ECONOMIA E MERCADO – Daniela C. Lourenço
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Objetivo: O objetivo do curso é apresentar conceitos e
instrumentos básicos de Economia que permitam ao estudante a
compreensão dos fenômenos econômicos da realidade que o
cerca. Serão discutidos elementos de uma análise em perspectiva
agregada, envolvendo o sistema econômico como um todo.
Sempre que pertinente, serão destacadas as características
próprias do caso brasileiro, assim como o meio histórico e social
em que se insere o pensamento econômico.
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Ementa: Sistema econômico, funcionamento do mercado, teoria
da produção, teoria dos custos, noções de macroeconomia,
balanço de pagamentos e taxas de câmbio, economia brasileira
contemporânea.
ECONOMIA E MERCADO – Daniela C. Lourenço
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Bibliografia:
TROSTER, R. L. MONCHÓN, F.M. INTRODUÇÃO A ECONOMIA.
São Paulo: Makron Books, 1999
WESSELS, W. MICROECONOMIA: TEORIA E APLICAÇÕES: São
Paulo: Saraiva, 2002
HALL, Robert E., LIEBERMAN, Marc – MACROECONOMIA:
PRINCÍPIOS E APLICAÇÕES – 2003 – Ed. Thomson Pioneira
Bibliografia Complementar:
LORINO, Phillippe. O ECONOMISTA E O ADMINISTRADOR. São
Paulo; Nobel, 1992
Artigos publicados na imprensa, selecionados previamente com os
alunos.
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Critérios de Avaliação
Avaliação individual: 6,0
Trabalhos individuais ou em grupo: 4,00
Calendário de Avaliações Individuais
1ª avaliação – 17 de abril
Entrega das provas – 24 de abril
2ª avaliação – 05 de junho
Entrega das provas – 12 de junho
Avaliação complementar – 19 de junho
ECONOMIA E MERCADO – CONCEITOS BÁSICOS
ECONOMIA
Economia pode ser definida como a ciência que estuda a
forma como as sociedades utilizam os recursos escassos para
produzir bens com valor e de como os distribuem entre os vários
indivíduos. Nesta definição estão implícitas duas questões
fundamentais para a compreensão da economia: por um lado a idéia
de que os bens são escassos (ex: petróleo, trabalho, máquinas,
mão-de-obra, renda), ou seja, não existem em quantidade suficiente
para satisfazer plenamente todas as necessidades e desejos
humanos; por outro lado a idéia de que a sociedade deve utilizar os
recursos de que dispõe de uma forma eficiente, ou seja, deve
procurar maneiras de utilizar os seus recursos de forma a maximizar
a satisfação das suas necessidades.
Dito por outras palavras, a economia procura responder a
três questões, as quais constituem os três problemas de qualquer
organização econômica: o quê, como e para quem.
ECONOMIA E MERCADO – CONCEITOS BÁSICOS
ECONOMIA
Tipos de necessidades humanas: natural (ex:comer); social (ex:
culturais, festas); coletivas (ex: transporte, saúde, educação);
públicas (ex: ordem pública, justiça).
- O que produzir e em que quantidades? Quais os produtos e
serviços deverão ser produzidos de forma a satisfazerem da melhor
forma possível as necessidades da sociedade?
- Como devem os bens ser produzidos? Que tecnologias e
métodos de produção utilizar? Que matérias primas deverão ser
utilizados para produzir determinado produto? Como maximizar a
produção tendo em conta os recursos disponíveis? Qual combinação é
mais eficiente entre os fatores de produção (terra, capital, trabalho,
tecnologia)?
- Para quem são os bens produzidos? Como repartir pelos
diferentes agentes econômicos os rendimentos disponíveis? Quem
deverá ganhar mais e quem deverá ganhar menos?
ECONOMIA E MERCADO – CONCEITOS BÁSICOS
MICROECONOMIA
Também chamada de Teoria dos Preços, é o tradicional
sub ramo da Teoria Econômica que estuda, analisa, sintetiza,
teoriza, constrói o comportamento dos agentes econômicos
individuais ( consumidores, produtores, empresários, capitalistas,
trabalhadores ou proprietários dos recursos).
A microeconomia procura analisar o mercado e outros tipos
de mecanismos que estabelecem preços relativos entre os produtos
e serviços, alocando de modos alternativos os recursos (fatores de
produção) dos quais dispõe determinados indivíduos organizados
numa sociedade.
A microeconomia preocupa-se em explicar como é gerado o
preço dos produtos finais e dos fatores de produção num equilíbrio,
geralmente perfeitamente competitivo. Divide-se em:
ECONOMIA E MERCADO – CONCEITOS BÁSICOS
MICROECONOMIA
Teoria do Consumidor: Estuda as preferências do consumidor
analisando o seu comportamento, as suas escolhas, as restrições
quanto a valores e a demanda de mercado. A partir dessa teoria se
determina a curva de demanda.
Teoria da Firma: Estuda a estrutura econômica de organizações
cujo objetivo é maximizar lucros. Organizações que para isso
compram fatores de produção e vendem o produto desses fatores
de produção para os consumidores. Estuda estruturas de mercado
tanto competitivas quanto monopolísticas. A partir dessa teoria se
determina a curva de oferta.
Teoria da Produção: Estuda o processo de transformação de
fatores adquiridos pela empresa em produtos finais para a venda
no mercado. Estuda as relações entre as variações dos fatores de
produção e suas conseqüência no produto final. Determina as
curvas de custo, que são utilizadas pelas firmas para determinar o
volume ótimo de oferta.
ECONOMIA E MERCADO – CONCEITOS BÁSICOS
MACROECONOMIA
A Macroeconomia estuda o funcionamento da Economia
como um todo, procurando identificar e medir as variáveis que
determinam o volume da produção total, o nível de empregos e o
nível geral de preços de um país, bem como da sua inserção na
economia mundial. Seus principais objetivos estão no rápido
crescimento do produto e do consumo, no aumento da oferta de
empregos, na inflação reduzida e no comércio internacional
vantajoso. Os objetos de estudo são a produção, taxa de emprego,
inflação e comércio internacional.
A estrutura macroeconômica se compõe basicamente de cinco
mercados:
• Mercado de Bens e Serviços: Determina o nível de produção
agregada bem como o nível de preços.
ECONOMIA E MERCADO – CONCEITOS BÁSICOS
MACROECONOMIA
• Mercado de Trabalho: Admite a existência de um tipo de mãode-obra independente de características, determinando a taxa de
salários e o nível de emprego.
• Mercado Monetário: Analisa a demanda da moeda e a oferta da
mesma pelo Banco Central que determina a taxa de juros.
• Mercado de Títulos: Analisa os agentes econômicos
superavitários que possuem um nível de gastos inferior a sua renda e
deficitários que possuem gastos superiores ao seu nível de renda.
• Mercado de Divisas: Depende das exportações e de entradas de
capitais financeiros determinada pelo volume de importações e saída
de capital financeiro.
ECONOMIA E MERCADO – CONCEITOS BÁSICOS
MOEDA
Considera-se como moeda "qualquer coisa que, em
determinada comunidade, serve como instrumento geral de troca e
medida comum de valor". Em sua forma mais ampla, é tudo o que
pode ser utilizado, com a aceitação de todas as partes envolvidas, no
pagamento de contas e liquidação de débitos.
Constitui-se em parte nas cédulas e moedas no poder da
população (moeda manual) e nos saldos de contas bancárias (moeda
escritural). Em circunstâncias especiais ainda se usa mercadorias
como meio de pagamento, conforme pode-se ver em regiões
agrícolas, por exemplo, a oferta de produtos e serviços em "sacas de
soja".
De qualquer modo, para se computar o total de meios de
pagamento de uma determinada economia, computa-se apenas: a)
moeda manual, correspondente ao papel-moeda em poder do público
e b) a moeda escritural ou bancária, correspondente ao saldo dos
depósitos à vista dos bancos.
ECONOMIA E MERCADO – CONCEITOS BÁSICOS
MOEDA
Antiguidade
Egito – Cobre
Babilônia – Cobre/Prata/Cevada
Pérsia – Gado
China – Conchas/ Seda/ Sal
Idade média
Ilhas Britânicas –
Gado/Ouro/Prata
Alemanha – Gado/Mel/Cereais
Noruega – Escravos/Manteiga
China – Arroz/Chá/Sal
Idade Moderna
EUA – Fuma/Cereais/Madeira
Austrália – Rum/Trigo/Carne
Canadá – Peles
França – Metais preciosos
Japão – Arroz (até Séc.XVIII)
Substituição necessária:
-Divisibilidade
-Transferibilidade
-Transporte
-Manuseio
-O tempo altera características e
valores
-Aceitação geral comprometida
ECONOMIA E MERCADO – CONCEITOS BÁSICOS
MOEDA
FUNÇÕES DA MOEDA
CARACTERÍSTICAS DA MOEDA
-Intermediária de trocas
-Valor
-Medida de Valor
-Portabilidade
-Reserva de Valor
-Durabilidade
-Liberatória
-Homogeneidade
-Padrão de pagamentos
diferidos
-Divisibilidade
-Instrumento de poder
-Estabilidade de valor
-Identificabilidade
-Cunhabilidade
ECONOMIA E MERCADO – CONCEITOS BÁSICOS
TAXA DE CÂMBIO
Taxa de câmbio é o preço de uma unidade monetária de uma
moeda em unidades monetárias de outra moeda. A taxa de câmbio
reflete, assim, o custo de uma moeda em relação a outra, dividindo-se
em taxa de venda e taxa de compra. Pensando sempre do ponto de
vista do banco (ou outro agente autorizado a operar pelo Banco
Central), a taxa de venda é o preço que o banco cobra para vender a
moeda estrangeira (a um importador, por exemplo), enquanto a taxa de
compra reflete o preço que o banco aceita pagar pela moeda
estrangeira que lhe é ofertada (por um exportador, por exemplo).
Portanto, o câmbio é uma das variáveis mais importantes da
macroeconomia, sobretudo no que se refere ao comércio internacional.
Quando se deseja negociar ativos de um país para outro, quase
invariavelmente temos de mudar a unidade de conta do valor desses
ativos – da moeda doméstica para a moeda estrangeira. Nesse sentido,
pode-se definir a taxa de câmbio de um país como o número de
unidades de moeda de um país necessário para se comprar uma
unidade de moeda de outro país. Em outras palavras, é o preço de uma
moeda em termos de outra.
ECONOMIA E MERCADO – CONCEITOS BÁSICOS
BANCO CENTRAL (BACEN)
Um banco central é uma instituição financeira independente ou
ligada ao Estado cuja função é gerir a política econômica, ou seja,
garantir a estabilidade e o poder de compra da moeda de cada país e do
sistema financeiro como um todo. Além disso tem como objetivo definir
as políticas monetárias (taxa de juros, câmbio, entre outras) e aquelas
que regulamentam o sistema financeiro local. O banco faz isso
interferindo mais ou menos no mercado financeiro, vendendo papéis do
tesouro, regulando juros e avaliando os riscos econômicos para o país.
Os papéis tradicionais de um banco central são:
•
Banqueiro do governo: é ele quem guarda as reservas internacionais
em ouro ou moeda estrangeira do governo.
•
Autoridade emissora de moeda, ou monopólio de emissão: é o banco
central quem, com exclusividade, emite ou autoriza a emissão de papel
moeda daquele país.
ECONOMIA E MERCADO – CONCEITOS BÁSICOS
BANCO CENTRAL (BACEN)
•
Executor da política monetária e cambial: é o banco central quem
insere ou retira moeda do mercado, regula as taxas de juros e regula a
quantidade de moeda estrangeira em circulação no país. Essas operações
são conhecidas como open market ou operações de mercado aberto, e
consistem principalmente na compra e venda de títulos públicos ou de
moeda estrangeira para instituições financeiras previamente escolhidas.
•
Banco dos Bancos, ou prestamista de última instância: o banco
central provê empréstimos exclusivos aos membros do sistema
financeiro a fim de regular a liquidez ou mesmo evitar falências que
poderiam causar uma reação em cadeia de falências bancárias. Ele
também mantém os depósitos compulsórios dos bancos comerciais,
regulando assim a multiplicação da moeda escritural no mercado.
Além desses papéis, alguns bancos centrais (como por exemplo o
Banco Central do Brasil) acumulam também o papel de supervisor do
sistema financeiro
ECONOMIA E MERCADO – CONCEITOS BÁSICOS
INFLAÇÃO
A inflação é a taxa média de variação dos preços dos bens e
serviços, por um período de tempo, em uma determinada economia
ou em um determinado país.
A inflação é um conflito pela distribuição da renda e da
riqueza. Alguns ganham outros perdem com ela. Geralmente, os
preços dos bens e serviços não são reajustados no mesmo momento,
nem pela mesma taxa. Existem preços que sobem menos, existem
preços que caem, existem preços que sobem mais e, assim por
diante, daí o processo de queda do poder de compra de alguns e de
aumento do poder de compra de outros.
Principais índices de inflação: IPCA (índice oficial do governo)
e IGPM (IPA – 60%; IPC – 30%; INCC – 10%).
ECONOMIA E MERCADO – CONCEITOS BÁSICOS
INFLAÇÃO
Inflação é a variação média de preços
• Inflação é representa um conflito pela distribuição de renda
• Inflação mede na verdade a velocidade ou aceleração no
comportamento de preços
Minha inflação é diferente da sua!
A inflação de cada um é certamente diferente da média. A inflação
enfrentada por uma família resulta da variação de preços dos bens
e serviços que ela consome. A inflação da classe média é diferente
da inflação sofrida pelas famílias de baixa renda. A inflação nos
setores fortemente importadores de matérias primas é diferente
da inflação enfrentada por empresas do setor de serviços.
ECONOMIA E MERCADO – CONCEITOS BÁSICOS
TAXA DE JUROS
As taxas de juros são o resultado da oferta e demanda de
recursos dentro de uma economia, ela reflete agregados econômicos
tais como desemprego, inflação, recessão, além de ser um
importante mecanismo de controle de política monetária, utilizado
pelo governo que, através das operações de open market do Banco
Central, regula permanentemente a oferta monetária e o nível do
custo primário do dinheiro na economia.
A taxa de juros de certa forma pode ser resumida como tudo
aquilo que podemos acrescer ao valor principal; podendo ser: pósfixada ou préfixada. Seu montante, ligado ao prazo, depende das
condições de oferta e demanda de recursos e do grau de risco e
liquidez da economia.
ECONOMIA E MERCADO – CONCEITOS BÁSICOS
TAXA DE JUROS
Denomina-se prefixadas todas as taxas de juros com prazo
e taxa definidos no ato da operação ou seja, sabe-se
antecipadamente o valor do resgate na data estipulada
anteriormente, independente de oscilação da inflação ou outros
fatores que possam vir alterar as taxas praticadas no ato da
operação.
Pós fixadas são todas as operações onde só se sabe o valor
de resgate no dia do vencimento, ficando assim sujeitas à flutuação
de taxas praticadas diariamente, e a todas as situações
político/econômicas ocorridas dentro do período da operação. O pós
fixado rende juros + correção monetária.
Denomina-se taxa de juros nominal, a taxa contratada que
irá atualizar uma certa aplicação ou dívida. A taxa de juros real, por
sua vez, é a taxa nominal descontada da inflação no mesmo
período.
ECONOMIA E MERCADO – CONCEITOS BÁSICOS
TAXA DE JUROS REFERENCIAL - SELIC
Mede a taxa média dos financiamentos diários realizados no
mercado interfinanceiro com lastro em títulos públicos federais.
Também conhecida como taxa overnight do Sistema Especial
de Liquidação e Custódia (SELIC), expressa na forma anual, base
252 dias úteis, é a taxa média ponderada pelo volume das
operações de financiamento por um dia, lastreadas em títulos
públicos federais e realizadas no sistema SELIC. A taxa SELIC tem
grande importância na economia, pois acaba se constituindo no
balisador para as taxas de juros praticadas por todo o mercado
financeiro. Em função disso, os participantes do mercado financeiro
costumam chamar a taxa SELIC de “custo primário do dinheiro” e “
taxa básica de juros da economia”.
O Comitê de Política Monetária (Copom) estabelece a meta
para a taxa Selic, tomando como base a previsão de inflação
ajustada para o exercício.
ECONOMIA E MERCADO – CONCEITOS BÁSICOS
PRODUTO INTERNO BRUTO - PIB
O Produto Interno Bruto (PIB) representa a soma (em
valores monetários) de todos os bens e serviços finais produzidos em
uma determinada região (qual seja, países, estados, cidades), durante
um período determinado (mês, trimestre, ano, etc). O PIB é um dos
indicadores mais utilizados na macroeconomia com o objetivo de
mensurar a atividade econômica de uma região.
Na contagem do PIB, considera-se apenas bens e serviços
finais, excluindo da conta todos os bens de consumo de
intermediário (insumos). Isso é feito com o intuito de evitar o
problema da dupla contagem, quando valores gerados na cadeia de
produção aparecem contados duas vezes na soma do PIB.
ECONOMIA E MERCADO – CONCEITOS BÁSICOS
PRODUTO INTERNO BRUTO - PIB
PIB nominal e PIB real
Quando se procura comparar ou analisar o comportamento
do PIB de um país ao longo do tempo, é preciso diferenciar o PIB
nominal do PIB real. O primeiro diz respeito ao valor do PIB
calculado a preços correntes, já o segundo é calculado a preços
constantes. Para avaliações mais consistentes, o mais indicado é o
uso de seu valor real, que leva em conta apenas às variações nas
quantidades produzidas dos bens, e não nas alterações de seus
preços de mercado. Para isso, faz-se uso de um deflator
(normalmente um índice de preços) que isola o crescimento real
do produto daquele que se deu artificialmente devido ao aumento
dos preços da economia.
ECONOMIA E MERCADO – CONCEITOS BÁSICOS
PRODUTO INTERNO BRUTO - PIB
MAIORES PIBs – Ranking FMI
(em milhões de dólares)
Mundial – 66.228.669
União Européia – 13.881.051
8-Itália – 1.790.895
1-Estados Unidos – 13.020.861
9-Rússia – 1.727.349
2-China – 9.984.062
10-Brasil – 1.701.183
3-Japão – 4.170.533
11-Espanha – 1.214.930
4-Índia – 4.158.922
12-México – 1.171.506
5-Alemanha – 2.558.908
13-Canadá – 1.156.463
6-Reino Unido – 2.121.766
14-Coréia do Sul – 1.155.565
7-França – 1.934.677
15-Indonésia – 959.834
ECONOMIA E MERCADO – CONCEITOS BÁSICOS
RISCO PAÍS
O risco-país é um conceito econômico-financeiro que diz
respeito à possibilidade de que mudanças no ambiente de negócios
de um determinado país possam impactar negativamente o valor
dos ativos de indivíduos ou empresas estrangeiras naquele país e
os lucros ou dividendos que esperam obter dos investimentos que
lá fizeram.
O conceito risco-país engloba diversas categorias de risco
que podem ser associadas a um país. As principais categorias
estudadas quando da avaliação do risco apresentado por um país
são: risco-político, risco-mercadológico e risco geográfico.
ECONOMIA E MERCADO – CONCEITOS BÁSICOS
RISCO PAÍS - COMPOSIÇÃO
•
Risco-político
O risco político se refere à possibilidade de que o governo do
país em questão, exercendo seu poder soberano, tome medidas
adversas aos investimentos realizados. Alterações em regulamentação e
tributação são a forma mais comum e cotidiana de um governo local
afetar negócios estrangeiros no país. Mas o conceito também inclui
riscos mais esporádicos e muito mais significativos como os riscos
desapropriação ou nacionalização de ativos, de calotes em contratos de
fornecimento de produtos ou serviços, de desordem pública por inépcia
governamental e até de golpe de estado, terrorismo ou guerra civil.
•
Risco-mercadológico
O risco-mercadológico se refere à possibilidade de fatores de
mercado impactarem valores ou preços de forma a influenciar os
investimentos realizados. Ou seja, quando valores ou preços dos ativos
financeiros, das taxas de juros, da moeda (ou câmbio) ou dos insumos
básicos para produção se alteram em função de forças de mercado
exógenas ao investimento em questão, podem impactar negativamente
seu valor.
ECONOMIA E MERCADO – CONCEITOS BÁSICOS
RISCO PAÍS - COMPOSIÇÃO
•
Risco-geográfico
O risco-geográfico se refere à possibilidade, mais remota,
de fatores geológicos, climáticos e geopolíticos influírem
negativamente nos investimentos estrangeiros. Desastres naturais,
tensões diplomáticas e conflitos internacionais, embora menos
freqüentes, podem impactar significativamente o valor dos
investimentos quando ocorrem.
•
Taxa de Risco do País
Indicador de uma taxa de juros anual linear calculado com
base nos níveis de remuneração praticados no mercado secundário de
títulos da dívida externa pública de alguns países emergentes.
Usualmente é expressa em pontos base (cada ponto equivale a
0,01%). A grosso modo indica o quanto a mais de juros anuais (em
relação as taxas básicas de juros dos países desenvolvidos) estão
sendo exigidos das captações de recursos feitas pelos países
emergentes, em função da percepção do mercado em relação ao risco
desses empréstimos não serem honrados pelo emissor de títulos.
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risco-país - Objetivo Sorocaba