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Tiro e
Queda
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CORBÉLIA
Cascavel, 12 de fevereiro de 2014
Roubo
Tráfico
Eloir da Silva Machado, 23 anos foi preso por tráfico de drogas
na madrugada de ontem na Rua Adoniran Barbosa, no Brasília,
com oito pedras de crack que segundo ele seriam entregues
para um usuário. Na casa do rapaz, os policiais encontraram
mais três pedras de crack e uma balança de precisão.
Violência em Cascavel em 2014
Um homem de 41 anos foi preso por policiais
militares após roubar um telefone celular em uma
casa na Rua do Rosário, no Centro de Cascavel.
Após o roubo, o homem foi encontrado próximo
ao local do crime, com o objeto do roubo.
Mortes violentas
Tentativas de Homicídio
Acidentes com vítima
Mortes no trânsito
Assaltos
Veíc. roubados/furtados
07
15
267
07
58
21
SERVIDORES ACUMULAM FUNÇÃO PARA EVITAR FUGAS
Sem efetivo, delegacia fica abandonada
AÍLTON SANTOS
esmo com superlotação, a cadeia pública da
Delegacia da Polícia Civil de Corbélia sofre com a falta de agentes carcerários da
Seju (Secretaria da Justiça,
Cidadania e Direitos Humanos). A estrutura não possui
um ser vidor sequer para o
trabalho na área de detenção
e outros funcionários públicos precisam comprometer
investigações para suprir a
deficiência do Estado.
Para evitar fugas em massa,
um investigador e uma escrivã
acumulam outras obrigações e
sofrem as consequências do
desvio de função. “Exercemos
o cuidado dos presos. Ficamos com nosso trabalho comprometido, pois temos que
levar comida, fazer transportes para audiências e manter
o cuidado do local”, diz a escrivã, Vera Teresinha Fortti.
O maior problema ocorre
quando há registros de ocor-
M
rências, em Corbélia ou cidades vizinhas. A cadeia fica totalmente abandonada, sem
quem possa garantir que os
detentos não tentem fugas, já
que os servidores precisam
deixar o posto para desempenhar a função. “Nos fins de
semana, quando há casos de
acidentes de trânsito, por
exemplo, o investigador precisa abandonar a delegacia,
deixar sozinha para verificar o
caso. Isso é inadmissível”,
ressalta a escrivã.
Para protestar contra a situação, os servidores decidiram
fixar faixas na delegacia de Corbélia. A expectativa é que o Estado constate e resolva a situação o mais rápido possível. A
carceragem do município mantém o dobro de detentos que a
capacidade máxima da estrutura comportaria. O prédio construído para 22 presos possui atualmente 46. Para desempenhar
o serviço na carceragem seriam
PRESOS FORAGIDOS
AÍLTON SANTOS
A maioria dos presos que fugiram anteontem da 46ª
Delegacia Regional de Matelândia continua foragida.
Na madrugada de segunda para terça-feira outros três
foram recapturados ainda em Matelândia. Os outros 13
continuam com o paradeiro desconhecido. A fuga foi de
22 presos, que usaram um buraco que havia na parede
para escapar pelo solário da delegacia que tem espaço
para 51, mas abrigava 117. A Polícia Civil continua a
procura dos demais foragidos que tiveram os nomes
divulgados: Alexandre Scheurer; André Luiz Henicka;
Bernardo Ramon Benites de Oliveira; Cleber Waib
Ramos, Daniel Lopes Rezer; Helinton Borges Machado;
Pedro do Nascimento da Silva; Rafael Rio Branco Chem;
Robson Nonato Santana; Thiago Nonato Santana; Tiago
Andres Paula da Silva; Luis
Carlos Torres; Cleverson
Antonio da Silva.
Faixas estão fixadas na frente da delegacia de Corbélia para cobrar uma solução
necessários cinco agentes, conforme reivindicação feita ao Sinclapol (Sindicato das Classes
Policiais Civis do Estado do Paraná). Também são cobrados
mais servidores de carreira para
atender a demanda das cidades pertencentes à delegacia,
como Corbélia, Cafelândia,
Anahy, Braganey e Iguatu. A reportagem tentou ouvir a Seju,
mas até o fechamento desta
edição, os questionamentos
feitos por meio da assessoria
de imprensa não foram respondidos. (Josimar Bagatoli)
Dobro de agentes
Em todo o Estado, a classe sindical aponta defasagem no
efetivo. Pela estimativa do Sinclapol seria preciso dobrar o
total de agentes carcerários no Paraná. A falta de
servidores para desempenhar a função nas delegacias põe
em risco a vida dos profissionais e também da população.
“O policial corre risco e o criminoso tem ao seu favor a
impunidade. Ele sabe que o policial não terá tempo para
investigar. Isso gera insegurança”, ressalta o presidente da
Diretoria Executiva do Sinclapol, André Luiz Gutierrez.
Por isso, em todo o Estado, os policiais prometem
paralisar todas as atividades em carceragens, para evitar
o desvio da função. (JB)
CASCAVEL
Categoria discutirá desvio de função em assembleia
O Sinclapol (Sindicato das
Classes Policiais Civis do Estado do Paraná) iniciou ontem
assembleias extraordinárias
com a categoria paranaense
para discutir a situação caótica nas carceragens. Ontem
os policiais estiveram reunidos em Curitiba, hoje estarão
em Londrina e amanhã em
Cascavel, a partir das 19h, na
sala de reuniões da 15ª SDP
(Subdivisão Policial).
Os policiais cobram progres-
sões e promoções atrasadas e
contratação dos aprovados em
concurso público. A assembleia
servirá para definir paralisação geral das atividades carcerárias pelo desvio de função
e reivindicar aumentos salariais. “Queremos que o governo
nos trate com respeito e as
contratações sejam efetivadas. São 450 aprovados na
espera para assumir o cargo. Esperamos que sejam chamados”,
afirma André Luiz Gutierrez.
Pela avaliação do sindicato, o Paraná possui 4,5 mil policiais civis. Pela legislação
seriam necessários seis mil.
Porém, com a atual situação
no Estado, a categoria aponta uma defasagem ainda maior: seriam necessários 11 mil
policiais civis. (JB)
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