Informativo do Distrito Marista da Amazônia | n. 154 – 07/10/2014
Estimado Irmão e amigo(a).
Tive a oportunidade de participar do encerramento do encontro regional de catequese, realizado em Porto
Velho. O Centro de Pastoral estava literalmente lotado. Era grande a alegria e o dinamismo vividos pelas
dezenas de catequistas vindos(as) dos muitos rincões que compõem o
Regional. Fiquei muito feliz vendo tanta gente boa animada pela causa
da evangelização.
Nossa comunidade marista da sede distrital dispensou todo o apoio
necessário ao importante evento: materiais, hospedagens, recepção. E
vale ressaltar a competente dedicação do Irmão Jorge Luiz Lapa Maia
que exerce a função de coordenador da Comissão para Animação
Bíblico-Catequética do Regional Noroeste. Veja uma síntese que a Ilza
nos propõe.
Ir. João Gutemberg
Regional Noroeste: encontro anual de catequistas
Nos dias 12 a 14 de setembro, houve em Porto Velho, no CAP (Centro Arquidiocesano de Pastoral), o
encontro anual do Regional Noroeste com catequistas. Contou com a participação de 116 catequistas,
vindos das 7 dioceses que compõem o Regional Noroeste da CNBB, a saber: Humaitá/AM, Prelazia de
Lábrea/AM, Rio Branco/AC, Cruzeiro do Sul/AC, Porto Velho/RO, Ji-Paraná/RO e Guajará Mirim/RO.
Dom Geraldo Verdier, bispo de referência da Comissão para Animação Bíblico- Catequética do Regional
Noroeste da CNBB, esteve presente, participando ativamente de todos os momentos proporcionados.
A assessoria do encontro feita pela Ir. Neli Basso, missionária
scalabriniana, que facilitou o tema: Iniciação à Vida Cristã –
Catequese de inspiração catecumenal, demonstrando profundo
amor pela catequese. “... que o encontro de catequese não seja
uma sala de aula, e que o/a catequista não seja um professor/a,
mas sim aquele/a que vai fazendo o caminho junto com os seus
catequizandos. Um caminho de descoberta do grande mistério de
Deus”.
O encontro teve caráter formativo, sendo celebrativo do início ao
fim. A proposta tem suas raízes na leitura orante da Palavra de Deus, seguindo recomendações dos
documentos da Igreja, como: Diretório Nacional de Catequese (DNC), Documento de Aparecida (DAp) e
Diretrizes Gerais para a Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE).
A Igreja precisa de cristãos comprometidos com a evangelização e com a missão confiada por Cristo, de
fazer o Reino de Deus acontecer. A catequese tem como principal objetivo formar “discípulos missionários
de Jesus Cristo, para que Nele nossos povos tenham vida...” E assim, espera que a recepção dos
Sacramentos, seja uma consequência dessa vivencia e forte experiência de Jesus Cristo, a ponto de nunca
mais deixá-Lo.
Ilza Vidal,
Agente Comunicação da Comissão para
Animação Bíblico-Catequética do Regional Noroeste da CNBB.
Urucurituba: Maristas e a cultura do interior amazonense
Nos dias 12, 13 e 14 de setembro tive a oportunidade de conhecer e colaborar com mais um grandioso
festival realizado nas margens do Rio Madeira, na cidade de Urucurituba, de 17 mil habitantes.
A viagem de lancha, a partir de Itacoatiara, foi bem longa e cansativa, mas a animação e a curiosidade
eram certas diante do que poderíamos encontrar. Ao chegarmos à cidade, a receptividade foi muito boa e
nos deparamos com uma grande movimentação por parte da população em prol de uma produção que já
iniciaria no mesmo dia.
O evento ocorre num centro aberto, próximo a uma escola estadual, e toda a organização e realização foi
feita pela associação dos grupos folclóricos. Para cada categoria, havia 2 ou 3 grupos a serem julgados
com apresentações de 45 minutos no mínimo. Na categoria “dança nacional”, a predominância era das
danças gaúchas com 3 grandes representações.
A produção artística da cidade é grandiosa, e a integração feita pelos habitantes torna o festival um grande
atrativo. O mais interessante é que, em meio aos problemas enfrentados pela falta de incentivos, eles se
unem com os objetivos de preservar a cultura popular e proporcionar aos jovens uma opção de
entretenimento, sociabilização, educação e ocupação por meio da arte.
O índice de criminalidade ali é alto. A cidade não dispõe de grandes atrativos, a não ser a preparação de
eventos criados em prol do Festival Folclórico. Foi até meio chocante presenciar crianças entre 8 e 16 anos
bebendo aguardente sendo acompanhadas pelos responsáveis.
Tive a oportunidade de me reunir com algumas lideranças do universo artístico. Em nossas conversas,
percebemos que a arte foi o meio encontrado para a diminuição desses casos, que se agravam em nossos
municípios. Assim se vai mostrando um caminho de evangelização já percorrido pela igreja católica e que
está adormecido, mas que agora pode ser um grande atrativo de educação e transformação social.
Missão Maraã: Festival Folclórico dos botos Cor-de-rosa e Tucuxi
Nos dias 27, 28 e 29 de setembro realiza-se no município de Maraã o Festival
Folclórico dos botos Cor-de-rosa e Tucuxi. Esse evento, em seu 7º ano de
atividade, vem transformando a vida da população e atraindo vários visitantes.
Com 18 mil habitantes, inserindo também as comunidades ribeirinhas, Maraã
está situada na mesorregião norte. Sua principal via de acesso é fluvial. Município de povo acolhedor onde
sua principal renda vem da atividade pesqueira. O município é considerado um dos maiores na criação de
tambaqui, o peixe mais saboreado pelos amazonenses.
Nessa viagem levamos 2 horas de avião pequeno, de Manaus até Tefé, e logo em seguida pegamos uma
lancha, viajando 5 horas até chegar ao município.
Tivemos o contato direto com a natureza exuberante e com os botos que seguiam a lancha ao longo do rio.
Em nossa chegada, uma comissão já organizada estava à disposição para nos acompanhar. Seguimos ao
hotel para leitura dos históricos e tudo que seria apresentado na noite do festival. É incrível a hospitalidade,
o jeito simples do caboclo e o seu talento. No final da tarde, seguimos para conhecer mais da realidade e
todo o processo de construção do festival. É enorme o trabalho de base realizado pelas agremiações. Elas
realmente envolvem as crianças no processo de construção. Segundo um dos organizadores, as crianças
são o futuro do amanhã e são elas que vão conduzir o festival futuramente, nada mais certo do que
envolvê-las. Assim sendo, os pequeninhos não ficam ociosos. Então unimos os trabalhos artísticos às
escolas, para fortalecermos os processos educativos.
Na cidade foi construída uma escolinha de musica e de teatro para fortalecimento do trabalho de base. Para
além da atividade somada pelas escolas, que geralmente ficam com a parte mais da dança, os segmentos
artísticos vão se encontrando e fortalecendo ainda mais a produção.
O mais incrível é perceber a comunidade envolvida, unida em prol de uma atividade artística característica
da região, promovendo socialização, inclusão e a transformação de realidades através da arte.
Wilson Junior, formando marista de Manaus
Comissão de jurado dos festivais
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Estimado Irmão e amigo(a). Regional Noroeste: encontro anual de