INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM EM
GRUPOS DE AJUDA MUTUA
A Experiência do Grupo de Amigos e Pais de
Crianças com Doença Crónica
Zaida Borges Charepe
ANTÓNIA GUERREIRO, ANA SOFIA LUÍS, ANA COELHO, MARISA
SILVA, SARA GUERREIRO (Serviço de Pediatria); RUTE TRIGO,
ANA RITA REVES, INÊS SERÔDIO, HELDER PRATA (Unidade de
Urgência Pediátrica)
Centro Hospitalar de Setúbal, E.P.E.
II ENCONTRO DE BENCHMARKING
dos Enfermeiros Especialistas em Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica
INTRODUÇÃO
O GAPCDC é um GAM sedeado numa Instituição Hospitalar:
Constituído por Pais de Criança com Doença Crónica, acompanhados
por enfermeiros, psicólogas e pediatras
Tem como objectivos:
. Promover a ajuda mútua ...
. Incentivar a escuta e o sigilo sobre os problemas de cada “pai” ...
. Direccionar a sua aprendizagem no lidar com ...
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INTRODUÇÃO
OS GRUPOS DE AJUDA MÚTUA:
São uma forma de suporte interpessoal, que os distingue da maioria dos
grupos terapêuticos.
A consultadoria é o papel mais apropriado para um profissional que integre
um Grupo de Ajuda Mútua, dado que “...fornece informações e pareceres,
não assume nenhum tipo de responsabilidade, nem de liderança nas
tomadas de decisões ...”.
(Maia et al, 2002:13)
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INTRODUÇÃO
ACTIVIDADES
ACTIVIDADESDESENVOLVIDAS
DESENVOLVIDAS
CONCRETIZAÇÃO DE “FÓRUNS” TEMÁTICOS
IDENTIFICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO DE APOIO
CONTACTO COM OS RECURSOS DISPONÍVEIS NA COMUNIDADE
PROMOÇÃO DA PARTILHA DE EXPERIÊNCIAS E SENTIMENTOS
SUPORTE EMOCIONAL / INSTRUMENTAL / FORMATIVO
Outubro de 2009
ENCONTRO COM A AJUDA MÚTUA
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ENCONTRO COM A AJUDA MÚTUA
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ENCONTRO COM A AJUDA MÚTUA
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ENCONTRO COM A AJUDA MÚTUA
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INTRODUÇÃO
PROBLEMA
PROBLEMADE
DEINVESTIGAÇÃO
INVESTIGAÇÃO
A necessidade de clarificar analiticamente as percepções dos pais de
crianças com doença crónica, face às actividades desenvolvidas em
dois anos de funcionamento do grupo de amigos e pais da criança com
doença crónica
(Charepe, 2006)
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INTRODUÇÃO
QUESTÕES
QUESTÕESDE
DEINVESTIGAÇÃO
INVESTIGAÇÃO
O que leva os pais de crianças com diferentes doenças crónicas
a continuarem a usufruir das actividades do grupo?
Estarão realmente a serem preparados, para lidarem melhor com
a doença dos seus filhos?
A sentirem-se por sua vez apoiados, autónomos e empenhados
a apoiarem outros pais nas mesmas circunstâncias?
Existirá alguma relação entre a ajuda mútua e a satisfação com
o suporte social de que dispoem?
(Charepe, 2006)
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INTRODUÇÃO
OS
OSPRINCÍPIOS
PRINCÍPIOSDA
DAINTERVENÇÃO
INTERVENÇÃOEM
EMENFERMAGEM
ENFERMAGEM
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INTRODUÇÃO
Metodologia
de Intervenção
(IA)
Fundação de um
GAM
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METODOLOGIA
Destaca-se o que é valorizado, esperado e desejado para que o futuro do
grupo assente no que funciona.
Identifica formas de comunicação pouco eficientes que possam ser encaradas
num potencial positivo.
As histórias recolhidas nas entrevistas e as ideias inspiradoras que foram
sendo descobertas, criam novas e irresistíveis imagens do grupo e do seu
futuro.
Promove-se uma conversação acerca do bom, do melhor e do possível.
(Cooperrider e Whitney, 2005)
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METODOLOGIA
(Charepe, 2006)
P1
MOTIVA
A
CONTINUAR
APRESENTAÇÃO
DO GRUPO
P11
ACTIVIDADES EM QUE
PARTICIPARAM
P
2
MOTIVOS
P6
ASPECTOS DA VIDA
QUE MUDARAM
PARA MELHOR
P3 MAIS VALORIZA
P4
O QUE SE TIRA DE
POSITIVO EM
PERTENCER
P7
APOIO MAIS
SIGNIFICATIVO
AJUDA DAS ENFERMEIRAS
EM SEREM MAIS
AUTÓNOMOS / SITUAÇÕES
P8
BENEFÍCIOS /
ACTIVIDADES MAIS
APRECIADAS
P5 / P5´
DESEJOS
FORMULADOS PARA
UM MAIOR APOIO
P12
APOIO FORNECIDO POR
PAIS A OUTROS PAIS
P10
P9
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
CARACTERIZAÇÃO SÓCIO-DEMOGRÁFICA (10 PAIS)
- PREDOMINAM AS MÃES COM 50% (30 – 39 A), PARA APENAS 1 PAI (10%: 40 – 49 A)
- EM 70% SÃO CASADOS, COM AGREGADOS FAMILIARES E PROFISSÕES DISTINTAS
- AS FUNÇÕES NO GRUPO CONTEMPLAM: COORDENAÇÃO (30%) E TESOURARIA (20%)
- 40% ESTÃO ASSOCIADOS A ALGUMA ASSOCIAÇÃO DE APOIO
- 60% DAS CRIANÇAS SÃO OS FILHOS MAIS NOVOS
- CADA CRIANÇA TEM COMO DIAGNÓSTICO UMA DISTINTA PATOLOGIA
- PERCEPÇÃO DA SATISFAÇÃO COM O SUPORTE SOCIAL: 33 (MIN.15) A 67 (MÁX.75)
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
MOTIVOS QUE CONDUZIRAM OS PAIS A PERTENCER AO GRUPO
IDA À REUNIÃO – (F11)
(convivência com outros pais / participar / conhecer)
AJUDA – (F8)
(dia a dia / futuro / resolução de problemas / encontrar respostas)
PERTENCEM
CONHECER / PERCEBER – (F5)
(respostas dos serviços / como lidam / tipo de trabalho)
PARTICIPAM
PODER – (F5)
(falar / desabafar / ter carinho / efectuar comparações)
TER APOIO – (F5)
(de alguém especializado / da equipa de saúde)
ENTREAJUDA
APOIO
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
COMO TÊM APOIADO OS OUTROS PAIS PERTENCENTES AO GAPCDC
TROCA DE EXPERIÊNCIAS (F7)
APOIO EMOCIONAL (F7)
COLABORAÇÃO NAS ACTIVIDADES (F2)
ESPERANÇA (F2)
DIFICULDADES (F6)
Vergonha / Diferentes patologias
MENSAGEM POSITIVA (F2)
Cada caso é um caso
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
BENEFÍCIOS DE PERTENCER A UM GRUPO DE AJUDA MÚTUA
ENCONTROS
GRUPO
AJUDA
BENÉFICOS
TIPO UMA LAVAGEM DA ALMA
AJUDA DA EQUIPA DE ENFERMAGEM
É IMPORTANTE PERTENCER
É UMA MAIS VALIA
FOI UM NOVO SOL QUE NASCEU PARA NÓS
TIPO UMA AMIZADE / FAMÍLIA
TESTEMUNHOS / DIAGNÓSTICOS / SOLUÇÕES
NO DIA A DIA / DIAGNÓSTICO / PERCURSO
SOBRE OS DIREITOS
APRENDER A LIDAR
REFLECTE A ESTRADA POR UM CAMINHO MAIS VERDE
BASTANTE A NÓS E AOS NOSSOS FILHOS
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
O QUE OS PAIS VALORIZAM NOS ENCONTROS MENSAIS
SUPORTE EMOCIONAL
(F18)
SUPORTE FORMATIVO
(F7)
CONHECER
(F7)
- Partilha (E1 / E2 / E5 / E6 / E8 / E10)
- Suporte de emoções (E1 / E10)
- Apoio comum (E4 / E5 / E7 / E9 / E10)
- Sentir-se compreendido (E10)
- Contacto humano (E2)
- Conversar (E2) e Ouvir (E2 / E5)
- Formação (E1 / E2 / E8)
- Aprender como lidar (E1 / E7) / Outro tipo de doenças (E9)
- Esclarecimento de dúvidas com os técnicos (E4)
- Problemas comuns (E3 / E7) / Diferentes vivências (E9)
- Efectuar comparações (E3 / E9)
- Abertura entre os pais (E4)
- Crianças com idênticas patologias (E3)
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CONCLUSÕES
O QUE MUDOU PARA MELHOR?
QUAIS FORAM AS ACTIVIDADES MAIS APRECIADAS?
(Charepe, 2006)
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CONCLUSÕES
Planos
Projectos
Possível
Evolução
Princípios a
Preservar
Temas por
descobrir
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A Ajuda Mútua
e os Pais de Crianças com Doença Crónica
ENCONTRO COM A AJUDA MÚTUA
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PERCEPCIONAR A EXISTÊNCIA DO MELHOR E DO QUE FUNCIONA
NA AJUDA MÚTUA, FAZ COM QUE SEJAMOS ABERTOS AO
CONHECIMENTO E COMPREENSÃO DAS SUAS HISTÓRIAS!
ENCONTRO COM A AJUDA MÚTUA
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UM ABRAÇO INVISÍVEL QUE SE SENTE
QUANDO TODOS OS DIAS DIZEMOS: “VIVER UM DIA DE
CADA VEZ COM A MELHOR QUALIDADE POSSÍVEL”
ENCONTRO COM A AJUDA MÚTUA
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“A UNIÃO QUE FAZ A FORÇA (CONSEGUIR MAIS E MELHOR) …
A CRIAÇÃO DE UMA AMIZADE E CONFIANÇA COM
PAIS DE CRIANÇAS COM DIFERENTES PATOLOGIAS”
ENCONTRO COM A AJUDA MÚTUA
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“QUANDO HÁ UM FORNECIMENTO DE
EQUILÍBRIO (BALIZAR AS SITUAÇÕES E TORNÁ-LAS MAIS
FÁCEIS) POR PARTE DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE”
ENCONTRO COM A AJUDA MÚTUA
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“QUANDO AS ENFERMEIRAS AJUDAM SEMPRE QUE NECESSÁRIO E POSSÍVEL,
DEMONSTRANDO DISPONIBILIDADE E TORNANDO A CRIANÇA CADA VEZ MAIS
AUTÓNOMA”
ENCONTRO COM A AJUDA MÚTUA
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“SENTIR VONTADE DE MELHORAR CADA VEZ MAIS A
SITUAÇÃO E ARRANJAR SOLUÇÕES”
ENCONTRO COM A AJUDA MÚTUA
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QUANDO DIZEMOS QUE OS PAIS SÃO CAPAZES E QUANDO LHES
CONFERIMOS FORÇA PARA CONTINUAREM A TEREM CONFIANÇA
NOS CUIDADOS QUE PRESTAM AOS SEUS FILHOS
ENCONTRO COM A AJUDA MÚTUA
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COM QUE OS PAIS DE CRIANÇAS
COM DOENÇA CRÓNICA “AGARREM” OS DESAFIOS COMO
OPORTUNIDADES DE CRESCIMENTO
ENCONTRO COM A AJUDA MÚTUA
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A AJUDA
MÚTUA TEM PERMITIDO OFERECER SENTIMENTOS
POSITIVOS E DE ORGULHO, NO QUE JÁ SE ALCANÇOU NESTE
PERCURSO ASSISTENCIAL.
ENCONTRO COM A AJUDA MÚTUA
Outubro de 2009
“…see the best in everything around her—to help realize and construct…”
D a vi d Cooper r i d er , 2 0 0 5
ENCONTRO COM A AJUDA MÚTUA
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Intervenção de Enfermagem em grupos de ajuda mútua