Newsletter nº 101/2013 – Ano 4 Data: 19/04/2013
CTLOG SE REÚNE EXTRAORDINARIAMENTE PARA DISCUTIR
ESCOAMENTO DA SAFRA 2013
A Câmara Temática de Infraestrutura e Logística do Agronegócio
do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) se reuniu nesta quarta-feira (17), na Confederação da Agricultura e Pecuária
do Brasil (CNA) para a 1ª reunião extraordinária de 2013. A ACEBRA
esteve representada pelo seu superintendente Roberto Queiroga.
O presidente da Câmara Temática, José Torres, iniciou a reunião
lembrando do compromisso que o setor deve ter com a questão da
logística. “Precisamos ampliar os debates, identificar os problemas e
contribuir com ações junto às administrações responsáveis”, salientou.
O secretário de Desenvolvimento e Cooperativismo, Caio Rocha,
esteve presente ao encontro e garantiu que o sistema de logística e
transportes do Brasil é umas das principais pautas do Governo Brasileiro. “A safra de 2013 está estimada em 185 milhões de toneladas. É
uma previsão animadora, mas precisamos reestruturar a logística. O
Plano Nacional de Armazenagem do Governo Federal está em desenvolvimento e deve ser lançado em breve”, disse.
Sobre as medidas emergenciais de acompanhamento do escoamento e gerenciamento de crise da safra 2013, o consultor de logística da CNA, Luiz Antônio Fayet, lembrou a todos que há 50 anos o
Brasil era apenas um importador de alimentos, porém hoje a história
mudou. “Até o fim desta década, este país se tornará o maior supridor
do mercado internacional de exportações de produtos do agronegócio”, garantiu. Para ele, é preciso que haja consciência da transformação estrutural que está em curso.
Fayet queixou-se ainda da falta de apoio e do limitado horário de
funcionamento das instituições públicas no Porto de Santos, além de
outros problemas que foram detectados. Disse ainda que falta um
programa de gestão para organizar a estrutura portuária. “Estamos
falando sobre isso desde 2005 e o problema aconteceu conforme
prevíamos. A presidente Dilma Rousseff está pagando uma conta
que não é dela. Vamos passar de três a cinco anos penando ainda”.
Esse ano, segundo ele, só é possível minimizar os problemas organizando e articulando órgãos.
Os andamentos dos trabalhos do GT que discute a Lei dos Motoristas também foram debatidos na reunião. O grupo apresentou no
decorrer dos trabalhos dois blocos de sugestões: um refere-se às relações de trabalho, legislação trabalhista e de regras
de trânsito; o outro bloco trouxe questões institucionais e
operacionais. “A legislação deveria remeter para uma regulamentação infra legal as adequações das peculiaridades dos
diversos tipos de transporte e as diversas características do
país. Ou seja, deixar de ser regulado pela lei e passar esta
regularização para as instituições que já existem”, relatou.
Após o gerente de Projetos ambientais na Confederação
Nacional do Transporte (CNT), Vinicius Ladeira, afirmar que a
maior preocupação da CNT é em relação ao prazo sugerido
pelo grupo de cinco anos de adiamento para a lei entrar vigor, Roberto Queiroga garantiu que “se o governo conseguir
que em menos de cinco anos todas as exigências segam feitas, o prazo pode até ser diminuído. Vale destacar que quem
sugeriu os cinco anos foi a própria ministra Gleisi Hoffmann”.
Seguindo, o coordenador logístico da Aprosoja, Edeon Vaz, apresentou o Plano Hidroviário Estratégico (PHE). O projeto tem como
foco viabilizar o desenvolvimento do transporte hidroviário de todas
as bacias e vias navegáveis, com investimento do BNDES. “As hidrovias também carecem de uma infraestrutura que permita a elas ser
em mais competitivas. Mesmo com toda a precariedade, levar a colheita pelas estradas é mais rápido e mais barato. Só que poderia ser
muito vantajoso”, explicou o consultor Luís Antônio Fayet.
Fayet também tratou sobre a questão da cabotagem. “Desde 2007
estamos avisando o governo sobre a redução de custos de frete da
cabotagem brasileira e os outros problemas”. A Agência Nacional de
Transportes Aquaviários (Antaq) tem registro de 140 embarcações
das quais a metade é utilizada para transporte de petróleo e derivados. “Todo esse potencial marítimo e fluvial que temos é subaproveitado com essa frota ínfima”, apontou.
Durante a audiência, Luís Antônio Fayet também defendeu que o
governo invista na cabotagem para iniciar um processo de alteração
da matriz de transportes nacional. “Com toda a extensão do litoral
brasileiro e o volume de águas fluviais, nossa matriz deveria ser aquaviária e não terrestre. Isso reduziria, além dos custos de logística, o
impacto ambiental ocasionado pela sobrecarga da malha rodoviária”,
defendeu.
Para finalizar, Roberto Queiroga questionou o secretário da Carlos Alberto Batista sobre as propostas que a ACEBRA havia enviado
à Secretaria de Políticas Agrícolas sobre o Plano Agrícola e Pecuário
2013/2014. Uma delas foi incluir no PSI as obras civis na armazenagem. “Tivemos uma resposta do diretor do Departamento de Economia Agrícola da SPA, Wilson Vaz, de que já estaria contemplado.
Comemoramos, mas fomos pessoalmente conversar com o próprio
secretário Neri Geller e ele afirmou que esta sugestão ainda está sendo discutida com o BNDES”, assegurou. A preocupação de Queiroga
é que a ACEBRA já esteve e contato com o BNDES e este esforço não
deu resultado. Carlos Alberto garantiu que este assunto foi encaminhado para a Casa Civil.
A 31ª reunião da Câmara Temática de Infraestrutura e Logística do
Agronegócio está marcada para o dia 15 de maio.
Informações: Assessoria de Comunicação da Acebra PR Consultoria e Marketing
www.prbrasilia.com.br | Tel.: (61) 3347-1599
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