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ORPLANA INFORMA N° 15 – 15 de Abril de 2013
PREÇOS DO AÇÚCAR, DO ETANOL ANIDRO E HIDRATADO CARBURANTE E DO
ETANOL HIDRATADO INDUSTRIAL AUMENTAM
POSIÇÃO: Semana de 08 a 12/04/2013
1. Preços médios do açúcar no mercado SPOT e
levantados pelo CEPEA/ ESALQ
SEMANA
01 a 05/04/2013
PRODUTO
ABMI – R$/saco
do etanol
VARIAÇÃO
08 a 12/04/2013
R$
R$/kg
ATR
R$
42,83
1335,10
1214,20
1262,10
0,4516
0,4742
0,4499
0,4676
42,98
1349,10
1285,80
1289,20
R$/kg ATR
R$
%
0,15
0,35
14,00
1,05
EHC – R$/m3
71,60
5,90
EHI – R$/m3
27,10
2,15
Dólar – R$
2,0137
1,9799
-1,68
0,0338
Figura 1. Comportamento dos preços do kg de ATR do ABMI, EAC, EHC e
EHI no mês de ABRIL de 2013.
EAC – R$/m3
0,4532
0,4790
0,4764
0,4777
,
2. Preço líquido do açúcar ao produto
PRODUTO
ABMI
01 a 05/04/2013
25 a 29/03/2013
R$/t
R$/saco
R$/t
R$/saco
R$/t
R$/saco
%
796,60
39,83
799,43
39,97
2,83
0,14
0,35
VARIAÇÃO
O preço do açúcar no mercado SPOT apresenta no mês de Abril uma queda
de 1,3% (R$ 10,60/t), e na safra apresenta uma queda de 0,7% (R$ 5,62/t ou
R$ 0,28/saco).
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3. Projeção de preços semanal
A projeção de preços da safra 2013/2014 apresentada a seguir, foi
elaborada com base nos preços do açúcar e do etanol praticados no
mercado interno, divulgados pelo CEPEA/ESALQ e da cotação de preços
médios de açúcar branco e VHP, projetados com base na Bolsa de Nova
York.
Mês
PROJEÇÃO SEMANAL
1ª
0,4444 0,4444
Abril/13
2ª
0,4447 0,4447
Fechamento
3ª
4ª
4. Mercado Futuro
No mercado futuro, os preços do açúcar da Bolsa de Nova York e os
preços do Etanol Hidratado posto Paulínia (SP) fecharam a semana de 08 a
12/04/2013 em alta; enquanto que a cotação do dólar fechou a semana em
queda, em relação à semana anterior (01 a 08/04/2013 ).
Figura 2. Comportamento dos preços do açúcar de mercado interno
(ABMI) e externo (ABME e AVHP), projetado para o mês de abril de 2013 SAFRA 2013/2014.
80
TIPOS DE AÇÚCAR
70
R$ POR SACO DE AÇÚCAR
60
50
40
30
20
A
B
R
I
L
A
B
R
I
L
A
B
R
I
L
10
5. Variação dos preços líquidos do etanol anidro carburante (EAC), do
etanol hidratado carburante (EHC) e industrial (EHI), devidos ao produtor,
praticados no Mês de março e na Safra 2012/2013.
VARIAÇÃO
Mês
Safra
EAC
1,0
0,9%
EHC
5,9
6,9%
EHI
2,1
5,1%
Figura 3. Comparação entre os preços do Açúcar de Mercado Interno
(ABMI), expresso em preço do etanol anidro e os do Etanol de todos os
tipos, projetado para o mês de abril de 2013 - SAFRA 2013/2014.
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1500
R$/m3 de anidro
1400
1300
1200
1100
1000
900
ABMI
EAC
EHC
EAI
EHI
EAE
EHE
ATIVIDADES DA SEMANA
Dia 12 – A Assessoria Técnica participou da Reunião do Grupo Técnico da
ORPLANA REALIZADA na Sede da ORPLANA, em Piracicaba, para tratar dos
seguintes assuntos: 1. Avaliação do Protocolo Agroambiental do Setor
Canavieiro – Apresentação por representante de cada Associação – Participação
de: Carlos Eduardo Beduschi (DDS/SMA) e Carolina Matos, da Secretaria do Meio
Ambiente; Marli Dias Mascarenhas Oliveira, Katia Nachiluk e Rejane Cecilia
Ramos, do IEA; 2. Noticias sobre a elaboração do CAR – Carlos Eduardo
Beduschi – SMA; 3. Financiamento de Colhedoras de cana-de-açúcar –
Posicionamento; 4. Safra 2012/2013: Fechamento da Safra (MIX de Produção e
de Comercialização em 01/04/2013); Qualidade da matéria prima; Custos de
Produção – Março de 2013;
5. Safra 2013/2014: Mix e Curva de
Comercialização, provisórios; Projeção de preços para abril; estimativa de
produção de cana de fornecedores; 6.Outros assuntos. Participaram da AGO,
representantes das Associações de Fornecedores de Cana de: Andradina,
Araraquara, Assis, Bariri, Barra Bonita, Capivari, Guariba, Jaú, Lençóis Paulista,
Monte Aprazível, Orindiuva, Ourinhos, Piracicaba, Santa Bárbara D’Oeste,
Serrana e Sertãozinho.
NOTICIAS DA SEMANA
Nordeste produzirá menos cana-de-açúcar devido à seca
A seca derrubou a produção de cana-de-açúcar no Norte e Nordeste do
Brasil, destaca nesta quinta-feira a Organização Internacional do Açúcar (OIA) em
relatório mensal. Segundo a entidade, a atual safra 2012/2013 não deve alcançar
60 milhões de toneladas na região. A produção do Centro-Sul do Brasil, porém,
surpreende no fim desta safra e foi destacada positivamente pela entidade.
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Confirmada a previsão para a região Norte e Nordeste, essa será a primeira
vez desde a safra de 2006/2007 que o patamar de 60 milhões de toneladas não
será alcançado. Na safra passada, por exemplo, foram 65 milhões de toneladas na
região. Com a menor produção no campo, as usinas também processaram menos.
Para a OIA, a produção de açúcar na região deve cair 400 mil toneladas em relação
à safra passada, para 4,2 milhões de toneladas. Em meio às notícias negativas, a
entidade observa, porém, que a menor produção pela seca será ´parcialmente
compensada´ pelo maior teor de sacarose na região.
No Centro-Sul do Brasil, porém, o tom é outro. A OIA ressalta o recorde na
exportação de açúcar em janeiro. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, o País
embarcou 2,3 milhões de toneladas no mês passado, novo recorde histórico para o
mês. Segundo o relatório da OIA, no acumulado da safra, no entanto, as
exportações totais do País somam até agora 23,07 milhões de toneladas, menos
que as 24,93 milhões de toneladas exportadas em 2011/12 e das 27,49 milhões de
toneladas de 2010/11, o maior volume da série histórica.
Ambientalista critica decisão e defende outras opções
A inclusão das térmicas a carvão em novos leilões de energia é o início de
um pesadelo ambiental para muitas organizações ligadas ao meio ambiente, as
quais já davam o assunto como caso encerrado. A perspectiva de crescimento das
chamadas senergias renováveis - usinas hidrelétricas, eólicas e de biomassa afastariam de vez a aposta em projetos criticados por serem poluentes, sepultando
de vez as térmicas movidas a carvão mineral, óleo combustível, gás e energia
nuclear. O governo, no entanto, já deixou claro que não abrirá mão dessas fontes
para garantir a geração do país e afastar qualquer possibilidade de racionamento de
energia.
"Vemos essa decisão com muita preocupação. Era o momento de abandonar
isso. O carvão brasileiro é de péssima qualidade, gera altíssimo grau poluente,
além de ser muito caro", diz o especialista Carlos Rittl, coordenador do programa
mudanças climáticas de energia da organização World Wide Fund for Nature (WWF)
no Brasil.
Nas entrelinhas, a decisão do governo de retomar as térmicas carrega
outros significados. Nos últimos anos, a construção de grandes hidrelétricas na
Amazônia - como Jirau (RO), Santo Antônio (RO) e Belo Monte (PA) - só foi para
frente após o governo alterar esses projetos para que tivessem impacto "reduzido",
utilizando turbinas baseadas em "fio d´água", sistema que aproveita o fluxo natural
do rio para gerar energia, dispensando a necessidade de construir grandes
reservatórios. Por diversas vezes, o governo já lamentou ter que adotar essa
alternativa para viabilizar as hidrelétricas. Agora, para alguns especialistas do
setor, a retomada das térmicas soa como uma "resposta" para esse caminho
escolhido pelo país. A leitura é mais ou menos assim: não querem os grandes
reservatórios? Então, agora, aguentem as térmicas.
Com o retorno das térmicas à matriz energética, volta à mesa de discussão
a possibilidade de se construir usinas com reservatórios maiores. Para Carlos Rittl,
da WWF, é uma visão equivocada. "Temos os projetos de eólicas, biomassa e solar
mostrando bons resultados. Todas as fontes geram algum impacto, mas se forem
implantadas de forma adequada, com planejamento, esse impacto é reduzido",
comenta Rittl. "Não se trata de ser contra usina hidrelétrica, por princípio, mas é
preciso que haja uma análise integrada desses projetos. Acredito que escolhas
melhores podem ser feitas. Falta diálogo."
Na Conferência de Copenhague, o governo brasileiro assumiu o
compromisso de que suas emissões de CO2 não poderão ultrapassar 680 milhões
de toneladas até 2020. Segundo a Associação Brasileira de Carvão Mineral (ABCM),
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o acionamento de novas térmicas no país não compromete essa meta. "O Plano
Decenal de Energia aponta que o país vai gerar 622 milhões de toneladas até 2020.
Se esses projetos entrarem em operação, estamos falando só de 10 milhões de
toneladas a mais. Temos, portanto, uma gordura de 48 milhões de toneladas pela
frente", diz Luiz Fernando Zancan, presidente da ABCM.
A MPX Energia, de Eike Batista, diz que tem investido pesado para reduzir o
impacto de seus projetos. A Usina Termelétrica Sul Catarinense (USITESC) estima
que 25% do investimento de R$ 1,6 bilhão que fará, será empregado em ações
para mitigar o impacto ambiental. Projeta-se reaproveitamento de rejeitos para
tapar minas e até uso de cinzas para recuperação de solos com baixo teor de
nutrientes.
É lamentável ver que o país segue na contramão de um movimento global. A
Índia, por exemplo, investe hoje 100 vezes mais que o Brasil em energia solar. Em
2011 nós gastamos US$ 50 milhões nesses projetos. Os indianos colocaram US$ 5
bilhões na energia solar, diz Carlos Rittl, do WWF Brasil. 09/04/2013.
Brasil busca a primeira cana transgênica
Produtores de cana vão poder contar nos próximos anos com variedades
transgênicas. Assim como ocorreu com a soja e o milho há quase 20 anos, agora é
a vez do setor canavieiro. Já estão sendo feitos testes e pesquisas no Brasil com
espécies que devem resistir mais às condições climáticas do nosso país.
Um dos desafios do setor sucroalcooleiro tem sido encontrar variedades
resistentes a condições climáticas como a seca e o excesso de chuvas em algumas
regiões, e a pragas, mas mantendo a produtividade e o teor de açúcar acima do
normal. Países como Brasil - que é o maior produtor mundial da cana -, Indonésia,
Argentina e China estão na corrida para ver quem consegue lançar a primeira
variedade de cana-de-açúcar transgênica.
O mercado, diante da necessidade de incremento da produção, já pressiona
os pesquisadores. Os estudos são regulados pela Comissão Técnica Nacional de
Biossegurança, a CTNBI, e os trabalhos são submetidos a aprovação para chegar ao
mercado. 09/04/2013.
Agronegócio: O setor que acontece – Celso Ming
Tanto a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) como o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) confirmam a perspectiva de uma
SUPERSAFRA agrícola nesta temporada: aumento da produção física de 10,8% e
12,0%, respectivamente, sobre os números de 2012.
Há quatro observações sobre esse sucesso da economia, em contraste com
o que acontece em outros setores.
Primeira: a agricultura vai bem, apesar das pragas novas, do governo e da
política econômica. O setor não vem sendo contemplado com recursos oficiais e
atenções como a indústria. As autoridades vão dizer que há nada menos que R$
133 bilhões em crédito rural programado para o setor. Mas a maior parte desses
recursos provém do sistema bancário – e não de renúncias tributárias.
Segunda: ainda há áreas do governo que não reconhecem nem o dinamismo
nem os avanços tecnológicos da agricultura brasileira. É gente que a vê com má
vontade, como reduto de ruralistas, dos desmatadores, da produção de baixo valor
agregado, das monoculturas – e não como ponta de lança da modernidade.
Terceira observação: o avanço do agronegócio acontece embora haja outra
séria limitação, flagrada todos os dias na TV e nos jornais. Trata-se da enorme
precariedade de infraestrutura, de armazenamento e do escoamento por rodovia e
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ferrovia e instalações portuárias. A esperteza do agricultor de usar caminhão para
proteger a colheita das intempéries já deu o que tinha de dar.
Quarta: a SUPERSAFRA pouco poderá contribuir para neutralizar a disparada
dos preços dos alimentos. No que corresponde às commodities (principalmente os
grãos, como milho, soja e trigo), as cotações são definidas em bolsas internacionais
de mercadorias. Não basta que a produção nacional seja forte; é preciso que, em
todo o mundo, não haja desequilíbrios, de oferta ou de procura. E, no resto, há
sempre o fator surpresa, que pode colocar muito a perder. A inflação do tomate e
do chuchu tem a ver com o mau desempenho dos cinturões verdes dos grandes
centros urbanos.
Mesmo com excelente desempenho, o impacto da agropecuária no resultado
do setor produtivo é baixo, por pesar só 5% no PIB nacional. Como fornecedor de
empregos, também pesa cada vez menos. A mecanização se tornou bem mais
intensiva. Isso não acontece somente porque a mão de obra debandou para as
cidades, mas também por exigências ambientais e técnicas. A colheita de cana-deaçúcar, uma das principais culturas do Brasil, já não pode ser feita manualmente,
como antes. Esse processo, no qual ocorre a queima da palha, traz consequências
nocivas para o meio ambiente. A do café, outro grande empregador de mão de obra
no passado, também vai passando por mecanização intensiva para assegurar
melhor qualidade da bebida.
Mas não dá para menosprezar os efeitos benéficos para a economia do
interior, para os resultados do comércio exterior (especialmente em consequência
das exportações de commodities). Mas sem um plano adequado de
desenvolvimento e da modernização da infraestrutura, todo o setor, hoje pujante,
corre o risco de entrar em colapso. 10/04/2013.
Gripe ou Pneumonia? - Arnaldo Luiz Corrêa
A semana foi de atividade absolutamente enfadonha com o mercado de
açúcar em NY negociando num intervalo de preços circunscrito a meros 10-15
pontos por horas a fio. Mas eis que chega a sexta-feira e o mercado resolve fazer
alguma coisa. Afinal, com os fundos sentados encima de uma posição de mais de
115.000 contratos vendidos, qualquer gripe vira pneumonia. Quase 6 milhões de
toneladas de açúcar equivalente vendidas a descoberto. Um recorde. No entanto, é
bom que se diga os fundos precisam vender uma quantidade de lotes cada vez
maior para mover o mercado um ponto para baixo.
NY chegou a negociar 18,15 centavos de dólar por libra-peso na sexta, a
mais alta cotação dos últimos 13 pregões, encerrando a semana com variação
positiva de 38 pontos ou 8,38 dólares por tonelada no vencimento maio/13,
encerrando a 18,03 centavos de dólar por libra-peso. Nos demais meses de
vencimento, as variações foram positivas até outubro/2014. Pouca coisa, entre 1 e
4 dólares por tonelada. E ligeira queda no março/2015 em diante (menos de 2
dólares por tonelada).
Na sexta-feira, houve um negócio (300,000 litros apenas) de hidratado no
mercado à vista a R$ 1,5700/litro com impostos, o que dá a quase 22 centavos de
dólar por libra-peso equivalente açúcar. Excesso de chuvas e medo de atrasos
maior nesse inicio de safra deve ter incentivado o comprador a pagar esse preço.
Está certo que não representa mercado, mas deixa todo mundo com a orelha em
pé. Hidratado com 400 pontos de prêmio sobre açúcar é coisa rara.
O SUPERÁVIT global continua a dar o tom baixista ao mercado que não
resiste por muito tempo a uma recuperação de preços e atrai um grande volume de
fixação. Isso é fato. O inicio da safra brasileira limita ainda mais incursões no
território dos 19 centavos de dólar por libra-peso. A Tailândia termina sua safra
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com uma produção de 9.6 milhões de toneladas, exportando 7.2 milhões. A
vulnerabilidade da enorme posição vendida a descoberto dos fundos e chuvas e
atrasos podem mudar o panorama cinzento de preços.
A desregulamentação do mercado indiano vai modificar a maneira como os
negócios de açúcar são feitos naquele país. As principais tradings do planeta estão
atentas sobre oportunidades nesse mercado, que deve ganhar novos participantes
estrangeiros com possíveis aquisições de usinas de pequeno e médio porte. A coisa
vai mudar. O governo autorizou as usinas a vender sua produção de açúcar no
mercado livre, sem restrições, algo que era controlado há décadas. O setor de
açúcar na Índia passará por um longo período de consolidação e crescimento.
Alguns estimam que o setor poderá dobrar em 5-6 anos. O Brasil que se cuide.
O contrato futuro de etanol hidratado da BM&F Bovespa apresenta uma
posição em aberto de apenas 2.750 lotes, muito pouco. O volume tem sido
pequeno diante da necessidade de hedge do setor. E as dificuldades de utilizar o
contrato de açúcar em NY para atender a um possível hedge de etanol anidro e
hidratado tropeçam na baixa correlação entre os preços negociados no mercado à
vista de anidro e hidratado e futuro de açúcar em NY. Por exemplo, a correlação do
hidratado com NY esta safra tem uma aderência de 0,5321. Isso equivale a dizer
que se alguém usou NY para hedgear o hidratado, “errou” em 47% das vezes. Com
o anidro o erro sobe para 75%. Risco difícil de gerenciar. Já tivemos correlações
entre os dois ativos e NY próximas de 95% em 2010/2011.
Não vai haver novo aumento da gasolina. A presidente da Petrobras
descartou nova elevação de preços. Um leitor atento nos alerta que ao ler a ata do
Copom, viu que o BC trabalha com projeção de aumento de 5% para o acumulado
de 2013, aumento que, portanto, já foi dado.
O custo de produção de açúcar no Centro Sul teve uma escalada nos últimos
5 anos. Convertido em reais por saca posto usina, o custo médio em 2008 foi de R$
21,5881/saca; em 2009 pulou para R$ 22,9162/saca variação bem acima do IGPM
que naquele ano teve variação negativa de 1,71%. Em 2010, cresceu para R$
26,7492/saca. Aliás, nos últimos três anos o custo de produção subiu
consistentemente acima de 16% ao ano. No ano passado, foi de R$ 36,4206/saca.
Em média, o custo tem subido 2 pontos percentuais acima do IGPM.
A 2ª estimativa da safra 2013/2014 para o Centro Sul, divulgada pela Archer
Consulting a seus clientes dia 1º de abril é de 585 milhões de toneladas, para a
produção de 36,406 milhões de toneladas de açúcar e 24,748 bilhões de litros de
etanol.
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ORPLANA INFORMA N° 15 – 15 de Abril de 2013