Esboço da carta de aptidão edafoclimática de Timor-leste para a cultura de Coffea arabica L. e
de Coffea canephora Pierre (escala 1:500 000)
COMUNICAÇÕES
INSTITUTO DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA TROPICAL
SÉRIE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
N.° 23
ESBOÇO DA CARTA DE APTIDÃO
EDAFOCLIMÁTICA DE TIMOR – LESTE PARA
A CULTURA DE COFFEA AR ÁBICA L. E DE COFFEA
CANEPHORA PIERRE (ESCALA 1:500 000)
A. P. SILVA CARDOSO M. MAYER GONÇALVES
1
A. P. Silva Cardoso et al.,
ÍNDICE
1. Introdução ...............................................................................................................................................4
2. Metodologia .............................................................................................................................................4
2.1 Zonagem climática .........................................................................................................................5
2.2 Zonagem pedológica ............................................................................................................................................................. 6
3. Esboço das Cartas de Aptidão ..........................................................................................................................................................10
Bibliografia .....................................................................................................................................................................................................14
2
Esboço da carta de aptidão edafoclimática de Timor-leste para a cultura de Coffea arabica L. e
de Coffea canephora Pierre (escala 1:500 000)
Esboço da carta de aptidão edafoclimática de Timor-leste para a cultura de
Coffea arabica L. e de Coffea canephora Pierre· (Escala 1:500 000)
A. P. Silva Cardoso * M.Mayer Gonçalves *
3
A. P. Silva Cardoso et al.,
1. INTRODUÇÃO
Uma análise recentemente realizada, no âmbito de um estudo de apoio à administração
angolana para as acções que pretende promover visando o relançamento da cafeicultura do País
(9) indicou, como eventual condicionalismo favorável a esse relançamento, o de que considerável
parte das actuais áreas de produção dos maiores produtores mundiais de café estão situadas em
zonas de elevado risco de perda das colheitas, ou da sua progressiva diminuição devida a
deficiências climáticas ou à exaustão da fertilidade dos solos e mau manejo das plantações,
factos que provavelmente levarão, num cenário de elevada concorrência comercial, com é o
actual, à eliminação, a curto ou médio prazo, de grande extensão dessas áreas produtoras
ecologicamente menos aptas e/ou incorrectamente manejadas.
Tal como no caso de Angola, afigura-se lógico que outras antigas regiões produtoras,
sobretudo de tipos comerciais especialmente valiosos como é o caso de Timor-leste, pretendam
figurar na primeira linha dos eventuais beneficiários dessa redução previsível das áreas de
cultura e que a actual administração timorense se proponha sem delongas relançar e expandir a
cultura cafeeira nas zonas do território ecologicamente mais favorecidas, como pilar de
primordial importância de uma sã política de fomento agrícola do novo País.
Na hipótese, que os autores do presente trabalho consideram altamente provável, de assim
acontecer, será então de muita valia para essa administração dispor de uma base de planeamento
contendo informação como a veiculada no "mapa das regiões cafeícolas de Timor" elaborado em
1956 por SILVA (1 1) ou, de preferência, em trabalhos da mesma natureza, hoje já susceptíveis
de se basear, contrariamente àquele, em carta de solos, embora ainda em pequena escala — 1:100
000 (8) e num amplo leque de dados agro-climáticos actualizados (12) de que então também se
não dispunha. Por isso entenderam como tecnicamente justificável elaborar, embora só para a
área da ilha de Timor abrangida pela referida cartografia de solos, novas cartas de aptidão, com
as também acima referidas novas bases de formulação, somente para as culturas da C. arabica e
C. canephora dado que a produção das restantes espécies, nomeadamente a de C. liberica, se
reveste de muito limitado interesse no mercado mundial de café.
O estudo com este objectivo levado a cabo e os seus resultados são apresentados, em
síntese, nesta memória e também em cinco cartas de zonagem, à escala de 1:500 000, anexas. *
2. METODOLOGIA
As manchas com as diferentes classes de aptidão foram definidas pela sobreposição
sucessiva a áreas localizadas entre certas curvas de isotérmicas médias anuais, primeiramente
das áreas compreendi-das entre algumas isolinhas seleccionadas da precipitação média anual,
4
Esboço da carta de aptidão edafoclimática de Timor-leste para a cultura de Coffea arabica L. e
de Coffea canephora Pierre (escala 1:500 000)
depois das áreas situadas entre outras isolinhas, também seleccionadas de duração da estação
seca e, finalmente, das áreas ocupadas por cada um de uma série de agrupamentos pedológicos
formulados com base nas unidades definidas por GARCIA & CARDOSO (8) tendo em conta
características próprias das mesmas unidades e das regiões por elas ocupadas com interesse para
a cultura sem rega das espécies C. arabica e C. canephora.
2.1 Zonagem climática
a)
Temperatura do ar
Seguindo, como em trabalho anterior relativo a Moçambique (2). o critério proposto por
COSTE (6), a temperatura do ar foi considerada como o factor ecológico preponderante na
definição da aptidão de uma região para a cafeicultura.
A cartografia de aptidão da ilha de Timor (Parte Leste) paras as culturas de C. arabica e
C. canephora começou, por isso, pela referente a esta variável climática e consistiu no
delineamento de unidades cartográficas correspondentes a áreas de terreno com idêntica
aptidão para a cultura de uma ou outra das espécies (boa, regular e má) tendo como limites as
seguintes isolinhas ou pares de isolinhas da temperatura média anual do ar* (Fig. 1):
C. arabica
Classe 1 – Boa (sem apreciáveis deficiências ou excessos térmicos para a cultura),
compreendendo áreas entre as isolinhas médias anuais de 18°C e 22°C;
Classe II – Regular (com eventual excesso térmico pouco intenso, para a cultura),
compreendendo áreas entre as isolinhas médias anuais de 22°C e 24°C:
Classe III – Má (com deficiência ou excesso térmicos intensos a muito intensos para a
cultura) cor-respondendo às áreas com temperaturas médias anuais inferiores a 18°C ou
superiores a 24°C.
C. canephora
Classe 1 – Boa (sem apreciáveis deficiências ou excessos térmicos para a cultura),
compreendendo áreas entre as isolinhas médias anuais de 24°C e 26°C;
Classe 11 – Regular (com deficiência ou excesso térmico pouco intensos, para a cultura),
compreendendo as áreas com temperaturas médias anuais entre 22°C e 24°C e entre 26°C e
28°C;
Classe 111 – Má (com deficiência térmica muito intensa para a cultura) correspondendo às
áreas com temperaturas médias anuais inferiores a 18°C.
5
A. P. Silva Cardoso et al.,
b) Precipitação e duração da estação seca
A zonagem, considerando apenas as disponibilidades hídricas naturais, da aptidão para a
cultura em sequeiro de C. arabica ou de C. canephora, compreendeu o delineamento de
unidades cartográficas correspondentes a áreas de terreno com idêntica aptidão hídrica para a
exploração de uma ou outra das espécies. tendo como limites as seguintes isolinhas ou pares de
isolinhas da precipitação média anual e da duração média, em meses, da época seca anual* (Fig.
2)
Classe I — Boa (sem deficiência hídrica de consideráveis efeitos prejudiciais para
a cultura sem r de C. arabica e C. canephora), compreendendo as áreas simultaneamente
com precipitação média an igual ou superior a 1 500 mm e de 1-2 meses de duração
média da estação seca anual;
Classe II — Regular (com limitações hídricas eventualmente importantes na
estação seca para a c tura sem rega da C. arabica ou C. canephora), compreendendo as
áreas simultaneamente com precip ção média anual igual ou superior a 1 500mm e de
3-4 meses de duração média da estação seca anual
Classe III — Má (com limitações hídricas que desaconselham ou impedem a cultura sem
rega, q de C. arabica, quer de C. canephora), compreendendo as áreas com precipitação média
anual inferic 1 500mm, e/ou com 5 ou mais meses de duração média da estação seca anual.
2.2 Zonagem pedológica
Um bom solo para a cultura do cafeeiro deve ser profundo (1,5m de profundidade
mínima), com 1 drenagem e bom arejamento, com elevada capacidade de
armazenamento de água útil para as plantas (t tura mediana a fina, bem estruturado) e
pH (em água) entre 5,5 e 6,5 (3, 4, 5, 6, 7, 13).
Na definição das classes de aptidão propostas no presente trabalho
consideraram-se estas caras rísticas e condições do solo do seguinte modo:
a) Começou-se por estabelecer uma classe IV — má, com predomínio de solos
considerados i recomendáveis para o cultivo do cafeeiro, em que se incluíram os
gleissolos, regossolos, litossolos, "r kers", "rendzinas", vertissolos, "solonchaks",
"solonetz" e histossolos, cuja inaptidão se relaciona, r pectivamente, com as seguintes
características ou condições (8):
6
Esboço da carta de aptidão edafoclimática de Timor-leste para a cultura de Coffea arabica L. e
de Coffea canephora Pierre (escala 1:500 000)
Gleissolos solos com drenagem deficiente a muito deficiente, localizados nas
zonas topografimente mais baixas;
Regossolos Litossolos são solos com pouco ou nenhum desenvolvimento do perfil,
os primeiros de material originário não consolidado e os segundos de
material rochoso consolidado, situados ( a menos de 10cm de
profundidade);
"Rankers" são solos com rocha consolidada não calcária a profundidade não
superior a 50cm;
"Rendzinas" são solos com espessura igual ou inferior a 50cm que contêm ou
assentam directame em material com teor de carbonatos superior a
40% (expresso em CaCO3);
Vertissolos são solos de textura pesada (com 30% ou mais de argila
montmorilonítica em todos horizontes pelo menos até 50cm de
profundidade), sendo de deficiente drenagem inte natural;
"Solonchaks" são solos com horizonte sálico a menos de 1,25cm de profundidade
e/ou com condutividade do extracto de saturação em certo período do
ano, superior a 15 mmhos/cm (a 25' nalgum sub-horizonte situado a
menos de 1,25cm da superfície, no caso de predomi rem os sais neutros
ou com a condutividade>—6 mmhos, no caso de predominarem os sais
alcalinos (pH em água será então >8,5);
"Solonetz" são solos com horizonte B nátrico;
Histossolos são solos orgânicos localizados em zonas depressionadas mal drenadas.
b) Estabeleceu-se em seguida outra classe I — boa, recomendável sem restrições
para a cultura do cafeeiro, compreendendo os solos das zonas com declives inferiores
a 5%, com elevada capacidade de armazenamento de água útil para as plantas, com
boa drenagem, com espessura que permita um cresci-mento normal de raízes até
profundidade de 80cm ou superiores, elevada fertilidade natural ou potencial, pH (em
água) entre 5.5 e 6.5 e sem risco de salinidade e/ou alcalização. À escala da carta
utilizada, esta classe não teve representação cartográfica.
c) Finalmente definiram-se duas outras classes: II, com solos
predominantemente de aptidão mediana para o cultivo do cafeeiro e III, com solos de
aptidão predominantemente marginal.
7
A. P. Silva Cardoso et al.,
Na classe II (englobando solos recomendáveis para a cafeicultura com algumas
limitações importantes) incluíram-se as seguintes associações e complexos de
associações de solos:
Associações de solos
CEU - com predomínio de cambissolos êutricos
CLO - com predomínio de cambissolos êutricos e dístricos PXG - com predomínio de
cambissolos êutricos e dístricos CX - com predomínio de cambissolos
dístricos
VX - com predomínio de cambissolos crómicos
Complexos de associações de solos
CLPE - com predomínio de cambissolos êutricos a dístricos
CXVX - com idêntica proporção de cambissolos dístricos e crómicos PXPG - com
predomínio de cambissolos êutricos e dístricos
VXPG - com proporção idêntica de cambissolos crómicos e êutricos e dístricos VCXU
- com proporção idêntica de cambissolos crómicos e êutricos e dístricos
Na classe III (englobando solos recomendáveis mas com limitações importantes
a muito importantes para a cafeicultura) incluíram-se as associações de solos e
complexos de associações seguintes:
Associações de solos
A- com predomínio de fluvissolos êutricos
At - com predomínio de fluvissolos êutricos
A3 - variante de A, de solos não calcários desenvolvidos em aluviões modernos
AT - variante de At, de solos não calcários desenvolvidos em aluviões antigos
BC - com predomínio de fluvissolos êutricos
BC1 - variante de BC, de solos de baixas coluviais não calcários
BC2 - variante de BC, de solos de baixas coluviais não calcários
PCX - com predomínio de vertissolos mas acessoriamente incluindo também
cambissolos dístricos PE - com predomínio de cambissolos êutricos
PG - com predomínio de cambissolos êutricos, gleisados e não gleisados
Complexos de associações de solos
8
Esboço da carta de aptidão edafoclimática de Timor-leste para a cultura de Coffea arabica L. e
de Coffea canephora Pierre (escala 1:500 000)
ABH - com predomínio de fluvissolos êutricos
ATA - com predomínio de fluvissolos êutricos
ATBA - com predomínio de fluvissolos êutricos
ATPG - com predomínio de fluvissolos êutricos
ATVX - com idêntica proporção de fluvissolos êutricos e cambissolos crómicos
ATXG: - r•nm rirarinmínin rla flnviccnlnc ântrirnco
BA
- com predomínio de fluvissolos êutricos
CAT - com predomínio de fluvissolos êutricos
CLCM- com predomínio de cambissolos êutricos e dístricos
CLCF - com idêntica proporção de cambissolos êutricos e dístricos e litossolos
pardacentos
PGPX - com predomínio, em idênticas proporções, de vertissolos e cambissolos
êutricos e dístricos
PXPE - com idêntica proporção de cambissolos êutricos e dístricos
PXVR - com predomínio de cambissolos êutricos e dístricos
PXPC - cone predomínio de vertissolos mas incluindo também áreas com cambissolos
dístricos
PXEU - com idêntica proporção de vertissolos e cambissolos êutricos
VXCN- com idêntica proporção de vertissolos e cambissolos crómicos
PXAP - com idêntica proporção de cambissolos êutricos e dístricos e de fluvissolos
êutricos
Resumidamente, consideram-se pois, definidas, as seguintes classes de aptidão
dos solos para a cultura sem rega de C. arabica e C. canephora (Fig. 3):
Classe I - Boa (sem limitações para a cultura sem rega de ambas as espécies) mas sem
representação à escala cartográfica empregue;
Classe II - Regular (com algumas limitações importantes para a cultura em sequeiro de
ambas as espécies), englobando as áreas com as associações e complexos de associações de
solos identificados pelos símbolos CEU, CLO, PXG, CX e VX, respeitantes a associações e
CLPE, CXVX, PXPG, VXPG E VCXU, respeitantes a complexos;
Classe III – Marginal (com limitações importantes a muito importantes para a
cultura sem rega de C. arabica e C. canephora), compreendendo as áreas com as
associações e complexos de associações de solos identificados pelos símbolos A, At.
9
A. P. Silva Cardoso et al.,
A3, AT, BC, BC1, BC2, PCX. PE e PG, respeitantes a associações e ABH, ATA,
ATBA, ATPG, ATVX, ATXG, BA, CAT, CLCM, CLCF, PGPX, PXPE, PXVR, PXPC.
PXEU, VXCN e PXAP, respeitantes a complexos;
Classe IV — Má (não recomendável para a cultura sem rega de C. arabica e C.
canephora) compreendendo as áreas ocupadas pelas restantes associações e complexos
de associações de solos, nomeada-mente os gleissolos, regossolos, litossolos,
"rankers", "rendzinas", vertissolos, "solonchaks", "solonetz" e histossolos.
3. ESBOÇO DAS CARTAS DE APTIDÃO
Pela aplicação da metodologia descrita no primeiro parágrafo do segundo
capítulo, foram definidas, primeiramente, as manchas cartográficas da Fig. 4,
respeitantes às classes de aptidão climática constantes da primeira coluna do quadro
n°1
seguinte.
10
Esboço da carta de aptidão edafoclimática de Timor-leste para a cultura de Coffea arabica L. e
de Coffea canephora Pierre (escala 1:500 000)
11
A. P. Silva Cardoso et al.,
Incluem-se nesta classe:
Ø uma mancha, a norte da principal mancha de aptidão regular para o cultivo de
C. arabica acir descrita, a que corresponde no terreno regular aptidão, quer
para o cultivo de café arábica, quer café robusta e desenvolvendo-se, no seu
limite norte, das proximidades da lagoa de Seloi até C bas, de onde,
acompanhando a projecção no terreno da isotérmica média anual de 22°C, liga,
pe seu limite sul, ao seu extremo oeste, pelas proximidades de Lequidoi e
Aileu;
Ø outra mancha, com contorno bastante recortado, localizada a sul da
cordilheira do Ramelau, cc limites que se prolongam desde as proximidades, a
leste, de Bobonaro, passando a sul de Ainat até Same;
Ø uma terceira, com projecção dos seus limites no terreno prolongando-se para
leste de Same cerca de 5km a nordeste da Soibada e coincidindo, na maior
parte, com os das isotérmicas médi anuais de 22 e 24°C;
Ø uma quarta, desenvolvendo-se a oeste, norte e nordeste de Lacluta e
abarcando, grosso modo, cabeceiras das ribeiras de Laleia (a norte) e de Dilor,
Luca e Ué Tuco (a sul) entre as acima rei ridas projecções no terreno das
isotérmicas médias anuais de 22 e 24°C.
A classe III (marginal - C. arabica), compreende solos da classe III situados em
zonas das class 1 ou II de aptidão climática para a cultura desta espécie.
Englobam-se nesta classe:
Ø uma mancha, a sudeste de Atsabe e envolvendo parte da cordilheira do Ramelau;
Ø outra, desenvolvendo-se da projecção no terreno da isotérmica média anual de 18°C
até à pro: midade de Turiscai;
Ø três outras pequenas manchas na região de Laclúbar.
A classe III (marginal - C. canephora), compreende solos da classe III em
zonas da classe II aptidão climática para o cultivo desta espécie.
Incluem-se nesta classe as seguintes manchas:
Ø uma, a oeste de Zumalai, nas cabeceiras das ribeiras de Loumea e de Fatoró;
Ø uma, com mais de 20km de comprimento e menos de 5km de largura média,
estendendo-se, oeste para leste, desde a região de Fato Berliu à de Barique;
Ø duas outras, na parte leste do território, localizadas, uma na região entre as
ribeiras de Irabere Veirá e a segunda a uns 5km a sul da lagoa de Ira Lalaro.
12
Esboço da carta de aptidão edafoclimática de Timor-leste para a cultura de Coffea arabica L. e
de Coffea canephora Pierre (escala 1:500 000)
A classe III (marginal - C. arabica e C. canephora), compreende solos da classe
III em zonas classe II de aptidão climática para a cultura de ambas as espécies.
Incluem-se nesta classe:
Ø duas pequenas manchas, uma a noroeste e outra a sudoeste de Atsabe;
Ø outra, a sul de Bobonaro;
Ø uma quarta, a sul de Ainaro;
Ø uma quinta, a norte de Same;
Ø duas outras, de pequena superfície, uma a oeste de Venilale e outra de Ossú.
A classe IV (má - C. arabica ou C. canephora), compreende solos da classe IV em
zonas das ch ses 1, II ou 111 de aptidão climática ou solos das classes 1I ou III, desde
que em zonas com a classe III aptidão climática para o cultivo de ambas as espécies.
É constituída pelas restantes áreas do território de Timor Leste assinaladas a
branco no esboço c tográfico da fig. 5.
13
A. P. Silva Cardoso et al.,
14
Esboço da carta de aptidão edafoclimática de Timor-leste para a cultura de Coffea arabica L. e
de Coffea canephora Pierre (escala 1:500 000)
BLIOGRABFIA
[1] ALVIM, P.T. & KOZLOWSKI, T.T., eds. - Ecophysiology of tropical crops.
London, Academia Press, 1977, 502 p.
[2] CARDOSO, A.P.S. - Cartas de aptidão para a cultura de Coffea arabica L. e Coffea
canephon Pierre, de Moçambique (escala 1:4 000 000), in Simpósio sobre Agricultura e AgroIndústria Tropicais (Lisboa, 19-21 Junho, 1996), 21p. + 7 mapas.
[3] CLARKE, R.J. & MACRAE, R., eds. - Coffee, vol. 4 — Agronomy. London,
Elsevier Applie( Science Publishers Ltd, 1988, 334 p.
[4] CLIFFORD, M.N. & WILLSON, K.C., eds. - Coffee (Botany, biochemistrv and
the production a ímans and beverage). London, Croom Helm, 1985, 457 p.
[5] COSTE, R. - Coffee (The plant and the product). London, MacMillan, 1992, 328
p.
[6] COSTE, R. - Les caféiers et les cafés dons le monde. Tome 1— Les caféiers. Paris,
Editions Larose 1955, p. 55-56.
[7] FERNANDEZ, C.E. - Clima y suelos propicios. al cultivo del café, propagación del
arbol v estabe lecimento de la plantación. Turrialba, Instituto Interamericano de Ciências
Agricolas de la OEA, 1967 p. 8-12 (Materiales de Ensenanza de Café y Cacao, 24).
[8] GARCIA, J.S. & CARDOSO, J.C. — Os solos de Timor. Lisboa, Junta de
Investigações Científica do Ultramar (Memórias - 2a Série, 64), 1978, 743 p.
[9] GASPAR, A.M. et al. — Angola - Diagnóstico da fileira do café. Lisboa, Gabinete
de Planeamenti e Política Agro-Alimentar do Ministério da Agricultura, do
Desenvolvimento Rural e das Pescas, 1998, 82p
[10]
PAPADAKIS, J. - Agricultura) potentialities of world climates. Buenos Aires,
edição do auto] 1970, 70 p.
[1 1] SILVA, H.J.L. e — Timor e a cultura do café. Lisboa, Junta de Investigações do
Ultramar (Memória — Série de Agronomia Tropical, I), 1956, 196p.
[12] SOUSA, E.C. — Esboço duma caracterização agro-climática da Província de
Timor. Lisboa Missão de Estudos Agronómicos do Ultramar, 1972, 47 p.
15
A. P. Silva Cardoso et al.,
(Comunicações, 80).
[13] WRIGLEY, G. — Coffee. Singapore, Longman Scientific & Technical, 1988,
639 p.
16
Download

Esboço da carta de aptidão edafoclimática de Timor-leste