PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS – PUC GOIÁS
PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO – PROGRAD
INSTITUTO DO TRÓPICO SUBÚMIDO – ITS
CURSO SUPERIOR TECNOLÓGICO EM GESTÃO AMBIENTAL
PROJETO:
COLETA DO ÓLEO RESIDUAL DE FRITURAS NO CONDOMÍNIO RESIDENCIAL
METRÓPOLES EM GOIÂNIA PARA APROVEITAMENTO INDUSTRIAL.
Acadêmica: Aliny da Silva Coelho
Orientador: Prof°. Ms. Osmar Mendes Ferreira
GOIÂNIA – GO
2010 / 2
ii
ALINY DA SILVA COELHO
PROJETO:
COLETA DO ÓLEO RESIDUAL DE FRITURAS NO CONDOMÍNIO RESIDENCIAL
METRÓPOLES EM GOIÂNIA PARA APROVEITAMENTO INDUSTRIAL.
Projeto Técnico apresentado como Exigência
Parcial para conclusão do Curso Superior
Tecnológico em Gestão Ambiental da Pontifícia
Universidade Católica de Goiás – PUC Goiás,
sob a orientação do Professor Ms. Osmar
Mendes Ferreira.
GOIÂNIA – GO
2010 / 2
iii
ALINY DA SILVA COELHO
PROJETO:
COLETA DO ÓLEO RESIDUAL DE FRITURAS NO CONDOMÍNIO RESIDENCIAL
METRÓPOLES EM GOIÂNIA PARA APROVEITAMENTO INDUSTRIAL.
Projeto Técnico Defendido e Aprovado em 01° de dezembro de 2010.
Pela Banca Examinadora, Constituída pelos Professores:
______________________________________________
Orientador: Profº. Ms. Osmar Mendes Ferreira
______________________________________________
Leitor: Profº. Ms. Agostinho Carneiro Campos
______________________________________________
Leitora: Profª. Ms. Sivany Rodrigues Chaves
iv
SUMÁRIO
Lista de Figuras........................................................................................................ v
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 1
2. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO ................................................... 3
3. JUSTIFICATIVA..................................................................................................... 5
4. OBJETIVO............................................................................................................... 6
4.1
4.2
Geral .............................................................................................................................6
Específico .....................................................................................................................6
5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA........................................................................... 7
5.1
5.2
5.3
5.4
5.5
5.6
5.7
5.8
Definições e Legislação ...............................................................................................7
Origem..........................................................................................................................8
Descartes do óleo de fritura..........................................................................................9
A reciclagem do óleo residual de frituras...................................................................10
Produção de sabão proveniente do óleo residual de frituras ......................................11
Aproveitamento do óleo residual de frituras na produção de biodiesel .....................12
Coleta do óleo residual em condomínios ...................................................................12
Logística reversa do óleo residual de fritura..............................................................13
6. METODOLOGIA .................................................................................................. 14
7. CRONOGRAMA DE ATIVIDADE ..................................................................... 18
8. CRONOGRAMA FINANCEIRO ......................................................................... 19
9. RESULTADOS ESPERADOS.............................................................................. 20
10. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICA..................................................................... 21
11. ANEXO 1............................................................................................................... 22
v
LISTA DE FIGURAS
1. Localização do Condomínio Residencial Metrópoles, Goiânia............................... 3
2. Planta de Locação do Condomínio apresentando os blocos habitados.................... 4
3. Planta de Locação do Condomínio apresentando os blocos não entregues............. 4
4. Visão da quadra Poliesportiva ............................................................................... 15
5. Visualização do quadro de aviso situado na entrada dos blocos ........................... 16
6. Adesivos que serão distribuídos nos apartamentos participantes .......................... 16
7. Visão interna e externa da sala da sindica junto à guarita ..................................... 16
1. INTRODUÇÃO
A humanidade, ao longo de sua história, busca na superfície terrestre, recursos
naturais que atendem suas necessidade de sobrevivência. Sempre visando o processo de
adaptação, evolução e mudanças de hábitos, que resultaram no novo movimento que
atualmente atinge parâmetros de crescentes degradações ambientais.
Com a Revolução Industrial, trazendo para o mercado produtos com valor
agregados para bens de consumo o processo capitalista se desenvolveu de forma acelerada.
Com isso, a natureza até os dias de hoje está sendo extraída de forma devastadora, limitando
os recursos naturais para dar lugar a produtos e ambientes modificados pela predominante
atividade antrópica. Essas modificações resultam em rios canalizados, lagos com barragens,
solos cobertos por asfalto, céu com grandes instrumentos motorizados, dentre outros aspectos.
A crescente densidade demográfica e a industrialização foram alguns dos
principais fatores que contribuíram com a elevada quantidade de emissão de poluentes no
meio ambiente, gerando assim, uma degradação ambiental que muitas das vezes chega a ser
irreversível. A própria aglomeração urbana e a conseqüência do crescimento desordenado da
população, geram fonte de poluição que implicam em sérios problemas ambientais, causando
risco até mesmo à saúde pública.
Com essa aglomeração e o grande consumo de produtos, caracterizado pelo
sistema capitalista, que visa “produção a qualquer custo”, fez-se gerar uma enorme
quantidade de materiais descartados sob a superfície terrestre, denominados resíduos sólidos
procedentes de atividades industriais, domiciliares e hospitalares.
Os resíduos sólidos em geral, ao contrário do que considera “lixo” podem ser
reutilizados ou reciclados, desde que sejam adequadamente separados para possível
tratamento. Assuntos como à geração, separação, acondicionamento, coleta, tratamento,
transporte e a destinação final de resíduos vêm sendo cada vez mais despertados o interesse
em pesquisadores, autoridades de órgãos públicos e privado em diversas partes do mundo.
Dentre esses resíduos, inclui-se o óleo residual de frituras, que começa a receber
atenção em razão do seu efeito no meio ambiente. O descarte do óleo está sendo cada vez
mais presente no nosso meio devido às mudanças de hábitos alimentares, dando preferência a
alimentos fritos cuja maneira de preparo é pratica e em curto tempo, características de
sociedades que convivem em país de primeiro mundo.
Os impactos gerados por esse resíduo ocorrem em todos os níveis da sociedade,
desde as unidades residenciais até os grandes restaurantes e indústrias. A falta de
2
conhecimento sobre os impactos causados pelo descarte inadequado do óleo, seja jogando nas
redes de esgoto ou diretamente nos rios, gera um acúmulo poluidor gradativo nos recursos
hídricos, que uma vez contaminados, alteram radicalmente a sua constituição e os
ecossistemas que vivem nesses mananciais (CERQUEIRA e SANTOS, 2008).
A implantação e o desenvolvimento desse projeto para o Condomínio Residencial
Metrópoles requer o conhecimento da freqüência e da quantidade do descarte do óleo residual
de frituras de seus habitantes. Associado a esses fatores o sucesso desse trabalho requer ainda,
a divulgação de campanha de esclarecimento e da disponibilização de infraestrutura de
armazenamento do óleo coletado e sua destinação final como matéria-prima com a indicação
da aplicação da receita obtida em favor do condomínio.
Com a participação dos condôminos do Residencial Metrópole na separação,
coleta e doação do óleo já utilizado em frituras no processo alimentar, junto com o trabalho de
educação ambiental para mobilização e conscientização, acredita-se que a sociedade possa
investir e apoiar alternativas ecológicas e sustentáveis. Pois as indústrias necessitam da coleta
do óleo residual de fritura para o aproveitamento no processo de fabricação, sendo uma nova
maneira de valorização do seu produto e fazer o Marketing Verde para oportunidades na
disputa pelo mercado.
3
2. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO
A área onde se localiza o empreendimento encontra-se no perímetro urbano de
Goiânia, na Avenida Manchester com a Avenida W, setor Jardim Novo Mundo, ao lado da
indústria de beneficiamento de leite, Cooperativa dos Produtos de Leite de Goiás Ltda
(ITAMBÉ), mostrada na Figura 1.
Figura 1: Localização do Condomínio Residencial Metrópoles, Goiânia.
Fonte: Google Earth (2008).
O projeto de instalação do condomínio Residencial Metrópoles ocupa uma área
total de 35.668,39m² constituindo 14 blocos, com 32 apartamentos, totalizando 448 unidades.
Cada apartamento possui área de 51,35m² contendo sala, cozinha, área de serviço, dois quarto
e banheiro.
Atualmente, existem 6 blocos prontos e entregues, caracterizando 192 unidades
(Figura 2) onde inicialmente será implantado o projeto de coleta do óleo residual de frituras.
Faltam ser entregues 8 blocos, sendo que destes, 3 blocos se encontram em fase de
acabamento. Caso o projeto obtenha bons resultados será realizada a segunda etapa,
contemplando os blocos que serão habitados (Figura 3).
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Figura 2: Planta de Locação do Condomínio apresentando os blocos que se encontram habitados. Esc. 1:5.000.
Fonte: Gecon Engenharia e Construção Ltda. (2009).
Figura 3: Planta de Locação do Condomínio apresentando os blocos que não foram entregues. Esc. 1:5.000.
Fonte: Gecon Engenharia e Construção Ltda. (2009).
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3. JUSTIFICATIVA
O Brasil produz 9 bilhões de litros de óleos vegetais por ano. Desse volume
produzido, 1/3 vai para óleos comestíveis. O consumo per capita fica em torno de 20
litros/ano, o que resulta em uma produção de 3 bilhões de litros de óleos por ano no país (OIL
WORLD, 2010).
A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL) citado pela
assessória de imprensa Larissa Mundim (2007), menciona que a produção anual do produto
gira em torno de 5,5 bilhões de litros/ano. Cerca de 80 vezes o volume do Lago Vaca Brava
de Goiânia. Ambientalistas alertam que, cada litro de óleo descartado indevidamente pode
contaminar cerca de 1 milhão de litros d'água, volume equivalente ao consumo de uma pessoa
em 14 anos.
Assim, somente agora os ambientalistas concordaram que não existe um modelo
de descarte ideal do produto, mas sim, alternativas de reaproveitamento do óleo residual de
fritura como matéria-prima na produção de resina para tintas, sabão, detergente, amaciante,
sabonete, glicerina, ração para animais, biodiesel, lubrificante para carros, máquinas agrícolas
e outros. (PORTO ALEGRE, 2008).
De acordo com o Sindicato da Habitação do Estado de Goiás (SECOVI-GO),
Goiânia possui 1.935 condomínios verticais e 80 condomínios horizontais, dados consultados
em julho de 2010. O número de interessados a procura de moradia com qualidade e segurança
vem aumentando cada vez mais.
Com o programa “Minha casa, minha vida”os financiamentos feitos pela Caixa
Econômica Federal, possibilitam que pessoas de baixa renda possam comprar o primeiro
imóvel. Com isso, construtores imobiliários de diversas partes do país, estão investindo na
idéia e, contudo fomentado a construção aceleradas de habitações fazendo-se que aumente a
necessidade de estudos de gerenciamentos de resíduos sólidos urbanos e domésticos.
Segundo uma pesquisa elaborada pelo Sindicato Nacional das Empresas
Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (SINDICOM), somente 32,1% dos
entrevistados levam o óleo usado aos locais de coleta. Um total de 17% joga os resíduos
oleosos no lixo, 8,3% lançam em lotes baldios e 42,5% afirmaram adotar outras práticas, o
que pode incluir o lançamento nos mananciais e queima a céu aberto.
O descarte em “excesso” deste produto pode provocar o entupimento das
tubulações na rede de esgoto do condômino, aumentando assim o custo de manutenção do
mesmo, ocorrência de mau cheiro nas dependências, proliferações de bactérias, podendo até
6
trazer doenças para as pessoas que habitam no local, engrossamento da massa de poluentes
que saturam o curso hídrico, aumentando em até 45% o custo do tratamento do efluente na
Estação de Tratamento de Esgoto – ETE, alteração do pH da água dificultando as trocas
gasosas e impermeabilização do solo aumentando o risco de enchentes (ABRASEL, 2007).
A implantação do referido projeto em condomínios predomina uma população que
inclui costumes e posturas diferentes com uma formação mais amadurecida em
conhecimentos gerais e com índice de alienação menos desenvolvido. Além do mais, são
aglomerações localizadas em um determinado espaço, tornando fácil o acesso a comunicação
com os integrantes no processo de desenvolvimento do projeto.
Assim considerando, esse projeto estará indicando possíveis alternativas de
destinação final adequada do óleo residual de fritura para o Condomínio Residencial
Metrópoles, evitando assim a poluição dos cursos hídricos, diminuindo custos de manutenção
no condomínio, facilitando o processo de tratamento na estação de tratamento do esgoto, e,
contudo adquirindo uma sadia qualidade de vida dos condôminos e até mesmo a
circunvizinhança.
4. OBJETIVO
4.1
Geral
Desenvolver a concepção de implantar a coleta do óleo residual de fritura no
condomínio Residencial Metrópoles para o aproveitamento industrial.
4.2
Específico
- Criar instrumentos para envolver a participação efetiva dos condôminos no
projeto;
- Estabelecer procedimentos para implantar a coleta do óleo residual de fritura;
- Estimular a separação do óleo residual de frituras dos demais resíduos;
- Indicar pontos de destinação do óleo coletado para a fabricação de produtos
como fonte de matéria-prima;
- Mostrar a importância da participação dos condôminos e das comunidades
vizinhas para a implantação do projeto.
7
5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
5.1
Definições e Legislação
Segundo a Lei Federal 12.305 de 02 de agosto de 2010 que Institui a Política
Nacional de Resíduos Sólidos define resíduo sólido como sendo “material, substância, objeto
ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade, nos estados sólido ou
semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem
inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água”.
Apesar de não haver nenhuma legislação específica para descarte de óleos, consta
na Legislação Federal 9.605, aprovada em 12 de fevereiro de 1998, em seu Art. 54, § 2°,
inciso V considera crime ambiental o ato de descartar óleo ou outros resíduos poluentes no
meio ambiente desde que resultem em danos à saúde humana, ou que provoque a mortandade
de animais ou a destruição significativa da flora. Este ato prevê a pena de reclusão de um a
cinco anos.
O Decreto Federal 6.514, de 22 de julho de 2008, em seu Art. 62, parágrafo único,
inc. V prevê a aplicação de aplicação de multa de R$5.000,00 (cinco mil reais) até R$
50.000.000,00 (cinqüenta milhões de reais) a quem lançar resíduos sólidos, líquidos, gasosos
ou detritos, óleos ou substâncias oleosas em desacordo com as exigências estabelecidas em
leis ou atos normativos.
A resolução 362 do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, de 23 de
junho de 2005 em seu Art. 12, declara que ficam proibidos quaisquer descartes de óleos
usados ou contaminados em solos, subsolos, nas águas interiores, no mar litoral, na zona
econômica exclusiva e nos sistemas de esgoto ou evacuação de águas residuais. E na
resolução 357 (CONAMA, 2005), nos parâmetros aceitáveis da presença de óleos e graxas
nos rios de classe 2, deverá ser virtualmente ausentes.
Existem propostas de leis que estão sendo avaliadas no Congresso Federal desde
2007 onde dispõe sobre a obrigatoriedade de determinarem pontos de coleta do óleo de
fritura, tais como postos de gasolina, hipermercados e empresas vendedoras e distribuidoras
do óleo de cozinha.
Estas propostas foram criadas com o propósito de possibilitar que estes resíduos
retornem ao ciclo produtivo após o uso pelo consumidor, como fonte de matéria-prima para
indústrias que precisam do material em seu processo de produção através do sistema de
logística reversa.
8
O Projeto de lei 2.074 tramita no Congresso Federal desde setembro de 2007 que
dispõe sobre a obrigatoriedade a qualquer distribuidor de óleo de cozinha em manter
estruturas destinadas à coleta de óleo residual de fritura e às produtoras de informar no rótulo
sobre a reciclagem.
Existe também o projeto de lei nº 296, publicado no Diário do Senado Federal em
2005 que dispõe sobre a obrigatoriedade de inserção de mensagem no rótulo das embalagens
de óleo vegetais, contendo advertência sobre a destinação correta do produto após o uso.
Enquanto está sendo estudada à aprovação de legislação ambiental especifica para
o descarte de óleos no Congresso Federal, existem órgãos que criaram sua própria legislação
para suprir as necessidades ambientais locais. Em São Paulo, a Lei Estadual 12.047/2005,
determina incentivos fiscais do estado para atividades econômicas decorrentes da coleta e da
reciclagem do óleo de uso alimentar.
É preciso que a sociedade pressione as autoridades para que sejam elaboradas e
aprovadas legislações eficazes com o intuito da preservação ambiental, priorizando todos os
recursos naturais e elementos bióticos e abióticos existente no ecossistema. Somente com
sanções amparada pela legislação pode-se resolver parte dos problemas causados pela
destinação final inadequada do óleo residual de fritura.
5.2
Origem
Os óleos e gorduras são substâncias insolúveis na água e podem ser de origem
animal ou vegetal, sendo formados basicamente pela mistura de vários triglicerídeos, (ésteres
de glicerol) e de diversos ácidos graxos. A transformação do óleo (líquido) e gordura (sólido)
se dá à temperatura ambiente de 20º C (RIBEIRO e SEREVALLI, 2004).
As gorduras são compostas por ácidos graxos saturados (láurico, o mirístico,
palmítico e o esteárico) e insaturados (linoléico, o linolênico e o araquidônico). Os
triglicerídeos são moléculas provenientes da junção de três moléculas de ácidos graxos, com
uma de glicerol, também presentes em grandes concentrações (COELHO, BASSO e
LASZLO, 1986).
Os ácidos graxos saturados estão associados a um aumento do risco de várias
doenças, principalmente, a cardiovascular. Em contrapartida, os ácidos graxos insaturados são
importantes na proteção contra este tipo de doenças, por isso todas as alimentações que veem
preparadas fritas são importantes, embora devam ser consumidas moderadamente.
9
Os principais óleos e gorduras vegetais comercializados são: óleo de soja, canola,
amendoim, girassol, óleo de milho, de arroz, de uva, óleo ou gordura de coco de babaçu, óleo
ou gordura de coco, óleo ou gordura de palma, de palmiste, óleo de gergelim, óleo misto ou
composto, óleo vegetal saborizado e azeite saborizado, óleo de oliva e azeite de dendê
(RABELO e FERREIRA, 2008).
Um levantamento sucinto da oferta de óleos residuais de frituras revela um
potencial de oferta no país superior a 30 mil toneladas por ano. Algumas possíveis fontes dos
óleos e gorduras residuais são: lanchonetes, restaurantes, indústrias onde ocorre a fritura de
produtos alimentícios e condomínios residenciais. Considerando a grande diversidade de
estabelecimentos que utilizam esses óleos, é difícil fazer um levantamento preciso da
disponibilidade desse resíduo.
5.3
Descartes do óleo residual de fritura
Muitas pessoas ainda insistem em dar a destinação final desse resíduo igualmente
a dos lixos orgânicos que é coletado e despejado em aterros sanitários. Não há um diagnóstico
da situação real do Brasil em relação à utilização e descarte de óleos para frituras. Tampouco
há um diagnóstico local das grandes capitais.
A maior parte da população não tem o conhecimento de que este resíduo
misturado e compactado com outros resíduos no aterro sanitário ou até mesmo em lixão
podem: gravemente contribuir com o processo de contaminação do solo, poluição do curso
hídrico incluindo o lençol freático por meio de infiltração e poluição do ar em forma de gás
metano contribuindo para o aquecimento global.
Quando não são descartados no lixo domiciliar este é descartado por muitas vezes
em ralos de pias e vasos sanitários, contribuindo para um impacto ambiental de grande
relevância e prejudicialmente econômico, pois gera gastos na manutenção local provocado
por entupimento nas tubulações das redes de esgoto dos estabelecimentos industriais e
residenciais, sendo que em alguns casos a desobstrução das tubulações necessite do uso de
produtos químicos tóxicos agravando ainda mais a contaminação ambiental.
O descarte nos ralos de pias também dificulta e gera gastos no processo de
tratamento das estações de esgoto que por sua vez tem pouca eficiência liberando efluente não
totalmente tratado ao curso hídrico acarretando na poluição do meio aquático com
mortandade de peixes, seres microscópicos e plantas aquáticas.
10
Além disso, o óleo despejados no curso hídrico pode dificultar a entrada de luz e a
oxigenação da água além de formar uma camada gordurosa nas margens dos lagos e rios
agravando os quadros de enchentes reduzindo o oxigênio dissolvido e elevando a DBO
(Demanda Bioquímica de Oxigênio).
Os motivos pelos quais ocorre o descarte do óleo em maneira inadequada são
principalmente por falta de conscientização ou até mesmo de conhecimento da população
sobre os riscos que causam essa pratica. A falta de meios para o descarte, como por exemplo,
recipientes apropriados, locais para armazenamento e pontos de coleta, principalmente em
condomínios são fatores relevantes que contribuem para a destinação inadequada deste
perigoso resíduo.
Para isso, o incentivo e motivação de órgãos públicos para com os profissionais da
área, investindo em projetos e incluindo campanhas de grandes empresários para parceria em
coletar o óleo residual de frituras são alternativas que conseguem minimizar o lançamento
desse resíduo no meio ambiente.
A destinação adequada desse resíduo não gera somente benefícios ecológicos de
preservação ambiental. Mas também como na lucratividade de forma direta e indireta com a
população que é recompensada com a não cobrança de impostos abusivos de companhia de
saneamento básico como também na economia da manutenção hidro-sanitária do condômino.
5.4
A reciclagem do óleo residual de frituras
Diversas são as possibilidades de utilização do óleo residual de fritura para as
reciclagens em produção de novos produtos e subprodutos. Com essa atitude consegue-se
fazer com que o resíduo volte ao ciclo de vida de consumo sem a interferência de poluição do
meio ambiente e refletindo no meio econômico nas indústrias que necessitam do material e
geram renda. Assim, Reis (2007) relata que:
Ao contrário da grande maioria dos resíduos, os óleos exauridos, tanto de origem
vegetal quanto animal (gorduras), possuem valor econômico positivo, por poderem
ser aproveitados em seu potencial mássico e energético. Os principais
aproveitamentos de tais óleos são (1) saponificação, com aproveitamento do
subproduto da reação, a glicerina, (2) padronização para a composição de tintas
(óleos vegetais insaturados – secativos), (3) produção de massa de vidraceiro, (4)
produção de farinha básica para ração animal, (5) queima em caldeira, (6) produção
de biodiesel, obtendo-se glicerina como subproduto. (REIS, 2007)
11
O autor relata ainda que, a maneira no qual se consegue enviar de volta o resíduo
de óleo proveniente de fritura alimentar ao ciclo produtivo, contribui-se de forma a um
desenvolvimento sustentável. Ou seja, desfaz da necessidade da extração de recursos naturais
e gera o aumentando no incentivo do processo de reciclagem, agregando valores econômicos
à cadeia produtiva, socioeconômico e ao mesmo tempo contribuir para a preservação e
conservação dos recursos naturais.
Dentre as alternativas de aproveitamento do óleo residual de frituras citadas pelo
autor, em Goiânia as formas mais convencionais, prática, econômica e viável desse processo
está no aproveitamento para fabricação de produtos de limpeza e produção do biodiesel. Esse
sistema de produção existe devido a grandes empresas instaladas no estado e a descoberta e
investimento do biodiesel no país.
5.5
Produção de sabão proveniente do óleo residual de frituras
Sabe-se que para a elaboração de sabão caseiro aproveitando óleo residual de
fritura ou gorduras animal e vegetal foi bastante comum no nosso meio através de costumes
das sociedades mais tradicionais. Porém com a migração dos camponeses para as grandes
cidades devido à industrialização, necessitou tornar ágio o processo de atividades domestica
demandando assim a utilização de sabão industrializado.
Atualmente ainda existem famílias tradicionais de bairros populares ou até mesmo
geração modernas com consciências ambientais que prevalecem o processo de fabricação do
sabão caseiro para uso próprio e outros para arrecadação de renda familiar comercializado os
produtos em feiras livres.
Mas com a escassez dos recursos naturais os empresários tiveram que buscar
alternativa de reaproveitamento do óleo para fazer sabão industrial poupando assim o meio
ambiente, essa alternativa tem sido considerada a mais simples produção tecnológica de
reciclagem fazendo com que haja um ciclo de vida desse produto.
Entre as tantas vantagens do sabão produzido a partir do óleo de cozinha, está à
economia de água. A professora de bio-química da Universidade Potiguar- UnP Ana Catarina
explica que o sabão produzido por óleo reciclado gera menos espuma, reduzindo o gasto de
água com a eficiência de limpeza com a mesma qualidade do sabão industrializado (DIÁRIO
DE NATAL, 2007).
12
5.6
Aproveitamento do óleo residual de fritura na produção de biodiesel
O biodiesel é definido como um éster alquílico de ácidos graxos obtidos a partir
da reação química (transesterificação) entre óleos vegetais e álcool proveniente da cana de
açúcar ou do metanol. A transesterificação consiste na reação química de um óleo vegetal
com um álcool, que pode ser etanol ou metanol, na presença de um catalisador ácido (HCl –
ácido clorídrico) ou básico (NaOH hidróxido de sódio). Como resultado, obtém-se o éster
metílico ou etílico (biodiesel), conforme o álcool utilizado, e a glicerina (PARENTE, 2003).
Comparado ao óleo diesel derivado de petróleo e o biodiesel pode reduzir em 78%
as emissões de gás carbônico, considerando-se a reabsorção pelas plantas. Além disso,
reduzem em 90% as emissões de fumaça e praticamente elimina as emissões de óxido de
enxofre. É importante frisar que o biodiesel pode ser usado em qualquer motor de ciclo diesel,
com pouca ou nenhuma necessidade de adaptação (LIMA, 2004).
Assim, a coleta do óleo residual de frituras poderá ser destinada para a produção
de biodiesel contribuindo por combustível mais limpo e fazendo com que diminua a extração
de combustíveis fósseis, não renováveis e altamente poluentes.
5.7
Coleta do óleo residual em condomínios
Um programa de coleta seletiva de qualquer tipo de resíduo proporciona aos
síndicos de condomínios verticais e horizontais um ambiente agradável, participativo e uma
gestão condominial mais lucrativa. Dentro deste contexto, gera a formação de educadores
ambientais a partir da iniciativa da gestão sindical com orientações aos condôminos da
importância de separar, armazenar e coletar o lixo gerado.
Para atrair e motivar a educação ambiental, os órgãos públicos da área ambiental e
habitacional, junto com os condomínios podem fazer parcerias com indústrias que necessitam
desses materiais para a sua produção e fornece apoio e suportes para que o projeto tenha um
desenvolvimento positivo.
Se tratando da separação e coleta do óleo residual de frituras em condomínios
verticais e horizontais pode-se dizer que é uma ação inovadora. A prática de executar projetos
que gerencie qualquer tipo de resíduos em áreas habitacionais ainda não é totalmente
reconhecida e aceita devido à necessidade de integração dos participantes em várias etapas da
execução do projeto, para que o processo maximize resultados, minimize custos e supere as
expectativas dos participantes.
13
Segundo a Organização Não-Governamental BioColeta Ltda, em Goiânia, já
foram implantados a coleta do óleo residual de frituras em vários condomínios, dentre estes
podemos citar a Associação Alphaville Flamboyant Residencial, o Condomínio Residencial
Olivença situado no setor Leste Universitário, o Edifício Porto de Sagre no setor Oeste, o
Condomínio Residencial Portal dos Lagos no setor Negrão de Lima, o Edifício Residencial
América no setor Bela Vista, o Condomínio Residencial Jardins Versailes no setor Bueno,
Residencial Florença no setor Jardins Goiás, o Condomínio Edifício Renoir no Setor Bueno e
o Condomínio Edifício Residencial Tunis no setor Oeste.
Por meio do incentivo ao recolhimento desse óleo em um grande número de
condomínios situado em Goiânia, pode-se participar diretamente do controle da poluição de
rios, sendo possível retirar do ambiente milhares de litros de gorduras oriundas de moradias
habitacionais em conjuntos verticais e horizontais.
5.8
Logística reversa do óleo residual de fritura
O propósito de gerenciar o resíduo após o seu consumo tem como intenção de
prevalecer à obtenção do descarte adequado, reduzindo os impactos ambientais sem perdas
econômicas. Assim, tudo aquilo que se tornou inútil pode obter um descarte seguro através do
ciclo reverso de logística, promovendo alternativas sócio-econômicas e a redução de impactos
ambientais.
De acordo com a Lei 12.305, no Art. 3º, inciso XII define logística reversa como
“instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações,
procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao
setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou
outra destinação final ambientalmente adequada”.
Assim, a logística reversa possibilita o destino mais adequado e eficiente desses
resíduos possibilitando que volte ao processo inicial da sua produção ou o aproveitamento
para produção de novos produtos.
Para que seja possível o retorno do óleo residual de frituras ao processo de
produção como matéria-prima, é preciso uma série de procedimentos e operações interrelacionadas, tais como o acondicionamento, coleta, armazenamento e transporte até o local
de produção. E para que esse material seja coletado é necessário o incentivo e divulgação das
ações em todos os parâmetros possíveis.
14
6. METODOLOGIA
A coleta de dados para elaboração desse projeto foi realizada por meio de
informações relevantes a partir de entrevistas preliminares com profissionais da área, diretores
de ONGs ambientais e de cooperativas e empresas de reciclagem, pesquisas em livros,
jornais, artigos e assuntos sobre o tema. Também constatou-se métodos já implantados em
diversos condomínios e que tiveram resultado satisfatório.
Por meio do levantamento de informações teóricas e práticas, foi possível a
elaboração de um projeto ambiental a ser implantado no Condomínio Residencial Metrópolis
ao qual será submetido à apresentação, discussão, correção e aprovação por banca
examinadora.
Meta 1: Levantamento das empresas coletoras.
Na fase inicial deste projeto envolve a localização de empresas coletoras do óleo
residual de frituras onde utilizam o produto como matéria-prima em seu processo de
fabricação. Nesse processo serão localizadas informações para contatos diretos com as
empresas coletoras com a finalidade de estabelecer parcerias, na qual o condomínio será o
ponto de coleta e entrega, visando adquirir o recolhimento e armazenamento adequado e
seguro do óleo.
No Quadro 1 é apresentada uma listagem de possíveis parceiras que fazem a
reciclagem de óleo residencial de frituras destinado a produção industrial e se classificam de
acordo com as várias formas de utilização do produto.
Quadro 1: Listagem das possíveis parceiras.
Parcerias
Contato
Localização
Responsável
Contato
Localização
Utilização
Petrópolis Ind. Prod.
de Limpeza Ltda
(PROEZA)
(62) 32996100
Rua 16 s/nº Qd. 18
Lt 01
St. Sol Nascente II
Brazabrantes – GO
Produção
de Sabão
Ana Flávia
Alves Barbosa
Biocapital Consultoria
Empresarial e
Participações S.A.
(19) 34868900
Av. Industrial, nº 360
Bela Vista
Charqueada - SP
Produção
Biodiesel
Carmencita
Tonelini
Granol Indústria
Comércio e
Exportação S. A.
(62) 40151233
Daia. Quadra 03
Módulos 4, 5 e 6
Distrito
Agroindustrial
Anápolis – GO
Logística
Reversa
(62) 3567Rua J33 Qd. 52 Lt. 04
0077
Setor Jaó
(62) 8405Goiânia-Go
1659
Marisa
Bergamasco
Bio-Recicle
União Repr.
Ltda.
(62) 32473974
(62) 84329778
Rua Pe.
Redentoristas, nº 255
Setor Central
Inhumas - GO
4 Elementos
Ltda.
(62) 30981470
(62) 92556796
Rua R18, n. 121
Setor Oeste
Goiânia - GO
BioColeta
Ltda.
COELHO (2010).
Empresa Recicladora
15
Proporá que o óleo e a gordura recolhidos pelas empresas de reciclagem sejam
tratados e utilizados na produção de sabão, biodiesel e outros produtos derivados deste.
Meta 2: Diagnóstico de conscientização ambiental, aceitação e participação
dos condôminos.
Para que as empresas recicladoras obtenham resultados de estimativas de
aceitação do projeto no condomínio, será realizado o preenchimento de questionários de
aceitação da implantação do projeto (Anexo I). No questionário abordará perguntas
correlacionadas à quantidade de óleo que é gerado, lançado e/ou reciclado de acordo com o
perfil dos condôminos incluindo o conhecimento geral sobre a coleta de óleo residual de
fritura para o aproveitamento industrial.
Contudo, pretende-se avaliar o nível de conhecimento e de interesse dos
condôminos sobre o tema abordado no projeto, concluindo com uma abordagem estatística da
aceitação do projeto de acordo com os resultados esperados.
Meta 3: Realização de educação ambiental para condôminos e servidores.
Para que obtenha êxito na coleta desse material deve-se realizar durante a
implantação e operação, a Educação Ambiental aos condôminos onde abordará a importância
que se tem em coletar, armazenar e doar o óleo de frituras assim como elaborar dicas de como
praticar tais ações.
As
atividades
educativas
serão
realizadas periodicamente até a fase final do projeto,
na quadra Poliesportiva (Figura 4) do condomínio.
Todas as formas prévias de comunicação
tais como avisos sobre reuniões e cronogramas das
Figura 4: Vista da quadra Poliesportiva.
COELHO (2010)
atividades serão feitas por meio de informativos
fixados no mural de aviso (Figura 5) de cada bloco,
isto permitirá manter os condôminos sempre informados sobre as ações decorrentes a
implantação e desenvolvimento do projeto.
Todos os apartamentos participantes serão identificados com um adesivo em sua
porta (Figura 6) e terão cadastro digital em formato de tabela com dados pessoais dos
integrantes do projeto para facilitar a localização e comunicação.
16
Figura 5: Visualização do quadro de
aviso situado na entrada dos blocos.
COELHO (2010)
Figura 6: Adesivos que serão distribuídos
nos apartamentos participantes.
Fonte: Bio-Recicle União Repr. Ltda
adaptada por COELHO (2010)
Meta 4: Confecção de materiais de divulgação.
Serão confeccionados e fornecidos materiais de apoio durante a realização das
palestras educativas, tais como folders e panfletos abordando temas relacionados aos assuntos
ministrados. Os órgãos públicos da área ambiental e habitacional serão convidados para
ministrar palestras e outras apresentações educativas. Podendo citar como exemplo a Agência
Municipal de Meio Ambiente de Goiânia (AMMA) e o Sindicato da Habitação de Goiás
(SECOVI).
Meta 5: Aquisição dos recipientes da coleta seletiva, armazenamento e forma
de transporte.
Após parceria a empresa de reciclagem de óleo colocará sem ônus para o
condomínio a disposição de 02 (dois) recipientes com capacidade para 200 (duzentos) litros
cada, para o armazenamento do óleo coletado. Nesses recipientes serão fixados em forma de
adesivos a identificação da empresa de reciclagem com a logomarca e contato da mesma
juntamente com a logomarca do projeto.
O local de armazenamento do material coletado será provisoriamente, na sala da
sindica (Figura 7) que situa-se no ambiente da guarita, próximo da portaria. Este local foi
escolhido devido à facilidade de acesso dos condôminos e por apresentar ambiente arejado,
espaçoso, que no momento encontra-se desocupado.
Figura 7: Visão interna e externa da sala da sindica junto à guarida.
COELHO (2010)
17
Serão recomendados aos condôminos que armazene o óleo na sua temperatura
ambiente, em recipiente adequado, limpo e livre de outros resíduos como água e partículas
sólidas e deverá ser entregue na portaria para o acondicionamento.
Será realizado treinamento com os funcionários que receberá orientação para
manuseio do acondicionamento priorizando a higiene pessoal e do local. Os mesmos
receberão a função de preencher uma planilha informando a quantidade de produto
arrecadado para que se tenha registrado valores do resultado da coleta onde serão revertidos
em beneficio para o condomínio. Esses dados deverão ser informados nas reuniões com os
participantes.
A freqüência da coleta do material armazenado será determinada de acordo com a
demanda até o enchimento do recipiente. E se houver um aumento repentino do volume
armazenado, será solicitada a substituição do recipiente por outro de mesma proporção.
No ato em que a empresar for recolher os contêiner do material arrecadado, será
feito um controle de freqüência e quantidade de material coletado. Com esses valores obtidos
possibilita revelar se os resultados do projeto serão alcançados.
O transporte deverá ser feito com veículo apropriado para que facilite o processo
de carga e descarga dos recipientes. Caso a empresa recicladora não possui, para reduzir
custos ao projeto é aconselhável o aluguel do veículo, de acordo com o cronograma
financeiro.
Meta 6: Contrapartida
Será estabelecido o “Termo de Acordo e Responsabilidade” no ato em que for
firmada a parceria entre o condomínio e a empresa de reciclagem contemplando em
contrapartida do óleo doado, revestimento em benefício ao condomínio de acordo com a
atividade desenvolvida pela indústria que coletará o óleo.
Essa estratégia tem como objetivo fomentar o incentivo dos condôminos em
participar do projeto coletando e doando o óleo residual de fritura para a reciclagem. E este
material deverá ser recebido no termino do projeto onde serão apresentados a todos os
participantes os resultados obtidos e agradecimentos.
Os materiais arrecadados da contrapartida serão entregues no encerramento da
primeira etapa, que terá o período de 6 (seis) meses. No encerramento será discutido o
resultado obtido ao longo do desenvolvimento do projeto de acordo com dados estatísticos do
material coletado e acordo de inicio da segunda etapa.
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7. CRONOGRAMA DE ATIVIDADE
Descrição da Atividade
Período 2011
Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul.
Contato e aceite de parcerias com empresas.
x
Pesquisa de aceitação do projeto com condôminos.
x
x
Elaboração e confecção do material de divulgação.
x
x
Treinamento com os funcionários.
x
Cadastramento dos condôminos participantes.
x
Fixação de adesivos nos apartamentos.
x
Programa de Educação Ambiental com condômino. x
x
x
x
x
x
Adesão do veículo.
x
Instalação do recipiente para armazenamento.
x
Prazo para a entrega do óleo coletado/condômino.
x
x
x
x
Período da coleta do óleo armazenado/empresa.
x
x
x
x
Encerramento do projeto da 1ª Etapa.
x
Entrega dos materiais fornecidos pela parceria.
x
Continuidade da 2ª Etapa.
x
19
8. CRONOGRAMA FINANCEIRO
Ord.
Serviço
Unid.
1.0 Impressão de Comunicação
Lançamento do projeto com os seus
1.1
Unid.
respectivos objetivos.
1.2 Início da entrega do material coletado.
Unid.
1.3 Regulamento do projeto.
Unid.
1.4 Encerramento da coleta.
Unid.
1.5 Questionário de pesquisa de percepção
Unid.
Total de Impressão de Comunicado
2.0 Material de Divulgação
2.1 Adesivos Vinil 21x15cm
Unid.
2.2 Adesivos em Papel Adesivo 5x5cm
Unid.
2.3 Folders (dobrado) 21x31cm
Unid.
2.4 Panfletos 15x15cm
Unid.
2.5 Cartazes 31x45cm
Unid.
Total de Material de Divulgação
3.0 Material de Apoio
3.1 Aluguel do Veículos courrier
Mês
3.2 Recipiente de armazenamento (galão 200 lts) Unid.
Total de Material de Apoio
4.0 Serviços Prestados
4.1 Serviços de Informática
Mês
4.2 Comunicação Telefônica
Mês
4.3 Combustível
Lts/mês
Total de Serviços Prestados
5.0 Recursos Humanos (Cargos)
5.1 Coordenador do projeto (Gestor Ambiental)
Mês
5.2 Motorista
Mês
5.3 Auxiliar de Motorista
Mês
5.4 Entregador de Comunicados
Mês
Qnt.
Custo Unitário
200
R$
0,20
R$
40,00
200
200
200
200
R$
R$
R$
R$
0,20
0,20
0,20
0,20
R$
R$
R$
R$
R$
40,00
40,00
40,00
40,00
200,00
25
1.500
2.000
3.000
100
R$
R$
R$
R$
R$
22,36
0,47
0,39
0,17
5,16
6
1
6
6
40/6
6
6
6
6
Total de Recursos Humanos
TOTAL
Custo Total
R$ 559,00
R$ 705,00
R$ 780,00
R$ 510,00
R$ 516,00
R$ 3.070,00
R$ 150,00
R$
50,00
R$
R$
R$
900,00
50,00
950,00
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
90,00
300,00
600,00
990,00
15,00
50,00
2,50
R$ 1.100,00
R$ 700,00
R$ 510,00
R$ 100,00
R$ 3.600,00
R$ 4.200,00
R$ 3.060,00
R$ 300,00
R$ 11.160,00
R$ 18.940,00
20
9. RESULTADOS ESPERADOS
Os produtos obtidos de acordo com as diferentes formas de reciclagem do óleo
podem apresentar valor comercial, e chegar novamente ao consumidor sob outra forma. E, a
partir do óleo coletado, o processo de incentivo à reciclagem fará com que esses resíduos não
sejam descartados de forma incorreta evitando a contaminação do meio ambiente e
promovendo benefícios a todos os envolvidos.
O poder público poderá ter benefícios a partir do desenvolvimento de uma
atividade que irá diminuir a quantidade de resíduos no ambiente, minimizando a
contaminação e poluição do mesmo, e poderá incrementar a geração de emprego e renda.
As empresas poderão desenvolver ações de reciclagem de óleo com prévia
parceria e aprovação da proposta do projeto podendo aumentar a produção a partir do material
coletado e doado.
O condomínio se beneficiará com a coleta do óleo residual de frituras,
potencializando ganhos de imagem positiva para a comunidade local e a redução de custos na
manutenção das tubulações na rede de esgoto do condômino e conseqüentemente a melhoria
da qualidade de vida.
Uma simples mudança de hábito no dia-a-dia de cada um pode fazer uma grande
diferença no futuro do planeta. Separar e doar o óleo residual de fritura que não serve para o
consumo retira do ambiente um agente poluidor de grande potencial e ainda gera renda e
emprego na produção de materiais que necessite dessa fonte como matéria-prima.
Atualmente a sociedade em geral, por falta de informação, negligência ou até
mesmo por habito e costumes já acomodados, acabam poluindo o meio ambiente na hora de
descartar os resíduos oleosos. A destinação final desse resíduo, até mesmo na lixeira, onde as
pessoas acreditam ser o local adequado, são destinados ao aterros sanitários gerando enormes
malefícios para o solo, curso hídrico e podendo atingir o lençol freático e geração de gases
poluidores.
Assim, esse projeto aponta alternativas de destinação final do óleo residual de
fritura com o propósito de minimizar o descarte irregular reduzindo o impacto ambiental
causado pela poluição do meio ambiente e estabelecendo critérios para coleta e destino
adequado em empresas que utilizam o resíduo em seu processo de produção.
21
10. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICA
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do óleo residual de fritura na região de Campinas (GOIÂNIA/GO). Morrinhos - GO. 2008. 50f.
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<http://www.bibliotecauegmorrinhos.com>. Acesso: agosto de 2010.
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orgânicos. São Paulo. Nobel. 1986.
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CONAMA; Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução 362, de 23 de junho de 2005. Diário
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Acesso: setembro de 2010
DIÁRIO DE NATAL. Sabão pode ser feito a partir do óleo. Natal. 2007. 13f. 09 de dezembro de
2007. Jornal impresso.
LIMA, P.C.R., O biodiesel e a inclusão social. Consultoria Legislativa. Brasília: Câmara dos
Deputados. 2004.
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Brasileira de Bares e Restaurantes – ABRASEL. Goiânia. 2007. Disponível em:
<http://www.abrasel.com.br> Acesso: agosto de 2010.
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PARENTE, E. J. S. Biodiesel: Uma aventura tecnológica num país engraçado. Fortaleza. 2003.
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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. Lei Federal 12.305, de 2 de agosto de 2010. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br>. Acesso: setembro de 2010.
RABELO; R. A. FERREIRA; O. M. Coleta Seletiva de Óleo Residual de Fritura para
Aproveitamento Industrial. Goiânia. 2008. 21f. Monografia (Engenharia Ambiental) - Universidade
Católica de Goiás. Disponível em: <http://www.ucg.br/ >. Acesso: setembro de 2010.
REIS, M. F. P. et al. Destinação de óleos de fritura. 24° Congresso Brasileiro de Engenharia
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RIBEIRO. E. P; SERAVALLI, E. A. Química de alimentos. São Paulo: Blucher, 2004.
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Monografia (Tecnologia em Logística) - Faculdade de Tecnologia da Zona Leste. Disponível em:
<http://www.fateczl.edu.br> Acesso: setembro de 2010.
22
11. ANEXO I
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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS