CBAt
Atletismo rumo ao futuro
Nova gestão, novos desafios
REALIZAÇÃO
CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE ATLETISMO (CBAt)
Presidente
JOSÉ ANTONIO MARTINS FERNANDES
Vice-Presidente
WARLINDO CARNEIRO DA SILVA FILHO
EDIÇÃO
Coordenação editorial
BENÊ TURCO / Novamente Comunicações
Pesquisa e Texto
JOÃO PEDRO NUNES, BENÊ TURCO, ARNALDO JUBELINI JR.,
MAIARA DIAS BATISTA, BÁRBARA LIMA
Apoio
HARLEY MACIEL DA SILVA, CLÁUDIA REGINA DA SILVA,
ANDERSON MORAES LEMES ROSA, JESSÉ FARIAS DE LIMA,
CARLOS GOMES DA COSTA JUNIOR
Tratamento de fotos
MARCELO FERRELLI – Inovafoto
Design Gráfico
CLÓVIS ZANELA
Impressão
IMPRENSA OFICIAL
CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE ATLETISMO (CBAt)
Presidente
JOSÉ ANTONIO MARTINS FERNANDES
Vice-Presidente
WARLINDO CARNEIRO DA SILVA FILHO
Secretária
INARA CORRÊA
Comunicação Social
BENÊ TURCO
Rua Jorge Chammas, 310, Vila Mariana – São Paulo (SP)
CEP: 04.016-070 Telefone: (11) 5908-7488 – Fax: (11) 4508-4013
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Twitter: bra_atletismo / Facebook: oficialcbat
ÍNDICE
Palavra do Presidente..............................................................................8
Renovar é Preciso..................................................................................10
O Atletismo...........................................................................................14
A CBAt...................................................................................................16
Justiça Desportiva..................................................................................18
Diretoria da CBAt...................................................................................19
Organograma........................................................................................20
Tolerância Zero......................................................................................22
Administração.......................................................................................23
Transparência........................................................................................24
Finanças................................................................................................25
Marketing..............................................................................................26
Comunicação Social...............................................................................27
Integração e Democracia.......................................................................28
Área Técnica..........................................................................................30
Calendário.............................................................................................32
Competições.........................................................................................34
Corridas.................................................................................................35
Permit Nacional.....................................................................................37
Arbitragem............................................................................................38
MiniAtletismo.......................................................................................40
Atleta na Escola.....................................................................................42
Normas da CBAt....................................................................................44
Alto Rendimento...................................................................................46
Rio 2016................................................................................................48
Seleções................................................................................................49
Busca da Excelência...............................................................................50
Parceiros Essenciais...............................................................................51
CBAt & CAIXA........................................................................................52
Governo Federal....................................................................................54
Relação Solidária...................................................................................55
Apoio Fundamental...............................................................................57
Profissão: Atleta....................................................................................58
Treinadores...........................................................................................61
Bolsa Pódio...........................................................................................62
Heróis Olímpicos...................................................................................64
Corredores de Elite................................................................................66
Federações............................................................................................67
Contatos Federações Filiadas.................................................................68
PALAVRA DO PRESIDENTE
O Atletismo como arma propulsora de cidadania em nosso País
POR JOSÉ ANTONIO MARTINS FERNANDES
PERFIL
DO
PRESIDENTE
José Antonio Martins
Fernandes, o Toninho,
presidente da Confederação
Brasileira de Atletismo
(CBAt), foi presidente, por 12
anos, da Federação Paulista
de Atletismo (FPA), vicepresidente de Esportes da
ADC Eletropaulo, membro do
Comitê Paralímpico Brasileiro
(CPB). É diretor de Esportes
e Lazer da União Geral
dos Trabalhadores (UGT) e
presidente do Sindicato dos
Profissionais de Educação
Física de São Paulo e Região
(SINPEFESP). Português de
nascimento, 55 anos, tem
dupla cidadania, e começou
no esporte como jogador de
futebol profissional.
8] CBAt
TRANSPARÊNCIA NAS AÇÕES. Com esse objetivo, decidimos editar este livro
para que a sociedade conheça mais profundamente a Confederação Brasileira
de Atletismo. Portanto, a máquina da entidade está aberta ao pleno conhecimento do público que, assim, pode conhecer como funcionam os mecanismos
da Confederação e opinar a respeito, com críticas construtivas.
Tomamos posse à frente da Confederação há poucos meses. E o fizemos sabendo do grande desafio que nos aguardava. Desafio de gigantes em busca de
um objetivo precípuo, tal qual o dos grandes navegadores de 500 anos atrás,
que bravamente se lançaram aos mistérios dos mares em embarcações frágeis,
quando pensamos na tecnologia de nossos dias.
Uma casca de noz sujeita às intempéries da natureza. Era assim e deverá
sempre ser assim quando se levanta âncoras e se lança ao futuro do qual nada
se sabe. Só se imagina.
Em seus pouco mais de cinco séculos, nosso Brasil precisou enfrentar diversos obstáculos para se firmar como Nação. No período, o esporte, é preciso
salientar, raramente foi tratado como algo prioritário, ficando sem uma política
específica para o setor. Todavia, no Brasil contemporâneo, isso vem mudando
gradativamente. E para melhor.
A BORDO DE UM ESTADO DE DIREITO, o esporte passou a ser considerado como
indispensável arma propulsora de saúde, educação, lazer, cultura e inserção social. Enfim, de cidadania.
Exigente, o povo brasileiro quer resultados. Nós, também. Mas há de se ter
a consciência de que é impossível preencher uma lacuna histórica tão grande
em tão pouco tempo. Portanto, torna-se necessário um crescimento na área
dos esportes sem possibilidade de retrocesso. A Nação não pode ficar sujeita
às idas e vindas das querências dos poderes públicos. A casa, já com fortes
alicerces, carece ser construída paulatinamente, com segurança.
Carol Coelho/CBAt
Presidente da CBAt,
José Antonio Martins Fernandes,
o Toninho
SOMOS TESTEMUNHAS DO MUITO QUE VEM sendo feito em prol do desenvolvimento do Atletismo nacional, tanto no sentido de massificar sua prática
quanto no de forjar atletas de alto nível, providências capazes de transformar o
País numa potência olímpica.
Dentro de tal filosofia, nos inserimos. Fazemos parte de uma esquadra de
grandes navegadores, devidamente comandada pelo governo da presidenta
Dilma Rousseff, através de seus Ministérios do Esporte e Educação. É de Brasília que emana a finalmente implantada política de desenvolvimento esportivo,
com engajada atuação do Comitê Olímpico Brasileiro, Confederações e Federações das mais diversas modalidades.
Temos, portanto, fundadas razões de que nosso trabalho, numa atuação conjunta com as demais instituições esportivas, dará frutos para 2016 e para além
dos Jogos do Rio.
COM ESSE LIVRO, QUEREMOS APROXIMAR A sociedade brasileira do Atletismo,
demonstrando como funciona a máquina maior da modalidade considerada a
mãe de todas as outras, na medida em que lida com movimentos básicos do ser
humano como correr, saltar e lançar.
Fazemos especial agradecimento às Federações, que, permanentemente, lutam de forma abnegada pela massificação do Atletismo, pela iniciação de atletas e formação de nossos representantes de alto nível. Também registramos,
nesse documento, os clubes que investem em Atletismo e, assim, comprovam
sua notória responsabilidade social.
Por fim, dedicamos essa publicação aos atletas brasileiros, principalmente
aos Heróis Olímpicos, que brilhantemente representaram nosso País e fazem
parte ativa da luta da CBAt por um Atletismo cada vez melhor.
Boa leitura!
CBAt [9
RENOVAR É PRECISO
Presidente da CBAt defende investimento no esporte escolar
A CBAt VIVE UMA FASE DE TRANSIÇÃO? SIM, vive. Está de administração nova.
Isso, por si, já é um fato representativo de tal situação. Assim sendo, optamos
por tocar o barco respeitando as lições do passado. Queremos renovação (necessária) com experiência (indispensável), para edificarmos pontes sólidas entre
os tempos dos verbos e das ações. Aqui cabe uma especial menção ao presidente Roberto Gesta de Melo, nosso antecessor, que de forma abnegada jamais
poupou esforços destinados ao pleno avanço do Atletismo.
Pensamos o Brasil da história como um País onde grandes atletas surgiram
e marcaram época como que por geração espontânea. Com isso, queremos salientar que um Adhemar Ferreira da Silva, por exemplo, não surgiu de uma política de esporte, mas, sim, de seu talento nato, como tantos outros expoentes.
Se quiser se transformar numa Nação, onde o esporte seja sinônimo de cidadania e conquistas, o caminho da geração espontânea precisa ser alicerçado por
uma clara e eficiente engenharia de iniciativas e metas.
Carol Coelho/CBAt
José Antonio Martins Fernandes
em coletiva de imprensa
EM MAIS DE 35 ANOS ATUANDO NO ESPORTE, tivemos a oportunidade de
expressar nossas convicções em diversas esferas de debates. Em tais ocasiões,
sempre defendemos que o eixo esportivo brasileiro não poderia estar fincado
apenas nos clubes. Julgamos até que seu ponto de giro reside nas escolas públicas e particulares.
Tal preocupação com a valorização da prática esportiva nos mais diversos
estágios de ensino apareceu oficialmente, pela primeira vez, num documento
elaborado pela bancada paulista que esteve no “I Congresso Nacional do Esporte”, realizado em Brasília, no ano de 2004.
Denominado “Esporte em Foco”, o manifesto foi entregue a milhares de
pessoas, integrantes de comitivas de todo o Brasil, presentes ao mencionado
evento. Dizia:
“É unânime entre os signatários desse documento que o esporte brasileiro
precisa mudar de eixo. Seu foco atual (2004) está direcionado ao corporativismo
e seus mais diversos segmentos. Defendemos a massificação do desporto pátrio
principalmente nos estabelecimentos de ensino, onde há o estímulo básico do
indivíduo.”
A proposição foi aceita. Então, começou a permanente luta em prol de tal
propósito.
EM 2012, NA QUALIDADE DE DIRETOR DE ESPORTES e Lazer da UGT – União
Geral dos Trabalhadores –, tivemos a oportunidade de enviar carta de reivindicações à presidenta Dilma Rousseff expondo, entre outras coisas, parágrafos
totalmente voltados ao esporte nas escolas. Segue o conteúdo, na íntegra:
“Um planejamento – e execução – da Política Esportiva, em especial na rede
escolar, acarretaria de forma clara e direta melhora nos índices de educação,
saúde e segurança, entre outros da população brasileira.”
“Nosso temor, Excelência, é que nosso País não venha a aproveitar adequadamente tão precioso cenário para se alçar à condição de potência esportiva,
o que acarretaria em significativa melhoria da qualidade de vida de seu povo.”
“Os que militam no esporte, desde atletas até técnicos, profissionais de educação física, colaboradores e aficionados em geral, veem o panorama de ações
dos Poderes Públicos com certa apreensão.”
Com sua sensibilidade social consagrada, a presidenta respondeu aquela e as
outras petições. Diz a nota da Presidência da República:
“Pela natureza do assunto, informo que o referido expediente foi encaminhado aos Ministérios da Educação, do Trabalho e Emprego e do Esporte.”
Por conseguinte e – acreditamos – também por consequência, a presidenta
Dilma anunciou a Olimpíada Escolar de Atletismo nas provas de velocidade e
salto em distância, dentro do objetivo de se conhecer o estudante brasileiro
mais rápido e o que salta mais longe.
EDUCAÇÃO
FÍSICA E
ATLETISMO
Outro assunto que interessa é
a evolução de uma categoria
de extrema importância para
o esporte, e em especial o
Atletismo: a dos profissionais
de educação física,
carreira muito escolhida
por treinadores, atletas e
profissionais ligados à gestão
administrativa. Em 1998,
o Governo Federal decidiu
qualificar a educação física
como categoria diferenciada.
Isso possibilitou a criação de
sindicatos que, junto com os
Conselhos Regionais (CREFs)
e o Conselho Federal de
Educação Física (CONFEF),
vão dando à profissão sua
exata dimensão de valor no
cenário da prática esportiva
em seus mais variados níveis.
Temos a honra de presidir o
SINPEFESP – Sindicato dos
Profissionais de Educação
Física de São Paulo e Região
– e o prazer de registrar
que, em poucos anos, a
atuação sindical, combinada
com a mobilização dos
trabalhadores, triplicou o piso
salarial da categoria.
CBAt [11
GOSTARÍAMOS DE SALIENTAR NESSA AUTÊNTICA revolução que vem acontecendo em nosso País, a atuação sempre firme e presente do então presidente
da Confederação Brasileira de Atletismo, Roberto Gesta de Melo.
Sua proposição do MiniAtletismo, projeto desenvolvido por especialistas de
vários países por encomenda da IAAF, foi devidamente abraçada, possibilitando
aos estudantes contato com o Atletismo de forma lúdica. O esforço ganhou repercussão. O projeto será adotado pelo programa “Mais Educação”, conforme
informou a presidenta Dilma.
Outro avanço, exemplar, que teve a íntima colaboração da Federação Paulista
de Atletismo, que presidíamos à época, foi a efetivação pelo Governo de São
Paulo, do Campeonato Estadual Escolar. O evento reúne milhares de crianças e
adolescentes de centenas de escolas. É descentralizado e abrange todo o Estado,
com polos em Ourinhos, Presidente Prudente, São José do Rio Preto, São Paulo,
Araraquara, Praia Grande, Itapetininga, Pirassununga e São José dos Campos.
Mais do que reivindicação, o desenvolvimento do esporte nas escolas virou
filosofia, se transformou até em política de Governo, com atuação conjunta
de Ministérios, COB, CBAt, Federações de Atletismo e de diversas instituições
ligadas ao desporto. O caminho é o certo. Em breve, colheremos os frutos
sócio-esportivos da medida.
O ESPORTE NAS ESCOLAS TEM APROVAÇÃO DA sociedade. Recentemente participamos de debate sobre Atletismo no programa Arena, do canal SporTV. A
produção do programa decidiu fazer uma pesquisa junto aos telespectadores
sobre qual deveria ser a natureza dos investimentos em esporte no Brasil. Deu
escolas em primeiro lugar, com quase 70%, em seguida os clubes, com 25%. A
combinação escola/clube nos parece ideal para, paulatinamente, dotar o nosso
País de identidade esportiva e olímpica.
No mesmo programa do SporTV sobre o Atletismo, ao lado da campeã olímpica Maurren Maggi, tivemos a oportunidade de falar, logo após o Campeonato Mundial de Atletismo realizado em Moscou. Lembramos que, antes do embarque para a Rússia, em coletiva à imprensa especializada, destacamos que
o objetivo seria alcançar pelo menos oito finais. A meta foi atingida, pois nove
atletas figuraram em finais.
Dissemos que temos a expectativa de, no próximo Mundial, participarmos
de 12 finais, com chances de medalhas em várias provas. Para os Jogos do Rio,
a intenção é ter representantes de 12 a 15 finais, com possibilidade real de medalhas. Para isso, a CBAt trabalha.
Além de aprimorar a estrutura da entidade, trabalhamos para que haja possibilidade cada vez maior de intercâmbios com diversas – e avançadas – escolas
do Atletismo mundial. Nosso calendário de atividades está forte, com eventos
para todas as categorias.
12] CBAt
César Catingueira/CBAt
José Antonio Martins Fernandes
e o vice-presidente Warlindo Carneiro da Silva Filho
NESSE MOMENTO, NÃO PODEMOS ESQUECER A preciosa parceria com nossos
patrocinadores, como a Caixa Econômica Federal, que adotou o Atletismo brasileiro e por ele muito tem feito. Destaque para o Comitê Olímpico Brasileiro, liderado por Carlos Nuzman, cujo trabalho ficará para a história como paradigma
de inspiração, seriedade e sucesso.
Já à Nike, marca diretamente relacionada à qualidade de seus produtos,
devemos o fornecimento de materiais esportivos adequados, produzidos com
tecnologia de última geração. Temos, também, a bem-vinda parceria da Rede
Globo nos nossos eventos.
A Presidência da República e o Ministério do Esporte, mais do que ajuda, propiciam à CBAt uma filosofia apurada de democracia participativa, transparente,
social e, acima de tudo, eficaz. Na CBAt, procuramos seguir tal receita e lição.
Queremos o permanente debate entre os integrantes da família do Atletismo
brasileiro. Sabemos que todos têm contribuição a dar e, através de canais competentes, são ouvidos.
Buscamos, assim, oxigenar a estrutura organizacional da CBAt, palmilhando
objetivos comuns com respeito e atenção plena. Em breve, estaremos consolidando ainda mais nossos meios de comunicação, sempre dentro do conceito de
democracia participativa.
JOSÉ ANTONIO MARTINS FERNANDES
Presidente da CBAt
CBAt [13
O ATLETISMO
Eventos atléticos acontecem no Brasil desde meados do século XIX
“A simplicidade das regras explica a universalidade do Atletismo. Os resultados das competições são dados
por medidas de tempo e distância. É campeão o mais rápido, quem dá o maior salto ou lança mais longe.”
(Dos dicionários)
ESPORTE
OLÍMPICO
ESSENCIAL
A riqueza técnica, a tradição,
a importância histórica, a
condição de modalidade
básica e o grande número de
medalhas que distribui nos
Jogos são características que
fazem do Atletismo “o esporte
olímpico fundamental”. Ou
seja, os Jogos Olímpicos
podem acontecer apenas com
o torneio atlético. Nunca, sem
ele!
14] CBAt
O ATLETISMO É CHAMADO DE ESPORTE-BASE, pois sua prática corresponde aos
movimentos naturais do homem. Nossos ancestrais corriam, saltavam obstáculos e lançavam objetos, na luta pela sobrevivência. O homem evoluiu, inventou
a escrita e passou a registrar sua história. Assim, ficamos sabendo de eventos
atléticos realizados há milhares de anos no Oriente Médio e China.
Na Grécia Antiga havia vários Jogos esportivos e os mais famosos eram os
Jogos Olímpicos, disputados na cidade de Olímpia. O registro olímpico mais antigo é de 776 a.C., tempo em que era disputada uma única prova: uma corrida
de cerca 200 m, que os gregos chamavam de stadium. Nesta primeira edição
registrada, o campeão foi Koroebus, da cidade de Élida.
Depois, foram acrescentadas outras provas, também atléticas, como o lançamento do disco, lançamento do dardo e salto em distância. Mais tarde entrou o
pugilismo e, por fim, as provas equestres. Nos últimos tempos do Império Romano,
os Jogos foram banidos. Na Idade Média, o esporte olímpico praticamente inexistiu, mas reapareceu com o Renascimento, e a consequente volta do interesse pelas
manifestações culturais do antigo mundo greco-romano.
O formato atual do Atletismo foi estabelecido no começo do século XIX, na
Inglaterra. O grupo de provas definido, com pequenas mudanças, entrou no
programa já na primeira Olimpíada Moderna, disputada em Atenas-1896. Curiosamente, o primeiro título dos Jogos Modernos foi ganho por um nome do Atletismo: James Connolly (Estados Unidos), no triplo.
Atualmente, as provas olímpicas são 47, 24 masculinas e 23 femininas. As
mulheres não fazem a marcha 50 km. Compõem o programa olímpico do Atletismo as corridas de pista, com as provas de velocidade (100 m, 200 m, 400 m),
meio-fundo (800 m, 1.500 m), fundo (5.000 m, 10.000 m, 3.000 m com obstáculos), corridas com barreiras (110 m e 400 m, no masculino; 100 m e 400 m, no
feminino), revezamento (4x100 m, 4x400 m).
Mais: saltos verticais (salto em altura e salto com vara), saltos horizontais
(salto em distância e triplo), arremesso (peso), lançamentos (disco, martelo e
dardo), provas combinadas (decatlo masculino e heptatlo feminino), provas de
rua (maratona, e marcha de 20 km e 50 km).
NO BRASIL, OS PRIMEIROS REGISTROS DE prática atlética organizada aparecem,
na década de 1880, no Jornal do Commercio, do Rio de Janeiro, então capital do
País, que fala da disputa de “Jogos Atléticos Inglezes”, com predominância de
corridas, no Rio e Niterói. Em 1906, os negócios do Atletismo passam a ser conduzidos pela AMEA – Associação Metropolitana de Esportes Atléticos. Em 1914,
a CBD – Confederação Brasileira de Desportos, sucessora da AMEA, filiou-se à
IAAF – sigla em inglês da Associação Internacional das Federações de Atletismo.
Os anos 1920 marcam a consolidação do Atletismo no Brasil. Contribuiu para
isso a realização dos “Jogos Olímpicos Latino-Americanos”, disputados no Rio de
Janeiro em 1922, no Centenário da Independência. Em 1924, a primeira equipe
olímpica de Atletismo do Brasil disputa os Jogos de Paris. Um dos destaques da
seleção era o gaúcho Willi Seewald, no lançamento do dardo.
Em 1925, a CBD instituiu o “Campeonato Brasileiro de Atletismo”. No mesmo
ano, o diretor de A Gazeta, Cásper Líbero, criou a “Corrida de São Silvestre”, que
se tornaria a mais importante prova pedestre do continente. Em 1932, Lúcio de
Castro chegou à final olímpica do salto com vara em Los Angeles, com o sexto lugar. Sylvio de Magalhães Padilha, que mais tarde seria presidente do COB, obteve
o quinto lugar nos 400 m com barreiras, em Berlim-1936.
Em 1937, em São Paulo, o País ganhou o primeiro título por equipes no Campeonato Sul-Americano. Em 1940, o Campeonato Brasileiro incorpora o torneio
feminino. O Troféu Brasil, criado em 1945, tornou-se a maior competição atlética de clubes na América Latina.
NOS JOGOS OLÍMPICOS DE 1952, OS primeiros brasileiros sobem ao pódio no
Atletismo: Adhemar Ferreira da Silva ganhou ouro no triplo e José Telles da Conceição, bronze no salto em altura. Adhemar conquistou o bicampeonato quatro
anos depois em Melbourne. Outro triplista, Nelson Prudêncio, ganhou prata no
México-1968 e bronze em Munique-1972. O triplo continuou a brilhar, com João
Carlos de Oliveira, bronze em Montreal-1976 e Moscou-1980.
Em dezembro de 1977 a CBD deixou de existir e cada esporte ganhou sua
entidade dirigente. Então, foi fundada a Confederação Brasileira de Atletismo
(CBAt), que começa a operar em 1979. A história da CBAt e do Atletismo nacional, desde então, continua nas páginas seguintes.
Primeira seleção olímpica de Atletismo do Brasil, formada
para os Jogos de Paris, em 1924. A partir da esquerda:
Alfredo Gomes, Narciso Valadares, Hogarty (treinador
americano especialmente contratado), Willy Seewald,
Álvaro de Oliveira Ribeiro, Alberto Jackson Byington Jr.,
Eurico Teixeira de Freitas, Octávio Zani e José Galimberti
Arquivo/CBAt
A CBAt
Confederação foi instituída nos anos 1970 para dirigir o Atletismo no País
“A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) é uma associação sem fins lucrativos, de caráter desportivo,
fundada no Rio de Janeiro, em 2 de dezembro de 1977. Constituem sua Assembleia Geral as 27 Federações
dos Estados e do Distrito Federal, os cinco clubes com maior pontuação do Troféu Brasil de Atletismo imediatamente anterior à Assembleia, as associações nacionais de treinadores e árbitros, os atletas ganhadores de
medalhas olímpicas. A CBAt é a única entidade de direção nacional do Atletismo em todas as suas modalidades, conforme as normas da IAAF.” (Do Estatuto da CBAt)
NÚMEROS
DA
CBAt
Em 2013, os registros da CBAt
apontavam a filiação de 27
Federações, 498 clubes e
54.738 atletas. Mais de nove
mil corredores cadastrados,
731 treinadores e mais de
quatro mil árbitros nas várias
categorias. Juntas, a CBAt e
as filiadas organizam cerca de
duas centenas de torneios de
campo e pista e mais de 300
competições fora de estádio.
16] CBAt
EM 1977, COM O FIM DA ANTIGA CBD, cada modalidade esportiva teve de
constituir sua entidade-dirigente. Assim foi criada a Confederação Brasileira de
Atletismo (CBAt), que passou a operar em 1979. Diretor de Atletismo da CBD, o
carioca Hélio Babo foi o primeiro presidente da CBAt e ocupou o cargo por dois
mandatos. Foi substituído pelo paulista Evald Gomes da Silva em 1984. O amazonense Roberto Gesta de Melo assumiu em 1987 e deu lugar a José Antonio
Martins Fernandes, o Toninho, em março de 2013. A CBAt teve sua primeira sede
no Rio de Janeiro. Em 1994 mudou para Manaus e, em 2013, para São Paulo.
Com o Atletismo sob a direção da CBAt, Joaquim Cruz foi campeão olímpico
dos 800 m em Los Angeles-1984. Em Seul-1988, ele ganhou a medalha de prata
na prova e Robson Caetano da Silva a de bronze, nos 200 m. O revezamento
4x100 m masculino ganhou bronze em Atlanta-1996 e prata em Sydney-2000.
Em Atenas-2004, Vanderlei Cordeiro de Lima ganhou bronze na maratona. Em
Pequim-2008, Maurren Maggi ganhou a medalha de ouro no salto em distância.
Na história recente, o esporte-base nacional ganhou novos eventos. Um deles foi o Grande Prêmio Brasil de Atletismo, criado como Meeting Internacional
de São Paulo e organizado pela primeira vez em 1985, no Estádio Ícaro de Castro
Melo, no Ibirapuera, pelo empresário Victor Malzoni Jr. Em 1990, após ações
dos organizadores do Meeting, do então presidente da CBAt Roberto Gesta de
Melo e do bicampeão olímpico Adhemar Ferreira da Silva, a IAAF incluiu o torneio brasileiro no circuito Grand Prix International – hoje IAAF World Challenge.
Até 1995 o GP foi disputado em São Paulo. De 1996 a 2001, o GP aconteceu
no Rio de Janeiro. De 2002 a 2009 o torneio foi disputado em Belém. De 2010
a 2012 o GP voltou ao Rio, sendo disputado no Estádio Olímpico do Engenhão.
Em 2013 foi novamente realizado em Belém. Em 2001, a CBAt – que até então
supervisionava o evento – passou a organizar o GP diretamente.
Carol Coelho/CBAt
Sede da CBAt em
São Paulo
UM MOMENTO ESPECIAL PARA A CBAt ACONTECEU em 2001, quando a Caixa
Econômica Federal decidiu tornar-se a “Patrocinadora do Atletismo Brasileiro”. Centenária instituição financeira do Estado brasileiro, a parceria com a
empresa deu à CBAt a possibilidade de elaborar também projetos de médio e
longo prazos.
Representantes dos vários segmentos da comunidade atlética nacional foram reunidos em Fóruns para deliberar sobre a aplicação dos recursos da entidade. O I Fórum, realizado em São Paulo, em dezembro de 2003, aprovou o
“Projeto 2004-2008”. A meta central foi definir a preparação para o PAN-2007,
no Rio de Janeiro, e a Olimpíada-2008, em Pequim. Outros três Fóruns foram
realizados para atualizar o “Projeto 2004-2008” e para elaborar o “Projeto
2009-2012”, com vistas ao PAN-2011 e à Olimpíada-2012. O VI Fórum estava
definido para 2014.
Com o apoio da CAIXA e com recursos da Lei Agnelo/Piva, repassados pelo
Ministério do Esporte, por meio do COB, a CBAt consolidou programas de apoio
a atletas, treinadores e Federações, e criou outros, como o “Heróis Olímpicos”.
Os resultados se fizeram sentir no PAN-2007, no Rio, quando o Atletismo
nacional superou todos os seus recordes na história da competição. A equipe
conquistou 23 medalhas: nove de ouro, cinco de prata e nove de bronze. No
PAN de Guadalajara-2011, novo recorde, desta vez em número de títulos: foram
ganhas 10 medalhas de ouro, mais seis de prata e sete de bronze.
No período, dois grandes feitos do Atletismo brasileiro. Em 2008, pela primeira vez uma mulher brasileira ganhou um título olímpico em prova individual,
com Maurren Maggi, no salto em distância, em Pequim. Em 2011, em Daegu,
Fabiana Murer deu ao País seus primeiro título no Campeonato Mundial de
Atletismo, ao vencer o salto com vara.
CBAt [17
JUSTIÇA DESPORTIVA
Advogados especialistas em direito desportivo presidem o STJD e CDN
Arquivo pessoal
Doutor Gustavo Delbin,
presidente do STJD
O SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA DESPORTIVA (STJD) é uma unidade autônoma e independente da CBAt, que tem a competência de processar e julgar
em última instância os descumprimentos das normas relativas à disciplina e às
competições.
Já a Comissão Disciplinar Nacional (CDN) é o órgão de primeira instância para
a aplicação imediata de sanções decorrentes das súmulas e documentos dos árbitros ou decorrentes de infringência ao regulamento de uma competição. Das
decisões da CDN, cabe recurso ao STJD.
Os presidentes do STJD e da CDN são advogados especialistas em direito desportivo. No STJD, instância máxima da Justiça Desportiva na CBAt, o presidente
é Gustavo Normanton Delbin. Já na CDN, o presidente é Cristiano Caús. Ambos
lembram que punir com rigor os infratores é obrigação. Mas, explicam: é preciso
trabalhar na orientação aos que atuam no esporte.
Orientar e conscientizar. Essas duas palavras são como um mantra para os
novos juízes do Tribunal, que pretendem trabalhar intensamente na prevenção.
O ciclo olímpico do Rio-2016 é a mola propulsora para uma gestão ativa do STJD.
Atualmente, uma preocupação dos juízes é com o desconhecimento das regras internacionais sobre doping por parte de atletas e treinadores. Gustavo Delbin lembra que “o atleta é responsável por seus atos e por seu próprio corpo”.
Assim, a intenção é produzir material didático sobre as normas esportivas e
promover encontros periódicos com a área técnica da CBAt, estabelecer uma
agenda de cursos e seminários.
OS MEMBROS DO NOVO TRIBUNAL DA CBAt: STJD – Presidente: Gustavo Normanton Delbin. Membros: Marcos André Franco Montoro, Fernanda Bazanelli
Bini, Gustavo Lopes de Souza, Alexandre Hellender Quadros, Luiz Roberto Martins Castro, Amadeu Armentano, João Chiminazzo, Antonio Carlos Pereira. Procurador: Eduardo Berol da Costa.
CDN – Presidente: Cristiano Caús. Membros: Solange Guerra Bueno, Alexandre Miranda, Leonardo Andreotti, Mércia Polisel. Procurador: Caio Medauar.
Arquivo pessoal
Doutor Cristiano Caús,
presidente da CDN
18] CBAt
DIRETORIA DA CBAt
Direção Estatutária e a nova estrutura organizacional da Confederação
A CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE ATLETISMO TEVE sua direção renovada em
2013. Em março, durante a Assembleia Geral Ordinária da entidade, realizada
em Manaus, assumiram seus cargos os novos dirigentes eleitos: presidente, vice-presidente, além dos membros efetivos e suplentes do Conselho Fiscal. Em
seguida, o presidente José Antonio Martins Fernandes, o Toninho, nomeou integrantes da diretoria estatuária.
Em meados de 2013, três diretorias já tinham os titulares definidos: Relações
Públicas, Técnica e Administração/Finanças. Ainda seriam nomeados oportunamente os responsáveis por outras três diretorias: Desenvolvimento e Projetos,
Social e Relações Exteriores.
Além da Assembleia Geral, poder deliberativo da CBAt, e da diretoria, que
constitui o poder executivo. A entidade conta, ainda, com um poder judiciário
independente, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e seu órgão de
primeira instância, a Comissão Disciplinar Nacional.
A ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA CBAt é formada pelos vários setores profissionais que tocam a máquina da entidade e respondem à Presidência. Pelo
novo organograma da CBAt, a Presidência é auxiliada na administração por três
Superintendências:
- Superintendência Executiva, responsável pelas áreas de administração e finanças;
- Superintendência Técnica, encarregada da realização do calendário de competições, além supervisionar o cumprimento das normas técnicas do Atletismo;
- Superintendência de Alto Rendimento, que elabora os programas de desenvolvimento, supervisiona as Seleções das várias categorias e orienta o trabalho dos
centros de treinamentos.
Outras áreas são diretamente subordinadas à Presidência, como a CONAD
(Comissão Nacional Antidopagem), por exemplo. Os serviços de registro e cadastro estão sob a égide da Superintendência Técnica. Já setores como Projetos
e Licitações estão na Superintendência Executiva. Cursos para treinadores e o
Instituto Nacional de Atletismo estão na Superintendência de Alto Rendimento.
OS
NOVOS
DIRETORES
Presidente
José Antonio Martins
Fernandes
Vice-Presidente
Warlindo Carneiro da Silva
Filho
Conselho Fiscal – Efetivos:
Ariovaldo Reis dos Santos,
Sildemar Estevão Venâncio,
Paulo Henrique Farias de
Oliveira
Suplentes: Schirlei Baptista,
Wanda dos Santos
Diretor Administrativo/
Financeiro: Eduardo Esteter
Diretor Técnico: José Haroldo
Loureiro Gomes “Arataca”
Diretor de Relações Públicas:
Luiz Roberto Rodrigues
Diretora de Projetos e
Licitações: Fátima Ferreira
(NAS DUAS PÁGINAS SEGUINTES, O NOVO ORGANOGRAMA DA CBAt.)
CBAt [19
ORGANOGRAMA CBAt
HERÓIS
OLÍMPICOS
ANARBRITOS
ANATLETISMO
CONAD
STJD
Superintendência Executiva
Assistente Sênior
Departamento de
Desenvolvimento,
Projetos e Licitações
Departamento
Financeiro
Secretaria Geral
(Secretaria, Expediente e Contratos)
Departamento
Administrativo
Departamento de
Marketing
Projetos
Contabilidade
RH
Comunicação
Convênios
Tesouraria
Logística
Patrocínios
Licitações
Auditoria
Interna
TI
Mídias
Compras
Orçamento
Transporte
Desenvolvimento
e Federações
Patrimônio,
Manutenção e
Segurança
Eventos
Memória e
Bibliotéca
Publicações
Prestação de
Contas
Heróis Olímpicos
20] CBAt
Assistente
Executiva da
Presidência
PRESIDÊNCIA
Ministério do
Esporte
COB
Relações
Internacionais
Jurídico
Superintendência Técnica
Superintendência de
Alto Rendimento
Assistente Sênior
Departamento
Técnico
Competições
Assistente Sênior
Departamento de
Alto Rendimento
Centros Nacionais
de Treinamento
Seleções
Corridas de Rua
CNTA
Uberlândia
Equipes
Multidisciplinares
Arbitragem
CNTA
Fortaleza
Monitoramento e
desenvolvimento
de talentos
Registro
Cadastro
CNTA
São Paulo
Instituto Nacional
do Atletismo - INAT
Estatísticas
CNTA
Rio de Janeiro
Assistente
Antidopagem
CBAt [21
Marcelo Ferrelli/CBAt
TOLERÂNCIA ZERO
CONAD decreta rigor absoluto no combate ao doping
Doutor Thomaz Mattos de Paiva,
presidente da CONAD
ZERO. ESSA É A META DA COMISSÃO NACIONAL ANTIDOPAGEM (CONAD), da
CBAt. Com esse objetivo, o presidente da Comissão, Thomaz Mattos de Paiva,
quer “aumentar ainda mais o controle e promover um acompanhamento mais
próximo e minucioso da rotina dos atletas”.
Sucessora da Agência Nacional Antidopagem, a CONAD passou a ser chamada assim em 2013. Mas, as metas continuam: manter atletas saudáveis e fazer
valer a tolerância zero com qualquer deslize em relação à dopagem. O caminho
é tornar a fiscalização mais efetiva.
Uma das medidas neste sentido é colocar em funcionamento uma coleta de
sangue para passaporte biológico – ou seja, fazer no plano nacional o que a IAAF
executa no mundo todo (os principais atletas brasileiros fazem parte do programa). Isto significa montar um banco de dados com parâmetros endócrinos e
sanguíneos dos atletas. É uma maneira mais fácil de consolidar exames fora dos
períodos de competição.
Proporcionar uma melhor orientação aos atletas e treinadores também é um
caminho proposto pela nova administração. Por meio de palestras, a CONAD vai
intensificar a educação na base tendo a companhia, nesta ação, também do STJD.
Também haverá reciclagem dos 17 Oficiais de Controle de Doping (OCD) e a
formação de novos.
O número de exames será maior. Foram 573 em 2011, e 659 em 2012. Para
2013, a meta é fazer 800 exames. Todo esse trabalho visa chegar às Olimpíadas de
2016 sem nenhum caso de doping. “O Atletismo é o esporte que mais realiza testes
antidoping no Brasil, com exceção do futebol”, lembra Thomaz Mattos de Paiva.
PARA RAFAEL DE SOUZA TRINDADE, coordenador-médico da CONAD, “o conceito de doping se caracteriza pela presença de pelo menos dois dos seguintes
aspectos: atitude contrária aos valores do esporte, aumento artificial do desempenho físico e efeito negativo à saúde.”
Rafael lembra que o efeito do uso de substâncias proibidas no esporte pode
causar problemas sérios para os usuários. E lembra o caso da atleta da antiga
Alemanha Oriental Heidi Krieger, “que recebia aplicações de anabolizantes, à
sua revelia, com o conhecimento das autoridades esportivas. Devido às consequências físicas e psicológicas decorrentes do uso de hormônios masculinos,
submeteu-se a uma cirurgia de mudança de sexo, em 1993.”
22] CBAt
Arquivo pessoal
ADMINISTRAÇÃO
Elaborar plano da CBAt com base no tripé
Missão, Visão e Valores
MISSÃO
Busca da excelência no Atletismo pela inovação e
promoção do esporte com a realização de eventos e o
crescimento das conquistas internacionais do Brasil.
Georgios Hatzidakis,
gerente administrativo
VISÃO
Ser exemplo no desenvolvimento do esporte nos
níveis administrativo, técnico, científico e operacional,
tornando-se potência olímpica e mundial no Atletismo.
VALORES
Atitude, Transparência, Liderança, Ética,
Transformação, Integridade, Sustentabilidade,
Moralidade, Objetividade.
A CONCLUSÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO é a principal meta administrativa da CBAt, sempre a partir do “tripé” MISSÃO - VISÃO - VALORES. Para isso,
um passo é implantar uma gestão profissional e eficiente para o desenvolvimento do Atletismo no País, com vistas não apenas à Olimpíada de 2016 no Rio
de Janeiro, mas, principalmente, com as ações voltadas para depois da próxima
edição dos Jogos.
Os executivos, funcionários e colaboradores da Confederação são orientados
de forma a obter a produtividade máxima. O setor de Recursos Humanos padronizou os procedimentos desde a seleção e contratação de pessoal até avaliação
do desempenho de cada funcionário.
Uma das ações é o aperfeiçoamento constante de todos os colaboradores
(em meados de 2013, a Confederação contava com 31 funcionários).
O novo organograma atende as necessidades de desenvolvimento do Atletismo para obtenção de metas, com distribuição adequada de funções, evitando
sobreposição de atividades.
“A nossa preocupação é com a profissionalização, para maior desenvolvimento do Atletismo Nacional”, disse o gerente administrativo Georgios Stylianos Hatzidakis, professor universitário, e consultor em gestão esportiva e acadêmica.
CBAt [23
César Catingueira/CBAt
TRANSPARÊNCIA
Rigor nas contratações da CBAt e minuciosa
prestação de contas
Fátima Ferreira,
diretora de projetos e licitações
TRABALHO
DE
FÔLEGO
O trabalho é de fôlego no
Departamento. Enquanto
os processos licitatórios
vão sendo efetivados, o
igualmente importante
trabalho de prestação de
contas da entidade segue
em paralelo. Trata-se
de processo minucioso e
consiste na comprovação
dos gastos da CBAt junto a
suas fontes de receita. E por
orientação da Presidência a
área opera em ação conjunta
com o Comitê Olímpico
Brasileiro, especialmente
no fomento do esporte. Um
exemplo é o engajamento
do setor no estudo para a
criação de novos Centros de
Treinamento.
24] CBAt
ATUAR COM A MÁXIMA EFICIÊNCIA e dar transparência às atividades da CBAt.
Essa é a filosofia do Departamento Licitações e Projetos, responsável por quatro
atividades básicas: licitações, compras, projetos e prestação de contas. Sob o
comando de Fátima Ferreira, funcionários especializados atendem, dentro dos
recursos do orçamento, as solicitações das demais áreas: o Departamento Técnico, que solicita recursos para realizar as competições do calendário; o Alto
Rendimento, para os Centros de Treinamento; ou a Administração, para os serviços de manutenção, transporte e trabalhos terceirizados.
“Tudo é feito em conformidade a normas que regem a atuação da CBAt junto
a suas fontes de receita”, diz a diretora Fátima Ferreira. Compras até o valor de
oito mil reais, conforme a lei 8666/93, dispensam licitação. Mesmo assim, é feita pesquisa no mercado junto, pelo menos, a três fornecedores, escolhendo-se
o melhor preço.
As licitações são indispensáveis quando o montante da contratação ultrapassa os oito mil reais. Ainda de acordo com a lei 8666/93, os serviços que custam
de oito mil a oitenta mil reais, segundo a competente pesquisa, podem ser contratados por meio de carta convite.
Acima de oitenta mil, numa faixa que se estende até 650 mil reais, se situam
os fornecedores de materiais ou atividades que exigem o processo de tomada
de preços. Situações acima dos 650 mil reais, são submetidas à concorrência pública. A lei 10.520 estabeleceu a modalidade de contratação por meio de Pregão
(presencial ou eletrônico).
“No Pregão não existe teto de valores. A prática traz economia e cumpre as
exigências das entidades patrocinadoras”, pondera Fátima, que cita exemplos já
ocorridos, como a contratação de empresa fornecedora de passagens aéreas e
afins (hotel e locação de veículos), locação de van e fornecimento de refeições
para os atletas do Centro Nacional de Treinamento de São Paulo. Todo o processo
de licitação tem ampla divulgação no site da CBAt e no Diário Oficial da União.
Carol Coelho/CBAt
FINANÇAS
Controle financeiro, gerência de recursos e busca de
novas parcerias
O DEPARTAMENTO FINANCEIRO DA CBAt tem a responsabilidade de gerir as
receitas e despesas da entidade. Segundo o responsável pela área, o administrador de empresas Eduardo Esteter, a transparência nas operações deve ser
ampla, geral e irrestrita. Para tanto, conta com profissionais, que fazem o controle das contas internas e o fechamento contábil mensalmente, dentro dos parâmetros ditados por lei.
“A movimentação financeira é acompanhada atentamente pelo Conselho
Fiscal da CBAt e por um escritório contábil independente”, explica Esteter. “Paulo Henrique Farias de Oliveira, membro do Conselho, comparece ao setor periodicamente para acompanhar as contas, o que nos dá maior segurança”, afirma.
A CBAt tem o patrocínio da Caixa Econômica Federal, recebe recursos do Ministério do Esporte e do COB, e mantém parcerias com a TV Globo e Nike.
A maior parte do montante é proveniente do patrocínio da CAIXA. Com estes
recursos, são mantidos os diversos programas da CBAt, como Brasil Medalhas,
Heróis Olímpicos, Corredores de Elite, Jovens Talentos, Campings Nacionais,
competições do calendário, Seleções Brasileiras em eventos no exterior, manutenção da sede e apoio às Federações filiadas.
No total, o patrocínio anual é de R$ 22,5 milhões: R$ 6,5 milhões para o Plano Brasil Medalhas e R$ 16 milhões para as demais ações da Confederação. Há
os valores referentes à lei Agnelo/Piva, que o COB repassa (cerca de R$ 3,2 milhões, em 2013). Esses recursos são direcionados para campings internacionais,
intercâmbios e para honrar pagamentos permitidos pela legislação.
“A parte financeira recebida da parceria com a TV Globo é utilizada para saldar despesas gerais. Já os recursos vindos diretamente do Ministério do Esporte
contribuem para a manutenção dos Centros de Treinamento”, afirma Esteter,
ressaltando que o patrocínio da Nike se refere ao fornecimento exclusivo de
materiais esportivos.
O Departamento atua na busca constante por novas parcerias junto à iniciativa privada, necessárias para o fortalecimento do Atletismo. “Nosso objetivo, na política traçada pela Presidência da CBAt, é o de orientar os setores da
entidade de acordo com as rotinas e os recursos existentes, o que procuramos
fazer sem paralisar procedimentos necessários ao bom andamento dos trabalhos”, conclui Esteter.
Eduardo Esteter,
diretor financeiro
CBAt [25
Carol Coelho/CBAt
MARKETING
Estratégia para a implantação gradativa da unidade
Antonio de Figueiredo Feitosa,
responsável pela área de marketing
A UNIDADE DE MARKETING ESTÁ EM implantação gradativa na CBAt, com
planejamento de curto, médio e longo prazos, de acordo com as diretrizes da
entidade. O objetivo é responder aos desafios do Atletismo brasileiro com inteligência estratégica e comercial do mercado. O comando é de Antonio de
Figueiredo Feitosa.
Fazem parte da área os seguintes setores: comunicação e divulgação, eventos e produção, relacionamento institucional com federações e centros de descoberta de talentos, gestão de patrocínios e patrocinados, heróis olímpicos,
novos negócios, pesquisas e mensuração, publicações e, futuramente, comercialização de produtos.
Uma das metas é utilizar novas ferramentas de tecnologia que possibilitem
o incremento da divulgação do esporte, propagação de suas realizações e aprimoramento da comunicação interna. No contexto está a criação de plataformas
de interação com a comunidade, além de avaliar a exposição em todas as mídias
e buscar integração com patrocinadores, fornecedores e parceiros comerciais.
Outro objetivo é a produção de livros, revistas e folders de eventos e realizar
pesquisas de mercado e de imagem, para análise concorrencial por segmento,
avaliação de propriedades, e prospecções para planejamento estratégico.
A entidade pretende disponibilizar toda a infraestrutura para atendimento
às demandas dos eventos do calendário nacional, viabilizando o interesse pela
organização de competições, cursos, palestras e atividades promocionais. Nesta área, o objetivo é modernizar, redistribuir e redimensionar as competições.
NA GESTÃO DE PATROCÍNIOS, A META É FISCALIZAR e controlar o cumprimento
das obrigações contratuais com patrocinadores, fornecedores e parceiros, além
do planejamento integrado de ações. Fomentar ainda a área de promoções e de
interação com o público.
O programa “Heróis Olímpicos” também merece atenção especial, com o
objetivo de contar com uma programação anual de atividades e eventos com a
participação dos ganhadores de medalhas em Olimpíadas. Para isso, devem ser
qualificados como agentes disseminadores da ótima conduta desportiva.
26] CBAt
COMUNICAÇÃO SOCIAL
Assessoria de Imprensa, comunicação institucional e publicações
A ÁREA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA Confederação Brasileira de Atletismo
responde pelos serviços de assessoria de imprensa e divulgação, comunicação
institucional, serviços editoriais e publicações. O atendimento às demandas
dos jornalistas por informações sobre a Confederação e o Atletismo em geral é
um dos serviços dos profissionais da entidade.
Produção e distribuição eletrônica de releases são outras atribuições da
área. Da mesma forma que a redação de notícias e edição de imagens para o
site principal da Confederação, para os hotsites das competições e eventos oficiais. Pesquisa, produção, redação de textos, edição de livros, revistas e folders
entram na cota de trabalho dos jornalistas da CBAt.
As mídias sociais, cada vez mais importantes na comunicação e na divulgação de eventos, serviços e produtos, há anos são instrumentos também utilizados pela Confederação.
Elaborar a política de comunicação da Confederação, sob a supervisão da
Presidência, e assessorar os diretores e executivos da instituição no atendimento à imprensa são itens igualmente importantes deste serviço.
O setor de publicações, além da Revista Notas de Atletismo – com os números normais e edições especiais – e dos folders, produziu três livros, dois deles
em 2012: Mulheres no Pódio – a empolgante história das atletas brasileiras e
Jogos Olímpicos Latino-Americanos – Rio de Janeiro 1922. Este ano saiu o livro:
O Brasil torna-se Olímpico.
O setor acompanha o que sai na mídia sobre Atletismo e a CBAt, com base
no acompanhamento diário e dos relatórios das clipadoras.
EM QUADRO NESTA PÁGINA ESTÃO OS VALORES obtidos nos relatórios de
retorno de mídia, preparado por empresas independentes, desde meados de
2007. O quadro apresenta clara evolução dos números obtidos nas últimas
temporadas.
NÚMEROS DOS RELATÓRIOS DE RETORNO DE MÍDIA
ANO
2007
2008
2009
2010
2011
2012
TOTAL
IMPRENSA
TELEVISÃO
TOTALWEB
89.104.848,00
167.436.092,88
256.540.940.88
7.157
137.167.587,00
255.124.169,67
392.291.756,57
4.096
107.069.804,00
168.913.849,17
275.983.653,17
5.692
97.416.699,00
186.614.281,25
284.030.980,25
6.948
173.787.566,14
265.512.229,46
439.299.795,60
7.729
248.511.805,93
290.316.136,76
538.827.942,69
5.473
853.058.310,07 1.333.916.759,19 2.186.975.069,2637.095*
(*) Total de textos e fotos auferidos pela clipadora.
Fórum de Atletismo em 2009
Marcelo Ferrelli/CBAt
INTEGRAÇÃO E DEMOCRACIA
Atletas, treinadores e árbitros votam em Fóruns e Assembleias
AO LONGO DO TEMPO, as competições e eventos realizados pela CBAt tornaram-se acontecimentos marcantes do calendário esportivo nacional. Assim,
além dos Campeonatos que atendem a todas as modalidades atléticas e de categorias de idade, de âmbito nacional e internacional, de pista e campo ou fora
de estádio, a Confederação organiza cursos, clínicas e campings, seminários e
reuniões de seus organismos específicos, como Conselho Técnico, Comissão de
Atletas e Comitê Feminino.
Entre os eventos mais importantes da instituição estão a Assembléia Geral e
o Fórum Atletismo do Brasil. A Assembleia Geral Ordinária, realizada anualmente no primeiro trimestre, é o poder maior da CBAt e de toda entidade-dirigente
do esporte, conforme a legislação do País.
Já o Fórum acontece a cada quatro anos e define as linhas básicas dos programas da Confederação para o ciclo olímpico seguinte.
28] CBAt
NA ÚLTIMA DÉCADA, A ASSEMBLEIA e o Fórum marcaram uma profunda e
democrática mudança na forma de tomadas de decisões quanto aos negócios
do Atletismo nacional. Já no I Fórum, realizado em 2003, em São Paulo, cerca
de 150 atletas, treinadores e dirigentes decidiram as linhas básicas do Projeto
2008, em que o foco era a preparação da equipe brasileira para o PAN do Rio de
Janeiro-2007 e Olimpíada de Pequim-2008. O número de participantes cresceu
nas três edições seguintes do Fórum, realizadas em 2004, 2006 e 2008.
Personalidades do esporte nacional, como os medalhistas olímpicos Lars Grael (iatismo), Paula (basquete), Marcus Vinícius (vôlei), acompanharam, como
convidados, edições anteriores do Fórum. A realização de debate, envolvendo os
principais personagens do Atletismo, foi considerada, por todos eles, inovação
importante na luta pela democratização das estruturas desportivas no Brasil.
Em 2010, em outra decisão inédita no esporte nacional, a Assembleia Geral da entidade aprovou a ampliação do número de membros. Assim, dos 27
integrantes – representantes das Federações filiadas – o número passou a 45,
envolvendo atletas, clubes, treinadores e árbitros.
A GRANDE NOVIDADE FOI O DIREITO de voto aos atletas ganhadores de medalhas olímpicas, aos cinco clubes com maior pontuação na edição imediatamente
anterior à Assembleia do Troféu Brasil, além de representantes das associações
nacionais de treinadores e árbitros.
Ações da Assembleia já contribuíram para mudanças até mesmo decisões
oficiais. Um exemplo aconteceu na Assembleia de 2013, em Manaus, quando
foi aprovado o envio de carta aberta ao governador do Estado do Rio, Sergio
Cabral Filho, pedindo a manutenção do Estádio Célio de Barros, fundamental na
preparação do Atletismo para os Jogos do Rio de Janeiro-2016.
Depois da carta e das ações da CBAt, da Federação do Rio e da comunidade
atlética carioca, o Governo do Estado anunciou a decisão de não mais demolir
o histórico Estádio.
César Catingueira/CBAt
Assembleia Geral 2013
Marcelo Ferrelli/CBAt
ÁREA TÉCNICA
Superintendência organiza os eventos do calendário nacional
Martinho Nobre dos Santos,
superintendente técnico
NA CONDIÇÃO DE FILIADA À IAAF, CONSUDATLE e COB, a CBAt é responsável
pela realização das competições nacionais e dos torneios internacionais disputados em território brasileiro, e por homologar as disputas oficiais organizadas
pelas Federações filiadas. O objetivo primeiro da Confederação é a difusão do
Atletismo e a avaliação dos competidores.
O titular da Superintendência é Martinho Nobre dos Santos, que está há
35 anos no esporte, foi presidente da Federação Paranaense de Atletismo e
secretário-geral da CBAt. Ligada à Presidência da entidade, a Superintendência também responde pelo registro e cadastro de atletas, analisa os pedidos
de Permit para corridas de rua, responde pela área de arbitragem, faz os trabalhos estatísticos etc.
A CBAt é responsável, no âmbito brasileiro, por fazer respeitar as normas da
IAAF nas competições oficiais, em todas as modalidades e categorias do Atletismo – provas de pista e campo, corridas de rua, marcha, cross country, corridas
em montanha e em areia. Somente com a comprovada observação das regras
os resultados são incluídos nos Rankings oficiais.
ALÉM DE ADMINISTRAR, DIRIGIR e controlar o esporte, a CBAt tem a atribuição de incentivar a prática do Atletismo em todos os níveis, promovendo a realização de competições internacionais e nacionais, além de apoiar competições
regionais.
O Troféu Brasil/Caixa de Atletismo, disputado desde 1945, é um exemplo.
Principal competição de clubes da América Latina, o evento é realizado anualmente e celebra a força do esporte, contando, em seu tempo, com a participação dos ídolos maiores do esporte, como os campeões olímpicos Adhemar
Ferreira da Silva, Joaquim Cruz e Maurren Maggi.
Mesmo com o estabelecimento de índices de qualificação, a competição
tem crescido e conta com cerca de 800 atletas anualmente, de mais de uma
centena de clubes de todas as regiões do País. O programa inclui 44 das 47
provas olímpicas.
30] CBAt
MUITAS OUTRAS COMPETIÇÕES FAZEM parte do calendário da CBAt, como os
Campeonatos Brasileiros Sub-23, de Juvenis (até 19 anos), de Menores (até 17
anos) e de Mirins (até 15 anos), por Seleções Estaduais e interclubes. São disputadas também as Copas Brasil de Cross Country, Marcha e Provas Combinadas,
o Campeonato de Fundo em Pista. A CBAt coordena também torneios como o
Troféu Norte-Nordeste e o Troféu Centro-Oeste.
Entre as competições internacionais, destaca-se o Grande Prêmio Brasil de
Atletismo, que começou a ser disputado em 1985. Desde 1990, o evento passou
a fazer parte do IAAF Grand Prix, atualmente IAAF World Challenge. A história
do GP marca a participação de supercampeões como o norte-americano Carl
Lewis, o marroquino Said Aouita, o ucraniano Sergei Bubka, o cubano Javier
Sotomayor, a neozelandesa Valerie Adams.
NAS DUAS PÁGINAS SEGUINTES ESTÃO os eventos permanentes dos calendários nacionais e internacionais, tanto os que a CBAt realiza como aqueles em
que ela forma Seleções para representar o País. O calendário oficial que foi se
enriquecendo ao longo dos anos. São disputadas competições em todas as modalidades atléticas e categorias de idade.
A CBAt realiza, ainda, desde o começo dos anos 2000, o Brazilian Athletics
Tour, circuito de Meetings internacionais, com a participação de atletas consagrados de países de todos os continentes.
A CBAt forma Seleções para competições organizados pelo COI (Olimpíadas)
e ODEPA (PAN), IAAF (Campeonatos Mundiais), AIA (Campeonatos Ibero-Americanos), CONSUDATLE (Campeonatos Sul-Americanos).
Wagner Carmo/CBAt
Troféu Brasil/Caixa de Atletismo 2013
CALENDÁRIO
Competições organizadas pela CBAt ou com participação de Seleções Nacionais
COMPETIÇÕES OFICIAIS INTERNACIONAIS
- EVENTOS COI
Jogos Olímpicos
Olimpíada da Juventude
- EVENTOS IAAF
Campeonato Mundial de Atletismo
Campeonato Mundial Indoor
Campeonato Mundial de Juvenis
Campeonato Mundial de Atletismo de Menores
Campeonatos Mundiais de Cross Country
Campeonato Mundial de Meia Maratona
Campeonato Mundial de Revezamentos
Copa do Mundo de Marcha Atlética
Copa Continental
- EVENTOS ODEPA
Jogos Pan-Americanos
- EVENTOS AIA
Campeonato Ibero-Americano de Atletismo
Campeonato Ibero-Americano de Maratona
Campeonato Ibero-Americano de Meia Maratona
- EVENTOS CPA
Campeonato Pan-Americano de Juvenis
Copa Pan-Americana de Marcha Atlética
Campeonato Pan-Americano de Provas Combinadas
- EVENTOS ODESUR
Jogos Sul-Americanos
Jogos Sul-Americanos da Juventude (15 a 16 anos)
Seletiva Sul-Americana da Olimpíada da Juventude
- EVENTOS CONSUDATLE
Campeonato Sul-Americano de Adultos
Campeonato Sul-Americano Sub 23
Campeonato Sul-Americano de Juvenis
Campeonato Sul-Americano de Menores
Campeonato Sul-Americano de Cross Country
Campeonato Sul-Americano de Maratona
Campeonato Sul-Americano de Milha de Rua
Campeonato Sul-Americano de Meia Maratona
Campeonato Sul-Americano de Marcha Atlética
Campeonato Sul-Americano de Corrida em Montanha
Circuito Sul-Americano 10 km - 1ª etapa
Circuito Sul-Americano 10 km - 2ª etapa
Circuito Sul-Americano 10 km - 3ª etapa
32] CBAt
COMPETIÇÕES REALIZADAS NO BRASIL
- EVENTOS INTERNACIONAIS
Grande Prêmio Brasil Caixa/Governo do Pará de Atletismo
Grande Prêmio Caixa/Sesi de Atletismo
Grande Prêmio São Paulo/Caixa de Atletismo
- EVENTOS NACIONAIS
- Pista e Campo
Troféu Brasil Caixa de Atletismo
Campeonatos Brasileiros/Caixa Sub-23
Campeonatos Brasileiros/Caixa de Juvenis
Campeonatos Brasileiros/Caixa de Juvenis Interclubes
Campeonatos Brasileiros/Caixa de Menores
Campeonatos Brasileiros Caixa de Atletismo de Menores Interclubes
Campeonatos Brasileiros/Caixa de Mirins Interclubes
Campeonatos Brasileiros/Caixa de Corrida de Fundo em Pista
Desafio Caixa de Revezamento
-Fora de Estádio
Campeonatos Brasileiros/Caixa de Corrida em Montanha
Copa Brasil/Caixa de Cross Country
Copa Brasil/Caixa de Marcha Atlética
Copa Brasil Caixa de Provas Combinadas
- EVENTOS REGIONAIS
Troféu Norte Nordeste/Caixa
Troféu Norte Nordeste/Caixa de Juvenis
Troféu Norte Nordeste/Caixa de Menores
Troféu Norte Nordeste/Caixa de Mirins
Troféu Centro Oeste Caixa de Mirins
COMPETIÇÕES DE OUTRAS ENTIDADES
- NACIONAIS
Jogos Universitários Brasileiros
Jogos Escolares Brasileiros (15 a 17 anos)
Jogos Escolares Brasileiros (12 a 14 anos)
- INTERNACIONAIS
Universíade
Jogos da Lusofonia
Gymnasiade
Jogos Sul-Americanos de Praia
CBAt [33
COMPETIÇÕES
Atletismo brasileiro organizou 555 eventos em 2013
O ATLETISMO NACIONAL APRESENTOU grandes resultados quanto a realização
de eventos na temporada de 2013. Impressionam tanto o grande número de
competições organizadas em território brasileiro como o número de Seleções
formadas para representar o País no exterior.
Afinal, no ano, nada menos que 555 eventos oficiais foram realizados no
País pela CBAt e pelas Federações filiadas. Foram 270 campeonatos de pista e
campo e 285 competições fora de estádio.
Do total, a CBAt organizou 15 certames de pista e campo e concedeu 44 Permits para provas de rua. Já as Federações filiadas realizaram 255 torneios em
estádio e deram Permits a 241 corridas.
Dos 255 torneios efetivados pelas Federações, o maior número foi para atletas adultos, isto é: 138. Foram ainda disputados 21 certames para atletas da
faixa etária sub 23; 29 para a categoria juvenil (atletas com até 19 anos); 41 para
menores (até 17 anos); 23 para mirins (até 15 anos); 3 para pré-mirins.
Na Região Norte, o Estado que mais organizou eventos foi o Amazonas, com
12. No total, as sete Federações da área fizeram 31 eventos. O Nordeste fez 68
competições: dos nove Estados da área, o Ceará fez 14 torneios.
NO SUDESTE, OS QUATRO ESTADOS organizaram 83 competições. Em São
Paulo aconteceram 46 delas. Nos três Estados do Sul foram disputadas 43
competições, 19 delas no Rio Grande do Sul. As quatro Federações do Centro-Oeste foram responsáveis por 27 certames, 11 deles realizados pelo Estado
do Mato Grosso.
A Confederação ainda co-organizou nove eventos regionais em conjunto com
as filiadas que abrigaram as sedes destas competições. E também formou Seleções nacionais para competir em 17 eventos, entre eles o Campeonato Mundial
de Atletismo e o Mundial de Menores.
EM 2014, A CBAt ORGANIZARÁ 17 COMPETIÇÕES oficiais de campo e pista. E
formará Seleções nacionais para 14 competições internacionais oficiais de Atletismo, além de oito seleções para competir em delegações de outras entidades,
como o Comitê Olímpico Brasileiro. Um dos pontos altos da temporada acontecerá de 7 a 9 de março em Sopot, na Polônia: o Mundial Indoor.
Outras 20 competições no exterior já estão confirmadas para 2015, 2016 e
2017. Em 2015 haverá o Campeonato Mundial de Pequim; em 2016, os Jogos
Olímpicos, no Rio de Janeiro; e em 2017, o Campeonato Mundial, em Londres.
34] CBAt
CORRIDAS
CBAt exige cumprimento das regras da IAAF para homologar provas de rua
AS CORRIDAS LONGAS DISPUTADAS FORA de estádio formam o pedestrianismo, modalidade-raiz do Atletismo. Estas provas são disputadas desde a Antiguidade, com registros de eventos na China, Egito e Grécia. No século XIX há grande número destas competições, principalmente nos Estados Unidos. No Brasil,
os pesquisadores Elisabeth Clara Mueller e José Clemente Gonçalves informam
que as corridas de rua ganham corpo a partir dos anos 1910. Em 1925, o jornalista Cásper Líbero criou a São Silvestre, que se tornou a principal prova do
continente em seu gênero.
O pedestrianismo moderno ganhou nova regulamentação no final século XX,
após negociações da IAAF com a AIMS, a Associação Internacional de Maratonas
e Corridas de Rua. As duas entidades exigem o cumprimento de normas rígidas
pelos organizadores, para aceitar os resultados. Em nosso País, a responsável
por fazer cumprir as regras internacionais é a CBAt, que traduziu as normas e
instituiu os Permits.
Há os Permits para as provas nacionais, concedidos pela CBAt, e para as provas regionais, que podem ser obtidos junto às Federações Estaduais. Estas provas têm os resultados homologados quando o respeito aos encargos é confirmado por delegado-técnico da CBAt ou de uma Federação. Aí as marcas entram nos
Rankings brasileiro, sul-americano e mundial.
O objetivo do regulamento é garantir a igualdade entre os competidores
e dar segurança aos participantes. A IAAF e as federações nacionais também homologam recordes nas seguintes distâncias: 10 km, 15 km, 20 km,
meia maratona (21,0975 km), 25 km, 30 km, maratona (42,195 km), 100
km, além de maratona em revezamento, desde que corridos em percursos
pavimentados.
Há detalhes técnicos que devem ser considerados, pois os percursos têm
características diferentes. Os percursos podem ser em forma de loop (largada
e chegada no mesmo lugar) ou de ponto a ponto. Neste caso é verificado se há
declive entre os pontos de largada e chegada. Dependendo da avaliação, eventuais recordes podem ser ou não homologados.
BRASILEIROS
NO
PÓDIO
Corredores brasileiros
já subiram ao pódio em
importantes competições
internacionais. Entre as
muitas conquistas está a
emblemática atuação de
Vanderlei Cordeiro de Lima,
ganhador da medalha de
bronze na maratona olímpica
de Atenas-2004. Luiz Antonio
dos Santos foi bronze na
maratona no Mundial de
Gotemburgo-1995. Ronaldo
da Costa, bronze no Mundial
de Meia Maratona de Oslo1994, estabeleceu o recorde
mundial da maratona com
2:06:05, em Berlim-1998.
Marilson Gomes dos
Santos, bicampeão da meia
maratona nas Universíades
de Catânia-1997 e Palma de
Mallorca-1999, é bicampeão
da Maratona de Nova York
em 2006 e 2008.
CBAt [35
Arquivo/COB
Vanderlei Cordeiro de Lima ganha bronze olímpico em Atenas-2004
OUTRA EXIGÊNCIA É QUE OS PERCURSOS devem ser auferidos por especialistas da AIMS. A organização precisa realizar controle de doping e providenciar
postos de hidratação (fornecimento de água). É proibido qualquer tipo de ajuda
externa aos atletas, sendo obrigatória a presença de árbitros uniformizados e
delegado técnico para observar o respeito às normas.
O Brasil vive um boom no começo de século XXI, com milhares de provas e
grande número de praticantes, entre atletas profissionais e amadores. Entre os
primeiros, há um grupo forte de corredores de nível internacional, que já conquistou medalhas em Olimpíadas, Mundiais e PAN. E também há os que vivem
com os prêmios obtidos em vitórias no Brasil e mesmo no exterior. No segundo
grupo, há os competem por puro prazer ou por orientação médica.
A CBAt entende que este segmento é importante e deve ser apoiado. Assim
criou o site CORRIDA DE RUA (http://www.cbat.org.br/corrida/default.asp),
onde os fãs podem ler as normas que devem ser observadas. Também instituiu o CADASTRO DE CORREDORES, que em 2013 já contava com a adesão de
mais de nove mil pessoas. Da mesma forma, busca orientar o público em geral
de que, antes de iniciar a prática da corrida, deve buscar orientação médica.
Muitos profissionais de educação física e Atletismo orientam grande número de
atletas de pedestrianismo.
Das provas realizadas no Brasil em 2013, 241 foram oficializadas pelas Federações Estaduais. As corridas com Permit nacional foram 44. Estas tiveram
supervisão técnica da CBAt. Há provas que atraem corredores de outros países,
como a São Silvestre, a Meia do Rio e Volta da Pampulha, entre outras.
(NA PÁGINA SEGUINTE, AS PROVAS COM PERMIT DA CBAt EM 2013.)
36] CBAt
PERMIT NACIONAL
Lista das corridas de rua homologadas pela CBAt em 2013
Corrida de Reis - 10 km (Cuiabá-MT)
Corrida de São Sebastião - 10 km (Rio de Janeiro-RJ)
Meia Maratona de São Paulo (São Paulo-SP)
Corrida Preservação da Água - 10 km (Lucas do Rio Verde-MT)
Meia Maratona de Florianópolis (Florianópolis-SC)
Circuito de Corridas CAIXA - 10 km – (Goiânia-GO)
Meia Maratona CAIXA de Brasília (Brasília-DF)
Golden Four Asics - Meia Maratona (Rio de Janeiro-RJ)
Meia Maratona de Fortaleza (Fortaleza-CE)
Prova Rústica Tiradentes - 10 km (Maringá-PR)
Maratona de Brasília – (Brasília-DF)
Circuito de Corridas CAIXA - 10 km (Uberlândia-MG)
Corrida da Ponte - 21,4 km (Niterói-RJ)
10 km Tribuna FM Unilus - 10 km (Santos-SP)
Meia Maratona das Cataratas (Foz do Iguaçu-PR)
Circuito de Corridas CAIXA - 10 km (Belo Horizonte-MG)
Circuito de Corridas CAIXA - 10 km (Campo Grande-MS)
Circuito de Corridas CAIXA - 10 km (Salvador-BA)
Maratona CAIXA de Porto Alegre (Porto Alegre-RS)
Golden Four Asics - Meia Maratona (Porto Alegre-RS)
Meia Maratona da Cidade do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro-RJ)
Maratona CAIXA da Cidade do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro-RJ)
Corrida Internacional 09 de julho - 10 km (Boa Vista-RR)
Meia Maratona CAIXA da Bahia (Salvador-BA)
Golden Four Asics - Meia Maratona (São Paulo-SP)
Circuito de Corridas CAIXA - 10 km (Fortaleza-CE)
Circuito de Corridas CAIXA - 10 km (Recife-PE)
Meia Maratona do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro-RJ)
Meia Maratona Belo Horizonte (Belo Horizonte-MG)
Circuito de Corridas CAIXA - 10 km (Porto Alegre-RS)
Dez Milhas Garoto – 16,09 km (Vitória-(ES)
Maratona CAIXA da Bahia (Salvador-BA)
Maratona de Foz do Iguaçu SESC-PR (Foz do Iguaçu-PR)
Maratona Mauricio de Nassau (Recife-PE)
Circuito de Corridas CAIXA - 10 km (Curitiba-PR)
Maratona de São Paulo (São Paulo-SP)
Volta das Nações/Meia do Pantanal (Campo Grande-MS)
Circuito de Corridas CAIXA - 10 km (Ribeirão Preto-SP)
Circuito de Corridas CAIXA - 10 km (São Paulo-SP)
Golden Four Asics - Meia Maratona (Brasília-DF)
Corrida Pan-Americana - 10 km (Rio de Janeiro-RJ)
Circuito de Corridas CAIXA - 10 km (Brasília-DF)
Volta da Pampulha - 18 km (Belo Horizonte-MG)
Corrida de São Silvestre - 15 km (São Paulo-SP)
CBAt [37
Wagner Carmo/CBAt
ARBITRAGEM
Um segmento fundamental nas competições
de Atletismo
Árbitros recebem instruções antes
do inicio de competição
NÚMEROS
DA
ARBITRAGEM
O Brasil tem árbitros
especializados em Atletismo
em todas as categorias
de âmbito nacional e
internacional. Na categoria
“A”, a mais básica, são 3.465
árbitros habilitados. Na
categoria “B” são 552 e na
categoria “C”, 286. No plano
internacional, o País conta
com 103 árbitros no Nível “I”.
São 13 no Nível “II” e dois no
Nível “III”.
38] CBAt
NÃO SE FAZ UMA COMPETIÇÃO sem atletas. Porém, além dos atletas, em cada
prova de um torneio de pista e campo, ou de um evento atlético fora de estádio,
existe um grande número de pessoas trabalhando. Entre eles, um grupo especializado chama a atenção: a equipe de arbitragem. Em uma grande competição, como os Jogos Olímpicos ou o Campeonato Mundial de Atletismo, atuam
mais de 200 árbitros, desde os diretores das provas aos vários grupos de auxiliares. Num torneio como o Troféu Brasil de Atletismo, trabalham cerca de 150.
Várias são as funções e especialidades dos oficiais de arbitragem. Há árbitros
de partida, que dão o tiro de largada tanto para corridas de pista como de rua;
os leitores de photofinish; especialistas em marcha e cross country (corridas
em campo, com obstáculos, naturais ou não); os responsáveis pela cronometragem (tempo manual); fiscais de prova; controladores de voltas em corridas
ou marcha disputadas em pista; os que fazem a medição nas provas de campo
(eletrônica ou manualmente); os que respondem pela validação dos saltos etc.
Há diferentes classes de árbitros. Desde os que podem trabalhar em eventos locais até os que são convocados para arbitrar em Olimpíadas e Campeonatos Mundiais.
Para começar uma carreira de árbitro no Atletismo e subir de categoria é preciso cumprir alguns requisitos, exigidos pela IAAF e pelas federações nacionais.
Todos os árbitros de Atletismo começam pela categoria A (árbitro estadual). O
aspirante à carreira deve participar de um curso básico de arbitragem, realizado
ou autorizado pela CBAt, e que tenha aproveitamento satisfatório no teste final.
Para subir à categoria B (árbitro regional), é preciso atuar satisfatoriamente
na categoria “A”, em competições da Federação em que está registrado, pelo
menos por dois anos consecutivos. E, ainda, ser aprovado em avaliação escrita,
feita pela CBAt, para mudança de categoria.
Para alcançar a categoria C (árbitro nacional), o pretendente deve ter 21 anos
completos, ter atuado satisfatoriamente em competições estaduais e regionais
por pelo menos cinco anos. Também precisa ser aprovado em avaliação escrita
feita pela Confederação.
ASSIM COMO AS DEMAIS FEDERAÇÕES nacionais de Atletismo, a CBAt utiliza o sistema de cursos da IAAF, ou seja, o SFCOT (Sistema de Formação e Certificação de Oficiais Técnicos) para habilitar e promover árbitros para as competições internacionais.
A primeira classificação na arbitragem internacional – explica Anderson Rosa,
do Departamento Técnico da CBAt – “é o Nível I, Oficial Técnico Nacional (NTO,
na sigla em inglês). A CBAt realiza o teste de promoção quando autorizada pela
IAAF. Podem concorrer apenas os árbitros nível C.
O árbitro de nível I pode atuar em competições internacionais realizadas
em seu país, caso dos Meetings internacionais do programa do Brazilian Tour,
que a Confederação tradicionalmente realiza em diferentes cidades do País. Um
exemplo é o Grande Prêmio Brasil de Atletismo, principal evento atlético internacional do continente.
Ou mesmo em eventos de grande porte, caso do Mundial de Meia Maratona,
que o Brasil organizou em 2008, ou os Jogos Pan-Americanos de 2007, ambas as
competições disputadas no Rio de Janeiro. Ou nos Campeonatos Ibero-Americanos e Sul-Americanos que a CBAt organiza.
O árbitro de nível II, Oficial Técnico de Área (ATO), pode trabalhar em eventos
internacionais em seu continente, como nos diversos Campeonatos Sul-Americanos de Atletismo. Os cursos e testes para promoção a este nível são realizados
pela CONSUDATLE.
Na principal categoria, o nível III, Oficial Técnico Internacional (ITO), estão os
árbitros que podem atuar nas principais competições internacionais da IAAF e
do COI, como os Campeonatos Mundiais de Atletismo ou os Jogos Olímpicos.
O ITO alcança essa posição depois de ter vencido todas as classificações anteriores, além de passar por testes físicos e teóricos realizados periodicamente
pela IAAF. O Brasil já teve três nesta categoria. Atualmente, há dois: a paranaense Claudia Schneck de Jesus e o gaúcho Frederico Nantes. Martinho Nobre
dos Santos, superintendente técnico da Confederação, foi ITO por vários anos e
diretor técnico de inúmeros Campeonatos internacionais.
A CBAt E AS FEDERAÇÕES ESTADUAIS realizam anualmente vários cursos de
habilitação, reciclagem e mudança de categoria. Em 2012, a CBAt promoveu
10 cursos em cidades de diferentes regiões do Brasil: Aracaju (SE), Belém(PA),
Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ), Fortaleza (CE), Maceió (AL), Rio Branco (AC),
Salvador (BA), Sinop (MT) e Vitória (ES).
Outros 13 cursos foram realizados por instituições autorizadas pela CBAt em
Araraquara (SP), Curitiba (PR), Iguatu (CE), Ipatinga (MG), Maringá (PR), Paulo
Afonso (BA), Pelotas (RS), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ) e três
cursos em São Paulo (SP).
Árbitros atuando no GP Caixa/Sesi
2013, em Uberlândia
Wagner Carmo/CBAt
MINIATLETISMO
Levar o esporte às crianças do Ensino Fundamental
CBAt
GANHA
PRÊMIOS
Por seu trabalho na
divulgação e implantação
do MiniAtletismo, a
Confederação Brasileira
de Atletismo recebeu dois
prêmios em 2012. Um
deles foi o “Troféu COI –
Esporte e Desenvolvimento
Sustentável”, concedido
pelo Comitê Olímpico
Internacional. Da IAAF, a CBAt
recebeu “Spirit of World”,
entregue nas comemorações
do Centenário da entidade,
em Barcelona, em junho.
“A ação brasileira na
divulgação do Programa é
exemplar”, afirmou na época
o presidente da IAAF, Lamine
Diack.
40] CBAt
DEPOIS DA DISSEMINAÇÃO DA IDEIA e de trabalho árduo de capacitação de treinadores, professores e acadêmicos de educação física, o “Programa MiniAtletismo”, criado pela IAAF, já está em condições de ser praticado em inúmeras escolas
de todo o Brasil. O programa foi elaborado por pensadores do esporte e da educação de vários países a pedido da IAAF, que promove a ideia no âmbito internacional, com apoio do “Nestlé Healthy Kids”, patrocinado pela empresa suíça.
O projeto foi adaptado à realidade nacional pela CBAt, que publicou em 2011
a cartilha “MiniAtletismo – Iniciação ao Esporte: Guia Prático de Atletismo para
Crianças”. A cartilha foi inicialmente distribuída no Seminário que Confederação
realizou em 2011, em Manaus, que teve a presença de representantes da comunidade atlética nacional e de dezenas de secretários de educação e de esportes
de vários Estados e municípios.
A META DO PROJETO É TORNAR o Atletismo o esporte mais praticado em escolas
de todo o mundo. Para isso, alcançar as crianças dos primeiros anos do Ensino
Fundamental. Apresentar as várias modalidades do Atletismo a estudantes de 7 a
12 anos de idade, de forma lúdica é fundamental para que se alcance o objetivo.
“O esporte deve ser apresentado como uma brincadeira para crianças desta
idade”, explica o antigo diretor de Desenvolvimento da IAAF, Bjorn Wangemann,
na apresentação do projeto no Brasil. “É importante que o responsável – seja
professor, monitor ou treinador – envolva a criança na preparação do material”,
continua o especialista.
“Embora haja kits para a prática do MiniAtletismo, estes devem ser utilizados
mais como um modelo. É bom que se trabalhe com materiais recicláveis, de
forma, ao conhecer o Atletismo, os alunos apreendam também conceitos de
reciclagem de materiais e de sustentabilidade”, conclui Wangemann.
ASSIM, COM O USO DE RECICLÁVEIS E CAPACITAÇÃO de monitores, o MiniAtletismo pode ser levado mesmo a escolas de lugares onde não haja equipamentos, materiais e infraestrutura esportiva. Muitas cidades aderiram ao projeto
na primeira hora, caso de Anápolis, em Goiás. A CBAt providenciou a promoção
de clínicas de MiniAtletismo por cidades de todas as regiões do País. Assim, o
Programa chegou ao interior da Bahia.
Uma das cidades baianas que recebeu capacitação de agentes para a condução do Programa foi Caetité, que aproveitou muito bem a ideia. Tanto que, em
2012, o município recebeu da UNICEF (órgão das Nações Unidas para a infância
e juventude) o certificado de reconhecimento e direito ao uso do selo da instituição pelas iniciativas que ajudaram no crescimento IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) local. Autoridades da Prefeitura local afirmam que a implantação do MiniAtletismo nas escolas municipais deu forte contribuição à melhoria
das condições de vida na cidade e à avaliação da UNICEF.
Outro exemplo de interesse pela iniciativa foi demonstrado pelo Estado do
Paraná. A CBAt passou todas as orientações técnicas e representantes do Governo cuidaram de preparar a implantação do “Programa MiniAtletismo – Esporte
Formador”. O lançamento oficial aconteceu na cidade de Toledo, em 2012.
SEGUNDO O GOVERNO DO ESTADO o Programa alcançará mais de duas mil escolas. As 32 Delegacias Regionais da Secretaria de Educação do Estado receberam instruções de como “fabricar” os equipamentos e materiais necessários. A
Nestlé, por meio de seu Projeto Nutrir, fez também a doação de um lote de kits.
O MiniAtletismo é considerado um dos maiores programas de desenvolvimento de base no mundo dos esportes, reconhece o Comitê Olímpico Internacional. O presidente do COI à época, Jacques Rogge, determinou um estudo das
ações desenroladas como um exemplo de boa prática para outras federações
internacionais.
Wagner Carmo/CBAt
Clínica de
MiniAtletismo
ATLETA NA ESCOLA
Atletismo abre Programa do Governo Federal que leva esporte
a milhões de estudantes
EM MAIO DE 2013, O GOVERNO FEDERAL lançou oficialmente o “Programa
Atleta na Escola”, em solenidade realizada em Brasília. Os ministros Aloizio
Mercadante (Educação) e Aldo Rebelo (Esportes) afirmaram que o objetivo é
democratizar o acesso e incentivar a prática esportiva pelos estudantes, principalmente no Ensino Fundamental e no Médio. O Ministério da Defesa também
atua no Programa e o ministro Celso Amorim foi representado pelo general Fernando Azevedo e Silva, diretor de Desporto Militar da pasta.
A efetivação do Programa é resultado de decisão da presidenta Dilma Rousseff, anunciada na cerimônia de homenagem aos atletas olímpicos e paralímpicos que representaram o Brasil em Londres, nos Jogos de 2012.
E o Atletismo – pela sua característica de esporte base para todas as demais
modalidades – foi o escolhido para abrir o Programa. Inicialmente, a meta é
buscar estudantes, de escolas públicas e particulares, em duas faixas de idade:
de 12 a 14 anos e de 15 a 17 anos.
Entre as atividades que compõem o Programa está a realização de Jogos Escolares, com uma primeira etapa no próprio estabelecimento escolar. Depois,
vem a fase municipal, em seguida na estadual e finalmente a nacional. As fases
municipal e estadual deverão ser conduzidas pelas Secretarias Municipais e Secretarias Estaduais. Inúmeras Secretarias Estaduais e Secretarias Municipais de
Esporte confirmaram a participação.
TRÊS ÁREAS DO ATLETISMO FORAM escolhidas para o início do Programa: corrida de velocidade (75 m), corrida longa (1.000 m) e salto em distância. O potencial de participação é de 17,5 milhões de estudantes de 20 mil escolas. “Nesta
etapa inicial, esperamos alcançar cinco milhões de alunos”, disse o secretário
nacional de Educação Básica, Romeu Caputo.
O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, lembrou um encontro com o ex-presidente da Confederação Brasileira de Atletismo, Roberto Gesta de Melo, que
sugeriu que se levasse o Atletismo e os esportes às escolas. “Levei a ideia à Presidenta Dilma, ela achou interessante e determinou que o programa entrasse
em atividade ainda em 2013”, disse Rebelo.
42] CBAt
ENTIDADES SINDICAIS TAMBÉM enviaram carta à Presidência da República incentivando a adoção do Programa. O presidente da CBAt, José Antonio Martins
Fernandes, o Toninho, encaminhou o documento como diretor da União Geral
dos Trabalhadores. “Esse é um grande passo para o Atletismo e o esporte em
geral”, comemorou Toninho. “A Confederação participa do Programa, dando
apoio técnico”, confirmou o dirigente.
O ministro Aloizio Mercadante afirmou que o “Atleta na Escola” e a estruturação da Universidade do Esporte são heranças que o Governo Federal pretende consolidar para as próximas gerações, a partir das possibilidades que a
realização da Olimpíada de 2016 no Rio de Janeiro propicia. “Temos que apoiar
o Atletismo, até porque é um esporte que distribui muitas medalhas em Jogos
Olímpicos”, disse o ministro da Educação.
O representante do Ministério da Defesa lembrou: “As Forças Armadas dispõem de mais de mil praças esportivas e irão contribuir com o Programa, conforme a orientação da presidenta da República”, disse Fernando Azevedo e Silva.
Ainda em 2013, Fernando Azevedo foi nomeado pela presidenta da República
para o cargo de presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO), consórcio que
lidera as ações dos três níveis de Governo – Federal, Estadual e Municipal –, na
organização dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.
Glauber Queiroz/ME
Romeu Caputo,
secretário nacional de Educação
Básica, Aloizio Mercadante,
ministro da Educação, Aldo Rebelo,
ministro do Esporte, e o general
Fernando Azevedo e Silva, diretor
de Desporto Militar durante
lançamento do Programa Atleta na
Escola
NORMAS DA CBAt
Entidade elabora regulamento para seguir as regras internacionais
REGISTRAR E INSCREVER ATLETAS, treinadores, árbitros, médicos, fisioterapeutas, psicólogos e massagistas, que atuam no Atletismo. Esta é uma das “Normas” que regulam as atividades técnicas da CBAt. São estas Normas Técnicas,
elaboradas pela entidade que permite que o Brasil faça parte da grande estrutura esportiva mundial do Atletismo, regida pela IAAF, que tem 212 países filiados
em todo o mundo.
As Normas estabelecem, conforme as regras internacionais do Atletismo e a
legislação do País, que a CBAt é responsável, no plano nacional, pelas competições oficiais de pista, campo, corridas de rua, marcha, corridas de cross country,
corrida de montanha e de praia.
O registro dos atletas começa no clube, que encaminha suas fichas à Federação do Estado ou do Distrito Federal. As Federações filiadas encaminham as solicitações à CBAt, que, não havendo impedimento, concede a “carteira de atleta”.
Uma exigência – conforme a norma 01 – é que o atleta tenha 13 anos no ano do
requerimento. Apenas atletas federados podem disputar as competições oficiais.
A segunda norma é a que trata da transferência de atletas. A CBAt é responsável por autorizar as transferências de atletas entre clubes das várias federações filiadas. Somente após a autorização da transferência é que o atleta poderá
competir pelo novo clube.
O “CADASTRO DE CORREDORES” foi instituído pela CBAt e corresponde à terceira Norma da entidade. O objetivo foi dar aos corredores de rua – ou seja, aos
praticantes do pedestrianismo –, segmento importante do esporte-base, um
documento que confirme a sua condição de atleta. Os corredores cadastrados
podem participar oficialmente das provas de rua com Permit da CBAt ou filiadas.
Inclusive pontuar no Ranking CAIXA/CBAt de Corredores.
A habilitação de árbitros para atuar nas competições atléticas, assim como a
promoção de categoria destes oficiais, é a quarta Norma da Confederação. Para
ser árbitro, ou ser promovido de categoria, o interessado precisa ser aprovado
em cursos de arbitragem específicos promovidos ou autorizados pela CBAt.
A CBAt supervisiona as competições realizadas no País, a partir da análise dos
relatórios e de seus delegados e dos responsáveis pelos eventos. Estas ações
referem-se à quinta Norma.
44] CBAt
A sexta Norma é consequente às providências da anterior: a CBAt também é
responsável por homologar os recordes brasileiros estabelecidos em eventos no
País. Já as marcas que eventualmente se constituam em recorde sul-americano
ou mundial, a CBAt as encaminha, respectivamente, à Confederação Sul-Americana de Atletismo ou à IAAF.
O RECONHECIMENTO DE CORRIDAS DE RUA trata da sétima Norma. As corridas
têm seus resultados aceitos, desde que os organizadores cumpram os requisitos
internacionais, como a medição de percurso, cuidados com a segurança e realização de controles de dopagem.
A participação de atletas estrangeiros em eventos oficiais de Atletismo realizados no Brasil, sejam competições de pista e campo ou fora de estádio, se constitui na oitava Norma. A autorização é condicionada a uma série de medidas,
exigidas pela IAAF. A principal é a apresentação à CBAt de autorização específica
da federação nacional de origem do atleta.
Outra Norma – a nona – se refere à medição das provas de rua. A CBAt exige,
nas corridas em que concede os Permits, que os percursos sejam medidos por
Oficiais da AIMS (Associação Internacional de Maratonas e Corridas de Rua).
A décima Norma trata dos critérios de convocação de árbitros para as competições no Brasil. A Norma número 11 define as categorias do Atletismo, de
acordo com as regras da IAAF: Pré-Mirim (12 e 13 anos), Mirim (14 e 15 anos),
Menor (16 e 17 anos), Juvenil (16 a 19 anos), Sub-23 (16 a 22 anos), Adultos (16
anos ou mais), e Masters (40 anos ou mais).
ESPECIFICAMENTE QUANDO DISPUTAREM torneios para adultos, os atletas da
categoria menor poderão competir no máximo em duas provas individuais e em
um revezamento. Se as provas individuais forem de pista, apenas uma poderá ter
distância superior a 200 m. Se a prova do atleta menor é a de 3.000 m com obstáculos ou 5.000 m, ele só poderá disputar uma delas numa mesma competição.
SEGURANÇA
DOS
MENORES
Para segurança dos
praticantes, a IAAF não
permite que atletas
menores disputem as provas
masculinas de arremesso,
lançamentos e decatlo. São
vedadas, ainda, as provas
masculinas e femininas
de 10.000 m, maratona e
marcha de 20 e 50 km. As
normas exigem que para
disputar provas de meia
maratona o atleta tenha
pelo menos 18 anos. Para as
provas de maratona e marcha
50 km exige-se que o atleta
tenha 20 anos ou mais.
CBAt [45
Carol Coelho/CBAt
ALTO RENDIMENTO
CBAt formata projeto em busca da evolução técnica
Antonio Carlos Gomes,
superintendente de Alto Rendimento
O ATLETISMO BRASILEIRO EVOLUIU desde as primeiras competições registradas no fim do século XIX até este início do terceiro milênio. O País domina as
competições no âmbito sul-americano e não perde uma competição oficial da
área há quatro décadas. Dezenas de atletas frequentam anualmente o Ranking
Mundial nas várias categorias.
Nos Jogos Pan-Americanos o Brasil superou seguidamente todos os seus recordes nas duas últimas edições. Também em Campeonatos Mundiais e Olimpíadas vários atletas têm chegado às finais e alcançado o pódio.
No entanto, um problema recorrente, em parte devido à própria estrutura
do esporte no País, é que a base de praticantes teria de ser bem maior.
Exemplos de nações estrangeiras, por outro lado, dificilmente teriam como
ser adaptados com sucesso no Brasil. Os sistemas aplicados nos Estados Unidos
e em Cuba, em geral os modelos mais apontados, diferem basicamente do que
é possível considerar entre nós.
No primeiro caso, trata-se da maior potência econômica, científica e esportiva do planeta, com uma cultura que integra estado, universidade e empresa privada no apoio ao desenvolvimento esportivo. Já em Cuba, o estado é o principal
mantenedor do sistema, de maneira legalmente inaplicável no Brasil.
EM BUSCA DE UMA SOLUÇÃO PARA superar o problema, a CBAt encaminhou
ao Governo Federal, via Ministério do Esporte, um plano para levar a prática
esportiva à escola. O primeiro passo sugerido foi a implantação do “MiniAtletismo”, programa para estudantes de 7 a 12 anos, já levado a efeito em estabelecimentos de cidades de vários Estados.
Posteriormente a presidenta Dilma Rousseff decidiu encampar o “Programa
Atleta na Escola”. Numa primeira fase, o Programa deve alcançar cinco milhões
de estudantes do Ensino Fundamental e do Médio, segundo cálculos do Ministério da Educação.
Por ocasião do lançamento do projeto, em Brasília, os ministros do Esporte,
Aldo Rebelo, e da Educação, Aloizio Mercadante, informaram que o Atletismo
será esporte que vai inaugurar o Programa.
46] CBAt
“Estamos trabalhando pela efetivação destes Programas, para que se tornem verdadeiros legados para o Atletismo do País, para além dos Jogos de 2016, no Rio de
Janeiro”, explica o presidente da CBAt, José Antonio Martins Fernandes, o Toninho.
“NO ENTANTO, A REALIZAÇÃO DA próxima Olimpíada no Brasil exigiu que, ao
mesmo tempo, trabalhássemos na elaboração de um projeto específico para
esta competição. Para facilitar o trabalho, criamos uma área específica para
tratar do Atletismo de alto nível, a Superintendência de Alto Rendimento, que
prepara um projeto com vistas a 2016. Foi pedido aos treinadores que enviassem sugestões para o programa, que terá sua formatação definida no Fórum de
Treinadores da CBAt ainda em 2013”, diz o dirigente.
“Precisamos fazer alguma coisa para a Olimpíada do Rio”, concorda Antonio Carlos Gomes, superintendente de Alto Rendimento da CBAt. “Temos que
trabalhar com dois objetivos: aperfeiçoar os recursos atuais, com que vamos
disputar os Jogos de 2016, e paralelamente lançar as bases do crescimento para
o futuro, 2020, 2024...”, diz.
“Aí, temos que trabalhar com os jovens valores que despontam nas categorias de base e buscar o crescimento do número de praticantes, seja com projetos que levem o esporte à escola, seja em convênios com centros esportivos
comunitários”, prossegue.
É NECESSÁRIO GRANDE NÚMERO DE atletas em atividade para que surjam talentos. A antiga Alemanha Oriental, reunida à Alemanha Ocidental após a queda
do muro de Berlim, desenvolvia um programa de forte incentivo à prática esportiva. É verdade que uso do doping era indiscriminado no país, mas também havia um patrimônio valioso: o número extraordinário de praticantes de esportes
olímpicos.
E isso também fez a diferença, admitem os especialistas. E lembram que,
com a reunificação alemã, em 1991, técnicos que trabalhavam no lado oriental
foram contratados pela DLV – a Federação da Alemanha Ocidental.
Com 200 mil atletas federados só no Atletismo, a pequena Alemanha Oriental foi
uma das três potências mundiais do esporte-base e do esporte olímpico em geral.
JÁ NA ANTIGA UNIÃO SOVIÉTICA a prática esportiva sempre foi incentivada. A
Rússia, maior das Repúblicas que integravam o estado soviético, mantém a antiga estrutura, embora sem os mesmo investimentos. “Mas ainda vai funcionar
por muito tempo, porque o esporte estava muito bem estruturado”, explica Antonio Carlos, 53 anos, que fez seus estudos de pós-graduação em Moscou, onde
também trabalhou na preparação de atletas por mais de 10 anos.
ATLETISMO
EM
MOSCOU
“Só em Moscou há perto de
dois mil centros esportivos
comunitários e dezenas de
pistas de Atletismo de alto
nível para treinamento e
competição”, diz Antonio
Carlos Gomes, que morou,
estudou e trabalhou na
cidade, além de também ter
atuado em equipes de futebol,
como Atlético Paranaense e
Corinthians. “Essa foi a forma
que os russos encontraram
para incentivar e massificar a
prática atlética”, diz Antonio
Carlos.
CBAt [47
RIO 2016
Plano do Atletismo para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro
NA PREPARAÇÃO DO PROJETO PARA 2016, o superintendente de Alto Rendimento da CBAt, Antonio Carlos Gomes, diz que é preciso observar o que já temos, e, com estes recursos, buscar alcançar o máximo na próxima Olimpíada,
no Rio de Janeiro.
No “Plano de desenvolvimento – Atletismo brasileiro 2016”, o primeiro ponto é a conceituação. “É a base teórica do plano”, afirma Antonio Carlos. Isso
passa por modernizar a gestão, entre outras coisas. Depois, há os programas
de apoio a atletas e instituições e melhoria dos processos administrativos etc.
Seguem alguns dos passos fundamentais.
CONCEITUAÇÃO. Base teórico-científica do plano. Exige modernização da
gestão, profissionalização dos agentes envolvidos, trabalho na popularização do
esporte, conquistas internacionais. Buscar a valorização das ações da CBAt.
AGENTES E INSTITUIÇÕES. Administrar os programas de apoio aos agentes
e instituições que atuam no Atletismo. Apoiar atletas e treinadores da área de
rendimento, os que atuam na área de descoberta e desenvolvimento, estabelecer parcerias com instituições de ensino e pesquisa científica, realizar cursos de
extensão, promover congressos, e campings com a presença de especialistas,
como o consultor da CBAt para o salto com vara, o ucraniano Vitaly Petrov, antigo treinador dos recordistas mundiais Sergei Bubka e Elena Isinbayeva.
PROCESSOS ADMINISTRATIVOS. MELHORAR a gestão operacional é uma necessidade. Isso passa pela promoção dos recursos humanos, capacitação de
monitores para suporte a treinadores, maximizar o uso dos recursos, utilizar
experiências obtidas no exterior.
NORMAS E PROCEDIMENTOS. Estabelecer normas para o funcionamento
dos centros de treinamento, núcleos de descoberta de talentos, padronizar os
critérios de convocação das seleções brasileiras, elaborar o ranking nacional
de treinadores.
EQUIPES MULTIDISCIPLINARES. Formar equipes com profissionais de várias
áreas: medicina, fisioterapia, fisiologia, biomecânica, nutrição, psicologia etc.,
para atendimentos às Seleções Nacionais e núcleos de desenvolvimento.
48] CBAt
SELEÇÕES
Padronização de critérios de convocação das equipes
RESPEITADO PELA TRADIÇÃO DE comparecer a todas as competições oficiais no
exterior, o Brasil forma inúmeras delegações todo ano para a disputa de Campeonatos do calendário da IAAF, CONSUDATLE e outras entidades internacionais.
Assim, a CBAt convoca Seleções das várias modalidades atléticas e nas diversas
categorias de idade.
Decisões do IV Fórum de Atletismo em 2009, ratificadas pela Assembleia
Geral, fixaram critérios de convocação de atletas, que variam de acordo com
o regulamento de cada torneio. Para Olimpíadas e Campeonatos Mundiais os
atletas precisam, primeiro, alcançar os índices internacionais mínimos. Depois,
devem alcançar marca equivalente à média do 12º lugar dos três últimos Mundiais e Jogos Olímpicos.
Assim, os índices para o Mundial de Moscou-2013 foram a média da 12ª
marca de cada prova na Olimpíada de Londres 2012, Mundial de Daegu-2011
e Mundial de Berlim-2009. Esses critérios podem mudar, em caso de decisão
neste sentido em novas edições do Fórum.
Os prazos de obtenção dos índices variam conforme o calendário internacional e as características de cada prova. Em provas que exigem tempo maior de
recuperação, como a maratona e a marcha masculina de 50 km, o período de
busca da qualificação começa e termina antes. Há critérios específicos para a
formação dos revezamentos.
EM OUTROS EVENTOS, COMO o PAN, é convocado o líder do Ranking Brasileiro
de cada uma das provas individuais. Um segundo atleta pode ser chamado, caso
tenha marca equivalente ao do sexto colocado do Ranking Pan-Americano em
determinado período.
Os índices devem ser obtidos em competições oficiais. Se realizadas no Brasil, é obrigatória a presença de delegado técnico da CBAt. No caso de torneios
das federações filiadas, eles devem constar de seus calendários oficiais, enviados no prazo estipulado para a CBAt. Marcas alcançadas em eventos no exterior
dependem da homologação da federação nacional do País onde aconteceram.
Os convocados devem estar fisicamente aptos a competir, situação comprovada
por laudo médico dos clubes encaminhado à CBAt.
CBAt [49
Marcelo Ferrelli/CBAt
BUSCA DA EXCELÊNCIA
CBAt realiza cursos de formação e reciclagem
de treinadores
Antonio Carlos Gomes
ministra palestra para treinadores
EM BUSCA DE EXCELÊNCIA E RESULTADOS no esporte, a CBAt entende que o
trabalho dos treinadores é fundamental. São necessárias ações de apoio à formação e reciclagem, mas também ao aperfeiçoamento destes profissionais.
Para definir a linha de trabalho a seguir, é importante traçar o perfil dos técnicos
registrados na CBAt, conhecer o currículo de cada um. Este é um dos trabalhos
que Superintendência de Alto Rendimento já definiu como prioritário.
“É preciso conhecer a formação de cada um, assim como o próprio processo
de formação”, diz o superintendente Antonio Carlos Gomes. “Quem já fez cursos de atualização? Quem busca aprimoramento, reciclagem? Com as respostas
a estas e outras questões, a CBAt poderá elaborar um Ranking de Treinadores”,
afirma Antonio Carlos.
Para montar este Ranking, explica o superintendente de Alto Rendimento,
“irá se considerar a formação acadêmica, a produção científica e o resultado
esportivo de cada profissional. É com essas informações que se saberá exatamente como intervir na reciclagem dos profissionais. Este é um trabalho que
deve ter caráter permanente”.
A PRIMEIRA ETAPA DO PROJETO VISA capacitar os técnicos para que obtenham
o máximo na preparação de seus atletas para os Jogos de 2016. Para isso, a CBAt
providenciará clínicas e cursos de aperfeiçoamento, nas diferentes áreas. Especialistas estrangeiros serão convidados para passar experiência aos brasileiros.
“Esse trabalho já acontece em provas como o salto com vara. O Vitaly Petrov
- ex-técnico dos recordistas mundiais Sergey Bubka e Elena Ysinbayeva - é consultor da CBAt”, lembra Antonio Carlos. “Mas é preciso incrementar isso.”
A CBAt tem mais de 700 treinadores registrados. A intenção é que o maior
número passe por esse processo de reciclagem. “Além da análise da CBAt, os
profissionais também poderão expor seus pontos de vista, os seus objetivos e
da maneira como veem o Atletismo brasileiro. Haverá oportunidade para que
façam intercâmbio internacional”, continua Antonio Carlos.
“Inicialmente, a prioridade será a reciclagem. Depois, será o momento da
formação, do aperfeiçoamento. Uma comissão científica auxiliará na elaboração
do material didático”, conclui o superintendente.
50] CBAt
PARCEIROS ESSENCIAIS
É fundamental à CBAt atuar com atletas, clubes e Federações
O FUNCIONAMENTO DE UMA INSTITUIÇÃO esportiva como a CBAt depende do
trabalho de seus dirigentes, funcionários, colaboradores, patrocinadores. Para
que o trabalho leve ao cumprimento de sua missão que é o crescimento do Atletismo no País, a entidade precisa estabelecer sólidas parcerias.
Com os vínculos estabelecidos e parceiros convencidos de que vale a pena
trabalhar lado a lado, fica mais fácil pavimentar as estradas a serem percorridas
por atletas, treinadores, dirigentes, clubes, federações e todos os que buscam a
evolução da prática das modalidades olímpicas no Brasil.
No caso da CBAt, e mesmo das demais Confederações-dirigentes do esporte
nacional, o primeiro parceiro é o atleta. Professores que veem naquele determinado aluno certo potencial para a prática esportiva e o encaminha, o técnico
que orienta seus primeiros passos, e o treinador que o faz alcançar o nível
profissional são os parceiros seguintes. Na verdade, são os que viabilizam a
parceria do primeiro.
A Confederação depende dos seus dirigentes, a quem toca a responsabilidade, conforme a legislação do País e a estrutura do esporte nacional, pelo bom
andamento dos trabalhos. Os funcionários que formam a estrutura da organização, por sua vez, fazem rodar a máquina maior do Atletismo.
O quadro de colaboradores é fundamental e agrega centenas de pessoas
por todo o território nacional. São árbitros, oficiais antidoping, médicos, fisioterapeutas, massagistas, nutricionistas, psicólogos e muitos outros especialistas que atuam nas competições e eventos da Confederação. E já os juízes do
STJD e da CDN, que dedicam parte do seu tempo para fazer com que se cumpram as normas do esporte.
A ASSOCIAÇÃO AO ESPORTE DOS patrocinadores e apoiadores é outra marca
do edifício do Atletismo. A Caixa Econômica Federal é o patrocinador-máster. O
Governo Federal, por meio do Ministério do Esporte, dá grande e fundamental
apoio. O Comitê Olímpico Brasileiro igualmente apoia programas da Confederação. A TV Globo e a SporTV levam ao ar nossos eventos. A Nike fornece uniformes e materiais esportivos de última geração.
Há, porém, dois grupos de instituições legal e estruturalmente imprescindíveis para o bom funcionamento: os clubes e as Federações. No caso do Atletismo, a CBAt orgulha-se do grau de integração alcançado com seus filiados.
Afinal, os 498 clubes são as primeiras entidades que o atleta procura para começar a carreira. Os clubes, por sua vez, vinculam-se às Federações dos 26 Estados e do DF. E as 27 Federações formam a base da CBAt. São parceiros essenciais.
CBAt [51
CAIXA & CBAt
A celebração de um casamento que deu certo
A TEMPORADA DE 2001 MARCOU definitivamente o esporte nacional. Sem patrocínio no começo do ano, a Confederação Brasileira de Atletismo trabalhava
para superar a falta de recursos que prejudicava a realização de seu então já
extenso calendário de competições e também para enviar as Seleções para os
eventos oficiais no exterior.
No começo do ano, porém, os dirigentes da Confederação receberam um
convite para um encontro com representantes da Caixa Econômica Federal, em
Brasília, reunião fundamental para o futuro do esporte.
O presidente da centenária instituição, que acabava de completar 140 anos,
Emilio Carazay, foi claro: estudo interno informava que o Atletismo era a cara do
povo brasileiro, a quem a empresa pública que dirigia tinha obrigação de buscar,
conforme orientação do Governo Federal. Ele explicou ao então presidente da
Confederação, Roberto Gesta de Melo, que se era do interesse do Atletismo um
contrato de patrocínio poderia ser firmado.
O contrato era de interesse da CBAt e do Atletismo nacional, claro. Na época,
forças políticas pressionaram a empresa para que patrocinasse outro esporte.
As pressões não surtiram efeito, a empresa manteve a decisão e um sólido relacionamento foi estabelecido entre as duas entidades. Tanto que, uma década
depois, por ocasião de seu sesquicentenário, em 2011, sob a presidência de Maria Fernanda Ramos Coelho, a CAIXA publicou um livro, escrito pelo historiador
Eduardo Bueno.
Wagner Carmo/CBAt
Maurren Maggi no
GP Brasil/Caixa Governo
do Pará de Atletismo 2013
Wagner Carmo/CBAt
José Carlos Moreira, Bruno Lins e Jéfferson Lucindo
no Troféu Brasil/Caixa de Atletismo 2013
UM CAPÍTULO TODO DO LIVRO foi dedicado ao relacionamento com a CBAt.
O título não deixava dúvidas: “CAIXA/CBAt – um casamento que deu certo”.
Depois, em 2012, no livro “Mulheres no Pódio”, publicado pela CBAt, em homenagem às atletas que deram grandes conquistas internacionais ao Brasil, a
empresa, então presidida por Jorge Fontes Hereda, manifestou sua satisfação:
“...A saga de Aída dos Santos, aqui retratada, e as melhores condições que
as nossas campeãs Maurren Maggi e Fabiana Murer já puderam desfrutar mostram que a CAIXA pôde contribuir para a mudança das condições do esporte – e
do Atletismo, em especial – no Brasil.”
Passada mais de uma década, depois da efetiva parceria, a CAIXA apoia decisivamente não só o Atletismo, mas o esporte nacional, em suas várias vertentes,
inclusive o futebol, a paixão da torcida brasileira. Os atletas têm orgulho de
ostentar o logotipo da instituição financeira e de retribuir o investimento feito.
Com o aporte da CAIXA, a CBAt pôde manter os programas decisivos para
o esporte, como a ajuda aos atletas de alto nível, de jovens talentos, de corredores de rua, dos heróis olímpicos, aos treinadores e às Federações Estaduais,
sempre dentro das exigências da legislação e ao pleno cumprimento de suas
responsabilidades fiscais.
A instituição patrocina também o grupo de atletas de alto rendimento do
Atletismo, vinculados por critérios específicos ao Bolsa-Atleta e, consequentemente, ao Plano Brasil Medalhas, destinado a praticantes do desporto em modalidades olímpicas e paralímpicas. A CAIXA é integrante da comissão que aprova os indicados, no caso do Atletismo, juntamente com o Ministério do Esporte
e do Comitê Olímpico Brasileiro.
CBAt [53
GOVERNO FEDERAL
Apoio público tem papel fundamental no esporte
O APOIO QUE O GOVERNO FEDERAL dá ao esporte brasileiro há vários anos é
um fato reconhecido e comemorado por toda a comunidade esportiva nacional,
principalmente pelos que atuam no movimento olímpico brasileiro. Isto porque,
se toda área do esporte ganhou com a ação governamental, foram as modalidades olímpicas as que mais sentiram o efeito positivo da nova visão do poder
público para com esta importante atividade humana.
Uma observação basta para constatar os novos meios de que dispõem as
Confederações passaram a ter, pois todas recebem patrocínio de organismos
ou empresas públicas. No caso do Atletismo, a CBAt é patrocinada pela CAIXA
desde 2001. Há outros benefícios diretos e indiretos. Caso dos recursos da lei
Agnelo/Piva, repassados às Confederações pelo COB. Há convênios com o Ministério do Esporte para a manutenção dos Centros de Treinamento.
Por decisão da presidenta Dilma Rousseff, anunciada após os Jogos de Londres-2012, o Governo decidiu aumentar o apoio ao esporte olímpico, no chamado “Plano Brasil Medalhas”.
No âmbito desse Plano está o “Programa Bolsa/Pódio”. Com ele, além do
patrocínio anual de R$ 16 milhões, a CAIXA começou a repassar mais R$ 6,5
milhões anuais para a CBAt, de 2013 a 2016. Esse valor complementar deve ser
utilizado exclusivamente no Programa Bolsa/Pódio.
O PRESIDENTE DA CBAt, JOSÉ ANTONIO Martins Fernandes, o Toninho, lembra
que, além dos benefícios financeiros, a própria atuação do Governo Federal beneficia o esporte. “A forma democrática de agir e a sensibilidade social da presidenta Dilma permite avanços na área esportiva”, afirma o dirigente.
“Especificamente no Atletismo, sua decisão de encampar o MiniAtletismo e
de efetivar o “Programa Atleta na Escola” – em ação conjunta dos Ministérios do
Esporte, Educação e Defesa – é exemplo desse interesse no esporte.
Toninho lembra a importância, também, do trabalho do ministro do Esporte, Aldo Rebelo: “O ministro entendeu a importância do Atletismo como
esporte-base para todas as modalidades. Ele levou isso à presidenta da República e o Atletismo será o primeiro esporte a ser implantado, no âmbito do
Programa Atleta na Escola.”
54] CBAt
Wagner Carmo/CBAt
RELAÇÃO SOLIDÁRIA
Trabalho profissional e responsável junto ao COB
TV Globo em cobertura do
Troféu Brasil/Caixa de Atletismo 2013
O MESMO RELACIONAMENTO solidário que mantém com a comunidade atlética – atletas, clubes, federações –, a CBAt estabeleceu com as entidades que
figuram na estrutura geral do esporte nacional e internacional, os patrocinadores e parceiros.
No exterior, a CBAt é filiada à Confederação Sul-Americana (CONSUDATLE),
Associação Ibero-Americana (AIA) e Associação Internacional de Federações de
Atletismo (IAAF). No Brasil, é filiada ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB). E se
relaciona com órgãos públicos, gestores do esporte nos três níveis de governo:
federal, estadual e municipal.
“A CBAt e a comunidade do Atletismo nacional sempre tiveram no COB uma
instituição parceira”, diz o presidente da Confederação, José Antonio Martins
Fernandes. “As decisões importantes são tomadas em conjunto, o que garante
o entrosamento das ações.”
Entre outras atribuições, o COB administra os recursos da lei Agnelo/Piva, estabelecidos a partir de uma porcentagem do arrecadado pelas loterias da Caixa
Econômica Federal. Em 2013, a CBAt recebeu do Comitê cerca de R$ 3,2 milhões
referentes a esses repasses. O COB ainda apoia programas de treinamentos e
competições no Brasil e no exterior.
TAMBÉM COM A TELEVISÃO A CBAt tem contratos de patrocínio e parceria. No
caso, a emissora oficial do Atletismo no Brasil é a TV Globo. Pelo acordo, vários
dos campeonatos organizados pela entidade no País são levados ao ar pela TV
Globo ou por seu canal a cabo, o SporTV.
Entre os eventos que a emissora transmite estão o GP Brasil, principal competição atlética internacional da América Latina, e o Troféu Brasil, principal torneios de clubes de Atletismo do continente.
Outras competições são transmitidas, da mesma forma que é feita a cobertura da participação de atletas brasileiros em eventos no exterior, como os Mundiais das várias faixas de idade, assim como Meetings do circuito oficial da IAAF.
A Nike é a fornecedora dos uniformes oficiais das Seleções Brasileiras para
todas as categorias oficiais. Um dos mais conceituados fabricantes de material
esportivo do mundo, o contrato da CBAt propicia aos atletas o recebimento de
material de treinamento e competição de alta qualidade.
APOIO
AO
ESPORTE
Ao longo do tempo várias
instituições e empresas
apoiaram o Atletismo. “A
Confederação é grata a
todos os órgãos públicos,
e empresas estatais ou
particulares, que de alguma
forma apoiam ou apoiaram
o Atletismo, contribuindo
para sua evolução no Brasil.
Agradecemos também aos
atuais e antigos dirigentes
que estabeleceram parcerias
para que o esporte seguisse
adiante”, diz o presidente da
CBAt, José Antonio Martins
Fernandes.
CBAt [55
Wagner Carmo/CBAt
Fabiana Murer com uniforme oficial da CBAt,
fornecido pela Nike
ALÉM DOS CONTRATOS PERMANENTES de patrocínio e parcerias, a CBAt conta com apoio de entidades públicas e particulares por todo o País. O Governo
do Estado do Pará é um exemplo. Em convênio com a CBAt e a CAIXA, o Governo do Estado, desde 2002, realiza, em Belém, anualmente, um Meeting
Internacional. O evento que já levou ao Mangueirão nomes de primeira linha
do esporte mundial, como as campeãs olímpicas Shelly-Ann Fraser e Melaine
Walker, ambas da Jamaica.
Dos 12 Meetings realizados na cidade, nove deles corresponderam ao “GP
Brasil de Atletismo” e tiveram status de etapa do IAAF World Challenge.
Já Governo do Estado de São Paulo contribuiu várias vezes para a realização de eventos de ponta, inclusive o GP São Paulo, no Ibirapuera. Também a
Prefeitura do Município de São Paulo é parceira da CBAt no Centro Nacional
de Treinamento instalado no Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa, na
Vila Clementino.
O SESI MINEIRO, POR SUA VEZ, realiza com a CBAt o GP Internacional Caixa/Sesi
de Uberlândia. E junto com a Confederação o Sesi mantém o Centro Nacional de
Treinamento, na mesma cidade.
A Universidade de Fortaleza mantém com a CBAt o Centro Nacional de Treinamento instalado no campus da UNIFOR, com ênfase para as regiões Norte e
Nordeste e foco no jovem talento. O convênio possibilitou, ainda, a disputa de
vários Meetings internacionais na capital cearense.
Com o Governo do Paraná e apoio da Nestlé, foi implantado em 2012 o “Programa MiniAtletismo” em centenas de escolas do Estado. Na cidade de Maringá, por outro lado, a CBAt tem realizado campeonatos nacionais, além de um
Meeting Internacional em 2010, com apoio da Prefeitura Municipal.
56] CBAt
APOIO FUNDAMENTAL
Programas permitem a permanência de talentos no esporte
NA JÁ DISTANTE TEMPORADA DE 1996, foi disputado o Campeonato Mundial
de Juvenis, em Sydney, na Austrália. Na época, mesmo sem contar com patrocinadores permanentes, a CBAt decidiu criar um programa de apoio a atletas.
No caso, a intenção era dar meios adequados de prosseguir na carreira a atletas
que demonstrassem potencial para evoluir no esporte.
Um dos primeiros beneficiados foi o corredor de distâncias médias e longas,
Hudson Santos de Souza, filho de uma família humilde de Brasília. Ele chegara
à final dos 1.500 m, com o 10º lugar, e os treinadores viram nele condições de
crescimento.
Pode-se afirmar que a decisão foi acertada. Hudson estabeleceria, depois,
novos recordes sul-americanos nos 1.500 m, milha, 2.000 m e 3.000 m. Conquistaria ainda cinco medalhas em Jogos Pan-Americanos – três de ouro, uma
de prata e uma de bronze, em provas diferentes: 1.500 m, 5.000 m, 3.000 m
com obstáculos.
Depois deste Programa com o nome batizado de “Apoio a Jovens Talentos”, a
CBAt criou o Programa de “Apoio a Atletas de Alto Nível”. O objetivo aí era simples: os grandes atletas são paradigmas para os jovens que estão se iniciando
no esporte. Era necessário criar uma ferramenta de apoio também aos atletas
de ponta. O suporte dava aos ídolos do Atletismo os meios fundamentais para
dedicação exclusiva aos treinos e competições.
O PATROCÍNIO DA CAIXA ECONÔMICA Federal a partir de 2001 fez com que
os programas de apoio ganhassem robustez. Mais atletas passaram a ser contemplados. E na primeira década do século XXI outros segmentos passaram a
receber o benefício, como medalhistas olímpicos, treinadores, federações, corredores de rua etc.
Especialistas como o técnico Nélio Moura afirmam que os programas de
apoio foram um sucesso. “Ao longo dos anos, o número de atletas brasileiros
nos Rankings Mundiais cresceu de forma significativa após a adoção dos programas”, explica Nélio, treinador de atletas como a campeã olímpica do salto em
distância, Maurren Maggi.
CBAt [57
PROFISSÃO: ATLETA
Getty Images
Programas de benefícios permitem que atletas
vivam do esporte
Mauro Vinicius da Silva
integrou o Programa de Alto Nível
OS PROGRAMAS DE APOIO CRIADOS PELA CBAt tornaram-se paradigmas para
outras entidades do desporto olímpico nacional, que também buscam estabelecer formas de suporte aos atletas de suas modalidades.
Em 2013, foi iniciado o maior de todos os programas gerenciados pelas Confederações nacionais de esportes olímpicos: o Bolsa Pódio, principal braço do
Plano Brasil Medalhas, criado em 2012 pelo Governo Federal e ligado ao Ministério do Esporte. O programa tem como meta central contribuir para a adequada preparação dos atletas que mostrem condições de lutar por medalha nos
Jogos Olímpicos do Rio 2016.
A CBAt tem ainda um programa específico de apoio aos ganhadores de medalhas olímpicas que já deixaram as pistas. Trata-se do “Heróis Olímpicos”, em
que os atletas viajam por vários pontos do País e visitam escolas, contam suas
histórias, em programas de divulgação do esporte.
Este ano, por decisão da Presidência da CBAt, os integrantes do projeto passaram a acompanhar as delegações brasileiras que disputam competições internacionais. “São nomes importantes, têm muito que passar aos atletas atuais,
sejam menores e juvenis ou adultos”, explicou o presidente da CBAt, José Antonio Martins Fernandes.
58] CBAt
OS BRASILEIROS QUE SE DESTACAM nas competições da categoria principal e
os que demonstram potencial de evolução em suas provas em outras faixas etárias são contemplados com apoio financeiro, fundamental para a dedicação exclusiva ao esporte, já que serve para custear despesas como reforço alimentar,
materiais para treinamento, transporte e ajuda para moradia.
Além dos nomes que integram o Programa Bolsa Pódio, que tem caráter
complementar, outros atletas que são destaques no Atletismo contam com vários programas de apoio. E os dois mais antigos são os de “Programa de Apoio a
Jovens Talentos” e de “Programa de Apoio a Atleta de Alto Nível”.
O objetivo é garantir a preparação dos atletas para que obtenham melhoria
de seu nível técnico e alcancem resultados de expressão internacional. A colocação no Ranking Mundial e os resultados obtidos em eventos de responsabilidade da IAAF e do COI, por exemplo, nas categorias adulta, juvenil e menor,
nos dois anos anteriores, são critérios básicos para a concessão da ajuda de
custo mensal.
COMO OS PROGRAMAS SÃO DINÂMICOS, os beneficiados têm o desempenho
avaliado anualmente. Deste modo, o esforço e os cuidados de preparação têm
de ser constantes, sempre com o apoio técnico da CBAt, que promove etapas
de treinamento e competição, com a consultoria de renomados profissionais do
Brasil e do exterior.
Pelo “Programa de Apoio a Atletas de Alto Nível” passaram praticamente
todos os atletas que depois conquistaram um lugar no pódio em Olimpíadas,
Campeonatos Mundiais e Jogos Pan-Americanos nos últimos 15 anos.
E que também asseguram ao Brasil a condição de potência regional, imbatível há quatro décadas nos certames sul-americanos e líder da classificação pelo
total de pódio do Campeonato Ibero-Americano, que reúne as nações de fala
espanhola e portuguesa da Europa, América, África e Ásia.
Wagner Carmo/CBAt
Ana Cláudia Lemos
fez parte do Programa de Alto Nível
A CAMPEÃ OLÍMPICA DO salto em distância Maurren Maggi, a campeã mundial
do salto com vara Fabiana Murer, o vice-campeão olímpico do 4x100 m e prata
nos 200 m no Mundial Claudinei Quirino são alguns dos exemplos de atletas que
estiveram entre os que contaram com os benefícios do Programa.
Atletas com futuro promissor têm despontado no cenário nacional. Um
exemplo aconteceu no Mundial de Menores disputado em julho de 2013 em
Donetsk, na Ucrânia, quando o velocista carioca Vitor Hugo dos Santos foi o
sexto colocado nos 100 m e em sua prova principal, os 200 m, conquistou a medalha de prata no Campeonato, disputado por atletas com até 17 anos.
No Mundial de Juvenis de Barcelona, na Espanha, em 2012, o paulista Thiago
Braz conquistou ouro no salto com vara. Em 2013, aos 19 anos, Thiago foi além e
estabeleceu o recorde sul-americano de adultos com 5,83 m, ao ganhar o título
do torneio continental, em Cartagena, na Colômbia. E ainda obteve a qualificação para representar o Brasil no Mundial de Atletismo, realizado em Moscou, na
Rússia, em agosto.
NO MESMO MUNDIAL DE JUVENIS de Barcelona, Tamara Alexandrino de Sousa
ganhou bronze no heptatlo. Um ano depois, Tamara já comemorava o ouro em
competições para adultos, como o Troféu Brasil/Caixa, realizado em junho, na
capital paulista, e no Sul-Americano da Colômbia.
Estes são alguns dos atletas beneficiados pelo “Programa de Apoio a Jovens
Talentos”, até recentemente. No passado, outros atletas integraram a iniciativa,
o que permitiu que não apenas alcançassem a categoria adulta como brilhassem em grandes eventos.
A pernambucana Keila da Silva Costa é um exemplo clássico. Com os benefícios do Programa Jovens Talentos, ela ganhou a medalha de bronze na prova
do salto triplo no Mundial de Juvenis de Kingston, na Jamaica, em 2002. Em
2010, já nome importante do Atletismo nacional, Keila integrava o Programa
de Alto Nível e ganhou a medalha de prata no salto em distância no Mundial
Indoor em Doha, no Catar.
Thiago Braz da Silva
integrou o programa
jovens talentos
David Ramos/Getty Images
TREINADORES
Importante segmento profissional do Atletismo tem apoio
DOS PROGRAMAS DA CBAt, UM DOS mais antigos é o que apoia os treinadores.
A iniciativa de contemplar os técnicos, segundo os estudiosos, é um complemento necessário aos Programas de apoio aos atletas.
Afinal, os treinadores também precisam, para realizar bem o seu trabalho,
de equipamentos e materiais adequados. É dessa forma que estes profissionais
podem se dedicar integralmente à profissão, que exige estudos contínuos e,
algumas vezes, a participação em cursos de reciclagem e aperfeiçoamento.
O “Apoio a Treinadores”, assim como os demais Programas da CBAt, foi elaborado a partir do projeto aprovado pelo IV Fórum da CBAt, realizado em 2009
na capital paulista.
Além dos benefícios financeiros, importante para manter os bons treinadores de Atletismo, o Programa é também uma forma de reconhecer e incentivar
estes profissionais. Afinal, eles são os responsáveis pela preparação dos atletas
brasileiros na busca pela melhoria do nível técnico e de resultados expressivos
nas grandes competições.
INICIALMENTE, ENTRAM NO PROGRAMA os treinadores de atletas que se destacaram em competições internacionais de primeira linha, como os Jogos Olímpicos, Campeonatos Mundiais, Jogos Pan-Americanos ou que figurem entre os
mais bem colocados no Ranking da IAAF, nas provas olímpicas.
Também são contemplados os técnicos dos atletas das categorias juvenil
e de menor que se destaquem nos eventos destas faixas etárias. São competições como o Mundial de Juvenis (até 19 anos) e o Mundial de Menores
(até 17 anos). E também os Jogos os Jogos Olímpicos da Juventude. Além, é
claro, dos que se destacam nos Rankings da IAAF da temporada anterior, nas
respectivas categorias.
Como nos demais Programas, os treinadores precisam estar em atividade
para receber os benefícios.
CBAt [61
BOLSA PÓDIO
Apoio a atletas que podem conquistar medalhas em 2016
EM 13 DE SETEMBRO DE 2012, em cerimônia no Palácio do Planalto, em homenagem aos atletas que haviam disputado os Jogos de Londres, a presidenta Dilma Rousseff anunciou um importante reforço de patrocínio aos esportes
olímpicos do País, com a instituição do Plano Brasil Medalhas, que visa propiciar
os recursos para o Programa Bolsa Pódio.
A intenção é que estes recursos cheguem aos atletas com reais chances de
subir ao pódio nos Jogos do Rio-2016, em forma de salários mensais e em benefícios indiretos, como a contratação de equipe de apoio, além de programas de
treinamento e competições
O regulamento do Programa estabelece que os valores referentes ao Plano
Brasil Medalhas e repassados às Confederações devem ser usados exclusivamente na efetivação do Programa Bolsa Pódio.
Mas quem são estes atletas? Inicialmente cada Confederação faz a sua lista,
de acordo com os critérios estabelecidos pelo Ministério do Esporte.
Em seguida os atletas relacionados passam por avaliação do próprio Ministério do Esporte, do Comitê Olímpico Brasileiro e do patrocinador máster da
entidade (no caso do Atletismo, a Caixa Econômica Federal).
Os atletas aprovados e admitidos no Programa serão, então, enquadrados
nas respectivas faixas de ganho e estarão aptos a começar a receber benefícios
financeiros mensais.
PARTE DOS RECURSOS DEVE SER USADA, como já indicado, na formação de
equipes multidisciplinares de apoio, com a contratação de especialistas. São
profissionais que acompanharão de perto e apoiarão a carreira do atleta: treinadores, médicos, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, massagistas etc.
Os recursos deverão ser usados também nos campings de treinamento e
competições em suas modalidades, inclusive com a consultoria de especialistas
brasileiros e estrangeiros, no Brasil e o exterior, de forma a aumentarem o intercâmbio com centros importantes do esporte mundial, nas várias modalidades
olímpicas.
62] CBAt
Roberto Stuckert/PR
Carlos Nuzman, presidente do
Comitê Olímpico Brasileiro, Aldo
Rebelo, ministro do Esporte, Dilma
Rousseff, presidenta da República e
Gleisi Hoffmann, ministra chefe da
Casa Civil, durante lançamento do
Plano Brasil Medalhas
Qual o valor destes recursos? No total, segundo anunciou o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, o Governo Federal estará repassando R$ 1 bilhão para o
Programa. Tal soma de recursos fazem do Bolsa Pódio o maior de todos os programas de apoio a atletas no Brasil.
No caso do Atletismo, a CBAt receberá, para tocar o programa, R$ 6,5 milhões por ano, de 2013 a 2016. Os repasses serão feitos pela patrocinadora oficial da entidade, a Caixa Econômica Federal (à parte, é claro, do investimento
anual de R$ 16 milhões que a empresa já faz na Confederação, com o qual ela
toca suas atividades).
QUEM PODE SER BENEFICIADO? No caso do Atletismo, o Ministério do Esporte
decidiu que estavam em condições de pleitear os benefícios os atletas que estivessem entre os 20 primeiros do Ranking Mundial, elaborado pelo Departamento de Estatísticas da IAAF, após a disputa do Campeonato Mundial de Moscou,
nas provas individuais.
A pedido da CBAt, o Ministério do Esporte admitiu que também os integrantes das equipes de revezamento, finalistas no Campeonato Mundial, poderiam
pleitear a entrada no Programa. Na lista apresentada pela CBAt constavam
15 atletas em provas olímpicas individuais, além de atletas dos revezamentos
4x400 m masculino e 4x100 m feminino que chegaram às finais em suas provas.
O programa é dinâmico. Isto é, cada atleta que compõe a lista da sua Confederação tem o desempenho avaliado periodicamente. Assim, atletas que estão
nas listas podem sair e da mesma forma outros atletas podem entrar.
NA OPINIÃO DOS RESPONSÁVEIS pela formatação do programa, essa providência evitará a acomodação por parte de atletas que entrem nas listas iniciais. Por
outro lado, atletas que não estão nas listas lutarão por um crescimento em seus
resultados, para que também possam contar com os benefícios do programa.
CBAt [63
HERÓIS OLÍMPICOS
Medalhistas olímpicos promovem o Atletismo
(1)
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A CBAt E A CAIXA ECONÔMICA FEDERAL têm entre seus programas mais importantes o denominado “Heróis Olímpicos”. A ideia é aliar o passado vitorioso
e a imagem que eternizaram estes atletas na história do Atletismo à experiência
que possuem e que pode ser aproveitada por toda a comunidade atlética nacional. Podem usufruir dessa experiência os atletas em atividade, em especial os
que estão no início de carreira.
Compõem o Programa os atletas brasileiros ganhadores de medalhas no torneio de Atletismo dos Jogos Olímpicos e que já tenham deixado as pistas. Eles
participam de atividades, que buscam a difusão do esporte e a promoção da
cidadania em escolas ou outras instituições públicas. Contam suas histórias pessoais como estímulo à educação por meio do esporte.
Em 2013, a CBAt resolveu reforçar ainda mais a imagem desses atletas, convidando-os a integrar as delegações oficiais em competições como o Sul-Americano na Colômbia, o Mundial de Menores na Ucrânia e o Campeonato Mundial
de Atletismo na Rússia. Respectivamente acompanharam as seleções André Domingos, Vanderlei Cordeiro de Lima e Claudinei Quirino.
Em outros eventos, os “Heróis Olímpicos” são escalados em função de uma
agenda específica da CAIXA para palestras e promoções. E vão muitas vezes a
eventos em comunidades carentes ou de vulnerabilidade social.
Nesses encontros, os integrantes do Programa buscam passar às crianças e
jovens informações sobre a iniciação esportiva e a prática do Atletismo nas escolas. E procuram sempre transmitir a ideia de que todos podem se tornar vencedores, não apenas no esporte, mas na própria vida. Isso se consegue por meio
da educação e valores agregados, que levam ao respeito à vida em sociedade.
Atletas do Programa: Joaquim Cruz, Robson Caetano, Arnaldo de Oliveira,
André Domingos, Edson Luciano Ribeiro, Claudinei Quirino, Vicente Lenilson da
Silva, Cláudio Roberto de Souza e Vanderlei Cordeiro de Lima.
(NA PRÓXIMA PÁGINA, PEQUENO PERFIL DE CADA UM DESTES HERÓIS DO
ATLETISMO NACIONAL.)
(5)
JOAQUIM CARVALHO CRUZ (1) – Campeão olímpico dos 800 m em Los Angeles-1984 e vice-campeão quatro anos depois, em Seul-1988. Medalha de bronze
no Mundial de Helsinque-1983 e bicampeão do PAN nos 1.500 m: Indianápolis-1987 e Mar del Plata-1995.
ROBSON CAETANO DA SILVA (2) – Bronze olímpico nos 200 m em Seul-1988 e
no 4x100 m em Atlanta-1996. Tricampeão dos 200 m na Copa do Mundo: Camberra-1985, Barcelona-1989 e Havana – 1992. Ouro nos 100 m e 200 m no PAN
de Havana-1991.
VANDERLEI CORDEIRO DE LIMA (3) – Liderava a maratona na Olimpíada de
Atenas-2004, quando foi agredido por um manifestante. Recuperou-se, voltou
à prova e ganhou a medalha de bronze. Bicampeão da prova no PAN: Winnipeg-1999 e Santo Domingo-2003.
ANDRÉ DOMINGOS DA SILVA (4) – Bronze olímpico no 4x100 m em Atlanta-1996
e prata em Sydney-2000. Bronze na prova no Mundial de Sevilha-1999 e prata
em Paris-2003. Bicampeão do PAN: Winnipeg-1999 e Santo Domingo-2003.
EDSON LUCIANO RIBEIRO (5) – Ganhou bronze olímpico no 4x100 m em Atlanta-1996 e prata em Sydney-2000. Bronze na prova no Mundial de Sevilha-1999 e
prata e Paris-2003. Bicampeão do PAN: Winnipeg-1999 e Santo Domingo-2003.
ARNALDO DE OLIVEIRA SILVA (6) – Medalha de bronze no 4x100 m na Olimpíada de Atlanta-1996 e finalista na prova em Los Angeles-1984. Semifinalista dos
100 m nos Jogos de Seul-1988.
CLAUDINEI QUIRINO DA SILVA (7) – Prata olímpica no 4x100 m em Sydney-2000
e bronze na prova no Mundial de Sevilha-1999. Prata nos 200 m no Mundial de
Sevilha-1999. Ouro nos 200 m e no 4x100 m no PAN de Winnipeg-1999.
VICENTE LENILSON DE LIMA (8) – Prata olímpica no 4x100 m na Olimpíada de
Sydney-2000 e no Mundial de Paris-2003. Bicampeão da prova nos Jogos Pan-Americanos: em Santo Domingo-2003 e Rio de Janeiro-2007.
CLAUDIO ROBERTO SOUZA (9) – Correu na semifinal do 4x100 m na Olimpíada de Sydney-2000 e ganhou a medalha de prata na prova no Mundial
de Paris-2003.
Fotos de Marcelo Ferrelli/CBAt
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CORREDORES DE ELITE
Wander Roberto/CBAt
Ranking CAIXA/CBAt apoia atletas corredores de rua
Giomar Pereira da Silva,
campeão do Ranking CAIXA/CBAt
em cinco temporadas (até 2012)
O PROGRAMA NACIONAL CAIXA de Corredores de Elite apoia a preparação de
alguns dos principais nomes do pedestrianismo do País. Os corredores de rua,
aliás, formam um dos mais tradicionais segmentos do Atletismo. A definição dos
contemplados sai da classificação do Ranking CAIXA/CBAt, que a cada temporada engloba várias das mais importantes corridas do Brasil.
Os corredores classificados do 1º ao 10º lugar, no masculino e feminino, entram no “Programa de Apoio a Corredores de Elite” do ano seguinte. As provas
que compõem o Ranking de Corredores podem mudar de um ano para o outro,
dependendo das definições da Caixa Econômica Federal, sempre com o aval técnico da CBAt, que concede seu Permit às provas do circuito, mediante o cumprimento das regras internacionais pelos organizadores de cada competição.
Podem pontuar os atletas brasileiros federados ou, então, que integrem o
Cadastro de Corredores da CBAt. Os classificados até o 20º lugar em cada etapa
somam pontos, que variam de 01 a 40, dependendo da colocação na prova e da
distância da mesma.
OS BRASILEIROS MAIS BEM COLOCADOS recebem 30 pontos nas corridas de até
15 km, 33 em meia maratona (21,097 km) e 40 em maratona (42,195 km). Os
participantes que participem de, pelo menos, cinco provas das que compõem o
Circuito de Corridas CAIXA de 10 km ganham um bônus de 20 pontos no Ranking.
O baiano Giomar Pereira da Silva é uma referência nas provas de rua. Vencedor de cinco edições do Ranking, ele continua na ativa e superando desafios.
“As dificuldades existem para ser ultrapassadas”, ensina o corredor, admirado
pelos adversários pela consistência nos resultados e absoluto companheirismo.
“O apoio recebido é fundamental para procurar sempre manter o mais alto nível
de participação”, completou o corredor.
As etapas do Ranking “visitam” todas as regiões do País. Em 2013, as 32 provas do circuito, foram disputadas em 12 Estados e no Distrito Federal.
66] CBAt
FEDERAÇÕES
CBAt repassa recursos financeiros às entidades filiadas
TAMBÉM AS FEDERAÇÕES FILIADAS recebem apoio financeiro dos programas
da CBAt. São recursos para as Federações em situação regular utilizar para a
realização de competições locais, formação de equipes para os ventos nacionais
e funcionamento das sedes.
Esses recursos, ainda, podem ser usados em cursos de arbitragem, reciclagem e aperfeiçoamento de treinadores e clínicas de MiniAtletismo. A CBAt também isenta as Federações das taxas legais, fornece medalhas e números para os
Campeonatos Estaduais. A Confederação ainda se responsabiliza pelas despesas de hospedagem, alimentação e transporte para as Seleções Estaduais nas
cidades-sedes das competições de sua responsabilidade.
Para garantir os recursos do Programa, as filiadas precisam comprovar a situação regular com a Receita Federal, FGTS e INSS, ter o estatuto aprovado pela
CBAt e fazer as eleições previstas, com registro em cartório.
O valor que cada filiada recebe depende do número de atletas inscritos em
atividade, dos funcionários da sede, das competições realizadas, dos resultados a
nível nacional de seus atletas, a participação de seus filiados em torneios internacionais como Jogos Olímpicos, Mundiais, PAN, Ibero-Americanos e Sul-Americanos, nos quatro anos anteriores à avaliação.
Todas essas informações devem constar de formulários analisados pela Comissão de Avaliação de Desempenho das Federações, decisão aprovada pela
CBAt, em reunião realizada em 2011, em Manaus.
As filiadas podem elaborar suas próprias normas para registro e inscrição de
atletas, treinadores, árbitros, médicos, fisioterapeutas, psicólogos e massagistas,
desde que respeitadas as determinações da Confederação Brasileira de Atletismo.
O PROGRAMA DE APOIO FAZ sentido, afirmam os dirigentes da CBAt, pois são
as Federações que formam a base da CBAt, assim como os clubes formam as
Federações. Atualmente, a CBAt tem em sua grade 498 clubes, registrados pelas 27 filiadas.
O superintendente técnico Martinho Santos diz que gradativamente a CBAt
realizará seminários de gerenciamento, com orientação sobre todo o processo
de funcionamento de uma Federação de Atletismo, desde a administração à
organização de eventos. A intenção é fazer com que as filiadas possam seguir o
padrão de funcionamento da CBAt.
(NAS PÁGINAS SEGUINTES, OS CONTATOS DAS FEDERAÇÕES FILIADAS À CBAt.)
CBAt [67
FEDERAÇÕES FILIADAS
Informações e contatos das entidades filiadas à CBAt
REGIÃO NORTE
FEDERAÇÃO DESPORTIVA DE ATLETISMO DO ESTADO DO AMAZONAS – FEDAEAM
PRESIDENTE: MARGARETH BAHIA MARQUES
Endereço: Av. Pedro Teixeira, 400, Vila Olímpica - D. Pedro I
Manaus (AM) - CEP: 69.040-000
Telefone: (92) 3611-2823 / E-mail: [email protected]
ATENDIMENTO: 2ª A 6ª (13:30 / 18:30)
FEDERAÇÃO ACREANA DE ATLETISMO – FACAT
PRESIDENTE: AFONSO ALVES DA SILVA
Endereço: Rua Cel. João Donato, nº 147, Setor A - Parque da Maternidade - Ipase
Rio Branco (AC) - CEP: 69.909-345
Telefone: (68) 3224-2491 / Fax: (68) 3228-9038
E-mail: [email protected]
ATENDIMENTO: 2ª A 6ª FEIRA (14:00 / 18:00)
FEDERAÇÃO RORAIMENSE DE ATLETISMO – FERA
PRESIDENTE: CARMONO CUNHA DA SILVA
Endereço: Av. Glaycon de Paiva, 2496 - Pricumã
Boa Vista (RR) - CEP: 69.303-340
Telefone: (95) 3224-1564 / Fax: (95) 3621-8026
E-mail: [email protected]
ATENDIMENTO: 2ª A 6ª FEIRA (08:00 / 12:00)
68] CBAt
FEDERAÇÃO DE ATLETISMO DE RONDÔNIA – FARO
PRESIDENTE: WALTER ALVES BRASIL FILHO
Endereço: Av. Rui Barbosa, 980 Sala 05 - Estádio Aluísio Ferreira - Arigolândia
Porto Velho (RO) - CEP: 76801-196
Telefone: (69) 3221-7055 / Fax: (69) 3223-1776 / E-mail: [email protected]
ATENDIMENTO: 2ª A 6ª FEIRA (08:00 / 12:00)
FEDERAÇÃO DE ATLETISMO DO AMAPÁ – FAAP
PRESIDENTE: ERICLAUDIO ALENCAR ROCHA
Endereço: Av. São Januario, 841 – Muca
Macapá (AP) - CEP: 68.902-680
Telefone: (96) 3217-6209 / Fax: (96) 3212-5135 / E-mail: [email protected]
ATENDIMENTO: 2ª A 6ª FEIRA (14:00 / 18:00)
FEDERAÇÃO PARAENSE DE ATLETISMO – FPAT
PRESIDENTE: RONALDO ESTEVÃO LOBATO
Endereço: Travessa Dr. Eneas Pinheiro, 1778 - Marco
Belém (PA) - CEP: 66.095-100
Telefone: (91) 3246-4675
E-mail: [email protected] / Site: www.fpat.com.br
ATENDIMENTO: 2ª A 6ª (8:30 / 12:00 – 14:00 / 18:00)
FEDERAÇÃO DE ATLETISMO DO ESTADO DO TOCANTINS – FATO
PRESIDENTE: MAURÍCIO MONTEIRO DA ROCHA MARQUES
Endereço: Av. B - Quadra 53 - Lote 14 - Bairro Aureny IV
Palmas (TO) - CEP: 77.270-000
Telefone: (63) 3476-2921 / Fax: (63) 7001-7002 / E-mail: [email protected]
ATENDIMENTO: 2ª A 6ª (07:00 / 11:00)
CBAt [69
REGIÃO NORDESTE
FEDERAÇÃO ATLÉTICA MARANHENSE – FAMA
PRESIDENTE: MARCIO BATISTA MIGUENS DA SILVA
Endereço: Travessa Guaxenduba, s/n, Complexo Esporte de São Luis - Outeiro
São Luís (MA) - CEP: 65.043-320
Telefone: (98) 3275-0277 / Fax: (98) 3249-3015 / E-mail: [email protected]
ATENDIMENTO: 2ª A 6ª FEIRA (15:00 / 19:00)
FEDERAÇÃO DE ATLETISMO DO PIAUÍ – FAPI
PRESIDENTE: MÁRCIA CRISTIANE ARAÚJO
Endereço: Galeria das Federações - Sala 02 - Ginásio Verdão
Teresina (PI) - CEP: 64.000-090
Telefone: (86) 3222-3660/ 3212-5768
E-mail: [email protected]
ATENDIMENTO: 2ª A 6ª (08:00 / 12:00)
FEDERAÇÃO CEARENSE DE ATLETISMO – FCAT
PRESIDENTE: JERRY WELTON BARBOSA GADELHA
Endereço: Rua Francisca Segundo da Costa, 137, Sala D - Edson Queiroz
Fortaleza – CEP: 60.810-650
Telefone: (85) 3021-9999
E-mail: [email protected] / Site: www.fcatletismo.com.br
ATENDIMENTO: 2ª A 6ª FEIRA (13:30 / 17:30)
FEDERAÇÃO NORTE-RIO-GRANDENSE DE ATLETISMO – FNA
PRESIDENTE: MARIA MAGNÓLIA FIGUEIREDO
Endereço: Rua José Mauro de Vasconcelos, 525 - Capim Macio
Natal (RN) - CEP: 59.082-210
Telefone: (84) 3219-3262 / Fax: (84) 3219-3262
E-mail: [email protected] / Site: www.fnatletismo.com.br
ATENDIMENTO: 2ª A 6ª (14:30 / 18:30)
70] CBAt
FEDERAÇÃO PARAIBANA DE ATLETISMO – FPBA
PRESIDENTE: JAILTON LUCAS DE MIRANDA
Endereço: Rua Amaury de Sousa, 228 Conj. dos Bancários
João Pessoa (PB) - CEP: 58.051-380
Telefone: (83) 3255-0032 / E-mail: [email protected]
ATENDIMENTO: 2ª A 6ª (09:00 / 17:00)
FEDERAÇÃO PERNAMBUCANA DE ATLETISMO – FEPA
PRESIDENTE: EDINILTON JOSÉ DE VASCONCELOS AQUINO
Endereço: Rua Dom Bosco, 871, Sala 212 - Boa Vista
Recife (PE) - CEP: 50.070-070
Telefone: (81) 3423-9232 / Fax: (81) 3423-9232
E-mail: [email protected] / Site: www.atletismopernambucano.com.br
ATENDIMENTO: 2ª A 6ª (08:00 / 13:00)
FEDERAÇÃO ALAGOANA DE ATLETISMO – FAAT
PRESIDENTE: WALTER CALHEIROS PEREIRA
Endereço: Av. Siqueira Campos s/nº Sala 106, Estádio Rei Pelé - Trapiche da Barra
Maceió (AL) – CEP: 57.000-000
Telefone: (82) 3034-9702 / Fax: (82) 3338-8751 / E-mail: [email protected]
ATENDIMENTO: 2ª, 4ª E 6ª (08:00 / 12:00) – 3ª E 6ª (14:00 / 18:00)
FEDERAÇÃO SERGIPANA DE ATLETISMO – FSAT
PRESIDENTE: JOSÉ ORLIANDES DE BARROS
Endereço: Rua Vila Cristina, 1010, Sala 6
Complexo Desportivo Lourival Baptista - São José
Aracaju (SE) – CEP: 49.020-150
Telefone: (79) 3211-3068 / Fax: (79) 3211-3068 / E-mail: [email protected]
ATENDIMENTO: 2ª A 6ª (13:00 / 17:00)
FEDERAÇÃO BAHIANA DE ATLETISMO – FBA
PRESIDENTE: OG ROBSON DE MENEZES CHAGAS
Endereço: Praça Castro Alves nº 1, sala 106, 1º andar - Palácio dos Esportes
Salvador (BA) - CEP: 40.020-160
Telefone: (71) 3322-3865 / Fax: (71) 3322-3865
E-mail: [email protected] / Site: www.fba.org.br
ATENDIMENTO: 2ª A 6ª (14:00 / 18:00)
CBAt [71
REGIÃO SUDESTE
FEDERAÇÃO MINEIRA DE ATLETISMO – FMA
PRESIDENTE: WELLINGTON DE SOUZA
Endereço: Av. Olegário Maciel, 311, Sala 205 - Centro
Belo Horizonte (MG) - CEP: 30.180-110
Telefone: (31) 3212-4599 / Fax: (31) 3212-4599
E-mail: [email protected] / Site: http://www.atletismomg.org.br
ATENDIMENTO: 2ª À 6ª (09:00 / 12:00 – 13:00 / 18:00)
FEDERAÇÃO CAPIXABA DE ATLETISMO – FECAT
PRESIDENTE: ARTUR ELIZEU LÍRIO DO MONTE
Endereço: Rua General Osorio, nº 83, Sala 1202 - Centro
Vitória (ES) - CEP: 29.010-911
Telefone: (27) 3314-3282 / E-mail: [email protected]
ATENDIMENTO: 2ª A 6ª (09:00 / 17:00)
FEDERAÇÃO DE ATLETISMO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – FARJ
PRESIDENTE: CARLOS ALBERTO LANCETTA
Endereço: Rua Luis Barbosa, 32 - Vila Isabel
Rio de Janeiro (RJ) - CEP: 20.560-010
Telefone: (21) 2576-7690 - Fax: (21) 2577-6977
E-mail: [email protected] - Site: www.atletismorio.com.br
ATENDIMENTO: 2ª A 6ª (13:00 / 18:00)
FEDERAÇÃO PAULISTA DE ATLETISMO – FPA
PRESIDENTE: MAURO ROBERTO CHEKIN
Endereço: Rua Manoel da Nóbrega, 800 - Paraíso
São Paulo (SP) - CEP: 04001-002
Telefone: (11) 3884-1211 / Fax: (11) 3884-1211
E-mail: [email protected] / Site: www.atletismofpa.org.br ATENDIMENTO: 2ª A 6ª (09:00 / 17:30)
72] CBAt
REGIÃO SUL
FEDERAÇÃO DE ATLETISMO DO PARANÁ – FAP
PRESIDENTE: MARIA DA CONCEIÇÃO SILVA
Endereço: Rua Delegado Leopoldo Belczak, 2881, Sobreloja 01 - Capão da Imbuia
Curitiba (PR) - CEP: 82.810-060
Telefone: (41) 3019-3222 / Fax: (41) 3912-5250
E-mail: [email protected] / Site: www.atletismofap.org.br
ATENDIMENTO: 2ª A 6ª (08:00 / 12:00 – 13:00 / 17:00)
FEDERAÇÃO CATARINENSE DE ATLETISMO – FCA
PRESIDENTE: WALMOR JOSÉ BATTISTOTTI FILHO
Endereço: Rua Comandante José Ricardo Nunes, nº 79, Sala 5
Sede das Federações - Capoeiras
Florianópolis (SC) - CEP: 88.070-220
Telefone: (48) 3248-0927 / Fax: (48) 3248-0927
E-mail: [email protected] / Site: www.fcatletismo.org.br
ATENDIMENTO: 2ª A 6ª (09:00 / 17:00)
FEDERAÇÃO DE ATLETISMO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – FAERGS
PRESIDENTE: MARCOS PAULO GARCIA DE ANDRADE
Endereço: Rua General Vitorino, 53, Sala 124 - Centro
Porto Alegre (RS) - CEP: 90.020-171
Telefone: (51) 3279-7343 / Fax: (51) 3219-7292
E-mail: [email protected] / Site: www.faergs.org.br
ATENDIMENTO: 2ª A 6ª (13:00 / 17:00)
CBAt [73
REGIÃO CENTRO-OESTE
FEDERAÇÃO DE ATLETISMO DE MATO GROSSO – FAMT
PRESIDENTE: FRANCISCO ANTONIO DA SILVA
Endereço: Av. Fernando Corrêa nº 2367 - Ginásio de Esportes da UFMT
Boa Esperança - Cuiabá (MT) - CEP: 78.060-900
Telefone: (65) 3615-8840 / Fax: (65) 3615-8839
E-mail: [email protected] / Site: www.famt.com.br
ATENDIMENTO: 2ª A 6ª (13:30 / 17:30)
FEDERAÇÃO DE ATLETISMO DE MATO GROSSO DO SUL – FAMS
PRESIDENTE: VALÉRIA CRISTINA GONÇALVES CALHÁO SILVA
Endereço: Rua Itápolis, 210 - Ibirapuera
Campo Grande (MS) - CEP: 79.041-280
Telefone: (67) 3029-5496 / Fax: (67) 3029-5496 / E-mail: [email protected]
ATENDIMENTO: 2ª A 6ª (07:30 / 11:30)
FEDERAÇÃO GOIANA DE ATLETISMO – FGAT
PRESIDENTE: GENIVALDO JOSÉ CAIXETA
Endereço: Rua 55 nº 910 - Térreo
Goiânia (GO) - CEP: 74.030-970
Telefone: (62) 3954-2168 / E-mail: [email protected]/ Site: www.atletismogoiano.com
ATENDIMENTO: 2ª A 6ª (11:00 / 16:00)
FEDERAÇÃO DE ATLETISMO DO DISTRITO FEDERAL – FATDF
PRESIDENTE: PAULO ROBERTO MACIEL DA SILVA
Endereço: Complexo Esportivo Ayrton Senna - Asa Norte
Conjunto Aquático Claudio Coutinho - Sala BI - 3
Brasília (DF) - CEP: 70075-900
Telefone: (61) 3327-3676 / E-mail: [email protected] / Site: www.fatdf.org.br
ATENDIMENTO: 2ª A 6ª (14:00 / 18:00)
74] CBAt
Todos os esforços foram feitos para determinar a autoria de algumas das fotos
que aparecem neste livro. Em outras edições, teremos prazer em creditar as
fontes, caso se manifestem.
CIP- BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE
C758a
Confederação Brasileira de Atletismo. Atletismo rumo ao futuro: nova gestão, novos
desafios / CBAt ; [organizado por:] Benê Turco. – São Paulo: [s.n.], 2013.
80 p.: il. (algumas color.) ; 28 cm.
ISBN 978-85-65818-04-9
1. Atletismo. I. Turco, Benê, 1953 - I. Título.
CDD - 796
José Carlos dos Santos Macedo - Bibliotecário CRB7 n. 3575
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