local, bem como seus itinerários e os horários de transporte interno.
Durante a organização de um campeonato é muito importante que a instituição
responsável pelo evento busque parcerias na sua cidade para que estas venham a
contribuir para a organização do mesmo como ajudar na divulgação, conseguir uma
equipe de imprensa que irá cobrir o evento, conseguir as premiações do campeonato
dentre outros. Durante o evento é realizado o congresso técnico onde se verifica a
filiação dos atletas, com a sua documentação correta. Após estas etapas se realiza os
últimos ajustes para competição, propriamente dita. Durante o campeonato é
extremamente importante o apoio de uma equipe médica ou o contato do Corpo de
Bombeiros para que todos no evento estejam resguardados. Por fim, deve-se verificar
todos os documentos que registram o evento para que os mesmos sejam
encaminhados para as suas federações ou confederações após o evento inclusive
uma avaliação sobre o evento deve ser feita.
22 DANÇA EM CADEIRA DE RODAS, MEMÓRIA E CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADE
Michelle Aline Barreto*, Eliana Lucia Ferreira**, Edilson Tadeu Ferreira Furtado***,
Flávia Regina Ferreira Alves****
Na atualidade, um importante sistema cultural é, sem dúvida, o meio esportivo,
principalmente para as pessoas com deficiência. Seus discursos perpassam
cotidianamente as relações sociais mediando os processos de construção e
deslocamento de identidades. Neste sentido, buscamos uma reflexão sobre a
participação dos atletas como agente significante. Assim, acreditamos contribuir para a
compreensão
da
construção
de
identidades
desses
atletas
na
sociedade
contemporânea. Este trabalho analisou o papel da dança esportiva em cadeira de
rodas na constituição de identidades dos atletas que a praticam. Através da
metodologia da Análise do Discurso buscamos identificar nas entrelinhas como a
prática esportiva da dança transforma, constrói e solidifica a identidade desses
indivíduos. Após nossa análise, pôde-se dividir o processo de construção identitária
empreendido pelo discurso dos sujeitos em três vertentes: a) como os indivíduos se
identificaram socialmente; b) a competitividade; c) as mudanças sociais impulsionadas
pela dança esportiva em cadeira de rodas. A partir da modalidade, competidores
passaram a competir também enquanto indivíduo social, buscando carreiras que
correlacionadas ao esporte, que poderiam trazer benefícios para a competição, como
o estudo da dança, um curso superior de educação física ou fisioterapia, e até mesmo
se posicionando enquanto responsáveis pela formação de novos atletas. Portanto a
identidade é passível de mutação de acordo com os interesses individuais gerados
pela inserção em um grupo, ou pelos interesses do grupo. Os sujeitos desse estudo
motivados pela dança esportiva em cadeira de rodas, ao longo desses dez anos
existência, se transformaram e ainda se transformam, enquanto produtos desse meio
em que vivem.
*
**
***
****
Professora-Mestre da Faculdade Presbiteriana Gammon (FAGAMMON/UFJF/UFLA).
E-mail: [email protected].
Professora da Universidade Federal de Juiz de Fora.
Professor da Faculdade Presbiteriana Gammon (FAGAMMON). Integrante do Núcleo de
Estudos do Movimento Humano – Universidade Federal de Lavras (UFLA).
Professora do Centro Universitário de Varginha (UNIS) . 23 DANÇA INCLUSIVA E COMUNICAÇÃO EXPRESSIVA
Daniella Forchetti*
Através da Dança podemos utilizar a arte como instrumento de diálogo entre os
indivíduos com e sem deficiência. No intuito de desenvolver um trabalho que abrange
a intersecção Arte/Saúde/Educação, criei o Projeto Arteiros, em fevereiro de 2000/SP.
Os objetivos principais são o desenvolvimento da consciência corporal, criatividade,
comunicação, socialização e autonomia de pessoas com deficiência (física,
neurológica,
sensoriais,
intelectual,
transtono
global
de
desenvolvimento,
surdocegueira, múltiplas) e sem deficiência. Dessa forma, passei a me dedicar à
pesquisa em dança inclusiva como meio de desenvolver a comunicação expressiva. A
metodologia é baseada nos estudos de Jan Van Djck (níveis de comunicação) e
Ruldof Laban (Dança Educativa Moderna). Implementei esse projeto em 11
instituições voltadas para o atendimento de crianças, jovens, adultos e idosos com e
sem deficiência e/ou em situação de risco. As parcerias foram feitas com Associações,
ONGs, Secretaria da Cultura, da Cidadania e Justiça do Município e Estado de São
Paulo/ Brasil, oferecidas gratuitamente. Atualmente esse trabalho é realizado em três
áreas: 1 Projeto Arteiros– programas de arte educação através da dança inclusiva; 2
Cia Experimental DiDanDa – grupo aberto que conta com a participação de dançarinos
com e sem deficiência com experiência em dança inclusiva; 3 Consultorias e Pesquisa
– através dos temas “comunicação alternativa” e “dança inclusiva”, oferecendo
formações em educação inclusiva e humanização na área da saúde. Como resultado
desse trabalho, foi observado o desenvolvimento da autonomia e expressão de todos
os participantes, trabalhando na disseminação da inclusão. Incluir é abrir-se para o
mundo da valorização das diferenças.
*
E-mail: [email protected].
Projeto Arteiros – SP
24 DANÇANDO SOBRE RODAS
Luiz Giovani Soares da Rosa*, Tiago Weber, Fabrício I Duarte, Ederson W. Cassel,
Maurício Oliveira Saldanha e Maria Cristina Chimelo Paim
Estima-se que cerca de 10% da população brasileira seja composta por pessoas com
algum tipo de deficiência. Destes 10%, um quinto são deficientes físicos. Ou seja, uma
em cada 10 pessoas apresenta algum tipo de deficiência, e duas em cada cem
possuem deficiência física. Estas pessoas, além das complicações orgânicas, muitas
vezes convivem com um distanciamento das atividades sociais. Isto ocorre devido ao
valor negativo que é dado pela sociedade ao comprometimento físico, classificando o
indivíduo, na maioria das vezes, como “incapaz”. O estudo tem como objetivo verificar
os benefícios físicos, motores e emocionais dos participantes de um grupo de dança
para pessoas com deficiência física. Quando realizamos as coletas o grupo estava
composto por 12 pessoas, de ambos os sexos, com idades entre 8 a 21 anos.
Percebeu-se através das observações que a Dança desenvolve a questão do controle
da cadeira com os braços; que a dança é uma medida empregada as pessoas com
deficiência física com o objetivo de melhorar o funcionamento orgânico e a sua
independência; que a dança oportuniza a ludicidade e o bem estar; com a dança o
cadeirante desenvolve a corporalidade através do ritmo da música junto com seus
pares. Outro aspecto observado foi em relação ao prazer gerado pela atividade, pois o
grupo conta os dias para chegar ao sábado à tarde, o dia da aula e também a
satisfação de estar aprendendo habilidades novas e poder assim superarem suas
dificuldades individuais para o bem comum da “Dança” que estão aprendendo.
*
E-mail: [email protected].
25 EVOLUÇÃO DA DANÇA EM CADEIRA DE RODAS NO BRASIL: A CAPACITAÇÃO
DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ATLETAS DA DANÇA EM CADEIRA
DE RODAS ATRAVÉS DA CBDCR
Flávia Regina Ferreira Alves* e Michelle Aline Barreto
A Dança Esportiva em Cadeira de Rodas é uma prática motora que vem se
estabelecendo no Brasil. Baseada nos princípios da dança de salão contempla
movimentos possíveis de ser realizados sobre uma cadeira de rodas. Essa
modalidade esportiva permite uma nova postura frente às possibilidades artísticas,
esportivas e estéticas, constituindo-se em um desafio à criatividade, pois rompe com
as limitações impostas pelos princípios da dança de um modo geral. Sabe-se que a
Dança Esportiva em Cadeira de Rodas, esta em um processo de conhecimento de
profissionais da área de Educação Física e Sociedade. Para que a evolução da dança
em cadeira de Rodas se torne maior em nosso país a CBDCR promoveu em Curso
Prático de Dança Esportiva em Cadeira de Rodas, em parceria com a Universidade
Federal de Juiz de Fora (UFJF), com objetivo de proporcionar para os profissionais
uma maior vivência, trazendo a professora Gerrie Van Djik, da Holanda, para ministrar
o curso no período de 3 de junho 2011 a 12 de junho 2011. Este curso de capacitação
através de uma metodologia simples, onde a participação de grupos envolvidos com a
Dança em Cadeira de rodas e iniciantes, proporcionando uma troca de experiências,
com uma profissional reconhecida mundialmente. No decorrer do curso a professora
Gerrie Van Djik, direcionou a uma vivência através de passos tão conhecidos apenas
por atletas de ponta da dança esportiva em cadeira de rodas (categorias: três danças
latinas, no ritmo de samba, rumba e jive, e cinco danças latinas acrescidas de chacha-cha e passo doble), todos convivendo, com a dança esportiva em cadeira de
rodas, muitas vezes tão subjetiva, onde o corpo do dançarino da dança esportiva em
cadeira de rodas não é visto como apenas uma imagem distorcida da realidade da
dança. Através deste curso percebeu-se que houve uma quebra de paradigmas, pois
com a troca de informações e principalmente com a grande capacidade de percepção
da Professora Internacional, Gerrie Van Djik.
*
E-mail: [email protected].
26 FESTIVAL DA UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL: INTEGRANDO DANÇA
E ESPORTE
Martha Helena Segatto Pereira*, Ursula Mulller e Flávio Antônio de Azeredo
O Festival Integrado da UNISC reúne dança, ginástica (artística, rítmica e acrobática),
patinação, arte circense e skate e há 13 anos integra artistas e atletas. O objetivo
desse trabalho é apresentar os resultados da pesquisa de opinião do público presente
a respeito da organização. Durante as apresentações de dança foi aplicado um
questionário com questões abertas e fechadas. De uma forma geral, o evento foi
considerado: Excelente para 44,2%, Muito Bom para 33,65%, Bom para 21,15% e
Fraco para 1%. Quanto ao “nível das apresentações”: Muito Boas para 47,52%,
Excelentes para 28,71%, Boas para 21,78% e Fracas para 1,98%. Sobre a divulgação:
53,33% souberam através de amigos, 19,17% parentes, 14,17% cartazes, 8,33% pela
escola ou grupo de dança, 2,5% pelo jornal local impresso e 2,5% pelo do site da
Unisc. Na questão aberta sobre: “aspectos a serem melhorados”, o público citou a
divulgação. Em “outros aspectos”, o público elogiou: a organização do palco, a
pontualidade e que essa foi a melhor edição. Pelos resultados, percebemos que o
Festival é um evento de grande aceitação pela comunidade santa-cruzense.
Percebemos que o micromarketing foi o meio de divulgação mais citado. Essa forma
de divulgação, também chamada de boca-a-boca (amigos e parentes), parte do
princípio de que a mensagem de marketing dirigida a cada indivíduo é muito mais
poderosa porque é pessoal, pois se recomenda o que se gosta. Sendo assim,
podemos inferir que o marketing do festival, na verdade, está melhorando a cada ano,
pois o público aumenta a cada edição.
*
E-mail: [email protected].
27 PERSPECTIVAS EDUCACIONAIS EM SAÚDE NOS ESPAÇOS ESCOLARES*
Sílvia Maria de Oliveira Pavão** e Janice Bittencourt Facco***
Na escola os saberes necessários à prática educativa em saúde muitas vezes são
definidos de acordo com a demanda. O que torna a compreensão da realidade escolar
um dos aspectos essenciais na definição dos temas sobre saúde que podem compor a
matriz curricular, bem como a formação continuada dos professores, pois ambos
devem estar dispostos de forma articulada. Diante disso, o presente estudo, do tipo
qualitativo, tem como objetivo relacionar os conhecimentos básicos sobre educação e
saúde no contexto escolar. Constatou-se o trabalho pedagógico desenvolvido no
espaço escolar é essencial para o entendimento e replanejamento compreensivo das
questões que envolvem a saúde. Os temas de saúde não podem ser discutidos
unilateralmente, ou seja, em um determinado problema ou doença. O processo
educativo em saúde implica no sentido de um comportamento preventivo, global e
consequente dos cuidados de saúde. Quanto mais conhecimentos referentes a
higiene, primeiros socorros e doenças sexualmente transmissíveis entre outros,
melhores serão as condições de vida da população com um todo. Esses
conhecimentos podem ser incentivados e desenvolvidos na escola, quando existe se
prioriza nesse contexto, a construção de novas estruturas pedagógicas que viabilizem
aos alunos pensar a própria realidade, questioná-la e atuar de forma capaz de incitar
mudanças no plano de atenção e cuidado com a saúde. Concluiu-se que, além de ter
conhecimentos sobre a saúde é preciso que todas as pessoas que atuam nos espaços
escolares atuem de forma conjunta na elaboração e replanejamento de ações
educacionais que possam garantir mudanças na saúde individual e coletiva.
*
**
***
Projeto Educação, Saúde e Inclusão. Apoio Financeiro: FIPE SÊNIOR – UFSM – Santa
Maria – RS.
Professora do Departamento de Fundamentos da Educação – UFSM – Santa Maria – RS.
E-mail: [email protected].
Acadêmica do Curso de Educação Especial-Noturno – UFSM – Santa Maria – RS. 28 PROGRAMA PISCINA ALEGRE: ATIVIDADES AQUÁTICAS PARA PESSOAS COM
DEFICIÊNCIA
Rafaella Righes Machado*, Thais Machado Costa, Roberta Bevilaqua de Quadros,
Laisa Ferst Bard e Luciana Erina Palma
Reconhecendo a importância da prática de atividades aquáticas para pessoas com
deficiência, o Programa Piscina Alegre tem como objetivo proporcionar e estimular
melhorias nos domínios do comportamento humano, nas condições morfofisiológicas e
o desenvolvimento das capacidades e habilidades motoras de pessoas com
deficiência física, intelectual, sensorial através de atividades aquáticas. As atividades
são realizadas semanalmente, no Complexo de Piscinas Térmicas do Centro de
Educação Física e Desportos da UFSM. Os trabalhos são desenvolvidos por
professores de Educação Física e acadêmicos dos cursos de Licenciatura e
Bacharelado de Educação Física e Educação Especial da mesma Instituição. O
Programa congrega cinco projetos em função das deficiências e suas particularidades
e pelas idades dos inscritos. São eles: “Estimulação Essencial Motora Aquática para
Bebês com Deficiência”; “Estimulação Essencial Motora Aquática para Crianças com
Deficiência”; “Atividades Lúdicas Aquáticas para Alunos com Deficiência”; “Educação e
Reeducação Motora Aquática para Pessoas com Deficiência”; “Natação para Pessoas
com Deficiência”. Após cada aula são elaborados Pareceres Descritivos do aluno e da
aula, os mesmos são entregues nas reuniões pedagógicas realizadas em cada
projeto. Nessas reuniões também são feitos os planejamentos das aulas, assim como
grupo de estudos e elaboração de pesquisas. Percebeu-se que as atividades no meio
líquido além de estimularem a autonomia nas atividades de vida diária são importantes
recursos para o desenvolvimento e a evolução nos domínios cognitivos, afetivos,
físicos, sociais e comunicativos de pessoas com deficiência. O trabalho interdisciplinar
com os cursos de formação acadêmica da Instituição e profissionais envolvidos
contribui para a qualificação do Programa.
* E-mail: [email protected].
29 O PROGRAMA CAMINHE LEGAL E A ACESSIBILIDADE
Daniel Tochetto*, Priscila T. Quesada** e Sheila Comiran***
O Escritório da Cidade (EC), Autarquia do Município de Santa Maria, responsável pela
implantação e gerenciamento dos projetos e programas do Plano Diretor de
Desenvolvimento Urbano e Ambiental (PDDUA), propôs, em 2010, dar continuidade ao
Programa de Aumento e Diversidade da Acessibilidade Urbana. Dessa forma, foi
estudado e desenvolvido um regulamento para o então chamado Programa Caminhe
Legal. Além desse programa desenvolvido, a acessibilidade já vem sendo exigida no
município através da Lei de Uso e Ocupação do Solo (LUOS) e a Lei do Código de
Obras e Edificações de Santa Maria (COE). Estas leis apresentam diretrizes para a
aprovação e construção de novos loteamentos e edificações em conformidade com o
Decreto Federal nº 5.296/2004, que regulamenta as Leis Federais nº 10.048/2000 e
10.098/2000. O programa “Caminhe Legal” trata da padronização e disciplinamento
dos passeios públicos. Nele são apresentados padrões que se organizam e
diferenciam através dos tipos de faixas, dimensões e materiais de revestimento.
Juntamente são indicadas faixas para garantir a permeabilidade do solo, como
implantar o mobiliário urbano, vegetação e as adequações necessárias para garantir a
acessibilidade universal. O programa define padrões e composições diferenciados de
acordo com as características das ruas e localização na área urbana. O padrão 1 é
utilizado nos eixos de mobilidade, onde há maior fluxo de pedestres, sendo necessário
um passeio mais largo e que garanta a percepção de unidade e continuidade do
espaço. Já o padrão 2 foi pensando para as vias de menor fluxo de pedestres e
ambientes mais calmos, como ruas locais e com predominância do uso residencial.
Como extensão do padrão 2, o padrão 3 foi previsto para áreas de interesse social,
seguindo o mesmo pensamento. Nos locais de valor histórico da cidade, foram
previstos dois tipos de padrões especiais: o padrão especial 1: nos eixos de formação
da cidade, Rua Dr. Bozano, Rua do Acampamento e Av. Rio Branco; e o Padrão
Especial 2 para as demais vias do centro histórico. O Programa Caminhe Legal tem
como objetivo básico o desenvolvimento urbano através de ações de qualificação da
vida da população. E como objetivos específicos: tornar os passeios acessíveis,
*
Arquiteto e Urbanista, Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano
e Regional da UFRGS. **
Arquiteta e Urbanista, Escritório da Cidade – Autarquia do Município de Santa Maria, Mestre
em Geomática, Professora do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Ulbra/SM. ***
Arquiteta e Urbanista, Diretora de Planejamento do Escritório da Cidade – Autarquia do
Município de Santa Maria, Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil
da UFSM. 30 eliminando obstáculos e barreiras; assegurar conforto e segurança ao pedestre;
garantir a facilidade de manutenção; qualificar a paisagem urbana; promover a
valorização turística e comercial da cidade; garantir a arborização adequada e
permeabilidade dos passeios públicos; e ordenar o uso do mobiliário urbano. O
trabalho foi elaborado de acordo com as seguintes etapas: 1 Diagnóstico dos passeios
existentes, em um perímetro central escolhido do distrito sede, avaliando a situação,
como a acessibilidade oferecida e as condições de manutenção; 2 Revisão
bibliográfica da temática, normas técnicas e manuais; 3 Entrevistas com grupos
específicos de portadores de necessidades especiais; 4 Identificação das áreas com
características semelhantes para definir os padrões e fazer os respectivos
detalhamentos, como materiais e tipos de faixas; 5 Elaboração da minuta do decreto e
de ilustrações para estudos, que posteriormente foram utilizadas para explicar a
composição e aplicação dos padrões no decreto; 6 Apresentações, reuniões e
discussões com as secretarias do município afins e diversas entidades, na busca de
democratizar as intenções e obter contribuições; 7 Adequações com base nas
sugestões advindas das apresentações e formatação final do projeto e assinatura do
Decreto; 8 Divulgação, sensibilização da comunidade, formação de parcerias e
fiscalização. O Programa Caminhe Legal prevê resultados imediatos, de curto e médio
prazo após a promulgação do Decreto Municipal, que ocorreu em 8 de julho de 2011:
Prazo imediato: exigência da implantação do padrão indicado na aprovação de
projetos,
licenciamento
de
obras,
habite-se;
divulgação
e
conscientização;
implementação do Padrão Especial 1: revitalização da Avenida Rio Branco (canteiro
central) e revitalização da Vila Belga; Curto prazo: criação de parcerias com
instituições financeiras e o comércio local, para auxiliar no financiamento e execução
dos passeios adaptados aos padrões propostos; implantação dos novos padrões nos
passeios das edificações públicas, para demonstrar a aplicação do decreto e esses
servirem de referência. Fiscalizar a acessibilidade e a manutenção dos passeios
existentes, quando esses estiverem com área superior a 30% danificada, será
solicitado adequação ao padrão previsto. Médio prazo: complementação da
implementação do Padrão Especial 1, pelo poder público e parceiros, implantação dos
novos padrões nas demais edificações públicas; promoção de educação continuada,
sensibilizando a comunidade e elaborando material de divulgação; exigência de
adaptação dos passeios existentes ao novo padrão; fiscalização constante. O
programa é um processo contínuo e transcende o intuito de padronização dos
passeios, pois proporciona uma ação conjunta da administração municipal e da
comunidade na qualificação da paisagem urbana e da acessibilidade aos espaços
públicos. Dessa forma, o executivo municipal cumpre seu papel de porta-voz natural
31 dos interesses e das reivindicações. Implementa os programas previstos no PDDUA,
promovendo um cenário urbano de ambiência qualificada e que, em conjunto com
demais ações ainda previstas, resultará em uma cidade mais acessível, funcional,
confortável, segura e bela para todos os santa-marienses.
Download

Programação e Trabalhos do VIII Simpósio Internacional de Dança