LÍNGUA PORTUGUESA:
Período Composto
Profª Andréa Fávaro
ESTRUTURA SINTÁTICA DO
PERÍODO COMPOSTO
ORAÇÕES SUBORDINADAS
ADVERBIAIS
O socorro chegou tarde.
Advérbio.
O avião voa sobre a floresta.
Locução adverbial.
O fruto caiu quando Newton descansava sob a
Oração adverbial
Advérbio.
O animal fugiu inesperadamente.
O animal fugiu de surpresa.
Locução adverbial.
O animal fugiu quando ninguém esperava.
Função de adjunto adverbial.
Oração adverbial.
Conceituação de oração adverbial
I) Hoje em dia, recebemos as notícias imediatamente.
Adjunto adverbial
Advérbio
II) Hoje em dia, recebemos as notícias logo que os fatos ocorrem.
Adjunto adverbial
Oração subordinada adverbial
Marcas da oração subordinada adverbial
• Sempre vêm associadas a um verbo da oração principal.
• São introduzidas por conjunções subordinativas (porque,
quando, caso, embora...) ou por locuções que equivalem a
conjunções (para que, mesmo que, à medida que, desde
que...).
• Não são permutáveis, como as substantivas, por um
pronome substantivo (isso).
A cidade será evacuada caso o furacão mude de rumo.
TIPOS DE ORAÇÃO SUBORDINADA
ADVERBIAL
Oração subordinada adverbial causal
Árvores e casas caíram porque um vendaval assolou a cidade.
Oração subordinada adverbial causal
• Principais conjunções ou conectores que estabelecem
relação de causa: porque; visto que; já que; como.
• Quando se usa o conector como para estabelecer relação de
causa entre duas orações, a posição da oração causal é fixa:
sempre antes da oração principal. Exemplo:
Como a cortiça é mais leve do que a água, os objetos
fabricados com esse material flutuam nos lagos e rios.
Oração subordinada adverbial consecutiva
• Indica consequência.
Passou um vendaval tão violento, que árvores e casas caíram.
A única conjunção consecutiva
é o que, sempre precedida de
alguma palavra intensificadora
dentro da oração principal:
• tão... que;
• tamanho... que;
• tal... que.
Obs.: como os conceitos de
causa e consequência são
correlatos, um não existe sem
o outro. Quando a oração
adverbial indica causa, a
principal indica consequência
e vice-versa. Exemplos:
O incêndio se propagou rapidamente, porque o material era inflamável.
• Oração principal
• Indica consequência decorrente
do que diz a adverbial
• Oração subordinada adverbial causal
• Indica a causa que provocou o
evento indicado na oração principal
O material era tão inflamável, que o incêndio se propagou rapidamente.
• Oração principal
• Oração subordinada adverbial consecutiva
• Indica causa que provocou • Indica o fenômeno decorrente
o fenômeno relatado na
(consequente) do que a oração principal
adverbial
relata
Oração subordinada adverbial final
• Indica finalidade.
Eles se esforçaram para alcançar bons resultados.
• Finalidade é a intenção que se tem quando se pratica um ato.
• Distingue-se da consequência porque esta é o resultado
obtido por uma ação; a finalidade pode ser atingida ou não.
• Principais conjunções ou locuções conjuntivas finais:
para; para que; que; a fim de que; porque.
Oração subordinada adverbial condicional
• Indica uma condição.
Se não for verdadeira, a notícia prejudicará muita gente.
• Condição, nesse caso, é algo que depende de outra coisa para
ocorrer.
• Principais conjunções ou conectores condicionais:
se; caso; desde que; contanto que; sem que (= se não).
Oração subordinada adverbial concessiva
• Indica uma concessão.
Embora estivéssemos em pleno dia, quase nada se enxergava.
• Concessão, nesse caso, é o ato de conceder um argumento
contrário ao relato contido na oração principal.
• Principais conjunções ou locuções conjuntivas concessivas:
embora; ainda que; conquanto; mesmo que; por mais que;
por menos que; se bem que (= ainda que).
Oração subordinada adverbial conformativa
• Indica conformidade.
Ocorreram pancadas de chuva conforme previa a meteorologia.
• Conformidade é uma relação de correspondência (concordância)
entre dois episódios.
• Principais conjunções conformativas:
conforme; segundo; como (= conforme).
Oração subordinada adverbial comparativa
• Estabelece relação de comparação.
Ela se movia tal qual uma bailarina.
• Comparação consiste em colocar dois polos lado a lado para
avaliar a semelhança ou a diferença entre ambos, sob um
aspecto que eles possuem em comum.
• Principais conjunções comparativas:
como; que (sempre precedido dos advérbios menos ou mais);
qual (precedido de tal); quanto (precedido de tanto).
Oração subordinada adverbial proporcional
• Estabelece relação de proporção.
A coluna de mercúrio sobe à medida que a temperatura aumenta.
• Proporção, nesse contexto, consiste numa relação entre dois
polos, tal que toda alteração em um implica alteração em outro.
• Principais conjunções ou locuções conjuntivas proporcionais:
à proporção que; à medida que; quanto menos; quanto
mais.
Oração subordinada adverbial temporal
• Indica anterioridade, simultaneidade e
posterioridade em relação à oração principal.
Ela já veio com a canja antes que você trouxesse a galinha.
• Principais conjunções ou locuções conjuntivas temporais:
quando; enquanto; apenas; mal; antes que; logo que;
depois que; até que; sempre que.
ORAÇÕES SUBORDINADAS
REDUZIDAS
Orações subordinadas reduzidas
Orações subordinadas
• substantivas
• adverbiais
podem associar-se à oração
principal sem nenhum conector
(conjunção, locução conjuntiva
ou pronome relativo)
• adjetivas
Orações subordinadas reduzidas:
Apresentam o verbo no • infinitivo
• particípio
• gerúndio
Oração subordinada reduzida de infinitivo
O governo mandou investigar as denúncias.
Oração subordinada substantiva objetiva direta
reduzida de infinitivo
Oração subordinada desdobrada
O governo mandou que investigassem as denúncias.
Oração subordinada substantiva objetiva direta
Oração subordinada reduzida de particípio
Perdeu o trem por estar atrasado.
Oração subordinada adverbial causal reduzida de
particípio
Oração subordinada desdobrada
Perdeu o trem porque estava atrasado.
Oração subordinada adverbial causal
Oração subordinada reduzida de gerúndio
Estava lá um peregrino rezando fervoroso.
Oração subordinada
reduzida de gerúndio
adjetiva
restritiva
Oração subordinada desdobrada
Estava lá um peregrino que rezava fervoroso.
Oração subordinada adjetiva restritiva
ORAÇÕES
COORDENADAS
• Na coordenação não há um tronco de onde sai uma ramificação.
• Entre termos coordenados não há um subordinante e um subordinado.
• A coordenação, como a subordinação, pode ocorrer tanto entre dois
termos de uma oração, quanto entre duas orações de um período.
sujeit
o
Amor
e
são sentimentos nem sempre excludentes.
ódio
Nos varejões se encontram frutas
boas
e
baratas.
adj. adnominal
• Não apenas os termos de uma oração podem coordenar-se entre si,
mas também uma oração pode vir coordenada a outra.
• A coordenada não desempenha nenhuma função sintática em relação
a qualquer termo de outra oração.
A população mundial vem crescendo
e
as estatísticas provam esse fato.
Orações coordenadas sindéticas
• A coordenada introduzida
E zumbia, e voava,
E voava, e zumbia.
Machado de Assis
por um conector
(conjunção coordenativa)
E zumbia
chama-se
coordenada sindética
E voava
(do grego síndeton =
E voava
elemento de ligação).
E zumbia
Orações coordenadas assindéticas
E zumbia, e voava,
E voava, e zumbia.
Esses dois versos de Machado de Assis
contêm quatro orações que poderiam
vir sem nenhuma conjunção:
Zumbia, voava, voava, zumbia.
• Quando uma coordenada não vem introduzida por conjunção,
ela é chamada de coordenada assindética.
• A Nomenclatura Gramatical Brasileira não subclassifica as
orações coordenadas assindéticas.
• As orações coordenadas sindéticas são classificadas em
cinco tipos:
Oração coordenada sindética aditiva
• Mantém com a oração anterior uma relação de adição.
A terra é fértil e os frutos são produzidos em quantidade.
oração coordenada assindética.
oração coordenada sindética aditiva.
• Principais conjunções aditivas:
e; nem; mas (seguido de também).
Oração coordenada sindética adversativa
• Mantém com a oração anterior uma relação de
adversidade ou de oposição.
A terra é fértil, mas as colheitas são ruins.
oração coordenada assindética.
oração coordenada sindética adversativa.
• Principais conjunções ou conectores adversativos:
mas; porém; contudo; todavia; entretanto; no entanto.
Oração coordenada sindética adversativa
A coordenada adversativa
tem função argumentativa.
Ele rouba, mas faz.
Por isso vou votar nele.
Disposta à direita do
conector, tem peso
argumentativo sempre
superior ao dado contido
na oração anterior.
Ele faz, mas rouba.
Por isso não vou votar nele.
Oração coordenada sindética adversativa
• Contém uma contradição forte.
• Tem posição fixa. Não pode ser intercalada.
Romário já está velho, mas é um supercraque.
Oração subordinada adverbial concessiva
• Contém uma contradição fraca. Não invalida o que se diz
na oração principal.
• Admite anteposição ou intercalação.
Romário é um supercraque, embora já esteja velho.
Oração coordenada sindética alternativa
• Estabelece com a oração anterior uma relação de
alternância.
Eu deveria seguir à direita, ou tomar a direção oposta.
oração coordenada assindética.
oração coordenada sindética adversativa.
• Principais conjunções alternativas:
ou (repetida ou não nas coordenadas)
já; quer; seja (sempre vêm repetidas).
Oração coordenada sindética explicativa
• Contém um argumento para justificar ou confirmar
o dado da oração anterior.
Algo grave ocorreu, pois o médico nunca atrasa.
oração coordenada assindética.
oração coordenada sindética explicativa.
• Principais conjunções ou conectores explicativos:
pois (sempre antes do verbo); já que; visto que;
porque (com o sentido de pois).
Oração coordenada sindética conclusiva
• Extrai uma conclusão daquilo que foi relatado na
oração anterior.
Aquele ovo flutua na água, portanto está estragado.
oração coordenada assindética.
oração coordenada sindética conclusiva.
• Principais conjunções conclusivas:
portanto; logo; então; por conseguinte;
pois (sempre depois do verbo).
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Oração subordinada adverbial causal