Sociedade de Educação do Vale do Ipojuca - SESVALI
Faculdade do Vale do Ipojuca -Favip
Curso de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo
“É NÓS DO MORRO”
Vídeo-documentário sobre o Projeto Movimento pelo Cidadão „Sonhos do Morro‟
Sandra Paula Bezerra Silva
Jailson Lima de Azevêdo
Caruaru
2009
Diretores
Luiz de França Leite
Vicente Jorge Espíndola Rodrigues
Diretora Executiva
Profª. Mauricélia Bezerra Vidal
Diretor Acadêmico
Prof. Marjony Barros Camelo
Coordenadora do Curso de Jornalismo
Profª Rosângela Araújo de Souza
Professor Orientador
Prof. Tenaflae Lordelo
Sandra Paula Bezerra Silva
Jailson Lima de Azevêdo
“É NÓS DO MORRO”
Vídeo-documentário sobre o Projeto Movimento pelo Cidadão „Sonhos do Morro‟
Relatório de Trabalho de Conclusão de Curso
(TCC) apresentado ao Curso de Comunicação
Social com habilitação em Jornalismo da
Faculdade do Vale do Ipojuca, como parte do
requisito obrigatório para obtenção do título de
bacharel em Jornalismo.
Prof. Orientador Tenaflae Lordelo.
Caruaru
2009
S586e
Silva, Sandra Paula Bezerra.
“É nós do morro” – Vídeo-documentário sobre o projeto
social Movimento pelo Cidadão „Sonhos do Morro‟ / Sandra
Paula Bezerra Silva e Jailson Lima de Azevêdo. -- Caruaru :
FAVIP, 2009.
45 f.
Orientador(a) : Tenaflae Lôrdelo.
Trabalho de Conclusão de Curso (Jornalismo) -Faculdade do Vale do Ipojuca.
1. Morro do Bom Jesus. 2. Projeto social Sonhos do Morro.
3. Vídeo-documentário. I. Azevêdo, Jailson Lima de. II. Título.
CDU 070(09.2)
Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário: Jadinilson Afonso CRB-4/1367
Sandra Paula Bezerra Silva
Jailson Lima de Azevêdo
“É NÓS DO MORRO”
Vídeo-documentário sobre o Projeto Movimento pelo Cidadão „Sonhos do Morro‟
Aprovado em: ____/____/____
Banca examinadora
_______________________________________
Professor orientador
_________________________________________
1º prof. examinador
__________________________________________
2º prof. examinador
Caruaru
2009
DEDICATÓRIA
Dedicamos esse trabalho primeiramente a Deus, que nos concedeu a oportunidade de
adquirir conhecimento e concretizar um sonho. Em seguida, dedicamos um ao outro, pois
diante das peripécias do destino conseguimos algo mais importante que o diploma,
encontramos um amor para guardar por toda vida (assim desejamos!). Dedicamos também o
resultado desse vídeo ao Projeto Social Movimento pelo Cidadão „Sonhos do Morro‟, a cada
integrante que abriu as portas da sua vida e confiou no nosso trabalho. E como não poderia
faltar, dedicamos esse trabalho a nossa família e amigos, que acreditaram nos nossos sonhos e
investiram tempo e paciência para ouvir nossas histórias.
AGRADECIMENTOS
Antes de agradecer a todas as pessoas que nos ajudaram a chegar até aqui, queremos
agradecer a Deus por no penúltimo ano de faculdade não só ter nos unido como parceiros
nesse projeto, mas também como parceiros na vida e no amor. Essa será com certeza a nossa
maior alegria: estarmos juntos no momento mais importante das nossas vidas. Porém, para
que nós chegássemos até o final do curso tivemos que contar com a grande e valiosa ajuda dos
nossos pais. Eles que, além de nos ajudar financeiramente, sempre acreditaram no nosso
potencial, isso não tem preço. Contudo, durante esses quatro anos conhecemos pessoas e
fizemos amigos, que esperamos levar pelo resto das nossas vidas. E para que conseguíssemos
alcançar o conhecimento, sem sombra de dúvidas, tivemos grandes mestres, sem querer ser
injustos com os demais, expressamos os nossos sinceros agradecimentos aos mestres e
jornalistas Rosildo Brito e Rosângela Araújo, que além de nos agraciar com uma porção de
conhecimento, também nos ajudaram como pessoas.
Podemos confirmar que grande foi à batalha e doce será a conquista, pois só temos que
agradecer a cada aula, cada trabalho, cada seminário... Ficarão as lembranças das doces aulas
de Iraê Mota, das conversas amigas com Jurani Clementino, dos grandes debates instigados
pelo conhecimento de Marconi Aurélio, da persistência de Heleniza Saldanha em melhorar
nosso português, do dom da oratória da advogada que nos embalou com sua ética e filosofia,
Rita de Cássia. Enfim, cada um com sua peculiaridade e muita dedicação fizeram parte da
história da nossa vida acadêmica. E no final da nossa trajetória, agradecemos ao nosso
orientador que se interessou pelo nosso tema e comungou das nossas ideias de mostrar o outro
lado do morro. Ao nosso amigo e editor Adílson Lira e ao nosso companheiro Wagnner Sales
que nos apoiaram na realização desse sonho. Muito Obrigado a todos vocês...
“Tudo posso naquele que me fortalece”
Filipenses 4,13
RESUMO
Este relatório descreve os procedimentos necessários, desde o processo de concepção
do projeto, passando pelo relatório e a produção, chegando até a edição final do vídeodocumentário: “É NÓS DO MORRO”, baseado no Projeto Social Movimento pelo Cidadão
„Sonhos do Morro‟. Sendo o documentário movido por um anseio de mostrar à sociedade, de
forma diferente, a contribuição que esse projeto social possui para as pessoas beneficiadas por
ele. Desta feita, se evidencia a relevância dada através de um vídeo-documentário mostrando
a história do projeto social, que visa retirar crianças das ruas e da criminalidade e direcionálas para um caminho musical. Com isso, objetivando oferecer uma contribuição audiovisual
para aguçar o debate sobre projetos sociais realizados nas periferias e assim evidenciar para a
sociedade, em especial para estudantes e adolescentes, a contribuição dada pelo referido
projeto social. Em se tratando do processo utilizado para concretização do produto final, as
principais cenas foram aquelas que mostrassem uma visão do morro, concebida por pessoas
que moram no local. Os principais argumentos foram os que enfatizavam a vida passada em
comparação com a conquista atual. O roteiro foi pautado na junção de depoimentos e imagens
que caracterizassem a exposição do fator social e da importância da mudança alcançada
através da aprendizagem musical oferecida pelo „Sonhos do Morro‟. A partir da aplicação das
técnicas e da teoria sobre a produção de um vídeo-documentário, foram utilizados
equipamentos para captação de áudio e imagem, além da finalização do produto através da
edição de texto e imagem. Após dois meses de trabalho intenso para concretização do projeto
inicial, pode-se perceber que a proposta de evidenciar a história do „Sonhos do Morro‟, até
então desconhecido pela grande parte da sociedade local, será eternizada nos depoimentos dos
integrantes que relatam as mudanças ocorridas através da música e da sociabilidade.
Palavras-chave: Morro do Bom Jesus, Projeto Social Sonhos do Morro, Vídeodocumentário
ABSTRACT
This report describes the procedures necessary, since the process of project design,
through the reporting and production, reaching the final editing of the video documentary: "It
is WE DO MORRO" based on the Social Movement for the Project Citizen 'Dreams do Morro
„ . As the documentary driven by a desire to show the society, so different, the contribution
that this project has for the social people benefiting from it. This time, it highlights the
importance given by a documentary video showing the history of social project, which aims
to remove street children and crime and directing them to a musical path. Thus, aiming to
offer an audiovisual contribution to sharpen the debate on social projects in the peripheries
and thus demonstrate to society, especially for students and teenagers, the contribution made
by that social project. In the case of the process used to achieve the final product, the main
scenes were those that showed a view of the hill, designed by people who live on site. The
main arguments were those that emphasized past life compared with the current achievement.
The script was founded on the joint statements and images that characterize the exposure of
the social factor and the importance of change achieved through musical learning offered by
'Dreams do Morro'. By applying the techniques and theory on the production of a
documentary video, equipment was used to capture audio and video, as well as the finished
product by editing text and image. After two months of hard work to achieve the initial
design, one can see that the proposal to include the history of 'Dreams do Morro', hitherto
unknown to most of the local society, will be immortalized in the testimonies of members
who report changes occurred through music and sociability.
Keywords: Morro do Bom Jesus, Social Project Dreams Morro, Video documentary
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... ................................09
2. OBJETIVOS ....................................................................................................................................................16
3. PÚBLICO-ALVO ............................................................................................................. ...............................17
4. PROCEDIMENTOS TÉCNICO-METODOLÓGICOS ..............................................................................18
5. PRODUTO JORNALÍSTICO ........................................................................................... .............................23
6. CRONOGRAMA .............................................................................................................................................25
7. RECURSOS E ORÇAMENTOS ....................................................................................................................27
8. CONCLUSÃO ..................................................................................................................................................28
9. REFERÊNCIAS ................................................................................................................ ...............................30
APÊNDICE ..........................................................................................................................................................31
ANEXOS ...................................................................................................................... ........................................45
1. INTRODUÇÃO
A produção de um vídeo-documentário narrando a história do Projeto Movimento pelo
Cidadão „Sonhos do Morro‟, na cidade de Caruaru, faz parte de um anseio de mostrar à
sociedade, de forma diferente, a contribuição que esse projeto social possui para as pessoas
beneficiadas por ele. Desta forma, mostrando o que pensam os moradores. Como também,
evidenciando as dificuldades enfrentadas pela comunidade que possui uma história de
discriminação e exclusão social, causada devido ao índice de criminalidade existente no local
onde o „Sonhos do Morro‟ atua.
O Projeto Movimento pelo Cidadão „Sonhos do Morro‟é realizado no morro do Bom
Jesus desde 2001 e não tem fins lucrativos. Tendo como principal objetivo retirar as crianças
da marginalidade e com as atividades oferecidas pelo projeto, possibilitar aos seus integrantes
uma oportunidade de construírem conceitos éticos e morais através da música.
Inicialmente, para ampliar o debate sobre um documentário que mostra o projeto
social no morro do Bom Jesus, se faz necessário explicar o significado e a relevância de um
vídeo-documentário, para que se possa entender a relação entre um documentário e os
projetos sociais, como por exemplo, o do morro do Bom Jesus.
A partir dessa premissa, pode-se seguir a definição de Bill Nichols (2005), em sua
obra Introdução ao documentário, onde ele afirma que “todo filme é um documentário.
Mesmo a mais extravagante das ficções evidencia a cultura que a produziu e reproduz a
aparência das pessoas que fazem parte dela.” Para entender melhor o que distingue um filme
ficcional de um documentário de representação social é justamente a temática e a forma como
são abordados os temas centrais da narrativa, evidenciando a relação com os personagens.
Contudo, Bill Nichols (2005) defende que existem dois tipos de filmes:
Os documentários de satisfação de desejos são o que normalmente chamamos de
ficção. Esses filmes expressam de forma tangível nossos desejos e sonhos, nossos
pesadelos e terrores. [...] São filmes cujas verdades, cujas ideias e pontos de vista
podemos adotar como nosso ou rejeitar. [...] Os documentários de representação
social são os que normalmente chamamos de não-ficção. Esses filmes representam
de forma tangível aspectos de um mundo que já ocupamos e compartilhamos.
Tornam visível e audível, de maneira distinta, a matéria de que é feita a realidade
social, de acordo com a seleção e a organização realizadas pelo cineasta.
(NICHOLS, 2005, p. 26)
Desta feita, se evidencia a relevância dada através de um documentário mostrando a
história do projeto social, que visa retirar crianças das ruas e da criminalidade e direcioná-las
para um caminho musical. Caminho esse, que segundo o idealizador do projeto, Valdênio
Silva, “a nota máxima que se pode alcançar é a dignidade”. Para contextualizar a valorização
que um vídeo-documentário pode dar a um projeto social, Bill Nichols (2005) afirma que “os
documentários de representação social proporcionam novas visões de um mundo comum,
para que as exploremos e compreendamos”. (NICHOLS, 2005, p. 27)
Contudo, a utilização do vídeo-documentário além de reforçar a importância do olhar
jornalístico enfatizado no vídeo, serve como forma de aproximar a sociedade dos projetos
sociais. Por isso, a temática principal a ser discutida visa levantar reflexões ou provocar na
sociedade os questionamentos principais de como são realizadas as atividades básicas deste
projeto social, explorando as suas principais dificuldades e as conquistas alcançadas nesses
oito anos de atuação.
No âmbito do conhecimento, para aprimorar a apuração e a produção do vídeodocumentário, existem referências quanto à transição que ocorreu com a mídia audiovisual.
Alguns autores explicam a dinamização da fotografia no processo cinematográfico, e a
importância que esse recurso possui para a expressividade da arte e com isso a transformação
que o vídeo passou durante décadas até chegar ao formato atual. A partir de então, pode-se
compreender que o processo de transformação pelo qual passou a fotografia até chegar à
imagem audiovisual de um documentário possui relevância para a arte como um todo. Isso é o
que Roy Armes (1999) nos mostra quando diz:
Além da atuação transformada em produto, a nova mídia turvou a divisão
convencional entre obra de arte e fenômeno natural. O princípio de reprodução
mecânica da câmera gerou um desafio fundamental para a arte do pintor figurativo,
já que as imagens fotográficas podiam reclamar uma autoridade absoluta por serem
produzidas aparentemente de forma automática, sem intervenção da mão humana.
(ARMES,1999, p.108).
Dessa maneira, a união de um assunto tão relevante quanto à inserção de um projeto
social numa comunidade carente, pela ausência de políticas públicas efetivas, com uma mídia
que une som e imagem refletidas em sentimento e emoção de quem as assiste foi o foco
principal deste trabalho.
A importância de evidenciar através da ótica audiovisual os questionamentos e
levantamentos sobre essa temática, que abordou além da importância do trabalho do Projeto
Movimento pelo Cidadão “Sonhos do Morro”, a formação familiar de algumas crianças
envolvidas, outrora com a criminalidade, e outras que buscaram refúgio e proteção nos laços
afetivos da família para sair das ruas e da ociosidade. O vídeo-documentário foi a forma mais
próxima da realidade, onde o encanto da imagem e a força da expressão podem oferecer ao
espectador a capacidade de ver as questões sociais que nos cercam e que precisam da devida
atenção da sociedade. É nesse sentido que Bill Nichols (2005) expõe que através dos vídeosdocumentários “vemos visões (fílmicas) do mundo”. E para ele:
Essas visões colocam diante de nós questões sociais e atualidades, problemas
recorrentes e soluções possíveis. O vínculo entre o documentário e o mundo
histórico é forte e profundo. O documentário acrescenta uma nova dimensão à
memória popular e à história social. (NICHOLS,2005, p. 27)
Sendo o vídeo-documentário uma ferramenta usada, também, pelas reportagens
jornalísticas apresentadas nos telejornais, se faz necessário explicar a diferença que existe
entre um vídeo-documentário de reportagem apresentada num programa de televisão. Esse
questionamento permeia as práticas jornalísticas. Por isso, é apropriado reforçar com maiores
argumentações sobre o que distingue um estilo do outro. Historicamente, o documentário teve
intensa produção no Brasil, a partir do período conhecido como „mudo‟, que aconteceu na
primeira metade do século XX, indo até os anos de 1980. Na época, eles possuíam um
formato diferenciado, onde havia a produção de atualidades1, chamadas de cinejornais. Os
cinejornais eram compostos por uma programação protegida e regulamentada pelo Estado.
Nos anos 1930, o governo getulista investiu fortemente no Cine Jornal Brasileiro, que naquela
época fazia o papel de órgão oficial do regime. O espaço dos cinejornais na programação
cinematográfica continua até quase o final do século XX.
Atualmente, a forma narrativa vista como atualidades passou a ser conhecida como
reportagem. E para responder a diferença da reportagem para o documentário, o autor Fernão
Pessoa Ramos (2008) explica que:
[...] No documentário, há um espaço mais denso para a expressão do viés autoral,
geralmente ausente na reportagem. [...] Mas não está aí a diferença central entre
reportagem e documentário. O documentário constitui uma forma narrativa que é
geralmente fruída na unidade de uma extensão temporal determinada. Em outras
palavras, as vozes que enunciam no documentário pertencem a um conjunto
discursivo orgânico que estamos chamando de narrativa. [...] O documentário,
portanto, é um filme no modo que possui de veicular suas asserções e no modo pelo
qual as asserções articulam-se enquanto narrativa com começo e fim em si mesma.
(RAMOS, 2008, p. 58)
Explorando ainda mais esse âmbito duvidoso entre o significado e a diferença dos
estilos jornalísticos, Ramos (2008) ainda completa que “a reportagem é uma narrativa que
enuncia asserções sobre o mundo, mas que, diferentemente do documentário, é veiculada
dentro de um programa televisivo que chamamos telejornal” (RAMOS, 2008, p.58).
1
O estilo de atualidades recebeu um nome contemporâneo de reportagem e de acordo com Fernão Pessoa
Ramos o documentário é arte e não mera atualidade.
Outra diferença que se pode destacar é a participação direta de um repórter (jornalista)
informando sobre o assunto abordado, geralmente interagindo com um âncora que apresenta o
programa. Em se tratando do documentário essa figura é desnecessária. O programa de
telejornal possui uma continuidade de informações e notícias, sem o uso de uma narrativa que
articule o assunto. Diferentemente da reportagem, o documentário não está diretamente ligado
aos acontecimentos factuais gerados pelo cotidiano. A narrativa de filme documentário pode
ser veiculada, e mesmo produzida por um programa televisivo de reportagens como é o caso
do programa Globo Repórter.
Entretanto, os documentários dão voz a um problema social2. Através da
argumentação orientada pelo diretor do filme documentário a narrativa passa a ter uma voz,
que de certa forma, irá expressar aquilo que o diretor quer explorar com mais ênfase. Dessa
feita, se estamos produzindo um documentário acerca da história de uma determinada
entidade filantrópica, por exemplo, se não estiver dentro do roteiro mostrar as dificuldades e
os pontos negativos desse projeto, só serão expostos às conquistas e facilidades. Esse roteiro é
permeado por um sentido lógico, onde aquilo que for do interesse do diretor estará incluso no
contexto histórico da filmagem.
Contudo, os documentários vão muito além do roteiro. As falas dos personagens
tomam rumos, muitas vezes inesperados pelo diretor, pois o discurso é ampliando pela força
da expressão e dos valores refletidos pelo personagem que narra a sua história. O vídeodocumentário como representação social, passa a ser uma voz entre muitas outras numa
realidade do debate e da contestação social3. O que pode ser relevante nesse contexto de voz
transmitida pelo documentário é que eles não são uma reprodução da realidade e por isso eles
adquirem voz própria. Essa voz é concebida através do meio pelo qual o ponto de vista
acontece, sendo então o vídeo-documentário uma representação do mundo.
Bill Nichols defende que:
A voz do documentário pode defender uma causa, apresentar um argumento, bem
como transmitir um ponto de vista. Os documentários procuram nos persuadir ou
convencer, pela força de seu argumento, ou ponto de vista, e pelo atrativo, ou poder,
de sua voz. A voz do documentário é a maneira especial de expressar um argumento
ou uma perspectiva. (NICHOLS, 2005, p. 73)
Sendo assim, falar do Projeto Movimento pelo Cidadão „Sonhos do Morro‟ e não
explicar a importância do apoio e incentivo das instituições, que tentam amenizar o impacto
2
NICHOLS, 2005, p. 73
3
Isso é o que afirma NICHOLS, 2005, p. 73
das questões sociais, deixaria uma lacuna para a compreensão do espectador. Principalmente,
se não for explicado o poder de atração que os documentários exercem ao apresentar as
questões sociais e políticas que interferem na vida da sociedade moderna. Vistos como uma
representação da realidade, porém de forma artística e não reproduzida através de uma
reportagem que trata uma notícia factual. Os documentários podem atuar de formas diferentes
na representação documental de determinado fato. O documentário de questões sociais se
harmoniza com o modo expositivo, ao modo que o retrato social se harmoniza com os modos
participativos ou observativos e com debates contemporâneos sobre a política de identidade4.
Na produção documental existem alguns filmes documentários que colocam o foco no
indivíduo e não na questão social. Nesse sentido, os personagens do filme deixam a questão
social de maneira que o espectador entenda os valores e a mensagem de forma subliminar.
Não sendo essa a intenção do documentário “É NÓS DO MORRO”, pois os personagens são
os principais argumentos de uma questão social que precisa ser mais bem entendida pela
sociedade. O projeto social e a vida no morro do Bom Jesus se correlacionam e juntas narram
a história principal desse vídeo.
O „Sonhos do Morro‟ nasceu de uma brincadeira de colégio, quando o então aluno,
Valdênio Silva, em 2001, decidiu criar um grupo de teatro na Escola Estadual Antônia
Cavalcanti, localizada no bairro São Francisco, nas proximidades do morro Bom Jesus. Dessa
brincadeira, surgiu a necessidade de ajudar os menos favorecidos a sair das ruas e da
ociosidade através de atividades que pudessem ocupar o tempo e incentivar à prática de
exercícios físicos e o aprendizado sócio-cultural. A partir de então, com a ajuda do antigo
diretor da escola, José Laurentino5, foram criadas diversas atividades envolvendo crianças,
idosos e adultos do morro, entre elas aulas de capoeira, dança, teatro, futsal, artes marciais,
voleibol, ginástica e outras. Todas as atividades contavam com o espaço físico da escola e
com a disponibilidade de professores voluntários. Porém, com o passar dos anos as
dificuldades foram aumentando e manter um projeto social, com aproximadamente mil
pessoas, sem ajuda financeira, passou a ser uma utopia inatingível6.
4
Segundo Nichols (2005) na página 205 os documentários de questões sociais consideram as questões
coletivas de uma perspectiva social.
5
O diretor faleceu no ano de 2007 , devido complicações de saúde. Após sua morte, o projeto deixou de ter o
apoio do colégio, passando a contar apenas com a banda de fanfarra que ensaiava nas ruas do centro da
cidade.
6
Isso é o que afirma o próprio Valdênio Silva, idealizador do projeto social.
Mesmo diante dos obstáculos, o projeto não acabou. As atividades foram diminuindo,
as pessoas envolvidas foram se afastando e o grupo foi decrescendo. Contudo, a música não
deu a sua última nota. Os ensaios passaram a ser nas ruas das cidades. Os instrumentos foram
sendo adquiridos através da força de vontade dos integrantes. E o projeto foi caminhando, a
passos lentos, porém andando para um futuro próspero.
Atualmente, após muito esforço, Valdênio conseguiu adquirir um local para implantar
a sede do projeto, localizado na escadaria que dá acesso ao morro Bom Jesus. A casa é
pequena, com um único cômodo, mas abriga os instrumentos e os sonhos das mais de 40
crianças e adolescentes que participam da banda. Os ensaios acontecem duas vezes por
semana. Os integrantes da banda sobem quase 200 degraus para pegarem os instrumentos, no
intuito de ensaiarem pelas ruas do centro da cidade. Após duas horas de ensaio, a
peregrinação é refeita para guardar o material e retornar para o lar, após um dia de trabalho e
muito esforço.
Mesmo com os problemas enfrentados pelos jovens, como a falta de infraestrutura e
políticas públicas no morro, os integrantes do projeto acreditam que podem ter um futuro
melhor. Esperam que nos próximos anos sejam reconhecidos como músicos e bons
profissionais. O preconceito que os cercam só perde para a vontade de mudar essa realidade.
Vistos pela sociedade como os “marginais do morro”, essas crianças e adolescentes
que realmente têm histórias difíceis para contar, superam seus traumas familiares e
conquistam aplausos por onde passam. A banda já conquistou dezenas de troféus. Já
participaram de vários encontros de bandas em diversas cidades do Estado. Esse que é um dos
motivos de orgulho e alegria que envolve os componentes do grupo, pois em outras cidades
eles não são vistos com indiferença, mas se sentem observados como grandes concorrentes.
Atrelado a essa afirmação pode-se entender as relações interpessoais que as crianças
que procuram o Movimento pelo Cidadão „Sonhos do Morro‟ possuem com a realidade de
moradia, educação, segurança e estruturação familiar em que vivem. Por isso, a meta do
vídeo-documentário “É NÓS DO MORRO” foi promover a utilização do vídeo, para que ele
possa servir como instrumento de divulgação do „Sonhos do Morro‟, principalmente pelo
projeto ser pouco conhecido na cidade. Além disso, o formato de um documentário sobre esse
projeto é algo inédito, que poderá abrir as portas para futuros patrocínios. E acima de tudo, a
principal intenção foi auxiliar a sociedade na compreensão da importância que há no apoio
dado às crianças carentes, pois o vídeo se propôs a fortalecer a imagem desse projeto social
junto à comunidade que ele ajuda, na intenção de amenizar os impactos causados pelo
preconceito que envolve os moradores do morro.
O problema social mais discutido atualmente engloba a violência de um modo geral.
Desse modo, convém analisar algumas afirmações acerca da construção da infância em meio
a uma sociedade discriminada pela sua condição financeira e seu poder de consumo. Com
base nessa argumentação, alguns autores uniram-se e escreveram a obra Infância e a violência
doméstica: fronteiras do conhecimento, aonde chegaram à seguinte assertiva:
Num mundo categorial pré-fabricado, o objeto só pode existir pela sua submissão às
categorias, as quais não pertencem a ele, mas à lógica subjetiva. O mundo da
administração total recai na repetição cega da natureza e o sacrifício de Ulisses
torna-se inútil. Assim, é o Ego agora que se sacrifica para uma realização falsificada
de desejos. Se, no capitalismo liberal, necessitava-se de um Ego forte para criar a
propriedade privada através da concorrência e de normas interiorizadas, no
capitalismo dos monopólios a propriedade não se afirma mais por indivíduos fortes,
mas por conglomerados com regras exteriores ao indivíduo (AZEVEDO, 2000, p.
21).
A partir desse ponto de observação familiar, é mostrado através das inserções
familiares, as diferentes formas de convivência familiar de alguns dos componentes do projeto
social „Sonhos do Morro‟. Como vivem e de que forma a ação do projeto atinge suas famílias,
como os conceitos e princípios do idealizador do projeto e seus colaboradores são repassados
para os participantes, e por osmose transmitidos aos seus familiares.
Explorando essa argumentação, também foi observada a obra Linguagens da
Violência, que trata dessa temática e aborda questionamentos sobre a cobertura jornalística
dada à criminalidade. Para os autores o aumento da marginalidade foi acompanhado por um
debate sobre a natureza e as consequências que envolvem esse incremento: “Este excesso de
tematização teve o efeito de construir um determinado imaginário sobre a violência, que
passou a informar e produzir atitudes sociais a ela referenciadas.” (PEREIRA, 2000, p. 144).
Diante os argumentos e recursos apresentados, pode-se dizer que o produto resultado
desse projeto, está enquadrado em dois tipos de documentário: observativo e reflexivo7.
Aplica-se aos dois estilos, visto que “a identificação de um filme com um certo modo não
precisa ser total” (NICHOLS, 2005, p. 136). Portanto, se encaixa no estilo observativo na
medida em que o projeto social é observado ao longo do documentário, seja em depoimentos
dos personagens, seja nas imagens captadas pelo sujeito-câmera8 profissional.
7
Conforme estabelece Nichols (2005) no livro Introdução ao Documentário.
Termo utilizado por RAMOS (2008). Refere-se, basicamente, ao sujeito que captou as imagens, ou seja, os
cinegrafistas
8
2. OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Oferecer uma contribuição audiovisual para aguçar o debate sobre projetos sociais realizados
nas periferias e com isso evidenciar para a sociedade, em especial para estudantes e
adolescentes, a contribuição dada pelo Projeto Movimento pelo Cidadão „Sonhos do Morro‟.
2.2 Objetivos Específicos
Evidenciar a história do projeto “Sonhos do Morro” e a importância do trabalho
oferecido para a comunidade;
Mostrar para a sociedade a importância que projetos sociais possuem na trajetória
diária desses menores;
Responder se os projetos sociais são suficientes para afastar jovens da criminalidade;
Mostrar exemplos de integrantes do grupo “Sonhos do Morro” que conseguiram mudar
sua trajetória de vida;
Evidenciar como os moradores dessa localidade sofrem com o preconceito e a falta de
estrutura e questionar a falta de incentivo e estrutura oferecida pelos órgãos públicos
governamentais;
Fazer com que o vídeo documentário sirva como instrumento para que o Projeto
Movimento pelo Cidadão „Sonhos do Morro‟, consiga patrocínios financeiros de
entidades públicas e privadas;
Evidenciar para a sociedade o quanto esse projeto é importante para a ressocialização
de menores infratores.
3. PÚBLICO-ALVO
Este vídeo-documentário é destinado em especial aos adolescentes e estudantes de um
modo geral, como também para toda a sociedade. Pois, o seu tema refere-se ao valor dos
projetos sociais que contribuem para a valorização e o resgate dos menores que vivem em
meio à criminalidade. Pode-se dizer, portanto, que esse vídeo pode ser usado como ferramenta
de debate educacional, além de quebrar paradigmas e de mostrar a realidade dos cidadãos que
moram no morro do Bom Jesus e convivem com a falta de políticas públicas e da iniciativa
privada. O documentário “É NÓS DO MORRO”, também é destinado aos demais projetos
sociais, como forma de se pautar nos pontos positivos trabalhados pelo „Sonhos do Morro‟.
Como também, pode ser observado como instrumento de viabilização para que órgãos
municipais apliquem políticas públicas no morro do Bom Jesus, e também em localidades
semelhantes à mencionada.
4. PROCEDIMENTOS TÉCNICO-METODOLÓGICOS
A parte inicial da metodologia do vídeo-documentário “É NÓS DO MORRO” teve início
com a escolha do tema, ainda no 2º semestre do curso de jornalismo, quando após a realização
de um trabalho etnográfico, foi constatado a importância de ser oferecer um trabalho de
conclusão de curso ao referido projeto social, que tanto faz pela comunidade do morro Bom
Jesus, e consequentemente, por toda a cidade.
Quanto à escolha do vídeo-documentário como formato de apresentação do trabalho, se
deu no início do 7º período, quando foi formado o grupo e por haver a participação de um
cinegrafista, houve a possibilidade de facilitação das etapas do projeto. Além do que, como
foi discorrido na introdução, a junção audiovisual causa uma maior aproximação com a
realidade, uma vez que possibilita a emoção através da junção das imagens e das narrativas de
vida dos personagens. Como a intenção primordial do trabalho é provocar a reflexão na
sociedade sobre a importância desse tipo de projeto social que ajuda menores carentes e como
diz o ditado popular: “as imagens falam mais do que mil palavras”.
Em seguida, foi dado início ao processo de levantamento de literatura. Foi necessário
consultar a bibliografia específica para a construção da argumentação e informação acerca da
construção de um documentário. Além disso, foram consultadas referências bibliográficas que
mencionassem questões sociais com ênfase para a vida nas comunidades carentes, e obras que
abordasse a problemática de violência infantil.
A fase de coleta de dados foi trabalhada durante três anos, com o acompanhamento de
alguns personagens do projeto, como também dos obstáculos que vinham sendo ultrapassados
pelo grupo. Contudo, essa fase foi intensificada a partir de abril desse ano, quando teve início
a coleta de dados atuais para embasar o relatório do pré-projeto, parte essencial para a
conclusão da disciplina projeto experimental I, onde foi necessário entregar um esboço de
como seria realizado o vídeo-documentário “É NÓS DO MORRO”.
A fase de contatos, elaboração de pauta e marcação foram focadas nos dias que
antecederam a principal marcação, que seria o primeiro dia de filmagens. O trabalho de
captação das imagens teve início com os preparativos para o desfile do feriado de 7 de
Setembro, dia esperado com muita ansiedade para apresentação do grupo pela principal
avenida da cidade, com a presença de autoridades e o grande público.
Como a sede do projeto fica localizada nas escadarias do morro Bom Jesus, o principal
empecilho além de ser físico também foi psicológico. Subir o morro com um equipamento de
filmagem, sendo desconhecido dos moradores e „invadindo‟ a rotina diária do local é algo que
inicialmente causa medo e preconceito.
No feriado da independência, as gravações começaram às 5h30 da manhã. Após
acompanhar todo o desfile cívico, a maratona terminou às 13h após a apresentação do grupo e
o retorno para a sede para guardar os instrumentos.
Passado o período de captação de imagens do desfile, estava na hora de retornar ao
morro para conhecer melhor a história de vida dos personagens principais. Se engana quem
pensa que essa tarefa foi fácil. Entrar na intimidade de pessoas sofridas, com passado de
criminalidade e dissabores é muito complicado. Fazer com que pessoas que se sentem
excluídas socialmente falem dos problemas que as cercam e das tristezas que permeiam seu
coração, não é tão simples quanto filmar o momento de descontração proporcionado pelo
desfile de 7 de Setembro.
Foram mais dois dias de gravações. Para se ter uma ideia dessa etapa, um dos
entrevistados com uma história „barra pesada‟, após a entrevista disparou: “Eu sempre quis
desabafar com alguém. Agora tô aliviado!”. Certos de terem ajudado ao projeto, as crianças
de passado difícil sorriam alegremente sem temer a indiferença e o preconceito de abrirem as
páginas mais sombrias do livro das suas vidas.
Assim foi pautado o roteiro do vídeo documentário “É NÓS DO MORRO”. As
principais cenas eram tidas como aquelas que mostrassem a verdadeira face do morro. Os
principais argumentos eram aqueles que repassem a vida passada em comparação com a
conquista atual. O que importa na verdade não quem está falando, mas o que cada um tem
para falar. A mensagem só é recebida quando o receptor se deixa invadir pela realidade que
abrange a vida dos menos favorecidos e chega até a porta dos bem sucedidos.
Com base nessa argumentação, foi decidido que no decorrer do vídeo-documentário,
os argumentos seriam a intenção primordial da narrativa. Não seria necessário creditar as
pessoas, pois não importa quem elas são, qual sua profissão ou o local onde elas nasceram e
vivem, mas sim o que elas têm para dizer. Os argumentos são as vozes desse documentário.
Não importa se quem fala é um sociólogo, um policial ou mesmo um ex-viciado, o que
realmente possui relevância é o que cada um tem para dizer. Essa voz é o estilo abordado
pelos estudantes que escolheram esse tema como foco do trabalho de conclusão de curso.
A exemplo desse argumento, foi verificado no filme documentário Ônibus 174,
dirigido por José Padilha, que narra o outro lado da história real do desempregado Sandro do
Nascimento, que no dia 12 de Junho de 2000, invadiu um ônibus na zona sul do Rio de
Janeiro e fez ameaças aos passageiros. Após quatro horas e meia da invasão ao ônibus, Sandro
fez a professora Geisa Gonçalves de escudo para sair do ônibus. Na sequência, a polícia
interferiu no sequestro e na tentativa de atingir o sequestrador, um atirador de elite deferiu um
tiro que atingiu a refém. Sandro do Nascimento foi preso, porém chegou ao hospital sem vida.
A história da vida de Sandro, sobrevivente da chacina da candelária, que aconteceu em 23 de
Julho de 1993, foi contada através desse vídeo9. O diretor também refletiu sobre a voz que ele
queria dar ao filme e optou por deixar os argumentos falarem mais alto. Essa também foi a
opção adotada no roteiro desse vídeo-documentário. Cada personagem que participou do
documentário “É NÓS DO MORRO” possui uma voz única, independente do local onde vive
e da história que tem para contar.
Fernão Pessoa Ramos (2008), afirma que a estrutura narrativa do Ônibus 174, “possui
uma amarração mais clássica que Notícias, tendo como polo de gravidade as imagens ao vivo
do sequestro” 10. Essa forma de representar a realidade desse sequestro, mostrando também a
vida do sequestrador, com imagens da morte real da refém e a suposta morte por sufocamento
de Sandro Nascimento, segundo Ramos (2008) “compõem o horror da representação do
popular criminalizado em seu embate com a truculência policial”11.
Voltando para a realidade de Caruaru, muitos dos entrevistados para o vídeodocumentário afirmaram que: “Viver no morro é motivo para orgulho”. Diante desse fio
condutor12 traçado pelos autores, o vídeo-documentário foi sendo moldado com base nos
depoimentos e nos relatos de como é a vida no morro do Bom Jesus, uma vez que o projeto
interfere diretamente nessa comunidade. Salientando que nem todos os integrantes do „Sonhos
do Morro‟ moram no morro Bom Jesus.
A fase de decupagem foi uma das mais difíceis, pois foram usadas 10 fitas para
captura de imagens. Isso representa em média mais de 9 horas de gravações. Levando-se em
consideração que avaliar um conteúdo tão extenso para preparar o roteiro, com base nos
relatos mais importantes para a construção do vídeo, foi um trabalho que exigiu tempo e
paciência.
Em se tratando ainda da fase da construção do fio condutor que iria direcionar os
assuntos, esses que são linkados por meio de cartelas que expressam a principal temática do
bloco a seguir, surgiu a ideia de juntar ao vídeo uma trilha sonora que desse ritmo e
9
Informações retiradas de uma matéria jornalística do site G1
10
RAMOS, 2008, p. 228
11
RAMOS, 2008, p. 228
12
O fio condutor mencionado refere-se ao desfile de 7 de Setembro e a importância que esse dia tem para a vida
dos integrantes do projeto. A explanação da vida de cada um foi entrelaçada com a importância que o projeto
possui para essas pessoas e a mudança refletida para se manter no projeto.
contextualização à temática abordada. A partir desse pensamento, foi adaptada a realidade do
grupo „Sonhos do Morro‟, à letra da música Rap da felicidade, de autoria dos Dj´s Cidinho e
Doca, que fez sucesso nos bailes funks cariocas e que pode representar a realidade de
qualquer comunidade carente do país. Assim sendo, foi proposta a utilização da realidade da
letra da música, adaptando-a ao contexto do morro do Bom Jesus. Contudo, para que a
introdução de um videoclipe, que se distingue das unidades filme ou programa, não fosse
encarada como forma de mudar a realidade do projeto e interferir na representação social do
vídeo-documentário, foram consultadas referências bibliográficas acerca dessa temática. Na
obra Mas afinal... o que é mesmo documentário?, de Fernão Pessoa Ramos (2008), o autor
afirma que :
[...] Dentro da metodologia que estamos utilizando para definir o campo
documentário, apontando para o seu emprego em mídias diversas, videoclipe e
narrativa documentária formam campos distintos, facilmente distinguíveis entre si.
O que não impede, naturalmente, que narrativas documentárias incorporem
videoclipes como material expressivo. [...] No videoclipe , a consecução da unidade
plano não costura o espaço, como na narrativa clássica, mas segue o movimento da
figura (sempre melódico), em sua forma imagem-camêra reflexa13. A articulação
entre os planos explora efeitos de montagem, que se tornam explícitos como parte da
própria melodia. (RAMOS, 2008, p. 71)
Passada a fase de captação e produção das imagens e entrevistas, teve início a etapa de
edição do material capturado. Para isso foi necessário consultar o roteiro, também conhecido
como script, que foi elaborado anteriormente para que desse auxílio quanto à sequência de
imagens e áudios utilizados na construção do vídeo-documentário.
Essa também não foi uma das etapas mais simples (se é que podemos dizer que existiu
alguma etapa fácil), pois é necessária habilidade com a edição de texto e imagem no processo
de montagem da linha de raciocínio do documentário. Embora, a edição tenha contado com a
colaboração de um profissional, toda a sequência foi sugerida pelo grupo. Levando em
consideração que usar quase 10 horas de imagens para resumir em 20 minutos é uma tarefa
que exige sensibilidade jornalística. Contudo, foram mais de 20 horas dedicadas ao processo
de pré-edição, com a utilização de cortes de sonoras e de recursos técnicos, a exemplo de
tarjas para créditos, vinhetas, uso de fusão e fade. Em seguida foi necessária a avaliação do
13
RAMOS (2008, p. 133) coloca que a imagem-camêra precisa incorporar para si, a dimensão instantânea e não
subjetiva da composição imagética do reflexo. Sendo a imagem-camêra a mediação de uma máquina chamada
câmera, operada por um indivíduo que ele intitula de sujeito-camêra.
professor orientador, e após suas indagações começou-se à etapa de edição final.
Em meio a tantos procedimentos técnicos e metodológicos, foi sendo produzido o
relatório textual, que contém todas as descriminações teóricas e práticas utilizadas pelo grupo
para a construção desse vídeo-documentário.
Em se tratando da construção e finalização do projeto, passando pela trajetória inicial
até chegar ao produto pronto, foi árdua. Através do caminho trilhado, passando por todos os
processos de pesquisa, apuração, produção e edição, chegou-se ao trabalho final que se
compõe apenas de uma narrativa embasada na voz de depoimentos. Como cita Hampe (1997,
p. 09), “a vida não vem com um narrador ou música de fundo”, por isso utilizou-se, no
documentário, apenas sonoras (depoimentos) dos personagens, devidamente editadas e
interligadas seguindo um roteiro pré-estabelecido e, posteriormente, adaptado às captações
realizadas, com a intenção de dar mais realismo ao trabalho.
5. PRODUTO JORNALÍSTICO
Na etapa de elaboração de um vídeo-documentário tudo interfere no resultado. Para
que o resultado final seja o esperado, é necessária a junção de equipamentos e circunstâncias
(quantidade de luz, local, etc.) para que se possa acrescentar uma formatação ao produto final.
Os tópicos seguintes trazem as especificações técnicas próprias do vídeo-documentário
produzido: a) Nome do vídeo-documentário: “É NÓS DO MORRO”; b) Equipamentos
utilizados para a captação das imagens: Sony HDV-HVRV1N; c) Equipamentos utilizados
para a captação do áudio: Microfone tipo lapela Sony UWP (sonoras), microfone direcional
do próprio equipamento (demais imagens); d) Suporte de gravação: Fitas MiniDV Sony
(imagens e sonoras); e) Iluminação utilizada em ambientes internos: tripé de iluminação de
1000 watts; f) Outros equipamentos: Tripé; g) Duração do vídeo sem os créditos: 17‟40”; h)
Duração total do vídeo: 19‟50” ; i) Trilha sonora: Rap da Felicidade (Dj Cidinho e Dj Doca),
A Carne (Seu Jorge, Marcelo Yuca e Wilson Capellette) e trechos da apresentação do banda
de percussão „Sonhos do Morro‟; j) Programa utilizado na edição: Adobe Première Pro; l)
Fonte utilizada nos créditos e nas cartelas: Arial Bold; m) Cor da fonte: Branca; n) Blocos: Os
assuntos são divididos através de cartelas que reforçam a temática que será argumentada pelos
entrevistados. Ao todo, são apresentadas cinco cartelas. Cada cartela é reforçada pela
linguagem popular, ou seja, foram utilizadas gírias do cotidiano das periferias para expressar
o teor dos argumentos do bloco. Sendo assim, o 1º bloco é marcado pela gíria no batente, que
se refere ao trabalho realizado pelos integrantes do grupo, no dia que antecede o desfile
cívico. No 2º bloco foi utilizada a expressão: O dia dos “caras”, escolhida com base no
depoimento de um dos integrantes que afirma que durante o desfile se sente „o cara‟ vendo
todo mundo olhar para ele. Já o 3º bloco enfatiza as histórias de vida de alguns dos integrantes
do projeto, principalmente antes de participarem do grupo, quando usavam drogas e cometiam
delitos. Por isso, esse bloco foi intitulado de Barra Pesada. O 4º bloco tratou sobre o projeto
social e a contribuição oferecida aos integrantes. Com base nisso, a cartela foi nomeada de
Sonhos do Morro. A última cartela, que encerra o vídeo-documentário, mostra a visão de
moradores e autoridades sobre a criminalidade existente no morro e as dificuldades dos
moradores com a falta de estrutura no local. Com isso, o bloco recebeu o nome de Morro Bom
Jesus.
O vídeo-documentário “É NÓS DO MORRO” não possui uma linha tênue de
argumentação, baseada na construção lógica de início, meio e fim. Sendo assim, foi utilizado
como fio condutor o momento mais esperado pelo grupo, que é o desfile cívico de 07 de
Setembro. A narrativa tem início a partir dos preparativos para o desfile, passando pela
concretização da apresentação do grupo, explorando as histórias de vida antes e depois de
entrarem para o projeto e fechando com a problemática encontrada no local onde o projeto
atua.
Para concluir a argumentação audiovisual foi contextualizada a fala do fundador do
projeto, onde ele enfatiza que os integrantes do grupo “são o morro Bom Jesus”, com a
apresentação do videoclipe que interliga a letra da música Rap da Felicidade com a realidade
de vida dos moradores do morro Bom Jesus e com o anseio comum de ser feliz no local onde
nasceram sendo representada pela letra da música. De forma que, por se tratar de um projeto
social que enfatiza a musicalidade, foi visto que a música seria a melhor maneira de finalizar
o vídeo-documentário.
6. CRONOGRAMA
Escolha do tema e formato: Essa fase consiste em definir o tema abordado e a
forma como ele será apresentado. Período: Fevereiro de 2009.
Levantamento de literatura: Nessa etapa, se fez necessária uma ampla abordagem
em obras que explorassem a temática voltada para as técnicas utilizadas para a
gravação de um vídeo-documentário, como também a consulta bibliográfica a
obras que explorassem a vida de crianças que moram em comunidades carentes.
Período: Fevereiro a Agosto de 2009.
Coleta de Dados: Pesquisa de campo, onde foi preciso iniciar a busca por
informações sobre o morro do Bom Jesus e o Projeto Movimento pelo Cidadão
„Sonhos do Morro‟. Período: Março a Agosto de 2009.
Conclusão do pré-projeto: Período que as pesquisas iniciais foram concluídas e
mensuradas em um pré-projeto para concluir a disciplina Projeto Experimental I,
sendo proposta a execução do vídeo-documentário “É NÓS DO MORRO”.
Período: Maio de 2009.
Revisão e entrega do pré-projeto: conclusão do pré-projeto para a avaliação da
professora responsável pela disciplina. Período: Junho de 2009.
Orientação: Essa fase teve a importância de nortear o fio condutor do vídeodocumentário e do relatório. A partir das conversas semanais com o orientador, o
roteiro foi sendo definido e o projeto foi ganhando recursos técnicos, como: trilha
sonora, cartelas entre os blocos, definição de imagens importantes entre outros.
Período: Agosto a Novembro de 2009.
Definição de personagens: Só a partir das primeiras gravações é que os
personagens foram sendo definidos, de acordo com suas histórias de vida e a
integração junto ao projeto social. Período: Setembro e Outubro de 2009.
Produção, marcação e gravações: O período de captação de imagens teve início no
dia 06 de Setembro, dia que antecede o desfile de cívico. No dia 07 de Setembro
houve uma grande captação de sonoras e imagens, pois era o principal dia para os
integrantes do projeto social. Passada essa fase, as gravações foram pausadas, pois
o grupo estava viajando para se apresentar em outras cidades do Estado, sendo
retomadas por mais dois domingos do mês de outubro, 04 e 11, respectivamente.
Período: Setembro e Outubro de 2009.
Decupagem e pré-edição: A fase de decupagem foi sendo iniciada em conjunto
com a produção do roteiro, devido a grande quantidade de material audiovisual
colhido durante as gravações. Contudo, a pré-edição foi iniciada após a captura de
todo o material. Período: Setembro e Outubro de 2009.
Produção do relatório: A partir das orientações e do levantamento de informações
sobre o formato escolhido o relatório foi sendo elaborado com base nas referências
bibliográficas e no contexto da execução do vídeo-documentário. Período:
Setembro a Novembro de 2009.
Revisão geral do vídeo e do relatório: Após a execução de ambos os trabalho,
textual e prático, o material foi submetido à analise do orientador, que fez as
correlações e encaminhou as alterações finais. Período: Novembro de 2009.
Edição final do vídeo/ conclusão do relatório/ entrega do projeto: Feitos os devidos
ajustes após a revisão, é chegada a hora de entregar o projeto para a avaliação da
banca examinadora. Período: Novembro de 2009.
Defesa: Apresentação do vídeo-documentário “É NÓS DO MORRO” para a banca
examinadora e defesa dos argumentos apresentados no relatório de execução do
projeto. Período: Novembro de 2009.
7. RECURSOS FINANCEIROS
DESCRIMINAÇÃO DE MATERIAL E EQUIPAMENTOS
1. Combustível para locomoção (carro e moto)
50,00
2. Dvd´s virgens (10 unidades)
15,00
3. Fitas dvcam ( 10 unidades)
130,00
4. Cinegrafista
*
5. Edição de imagens
*
6. Câmera filmadora
*
7. Impressão das capas dos DVD´s, mídias de DVD´s e etiquetas
25,00
8. Caixas transparentes para DVD
15,00
9. Recarga de cartucho da impressora (colorida e preto e branco)
24,00
10. Encadernação do projeto
8,00
11. Encadernação em capa dura
50,00
12. Computador
*
13. Despesas com alimentação
60,00
14. Impressões do relatório
36,00
15. Caixas para entrega do relatório
15,00
Total das despesas
14
R$
428,0014
Os itens mencionados não se aplicam às despesas, pois um componente do grupo é cinegrafista e conseguiu
a edição gratuita com um colega de trabalho. A câmera filmadora foi cedida pela Faculdade do Vale do Ipojuca,
não gerando ônus para o grupo. O item computador também não se aplica, pois já possuíamos.
8. CONCLUSÃO
Ao fim desse processo foi percebido que levar as questões sociais para o âmbito da
reflexão é auxiliar o processo de amadurecimento, tanto dos profissionais de comunicação,
quanto de quem está do outro lado, como receptor.
Ter a oportunidade de conhecer melhor a vida de pessoas que moram em comunidades
carentes, mas que mesmo assim não se abalam e procuram condições dignas para viver e criar
os filhos, é um exemplo de vida. Participar ativamente do Projeto Movimento pelo Cidadão
„Sonhos do Morro‟, foi ter o privilégio de comungar da sensação de vitória por estar com eles,
num momento tão especial, sendo vistos e aplaudidos por centenas de pessoas que admiravam
o trabalho de moradores do morro.
Esse projeto ensinou a importância de vencer o preconceito, romper obstáculos e
quebrar paradigmas, pois cada frase de desmotivação que alguém dizia ao saber o local que
seria realizado o vídeo-documentário [o morro] só impulsionou a busca pela concretização do
trabalho final. É notório que falar do desconhecido é o mesmo que cobri-lo pelo senso comum
e estampá-lo como algo intocável. Essa foi à busca desse projeto. Mostrar o verdadeiro lado
do morro. Onde cidadãos buscam novas alternativas para viver. Mães temem que a
marginalidade alcance seus filhos e os levem para detrás das grades ou para os cemitérios.
Contudo, há sempre uma possibilidade de ressocialização. Pode-se ver através das
narrativas que certos ditados populares possuem fundo de verdade, como o que diz que „errar
é humano, mas permanecer no erro é burrice‟. Na sociedade em que o projeto „Sonhos do
Morro‟ atua, muitos integrantes já erraram, participaram de pequenos furtos, uns chegaram a
ser presos, outros, mesmo sendo de boa família, se envolveram com drogas. Porém, souberam
aproveitar a chance que o destino lhes ofertou, através desse projeto social.
A realização e finalização desse trabalho foi um privilégio. Integrar e interagir com
pessoas que sonham em um dia estar numa faculdade e ser um profissional reconhecido, só
reforça a importância desses quatro anos dedicados à leituras, execuções de trabalhos
acadêmicos, e a produções de produtos jornalísticos. Enfim, tudo o que foi vivenciado na sala
de aula e fora dela, serviu como base para concretização de um sonho coletivo, pois muitos
torceram e sofreram com os dilemas de cada avaliação e momento de preocupação acadêmica.
Não restam dúvidas que esse trabalho foi concretizado com base em muito suor,
derramado a cada vez que subíamos o morro (afinal, são 365 degraus), expelido no desfile de
07 de Setembro, onde diversas ruas da cidade serviram como palco para que os sonhos de
pessoas do morro fossem concretizados. Além do suor, também houve as lágrimas, contidas
em cada entrevista, onde se ouvia histórias de vida de pessoas tão jovens que já tinham tanto a
falar. Lágrimas esbanjadas durante o desespero de que as coisas não saíssem como o
esperado, ou de que nada desse certo.
Após terminar esse relatório e de concluir a última edição do vídeo-documentário “É
NÓS DO MORRO”, as lágrimas são apenas de alegria por ver que valeu a pena cada segundo
desses quatro anos dedicados ao crescimento intelectual, pois com certeza através da
execução de cada etapa desse vídeo-documentário o crescimento foi humano e emocional.
Ressaltando também que foi possível responder, através da execução de todas as
etapas, os questionamentos iniciais levantados sobre a importância desse trabalho para a
sociedade, como também para os integrantes do referido projeto social. De modo que, é
possível afirmar que por meio dos relatos de vida e da exaltação da contribuição dada pelo
Projeto Movimento pelo Cidadão „Sonhos do Morro‟, será aguçada a reflexão da sociedade
acerca da importância de iniciativas sociais para ajudar as comunidades carentes. Como
também, pôde ser reforçada a constatação de que organizações não governamentais podem
não somente retirar, mas ressocializar, jovens que vivem em meio à criminalidade. Isso foi
exemplificado através das histórias de vida narradas por alguns dos integrantes do projeto.
Contudo, se enfatiza que a conclusão desse projeto poderá ter a finalidade de ampliar a
divulgação na sociedade acerca do trabalho realizado pelo „Sonhos do Morro‟, mas acima
disso, também servirá como parâmetro para evidenciar a atitude humana em meio à inércia
dos órgãos públicos. Mostrando que mesmo envoltos no preconceito e na falta de
infraestruturas básicas, alguns moradores do morro Bom Jesus encontram na música uma
válvula de escape para fugir da realidade que os rodeiam.
Desta feita, concluí-se que o anseio almejado no início da elaboração e produção desse
trabalho atendeu a todas as expectativas. Uma vez que a mensagem pretendida pelos seus
idealizadores foi atingida em cada frase e em cada gesto dos integrantes do projeto social,
como também de todos os entrevistados que participaram para a concretização do vídeodocumentário “É NÓS DO MORRO”.
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARMES, Roy. On vídeo: o significado do vídeo nos meios de comunicação. Tradução de
George Schlesinger. São Paulo: Sammus, 1999.
AZEVEDO, Amélia Maria.(Org.). Infância e Violência Doméstica: fronteiras do
conhecimento. 3ª ed. São Paulo: Cortez, 2000.
FIELD, Syd. Manual do Roteiro: os fundamentos do texto cinematográfico. Rio de Janeiro:
Objetiva, 2001.
NICHOLS, Bill. Introdução ao Documentário. Tradução de Mônica Saddy Martins. 3ª ed.
Campinas, SP: Papirus, 2005.
PEREIRA, Carlos Alberto Messeder (Org.). Linguagens da Violência. Rio de Janeiro:
Rocco, 2000.
RAMOS, Fernão Pessoa. Mas afinal... o que é mesmo documentário?. São Paulo: Senac
São Paulo, 2008.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4ª Ed. São Paulo: Atlas,2002.
MARTINS, Gilberto de Andrade. Guia para elaboração de monografias e projetos de
conclusão de curso. São Paulo: Atlas, 2000.
G1. Ônibus 174 – Uma tragédia com repercussão internacional.
Disponível em:
<http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0,,AA1345876-5606,00.html>. Acesso em: 18/10/2009 às
18h45.
APÊNDICE
ROTEIRO INICIAL
VÍDEO-DOCUMENTÁRIO: “É NÓS DO MORRO”
ALUNOS: JAILSON LIMA E SANDRA SILVA
IMAGENS DO MORRO (IMAGENS GERAIS DO MORRO, IMAGENS DE
BECOS, DA SITUAÇÃO DE ABANDONO DAS PESSOAS)
SOBE SOM DA MUSICA DE ELZA SOARES
SONORA COM ALGUM MORADOR QUE NÃO TENHA VÍNCULO COM O
PROJETO (FALANDO DA SITUAÇÃO DE SE VIVER NO MORRO)
NARRATIVA DO COORDENADOR DO PROJETO (VALDÊNIO SILVA)
(FALANDO QUE APESAR DA SITUAÇÃO DAS PESSOAS DALI EXISTEM
PROJETOS DISPOSTOS A AJUDAR ESSAS PESSOAS E UM DELES É O
SONHOS DO MORRO)
IMAGENS DA SEDE DO PROJETO
SOBE SOM DOS ENSAIOS
IMAGENS DOS ENSAIOS
SONORA PERSONAGEM 1 A ESCOLHER (FALANDO A IMPORTÂNCIA DO
PROJETO EM SUA VIDA)
IMAGENS ENSAIOS
SONORA PERSONAGEM 2 (FALANDO DA IMPORTÂNCIA DO PROJETO
PARA QUE SE OCUPE COM ALGUMA ATIVIDADE SADIA E NÃO ENTRE NO
MUNDO DAS DROGAS E DA CRIMINALIDADE)
SONORA COM PAI DE ALGUM DOS INTEGRANTES DO GRUPO (FALANDO
SOBRE A IMPORTÂNCIA DE TER O PARENTE NO PROJETO E SOBRE A
DISCRIMINAÇÃO QUE AS PESSOAS QUE MORAM ALI SOFREM)
IMAGENS ENSAIOS
SONORA DE ALGUEM QUE PARTICIPOU, MAS NÃO FAZ MAIS PARTE DO
PROJETO (FALANDO DE COMO O PROJETO FEZ FALTA EM SUA VIDA)
SONORA COM UM SOCIÓLOGO (FALANDO SOBRE A BANALIZAÇÃO DA
CRIMINALIDADE NOS CENTROS PERIFÉRICOS)
IMAGENS DE BATIDAS POLICIAIS
SONORA POLICIAL (FALANDO SOBRE O QUE ELE PENSA SOBRE A
CRIMINALIDADE ENVOLVENDO OS GAROTOS QUE MORAM NO MORRO E
A IMPORTÂNCIA DESSES PROJETOS SOCIAIS)
SONORA VALDÊNIO (EXPLICANDO O INICIO DO PROJETO, A
IMPORTÂNCIA PARA AS PESSOAS DO MORRO E PARA AS PESSOAS QUE
PARTICIPAM DO MESMO, E DA EXPECTATIVA DO DESFILE DE 7 DE
SETEMBRO) NESSA SONORA SE INTERCALA IMAGENS DA ANTIGA SEDE,
DA NOVA SEDE E DOS ENSAIOS
IMAGENS ENSAIOS
SONORA PERSONAGEM 3 (FALANDO SOBRE A IMPORTÂNCIA DO DESFILE
DE 7 DE SETEMBRO)ESSE PERSONAGEM É O QUE VAI SER
ACOMPANHADO NO DIA DO DESFILE
IMAGENS DO PERSONAGEM 3 SE PREPARANDO PRO DESFILE ( SE
ARRUMANDO EM CASA, INDO PRA AVENIDA, DESFILANDO, ETC)
SONORAS COM UMAS 03 CRIANÇAS QUANDO ACABAR O DESFILE
(FALANDO DA IMPORTÂNCIA DE PARTICIPAR DESSE MOMENTO E DO
PROJETO NA VIDA DELES)
IMAGENS DO DESFILE INTERCALADAS COM IMAGENS DO MORRO
SOBE SOM DO RAPPA
CRÉDITOS FINAIS
SUGESTÕES:
IMAGENS DE OUTROS FILMES QUE TRATEM DESSE ASSUNTO, OU
MESMO DE MANCHETES DE JORNAIS DE TV FALANDO SOBRE A
CRIMINALIDADE NO MORRO
ROTEIRO FINAL
VÍDEO-DOCUMENTÁRIO: “É NÓS DO MORRO”
ALUNOS: JAILSON LIMA E SANDRA SILVA
ÁUDIO
VÍDEO
ÁUDIO DO GRUPO
TOCANDO.//
IMAGENS ALTERNADAS DA
PREPARAÇÃO PARA O DESFILE E DO
DESFILE COM FADES INTERCALADOS
ENCERRANDO COM O PERSONAGEM
FALANDO “É NÓS DO MORRO” E A
IMAGEM DO INSTRUMENTO. EFEITO DE
SLOW ENCERRANDO COM FADE OUT//
NOME DO DOCUMENTÁRIO “É NÓS DO
MORRO” NO FADE.//
FADE IN NOME DO DOCUMENTÁRIO “É
NÓS DO MORRO” FADE OUT.//
SOBE SOM MUSICA RAP DA
FELICIDADE.//
IMAGENS DO MORRO.//
SOBE SOM MUSICA RAP DA
FELICIDADE.//
CARTELA DIZENDO “NO BATENTE”.//
SOBE SOM MUSICA RAP DA
FELICIDADE.//
SONORA WILLANEYSON
LOPES.
IMAGEM DE WILLANEISON//PLANO
AMERICANO MÉDIO //INTERCALADA
COM IMAGENS DOS PREPARATIVOS.//
D.I:HOJE É O DIA...
D.F:NÓS MAIS TRABALHA.
IMAGENS DOS PREPARATIVOS.//
IMAGEM DE RENATO//PLANO
AMERICANO MÉDIO //INTERCALADA
COM IMAGENS DOS PREPARATIVOS.//
SONORA RENATO MARQUES
D.I:SÓ QUEM SENTE...
D.F:PESSOA QUANDO TÁ
TOCANDO LÁ.
IMAGENS DOS PREPARATIVOS.//
IMAGEM DE VALDÊNIO//PLANO
AMERICANO MÉDIO//CORTE PARA BIG
CLOSE.//
SONORA VALDÊNIO SILVA
AUDIO VAZANDO A IMAGEM.
D.I:ELES SÃO MEUS FILHOS...
D.F:MEXER COM ESSES
MENINOS.
IMAGEM DE THIAGO//PLANO
AMERICANO MÉDIO//CORTE SECOPARA
BIG CLOSE.//
SONORA THIAGO ROBERTO
D.I.: É UMA BANDA QUE...
IMAGEM DOS PREPARATIVOS.//
D.F.: SÓ DAR SHOW.
IMAGEM DE RIDELVAN EM MOVIMENTO
E EM PLANO AMERICANO MÉDIO
SUBINDO AS ESCADARIAS.//
SONORA RIDELVAN
FERREIRA
D.I:CORAÇÃO TÁ A MIL...
D.F:TÃO PREPARADOS.
//IMAGEM PLANO ABERTO// JOSÉ
MANOEL GRITANDO “É NÓS DO MORRO
UHHU!”.//
IMAGENS DO MORRO.//
SOM AMBIENTE.//
SOBE SOM DA MÚSICA RAP
DA FELICIDADE.//
CARTELA DIZENDO “O DIA DOS
“CARAS””.//
SOBE SOM DA MÚSICA RAP
DA FELICIDADE.//
IMAGENS DO MORRO //INTERCALADAS
COM IMAGEM DOS PREPARATIVOS.//
IMAGEM DOS PREPARATIVOS.//
SOBE SOM DA MÚSICA RAP
DA FELICIDADE.//
IMAGEM//PLANO ABERTO
DE WILLANEYSON SE PREPARANDO
PARA O DESFILE.//
SOBE SOM DO GRUPO.//
SONORA WILLANEYSON
LOPES.
D.I:SEMPRE DÁ EMOÇÃO...
IMAGENS DO GRUPO SUBINDO O
MORRO.//
D.F:QUE CHEGUE A HORA.
SOBE SOM DO GRUPO
IMAGEM DE VALDÊNIO//PLANO
ABERTO.//
SONORA VALDÊNIO SILVA.
D.I:DESCER A LADEIRA...
IMAGENS DO INICIO DA DESCIDA DO
MORRO.//
D.F:UM ÓTIMO DIA.
IMAGENS DO MORRO INTERCALADAS
COM IMAGENS DO INICIO DA DESCIDA
DO MORRO.//
SOBE SOM DO GRUPO.//
SOBE SOM DO GRUPO.//
SONORA RENATO MARQUES
IMAGEM DE RENATO MARQUES//PLANO
AMERICANO MÉDIO//INTERCALADA COM
IMAGENS DELE NA AVENIDA.//
IMAGENS DO GRUPO NO DESFILE DO DIA
07 DE SETEMBRO.//
D.I:QUANDO EU OLHO...
D.F:QUANDO ESTÁ TOCANDO.
IMAGENS DA VOLTA DO DESFILE.//
SOBE SOM DO GRUPO.//
AUDIO AMBIENTE.//
SOBE SOM DA MÚSICA RAP
CARTELA DIZENDO “BARRA PESADA”.//
IMAGENS DO MORRO.//
DA FELICIDADE.//
IMAGEM DE MARISÉLIA//BIG CLOSE.//
SOBE SOM DA MÚSICA A
CARNE.//
IMAGEM DA BATIDA DO TREME-TERRA.//
SONORA MARIZÉLIA
BARBOSA.
D.I:PRA ELES É...
D.F:ESSE PROJETO AJUDA.
IMAGENS DE GLAUCIO//PLANO ABERTO
//FUSÃO ENTRE OS CORTES.//
SOM DA BATIDA DO TREMETERRA.//
SONORA GLAUCIO DO
CARMO.
IMAGEM DA BATIDA DO TREME-TERRA.//
D.I:TEMPO PASSADO...
D.F:BOLA PRA FRENTE.
IMAGEM DE RAVELLI EM PLANO ABERTO
COM FUSÃO ENTRE OS CORTES.//
SOM DA BATIDA DO TREMETERRA.//
IMAGEM DA BATIDA DO TREME-TERRA.//
SONORA THOMAS RAVELLI.
D.I:MEU PAI...
D.F:FAZER MAIS.
IMAGEM DE THIAGO//PLANO ABERTO.//
SOM DA BATIDA DO TREMETERRA.//
IMAGEM DA BATIDA DO TREME-TERRA.//
SONORA THIAGO ROBERTO
D.I:ELES QUEREM...
D.F:CAIU NA FUNDAC JÁ.
IMAGEM DE DAYVIDSON//PLANO
ABERTO //FUSÃO ENTRE OS CORTES.//
SOM DA BATIDA DO TREMETERRA.//
SONORA DAYVIDSON
CARLOS
IMAGEM DA BATIDA DO TREME-TERRA.//
D.I:É FUMAR MACONHA...
D.F:PRESO OU MORTO.
IMAGEM DE WILLANEYSON//PLANO
ABERTO//FUSÃO ENTRE OS CORTES.//
SOM DA BATIDA DO TREMETERRA.//
SONORA WILLANEYSON
LOPES.
D.I:EU DIZIA A MINHA MÃE...
IMAGEM DA BATIDA DO TREME-TERRA.//
D.F: COM DROGAS.
IMAGEM DE GRACIETE//PLANO ABERTO
//FUSÃO ENTRE OS CORTES.//
SOM DA BATIDA DO TREMETERRA.//
SONORA GRACIETE DO
CARMO.
D.I:AGENTE SÓ ESPERA...
CARTELA DIZENDO “SONHOS DO
MORRO”
D.F:MUITO FELIZ.
SOBE SOM DO GRUPO
SOBE SOM DO GRUPO
IMAGENS DO GRUPO DO DIA 07 DE
SETEMBRO.//
IMAGEM DE VALDÊNIO//PLANO ABERTO
//FUSÃO ENTRE OS CORTES.//
CORTE SECO.//
SONORA VALDÊNIO SILVA.
D.I:NO ANO DE 2001...
D.F:NA MINHA MÃO.
IMAGEM DE RAVELLI//PLANO ABERTO.//
//CORTE SECO.//
SONORA THOMAS RAVELI.
D.I:ELA AJUDA MUITO...
D.F:FUTURO NA VIDA.
IMAGEM DE VALDONILSON//PLANO
ABERTO.//
SONORA VALDONILSON
SANTOS.
//CORTE SECO.//
D.I:A MÚSICA...
D.F:DENTRO DO GRUPO.
IMAGEM DE THIAGO//PLANO ABERTO
//FUSÃO ENTRE OS CORTES.//
//CORTE SECO.//
SONORA THIAGO ROBERTO
D.I:O PROJETO FOI...
D.F:SOUBE VIVER.
IMAGEM DE GRACIETE//PLANO ABERTO.//
SONORA GRACIETE DO
CARMO.
//CORTE SECO.//
D.I:ME SINTO MUITO...
D.F:PRO ENSAIO TAMBÉM.
SONORA DAYVIDSON
CARLOS
D.I:O PROJETO FOI...
IMAGEM DE DAYVIDSON//PLANO
ABERTO //FUSÃO ENTRE OS CORTES.//
IMAGEM DE ELAINE//PLANO
ABERTO//FUSÃO ENTRE OS CORTES.//
D.F: MINHA CABEÇA.
SONORA ELAINE DE
OLIVEIRA.
//CORTE SECO.//
D.I:AGENTE VEM, ENSAIA...
D.F:QUE AGENTE SENTE.
IMAGEM DE VALDONILSON//PLANO
ABERTO.//
SONORA VALDONILSON
SANTOS.
D.I:EU ACHO QUE QUANDO...
D.F:PESSOA NA SOCIEDADE.
//CORTE SECO.//
IMAGEM DE JOSICLEIDE//PLANO
ABERTO.//
SONORA JOSICLEIDE DOS
SANTOS.
D.I:O GRUPO...
CORTE SECO.//
D.F:SEM NENHUMA DÚVIDA.
IMAGEM DE VERA//PLANO ABERTO.//
SONORA VERA LÚCIA.
D.I:UMA VEZ O PADRE...
//CORTE SECO.//
D.F:CAMINHOS DE VIDA.
IMAGEM DE VALDÊNIO// PLANO
ABERTO.//
SONORA VALDÊNIO SILVA.
D.I:QUANDO VOCÊ...
D.F:NA MINHA MÃO.
//CORTE SECO.//
IMPROVISO DE LEONEL DO SAMBA /FADE
OUT//
ÁUDIO AMBIENTE.
CARTELA DIZENDO “MORRO BOM JESUS”
IMAGENS DO MORRO
SOBE SOM MÚSICA A CARNE
IMAGEM DE JOSICLEIDE//PLANO
ABERTO//FUSÃO ENTRE OS CORTES.//
SONORA JOSICLEIDE DOS
SANTOS.
D.I:VOCÊ VÊ...
//CORTE SECO.//
D.F:COMO CRIANÇAS.
IMAGEM DE GLAUCIO//PLANO ABERTO.//
SONORA GLAUCIO DO
CARMO.
//CORTE SECO.//
D.I:NEM TODO MUNDO...
D.F:MAIS POR FORA.
IMAGEM DE MANOEL//PLANO ABERTO.//
SONORA JOSÉ MANOEL.
D.I:PRECONCEITO TEM...
//CORTE SECO.//
D.F:AGENTE DIREITO.
IMAGEM DE WILLANEYSON//PLANO
ABERTO.//
SONORA WILLANEYSON
LOPES.
D.I: MORAR NO MORRO...
//CORTE SECO.//
D.F:MORAR NO MORRO.
IMAGEM DE FREITAS//PLANO
ABERTO//FUSÃO ENTRE OS
CORTES//FADE OUT.//
SONORA KLÉBER FREITAS.
IMAGEM DE ENSAIO.//
D.I:AGENTE CONVERSOU...
D.F:NUNCA ISSO AI.
IMAGEM DE VALDÊNIO//PLANO
ABERTO//FUSÃO ENTRE OS
CORTES//FADE OUT.//
SOM AMBIENTE
ÁUDIO VAZANDO A IMAGEM
SONORA VALDÊNIO SILVA.
IMAGENS DO GRUPO DESFILANDO NO
DIA 07 DE SETEMBRO//FADE OUT.//
D.I:ESSA AQUI É A SEDE...
D.F:NA MINHA MÃO.
IMAGEM DE VALDÊNIO//PLANO
ABERTO.//
SOBE SOM DO GRUPO
SONORA VALDÊNIO SILVA.
D.I:ELES TEM UMA ENERGIA...
D.F:MORRO BOM JESUS AH.
//////////////////////////CLIPE FINAL////////////////////////
SOM AMBIENTE
IMAGEM DE WILLANEISON SUBINDO AS
ESCADARIAS//PLANO ABERTO//SEGUE
FECHANDO A IMAGEM//CORTE SECO
PARA A ÚLTIMA FRASE//MOVIMENTO
FAST//IMAGEM ABERTA.//
SOM AMBIENTE
SOM DO GRUPO TOCANDO A
MÚSICA RAP DA
FELICIDADE//FUSÃO PARA O
ÁUDIO DO GRUPO
MONOBLOCO TOCANDO A
MESMA MÚSICA
/////////////////////CRÉDITOS FINAIS////////////////////
/////////////////SOBE SOM MÚSICA
FOTO DE WILLANEYSON COM CRÉDITO.//
RAP DA FELICIDADE ATÉ O
FINAL DO
DOCUMENTÁRIO//////////////////////
FOTO DE DAYVIDSON COM CRÉDITO.//
FOTO DE GRACIETE COM CRÉDITO.//
FOTO DE JOSICLEIDE COM CRÉDITO.//
FOTO DE MARIZÉLIA COM CRÉDITO.//
FOTO DE LEONEL COM CRÉDITO.//
FOTO DE MANOEL COM CRÉDITO.//
FOTO DE GLAUCIO COM CRÉDITO.//
FOTO DE RAVELLI COM CRÉDITO.//
FOTO DE THIAGO COM CRÉDITO.//
FOTO DE ELAINE COM CRÉDITO.//
FOTO DE RENATO COM CRÉDITO.//
FOTO DE RIDELVAN COM CRÉDITO.//
FOTO DE VALDONILSON COM CRÉDITO.//
FOTO DE FREITAS COM CRÉDITO.//
FOTO DE VERA COM CRÉDITO.//
FOTO DE VALDÊNIO COM CRÉDITO.//
FOTO DE DIOGO HELENO COM CRÉDITO
//IN MEMORIAN.//
CRÉDITOS
Esta produção é parte integrante da disciplina
Projeto Experimental II, como requisito para a
obtenção do título de Bacharel em Comunicação
Social com habilitação em Jornalismo, da
Faculdade do Vale do Ipojuca – Favip.
Diretores
Luiz de França Leite
Vicente Jorge Espíndola Rodrigues
Diretora Executiva
Profª. Mauricélia Bezerra Vidal
Diretor Acadêmico
Prof. Marjony Barros Camelo
Coordenadora do Curso de Jornalismo
Profª Rosângela Araújo de Souza
Professor Orientador
Prof. Tenaflae Lordelo
Alunos
Jailson Lima de Azevêdo
Sandra Paula B. Silva
Imagens
Jailson Lima
Edição
Jailson Lima
Sandra Silva
Edição de Imagens
Adilson Lira
Direção Geral / Roteiro / Pesquisa
Jailson Lima
Sandra Silva
Músicas utilizadas neste documentário
“Rap da Felicidade”
Intérprete – Monobloco
Compositores
Dj Cidinho e Dj Doca
“A Carne”
Intérprete – Elza Soares
Compositores
Seu Jorge, Marcelo Yuca E Wilson Capellette
Agradecimentos
Projeto Movimento pelo
Cidadão Sonhos do Morro
Tenaflae Lordelo
Rosângela Araújo
Valdonilson Santos
Capitão Freitas
Rosildo Brito
Wagnner Salles
Adilson Lira
Aos moradores do morro Bom Jesus
E a todos que contribuíram com a realização
deste projeto, incluindo família, amigos e
colaboradores.
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