TEMPO MAIOR PARA O LAZER E AUMENTO NA PRODUTIVIDADE
Alessandro Nunes Lima1
1. Introdução:
O trabalho ocupa uma grande parte das horas de vida de um ser humano, a sua
vida social também esta diretamente ligada ao seu trabalho, devido à renda e os esforços
físicos que o afetam de todas as formas.
Um tempo maior para o lazer, lhe traria um melhor desempenho no trabalho,
pois o mesmo conseguiria ficar um tempo maior com sua família e seus amigos, ou
mesmo praticado algo que ele goste de fazer.
Ele quando retornar-se a suas atividades diárias no trabalho, estaria mais
tranqüilo e consequentemente poderia produzir mais e dedicar-se totalmente ao
trabalho.
Em uma sociedade capitalista e consumista, o homem continua a luta pela
sobrevivência, e na descoberta da melhor forma possível de conseguir esse objetivo, ele
se encontra extremamente ligado ao trabalho, ocupando uma posição de submissão e
dependência do trabalho e muitas vezes da boa vontade de seu empregador, tanto no
setor publico ou privado.
O homem busca se adaptar aos processos e transformações com o passar do
tempo, hoje praticamente toda a sociedade esta inserida num contexto de globalização,
com isso o mercado de trabalho vem passando transformações.
Estas transformações em curso, nos últimos anos vêm trazendo aos setores do
sistema de produção, cada vez mais informatizado, uma redução do emprego. A
indústria passa da produção em massa para a produção flexível.
A automação reduz os postos de trabalho, mas o empresariado vai ter que avaliar
esse sistema, pois sem emprego não à renda, conseqüentemente não há mercado
consumidor para seus produtos, que cada vez mais são fabricados com uma velocidade
maior, sem a perda de qualidade como havia no principio da produção em massa, onde
havia grande necessidade de trabalhadores, havendo momentos na história que se
chegou até mesmo a obrigar as pessoas a trabalhar, algo que não era bem quisto no
passado da humanidade.
Nos dias de hoje o trabalhão já e visto de forma diferente, as pessoas que vão em
busca de ocupação.
Por isso as empresas em sua grande maioria obrigam os
trabalhadores a cumprirem horas estressantes de trabalho.
A diminuição nas horas trabalhadas levaria não somente ao aumento na hora
dedicada ao lazer, mas também um aumento no número de trabalhadores, diminuindo
em muito os desempregados, e abrindo oportunidades para uma grande massa de
formandos que a cada ano saem das universidades e também de cursos
profissionalizantes.
O trabalho serve para a subsistência humana, todos nos queremos conquistar
uma vida digna para as nossas famílias.
Podemos dizer que basicamente, no entanto sempre existira trabalho, e também a
classe trabalhadora e a classe que contrata esses trabalhadores, a qual irá idealizar uma
maneira de jamais perder tempo e dinheiro.
Muitas vezes se esquecendo de que valorizar o trabalhador é importante, pois quando o
trabalhador for reconhecido realmente, ele irá com certeza se empenhar com muito mais
prazer em seus afazeres no trabalho.
Somente o conhecimento específico para aumentar a produtividade, sem
qualificar as pessoas para serem mais produtivas, leva ao aumento de horas trabalhadas,
sem o esperado aumento de produtividade.
O fundamental na estruturação deste conceito é que as pessoas tenham uma base
de valores alicerçadas em seu desenvolvimento profissional, e que este conjunto de
fatores forneça as condições necessárias para gerarem conhecimentos nas empresas,
assim suas idéias geraram ganhos significativos para as empresas e para o seu próprio
sucesso profissional.
Conclui-se, nesta reflexão, que o conhecimento poderá ser fundamental no
processo de desenvolvimento do homem no trabalho e a participação do mesmo no
processo produtivo, e ocupando o principal fator no processo de inovação.
Na sociedade de nosso tempo, o valor está no homem e sabemos que o
conhecimento é dele e não das empresas e não do sistema, faz parte do sistema e do
1
Graduando do 11º período do curso história. Centro Universitário Católico Salesiano “Auxilium”. Lins-
processo de trabalho, não como algo dispensável, mas como capital de grande valor
para empresas do presente e do futuro da humanidade.
Faz parte do processo de trabalho a organização racional do trabalho, trazendo
com isso uma análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos no processo de
trabalho.
Muitas vezes as empresas são vistas como um sistema fechado, isto é, os indivíduos
não recebiam influências externas.
O sistema fechado é mecânico, previsível e determinístico. Porém, a empresa é
um sistema que se movimenta conforme as condições internas e externas, portanto, um
sistema aberto para mudanças conforme a posição do mercado consumidor, pois essa é a
ponta de todo o sistema de trabalho, sem mercado consumidor não haverá a empresa,
pois a mesma necessita do consumo de seus produtos.
A vida fora do local de trabalho também depende de outros fatores, a politica
governamental na área da saúde e do emprego e principalmente na educação, são
condições essenciais para que o trabalhador e sua família, muitas vezes deixe de viver
em posição social desfavorável. As seqüelas desse feito representam imenso obstáculo
para uma repartição menos iníqua da riqueza.
Apesar das políticas adotadas pelos governos que já passaram e os que ainda se
encontram no comando do estado, projetos muitas vez voltados para atenuar as
desigualdades regionais e sociais, são criados e colocados em pratica sem continuidade,
não existe em nos país planos de governos com continuidade, a cada mandato são
implementadas políticas diferentes, o que atrapalha em muito a melhoria na condição de
vida da população carente, onde se encontra a maioria dos trabalhadores do Brasil,
vivendo de um trabalho a quem de suas necessidades.
Apesar das disparidades encontradas, nas cinco regiões do Brasil, no qual, três
regiões se destacam, e dois o Nordeste e o Norte, concentram a maior parte dos
necessitados de nosso país, deve-se encontrar uma forma de resolver esse problema,
para que essas regiões melhorem as condições de vida de seus habitantes, procurando
possíveis sugestões ao desenvolvimento de políticas que possam ser adotadas na
atenuação dessas disparidades nacionais, dando condições às empresas para se
SP. E-mail: [email protected].
estalarem nessas regiões, para que aumente o numero de vagas de trabalho, diminuindo
o número de pessoas que se deslocam, em busca de trabalho.
Todo o homem e digno de conquistar o seu próprio sustento, sem ficar
permanentemente dependente de políticas assistencialistas, elas são necessárias em caso
de extrema necessidade, mas essas devem procurar levar as pessoas em certo momento
a deixarem essa condição o mais rápido possível, isso se torna possível com políticas de
profissionalização, e melhoria na educação.
A busca de uma sociedade mais justa e igualitária, passar por dar condições de
trabalho a grande massa, não se pode deixar as pessoas sem oportunidade, o ser humano
necessita de algum motivo para viver e ser feliz, a melhoria na condição de vida, deve
começar através do trabalho, as políticas governamentais devem estar voltadas para a
colocação dessa massa no mercado de trabalho.
Numa sociedade feliz, sem classes, o objetivo supremo não será mais
o rendimento, o desempenho, mas a criação. O trabalho não será mais
uma carga que o homem suporta apesar dele mesmo porque sem ele
não sabe do que viveria. A vida de todos os membros da sociedade
será assegurada independentemente de seus desempenhos e façanhas.
De modo que o trabalho poderá tornar-se enfim, uma atividade com
sentido. Revestir aos olhos dos homens aquele sentido que já tem para
o sábio e o artista. O ideal de uma sociedade progressista não deve ser
aquele da luta, da concorrência, da inveja e da agressividade. (Suzana
Albornoz, pág. 98)
O sentindo no trabalho como diz Albornoz (2000, p.82) levara ao homem ao
encontro de uma melhor interatividade no desempenho de seu trabalho, e um
aproveitamento do seu tempo de lazer mais satisfatório, tornando possível a melhoria do
seu desempenho em seus afazeres no trabalho, à alienação do trabalho passara a ter
algum sentindo na vida do trabalhador, muitas vezes desmotivados e desencorajados em
seus afazeres, as pessoas se sentem frustradas e desanimadas, não tendo motivação para
melhoria em sua vida profissional, o que afeta a sua vida como um todo.
A condição de ser humano do trabalhador deve ser valorizada, a sua vida social
deve ser colocada na posição que merece, ou seja, em primeiro lugar, o homem sabe de
sua condição de finito, com o passar dos anos ele sabe que não terá condições de
realizar sonhos os quais ficaram pelo caminho, momentos pelos quais ele poderia ter
vivido com sua família, as empresas devem levar em consideração, que isso passa pela
mente do trabalhador, e repensar seus procedimentos, assim ele possa realmente ter um
maior desempenho no trabalho.
2. Objetivos:
Observar as alternativas adotadas no sistema produtivo na solução, ou na
tentativa de amenizar a situação alarmante vivida pela grande maioria da população nas
diversas áreas de trabalho.
Determinar as soluções mais recomendadas para alcançar uma sociedade mais
justa e igualitária, que coloque a questão humana em primeiro lugar.
Examinar a influência do Estado, na concepção da sociedade sobre os problemas
vivenciados pelo trabalhador e sua família.
Observar as políticas adotadas pelo Governo na solução, ou na tentativa de
amenizar a situação alarmante vivida pela grande maioria da população.
3. Método:
O método de abordagem é hipotético dedutivo, que se inicia pela percepção de
uma lacuna, dos conhecimentos acerca da qual formula hipóteses, e pelo processo de
interferência dedutiva, testa a predição da ocorrência de fenômenos abrangidos pela
hipótese.
Histórico porque consiste em investigar acontecimentos, processos e instituições
do passado para verificar sua influência na sociedade de hoje, comparativo fará
comparação do passado que são refletidos hoje na sociedade.
A pesquisa quanto aos objetivos será exploratória porque tem como objetivo
proporcionar maior familiaridade com o problema, visitas a torná-lo mais explicito ou a
construir hipóteses; descritivas, pois tem como objetivo a descrição das características
da população; explicativa porque tem como preocupação identificar fatos passados que
contribuíram na formação da sociedade.
Está pesquisa quanto aos procedimentos será bibliográfica por desenvolver a
partir de material já elaborado constituído principalmente de livros e artigos, científicos,
documental por se utilizar fundamentalmente das contribuições dos diversos autores
sobre determinado assunto.
4. Resultados:
Um melhor aproveitamento no tempo dos trabalhadores, com aumento nas horas
dedicadas a família e lazer, diminuindo as tensões e preocupações no âmbito do local de
trabalho, levando a um melhor desempenho no mesmo, com aumento de produção e
qualidade dos produtos, com essa mudança a ser adotada.
Levando a uma melhor condição na vida da sociedade, tornando a mais justa e
igualitária, dando oportunidade no desenvolvimento intelectual e psicológico do
trabalhador, consequentemente melhoria em sua saúde.
Levar uma massa de desempregados e estudantes de vários níveis, a uma
oportunidade de emprego e renda, para uma melhor condição de vida, diminuindo as
tensões e conflitos sociais e dependência do governo.
5. Conclusão:
Com todo esse processo evolutivo no trabalho, aonde a sociedade ira chegar,
sabemos que estamos em constante evolução, à história da humanidade, na questão do
trabalho, em nossa sociedade extremamente consumista.
Algo plausível para essas questões seria a diminuição da hora de trabalho, para
consequentemente o aumento do tempo para o lazer e a família, aumentando a sim a
produção, pois teríamos funcionários com seu emocional mais equilibrado e preparado
para as suas funções, e também teríamos um aumento na oferta de emprego, diminuindo
a grande massa de desempregados.
Todos poderiam ganhar com a diminuição nas horas trabalhadas, as empresas
com uma maior produtividade e qualidade na produção, e os funcionários com um
tempo maior para sua vida pessoal, afetiva e social.
Hoje podemos dizer que vivemos na era do desenvolvimento, com a busca cada
vez maior do conhecimento, e a necessidade de modificar a visão empreendedora e
priorizar a valorização do principal capital das empresas seus funcionários.
O reconhecimento da valorização do capital humano nas organizações e o
indivíduo como personagem gerador de conhecimento e agente do processo de
inovação, interagindo e compartilhando seus conhecimentos com os demais membros
do grupo ao qual ele está inserido no processo, passou a ser um novo momento para a
civilização.
Temos que ampliar essa visão, embutindo esse conceito no sistema capitalista,
para que as pessoas possam desfrutar de um maior tempo fora do trabalho, para
ocuparem esse tempo com o lazer e o conviver familiar, mas essas medidas não podem
levar a perda de rendimentos da classe trabalhadora, e sim com essa diminuição no
tempo dedicado ao trabalho o aumento da oferta de emprego.
Poderíamos deslumbrar nesse novo cenário, vagas de trabalho na indústria, no
comercio e em outros setores produtivos que fazem parte do sistema capitalista, com
isso aumentaria também o número de consumidores, com o aumento consumo o
rendimento das empresas, diminuindo a desigualdade social, pois mais pessoas teriam a
oportunidade de obter renda através do trabalho, deixando de viver através de projetos
sociais mantidos pelo governo.
Todas essas medidas levariam a diminuição no número de desempregados, o
custo dos Governos com a criminalidade também diminuiria, pois daria melhor
condição de vida à população carente, com recursos sendo direcionados para educação e
saúde.
Os funcionários teriam um melhor desempenho em suas funções nas empresas,
dessa forma todos ganhariam, e assim a vida em sociedade seria bem melhor, em um
futuro bem próximo e possível de acontecer, se os empregadores adotarem essas
medidas e esperarem certo tempo para que elas possam dar resultados, com o aumento
de seus ganhos, sendo isso o que realmente lhe interessam.
6. Bibliografia:
ALBORNOZ, Suzana. O Que é Trabalho, São Paulo: Editora Brasiliense, 2000.
ANTUNES, Ricardo. Adeus ao Trabalho? : Ensaio sobre as Metamorfoses e a
Centralidade do Mundo do Trabalho. São Paulo: Editora Cortez, 2002.
MORE, Thomas. A Utopia. São Paulo: Martin Claret 2003.
HOBSBAWM, Eric. Era dos Extremos: O breve século XX 1914-1991, São Paulo:
Companhia da Letras, 2005.
WEBER, Max. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo, São Paulo: Martin
Claret, 2003.
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