Pérolas do Tesouro – Capítulo 11
No Amor do Messias
Amamos o Messias?
Por que O amamos? Por ser Ele o Salvador? O Redentor? O Filho do Eterno?
É sentimento? Como sabemos ser esse Amor?
Como poderemos amá-Lo?
Só O amamos, se o nosso amor fizer a “união”, a “fusão”, o “elo”, na semelhança de Seu
Amor.
A “união” nos revela a vivência no Amor que Ele é, e desse Amor nos “emana” o Poder de
amar como Ele ama.
Só esse é o verdadeiro amor, por vir do Único Amor, gerado, criado pelo Eterno no Messias.
O Poder desse Amor em nosso amor nos liberta de medo, tristeza, preocupação, angústia,
raiva, ódio, perturbação, resignação, conformação, apatia, desamor, impaciência, desespero, depressão,
aflição, tédio, frieza, indiferença. Todas essas coisas sentimos, por “termos” uma forma humana (mente),
que confunde amor com a forma humana de gostar: de acordo com as circunstâncias, deixamos de gostar
(a afeição cessa), e passamos a falar frases como “não gosto de fulano(a), porque ele(a) não gosta de
mim”; “não gosto dele(a), porque é mau caráter”; “não vou com a cara dele(a)”; “não faço nada por
ele(a), porque ele(a) nada faz por mim; “não gosto mais dele, o amor acabou”...
Na “fusão”, na “união” do nosso amor ao Amor do Messias, o amor não acaba. É perene. É
eterno.
Nesse amor, não se olham os defeitos de outrem; não se vêem as diferenças – lida-se com
elas. Desculpamos aqueles que se dizem nossos inimigos, aos que nos fazem mal. Não guardamos mágoa,
ressentimento. Oramos por aqueles que nos traem – como nos ensinou o Messias, quando disse: “Pai,
perdoa-lhes; porque não sabem o que fazem”1...
A “união” de nosso amor ao Amor do Messias é que nos dá a firmeza e a segurança, para
passarmos pelas tribulações, sem revolta; aceitarmos as dificuldades sem sofrimento.
Nada do que passamos nos afasta do Amor do Messias, pela “revelação” do nosso amor no
Seu Amor.
Temos o discernimento do que Iaurrushua nos ensinou, quando disse “Referi-vos essas
coisas para que tenhais a paz em mim. No mundo haveis de ter aflições. Coragem! Eu venci o mundo.”2
“Quem nos separará do Amor do Messias? A tribulação? A angústia? A perseguição? A
fome? A nudez? O perigo? A espada? Realmente, está escrito: ‘Por amor de ti somos
entregues à morte o dia inteiro; somos tratados como gado destinado ao matadouro’. Mas,
em todas essas coisas, somos mais que vencedores pela virtude daquele que nos amou. Pois
estou persuadido de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o
presente, nem o futuro, nem as potestades, nem as alturas, nem os abismos, nem outra
qualquer criatura nos poderá apartar do amor que o Eterno nos testemunha no Messias
Iaurrushua, nosso Salvador”3.
Iaurrushua ben David ben Avraham Vivo é o Amor gerado, criado pelo Eterno. Só na
“união” do nosso amor a Seu Amor é que amamos o Eterno, sobre todas as coisas, inclusive nós mesmos,
e o Messias e o próximo, como a nós mesmos.
Isso não é, apenas, um querer, ou um desejar – só na “fusão” do nosso amor ao Seu Amor
teremos a “revelação” desse Poder.
Foi com esse Amor que Ele “nos amou primeiro”4! Isso, então, nada tem a ver com quem foi
o primeiro a amar!
Na “união” ao Amor do Messias, passamos por todas as circunstâncias, como se não as
passássemos; podemos “amar os inimigos”5, fazermos o bem a quem nos faz o mal...
1
Lucas, 23:34.
João, 16:33.
3
Romanos, 8:35-39.
4
I João, 4:19.
5
Mateus, 5:44.
2
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Pérolas do Tesouro – Capítulo 11
O Messias disse: “Se Me amas, faz o que eu faço”6. Só à semelhança do Seu Amor, na
“união” do nosso amor ao Seu Amor que “recebemos” o “Poder” de amar o próximo como nós mesmos:
dar a outrem o que gostaríamos de receber; ser uma benção na vida de alguém; conviver com as
diferenças; respeitar e amar o outro, com seus defeitos, e não querer modificá-lo, para que ele seja como
gostaríamos que fosse.
Somente na “união” de nosso amor ao Seu Amor, alcançamos a Paz do Messias – a única, no
interior, aquela que é do Seu Amor. Podemos, assim, declarar que somos a Paz que Ele nos anunciou,
quando disse: “Deixo-vos a paz, dou-vos a minha Paz. Não vo-la dou como o mundo a dá”7...
Nosso amor no Seu Amor: se não houver essa “fusão”, essa “união”, Sua Paz não se “revela”
em nós.
Não é o Amor d’Ele por ti – é o Seu Amor em ti, dentro do teu amor!
Caso contrário é engano, dissimulação, mentira! – porque, o “amor” do homem (o gostar!) é
um “sentimento” que se esvai, de acordo com as circunstâncias e os interesses: tanto se ama, quanto se
deixa de amar. O “amor” do coração do homem não é amor! Esse é mais um disfarce da mente no
homem, com que o adversário busca assumir o comando...
... E, como realizar a “união” do nosso amor ao Amor do Messias?
É fazer o Messias viver em nossa vida.
“Eu vivo, mas já não sou eu; é o Messias que vive em (dentro de) mim”.8
Tal é razão pela qual, no “Pai Nosso”, pedimos: “E, não nos deixes ceder às nossas próprias
vontades”.
“Quem ama seu pai ou sua mãe mais que a mim, não é digno de mim. Quem ama seu filho
mais que a mim, não é digno de mim”9.
A “união” ao Amor do Messias é um “esvaziamento” do nosso amor em Seu Amor – para
que a Emanação do Amor que Ele é viva em nós.
Não é uma atitude nossa para com o Messias. É a Emanação do Poder do Amor que o
Messias é em (dentro de) nosso amor.
Somente, assim, vivenciamos o “(...) Amai-vos uns aos outros. Como eu vos tenho amado,
assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. (...) amai-vos uns aos outros, como eu vos amo”10.
Não conseguimos amar nada nem ninguém, se não for na fusão, na união com o Amor que
Iaurrushua ben David ben Avraham Vivo é.
Eis por que, Iaurrushua ben David ben Avraham Vivo é o Intermediário entre nós e o Eterno:
não entre a mente e o Pai, e sim, pela emanação de Seu Amor no espírito-filho – para o homem amar o
Eterno.
Esse é o discernimento da oração do Messias ao Pai:
“Não rogo somente por eles, mas também por aqueles que por sua palavra hão de crer em
mim. Para que todos sejam um, assim como tu, Pai, és em mim e eu em ti, para que também
eles sejam em nós e o mundo creia que tu me enviaste. Dei-lhes a glória que me deste, para
que sejam um, como nós somos um: EU NELES E TU EM MIM (na fusão de Seu Amor),
para que sejam perfeitos na unidade e o mundo reconheça que me enviaste E OS AMASTE,
COMO AMASTE A MIM. Pai, quero que, onde eu sou, sejam comigo aqueles que me deste,
para que vejam a minha glória que me concedeste, porque me amaste antes da criação do
mundo. Pai justo, o mundo não te conheceu, mas eu te sei, e estes sabem que tu me enviaste.
Manifestei-lhes o teu nome, e ainda hei de lho manifestar, PARA QUE O AMOR COM QUE
ME AMASTE SEJA NELES E EU NELES”11.
6
João, 14:15.21.23.24.
João, 14:27.
8
Gálatas, 2:20.
9
Mateus, 10:37.
10
João, 13:34 e 15:12.
11
João, 17: 20-26.
7
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