ELABORAÇÃO DE ESTUDOS E PROJETOS PARA
CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO
BÁSICO DE SAQUAREMA - RJ
PRODUTO 9.1
VERSÃO PRELIMINAR
SETEMBRO/2.013
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
DE SAQUAREMA - RJ
PRODUTO 9.1
Versão Preliminar referente à prestação dos serviços:

Abastecimento de Água Potável
 Esgotamento Sanitário
 Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas
SETEMBRO/2.013
CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDEDOR
GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Sérgio Cabral Filho
Governador
Luís Fernando Pezão
Vice-Governador
SECRETARIA DE ESTADO DO AMBIENTE (SEA)
Carlos Minc
Secretário
Luiz Firmino Martins Pereira
Subsecretário Executivo
INSTITUTO ESTADUAL DO AMBIENTE (INEA)
Marilene Ramos
Presidente
Denise Marçal Rambaldi
Vice-Presidente
DIRETORIA DE GESTÃO DAS ÁGUAS E DO TERRITÓRIO (DIGAT)
Rosa Maria Formiga Johnsson
Diretora
DIRETORIA DE INFORMAÇÃO E MONITORAMENTO AMBIENTAL (DIMAM)
Carlos Alberto Fonteles de Souza
Diretor
DIRETORIA DE BIODIVERSIDADE E ÁREAS PROTEGIDAS (DIBAP)
André Ilha
Diretor
DIRETORIA DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL (DILAM)
Ana Cristina Henney
Diretora
DIRETORIA DE RECUPERAÇÃO AMBIENTAL (DIRAM)
Luiz Manoel de Figueiredo Jordão
Diretor
i
DIRETORIA DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS (DIAFI)
José Marcos Soares Reis
Diretor
SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL LAGOS - SÃO JOÃO (SUPLAJ)
Túlio Vagner dos Santos Vicente
Superintendente
GERENCIADOR DO CONTRATO
Rosa Maria Formiga Johnsson
Diretora de Gestão das Águas e do Território / INEA
Victor Zveibil
Superintendente de Políticas de Saneamento / SEA
Lorena Costa Procópio
Engenheira Sanitarista
Cláudia Nakamura
Engenheira Ambiental
ii
EXECUTOR DOS TRABALHOS DE CONSULTORIA
SERENCO SERVIÇOS DE ENGENHARIA CONSULTIVA Ltda
CNPJ: 75.091.074/0001-80 - CREA (PR): 5571
Av. Sete de Setembro, n.º 3.566, Centro
CEP 80.250-210 - Curitiba (PR)
Tel.: (41) 3233-9519
Website: www.serenco.com.br ● E-mail: [email protected]
Nicolau Leopoldo Obladen
Engenheiro Civil e Sanitarista
Jefferson Renato Teixeira Ribeiro
Engenheiro Civil
Paulo Roberto Wielewski
Engenheiro Civil
Djesser Zechner Sergio
Engenheiro Sanitarista e Ambiental
Caroline Surian Ribeiro
Engenheira Civil
Bruno Passos de Abreu
Tecnólogo em Construção Civil
Marcos Moisés Weigert
Engenheiro Civil
Gustavo José Sartori Passos
Engenheiro Civil
Tássio Barbosa da Silva
Engenheiro Civil
Kelly Ronsani de Barros
Engenheira de Alimentos
Luiz Guilherme Grein Vieira
Engenheiro Ambiental
Mariana Schaedler
Engenheira Ambiental
Nilva Alves Ribeiro
Economista
Tiago José Alexandre
Advogado
Mauro Brustolin Iplinski
Publicitário
Dante Mohamed Correa
Publicitário
Bruno Lissa Tiepolo
Publicitário
Cláudio Luiz Geromel Barreto
Engenheiro Químico
Quésia Oliveira
Geógrafa
iii
EQUIPE TÉCNICA DE ACOMPANHAMENTO LOCAL DOS TRABALHOS
PREFEITURA MUNICIPAL DE SAQUAREMA
Rua Coronel Madureira, n.º 77 - Centro - CEP: 28.990-000 - Saquarema (RJ)
Tel.: (22) 2651-2254
Gestão 2.013 / 2.016
Franciane Melo
Prefeita Municipal
Gestão 2.009 / 2.012
Franciane Mello
Prefeita Municipal
Gilmar Rocha de Magalhães
Secretaria de Meio Ambiente
Sydney Sart Sanches
Secretaria Obras e Serviços Públicos
Jorge Mathias do Nascimento
Secretaria de Saúde/ Vigilância Sanitária
Maria de Fátima Santos Henrice
Secretaria de Promoção Social
Elzo Souza da Silveira
Secretaria de Agricultura e Pesca
iv
APRESENTAÇÃO
Em Janeiro de 2.007, o Governo Federal aprovou um diploma legal o qual
instituiu em nosso País, a Universalização do Saneamento Básico, Lei n.º 11.445,
2.007, compromisso de todos os brasileiros em vencer importantes desafios. Esses
desafios requerem dos governos federal, estaduais e municipais, dos prestadores de
serviços públicos e privados, da indústria de materiais, dos agentes financeiros e da
população em geral, através de canais de participação, um grande esforço concentrado
na gestão, no planejamento, na prestação de serviços, na fiscalização, no controle
social e na regulação dos serviços de saneamento ofertados a todos. Os desafios
propostos devem consolidar as agendas nacional, estaduais e municipais de
investimentos direcionados pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), cujo
foco principal é a promoção da saúde e a qualidade de vida da população brasileira.
Entende-se como saneamento básico o conjunto de serviços, infraestruturas e
instalações operacionais de:
a) Abastecimento de água potável;
b) Esgotamento sanitário;
c) Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos; e,
d) Drenagem e manejo das águas pluviais urbanas.
O pacto pelo Saneamento Básico, firmado em 2.008, foi o passo inicial do
processo participativo de elaboração do PLANSAB, Plano Nacional de Saneamento
Básico, coordenado pelo Ministério das Cidades e Secretaria Nacional de Saneamento.
Na sequência, é editado o Decreto n.º 7.217, de 21 de junho de 2.010, o qual
regulamenta a Lei n.º 11.445/2.007, elaborando-se o PLANSAB, pela cooperação entre
Universidades Brasileiras, lideradas pela UFMG, entrando em Consulta Pública no ano
de 2.011, editando sua Versão Preliminar também em 2.011.
Paralelamente, o então Presidente da República, aprovou a Lei n.º 12.305, de 02
de agosto de 2.010 que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos e a
regulamenta pelo Decreto n.º 7.404, de 23 de dezembro de 2.010. Tendo por base
esses novos marcos legais, integrados à Política Nacional de Saneamento Básico,
ficam os municípios responsáveis por alcançar a universalização dos serviços de
limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, devendo ser prestados com eficiência
i
para evitar danos à saúde pública e proteger o meio ambiente, considerando a
capacidade de pagamento dos usuários e a adoção de soluções progressivas,
articuladas, planejadas, reguladas e fiscalizadas, com a participação e o controle
social.
A mesma lei e seu decreto regulamentador impõem novas obrigações e formas
de Cooperação entre o poder público-concedente e o setor privado, definindo a
responsabilidade
compartilhada,
a
qual
abrange
fabricantes,
importadores,
distribuidores, comerciantes e consumidores, fazendo com que também o poder
público municipal seja responsável, mas não o único.
Complementa os marcos legais anteriormente referidos a Lei dos Consórcios
Públicos, n.º 11.107/2.005, seu Decreto Regulamentador n.º 6.017/2.007, a Lei
Nacional de Meio Ambiente, n.º 6.938/1.981, a Lei da Política Nacional de Educação
Ambiental n.º 9.795/1.999 e a Lei da Política Nacional de Recursos Hídricos n.º
9.433/1.997. Relativamente aos resíduos sólidos urbanos assume a Coordenação, o
Ministério do Meio Ambiente, Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano,
sendo editado o Plano Nacional de Resíduos Sólidos, em sua Versão Preliminar para
Consulta Pública, em setembro de 2.011. A Figura 1 representa a integração dos
marcos legais anteriormente referidos.
Figura 1 - Integração Nacional da Legislação Saneamento Básico/Resíduos Sólidos Urbanos
Fonte: SERENCO, 2.012.
ii
SUMÁRIO
GERENCIADOR DO CONTRATO ...............................................................................ii
APRESENTAÇÃO .................................................................................................................. i
LISTA DE FIGURAS .............................................................................................................vi
LISTA DE QUADROS ......................................................................................................... viii
LISTA DE TABELAS ............................................................................................................ix
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ..............................................................................xv
1
INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 18
2
OBJETIVOS ............................................................................................................ 20
2.1
Objetivo Geral .................................................................................................. 20
2.2
Objetivos Específicos ...................................................................................... 21
3
METODOLOGIA PARTICIPATIVA .......................................................................... 25
4
CARACTERIZAÇÃO DO MUNÍCIPIO ..................................................................... 26
5
6
7
4.1
Características Geográficas ............................................................................ 26
4.2
Características Demográficas ......................................................................... 27
4.3
Características Culturais ................................................................................. 28
4.4
Características Ambientais .............................................................................. 29
4.5
Zoneamento Urbano ........................................................................................ 43
4.6
Legislação em Vigor ........................................................................................ 48
4.7
Indicadores ...................................................................................................... 49
DIAGNÓSTICO ....................................................................................................... 56
5.1
Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário .......................................... 56
5.2
Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas ......................................... 120
5.3
Seminário Local para Consolidação do Diagnóstico ..................................... 148
ESTUDO POPULACIONAL .................................................................................. 151
6.1
População Residente .................................................................................... 151
6.2
População Flutuante...................................................................................... 152
6.3
População de Temporada ............................................................................. 154
PROPOSIÇÕES (CENÁRIOS FUTUROS) ........................................................... 156
7.1
Construção de Cenários ................................................................................ 156
iii
8
7.2
Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário ........................................ 159
7.3
Sistema de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas ...................... 281
7.4
Seminário Local para Consolidação das Proposições .................................. 324
Análise Institucional ............................................................................................... 327
8.1
Situação Atual ............................................................................................... 327
8.2
Modelos Institucionais para Prestação dos Serviços de Saneamento Básico
329
8.3
Análise Institucional Regional ....................................................................... 350
9
ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA................................................................. 375
10
RECOMENDAÇÕES INSTITUCIONAIS ............................................................... 380
10.1 Racionalização e sistematização dos serviços prestados ............................ 380
10.2 Avaliações sistemáticas da efetividade, eficiência e eficácia dos serviços
prestados ................................................................................................................. 381
10.3 Instrumentos e mecanismos de divulgação, controle social na gestão dos
serviços de saneamento básico .............................................................................. 381
10.4 Sustentabilidade dos Sistemas ..................................................................... 382
10.5 Integração Institucional.................................................................................. 382
11
ACOMPANHAMENTO DO PLANO ....................................................................... 383
11.1 Instrumentos de Avaliação e Monitoramento ................................................ 383
11.2 Ações de Emergências e Contingências....................................................... 386
11.3 Banco de Dados Georreferenciados ............................................................. 390
11.4 Divulgação do Plano ...................................................................................... 393
12
DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE SALUBRIDADE AMBIENTAL, TENDO EM
VISTA A HIERARQUIZAÇÃO PARA IMPLANTAÇÃO DOS PROGRAMAS. ................... 397
12.1 Índice de Abastecimento de Água (Iab) ........................................................ 398
12.2 Índice de Esgotamento Sanitário (Ies) .......................................................... 399
12.3 Índice de Resíduos Sólidos (Irs) ................................................................... 400
12.4 Índice de Drenagem Urbana (Idu) ................................................................. 401
12.5 Índice de densidade demográfica (IDD) ........................................................ 405
12.6 Índice de morbidade (IMOR) ......................................................................... 406
12.7 Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) ................................................... 407
iv
12.8 Índice de Salubridade Ambiental (ISA) ......................................................... 408
13
RESULTADOS DA AVALIAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE
SANEAMENTO BÁSICO DO MUNICÍPIO ........................................................................ 410
14
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 411
15
ANEXOS ................................................................................................................ 415
15.1 Anotação de Responsabilidade Técnica – ART ............................................ 415
15.2 Minutas da Legislação Proposta ................................................................... 416
15.3 RESULTADOS DA AVALIAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE
SANEAMENTO BÁSICO DO MUNICÍPIO .............................................................. 443
v
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Integração Nacional da Legislação Saneamento Básico/Resíduos Sólidos Urbanos
. ii
Figura 2 - Plano Municipal de Saneamento Básico .................................................................... 20
Figura 3 - Estrutura de apoio estadual e regional para a elaboração do PMSB de Saquarema 23
Figura 4 - Estrutura de apoio municipal para a elaboração do PMSB de Saquarema ............... 23
Figura 5 - Estruturação do Trabalho ........................................................................................... 24
Figura 6 - Localização do Município no Estado .......................................................................... 26
Figura 7 - Macrozoneamento ...................................................................................................... 27
Figura 8 – Índices Pluviométricos da RH VI ................................................................................ 30
Figura 9 - Mapa das Regiões Hidrográficas do Estado do Rio de Janeiro ................................. 34
Figura 10 - Divisão dos Subcomitês............................................................................................ 35
Figura 11 - Mapa das Regiões Hidrográficas Lagos São João .................................................. 36
Figura 12 - Parque do Sol ........................................................................................................... 38
Figura 13 - APA Massambaba .................................................................................................... 41
Figura 14 - Fluxograma do Processo da ETA ............................................................................. 85
Figura 15 - Relatório Fotográfico (ETA Juturnaíba) .................................................................... 87
Figura 16 - Sistema de abastecimento de água de Jaconé ........................................................ 89
Figura 17 - Relatório Fotográfico (Reservatório 1.500 m³) ......................................................... 94
Figura 18 - Relatório Fotográfico (Reservatório 7.500 m³) ......................................................... 95
Figura 19 - Relatório Fotográfico (Reservatório 004 - Bacaxá) .................................................. 96
Figura 20 - Relatório Fotográfico (Reservatório 005 - Vilatur) .................................................... 96
Figura 21 - Consumo Medido .................................................................................................... 100
Figura 22 - Número de Economias Residenciais ...................................................................... 101
Figura 23 - Sistema de Automação ........................................................................................... 107
Figura 24 - Relatório Fotográfico (ETE Itaúna) ......................................................................... 111
Figura 25 - Relatório Fotográfico (ETE Bacaxá) ....................................................................... 113
Figura 26 - Relatório Fotográfico (ETE Saquarema) ................................................................ 114
Figura 27 - Localização dos pluviômetros do SIMERJ no Estado ............................................ 123
Figura 28 - Precipitações médias anuais (mm) na Região 1 - Mapa de isoietas ..................... 125
Figura 29 - Detalhes da microdrenagem em Saquarema ......................................................... 126
Figura 30 - Canal de Saquarema .............................................................................................. 128
Figura 31 - Macrodrenagem Rio Bacaxá .................................................................................. 129
Figura 32 - Canal de ligação entre Lagoa de Jaconé e Saquarema ........................................ 130
Figura 33 - Deságue do Canal de Saquarema no mar ............................................................. 131
Figura 34 - Ponto de deságue do Rio Bacaxá na Lagoa de Saquarema ................................. 132
Figura 35 - Canal de ligação entre as Lagoas de Jaconé e Saquarema .................................. 132
vi
Figura 36 - Desobstrução de canal em Sampaio Correia ......................................................... 134
Figura 37 - Fábrica de manilhas................................................................................................ 135
Figura 38 - Manutenção dos canais – CAJ ............................................................................... 136
Figura 39 - Arranjo Institucional ................................................................................................ 137
Figura 40 - Área com risco de alagamento e deslizamento – Sampaio Correia ...................... 141
Figura 41 - Equipamentos para manutenção de redes de drenagem ...................................... 143
Figura 42 - Veículos da Defesa Civil ......................................................................................... 144
Figura 43 - Necessidade de Integração pela gestão associada ............................................... 145
Figura 44 - Relatório Fotográfico (1.º Seminário Local) ............................................................ 150
Figura 45 - Esquema Geral da Metodologia para a Elaboração dos Cenários ........................ 157
Figura 46 - Comparativo atendimento da população (cenários 2 e 3) - CAJ (Sede e Bacaxá) 250
Figura 47 - Comparativo de investimentos (Cenários 2 e 3) .................................................... 251
Figura 48 - Comparativo atendimento da população (cenários 1 e 2) - CAJ (Sampaio Correa)
................................................................................................................................................... 276
Figura 49 - Comparativo de investimentos (Cenários 1 e 2) – CEDAE (Sampaio Correa) ...... 277
Figura 50 - Pontuação por programas ...................................................................................... 289
Figura 51 - Integração das Alternativas .................................................................................... 290
Figura 52 – Cenários – Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas................................ 295
Figura 53 – Mapa de Alerta ....................................................................................................... 298
Figura 54 - Relatório Fotográfico (2.º Seminário Local) ............................................................ 326
Figura 55 - Modelo Institucional do Saneamento Básico de Saquarema ................................. 329
Figura 56 - Arranjos Institucionais ............................................................................................. 335
Figura 57 - Diagrama Institucional Municipal ............................................................................ 336
Figura 58 - Diagrama Institucional Intermunicipal ..................................................................... 337
Figura 59 - Esquema do tripé de elementos fundamentais do PMSB ...................................... 338
Figura 60 - UGPLAN ................................................................................................................. 341
Figura 61 - Estrutura proposta para a UGPLAN ....................................................................... 345
Figura 62 - Modelo Institucional para a Gestão do PMSB ........................................................ 349
Figura 63 - Comitê da Bacia Hidrográfica Lagos São João (CBHLSJ)..................................... 351
Figura 64 - Consórcio Intermunicipal Lagos São João (CILSJ) ................................................ 352
Figura 65 - Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro
(AGENERSA) ............................................................................................................................ 353
Figura 66 - Fluxograma - Governo do Estado do Rio de Janeiro, Municípios, Agência
Reguladora, Consórcio Intermunicipal, Comitê da Bacia e Concessionárias ........................... 354
Figura 67 - Localização do Município ....................................................................................... 373
Figura 68 - Modelagem Proposta .............................................................................................. 374
Figura 69 - Leica GPS SR-20.................................................................................................... 392
vii
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Principais Regiões Hidrográficas .............................................................................. 36
Quadro 2 - Lagoas de Saquarema .............................................................................................. 37
Quadro 3 - Indicadores .............................................................................................................. 139
Quadro 4 - Bairros componentes das bacias – área da CAJ .................................................... 231
Quadro 5 - Bairros componentes das bacias – área da CEDAE .............................................. 259
viii
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Distâncias de Saquarema aos municípios limítrofes ................................................. 26
Tabela 2 - Evolução Populacional (Saquarema)......................................................................... 28
Tabela 3 - População por Distrito ................................................................................................ 28
Tabela 4 - Mortalidade Proporcional (%) por Faixa Etária .......................................................... 50
Tabela 5 - Outros Indicadores de Mortalidade (Número) ........................................................... 51
Tabela 6 - Distribuição Percentual das internações (%) por Grupo de Causas e Faixas Etárias
..................................................................................................................................................... 52
Tabela 7 - IDH do município de Saquarema ............................................................................... 53
Tabela 8 - Posição Ranking IDH ................................................................................................. 54
Tabela 9 - PIB.............................................................................................................................. 55
Tabela 10 - Metas de Níveis de Atendimento (Contrato de Concessão) ................................... 58
Tabela 11 - Pessoal .................................................................................................................... 62
Tabela 12 - Equipamentos .......................................................................................................... 62
Tabela 13 - Despesas Gerais ...................................................................................................... 63
Tabela 14 - Estrutura Tarifária Atual ........................................................................................... 64
Tabela 15 - Vazões Médias Mensais (Rio São João) ................................................................. 75
Tabela 16 - Evaporação .............................................................................................................. 76
Tabela 17 - Relações cota-área e cota-volume .......................................................................... 79
Tabela 18 - Demanda hídrica para abastecimento humano na área de contribuição (a
montante) e no Reservatório de Juturnaíba ................................................................................ 79
Tabela 19 - Demanda hídrica do setor pecuária na área de contribuição do Reservatório de
Juturnaíba.................................................................................................................................... 80
Tabela 20 – Demanda hídrica do setor agrícola na área de contribuição do Reservatório de
Juturnaíba.................................................................................................................................... 80
Tabela 21 – Características hidrológicas do Reservatório de Juturnaíba .................................. 81
Tabela 22 - Características Adução ............................................................................................ 92
Tabela 23 - Relação das Elevatórias de Água Tratada .............................................................. 93
Tabela 24 - Extensão de rede de distribuição de água .............................................................. 97
Tabela 25 - Investimentos 2.006 a 2.008 .................................................................................... 98
Tabela 26 - Investimentos 2.009 a 2.017 .................................................................................... 99
Tabela 27 - Quantidade de Ligações de Água .......................................................................... 100
Tabela 28 - Histograma de consumo ........................................................................................ 100
Tabela 29 - Número de Ligações e Economias (CAJ) .............................................................. 102
Tabela 30 - Volume Mensal distribuído por Caminhões Pipa ................................................... 104
Tabela 31 - Índice de Perdas .................................................................................................... 105
Tabela 32 - Resultados de análises da ETE Itaúna .................................................................. 110
Tabela 33 - Resultados de análises da ETE Itaúna .................................................................. 111
ix
Tabela 34 - Resultados de análises da ETE Bacaxá ................................................................ 112
Tabela 35 - Resultados de análises da ETE Bacaxá ................................................................ 112
Tabela 36 - Resultados de análises da ETE Saquarema ......................................................... 114
Tabela 37 - Resultados de análises da ETE Saquarema ......................................................... 114
Tabela 38 - Relação das Elevatórias de Esgoto ....................................................................... 115
Tabela 39 - Investimentos previstos.......................................................................................... 116
Tabela 40 - Investimentos previstos.......................................................................................... 117
Tabela 41 – Índices pluviométricos de Saquarema .................................................................. 122
Tabela 42 – Estações pluviométricas de Saquarema ............................................................... 123
Tabela 43 - Região 1: quantis anuais adimensionais regionais ................................................ 124
Tabela 44 - Extensão dos canais de macrodrenagem ............................................................. 130
Tabela 45 - Demografia ............................................................................................................. 151
Tabela 46 - População Residente Adotada .............................................................................. 152
Tabela 47 - População Flutuante Total ..................................................................................... 154
Tabela 48 - Populações fixas (residentes) e flutuantes totais .................................................. 155
Tabela 49 - Metas de Níveis de Atendimento ........................................................................... 161
Tabela 50 - Níveis de Atendimento (2.012) .............................................................................. 162
Tabela 51 - Metas para o saneamento básico nas macrorregiões e no País (em %) .............. 163
Tabela 52 - Metas para principais serviços de saneamento básico nas unidades da federação
(em %) ....................................................................................................................................... 164
Tabela 53 - Metas para gestão dos serviços de saneamento nas macrorregiões e no País (em
%) .............................................................................................................................................. 165
Tabela 54 - Projeção de população para cálculo de demandas de Saquarema ...................... 166
Tabela 55 - Projeção de população para cálculo de demandas dos Municípios da área de
Concessão da CAJ .................................................................................................................... 167
Tabela 56 - Projeção de população de projeto de Saquarema ................................................ 168
Tabela 57 - Projeção de população de projeto dos Municípios da área de Concessão da CAJ
................................................................................................................................................... 168
Tabela 58 - Consumo per capita e índice de perdas ................................................................ 169
Tabela 59 - Consumo per capita - março de 2013.................................................................... 170
Tabela 60 - Demandas do sistema de água para Saquarema (Sede e Bacaxá) ..................... 171
Tabela 61 - Demandas do sistema de água para Saquarema (Sampaio Correa) ................... 171
Tabela 62 - Demandas do sistema de água para a área de concessão da CAJ ..................... 172
Tabela 63 - Reservação necessária em Saquarema (Sede e Bacaxá) .................................... 173
Tabela 64 - Reservação necessária em Saquarema (Sampaio Correa) .................................. 173
Tabela 65 - Reservação necessária na área de concessão da CAJ ........................................ 174
Tabela 66 - Demandas do sistema de água para a área de concessão da Prolagos .............. 175
Tabela 67 - Condicionantes, Deficiências e Potencialidades ................................................... 177
x
Tabela 68 - Ameaças e Oportunidades do atual modelo de gestão ......................................... 177
Tabela 69 - Modelo Numérico para Ponderação das Ameaças ............................................... 178
Tabela 70 - Cronograma de implantação dos reservatórios (Sede e Bacaxá) ......................... 187
Tabela 71 - Plano de investimentos .......................................................................................... 192
Tabela 72 - Cronograma de investimentos estimados para a área da concessão (PMSB) ..... 193
Tabela 73 - Comparativo de investimentos – PMSB x 3.º Termo Aditivo ................................. 194
Tabela 74 - Comparativo de investimentos – PMSB x 3º Termo Aditivo .................................. 194
Tabela 75 - Cronograma de investimentos - Sistema produtor ................................................ 196
Tabela 76 - Cronograma de investimentos - Adução de água tratada ..................................... 196
Tabela 77 - Cronograma de investimentos - Reservação de água tratada .............................. 197
Tabela 78 - Cronograma de investimentos - Redes de distribuição ......................................... 197
Tabela 79 - Cronograma de investimentos - Resumo .............................................................. 198
Tabela 80 - Condicionantes, Deficiências e Potencialidades ................................................... 200
Tabela 81 - Ameaças e Oportunidades do atual modelo de gestão ......................................... 200
Tabela 82 - Modelo Numérico para Ponderação das Ameaças ............................................... 200
Tabela 83 - Cronograma de implantação dos reservatórios (Sampaio Correa) ....................... 205
Tabela 84 – Cronograma de implantação das redes e anéis de distribuição ........................... 208
Tabela 85 - Cronograma de investimentos estimados PMSB (Sampaio Correa) .................... 211
Tabela 86 - Cronograma de investimentos - Sistema produtor ................................................ 212
Tabela 87 - Cronograma de investimentos – Reservação de água tratada ............................. 212
Tabela 88 - Cronograma de investimentos – Rede de Distribuição ......................................... 213
Tabela 89 - Cronograma de investimentos - Resumo .............................................................. 213
Tabela 90 - Investimentos estimados para a área não concedida .......................................... 215
Tabela 91 - Metas de Níveis de Atendimento ........................................................................... 220
Tabela 92 - Metas para o saneamento básico nas macrorregiões e no País (em %) .............. 221
Tabela 93 - Metas para principais serviços de saneamento básico nas unidades da federação
(em %) ....................................................................................................................................... 222
Tabela 94 - Condicionantes, Deficiências e Potencialidades ................................................... 224
Tabela 95 - Ameaças e Oportunidades do atual modelo de gestão ......................................... 224
Tabela 96 - Modelo Numérico para Ponderação das Ameaças ............................................... 225
Tabela 97 - Cronograma de investimentos ............................................................................... 225
Tabela 98 - Resumo geral de investimentos (Sede e Bacaxá) ................................................. 229
Tabela 99 - Porcentagem de atendimento por bacia ................................................................ 231
Tabela 100 - Cenário 2 - Demandas para o sistema de esgoto (redes separadoras) – Sede e
Bacaxá ....................................................................................................................................... 232
Tabela 101 - Cronograma de execução – Cenário 2 - 2.014 a 2.023....................................... 236
Tabela 102 - Cronograma de execução –Cenário 2 - 2.024 a 2.033........................................ 236
xi
Tabela 103 - Investimentos necessários – redes coletoras, ligações domiciliares, estações
elevatórias e linhas de recalque ................................................................................................ 240
Tabela 104 - Investimentos necessários – ETE........................................................................ 240
Tabela 105 - Investimentos necessários – Projetos ................................................................. 241
Tabela 106 - Investimentos necessários – Resumo ................................................................. 241
Tabela 107 - Cenário 3 - Demandas para o sistema de esgoto (redes separadoras) – Sede e
Bacaxá ....................................................................................................................................... 243
Tabela 108 - Cronograma de execução – Cenário 3 - 2.014 a 2.023....................................... 244
Tabela 109 - Cronograma de execução –Cenário 3 - 2.024 a 2.033........................................ 244
Tabela 110 - Investimentos necessários – redes coletoras, ligações domiciliares, estações
elevatórias e linhas de recalque ................................................................................................ 248
Tabela 111 - Investimentos necessários – ETE........................................................................ 248
Tabela 112 - Investimentos necessários – Projetos ................................................................. 249
Tabela 113 - Investimentos necessários – Resumo ................................................................. 249
Tabela 114 - Comparativo de investimentos (Cenários 2 e 3) .................................................. 251
Tabela 115 - Condicionantes, Deficiências e Potencialidades ................................................. 253
Tabela 116 - Ameaças e Oportunidades do atual modelo de gestão ....................................... 253
Tabela 117 - Modelo Numérico para Ponderação das Ameaças ............................................. 254
Tabela 118 - Resumo geral de investimentos (Sampaio Correa) ............................................. 257
Tabela 119 - Porcentagem de atendimento por bacia – CEDAE (Sampaio Correa) ................ 258
Tabela 120 - Cenário 2 - Demandas para o sistema de esgoto (redes separadoras) – Sampaio
Correa ........................................................................................................................................ 260
Tabela 121 - Cronograma de execução – Cenário 1 - 2.014 a 2.023....................................... 262
Tabela 122 - Cronograma de execução –Cenário 1 - 2.024 a 2.033........................................ 262
Tabela 123 - Investimentos necessários – redes coletoras, ligações domiciliares, estações
elevatórias e linhas de recalque ................................................................................................ 266
Tabela 124 - Investimentos necessários – ETE........................................................................ 266
Tabela 125 - Investimentos necessários – Projetos ................................................................. 267
Tabela 126 - Investimentos necessários – Resumo ................................................................. 267
Tabela 127 - Cenário 2 - Demandas para o sistema de esgoto (redes separadoras) – Sampaio
Correa ........................................................................................................................................ 268
Tabela 128 - Cronograma de execução – Cenário 2 - 2.014 a 2.023....................................... 270
Tabela 129 - Cronograma de execução –Cenário 2 - 2.024 a 2.033........................................ 270
Tabela 130 - Investimentos necessários – redes coletoras, ligações domiciliares, estações
elevatórias e linhas de recalque ................................................................................................ 274
Tabela 131 - Investimentos necessários – ETE........................................................................ 274
Tabela 132 - Investimentos necessários – Projetos ................................................................. 275
Tabela 133 - Investimentos necessários – Resumo ................................................................. 275
Tabela 134 - Comparativo de investimentos (Cenários 1 e 2) – CEDAE (Sampaio Correa) ... 276
xii
Tabela 135 - Investimentos estimados para a área não concedida ......................................... 278
Tabela 136 - Condicionantes, Deficiências e Potencialidades ................................................. 283
Tabela 137 - Ameaças e Oportunidades do atual modelo de gestão. ...................................... 285
Tabela 138 - Modelo Numérico para Ponderação das Ameaças. ............................................ 286
Tabela 139 - Ameaças programa 1 – Hidrologia ...................................................................... 287
Tabela 140 - Ameaças programa 2 – Microdrenagem.............................................................. 288
Tabela 141 - Ameaças programa 3 – Macrodrenagem ............................................................ 288
Tabela 142 - Ameaças programa 4 – Defesa Civil ................................................................... 288
Tabela 143 - Ameaças programa 5 – Gestão do Sistema ........................................................ 289
Tabela 144 - Necessidade de investimentos em drenagem e manejo de águas pluviais urbanas
entre o ano base de 2011 e os anos 2015, 2020 e 2030. ........................................................ 293
Tabela 145 - Necessidade de investimentos totais em drenagem e manejo de águas pluviais
urbanas para o País. ................................................................................................................. 294
Tabela 146 - Metas para gestão dos serviços de saneamento básico na Região Sudeste do
País (em %). .............................................................................................................................. 294
Tabela 147 - Cronograma financeiro (Programa 1) .................................................................. 316
Tabela 148 - Cronograma financeiro (Programa 2) .................................................................. 317
Tabela 149 - Cronograma financeiro (Programa 3) .................................................................. 317
Tabela 150 - Cronograma financeiro (Programa 4) .................................................................. 318
Tabela 151 - Cronograma financeiro (Programa 5) .................................................................. 318
Tabela 152 - Resumo do cronograma ...................................................................................... 319
Tabela 153 - Investimentos por programa ................................................................................ 319
Tabela 154 - Fontes de recurso (Hidrologia) ............................................................................ 320
Tabela 155 - Fontes de recurso (Microdrenagem).................................................................... 320
Tabela 156 - Fontes de recurso (Macrodrenagem) .................................................................. 320
Tabela 157 - Fontes de recurso (Defesa Civil) ......................................................................... 320
Tabela 158 - Fontes de recurso (Gestão do Sistema) .............................................................. 321
Tabela 159 - Fontes de recursos (valor total) ........................................................................... 321
Tabela 160 - Modelos Institucionais para a Regulação, Fiscalização e Controle dos Serviços de
Saneamento Básico .................................................................................................................. 357
Tabela 161 - Estrutura Financeira ............................................................................................. 376
Tabela 162 - Investimentos previstos pela CAJ ........................................................................ 376
Tabela 163 - Repasse de recursos financeiros do Governo do Estado através do ICMS Verde
(2012) ........................................................................................................................................ 377
Tabela 164 - Recursos necessários por serviço ....................................................................... 378
Tabela 165 - Capacidade de investimento em 20 anos ............................................................ 378
Tabela 166 - Comparativo entre capacidade de investimento e recursos necessários ........... 379
Tabela 167 – Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas ............................................... 389
Tabela 168 - Metas de Níveis de Atendimento (Contrato de Concessão) ............................... 398
xiii
Tabela 169 - Níveis de Atendimento (2012) ............................................................................ 399
Tabela 170 - Nota atribuída às condições dos canais e galerias de drenagem do município
quanto ao seu estado de manutenção. ..................................................................................... 402
Tabela 171 - Nota atribuída às condições dos canais e galerias de drenagem do município
quanto à presença de lixo nos mesmos. ................................................................................... 403
Tabela 172 - Nota atribuída às condições dos canais e galerias de drenagem do município
quanto à impermeabilização do solo de bacias contribuintes. .................................................. 403
Tabela 173 - Nota atribuída às condições de risco de inundação do município de Saquarema
................................................................................................................................................... 404
Tabela 174 - Distribuição Percentual das internações (%) por Grupo de Causas e Faixas
Etárias ....................................................................................................................................... 406
Tabela 175 - IDH do município de Saquarema ......................................................................... 407
xiv
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
ABCON - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CONCESSIONÁRIAS PRIVADAS DE
SERVIÇOS PÚBLICOS DE ÁGUA E ESGOTO
ANA - AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS
APA - ÁREAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL
AGENERSA - AGÊNCIA REGULADORA DE ENERGIA E SANEAMENTO BÁSICO
DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
AEMERJ - ASSOCIAÇÃO ESTADUAL DE MUNICÍPIOS DO ESTADO DO RIO DE
JANEIRO
ANAMMA - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE ÓRGÃOS MUNICIPAIS DE MEIO
AMBIENTE
ANP - AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS
ATT - ÁREA DE TRANSBORDO E TRIAGEM
CAJ - CONCESSIONÁRIA ÁGUAS DE JUTURNAÍBA
CBHLSJ - COMITÊ DA BACIA HIDROGRÁFICA LAGOS SÃO JOÃO
CDP - CONDICIONANTES/DEFICIÊNCIAS/POTENCIALIDADES
COBRADE - CODIFICAÇÃO BRASILEIRA DE DESASTRES
CPRM - SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL
CEDAE - COMPANHIA ESTADUAL DE ÁGUAS E ESGOTOS
CEPERJ - FUNDAÇÃO CENTRO ESTADUAL DE ESTATÍSTICAS, PESQUISAS
CESB - COMPANHIAS ESTADUAIS DE SANEAMENTO BÁSICO
CETESB - COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL
CILSJ - CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL PARA GESTÃO AMBIENTAL DAS BACIAS
DA REGIÃO DOS LAGOS, DO RIO SÃO JOÃO E ZONAS COSTEIRAS
CTDR - CENTROS DE TRATAMENTO E DESTINAÇÃO DE RESÍDUOS
DAE - DEPARTAMENTO DE ÁGUA E ESGOTO
DNOS - DEPARTAMENTO NACIONAL DE OBRAS DE SANEAMENTO
EMATER - INSTITUTO DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL
ERJ - ESTADO DO RIO DE JANEIRO
EEE - ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ESGOTO
ETA - ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA
ETE - ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO
FGV - FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS
FUNASA - FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE
xv
GLP - GÁS LIQUEFEITO DO PETRÓLEO
GESAN - GRUPO EXECUTIVO DE SANEAMENTO E DRENAGEM URBANA
IBAM - INSTITUTO BRASILEIRO DE ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL
IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA
INEA - INSTITUTO ESTADUAL DO AMBIENTE
IMELS - MINISTÉRIO ITALIANO DO MEIO AMBIENTE E DA TUTELA DO
TERRITÓRIO E DO MAR
INMET - INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA
IPHAN - INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL
IPCA - ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR AMPLO
LNSB - LEI NACIONAL DE SANEAMENTO BÁSICO
MRA - MACRORREGIÃO AMBIENTAL
PAC - PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO
PCMS - PROJETO DE COMUNICAÇÃO E MOBILIZAÇÃO SOCIAL
PEV - PONTO DE ENTREGA VOLUNTÁRIA
PGIRS - PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS
PGRIND - PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS
PGRS - PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
PLANCON - PLANO DE CONTINGÊNCIA DE PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
PLANARES - PLANO NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS
PLANSAB - PLANO NACIONAL DE SANEAMENTO BÁSICO
PMS - PREFEITURA MUNICIPAL DE SAQUAREMA
PMSB - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
PNRS - POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS
POA - PLANOS OPERATIVOS ANUAIS
PPA - PLANO PLURIANUAL
PPP - PARCERIAS PÚBLICO PRIVADA
RAS - RELATÓRIO AMBIENTAL SIMPLIFICADO
RCC - RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
RH - REGIÃO HIDROGRÁFICA
RSS - RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
RSU - RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS
SAAE - SERVIÇOS AUTÔNOMOS DE ÁGUA E ESGOTO
SAMAE - SERVIÇOS AUTÔNOMOS MUNICIPAIS DE ÁGUA E ESGOTOS
xvi
SEA - SECRETARIA DE ESTADO DO AMBIENTE
SINMETRO - SISTEMA NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO E
QUALIDADE INDUSTRIAL
SISNAMA - SISTEMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE
SNIS - SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES SOBRE SANEAMENTO
SNVS -SISTEMA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA
STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
SUASA - SISTEMA UNIFICADO DE ATENÇÃO À SANIDADE AGROPECUÁRIA
TTS - TOMADA DE TEMPO SECO
UFMG - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
UGPLAN - UNIDADE DE GERENCIAMENTO DO PLANO
UNICEF - FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA
xvii
1
INTRODUÇÃO
O Governo do Estado do Rio de Janeiro, através da Secretaria de
Estado do Ambiente (SEA), com apoio de associações do terceiro setor, como
a ANAMMA, a AEMERJ e os Comitês de Bacia Hidrográfica, vem coordenando
vários programas estruturantes que buscam introduzir mudanças reais no
quadro setorial do Saneamento Básico no Estado.
Neste aspecto é importante citar o Programa Pacto pelo Saneamento,
lançado em dezembro de 2.008, e instituído como Programa Estadual por meio
do Decreto 42.930, de 18 de Abril de 2.011, e que integra os subprogramas: (i)
Rio + Limpo, com uma série de ações que visam ampliar o acesso e a
qualidade dos serviços de esgotamento sanitário; e (ii) Lixão Zero que visa
erradicar
os
lixões
do
Estado
e
implantar
soluções
econômica
e
ambientalmente sustentáveis para a gestão dos resíduos sólidos.
É importante frisar que essa etapa de planejamento do setor de
saneamento nos municípios fluminenses está em plena compatibilidade e
franca afinidade com os Planos de Recursos Hídricos das bacias hidrográficas
do Estado do Rio de Janeiro, garantindo as diretrizes de intersetorialidade
oriundas do Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB).
Em consonância com a Lei Estadual n.º 5.234/2.008 que prioriza
investimentos em saneamento para recuperação da qualidade ambiental das
bacias hidrográficas do Estado, o Comitê Lagos São João aprovou a aplicação
de recursos financeiros da cobrança pelo uso da água na bacia, para a
elaboração de Planos Municipais de Saneamento Básico. De forma geral, os
municípios beneficiados pelos recursos do Comitê Lagos São João, Cabo Frio,
Arraial do Cabo, Araruama, Saquarema, Silva Jardim, São Pedro da Aldeia,
Armação dos Búzios e Iguaba Grande são servidos por sistemas integrados de
abastecimento
de
água
e
esgotamento
sanitário,
operados
pelas
concessionárias Prolagos e Águas de Juturnaíba. Para atender de forma
satisfatória
a população
residente nos referidos municípios,
tanto a
infraestrutura de abastecimento de água, quanto à infraestrutura de coleta e
tratamento de esgoto precisam ser ampliadas.
18
Os serviços de saneamento prestados à população, como manejo de
resíduos sólidos, drenagem urbana, o abastecimento de água potável e a
coleta e tratamento adequado dos esgotos sanitários são de fundamental
importância à vida e ao desenvolvimento humano. Quanto maiores os índices
de atendimento desses serviços básicos à população, menores são os
investimentos com saúde, notadamente, os relacionados com as doenças de
veiculação hídrica.
Um aspecto a ser destacado é que a capacidade dos governos
estaduais e municipais em custear os serviços de saneamento é bastante
limitada, sendo, portanto necessária à adoção de modelos de gestão em que
os serviços possam buscar a sustentabilidade dos sistemas através de taxas
ou tarifas.
A estruturação tarifária reveste-se de grande importância, uma vez que
devem contemplar no seu equacionamento, tanto os parâmetros ambientais,
mas também, os parâmetros sociais e de saúde pública. Neste sentido, é
fundamental a capacidade de pagamento dos usuários dos serviços, fato que
ressalta a importância da elaboração e implementação dos Planos Municipais
de Saneamento Básico, com efetiva participação e controle social.
Destaca-se na conceituação da Política Nacional de Saneamento
Básico, quanto à elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico, a
ampla e efetiva participação e o controle social pela população local, através da
divulgação das ações a serem desenvolvidas ao longo dos trabalhos, e mais
ainda, após sua conclusão, tendo em vista sua implementação e revisões ao
longo de 20 anos.
Reforça-se ainda, que a Política Nacional de Resíduos Sólida (PNRS)
instituída pela Lei n.º 12.305/2.010, e regulamentada pelo Decreto n.º
7.404/2.010, após vinte e um anos de discussões no Congresso Nacional
marca o início de uma grande articulação com os entes Federados – União,
Estados e Municípios, o setor produtivo e a sociedade civil, na busca de
soluções originadas pelos resíduos sólidos comprometendo a saúde pública e
o meio ambiente das populações brasileiras distribuídas no território nacional.
19
2
2.1
OBJETIVOS
Objetivo Geral
Atender ao disposto na Lei n.º 11.445/2.007 e Decreto n.º 7.217/2.010,
que instituem o Plano Municipal de Saneamento Básico e na Lei 12.305/2.010
e Decreto n.º 7.404/2.010 que instituem o Plano de Gestão Integrada de
Resíduos Sólidos, em elaboração, para a Prefeitura Municipal de Saquarema.
Figura 2
- Plano Municipal de Saneamento Básico
Fonte: SERENCO, 2.012.
Os Planos de Saneamento Básico têm como objetivo principal dotar os
municípios de instrumentos e mecanismos que permitam a implantação de
ações
articuladas,
duradouras
e
eficientes,
que
possam
garantir
a
universalização do acesso aos serviços de saneamento básico com qualidade,
equidade e continuidade, através de metas definidas em um processo
participativo. E desta forma, atender às exigências estabelecidas na Política
Nacional de Saneamento Básico e na Política Nacional de Resíduos Sólidos,
visando beneficiar a população residente nas áreas urbanas e rurais dos
20
respectivos municípios e contribuindo para a melhoria da qualidade
socioambiental das populações residentes e sazonais dos Municípios.
2.2
Objetivos Específicos
Como objetivos específicos, destacam-se:
 Formular diagnóstico da situação local, com base em sistemas de
indicadores sanitários, epidemiológicos, ambientais e socioeconômicos;
 Definir os objetivos e metas para a universalização do acesso aos serviços
de
saneamento
sustentabilidade
básico,
com
(ambiental,
qualidade,
social
e
integralidade,
econômica),
segurança,
regularidade
e
continuidade;
 Definir critérios para a priorização dos investimentos, em especial para o
atendimento à população de baixa renda;
 Fixar metas físicas e financeiras, baseadas no perfil do déficit de
saneamento básico e nas características locais;
 Definir os programas, projetos, ações e investimentos e sua previsão de
inserção no PPA e no orçamento municipal;
 Definir os instrumentos e canais da participação e controle social, os
mecanismos de monitoramento e avaliação do Plano e as ações para
emergências e contingências;
 Estabelecer estratégias e ações para promover a saúde ambiental,
salubridade ambiental, a qualidade de vida e a educação ambiental nos
aspectos relacionados ao saneamento básico;
 Estabelecer
diretrizes
para
a
busca
de
alternativas
tecnológicas
apropriadas, com métodos, técnicas e processos simples e de baixo custo,
que considerem as peculiaridades locais e regionais;
 Fixar as diretrizes para a elaboração dos estudos e a consolidação e
compatibilização
dos
planos
setoriais
específicos,
relativos
aos
componentes do Saneamento Básico, especialmente abastecimento de
água e esgotamento sanitário;
21
 Estabelecer diretrizes e
ações em
parceria
com
os setores
de
gerenciamento dos recursos hídricos, meio ambiente e habitação, para
preservação e recuperação do ambiente, em particular do ambiente urbano,
dos recursos hídricos e do uso e ocupação do solo.
Garantir o efetivo controle social, com a inserção de mecanismos de
participação popular e de instrumentos institucionalizados para atuação nas
áreas de regulação e fiscalização da prestação de serviços.
As Figuras 3, 4 e 5, representam as estruturas de apoio municipal,
estadual, regional e de trabalho, programadas para a elaboração do PMSB de
Saquarema, Estado do Rio de Janeiro.
22
Figura 3 - Estrutura de apoio estadual e regional para a elaboração do PMSB de
Saquarema
Fonte: SERENCO, 2.012.
Figura 4 - Estrutura de apoio municipal para a elaboração do PMSB de Saquarema
Fonte: SERENCO, 2.012.
23
Figura 5 - Estruturação do Trabalho
Fonte: SERENCO, 2.012.
24
3
METODOLOGIA PARTICIPATIVA
A empresa SERENCO - Serviços de Engenharia Consultiva, de acordo
com o CONTRATO n.º 48/2012/INEA para a elaboração dos Estudos e
Projetos para Consecução do Plano Municipal de Saneamento Básico de
Saquarema, obedece à metodologia participativa apoiada nos seguintes
elementos:
- Termo de Referência para elaboração dos Trabalhos, parte
integrante do Edital de Tomada de Preços (TP) n.º 11/2011, do
INEA;
- Contrato n.º 48/2012 firmado entre o INEA e a SERENCO, em
24/07/2.012;
- Plano de Trabalho e Projeto de Comunicação e Mobilização
Social;
- Produtos a serem entregues mediante o acompanhamento
técnico e participação social das populações locais;
- Reuniões com técnicos do INEA, Agência de Bacia do Rio São
João e Consórcio Intermunicipal Lagos São João;
- Entrevistas
e
consultas
diretas
com
os
responsáveis,
complementando-as com visitas em campo;
- Consultas bibliográficas em trabalhos técnicos e científicos,
estudos, relatórios e projetos já elaborados sobre o tema;
- Consultas na internet e outros meios de informações, e,
- Encaminhamento de questionário específico.
Destaca-se a intensa Mobilização Social promovida pela mídia local e
junto às Secretarias Municipais, Órgãos Públicos e representativos de
Profissões e Classes, Associações de Bairros, Conselhos Municipais, entre
outros.
Ainda,
a
instalação
e
disponibilização
do
Blog
no
projeto
(www.pmsblsj.wordpress.com) o qual estabeleceu a conexão da SERENCO
com as comunidades locais. No anexo, material básico produzido.
25
4
CARACTERIZAÇÃO DO MUNÍCIPIO
4.1
Características Geográficas
O município de Saquarema se localiza no Estado do Rio de Janeiro, na
Região Hidrográfica (RH) VI - Lagos São João, a uma distância de 100 (cem)
quilômetros da capital do estado, Rio de Janeiro, e apresenta uma área
territorial de aproximadamente 353,57 km2, correspondente a 7,02 % da área
da Região das Baixadas Litorâneas. Os municípios limítrofes são Rio Bonito,
Araruama e Maricá, todos localizados no estado do Rio de Janeiro. As
distâncias entre o município de Saquarema e seus municípios limítrofes estão
evidenciadas na Tabela 1.
Tabela 1 - Distâncias de Saquarema aos municípios limítrofes
Município
Distância (km)
Rio Bonito
Araruama
Maricá
26
18
52
Fonte: GOOGLE MAPS, 2.012.
A altitude do município é ao Nível do Mar e possui as coordenadas
geográficas: 22° 55’ 12″ de Latitude Sul e 42° 30′ 37″ de Longitude Oeste. A
Figura 6 demonstra a localização do município no Estado do Rio de Janeiro.
Figura 6 - Localização do Município no Estado
Fonte: SEBRAE (Estudo sobre informações socioeconômicas do município de Saquarema),
2.011.
26
O município é divido em três distritos denominados:

1.º Distrito – Sede

2.º Distrito – Bacaxá

3.º Distrito – Sampaio Correia
A Figura 7 demonstra a divisão territorial de Saquarema.
Figura 7 - Macrozoneamento
Fonte: Plano Diretor de Saquarema
4.2
Características Demográficas
De acordo com o Censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) em 2010 o município contou com uma população de 74.234
habitantes e densidade demográfica de 209,66 hab./km². A população em área
urbana corresponde a 94,91% do município. A Tabela 2 demonstra a evolução
populacional do município de Saquarema.
27
Tabela 2 - Evolução Populacional (Saquarema)
ANO
População Total
(hab.)
1980
1991
2000
2010
28.200
37.888
52.461
74.234
Taxa de
Taxa de
Crescimento
Urbanização
Populacional
(%)
a.a. (%)
2,72%
3,68%
3,53%
População
Urbana
(hab.)
População
Rural
(hab.)
21.090
35.263
50.422
70.456
7.110
2.625
2.039
3.778
74,79%
93,07%
96,11%
94,91%
Fonte: IBGE, 2.010.
De acordo com a Sinopse do Censo de 2010, Saquarema conta com
272 setores censitários. Ao considerar a divisão territorial, apresentada
anteriormente, sobrepostas aos setores censitários, definiu-se a população
residente e o número de domicílios para cada região no ano de 2010, expostos
na Tabela 3.
Tabela 3 - População por Distrito
ANO
2010
DISTRITO
1.º Distrito – Sede
2.º Distrito – Bacaxá
3.º Distrito – Sampaio
Correia
TOTAL
Qtde
População
Setores
Total
Censitários
Domicílios
Particulares População População
Permanentes Urbana
Rural
Ocupados
110
108
26.999
35.515
8.665
10.786
26.999
33.829
0
1.686
54
11.720
3.646
9.628
2.092
272
74.234
23.097
70.456
3.778
Fonte: Censo IBGE, 2.010.
Estes valores por região serão de fundamental importância para o Plano
de Saneamento do município, pois a partir destes se fará o planejamento das
metas, em função da população de cada uma destas regiões. Além da
população residente, deve-se destacar que o município de Saquarema atrai
turistas durante o ano todo somando uma significativa população flutuante.
4.3
Características Culturais
28
Saquarema tem grande riqueza cultural: além das influências indígenas,
possui traços de diversos grupamentos étnicos, como as populações
afrodescendentes, as comunidades quilombolas e a população caiçara. Em
Saquarema acontece a Festa de Nazareth mais antiga do Brasil. Os primeiros
registros da festa no município datam de 1.640, data da construção da igreja
que depois foi reconstruída no século 19 e hoje é a Igreja Matriz, tombada pelo
Iphan.
No município, vários outros espaços refletem o multiculturalismo
presente em sua história, como a Igreja de Santo Antônio, Casa de Cultura,
que abriga a Biblioteca Pública, Capela de São Pedro em Jaconé (ambas
tombadas pelo Inepac), e Teatro Municipal Mário Lago.
Entre as ações culturais, destacam-se a feira de artesanato da Praça
Oscar de Macedo Soares; a Feira Cultural de Saquarema; a Folia de Reis; e o
Projeto Cinesesc, uma parceria entre a prefeitura e o Cine-Sesc que leva
cinema às comunidades. Também merece menção a Casa do Nós, em
Bacaxá, uma filial do grupo Nós do Morro (do Vidigal, Rio de Janeiro), que
promove teatro experimental e popular de grande impacto; a Casa da Cultura
Walmir Ayala, que foi a primeira Câmara Municipal de Saquarema, no século
19, e é tombada pelo Iphan e pelo Inepac, onde são realizadas exposições e
aulas de pintura e artesanato.
Seus museus são o Templo do Rock; o Museu do Vôlei e o Museu do
Sambaqui.
Os sítios arqueológicos estão sendo preservados pelo Departamento de
Arqueologia do Museu Nacional/UFRJ.
4.4
Características Ambientais
4.4.1 Clima
Na Região Hidrográfica VI (Lagos São João) há uma notável diversidade
climática, variando do regime tropical ao semiárido, sendo o clima de
Saquarema classificado como Tropical Úmido. O clima de Saquarema
apresenta verão quente, úmido e chuvoso, e inverno frio e seco. Com base nos
29
dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet, 2006), a
temperatura média anual é de 25 °C.
A distribuição das chuvas exibe uma forte variação espacial e temporal
devido à ação combinada das mudanças das massas de ar que pairam sobre a
região ao longo do ano, com as diversificadas características do meio ambiente
das bacias e da zona costeira, em especial o relevo, associado ao fenômeno
da ressurgência marítima que ocorre nas costas de Cabo Frio e Arraial do
Cabo. Durante o verão predomina a massa de ar Continental Equatorial,
enquanto no resto do ano prevalece a massa de ar Tropical Atlântica. Frentes
frias
frequentemente
passam
pela
região,
em
especial
durante
a
primavera (Fonte: Consórcio Intermunicipal Lagos São João - CILSJ). Desta
maneira, as chuvas são mal distribuídas, sendo que nos períodos chuvosos, de
outubro a março, o índice pluviométrico pode igualar ou ser superior a dez
vezes o da estação de estiagem (abril a setembro).
No município de Saquarema o índice pluviométrico varia entre 800 a
1.200 mm/ano.
A Figura 8 mostra a variação dos índices pluviométricos na RH VI.
Figura 8 – Índices Pluviométricos da RH VI
Fonte: CILSJ, 2.012.
30
4.4.2 Relevo
O relevo da RH VI é bastante diversificado, sendo representado
por serras, planaltos, colinas, baixadas e restingas (Fonte: CILSJ). Saquarema
é constituída por elevações que integram a Serra do Mar, formando um arco ao
norte, delimitado por colinas e por amplas baixadas de restingas. Nas planícies
próximas às praias e no entorno da Lagoa de Saquarema existem brejos –
áreas sujeitas a inundações periódicas. Nas baixadas dominam as lagoas e
extensos brejos periféricos, drenados em parte pelo governo do Estado do Rio
de Janeiro nos idos de 1.950 e, posteriormente, por proprietários rurais e
empresas imobiliárias.
O relevo de Saquarema é caracterizado como Pequenos Conjuntos de
Montanhas e Maciços Isolados (Castelhana), amplas baixadas construídas
pelos rios e pelo mar, notadamente nas bacias das lagoas de Saquarema,
Jaconé e Jacarepiá, e Restingas Costeiras.
Ecologicamente, as restingas são ecossistemas costeiros, fisicamente
determinados pelas condições edáficas (solo arenoso) e pela influência
marinha, possuindo origem sedimentar recente (início no período Quaternário),
sendo que as espécies que aí vivem (flora e fauna) possuem mecanismos para
suportar os fatores físicos dominantes como: a salinidade, extremos de
temperatura, forte presença de ventos, escassez de água, solo instável,
insolação forte e direta, dentre outros. Em resumo a restinga (termo utilizado no
Brasil) é um terreno arenoso e salino, próximo ao mar e coberto de plantas
herbáceas características. Ou ainda, de acordo com resolução do CONAMA,
"entende-se por vegetação de restinga o conjunto das comunidades vegetais,
fisionomicamente distintas, sob influência marinha e fluvio-marinha.
Estas comunidades, distribuídas em mosaico, ocorrem em áreas de
grande diversidade ecológica sendo consideradas comunidades edáficas por
dependerem mais da natureza do solo que do clima", considerada um
ecossistema do bioma Mata Atlântica que pertence ao grupo das formações
31
pioneiras com influência marinha. A Mata Atlântica é um dos biomas mais ricos
em biodiversidade do mundo e chegou a ocupar quase todo o litoral brasileiro.
Devido ao intenso desmatamento, iniciado com a chegada dos
colonizadores portugueses, atualmente restam apenas 7% de sua área original.
4.4.3 Vegetação e Flora
Segundo o CILSJ a cobertura vegetal nativa atual de Saquarema
compreende:

Vegetação de restinga, em especial nos arredores de
Jaconé;

Manguezais em alguns trechos das margens das lagoas de
Saquarema;

Brejos espalhados por toda a região.
Estima-se, na área de atuação do CILSJ, a existência de mais de seis
centenas de espécies de árvores e arbustos nativos e mais de três mil espécies
de outras plantas como palmeiras, cipós, trepadeiras, bromélias, cactus,
orquídeas e uma infinidade de ervas, além de outro punhado de espécies de
algas, liquens musgos e samambaias (Fonte: CILSJ).
O município possui um mosaico de ecossistemas, como lagoas, praias,
montanhas, restingas, brejos e cachoeiras, que deveria ser preservado.
Segundo dados da Fundação SOS Mata Atlântica, Saquarema ainda é coberta
por remanescentes florestais que correspondem a 13% de seu território.
A vegetação original é quase toda formada por densas florestas, que
ainda podem ser encontradas nos locais mais acidentados das encostas. Nas
áreas de baixada existem diversas localidades propícias à implementação de
Unidades de Conservação (UCs), como restingas, manguezais, brejos salinos
e brejos de água doce. As matas de baixada foram quase totalmente
suprimidas, inclusive as situadas às margens dos rios, substituídas por
pastagens. No entanto, parcelas de Mata Atlântica ainda podem ser vistas nas
montanhas, e uma amostra valiosa de mata de restinga se encontra
preservada na Reserva Ecológica de Jacarepiá.
32
Localizada integralmente em Saquarema, a RESERVA ECOLÓGICA
ESTADUAL DE JACAREPIÁ (REEJ) foi criada pela pelo Decreto nº 9.529-A de
15/12/86 (D.O. de 31/01/87), com o objetivo de proteger de forma mais restrita
os ecossistemas próximos ou co-relacionados à LAGOA DE JACAREPIÁ até
então em bom estado de conservação. Afastada do mar cerca de 1200 metros,
a lagoa está cercada por extenso brejo que, em época chuvosa, consiste em
área de inundação favorecendo uma flora e fauna bastante diversificada.
Situada entre a lagoa e o mar, encontra-se a mata seca de restinga com
árvores em torno de 20 metros, de troncos grossos e galhos repletos de
epífitas, remanescentes de uma época passada, quando grandes trechos de
restinga eram revestidos por pujante floresta, em muitos pontos interligados à
Mata Atlântica, formando corredores por onde se cumpria o ciclo vital e
evolutivo da migração das espécies da fauna regional, sendo algumas
endêmicas, como o Mico-Leão-Dourado. Segundo relatório da FEEMA, nesta
Reserva se situa a melhor mata seca de restinga de todo o Estado do Rio de
Janeiro, não tendo outra em igual estado de preservação. Após levantamento
botânico pôde-se verificar que a maioria das espécies ali encontradas já não
existem mais em outras restingas do Estado.
A reserva é um refúgio natural para o desenvolvimento de várias
espécies representativas de nossa fauna, tanto aquática quanto terrestre, e de
nossa flora, assim sendo: O mico-leão dourado, pequeno primata ameaçado de
extinção, que aproveita os antigos ninhos do Pica-Pau dourado (pássaro que
constrói seus ninhos e, troncos de árvores na mata seca de restinga), ninhos
esses que lhes servem de abrigo e esconderijo protegendo-os dos predadores
noturnos; Guaxinins, lontras, cobras d'água e jacarés de papo amarelo estes
considerados como os maiores predadores da região e ameaçados de
extinção; Inúmeras espécies de aves, tais como: o Pica-Pau dourado, a coruja
buraqueira, a batuíra, o gavião da restinga, o sabiá da praia, o quero-quero, o
anu branco, o maçarico, garças, socós e outros encontrados em brejais.
A ictiofauna se faz representada por espécies de peixes característicos
de laguna como: acará, traíra, piaba, e outros, além de inúmeros alevinos,
33
girinos e grande quantidade de sapos, rãs e pererecas que participam da
cadeia alimentar de animais de grande porte, como os Guaxinins e as lontras.
A flora se faz representar por diversas plantas entre as quais podemos
destacar o maracujá da restinga e inúmeras espécies de bromeliáceas. Vários
artigos foram publicados em revistas especializadas, assim como reportagens
para a mídia envolvendo as espécies lá encontradas, muitas inclusive de
grande valor fitoterápico.
4.4.4 Recursos Hídricos
4.4.4.1 Região Hidrográfica
No que se refere à área territorial do município de Saquarema, esta
situa-se na RH VI do Estado do Rio de Janeiro, denominada Lagos São João.
A Figura 9 ilustra o mapa das Regiões Hidrográficas do Estado do Rio de
Janeiro.
Figura 9 - Mapa das Regiões Hidrográficas do Estado do Rio de Janeiro
Fonte: INEA, 2.013.
De acordo com a classificação, ainda em vigor e adotada pela Agência
Nacional de Águas (ANA) e pelo IBGE, a Região Hidrográfica VI (Lagos São
João) integra a bacia do Atlântico Leste, trecho Sudeste, cujo código é sub34
bacia SB-59. No que concerne a divisão ambiental do Estado, oficializada pelo
Decreto nº 26.058 de 14 de março de 2.000, as bacias integram a macrorregião
ambiental 4 (MRA-4).
Esta RH VI é gerenciada pelo Comitê das Bacias Hidrográficas das
Lagoas de Araruama, Saquarema e dos Rios São João e Una (Comitê de
Bacia Lagos São João), criado em 2.005 através do Decreto n.º 36.733 de 9 de
dezembro de 2.004, sendo instituídos em 2.005, por meio da Resolução
01/2.005, três Subcomitês para facilitar a gestão do território tão diverso da
bacia hidrográfica, sendo eles:
I. Subcomitê das Bacias Hidrográficas da Lagoa de Araruama e Rio Una;
II. Subcomitê da Bacia Hidrográfica da Lagoa de Saquarema;
III. Subcomitê da Bacia Hidrográfica do Rio São João.
Figura 10 - Divisão dos Subcomitês
Fonte: CILSJ, 2.012.
O município de Saquarema está inserido parcialmente na área
pertencente ao Sub-comitê da Lagoa de Araruama e Rio Una e parcialmente
no Sub-comitê da Lagoa de Saquarema. A RH VI é formada por cinco regiões
hidrográficas principais, cujos detalhes são mostrados no Quadro 1.
35
Quadro 1 - Principais Regiões Hidrográficas
Região Hidrográfica
(RH)
RH das lagoas de
Saquarema, Jaconé
e Jacarepiá.
Abrangência
Reúne as bacias das lagoas de
Saquarema, Jaconé e Jacarepiá e a área
de restinga entre as lagoas e o mar.
RH da Lagoa de
Reúne a bacia da Lagoa de Araruama, as
Araruama e do Cabo restingas de Massambaba e Cabo Frio e o
Frio
acidente geográfico chamado de Cabo Frio
Reúne a bacia do Rio Una, o Cabo de
RH do Rio Una e do
Búzios e as terras a retaguarda da Praia
Cabo de Búzios
do Peró.
RH do Rio São João
e Represa de
Juturnaíba
RH do Rio das Ostras
TOTAL
Reúne o Rio São João e seus afluentes
Área
(km²)
Municípios
310
Saquarema e Maricá
572
626
2.160
Reúne a bacia do Rio das Ostras e as
microbacias das lagoas do Iriri, Salgada e
157
Itapebussus
3.825
Araruama, Arraial do Cabo, Cabo
Frio, Iguaba Grande, São Pedro da
Aldeia, Saquarema e Rio Bonito.
Cabo Frio, Iguaba Grande, São
Pedro da Aldeia, Araruama e
Armação dos Búzios
Cachoeiras de Macacu, Rio Bonito,
Casimiro de Abreu, Araruama, São
Pedro da Aldeia, Cabo Frio, Rio das
Ostras e Silva Jardim.
Rio das Ostras e Casemiro de
Abreu
Fonte: CILSJ, 2.012.
A Figura 11 ilustra a área de atuação de cada Região Hidrográfica.
Figura 11 - Mapa das Regiões Hidrográficas Lagos São João
Fonte: CILSJ, 2.012.
36
4.4.4.2 Hidrografia
Saquarema é conhecida pela diversidade de biomas aquáticos. Seus
rios nascem e fazem todo o percurso dentro dos limites do município. Esta
região limita-se, a oeste, com a Bacia da Lagoa de Maricá; ao norte, com as
bacias da Baía de Guanabara e do Rio São João; e, a leste, com a Bacia da
Lagoa de Araruama. Os principais Rios de Saquarema são:

Rio Seco

Rio Tingui

Rio Bacaxá

Rio Bom Sucesso

Rio Jundia

Rio Roncador
No Censo preliminar inédito realizado em 2003 pelo CILSJ revelou a
existência de 38 lagoas dentro da Região Hidrográfica Lagos São João, sendo
às de Saquarema relatadas no Quadro 2.
Quadro 2 - Lagoas de Saquarema
Item
Lagoa
Municípios
1
Lagoa de Jaconé
Maricá e Saquarema
3
Ecossistema Lagunar de Saquarema (Lagoas de Urussanga ou
Mombaça, Jardim, Boqueirão e de Fora ou Saquarema)
Lagoa das Marrecas
4
Lagoa Nova
Saquarema
5
Saquarema
6
Lagoa do brejo do Mutum
Lagoa de Jacarepiá
7
Lagoa de Ipitangas
Saquarema
8
Lagoa de Jaconé Pequena
Saquarema
9
Lagoa Vermelha
2
10
Saquarema
Saquarema
Saquarema
Saquarema e Araruama
Saquarema, Araruama, Iguaba
Lagoa de Araruama
Grande, São Pedro da Aldeia,
Arraial do Cabo e Cabo Frio
Fonte: CILSJ (Censo Preliminar das Lagoas), 2.003.
37
4.4.4.2.1 Lagoa de Araruama
A lagoa de Araruama estende-se pelos municípios de Saquarema,
Araruama, Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia, Cabo Frio e Arraial do Cabo.
Com seus 220 km² de superfície, trata-se do maior ecossistema lagunar
hipersalino (supersalgado) em estado permanente do mundo. Embora no
planeta existam outras grandes lagoas hipersalgadas, nenhuma mantém o
espelho de água constante ao longo do ano.
4.4.5 Unidades de Conservação
4.4.5.1 Parque Estadual da Costa do Sol
O Parque Estadual da Costa do Sol foi criado pelo Governo do Estado
do Rio de Janeiro no dia 18 de abril de 2011, conforme Decreto n.º 42,929,
possuindo uma área total aproximada de 9.840,90 hectares, dividido em quatro
setores, cada qual composto por uma ou mais áreas distintas, que abrangem
terras dos municípios de Araruama, Armação de Búzios, Arraial do Cabo, Cabo
Frio, Saquarema e São Pedro da Aldeia. A Figura 12 ilustra a delimitação do
Parque do Sol.
Figura 12 - Parque do Sol
Fonte: CILSJ, 2.012.
38
4.4.5.2 Áreas de Preservação Permanente
Áreas de Preservação Permanente são porções do território municipal,
incluídas as ilhas costeiras e oceânicas, de domínio público ou privado,
destinadas à preservação de suas características ambientais relevantes, assim
definidas em lei. Segundo a Lei Orgânica Municipal, são áreas de preservação
permanente:
I - os manguezais, o espelho d' água dos lagos e lagunas, áreas
estuarinas e as restingas, na forma da lei;
II - as praias;
III - as nascentes e as faixas marginais de proteção de águas
superficiais;
IV - as áreas que abriguem exemplares ameaçados de extinção, raros,
vulneráveis ou menos conhecidos, na fauna e flora, bem como aqueles que
sirvam com local de pouso, alimentação ou reprodução;
V - as áreas de interesse arqueológico, histórico, científico, paisagístico
e cultural;
VI - as falésias fósseis e as encostas das colinas localizadas às margens
das lagoas e sua respectiva vegetação;
VII - a vegetação nativa de faixa marginal das lagoas de Saquarema,
Jaconé, Jaconé Pequena, Jacarepiá, Marrecas, Vermelha e Ipiranga;
VIII - os brejos do entorno da lagoa de Jacarepiá e a ilha respectiva.
São áreas de relevante interesse ecológico, cuja utilização dependerá de
prévia autorização dos órgãos competentes, preservados seus atributos
essenciais :
I - aqueles com coberturas florestais nativas;
II - a faixa marginal de proteção das lagoas do Município;
III - as lagoas de Jaconé, Saquarema, Jaconé Pequena, Marrecas;
IV - os brejos no entorno das lagoas de Saquarema;
V - as ilhas da lagoa do Município.
39
São Áreas de Preservação Permanente - APPs, além das áreas
estabelecidas na Lei Orgânica do Município de Saquarema, no Plano Diretor do
Município e das áreas previstas pela legislação ambiental federal e estadual:
I- os manguezais, a vegetação de restinga, a vegetação da orla marítima
e os remanescentes da mata atlântica, inclusive os capoeirões;
II- a cobertura vegetal que contribui para a estabilidade das encostas
sujeitas a erosão e ao deslizamento;
III- as nascentes, as matas ciliares e as faixas marginais de proteção das
águas superficiais;
IV– as áreas estuarinas, lagos, lagoas, lagunas, os rios e ribeiros;
V- as áreas que abriguem exemplares raros, ameaçados de extinção ou
insuficientemente conhecidos da flora e da fauna, bem como aquelas que
servem de pouso, abrigo ou reprodução de espécies migratórias;
VI- as elevações rochosas de valor paisagístico e a vegetação rupestre
de significativa importância ecológica;
VII– os brejos, o Canal Salgado e a ilha da Reserva Ecológica de
Jacarepiá;
VIII– as falésias fósseis e as encostas das colinas localizadas às
margens das lagoas;
VII- as demais áreas declaradas por lei.
4.4.5.2.1 APA Massambaba
A APA Massambaba foi criada pelo Governo Estadual através do
Decreto 9.529 de dezembro de 1986, com os objetivos de: preservar uma das
últimas áreas remanescentes de restinga, lagoas costeiras e brejos, ainda em
bom estado de conservação, responsáveis pelo abrigo de inúmeras espécies
de aves migratórias e habitat de espécies vegetais endêmicas; preservar
inúmeros sítios arqueológicos, fundamentais para pesquisas científicas; e
manter a grande sequência de dunas ali existentes revestidas de vegetação
protetora.
40
A APA abrange as áreas de 3 municípios: Arraial do Cabo, Araruama e
Saquarema, sendo composta por uma faixa de terra situada entre a Lagoa de
Araruama e o Oceano Atlântico, com uma área total de 76,3 Km², 26 km de
praia, largura máxima de 6 Km e mínima de 0,35 Km.
A APA de Massambaba é provida de belezas naturais exuberantes,
tendo como relevante representante da sua fauna o mico-leão-dourado e o
lagarto-branco-da-praia), tendo, também, grande potencial para pesquisa
científica, pesca (no mar e na lagoa) e esportes náuticos (na Lagoa de
Araruama, principal corpo d’água da APA), além de possuir diversas lagoas e
brejos costeiros (Fonte: INEA).
O Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental (APA) de
Massambaba foi aprovado pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro no dia 16
de abril de 2009, conforme Decreto n.º 41.820. A figura a seguir apresenta a
área da APA Massambaba, representada pela cor laranja.
Figura 13 - APA Massambaba
Fonte: CILSJ
41
4.4.5.2.2 Reserva Ecológica de Jacarepiá
Localizada integralmente em Saquarema, a RESERVA ECOLÓGICA
ESTADUAL DE JACAREPIÁ (REEJ) foi criada pela pelo Decreto nº 9.529-A de
15/12/86 (D.O. de 31/01/87), com o objetivo de proteger de forma mais restrita
os ecossistemas próximos ou co-relacionados à LAGOA DE JACAREPIÁ até
então em bom estado de conservação.
A Lagoa de Jacarepiá consiste em uma lagoa de água doce, próxima ao
mar, sendo a única lagoa de água doce da Região dos Lagos. Seu entorno
apresenta uma vegetação arbustiva baixa, onde são encontradas algumas
espécies raras e outras já em processo de extinção (orquídeas, bromélias,
begônias, canela, imbui-pimenta, gravata).
A fauna local também preserva alguns animais em extinção como lontras
e jacarés de papo amarelo. É um santuário ecológico, com variedades de
peixes e animais silvestres. A natureza nos privilegiou com uma raridade: uma
lagoa de água doce próxima ao mar. Afastada do mar cerca de 1200 metros, a
lagoa está cercada por extenso brejo que, em época chuvosa, consiste em
área de inundação favorecendo uma flora e fauna bastante diversificada.
Situada entre a lagoa e o mar, encontra-se a mata seca de restinga com
árvores em torno de 20 metros, de troncos grossos e galhos repletos de
epífitas, remanescentes de uma época passada, quando grandes trechos de
restinga eram revestidos por pujante floresta, em muitos pontos interligados à
Mata Atlântica, formando corredores por onde se cumpria o ciclo vital e
evolutivo da migração das espécies da fauna regional, sendo algumas
endêmicas, como o Mico-Leão-Dourado. Segundo relatório da FEEMA, nesta
Reserva se situa a melhor mata seca de restinga de todo o Estado do Rio de
Janeiro, não tendo outra em igual estado de preservação.
Após levantamento botânico pôde-se verificar que a maioria das
espécies ali encontradas já não existem mais em outras restingas do Estado.
A reserva é um refúgio natural para o desenvolvimento de várias espécies
42
representativas da fauna, tanto aquática quanto terrestre, e da flora brasileira e
regional.
4.5
Zoneamento Urbano
4.5.1 Zoneamento
Conforme Lei Municipal n.º 66 de 05 de Dezembro de 1.978 que dispõe
sobre o Zoneamento, Saquarema é dividida nas seguintes áreas:

I - Área Urbana (AU)

II - Área Rural (AR)

III - Área Especial (AE)
Segundo Art. 3º, a área urbana fica dividida nas seguintes zonas:

I - ZR - Zona Residencial;
 área de uso predominantemente residencial, onde
são admitidas atividades de uso comercial, de
serviços e industrial que não provoquem impacto
negativo ambiental ou incômodo à vizinhança.

II - ZC - Zona do Centro Histórico;
 envolve o núcleo histórico que deu origem ao
Município, a partir da Igreja de Nossa Senhora de
Nazaré.

III - ECS - Eixo do Comércio e Serviço;
 é
ocupado
por
estabelecimentos
e
empreendimentos, comerciais e de serviços de
médio e grande porte.

IV - ZRE - Zona Recreativa
 compreende a totalidade das áreas destinadas ao
lazer e ao bem-estar social.

V - ZEU - Zona de Expansão Urbana
 abrange os terrenos não parcelados, destinados ao
crescimento urbano.
43
Com relação à Área Rural (AR), segundo Inciso 2º Art. 54, esta
compreende grande parte do território municipal e é regida pela legislação
federal pertinente e pelas normas do Instituto Nacional de Colonização e
Reforma Agrária (INCRA).
E conforme Art. 4º, a Área Especial (AE) inclui as zonas de preservação
das margens das lagoas e cursos de água, as áreas acima da cota de 60,00 m
(sessenta metros), a área do Horto Florestal Estadual, a área do aeródromo, a
área de salino (Lagoa Vermelha), a área dos sambaquis e de vegetação natural
das restingas e a área dos cemitérios de Saquarema e Sampaio Correia.
4.5.2 Uso e Ocupação do Solo
As diretrizes do Uso e da Ocupação do Solo de Saquarema estão
inseridas na Lei Municipal n.º 66 de 05 de Dezembro de 1978 que dispõe sobre
o Zoneamento, mas a Lei n.º 848 de 10 de Outubro de 2006, que dispõe sobre
o Plano Diretor, institui que o Poder Público deverá revisar a Legislação
Urbanística observando as seguintes diretrizes:
I - Rever a legislação de Zoneamento e de Parcelamento do Solo, o
Código de Obras, o Código e Posturas, a Legislação Ambiental e o Código
Tributário para adequar essas leis às diretrizes do Plano Diretor;
II - determinar as zonas nas quais será permitida a verticalização,
limitando essas construções de maneira a privilegiar tal ocupação nas áreas
mais centrais com contrapartidas que ampliem os espaços de circulação e uso
público sem obstruir a paisagem urbana atual;
III - desenvolver as diretrizes de ocupação da Zona de Expansão Urbana
nos setores definidos no macro zoneamento;
IV - garantir a reserva de áreas de lazer em terrenos com declividade
inferior a 30% (trinta por cento), na aprovação de novos loteamentos;
V - criar áreas urbanas e de expansão urbanas;
VI - criar áreas impróprias para urbanização;
44
VII - criar áreas de especial interesse ambiental;
VIII - criar áreas rurais e de expansão rural;
IX - impedir a destinação urbana, às áreas consideradas como rurais;
X – estabelecer no parcelamento do solo por desmembramento, ou
qualquer outra forma de divisão, o tamanho mínimo dos lotes em áreas rurais.
Ainda segundo o Plano Diretor, o Poder Público deverá adotar as
seguintes diretrizes na revisão da Lei de Parcelamento do Solo:
I - estabelecer parâmetros para a definição das áreas públicas na
aprovação de novos loteamentos na zona de expansão urbana definida no
macrozoneamento, em que seja considerada a densidade de ocupação,
diferenciando:
1. no caso de "áreas verdes": parques, praças, campos e
zonas esportivas, áreas verdes ornamentais;
2. no caso de "áreas institucionais": áreas para saúde,
escola, creches, lazer e cultura.
II - prever a obrigatoriedade de incluir no projeto a designação do uso de
cada uma das áreas públicas previstas, de acordo com as novas diretrizes
municipais;
III - prever a criação de condomínios de áreas verdes e institucionais
entre vários parcelamentos, evitando a pulverização destas áreas públicas;
IV - condicionar a aprovação de novos loteamentos, inclusive chácaras,
ao prévio licenciamento ambiental junto ao órgão do meio ambiente municipal;
V - prever o abastecimento de água potável e tratamento de esgoto;
VI - estabelecer critérios para a implantação de poços artesianos no
Município;
VII - regulamentar os condomínios horizontais e de interesse social;
45
VIII - garantir que áreas com declividade maior que 30% (trinta por
cento) e também áreas de preservação permanente que margeiam córregos e
cabeceiras de nascentes, não sejam computadas como áreas verdes ou
institucionais.
4.5.3 Aspectos Fundiários
A situação fundiária do Município, com relação à titularidade dos
imóveis,
apresenta-se
bastante
diversificada.
Enquanto
há
terrenos
regularizados, outros encontram-se sub judice. ou apresentam situação
irregular, a exemplo da falta de títulos, descumprimento da legislação fundiária,
dentre outros. Há inúmeras áreas cuja ocupação é em regime de posse, sendo
usual a realização de parcelamento do solo, transações imobiliárias ou
construção de edificações sem o cumprimento dos trâmites legais cabíveis.
São numerosas as subdivisões de imóveis por partilha, motivadas pelo
falecimento do proprietário (muitas vezes, posseiro), realizadas sem qualquer
formalidade e sem a observância do procedimento legal do inventário, o que
resulta na inexistência do registro, no Cartório de Registro de Imóveis, das
novas unidades imobiliárias assim criadas.
Com o aumento do fluxo migratório para o município, sobretudo por
parte da população de baixa renda, à busca de emprego, observa-se uma
pressão em relação à ocupação de áreas, de forma irregular, caracterizando o
fenômeno das “invasões”, evidentes em bairros periféricos.
Constata-se a prática de parcelamento do solo ou de ocupação irregular
em Áreas de Preservação Permanente, o que revela a necessidade de o
Município estabelecer soluções visando a proteção destas áreas para fins
ambientais.
Embora o município apresente formações pioneiras e
refúgios
preservados, o uso desordenado dos recursos naturais vem aumentando.
Teme-se que o Plano Diretor não esteja sendo bem executado e que não
contemple a defesa dos ecossistemas locais. A retirada excessiva e sem
46
controle de minerais (de areia, em especial) foi apontada como uma questão a
solucionar. (Fonte: Agenda 21)
O desmatamento na região avança sobre trechos pequenos e médios da
Mata Atlântica que já estão isolados entre si, reduzindo as chances de conectálos a fragmentos de vegetação mais extensos e, portanto, ecologicamente
viáveis. Mesmo estas áreas florestadas mais extensas também estão sendo
afetadas pelo desmatamento. Além disso, foram registrados desmatamentos
no interior e em zonas de amortecimento das Unidades de Conservação.
O interesse da população pela manutenção dos serviços ambientais
prestados pelas áreas florestadas e pela conservação dos ecossistemas
frágeis é um ponto positivo para a preservação dessas áreas. Mas o
crescimento urbano desordenado e as atividades econômicas que causam a
degradação das serras e de outros ecossistemas podem comprometer a
instituição de cobrança pelos serviços ambientais prestados.
A existência de um sistema de informação voltado para os ecossistemas
de montanhas, ainda que precário, contribui para impedir o desmatamento
desordenado na área da Serra do Mato Grosso – assim como de outras
encostas –, que favorece o deslizamento de terra durante os períodos mais
chuvosos.
A população deve estar preparada para ajudar na proteção e no
desenvolvimento sustentável das montanhas, de forma a evitar a ruptura dos
serviços ambientais que elas prestam. É preciso também promover a
conscientização das autoridades em relação à necessidade de reflorestamento
na região.
Em Saquarema há terras improdutivas que poderiam ser destinadas a
assentamentos, mas ainda faltam propostas para solucionar o problema das
ocupações irregulares das Unidades de Conservação. O uso inadequado e a
ocupação desordenada do solo levam à destruição da restinga, do mangue e
da faixa marginal de praias, rios e lagoas, e à ocupação desordenada das
47
encostas das montanhas. Os loteamentos irregulares aumentam as áreas de
desmatamento e os riscos de queimadas, ocasionando o fim das nascentes.
Outras questões importantes são a falta de acesso às informações, de
fiscalização dos assentamentos em áreas sujeitas a alagamentos e de
drenagem dos terrenos baixos. Há um plano de emergência para as áreas de
risco, elaborado pela Defesa Civil, porém a infraestrutura e os recursos
humanos são insuficientes para atender às emergências de todo o município.
(Fonte: Agenda 21)
Há uma quantidade significativa de moradias sem titularidade, o que
expõe as famílias a situações de vulnerabilidade.
4.6
Legislação em Vigor
A seguir são apresentadas informações a respeito da Legislação
existente, no âmbito Municipal, pertinentes ou reguladoras das questões do
saneamento básico.
 Lei n.º 03 de 14 de Janeiro de 1977: Lei o Código de
Posturas do Município de Saquarema.
 Lei da Mata Atlântica;
 Lei n.º 58 de 23 de novembro de 1978: Código de Obras do
Município de Saquarema.
 Lei n.º 20 de 31 de maio de 1979: Regula o parcelamento
do solo para fins urbanos do Município de Saquarema, sem
prejuízo da Lei de Zoneamento e das normas estaduais e
Federais pertinentes.
 Lei Orgânica de 05 de Abril de 1990
 Lei Complementar n.º 01 de 11 de Dezembro de 1998:
Aprova o Código Tributário do Município de Saquarema.
 Lei n.º 848 de 10 de Outubro de 2006: Dispõe sobre o
Plano Diretor do município de Saquarema.
 Lei n.º 1.055 de 19 de Março de 2010: Dispõe sobre o
Código Municipal de Meio Ambiente de Saquarema.
48
4.7
Indicadores
4.7.1 Epidemiológicos
Indicadores epidemiológicos são importantes para representar os efeitos
das ações de saneamento ou da sua insuficiência na saúde humana e
constituem ferramentas fundamentais para a vigilância ambiental em saúde e
para orientar programas e planos de alocação de recursos em saneamento
ambiental.
4.7.1.1 Mortalidade
A taxa de mortalidade infantil consiste em um indicador importante das
condições de vida e de saúde de uma localidade, região, ou país, assim como
de desigualdades entre localidades. Pode também contribuir para uma
avaliação da disponibilidade e acesso aos serviços e recursos relacionados à
saúde, especialmente ao pré-natal e seu acompanhamento.
Por estar estreitamente relacionada à renda familiar, ao tamanho da
família, à educação das mães, à nutrição e à disponibilidade de saneamento
básico, considera-se a taxa de mortalidade infantil como um importante
indicador para o desenvolvimento sustentável, pois a redução da mortalidade
infantil
consiste
em
um
dos
importantes
e
universais
objetivos
do
desenvolvimento sustentável.
A Tabela 4 demonstra a porcentagem de óbitos ocorridos em
Saquarema por faixa etária, segundo grupo de causas.
49
Tabela 4 - Mortalidade Proporcional (%) por Faixa Etária
Grupo de
Causas
Menor
1
1a4
5a9
10 a
14
15 a
19
20 a
49
50 a
64
65 e
mais
60 e
mais
Total
Algumas
doenças
infecciosas e
parasitárias
5,88
0,00
0,00
0,00
16,67
5,38
4,30
2,39
2,14
3,82
Neoplasias
(tumores)
0,00
0,00
0,00
25,00
0,00
10,75
27,96
17,93 19,57 17,41
Doenças do
aparelho
circulatório
0,00
0,00
50,00
0,00
0,00
18,28
35,48
44,62 43,77 34,61
Doenças do
aparelho
respiratório
17,65
0,00
0,00
0,00
0,00
5,38
6,45
12,75 12,81 9,77
Algumas afec
originadas no
período
perinatal
64,71
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
Causas externas
de morbidade e
mortalidade
0,00
66,67
0,00
50,00
33,33
43,01
7,53
3,59
3,56 13,38
11,76
33,33
50,00
25,00
50,00
17,20
18,28
18,73 18,15 18,68
100
100
100
100
100
100
100
Demais causas
definidas
Total
100
100
2,34
100
Fonte: DATASUS, 2.009.
Nota-se na Tabela 4 que as principais causas de morte de município de
Saquarema correspondem a doenças do aparelho circulatório. As doenças
infecciosas e parasitárias, em geral relacionadas a carências de infraestrutura
sanitária, acometem no município de Saquarema, em maior parcela, em
adolescentes na faixa etária entre 15 a 19 anos.
Na Tabela 5 estão apresentados outros indicadores de mortalidade do
município entre os anos de 2.002 e 2.008.
50
Tabela 5 - Outros Indicadores de Mortalidade (Número)
Outros Indicadores
de Mortalidade
Total de óbitos
Nº de óbitos por
1.000 habitantes
420,00 443,00 460,00 427,00 517,00 581,00 539,00
7,56
7,78
7,88
6,93
8,18
8,96
7,94
% óbitos por causas
mal definidas
11,19
13,09
13,91
12,18
14,31
15,32
12,62
Total de óbitos
infantis
13,00
11,00
14,00
12,00
16,00
15,00
18,00
Nº de óbitos infantis
por causas mal
definidas
0,00
0,00
1,00
0,00
0,00
1,00
1,00
% de óbitos infantis
no total de óbitos *
3,10
2,48
3,04
2,81
3,09
2,58
3,34
% de óbitos infantis
por causas mal
definidas
0,00
0,00
7,14
0,00
0,00
6,67
5,56
Mortalidade infantil
por 1.000 nascidosvivos **
13,90
11,40
13,53
12,12
17,22
16,85
19,87
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
* Coeficiente de mortalidade infantil proporcional.
** Considerando-se apenas os óbitos e nascimentos coletados pelo SIM/SINASC.
Fonte: DATASUS, 2.009.
4.7.1.2 Morbidade
Em epidemiologia, morbidade ou morbilidade é a taxa de portadores de
determinada doença em relação ao número de habitantes não doentes, em um
local em dado momento. Define-se a morbidade como o comportamento das
doenças e dos agravos à saúde em uma população. A taxa de morbidade se
refere aos indivíduos de um determinado território (país, estado, município,
distrito municipal, bairro) que adoeceram em virtude da mesma doença em um
dado intervalo do tempo.
Na Tabela 6 está contida a distribuição percentual das internações
por grupos de causas faixas etárias.
51
Tabela 6 - Distribuição Percentual das internações (%) por Grupo de Causas e Faixas
Etárias
Grupo de causas
Menor
1
1a4
5a9
10 a
14
15 a
19
20 a
49
50 a
64
65 e
mais
60 e
mais
Total
Algumas doenças infecciosas e parasitárias
16,39
26,56
17,11
9,38
3,65
3,12
4,40
8,84
7,91
5,93
Neoplasias (tumores)
1,64
0,00
15,79 26,56
1,56
3,81
7,09
3,63
3,87
4,96
Doenças sangue órgãos hemat e transt imunitár
1,64
4,69
2,63
1,56
0,52
0,78
2,93
2,49
3,34
1,63
Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas
4,92
0,00
0,00
3,13
0,00
3,03
11,49
13,61
13,53
5,97
Transtornos mentais e comportamentais
0,00
0,00
0,00
0,00
0,52
2,43
0,49
0,00
0,00
1,26
Doenças do sistema nervoso
0,00
0,00
2,63
0,00
0,52
1,39
1,71
0,00
0,35
1,06
Doenças do olho e anexos
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,45
0,35
0,08
Doenças do ouvido e da apófise mastóide
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
Doenças do aparelho circulatório
4,92
0,00
5,26
1,56
3,13
7,97
41,08
30,39
33,04
16,58
Doenças do aparelho respiratório
36,07
31,25
11,84
4,69
1,04
3,21
8,31
17,69
15,99
8,33
Doenças do aparelho digestivo
4,92
7,81
15,79 12,50
1,56
6,85
8,07
5,67
5,10
6,83
Doenças da pele e do tecido subcutâneo
3,28
6,25
6,58
0,00
0,00
0,87
0,49
0,91
0,70
1,10
Doenças sist osteomuscular e tec conjuntivo
0,00
1,56
1,32
0,00
2,08
1,30
0,73
0,68
0,53
1,10
Doenças do aparelho geniturinário
4,92
14,06
5,26
6,25
5,73
6,67
5,13
8,84
8,61
6,83
Gravidez parto e puerpério
0,00
0,00
0,00
12,50 72,92 49,83
0,00
0,00
0,00
29,38
Algumas afec originadas no período perinatal
13,11
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,33
Malf cong deformid e anomalias cromossômicas
1,64
1,56
2,63
4,69
0,52
0,35
0,00
0,00
0,00
0,49
Sint sinais e achad anorm ex clín e laborat
0,00
0,00
0,00
1,56
0,00
0,35
0,73
0,91
0,88
0,49
Lesões enven e alg out conseq causas externas
4,92
4,69
11,84 14,06
5,73
6,93
6,85
5,44
5,45
6,79
Causas externas de morbidade e mortalidade
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
Contatos com serviços de saúde
1,64
1,56
1,32
1,56
0,52
1,13
0,49
0,45
0,35
0,89
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
Total
Fonte: DATASUS, 2.009.
Cabe destacar que dentre os principais motivos de internamento estão causas
relacionadas à Gravidez e a doenças do aparelho circulatório.
4.7.2 Socioeconômicos
4.7.2.1 Rendimento familiar per capita
A distribuição de recursos materiais entre as famílias, indicada pela
renda familiar per capita, consiste em um indicador da distribuição de
rendimentos na sociedade. A quantificação da população cuja renda se situa
abaixo de um patamar tem grande importância para o desenvolvimento
sustentável, na medida em que a erradicação da pobreza e a redução das
desigualdades são objetivos nacionais e universais.
52
4.7.2.2 Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) consiste em uma medida
comparativa de pobreza, alfabetização, educação, esperança de vida,
natalidade e outros fatores, podendo ser aplicadas entre países, estados e
municípios. Este indicador pode ser entendido como uma maneira de avaliação
e medida do bem-estar de uma população, especialmente infantil. O IDH
permite medir o desenvolvimento de uma população além da dimensão
econômica. É calculado com base na: renda familiar per capita; expectativa de
vida; taxa de alfabetização de maiores de 15 anos. Variando de zero a um, o
IDH classifica os municípios segundo três níveis de desenvolvimento humano:
 Municípios com baixo desenvolvimento humano (IDH até 0,5);
 Municípios com médio desenvolvimento humano (IDH entre 0,5 e 0,8);
 Municípios com alto desenvolvimento humano (IDH acima de 0,8).
O município de Saquarema está classificado com um índice de médio
desenvolvimento humano.
A Tabela 7 e a Tabela 8 demonstram índices de desenvolvimento
humano dos anos de 1.991 e 2.000, segundo o Ranking do IDH do Programa
das Nações Unidas para o Desenvolvimento (2.003) e a posição do município
no ranking brasileiro, referenciando a capital do Estado, Rio de Janeiro,
Saquarema e municípios próximos.
Tabela 7 - IDH do município de Saquarema
IDH
IDHM
IDHM-Renda
IDHM-Longevidade
IDHM-Educação
ANO SAQUAREMA (RJ)
1991
2000
1991
2000
1991
2000
1991
2000
0,678
0,762
0,623
0,705
0,684
0,733
0,728
0,848
Fonte: PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, 2.003.
53
Tabela 8 - Posição Ranking IDH
Posição Ranking
IDH (1991-2000)*
60
645
745
771
793
1.067
1.541
1.693
2.414
MUNICÍPIO
Rio de Janeiro
Iguaba Grande
Cabo Frio
Armação dos Búzios
Arraial do Cabo
São Pedro da Aldeia
Saquarema
Araruama
Silva Jardim
*Em relação ao IDH do ano de 2000.
Fonte: PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, 2.003.
4.7.2.3 Produto Interno Bruto (PIB) per capita
O Produto Interno Bruto per capita (PIB) indica o nível médio de renda
da população em um país ou território. A variação do PIB consiste em uma
medida do ritmo do crescimento econômico de determinada região, sendo o
crescimento da produção de bens e serviços uma informação básica do
comportamento de uma economia. A análise da sua variação ao longo do
tempo faz revelações do desempenho de determinada economia. O PIB per
capita é utilizado como indicador-síntese do nível de desenvolvimento de um
país, região ou município, no entanto, este indicador observado isoladamente é
insuficiente para expressar o grau de bem-estar da população, especialmente
em circunstâncias nas quais estejam ocorrendo forte desigualdade na
distribuição da renda. O PIB leva em conta três grupos principais:
 Agropecuária, formada por Agricultura, Extrativa Vegetal e Pecuária;
 Indústria, que engloba Extrativa Mineral, Transformação, Serviços
Industriais de Utilidade Pública e Construção Civil, e,
 Serviços, que incluem Comércio, Transporte, Comunicação, Serviços da
Administração Pública e outros serviços.
O PIB identifica a capacidade de geração de riqueza do município, que
no caso de Saquarema representa 3,56% do PIB da Região. A Tabela 9 ilustra
54
o PIB a preços correntes e o PIB per capita Saquarema entre os anos de 2.004
e 2.008.
Tabela 9 - PIB
Unidades
da
Federação
Produto Interno Bruto – a preços correntes (1.000 R$)
2004
2005
2006
2007
2008 (*)
Rio de
222.945.041 247.017.528 275.327.129 296.767.784 343.182.068
Janeiro
Saquarema 382.435
466.577
580.796
700.267
724.588
*Dados sujeitos à Revisão pelo IBGE
Fonte: IBGE, 2.004 - 2.008.
55
Per capita 2008
(R$) (*)
21.621,36
10.678,78
5
5.1
DIAGNÓSTICO
Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário
Esta etapa foi fundamentada em visitas técnicas, informações oficiais
recebidas da Prefeitura Municipal de Saquarema, Concessionária Águas de
Juturnaíba (CAJ), Companhia Estadual de Água e Esgoto (CEDAE), Agência
Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro
(AGENERSA), INEA, Secretaria do Ambiente do Estado (SEA), Consórcio
Intermunicipal Lagos São João (CILSJ) e Comitê das Bacias Hidrográficas das
Lagoas de Araruama, Saquarema e dos Rios São João e Una (CBHLSJ), sobre
os serviços e estudos e/ou projetos existentes.
5.1.1 Histórico da Prestação dos Serviços
A Região dos Lagos teve os serviços públicos de abastecimento de água
e esgotamento sanitário administrados e operados sob concessão pela
Companhia Estadual de Água e Esgoto (CEDAE) até meados de 1.998. Nos
últimos anos desse período, a realidade do saneamento nos municípios da
região foi-se deteriorando paulatinamente, chegando a uma situação de virtual
abandono, com falta de água generalizada e serviços de esgotamento sanitário
inexistentes.
Para superar estes problemas, o Governo Estadual, controlador da
CEDAE, lançou em dezembro de 1.996 uma licitação pública, com o objetivo
de conceder os serviços supracitados na região dos Lagos-Oeste, que
corresponde aos municípios de Araruama, Silva Jardim e Saquarema e na
região dos Lagos-Leste, que corresponde aos municípios de Armação dos
Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia, em
pacotes separados.
A licitação foi a CN n.º 03/96 da Secretaria de Estado de Obras e
Serviços Públicos do Estado do Rio de Janeiro e tinha como objeto:
“Concessão pública de serviços e obras de implantação, ampliação,
manutenção e operação dos sistemas de abastecimento de água, de coleta e
tratamento de esgoto das áreas urbanas dos Municípios de Araruama
56
(inclusive Iguaba Pequena e São Vicente de Paula), Saquarema (inclusive
Bacaxá) e Silva Jardim”.
Os serviços de saneamento básico da região dos Lagos-Oeste foram
concedidos, com horizonte de 25 (vinte e cinco) anos, ao grupo que deu origem
à Concessionária Águas de Juturnaíba (CAJ), e esta passou a operar em
março de 1.998.
Quanto ao sistema de abastecimento de água, a estação de tratamento
de água que atendia toda a Região dos Lagos (ETA da CEDAE, capacidade de
1.000 l/s), situada na Lagoa de Juturnaíba, ficou no pacote sob administração
da CAJ.
O contrato que regia este fornecimento previa, ainda, a venda de cerca
de 50 l/s para o município de Iguaba Grande, pelo mesmo período, através da
adutora de mesmo nome, com origem no sistema do município de Araruama,
da concessão da CAJ.
Quanto ao esgotamento sanitário, o sistema adotado na região foi, em
sua maioria, o sistema unitário, mas um sistema incompleto, funcionando,
resumidamente, da seguinte maneira:
Algumas residências contribuem com seus respectivos esgotos gerados
para as galerias de águas pluviais. Algumas porque nem todas nas áreas de
influência das estações elevatórias existentes estão efetivamente ligadas às
galerias de águas pluviais e, tampouco, há fiscalização ou obrigatoriedade por
parte do Poder Concedente ou da Concessionária para que todas as
edificações façam esta ligação. Apesar das tubulações das galerias de águas
pluviais não estarem dimensionadas para receber contribuição de esgoto
sanitário, fazem o transporte deste esgoto até os pontos mais baixos de sua
bacia.
Ao final das principais galerias ou cursos d´água foram feitos
barramentos, através de comportas ou degraus, de forma que toda a água
pluvial somada à contribuição de esgoto sanitário seja desviada para o interior
de estações elevatórias que por sua vez recalcam todo o material para
estações de tratamento de esgoto. Estes barramentos também impedem que a
57
água do corpo d´água a jusante retorne ao sistema quando há maré elevada.
Este sistema funciona satisfatoriamente somente quando não há chuvas, por
isso são chamadas de tomadas em tempo seco. Quando ocorrem chuvas a
vazão aumenta consideravelmente, ultrapassando a capacidade do sistema
como um todo, fazendo com que o excesso transborde acima dos barramentos,
atingindo o corpo d´água a jusante. O atenuante para estes casos de
transbordamento é que, quando há chuvas e, consequentemente, vazão capaz
de promover o transbordamento, o esgoto está muito diluído, representando
uma pequena parcela em relação ao total.
O contrato de concessão dos serviços de esgotamento sanitário firmado
com os Municípios de Araruama, Saquarema e Silva Jardim, exigia da CAJ o
compromisso de executar as obras necessárias para atender às metas de
atendimento discriminadas na Tabela 10.
Tabela 10 - Metas de Níveis de Atendimento (Contrato de Concessão)
ANO
Água
Esgoto
3 (2.001)
80%
0%
8 (2.006)
85%
25%
13 (2.011)
90%
50%
20 (2.018)
95%
65%
25 (2.023)
100%
70%
Fonte: Contrato de Concessão - CAJ, 1.998.
As obras do sistema de esgotamento sanitário deveriam ser feitas
através do sistema separador, mas de forma a poder responder a um conjunto
de solicitações ambientais e institucionais, resultantes de intervenções de
diversas entidades e organizações ligadas à preservação da lagoa de
Araruama, um acordo entre a CAJ e o Poder Concedente alterou a coleta de
esgotos da região, que passou a ser através de captação e tratamento de
vazões de tempo seco.
Esta foi à solução economicamente viável para atender com rapidez e
eficiência ao propósito de despoluir a Lagoa de Araruama, objetivo que foi
atingido em grande parte. O sistema de captação das vazões de tempo seco
58
permitiu, a curto prazo, encaminhar às ETE’s os dejetos de uma população
muito maior do que aquela que seria atendida pelo sistema separador absoluto,
visto que a execução das redes separadoras e a modificação das instalações
internas das residências, para permitir a segregação e lançamento dos esgotos
sanitários à rede separativa, teria sido muito dificultoso, caro e demorado.
Este acordo sobre a mudança do sistema separador para o sistema de
tomadas em tempo seco foi documentado no 2.º Termo Aditivo ao Contrato de
Concessão. Fazendo menção à documentação legal produzida neste período,
destacamos que foram feitos 8 termos aditivos ao contrato inicial da concessão
e, as principais informações sobre cada um deles estão descritas a seguir:
 1º Termo Aditivo
 Data: Abril / 1.998
 Principais informações:

Mudança nos valores de tarifas;

Mudança nos valores e prazos do pagamento da outorga.
 2º Termo Aditivo
 Data: Agosto / 2.003
 Principais informações:

Mudança do consumo mínimo mensal residencial para 10
m3;

Mudança nos valores e prazos do pagamento da outorga;

Redefinição das obras constantes no edital;

Aprovação para implantação do sistema unitário (tempo
seco) para coleta do sistema de esgotamento sanitário.
59
 3º Termo Aditivo
 Data: Junho / 2.005
 Principais informações:

Novo cronograma de investimentos para o sistema de
abastecimento de água (cronograma este que continua em
vigor até a atualidade);

Aprovação de reajuste de 74,08% sobre a tarifa de água
relativo à cobrança da tarifa de esgoto. A partir deste
Termo Aditivo, todos os consumidores tiveram sua tarifa
aumentada por causa do sistema de esgoto, mesmo que
seu imóvel não foi contemplado com este sistema.
- Mudança nos valores e prazos do pagamento da outorga;

4º Termo Aditivo
 Data: A data não está correta no arquivo retirado do site da
Agenersa, pois a data constante é a mesma do 7º Termo Aditivo;
 Principais informações:

Novo cronograma de investimentos para o sistema de
esgotamento sanitário.
 5º Termo Aditivo
 Data: Fevereiro / 2.007
 Principais informações:

Novo cronograma de investimentos para o sistema de
esgotamento sanitário.
 6º Termo Aditivo
 Data: Abril / 2.007
 Principais informações:

Novo cronograma de investimentos para o sistema de
esgotamento sanitário.
60
 7º Termo Aditivo
 Data: Fevereiro / 2.007
 Principais informações:

Novo cronograma de investimentos para o sistema de
esgotamento sanitário;

Mudança nos valores e prazos do pagamento da outorga;

Extensão do prazo da concessão em 180 meses. Com
isso, o prazo para o término da concessão passou para o
ano de 2.038;

Mudança do consumo mínimo mensal comercial de 20 m 3
para 10 m3;

Adoção da tarifa residencial social;

Mudança na tabela e estrutura tarifária.
 8º Termo Aditivo
 Data: Fevereiro / 2.013
 Principais informações:

Antecipação das obras de esgotamento sanitário de Praia
Seca;

Valor de investimento em esgotamento sanitário de Praia
Seca;

Rateio dos custos com a operação e manutenção da
barragem da Represa de Juturnaíba.
5.1.2 Autarquias e Departamentos ligados aos Serviços
O Município conta com a Secretaria de Meio Ambiente e Secretaria de
Obras e Serviços Públicos, e se faz representar junto ao CILSJ e ao CBHLSJ
para gestão ambiental das bacias. Quanto à Agenersa, o Município é
representado pelo CILSJ.
61
5.1.3 Concessionária Águas de Juturnaíba (CAJ)
5.1.3.1 Pessoal e Equipamentos
Segundo informações obtidas junto à CAJ, os recursos humanos e
equipamentos disponíveis, referente ao ano de 2.012 (para a concessionária
como um todo), estão listados na Tabela 11 e na Tabela 12, respectivamente.
Tabela 11 - Pessoal
Tabela 12 - Equipamentos
Fonte: CAJ, 2.012
Fonte: CAJ, 2.012.
5.1.3.2 Dados Financeiros
As informações da Concessionária relatadas na Tabela 13 dizem
respeito a todos os municípios por ela operados, não havendo separação por
município, como seria mais adequado.
62
Tabela 13 - Despesas Gerais
Fonte: CAJ, 2.012.
63
Sobre os dados da Tabela 13, podemos fazer as seguintes
considerações:
 O índice de inadimplência médio no período analisado foi de 1,82%;
 Os resultados operacionais foram positivos em todos os meses. O
resultado operacional, na planilha acima, não constava na planilha
fornecida pela Agenersa. Ele foi calculado com uma estimativa do valor
arrecadado outras receitas, já que o cálculo deve ser feito com este
valor e na planilha original havia apenas o valor faturado;
 Não foi possível fazer mais considerações, tampouco análise mais
detalhada devido à falta de informações adicionais.
5.1.3.3 Estrutura Tarifária
A Tabela 14 apresenta a estrutura tarifária atual da CAJ, utilizada a partir
de dezembro de 2.012.
Tabela 14 - Estrutura Tarifária Atual
Fonte: CAJ, 2.012.
64
Não há tarifa exclusiva para o sistema de esgotamento sanitário, ou
seja, não há Tarifa Referencial de Esgoto (TRE). O sistema de esgoto é
remunerado através de um percentual sobre a Tarifa Referencial de Água
(TRA). No 3.º Termo Aditivo foi aprovado um reajuste de 74,08% sobre a tarifa
de água relativo à cobrança da tarifa de esgoto.
No dia 26 de julho de 2.012, a Agenersa através da Deliberação n.º
1.154, ratificou a deliberação da Tarifa Social de água para clientes de baixa
renda. Os moradores da Região dos Lagos atendidos pela Concessionária
Águas de Juturnaíba (Araruama, Saquarema e Silva Jardim) passaram a ter
direito deste benefício.
A Tarifa Social tem como objetivo favorecer as famílias com renda
mensal de até 3 salários mínimos, beneficiárias de algum programa de
proteção social dos governos federal ou estadual, moradoras de um único
imóvel com até 50 m² de área construída e que consumam até 10 m³ de água
por mês (restando aceitável variação singular para mais em um período de 12
meses), com desconto na conta de água. Mesmo que possuam todos os
requisitos, os clientes inadimplentes junto às concessionárias ou que tenham
utilizado qualquer tipo de fraude nas instalações para fornecimento de água
não terão direito a este benefício.
5.1.3.4 Contrato de adesão
Todos os consumidores devem ter assinado o contrato de adesão com a
Concessionária. Este contrato teve seu modelo aprovado pela Deliberação
Agenersa n.º 570 de 31 de maio de 2.010 e está disponível no site da
Agenersa no seguinte endereço:
 http://www.agenersa.rj.gov.br/agenersa_site/documentos/delibera
coes/Deliberacao_570.pdf
5.1.3.5 Lojas de Atendimento
Nas lojas de atendimento da CAJ é possível solicitar todos os serviços
da concessionária. As agências estão localizadas em Araruama e São Vicente
de Paula na RJ-138. Há ainda a agencia virtual. Pode ser agendado o
65
atendimento por telefone a fim de evitar filas. A 2ª via das faturas pode ser
retirada pela internet.
A Concessionária atua com atendimentos de pós-serviço através do call
center, para informar ao cliente sobre o laudo da vistoria solicitada ou para
reagendamento de serviços em casos de não execução. Também é realizada
pesquisa de satisfação na loja através de formulários disponíveis no
atendimento, que são analisados pela supervisão. Estes formulários visam
avaliar a satisfação do cliente. Existe também a ouvidora, que está diretamente
ligada à Superintendência e atua apenas em demandas específicas de
atendimento ao consumidor e concede suporte ao setor de Apoio Jurídico.
5.1.4 Regulação dos serviços
A regulação dos serviços de abastecimento de água e esgotamento
sanitário prestados pela Concessionária CAJ é feita pela Agenersa, que tem
personalidade jurídica de direito público e autonomia administrativa, técnica e
financeira e possui a finalidade de exercer o poder regulatório, acompanhando,
controlando e fiscalizando as concessões e permissões de serviços públicos
concedidos em saneamento básico e foi criada pela Lei Estadual 4.556 de 06
de junho de 2.005, regulamentada pelo Decreto Estadual 38.618 de 08 de
dezembro de 2.005 e está vinculada à Secretaria de Estado da Casa Civil,
conforme Decreto Estadual n.º 40.486 de 1.º de janeiro de 2.007.
A
Agência
reguladora
realiza
fiscalização
das
unidades
da
Concessionária, através de visitas e coletas de amostras. Não foi informada
pela Agência a periodicidade destas visitas. Para que se façam ampliações nos
sistemas de água e esgoto, os projetos devem antes ser apresentados para
análise e aprovação da Agência.
Após a aprovação, a Agenersa fiscaliza a execução e o cumprimento do
cronograma e orçamento previstos. Além disso, a Agenersa realiza revisões
quinquenais dos serviços concedidos, através de análise detalhada da
Concessionária.
66
A próxima revisão quinquenal está prevista para o ano de 2.013. Existe
um canal direto com os consumidores disponibilizado pela Agenersa, que é a
ouvidoria, que atende as pessoas que desejam registrar suas reclamações
sobre os serviços concedidos, quando não conseguem ter seus pedidos
atendidos satisfatoriamente pelas concessionárias. As informações do cliente
são repassadas às Câmaras Técnicas e ao Conselho Diretor, para serem
utilizadas no desenvolvimento e melhoria da qualidade dos serviços prestados
pelas Concessionárias.
Não foram informados pela Agenersa os procedimentos de avaliação
sistemática da efetividade, eficiência e eficácia dos serviços prestados. A
Prefeitura Municipal, tampouco, realiza algum procedimento de avaliação.
5.1.5 Instrumentos e Mecanismos de Participação e Controle Social na
Gestão dos Serviços
Para a população em geral existem apenas os canais de atendimento da
Concessionária e da Agência Reguladora. A Prefeitura não tem um canal
disponível para atendimento da população quanto aos serviços prestados pela
Concessionária. Desta forma fica prejudicado a participação e controle social
na gestão dos serviços, mesmo que em alguns casos a população e a
sociedade organizada conseguiram interferir e opinar sobre a gestão dos
serviços, como o caso citado anteriormente da mudança do sistema de coleta
do sistema de esgotamento sanitário, que foi feito através de pressão da
população, entidades e sociedade.
5.1.6 Legislação
5.1.6.1 Principais Órgãos Ambientais Envolvidos
Nível Federal
a) Ministério do Meio Ambiente (MMA)
Tem como áreas de competência as políticas: nacional do meio
ambiente e dos recursos naturais; de preservação, conservação e utilização
sustentável de ecossistemas, para integração do meio ambiente e produção,
67
para a Amazônia Legal (incluídos programas afins); e zoneamento ecológicoeconômico.
 O CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente constitui um
órgão colegiado do MMA, tendo função consultiva e deliberativa
do SISNAMA – Sistema Nacional do Meio Ambiente. Foi instituído
pela Lei Federal 6.938/81 e regulamentada pelo Decreto
99.274/90.
 O IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis constitui-se numa autarquia vinculada ao
MMA. Criada pela Lei Federal 7.735/89 tem como principais
funções exercer poder de polícia ambiental, executar ações das
políticas nacionais do meio ambiente, notadamente relativas ao
licenciamento ambiental, à autorização de uso dos recursos
naturais e à fiscalização, monitoramento e controle ambiental.
Nível Estadual
a) Secretaria de Estado do Ambiente (SEA)
O CONEMA – Conselho Estadual do Meio Ambiente é um órgão
colegiado, deliberativo e consultivo, com a finalidade de deliberar sobre as
diretrizes da política estadual do meio ambiente e sua aplicação, bem como
orientar o governo na gestão do meio ambiente. Vincula-se à SEA o INEA, que
tem a missão de proteger, conservar e recuperar o meio ambiente para
promover o desenvolvimento sustentável. O instituto, instalado em 12 de
janeiro de 2.009, unifica e amplia a ação dos três órgãos ambientais vinculados
à Secretaria de Estado do Ambiente (SEA): a Fundação Estadual de
Engenharia e Meio Ambiente (Feema), a Superintendência Estadual de Rios e
Lagoas (Serla) e o Instituto Estadual de Florestas (IEF), funcionando como
órgão técnico e executor do Estado em política de recursos hídricos.
b) Secretaria de Estado de Segurança (SESEG)
A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ), subordinada à
SESEG, conta com o Batalhão Florestal e do Meio Ambiente, que é
responsável pela defesa do patrimônio ambiental do Estado, através de
68
patrulhamento, prevenção e repressão de delitos ambientais. A Polícia Civil do
Estado do Rio de Janeiro, também subordinada à SESEG, conta com a
Delegacia Móvel do Meio Ambiente (DMMA), que tem a finalidade de proteger
e reparar os danos ao meio ambiente do Estado, fazendo cumprir a legislação
afim vigente, obstruindo ou reparando os danos causados à natureza e ao meio
ambiente. Sua sede localiza-se na Cidade do Rio de Janeiro.
Nível Municipal
As
Secretarias
envolvidas
com
as
questões
ambientais
foram
relacionadas na página IV deste relatório, item “Equipe Técnica de
Acompanhamento Local dos Trabalhos”.
5.1.6.2 Legislação Ambiental
Os principais diplomas legais e normativos referentes ao meio ambiente
de interesse ao objeto do presente estudo são apresentados a seguir.
Nível Federal
 Lei 6.902, de 27/04/81 – Dispõe sobre a criação de Estações
Ecológicas e Áreas de Proteção Ambiental.
 Lei 6.938, de 31/08/81 – Dispõe sobre a Política Nacional do Meio
Ambiente, com alterações das leis 7.804/89 e 8.028/90 e
regulamentada pelo Decreto 99.274/90.
 Lei 9.605, de 12/02/98 – Dispõe sobre as sanções penais e
administrativas derivadas de condutas ou atividades ligadas ao
meio ambiente, com especificações dadas pelo Decreto 3.179/99
 Lei 9.985, de 18/07/00 – Institui o Sistema Nacional de Unidades
de Conservação da Natureza.
 Resoluções do CONAMA:
 Nº 01, de 23/01/86 – Dispõe sobre critérios básicos e diretrizes
gerais para Avaliação de Impacto Ambiental.
 Nº 20, de 18/06/86 – Dispõe sobre classificação dos corpos de
água doces, salobras e salinas.
 Nº 10, de 14/12/88 – Estabelece normas relativas às áreas de
proteção ambiental.
69
 Nº 01, de 31/01/94 – Define vegetação primária e secundária, em
seus diversos estágios de regeneração.
 Nº 237, de 19/12/97 – Revisa os procedimentos e critérios
utilizados no licenciamento ambiental.
 Nº 357, de 17/03/05 – Revisa a Resolução Nº20/86.
 Portaria IPHAN 230, de 17/12/02 – Estabelece os procedimentos
para a obtenção das licenças ambientais de empreendimentos
capazes de afetar o patrimônio arqueológico.
Nível Estadual
 Lei 650, de 11/01/83 – Dispõe sobre a Política Estadual de Defesa e
Proteção das Bacias Fluviais e Lacustres do Rio de Janeiro.
 Lei 690, de 01/12/83 – Dispõe sobre a proteção às florestas e demais
formas de vegetação natural.
 Lei 1.060, de 10/11/86 – Institui o Fundo Estadual de Conservação
Ambiental – FECAM, complementada pela Lei 2.575/96.
 Lei 1071, de 18/11/86 – Cria o Fundo Estadual de Florestas.
 Lei 1.204, de 07/10/87 – Institui o Comitê de Defesa do Litoral do Estado
do Rio de Janeiro - CODEL.
 Lei 1.315, de 07/07/88 – Institui a Política Florestal do Estado de Rio de
Janeiro.
 Lei 1.356, de 03/10/88 – Dispõe sobre os procedimentos vinculados à
elaboração, análise e aprovação dos estudos de impacto ambiental,
complementada pelas leis 2.535/96 e 3.111/98.
 Lei 1.681, de 19/07/90 – Dispõe sobre a elaboração do Plano Diretor de
Áreas de Proteção Ambiental criadas no Estado.
 Lei 1.898, de 26/11/91 – Dispõe sobre a realização de auditorias
ambientais, complementada pela Lei 3.341/99.
 Lei 2.049, de 22/12/92 – Dispõe sobre a proibição de queimadas da
vegetação no Estado do Rio de Janeiro.
 Lei 2.794, de 17/09/97 – Dispõe sobre aterros sanitários.
70
 Lei 3.239, de 02/08/99 – Institui a Política Estadual de Recursos
Hídricos.
 Lei 3.346, de 29/12/99 – Autoriza o poder executivo a criar o Banco de
Dados Ambientais – BDA.
 Lei 3.467, de 14/09/00 – Dispõe sobre as sanções administrativas
derivadas de condutas lesivas ao meio ambiente.
Nível Municipal
 Lei n.º 03 de 14 de Janeiro de 1977 - Institui o Código de Posturas do
Município de Saquarema. Tem como finalidade instituir as medidas de
política administrativa, a cargo do Município, em matéria de higiene
pública, de bem estar público, da localização e do funcionamento de
estabelecimentos comerciais, industriais e prestadores de serviços, bem
como as correspondentes relações jurídicas entre o Poder Público
Municipal e o Município.
 Lei n.º 58 de 23 de novembro de 1.978 - Institui o Código de Obras do
Município de Saquarema.

“Artigo 1º - Qualquer construção somente poderá ser
executada após a aprovação do projeto e concessão de
licença de construção pela Prefeitura Municipal e sob a
responsabilidade de profissional legalmente habilitado.”

“Artigo 3º - Os projetos deverão estar em acordo com esta
Lei e a legislação vigente sobre o zoneamento e
parcelamento.”
 Lei n.º 20 de 31 de maio de 1.979 - Regula o parcelamento do solo para
fins urbanos do Município de Saquarema, sem prejuízo da Lei de
Zoneamento e das normas estaduais e Federais pertinentes.
 Lei Orgânica de 05 de Abril de 1.990

Conforme Art. 11 o município deverá promover programas
de construção de moradias e a melhoria das condições
habitacionais e de saneamento básico.
71

Conforme Art. 161 o município cuidará do desenvolvimento
das obras e serviços relativos ao saneamento e ao
urbanismo, com assistência da União e do Estado, sob
condições estabelecidas na lei complementar federal.

Conforme Art. 165 o município deverá coordenar e
estabelecer diretrizes e estratégias das ações de vigência
sanitária e epidemiológica e colaborar no controle do meio
ambiente e saneamento.
 Lei n.º 848 de 10 de Outubro de 2.006 - Dispõe sobre o Plano Diretor do
município de Saquarema.

É instituída a Política Ambiental, como sendo um conjunto
de diretrizes, instrumentos e mecanismos que orientam a
gestão ambiental municipal, visando a sustentabilidade
ecológica e a elevação da qualidade do ambiente,
conservando os recursos naturais e os ecossistemas
naturais e modificados, com base na Política Nacional e
Estadual do meio ambiente e integrada ao Sistema
Nacional do Meio Ambiente.
 Lei n.º 1.055 de 19 de Março de 2010 - Dispõe sobre o Código Municipal
de Meio Ambiente do Município de Saquarema.

Este Código regula a ação do Poder Público Municipal e
sua relação com os cidadãos e instituições públicas e
privadas, na preservação, conservação, defesa, melhoria,
recuperação e controle do meio ambiente ecologicamente
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à
qualidade de vida humana e da biodiversidade.
5.1.7 Caracterização do Serviço de Abastecimento de Água
O sistema de abastecimento de água do Distrito Sede e de Bacaxá são,
atualmente, de responsabilidade da empresa Águas de Juturnaíba.
72
Já o Distrito de Sampaio Correa não possui atendimento público e a
região de Jaconé será contemplada com estação de tratamento de água e rede
de abastecimento, que será operada pela CEDAE. Não obtivemos sucesso no
levantamento de informações quanto a este projeto que está em execução.
5.1.7.1 Mananciais
5.1.7.1.1 Represa de Juturnaíba
A Represa de Juturnaíba é o principal manancial da Região dos lagos,
formada sobre o Rio São João, manancial da vertente oceânica da Serra do
Mar, em trecho a jusante da confluência dos rios Bacaxá e Capivari.
Os dados apresentados a seguir, retirados de um relatório da empresa
Vamaros contratado pela Prolagos, teve como finalidade principal, avaliar o
nível de garantia proporcionado pela exploração do mencionado curso d’água,
para abastecimento de água dos municípios no âmbito de concessão da
Prolagos, tendo em vista aspectos tais como comportamento hidrológico do Rio
São João, características do reservatório da Represa Juturnaíba, dentre outros.
5.1.7.1.1.1 Caracterização Geral da Bacia de Drenagem do Rio São
João na Represa de Juturnaíba
O Rio São João tem suas cabeceiras na Serra do Mar, na altura da
localidade de Cachoeiras de Macacu, drenando uma área de 2.190 Km² dos
quais aproximadamente 70% correspondem a terrenos planos ou suavemente
ondulados, situados na baixada litorânea da Região dos Lagos. Seu talvegue
principal apresenta forte declividade nos primeiros 5 quilômetros de percurso,
caindo aproximadamente 600 metros nesse trecho.
O curso médio se desenvolve por 20 quilômetros em terrenos ondulados
e o trecho final se estende por 85 quilômetros na planície litorânea, até
alcançar o Atlântico.
A maior parte da bacia é ocupada por propriedades rurais, onde se
explora
a
pecuária,
predominantemente,
havendo
também
algumas
explorações de agricultura de grãos, frutas e reflorestamento. A área de
73
drenagem da Represa Juturnaíba é de 1.360 Km², cerca de 62 % da área total
da bacia do Rio São João.
5.1.7.1.1.2 Disponibilidade de Dados Hidrológicos
5.1.7.1.1.2.1 Fluviometria
Existem 24 estações fluviométricas e limnimétricas instaladas na bacia
de Rio São João. Destas, em apenas uma há dados satisfatórios. Resumindose, a série de dados (vazões médias mensais) relativos a Correntezas é a
única em condições de aproveitamento. Na Tabela 15 estão apresentados os
valores das vazões médias mensais observadas de 1.967 a 2.007 em
Correntezas.
74
Tabela 15 - Vazões Médias Mensais (Rio São João)
Fonte: Vamaros, 2.009.
Nota-se na Tabela 15 que as vazões médias mensais nos meses de
Julho a Outubro diminuem consideravelmente em todos os anos.
75
5.1.7.1.1.2.2 Pluviometria
Não há dados pluviométricos que permitam uma boa avaliação
hidrológica.
5.1.7.1.1.2.3 Evaporação
Dispõe-se dos dados do evaporímetro de Piché, relativos às Estações
Climatológicas de Cabo Frio e Nova Friburgo. Na Tabela 16 são apresentados
os valores acima referidos.
Tabela 16 - Evaporação
Fonte: “Normais Climatológicas (1961-1990), INMET”, 1.992.
5.1.7.1.1.2.4 Cartografia e Topografia
Existe ampla disponibilidade de elementos cartográficos e topográficos,
cobrindo a bacia do Rio São João e as cidades da Região dos Lagos. De
especial interesse para o presente estudo, tem-se:
 Carta do Brasil 1:1.000.000, do Diretoria de Serviço Geográfico do
Exército (DSG)
 Cartas 1:250.000, do IBGE e do DSG
 Levantamentos topográficos da área de inundação do reservatório
 Mapa ambiental das bacias hidrográficas
 Imagens de satélite
76
 Cartas 1:50.000, do IBGE.
5.1.7.1.1.2.5 Características da represa de Juturnaíba
A Represa de Juturnaíba está localizada sobre o Rio São João, sobre a
divisa dos municípios de Araruama e Silva Jardim. O local do barramento dista
cerca de 70 quilômetros do centro de Cabo Frio. A represa foi construída em
1.980 pelo extinto Departamento Nacional de Obras e Saneamento (DNOS),
afogando a lagoa de Juturnaíba, que ficava situada alguns quilômetros a
montante, com os objetivos de acumular maior volume de água; controlar as
cheias na baixada do rio São João e assegurar água para irrigação de 31.800
ha de terras agrícolas na baixada, selecionada pelo Proálcool e para outros
diferentes cultivos. Quando cheia, o nível da água no vertedor da barragem das
Onças atinge a cota de 8,4 m acima do nível do mar. A represa tem capacidade
de acumular 106 milhões de m3, sendo o tempo de residência da água
estimado em 38 dias pela Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente
(FEEMA). A quantidade de água liberada rio abaixo é variável, dependendo do
volume acumulado na represa. Nos períodos de pluviosidade acima da média
anual, a vazão descarregada no canal do DNOS a jusante da barragem é da
ordem de 20 m³/s, conforme estudo da FEEMA.
5.1.7.1.1.2.6 Demandas de Água
Na etapa em questão, foram consideradas duas hipóteses com relação
ao valor dessa descarga, quais sejam:
a) O valor da descarga para jusante deverá ser igual a Q7,10
b) O valor da descarga para jusante deverá ser igual à metade de
Q7,10
De acordo com as disposições emanadas pelo CONAMA, quando existe
um reservatório de regularização de vazões num curso d água, deverá ser
mantida a jusante da barragem uma descarga igual à mínima média de 7 dias
consecutivos, com 10 anos de período de retorno (Q7,10). Entretanto, a
resolução do CONAMA deixa margem para negociação, quando se trata de
abastecimento público de água, sendo aceitos valores da descarga liberada
77
para jusante inferiores a Q7,10. O valor de 50% da Q7,10 tem sido aceito com
muita frequência. O Serviço Geológico do Brasil (CPRM - Companhia de
Pesquisa de Recursos Minerais) levou a cabo um estudo de regionalização de
descargas mínimas para a sub-bacia 59 do Estado do Rio de Janeiro, à qual
região em estudo pertence, tendo chegado à fórmula:
Qd,T = C x 0,0118 x A1,0168 x d0,086
Sendo “C” um coeficiente relativo ao período de retorno T, que para 10
anos tem o valor: C = 0,7157, “d” é o n.° de dias consecutivos considerado e
“A” é a extensão da bacia de drenagem em Km². Considerando que a bacia de
drenagem a montante da barragem tem área de 1.360 Km², resulta o valor
Q7,10= 14,6 m³/s.
5.1.7.1.1.2.7 Resultados do Balanço Hídrico
A simulação de operação do reservatório Juturnaíba foi feita utilizandose o sistema computacional denominado “OPERA”, em que todos os
componentes do ciclo hidrológico, acima mencionados, são levados em conta.
É feita uma contabilização mês a mês dos volumes afluentes e retirados e são
calculados o volume de armazenamento remanescente no reservatório, os
volumes extravasados, as retiradas e afluências, a evaporação e a precipitação
sobre o espelho líquido. Esse balanço é feito de maneira contínua para todo o
período de simulação estabelecido, procedendo-se ao final a uma estatística
dos meses em que foi possível atendê-las parcialmente. No caso específico da
Represa de Juturnaíba, a cota do extravasor e o volume útil constituem dados
básicos do problema, não sendo suscetíveis de alterações. A simulação de
operação, portanto, pode ser feita para valores variáveis das demandas e das
vazões lançadas no leito do rio, e para diferentes regras de operação. A
síntese dos resultados obtidos consta na Tabela 17.
78
Tabela 17 - Relações cota-área e cota-volume
Fonte: SERENCO, 2.013.
5.1.7.1.1.3 Relatório Situação da Bacia (CILSJ)
5.1.7.1.1.3.1 Disponibilidade hídrica
Em um relatório disponibilizado pelo Consórcio Intermunicipal Lagos São
João entitulado: “Região hidrográfica IV – Situação da Bacia; Indicador 2 –
Planejamento e gestão” existem informações sobre um estudo desenvolvido
por Hora et al. (2.008) e Noronha (2.009) onde também foi avaliada a
disponibilidade hídrica do Reservatório de Juturnaíba, baseada nas duas
principais demandas de uso dos recursos hídricos, o abastecimento humano e
uso agrícola. Para o cálculo da demanda hídrica para abastecimento humano,
foi feito o levantamento das captações a montante e no próprio Reservatório de
Juturnaíba. Para o cálculo da demanda do setor agrícola foram utilizados
dados do Censo Agropecuário (IBGE, 2.006), para os Municípios de Cachoeira
de Macacu, Silva Jardim, Rio Bonito e Araruama.
Tabela 18 - Demanda hídrica para abastecimento humano na área de contribuição (a
montante) e no Reservatório de Juturnaíba
Fonte: CILSJ, 2.012.
79
Tabela 19 - Demanda hídrica do setor pecuária na área de contribuição do Reservatório
de Juturnaíba
Fonte: CILSJ, 2.012.
Tabela 20 – Demanda hídrica do setor agrícola na área de contribuição do Reservatório
de Juturnaíba
Fonte: CILSJ, 2.012.
Para avaliar a atual demanda de uso dos recursos hídricos da bacia
contribuinte do Reservatório de Juturnaíba, foram somadas as vazões de
retirada estimadas, gerando um valor total de 4575,8 l/s. A partir desse cálculo,
é possível estimar a disponibilidade hídrica do reservatório. Hora et al. (2.008),
gerou dados referentes às características hidrológicas do Reservatório de
Juturnaíba, sendo estas a vazão regularizada (Qreg), a vazão de referência
(Q95%), a vazão máxima outorgável (50% de Q95%) e a vazão ecológica. Esses
dados foram obtidos a partir de séries históricas de vazão de postos
fluviométricos instalados nos Rios Bacaxá, Capivari e São João.
80
Tabela 21 – Características hidrológicas do Reservatório de Juturnaíba
Fonte: CILSJ, 2.012.
Conclui-se que, além das retiradas existentes para abastecimento
humano e os outros usos estimados, existe uma disponibilidade hídrica de mais
2,0 m³/s.
5.1.7.1.1.4 Sistema de Esgotamento Sanitário
Chegam à represa de Juturnaíba as sobras dos esgotos não depurados
pelos rios ao longo de seus trajetos. Através do Rio São João são lançados os
esgotos de diversas localidades como Gaviões e Correntezas. Já o Rio
Capivari descarrega os efluentes sanitários da cidade de Silva Jardim e dos
povoados de Varginha, Boqueirão e Imbaú, dentre outros. O Rio Bacaxá
despeja na represa parte da carga orgânica que não depurou dos esgotos
coletados por ele e por seus afluentes nos povoados de Lavras, Rio Vermelho,
Catimbau Grande, Prainha. Boa Esperança, Nova Cidade, Bacaxá, Jacundá,
Latino Melo e Morro Grande, além da parte oeste da cidade de Rio Bonito. A
jusante da represa, o Rio recebe os esgotos de Aldeia Velha, Casemiro de
Abreu, Professor Souza, Rio Dourado, Barra de São João e Santo Antônio.
5.1.7.1.1.5 Qualidade das Águas
Estudos realizados entre 1.979 e 1.999 mostram que os Rios São João,
Bacaxá e Capivari encontram-se poluídos por esgoto à montante da represa, e
que a Represa Juturnaíba, sendo o receptor final, acaba tendo suas águas
comprometidas. O fato de não ter havido desmatamento anterior ao
enchimento agrava o problema e evidencia que, embora a represa possua
81
quase vinte anos de idade, o ecossistema artificial não se estabilizou, fato
incomum em reservatórios em regiões tropicais.
No relatório final do programa de monitoramento físico-químico,
bacteriológico e de sedimentos no reservatório de Juturnaíba e seus
contribuintes, com data de junho de 2.012 e realizado pela Universidade
Federal Fluminense sob coordenação de Júlio Cesar Wasserman, é
demonstrado que, apesar da capacidade suporte do sistema ainda não ter sido
ultrapassada, ações devem ser feitas para se evitar que isto aconteça.
Esforços neste sentido têm sido feitos. Por exemplo, temos o anúncio recente
do encerramento das atividades do lixão de Rio Bonito, que era contribuinte do
Rio Bacaxá e o anúncio, pelo Governo do Estado, que a área será remediada,
fazendo com que grande quantidade de poluentes deixe de ir para a Lagoa de
Juturnaíba. Quanto à questão do alumínio, as Concessionárias trabalharam
para evitar o lançamento dos rejeitos do tratamento na Lagoa de Juturnaíba. A
Prolagos já possui um sistema de reaproveitamento das águas de lavagem e
desidratação do lodo e a Concessionária Águas de Juturnaíba está em fase de
conclusão do seu sistema.
5.1.7.1.1.6 Programas desenvolvidos
Alguns programas têm sido desenvolvidos em relação à Lagoa de
Juturnaíba.
 Projeto Juturnaíba Viva: Projeto de Revitalização das Águas de
Juturnaíba realizado pela Associação Mico Leão Dourado em
parceria com o CILSJ, com patrocínio do Programa Petrobrás
Ambiental. Tem como objetivo principal contribuir para a
conservação do maior manancial genuinamente fluminense, o Rio
São João e do Reservatório de Juturnaíba.
 Programa Agente das Águas de Monitoramento Participativo: Este
projeto é desenvolvido em parceria com as Concessionárias de
Água e Esgoto Prolagos e Águas de Juturnaíba, CILSJ e
Fundação
Oswaldo
Cruz
(FIOCRUZ).
São
desenvolvidas
atividades de biomonitoramento da qualidade de água junto às
82
comunidades
de
seis
micro
bacias
estratégicas.
Foram
contempladas micro bacias dos três principais contribuintes do
Reservatório de Juturnaíba (Rio Piripiri tributário do Rio Bacaxá;
Rio Bananeiras e Cambucaes tributários das margens esquerda e
direita do Rio São João; e Rio Imbaú, tributário do Rio Capivari),
além do Rio Lontra, tributário do baixo Rio São João e do Rio
Roncador, principal contribuinte da Lagoa de Saquarema.
5.1.7.1.1.7 Barragem da represa
A Prolagos assumiu no Contrato de Concessão a responsabilidade pela
operação e manutenção de rotina da barragem e do Lago de Juturnaíba. As
premissas fixadas, em termos gerais, são as seguintes:
 Manter o volume máximo e constante no reservatório, para
garantir o abastecimento público urbano, diluir ao máximo
eventuais contaminantes e proporcionar inércia máxima a
mudanças de temperatura, turbidez, entre outros;
 Manter os equipamentos de operação e manutenção funcionando
em condições de projeto;
 Manter a instrumentação estrutural da barragem, mediante leitura
e acompanhamento técnico especializado sistemático.
Todas as ações referentes a essas premissas têm sido executadas
sistematicamente pela Prolagos, através de uma empresa especializada, sob
contrato, a qual apresenta relatórios mensais a Concessionária. Outras
atividades referentes à manutenção da represa, tais como:
 Manter a salvo de qualquer atividade uma faixa de largura 100 a
150 m em toda a orla do reservatório, contada a partir da margem
que corresponde ao nível de água máximo, para preservar a
vegetação ciliar existente e permitir a recuperação da vegetação
nativa, estabelecendo um cordão mínimo de proteção do
manancial;
 Efetuar o monitoramento qualitativo e quantitativo das águas do
lago a intervalos periódicos adequados e em estações de coleta
83
definidas tecnicamente, com vistas a gerar uma série histórica de
dados confiáveis.
5.1.7.1.2 Rio Roncador
A CEDAE (Companhia Estadual de Águas e Esgotos) será a
responsável pelo atendimento com abastecimento de água de parte do Distrito
de Sampaio Correia (região de Jaconé).
As obras estão em andamento e contarão com uma captação no Rio
Roncador. Não foram apresentados estudos de disponibilidade hídrica deste
manancial a fim de estudarmos futuras ampliações do sistema em construção.
Segundo informações obtidas durante o 1.º Seminário no Município,
serão contempladas, nesta primeira etapa em execução, 1.360 ligações.
Pelo projeto apresentado, existirão, nesta captação, 3 conjuntos motobomba com capacidade de bombeamento de 75 m3/h cada. Não recebemos
informações
operacionais
desta
unidade,
mas
imaginando-se
que,
normalmente, uma bomba funcione como reserva e duas funcionem
simultaneamente, a capacidade de bombeamento desta unidade será de 150
m3/h.
A localização geográfica do local de captação é: UTM WGS 84 23 S
743786; 7467452.
5.1.7.2 Outorga
A Concessionária Águas de Juturnaíba possui o Cadastro Nacional de
Recursos Hídricos cujo número da declaração é 132273, para a captação na
Represa de Juturnaíba, no distrito de São Vicente de Paula, da cidade de
Araruama (RJ). A vazão máxima é de 3.960 m³/h ou 1.100 l/s.
5.1.7.3 Tratamento
5.1.7.3.1 ETA Juturnaíba
A Concessionária Águas de Juturnaíba possui apenas uma ETA para
produzir água a fim de atender toda a região que está sob sua
responsabilidade (Araruama, Saquarema, Silva Jardim e seus respectivos
84
distritos). Esta ETA está localizada à margem da Lagoa de Juturnaíba e, a
partir da estação elevatória de água tratada (EEAT) localizada dentro do
terreno da ETA, começa a distribuição para as diversas regiões. Esta
distribuição é complementada pelas diversas EEAT existentes e que serão
descritas nos itens seguintes.
A ETA é uma estação do tipo convencional e está localizada em São
Vicente, distrito de Araruama, à margem da Lagoa de Juturnaíba e possui
capacidade final para tratar 1.100 litros por segundo. Ela é dividida em ETA 1 e
ETA 2, apenas operacionalmente, mas funcionam como se fossem uma só
unidade. Sua localização geográfica é: UTM WGS 84 23 S 780532,2147;
7496041,752.
A Figura 14 apresenta o fluxograma do processo de tratamento da ETA
Juturnaíba.
Figura 14 - Fluxograma do Processo da ETA
Fonte: CAJ, 2.012.
85
5.1.7.3.1.1 Controle de qualidade
O laboratório existente realiza exames bacteriológicos da água
(presença/ausência de coliformes totais e fecais) e realiza também exames
físico-químicos como o ph, turbidez, cloro residual livre e cor.
A Concessionária Águas de Juturnaíba monitora constantemente os
parâmetros de qualidade da água tratada. São monitoradas as dosagens de
produtos químicos, os parâmetros como pH, cor, turbidez, cloro residual e flúor
na água tratada anteriormente à distribuição. Quanto à água bruta, é avaliado
diariamente a matéria orgânica, temperatura e o oxigênio dissolvido, no poço
de captação. Além desses dados, são acompanhados os parâmetros de cor,
turbidez e pH a cada hora, para acompanhamento mensal da qualidade da
água bruta.
5.1.7.3.1.2 Problemas existentes
Nas águas do Rio Juturnaíba, antes da construção (por volta de 1979)
do reservatório, não se notava a presença de algas. O problema do
desenvolvimento do fito plâncton se iniciou logo após a implantação do
reservatório, e se intensificou no decorrer do tempo. Hoje se convive com a
presença de algas em teores elevados, que nos períodos de intensa
proliferação (floração) acarretam repercussão importante na operação da ETA.
Esta situação envolve a necessidade de intervenções operacionais frequentes
para limpeza das unidades de tratamento, além de implicar em dosagem
elevada do coagulante a fim de promover a coagulação por varredura e
assegurar a continuidade do abastecimento da população com água potável.
Dentre as causas da eutrofização do reservatório Juturnaíba destacamse como principais: a inundação da área da bacia do reservatório ter sido feita
sem a prévia remoção da vegetação; lançamento de esgoto urbano sem
tratamento prévio adequado; área de inundação extensa; e os altos níveis da
insolação regional. Sob tais condições, torna-se propícia a proliferação de
algas, dentre as quais a cianofícea. A presença deste tipo de alga na água
bruta promove a formação de flocos leves, tendentes a flotação, que não são
capturados eficientemente na decantação, sendo conduzidos diretamente aos
86
filtros, onde geralmente acarretam a diminuição das carreiras de filtração, ou
seja, a diminuição do período entre duas lavagens consecutivas para limpeza
do leito filtrante.
Vista aérea
Vista externa
Figura 15 - Relatório Fotográfico (ETA Juturnaíba)
Fonte: SERENCO, 2.012
Existe área próxima à ETA para futuras ampliações.
Maiores
informações a respeito do processo de tratamento da água bruta podem ser
visualizadas no Produto 4.
5.1.7.3.2 ETA CEDAE
Esta estação de tratamento de água será responsável pelo atendimento
da região de Jaconé.
Pelos projetos recebidos, esta unidade contará com:
 Floculador hidráulico;
 Decantador lamelar;
 Filtros de fluxo descendente;
 Casa de química (incluindo depósito, tanques de armazenamento,
laboratório e banheiro para operadores)
 Leitos de secagem para desidratação do lodo;
 Reservtaório com capacidade de 1.000 m3;
 Estação elevatória para lavagem dos filtros;
 Estação elevatória para distribuição de água;
87
Não recebemos memorial descritivo desta unidade, de onde poderíamos
retirar a capacidade de produção de água, mas pelos projetos apresentados,
podemos fazer as seguintes considerações:
 Quanto aos filtros, existirão 4 unidades de fluxo descendente, com
dimensões de 3,60 x 1,50 m cada, totalizando 21,6 m2 de área de
filtração. Se considerarmos a capacidade de bombeamento da captação
(150 m3/h) e a área de filtração, obtemos uma taxa de filtração de 167
m3/m2.dia, taxa esta reduzida, mostrando que a estação tem capacidade
de filtração superior em relação à captação, podendo chegar a tratar até
216 m3/h, se considerarmos uma taxa de filtração de 240 m3/m2.dia.
 Quanto aos floculadores, existirão duas unidades, com área de 7,8 m 2
cada. Se considerarmos a altura da lâmina d´água com 3,15 m,
encontramos um volume de 49 m3. Considerando-se a vazão de 150
m3/h, o tempo de detenção é de cerca de 20 minutos, estando já em seu
limite.
 Quanto aos decantadores, existirão duas unidades com área de 15,6 m 2
cada. Se considerarmos mais uma vez a vazão de 150 m 3/h,
encontramos uma taxa de aplicação de 115 m 3/m2.dia. Por se tratar de
um decantador de alta taxa, para se fazer a verificação correta de sua
capacidade, deveria se levar em conta, além das dimensões em planta,
o comprimento e a distância entre os módulos de decantação. De
qualquer forma, a taxa encontrada não é elevada.
Conclui-se que a ETA estará apta a tratar a vazão de 150 m 3/h, mas
esta vazão está muito acima da demanda da região atendida (1360 imóveis),
fazendo com que haja possibilidade de futuras ampliações da rede de
distribuição sem necessidade de ampliação do sistema produtor.
Ainda segundo as informações recebidas, o sistema funcionará da
seguinte maneira:
 Captação no Rio Roncador e posterior bombeamento para a ETA;
88
 Tratamento da água bruta e posterior bombeamento para um
reservatório intermediário com capacidade de 1000 m 3. O transporte da
água tratada se dará através de uma adutora em Ferro Fundido com
diâmetro de 250 mm e extensão de 5500 m;
 A partir deste reservatório intermediário, a distribuição será feita por
gravidade, através de uma adutora em PVC DeFoFo DN 300 mm com
extensão de 2432 m até o centro consumidor;
 A partir deste ponto, inicia-se a rede de distribuição, que contará com as
seguintes tubulações:

2496 m em PVC DeFoFo DN 200 mm;

2232 m em PVC DeFoFo DN 150 mm;

6169 m em PVC DeFoFo DN 100 mm;

4426 m em PVC/PBA DN 75 mm;

7999 m em PVC/PBA DN 50 mm.
Figura 16 - Sistema de abastecimento de água de Jaconé
Fonte: SERENCO, 2.013.
89
5.1.7.4 Características da Estrutura Física de Adução, Reservação e
Distribuição de Água
5.1.7.4.1 Adução
O Sistema de abastecimento de água dos Municípios de Araruama,
Saquarema e Silva Jardim são interligados, possuindo apenas uma estação de
tratamento de água (ETA) que é responsável por toda a produção. O manancial
utilizado é a Lagoa de Juturnaíba. Quanto à distribuição, ela é feita em marcha,
atendendo aos Municípios conforme o traçado das adutoras e redes existentes.
Um resumo da macro distribuição do Município: Inicia-se na estação
elevatória de água tratada da ETA. A tubulação inicial é de 800 mm partindo do
recalque da Estação de Tratamento de Água até atingir o Reservatório de São
Vicente, com capacidade de 1500 m³ (atualmente inoperante). Em sequência,
segue com tubulação de 900 mm até o ponto 06, onde se divide em duas
linhas de 500 mm. Em São Vicente de Paula existe uma ramificação de 150
mm que é responsável pelo abastecimento do distrito de São Vicente.
As duas tubulações de 500 mm seguem até o Booster Araruama, que é
operado somente no verão, época de maior consumo. Dando continuidade as
linhas de 500 mm, logo após este booster há uma ramificação de 300 mm que
abastece o Município de Silva jardim. Esta ramificação de 300 mm possui outra
ramificação de 200 mm na entrada de Morro Grande a qual é responsável pelo
abastecimento desta região.
De São Vicente, as duas tubulações de 500 mm seguem até o Município
de Araruama, onde há uma derivação de ambas as linhas com 300 mm,
derivações estas que se unem em ponto a frente e percorrem até o Booster
Iguaba, que é responsável pelo abastecimento dos bairros Iguabinha e
Bananeiras. Também estão sendo executadas ramificações nas duas
tubulações de 500 mm que servirão para alimentação do novo reservatório
apoiado com capacidade de 7.500 m³.
As adutoras de 500 mm seguem em direção ao centro de Araruama,
uma delas tem seu diâmetro reduzido para 300 mm, a qual é responsável
direto pelo abastecimento do reservatório de Araruama com capacidade de
90
1.500 m³. A outra segue até o Booster Bacaxá. Após o Booster existem duas
tubulações de 300 mm. Existe uma derivação de 300 mm nestas redes que
abastece o Distrito de Praia Seca.
Para o abastecimento dos três Municípios são feitas manobras diárias a
fim de que todas as regiões tenham água pelo menos uma vez por semana, já
que a quantidade de água disponível é insuficiente para atendimento contínuo
de todas as regiões.
A Tabela 22 demonstra as características do sistema de adução.
91
existentes, apresentadas na Tabela 23.
92
DERIVAÇÃO DA ESTR. DE SÃO VICENTE
ATÉ BOOSTER IGUABA
DERIVAÇÃO DO BOOSTER SÃO VICENTE
ATÉ SILVA JARDIM
SAQUAREMA ATÉ (BOQUEIRÃO)
BOOSTER BACAXA ATÉ SAQUAREMA
BOA
BOA
FERRO FUNDIDO
30L/S
20L/S
27L/S
17.000MTS
20MCA
45MCA
300M.M.
BOA
BOA
BOA
BOA
FERRO FUNDIDO
FERRO FUNDIDO
FERRO FUNDIDO
FERRO FUNDIDO
30L/S
45L/S
22L/S
580L/S
75L/S
80L/S
150L/S
450L/S
55L/S
75L/S
200L/S
500L/S
1.600MTS
8.000MTS
19.400MTS
29.400MTS
BOA
CONDIÇÃO
20MCA
15MCA
40MCA
45MCA
FERRO FUNDIDO
AÇO CARBONO
MATERIAL
30MCA
30MCA
60MCA
75MCA
700L/S
750L/S
520L/S
550L/S
620L/S
650L/S
8.600MTS
3.200MTS
VAZÃO
MAX
VAZÃO
MIN.
VAZÃO
MED.
DISTÂNCIA
300M.M.
2 DE 200M.M.
2 DE 300M.M.
2 DE 500M.M.
PONTO 06 ATÉ BOOSTER BACAXA
65MCA
70MCA
100MCA
115MCA
800M.M
900M.M
PRESSÃO
MIN.
PRESSÃO
MAX.
DIÂMETRO
NOMINAL
REDE
CAIXA DE TRANSIÇÃO ATÉ PONTO 06
ETA ATÉ CAIXA DE TRANSICÃO
ADUÇÃO
Tabela 22 - Características Adução
Fonte: CAJ, 2.012.
5.1.7.4.1.1 Elevatórias de Água Tratada
A concessionária CAJ repassou informações de algumas elevatórias
Tabela 23 - Relação das Elevatórias de Água Tratada
Estação Elevatória de Água Tratada
(EEAT)
Vazão
(m³/h)
Altura
Manom.
(m.c.a.)
N.º
Bombas
Estado de Conservação
EEAT 01 (Araruama)
*
*
3
Bom
EEAT Bacaxá
*
*
3
Biom
EEAT 033 (Engenho Grande)
19,5
83
1
Melhorias na parte elétrica
EEAT 013 (Cravo e Canela)
*
*
1
Melhorias na parte elétrica
EEAT 042 (Greenville)
*
*
1
Melhorias na parte elétrica
EEAT 014 (Condado)
100,0
50
1
Melhorias na parte elétrica
EEAT 015 (Mário Castanho)
54,0
80
1
Melhorias na parte elétrica
EEAT 016 (Hospital)
19,9
46
1
Melhorias na parte elétrica
EEAT 017 (Hospital 2)
15,2
46
1
Melhorias na parte elétrica
EEAT 018 (CIEP Bacaxá)
8,8
70
1
Melhorias na parte elétrica
EEAT 019 (DPO Bacaxá)
*
*
1
Melhorias na parte elétrica
EEAT 023 (Condomínio Vignoly)
41,5
41
1
Melhorias na portão de
acesso as bombas
EEAT 040 (Capitão Nunes)
41,5
41
1
Melhorias na parte elétrica
EEAT 038 (Porto da Roça)
6,9
34
1
Melhorias na parte elétrica
EEAT 022 (Núcleo)
*
*
1
Melhorias na parte elétrica
EEAT 041 (Umbelina)
20
45
1
Melhorias na parte elétrica
e Limpeza na área interna
EEAT 039 (Theófilo D’Ávila)
19,3
69
1
Melhorias na parte elétrica
EEAT 021 (Bela Paisagem)
12,3
38
1
Melhorias na parte elétrica
EEAT 024 (Itaúna)
*
*
1
Melhorias na parte elétrica
EEAT 045 (São Rafael)
*
*
1
Melhorias na parte elétrica
EEAT 020 (Oito de Maio)
*
*
1
Melhorias na parte elétrica
EEAT 029 (Boqueirão)
72
40
1
Melhorias na parte elétrica
*Informações não repassados pela CAJ
Fonte: CAJ, 2.012.
93
Maiores informações a respeito das elevatórias de água tratada podem
ser visualizadas no Produto 4.
5.1.7.4.2 Reservação
5.1.7.4.2.1 Reservatório apoiado 1.500 m³ (São Vicente)
Este
reservatório
é
apoiado,
metálico,
com
capacidade
de
armazenamento de 1.500 m³. Ele se encontra próximo à ETA sendo interligado
com a adutora de água tratada. Por estar em uma cota elevada, este
reservatório pode ser utilizado em momentos de desligamento da ETA, sendo a
água reservada em seu interior escoada por gravidade.
Para que ele seja enchido, precisa ser feita uma manobra de registros
para que permita a entrada de água. Como a pressão na adutora no local onde
está o reservatório é elevada, esta manobra deve ser desfeita quando o
reservatório estiver cheio, já que não há automação. Deve ser feita uma
automação neste local para que o reservatório funcione conforme foi projetado
e, desta forma, proporcione maior segurança operacional ao sistema.
Vista externa
Vista externa
Figura 17 - Relatório Fotográfico (Reservatório 1.500 m³)
Fonte: SERENCO, 2.012.
5.1.7.4.2.2 Reservatório apoiado 7.500 m³
Este
reservatório
é
apoiado,
metálico,
com
capacidade
de
armazenamento de 7.500 m³ e foi executado recentemente. No momento da
visita técnica ainda não estava em funcionamento, pelo motivo de sua
interligação com a rede existente não estar ainda totalmente executada.
94
Quando este reservatório entrar em operação, funcionará como reservatório de
sobra, sendo a mesma tubulação funcionando como entrada e saída da água.
Desta forma será de grande valia para manutenção do abastecimento nos
horários e períodos de maior consumo, além de poder ser usado nos horários
de ponta para economia de energia elétrica.
Características do reservatório
Vista geral
Figura 18 - Relatório Fotográfico (Reservatório 7.500 m³)
Fonte: SERENCO, 2.012.
5.1.7.4.2.3 Reservatório 004 (Bacaxá)
Este reservatório é apoiado, em concreto armado, com capacidade de
armazenamento de 1.000 m³ (dimensões de 19,70 m x 12,60 m x 3,95 m ). No
momento da visita técnica ainda não estava em funcionamento, pelo motivo de
ainda não estar executada a estação elevatória que será responsável pelo seu
enchimento, já que, com o sistema existente, não há possibilidade da água
alcançar a cota de entrada dele. A previsão de entrada em funcionamento
desta unidade, segundo a Concessionária, é fevereiro de 2.013.
Após a elevatória, que será construída em local já definido, a água será
transportada até o reservatório por uma tubulação de PVC DN 200 mm (já
executada). O projeto é reservar água durante a noite (período de baixo
consumo) para utilizá-la durante o dia (período de maior consumo) e, desta
forma, diminuir a intermitência no abastecimento que ocorrem em algumas
regiões.
95
Vista externa
Figura 19 - Relatório Fotográfico (Reservatório 004 - Bacaxá)
Fonte: SERENCO, 2.012.
5.1.7.4.2.4 Reservatório 005 (Vilatur)
Este
reservatório
é
apoiado,
metálico,
com
capacidade
de
armazenamento de 250 m³ (diâmetro de 6,68 m e altura de 6,50 m). No período
da visita técnica ele não estava em funcionamento porque não havia pressão
na tubulação de entrada. Assim, o abastecimento em Vilatur é feito diretamente
pela rede que é alimentada pelo Booster Bacaxá.
Vista externa
Figura 20 - Relatório Fotográfico (Reservatório 005 - Vilatur)
Fonte: SERENCO, 2.012.
96
5.1.7.4.2.5 Reservatório 002 (Itaúna)
Este reservatório é apoiado, em concreto armado, com capacidade de
armazenamento de 800 m³ (dimensões de 16,250 m x 12,30 m x 4,00 m ). Ele
é responsável pelo abastecimento de parte do Bairro Itaúna. Para que a água
consiga alcançar este reservatório, a EEAT Itaúna deve ser desligada (para
que diminua o consumo em outras regiões) e isso é feito apenas duas vezes
por semana.
5.1.7.4.3 Distribuição
Segundo informações obtidas junto à Concessionária, a extensão da
rede de distribuição de água nos Municípios atendidos está na
Tabela 24.
Tabela 24 - Extensão de rede de distribuição de água
Município
Extensão de rede de distribuição (m)
DN 50 a 150 mm
>=200 mm
Total
Silva Jardim
30.822
19.000
49.822
Saquarema
249.989
45.400
295.389
Araruama
426.358
124.560
550.918
Praia Seca (Araruama)
44.866
18.000
62.866
Total
752.035
206.960
958.995
5.1.7.5 Monitoramento de qualidade
O monitoramento de qualidade da água distribuída é feito em
cumprimento ao plano de amostragens estabelecido pela Portaria 2.914/2.011.
As Tabelas com as Análises podem ser visualizadas no Produto 4.
5.1.7.6 Estudos, Projetos e Planos existentes
Para o sistema de abastecimento de água, o cronograma de
investimentos vigente é o que consta no 3.º Termo Aditivo. As obras previstas
neste documento são as seguintes:
97
Tabela 25 - Investimentos 2.006 a 2.008
Fonte: 3.º Termo Aditivo - CAJ, 2.005.
98
Tabela 26 - Investimentos 2.009 a 2.017
Fonte: 3.º Termo Aditivo - CAJ, 2.005.
Segundo informações da Agenersa, estes investimentos são os
necessários para atendimento das metas estipuladas no 3.º Termo Aditivo, que
é o documento oficial vigente do cronograma e obrigações da Concessionária e
que não há atrasos em seu cumprimento pela empresa concessionária.
5.1.7.7 Dados Comerciais - CAJ
De acordo com as informações prestadas pela Agenersa, em outubro de
2.012, no Município de Saquarema, existiam o seguinte número de ligações de
água, conforme.
99
Tabela 27 - Quantidade de Ligações de Água
Fonte: CAJ, 2.012.
Quanto à divisão em categorias e faixas de consumo, seguem
informações repassadas pela Concessionária referentes a Março de 2.013.
Tabela 28 - Histograma de consumo
Fonte: CAJ, 2.012.
Figura 21 - Consumo Medido
Fonte: CAJ, 2.012.
100
Percebe-se que, em relação ao consumo medido, que é o valor
registrado pelos hidrômetros somado ao valor estimado de consumo dos
imóveis sem medição, que as economias residenciais representam a maior
parte do consumo total do Município.Levando esse dado em conta,
comparamos as faixas de consumo existente na categoria residencial, por ser
ela a mais representativa. Chega-se a conclusão que 74% de todas as
economias residenciais tiveram seu consumo situado dentro do consumo
mínimo (de 0 a 10 m³), ou seja, todas essas economias tiveram sua fatura com
o valor mínimo.
Figura 22 - Número de Economias Residenciais
Fonte: CAJ, 2.012.
5.1.7.8 Informações gerais
As informações a seguir detalham ainda mais a situação das ligações e
economias em todo o território da Concessão da CAJ no ano de 2.012.
101
Tabela 29 - Número de Ligações e Economias (CAJ)
Fonte: CAJ, 2.012.
102
5.1.7.9 Porcentagem de atendimento
5.1.7.9.1
Agenersa x Concessionária
O Município de Saquarema, segundo informação da Agenersa (Agência
reguladora de energia e saneamento do Estado do Rio de Janeiro), possui 100
% de sua população urbana atendida com abastecimento de água. Ainda
segundo a Agenersa a meta contratual é de 90% de atendimento para o ano de
2.012.
No
entanto,
segundo
a
Concessionária
Águas
de
Juturnaíba,
responsável pelo abastecimento de água do Município, o atendimento atende
95 % da população urbana. O cálculo da Concessionária foi feito considerando
os distritos censitários do IBGE sobrepostos ao cadastro do abastecimento de
água, calculando-se, desta forma, a população atendida. No cálculo utilizado
pela concessionária é levado em conta apenas a população fixa.
5.1.7.10
Caminhões Pipa
Quando há algum problema no abastecimento de alguma região ou
imóvel, problema este de responsabilidade da Concessionária, caminhões pipa
são disponibilizados para atendimento. Existem dois pontos onde estes
caminhões são enchidos com água tratada: Booster Iguaba e Booster Bacaxá.
O volume mensal distribuído desta forma nos últimos meses está na Tabela 30.
.
103
Tabela 30 - Volume Mensal distribuído por Caminhões Pipa
Mês
Booster
3
Iguaba (m )
Booster
3
Bacaxá (m )
Total
Vazão
contínua (l/s)
Novembro/2011
Dezembro/2011
Janeiro/2012
Fevereiro/2012
Março/2012
Abril/2012
Maio/2012
Junho/2012
Julho/2012
Agosto/2012
Setembro/2012
Outubro/2012
Novembro/2012
4.996
4.451
6.891
13.758
7.795
5.471
882
2.799
4.069
5.346
6.509
6.480
3.840
1.938
2.097
3.618
6.442
3.820
2.643
788
1.545
1.639
2.216
2.831
2.262
2.489
6.934
6.548
10.509
20.200
11.615
8.114
1.670
4.344
5.708
7.562
9.340
8.742
6.329
2,68
2,53
4,05
7,79
4,48
3,13
0,64
1,68
2,20
2,92
3,60
3,37
2,44
Fonte: CAJ, 2.012.
Para uma melhor mensuração destes números, transformamos os
valores mensais em vazões contínuas. Com isso percebe-se que há, em
alguns meses, uma quantidade elevada de problemas no abastecimento.
Segundo informações da Concessionária estes caminhões não atendem
imóveis localizados em regiões não contempladas com rede de abastecimento.
5.1.7.11
Índice de Perdas
Segundo informações fornecidas pela CAJ, a Tabela 31 demonstra a
evolução do índice de perdas da Concessionária no período de janeiro de
2.012 a março 2.013.
104
Tabela 31 - Índice de Perdas
Mês
Janeiro/2012
Fevereiro/2012
Março/2012
Abril/2012
Maio/2012
Junho/2012
Julho/2012
Agosto/2012
Setembro/2012
Outubro/2012
Novembro/2012
Dezembro/2012
Janeiro/2013
Fevereiro/2013
Março/2013
Índice de perdas (%)
54
52
54
53
54
53
54
54
52
51
52
56
53
51
47
Fonte: CAJ, 2.012.
O índice de perdas é muito elevado, ou seja, a quantidade de água
“perdida” é maior do que a quantidade de água consumida (medida nos
hidrômetros).
5.1.7.12
Programa de Controle de Perdas
A Concessionária possui em andamento um programa de redução de
perdas, mas conforme pode ser visto na Tabela 31, nos últimos meses este
índice não apresentou alteração significativa, mostrando que este programa
ainda não surtiu o efeito desejado.
É de extrema importância operacional para a Concessionária que este
índice de perdas seja reduzido, através do fortalecimento do programa
existente, a fim de que aumente a quantidade de água disponibilizada à
população e também aumente o faturamento através da medição do que está
sendo consumido de forma irregular.
105
5.1.7.13
Operação
Para a operação do sistema de abastecimento de água sempre três
funcionários estão de plantão, ficando um em Araruama, um em Silva Jardim e
outro em Saquarema. Além desses, em Araruama tem outro funcionário que
opera o Reservatório Araruama e o Booster Bacaxá, além das elevatórias
EEAT Luis Augusto e EEAT Sete de Setembro, que são abastecidas pelo
Reservatório Araruama.
Já para o sistema de manutenção do abastecimento de água existem
nove equipes de dois componentes cada, e uma equipe atendendo serviços de
água e esgoto; além de duas equipes com um componente cada atendendo
somente serviços de manutenção de água. Um funcionário eletromecânico faz
diariamente manutenções preventivas nas elevatórias de água e esgoto.
Existe, no centro operacional da Concessionária, um almoxarifado, que é
responsável pelo armazenamento de todo o material necessário para a
operação dos sistemas de água e esgoto dos três Municípios atendidos.
5.1.7.14
CCO
A Concessionária conta com um Centro de Controle Operacional (CCO),
localizado dentro da sede da CAJ, em Araruama, por meio do qual
supervisiona o sistema de abastecimento de água na área de concessão. O
CCO conta com equipamentos que possibilitam o controle dos sistemas de
produção, reservação e distribuição de água.
A Figura 23 ilustra a demonstração da tela principal do supervisório
implantado no CCO da empresa, podendo-se ser visualizados os seguintes
dados:
 Booster Bacaxá ( Vazão e Pressão )
 ETA ( Vazão e Pressão )
 Reservatório Araruama ( Nível )
 Booster Araruama ( Vazão e Pressão )
 EEATs de Saquarema ( Vazão e Pressão )
106
Figura 23 - Sistema de Automação
Fonte: SERENCO, 2.012.
5.1.7.15
Áreas Rurais
As áreas rurais são marcadas pela baixa densidade demográfica, o que
impossibilita o atendimento destes moradores através de sistema público de
abastecimento de água.
O atendimento desta região, atualmente, é através de soluções
individuais, assim como acontece nas regiões urbanas que não possuem
atendimento.
Quanto ao abastecimento de água, as propriedades são atendidas com
soluções individuais através de poços de pequena profundidade, não existindo
qualquer fiscalização ao acompanhamento por parte da Prefeitura sobre estas
unidades.
Devido à sua profundidade, proximidade com fossas, proximidade à
cunha salina e alto nível do lençol freático, há grande possibilidade destes
poços estarem contaminados ou conter substâncias impróprias ao consumo
humano.
107
5.1.7.16
Ameaças e Oportunidades
Durante a elaboração do presente diagnóstico sobre abastecimento de
água no município, foram elencadas as seguintes ameaças e oportunidades
para a gestão do sistema:
Ameaças:
 Defasagem entre os investimentos previstos e os necessários
 Falta de planejamento e fiscalização da Prefeitura
 Distribuição feita através de manobras
 Incapacidade da atual estrutura de produção de água tratada
para atendimento da demanda atual e futura
 Incapacidade da atual estrutura de transporte de água tratada
para atendimento da demanda atual e futura
 Capacidade de reservação de água tratada insuficiente
 Qualidade da água bruta
 Necessidade de intervenções na Represa de Juturnaíba
 Falta de grupos geradores de energia elétrica nas principais
unidades
 Falta de fiscalização e informação sobre atual atendimento da
área rural
Oportunidades
 Possibilidade de aporte de recursos Municipais, Estaduais e
Federais
 Lei 11.445/2.007 e Decreto 7.217/2.010
 PMSB prevendo aumento de produção e transporte de água
tratada
 Disponibilidade hídrica
 Necessidade de reservação de 1/3 do consumo diário
 Padrão de potabilidade do MS (Portaria 2.914/2.011) e
existência do Comitê de Bacia
 Existência do CILSJ e Comitê de Bacia
108
 Lei
11.445/2.007
e
Decreto
7.217/2.010
prevendo
continuidade, regularidade e universalização.
5.1.8 Caracterização do Serviço de Esgotamento Sanitário
Parte do sistema de esgotamento sanitário do Município (Sede e
Bacaxá) é, atualmente, de responsabilidade da Concessionária Aguas de
Juturnaíba. Nos locais onde não há rede coletora separadora absoluta, nem
tampouco pertence a uma região de influência de alguma tomada em tempo
seco, existem soluções individuais, principalmente com fossa séptica, filtro e
sumidouro. Em alguns Condomínios existem filtros anaeróbios para tratamento
dos esgotos gerados.
5.1.8.1 Corpos Receptores
Não foram fornecidas, pela Concessionária, informações quanto aos
corpos receptores, nem tampouco o monitoramento realizado.
5.1.8.2 Rede coletora de esgotos
Segundo informação da CAJ, existem no Município de Saquarema 908
m de rede coletora separadora absoluta. Não foram fornecidas informações
adicionais sobre as características destas redes coletoras.
5.1.8.3 Porcentagem de atendimento
Segundo informações da AGENERSA, a CAJ possui um índice de
atendimento de 52% da população com o sistema de esgotamento sanitário
para toda área da concessão.
Outra forma oficial de verificarmos a porcentagem de atendimento da
população com o sistema de esgotamento sanitário é o ICMS Ecológico
instituído no Estado do Rio de Janeiro, pela Lei Estadual n.° 5.100, de
4/10/2.007, e regulamentado pelos Decretos 41.844 (4/05/2.009), 43.284
(10/11/2.011) e 43.700 (31/07/2.012).
Através das informações do ICMS ecológico é divulgada a porcentagem
de atendimento com esgotamento sanitário dos Municípios. Para o Município
de Saquarema este índice, para o ano de 2.012, foi calculado em 44,09%. Pela
109
grande diferença entre os índices apresentados, o preenchimento destes
valores pelas Prefeituras Municipais deve ser feito em conjunto com a
Concessionária responsável pelo serviço para se avaliar as informações.
5.1.8.4 Estações de Tratamento de Esgotos
5.1.8.4.1 ETE Itaúna
O processo de tratamento utilizado na ETE Itaúna é o FBAS (Filtro
Biológico Aerado Submerso) seguido por um decantador secundário (DS) e
utiliza bags para o tratamento do lodo. Esta associação de tecnologias
constitui-se em um processo biológico capaz de realizar o tratamento a nível
secundário através da utilização em série de filtros biológicos aerados
submersos e decantadores secundários. O corpo receptor desta estação é a
Lagoa de Saquarema.
Esta estação possui capacidade nominal de 15 l/s e capacidade máxima
de 19 l/s.
Possui bom estado de conservação, tanto as estruturas das unidades
quanto os equipamentos.
Devido à localização desta estação, não há possibilidade de ampliações
devido à falta de espaço e terrenos vizinhos disponíveis.
A licença de operação desta estação é a LO nº IN 001221.
Quanto ao monitoramento, as únicas informações recebidas pela
Concessionária, referentes ao ano de 2.012, estão apresentadas na Tabela 32
e na Tabela 33.
Tabela 32 - Resultados de análises da ETE Itaúna
Fonte: CAJ, 2.012.
110
Tabela 33 - Resultados de análises da ETE Itaúna
Fonte: CAJ, 2.012.
Bags
Tratamento Biológico
Figura 24 - Relatório Fotográfico (ETE Itaúna)
Fonte: SERENCO, 2.012.
5.1.8.4.2 ETE Bacaxá
Essa estação, além de receber os efluentes de quatro EEE (Tocas 1, 2,
3 e 4) também recebe contribuição de uma tomada em tempo seco através de
barragem no Rio Bacaxá, principal afluente da Lagoa de Saquarema. Essa
barragem está localizada em frente à ETE e todo o esgoto, depois de tratado,
retorna ao próprio Rio Bacaxá.
A ETE Bacaxá utiliza o processo biológico FBAS (filtro biológico aerado
submerso), objetivando o tratamento dos esgotos.
111
Quando foi realizada a visita para execução deste diagnóstico, esta
unidade estava em reforma. Esta estação possui capacidade nominal de 35 l/s
e capacidade máxima de 50 l/s. Há espaço para futuras ampliações na área do
entorno desta estação. O estado de conservação é bom, apesar de estar em
reforma no momento da visita técnica, devendo ainda melhorar.
A licença de operação desta estação é a LO nº FE 012702.
Quanto ao monitoramento, as únicas informações recebidas da
Concessionária, referentes ao ano de 2.012, estão a seguir.
Tabela 34 - Resultados de análises da ETE Bacaxá
Fonte: CAJ, 2.012.
Tabela 35 - Resultados de análises da ETE Bacaxá
Fonte: CAJ, 2.012.
112
Bags
Tratamento Biológico
Figura 25 - Relatório Fotográfico (ETE Bacaxá)
Fonte: SERENCO, 2.012.
5.1.8.4.3 ETE Saquarema
Esta unidade recebe os esgotos recalcados por cinco estações
elevatórias de esgoto (EEE Praça do Canhão, EEE Praça do Clube, EEE Areal
1, EEE Areal 2 e EEE Campo de Aviação), que por sua vez recebem
contribuições de tomadas em tempo seco que formam um cinturão impedindo
que esgotos existentes nas galerias pluviais alcancem a Lagoa de Saquarema.
Após o tratamento, o esgoto é devolvido à Lagoa. É fabricada num único
tanque cilíndrico em aço, com camada interna de proteção em fibra de vidro. O
tratamento é em nível secundário por processo biológico natural, sem a
utilização de produtos químicos
Esta unidade tem capacidade nominal de tratamento de 7 l/s e
capacidade máxima de 9 l/s. Possui bom estado de conservação, tanto as
estruturas das unidades quanto os equipamentos. Devido à localização desta
estação, há possibilidade de ampliações somente se utilizar parte de um
campo de aviação vizinho.
A licença de operação desta estação é a LO nº IN 000707.
Quanto ao monitoramento, as únicas informações recebidas pela
Concessionária, referentes ao ano de 2.012, estão a seguir.
113
Tabela 36 - Resultados de análises da ETE Saquarema
Fonte: CAJ, 2.012.
Tabela 37 - Resultados de análises da ETE Saquarema
Fonte: CAJ, 2.012.
Tratamento Biológico
Queima do biogás
Figura 26 - Relatório Fotográfico (ETE Saquarema)
Fonte: SERENCO, 2.012.
114
5.1.8.5 Estações Elevatórias de Esgotos
As estações elevatórias, no sistema unitário, tem objetivo de captar os
esgotos antes de desaguarem nos cursos d´água. As redes separadoras são,
na maioria dos casos, interligadas às elevatórias do sistema unitário. Em
alguns casos, os próprios cursos d´água servem de tubulação ao esgoto, que
corre a céu aberto até ser captado por alguma estação elevatória.
A concessionária CAJ repassou informações das elevatórias existentes,
apresentadas na Tabela 38.
Tabela 38 - Relação das Elevatórias de Esgoto
Elevatória
Vazão
(m³/h)
Altura
Manom.
(m.c.a.)
N.º
Bombas
Estado de
Conservação
Contribuiçõa
para ETE:
EEE Tocas 4
28,51
20,1
2
Bom
Bacaxá
EEE Tocas 3
14,94
7,22
2
Bom
Bacaxá
EEE Tocas 2
14,72
7,43
2
Bom
Bacaxá
EEE Tocas 1
14,72
7,43
2
Melhorias na
parte elétrica
Bacaxá
EEE Itaúna 1
61,9
25,2
2
Bom
Itaúna
EEE Itaúna 2
80,0
13,5
2
Bom
Itaúna
EEE Itaúna 3
*
*
1
Bom
Itaúna
EEE Praça do Canhão
36,7
5
1
Bom
Saquarema
EEE Praça do Clube
86,4
12
1
Bom
Saquarema
EEE Areal 1
36,7
5
2
Bom
Saquarema
EEE Areal 2
86,4
12
2
Bom
Saquarema
EEE Campo de aviação
86,4
12
1
Bom
Saquarema
*Informações não repassados pela CAJ
Fonte: CAJ, 2.012.
115
5.1.8.6 Estudos, Projetos e Planos existentes
Para
o
sistema
de
esgotamento
sanitário,
o
cronograma
de
investimentos vigente é o que consta no 7.º Termo Aditivo. As obras previstas
neste documento são as seguintes:
Tabela 39 - Investimentos previstos
Fonte: 7.º Termo Aditivo - CAJ, 2.007.
116
Tabela 40 - Investimentos previstos
Fonte: 7.º Termo Aditivo - CAJ, 2.007.
5.1.8.7 Características da operação e manutenção do sistema de esgotamento
Para o Município de Saquarema, existem 4 colaboradores que se
revezam em turnos (12 x 36 horas) a fim de dar suporte às diversas demandas
que ocorrem para as unidades destes sistemas. Possuem uma rotina de
trabalho em que fazem inspeção visual em todas as unidades do sistema (uma
vez por turno), inclusive quadros de comando, e fazem anotações quanto ao
117
estado dos equipamentos e, se houver algo de anormal, comunicam o
responsável para que envie a equipe de manutenção eletromecânica.
Os equipamentos disponíveis da concessão resumem-se a 2 carros
utilitários além do caminhão combinado a vácuo que faz a limpeza e
desobstruções nas redes e elevatórias. Para o Município de Silva Jardim e
Saquarema estão disponíveis ainda uma motocicleta para cada Município.
As principais medidas preventivas no sistema de coleta e transporte de
esgoto são:
 Limpezas Periódicas nas tomadas em tempo seco (areia, sólidos
grosseiros, etc), principalmente depois de chuvas;
 Limpeza nos gradeamentos das Estações Elevatórias;
 Limpeza nas Caixas de Areia das Estações Elevatórias;
 Jateamento nas redes, visando retirar o excesso de areia, gordura,
sólidos;
 Manutenção Preventiva das bombas existentes (limpeza nos rotores,
troca de rolamento, testes, etc);
 Manutenção dos Painéis elétricos das Estações Elevatórias.
Além dos itens citados acima, os funcionários fazem a ronda diária onde
realizam o monitoramento 24 horas das Estações Elevatórias, verificando
ainda:
 Funcionamento dos painéis elétricos;
 Funcionamento das Bombas;
 Funcionamento das bóias de nível;
 Limpeza dos gradeamentos existentes.
Existe, no centro operacional da Concessionária, um almoxarifado, que é
responsável pelo armazenamento de todo o material necessário para a
operação dos sistemas de água e esgoto dos três Municípios atendidos.
5.1.8.8 Controle e problemas operacionais
Os maiores problemas operacionais encontrados são areia, lixo e óleo
na rede. A areia pode ser considerada como o principal fator de obstrução das
118
redes de coleta por conta da maioria das ruas da região ser desprovidas de
pavimentação. Além destes, nas regiões centrais há muito lançamento de
gordura na rede unitária, fazendo com que causa obstruções e mau cheiro. Um
fato que deve ser levado em conta é que os equipamentos e instalação são
sobrecarregados devido à presença de água pluvial, que deve também ser
transportada até as estações de tratamento. Isto aumenta consideravelmente a
potência dos equipamentos, o tamanho das instalações, o que dificulta e exige
mais das equipes de manutenção e operação.
5.1.8.9 Áreas Rurais
As áreas rurais são marcadas pela baixa densidade demográfica, o que
impossibilita o atendimento destes moradores através de sistema público de
esgotamento sanitário.
O atendimento desta região, atualmente, é através de soluções
individuais, assim como acontece nas regiões urbanas que não possuem
atendimento.
Quanto ao esgotamento sanitário, as propriedades são atendidas com
soluções individuais através de fossas, não existindo qualquer fiscalização ao
acompanhamento por parte da Prefeitura sobre estas unidades.
Existe um programa de saneamento rural organizado pelo Comitê das
Bacias Hidrográficas das Lagoas de Araruama, Saquarema e dos Rios São
João e Uma (CBHLSJ) em parceria com a Prefeitura de Saquarema, em que
coube à Prefeitura a fabricação das fossas pré-moldadas, o Comitê comprou o
material para a fabricação e 100 % da área rural de Saquarema (mais de 100
produtores) serão atendidos.
5.1.8.10
Ameaças e Oportunidades
Durante a elaboração do presente diagnóstico sobre esgotamento
sanitário no município, foram elencadas as seguintes ameaças e oportunidades
para a gestão do sistema:
Ameaças:
 Defasagem entre os investimentos previstos e os necessários
119
 Falta de planejamento e fiscalização da Prefeitura
 Inexistência de projetos de rede separadora
 Necessidade de adequações internas dos imóveis para ligação na
rede separadora
 Falta de grupos geradores nas estações elevatórias e ETE
 Falta de fiscalização e informação sobre atual atendimento da
área rural
Oportunidades
 Possibilidade de aporte de recursos Municipais, Estaduais e
Federais
 Lei 11.445/2.007 e Decreto 7.217/2.010
 PMSB prevendo recursos para a elaboração de projetos
 Lei 11.445/2007 e Decreto 7.217/2.010 prevendo continuidade,
regularidade e universalização.\
5.2
Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas
Manter a balneabilidade em todas as praias do município e preservar a
Lagoa de Saquarema tem sido o grande objetivo das administrações públicas
do município de Saquarema. A grande ocupação da área do entorno da Lagoa
trouxe consigo uma demanda de infraestrutura nos moldes tradicionais.
Pavimentação produz aumento de escoamento das águas pluviais superficiais
e consequentemente de redes de drenagem. Estas por sua vez, propiciam aos
moradores, formas para lançar suas águas servidas. Esgotos sanitários e
águas pluviais sendo esgotadas em uma só tubulação, como é o caso de
Saquarema e outros municípios da Região, o conhecido sistema de “tomada
em tempo seco” constitui-se em elemento de alto poder de poluição e
contaminação das águas superficiais, lagos, lagoas, lagunas e brejais e como
ponto de descarga final, o mar.
Logo, os pontos de descarga comprometem a balneabilidade mesmo
que as tomadas em tempo seco sejam coletadas e recalcadas para estações
de tratamento e só então o efluente tratado ser devolvido aos corpos
120
receptores. Observa-se que o Município de Saquarema carece de um Plano
Geral de Drenagem e consequentemente de uma rede de esgotamento
sanitário tipo sistema separador absoluto (separativo), uma vez ultrapassada a
fase inicial de preservação da Lagoa de Saquarema.
5.2.1 Hidrografia da Região
A Hidrografia da Região encontra-se detalhada no item 0 do presente
Produto.
5.2.2 Clima
As referências climáticas estão detalhadas no item 4.4.1 do presente
Produto.
5.2.3 Caracterização Física do Atual Sistema de Drenagem do Município
A análise técnica e gerencial do sistema de drenagem e manejo de
águas pluviais deve obedecer o detalhamento de cinco áreas do conhecimento.
A primeira diz respeito ao levantamento hidrológico da região em estudo,
abrangendo precipitação, tempo de recorrência, intensidade de precipitação e
vazões de projeto. A segunda refere-se à microdrenagem, ou seja, sarjetas,
bocas de lobo, coletores, poços de visita e de queda, caixas de ligação e a
rede de drenagem. A terceira está diretamente conectada à macrodrenagem,
através de canais abertos, canais emissários, dissipadores de energia em
canais, destacando-se ainda os ressaltos hidráulicos, as calhas inclinadas com
blocos dissipadores e as bacias dissipadoras de energia. A quarta área
abrande a estabilização dos vales receptores, através de vertedores de queda,
barragens em terra com vertedores de gabião, em degraus e tubos, cortinas,
diafragmas, diques, barragens e comportas, ou ainda, soluções não estruturais.
Finalmente, a quinta abrange o arranjo institucional para o planejamento e a
gestão dos sistemas implantados por microbacias hidrográficas, incluindo-se a
construção, operação e a manutenção dos sistemas de drenagem, ou seja, o
manejo adequado das águas pluviais urbanas.
5.2.3.1 Microdrenagem
121
De acordo com o exposto anteriormente, para se projetar a
microdrenagem torna-se imprescindível o conhecimento do estudo hidrológico
da região, ou seja, a transformação de chuva em vazão.
Na Região dos Lagos, estão localizadas uma estação meteorológica
(Silva Jardim) e dois pluviômetros (Cabo Frio e Saquarema), segundo SIMERJ
(2.013). Os dados disponibilizados pela internet foram compilados para gerar
uma série histórica de chuvas na região, conforme Tabela 41.
Tabela 41 – Índices pluviométricos de Saquarema
Ano
2005¹
2006
2007
2008
2009
2010¹
2011¹
2012¹
Média
Pluviometria Saquarema
Total Acumulado
Meses sem
(mm/ano)
medição
0
10
914,2
0
783,5
0
1493,8
0
478,8
0
1
11
0,8
11
497,3
4
917,6
¹Dados desconsiderados
Fonte: SIMERJ, 2.013.
A Figura 27 apresenta a localização dos pluviômetros da SIMERJ, no
Estado do Rio de Janeiro.
122
Figura 27 - Localização dos pluviômetros do SIMERJ no Estado
Fonte: ANA / Google Earth, 2.013.
Além dos dados disponibilizados pelo SIMERJ, foram analisados os
dados da Agência Nacional de Águas – ANA, pelo portal HidroWeb
(www.hidroweb.ana.gov.br).
No entanto, por problemas de operação e manutenção das estações,
muitas delas não possuem uma sequência histórica confiável para ser aplicada
diretamente em projetos de drenagem, devendo ser realizados estudos mais
detalhados para cada projeto, ou para definição de uma equação de chuvas
intensas para os municípios.
Na Tabela 42 são apresentados os valores anuais obtidos pelo
HidroWeb.
Tabela 42 – Estações pluviométricas de Saquarema
SAQUAREMA
Código
Nome da
estação
Responsável
Operador
Total
acumulado
(mm/ano)
Tempo de
medição
Anos com
medição
02242045
PALMITAL
DNOS
DNOS
1263,9
1936 - 1963
25
02242101
RIO MOLE
INEA
INEA
1269,6
1978 - 1994
16
02242104
SAQUAREMA
INEA
INEA
1012,1
1979 - 1994
15
02242105
JACONɹ
INEA
INEA
-
-
-
¹Dados indisponíveis
Fonte: ANA, 2.013.
123
Em 2.000, foi elaborado, pelo CPRM (Serviço Geológico do Brasil),
estudo intitulado Projeto Rio de Janeiro – Estado de Chuvas Intensas. O
referido estudo utilizou dados pluviométricos das seguintes estações:
 Cabo Frio – 2 estações pluviográficas operadas pelo Instituto
Nacional de Meteorologia – INMET;
 Iguaba Grande – 1 estação pluviográfica operada pelo
INMET,e,
 Saquarema – 2 estações pluviográficas operadas pela SERLA
(atual INEA).
Para a Região 1 – Álcalis Cabo Frio, Cabo Frio, Carmo, Iguaba Grande,
Itaperuna, Macaé, Ordinária do Carmo, Rio Mole, Santa Maria Madalena, Santo
Antônio de Pádua e Saquarema, o estudo referenciou o período de retorno (em
anos) com a duração da chuva (minutos e horas) configurando para a Região 1
a seguinte fórmula para o estabelecimento da intensidade pluviométrica:
Os elementos da fórmula foram detalhados no PRODUTO 4, gerando a
Tabela 43.
Tabela 43 - Região 1: quantis anuais adimensionais regionais
Fonte: SERENCO, 2.013.
124
O estudo teve como resultado o mapa de isoietas contendo a média de
precipitações anuais (em milímetros) para as diversas regiões do Estado. Na
Figura 28, destaca-se a Região 1.
Figura 28 - Precipitações médias anuais (mm) na Região 1 - Mapa de isoietas
Fonte: CPRM, 2.000.
Isto posto, quando das visitas técnicas realizadas ao órgão municipal
responsável pela drenagem e manejo de águas pluviais, obteve-se a
informação
de
que
não
existem
parâmetros
específicos
para
o
dimensionamento dos sistemas de drenagem, sendo normalmente utilizado o
Método Racional, ou seja,
Onde:

Q = vazão (em L/s ou m³/s)

i = intensidade de chuva em mm/ano

c = coeficiente de impermeabilização da bacia considerada*

A = área da bacia contribuinte em ha.
*O valor para o coeficiente de impermeabilização adotado é de 0,85 em área pavimentada com
paralelepípedo e 0,90 em pavimento asfáltico e 0,60 em áreas sem pavimentação, segundo
técnicos da Secretaria Municipal de Obras.
Existe determinação específica de que o projeto da microdrenagem
obedeça a critérios técnicos anteriormente definidos e já consolidados pelas
125
empresas projetistas bem como pelos técnicos municipais. Isso faz com que o
detalhamento das sarjetas como canal superficial de escoamento em início de
trechos, bocas de lobo com grelhas metálicas, em concreto ou fenda horizontal
longitudinal, com ou sem depressão, sejam os modelos utilizados.
Os tubos coletores da microdrenagem são em concreto simples ou
armado (acima de DN 800 mm), ponta e bolsa, assentados sobre base de
sustentação em brita ou saibro compactado. Os tubos de queda, poços de
visita e caixas de ligação são executados em concreto circular (tubos
assentados verticalmente) ou caixas retangulares em concreto, com tampão
em ferro fundido.
Figura 29 - Detalhes da microdrenagem em Saquarema
Fonte: SERENCO, 2.013.
126
5.2.3.2 Macrodrenagem
O município de Saquarema, nos últimos anos, sofreu um grande
crescimento populacional, pelo aumento de 28.200 habitantes em 1.980 para
74.234 habitantes em 2.010 (IBGE), sendo 70.456 moradores de áreas
urbanas. Além disso, recebe um grande fluxo de turistas e veranistas durante o
verão.
Saquarema localiza-se no entorno da lagoa com mesmo nome, em uma
região constituída por serras, colinas e amplas baixadas formadas por
restingas e material trazido pelos rios. Com a intensa ocupação imobiliária
desses espaços, e consequentemente sua impermeabilização, foram feitas
diversas obras para melhorar a drenagem das águas pluviais, entre elas a
canalização de cursos d’água. Essas obras, conhecidas como obras de
macrodrenagem, são responsáveis pelo escoamento das águas pluviais
coletadas pelo sistema de drenagem urbana (ou sistema de microdrenagem),
destinando-as a um corpo receptor (rios, lagoas, mar, etc.)
Segundo AISSE, 1.997, “as obras de macrodrenagem visam melhorar as
condições de escoamento dessa rede para atenuar os problemas de erosões,
assoreamento e inundações ao longo dos principais talvegues”. No caso de
Saquarema, o principal objetivo das obras foi evitar as inundações das áreas
impermeabilizadas, facilitando o escoamento das águas para os canais/galerias
que circundam e cortam o município.
No Distrito sede, as redes de microdrenagem são encaminhadas
diretamente ao canal que faz a ligação entre a Lagoa de Saquarema e o mar
(Figura 30). Não há grandes canais de escoamento na região. As águas pluviais
incidentes na Vilatur são drenadas para a lagoa de Jacarepiá.
127
Figura 30 - Canal de Saquarema
Fonte: SERENCO, 2.013.
O principal canal de macrodrenagem do Distrito de Bacaxá é o Rio
Bacaxá e seus afluentes. Todos são caracterizados por serem canais abertos,
com algumas intervenções para passagem de pontes e contenções nas
encostas para evitar a erosão e proteger construções do entorno (Figura 31).
128
Figura 31 - Macrodrenagem Rio Bacaxá
Fonte: SERENCO, 2.013.
Em Jaconé, Distrito de Sampaio Correia, a macrodrenagem é feita pela
Lagoa de Jaconé, e pelo canal que a interliga à lagoa de Saquarema ( Figura
32).
129
Figura 32 - Canal de ligação entre Lagoa de Jaconé e Saquarema
Fonte: SERENCO, 2.013.
Como o sistema de drenagem de águas pluviais está interligado à rede
de esgotamento sanitário, através do sistema “Tomada em Tempo Seco”, as
águas drenadas pelos canais são destinadas às Estações Elevatórias, para
serem recalcadas até as Estações de Tratamento de Esgoto. Quando ocorrem
chuvas extremas, há um controle através de comportas e vertedouros que
possibilitam o deságue diretamente na Lagoa de Saquarema.
A Tabela 44, a seguir apresenta a extensão dos canais existentes no
município, segundo informações da Prefeitura.
Tabela 44 - Extensão dos canais de macrodrenagem
Tipo de canal
Canais em terra
Canais em concreto
Extensão (km)
22,0 km
6,0 km
Fonte: SERENCO, 2.013.
5.2.4 Principais escoamentos das águas pluviais
Resumidamente, é possível considerar que os principais escoamentos
das águas pluviais se concentram ao sul, seguindo o relevo do município, que
ao norte apresenta áreas mais elevadas (Figura 33, Figura 34 e Figura 35),
diminuindo no sentido do litoral.
130
No entanto, pela presença das lagoas, não há lançamento direto das
águas pluviais no mar, o que contribui para manutenção dos índices de
balneabilidade das praias da região.
Figura 33 - Deságue do Canal de Saquarema no mar
Fonte: Google Earth, 2.013.
.
131
Figura 34 - Ponto de deságue do Rio Bacaxá na Lagoa de Saquarema
Fonte: Google Earth, 2.013.
Figura 35 - Canal de ligação entre as Lagoas de Jaconé e Saquarema
Fonte: Google Earth, 2.013.
132
5.2.5 Sistema de Operação e Manutenção
A Prefeitura do Município de Saquarema, através da Secretaria
Municipal de Serviços Públicos é a responsável pela operação e manutenção
do sistema de drenagem e manejo de águas pluviais urbanas, no Distrito Sede
e nos Distritos de Bacaxá e Sampaio Correia, conforme exemplificado na
Figura 36. A Secretaria não possui engenheiros em seu quadro técnico, porém
conta com 18 funcionários para a limpeza e manutenção de bocas de lobo,
redes de drenagem e canais de macrodrenagem.
A Secretaria possui também equipamentos para realizar a operação e
manutenção:
 3 Retroescavadeira
 1 Escavadeira hidráulica
 1 Pá carregadeira
 4 caminhões caçamba
 2 tratores de pneu
 1 Vacol (alugado de empresa privada)
133
Figura 36 - Desobstrução de canal em Sampaio Correia
Fonte: SERENCO, 2.013.
O município possui também um convênio com o escritório regional do
DER/RJ – Departamento de Estradas de Rodagem, que elabora projetos de
pavimentação (e consequentemente drenagem pluvial), executa serviços de
topográfica, e ainda cede máquinas para dragagem de rios e canais. Como
compensação, a Prefeitura realiza a capinação e roçada das estradas que
cortam o município.
A Secretaria ainda conta com uma fábrica tubos de concreto, fossas e
filtros, com capacidade para produção variando de 200mm até 1 metro de
diâmetro (Figura 37).
134
Figura 37 - Fábrica de manilhas
Fonte: SERENCO, 2.013.
As obras de maior porte são terceirizadas com empresas privadas da
região, sendo a fiscalização a cargo da SMSP.
A Concessionária Águas de Juturnaíba - CAJ, recebeu por concessão
municipal a implantação e a operação do sistema de esgotamento sanitário, o
qual utiliza a rede de drenagem pluvial para coleta dos esgotos sanitários,
denominado de “tomada em tempo seco” (TTS), conduzindo através da micro e
macrodrenagem as águas pluviais e os esgotos sanitários aos cordões
interceptores, e daí, por estações elevatórias (EEE) às três estações de
tratamento de esgoto (ETE) – Saquarema, Bacaxá e Itaúna. A Concessão
supra citada, obedece ao estabelecido pelo Consórcio Intermunicipal para
Gestão Ambiental das Bacias da Região dos Lagos do Rio São João e Zonas
Costeiras – Consórcio Intermunicipal Lagos São João (CILSJ) e ao Comitê da
135
Bacia Hidrográfica Lagos São João (CBHLSJ) e ainda à Agência Reguladora
de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro – AGENERSA.
Na operação do sistema de drenagem, destaca-se a abertura das
comportas do sistema de tomada em tempo seco, em conjunto com a
concessionária Águas de Juturnaíba. O comando de abertura se dá através de
comunicado eletrônico emitido pelo setor operacional terceirizado da
manutenção do sistema, sempre que necessária. Nos canais que alimentam as
ETE’s, a concessionária possui redes para contenção de materiais suspensos,
e periodicamente é feita a limpeza manual (Figura 38).
Figura 38 - Manutenção dos canais – CAJ
Fonte: SERENCO, 2.013.
5.2.6 Arranjo Institucional de Planejamento e Gestão
O arranjo institucional existente para planejamento e gestão da
drenagem e manejo das águas pluviais urbanas da sede de Saquarema é
desenvolvido conforme segue:
136
Figura 39 - Arranjo Institucional
Fonte: SERENCO, 2.013.
Na operação do sistema de drenagem, destaca-se a abertura das
comportas do sistema de tomada em tempo seco, em conjunto com a
concessionária CAJ. O comando de abertura se dá através de ação conjunta
PMS/CAJ.
A Secretaria Municipal de Obras, Urbanismo e Serviços Públicos
reivindica, a elaboração de estudo de revisão do sistema “TTS” e a
revitalização da macrodrenagem. O óleo vegetal usado lançado na rede de
drenagem e a falta de caixas para retenção de gorduras provocam, em
conjunto com a areia fina de deposição, entupimento das tubulações. Também
o óleo lançado pelos postos de serviços automotores é responsável pelos
entupimentos.
Encontra-se na programação anual a contratação de estudo de revisão
do sistema de tomada em tempo seco e de revitalização da macrodrenagem.
Normalmente, os projetos de drenagem acompanham os projetos de
pavimentação ou quando da implantação de novos loteamentos, condomínios e
grandes empreendimentos.
Não foi registrada a existência de planos, programas e projetos que
estejam em desenvolvimento, já desenvolvidos ou em elaboração.
137
Os projetos de drenagem são feitos de acordo com a demanda da
Prefeitura, principalmente ligados às obras de pavimentação, porém não há um
planejamento e definição de áreas prioritárias.
O município de Saquarema não tem regulamentação sobre drenagem e
manejo de águas pluviais para definição de procedimentos específicos para
projeto, construção e manutenção das redes.
Pelo
Código
de
Obras
do
Município
de
Saquarema,
existem
recomendações sobre redes de drenagem no seguinte Capítuls VI – Seção IV
e Seção XI.
5.2.7 Análise do Plano Diretor de Uso e Ocupação do Solo e os Rebatimentos
Sobre os Sistemas de Drenagem Municipais
No Plano Diretor Estratégico-Participativo do município de Saquarema,
constam instruções acerca da drenagem e manejo de águas pluviais urbanas.
A Lei n.º 848, que institui o Plano, detalhada no Produto 7.
5.2.8 Obrigatoriedade da Microdrenagem em Loteamentos ou Abertura de
ruas
Não há legislação municipal específica que defina a obrigatoriedade da
microdrenagem em loteamentos ou abertura de ruas. No entanto, quando do
requerimento da licença ambiental para tais empreendimentos, o órgão
competente deverá exigir os projetos de drenagem para poder concedê-la.
5.2.9 Indicadores
O Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, SNIS, do
Ministério das Cidades – Secretaria Nacional de Saneamento, publica os
indicadores referentes aos sistemas de abastecimento de água, esgotamento
sanitário, e limpeza pública e manejo de resíduos sólidos. Nada consta ainda,
sobre drenagem e manejo de águas pluviais urbanas. Acredita-se que em
breve, serão divulgados tais indicadores.
Acrescenta-se o fato de ser utilizada a rede de drenagem como rede
coletora de esgotos sanitários, concebida por tomada em tempo seco (TTS) e
que a referida rede projetada para águas pluviais não conta com dispositivos
adicionais como bocas de lobo sifonadas impedindo a saída dos gases de
138
decomposição do material orgânico transportado pelos esgotos sanitários, ao
meio ambiente.
A seguir o Quadro 3 apresenta sugestão de indicadores a serem
utilizados preliminarmente.
Quadro 3 - Indicadores
Indicador
Fórmula
Atendimento do Sistema de [População Urbana Atendida por Sistema de
Drenagem
Drenagem Urbana/ População Urbana do
Município] * 100
Vias Urbanas com Sistema [Extensão do Sistema de Drenagem
de Drenagem
Urbana/Extensão Total do Sistema Viário
Urbano] * 100
Ocorrência de Alagamentos Total de Ocorrências de Alagamentos no
período de um ano/ área do Perímetro Urbano
Eficiência do Sistema de [Número de vias com sistema de drenagem
Drenagem Urbana
urbana sem ocorrência de alagamentos /
Número de vias com sistema de drenagem
urbana] * 100
Área urbanizada
[Área urbanizada do Município / Área total do
Município] * 100
Periodicidade
de Último intervalo entre Manutenções, por
Manutenção do Canal
canal
Unidade
%
%
Número de Pontos
de Alagamento/km2
%
%
meses
Fonte: SERENCO, 2.013.
5.2.10 Correlação Sistema de Drenagem e Esgotamento Sanitário
Tendo em vista a preservação das Lagoas de Saquarema, Jaconé e
Jacarepiá, dos rios que cortam o município e do próprio Oceano, a
Concessionária Águas de Juturnaíba, em convênio com a Prefeitura de
Saquarema, através do Consórcio Intermunicipal Lagos São João – CILSJ, e
anuência do INEA e AGENERSA, projetou e implantou o chamado sistema de
tomada em tempo seco (TTS).
O sistema implantado e atualmente em operação compartilhado pela
PMS e Águas de Juturnaíba, atende toda a área urbana da sede (Praia da Vila
e Itaúna) e de Bacaxá.
Portanto, quando não chove, em tempo seco, os esgotos fluem
normalmente pelos sistemas de micro e macrodrenagem implantados,
conduzindo os esgotos aos cordões de interceptação e então por 12 estações
elevatórias são recalcados às três estações de tratamento.
139
Áreas,
Pontos
Críticos
e
Regiões
Vulneráveis
a
Alagamentos
e
Escorregamentos.
As alterações significativas do uso do solo sofridas nas últimas décadas
no município de Saquarema contribuíram para o crescimento ou aparecimento
de regiões vulneráveis às ações de chuvas intensas.
A ocupação e consequentemente a impermeabilização das áreas que
antes infiltravam as águas pluviais, dificultou essa infiltração diretamente no
solo, sendo escoadas superficialmente para as áreas mais baixas, em direção
à Lagoa de Saquarema. Essa situação criou diversos problemas para o
escoamento das águas pluviais devido à falta planejamento urbano adequado e
de projetos adequados para construção de infraestrutura de micro e
macrodrenagem.
Mesmo com a intensificação dos processos de urbanização do
município, ainda encontram-se áreas que não apresentam vulnerabilidade às
precipitações. Com exceção de áreas localizadas no Distrito de Sampaio,
Saquarema não possui áreas vulneráveis a deslizamentos e escorregamentos
de terra.
A precariedade ou a falta de infraestruturas para conter os riscos de
alagamentos, deslizamentos, e outros efeitos adversos, pode aumentar a
vulnerabilidade de algumas áreas do município.
Em Saquarema, existem vários exemplos dessa precariedade, tais
como:
 O mau dimensionamento das redes de micro e macrodrenagem,
projetadas em épocas passadas, sem considerar a atual expansão da
malha urbana e aumento das áreas impermeáveis;
 Falta de infraestrutura de drenagem nos Distritos de Sampaio Correia e
Bacaxá.
Algumas regiões podem tornar-se vulneráveis no decorrer dos anos
devido à obsolescência das tecnologias utilizadas durante um período, mas
que com o tempo deixaram de ser a solução mais adequada ao local. O
sistema de “tomada em tempo seco – TTS” é o maior exemplo na região, pois
140
foi concebido como uma solução emergencial para evitar o lançamento de
esgotos sanitários in natura para a Lagoa de Araruama e para o Oceano, no
entanto atualmente apresenta diversos aspectos negativos, sendo necessária a
busca de nova solução para a drenagem de águas pluviais, e coleta de esgotos
sanitários em sistemas separativos.
Foram apontadas pelos técnicos da Prefeitura Municipal de Saquarema
as seguintes áreas críticas de alagamentos:

Bairro Bonsucesso;

Entorno do Rio Bacaxá e seus afluentes (Distrito de Bacaxá);

Área urbana do Distrito de Sampaio Correia.
Ainda foi apontada no Distrito de Sampaio Correia, uma área com risco
de deslizamento, localizada no final da Tv. Oito de Dezembro (Figura 40). No
local, há residências já interditadas em eventos passados.
Figura 40 - Área com risco de alagamento e deslizamento – Sampaio Correia
Fonte: SERENCO, 2.013.
141
Como a Secretaria Municipal de Obras não possui critérios de
dimensionamento fixados, as obras são realizadas de acordo com os critérios
de cada empresa contratada para elaboração de projetos e execução, tendo
em vista o adensamento populacional ocorrido nos últimos anos, aumentando o
coeficiente de impermeabilização (c) utilizado para o cálculo das vazões pelo
Método Racional (Q=c.i.A) e consequente exigindo maiores seções de
escoamento para as águas pluviais. Acrescenta-se a isso, a inclusão dos
esgotos sanitários nas tubulações e canais de drenagem.
Grande parte das obstruções que ocorrem no sistema de drenagem se
concentram em três pontos principais:
 O primeiro está ligado ao carreamento de resíduos sólidos e areia
às bocas de lobo, gerando entupimentos e não permitindo a
captação das águas pluviais;
 O segundo conecta-se ao lançamento de esgotos sanitários
contendo graxas, gorduras e óleos que misturados à areia fina,
geram entupimentos;
 O terceiro, também relacionado ao lançamento dos esgotos
sanitários em tubulações e canais com pequena declividade
causando a deposição de sólidos sedimentáveis, reduzindo as
seções de escoamento.
Em alguns casos mais críticos, a Prefeitura Municipal contrata
equipamentos e mão de obra para os trabalhos de desobstrução. Vários
equipamentos estão disponíveis no mercado, cada qual adaptado às
características típicas do elemento a ser desobstruído.
142
Figura 41 - Equipamentos para manutenção de redes de drenagem
Fonte: SERENCO, 2.013.
Quando da realização do cadastro da micro e macrodrenagem dos
sistemas existente, poderá ser acrescentado o diagnóstico de obstruções dos
sistemas.
5.2.11 Evolução Populacional, Urbanização e Ocorrência de Inundações.
A ocupação do solo urbano e o crescimento populacional acentuado
ocorrido nas duas últimas décadas, buscando harmonizar a redução da
infiltração das chuvas pela acelerada impermeabilização do solo e pela
redução da infiltração das águas pluviais em pavimentos de paralelepípedos,
hoje recobertos por asfalto, por calçadas, pátios e coberturas das edificações,
com o esgotamento sanitário em tomadas de tempo seco, ocasionaram como
consequência a poluição do lençol freático.
Essa
situação,
como
consequência,
ocasiona
a ocorrência de
alagamentos de ruas, calçadas, lotes e edificações, agravando-se a cada ano
que passa.
Conclui-se que a importância do sistema de tomada em tempo seco,
decorridos 16 anos (1.996-2.012), já atendeu os objetivos da época em que foi
concebido e instituído. Acredita-se que tendo em vista a fragilidade dos
ecossistemas do entorno da cidade, nova concepção, nova atitude, novos
conceitos e o uso de outras tecnologias tais como um sistema separador
absoluto para esgotamento sanitário e outro para a drenagem de águas
pluviais, deverão se tornar no foco principal para os próximos 20 anos,
horizonte do PMSB de acordo com a Lei nº 11.445/2.007.
143
5.2.12 Capacidade Limite – Georreferenciamento das Bacias Contribuintes
para a Microdrenagem
Plantas cadastrais do sistema de drenagem urbana convertido em
sistema unitário provisório para coleta dos esgotos sanitários através de
efluentes de fossas sépticas; fossas e filtros; fossas, filtros e sumidouros;
fossas e sumidouros e ainda fossas sépticas e filtros anaeróbios, não foram
fornecidas pela Concessionária Águas de Juturnaíba.
5.2.13 Defesa Civil
A Coordenadoria Municipal de Defesa Civil está ligada atualmente à
Secretaria de Segurança. Possui um coordenador e 18 agentes de Defesa
Civil. Encontra-se em elaboração o Plano Diretor de Defesa Civil, que tem por
objetivo promover a defesa permanente contra desastres naturais ou
provocados pelo homem. Para isso, os agentes de defesa civil realizam um
levantamento para mapear as principais áreas de risco do município, mantendo
em cada bairro ou localidade um voluntário responsável pelo contato entre a
comunidade e a Defesa Civil, quando da ocorrência de eventos adversos.
A Defesa Civil conta com três veículos doados pelo Governo Estadual
para realizar as visitas aos locais atingidos (Figura 42).
Figura 42 - Veículos da Defesa Civil
Fonte: Defesa Civil, 2.013.
144
5.2.14 Gestão Associada
A gestão associada entre as diversas instituições envolvidas no setor de
drenagem e manejo de águas pluviais, deverá ser o grande objetivo a ser
alcançado nos próximos anos. A figura a seguir, representa as principais
instituições envolvidas:
Figura 43 - Necessidade de Integração pela gestão associada
Fonte: SERENCO, 2.013.
SEA/INEA – Apoio técnico e financeiro através dos programas oficiais disponíveis junto
aos dois órgãos.
CBHLSJ – Gestão de Bacias Hidrográficas – Regulamentação do Grupo de Trabalho
de Mudanças Climáticas.
CISLJ – Apoio técnico e financeiro através dos programas e projetos a serem
executados em parceria com os Municípios.
PMS – Poder Concedente e executor da Política Municipal de Saneamento Básico no
Município. Drenagem e manejo de águas pluviais urbanas SMO/SMMSP/SMSP.
Águas de Juturnaíba – Prestadora de serviços de coleta, transporte e tratamento de
esgotos sanitários.
Defesa Civil – Elaboração do Plano Municipal de Defesa Civil e interação na
prevenção tendo em vista a mitigação de eventos climáticos (precipitações
pluviométricas intensas).
145
O CBHLSJ, em sua estrutura conta com um Grupo de Trabalho
denominado Mudanças Climáticas, gerando um Programa de Mudanças
Climáticas e dois Subprogramas:

Mitigação

Adaptação – análise da vulnerabilidade – estuda o
ajustamento às mudanças climáticas, a forma de moderar
danos potenciais, aproveitando oportunidades ou ainda, como
recuperar-se das consequências.
O Grupo de Trabalho busca o conhecimento da vulnerabilidade dos
municípios, ou seja, o potencial de resiliência - capacidade de absorver os
impactos de eventos climáticos extremos e seu tempo de resposta.
O Comitê, através desse Grupo de Trabalho, deverá participar da gestão
associada ora diagnosticada, podendo trazer diversas contribuições para
solucionar os problemas relacionados à drenagem e manejo de águas pluviais
urbanas.
5.2.15 Ameaças e Oportunidades
Durante a elaboração do presente diagnóstico sobre drenagem e manejo
de águas pluviais urbanas no município, foram elencadas as seguintes
ameaças e oportunidades para a gestão do sistema:
Ameaças:
 Impermeabilização dos solos pela pavimentação de vias,
calçadas, telhados, pisos e pátios;
 Crescimento urbano bastante acelerado nas últimas décadas;
 Grande densidade demográfica no Distrito de Bacaxá;
 Inexistência de indicadores operacionais, econômico-financeiros,
administrativos e de qualidade;
 Falta de um arranjo institucional específicos para a gestão de
drenagem e manejo de águas pluviais;
 Falta de um regulamento com procedimentos para projeto,
construção, operação e manutenção do sistema de drenagem
pluvial;
146
 Inexistência de um modelo de gestão associada entre as
instituições envolvidas;
 Inexistência de Plano de Contingências de Proteção e Defesa
Civil - PLANCON (Defesa Civil);
 Falta de mapeamento de áreas de risco com a participação dos
moradores dos bairros;
 Inexistência de um Plano Diretor de Drenagem, definindo áreas
prioritárias e prazos para construção e cadastro de novas redes
de águas pluviais.
Oportunidades
 Implantação e operação de sistema de captação de esgotos
sanitários através de tomada em tempo seco – TTS, utilizando o
sistema municipal de drenagem de águas pluviais, pela
Concessionária Águas de Juturnaíba;
 Baixo índice pluviométrico da região costeira;
 Barramento nos corpos hídricos através de cordão interceptor,
comportas, estações elevatórias e estações de tratamento de
esgoto;
 Estruturação da Defesa Civil;
 Existência de Grupo de Trabalho – Mudanças Climáticas, junto ao
Comitê de Bacias – CBHLSJ;
 Existência do Consórcio Intermunicipal Lagos São João;
 Existência de diferentes programas de apoio estabelecidos pela
SEA/INEA;
 Existência de 1 estações pluviográfica no Município;
 Grandes áreas preservadas no entorno da Lagoa de Saquarema;
 Existência de fábrica de manilhas da Prefeitura;
 Convênio com o DER-RJ para elaboração de levantamentos
topográficos, projetos e cessão de máquinas e equipamentos;
 Existência
de
convênio
com
administração municipal;
147
a
FGV para
assessoria à
 Existência de equipamentos e pessoal próprio da Prefeitura para
manutenção da rede de micro e macrodrenagem.
5.3
Seminário Local para Consolidação do Diagnóstico
Foi realizado na data de 10 de maio de 2.013 no auditório da FAETEC
de Saquarema o 1.º Seminário Local do Plano Municipal de Saneamento
Básico, que teve como objetivo à Consolidação dos Diagnósticos dos Serviços
de Abastecimento de Água, Esgotamento Sanitário, Drenagem e Manejo das
Águas Pluviais Urbanas, Limpeza Urbana e Manejo dos Resíduos Sólidos.
Este teve duração de 3 horas, tendo seu início às 15h00min e término às
18h00min.
A realização deste 1.º Seminário Local, além da apresentação dos
diagnósticos, teve como motivação, a participação da sociedade, com o
recebimento
de
contribuições
para
aprimoramento
dos
Diagnósticos
apresentados.
Durante o evento estiveram presentes 136 pessoas da comunidade.
5.3.1 Contribuições
 A existência do Diagnóstico Municipal da Realidade da Criança,
que serviu de base para o Bolsa Família, onde consta que.
apenas 40% da população de Saquarema possui água.
 Na Rua Paulo VI até Bairra Nova, não possuem abastecimento de
água e nem poço.
 Jaconé é abastecido apenas por poço e com água de má
qualidade.
 Sampaio Correa possui uma estação de tratamento de água, a
qual não funciona de maneira adequada.
 No Bairro da Baziléia existe um abaixo assinado com 150
assinaturas de pessoas que não possuem água.
 Em Sampaio Correa, logo na entrada do distrito existe uma
manilha grande que traz todo os esgotos das indústrias, indo para
o Rio Tingui que pertence ao sistema lagunar.
148
 No distrito de Jaconé já existe um grande projeto para
abastecimento de água, mas até o momento nada foi falado sobre
o esgotamento sanitário.
 No distrito de Jaconé a obra em execução seria para o
atendimento
de
2.000
casas,
mas
apenas
1.360
foram
contempladas, e a empresa não sabe informar o porque desta
não complementação das obras. A obra se encontra parada pois
segundo consta acabou o dinheiro e foi solicitado um aditivo.
 Existe um conflito no que se refere ao atendimento de água e que
o contrato da Concessionária Águas de Juturnaiba prevê como
atendimento até Barra Nova/Boqueirão.
 Relatou-se a existência de mais de uma empresa de reciclagem,
sendo localizadas uma quase em frente da Acrama e outra que de
grande porte, que trabalha em esquema industrial que está
localizada na Madre Silva. Existe também o Programa Prove do
Inea para a coleta de óleo vegetal e os pontos de recebimento de
lixo eletrônico nas escolas.
 A existência do lixão de Água Branca, o qual não foi citado no
PMSB.
 Correção do que foi apresentado, onde o lixão de Itauna é no
Bairro Guarani, entre Guarani e Itauna. Este lixão do Guarani
inclusive participou dos primeiros programas de reciclagem no RJ
no Governo Moreira Franco.
 A existência de um antigo lixão no Bairro Gravatá em frente ao
campo do castelinho.
 Projeto de conscientização ambiental a ser implantado nas
escolas, o qual está em desenvolvimento pelos Vereadores do
município.
149
Figura 44 - Relatório Fotográfico (1.º Seminário Local)
Fonte: SERENCO, 2.013.
150
6
ESTUDO POPULACIONAL
Na elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico e Plano
Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, o Produto 6 (Estudo
Populacional e Arranjos Institucionais) apresentou as projeções de crescimento
da população para os próximos 20 anos, tendo em vista os últimos Censos do
IBGE, e informações sobre a população flutuante dos municípios da região.
6.1
População Residente
A partir dos dados populacionais constantes na Tabela 45, foram
calculadas as populações por sete métodos para definição do crescimento
populacional (Aritmético, Geométrico, Ajustamento Linear, Equação da Curva
de Potência, Equação Exponencial, Equação Logarítmica e Equação
Polimonial).
Tabela 45 - Demografia
ANO
1.980
1.991
2.000
2.010
POP. URBANA
28.200
37.888
52.461
70.456
79,86%
93,52%
96,26%
94,91%
POP. RURAL
7.110
2.625
2.039
3.778
Pop. Urb.
Tx. Cres. a.a. (%)
TOTAL
20,14%
6,48%
3,74%
5,09%
35.310
40.513
54.500
74.234
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
2,72%
3,68%
2,99%
Fonte: IBGE, 1.980 - 1.991 - 2.000 - 2.010.
As populações residentes adotadas para o município de Saquarema
foram obtidas pela Equação Polinomial, conforme Tabela 46.
151
Tabela 46 - População Residente Adotada
Fonte: SERENCO, 2.013.
6.2
População Flutuante
A projeção da população flutuante de Saquarema foi feita utilizando as
seguintes premissas:
6.2.1 Estudo de Sazonalidade
Foram utilizados dois parâmetros:
 Consumo de Energia Elétrica
Com base no consumo líquido faturado em KWh mensal, no período de
janeiro de 2.011 a agosto de 2.012, obtidos junto a concessionária AMPLA, e
admitindo-se que o menor consumo mensal ocorrido em cada ano, equivale ao
pleno atendimento da população residente, pode-se inferir que a variação a
152
maior do mesmo, notadamente no período de alta temporada turística
(dezembro a fevereiro) equivale ao acréscimo sobre a população residente.
Verificou-se nos dados fornecidos que o efeito da sazonalidade no
consumo de energia faz-se sentir em maior intensidade nos meses de
temporada de verão, e o menor consumo ocorrendo em junho de 2.011.
A maior relação de Sazonalidade ocorreu com um índice de 1,48,
significando que o consumo atingiu 48% superior ao consumo normal da
população residente.
6.2.2 Domicílios Permanentes
A projeção do numero de domicílios permanentes foi obtida pela divisão
da população projetada pelo numero médio de pessoas por domicílio. Esta taxa
média de ocupação (hab./dom.) foi obtida a partir dos dados censitários e
projetada de forma decrescente de acordo com a tendência histórica.
Para a obtenção da população flutuante acomodada em domicílios
permanentes adotou-se o critério de utilizar uma taxa de ocupação equivalente
a 1 hóspede por domicílio permanente.
6.2.3 Domicílios de Uso Ocasional
A projeção foi feita a partir da análise da tendência de crescimento do
percentual de domicílios de uso ocasional sobre o total de domicílios, durante o
período 2.000-2.010.
O número futuro de domicílios de uso ocasional foi obtido a partir do
conhecimento da variação anual desses domicílios durante o período 2.0002.010, variação esta que foi aplicada aos dados do Censo 2.010, de modo a se
obter uma estimativa para os anos seguintes (2.011-2.033).
Multiplicou-se o número de domicílios de uso ocasional pelo número
médio de moradores por domicílio, obtido para a Região dos Lagos no censo
de 2.010, que era de 3,45 pessoas por domicílio.
153
6.2.4 Hotéis e Pousadas
Foi utilizada a capacidade de leitos instalada no ano de 2.012 e o seu
crescimento futuro projetado utilizando-se as mesmas taxas anuais de
crescimento utilizadas para as projeções feitas na obtenção dos domicílios de
uso ocasional, em virtude da forte e consolidada vocação turística da região
como um todo.
A Tabela 47 apresenta a população flutuante de Saquarema.
Tabela 47 - População Flutuante Total
ANO
-1
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
2.012
2.013
2.014
2.015
2.016
2.017
2.018
2.019
2.020
2.021
2.022
2.023
2.024
2.025
2.026
2.027
2.028
2.029
2.030
2.031
2.032
2.033
POP. FLUT. EM DOM.
POP. FLUT. EM
POP. FLUT. EM DOM.
DE USO OCASIONAL HOTEIS e POUSADAS
PERMANENTES
61.834
6.183
24.615
63.698
6.370
25.357
65.600
6.560
26.114
67.543
6.754
26.887
69.524
6.952
27.676
71.545
7.155
28.480
73.606
7.361
29.397
75.706
7.571
30.236
77.845
7.785
31.090
80.024
8.002
31.961
82.243
8.224
32.847
84.500
8.450
33.859
86.798
8.680
34.780
89.134
8.913
35.716
91.511
9.151
36.669
93.926
9.393
37.636
96.381
9.638
38.748
98.876
9.888
39.751
101.410
10.141
40.770
103.984
10.398
41.805
106.597
10.660
42.855
109.248
10.925
43.921
POP. FLUT. TOTAL
92.633
95.425
98.274
101.185
104.153
107.180
110.363
113.512
116.720
119.987
123.314
126.810
130.258
133.764
137.330
140.955
144.767
148.515
152.321
156.187
160.111
164.094
Fonte: SERENCO, 2.013.
6.3
População de Temporada
Apresenta-se a Tabela 48, com as populações fixa (residente) mais a
flutuante de Saquarema.
154
Tabela 48 - Populações fixas (residentes) e flutuantes totais
ANO
-1
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
2.012
2.013
2.014
2.015
2.016
2.017
2.018
2.019
2.020
2.021
2.022
2.023
2.024
2.025
2.026
2.027
2.028
2.029
2.030
2.031
2.032
2.033
POPULAÇÃO
RESIDENTE
75.086
77.349
79.659
82.018
84.424
86.878
89.380
91.930
94.528
97.174
99.868
102.609
105.399
108.236
111.122
114.055
117.036
120.066
123.143
126.268
129.441
132.661
POPULAÇÃO
FLUTUANTE
92.633
95.425
98.274
101.185
104.153
107.180
110.363
113.512
116.720
119.987
123.314
126.810
130.258
133.764
137.330
140.955
144.767
148.515
152.321
156.187
160.111
164.094
Fonte: SERENCO, 2.013.
155
TOTAL
167.719
172.774
177.933
183.203
188.577
194.058
199.743
205.442
211.248
217.161
223.182
229.419
235.657
242.000
248.452
255.010
261.803
268.581
275.464
282.455
289.552
296.755
7
7.1
PROPOSIÇÕES (CENÁRIOS FUTUROS)
Construção de Cenários
A geração dos cenários para o setor de drenagem e manejo de águas
pluviais urbanas permite antever um futuro incerto e como este futuro pode ser
influenciado pelas decisões propostas no presente. Por isso, os cenários não
são previsões, mas sim imagens alternativas do futuro que foram subsidiadas
por um diagnóstico, conhecimento técnico, e demandas da comunidade
expressas no processo construtivo do planejamento.
O documento intitulado “Metodologia e Técnicas de Construção de
Cenários Globais e Regionais” elaborado por Sérgio C. Buarque, em 2.003,
para o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, órgão vinculado ao
Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão, fornece uma base teórica e
fundamentos metodológicos práticos muito importantes, sendo utilizados como
referência na construção de cenários futuros.
De acordo com a metodologia de Buarque (2.003), estes cenários são
interpretados da seguinte maneira:
 Um cenário previsível, com os diversos atores setoriais agindo
isoladamente e sem a implantação e/ou interferência do PMSB,
e,
 Um cenário normativo, com o PMSB agindo como instrumento
indutor de ações planejadas e integradas entre si.
É necessário que se estabeleça um roteiro (não obrigatório) que evite a
dispersão de ideias e conduza ao objetivo pretendido. A Figura 45 apresenta,
de forma sucinta, a metodologia adotada.
156
Figura 45 - Esquema Geral da Metodologia para a Elaboração dos Cenários
Fonte: SERENCO, 2.013.
Neste contexto pode-se resumir os seguintes cenários: (i) Desejado – O
Município alcançará, no futuro (indefinido e utópico), a plena gestão do
saneamento básico; (ii) Previsível – crescimento urbano mais controlado do
que hoje, e (iii) Normativo – crescimento urbano ordenado com a plena gestão
do saneamento básico atendendo ao proposto no PMSB.
As ameaças previamente elencadas cobrem todo o território urbano do
Município de Saquarema, apresentando-se de forma homogênea sobre todas
as áreas. Logo, as ameaças são comuns a todas as áreas e, portanto, afetam o
sistema de gestão do saneamento básico nos quatro sistemas de infraestrutura
sanitária do Município.
Embora a teoria de elaboração de cenários não recomende a utilização
de tabelas e gráficos pré-definidos para não limitar a criatividade e a intuição, o
modelo matemático será aplicado para a ponderação das ameaças críticas
relativas à Construção dos Cenários do Plano Municipal de Saneamento
Básico do Município. As notas adotadas para a relevância e para a incerteza
são as seguintes: 05 para Alta, 03 para Média e 01 para Baixa. A prioridade (P)
é definida pela multiplicação de relevância (R)e incerteza (I), (P=RxI).
157
7.1.1 Sistematização das Informações
A Sistemática CDP aplicada normalmente na elaboração dos Planos
Municipais de Saneamento Básico apresenta basicamente um método de
ordenação criteriosa e operacional dos problemas e fatos, resultantes de
pesquisas e levantamentos, proporcionando apresentação compreensível e
compatível com a situação atual da cidade, ou seja, do Diagnóstico.
A classificação dos elementos segundo Condicionantes/Deficiências/
Potencialidades, (CDP) atribui aos mesmos uma função dentro do processo de
desenvolvimento
da
cidade.
Isto
significa
que
as
tendências
desse
desenvolvimento podem ser percebidas com maior facilidade. De acordo com
esta classificação é possível estruturar a situação do Município, conforme
segue:
Condicionantes: Elementos existentes no ambiente urbano, planos e decisões
existentes, com consequências futuras no saneamento básico ou no
desenvolvimento do Município, e que pelas suas características e implicações
devem ser levados em conta no planejamento de tomadas de decisões.
Exemplos: rios, morros, vales, o patrimônio histórico e cultural, sistema viário,
legislação, etc.
Deficiências: São elementos ou situações de caráter negativo que significam
estrangulamentos na qualidade de vida das pessoas e dificultam o
desenvolvimento do Município.
Potencialidades: São aspectos positivos existentes no Município que devem
ser explorados e/ou otimizados, resultando em melhoria da qualidade de vida
da população.
As deficiências e as potencialidades podem ter as seguintes
características: técnicas, naturais, culturais, legais, financeiras, sociais,
administrativas e econômicas. A utilização da sistemática CDP possibilita
classificar todos os aspectos levantados nas leituras técnicas e comunitárias
(diagnóstico) nestas três categorias, visando a montagem dos cenários,
identificando as ações prioritárias e as tomadas de decisões.
158
7.2
Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário
Como forma de nortear as propostas para os sistemas de abastecimento
de água e esgotamento sanitário, será utilizada como base a Lei 11.445 de 5
de janeiro de 2.007. Através dos princípios fundamentais contidos na
legislação, percebe-se a necessidade dos sistemas atingirem a totalidade da
população, sabendo-se que, para isso, deve-se prever um espaço de tempo
(metas graduais) e que nem todos receberão os serviços da mesma forma,
mas todos devem ser atendidos de forma adequada. Quanto ao sistema de
abastecimento de água, o PLANSAB (Plano Nacional de Saneamento Básico)
trata como atendimento adequado o fornecimento de água potável por rede de
distribuição, com ou sem canalização interna, ou por poço, nascente ou
cisterna, com canalização interna, em qualquer caso sem intermitência
prolongada ou racionamentos, mostrando as diferentes formas de atendimento
à população. Para o sistema de esgoto a atendimento adequado se dá por
coleta seguida de tratamento ou o uso de fossa séptica, também de acordo
com o PLANSAB. Um exemplo para estes sistemas de que nem toda a
população receberá o serviço da mesma forma é que, em alguns pontos,
ocorrerão sistemas coletivos (onde há maior adensamento populacional)
enquanto que em outros as soluções deverão ser individuais. Quanto à forma
de coleta dos sistemas coletivos de esgotamento sanitário, a tendência e a
vontade
de
todos
os
envolvidos
(Poder
Concedente,
população
e
Concessionárias), é que seja através de redes separadoras absolutas. Mas
para que isso se torne realidade, deve-se prever, ou ao menos elencar
alternativas de recursos para a sua execução.
Segundo a Lei 11.445 (2.007, artigo 29) “Os serviços públicos de
saneamento básico terão a sustentabilidade econômico-financeira assegurada,
sempre que possível, mediante remuneração pela cobrança dos serviços;” Pelo
texto da Lei, basicamente o sistema deve ser equilibrado entre o que se
arrecada e o que se gasta com sua operação e os investimentos necessários à
ampliação progressiva para se chegar à universalização, assim como o sistema
159
de abastecimento de água. No caso em questão do Município de Saquarema,
este está inserido em uma prestação de serviços regionalizada, junto com
outros dois Municípios quanto aos sistemas de abastecimento de água e
esgotamento sanitário (Araruama e Silva Jardim).
Portanto, além do que assegura a própria Lei 11.445 quanto ao equilíbrio
econômico financeiro dos sistemas de água e esgoto, existe já um contrato de
concessão vigente em que existem regras e condições para a prestação dos
serviços deste sistema e também condições de equilíbrio econômico financeiro,
tais como, valores de tarifas e de investimentos ao longo do período de
concessão. O equilíbrio econômico-financeiro do contrato vigente está
assegurado considerando as obras constantes no 7.º Termo Aditivo, que são
todas as necessárias para o atendimento das metas contratuais, segundo os
próprios Termos Aditivos e a Segunda Revisão Quinquenal.
7.2.1 Sistema de Abastecimento de Água
O estudo sobre este sistema será iniciado através das demandas,
especificamente para Saquarema, mas também para a área da concessão
como um todo. Além disso, a Represa de Juturnaíba também é o manancial de
abastecimento de outros 5 Municípios da região (Armação dos Búzios, Arraial
do Cabo, Cabo Frio, Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia), que são
abastecidos por outra concessionária, mas que se utilizam do mesmo
manancial. Portanto, as demandas destes outros 5 Municípios também
interessam a todos os outros quanto à disponibilidade hídrica deste manancial,
já que não se vislumbram outras fontes de abastecimento na região.
Existiam, no ano de 2.010, pouco mais de 3.778 habitantes na área rural
e, portanto, em áreas que não estão sob responsabilidade da Concessionária.
Esta população, que está inserida em uma grande área territorial, deverá ser
atendida com soluções individuais para o saneamento, conforme definição de
solução adequada do PLANSAB.
160
7.2.1.1 Objetivos Gerais
I.
Ampliação da produção e transporte de água tratada;
II.
Promover a expansão da rede de abastecimento de água em
consonância com o programa de universalização dos serviços;
III.
Ampliação da reservação de água tratada;
IV.
Qualidade de atendimento ao usuário, com respeito a prazos
estabelecidos;
V.
Qualidade dos produtos (atendimento ao padrão de potabilidade da
água distribuída definido pela Portaria 2.914 do Ministério da Saúde);
VI.
VII.
Continuidade e regularidade;
Hidrometração, com manutenção de, no mínimo, 98% do total de
ligações dotadas com hidrômetro em condições de leitura;
VIII.
Controle de perdas de forma a atender a meta estabelecida na
Segunda Revisão Quinquenal, conforme descrito no Produto 4, e,
IX.
Metas de cobertura dos serviços, atendendo ao disposto no Terceiro
Termo Aditivo ao Contrato de Concessão.
7.2.1.2 Metas de atendimento
7.2.1.2.1 Contrato de concessão da CAJ
Quanto à porcentagem de atendimento da população com o sistema de
abastecimento de água, as metas vigentes da concessão são as constantes no
Contrato de Concessão, conforme Tabela 49.
Tabela 49 - Metas de Níveis de Atendimento
Fonte: Contrato de Concessão - CAJ, 1.998.
161
As metas existentes dizem respeito à área de concessão como um todo.
Comparando-se a quantidade de economias residenciais existentes no ano de
2.012 informada pela CAJ e o número de domicílios totais estimados também
para o ano de 2.012 (projeção feita pela SERENCO no Produto 6), pode-se
calcular o nível de atendimento atual com o sistema de abastecimento de água
do Município de Saquarema e também da área de concessão, conforme Tabela
50.
Tabela 50 - Níveis de Atendimento (2.012)
Fonte: SERENCO, 2.013.
Desta forma conclui-se que o nível de atendimento atual está abaixo do
estipulado contratualmente, nível este que deverá ser atendido com as ações
propostas no presente PMSB. Pelas obrigações legais vigentes, o atendimento
de 100% da população urbana dos Municípios participantes da concessão
aconteceria somente no ano 2.023.
7.2.1.2.1.1 PLANSAB
De acordo com a proposta do PLANSAB (Plano Nacional de
Saneamento Básico), o atendimento adequado quanto ao sistema de
abastecimento de água é através de rede de distribuição (com ou sem
canalização interna) ou por poço, nascente ou cisterna (com canalização
interna). A opção por poço será proposta para as regiões menos adensadas
(áreas rurais). No documento referido foram definidas metas de atendimento
para as diversas regiões do País, conforme Tabela 51.
162
Tabela 51 - Metas para o saneamento básico nas macrorregiões e no País (em %)
Fonte: PLANSAB, 2.011.
Para o Sudeste consta um valor de 98% de atendimento, para o ano de
2.015, dos domicílios urbanos e rurais abastecidos por rede de distribuição e
por poço ou nascente. Este valor sobe para 99% em 2.020 e 100% em 2.030.
O documento também previu metas para os Estados individualmente,
conforme Tabela 52.
163
Tabela 52 - Metas para principais serviços de saneamento básico nas unidades da
federação (em %)
Fonte: PLANSAB, 2.011.
Olhando novamente para o indicador A1, os números para o Estado do
Rio de Janeiro são: 97% de atendimento para o ano de 2.015, 100% em 2.020
e 100% em 2.030. O atendimento atual por poço é de difícil mensuração, até
porque não se consegue, atualmente, obter números confiáveis de sua
existência. Por este motivo, para as regiões em áreas não concedidas, que são
menos adensadas e deverão ser atendidas com soluções individuais, fica
prejudicado o estudo e confecção de cronograma físico-financeiro das ações
para a universalização.
164
A premissa utilizada para o cálculo do índice de atendimento da
população da área de concessão será apenas aquela atendida com rede de
distribuição.
Quanto à gestão dos serviços, também existem algumas metas a serem
seguidas, destacadas na Tabela 53.
Tabela 53 - Metas para gestão dos serviços de saneamento nas macrorregiões e no País
(em %)
Fonte: PLANSAB, 2.011.
7.2.1.2.2 Demandas
A base para o estudo de demandas é a projeção populacional, que foi
tema do Produto 6 deste Plano. A partir da população estimada foram
utilizadas algumas premissas para o cálculo das demandas do sistema de
abastecimento de água:
 Simultaneidade de 70% da população flutuante;
 Consumo per capita e perdas = conforme estudo da FGV para a
2.ª revisão quinquenal da CAJ;
 Coeficiente K1 = 1,2 (valor adotado usualmente para o Brasil) relativo aos dias de maior consumo, em geral em função das
condições climáticas (dias quentes do ano);
165
 Coeficiente K2 = 1,5 (valor adotado usualmente para o Brasil) relativo às horas de maior consumo dentro do dia, dado pela
coincidência de uso intenso da água (banho e cozinha).
 Reservação de água tratada necessária = 1/3 do consumo diário
(dia de maior consumo).
A população projetada, conforme as premissas listadas anteriormente,
com horizonte de planejamento de 20 anos, resultaram nas Tabelas a seguir.
Tabela 54 - Projeção de população para cálculo de demandas de Saquarema
Fonte: SERENCO, 2.013.
166
Tabela 55 - Projeção de população para cálculo de demandas dos Municípios da área de
Concessão da CAJ
Fonte: SERENCO, 2.013.
Antes ainda do cálculo das demandas, utilizou-se o conceito de
população equivalente, isto porque toda a projeção populacional serve de base
para o cálculo do consumo doméstico ou residencial. Para conhecer a parcela
de consumo não residencial consideramos a representatividade do numero de
economias residenciais no total de economias do sistema (aproximadamente
94% para Saquarema, conforme dados do Produto 4).
A partir dessa
constatação, projetou-se a população equivalente a partir das economias totais
resultando na população de projeto.
167
Tabela 56 - Projeção de população de projeto de Saquarema
Fonte: SERENCO, 2.013.
Tabela 57 - Projeção de população de projeto dos Municípios da área de Concessão da
CAJ
Fonte: SERENCO, 2.013.
168
A seguir apresentam-se os valores considerados, para o cálculo de
demandas, do consumo per capita e do índice de perdas, extraídas da segunda
revisão quinquenal do Contrato de Concessão.
Tabela 58 - Consumo per capita e índice de perdas
Fonte: 2.ª Revisão Quinquenal - CAJ, 2.010.
Fazendo referência ao Produto 4, o índice de perdas informado pela
Concessionária está em torno de 50%, índice acima do previsto e que deverá
ser adequado o quanto antes.
Quanto ao consumo per capita, não foram disponibilizadas informações
de forma a se realizar um estudo específico para cada Município de evolução
deste indicador ao longo do tempo. A única informação possível de ser utilizada
é referente a março de 2.013. A partir das informações disponibilizadas pela
Concessionária do consumo medido mensal residencial e do número de
economias residenciais, foi possível calcular o consumo per capita deste mês
em questão.
169
Tabela 59 - Consumo per capita - março de 2013
Fonte: CAJ, 2.012.
Os pontos críticos do sistema de abastecimento de água, pela atual
situação levantada no diagnóstico e por este sistema ser interligado a todos os
Municípios pertencentes à concessão, são a produção e o transporte de água
tratada, sendo gerais a todos os Municípios.
Por este motivo, o consumo per capita geral de concessão é o número
correto a ser utilizado para os cálculos de demandas. Na Tabela 59 nota-se
que os valores calculados mostram-se invariavelmente menores do que os
utilizados no documento da Segunda Revisão Quinquenal.
Este fato pode ser explicado pela demanda reprimida, já que o
abastecimento é feito por manobras.
Por estes motivos, será utilizado o valor contido na Segunda Revisão
Quinquenal, por este ser um número de maior consumo per capita e apresentar
maior margem de segurança.
A partir de todas estas considerações, seguem os valores calculados de
demandas para Saquarema, divididos conforme seus distritos, e para toda a
área de concessão da CAJ.
170
Tabela 60 - Demandas do sistema de água para Saquarema (Sede e Bacaxá)
Fonte: SERENCO, 2.013.
Tabela 61 - Demandas do sistema de água para Saquarema (Sampaio Correa)
Fonte: SERENCO, 2.013.
171
Tabela 62 - Demandas do sistema de água para a área de concessão da CAJ
Fonte: SERENCO, 2.013.
Quanto à reservação, utilizando-se da premissa de reservar 1/3 do
consumo diário (dia de maior consumo), chega-se ao seguinte quadro de
capacidade de reservatórios necessária.
172
Tabela 63 - Reservação necessária em Saquarema (Sede e Bacaxá)
Fonte: SERENCO, 2.013.
Tabela 64 - Reservação necessária em Saquarema (Sampaio Correa)
Fonte: SERENCO, 2.013.
173
Tabela 65 - Reservação necessária na área de concessão da CAJ
Fonte: SERENCO, 2.013.
7.2.1.2.3 Disponibilidade hídrica
Para que possamos comparar a necessidade da população que se
abastece da Represa de Juturnaíba e a sua capacidade em fornecer água,
devemos ainda somar às demandas anteriormente calculadas para toda a área
de concessão da CAJ, também os Municípios que fazem parte da concessão
da Prolagos, a saber: Armação dos Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Iguaba
Grande e São Pedro da Aldeia.
Como o Plano Municipal de Saneamento Básico também está sendo
feito para estes 5 Municípios, foram feitas as projeções populacionais conforme
o mesmo padrão mostrado anteriormente e os resultados de demandas para
esta outra área seguem na Tabela 66.
174
Tabela 66 - Demandas do sistema de água para a área de concessão da Prolagos
Fonte: SERENCO, 2.013.
Somando-se as duas áreas e os Distritos de Silva Jardim, chega-se a
uma necessidade de retirada de 3.996 m³ no ano 2.033. De acordo com o
estudo disponibilizado pelo Consórcio Intermunicipal Lagos São João,
desenvolvido por Hora et al. (2.008) e Noronha (2.009), existe a disponibilidade
de retirada de, levando-se em conta os outros usos dos mananciais (como a
atividade agrícola), 2.000 l/s adicionais considerando as atuais retiradas
autorizadas de 150 l/s (CEDAE – Rio Bacaxá), 1.100 l/s (CAJ) e 1.200 l/s
(Prolagos).
Portanto,
para
as
concessionárias
CAJ
e
Prolagos,
existe
a
disponibilidade de retirada de 4.300 l/s, considerando que não haverá aumento
da necessidade de uso da CEDAE para o Município de Rio Bonito. Concluímos
que, pelo estudo realizado, existe capacidade no manancial (Represa de
Juturnaíba) para atendimento da população das áreas de concessão da
Prolagos e da CAJ, mas que esta está quase no limite. Desta forma, este
175
manancial não poderá servir de fonte para outras regiões do Estado, a não ser
que novos estudos comprovem o contrário.
Quanto à disponibilidade hídrica do Rio Roncador, responsável pelo
atendimento do Distrito de Sampaio Correia, não obtivemos informações.
Deverão ser feitos estudos amplos para a descoberta de novas fontes de
abastecimento no Distrito de Sampaio Correia, além do Rio Roncador. Devem
ser estudados outros mananciais e também a possibilidade de abastecimento
através de manancial subterrâneo para atendimento da população deste
Distrito.
7.2.1.2.4 Cenários CAJ
Como o contrato de concessão em vigor já preconiza o atendimento de
100% da população da área de concessão com o abastecimento de água, os
cenários desejado, previsível e normativo são os mesmos. A seguir serão
listadas as ações necessárias para se atingir este cenário.
A área não concedida (zona rural) deverá ser atendida por soluções
individuais, conforme preconiza o PLANSAB como atendimento adequado.
7.2.1.2.4.1 Sistematização das informações
A Tabela 67 apresenta a aplicação do método CDP.
176
Tabela 67 - Condicionantes, Deficiências e Potencialidades
Fonte: SERENCO, 2.013.
A Tabela 68 apresenta as ameaças e oportunidades do atual modelo de
gestão.
Tabela 68 - Ameaças e Oportunidades do atual modelo de gestão
Fonte: SERENCO, 2.013.
177
A Tabela 69 apresenta o modelo numérico para ponderação das
ameaças.
Tabela 69 - Modelo Numérico para Ponderação das Ameaças
Fonte: SERENCO, 2.013.
7.2.1.2.4.2 Ações necessárias
7.2.1.2.4.2.1 Sistema produtor
Considerando que a capacidade atual instalada da ETA Juturnaíba é de
1.100 l/s, sendo esta unidade a responsável pelo atendimento de toda a área
de influência da concessão, chega-se a conclusão que o sistema produtor está
adequado às demandas da população estimada para 2.013, sendo suficiente
para atendimento da população projetada até o ano 2.017.
Se for considerado que deve haver capacidade instalada para
atendimento ao dia de maior consumo, para final de plano (2.033) o sistema
produtor não terá capacidade e deverá ser expandido em cerca de 450 l/s.
Como a previsão é que o Município de Silva Jardim tenha sua própria ETA,
para final de plano a necessidade de incremento da atual ETA Juturnaíba
diminui para 350 l/s.
Esta ampliação deverá ser feita no ano 2.017 e, desta forma, atenderá a
população prevista até o ano 2.033. Quanto aos custos desta ampliação, eles
178
foram estimados em R$ 40.000,00 (base janeiro/2.013) para cada l/s de
capacidade instalada, ou seja, será necessário um investimento de R$
14.000.000,00 (quatorze milhões)no ano 2.017.
O valor de R$ 40.000,00 por l/s para investimentos em ETAs foi uma
estimativa da Serenco levando-se em conta projetos próprios elaborados
possuindo similaridade de características, tais como: nova unidade em local
sem nenhuma infra-estrutura e unidade com capacidade superior a 500 l/s.
179
180
7.2.1.2.4.2.2 Adução de água tratada
Para a área da CAJ, com as demandas calculadas, deverão ser feitas
adequações na adução da água tratada desde a ETA até os centros
consumidores. Serão consideradas aqui todas as alterações necessárias aos 3
Municípios da concessão para se poder fazer uma estimativa geral de
investimentos necessários, já que os sistemas são interligados e a concessão é
única.
Para o Município de Araruama, partindo da ETA, existe um primeiro
trecho executado até o Reservatório São Vicente em diâmetro de 800 mm e
extensão de 8,6 km. Este trecho, que deverá suportar toda a demanda da
concessão até o ano 2.017 e, a partir deste ano, somente as demandas de
Araruama e Saquarema, deverá ser ampliado com a execução de uma linha
paralela com diâmetro de 600 mm. Se considerarmos como custo de execução
desta rede R$ 900,00/m (base janeiro/2013), o valor do investimento será de
R$ 7.740.000,00 no ano 2.014.
Após o Reservatório São Vicente existe um segundo trecho com
diâmetro de 900 mm e extensão de 3,2 km até o chamado ponto 6, a partir do
qual esta adutora divide-se em duas linhas de 500 mm. Pela vazão esperada
para final de plano este trecho não necessitará de adequações.
A partir deste ponto existem duas linhas de diâmetro de 500 mm. Será
considerado um terceiro trecho compreendido entre o ponto 6 e a ramificação
para Silva Jardim. Este trecho tem uma extensão de 3 km e deve suportar a
demanda de toda a área de concessão até o ano 2.017 e, a partir daí, apenas
as demandas de Araruama e Saquarema. Desta forma, será necessária a
ampliação deste trecho fazendo-se uma linha paralela de 600 mm. Se
considerarmos como custo de execução desta rede R$ 900,00/m (base
janeiro/2013), o valor do investimento será de R$ 2.700.000,00 no ano 2.014.
A ramificação para Silva Jardim possui diâmetro de 300 mm e, até a
ramificação para Morro Grande, possui extensão de 9,1 km. Este trecho deverá
suportar as demandas de Morro Grande e Silva Jardim até o ano 2.017 e, a
181
partir deste ano, somente a demanda de Morro Grande. Pela vazão esperada
para final de plano este trecho não necessitará de adequações.
Deste ponto em diante existe uma derivação para o distrito de Morro
Grande com diâmetro de 100 mm e extensão de 16,8 km. Pelas vazões
esperadas, este trecho deverá ser adequado com a execução de uma nova
rede de 200 mm no ano 2.014. Se considerarmos como custo de execução
desta rede R$ 200,00/m (base janeiro/2013), o valor do investimento será de
R$ 3.360.000,00.
Atualmente, o distrito de Morro Grande é abastecido por dois lados,
sendo esta uma alimentação e a outra vinda do distrito Sede. A proposta é que,
com a saída da demanda de Silva Jardim, Morro Grande seja abastecido
somente por esta alimentação.
Para o Município de Silva Jardim, existe uma alimentação de 200 mm
que deverá ser mantida sem alterações.
Voltando às adutoras de 500 mm, após a ramificação para Silva Jardim
e Morro Grande, será considerado um trecho até a ramificação existente para o
Booster Iguaba, onde continuam a existir as duas linhas de 500 mm numa
extensão de 18,5 km. Este trecho deverá suportar as demandas de Araruama
(exceto Morro Grande) e Saquarema. Desta forma, será necessária a
ampliação deste trecho fazendo-se uma linha paralela de 600 mm. Se
considerarmos como custo de execução desta rede R$ 900,00/m (base
janeiro/2013), o valor do investimento será de R$ 16.650.000,00 no ano 2.014.
A partir da ramificação para o Booster Iguaba, as duas linhas de 500 mm
continuam. Uma delas é reduzida para 300 mm, mas a CAJ vem fazendo a
troca para diâmetro de 500 mm. Este trecho, até o Reservatório Araruama,
possui extensão de 6,3 km e deverá suportar a demanda de Saquarema e
parte de Araruama. Com a vazão esperada, este trecho deverá ser adequado
com a execução de uma nova linha de 300 mm no ano 2.024. Se
considerarmos como custo de execução desta rede R$ 360,00/m (base
janeiro/2013), o valor do investimento será de R$ 2.268.000,00.
182
A partir do reservatório de Araruama existe uma linha de 300 mm para
abastecimento de sua área de influência. Se forem necessárias adequações
nestes trechos posteriores ao reservatório, estes valores estarão incluídos na
metragem de anéis de distribuição prevista juntamente com a rede de
distribuição a ser executada.
Após o Reservatório de Araruama, existe uma rede de 500 mm que é
responsável pelo abastecimento do Município de Saquarema e também do
distrito de Praia Seca e possui extensão de 1,7 km até o Booster Bacaxá. Pelas
vazões esperadas, este trecho deverá ser adequado a partir do ano 2.017 com
a execução de uma nova linha de 400 mm. Se considerarmos como custo de
execução desta rede R$ 450,00/m (base janeiro/2013), o valor do investimento
será de R$ 765.000,00.
Para o atendimento do Distrito de Praia Seca, existe uma rede de 200
mm, que pelas vazões esperadas não necessitará de adequações.
Após o Booster Bacaxá existem, para o atendimento de Saquarema,
duas redes de 300 mm com extensão de 19,5 km até o Reservatório Bacaxá.
Neste local as redes já não se configuram como adutoras e se tornam
distribuidoras, fazendo com que o estudo de adução termine neste ponto. A
partir deste ponto, as adequações necessárias serão consideradas na
metragem de anéis de distribuição prevista juntamente com a rede de
distribuição a ser executada.
Neste trecho, deverá ser executada uma nova linha de 500 mm no ano
2.014 para atendimento do Município de Saquarema. Se considerarmos como
custo de execução desta rede R$ 700,00/m (base janeiro/2013), o valor do
investimento será de R$ 13.650.000,00.
Todos estes investimentos deverão ser acompanhados pelo avanço no
combate às perdas existentes.
Quando se aumentam as vazões, devem ser adequados também os
bombeamento intermediários. Será considerado um valor de R$ 500.000,00
(base janeiro/2013) para aumento da vazão de bombeamento do Booster
Araruama, com a implantação de novos conjuntos moto-bomba.
183
Todas as propostas de ampliação no sistema de adução da área de
concessão da CAJ estão no desenho a seguir.
Os valores utilizados para investimentos em adutoras foram estimativas
da Serenco levando-se em conta projetos próprios elaborados possuindo
similaridade de características, tais como: locais próximos ao litoral com
necessidade de escoramento e rebaixamento de lençol freático.
Acredita-se que o atual sistema de manobras para atendimento da
população deve-se ao fato da atual quantidade de água produzida e
transportada, isto é, o sistema atual é incapaz de captar, tratar e transportar
quantidade de água suficiente para suprir a demanda, não sendo um problema
na rede de distribuição de cada Município.
De qualquer forma serão previstos investimentos em anéis de
distribuição juntamente com as redes de distribuição para favorecer o
transporte de água tratada.
184
185
7.2.1.2.4.2.3 Reservatórios
O Município necessitará um volume de reservação de 17.211 m³ no ano
2.033 para a área da CAJ e 2.802 m³, também no ano 2.033 na área de
Sampaio Correia.
No próprio Município, na área da CAJ, existem atualmente 2.050 m³ de
reservação, conforme mostrado no produto 4. Além destes reservatórios, que
estão em território do Município, existem outros que fazem parte do sistema e
que têm uma abrangência geral a todos os Municípios que fazem parte da
concessão, que são os seguintes: Reservatório apoiado metálico (7.500 m³) e
Reservatório São Vicente, totalizando uma capacidade de 9.000 m³ de
reservação.
Para efeito de cálculo do déficit quanto a este quesito de cada Município,
consideraremos que estes reservatórios “gerais” fazem parte de 2 Municípios
(Araruama e Saquarema), proporcionalmente à população estimada para final
de plano. Não consideraremos o Município de Silva Jardim porque a previsão é
este Município tenha seu próprio sistema produtor, se tornando independente a
partir do ano 2.017.
A população de Saquarema para o ano 2.033 representa 42% da
população total que fará parte deste sistema produtor (Araruama e
Saquarema). Desta forma, consideraremos que 3.780 m³ fazem parte de
Saquarema, para efeito de cálculo.
A Tabela 70 apresenta o cronograma de implantação proposto dos
reservatórios no Município.
186
Tabela 70 - Cronograma de implantação dos reservatórios (Sede e Bacaxá)
Fonte: SERENCO, 2.013.
No presente trabalho serão feitos os cálculos das necessidades e,
através do cronograma, os anos que deverão ser feitos os investimentos, mas
os números são gerais para todo o Município. Os locais em que deverão ser
executados estes reservatórios deverão ser escolhidos através de projeto
específico.
Será utilizado como premissa o valor, para execução dos reservatórios,
de R$ 600,00 / m³ (base janeiro/2.013). Desta forma, para a área da CAJ, o
investimento será de R$ 3.600.000,00 no ano 2.014, R$ 1.800.000,00 em 2.018
e R$ 1.500.000,00 em 2.028.
Os valores utilizados para investimentos em reservatórios foram
estimativas da SERENCO levando-se em conta projetos próprios elaborados
possuindo similaridade de características, tais como: reservatório apoiado em
concreto armado com necessidade de fundação profunda.
187
188
7.2.1.2.4.2.4 Rede de Distribuição
Através do cadastro disponibilizado pela CAJ foi elaborado um mapa, na
ocasião da elaboração do diagnóstico, com as ruas que possuem residências,
mas que ainda não possuem rede de distribuição de água.
De acordo com este mapa, existem 407 km de ruas sem rede de
distribuição nos Distritos Sede e Bacaxá.
Estas ruas deverão ser contempladas com rede de distribuição até o ano
2.023, quando deve se atingir a meta de atendimento de 100% da população
do Município. Será utilizado como premissa o valor, para execução das redes
de distribuição (DN 50 mm), de R$ 80,00 / m (base janeiro/2013). Desta forma
o valor previsto é de R$ 32.560.000,00. No cronograma de implantação, este
valor será dividido para ser executado em 10 anos (2.014 a 2.023).
Será considerada ainda uma porcentagem de 20% em relação ao total
da metragem de rede a ser executada como forma de prever alguns anéis de
distribuição (foi considerado DN 150 mm para estes anéis). Portanto serão 81,4
km de anéis a um custo unitário R$ 180,00/m (base janeiro/2013), totalizando
um investimento de R$ 14.652.000,00, que também terá sua execução dividida
em 10 anos (2.014 a 2.023).
Os valores utilizados para investimentos em redes e anéis de
distribuição foram estimativas da Serenco levando-se em conta projetos
próprios elaborados possuindo similaridade de características, tais como: locais
próximos ao litoral com necessidade de escoramento e rebaixamento de lençol
freático.
189
190
191
7.2.1.2.5 Cronograma de execução dos investimentos previstos
Como mostrado anteriormente, o contrato de concessão da CAJ é regido
por um fluxo de caixa e uma taxa interna de retorno (TIR). Este fluxo foi gerado
a partir de um cronograma de investimentos vigente, que é o seguinte.
Tabela 71 - Plano de investimentos
Fonte: 3.º Termo Aditivo ao contrato de Concessão - CAJ, 2.005.
Além do ano 2.017 não há previsão de investimentos adicionais no
sistema de abastecimento de água e de acordo com os documentos da
concessão, estes são todos os investimentos necessários para o atendimento
das metas vigentes.
Pelos estudos e cálculos de demandas mostrados anteriormente nota-se
que os investimentos previstos não serão suficientes para o atendimento das
metas propostas no Contrato de Concessão.
Para efeito de comparação, a tabela a seguir mostra todos os
investimentos no sistema de abastecimento de água previstos pelo PMSB para
atendimento das demandas calculadas em toda a área de concessão.
192
Tabela 72 - Cronograma de investimentos estimados para a área da concessão (PMSB)
Fonte: SERENCO, 2.013.
Se forem consideradas as mesmas premissas para calcular o valor
equivalente de investimentos previstos pela CAJ (metragem de rede de
distribuição) até o ano 2.017, como previsto no 3.º Termo Aditivo, e comparar
com os investimentos previstos no PMSB, encontram-se as seguintes tabelas.
193
Tabela 73 - Comparativo de investimentos – PMSB x 3.º Termo Aditivo
Fonte: SERENCO, 2.013.
Tabela 74 - Comparativo de investimentos – PMSB x 3º Termo Aditivo
Fonte: SERENCO, 2.013.
194
Verificou-se que há um déficit de mais de R$ 150.000.000,00 (cento e
cinquenta milhões) entre os investimentos necessários e os previstos pelo 3.º
Termo Aditivo. Este déficit deverá ser coberto pelo aporte de recursos externos,
sendo as fontes disponíveis demonstradas no item 9.
195
Tabela 75 - Cronograma de
investimentos - Sistema produtor
Tabela 76 - Cronograma de investimentos - Adução
de água tratada
Fonte: SERENCO, 2.013.
Fonte: SERENCO, 2.013.
196
Tabela 77 - Cronograma de
investimentos - Reservação de
água tratada
Tabela 78 - Cronograma de investimentos - Redes de
distribuição
Fonte: SERENCO, 2.013.
Fonte: SERENCO, 2.013.
197
Tabela 79 - Cronograma de investimentos - Resumo
Fonte: SERENCO, 2.013.
198
A soma dos investimentos, conforme mostrado na Tabela 73 e na
Tabela 74, corresponde a R$ 159.847.000,00. Existe a previsão que a
Concessionária invista R$ 6.000.000,00 em redes de distribuição.
O
restante
dos
investimentos
necessários,
que
totalizam
R$
153.847.000,00, deverá ser suportado por recursos municipais, estaduais ou
federais, levando-se em consideração que a tarifa consiga suportar apenas o
aumento das despesas operacionais devido ao aumento do atendimento da
população.
7.2.1.2.6 Cenários CEDAE
As informações a seguir dizem respeito à área sob responsabilidade da
CEDAE (Distrito de Sampaio Correia).
Para a área sob responsabilidade da CEDAE, devido à urgência destas
localidades em contar com o sistema de abastecimento de água com o devido
tratamento e distribuição, o cenário proposto é que possuam unidade de
tratamento em 2.014 (área 1) e 80% da rede de distribuição complementar seja
feita até o ano 2.016 e os 20% restantes até o ano 2.023. Desta forma, os
cenários desejado, previsível e normativo são os mesmos. A seguir serão
listadas as ações necessárias para se atingir este cenário.
A área não concedida (zona rural) deverá ser atendida por soluções
individuais, conforme preconiza o PLANSAB como atendimento adequado.
7.2.1.2.6.1 Sistematização das informações
A Tabela 67 apresenta a aplicação do método CDP.
199
Tabela 80 - Condicionantes, Deficiências e Potencialidades
Fonte: SERENCO, 2.013.
A Tabela 68 apresenta as ameaças e oportunidades do atual modelo de
gestão.
Tabela 81 - Ameaças e Oportunidades do atual modelo de gestão
Fonte: SERENCO, 2.013.
A Tabela 69 apresenta o modelo numérico para ponderação das
ameaças.
Tabela 82 - Modelo Numérico para Ponderação das Ameaças
Fonte: SERENCO, 2.013.
200
7.2.1.2.6.2 Ações necessárias
7.2.1.2.6.2.1 Sistema produtor
Quanto ao distrito de Sampaio Correia, está em implantação uma
unidade de tratamento com capacidade de 42 l/s.
Propõe-se a divisão da área de Sampaio Correia em duas, sendo a área
composta pelas zonas ZEIS-1, ZR-8 e Bairro Tingui, sendo a área 1 e o
restante (área 2), incluindo a área de Jaconé, sendo atendida pela ETA da
CEDAE.
Calcula-se que a população da área 1 represente cerca 30% do total do
distrito, enquanto que a população da área 2 representa os outros 70%.
Desta forma, serão necessários investimentos imediatos no sistema de
produção da área 1 para atendimento de uma demanda de 30 l/s (ano 2.033).
Se considerarmos os custos de implantação deste sistema produtor em R$
40.000,00 para cada l/s (base janeiro/2013), o valor necessário será de R$
1.200.000,00 no ano 2.014.
A grande questão que resta é se o manancial que será utilizado para
este sistema produtor (Rio Roncador) suportará a demanda, já que não há
dados sobre disponibilidade hídrica. Deve-se fazer um amplo estudo para
escolha do manancial que será utilizado para este sistema produtor, levando-se
em conta neste estudo o uso de poços para atendimento desta população.
Existe uma ETA em funcionamento nesta área, sob responsabilidade da
Prefeitura, com capacidade de tratamento de 8 l/s. No presente estudo esta
ETA será desconsiderada devido à sua precariedade. Estudos posteriores
podem indicar a possibilidade de manutenção desta unidade a fim de continuar
em operação e, desta forma, diminuir os investimentos necessários em ETAs.
Há também a necessidade de investimento em captação e transporte de
água bruta para esta unidade da área 1. Estima-se a necessidade de uma
adutora de água bruta com diâmetro de 200 mm e extensão de 3.700 m. Se
considerarmos como custo de execução desta rede R$ 200,00/m (base
janeiro/2013), o valor do investimento será de R$ 740.000,00. Deve-se ainda
201
somar o investimento de implantação de uma captação de água bruta com esta
capacidade, estimado em R$ 200.000,00 (base janeiro/2013).
Para a área 2, a atual ETA terá capacidade, considerando a meta de
atendimento proposta, de atendimento da população até o ano 2.016, quando
deverá ser ampliada em 26 l/s para atendimento até o ano 2.033. Quanto aos
custos desta ampliação, eles foram estimados também em R$ 40.000,00 para
cada l/s de capacidade instalada (base janeiro/2013), ou seja, será necessário
um investimento de R$ 1.040.000,00 no ano 2.016.
Também deverá ser ampliada a captação e a adutora de água bruta da
unidade de tratamento da área 2, com investimentos estimados em R$
200.000,00 (base janeiro/2013).
Como dito anteriormente, deverá ser estudado se o manancial suportará
esta demanda.
Existem alguns empreendimentos que podem vir a demandar uma
quantidade de água adicional no Distrito de Sampaio Correia: o Porto de
Jaconé e o Condomínio Industrial. Propõe-se, pela falta de informações e
também pela conhecida falta de disponibilidade hídrica do distrito, que se
utilize, em todas as atividades possíveis, o reuso do esgoto tratado das ETEs
(que serão propostas com tratamento terciário para facilitar este reuso e
proteger as lagoas locais), desta forma não utilizando a escassa água bruta
disponível para abastecimento humano.
O valor de R$ 40.000,00 por l/s para investimentos em ETAs foi uma
estimativa da Serenco levando-se em conta projetos próprios elaborados
possuindo similaridade de características.
202
203
7.2.1.2.6.2.2 Adução de água tratada
Para a área 1 do distrito de Sampaio Correia, por ser uma área de
pequena população, a adução necessária será considerada como incluída nos
anéis de distribuição, que serão estimados juntamente com a rede de
distribuição.
Já para a área 2, o sistema em implantação contará, segundo os
projetos apresentados, com uma adutora de água tratada com diâmetro de 250
mm até o reservatório. Considerando-se as demandas calculadas este trecho é
suficiente para atendimento das demandas até o ano 2.033, não necessitando
de adequações durante o período de estudo.
Após este reservatório existe uma adutora de 300 mm (prevista para
funcionar por gravidade), que suportará também até o ano 2.033.
7.2.1.2.6.2.3 Reservatórios
Para o Distrito de Sampaio Correia será necessário, segundo as
demandas calculadas, um volume de reservação de 2.802 m³ no ano 2.033.
Este volume diz respeito a todo o Distrito. A localização destes reservatórios
deverá ser definida na ocasião da elaboração dos projetos executivos.
Será considerado como existente apenas o reservatório que está em
implantação pela CEDAE, que possui capacidade de armazenamento de 1.000
m³.
A Tabela 70 apresenta o cronograma de implantação proposto dos
reservatórios no Município.
204
Tabela 83 - Cronograma de implantação dos reservatórios (Sampaio Correa)
Fonte: SERENCO, 2.013.
Será utilizado como premissa o valor, para execução dos reservatórios,
de R$ 600,00 / m³ (base janeiro/2013). Desta forma, para a área de Sampaio
Correia, os investimentos serão de R$ 600.000,00 em 2.016 e R$ 480.000,00
em 2.019.
O valor utilizado para investimentos em reservatórios foram estimativas
da Serenco levando-se em conta projetos próprios elaborados possuindo
similaridade de características, tais como: reservatório apoiado em concreto
armado com necessidade de fundação profunda.
205
206
7.2.1.2.6.2.4 Rede de Distribuição
Através do projeto de implantação de redes de distribuição a serem
executadas nesta etapa disponibilizado pela CEDAE foi elaborado um mapa,
na ocasião da elaboração do diagnóstico, na ocasião da elaboração do
diagnóstico, com as ruas que possuem residências e que não estão
contempladas no atual projeto.
De acordo com este mapa, existem 135 km de ruas sem previsão de
atendimento no Distrito de Sampaio Correia, divididos segundo as áreas a
seguir:
 Sede e Bacaxá = 407 km;
 Sampaio Correia (área 1) = 30 km;
 Sampaio Correia (área 2) = 105 km.
Será utilizado como premissa o valor, para execução das redes de
distribuição (DN 50 mm), de R$ 80,00 / m (base janeiro/2013). Desta forma o
valor previsto é de R$ 10.800.000,00.
Será considerada ainda uma porcentagem de 20% em relação ao total
da metragem de rede a ser executada como forma de prever alguns anéis de
distribuição (foi considerado DN 150 mm para estes anéis). Portanto serão 27
km de anéis a um custo unitário R$ 180,00/m (base janeiro/2013), totalizando
um investimento de R$ 4.860.000,00.
No distrito de Sampaio Correia deverá haver uma maior velocidade de
execução das redes e anéis de distribuição, sendo 80% do montante total
executadas até o ano 2.016 e o restante até o ano 2.023, conforme tabela a
seguir.
207
Tabela 84 – Cronograma de implantação das redes e anéis de distribuição
Fonte: SERENCO, 2.013.
Os valores utilizados para investimentos em redes e anéis de
distribuição foram estimativas da Serenco levando-se em conta projetos
próprios elaborados possuindo similaridade de características, tais como: locais
próximos ao litoral com necessidade de escoramento e rebaixamento de lençol
freático.
208
209
210
7.2.1.2.7 Cronograma de execução dos investimentos previstos
Para o Distrito de Sampaio Correia, o cronograma de investimentos
segundo as metas propostas são os seguintes.
Tabela 85 - Cronograma de investimentos estimados PMSB (Sampaio Correa)
Fonte: SERENCO, 2.013.
211
Tabela 86 - Cronograma de investimentos Sistema produtor
Tabela 87 - Cronograma de investimentos
– Reservação de água tratada
Fonte: SERENCO, 2.013.
Fonte: SERENCO, 2.013.
212
Tabela 88 - Cronograma de investimentos
– Rede de Distribuição
Tabela 89 - Cronograma de investimentos Resumo
Fonte: SERENCO, 2.013.
Fonte: SERENCO, 2.013.
213
7.2.1.2.8 Priorização dos investimentos previstos
Por se tratar de um sistema integrado, os diversos investimentos
elencados anteriormente são dependentes entre si. Por exemplo, o transporte
de água tratada depende diretamente da quantidade de água produzida pela
ETA e vice versa.
Desta forma, segue a ordem de priorização dos investimentos, seguindo
da mais prioritária para a menos prioritária:
1. Adução
de
água
tratada:
esta
etapa
deverá
ser
feita
prioritariamente, já que há déficit na atual configuração do
sistema;
2. Redes de distribuição;
3. Reservação de água tratada;
4. Estação de tratamento de água.
Apesar da priorização aqui colocada, o ideal é o atendimento do
cronograma proposto anteriormente, já que, por este cronograma, todas as
unidades do sistema receberão investimentos simultaneamente conforme a
necessidade.
Para a área da CEDAE, o sistema ainda está em execução, portanto não
há priorização, e sim a necessidade do sistema de água entrar em
funcionamento o mais rápido possível e, posteriormente, atender ao
cronograma de investimentos proposto.
7.2.1.2.9 Região não concedida
Para a região não concedida, que corresponde à área rural, deverá
haver atendimento através de soluções individuais.
Para a estimativa de investimentos desta parcela da população foram
utilizadas as seguintes premissas:
 Devido à falta de informações sobre as atuais condições de
atendimento, foi considerado que todos os domicílios desta área
necessitarão de investimentos para serem atendidos;
214
 Para o cálculo da população da área não concedida ao longo do
período de projeto, foi mantida a mesma taxa de urbanização do
Censo 2.010;
 Foi utilizada a taxa de 3,45 habitantes por domicílio;
 Valor de investimento retirado do item n.º 84130 (abertura poço
para cisterna terreno compacto com DN 1,0 com profundidade de
5 a 10 m) da Tabela SINAPI (serviços) para o Estado do Rio de
Janeiro (ref.: junho/2.013).
Tabela 90 - Investimentos estimados para a área não concedida
Fonte: SERENCO, 2.013.
215
216
7.2.1.2.10
Propostas adicionais
Além das propostas detalhadas anteriormente de investimentos na
infraestrutura do sistema de abastecimento de água, algumas propostas
adicionais devem ser consideradas.
7.2.1.2.10.1 Qualidade do manancial (Represa de Juturnaíba)
Quanto à qualidade do manancial (Represa de Juturnaíba), algumas
ações já vem sendo tomadas para diminuir a poluição que existe à montante da
Represa, entre elas o encerramento dos lixões de Rio Bonito e Silva Jardim
(Goiabal). No entanto, além destes lixões terem sido encerrados, é necessário
que seja feito o seu monitoramento e remediação. Estas propostas deverão ser
elencadas na elaboração dos seus respectivos Planos Municipais de
Saneamento Básico.
Outra medida importante para a diminuição da poluição na Represa é a
execução do sistema de esgotamento sanitário nos Municípios de Silva Jardim
e seus distritos, Araruama (Morro Grande) e Rio Bonito. Para Silva Jardim e
Araruama, estas propostas serão feitas. Quanto a este assunto, o Comitê de
Bacia deve reservar 70% do valor líquido que recebe para aplicação em ações
de coleta e tratamento de efluentes urbanos, valor que totalizou R$ 924.589,31
no ano de 2.011. Propõe-se que estes valores sejam gastos com a implantação
dos sistemas de esgoto nas localidades à montante da Represa de Juturnaíba
(Silva Jardim e seus distritos e Morro Grande em Araruama). Outra medida que
deve ser tomada é a recomposição da mata ciliar da Represa e dos rios que a
formam.
7.2.1.2.10.2 Melhorias na Represa de Juturnaíba
Segundo relatório da empresa Prolagos, devem ser tomadas as
seguintes medidas:
 Desassoreamento das proximidades do sangradouro;
 Reconstrução de parte do canal de restituição da margem direita;
 Reconstrução de parte do canal de restituição da margem
esquerda;
217
7.2.1.2.10.3 Aspectos operacionais
Em relação à operação do sistema de abastecimento de água, devido
principalmente
às
grandes distâncias
entre
manancial
e
os
centros
consumidores, toda a água distribuída depende de diversos bombeamentos
para o seu transporte. Por causa desta grande importância, propõe-se que
sejam instalados grupos geradores capazes de suportar o funcionamento dos
conjuntos moto-bomba em potência máxima nas principais unidades de
bombeamento (ETA, Booster Araruama e Booster Bacaxá), a fim de que,
mesmo que haja problemas no fornecimento de energia elétrica, o
abastecimento para a população não sofra intermitências. Este fato (falta de
fornecimento de energia elétrica) se agrava quando ocorre em épocas de maior
consumo (população sazonal), fazendo com que seja necessário um tempo
ainda maior para o pleno restabelecimento do abastecimento de água.
7.2.1.2.10.4 Novos empreendimentos
Sugere-se que, para os novos condomínios horizontais e loteamentos, o
proprietário seja o responsável pelo projeto e execução da rede de
abastecimento de água. Deverá haver um procedimento entre o setor
responsável pela aprovação da Prefeitura e a Concessionária para que seja
estudada a possibilidade de atendimento, as obras necessárias a este
atendimento e para que o projeto elaborado pelo empreendedor seja aprovado
pela Concessionária.
218
7.2.2 Sistema de Esgotamento Sanitário
Este sistema está concedido à iniciativa privada na área urbana do
Município (Sede e Bacaxá) e, no Distrito de Sampaio Correia, ainda não há
cronograma de investimentos definido, sendo a proposta que este Distrito seja
atendido pela CEDAE também quanto ao sistema de esgotamento sanitário.
Para este sistema, a partir do diagnóstico levantado anteriormente, serão feitas
algumas considerações, estudos e propostas.
7.2.2.1 Objetivos gerais
I.
Promover a expansão da rede de esgoto em consonância com o
programa de universalização dos serviços;
II.
Eliminar as ligações de águas pluviais em redes coletoras de esgotos
sanitários, quando houver redes separadoras;
III.
Eliminar as ligações de esgotos sanitários nas redes de drenagem de
águas pluviais, quando houver redes separadoras;
IV.
Elaborar Decreto que obriga a implantação de sistemas individuais
de tratamento de esgoto em áreas desprovidas de sistema coletivo
de coleta e tratamento;
V.
Implantação
de
programa/serviço
de
apoio
à
instalação
e
manutenção de sistemas individuais de tratamento de esgoto.
VI.
Qualidade de atendimento ao usuário, com respeito a prazos
estabelecidos;
VII.
Qualidade dos produtos (atendimento aos padrões de lançamento –
Resolução CONAMA 357/05, Resolução CONAMA 430/11 e DZ 215R4);
VIII.
IX.
Continuidade e regularidade;
Metas de cobertura dos serviços, atendendo ao disposto no Contrato
de Concessão (área concedida).
219
7.2.2.2 Metas de atendimento
7.2.2.2.1 Contrato de concessão da CAJ
Para efeito de informação e comparação, as metas vigentes da
concessão são as constantes no Contrato de Concessão, conforme Tabela 91.
Tabela 91 - Metas de Níveis de Atendimento
Fonte: Contrato de Concessão - CAJ, 1.998.
7.2.2.2.2 Metas de atendimento - PLANSAB
De acordo com a proposta do PLANSAB (Plano Nacional de
Saneamento Básico), o atendimento adequado quanto ao sistema de
esgotamento sanitário é através de coleta de esgotos seguida de tratamento ou
através do uso de fossa séptica, que será proposta para as regiões menos
adensadas (áreas rurais).
No
documento foram definidas metas de
atendimento para as diversas regiões do País, conforme Tabela 92.
220
Tabela 92 - Metas para o saneamento básico nas macrorregiões e no País (em %)
Fonte: PLANSAB, 2.011.
Encontramos para o Sudeste, um valor de 89% de atendimento, para o
ano de 2.015, dos domicílios urbanos e rurais servidos por rede coletora ou
fossa séptica. Este valor sobe para 91% em 2.020 e 95% em 2.030.
O documento também previu metas para os Estados individualmente,
conforme Tabela 93.
221
Tabela 93 - Metas para principais serviços de saneamento básico nas unidades da
federação (em %)
Fonte: PLANSAB, 2.011.
Olhando novamente para o indicador E1, os números para o Estado do
Rio de Janeiro são um pouco menores do que para a região Sudeste como um
todo: 86% de atendimento para o ano de 2.015, 89% em 2.020 e 95% em
2.030. O atendimento atual com fossa séptica é de difícil mensuração, até
porque não se consegue, atualmente, obter números confiáveis de sua
existência, e não somente isto, mas também informações quanto ao seu
correto dimensionamento e manutenção.
Por este motivo, para as regiões em áreas não concedidas, que são
menos adensadas e deverão ser atendidas com soluções individuais, fica
222
prejudicado o estudo e confecção de cronograma físico-financeiro das ações
para a universalização.
Utilizaremos como premissa para atendimento da população da área de
concessão apenas aquela atendida pelo sistema unitário ou separador.
7.2.2.2.3 Atendimento atual (Sede e Bacaxá)
Nos dados comerciais da Concessionária, o número de ligações e
economias com atendimento de esgoto é igual a zero, isto por causa do
atendimento difuso do sistema unitário e, principalmente, por este ser um dado
que não influencia em seu faturamento.
Não existem dados para se calcular o índice de atendimento através da
área de influência do sistema unitário. Desta forma, o índice de atendimento
atual será estimado através do cálculo da carga orgânica que, apesar de não
ser o ideal, será um indicador da realidade, além de ter sido uma contribuição
do primeiro seminário realizado com a população.
Encontrou-se, portanto, um atendimento de 21% da população residente
e cerca de 10% da população total com o sistema de esgotamento sanitário.
7.2.2.3 Cenários CAJ
Serão propostos 3 cenários para o sistema de esgotamento sanitário, sendo:
 Cenário 1 correspondente ao cenário previsível, ou seja, manutenção
dos investimentos previstos no Sétimo Termo Aditivo ao Contrato de
Concessão;
 Cenários 2 e 3 correspondentes ao cenário desejado, onde 99% da
população da área de concessão será atendida com redes separadoras
dentro do período do PMSB (20 anos). O que difere estes dois cenários
é a velocidade da universalização do atendimento.
7.2.2.3.1 Sistematização das informações
A Tabela 94 apresenta a aplicação do método CDP.
223
Tabela 94 - Condicionantes, Deficiências e Potencialidades
Fonte: SERENCO, 2.013.
A Tabela 95 apresenta as ameaças e oportunidades do atual modelo de
gestão.
Tabela 95 - Ameaças e Oportunidades do atual modelo de gestão
Fonte: SERENCO, 2.013.
A Tabela 96 apresenta o modelo numérico para ponderação das
ameaças.
224
Tabela 96 - Modelo Numérico para Ponderação das Ameaças
Fonte: SERENCO, 2.013.
7.2.2.3.2 Cenário 1
Este cenário pode ser denominado de cenário previsível. É a
permanência das metas e obrigações contratuais vigentes, ou seja,
manutenção do sistema unitário e plano de investimentos constante no 7.º
Termo Aditivo.
As obras previstas e ainda não realizadas para o Município de
Saquarema segundo o 7.º Termo Aditivo, que são as obrigações contratuais da
concessionária (e as necessárias, segundo a documentação legal produzida no
contrato de concessão, para atendimento das metas contratuais) são as
seguintes.
Tabela 97 - Cronograma de investimentos
Fonte: 7.º Termo Aditivo ao Contrato de Concessão CAJ, 2.007.
225
Através do cronograma de investimentos em vigor mostrado temos a
real dimensão da previsão de investimentos no sistema de esgoto até o ano de
2.038 (final do período de concessão) pela CAJ.
Neste cenário, o fluxo de caixa atual seria mantido e não haveriam
investimentos adicionais no sistema de esgoto até o final do período de
concessão (ano 2.038).
Considerando o número de atendimento atual da população (cálculo
relativo à carga orgânica recebida pela ETE), este se encontra abaixo do que é
previsto para o final do período da Concessão, mesmo com a Concessionária
cumprindo todas as metas estipuladas. Desta forma vemos que este cenário
não será possível de ser mantido, já que, com o aumento populacional que se
observará até o ano de 2.038 o índice de atendimento tenderá a diminuir se
não forem feitos investimentos adicionais, fazendo com que não se consiga
atender as metas do contrato.
7.2.2.3.3 Cenário 2
Nos cenários 2 e 3 a coleta será através de rede coletora separadora
absoluta, diferindo apenas da velocidade da universalização.
Foram feitas estimativas, que estão nas tabelas a seguir, de valores de
investimentos para o atendimento de 99% da população da área de concessão
com coleta e tratamento através de redes separadoras. Para isso, o Município
foi dividido em bacias de esgotamento,conforme a topografia (estas bacias são
grandes divisões, tendo que ser ainda subdivididas em sub-bacias no momento
da elaboração dos projetos específicos).
Cada uma das bacias possui suas peculiaridades e, por este motivo,
algumas delas serão mais custosas para a execução das obras por causa da
distância a locais de bota-fora, existência de mais pavimento, etc.
Os valores de investimentos foram estimados de acordo com projetos e
execuções de obras em locais similares (litoral com alto nível do lençol
freático), estão com porcentagem de BDI = 25% e foram utilizadas algumas
premissas, que serão descritas a seguir. Para as redes coletoras, foram
medidas todas as ruas existentes através de fotos por satélite datadas de
226
2.010. Foras medidas todas as ruas, inclusive as que ainda não possuem ou
que possuem pequena quantidade de imóveis, a fim de se estimar a
necessidade futura.
Para as ligações domiciliares, foi utilizado o valor de domicílios
particulares permanentes obtido pelo Censo 2.010 do IBGE atualizado para o
ano de 2.013. Desta forma obteve-se o valor necessário para o atendimento do
número atual de imóveis, não somente os que hoje são abastecidos com água
pela CAJ e, portanto, contidas em seu sistema comercial, mas sim todos os
imóveis. Foi ainda utilizado valor contido na tabela EMOP (Empresa de Obras
Públicas do Estado do Rio de Janeiro) para esta finalidade.
Para a estimativa dos investimentos necessários para a execução das
estações elevatórias de esgoto foram utilizadas as seguintes premissas:
 Utilização
de
bombas
submersíveis
e
localizadas
nos
logradouros, sem necessidade de terreno próprio;
 Instalação de grupo gerador;
 Divididas em três tipos: pequeno porte, médio porte e grande
porte;
 As de pequeno porte são compostas por poço de sucção e caixa
de areia, em estruturas independentes;
 As de médio e grande porte são compostas por poço de sucção,
caixa de areia e gradeamento, em estruturas independentes;
 Profundidade média;
 Diâmetro externo do poço de sucção;
 Diâmetro externo da caixa de areia;
 Diâmetro externo do gradeamento;
 DMT até o bota-fora;
 DMT do canteiro central até o local da obra.
 Execução de uma estação elevatória a cada 10.000 metros de
rede coletora;
 50% do total de estações elevatórias são de pequeno porte, por
bacia;
227
 30% do total de estações elevatórias são de médio porte, por
bacia;
 20% do total de estações elevatórias são de grande porte, por
bacia;
Com a utilização de todas estas premissas e dos valores contidos nas
tabelas EMOP e SCO Rio (formada a partir de pesquisa de preços da
Fundação Getúlio Vargas), chegou-se aos seguintes valores por unidade de
estação elevatória:
 Pequeno porte = R$ 173.531,28;
 Médio porte = R$ 338.424,93;
 Grande porte = R$ 589.708,36.
Para a estimativa dos investimentos necessários para a execução das
linhas de recalque foram utilizadas as seguintes premissas:
 Execução de 500 m de linhas de recalque para cada estação
elevatória prevista;
 Valor por metro igual a 80% do valor por metro da rede coletora.
Quanto às unidades de tratamento, o Município de Saquarema conta,
atualmente com três unidades de estações de tratamento: ETE Itaúna
(capacidade de tratamento de 15 l/s), ETE Bacaxá (capacidade de tratamento
de 35 l/s) e ETE Saquarema (capacidade de tratamento de 7 l/s). As
características detalhadas de cada uma delas está detalhada no Produto 4 do
presente Plano.
Em tópico posterior deste documento, serão propostos cenários para
cálculo de estimativas de investimentos para todos os componentes do sistema
de esgoto e, nesta ocasião, serão feitos os cálculos para os investimentos
necessários em ETEs.
O objetivo do presente trabalho é estimar valores de investimentos,
valores estes que serão aferidos na ocasião da execução dos projetos
executivos
228
Tabela 98 - Resumo geral de investimentos (Sede e Bacaxá)
Fonte: SERENCO, 2.013.
229
Pelas tabelas anteriores, serão necessários mais de R$ 420.000.000,00
(quatrocentos e vinte milhões) para a execução das ligações domiciliares,
redes coletoras, estações elevatórias e linhas de recalque dos Distritos Sede e
Bacaxá, devendo-se ainda somar a estes valores os custos com projetos e
estações de tratamento.
Ainda deve-se levar em conta que o item ligações domiciliares
contempla apenas a parte que compete ao sistema público, isto é, até a divisa
do lote do imóvel. Ainda existirão custos para adequações da parte interna de
cada imóvel, o que consideramos como contra partida dos moradores, que
deverão arcar com estes custos.
Se compararmos o estudo realizado com o cronograma vigente de obras
da CAJ vemos uma grande diferença entre a obrigação da Concessionária e,
consequentemente, seu equilíbrio econômico-financeiro, e a necessidade de
investimentos para atendimento de 99% da população com rede separadora.
Desta forma, propõe-se que os valores existentes no atual plano de
investimentos sejam usados conforme estão estabelecidos, buscando-se novas
formas de financiamento para esta nova etapa do saneamento da região, onde
se busca a execução do sistema separador.
Para o atendimento através das redes separadoras, utilizaremos os
dados da tabela a seguir para a estimativa da porcentagem da população
atendida por bacia.
230
Tabela 99 - Porcentagem de atendimento por bacia
Fonte: SERENCO, 2.013.
Quadro 4 - Bairros componentes das bacias – área da CAJ
Fonte: SERENCO, 2.013.
231
Para este cenário, será utilizada uma evolução no atendimento da
população de 5% ao ano.
Deve-se ressaltar que este índice de atendimento diz respeito somente
ao atendimento com rede separadora, não sendo o atendimento total da
população com o sistema de esgotamento sanitário, pois parte é e continuará
sendo atendida com o sistema unitário, que será gradativamente substituído
pelo sistema separador absoluto.
Com o nível de atendimento proposto, a demanda do sistema de esgoto
será a seguinte.
Tabela 100 - Cenário 2 - Demandas para o sistema de esgoto (redes separadoras)
– Sede e Bacaxá
Fonte: SERENCO, 2.013.
Para o cálculo das demandas foram utilizadas as seguintes premissas:
 Simultaneidade de 70% da população flutuante;
 Consumo per capta e perdas = conforme estudo da FGV para a 2ª
revisão quinquenal;
232
 Vazão de infiltração = 0,2 l / s.km;
 Coeficiente de retorno = 0,8.
Quanto às ETEs da área da CAJ, existe uma capacidade atual somada
de 57 l/s, que corresponde ao atendimento, de acordo com as premissas
utilizadas, de uma população de 22.000 habitantes, se considerarmos que toda
esta população possui coleta através de redes separadoras.
Pela atual configuração do sistema de esgoto, com 3 unidades de
tratamento, iremos propor valores de investimentos estimados para as ETEs de
acordo com a necessidade das demandas calculadas comparando com a
capacidade instalada. Desta forma, o investimento em ETE será demonstrado
como um número geral, tendo que se determinar os locais de instalação das
unidades na ocasião da elaboração dos projetos executivos.
As ETEs Itaúna e Bacaxá possuem tratamento através do processo de
Filtro Biológico Aerado Submerso. Para estas duas ETEs, que tem capacidade
somada de 50 l/s, propõe-se uma adequação no tipo de tratamento para que
possam receber esgotos brutos somente, já que hoje estas unidades recebem
esgotos mais diluídos devido à coleta do sistema unitário e, ainda, tenham um
tratamento terciário, já que o o corpo receptor final é a Lagoa de Saquarema.
Se forem considerados como base os custos de implantação publicados
no livro intitulado “introdução à qualidade das águas e ao tratamento de
esgotos”, de autoria de Marcos Von Sperling e publicado pelo Departamento de
Engenharia Sanitária e Ambiental da UFMG, um tratamento composto por
reator UASB seguido de biofiltro aerado submerso possui custo de implantação
máximo de R$ 100,00/hab. Já um tratamento composto apenas por reator
UASB tem custo de implantação máximo de R$ 50,00/hab. Desta forma, será
considerado que o custo máximo de implantação somente do biofiltro aerado
submerso é de R$ 50,00/hab. Todos estes valores estão com ano base 2.009.
Segundo a mesma fonte, o custo máximo para se implantar um
tratamento composto por lodos ativados convencional com remoção biológica
de nitrogênio e fósforo, é de R$ 190,00/hab (ano base 2.009). Portanto, será
utilizado o valor de R$ 140,00/hab. para a adequação destas duas ETES. Se
233
este valor for atualizado para janeiro de 2.013 pelo INCC, chega-se a um valor
de R$ 179,59, valor este que será utilizado nas estimativas de investimento.
Estas duas unidades, somadas, possuem capacidade de atendimento de
19.000 hab. (se a coleta for por redes separadoras), resultando em um
investimento de R$ 3.412.210,00 para estas adequações e estas unidades
possuírem tratamento terciário. Propõe-se que este investimento seja feito no
ano 2.014.
Para adequações da ETE Saquarema, que é composta por reatores
UASB seguidos de biofiltro aerado submerso, o valor considerado será de R$
90,00/hab (ano base 2.009) para que esta também passe a ter tratamento
terciário. Se este valor também for atualizado para janeiro de 2.013 pelo INCC,
encontra-se um valor de R$ 115,45.
O valor de investimento será de, considerando que esta unidade tem
capacidade de atendimento de uma população de 3.000 habitantes (se a coleta
for por redes separadoras), R$ 346.350,00. Propõe-se que este investimento
também seja feito no ano 2.014.
Para as ampliações necessárias (ETEs com tratamento terciário), se
forem considerados também como base os custos de implantação publicados
no livro intitulado “introdução à qualidade das águas e ao tratamento de
esgotos”, de autoria de Marcos Von Sperling e publicado pelo Departamento de
Engenharia Sanitária e Ambiental da UFMG, um tratamento composto por
lodos ativados convencional com remoção biológica de Nitrogênio e Fósforo o
custo de implantação máximo é de R$ 190,00/hab (ano base 2009). Se estes
valores forem atualizados para janeiro de 2013 pelo INCC, encontra-se R$ um
valor de R$ 243,72, que será utilizado para as ampliações de vazão
necessárias.
Em todas as unidades de tratamento devem existir grupos geradores a
fim de garantir o funcionamento mesmo sem o fornecimento de energia
elétrica.
234
Quanto à priorização dos investimentos, foi analisada a possibilidade de
utilizar uma metodologia que permita hierarquizar as áreas de intervenção
prioritária, buscando assim uma solução gradual das carências dos serviços. A
metodologia analisada foi adaptada da Lei Nacional de Saneamento Básico
apresentada pelo Ministério das Cidades, do Livro I – Instrumentos das
políticas e da gestão dos serviços públicos de Saneamento Básico.
Esta metodologia possibilita uma avaliação comparativa das diversas
realidades da situação de salubridade ambiental dentro dos Municípios. Porém,
para que esta avaliação seja realizada, estes dados precisam existir por
distritos, ou bacias, ou unidades de planejamento municipais, incluindo dados
epidemiológicos, dados estes não disponíveis para o Município de Saquarema.
Com as informações disponibilizadas atualmente seria possível apenas
realizar uma hierarquização entre os Municípios da Região, o que não se
justifica. Fica como recomendação deste Plano que o Município comece a
gerar dados por distritos , ou bacias, ou unidades de planejamento municipais,
para que na revisão do PMSB esta metodologia seja aplicada com propriedade.
A ordem de prioridade adotada para atendimento da população com
redes separadoras levou em conta a densidade populacional, ou seja, as
bacias com maior população serão atendidas prioritariamente, de forma a
otimizar os investimentos, fazendo com que a maior população possível seja
atendida com o mesmo valor de investimento. Desta forma, o cronograma de
execução de cada bacia, segundo o Cenário 2 é o seguinte.
235
Tabela 101 - Cronograma de execução –
Cenário 2 - 2.014 a 2.023
Tabela 102 - Cronograma de execução –
Cenário 2 - 2.024 a 2.033
Fonte: SERENCO, 2.013.
Fonte: SERENCO, 2.013.
236
237
238
239
Tabela 103 - Investimentos necessários –
redes coletoras, ligações domiciliares,
estações elevatórias e linhas de recalque
Tabela 104 - Investimentos necessários –
ETE
Fonte: SERENCO, 2.013.
Fonte: SERENCO, 2.013.
240
Tabela 105 - Investimentos necessários –
Projetos
Tabela 106 - Investimentos necessários –
Resumo
Fonte: SERENCO, 2.013.
Fonte: SERENCO, 2.013.
241
Levando-se em consideração que a tarifa consiga suportar apenas o
aumento das despesas operacionais devido ao aumento do atendimento da
população, os valores demonstrados como investimentos totais são os que
deverão ser suportados, anualmente, por recursos municipais, estaduais ou
federais, já que os valores previstos no atual plano de investimentos
continuarão a ser usados conforme pré-estabelecidos. Como estes sistemas
serão operados pela Concessionária, os projetos e a execução deverão ser de
comum acordo entre os envolvidos.
7.2.2.3.4 Cenário 3
Também para o cenário 3 a coleta será através de rede coletora
separadora absoluta.
Para este cenário, será utilizada uma maior velocidade no atendimento à
população
nos
cinco
primeiros
anos,
atingindo-se,
desta
forma,
a
universalização anteriormente ao que acontece no cenário 2. Os números a
seguir dizem respeito ao índice de atendimento com rede separadora.
Com o nível de atendimento proposto, a demanda do sistema de esgoto
será a seguinte.
242
Tabela 107 - Cenário 3 - Demandas para o sistema de esgoto (redes separadoras)
– Sede e Bacaxá
Fonte: SERENCO, 2.013.
Para o cálculo das demandas foram utilizadas as seguintes premissas:
 Simultaneidade de 70% da população flutuante;
 Consumo per capita e perdas = conforme estudo da FGV para
a 2ª revisão quinquenal;
 Vazão de infiltração = 0,2 l / s.km;
 Coeficiente de retorno = 0,8.
Quanto às ETEs, as mesmas considerações feitas para o Cenário 2 são
válidas para este cenário.
A ordem de prioridade adotada para atendimento da população com
redes separadoras levou em conta a densidade populacional, ou seja, as
bacias com maior população serão atendidas prioritariamente, igualmente o
Cenário 2. Desta forma, o cronograma de execução de cada bacia, segundo o
Cenário 3, é o seguinte.
243
Tabela 108 - Cronograma de execução – Cenário 3
- 2.014 a 2.023
Tabela 109 - Cronograma de
execução –Cenário 3 - 2.024 a 2.033
Fonte: SERENCO, 2.013.
Fonte: SERENCO, 2.013.
244
245
246
247
Tabela 110 - Investimentos necessários –
redes coletoras, ligações domiciliares,
estações elevatórias e linhas de recalque
Tabela 111 - Investimentos necessários –
ETE
Fonte: SERENCO, 2.013.
Fonte: SERENCO, 2.013.
248
Tabela 112 - Investimentos necessários –
Projetos
Tabela 113 - Investimentos necessários –
Resumo
Fonte: SERENCO, 2.013.
Fonte: SERENCO, 2.013.
249
Levando-se em consideração que a tarifa consiga suportar apenas o
aumento das despesas operacionais devido ao aumento do atendimento da
população, os valores demonstrados como investimentos totais são os que
deverão ser suportados, anualmente, por recursos municipais, estaduais ou
federais, já que os valores previstos no atual plano de investimentos
continuarão a ser usados conforme pré-estabelecidos. Como estes sistemas
serão operados pelas Concessionárias, os projetos e a execução deverão ser
de comum acordo entre os envolvidos.
7.2.2.3.5 Comparativo entre os cenários 2 e 3
A seguir faremos alguns comparativos entre os cenários 2 e 3, a fim de
embasar decisões futuras.
Figura 46 - Comparativo atendimento da população (cenários 2 e 3) - CAJ (Sede e
Bacaxá)
Fonte: SERENCO, 2.013.
250
Tabela 114 - Comparativo de investimentos (Cenários 2 e 3)
Fonte: SERENCO, 2.013.
Figura 47 - Comparativo de investimentos (Cenários 2 e 3)
Fonte: SERENCO, 2.013.
251
7.2.2.4 Cenários CEDAE
Devido à urgência desta região em contar com o sistema de coleta e
tratamento de esgoto, serão propostos 2 cenários, que correspondem ao
cenário desejado, onde 99% da população destas áreas será atendida com
redes separadoras dentro do período do PMSB (20 anos). O que difere estes
dois cenários é a velocidade da universalização do atendimento.
7.2.2.4.1 Sistematização das informações
A Tabela 94 apresenta a aplicação do método CDP.
252
Tabela 115 - Condicionantes, Deficiências e Potencialidades
Fonte: SERENCO, 2.013.
A Tabela 95 apresenta as ameaças e oportunidades do atual modelo de
gestão.
Tabela 116 - Ameaças e Oportunidades do atual modelo de gestão
Fonte: SERENCO, 2.013.
A Tabela 96 apresenta o modelo numérico para ponderação das
ameaças.
253
Tabela 117 - Modelo Numérico para Ponderação das Ameaças
Fonte: SERENCO, 2.013.
7.2.2.4.2 Cenário 1
Nos cenários 1 e 2 a coleta será através de rede coletora separadora
absoluta, diferindo apenas da velocidade da universalização.
Foram feitas estimativas, que estão nas tabelas a seguir, de valores de
investimentos para o atendimento de 99% da população da área de concessão
com coleta e tratamento através de redes separadoras. Para isso, o Município
foi dividido em bacias conforme a topografia (estas bacias são grandes
divisões, tendo que ser ainda subdivididas em sub-bacias no momento da
elaboração dos projetos específicos).
Cada uma das bacias possui suas peculiaridades e, por este motivo,
algumas delas serão mais custosas para a execução das obras por causa da
distância a locais de bota-fora, existência de mais pavimento, etc.
Os valores de investimentos foram estimados de acordo com projetos e
execuções de obras em locais similares (litoral com alto nível do lençol
freático), estão com porcentagem de BDI = 25% e foram utilizadas algumas
premissas, que serão descritas a seguir. Para as redes coletoras, foram
medidas todas as ruas existentes através de fotos por satélite datadas de
2.010. Foras medidas todas as ruas, inclusive as que ainda não possuem ou
que possuem pequena quantidade de imóveis, a fim de se estimar a
necessidade futura.
254
Para as ligações domiciliares, foi utilizado o valor de domicílios
particulares permanentes obtido pelo Censo 2.010 do IBGE atualizado para o
ano de 2.013. Desta forma obteve-se o valor necessário para o atendimento do
número atual de imóveis, não somente os que hoje são abastecidos com água
pela CAJ e, portanto, contidas em seu sistema comercial, mas sim todos os
imóveis. Foi ainda utilizado valor contido na tabela EMOP (Empresa de Obras
Públicas do Estado do Rio de Janeiro) para esta finalidade.
Para a estimativa dos investimentos necessários para a execução das
estações elevatórias de esgoto foram utilizadas as seguintes premissas:
 Utilização
de
bombas
submersíveis
e
localizadas
nos
logradouros, sem necessidade de terreno próprio;
 Instalação de grupo gerador;
 Divididas em três tipos: pequeno porte, médio porte e grande
porte;
 As de pequeno porte são compostas por poço de sucção e caixa
de areia, em estruturas independentes;
 As de médio e grande porte são compostas por poço de sucção,
caixa de areia e gradeamento, em estruturas independentes;
 Profundidade média;
 Diâmetro externo do poço de sucção;
 Diâmetro externo da caixa de areia;
 Diâmetro externo do gradeamento;
 DMT até o bota-fora;
 DMT do canteiro central até o local da obra.
 Execução de uma estação elevatória a cada 10.000 metros de
rede coletora;
 50% do total de estações elevatórias são de pequeno porte, por
bacia;
 30% do total de estações elevatórias são de médio porte, por
bacia;
255
 20% do total de estações elevatórias são de grande porte, por
bacia;
Com a utilização de todas estas premissas e dos valores contidos nas
tabelas EMOP e SCO Rio (formada a partir de pesquisa de preços da
Fundação Getúlio Vargas), chegou-se aos seguintes valores por unidade de
estação elevatória:
 Pequeno porte = R$ 173.531,28;
 Médio porte = R$ 338.424,93;
 Grande porte = R$ 589.708,36.
Para a estimativa dos investimentos necessários para a execução das
linhas de recalque foram utilizadas as seguintes premissas:
 Execução de 500 m de linhas de recalque para cada estação
elevatória prevista;
 Valor por metro igual a 80% do valor por metro da rede coletora.
Quanto às unidades de tratamento, não existem ainda nesta região
nenhuma unidade em operação ou implantação.
Em tópico posterior deste documento, serão propostos cenários para
cálculo de estimativas de investimentos para todos os componentes do sistema
de esgoto e, nesta ocasião, serão feitos os cálculos para os investimentos
necessários em ETEs.
O objetivo do presente trabalho é estimar valores de investimentos,
valores estes que serão aferidos na ocasião da execução dos projetos
executivos.
256
Tabela 118 - Resumo geral de investimentos (Sampaio
Correa)
Fonte: SERENCO, 2.013.
257
Pelas tabelas anteriores serão necessários mais de R$ 91.000.000,00
(noventa e um milhões) para a execução das ligações domiciliares, redes
coletoras, estações elevatórias e linhas de recalque do Distrito de Sampaio
Correia, devendo-se ainda somar a estes valores os custos com projetos e
estações de tratamento.
Ainda deve-se levar em conta que o item ligações domiciliares
contempla apenas a parte que compete ao sistema público, isto é, até a divisa
do lote do imóvel. Ainda existirão custos para adequações da parte interna de
cada imóvel, o que consideramos como contra partida dos moradores, que
deverão arcar com estes custos.
Não foram disponibilizadas informações sobre as metas da CEDAE
quanto ao sistema de esgoto, tampouco os investimentos previstos, não
podendo se fazer comparações.
Para o atendimento através das redes separadoras, serão utilizados os
dados da tabela a seguir para a estimativa da porcentagem da população
atendida por bacia.
Tabela 119 - Porcentagem de atendimento por bacia – CEDAE (Sampaio Correa)
Fonte: SERENCO, 2.013.
258
Quadro 5 - Bairros componentes das bacias – área da CEDAE
Fonte: SERENCO, 2.013.
Para este cenário, será utilizada uma evolução no atendimento da
população de 5% ao ano.
Deve-se ressaltar que este índice de atendimento diz respeito somente
ao atendimento com rede separadora, não sendo o atendimento total da
população com o sistema de esgotamento sanitário, pois parte é e continuará
sendo atendida com o sistema unitário, que será gradativamente substituído
pelo sistema separador absoluto.
Com o nível de atendimento proposto, a demanda do sistema de esgoto
será a seguinte.
259
Tabela 120 - Cenário 2 - Demandas para o sistema de esgoto (redes separadoras)
– Sampaio Correa
Fonte: SERENCO, 2.013.
Para o cálculo das demandas foram utilizadas as seguintes premissas:
 Simultaneidade de 70% da população flutuante;
 Consumo per capta e perdas = conforme estudo da FGV para a 2ª
revisão quinquenal;
 Vazão de infiltração = 0,2 l / s.km;
 Coeficiente de retorno = 0,8.
Quanto às ETEs, não existe nesta região nenhuma unidade em
operação ou implantação. Propõe-se que as unidades a serem implantadas
possuam tratamento terciário, de forma a permitir seu reuso, assim como não
poluir os corpos receptores.
260
Se forem considerados como base os custos de implantação publicados
no livro intitulado “introdução à qualidade das águas e ao tratamento de
esgotos”, de autoria de Marcos Von Sperling e publicado pelo Departamento de
Engenharia Sanitária e Ambiental da UFMG, o custo máximo para se implantar
um tratamento composto por lodos ativados convencional com remoção
biológica de nitrogênio e fósforo, é de R$ 190,00/hab (ano base 2.009). Se este
valor for atualizado para janeiro de 2.013 pelo INCC, chega-se a R$ 243,72,
valor este que será utilizado nas estimativas de investimento.
Em todas as unidades de tratamento devem existir grupos geradores a
fim de garantir o funcionamento mesmo sem o fornecimento de energia
elétrica.
Quanto à priorização dos investimentos, foi analisada a possibilidade de
utilizar uma metodologia que permita hierarquizar as áreas de intervenção
prioritária, buscando assim uma solução gradual das carências dos serviços. A
metodologia analisada foi adaptada da Lei Nacional de Saneamento Básico
apresentada pelo Ministério das Cidades, do Livro I – Instrumentos das
políticas e da gestão dos serviços públicos de Saneamento Básico.
Esta metodologia possibilita uma avaliação comparativa das diversas
realidades da situação de salubridade ambiental dentro dos Municípios. Porém,
para que esta avaliação seja realizada, estes dados precisam existir por
distritos, ou bacias, ou unidades de planejamento municipais, incluindo dados
epidemiológicos, dados estes não disponíveis para o Município de Saquarema.
A ordem de prioridade adotada para atendimento da população com
redes separadoras levou em conta a densidade populacional, ou seja, as
bacias com maior população serão atendidas prioritariamente, de forma a
otimizar os investimentos, fazendo com que a maior população possível seja
atendida com o mesmo valor de investimento. Desta forma, o cronograma de
execução de cada bacia, segundo o Cenário 1 é o seguinte.
261
Tabela 121 - Cronograma de execução –
Cenário 1 - 2.014 a 2.023
Tabela 122 - Cronograma de execução –
Cenário 1 - 2.024 a 2.033
Fonte: SERENCO, 2.013.
Fonte: SERENCO, 2.013.
262
263
264
265
Tabela 123 - Investimentos necessários –
redes coletoras, ligações domiciliares,
estações elevatórias e linhas de recalque
Tabela 124 - Investimentos necessários –
ETE
Fonte: SERENCO, 2.013.
Fonte: SERENCO, 2.013.
266
Tabela 125 - Investimentos necessários –
Projetos
Tabela 126 - Investimentos necessários –
Resumo
Fonte: SERENCO, 2.013.
Fonte: SERENCO, 2.013.
267
7.2.2.4.3 Cenário 2
Também para o cenário 2 a coleta será através de rede coletora
separadora absoluta.
Para este cenário, será utilizada uma maior velocidade no atendimento à
população
nos
cinco
primeiros
anos,
atingindo-se,
desta
forma,
a
universalização anteriormente ao que acontece no cenário 1. Os números a
seguir dizem respeito ao índice de atendimento com rede separadora.
Com o nível de atendimento proposto, a demanda do sistema de esgoto
será a seguinte.
Tabela 127 - Cenário 2 - Demandas para o sistema de esgoto (redes separadoras)
– Sampaio Correa
Fonte: SERENCO, 2.013.
Para o cálculo das demandas foram utilizadas as seguintes premissas:
 Simultaneidade de 70% da população flutuante;
268
 Consumo per capita e perdas = conforme estudo da FGV para
a 2ª revisão quinquenal;
 Vazão de infiltração = 0,2 l / s.km;
 Coeficiente de retorno = 0,8.
Quanto às ETEs, as mesmas considerações feitas para o Cenário 1 são
válidas para este cenário.
A ordem de prioridade adotada para atendimento da população com
redes separadoras levou em conta a densidade populacional, ou seja, as
bacias com maior população serão atendidas prioritariamente, igualmente o
Cenário 1. Desta forma, o cronograma de execução de cada bacia, segundo o
Cenário 2, é o seguinte
.
269
Tabela 128 - Cronograma de execução –
Cenário 2 - 2.014 a 2.023
Tabela 129 - Cronograma de execução –
Cenário 2 - 2.024 a 2.033
Fonte: SERENCO, 2.013.
Fonte: SERENCO, 2.013.
270
271
272
273
Tabela 130 - Investimentos necessários –
redes coletoras, ligações domiciliares,
estações elevatórias e linhas de recalque
Tabela 131 - Investimentos necessários –
ETE
Fonte: SERENCO, 2.013.
Fonte: SERENCO, 2.013.
274
Tabela 132 - Investimentos necessários –
Projetos
Tabela 133 - Investimentos necessários –
Resumo
Fonte: SERENCO, 2.013.
Fonte: SERENCO, 2.013.
275
7.2.2.4.4 Comparativo entre os cenários 1 e 2
A seguir faremos alguns comparativos entre os cenários 1 e 2, a fim de
embasar decisões futuras.
Figura 48 - Comparativo atendimento da população (cenários 1 e 2) - CAJ (Sampaio
Correa)
Fonte: SERENCO, 2.013.
Tabela 134 - Comparativo de investimentos (Cenários 1 e 2) – CEDAE (Sampaio Correa)
Fonte: SERENCO, 2.013.
276
Figura 49 - Comparativo de investimentos (Cenários 1 e 2) – CEDAE (Sampaio
Correa)
Fonte: SERENCO, 2.013.
7.2.2.4.5 Região não concedida
Para a região não concedida, que corresponde à área rural, deverá
haver atendimento através de soluções individuais.
Para a estimativa de investimentos desta parcela da população foram
utilizadas as seguintes premissas:
 Devido à falta de informações sobre as atuais condições de
atendimento, foi considerado que todos os domicílios desta área
necessitarão de investimentos para serem atendidos;
 Para o cálculo da população da área não concedida ao longo do
período de projeto, foi mantida a mesma taxa de urbanização do
Censo 2.010;
 Foi utilizada a taxa de 3,45 habitantes por domicílio;
 Valor de investimento retirado dos itens n.º 74197/001 e
74198/002 da Tabela SINAPI (serviços) para o Estado do Rio de
Janeiro (ref.: junho/2.013) correspondentes à execução de fossa
séptica e sumidouro.
277
Tabela 135 - Investimentos estimados para a área não concedida
Fonte: SERENCO, 2.013.
278
279
7.2.2.4.6 Propostas adicionais
7.2.2.4.6.1 Aspectos operacionais
Quanto ao aspecto operacional do sistema de esgotamento sanitário, é
necessário que se garanta seu pleno funcionamento mesmo com falta de
fornecimento de energia elétrica, evitando a contaminação do meio ambiente
com a sua parada temporária. Desta forma propõe-se que sejam instalados
grupos geradores em todas as estações elevatórias e também nas unidades de
tratamento.
7.2.2.4.6.2 Novos empreendimentos
Para os novos condomínios horizontais e loteamentos, o proprietário
seja o responsável pelo projeto e execução da rede de esgotamento sanitário.
Deverá haver um procedimento entre o setor responsável pela aprovação da
Prefeitura e a Concessionária para que seja estudada a possibilidade de
atendimento, as obras necessárias a este atendimento e para que o projeto
elaborado pelo empreendedor seja aprovado pela Concessionária.
Caso não haja possibilidade de interligação com o sistema existente, o
empreendimento deverá contar com unidade de tratamento própria, aprovada
pelo órgão ambiental e, caso não haja, corpo receptor próximo, o esgoto
tratado poderá ser lançado na galeria de água pluvial.
7.2.2.5 Tarifas
Devido aos investimentos necessários mostrados nos itens anteriores,
fez-se um estudo sobre as atuais tarifas cobradas pelas Concessionárias
quanto aos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário a fim
de se estimar qual parcela de investimentos pode ser suportado via cobrança
tarifária, estudo este que está detalhado no produto 7.
Através de comparações feitas entre as tarifas atuais da CAJ e da
CEDAE com as tarifas também atuais da SABESP e também valores
disponibilizados
pelo
SNIS
(sistema
nacional
de
informações
sobre
saneamento) de tarifas médias praticadas pelos prestadores de serviços em
todo o Brasil, chegou-se à conclusão que a atual tarifa da CAJ e da CEDAE
280
estão no limite superior, sendo mais elevada do que a grande maioria dos
prestadores no Brasil.
A partir destas informações, conclui-se que aumentos tarifários devem
ser evitados e que os valores necessários para a execução das obras de água
e esgoto não previstas nos atuais contratos devem ser financiados por outras
fontes que não a arrecadação através da cobrança de tarifas dos usuários.
Quanto às despesas operacionais, poderá haver um aumento porque o
número de estações elevatórias de esgoto aumentará, além da porcentagem
de atendimento, que atingirá 99%, valor superior ao que existe atualmente.
Caso semelhante ocorre com o sistema de abastecimento de água, onde os
volumes tratados e transportados aumentarão, fazendo com que as despesas
operacionais também aumentem. Desta forma sugere-se que este aumento
das despesas seja coberto via cobrança tarifária.
7.2.2.6 Educação ambiental
É de suma importância que, além dos investimentos para a implantação
dos sistemas de água e esgoto, tenha uma educação ambiental constante da
população usuária destes sistemas.
Pensando nisso, existe uma obrigatoriedade da Agenersa que a CAJ
realize um plano de educação ambiental, que é apresentado para aprovação
da Agenersa.
Deverá ser feito também, por parte da CEDAE, um plano de educação
ambiental de forma a atingir a população da área sob sua responsabilidade.
7.3
Sistema de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas
A proposta da Política Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB),
editada em 2.011 pelo Governo Federal, no capítulo correspondente a
avaliação político-institucional, detalha alguns aspectos particulares da gestão
e prestação de serviços de drenagem e manejo de águas pluviais urbanas:
“Dos quatro componentes do setor de saneamento, os serviços de
drenagem e manejo de águas pluviais urbanas são os que apresentam
maior carência de políticas e organização institucional. A urbanização
281
acelerada e caótica, com a falta de disciplinamento do uso e ocupação
do solo, inclusive das áreas de inundação natural dos rios urbanos, e,
ainda, a falta de investimentos em drenagem das águas pluviais,
resultou no aumento das inundações nos centros urbanos de maneira
dramática. Também o uso do sistema de drenagem para esgotamento
sanitário doméstico e industrial, a não existência de medidas
preventivas nas áreas sujeitas à inundação e a predominância de uma
concepção obsoleta nos projetos de drenagem tem contribuído para a
ampliação dessa problemática. O financiamento das ações é dificultado
pela ausência de taxas ou de formas de arrecadação de recursos
específicos para o setor.”
“No conjunto do País, dados da PNSB 2008 indicam que 70,5% dos
municípios possuíam serviços de drenagem urbana, sendo que esse
índice era maior nas Regiões Sul e Sudeste. A existência de um
sistema de drenagem é fortemente associada ao porte da cidade.
Todos os 66 municípios brasileiros com mais de 300.000 habitantes, no
ano 2000, independentemente da região em que se encontram,
dispunham de um sistema de drenagem urbana, enquanto que, para
municípios com até 20 mil habitantes, o índice de municípios com
sistema de drenagem se encontrava abaixo da média nacional. Em
2008, 99,6% dos municípios tinham seus sistemas de drenagem
administrados
diretamente
pelas
prefeituras,
sendo
predominantemente vinculados às secretarias de obras e serviços
públicos. Apenas 22,5% dos municípios do País declararam possuir
plano diretor de drenagem urbana.”
A tabela a seguir apresenta a aplicação do método sistemático CDP,
detalhado no item 7.1 do presente Produto.
282
Tabela 136 - Condicionantes, Deficiências e Potencialidades
Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas
Setor
C
D
P
Fator
Desmatamentos e ocupação desordenada de algumas encostas e
dunas, e aterramento de brejais e lagoas, na zona rural e distritos de
Sampaio Correia e Bacaxá
Impermeabilização elevada dos solos urbanos pela pavimentação
de vias, construção de calçadas, telhados, pisos e pátios
Crescimento acelerado nas últimas décadas da população residente
e sazonal
Inexistência de indicadores operacionais, econômico-financeiros,
administrativos e de qualidade do atual sistema de drenagem
Falta de arranjo institucional específico para a gestão de drenagem
e manejo de águas pluviais urbanas
Inexistência de regulamento com procedimentos para elaboração de
projetos, construção, operação e manutenção do sistema de
drenagem
Falta de mapeamento atualizado de áreas de risco de alagamentos
e deslizamentos com a participação das Associações de Bairros
Índice pluviométrico alto comparado aos municípios da região
Barramentos nos corpos hídricos através de cordão interceptor,
estações elevatórias e estação de tratamento de esgoto
Existência de Plano Diretor Municipal, elaborado pela Prefeitura
Municipal de Saquarema
Inexistência de cadastro georreferenciado de redes pluviais
Defesa Civil bem estruturada subordinada à Secretaria Municipal de
Segurança
Existência de Grupo de Trabalho – Mudanças Climáticas, junto ao
Comitê de Bacias - CBHLSJ
Existência do Consorcio Intermunicipal Lagos São João
Existência de diferentes programas de apoio estabelecidos pela
SEA/INEA
Inexistência de Plano de Contingências de Proteção e Defesa Civil –
PLANCON
Existência de Plano da Bacia Hidrográfica da Região dos Lagos e do
Rio São João
Monitoramento da qualidade das águas dos corpos receptores de
águas pluviais mais esgotos sanitários tratados
Existência do sistema de tomada em tempo seco, operado pela
CAJ, utilizando a rede de drenagem de águas pluviais para coleta
dos esgotos sanitários
Existência de fábrica de tubos de concreto sob a responsabilidade
da Prefeitura de Saquarema – Secretaria de Serviços Públicos
283
C
D
P
Fator
Mau dimensionamento das redes de micro e macrodrenagem,
projetadas em épocas passadas, sem considerar a atual expansão
da malha urbana e aumento das áreas impermeáveis
Necessidade de busca de nova solução para drenagem de águas
pluviais e coleta de esgotos sanitários através de sistema separativo
Existência de comportas para controle de nível de descarga de
águas pluviais e esgotos sanitários, operadas pela CAJ
Inexistência de Plano Diretor de Drenagem, definindo áreas de
intervenção prioritária e prazos de execução
Limpeza contínua dos canais que cortam o território municipal
Drenagem e Manejo de Águas Pluviais
Urbanas
Setor
Existência de convênio com DER/RJ para elaboração de projetos de
drenagem, e cessão de equipamentos para manutenção e limpeza
de canais de macrodrenagem
Assinatura de Acordo de Cooperação Técnica entre o Ministério
Italiano do Meio Ambiente e da Tutela do Território e do Mar e o
INEA/DIMFIS, tendo em vista a otimização da gestão de risco de
desastres naturais.
A aplicação do CDP apresentada na tabela anterior, abre o caminho
para aplicação da metodologia proposta para construção dos Cenários Futuros
para Saquarema.
A sequência do trabalho obedece a metodologia descrita e proposta
para a construção dos cenários futuros, de acordo com os parâmetros a seguir
identificados:
I - Ameaças e oportunidades do atual modelo de gestão:
- primeiro são elencadas todas as ameaças e oportunidades do
atual modelo de gestão da drenagem e do manejo de águas
pluviais do Município;
II - A identificação das ameaças críticas através de matriz numérica;
- segunda etapa consiste em identificar as prioridades, através do
produto das Relevâncias e Incertezas de cada Ameaça,
anteriormente elencadas. Sendo os índices de relevância e
incerteza os seguintes:
PRIORIDADE = RELEVÂNCIA X INCERTEZA
284
Alta = 05
Média = 03
Baixa = 01
III - A convergência das ameaças críticas, e,
IV - A hierarquização dos principais temas.
Na última etapa é realizada a hierarquização por ordem decrescente, do
grupo que mais pontuou, para o que menos pontuou.
Tabela 137 - Ameaças e Oportunidades do atual modelo de gestão.
Item
I
II
III
IV
V
VI
VII
VIII
Ameaças
Oportunidades
Desmatamentos
e
ocupação
desordenada de algumas encostas e
dunas, e aterramento de brejais e lagoas,
na zona rural e distritos de Sampaio
Correia e Bacaxá
Impermeabilização elevada dos solos
urbanos pela pavimentação de vias,
construção de calçadas, telhados, pisos e
pátios
Crescimento acelerado nas últimas
décadas da população residente e
sazonal
Inexistência de indicadores operacionais,
econômico-financeiros, administrativos e
de qualidade do atual sistema de
drenagem
Existência de Plano Diretor Municipal de
Desenvolvimento Sustentável de Saquarema.
Falta de arranjo institucional específico
para a gestão de drenagem e manejo de
águas pluviais urbanas
Inexistência
de
regulamento
com
procedimentos para elaboração de
projetos,
construção,
operação
e
manutenção do sistema de drenagem
Baixo índice pluviométrico da Região.
Existência de Plano Diretor Municipal de
Desenvolvimento Sustentável de Saquarema.
Existência de diferentes programas de apoio
estabelecidos pela SEA/INEA.
Monitoramento pela CAJ e INEA, da qualidade
das águas dos corpos receptores de águas
pluviais mais esgotos sanitários tratados pela
CAJ.
Existência de Consórcio Intermunicipal Lagos
São João.
PLANSAB exige definição institucional para
gestão da drenagem e manejo de águas
pluviais
Existência de Grupo de Trabalho – Mudanças
Climáticas junto ao Comitê de Bacias –
CBHLSJ.
Existência de Plano de Bacia Hidrográfica da
Região dos Lagos e do Rio São João.
Apoio da Defesa Civil Estadual e local.
Verbas disponíveis no PAC Prevenção
Falta de mapeamento atualizado de
áreas de risco de alagamentos e
deslizamentos com a participação das
Associações de Bairros
Inexistência de Plano de Contingências Defesa Civil bem estruturada subordinada à
de Proteção e Defesa Civil – PLANCON
Secretaria Municipal de Segurança.
Assinatura de Acordo de Cooperação Técnica
entre o Ministério Italiano do Meio Ambiente e
da Tutela do Território e do Mar e o
INEA/DIMFIS, tendo em vista a otimização da
gestão de risco de desastres naturais.
285
Item
Ameaças
Oportunidades
IX
Existência do sistema de tomada em
tempo seco, operado pela CAJ, utilizando
a rede de drenagem de águas pluviais
para coleta dos esgotos sanitários
X
Mau dimensionamento das redes de
micro e macrodrenagem, projetadas em
épocas passadas, sem considerar a atual
expansão da malha urbana e aumento
das áreas impermeáveis
XI
Necessidade de busca de nova solução para
drenagem de águas pluviais e coleta de
esgotos sanitários através de sistema
separativo.
Existência de comportas para controle de nível
de descarga de águas pluviais e esgotos
sanitários, operandos pela CAJ
Barramentos nos corpos hídricos através de
cordão interceptor, estações elevatórias e de
tratamento de esgotos.
Recomposição continua de pavimentos
afundados após precipitações pluviométricas
significativas.
Existência de cadastro de redes pluviais
utilizadas como redes coletoras de esgotos
sanitários, elaborado pela CAJ
------------------------------
Inexistência de Plano Diretor de
Drenagem,
definindo
áreas
de
intervenção prioritária e prazos de
execução
Inexistência de cadastro georreferenciado Utilização da rede de drenagem para coleta de
de redes pluviais
esgoto sanitário, podendo haver uma
cooperação com a Concessionária para o
cadastro da rede
XII
Tabela 138 - Modelo Numérico para Ponderação das Ameaças.
Item
I
II
III
IV
V
VI
Ameaças
Desmatamentos e ocupação desordenada de
algumas encostas e dunas, e aterramento de
brejais e lagoas, na zona rural e distritos de
Sampaio Correia e Bacaxá
Impermeabilização elevada dos solos
urbanos pela pavimentação de vias,
construção de calçadas, telhados, pisos e
pátios
Crescimento acelerado nas últimas décadas
da população residente e sazonal
Inexistência de indicadores operacionais,
econômico-financeiros, administrativos e de
qualidade do atual sistema de drenagem
Falta de arranjo institucional específico para
a gestão de drenagem e manejo de águas
pluviais urbanas
Inexistência
de
regulamento
com
procedimentos para elaboração de projetos,
construção, operação e manutenção do
sistema de drenagem
286
Relevância
(1)
Incerteza
(2)
Prioridade
(3)
5
3
15
5
5
25
5
3
15
3
3
09
5
5
25
5
3
15
Item
VII
VIII
IX
X
XI
XII
Ameaças
Relevância
(1)
Incerteza
(2)
Prioridade
(3)
Falta de mapeamento atualizado de áreas de
risco de alagamentos e deslizamentos
Inexistência de Plano de Contingências de
Proteção e Defesa Civil – PLANCON
Existência do sistema de tomada em tempo
seco, operado pela CAJ, utilizando a rede de
drenagem de águas pluviais para coleta dos
esgotos sanitários
Mau dimensionamento das redes de micro e
macrodrenagem, projetadas em épocas
passadas, sem considerar a atual expansão
da malha urbana e aumento das áreas
impermeáveis
Inexistência de Plano Diretor de Drenagem,
definindo áreas de intervenção prioritária e
prazos de execução
Inexistência de cadastro georreferenciado de
redes pluviais
5
5
25
5
5
25
5
3
15
3
3
09
5
5
25
5
5
25
Convergências das Ameaças Críticas
Após a definição dos valores de prioridades, as ameaças foram
agrupadas em quatro itens: Hidrologia, Microdrenagem, Macrodrenagem,
Defesa Civil e Gestão do Sistema.
A seguir estão apresentadas ameaças agrupadas, e ordenadas de
acordo com as que receberam maior pontuação, consideradas de maior
prioridade para busca de ações:
7.3.1 Hidrologia
Tabela 139 - Ameaças programa 1 – Hidrologia
Item
VI
Ameaça
Prioridade
Inexistência de regulamento com procedimentos para
elaboração de projetos, construção e operação e manutenção
do sistema de drenagem.
15
15
287
7.3.2 Microdrenagem
Tabela 140 - Ameaças programa 2 – Microdrenagem
Item
II
XII
Ameaça
Prioridade
Impermeabilização elevada dos solos urbanos pela
pavimentação de vias, construção de calçadas, telhados, pisos
e pátios
Inexistência de cadastro georreferenciado de redes pluviais
Existência do sistema de tomada em tempo seco, operado pela
CAJ, utilizando a rede de drenagem de águas pluviais para
coleta dos esgotos sanitários
Mau dimensionamento das redes de micro e macrodrenagem,
projetadas em épocas passadas, sem considerar a atual
expansão da malha urbana e aumento das áreas impermeáveis
IX
X
25
25
15
09
74
7.3.3 Macrodrenagem
Tabela 141 - Ameaças programa 3 – Macrodrenagem
Item
XI
Ameaça
Prioridade
Inexistência de Plano Diretor de Drenagem, definindo
áreas de intervenção prioritária e prazos de execução
25
25
7.3.4 Defesa Civil
Tabela 142 - Ameaças programa 4 – Defesa Civil
Item
VII
VIII
Ameaça
Prioridade
Falta de mapeamento atualizado de áreas de risco de
alagamentos e deslizamentos
Inexistência de Plano de Contingências de Proteção e Defesa
Civil – PLANCON
25
25
50
288
7.3.5 Gestão do Sistema
Tabela 143 - Ameaças programa 5 – Gestão do Sistema
Item
V
I
III
IV
Ameaça
Prioridade
Falta de arranjo institucional específico para a gestão de
drenagem e manejo de águas pluviais urbanas
Desmatamentos e ocupação desordenada de algumas
encostas e dunas, e aterramento de brejais e lagoas, na zona
rural e distritos de Sampaio Correia e Bacaxá
Crescimento acelerado nas últimas décadas da população
residente e sazonal
Inexistência de indicadores operacionais, econômicofinanceiros, administrativos e de qualidade do atual sistema de
drenagem
25
15
15
09
64
Pela pontuação das ameaças é possível observar que a Microdrenagem
apresenta o maior número de pontos, seguida pela Gestão do Sistema, Defesa
Civil, Macrodrenagem e por último, pela Hidrologia.
O modelo aplicado poderia conduzir a situações diferenciadas,
priorizando as outras ameaças. Combinando-se entre si as convergências
pontuadas nos cinco setores selecionados é possível estabelecer a seguinte
estrutura básica alternativa.
Figura 50 - Pontuação por programas
Fonte: SERENCO, 2.013.
Sendo possível a seguinte integração.
289
Figura 51 - Integração das Alternativas
Fonte: SERENCO, 2.013.
Por esta imagem, é possível verificar que a pontuação da Gestão do
Sistema acrescida de Defesa Civil alcançou 114 pontos e a pontuação de
Microdrenagem, Macrodrengem e Hidrologia alcançou 114 pontos. Esses
números sugerem a montagem dos cenários a partir da Gestão do Sistema e
Defesa Civil e então Hidrologia, Microdrenagem e Macrodrenagem.
Para melhor entendimento metodológico e para o detalhamento dos
proposições pesquisados optou-se pela seguinte sequência:
 Hidrologia;
 Microdrenagem;
 Macrodrenagem;
 Gestão do Sistema, e,
 Defesa Civil.
7.3.6 Cenários MILOGRANA, J (2009)
A tese de doutorado MILOGRANA.J, Sistemática de Auxílio à Decisão
para a Seleção de Alternativas de Controle de Inundações Urbanas, UNB,
2009, Brasília/DF, apresenta contribuições bastante interessantes para a
construção de cenários, as quais destacam-se a seguir:
a) Inundações lentas ou fluviais, em regiões planas;
b) Inundações rápidas ou por chuvas torrenciais;
290
c) Inundações por escoamento urbano, em pequenas bacias até
10km2;
d) Inundações pelas torrentes, em áreas com declividades acima
de 6%;
e) Submersões marinhas;
f) Inundações estuarinas;
g) Inundações por remanso da rede de drenagem pluvial, e,
h) Inundações por elevação do nível do Lençol Freático.
Dessas, as mais representativas para a Região dos Lagos, são: a), b),
c), d) e g).
Ainda, são relacionadas algumas medidas mitigadoras a serem levadas
em consideração, tais como:
a) Poços de infiltração;
b) Valas, valetas e planos de infiltração;
c) Trincheiras de infiltração e detenção;
d) Pavimentos permeáveis com
estrutura
de
detenção e
infiltração;
e) Telhados armazenadores;
f) Bacias de retenção ou detenção de cheias:
1. A céu aberto (parques urbanos);
2. Áreas úmidas;
3. Bacias subterrâneas.
g) Diques, e,
h) Canais de desvio.
Finalmente, sugere que o aumento na eficiência do escoamento poderá
se dar através de:
a) Dragagem (limpeza) de tubulações, galerias, canais e leitos de
rios;
b) Substituições dos revestimentos de canais, e,
c) Retificação de canais.
291
Recomenda também, que os projetos deverão obedecer os critérios
hidrológicos determinados para a Região, bem como a vulnerabilidade
(susceptibilidade e valor) das áreas sujeitas às inundações.
A partir dessas principais considerações propõem a construção de quatro
cenários.
A. Sem
medidas
de
controle
de
inundações,
ou
seja,
desocupação das áreas alagadas com relocações (medidas
emergenciais);
B. Controle
de
cheias
através
de
barramentos
(medidas
paliativas);
C. Construção de diques de contenção, com adequação de
pontes e faixas de domínio com canais paralelos (com
medidas estruturais e sem medidas preventivas), e,
D. Sistema de Previsão e Alerta pela instalação de sensores de
precipitação de nível, datalogger, transmissor e software de
comunicação
(com
medidas
preventivas,
estruturais
e
estruturantes).
7.3.7 Cenários PLANSAB
O Plano Nacional de Saneamento Básico – PLANSAB, orientou-se pela
realização de cinco Seminários Regionais, um em cada Região do País,
apoiado em diversos eventos, os quais possibilitaram a construção de três
cenários plausíveis (hipóteses) para a Política de Saneamento Básico no
Brasil.
Dos três cenários construídos o Cenário 1 foi eleito como o de
preferência para a Política de Saneamento Básico no País.
Para a consolidação do cenário normativo proposto, foram elencados 23
indicadores (07 para o abastecimento de águas, 06 para o esgotamento
sanitário, 05 para os resíduos sólidos, 04 para a gestão e o planejamento, e, 01
para a drenagem e o manejo das águas pluviais urbanas), sendo estabelecidas
292
metas para cada indicador nas diferentes macrorregiões do País, para os anos
2015, 2020 e 2030.
Ainda para drenagem e manejo das águas pluviais urbanas, quatro
componentes básicos foram considerados:
 A implantação de sistemas de drenagem nas áreas de expansão
urbana;
 A reposição desses ao longo do horizonte de simulação;
 A
reposição
dos
sistemas
de
drenagem
clássicos
(macrodrenagem) existentes nos municípios, ao longo do período,
tendo por foco a redução do risco de inundação, e,
 Adequação dos sistemas de drenagem em áreas urbanizadas que
sofrem com inundações.
Não se incluem os custos relacionados a desapropriação ou aquisição
de terrenos, nem as obras de microdrenagem. Os custos para a expansão e
reposição dos sistemas de drenagem foram estimados para a Região Sudeste,
conforme segue:
Tabela 144 - Necessidade de investimentos em drenagem e manejo de águas pluviais
urbanas entre o ano base de 2011 e os anos 2015, 2020 e 2030.
Natureza dos Investimentos
Expansão
Reposição
Total (x)
2011 a
2015
2.832
1.535
4.367
2011 a
2020
5.520
3.023
8.543
2011 a
2030
8.568
6.083
14.651
(x)
em milhões de reais.
Fonte: PLANSAB, 2.011.
Ainda o PLANSAB, 2011, detalha que em média 36% dos investimentos
em expansão correspondem à implantação de sistemas em áreas de expansão
urbana e 64% correspondem aos custos associados aos danos nas áreas já
urbanizadas. Em reposição, em média, no País, 63% correspondem à
reposição do patrimônio atualmente existente e 37% à reposição dos sistemas
que serão implantados em áreas de expansão urbana. Logo, em termos de
necessidades de investimentos totais em medidas estruturais e estruturantes
para atendimento das metas estabelecidas foram estimados os valores
detalhados na tabela a seguir em milhões de reais, para todo o País.
293
Tabela 145 - Necessidade de investimentos totais em drenagem e manejo de águas
pluviais urbanas para o País.
Medidas
Estruturais
Estruturantes
Totais
2015
6.480
10.694
17.173
2020
12.768
21.099
33.867
2030
21.817
33.317
55.134
Fonte: PLANSAB, 2011.
Como metas estipuladas para a Região Sudeste, em termos de
drenagem e manejo de águas pluviais urbanas, o indicador recomendado foi o
D1 - % de municípios com inundações e/ou alagamentos ocorridos na área
urbana, nos últimos cinco anos, correspondendo a 51% em 2008, e previsto em
15%, para 2030.
Em termos de gestão dos serviços de saneamento básico, na qual se
inclui a drenagem e o manejo das águas pluviais urbanas, o PLANSAB, 2011,
define as seguintes metas para a Região Sudeste:
Tabela 146 - Metas para gestão dos serviços de saneamento básico na Região Sudeste do
País (em %).
INDICADOR
ANO
(%)
G1.(%)de municípios com órgão de planejamento para
as ações e serviços de saneamento básico
2015
2020
2030
2015
2020
2030
2015
2020
2030
2015
2020
2030
40
60
80
60
80
100
40
60
80
60
80
100
G2. (%) de municípios com Plano de Saneamento
Básico ou Ambiental
G3.(%)de municípios com serviços públicos
saneamento básico fiscalizados e regulados
de
G4.(%) de municípios com instância de controle social
das ações e serviços de saneamento básico (Conselho
de Saneamento ou outro)
Fonte: PLANSAB, 2.011.
7.3.8 Cenário Proposto
Em função do exposto e das ameaças críticas detectadas para o
Município de Saquarema, sugere-se como Cenário Principal, a redução das
inundações e/ou alagamentos nas áreas urbanas do Município (Sede e Distrito
de Tamoios) através de metas, programas e ações a seguir detalhadas.
Serão levadas em consideração recomendações de desocupação de
áreas alagadas com relocações, incentivo às ações mitigadoras, instalação de
Sistema de Previsão e Alerta, bem como a instituição de órgão de
294
planejamento e execução de serviços e obras programadas, a elaboração de
Plano Diretor de Drenagem e finalmente a consolidação do Controle Social
pela atuação efetiva do Conselho Municipal de Meio Ambiente/Saneamento
Básico.
A figura a seguir resume o anteriormente exposto.
Figura 52 – Cenários – Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas
Fonte: SERENCO, 2.013.
7.3.9 Metas, programas e ações
Detalham-se a seguir, as principais metas, programas e ações a serem
observadas quando da implementação do PMSB.
7.3.9.1 Qualitativas
Destacam-se as seguintes:
1. Criar nos cidadãos uma consciência de preservação dos recursos
hídricos e naturais, através de campanhas, cursos curriculares na Rede
Municipal de Ensino e em eventos específicos;
295
2. Coibir o lançamento de águas servidas e esgotos sanitários, com ou
sem tratamento, na rede de galerias de águas pluviais, que deverão ter
o destino adequado em rede apropriada;
3. Promover a preservação e recuperação de nascentes;
4. Promover a conservação da rede hidrológica, inclusive com a
revegetação de mata ciliar e a renaturalização de canalizações;
5. Promover o controle de erosão em terraplenagens e em terrenos
desprovidos de vegetação;
6. Promover o controle de assoreamento dos corpos d’água;
7. Coibir a deposição de materiais ao longo dos corpos d’água, em
especial os resíduos da construção civil, resíduos orgânicos e o lixo
doméstico.
8. Estabelecer plano de uso e ocupação das bacias hidrográficas, em
especial quanto à proteção das áreas de fundos de vale, dos corpos
d’água e de áreas de recarga de aquíferos;
9. Inserir os parâmetros necessários à manutenção da permeabilidade do
solo e ao sistema de retenção de águas das chuvas na política de uso e
ocupação do solo;
10. Promover obras de manutenção de infraestrutura, como a limpeza e o
desassoreamento dos rios, córregos e canais, o redimensionamento de
obras de micro drenagem, a recuperação estrutural de obras de
infraestrutura;
11. Executar obras de ampliação de infraestrutura como a construção de
galerias, pontes e travessias e a proteção das margens dos rios,
córregos e canais;
12. Promover e incentivar a implantação de vegetação ao longo dos corpos
d’água, nas nascentes, nas cabeceiras e nas áreas de recarga de
aquíferos;
13. Promover e incentivar programa para conservação do solo e combate à
erosão, no meio rural e no meio urbano.
296
Deverá ainda ser desenvolvido um programa de prevenção de alerta
contra eventos críticos de chuvas intensas para proporcionar agilidade na
mobilização de ações emergenciais nos eventos de enchentes, minimizando a
possibilidade de maiores prejuízos materiais e risco a perda de vidas e risco a
saúde pública.
Devem também ser definidos parâmetros de impermeabilização de
terrenos e as necessidades de implantação de medidas estruturais com obras
de micro e macro drenagem, a recuperação da rede hidrológica de uma
maneira mais ampla, indo desde a recuperação de nascentes, matas ciliares e
até a renaturalização de córregos, bem como as medidas não estruturais para
o controle de impermeabilização do solo e ainda os programas de educação
ambiental.
Sempre que houver novos empreendimentos (loteamentos: condomínios
e outros) deverão ser exigidos projetos de drenagem com previsão de
escoamento superficial, rede subterrânea e bacias de controle de vazão.
7.3.9.2 Quantitativas
Para o alcance das proposições estabelecidas no PMSB, está prevista e
elaboração de Estudos, Projetos e Ações que ofereçam subsídios para nortear
a implantação das metas programadas, destacando-se:
 Estudo Hidrológico e Hidrodinâmico das Bacias Hidrográficas do
Município com seus hidrogramas de cheias, definição dos escoamentos,
estudo de chuvas intensas, entre outros.
 Elaboração do Plano Diretor de Drenagem Urbana, a partir do cadastro
da rede existente, detalhando-se em planta e perfil a micro e
macrodrenagem, possibilitando propor e projetar as intervenções
necessárias, desconectando-se o esgotamento sanitário da rede de
águas pluviais, com identificação e análise do processo de ocupação e
uso do solo urbano. Definição de áreas sujeitas e restrições de uso e
intervenções de prevenção e controle de inundações.
297
 Elaboração de mapas de risco de inundações/deslizamentos associados
a diferentes tempos de recorrência com definição dos coeficientes de
impermeabilização, com definição do zoneamento das áreas inundáveis.
 Implantação de Sistema de Prevenção e Alerta com a finalidade de
antecipar a ocorrência de inundações avisando a população e tomando
as medidas necessárias para redução dos danos resultantes da
inundação.
 Estruturação da Defesa Civil, tendo em vista três fases distintas:
prevenção através de atividades para minimizar as inundações quando
as
mesmas
ocorrerem;
alerta,
durante
a
fase
de
ocorrência
estabelecendo os níveis de acompanhamento, alerta e emergência e a
mitigação, após o evento ter ocorrido, tendo em vista diminuir os
prejuízos, conforme figura a seguir.
Figura 53 – Mapa de Alerta
Fonte: SERENCO, 2.013.
298
 Gestão do Sistema através de estrutura institucional locada na Prefeitura
Municipal para definição de ações de integração das diferentes
estruturas atualmente disponíveis voltadas à drenagem e manejo das
águas pluviais urbanas, com criação de banco de dados único e arquivo
do sistema já implementado ou projetado.
 Estabelecimento de um programa bem definido para erradicação de
ligações clandestinas de esgotos sanitários, de conformidade com a
substituição do sistema de tomada em tempo seco por um sistema
separador absoluto.
 Estabelecimento de ações para proteção e revitalização dos corpos
d’água, cujo objetivo seja o de melhorar as condições de vida da
população através do envolvimento da comunidade.
Na sequência, apresentam-se as propostas detalhadas, dentro dos 05
(cinco) Programas sugeridos anteriormente, em formato de fichas com os
objetivos, fundamentação, método de monitoramento, metas, projetos, ações,
investimentos e possíveis fontes de financiamento:
 Hidrologia;
 Microdrenagem;
 Macrodrenagem;
 Defesa Civil, e,
 Gestão do Sistema.
299
300
1
DESCRIÇÃO
Elaboração do Estudo de Chuvas Intensas
Revisão do Estudo de Chuvas Intensas
1.1.1
1.1.2
-
Elaboração do Estudo de Chuvas
Intensas
CÓDIGO
CURTO PRAZO - 4 A 9 ANOS
IMEDIATA - ATÉ 3 ANOS
120.000,00
40.000,00
PROJETOS E AÇÕES
PRAZOS/INVESTIMENTOS (R$)
MÉDIO
CURTO
IMEDIATO
Revisão do Estudo de Chuvas Intensas
METAS
MÉDIO PRAZO - 10 A 15 ANOS
40.000,00
LONGO
Cons órci o Intermuni ci pa l La gos Sã o Joã o
Cons órci o Intermuni ci pa l La gos Sã o Joã o
POSSÍVEIS FONTES DE RECURSOS
Revisão do Estudo de Chuvas Intensas
LONGO PRAZO - 16 A 20 ANOS
1. Estudo elaborado
Elaboração de estudo de chuvas intensas para o município, definindo indicadores de referência para os projetos de drenagem
MÉTODO DE
MONITORAMENTO
(INDICADOR)
1.1
Para se projetar a micro e macrodrenagem, torna-se imprescindível o conhecimento do estudo hidrológico da região, ou seja, a transformação de chuva
em vazão. Esse estudo deve ser feito levando em consideração o histórico de dados pluviométricos existentes na região, observando as características
fundamentais da chuva: intensidade, duração, frequência e distribuição. Com os dados obtidos, é necessário aplicação de um método de ajuste,
análise dos pluviogramas, seleção das precipitações, análise estatística das intensidades, e determinação da relação intensidade versus duração versus
frequência, para se chegar a equações que representem as chuvas intensas no município.
OBJETIVO
PROGRAMA
MUNICÍPIO DE SAQUAREMA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS
Hidrologia
FUNDAMENTAÇÃO
301
OBJETIVO
PROGRAMA
1.2
1
DESCRIÇÃO
Elaboração de Manual para Obras de Drenagem
1.2.1
-
Elaboração de Manual para Obras
de Drenagem
CÓDIGO
CURTO PRAZO - 4 A 9 ANOS
80.000,00
PROJETOS E AÇÕES
PRAZOS/INVESTIMENTOS (R$)
MÉDIO
CURTO
IMEDIATO
-
METAS
MÉDIO PRAZO - 10 A 15 ANOS
1. Manual elaborado
LONGO
Cons órci o Intermuni ci pa l La gos Sã o Joã o
POSSÍVEIS FONTES DE RECURSOS
-
LONGO PRAZO - 16 A 20 ANOS
As obras de microdrenagem existentes nos municípios da Região dos Lagos, geralmente estão vinculadas às obras de pavimentação. No entanto, falta às
Prefeituras uma estrutura para poder analisar os projetos e fiscalizar a execução dessas obras, seguindo normas técnicas específicas. Para tanto, deverá
ser elaborado um manual para padronizar as obras de drenagem, contemplando desde a fase de projetos até a execução das mesmas.
Elaboração de manual para obras de drenagem
MUNICÍPIO DE SAQUAREMA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS
Hidrologia
IMEDIATA - ATÉ 3 ANOS
MÉTODO DE
MONITORAMENTO
(INDICADOR)
FUNDAMENTAÇÃO
302
600.000,00
70.000,00
10.000,00
Levantamento em campo
Criação do cadastro com os dados levantados em
campo
Atualização do cadastro
2.1.1
2.1.2
2.1.3
30.000,00
30.000,00
PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES
PRAZOS/INVESTIMENTOS (R$)
MÉDIO
CURTO
IMEDIATO
Atualização do cadastro
DESCRIÇÃO
Atualização do cadastro
Elaboração do cadastro da rede de
microdrenagem
METAS
MÉDIO PRAZO - 10 A 15 ANOS
CÓDIGO
CURTO PRAZO - 4 A 9 ANOS
IMEDIATA - ATÉ 3 ANOS
30.000,00
LONGO
Prefei tura Muni ci pa l
Prefei tura Muni ci pa l
Prefei tura Muni ci pa l
POSSÍVEIS FONTES DE RECURSOS
Atualização do cadastro
LONGO PRAZO - 16 A 20 ANOS
1. Cadastro elaborado
Elaboração do cadastro georreferenciado da rede de microdrenagem do município
MÉTODO DE
MONITORAMENTO
(INDICADOR)
2.1
2
Dentre as principais carências do sistema de drenagem urbana e manejo das águas pluviais do município, destaca-se a falta de um cadastro
georreferenciado da rede de microdrenagem. O cadastro permite aos órgãos públicos fazer um planejamento exato das áreas com maior carência do
atendimento desses serviços, e ainda detectar os problemas pontuais da microdrenagem, como o entupimento da rede, sub-dimensionamento,
ligações de esgoto sanitário, obstruções, entre outros, além de ser ponto inicial para a elaboração do Plano Diretor de Drenagem. O cadastro deverá
conter informações sobre diâmetro da rede, comprimeto, tipo de material utilizado, localização georreferenciada das caixas de ligação, poços de visita
e outros componentes (com informações sobre cota de fundo e do terreno), declividade e ligações de esgoto sanitário. Quando da realização de novas
obras de drenagem, o cadastro deverá ser atualizado, incorporando novas informações ao banco de dados existente.
OBJETIVO
PROGRAMA
MUNICÍPIO DE SAQUAREMA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS
Microdrenagem
FUNDAMENTAÇÃO
303
25.000,00
-
Implantar sistema em 5 prédios
públicos da administração
municipal
DESCRIÇÃO
Elaboração de projeto de lei, e
implantação de sistemas de
captação de águas de chuva nos
prédios públicos e privados
Elaborar projeto de lei incentivando a captação e
aproveitamento de águas de chuva em novas
construções
Implantar sistemas de captação de águas de chuva nos
prédios públicos da administração municipal
CÓDIGO
2.2.1
2.2.1
LONGO PRAZO - 16 A 20 ANOS
100.000,00
-
200.000,00
-
PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES
PRAZOS/INVESTIMENTOS (R$)
MÉDIO
CURTO
IMEDIATO
200.000,00
-
LONGO
Prefei tura Muni ci pa l
Prefei tura Muni ci pa l
POSSÍVEIS FONTES DE RECURSOS
Implantar sistema em 10 prédios públicos da Implantar sistema em 10 prédios públicos da administração
municipal
administração municipal
CURTO PRAZO - 4 A 9 ANOS
IMEDIATA - ATÉ 3 ANOS
METAS
MÉDIO PRAZO - 10 A 15 ANOS
1. Número de construções (residenciais ou comerciais) com sistemas de aproveitamento de águas de chuva
2.2
MÉTODO DE
MONITORAMENTO
(INDICADOR)
Incentivo ao aproveitamento das águas de chuva
2
Atualmente, existem diversas tecnologias aplicadas à construção civil para realizar a captação e posterior utilização das águas de chuva. No entanto, os
municípios brasileiros carecem de incentivos para a utilização dessas tecnologias, que tem por objetivo minimizar o uso de água tratada (potável), para
fins menos nobres, como para vasos sanitários ou máquinas de lavar. Diversos estudos comprovam que a água de chuva é recomendada para esses usos.
Além disso, com a captação das águas de chuva nas próprias residências, diminui-se a quantidade de chuva escoada pelas vias e calçadas públicas,
diminuindo também o risco de alagamentos e outros problemas relacionados à drenagem urbana.
OBJETIVO
PROGRAMA
MUNICÍPIO DE SAQUAREMA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS
Microdrenagem
FUNDAMENTAÇÃO
304
2
DESCRIÇÃO
Elaborar projeto de lei regulamentando a pavimentação
do município, com incentivo às tecnologias de
pavimento permeável
2.3.1
CURTO PRAZO - 4 A 9 ANOS
CÓDIGO
Elaboração de projeto de lei
IMEDIATA - ATÉ 3 ANOS
40.000,00
PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES
PRAZOS/INVESTIMENTOS (R$)
MÉDIO
CURTO
IMEDIATO
METAS
MÉDIO PRAZO - 10 A 15 ANOS
LONGO
Prefei tura Muni ci pa l
POSSÍVEIS FONTES DE RECURSOS
LONGO PRAZO - 16 A 20 ANOS
1. Quilômetros de pavimentos permeáveis executados
Criação de dispositivos legais para regulamentar a pavimentação no município
MÉTODO DE
MONITORAMENTO
(INDICADOR)
2.3
O município de Saquarema possui grande parte das vias públicas já pavimentadas com asfalto, ou com paralelepípedos. Nos últimos anos, foram
realizadas diversas obras de mobilidade urbana, entre elas a pavimentação de ruas que ainda não possuíam essa infraestrutura (como Villatur e Jaconé).
No entanto, não há uma legislação municipal com padronização para essas obras, o que pode causar diversos problemas principalmente relacionados à
drenagem urbana. Atualmente já existem tecnologias de pavimentação permeável que permitem a passagem de água e ar através de seu material,
ajudando na prevenção de enchentes, recarga dos aquíferos subterrâneos e manutenção das vazões dos cursos d'água nas épocas de seca. Essas
tecnologias podem ser incentivadas pela Prefeitura, para as áreas de expansão urbanas.
OBJETIVO
PROGRAMA
MUNICÍPIO DE SAQUAREMA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS
Microdrenagem
FUNDAMENTAÇÃO
305
Prefeitura Municipal
Ministério das Cidades
28.750.000,00
34.500.000,00
34.500.000,00
200.000,00
-
Elaborar projetos para obras de reposição
Executar as obras projetadas
2.4.1
2.4.2
POSSÍVEIS FONTES DE RECURSOS
DESCRIÇÃO
CÓDIGO
LONGO
Execução de obras de reposição
Execução de obras de reposição
Execução de obras de reposição
Elaboração de projetos
PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES
PRAZOS/INVESTIMENTOS (R$)
MÉDIO
CURTO
IMEDIATO
LONGO PRAZO - 16 A 20 ANOS
METAS
MÉDIO PRAZO - 10 A 15 ANOS
CURTO PRAZO - 4 A 9 ANOS
IMEDIATA - ATÉ 3 ANOS
1. Metros de rede de drenagem com obras de reposição
Obras de reposição da microdrenagem já existente
2.4
MÉTODO DE
MONITORAMENTO
(INDICADOR)
Microdrenagem
2
As redes de microdrenagem existentes no município foram em boa parte executadas juntamente com as obras de pavimentação das vias públicas,
muitos anos atrás. Como não há registros desses projetos na Prefeitura Municipal, e não há um cadastro atualizado da condição dessas redes, muitas
delas apresentam problemas de sub-dimensionamento e obstruções, e deverão passar por obras de reposição para não causar problemas de
alagamentos. À partir do cadastro da rede, deverão ser localizadas as áreas para realização das obras de intervenção. Prioritariamente, deverão ser
feitas intervenções nas localidades do Bairro Bonsucesso, entorno do Rio Bacaxá e Sampaio Correia. Foram estimados os valores para 5.000 m de
obras de reposição da microdrenagem por ano, ao custo de R$ 1.150,00/m, totalizando R$ 5.750.000,00/ano, valores que deverão ser confirmados
durante a elaboração do Plano Diretor de Drenagem Urbana.
OBJETIVO
PROGRAMA
MUNICÍPIO DE SAQUAREMA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS
FUNDAMENTAÇÃO
306
Ini ci a tiva pri va da
*
*
*
*
Executar as obras projetadas
2.5.2
*Valores serão estimados conforme os projetos de novos loteamentos forem elaborados
Ini ci a tiva pri va da
*
POSSÍVEIS FONTES DE RECURSOS
Elaborar projetos para obras de drenagem em áreas de
expansão urbana
LONGO
Execução das obras
2.5.1
PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES
PRAZOS/INVESTIMENTOS (R$)
MÉDIO
CURTO
IMEDIATO
Execução das obras
LONGO PRAZO - 16 A 20 ANOS
DESCRIÇÃO
Execução das obras
Elaboração de projetos e
execução das obras
METAS
MÉDIO PRAZO - 10 A 15 ANOS
CÓDIGO
CURTO PRAZO - 4 A 9 ANOS
IMEDIATA - ATÉ 3 ANOS
1. Quilômetros de redes de drenagem executadas em áreas de expansão urbana
Obras de rede de microdrenagem para áreas de expansão urbanas
MÉTODO DE
MONITORAMENTO
(INDICADOR)
2.5
2
Além das obras de reposição das redes de drenagem já existentes, nas áreas de expansão urbanas deverão ser projetadas e executadas obras para
microdrenagem, como parte da infraestrutura mínima para a ocupação dessas localidades, a cargo dos empreendedores
OBJETIVO
PROGRAMA
MUNICÍPIO DE SAQUAREMA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS
Microdrenagem
FUNDAMENTAÇÃO
307
INEA
Prefei tura Muni ci pa l
70.000,00
70.000,00
-
600.000,00
-
Revisar o Plano
3.1.2
POSSÍVEIS FONTES DE RECURSOS
Elaborar o Plano Diretor de Drenagem Urbana
LONGO
Revisão do Plano
3.1.1
PROJETOS E AÇÕES
PRAZOS/INVESTIMENTOS (R$)
MÉDIO
CURTO
IMEDIATO
Revisão do Plano
LONGO PRAZO - 16 A 20 ANOS
DESCRIÇÃO
-
Elaboração do Plano Diretor de
Drenagem Urbana
METAS
MÉDIO PRAZO - 10 A 15 ANOS
CÓDIGO
CURTO PRAZO - 4 A 9 ANOS
IMEDIATA - ATÉ 3 ANOS
1. Plano Diretor de Drenagem Urbana elaborado
3.1
MÉTODO DE
MONITORAMENTO
(INDICADOR)
Elaboração do Plano Diretor de Drenagem Urbana
3
O Plano Diretor de Drenagem Urbana tem por objetivo criar mecanismos de gestão da infraestrutura urbana, relacionados com o escoamento das águas
pluviais, dos rios e córregos em áreas urbanas. O Plano tem como principais produtos a regulamentação dos novos empreendimentos e planos de
controle estrutural e não estrutural para os impactos existentes nas bacias urbanas da cidade.
OBJETIVO
PROGRAMA
MUNICÍPIO DE SAQUAREMA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS
Macrodrenagem
FUNDAMENTAÇÃO
308
3.2.2
3.2.1
Manutenção dos canais e galerias de
macrodrenagem
15.000.000,00
15.000.000,00
PROJETOS E AÇÕES
PRAZOS/INVESTIMENTOS (R$)
MÉDIO
CURTO
IMEDIATO
Manutenção dos canais e galerias
METAS
MÉDIO PRAZO - 10 A 15 ANOS
Executar obras de recuperação dos canais e galerias
7.500.000,00
de macrodrenagem
DESCRIÇÃO
Manutenção dos canais e
galerias
Execução de obras de
recuperação dos canais e
galerias de macrodrenagem
CÓDIGO
CURTO PRAZO - 4 A 9 ANOS
IMEDIATA - ATÉ 3 ANOS
12.500.000,00
LONGO
Prefeitura Municipal
Ministério das Cidades
POSSÍVEIS FONTES DE RECURSOS
Manutenção dos canais e galerias
LONGO PRAZO - 16 A 20 ANOS
1. Quilômetros de canais e galerias com obras de recuperação;
2. Quilômetros de canais e galerias com obras de manutenção.
Obras de recuperação e manutenção dos canais e galerias de macrodrenagem
3.2
MÉTODO DE
MONITORAMENTO
(INDICADOR)
Macrodrenagem
3
Os canais e galerias de macrodrenagem existentes no município necessitam de manutenção constante, para evitar o acúmulo de sedimentos e de
materiais que possam dificultar o escoamento das águas pluviais. Quanto não há essa manutenção periódica, é necessária a realização de obras de
recuperação desses canais e galerias, com apoio de equipamentos e maquinários para desobstrução dos mesmos. Foi estimado um valor anual de R$
2.500.000,00 para realização das obras de recuperação e manutenção dos canais e galerias de macrodrenagem em Saquarema. Este valor deverá ser
confirmado após a elaboração do Plano Diretor de Drenagem.
OBJETIVO
PROGRAMA
MUNICÍPIO DE SAQUAREMA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS
FUNDAMENTAÇÃO
309
4
CURTO PRAZO - 4 A 9 ANOS
DESCRIÇÃO
Atualizar o cadastro de áreas de risco
CÓDIGO
4.1.1
Atualização do cadastro de áreas Atualização do cadastro de áreas
de risco
de risco
IMEDIATA - ATÉ 3 ANOS
60.000,00
60.000,00
60.000,00
PROJETOS E AÇÕES
PRAZOS/INVESTIMENTOS (R$)
IMEDIATO
CURTO
MÉDIO
Atualização do cadastro de áreas de risco
METAS
MÉDIO PRAZO - 10 A 15 ANOS
60.000,00
LONGO
Prefei tura Muni ci pa l
POSSÍVEIS FONTES DE RECURSOS
Atualização do cadastro de áreas de risco
LONGO PRAZO - 16 A 20 ANOS
1. Acompanhamento da atualização do cadastro
Atualização do cadastro de áreas de risco de alagamento
MÉTODO DE
MONITORAMENTO
(INDICADOR)
4.1
Durante a elaboração deste Plano Municipal de Saneamento Básico, foram levantadas as principais áreas com risco de alagamento e deslizamento de
Saquarema, juntamente com os técnicos da Prefeitura Municipal. O banco de dados gerado deverá ser atualizado pela Defesa Civil Municipal, sempre
que houver uma ocorrência de eventos adversos no município.
OBJETIVO
PROGRAMA
MUNICÍPIO DE SAQUAREMA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS
Defesa Civil
FUNDAMENTAÇÃO
310
DESCRIÇÃO
Cadastrar e capacitar 110 voluntários, moradores das
áreas de risco
CÓDIGO
4.2.1
20.000,00
30.000,00
30.000,00
30.000,00
Prefei tura Muni ci pa l
POSSÍVEIS FONTES DE RECURSOS
Capacitação de 30 voluntários
Capacitação de 30 voluntários
Capacitação de 30 voluntários
Capacitação de 20 voluntários
PROJETOS E AÇÕES
PRAZOS/INVESTIMENTOS (R$)
MÉDIO
CURTO
IMEDIATO
LONGO PRAZO - 16 A 20 ANOS
METAS
MÉDIO PRAZO - 10 A 15 ANOS
CURTO PRAZO - 4 A 9 ANOS
IMEDIATA - ATÉ 3 ANOS
LONGO
1. Número de voluntários capacitados
Capacitação de voluntários para a Defesa Civil
MÉTODO DE
MONITORAMENTO
(INDICADOR)
4.2
4
A Coordenadoria de Defesa Civil necessita do apoio de voluntários moradores de áreas de risco para alertar a população sobre a ocorrência de eventos
adversos. Com a capacitação, esses voluntários estarão preparados para auxiliar a população sobre quais ações deverão ser tomadas para minimizar os
impactos desses eventos.
OBJETIVO
PROGRAMA
MUNICÍPIO DE SAQUAREMA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS
Defesa Civil
FUNDAMENTAÇÃO
311
4
Prefei tura Muni ci pa l
Prefei tura Muni ci pa l
15.000,00
15.000,00
15.000,00
60.000,00
-
DESCRIÇÃO
Elaborar o PLANCON
Atualização do Plano
CÓDIGO
4.3.1
4.3.2
POSSÍVEIS FONTES DE RECURSOS
Atualização do Plano
Atualização do Plano
Atualização do Plano
Elaborar o PLANCON
PROJETOS E AÇÕES
PRAZOS/INVESTIMENTOS (R$)
MÉDIO
CURTO
IMEDIATO
LONGO PRAZO - 16 A 20 ANOS
METAS
MÉDIO PRAZO - 10 A 15 ANOS
CURTO PRAZO - 4 A 9 ANOS
IMEDIATA - ATÉ 3 ANOS
LONGO
1. Plano elaborado
Elaboração do PLANCON
MÉTODO DE
MONITORAMENTO
(INDICADOR)
4.3
A Coordenadoria de Defesa Civil necessita elaborar o PLANCON - Plano de Contingência de Proteção e Defesa Civil, tendo em vista estabelecere definir
os elementos necessários para previnir e atender a população atingida por eventos adversos causados por inundações e/ou deslizamentos.
OBJETIVO
PROGRAMA
MUNICÍPIO DE SAQUAREMA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS
Defesa Civil
FUNDAMENTAÇÃO
312
OBJETIVO
PROGRAMA
Instalação do sistema de controle e alerta de cheias
4
4.4
DESCRIÇÃO
Instalar o sistema de controle e alerta de cheias
Apoio local à manutenção do sistema
4.4.1
4.4.2
-
Implantar sistema de alerta de
cheias
CÓDIGO
CURTO PRAZO - 4 A 9 ANOS
IMEDIATA - ATÉ 3 ANOS
-
-
50.000,00
-
50.000,00
-
PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES
PRAZOS/INVESTIMENTOS (R$)
IMEDIATO
CURTO
MÉDIO
-
METAS
MÉDIO PRAZO - 10 A 15 ANOS
1. Sistema em funcionamento
50.000,00
-
LONGO
Defes a Ci vi l Muni ci pa l
INEA
POSSÍVEIS FONTES
-
LONGO PRAZO - 16 A 20 ANOS
O INEA assinou em 2013, acordo de Cooperação com o Ministério Italiano do Meio Ambiente e da Tutela do Território e do Mar (IMELS), cujo objetivo é
melhorar a gestão de risco de inundações e desmoronamentos no Estado do Rio de Janeiro, por meio de intercâmbio técnico-científico e análise de
casos dos procedimentos mais eficientes em ambos os países. O Projeto Flash - Sistema de Previsão e Prevenção aos Riscos de Inundação e
Escorregamentos -, que tem o apoio do Fórum das Américas, é parte do programa de cooperação que busca melhorar a análise de riscos, as previsões, os
sistemas de alarme, planejamento e agilidade nas respostas aos desastres naturais. O projeto visa a melhorar o atual sistema estadual de
monitoramento do Inea, através do seu Centro de Controle Operacional (CCO), que integra várias informações relativas à qualidade do ar, das águas,
incêndios florestais, acidentes com cargas perigosas e desastres naturais, com o Alerta de Cheias. O projeto prevê ainda a adoção de uma estrutura de
previsão, alarme e resposta em caso de deslizamentos e inundações ligada a redes de televisão, WEB e redes sociais para avisar a população sobre
possíveis riscos e orientar as equipes de Defesa Civil. Para aumentar a eficiência do sistema antecipando informações e possibilitando a prevenção, o
Inea está adquirindo dois radares meteorológicos para acrescentar ao seu sistema no início de 2014, que permitirão a vigilância contínua e em tempo real
das precipitações em todo o território estadual e cuja previsão é de que esteja em operação em dezembro deste ano. Como principal beneficiário, o
município deverá dar apoio à implementação do sistema, e auxiliar no monitoramento local dos dados.
MUNICÍPIO DE SAQUAREMA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS
Defesa Civil
MÉTODO DE
MONITORAMENTO
(INDICADOR)
FUNDAMENTAÇÃO
313
DESCRIÇÃO
Encaminhar à Câmara Municipal minuta de Lei para
criação da UGPLAN
Criar e implantar a UGPLAN
5.1.1
5.1.2
Acompanhar e Fiscalizar
Criar a UGPLAN
CÓDIGO
CURTO PRAZO - 4 A 9 ANOS
IMEDIATA - ATÉ 3 ANOS
Prefeitura Municipal
*
*
*
*
*Valores a serem definidos quando da criação da SMSB e UGPLAN
Prefeitura Municipal
-
POSSÍVEIS FONTES DE RECURSOS
-
LONGO
Acompanhar e Fiscalizar
LONGO PRAZO - 16 A 20 ANOS
5.000,00
PROJETOS E AÇÕES
PRAZOS/INVESTIMENTOS (R$)
MÉDIO
CURTO
IMEDIATO
Acompanhar e Fiscalizar
METAS
MÉDIO PRAZO - 10 A 15 ANOS
1. Criar a UGPLAN
Criação da Secretaria Municipal de Saneamento Básico
5.1
MÉTODO DE
MONITORAMENTO
(INDICADOR)
Gestão do Sistema
5
A Politíca Nacional de Saneamento Básico, no PLANSAB, define a necessidade de elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico, a
cargo dos Municipios, titulares dos serviços de saneamento básico, podendo delegar a organização, a regulação, a fiscalização e a prestação
desses serviços, nos Termos do art. 211 da Constituição Federal e da Lei Nº 11.107/2005. No caso de Saquarema, os projetos de drenagem
urbana estão vinculadas à Secretaria Municipal de Obras, e a execução das obras à cargo da Secretaria Municipal de Serviços Públicos, porém
não há uma coordenadoria específica nas duas secretarias. A gestão dos quatro componentes do saneamento básico só será eficaz quando
estiverem concentrados num órgão da administração pública. Portanto, sugere-se a criação de uma Unidade de Gerenciamento do Plano
Municipal de Saneamento Básico e dos Planos Setoriais - UGPLAN vinculada à Secretaria de Meio Ambiente.
OBJETIVO
PROGRAMA
MUNICÍPIO DE SAQUAREMA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS
FUNDAMENTAÇÃO
314
10.000,00
20.000,00
Incentivo às medidas mitigadoras
DESCRIÇÃO
Elaboração de projeto de lei
exigindo obras de
microdrenagem para novas
ocupações urbanas e implantar
medidas mitigadoras
Elaborar projeto de lei
Incentivar a implantação de medidas de
mitigação/retenção de águas de chuva
CÓDIGO
5.2.1
5.2.2
40.000,00
60.000,00
PROJETOS E AÇÕES
PRAZOS/INVESTIMENTOS (R$)
MÉDIO
CURTO
IMEDIATO
Incentivo às medidas mitigadoras
CURTO PRAZO - 4 A 9 ANOS
IMEDIATA - ATÉ 3 ANOS
METAS
MÉDIO PRAZO - 10 A 15 ANOS
80.000,00
LONGO
Prefei tura Muni ci pa l
Prefei tura Muni ci pa l
POSSÍVEIS FONTES DE RECURSOS
Incentivo às medidas mitigadoras
LONGO PRAZO - 16 A 20 ANOS
1. Criar mencanismos legais em áreas de expansão;
2. Incentivar medidas de mitigação/retenção das águas da chuva
Criação de mecanismos legais para obras de drenagem em novas ocupações urbanas
MÉTODO DE
MONITORAMENTO
(INDICADOR)
5.2
5
O incentivo à criação de áreas de expansão no município deve conter mecanismos legais exigindo a execuação de obras de microdrenagem urbana, para
evitar futuros problemas relacionados à alagamentos, inundação e outros decorrentes da falta de redes de drenagem, incentivando a implantação de
dispositivos para infiltração das águas pluviais no solo, implantar telhados para armazenamento, implantar pisos drenantes, reservatórios para
acumulação das águas de chuva, entre outros
OBJETIVO
PROGRAMA
MUNICÍPIO DE SAQUAREMA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS
Gestão do Sistema
FUNDAMENTAÇÃO
315
Prefei tura Muni ci pa l
Prefei tura Muni ci pa l
25.000,00
25.000,00
25.000,00
48.000,00
-
DESCRIÇÃO
Criar o Sistema Municipal de Informações de
Saneamento Básico
Atualizar o SMISB
CÓDIGO
5.3.1
5.3.2
POSSÍVEIS FONTES DE RECURSOS
Atualizar os dados
Atualizar os dados
Atualizar os dados
Criar o SMISB
PROJETOS E AÇÕES
PRAZOS/INVESTIMENTOS (R$)
MÉDIO
CURTO
IMEDIATO
LONGO PRAZO - 16 A 20 ANOS
METAS
MÉDIO PRAZO - 10 A 15 ANOS
CURTO PRAZO - 4 A 9 ANOS
IMEDIATA - ATÉ 3 ANOS
LONGO
1. Criar o Sistema Municipal de Informações de Saneamento Básico, específico para a drenagem e o manejo das águas pluviais urbanas
Criação do Sistema Municipal de Informações de Saneamento Básico
MÉTODO DE
MONITORAMENTO
(INDICADOR)
5.3
5
Para um melhor controle sobre os indicadores do saneamento básico no município, deverá ser criado um sistema de informações de saneamento
municipal, contendo indicadores operacionais, econômico-financeiros, administrativos e de qualidade, para os sistemas de abastecimento de água,
esgotamento sanitário, drenagem e manejo de águas pluviais e limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos
OBJETIVO
PROGRAMA
MUNICÍPIO DE SAQUAREMA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS
Gestão do Sistema
FUNDAMENTAÇÃO
7.3.10 Cronograma Físico-Financeiro
A partir dos programas, projetos e ações propostos, foi possível
estabelecer um cronograma físico-financeiro para os investimentos na área de
drenagem e manejo de águas pluviais urbanas, divididas em imediato, curto,
médio e longo prazos.
A seguir estão apresentados detalhadamente os custos projetados por
programas:
Tabela 147 - Cronograma financeiro (Programa 1)
MUNICÍPIO DE SAQUAREMA- PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS
CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO
1. Hidrologia
PROGRAMA
OBJETIVO
1.1 Elaboração de estudo de
chuvas intensas para o
município, definindo
indicadores de referência
1.2 Elaboração de manual
para obras de drenagem
TOTAL DE INVESTIMENTOS
NECESSÁRIOS
PRAZOS
CÓD.
1.1.1
1.1.2
soma
total
1.2.1
soma
total
soma
total
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
IMEDIATO
120.000,00
120.000,00 R$
80.000,00
80.000,00 R$
CURTO
-
R$
R$
-
R$
-
R$
-
200.000,00 R$
Fonte: SERENCO, 2.013.
316
-
MÉDIO
40.000,00
40.000,00
R$
R$
40.000,00
R$
R$
LONGO
40.000,00
40.000,00
200.000,00
80.000,00
40.000,00
280.000,00
Tabela 148 - Cronograma financeiro (Programa 2)
MUNICÍPIO DE SAQUAREMA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS
CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO
PROGRAMA
OBJETIVO
2. Microdrenagem
2.1 Elaboração do cadastro
georreferenciado da rede de
microdrenagem do município
2.2 Incentivo ao
aproveitamento das águas de
chuva
2.3 Criação de dispositivos
legais para regulamentar a
pavimentação no município
2.4 Obras de reposição da
microdrenagem já existente
2.5 Obras de rede de
microdrenagem para áreas
de expansão urbanas
TOTAL DE INVESTIMENTOS
NECESSÁRIOS
CÓD.
2.1.1
2.1.2
2.1.3
soma
total
2.2.1
2.2.2
soma
total
2.3.1
soma
total
2.4.1
2.4.2
soma
total
2.5.1
2.5.2
soma
total
soma
total
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
25.000,00 R$
100.000,00 R$
100.000,00 R$
200.000,00 R$
200.000,00 R$
-
-
25.000,00
-
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
PRAZOS
CURTO
30.000,00 R$
30.000,00 R$
IMEDIATO
600.000,00
70.000,00
10.000,00
680.000,00
40.000,00
40.000,00 R$
200.000,00
R$
200.000,00 R$
-
R$
R$
R$
R$
R$
34.500.000,00 R$
34.500.000,00 R$
-
-
-
R$
R$
R$
34.500.000,00 R$
34.500.000,00 R$
-
R$
945.000,00 R$
MÉDIO
30.000,00
30.000,00
-
R$
34.630.000,00 R$
-
R$
34.730.000,00 R$
LONGO
30.000,00
30.000,00
770.000,00
200.000,00
200.000,00
525.000,00
40.000,00
28.750.000,00
28.750.000,00
97.950.000,00
28.980.000,00
99.285.000,00
Fonte: SERENCO, 2.013.
Tabela 149 - Cronograma financeiro (Programa 3)
MUNICÍPIO DE SAQUAREMA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS
CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO
3. Macrodrenagem
PROGRAMA
OBJETIVO
PRAZOS
CÓD.
3.1.1
3.1 Elaboração do Plano
3.1.2
Diretor de Drenagem Urbana soma
total
3.2.1
3.2 Manutenção dos canais e 3.2.2
galerias de macrodrenagem soma
total
TOTAL DE INVESTIMENTOS soma
NECESSÁRIOS
total
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
IMEDIATO
600.000,00
600.000,00 R$
CURTO
-
R$
R$
MÉDIO
70.000,00
70.000,00
R$
R$
7.500.000,00
R$
7.500.000,00 R$
15.000.000,00 R$
15.000.000,00 R$
15.000.000,00 R$
15.000.000,00 R$
8.100.000,00 R$
15.000.000,00 R$
15.070.000,00 R$
Fonte: SERENCO, 2.013.
317
LONGO
70.000,00
70.000,00
740.000,00
12.500.000,00
12.500.000,00
50.000.000,00
12.570.000,00
50.740.000,00
Tabela 150 - Cronograma financeiro (Programa 4)
MUNICÍPIO DE SAQUAREMA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS
CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO
4. Defesa Civil
PROGRAMA
OBJETIVO
CÓD.
4.1 Atualização do cadastro
de áreas de risco de
alagamento
4.2 Elaboração de um Plano
de Conscientização
Ambiental
4.1.1
soma
total
4.2.1
soma
total
4.3.1
4.3.2
4.3 Elaboração do PLANCON
soma
total
4.4.1
4.4 Instalação do sistema de 4.4.2
controle e alerta de cheias soma
total
TOTAL DE INVESTIMENTOS soma
NECESSÁRIOS
total
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
IMEDIATO
60.000,00
60.000,00
R$
R$
PRAZOS
CURTO
60.000,00 R$
60.000,00 R$
20.000,00
20.000,00
R$
R$
30.000,00
30.000,00
R$
R$
15.000,00
15.000,00
R$
R$
50.000,00
50.000,00
R$
R$
60.000,00
-
R$
R$
60.000,00
-
R$
R$
R$
R$
R$
R$
-
140.000,00 R$
R$
R$
30.000,00
30.000,00
R$
R$
15.000,00
15.000,00
R$
R$
50.000,00
50.000,00
R$
R$
-
R$
R$
MÉDIO
60.000,00
60.000,00
-
155.000,00 R$
155.000,00 R$
LONGO
60.000,00
60.000,00
240.000,00
30.000,00
30.000,00
110.000,00
15.000,00
15.000,00
105.000,00
50.000,00
50.000,00
150.000,00
155.000,00
605.000,00
Fonte: SERENCO, 2.013.
Tabela 151 - Cronograma financeiro (Programa 5)
MUNICÍPIO DE SAQUAREMA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS
CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO
5. Gestão do Sistema
PROGRAMA
OBJETIVO
5.1.1
5.1.2
soma
total
5.2 Criação de mecanismos 5.2.1
legais para obras de
5.2.2
drenagem em novas
soma
ocupações urbanas
total
5.3.1
5.3 Criação do Sistema
5.3.2
Municipal de Informações de
soma
Saneamento Básico
total
TOTAL DE INVESTIMENTOS soma
NECESSÁRIOS
total
5.1 Criação da Secretaria
Municipal de Saneamento
Básico
PRAZOS
CÓD.
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
IMEDIATO
5.000,00
5.000,00 R$
CURTO
-
10.000,00
20.000,00
30.000,00
-
-
R$
R$
R$
R$
R$
48.000,00
R$
R$
25.000,00
25.000,00
83.000,00
R$
65.000,00
48.000,00
318
-
R$
5.000,00
-
60.000,00
60.000,00
R$
R$
R$
R$
25.000,00
25.000,00
R$
R$
R$
85.000,00 R$
-
Fonte: SERENCO, 2.013.
LONGO
-
40.000,00
40.000,00
R$
R$
R$
R$
MÉDIO
-
-
80.000,00
80.000,00
210.000,00
25.000,00
25.000,00
123.000,00
105.000,00
338.000,00
Tabela 152 - Resumo do cronograma
QUADRO-RESUMO DO CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO
PRAZOS
PROGRAMA
1. Hidrologia
2. Microdrenagem
3. Macrodrenagem
4. Defesa Civil
5. Gestão do Sistema
Soma
TOTAL
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
IMEDIATO
200.000,00
945.000,00
8.100.000,00
140.000,00
83.000,00
9.468.000,00
CURTO
R$
R$
R$
R$
R$
R$
34.630.000,00
15.000.000,00
155.000,00
65.000,00
49.850.000,00
R$
R$
R$
R$
R$
R$
MÉDIO
40.000,00
34.730.000,00
15.070.000,00
155.000,00
85.000,00
50.080.000,00
R$
R$
R$
R$
R$
R$
LONGO
40.000,00
28.980.000,00
12.570.000,00
155.000,00
105.000,00
41.850.000,00
151.248.000,00
Fonte: SERENCO, 2.013.
Nota-se, pela tabela anterior, que os investimentos para a drenagem e
manejo de águas pluviais urbanas estão diluídos entre os 20 anos do Plano,
considerando imediato, curto, médio e longo prazos.
Na tabela a seguir, pode-se observar que os investimentos estão
concentrados principalmente nos programas de micro e macrodrenagem, pois
envolvem custos de execução de grandes obras de interferência urbana. O
valor médio anual foi feito pela divisão do custo total pelos 20 anos.
Tabela 153 - Investimentos por programa
PROGRAMA
1. Hidrologia
2. Microdrenagem
3. Macrodrenagem
4. Defesa Civil
5. Gestão do Sistema
TOTAL
INVESTIMENTOS POR PROGRAMA
TOTAL DE INVESTIMENTOS
R$
R$
R$
R$
R$
R$
280.000,00
99.285.000,00
50.740.000,00
605.000,00
338.000,00
151.248.000,00
VALOR MÉDIO ANUAL
R$
R$
R$
R$
R$
R$
14.000,00
4.964.250,00
2.537.000,00
30.250,00
16.900,00
7.562.400,00
Fonte: SERENCO, 2013
Foi possível também, estimar valores de investimentos por fontes de
recursos, sendo elas Prefeitura Municipal, INEA, Consórcio Intermunicipal
Lagos São João e Ministério das Cidades.
As tabelas a seguir demonstram, por programas, quais as possíveis
fontes de recursos:
319
Tabela 154 - Fontes de recurso (Hidrologia)
DESPESAS ESTIMADAS POR FONTE DE RECURSOS
Programa 1. Hidrologia
Valor total (20 anos)
Valor médio anual
Prefeitura Municipal
INEA
CILSJ
R$
280.000,00
R$
14.000,00
Ministério das Cidades
TOTAL
R$
280.000,00 R$
14.000,00
Fonte: SERENCO, 2.013.
Tabela 155 - Fontes de recurso (Microdrenagem)
DESPESAS ESTIMADAS POR FONTE DE RECURSOS
Programa 2. Microdrenagem
Valor total (20 anos)
Valor médio anual
Prefeitura Municipal
R$
1.535.000,00
R$
76.750,00
INEA
CILSJ
Ministério das Cidades
R$
97.750.000,00
R$
4.887.500,00
TOTAL
R$
99.285.000,00
R$
4.964.250,00
Fonte: SERENCO, 2.013.
Tabela 156 - Fontes de recurso (Macrodrenagem)
DESPESAS ESTIMADAS POR FONTE DE RECURSOS
Programa 3. Macrodrenagem
Valor total (20 anos)
Valor médio anual
Prefeitura Municipal
R$
42.640.000,00
R$
2.132.000,00
INEA
R$
600.000,00
R$
30.000,00
CILSJ
Ministério das Cidades
R$
7.500.000,00
R$
375.000,00
TOTAL
R$
50.740.000,00
R$
2.537.000,00
Fonte: SERENCO, 2.013.
Tabela 157 - Fontes de recurso (Defesa Civil)
DESPESAS ESTIMADAS POR FONTE DE RECURSOS
Programa 4. Defesa Civil
Valor total (20 anos)
Valor médio anual
Prefeitura Municipal
R$
605.000,00
R$
30.250,00
INEA
CILSJ
Ministério das Cidades
TOTAL
R$
605.000,00
R$
30.250,00
Fonte: SERENCO, 2.013.
320
Tabela 158 - Fontes de recurso (Gestão do Sistema)
DESPESAS ESTIMADAS POR FONTE DE RECURSOS
Programa 5. Gestão do Sistema
Valor total (20 anos)
Valor médio anual
Prefeitura Municipal
R$
338.000,00 R$
16.900,00
INEA
CILSJ
Ministério das Cidades
TOTAL
R$
338.000,00 R$
16.900,00
Fonte: SERENCO, 2.013.
Portanto, pode-se concluir que os investimentos necessários para os
próximos 20 anos na área de drenagem e manejo de águas pluviais urbanas no
município de Saquarema, estarão concentrados no orçamento da Prefeitura
Municipal, e recursos provenientes de programas do Ministério das Cidades,
tabela a seguir.
Tabela 159 - Fontes de recursos (valor total)
DESPESAS ESTIMADAS POR FONTE DE RECURSOS
Despesa total
Valor total (20 anos)
Valor médio anual
Prefeitura Municipal
R$
45.118.000,00
R$
2.255.900,00
INEA
R$
600.000,00
R$
30.000,00
CILSJ
R$
280.000,00
R$
14.000,00
Ministério das Cidades
R$
105.250.000,00
R$
5.262.500,00
TOTAL
R$
151.248.000,00
R$
7.562.400,00
Fonte: SERENCO, 2013
Os valores considerados foram detalhados no memorial de Cálculo do
Produto 7.
7.3.11 Análise Econômico-Financeira
De extrema importância para o sucesso das metas, programas, projetos
e ações propostas pelo PMSB, complementam as proposições anteriormente
descritos, a análise econômico-financeira do setor drenagem e manejo de
águas pluviais. A análise executada, busca elencar os elementos necessários
para o conhecimento da sustentabilidade do sistema já implantado e a ser
implementado ao longo dos próximos 20 anos.
321
7.3.11.1
Situação Atual
De acordo com o diagnóstico do setor, apresentado detalhadamente no
Produto 4, foi possível observar que o Município possui recursos orçamentários
específicos para a Drenagem e o Manejo de Águas Pluviais Urbanas de acordo
com a Lei Municipal Nº2.417/2012. Os recursos utilizados para reparos nas
redes, galerias e canais, são oriundos do orçamento da Secretaria Municipal de
Obras, os quais encontram-se diluídos em diferentes rubricas orçamentárias.
Para a execução de novas obras, os recursos para drenagem, na maior parte
das vezes, vêm agregados aos recursos de pavimentação. Obras de drenagem
de maior envergadura, normalmente são financiadas com recursos externos
específicos. A microdrenagem em loteamentos novos (áreas de expansão)
deve ser executada pelo empreendedor.
A Lei municipal nº 1.217, de 12 de janeiro de 2.012 estabeleceu as
diretrizes orçamentárias para o exercício financeiro do ano de 2.013. Em seu
anexo 01, encontra-se o demonstrativo de receitas e despesas estimadas, que
somam ambas R$ 224.197.243,89 em valores correntes para o ano de 2.013.
Deste montante, são previstos R$ 70.935.300,00 de investimentos, o
que representa 31,64% do total de despesas estimadas. Para a área de
saneamento, pode-se considerar uma parcela dos investimentos previstos para
as Secretarias de:

Obras e Serviços Públicos – R$ 45.906.000,00

Subsecretaria de Serviços Públicos – R$ 3.940.000,00

Agricultura, Abastecimento e Pesca – R$ 900.000,00

Meio Ambiente – R$ 35.000,00

Fundo Municipal de Meio Ambiente – R$ 40.000,00
Somando
estes
investimentos,
chega-se
a
um
valor
de
R$
50.821.000,00.
A respeito dos projetos em execução e despesas com conservação do
patrimônio público no exercício de 2.013, a referida lei apresenta:

Implantação de projetos de saneamento – R$ 400.000,00

Implantação de projetos ambientais – R$ 100.000,00
322
7.3.11.2
Proposições
O Art. 29 do Capitulo VI – DOS ASPECTOS ECONÔMICOS E SOCIAIS,
da Lei Nº 11.445/2007 determina:
“Os
serviços
públicos
de
saneamento
básico
terão
a
sustentabilidade econômico-financeira assegurada, sempre que
possível mediante remuneração pela cobrança dos serviços:”
“III – de manejo de águas pluviais urbanas: na forma de tributos,
inclusive taxas, em conformidade com o regime de prestação do
serviços ou de suas atividades”.
“Art. 36. A cobrança pela prestação do serviços público de drenagem
e manejo de águas pluviais urbanas deve levar em conta, em cada
lote urbano, os percentuais de impermeabilização e a existência de
dispositivos de amortecimento ou de retenção de água da chuva,
bem como poderá considerar:
I – o nível de renda da população da área elencada;
II – as características dos lotes urbanos e as áreas que podem ser
neles edificadas.”
Sugere-se como principal proposição, a implantação da taxa de
drenagem conforme anteriormente estabelecido na Lei da Política Nacional de
Saneamento Básico e seu Decreto Regulamentador N.º 7.217/2010.
Algumas cidades já adotam a cobrança da taxa de drenagem, como São
Bernardo do Campo/SP, Colatina/ES, Gaspar/SC, entre outras.
O princípio de cobrança da taxa de drenagem se apoia na fórmula:
Q = c. i . A, onde Q, é a vazão em m3/s, i, é a intensidade da
precipitação
pluviométrica
(mm/seg);
c,
o
coeficiente
de
2
impermeabilização da área; A, a área da bacia contribuinte (m ou
ha), para bacias até 5km2. Áreas maiores deverão ser calculadas
pelo método UHT.
Calcula-se em função da intensidade de precipitação pluviométrica
média, para a Região, o volume de chuva precipitada durante um ano sobre a
área limitada pelo perímetro urbano. Deduz-se normalmente 50% da área
323
considerada como precipitada sobre áreas públicas, sistema viário, praças,
parques, entre outras e o restante da vazão sobre os 50% da área urbanizada,
determinando-se a vazão por m2 ou hectare.
Estima-se o valor dos investimentos anuais em drenagem e manejo das
águas pluviais urbanas:
 Ampliação da microdrenagem;
 Reposição da micro e macrodrenagem a cargo da Prefeitura Municipal;
 Execução da macrodrenagem, e,
 Operação e manutenção do sistema.
O custo anual determinado dividido por 50% da vazão precipitada
determina a taxa unitária de drenagem: R$ / m2 (ha) por ano. Dividindo-se por
12 meses, obtém-se a taxa de drenagem mensal.
Multiplicando-se a área do lote pela taxa mensal de drenagem, obtém-se
a taxa bruta de drenagem. Esta taxa será reduzida, em função do coeficiente
de impermeabilização (c). Quanto maior for o valor de (c) próximo a 1,0 (100%
de impermeabilização do lote) maior será o valor da taxa de drenagem a ser
paga pelo proprietário do imóvel. Quanto menor for o valor de (c)próximo a 0,0
(0% de impermeabilização do lote) menor será o valor da taxa de drenagem a
ser paga pelo proprietário do imóvel. O valor da taxa de drenagem poderá ser
agregado à conta de abastecimento de água, esgotamento sanitário, coleta de
resíduos sólidos, ou ainda à conta de consumo de energia elétrica.
Até que a situação efetivamente se estabilize, a Prefeitura Municipal
poderá manter a situação mediante a melhoria da qualidade dos serviços
prestados, capitalizando-se politicamente pelo não aumento da carga tributária
da população urbana.
7.4
Seminário Local para Consolidação das Proposições
Foi realizado na data de 18 de Julho de 2.013 no auditório da FAETEC
de Saquarema o 2.º Seminário Local do Plano Municipal de Saneamento
Básico, que teve como objetivo à Consolidação das Proposições dos Serviços
324
de Abastecimento de Água, Esgotamento Sanitário, Drenagem e Manejo das
Águas Pluviais Urbanas, Limpeza Urbana e Manejo dos Resíduos Sólidos.
Este teve duração de 2 horas, tendo seu início às 15h00min e término às
17h00min.
A realização do 2.º Seminário Local, além da apresentação das
proposições, teve como motivação, a participação da sociedade, com o
recebimento de contribuições para aprimoramento das Metas apresentadas.
Durante o evento estiveram presentes 134 pessoas da comunidade.
7.4.1 Contribuições
 Apresentação de propostas nos bairros de: Bicuíba, Vilatur e Bom
Sucesso, Rio Seco, Rio Mole e Alvorada, considerados bairros
mais retirados, alguns sendo urbanos e outros rurais.
 Adotar a nomeclatura dos bairros existentes para facilitar a
compreensão do planejamento proposto, não apenas citar os
distritos.
 Utilização de dados da Secretaria Municipal de Saúde para
priorizar o atendimento, pois nem sempre os bairros mais
populosos são aqueles onde está a população mais necessitada.
 Apresentar estudo de impacto ambiental de proteção do corpo
receptor com relação a destinação dos resíduos, levando em
consideração a universalização dos serviços, o que acabaria
afetando a Lagoa de Saquarema, principalmente a sua salinidade.
 Levar em consideração a possível instalação do Porto em Jaconé
e o crescimento do polo industrial.
 Problemas de aplicação de verbas na estação de tratamento de
Sampaio Correa, pois antigamente era de propriedade da
FUNASA.
 Já houveram reuniões com os munícipes e a Águas de Juturnaíba
para um maior atendimento em Sampaio Correa, mas a
concessionária alega impossibilidade de se realizar o solicitado,
os municípes desejam um aditivo no contrato para a solução do
325
problema, levando em consideração que o valor estimado é muito
alto.
 Solicitou-se para ser feito o plano de mobilidade urbana, o qual é
promessa de muitos anos.
 A existência de estudos do COMPERJ, onde uma das alternativas
apontada para o abastecimento de água dos municípios que o
compõe seria o Rio São João, o qual abastece a Represa de
Juturnaíba. Esta solução causou preocupação aos munícipes.
 Apoio ao programa do asfalto ecologicamente correto, reutilização
de resíduos da construção civil.
Figura 54 - Relatório Fotográfico (2.º Seminário Local)
Fonte: SERENCO, 2.013.
326
8
Análise Institucional
Apresenta-se a seguir, um primeiro ensaio sobre os modelos
institucionais existentes e os possíveis arranjos a serem implementados na
Região dos Lagos São João, Estado do Rio de Janeiro, tendo em vista a
Gestão dos Sistemas de Saneamento Básico, referenciados na Lei n.º
11.445/2.007, a qual institui a Política Nacional de Saneamento Básico no País,
e regulamentada pelo Decreto n.º 7.217/2.010.
A referida Lei e seu Decreto Regulamentador detalham o interrelacionamento entre o Poder Concedente, no caso os Municípios da Região
dos Lagos São João, os Prestadores de Serviços e o Ente Regulador. As
combinações e acordos possíveis entre as três partes envolvidas formatará os
arranjos institucionais a serem apresentados e debatidos em consultas públicas
e implementadas, caso aprovadas, em audiências públicas quando da
conclusão dos Planos Municipais de Saneamento Básico dos Municípios de
Armação dos Búzios, Araruama, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Iguaba Grande,
São Pedro da Aldeia, Saquarema e Silva Jardim.
8.1
Situação Atual
No início deste documento, foram elencadas e descritas as instituições
envolvidas pelo arranjo institucional vigente na Região dos Lagos – São João.
Detalham-se a seguir, o Modelo Atual e a Modelagem Proposta, em forma de
Estudo Inicial, uma vez que a Proposta Final será obtida após os debates que
irão acontecer durante a Consulta Pública e finalmente após a Audiência
Pública.
Os serviços de Saneamento Básico prestados no Município referem-se
a:
 Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário: são operados em
regime de concessão pela CAJ, destacando-se que os esgotos
sanitários, em sua grande maioria são coletados pelo sistema de
drenagem urbana da Prefeitura Municipal de Saquarema, pelo chamado
327
“tomada em tempo seco”. Os serviços prestados são fiscalizados pelo
Consórcio Intermunicipal para Gestão Ambiental das Bacias da Região
dos Lagos, do Rio São João e Zonas Costeiras (Consórcio
Intermunicipal Lagos – São João/CILSJ) e regulados pela Agencia
Estadual Reguladora de Energia e Saneamento – AGENERSA. O
Governo do Estado do Rio de Janeiro é solidário ao Município de
Saquarema, como Poder Concedente.
 Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos: são administradas pela
Secretaria Municipal de Transporte e Serviços Públicos de Saquarema,
a qual terceiriza os serviços de coleta, transporte e disposição final dos
resíduos domésticos/comerciais/de serviços de saúde/limpeza pública.
Não sofre fiscalização do Consórcio e a Regulação por parte da
AGENERSA, encontra-se em fase de estruturação.
 Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas: são administradas pela
Secretaria Municipal de Obras e Urbanismo, e Secretaria Municipal de
Transporte e Serviços Públicos de Saquarema. A Defesa Civil opera em
parceria direta com a Secretaria Municipal de Obras.
328
Figura 55 - Modelo Institucional do Saneamento Básico de Saquarema
Fonte: SERENCO, 2.013.
8.2
Modelos Institucionais para Prestação dos Serviços de Saneamento
Básico
A história do saneamento básico em nosso país registra diferentes
momentos relacionados aos modelos institucionais utilizados na prestação dos
serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza pública e
manejo de resíduos sólidos urbanos, e drenagem e manejo das águas pluviais
urbanas. Historicamente, de forma resumida, os modelos institucionais
utilizados partem dos antigos Departamentos/Serviços de Água e Esgotos e
329
dos Departamentos /Serviços/ Superintendências de Limpeza Urbana e/ou de
Lixo.
O Ministério da Saúde, através da Fundação Serviços de Saúde Pública,
inicialmente Serviços de Saúde Pública, (1.942), do Ministério da Saúde, hoje
FUNASA, investiu nos Serviços Autônomos de Água e Esgoto (SAAE’s) e
também nos Serviços Autônomos Municipais de Água e Esgotos (SAMAE’s)
implantando os modelos na década de 1950, difundindo-os pelo país a fora,
atualmente em mais de mil cidades. DAE’s/SAAE’s e SAMAE’s, constituíram-se
nos modelos institucionais municipais escolhidos por vários Munícipios,
buscando a implantação/ampliação dos sistemas de abastecimento de água,
cujos índices de atendimento em termos de quantidade e qualidade eram muito
baixos.
A partir daí, segundo NIEBUHR, 2.009, o arcabouço legal brasileiro
disponibiliza à Administração Municipal, enquanto titular dos serviços públicos
de saneamento básico, uma série de modelos para sua gestão. A prestação de
serviços passa a ser gerenciada pelo setor público, pelo setor privado, ou por
ambos. Essa prestação é eminentemente pública quando: (a) o próprio titular
da atividade, o município, executa os serviços através da administração direta,
ou de autarquia, ou empresa municipal, através de empresas públicas
estaduais, as Companhias de Saneamento, por intermédio de contratos e/ou
convênios, e ainda através de empresas regionais, cujo modelo reúne um
conjunto de municípios interligados pela figura dos consórcios.
A terceirização dos serviços com empresas privadas, principalmente na
gestão dos resíduos sólidos urbanos acontece, e ainda, se materializa e se
diversifica através de Concessões Privadas Plenas ou de Parcerias PúblicoPrivadas. Paralelamente a esse panorama de modelos institucionais, cresce
nos dias atuais, a prestação indireta dos serviços de saneamento básico, por
empresas privadas, tendo em vista que elas realizam o aporte de capital
necessário para a expansão das atividades. As leis n.º 8.987/92, 9.074/95 e
11.445/07 viabilizam juridicamente a prestação exclusiva por empresas
privadas
através
de
concessão/subconcessão
330
autorizadas
pelo
poder
concedente - o município. A concessão outorga ao particular, o exercício da
prestação dos serviços de saneamento básico, retendo, para si, o município, a
titularidade dos mesmos. O concessionário encarrega-se, com recursos
próprios ou captados em seu nome, em ampliar e melhorar a prestação dos
serviços contratados.
O contrato prevê metas e padrões de desempenho, obrigando-se a
concessionária/subconcessionária a manter os serviços públicos delegados de
forma adequada aos termos do contrato, atendendo as metas quantitativas
(número de usuários atendidos-universalização dos serviços), bem como as
qualitativas (padrões e normas vigentes, aferidos por indicadores setoriais do
saneamento básico).
A combinação de fatores melhor técnica e menor taxa/tarifa define a
autorga dos serviços licitados pela Administração Municipal. A Associação
Brasileira de Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto
– ABCON, contabiliza mais de 200 contratos de concessão no território
nacional. Ainda segundo NIEBUHR, 2009, no período 2.000/2.005 os
investimentos médios, por habitante, registraram:

Concessionárias/subconcessionárias----------------------------R$ 39,08

Empresas públicas estaduais--------------------------------------R$ 21,55

Empresas públicas municipais ------------------------------------R$ 10,21
O outro modelo de gestão referenciado anteriormente é o sistema misto,
ou público-privado disciplinado pela Lei N°11.079/2004, ou seja, as parcerias
público-privadas, onde o Estado/Município participa, integral ou parcialmente,
da remuneração da concessionária/ subconcessionária. Ainda, em concessões
patrocinadas,
a
administração
pública
paga
ao
concessionário/
subconcessionário a contraprestação pecuniária ao lado das tarifas/taxas
cobradas dos usuários dos serviços públicos, de modo a complementar a
remuneração do particular.
Já nas concessões/subconcessões administrativas, a Administração
Pública remunera integralmente a parceria privada. Este modelo se aplica para
atividades que não comportam cobrança direta de taxas/tarifas dos usuários,
331
seja pela impossibilidade de se identificar uma relação contratual entre o
tomador e o prestador do serviço, ou pelos interesses sociais envolvidos na
questão.
A participação privada nos serviços de água e esgoto teve início em
1.995 com o primeiro contrato de concessão assinado no município de Limeira,
interior de São Paulo. Desde então tem crescido gradativamente. Em 2.004
com a promulgação da Lei 11.079/04 que regulamentou as Parcerias PúblicoPrivadas e mais recentemente em 2.007, com a promulgação da Lei
11.445/2.007 que estabeleceu as diretrizes nacionais para o saneamento
básico, regulamentada pelo Decreto 7.217 de 21.06.2010, a participação
privada foi fortalecida, baseada em regras claras e segurança jurídica para os
investidores.
Em 2.010 eram 214 contratos, entre eles concessões plenas, parciais,
BOT´s(1) e PPP´s(2) em 229 municípios, 13 estados brasileiros, atingindo
direta ou indiretamente o atendimento de 16,30 milhões de habitantes,
correspondendo
a
11,3%
da
população
urbana.
Estavam
previstos
investimentos de R$ 8,04 bilhões nesses contratos. A projeção para 2017, 10
anos após a promulgação da Lei é atender 30% do mercado nacional.
Enfim, a consolidação do saneamento básico impulsionada por toda a
legislação vigente possibilita a escolha de modelos de gestão distintos.
(1) Build, Operate and Transfer
(2) Parceria Público - Privada.
A opção menos onerosa para os municípios é a concessão comum
(privada e plena), dado que nela todos os investimentos são realizados pela
empresa privada, que presta o serviço por conta e risco, sem necessidade de
aporte público. Já na parceria público-privada, quer na modalidade concessão
patrocinada, quer na modalidade concessão administrativa, há, ao menos, a
possibilidade de os municípios remunerarem diretamente a empresa privada,
além da tarifa já cobrada dos munícipes. Para que a retomada do serviço
traduza ganho em eficiência é imperativo que os municípios cotejem as
alternativas disponíveis, considerando suas especificidades locais e regionais.
332
Resumidamente tem-se:
(i)
(ii)
(iia)
(iib)
(iic)
(iid)
(iii)
(iiia)
(iiib)
(iiic)
(iv)
(iva)
Modelos Institucionais para a prestação dos Serviços de Saneamento Básico
- Administração direta pela Municipalidade (Centralizada) por órgãos e servidores
públicos – Secretaria, Divisão, Serviço ou Departamento.
- Administração direta descentralizada (outorga) por pessoa com personalidade
jurídica distinta do Município:
- Autarquia Municipal
- Empresa de Economia Mista
- Empresa Pública
- Fundação
Administração indireta (delegação) através de licitação:
- Empresas Privadas – Terceirização por Autorização, Permissão ou Concessão.
- Por Concessão Privada Plena
- Por Parceria Público – Privada (PPP) em forma de Concessão Patrocinada ou
Administrativa.
- Gestão Associada através de Consórcio Público Intermunicipal ou Convênio de
Cooperação, mediante contrato de programa, e
- Companhia Estadual de Saneamento.
Fonte: SERENCO, 2.013.
Segundo VARGAS, 2.004, mais importante do que a existência de
posições favoráveis ao aumento da participação privada na prestações dos
serviços de saneamento, é a baixa capacidade de investimento na expansão
deste setor demonstrada pela União, favorecendo o crescimento das
concessões ao setor privado. É possível observar que o Governo Federal,
Estadual e Municipal apresentam baixa capacidade de investimento no setor
saneamento básico. Neste contexto, parece improvável que o setor público
possa garantir sozinho, os recursos necessários para universalizar o
atendimento da população urbana com serviços adequados de abastecimento
de água, esgotamento sanitário, limpeza pública e manejo de resíduos sólidos
e drenagem e manejo de águas pluviais urbanas, tendo em vista os déficits de
cobertura acumulados e as estimativas de investimentos para superá-los.
O que explica a fraca participação de concessionárias privadas, sejam
de capital nacional ou estrangeiro, na prestação de serviços neste setor, não é
tanto a resistência política organizada das corporações envolvidas e seus
aliados na sociedade civil, mas principalmente alguns obstáculos jurídico-legais
presentes no seu ordenamento institucional.
As considerações sobre a organização administrativa e institucional do
saneamento na atual conjuntura política e econômica indicam que o
333
envolvimento privado na prestação dos serviços de água e esgotos tende a
continuar crescendo em nosso país.
Começando pelas oportunidades, a possibilidade de atrair capital
privado para investir na melhoria e ampliação da infraestrutura, numa época de
recursos públicos escassos e comprometidos com o pagamento de dívidas, é
sem dúvida a principal vantagem potencial da concessão dos serviços para
companhias privadas nacionais ou estrangeiras. Para assegurar que este
objetivo seja cumprido satisfatoriamente, no entanto, é preciso contar com um
aparato
regulatório
consistente,
envolvendo
contratos
de
concessão
equilibrados, nos quais os direitos e obrigações do poder concedente e da
concessionária sejam plenamente assegurados, nos moldes do que prevê a Lei
de Concessões, além de entidades reguladoras dotadas de qualificação técnica
e de autonomia decisória e financeira para fiscalizar o seu cumprimento.
Além do investimento, outra vantagem de uma ampliação da
participação privada na prestação dos serviços de saneamento bastante citada
na literatura diz respeito ao aumento da eficiência global do setor que seria
incentivada pelo aumento da competição entre operadores públicos e privados.
Neste caso, uma participação de companhias privadas transnacionais no
contexto brasileiro, ainda que minoritária diante das enormes disparidades
sociais e regionais do país, é vista como vantajosa por incentivar a busca de
maior eficiência e competitividade por parte das CESBs, além de possibilitar
transferência de tecnologia avançada para o setor.
Assim, concluindo, segundo VARGAS, 2004, nada impede a priori que
operadores privados possam atuar de forma articulada com as prefeituras e
entidades comunitárias em intervenções urbanas integradas, visando atender
populações desfavoráveis em áreas de sub-habitação.
Resumidamente, apresentam-se as figuras a seguir, as quais detalham
as alternativas possíveis, ou seja, os cenários para o arranjo institucional
proposto para o Município de Saquarema, e consequentemente, para a Região
dos Lagos São João.
334
Figura 56 - Arranjos Institucionais
Fonte: SERENCO, 2.013.
335
Figura 57 - Diagrama Institucional Municipal
Fonte: SERENCO, 2.013.
336
Figura 58 - Diagrama Institucional Intermunicipal
Fonte: SERENCO, 2.013.
8.2.1 Estrutura Organizacional Proposta
A definição das diretrizes de ação, projetos e intervenções prioritárias no
horizonte de planejamento já consiste em grande avanço. Entretanto, tais
definições poderão se tornar inócuas, caso não venham acopladas a um
mecanismo institucional e operativo robusto e eficiente de operacionalização
das mesmas. Tal mecanismo tem que ser capaz de garantir o fortalecimento e
337
estruturação do arranjo institucional específico para viabilização dos Planos
Municipais, adequação normativa e regularização legal dos sistemas,
estruturação, desenvolvimento e aplicação de ferramentas operacionais e de
planejamento.
Dentro desta lógica, o PMSB está sendo concebido como um tripé
composto de elementos fundamentais: estruturais, normativo e gestão. Tal
configuração é mostrada na Figura a seguir.
Figura 59 - Esquema do tripé de elementos fundamentais do PMSB
Fonte: SERENCO, 2.013.
Para responder aos desafios e para alcançar o sucesso do PMSB, o
presente documento preliminar propõe, além do conjunto de programas
estruturais nas áreas de abastecimento de água, esgotamento sanitário,
manejo de resíduos sólidos urbanos e manejo de drenagem urbana, a
implantação de um programa estruturante na área de gestão. Nessa
perspectiva, o programa proposto procura sistematizar as articulações entre a
operação, ampliação e modernização da infraestrutura setorial e a gestão
integrada sob o ponto de vista político-institucional, técnico e financeiro do
Plano. Dentro da lógica atual do planejamento público em qualquer setor, tais
objetivos não deverão estar dissociados da busca, em nível macro, da
sustentabilidade ambiental e da melhoria de qualidade de vida da população.
338
Os desafios de implementar um Plano da magnitude do PMSB mediante
uma perspectiva integrada não são triviais e requerem uma base institucional e
legal consistente e inovadora, em termos de sua instrumentalização e da forma
como atua o poder público. Neste sentido, o setor de saneamento básico no
âmbito das Prefeituras Municipais da Região dos Lagos reúne algumas
vantagens relativas, em decorrência da existência do Consórcio Intermunicipal
Lagos São João (CILSJ), do Comitê da Bacia Hidrográfica da Região dos
Lagos São João com Quatro Subcomitês: Rio São João, Lagoa de Araruama,
Lagoa de Saquarema e Rio Una e recentemente o Consórcio Público
Intermunicipal de Manejo de Resíduos Sólidos da Região dos Lagos - com
arcabouços técnicos, administrativos, financeiros e jurídicos próprios. Apesar
da existência das estruturas citadas já representarem um grande avanço em
termos institucionais é necessário atentar para o fato de que apesar de bem
estruturadas, contam com grande demanda de serviços, sendo que o acúmulo
das
atribuições
atuais
somadas
àquelas
que
serão
decorrentes
da
implementação dos Planos, poderá, ao invés de trazer melhorias ao setor,
resultar na geração de ineficiências.
Assim sendo, um dos principais aspectos a serem incorporados no
Plano, no bojo do Programa de Gestão a ser proposto, é a reestruturação e
ampliação da capacidade funcional das Estruturas Regionais existentes, por
meio da estruturação de um arranjo institucional que contemple em cada
Município uma Unidade de Gestão do Plano – UGPLAN. A criação desta
Unidade, de forma centralizada (regional) e descentralizada (nos Municípios) e
adequada junto às atuais atribuições distribuídas em várias Secretarias
Municipais, permitirá às Prefeituras
criarem
condições estruturais de
governabilidade e de governança, ambas essas condições contemplando um
modelo institucional que se vislumbra com potencial elevado focando-se a
modelagem proposta no fortalecimento das Secretarias Municipais de Meio
Ambiente em cada Município.
A unidade UGPLAN/Regional, deverá ser criada em um dos atuais
Consórcios anteriormente citados, desde que adaptados e/ou ajustados para
339
absorverem a gestão do Saneamento Básico como um todo, ou ainda, através
de novo modelo a ser estudado, apresentado, debatido e aprovado em
Assembleia de seus membros constituintes.
Outra opção possível é a constituição e formalização da Microrregião
dos Lagos, instituída pela Lei Complementar n.º 87/1.997, complementada
pelas Leis Complementares n.º 89/1.998, 97/2.001 e 10/2.002. Isto é,
estabelecer
condições
institucionais
com
vistas
à
organização,
do
planejamento e à execução de funções públicas e aos serviços de interesse
comum que atendam a mais de um município, assim como os que, restrito ao
território de um deles, sejam de algum modo dependentes, concorrentes,
confluentes ou integrados de funções públicas, bem como os serviços supra
municipais, notadamente:
 Planejamento integrado do desenvolvimento econômico e social da
Microrregião dos Lagos, compreendendo a definição de sua política
de
desenvolvimento
e
fixação
das
respectivas
diretrizes
estratégicas e de programas, atividades, obras e projetos;
 Saneamento básico;
 Aproveitamento, proteção e utilização racional e integrada dos
recursos hídricos, e,
 Cartografia
e
informações
básicas
para
o
planejamento
microrregional, entre outros elementos, detalhados na referida Lei
Complementar.
A Figura 60 apresenta o modelo em questão.
340
Figura 60 - UGPLAN
Fonte: SERENCO, 2.013.
Pelo exposto, as principais diretrizes que regem a estruturação do
Programa de Gestão são:
 Ênfase no estabelecimento de mecanismos de gestão (aspectos
legais, institucionais, de planejamento e da base de informações),
apoiado em estudos e projetos consistentes sob o ponto de vista
técnico;
 Proposição de arranjo institucional, a fim de promover o
fortalecimento institucional das Estruturas Municipais e Regionais
Existentes;
 Organização,
monitoramento
e
avaliação
da
operação
e
manutenção dos sistemas existentes, de modo a evitar a perda de
patrimônio público e o desempenho inadequado das infraestruturas
já instaladas;
 Ampliação progressiva das infraestruturas, de modo a otimizar os
recursos disponíveis e evitar dispersões, conferindo prioridade às
obras para o atendimento de demandas mais urgentes e para a
viabilização dos benefícios esperados pelos Planos;
 Estruturação de um sistema de informações capaz de ordenar o
fluxo, acesso e disponibilização das informações inerentes aos
341
setores e aos Planos, que se configure não apenas como banco de
dados, mas como sistema de apoio à decisão, e,
 Atenção com os encargos relativos ao gerenciamento da
implementação do Programa de Gestão, para o qual dever-se-á
contar com o apoio de consultores especializados e estruturar um
conjunto de indicadores de acompanhamento da execução que
explicitem avanços nas obras físicas, nas metas de qualidade dos
serviços e ambiental e nos objetivos de natureza institucional, além
de contemplar aspectos relevantes de comunicação social e de
educação sanitária e ambiental, nesta e em fases de extensão
futura do Plano.
O Programa de Gestão do PMSB tem por objetivo principal criar
condições gerenciais para a consecução das metas estabelecidas no conjunto
de programas estruturais, a implementação de um sistema integrado de
informações e a constante avaliação dos resultados com vistas à eficiência e à
sustentabilidade dos sistemas e serviços integrantes do setor de saneamento
básico nos Municípios da Região dos Lagos.
Para a consecução do objetivo geral do Programa, em decorrência das
diretrizes expostas anteriormente, destacam-se os seguintes objetivos
específicos:
 regularizar os serviços de saneamento;
 adequar o arcabouço legal vigente, quando necessário;
 criar em cada Município uma estrutura institucional especifica para o
Saneamento Básico, fortalecendo as ações do Poder Concedente –
as Prefeituras locais;
 implementar o cadastro dos sistemas.
 implantar rede integrada de monitoramento e avaliação;
 implantar sistema integrado de informações.
A lógica empregada para o estabelecimento e ordenamento das metas
deste
Programa
de
Gestão
são
o
gerenciamento,
operacionalização voltada à efetivação do PMSB.
342
regularização
e
A efetividade deste programa de Gestão estará associada aos
respectivos Programas de abastecimento de água, esgotamento sanitário,
limpeza pública e manejo de resíduos sólidos urbanos, e drenagem e manejo
de águas pluviais urbanas, tendo como substrato fundamental a abordagem
dos aspectos normativos intervenientes. Para tanto, torna-se essencial criar em
cada Município uma estrutura institucional especifica para aumentar a
eficiência e eficácia dos Serviços de Saneamento, conferindo-lhe condições de
atuação respaldada pelo devido aparato em termos de recursos humanos,
tecnológicos, operacionais e financeiros.
Assim sendo, este programa deve estar voltado ao Planejamento
Institucional Estratégico e a reestruturação organizacional da Secretaria
Municipal de Meio Ambiente, incluindo o estudo de funções, gestão das
pessoas (plano de cargos e salários e funções gratificadas) e programas de
capacitação e treinamento, além de reforço institucional em termos de
instalações e equipamentos básicos.
O desenvolvimento de Regularização tem como substrato fundamental a
abordagem dos aspectos legais intervenientes. Para tanto, torna-se essencial
averiguar a legalidade jurídica dos sistemas implantados, especialmente em
termos de licenciamento ambiental e atendimento à legislação de recursos
hídricos, dentre outras, de modo a garantir o funcionamento dos mesmos em
consonância com a lei, reduzindo a fragilidade existente frente a ações
judiciais, multas e embargos.
Em adição, na gestão do PMSB será necessário acrescentar
preocupações relativas à operacionalização e à sistemática de monitoramento
e avaliação dos resultados pretendidos, por meio de indicadores relativos à
execução física e financeira, às metas previstas e aos objetivos de cunho
institucional.
Para tanto, a Operacionalização demanda o desenvolvimento de
ferramentas de apoio ao planejamento e decisão. Partindo de uma visão
abrangente e estratégica na perspectiva da gestão integrada de todo o mosaico
343
de obras, projetos e sistemas que compõem os PMSB, este componente
contempla:
 o desenvolvimento e implantação de um sistema integrado capaz de
congregar informações técnicas, operacionais, financeiras e gerenciais
de todos os sistemas que integram o PMSB;
 a elaboração de cadastro dos sistemas de cada setor;
 implantação de uma rede de monitoramento e avaliação, e,
 elaboração de planos de contingência para o enfrentamento de
situações de calamidades, especialmente inundações e alagamentos.
Além deste conjunto de ações, torna-se relevante, na interlocução junto
aos atores e setores sociais diversos, o desenvolvimento de ações de
comunicação social. Tendo em vista ainda que o saneamento básico não deve
ser visto apenas como infraestrutura, mas como elemento de saúde pública,
torna-se fundamental transcender as proposições e a atuação do PMSB à
questão do controle social. Desta forma é fundamental o desenvolvimento e
implementação permanente de ações de informação ao usuário, por meio de
um Sistema de Informações de Saneamento Básico da Região dos Lagos.
Para a efetiva implementação do Plano Municipal de Saneamento
Básico com a ampla variedade de ações é necessário que seja montada uma
estrutura organizacional que, ao mesmo tempo: (i) possua legitimidade
institucional, no bojo da organização da administração pública municipal; (ii)
tenha condições de agilidade e eficiência necessárias à implantação de Planos
desta natureza.
Neste sentido, este documento tem por objetivo apresentar uma primeira
proposta para a modelagem do arranjo institucional para a execução do PMSB,
delineado fundamentalmente a partir da reestruturação da Secretaria Municipal
de Meio Ambiente em cada Município da Região e as suas respectivas
integrações.
A estrutura proposta é composta de dois elementos principais, uma
instância participativa e de controle social, representada por um Conselho
Deliberativo e uma instância executiva e operacional representada por uma
344
Unidade de Gerenciamento do Plano – UGPLAN, a ser criada ou adaptada no
âmbito municipal e regional das estruturas já existentes.
Sugere-se portanto, a implantação em cada Município de uma Unidade
de Gerenciamento do Plano – UGPLAN/PMSB. Serão as unidades de
planejamento e execução dos PMSB’s, criadas no âmbito das Prefeituras
Municipais, subordinadas às Secretarias de Meio Ambiente existentes. Esta
nova concepção integrada, demandará uma estrutura de pessoal e de
equipamentos adicional, a fim de não sobrecarregar as estruturas hoje
existentes, o que poderá tornar toda a proposta ineficiente, prejudicando,
inclusive, as tarefas já hoje desenvolvidas.
Assim sendo, apresenta-se um primeiro esboço da estrutura necessária
à UGPLAN, cabendo, posteriormente, a definição em conjunto com a
Secretaria de Meio Ambiente, da necessidade de adequação em função das
atuais estruturas existentes.
A Unidade de Gerenciamento do PMSB - UGPLAN será responsável
pelo gerenciamento, coordenação e execução dos estudos, planos, e projetos
integrantes do plano, bem como do monitoramento e avaliação dos mesmos.
A estrutura proposta para a UGPLAN, responsável pelo gerenciamento e
operacionalização
do
PMSB
é
composta
das
seguintes
apresentadas no organograma a seguir:
Figura 61 - Estrutura proposta para a UGPLAN
Fonte: SERENCO, 2.013.
345
Unidades,
A UGPLAN tem por objetivo geral executar as atividades de
gerenciamento e a coordenação da implementação das ações do PMSB,
devendo, no âmbito de suas competências, desempenhar as seguintes
funções:
 realizar, com apoio de auditorias independentes, a supervisão
física das ações em execução;
 preparar, em conjunto, as Diretrizes para Elaboração do Plano
Operativo Anual – POA com vistas a aprovação prévia pelo
Conselho Municipal de Meio Ambiente;
 coordenar e supervisionar a execução dos estudos, projetos e
obras integrantes do PMSB;
 realizar o acompanhamento e gestão administrativa e financeira
das ações integrantes do PMSB aprovadas no respectivo POA;
 realizar o acompanhamento físico-financeiro das atividades
integrantes do PMSB;
 solicitar a mobilização de recursos e preparar propostas
orçamentárias para os exercícios financeiros anuais, e,
 manter documentação técnica, jurídica e financeira em sistema de
informação
automatizado,
com
vistas
a
permitir
maior
transparência na atuação pública.
Tendo em vista o complexo arcabouço legal referente aos temas
recursos hídricos, saneamento, resíduos sólidos e meio ambiente, tanto no
nível federal, quanto estadual e municipal, e, tendo em vista que os sistemas
integrantes do PMSB podem ter sido implantados em momentos distintos sem
muitas vezes se adequar à legislação vigente à época ou superveniente, tornase necessário avaliar o conjunto dos sistemas à luz da legislação atual, de
modo a permitir o planejamento para regularização dos mesmos.
A regularização dos sistemas poderá passar pela adequação ao
arcabouço hoje existente ou pela proposição da institucionalização de novos
instrumentos e diplomas legais, em nível Municipal, de modo a conferir
346
condições para a efetiva gestão dos elementos constituintes do Saneamento
Básico no âmbito dos Municípios da Região dos Lagos.
Para tanto, deverá ser elaborado estudo visando a implementação de
ato normativo para a fiscalização do setor de saneamento básico no Município,
de forma a disciplinar ou organizar este serviço público. O estudo deve
considerar as características, padrões de qualidade, impacto socioambiental,
direitos e obrigações dos usuários e dos responsáveis por sua oferta ou
prestação e fixação e revisão do valor de taxas e tarifas e outros preços
públicos. Em função da natureza e complexidade, o estudo deve contemplar a
elaboração de normas de regulamentação especifica para cada setor de
saneamento, devendo ser editadas por legislação.
No âmbito da gestão associada, os municípios da Região dos Lagos,
titulares dos serviços de saneamento básico, devem referendar os Contratos
de Programa com as concessionárias de Abastecimento de Água e Esgoto,
sendo esses Contratos subordinados aos Planos Municipais de Saneamento
Básico, e, finalmente, deverá ocorrer a revisão periódica dos planos de
Abastecimento de Água, Esgotamento Sanitário, Limpeza Pública e Manejo de
Resíduos Sólidos, e Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas, em prazo
não superior a 4(quatro) anos, anteriormente à elaboração dos Planos
Plurianuais. A revisão dos planos de saneamento básico deverá efetivar-se, de
forma a garantir a ampla participação da comunidade, dos movimentos e das
entidades da sociedade civil.
Esta proposta remete à elaboração e implantação de Sistema de
Informações de Saneamento Básico no Município. Este Sistema deverá
assegurar aos usuários de serviços públicos de saneamento básico, no
mínimo, o conhecimento dos seus direitos e deveres e das penalidades a que
pode estar sujeito; o acesso as informações sobre os serviços prestados; ao
manual de prestação dos serviços e de atendimento ao usuário, elaborado pelo
prestador e aprovado pela respectiva entidade de regulação e ao relatório
periódico sobre a qualidade da prestação dos serviços. Deverá conter de forma
sistematizada os dados relativos às condições da prestação dos serviços
347
públicos de saneamento básico; disponibilizar estatísticas, indicadores e outras
informações relevantes para a caracterização da demanda e da oferta de
serviços públicos de saneamento básico; permitir e facilitar o monitoramento e
avaliação da eficiência e da eficácia da prestação dos serviços de saneamento
básico e permitir e facilitar a avaliação dos resultados e dos impactos do
PMSB. Estas informações deverão ser públicas e acessíveis a todos,
independentemente da demonstração de interesse, devendo ser publicadas por
meio da internet.
Deverá
também,
ser
implementado
o
cadastro
municipal
georeferrenciado integrado para o setor de saneamento básico. Este cadastro
será alimentado pelos responsáveis de cada serviço, sendo coordenado pela
Secretaria Municipal de Meio Ambiente, permitindo a avaliação periódica do
PMSB. Logo, na sequência, apresenta-se o modelo inicial de debate sobre a
proposta de modelo (arranjo) institucional para a gestão dos PMSB’s da Região
dos Lagos.
348
Figura 62 - Modelo Institucional para a Gestão do PMSB
Fonte: SERENCO, 2.013.
8.2.2 Modificações, Adaptações ou Complementações ao Arranjo Institucional
Proposto
Na
sequência
da
construção
do
PMSB
serão
inseridas
as
complementações ao Arranjo Institucional Proposto, superadas a consulta e a
audiência pública. Porém, as modificações, adaptações e complementações
que vierem a ser propostas após a condução do mesmo, deverão obedecer os
trâmites institucionais, legais e jurídico-administrativos, correspondentes à cada
instância especifica.
349
8.3
Análise Institucional Regional
8.3.1 Arranjo institucional na Região dos Lagos
Tendo como referência o complexo quadro estrutural que hoje
caracteriza a estruturação e operacionalização dos serviços públicos de
saneamento básico dos municípios da Região dos Lagos, compreendendo os
serviços de abastecimento de água, de esgotamento sanitário, drenagem e
manejo de águas pluviais urbanas e de limpeza urbana e manejo de resíduos
sólidos urbanos nos municípios da Região dos Lagos, por serem serviços
públicos que possuem natureza essencial, buscou-se formular a proposição de
ferramentas organizacionais e de planejamento capazes de aparelhar os
Municípios da Região para o efetivo enfrentamento destas questões, gestão
efetiva do PMSB e construção dos alicerces para um cenário futuro de
sustentabilidade ambiental e do Setor Saneamento Básico.
Os Planos Municipais de Saneamento Básico dos Municípios da Região
dos Lagos estão sendo concebidos e construídos no sentido de se tornarem o
marco lógico e executivo do efetivo planejamento para o Setor, estabelecendo
as diretrizes, programas e ações prioritárias no horizonte de 20 anos,
envolvendo os quatro eixos
Isto posto, os fluxogramas a seguir, detalham os arranjos institucionais
existentes sobre os quais deverão ser lançados os novos cenários para a
gestão do saneamento básico da Região dos Lagos São João.
Detalham-se a seguir as instituições envolvidas na Região:
350
 Comitê da Bacia Hidrográfica Lagos São João.
Figura 63 - Comitê da Bacia Hidrográfica Lagos São João (CBHLSJ)
Fonte: SERENCO, 2.013.
351
 Consórcio Intermunicipal para Gestão Ambiental das Bacias da Região
dos Lagos, do Rio São João e Zona Costeira (CILSJ)
Figura 64
- Consórcio Intermunicipal Lagos São João (CILSJ)
Fonte: SERENCO, 2.013.
352
 Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio
de Janeiro (AGENERSA)
Figura 65
- Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de
Janeiro (AGENERSA)
Fonte: SERENCO, 2.013.
353
 Governo do Estado do Rio de Janeiro, Municípios, Agência Reguladora,
Consórcios Intermunicipais, Comitê da Bacia e Concessionárias
Figura 66 - Fluxograma - Governo do Estado do Rio de Janeiro, Municípios, Agência
Reguladora, Consórcio Intermunicipal, Comitê da Bacia e Concessionárias
Fonte: SERENCO, 2.013.
354
8.3.2 Fiscalização e Regulação dos Serviços de Saneamento Básico
Outro aspecto do modelo institucional para gestão dos serviços de
saneamento básico, de fundamental importância, refere-se à regulação,
fiscalização e controle dos serviços prestados. São condições para a
regulação:
 Existência de plano de saneamento básico;
 Existência de estudo comprovando a viabilidade técnica e econômicofinanceira da prestação universal e integral dos serviços;
 A existência de normas de regulação que prevejam os meios para o
cumprimento das diretrizes estabelecidas na Lei n.º 11.445/2.007 e seu
Decreto n.º 7.217/2.010, incluindo a designação da entidade de
regulação e fiscalização;
 A realização prévia de audiência e de consultas públicas sobre o edital
de licitação, no caso de concessão, e sobre a minuta do contrato;
 Indicação dos respectivos prazos e metas a serem atendidas;
 Definição de metas progressivas e graduais de expansão dos serviços,
de qualidade, de eficiência de uso dos recursos naturais;
 Diferença das condições de sustentabilidade e equilíbrio econômicofinanceiro dos serviços incluindo: o sistema de cobrança, a composição
de taxas e tarifas e a sistemática de reajustes e de revisões, e a política
de subsídios, e,
 Definição dos mecanismos de controle social e as hipóteses de
intervenção e de retomada dos serviços.
Destaca-se ainda que no caso em que mais de um prestador execute
atividade interdependente com outra, a relação entre eles deverá ser regulada
por contrato e haverá entidade única encarregada das funções de regulação,
fiscalização e controle. O conteúdo mínimo desse contrato, similares às do
contrato de concessão, além das garantias de pagamento recíproco, que inclui
a obrigação de destacar nas contas dos usuários os valores devidos a cada
prestador, e a impossibilidade de alteração e rescisão administrativa unilateral.
355
O exercício da função de regulação deverá atender aos seguintes
princípios:
 Independência
decisória,
incluindo
autonomia
administrativa,
orçamentária e financeira;
 Transparência, tecnicidade, celeridade e objetividade das decisões;
 Edição de normas relativas às dimensões técnicas, econômicas e
sociais de prestação dos serviços tais como:
o Padrões e indicadores de qualidade;
o Requisitos operacionais e de manutenção dos sistemas;
o Medição, faturamento, cobrança e monitoramento dos custos, e,
o Aplicação das regras relativas a estrutura, reajuste e revisão de
taxas e tarifas e de auditoria e certificação dos investimentos.
Segundo a publicação Valor Econômico, de 22/08/2.012, a regulação
dos serviços de saneamento alcançou 2.296 municípios em junho de 2.012,
crescimento de 19% em relação ao número daqueles que possuíam regras
definidas para o segmento em 2.011. Apesar do avanço, a normatização
chegou a apenas 41,3% dos municípios do país, conforme dados divulgados
pela Associação Brasileira de Agências de Regulação (ABAR).
A Lei 11.445/2.007 estabelece que todos os serviços de saneamento
básico (abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos
sólidos e drenagem de águas pluviais) devem ser regulados, sob pena de
terem seus contratos invalidados, de não serem autorizados a praticar
reajustes ou revisões tarifárias e, até mesmo, de não terem acesso a recursos
da União, uma vez que os planos municipais de saneamento básico devem ter
sua execução acompanhada por agências reguladoras.
A mesma fonte revela que, os municípios também têm tido dificuldade
de avançar na implementação de planos de saneamento básico, requisito
obrigatório para o acesso aos recursos da União a partir de janeiro de 2.014.
Dos 2.296 municípios com regulação, somente 26% dispõem de planos de
saneamento.
356
Tabela 160 - Modelos Institucionais para a Regulação, Fiscalização e Controle dos
Serviços de Saneamento Básico
(i)
(ii)
(iii)
(iv)
(v)
23 (x)
01
19
01
03
47
Abrangência Estadual------------------------------------------------Abrangência Distrital ------------------------------------------------Abrangência Municipal ----------------------------------------------Abrangência Intermunicipal-----------------------------------------Consórcios--------------------------------------------------------------TOTAL
(xx)
AGENERSA – Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do
Rio de Janeiro – Águas de Juturnaíba (Araruama, Silva Jardim e Saquarema) e
Prolagos (Armação dos Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Iguaba Grande e São
Pedro da Aldeia).
8.3.3 Inter-relação Poder Concedente/Prestadores de Serviços/Regulador
No estudo comparativo entre Limeira (SP), Niterói (RJ) e a Prolagos
(RJ), VARGAS, 2.004, tece algumas considerações sobre o modelo de
concessão na escala microrregional, que julga-se de grande importância para o
estabelecimento dos debates que irão advir quando das consultas e audiências
públicas a serem realizadas na Região dos Lagos, orientando a busca de
propostas de arranjos institucionais para a gestão do saneamento básico na
Região.
Segundo VARGAS, 2.004, a concessão envolvendo a companhia
Prolagos apresenta diversos aspectos originais e relevantes para o tema da
privatização/regulação
do
setor
de
saneamento,
a
começar
pelas
características da então concessionária: tratava-se de empresa controlada
100% pelo grupo Águas de Portugal, que se caracterizava como um
conglomerado de “empresas privadas de capital público” controlado pelo
Estado português. Por outro lado, era uma das únicas concessões multimunicipais do país na qual o poder concedente foi compartilhado entre os cinco
municípios envolvidos (Arraial do Cabo, Armação dos Búzios, Cabo Frio,
Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia) e o Estado do Rio de Janeiro, revelando
que o conflito sobre a titularidade dos serviços de saneamento em áreas
urbanas interdependentes (regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e
microrregiões) pode ser equacionado através de soluções negociadas e
cooperação intergovernamental. Enfim, a concessão é regulada e fiscalizada
357
por uma agência reguladora estadual multi-setorial, a ASEP, hoje a
AGENERSA, dotada de um elevado grau de autonomia financeira e decisória,
além de independência em relação aos poderes concedentes e às
concessionárias.
A concessão da Prolagos e da Águas de Juturnaíba – CAJ, faz parte de
um processo mais amplo de privatização do saneamento na Região dos Lagos,
que envolveu oito municípios previamente atendidos pela concessionária
estadual do Rio de Janeiro, a CEDAE, através de um sistema integrado de
abastecimento de água, tendo a represa de Juturnaíba como manancial único.
É uma região turística cuja população residente totalizava pouco mais de 400
mil habitantes em 2.000, de acordo com o censo do IBGE, mas cuja demanda
de água quase triplicava no verão dado o elevado afluxo de turistas e de
pessoas domiciliadas em outros municípios que aí possuem residências
secundárias.
Diante de vários fatores administrativos operacionais e financeiros da
então operadora CEDAE, os oito municípios, juntamente com o Estado,
firmaram em meados de 1.996 um convênio para preparar a concessão dos
serviços de saneamento à iniciativa privada, com apoio da própria CEDAE.
Conforme o convênio, posteriormente reforçado pela criação da microrregião
dos Lagos, coube ao Estado preparar o edital e conduzir o processo licitatório,
com participação assegurada aos municípios em todas as etapas. A região foi
dividida em duas áreas de concessão: a área 1, que viria a ser atendida pela
Prolagos, abrangendo os cinco municípios mencionados, cuja população
atingia quase 250 mil habitantes em 2.000; e a área 2, envolvendo os
municípios de Araruama, Saquarema e Silva Jardim, com pouco mais de 150
mil habitantes no mesmo período, cujos serviços foram concedidos em 1.998,
Aguas de Juturnaíba(CAJ).
Através de contrato firmado em abril de 1.998 entre a Prolagos, o
governo estadual e os municípios envolvidos, a empresa assumiu a concessão
dos serviços de produção e distribuição de água, coleta e tratamento de
esgotos da área urbana de Armação dos Búzios, Cabo Frio, Iguaba Grande,
358
São Pedro da Aldeia e Arraial do Cabo (somente água) por um período de 25
anos. Tratando-se de uma concessão onerosa precedida de obras públicas, o
principal critério para selecionar o vencedor da licitação foi o da maior oferta a
ser paga pelo direito de exploração dos serviços (outorga). O valor da outorga
atingiu o montante de 34,3 milhões de reais.
O edital de licitação previu um conjunto abrangente de obras e serviços
a serem realizados pela nova concessionária ao longo da concessão,
especialmente nos primeiros anos. Os detalhes foram detalhados no
PRODUTO 7.
No que tange à sustentabilidade ambiental, em que pese a falta de
informações mais detalhadas sobre esta dimensão antes e depois da
privatização, é evidente que a necessidade de investimentos pesados em
tratamento de esgotos representou um dos principais motivos considerados
para a concessão. Na Região dos Lagos, cuja economia depende
substancialmente do turismo, a necessidade de investir na despoluição de
lagoas e praias dizia respeito não apenas à recuperação de sua qualidade
ambiental, mas também à maximização das oportunidades de desenvolvimento
socioeconômico local e regional.
Finalmente, no que diz respeito à dimensão político-institucional, que
envolve a regulação pública e o controle social sobre os aspectos mais amplos
da prestação dos serviços, trata-se, sem dúvida, do aspecto mais problemático
do conjunto das concessões analisadas.
No caso da Prolagos e CAJ, como a regulação é exercida por uma
agência estatal multi-setorial, dotada de autonomia financeira e administrativa
criada especificamente para este fim, cujo quadro de pessoal vem sendo
ampliado e qualificado através de atividades de treinamento adequadas, os
riscos de captura do regulador pelo regulado parecem afastados. Aliás, a
agência vem demonstrando sua independência em diversas deliberações sobre
tarifas ou ajustes contratuais em todos os setores que regula. Encontra-se em
fase de implantação a regulação dos sistemas de limpeza pública e manejo de
359
resíduos sólidos, e futuramente da drenagem e manejo de águas pluviais
urbanas.
Observa-se a ausência de qualquer instância formalizada de caráter
consultivo ou fiscalizatório que envolva a participação de usuários ou entidades
autônomas da sociedade civil. Trata-se do reconhecimento da necessidade de
se criar instâncias de controle social mais amplo sobre os serviços, que sejam
autônomas em relação ao Estado e envolvam a participação dos usuários, cuja
função não se confunda com as atividades reguladoras propriamente ditas,
sendo exercida igualmente sobre a prestação dos serviços, o financiamento e a
própria regulação do setor.
Sugere-se a necessidade de se manter um quadro institucional e
regulatório ao mesmo tempo abrangente e flexível para a prestação dos
serviços de saneamento, que não feche as portas à iniciativa privada, nem
tampouco a coloque como eixo principal da política nacional de saneamento.
Há que se reconhecer, que a participação da gestão privada no âmbito da
política nacional de saneamento, embora crescente, deverá ser sempre
minoritária, dadas as desigualdades estruturais de distribuição de renda entre
os grupos sociais, os Estados e os Municípios do país. Não se pode deixar de
observar que a Prolagos, e a CAJ, onde a iniciativa privada vem
desempenhando um papel globalmente positivo, estão concentrados na região
sudeste, a mais rica do país.
8.3.4 Análise Jurídica
Nos PRODUTOS 7 e 8, foi detalhada a análise jurídica do arranjo
institucional implantado na Região dos Lagos, apresentando-se a seguir, de
forma resumida, as principais conclusões e considerações.
O modelo jurídico a ser adotado deve contemplar todos os municípios
que fazem parte da Região dos Lagos/RJ, em especial, aqueles consagrados
no contrato INEA/SERENCO, assegurando a efetiva execução do plano de
saneamento com a precaução em manter ininterrupta, a prestação dos serviços
de distribuição de água potável e coleta, transporte, tratamento e disposição
360
dos
efluentes
de
esgotos
sanitários
atualmente
prestados
pelas
concessionárias Águas de Juturnaíba S/A e Prolagos.
O Estado do Rio de Janeiro participa diretamente dos contratos de
concessão de prestação dos serviços públicos mencionados, seja através da
colaboração direta de suas secretarias, seja através do repasse da outorga de
subsídios.
O Estado detém convênio administrativo com os municípios desta região
e compartilha a função de poder concedente dos serviços de saneamento
básico delegados para as concessionárias citadas.
Em
dezembro
de
1.999,
instalou-se
na
Região,
o
Consórcio
Intermunicipal para Gestão Ambiental das Bacias da Região dos Lagos, Rio
São João e Zona Costeira, formado pelos municípios de Arraial do Cabo,
Armação dos Búzios, Araruama, Cabo Frio, Cachoeiras de Macacu, Casimiro
de Abreu, Iguaba Grande, Rio Bonito, São Pedro da Aldeia, Saquarema e Silva
Jardim (Consórcio Intermunicipal Lagos São João - CILSJ).
A área de atuação do Consórcio abrange a parcela do território dos
Municípios que o compõem, situada nas bacias hidrográficas da Região dos
Lagos, dos Rios Una, São João e Zona Costeira adjacente, podendo atuar
como entidade delegatória de Comitês de Bacias em outras Regiões
Hidrográficas do Estado do Rio de Janeiro.
O Consórcio representa o conjunto de associados que o integram em
assuntos de interesse comum e de caráter ambiental, perante quaisquer
entidades de direito público e privado, nacionais ou internacionais. Tem por
objetivo planejar, adotar e executar planos, programas e projetos destinados a
promover e acelerar o desenvolvimento sustentável e a conservação ambiental,
além de outras ações previstas em seu Estatuto.
Desde sua instalação, em 1.999, o Consórcio Lagos São João,
desempenhou um importante papel nas ações relacionadas à política pública e
ao meio ambiente, com foco na preservação ambiental das bacias hidrográficas
e na recuperação das lagoas e praias da Região.
361
O Consórcio conta com uma equipe altamente qualificada, com grande
capacidade de gerenciamento e desde sua fundação participa de atividades
como a criação do Comitê da Bacia Hidrográfica Lagos São João, em 2004, e
do Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos Sólidos da Região dos
Lagos, em 2.011, entre outros projetos e iniciativas ambientais, que são de
suma importância para a Região.
O Consórcio foi constituído sob a forma jurídica de Associação Civil, sem
fins lucrativos e regido pelas disposições do Código Civil Brasileiro, pela
legislação pertinente e pelo seu Estatuto, desempenhando seu papel como
principal ator de agregação dos municípios membros, na busca por melhores
soluções para a gestão ambiental da Região.
Dentro das diversas conquistas do Consórcio, ressalta-se a opção pelo
sistema conhecido como “Tomada em Tempo Seco” para coleta de esgoto
sanitário em conjunto com as águas pluviais, para os oito municípios objeto
deste Plano. Esta inovação garantiu em um curto prazo, a recuperação da
Lagoa de Araruama e de algumas praias, principais atrativos da região que
caracteriza-se como polo turístico do Estado do Rio de Janeiro e do País.
Isto posto, a partir da Lei Federal 11.107/05 (que regulamenta a criação
de consórcios públicos), iniciaram-se debates a respeito do modelo adotado na
Região dos Lagos, pois o Consórcio Intermunicipal Lagos São João não foi
criado especificamente para a gestão do saneamento básico, mas sim, para
um objetivo maior e que envolve toda a gestão ambiental da Região.
Desta forma, resta saber, como reunir todos esses entes da Federação e
atingir o objetivo de assegurar a execução coletiva das diretrizes previstas nos
planos de saneamento, garantindo o desenvolvimento das cidades, a
continuidade da prestação dos serviços públicos de água e esgoto, sem,
contudo, ferir os contratos e compromissos até então assumidos pelos diversos
municípios que compõe o Consórcio, e, ainda, permitir a participação do
Estado
do
Rio
de
Janeiro,
peça
extremamente
importante
desenvolvimento conjunto e ordenado da Microrregião em questão.
362
para
o
O Estado do Rio de Janeiro já participa dos contratos de concessão dos
serviços de água e esgoto, firmando-os juntamente com municípios e
concessionárias, utilizando-se de sua agência reguladora, AGENERSA, para
normatizar e fiscalizar a prestação destes serviços.
Recentemente, uma nova decisão veio nortear a região metropolitana do
Rio de Janeiro e a Região dos Lagos. O Supremo Tribunal Federal (STF)
decidiu, quando do julgamento da ADI 1842 ingressada pelo Partido
Democrático Trabalhista – PDT, que a gestão dos serviços de saneamento
deve ser compartilhada entre Estados e Municípios em regiões metropolitanas
e microrregiões. O objetivo da decisão é impedir a transferência da
legitimidade, do âmbito municipal para o âmbito estadual, das competências
administrativas e normativas próprias dos municípios, que dizem respeito aos
serviços de saneamento básico consolidando o Poder Concedente (Município
(s) e Estado) nessas Regiões de interesse comum.
A
ideia
é
assegurar
a
participação
decisória
dos
municípios
proporcionalmente ao seu peso específico do ponto de vista político,
econômico, social e orçamentário, sem, contudo, excluir a participação estatal,
de suma importância para os interesses regionais como um todo.
Nesta decisão, não se descarta a participação das entidades civis, uma
vez que os Ministros da Suprema Corte entendem correto delegar a execução
das funções públicas de interesse comum a uma autarquia territorial
intergovernamental e plurifuncional, desde que a lei complementar instituidora
da entidade regional lhe confira personalidade jurídica própria, bem como, o
poder concedente quanto aos serviços de interesse comum. O STF procurou
evitar, com esta decisão, que a má prestação do serviço em uma cidade não
prejudique as demais, havendo, portanto, decisões conjuntas quando dos
interesses comuns.
A decisão do STF é recente e o município que esteja nesta situação irá
precisar de tempo para se adequar a nova realidade. Analisando a situação
dos envolvidos, pode-se concluir que a gestão compartilhada é uma forma
compatível e eficaz de solucionar o problema da Região. Para tanto é preciso
363
estabelecer um arranjo institucional entre os municípios e o Estado do Rio de
Janeiro, tendo em vista a responsabilidade compartilhada na gestão, na
sustentabilidade e na universalização do saneamento básico da Região dos
Lagos.
Com o advento da Lei n. 11.107/05, criou-se uma nova figura, que
embora seja instituída por intermédio de um procedimento que culmina com a
celebração de um instrumento contratual, tem identidade diversa da desse
instrumento. Não se trata de um contrato destinado a regulamentar relação
jurídica entre dois sujeitos de direitos que se mantêm autônomos enquanto
partes signatárias do contrato. Trata-se de um instrumento contratual que
objetiva criar nova pessoa jurídica, um sujeito de direitos e deveres, por
intermédio da cooperação entre os contratantes (consorciados).
Entretanto, há duas espécies distintas de consórcios no Direito
brasileiro. A primeira é um tipo de relação jurídica entre entes federativos de
mesma espécie objetivando atender a interesses comuns e a segunda
modalidade de pessoa jurídica criada por intermédio da associação de entes
federativos que objetivam prestar serviços públicos de modo conjunto. Vale
lembrar, que anteriormente à edição da Lei n. 11.107/05, os consórcios
públicos não tinham personalidade jurídica própria. Diferenciavam-se dos
convênios em virtude dos sujeitos participantes do ajuste.
Atualmente é seguro dizer que, após a edição da Lei Nº 11.107/05, os
consórcios não mais se confundem com os convênios.
Pode-se conceituar os consórcios públicos como pessoas jurídicas com
personalidade de Direito Público ou Privado, formadas exclusivamente por
entes federativos, criadas por lei ou por intermédio de autorização legislativa
dos entes federados, que desejam associar-se, para, sem objetivar lucros,
atender a serviços públicos de interesse comum dos consorciados.
Desta forma, repita-se, somente podem participar dos consórcios
públicos os entes federados. É o que se extrai do disposto no art. 241 da
Constituição Federal e do caput do art. 1º da Lei n. 11.107/05. Isso significa
364
dizer que somente podem ser sujeitos de um consórcio público a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
Não podem participar do consórcio, portanto, entidades privadas ou da
administração indireta. Há também restrições expressas e implícitas na lei
quanto à formação dos consórcios pelos entes federativos.
O objeto dos consórcios é a prestação de serviços públicos de modo
associado. Os objetivos devem ser de interesse comum. O consórcio público
deverá ter sempre por objeto principal a prestação de um serviço público em
sentido estrito. Não se podem realizar por intermédio de consórcio simples
aquisições de bens ou a realização de obras.
Tampouco se pode delegar o poder de polícia, atos políticos ou
atividades inerentes aos poderes Legislativo e Judiciário.
A razão para essas afirmações consiste na redação do art. 241 da
Constituição Federal que admite apenas a gestão associada de serviços
públicos.
Somente pode o consórcio adquirir bens, realizar obras ou exercer
atividades
de
polícia
administrativa
quando
estas
atividades
forem
instrumentais à prestação dos serviços.
São vantagens da cooperação: 1) racionalização do uso dos recursos
existentes, destinados ao planejamento, programação e execução de objetivos
de interesses comuns; 2) a criação de vínculos ou o fortalecimento dos
vínculos preexistentes, com a formação ou consolidação de uma identidade
regional; 3) a instrumentalização da promoção do desenvolvimento local,
regional e nacional; 4) a conjugação de esforços para atender as necessidades
da população, as quais não poderiam ser atendidas de outro modo diante de
um quadro de escassez de recursos, e etc...
Os consórcios públicos possuem competência para a prática de todos os
atos que visem atender a sua finalidade de acordo com os termos do protocolo
de intenções e das leis que os ratificaram.
Para o cumprimento de seus objetivos, o consórcio público poderá firmar
convênios, contratos, acordos de qualquer natureza, receber auxílios,
365
contribuições e subvenções sociais ou econômicas de outras entidades e
órgãos do governo, promover desapropriações e instituir servidões nos termos
de declaração de utilidade ou necessidade pública, ou interesse social,
realizada pelo Poder Público, ser contratado pela administração direta ou
indireta dos entes da Federação consorciados, dispensada a licitação.
Os consórcios públicos, segundo o § 2º do artigo 2º da Lei 11.107/05,
poderão emitir documentos de cobrança e exercer atividades de arrecadação
de tarifas e outros preços públicos pela prestação de serviços ou pelo uso ou
outorga de uso de bens públicos por eles administrados ou, mediante
autorização específica, pelo ente da Federação consorciado. Já o parágrafo 3º
do art. 2º da Lei n.º 11.107/05 confere, ainda, aos consórcios públicos,
competência para outorgar concessão, permissão ou autorização de obras e
serviços públicos. Para isso, no entanto, exige-se prévia autorização no
contrato de consórcio público, que deverá indicar de forma precisa o objeto da
concessão, permissão ou autorização e as condições que estas deverão
atender além do respeito às normas gerais em vigor.
A contratação de pessoal poderá ser realizada de três maneiras: através
de cessão de servidores feita ao consórcio pelos entes consorciados (§ 4º do
artigo 4º da Lei 11.107/05); por processo de contratação a ser celebrado pelo
próprio consórcio por intermédio de concurso público e por fim, pela nomeação
para cargos em comissão.
É necessário ressaltar que cargos e empregos públicos somente podem
ser criados por lei. Os consórcios não fogem a essa regra. Esse requisito é
satisfeito mediante a previsão no protocolo de intenções dos cargos a serem
criados e posterior edição da lei ratificadora de cada um dos entes federados.
A Lei n.º 11.107/05 não prevê expressamente a existência de cargos em
comissão. É possível, contudo, a criação de tais cargos eis que expressamente
previstos na Constituição Federal. A peculiaridade existente em relação a
esses cargos consiste na forma de provimento dos mesmos. No protocolo de
intenção deverá constar a quem compete indicar as pessoas que deverão
exercer os cargos comissionados.
366
O estatuto poderá dispor sobre o exercício do poder disciplinar e
regulamentar,
as
atribuições
administrativas,
hierarquia,
avaliação
de
eficiência, lotação, jornada de trabalho e denominação dos cargos, em relação
aos empregados do consórcio público. Tudo deve constar previamente no
protocolo de intenções, o qual deve ser subscrito por todos os pretendentes,
devendo conter aquelas cláusulas previstas no artigo 4º da Lei 11.107/05 e no
artigo 5º do Decreto n.º 6.017/07, em especial, previsão de que o consórcio
público é associação pública e que a instância máxima do consórcio público é a
assembleia geral.
Lembrando que o protocolo de intenções nada mais é que um contrato
preliminar, que deverá ser ratificado pelos entes da Federação interessados,
convertendo-se ao final em contrato de consórcio público. O protocolo de
intenções deverá definir o número de votos que cada ente da Federação
consorciado possui na assembleia geral, sendo assegurado 1 (um) voto a cada
ente consorciado.
O protocolo de intenções deverá ser publicado resumidamente, desde
que a publicação indique o local e o sítio da rede mundial de computadores em
que se poderá obter seu texto integral. O consórcio público deverá ser
organizado por estatutos cujas disposições, sob pena de nulidade, deverão
atender a todas as cláusulas do seu contrato constitutivo, devendo ser
aprovado pela assembleia geral. Com a formação do novo consórcio público,
será constituída uma nova personalidade jurídica, que fará a gestão
compartilhada dos serviços públicos de água e esgoto, colocando em prática o
plano de saneamento básico ora formulado.
Este novo modelo de gestão, uma vez autorizado por lei, assume a
posição de poder concedente, podendo dar continuidade aos contratos
vigentes, com suas necessárias adaptações ou então optar pela extinção e
uma nova concessão, o que talvez não seria a melhor opção. Desta forma,
tanto a concessionária Águas de Juturnaíba, quanto a Prolagos, poderão
manter-se na operação dos sistemas, também em forma de consórcio de
empresas ou isoladamente. O cumprimento do prazo contratual é de suma
367
importância para todas as partes, em razão da continuidade da prestação dos
serviços, da segurança jurídica e economicidade.
Para tanto, haverá necessidade de algumas adaptações, justamente
para que as concessionárias se mantenham na prestação dos serviços de água
e esgoto, evitando a extinção da concessão e a consequente indenização
prevista em lei.
Deve-se levar em conta o prazo elastecido destes contratos de
concessão e seus respectivos termos aditivos, que além de fixarem novo prazo
para
o
término
da concessão,
também
preveem
novas obrigações,
investimentos e principalmente metas a serem cumpridas no transcorrer deste
período, as quais são importantíssimas para o poder concedente, sendo que
muitas destas metas já foram alcançadas ou estão em andamento.
Assim, é importante observar, caso seja optado pela formação de um
consórcio público, a melhor forma de dar continuidade a prestação dos serviços
e como as concessionárias irão operar a partir de então. É importante frisar que
não
há
impedimento
que
duas
prestadoras
de
serviços
operem
simultaneamente em regiões distintas, contudo, o plano de saneamento deverá
ser cumprido, independentemente de quem esteja operando o sistema. É
possível a divisão de áreas entre as duas concessionárias que atualmente
estão responsabilizadas pela prestação dos serviços, desde que, o plano de
saneamento seja respeitado e colocado em prática.
A participação do Estado do Rio de Janeiro no consórcio público é de
fundamental importância para o controle do desenvolvimento ordenado e
simultâneo dos municípios que comporão o consórcio, podendo a AGENERSA,
continuar como a agência reguladora responsável pela fiscalização e regulação
da prestação do serviços ou ainda, ser criada nova Agencia Reguladora
Intermunicipal.
A estrutura organizacional do consórcio público exige a existência de
uma assembleia geral que será integrada pelos diferentes entes federativos
consorciados. Não há obrigatoriedade de que os consorciados tenham
participação igualitária na assembleia. Admite-se que o número de votos de
368
cada ente seja diverso em virtude do que dispõe o §2º do art. 4º da Lei n.º
11.107/05.
Compete à assembleia eleger o representante legal do consórcio público
que deverá ser obrigatoriamente o chefe do Poder Executivo de algum dos
entes federados.
As condições de administração e atuação do consórcio deverão constar
no protocolo de intenções prévio ou ser objeto de aprovação por lei específica
de cada um dos entes consorciados. Além da assembleia geral, o consórcio
normalmente terá outros órgãos. A criação desses órgãos e a competência de
cada um deles devem estar previstos no protocolo de intenções. A assembleia
geral deverá elaborar um estatuto que discipline a organização e o
funcionamento de cada um dos órgãos integrantes do consórcio. Vale frisar
que é possível a participação de representantes da sociedade civil ou de
representantes dos entes consorciados nos órgãos colegiados do consórcio.
Vale ressaltar que há possibilidade expressa em lei para o ingresso de
novos consorciados. Ela consiste na hipótese prevista no § 1º do art. 5º da Lei
11.107/05, que permite a constituição do consórcio sem a assinatura de todos
os entes subscritores do protocolo de intenções.
Acrescenta-se ao exposto, um resumo do Parecer n.º 010/2.012/MPMA
– ASJUR/SEA, Processo n.º E-07/000.636/2.012, relativamente ao Projeto de
Lei, sem número, de 2.012, o qual autoriza a outorga de subsidio pelo Estado
na concessão pública dos serviços de água, de coleta e tratamento de esgotos
de Armação dos Búzios, Cabo Frio, Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia, e
distribuição de água potável para o Município de Arraial do Cabo, visando a
transposição dos efluentes das estações de tratamento de esgotos de Iguaba
Grande e São Pedro da Aldeia da Lagoa de Araruama para o Rio Uma, firmado
em 26/12/2.012, pelo Procurador do Estado Raul Teixeira, Assessor Chefe da
ASJUR/SEA.
 Da transferência de Recursos Públicos para a Concessionária dos
Serviços de Saneamento Básico da Região dos Lagos.
369
 Dos serviços de Saneamento da Região dos Lagos: Desafios e
Superações da Gestão – Parecer/RT/ASJUR/SEAN/n.º, Processo n.º E07/000-009/2.012: não há como negar que existe certa margem de
insegurança na relação travada entre o Estado do Rio de Janeiro e os
Municípios dessa Região, pois, calçados em um mero convênio
administrativo, compartilham a função de Poder Concedente dos
Serviços de Saneamento Básico delegados para as concessionárias
Águas de Juturnaíba S/A e Prolagos S/A.
Isto posto, é o Parecer:
“a) por razões de segurança jurídica é recomendável a
constituição de consórcio público, na forma de associação
pública, nos termos da Lei n.º 11.107, de 6 de abril de 2.005, a
ser formado pelo Estado do Rio de Janeiro e pelos Municípios
de Araruama, Saquarema e Silva Jardim, devendo o referido
consórcio, por sucessão contratual, figurar no polo ativo da
concessão, como poder concedente, que tem no polo passivo a
concessionária ÁGUAS DE JUTURNAÍBA S/A.
b) mediante contrato de rateio a ser celebrado entre o Estado do Rio
de Janeiro e o Consórcio Público a ser constituído, poderão ser
repassados os recursos do FECAM para contratação das obras de
esgotamento sanitário em Praia Seca.
c) o Protocolo de Intenções, a ser subscrito por todos os entes
consorciados deverá prever expressamente a autorização para a
gestão associada de serviços públicos de saneamento básico, nos
termos do artigo 4º, inciso XI, alíneas “a”, “b” e “c”, da Lei n.º
11.107/05” (g. n.).
Outrossim, é forçoso concluir, no lastro do PARECER/RT/ASJUR/
SEA/n.º 002/2.012, que o Estado do Rio de Janeiro junto com os Municípios de
Arraial do Cabo, Armação dos Búzios, Cabo Frio, Iguaba Grande e São Pedro
da Aldeia devem evoluir para a via do consorciamento, a fim de promover a
transferência da função de Poder Concedente para este consórcio público, que,
370
assim, promoverá, de per si, a gestão associada dos serviços de saneamento
básico concedidos para a concessionária PROLAGOS S.A; o que, certamente,
conferirá segurança jurídica e institucional para o setor.
Afora isso, é recomendável que o Estado do Rio de Janeiro juntamente
com os Municípios de Arraial do Cabo, Armação dos Búzios, Cabo Frio, Iguaba
Grande e São Pedro da Aldeia busquem a contratação de consórcio público,
que assuma, de per si, o papel de Poder Concedente com vista à conferir
segurança jurídica e institucional para a gestão associada dos serviços de
saneamento básico concedidos para a concessionária PRÓLAGOS S.A..
Conclusão:
“Aprovo, em seus termos, o Parecer n.º 010/2.012/MPMA-ASJUR/SEA
que opinou pela legalidade do Projeto de Lei, sem número de 2.012, que
constitui medida geral de outorga de subsídio indireto para a concessionária,
PROLAGOS S.A., a ser concedido pelo Poder Concedente, do qual o Estado
faz parte, para assegurar a modicidade de tarifa com a realização do
reequilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão, desde que (i) haja
a comprovação que a prestação dos serviços de saneamento básico da região
– que é essencial por excelência – é economicamente inviável e, ainda, (ii)
sejam cumpridos os requisitos legais constantes nos incs. I até IV, do art. 11,
da Lei Estadual n.º 2.831/1.997.
O Parecer n.º 010/2.012/MPMA-ASJUR/SEA opina, ainda, com lastro no
PARECER/RT/ASJUR/SEA/n.º 002/2.012 exarado em sede do Processo n.º E07/000.009/2.012 (fls. 45/85), que o Estado do Rio de Janeiro juntamente com
os Municípios de Arraial do Cabo, Armação dos Búzios, Cabo Frio, Iguaba
Grande e São Pedro da Aldeia devem buscar a contratação de consórcio
público, que assume, de per si, o papel de Poder Concedente com vista a
conferir segurança jurídica e institucional para a gestão associada dos serviços
de saneamento básico concedidos para a concessionária PRÓLAGOS S.A.”
Raul Teixeira, 26/12/2.012.
371
8.3.5 Propostas para Instalação de Arranjo Institucional para a Gestão do
Saneamento Básico na Região dos Lagos/RJ
Assim, os municípios de Arraial do Cabo, Armação dos Búzios, Cabo
Frio, Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia, Saquarema, Araruama e Silva
Jardim podem formar um novo Consórcio, desta vez Público, e posteriormente
agregar mais municípios que tenham interesse de participar, ou reformular os
Consórcios existentes.
Como esses municípios, juntamente com o Estado do Rio de Janeiro,
tem concessão de serviço público em andamento, a continuidade da prestação
dos serviços deve ser observada, mantendo-se as duas concessionárias, cujos
contratos ainda estão vigentes.
Para tanto, deverá haver a adequação, através de termo aditivo, de seus
contratos, com previsão destas adequações no protocolo de intenções, como
também eventualmente, a divisão mais conveniente das áreas de atuação de
ambas as concessionárias.
As propostas ora detalhadas buscam orientar as intervenções e a gestão
do saneamento básico instituído para Lei n.º 11.445/2.007, nos municípios da
Região dos Lagos/RJ, estimulando as parte interessadas em buscar uma
solução integrada e consorciada aos problemas e conflitos inerentes ao
saneamento básico. Fazem parte do contexto, a Lei n.º 12.305/2.010 (Política
Nacional de Resíduos Sólidos), a Lei n.º 9.705/1.999 (Educação Ambiental) e a
Lei n.º 11.107/2.007 dos Consórcios Públicos.
Tanto pelas ações nacionais quanto pelas ações do Governo do Estado
do Rio de Janeiro, a gestão regionalizada é vista como uma forma eficiente de
se garantir a viabilidade da gestão do saneamento básico, e, portanto, o Plano
Municipal de Saneamento Básico do Município de Cabo Frio, aqui em
construção, é uma ferramenta importante do planejamento constante. Como os
laços de união entre os Municípios da Região dos Lagos, representados pelo
atual
arranjo
institucional,
bem
como
pelas
estruturas
operacionais
compartilhadas tais como captação, potabilização, adução e reservação de
água, esgotamento sanitário, e aterramento de resíduos sólidos, sobram
372
poucas proposições institucionais, destacando-se a necessidade de se
estabelecer um arranjo institucional para a gestão do saneamento básico na
Região dos Lagos (RJ), e caracterizando-se como um acordo entre os
municípios de Araruama, Armação dos Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio,
Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia, Saquarema e Silva Jardim e o Estado do
Rio de Janeiro com o objetivo de alcançar metas comuns previamente
estabelecidas afim de viabilizar a implantação dos programas, ações e projetos
detalhados e propostos no presente PMSB.
A viabilidade de recursos, sejam técnicos ou financeiros dos municípios
integrantes, serão reunidos sob a forma de um Consórcio Público, a ser gerido
pela Lei Federal n.º 11.107/2.005, Lei dos Consórcios Públicos e seu Decreto
Regulamentador n.º 6.017/2.007.
A área abrangida pela Consórcio Público é representada pela Figura 67.
Figura 67 - Localização do Município
Fonte: SERENCO, 2.013.
Os Municípios integrantes da região foram detalhados nos PRODUTOS
3 – Caracterização, 4 e 5 – Diagnósticos, 6 – Estudo Populacional e 7 e 8 –
Proposições.
A reunião do Governo do Estado do Rio de Janeiro e as Prefeituras da
Região dos Lagos, cada qual com seu Conselho Municipal de Meio Ambiente e
373
suas respectivas Secretarias Municipais de Meio Ambiente, devidamente
estruturadas, cada qual com sua Unidade de Gerenciamento do PMSB –
UGPLAN serão responsáveis pela Gestão do Saneamento Básico apoiando-se
na estrutura de um Consórcio Intermunicipal Público, a ser eventualmente
instituído na Região, ou ainda, pela adequação dos Consórcios existentes,
mediante o auxílio da implantação do Conselho Deliberativo da Microrregião
dos Lagos, Lei Complementar n.º 87/1.997.
A proposta também se apoia no ponto central discutido na Ação Direta
de Inconstitucionalidade (ADI) 1842 do STF para questionar normas que tratam
da região metropolitana do Rio de Janeiro e da microrregião dos Lagos e
disciplinam a administração de serviços públicos.
A Figura 68 detalha as propostas possíveis de serem apresentadas e
debatidas nas consultas e audiências públicas a serem efetivadas na
sequência dos trabalhos, e futuramente debatidas em assembleia dos Poderes
Concedentes.
(X) UGPLAN – Unidades de Gestão dos PMSB’s
Figura 68 - Modelagem Proposta
Fonte: SERENCO, 2.013.
374
9
ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA
O atual arranjo institucional para a prestação dos serviços de
saneamento básico na Região dos Lagos, obedece aos modelos anteriormente
detalhados. Esses modelos demonstraram as interligações do Poder
Concedente (Estado do Rio de Janeiro e Municípios) aos Prestadores de
Serviços (Concessionárias Prolagos e CAJ), aos Consórcios existentes, ao
Comitê de Bacias, às empresas terceirizadas (LIMPATECH, SELLIX, MEGA
ENGENHARIA, DOIS ARCOS, entre muitas outras) e à Agência Reguladora
(AGENERSA).
Essas interligações deverão se fortalecer ainda mais, após a conclusão,
a aprovação e a implementação do PMSB e do PGIRS, concentrando-se na
busca e geração de recursos financeiros para custear a execução dos serviços
para a universalização dos mesmos.
O modelo econômico-financeiro se apoia nos seguintes elementos:

Recursos 1 – Dotações orçamentárias municipais;

Recursos 2 – Cobrança de taxas/tarifas em busca da sustentabilidade
da prestação dos serviços programados;

Recursos 3 – Recursos para investimento em obras, equipamentos,
serviços, provenientes de fontes estaduais (FECAM), federais (Caixa,
Econômica Federal, BNDES, PAC, FUNASA, MINCIDADES, e MMA) e
internacionais (BID, BIRD e bancos de fomento), e,

Recursos 4 – Repasse estadual do ICMS Verde.
Assim, a Tabela 161, apresenta resumidamente a operacionalidade da
Estrutura Financeira de Saquarema:
375
Tabela 161 - Estrutura Financeira
Recursos
Abastecimento de Água
Esgotamento Sanitário
Drenagem e Manejo de
Águas Pluviais Urbanas
Limpeza Urbana e Manejo de
Resíduos Sólidos
1
Não
Sim (todos)
Sim (maior parte)
2
CAJ
Não
Sim
3
FECAM (SEA, INEA)
FECAM (SEA, INEA), DER
FECAM (SEA, INEA)
4
Sim (ao Município)
Não
Sim
Fonte: SERENCO, 2.013.
As dotações orçamentárias municipais, especificamente na rubrica dos
investimentos, representaram em Saquarema, para 2.013, um montante de R$
70.935.300,00, ou seja, 31,6% do orçamento municipal. É possível observar
que este investimento, ou parte dele, poderá vir a se constituir em forte
ingresso financeiro anual no setor saneamento básico, se assim for a decisão
dos poderes públicos municipais constituídos.
Destaca-se ainda, que no caso de implantação da taxa de resíduos
sólidos, o tesouro municipal ficará desonerado anualmente de cerca de R$ 4,5
milhões, podendo esse montante ser acrescido na rubrica municipal dos
investimentos (R$ 70 milhões), isto é, disponibilizando aproximadamente R$
74,5 milhões para o setor saneamento básico.
Para os recursos provenientes da CAJ (3ºTA), estão previstos
investimentos, conforme Tabela 162.
Tabela 162 - Investimentos previstos pela CAJ
Investimentos previstos
Esgotamento sanitário
R$ 0,00¹
Abastecimento de Água
R$ 2.382.000,00²
TOTAL
R$ 2.382.000,00
¹ Os investimentos previstos pela CAJ serão complementares aos previstos no PMSB
²39,7% do total de investimentos previstos (R$ 6.000.000,00)
Fonte: SERENCO, 2.013.
376
Os valores repassados pelo Governo do Estado (através do ICMS
Verde)
incorporados
aos
recursos
orçamentários
municipais
estão
apresentados na Tabela 163.
Tabela 163 - Repasse de recursos financeiros do Governo do Estado através do ICMS
Verde (2012)
ICMS Verde (2012)
IRTE
R$ 1.182.209,00
IRDC
R$ 0,00
IRRV
R$ 0,00
IRMA
R$ 0,00
TOTAL
R$ 1.182.209,00
Fonte: INEA, 2.013.
Observa-se ainda que:
 O Município não investe recursos orçamentários em abastecimento de
água e esgotamento sanitário;
 O Município assume todas as despesas com drenagem e manejo de
águas pluviais urbanas;
 O Município assume a maior parte das despesas com Limpeza Urbana e
Manejo de Resíduos Sólidos;
 Há cobrança de taxa de resíduos sólidos, porém vinculada ao IPTU, que
não cobre todas as despesas;
 A CAJ arrecada as taxas/tarifas do abastecimento de água e
esgotamento sanitário para sustentabilidade dos sistemas e para
remuneração dos serviços prestados, investindo ainda, os recursos
programados pelo Termo Aditivo em vigor;
 O FECAM (SEA, INEA) investe em obras, equipamentos e serviços nos
quatro sistemas, através de repasses de recursos à Prefeitura Municipal;
 Através de parceria firmada, o DER-RJ cede equipamentos e elabora
projetos para drenagem de águas pluviais, e,
 O Município recebe recursos, do ICMS Verde (somente esgotamento
sanitário) e os incorpora ao Orçamento Municipal.
377
Resume-se na Tabela 164, os investimentos necessários para os
próximos 20 (vinte) anos para atendimento aos programas elencados nas
proposições anteriormente detalhados.
Tabela 164 - Recursos necessários por serviço
SERVIÇOS
VALOR TOTAL
Abastecimento de água¹
R$ 61.077.259,00
Esgotamento sanitário
R$ 555.538.954,70
Drenagem e manejo de águas pluviais urbanas
R$ 151.248.000,00
Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos
R$ 44.660.733,89
TOTAL
R$ 812.524.947,59
¹ 39,7% de R$ 153.847.000,00
Fonte: SERENCO, 2.013.
Conclui-se portanto, que a capacidade de investimento em saneamento
básico por parte do Município de Saquarema (orçamento municipal), Estado do
Rio de Janeiro (ICMS Verde), e da CAJ (investimentos previstos no 3.º TA)
poderá estimativamente atingir o seguinte montante:
Tabela 165 - Capacidade de investimento em 20 anos
CAPACIDADE DE INVESTIMENTO
Dotações
orçamentárias
(50%
do
total
de
investimentos previstos = R$ 35.000.000,00 x 20 anos)
R$ 700.000.000,00
Disponibilização de recursos orçamentários próprios
pelo recebimento da Taxa de Lixo = R$ 4.5000.000,00 x
R$ 90.000.000,00
20 anos
Concessionária Águas de Juturnaíba
R$ 2.382.000,00
Arrecadação de ICMS Verde x 20 anos
R$ 23.000.000,00
TOTAL
R$ 815.382.000,00
Fonte: SERENCO, 2.013.
Comparativamente, obtém-se a diferença entre a capacidade de
investimento analisada e o total de recursos necessários para as quatro
vertentes do saneamento básico, para os próximos vinte anos (Tabela 166).
378
Tabela 166 - Comparativo entre capacidade de investimento e recursos necessários
Capacidade de Investimento x Recursos necessários
Receita prevista
R$ 815.382.000,00
Recursos necessários
R$ 812.524.947,59
Superávit
R$ 2.857.052,41
Fonte: SERENCO, 2.013.
O Superávit apurado demonstra que há recursos suficientes para que
nos próximos 20 anos as metas deste Plano sejam atingidas no município de
Saquarema, sem que haja necessidade de recursos externos.
379
10 RECOMENDAÇÕES INSTITUCIONAIS
Tendo em vista a elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico
e do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, a serem disponibilizados
a todos os interessados e aos Municípios, em Consulta Pública, com o objetivo
de
colher
contribuições
consequentemente
na
dirigidas
Construção
à
da
construção
Versão
dos
Final,
mesmos
e
destacam-se
as
recomendações a seguir listadas.
10.1 Racionalização e sistematização dos serviços prestados
Para a racionalização e sistematização dos serviços prestados:
- abastecimento de água;
- esgotamento sanitário;
- limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, e,
- drenagem e manejo de águas pluviais urbanas, recomenda-se às futuras
Secretarias Municipais de Meio Ambiente implantação de Procedimentos
(Regulamentos) Normativos para todos os serviços prestados pela
iniciativa
pública
e/ou
privada
nas
quatro
áreas
anteriormente
relacionadas, sugerindo-se os seguintes procedimentos:

Administrativos – leitura e emissão de contas, verificação e
afeição
de
medidores,
suspensão/religação
do
fornecimento de água, execução de novas ligações de
água e/ou conexão de esgotamento sanitário, entre outros;

Técnicos – qualidade da água distribuída, qualidade dos
efluentes tratados de esgoto sanitário, entre outros;

Operacionais – de ETA’s, estações elevatórias, adutoras,
reservatórios, redes, perdas e água, de ETE’s, estações
elevatórias,
tomadas
em
tempo
macrodrenagem urbana, entre outros, e,
380
seco,
micro
e

Atendimento aos usuários pelos meios de comunicação
disponíveis ou pessoalmente.
As peculiaridades de cada Município deverão ser consideradas bem como
as características próprias de cada empresa Concessionária e dos respectivos
prestadores de serviços contratados.
10.2 Avaliações sistemáticas da efetividade, eficiência e eficácia dos
serviços prestados
As avaliações sistemáticas para aferição da efetividade, eficiência e
eficácia dos serviços prestados deverão ser implementadas através de
indicadores. Os indicadores para abastecimento de água, esgotamento
sanitário e limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos já estão consagrados
em nosso País, obedecendo ao disposto pelo Ministério das Cidades,
Secretaria Nacional de Saneamento, Sistema Nacional de Informações em
Saneamento Ambiental (Básico), SNIS. Deverão ser instituídos no Município de
Saquarema, seguindo os trâmites oficiais para seu encaminhamento. Quanto
aos indicadores de drenagem e manejo de águas pluviais urbanas, ainda não
estão disponibilizados, mas em breve serão instituídos. Os indicadores
sugeridos encontram-se no Anexo deste Versão Preliminar.
Essas avaliações ficam a cargo da Secretaria Municipal de Meio
Ambiente e seus dados armazenados em um banco de dados junto à
UGPLAN.
10.3 Instrumentos e mecanismos de divulgação, controle social na gestão
dos serviços de saneamento básico
O Plano deverá ter ampla divulgação por todos os meios de
comunicação disponibilizados pela Prefeitura Municipal de Saquarema.
Recomenda-se a criação de um Portal Saneamento, com acesso via Internet,
tendo em vista manter grande parte da população notificada das ações em
desenvolvimento. Cópias dos PMSB e do PGIRS deverão ser disponibilizadas
aos Centros de Ensino e Cultura do Município, às Bibliotecas, Associações de
Classe, entre outras. O processo tem por objetivo divulgar as características,
381
critérios e procedimentos recomendados pelo Plano, bem como, em fases
posteriores, os resultados de desempenho físico-financeiro e de gestão para
subsidiar um nova etapa de planejamento, quando das revisões do Plano.
Quanto aos mecanismos de participação e controle social na gestão dos
serviços de saneamento básico, o PMSB e o PGIRS remete às Conferências
Anuais de Saneamento Básico a serem realizadas anualmente, ao Conselho
Municipal de Meio Ambiente, à Secretaria Municipal de Meio Ambiente
(Ouvidoria), ao Arranjo Institucional para Gestão do Saneamento Básico para a
Região dos Lagos a ser instituído, aos Prestadores de Serviços (Ouvidoria), à
Agência Reguladora, ao PROCON e em última instância à Promotoria Pública.
Essas recomendações e outras que certamente serão acrescentadas
após a consulta e a audiência pública a serem efetivadas serão inseridas na
Versão Final do PMSB de Saquarema.
10.4 Sustentabilidade dos Sistemas
De fundamental importância, tendo em vista os desafios financeiros dos
próximos vinte anos, é a cobrança de taxas/tarifas em busca da
sustentabilidade de cada setor.
10.5 Integração Institucional
Finalmente, sugere-se uma forte ação de integração institucional, tendo
em vista a universalização dos sistemas de saneamento básico do Município
de Saquarema. O PMSB poderá vir a ser o grande aglutinador de ideias, as
quais fomentarão a execução dos programas, projetos e ações propostas para
que as metas do Plano sejam atingidas. O arranjo institucional proposto, em
complementação ao arranjo institucional presente, deverá ter como ponto focal,
a integração de todos com o apoio da população local.
382
11
ACOMPANHAMENTO DO PLANO
De suma importância, após a implantação do PMSB e seu PGIRS,
deverá ser instituído um modelo de acompanhamento dos mesmos através de
instrumentos de avaliação e monitoramento dos Programas, Planos, Projetos e
Ações propostas e detalhadas anteriormente.
11.1 Instrumentos de Avaliação e Monitoramento
Os mecanismos e procedimentos para a avaliação sistemática da
eficiência e eficácia das ações programadas e participação social constituem
um aspecto explicitamente previsto no escopo da Lei nº.11.445/2007, onde o
legislador pretendeu, na normalização deste tema, fazer com que os contratos
estabelecidos como decorrência da execução do PMSB sigam rigorosamente
as diretrizes deste instrumento de planejamento. Neste contexto, a avaliação e
o monitoramento assumem um papel fundamental como ferramenta de gestão
e sustentabilidade do Plano.
Segundo a Escola Nacional de Administração Pública (ENAP), podemos
entender avaliação como:
“prática de atribuir valor a ações. No caso dos projetos,
programas e políticas do governo, significa uma atividade cujo
objetivo é de maximizar a eficácia dos programas na obtenção
dos seus fins e a eficiência na alocação de recursos para a
consecução dos mesmos.”
Ainda segundo a ENAP, podemos entender mais detalhadamente:
“Avaliação: Ferramenta que contribui para integrar as atividades
do ciclo de gestão pública. Envolve tanto julgamento como
atribuição de valor e mensuração. Não é tarefa neutra, mas
comprometida com princípios e seus critérios. Requer uma
cultura, uma disciplina intelectual e uma familiaridade prática,
amparadas em valores. Deve estar presente, como componente
estratégico, desde o planejamento e formulação de uma
intervenção, sua implementação (os consequentes ajustes a
383
serem adotados) até as decisões sobre sua manutenção,
aperfeiçoamento, mudança de rumo ou interrupção, indo até o
controle.”
Quanto ao monitoramento, a ENAP nos diz:
“Monitoramento:
Também
conhecido
como
avaliação
em
processo, trata-se da utilização de um conjunto de estratégias
destinadas a realizar o acompanhamento de uma política,
programa ou projeto. É uma ferramenta utilizada para intervir no
curso de um programa, corrigindo sua concepção. É o exame
contínuo dos processos, produtos, resultados e os impactos das
ações
realizadas.
O
monitoramento
permite
identificar
tempestivamente as vantagens e os pontos frágeis na execução
de um programa e efetuar os ajustes necessários à maximização
dos seus resultados e impactos.”
Instrumentos de Controle Social
Conselho Municipal de Meio Ambiente
Os Conselhos provêm do princípio da participação comunitária
(Constituição de 1988) tendo origem em experiências de caráter informal
sustentadas por movimentos sociais. Os Conselhos têm o intuito de se firmar
como um espaço de co-gestão entre o estado e a sociedade.
384
Audiência Pública
A audiência pública se destina a obter manifestações e provocar debates
em sessão pública especificamente designada acerca de determinada matéria.
É considerada uma instância no processo de tomada da decisão
administrativa ou legislativa.
Consulta Pública
É o mecanismo que possibilita que o cidadão comum opine sobre
questões técnicas utilizado por diversos órgãos da administração pública e por
algumas entidades na elaboração de projetos, resoluções ou na normatização
de um determinado assunto.
Conferência
A Conferência Municipal de Saneamento Básico é realizada a cada dois
anos, servindo para subsidiar a formulação da política e a elaboração ou
reformulação do PMSB. É uma forma eficaz de mobilização, por permitir a
democratização das decisões e o controle social da ação pública.
Instrumentos de Gestão
• Política Municipal de Saneamento Básico;
• Plano Municipal de Saneamento Básico;
• Estruturação Administrativa;
• Fundo Municipal de Meio Ambiente;
• Sistema Municipal de Informações em Saneamento Básico;
• Instrumentos regulatórios setoriais e gerais da prestação dos serviços.
Instrumentos de Avaliação
A fim de acompanhar o processo de efetivação quantitativa e qualitativa
das ações e demandas planejadas, se faz relevante a adoção de indicadores
para avaliação das diretrizes apresentadas no plano (aplicada pelo município).
Como instrumentos de avaliação do PMSB do Município de Saquarema
serão adotados os Indicadores do Sistema Nacional de Informações Sobre
Saneamento – SNIS, os quais têm sido utilizados pela quase totalidade das
Operadoras de Serviços de Água e Esgoto e Resíduos Sólidos existentes no
385
Brasil, e o monitoramento se dará pelo acompanhamento e análise do
processo de avaliação.
As informações são fornecidas pelas instituições responsáveis pela
prestação dos serviços. O SNIS recebe as informações mediante um aplicativo
de coleta de dados. Os programas de investimentos do Ministério das Cidades,
incluindo o PAC – Programa de Aceleração do Crescimento exigem o envio
regular de dados ao SNIS, como critério de seleção, de hierarquização e de
liberação de recursos financeiros.
O ente regulador, AGENERSA, e os prestadores de serviços, deverão,
de comum acordo, estabelecer o processo de avaliação conjunta com os
setores abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e
manejo de resíduos sólidos, e drenagem e manejo de águas pluviais urbanas.
Novos indicadores poderão ser criados e aplicados, conforme demanda
da Prefeitura Municipal de Saquarema e detalhadas nas fichas das metas e
ações anteriormente particularizadas.
A implantação de software conjugando os diferentes instrumentos
existentes permitirá a construção de um site disponibilizando à população de
Cabo Frio o acesso a todas as informações disponíveis sobre a gestão
integrada dos serviços prestados.
11.2 Ações de Emergências e Contingências
As ações para emergências e contingências buscam destacar as
estruturas disponíveis e estabelecer as formas de atuação dos órgãos
operadores, tanto de caráter preventivo como corretivo, procurando elevar o
grau de segurança e a continuidade operacional das instalações afetadas com
os serviços de saneamento.
Na operação e manutenção dos serviços de saneamento deverão ser
utilizados mecanismos locais e corporativos de gestão, no sentido de prevenir
ocorrências indesejadas através do controle e monitoramento das condições
físicas das instalações e dos equipamentos visando minimizar ocorrência de
sinistros e interrupções na prestação dos serviços.
386
Em caso de ocorrências atípicas, que extrapolam a capacidade de
atendimento local, os órgãos operadores deverão dispor de todas as estruturas
de apoio (mão de obra, materiais e equipamentos), de manutenção estratégica,
das áreas de gestão operacional, de controle de qualidade, de suporte como
comunicação, suprimentos e tecnologias de informação, dentre outras. A
disponibilidade de tais estruturas possibilitará que os sistemas de saneamento
básico mantenham a segurança e a continuidade operacional comprometidas
ou paralisadas.
As ações de caráter preventivo, em sua maioria, buscam conferir grau
adequado de segurança aos processos e instalações operacionais, evitando
descontinuidades nos serviços. Como em qualquer atividade, no entanto, existe
a possibilidade de ocorrência de situações imprevistas. As obras e os serviços
de engenharia em geral, e as de saneamento em particular, são planejadas
respeitando-se determinados níveis de segurança resultantes de experiências
anteriores e expressos em legislações e normas técnicas específicas.
Ao considerar as emergências e contingências, foram propostas, de
forma conjunta, ações e alternativas que o executor deverá levar em conta no
momento de tomada de decisão em eventuais ocorrências atípicas, e, ainda,
foram considerados os demais planos setoriais existentes e em implantação,
que devem estar em consonância com o PMSB e o PGIRS.
Destaca também as ações que podem ser previstas para minimizar o
risco de acidentes, e orientar a atuação dos setores responsáveis para
controlar e solucionar os impactos causados por situações críticas não
esperadas,
387
11.2.1 Abastecimento de água
11.2.2 Esgotamento Sanitário
11.2.3 Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas
As ações para emergências e contingências buscam estabelecer as
formas de atuação dos órgãos operadores, tanto de caráter preventivo como
corretivo, procurando elevar o grau de segurança e a continuidade operacional
das instalações e áreas afetadas por alagamentos e deslizamentos que
eventualmente sejam atingidas por precipitações elevadas visando minimizar a
ocorrência de sinistros.
388
A participação da Defesa Civil, uma vez estruturada adequadamente e
de posse do PLANCON constituir-se-á em forte elemento de apoio no
desenvolvimento das ações de emergências e contingências.
A tabela a seguir, apresenta um elenco de ações a serem tomadas em
casos de emergências e contingências.
Tabela 167 – Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas
Ocorrência
Origem
1.
Alagamento Boca de Lobo e Ramal
localizado
assoreado/entupido.
Sub-dimensionamento da rede
existente.
Deficiência nas declividades da
via pública.
Deficiência no engolimento das
bocas de lobo.
2.
Inundação, Deficiência no dimensionamento
enchente provocada da calha do curso d’água.
por transbordamento
de Rio ou Córrego
Assoreamento
Estrangulamento do curso d’água
por estruturas de travessias
existentes.
Impermeabilização descontrolada
da bacia.
3. Mau cheiro exalado Interligação
clandestina
de
pelas bocas de lobo
esgoto nas galerias.
Lixo orgânico lançados na boca de
lobo.
4. Deslizamento
encostas
de Ocupação de áreas de forma
inadequada de uso e ocupação
do solo.
Ações
Comunicação à Defesa Civil para verificação dos
danos e riscos à população.
Comunicação à Secretaria Municipal de Serviços
Públicos para limpeza da área afetada e
desobstrução de redes e ramais.
Estudo e verificação dos sistema de drenagem
existente para corrigir o problema existente.
Sensibilização e participação da comunidade
através de iniciativas de educação evitando o
lançamento de lixo nas vias públicas e nas
captações.
Comunicação à Defesa Civil.
Comunicação às Secretarias Municipais de
Obras e Serviços Públicos.
Estudo para controle das cheias nas bacias.
Medidas para proteger pessoas e bens situados
nas zonas críticas de inundação.
Limpeza e desassoreamento dos córregos com
utilização de equipamentos mecanizados.
Estudo para controle de ocupação urbana.
Sensibilização e participação da comunidade
através de iniciativas de educação evitando o
lançamento de lixo nas vias públicas e nas
captações.
Comunicação à operadora de serviços de
esgotamento sanitário para detecção do ponto
de lançamento e regularização da ocorrência.
Limpeza de boca de lobo.
Sensibilização e participação da comunidade
através de iniciativas de educação evitando o
lançamento de lixo nas vias públicas e esgoto
nas captações.
Acionar a Defesa Civil.
Comunicação às Secretarias de Urbanismos e
Obras.
Fonte: SERENCO, 2.013.
389
11.3 Banco de Dados Georreferenciados
Na sequência é apresentado o primeiro inventário relacionado à elaboração do
PRODUTO 10 (Banco de Dados de Saneamento).
11.3.1 Localização
Para representação dos mapas de localização foram utilizados os
arquivos de divisão política das unidades federativas (IBGE, 2.012), as regiões
hidrográficas do estado do Rio de Janeiro (INEA, 2.012) e os limites municipais
do estado Rio de Janeiro (IBGE, 2.010).
11.3.2 População
O banco de dados populacional foi adquirido de duas fontes contendo os
setores censitários dos oito municípios inseridos na Bacia Hidrográfica Lagos
São João. São dois grupos de dados para cada município. O primeiro
proveniente da Malha Digital municipal do estado do Rio de Janeiro (IBGE,
2.010) e o outro do programa ESTATCART (ESTATCART, 2.010).
11.3.3 Malha Digital
A malha digital contém a divisão dos setores censitários com atributos
como distritos, subdistritos e bairros.
11.3.4 ESTATCART
A base do Sistema de Recuperação de Informações Georreferenciadas,
ESTATCART – Setores Censitários contém a divisão dos setores censitários e
tabela de atributos vinculada com 186 atributos para cada setor. As
informações para cada setor censitário são referentes à situação do setor
censitário, domicílios e características da população. As definições de cada
atributo são definidas pelo IBGE (2.011).
11.3.5 Áreas de Preservação
As áreas de preservação federais foram adquiridas junto ao ICMBio –
Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade do Ministério de Meio
Ambiente (ICMBIO, 2012).
390
As áreas de preservação estaduais são provenientes do Consórcio
Intermunicipal Lagos São João - CILSJ. As demais áreas de preservação
municipais foram fornecidas pelas respectivas prefeituras.
11.3.6 Base
É definido como base, os arquivos que caracterizam a configuração do
território, como vias, hidrografia, planimetria, altimetria.
As vias urbanas foram obtidas do cadastro de água da Concessionária
Águas de Juturnaíba – CAJ e do cadastro de água da PROLAGOS S/A –
Concessionária de Serviços Públicos de Água e Esgoto.
A hidrografia foi adquirida junto ao CILSJ que forneceu o banco de
dados de origem do IBGE, escala 1:50.000. O CILSJ também forneceu a
altimetria, com curvas de nível equidistantes de 10 metros, de origem das
ortofotos da AMPLA Energias e Serviços S.A.. A hidrografia tem sido atualizada
para escalas menores tanto com arquivos de prefeituras, como das
concessionárias.
11.3.7 Bacias Hidrográficas
As bacias hidrográficas da Região dos Lagos e micro bacias foram
obtidas junto ao CILSJ. Devido a menor escala nas curvas de nível de Armação
dos Búzios, as micro bacias foram alteradas para este município.
11.3.8 Prefeitura Municipal de Saquarema
A prefeitura de Saquarema forneceu dois arquivos em CAD em escala
1:50.000. Abairramento e zoneamento. No entanto ambos estão fora de
projeção. Nos arquivos também constam informações das vias interurbanas,
distritos e lagoas.
391
11.3.9 Levantamento com aparelho GPS
A SERENCO utilizou equipamento de rastreamento de Posicionamento
Global de Satélites – GPS para o cadastro das unidades de saneamento dos
oito municípios da Região dos Lagos.
O equipamento é da Marca Leica para Topografia e Geodésia, modelo
SR-20, rastreamento de código C/A e portadora L1 de 12 satélites simultâneos,
com precisão de até 5 a 10 mm + 2ppm, com medições de fase L1 após 9
minutos de rastreamento.
Figura 69 - Leica GPS SR-20.
Os dados coletados foram importados para o software Leica Geo Office
e suavizados. O processo de suavização consiste na triangulação dos dados
diários coletados pelo aparelho GPS com os dados diários coletados pela Rede
Brasileira de Monitoramento Contínuo do IBGE. O levantamento dos dados foi
realizado sobre as seguintes condições mínimas: presença de pelo menos 4
satélites, ângulo de inclinação de corte de 15º (que consiste no ângulo mínimo
no horizonte abaixo do qual os satélites disponíveis não são considerados para
medição), e DOP igual ou inferior a 6 (Geometria dos satélites, que consiste no
formato da constelação de satélite no momento de medição, caracterizando
que quanto menor, melhor a distribuição dos satélites).
A rede brasileira de monitoramento consiste em bases fixas de
rastreamento de satélites operando 24 horas, espalhadas pelo Brasil. Os dados
são acessados pelo site do IBGE em http://www.ibge.gov.br/geociencias/rbmc.
392
Depois de processados e analisados os horários de falhas e de
intervalos com baixo índice de rastreamento DOP, o processamento resulta em
uma base de dados em coordenadas WGS84 UTM 23S suavizada. Todos os
pontos apresentam precisão superior a 40 cm.
O banco de dados gerado possui até o fechamento deste inventário 269
pontos levantados, sendo 6 pontos administrativos, 89 do sistema água, 103 do
sistema esgoto, 36 do sistema de resíduos sólidos e 5 pontos da região rural
de Cabo Frio. O banco de dados foi formado com os seguintes atributos: Data
de Vistoria, Cidade, Ponto Identificação, Empresa (CAJ, PROLAGOS, outras)
Sistema (Água, Esgoto, Resíduos, Saneamento Rural), Tipo (ETE, ETA,
Elevatória, Barragem, etc.), Código (Nome utilizado pelas concessionárias:
EEE Pontinha), Coordenadas UTM x e y.
11.4 Divulgação do Plano
O Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB, deverá ter ampla
divulgação por todos os meios de comunicação disponibilizados pela Prefeitura
Municipal de Saquare,a. Sugere-se a criação de um Portal Saneamento, com
acesso via Internet, tendo em vista manter grande parte da população
notificada das ações em desenvolvimento. Cópias do PMSB deverão ser
disponibilizadas aos Centros de Ensino e Cultura do Município, às Bibliotecas,
Associações de Classes, entre outras.
O processo tem por objetivo divulgar as características, critérios e
procedimentos recomendados pelo Plano, bem como, em fases posteriores, os
resultados de desempenho físico-financeiro e gestão para subsidiar uma nova
etapa de planejamento, quando da revisão do Plano.
Especificamente a divulgação tem como objetivos:

Garantir que as instituições públicas e privadas, bem como as
concessionárias prestadoras de serviço, tenham amplo conhecimento
das ações do Plano e suas respectivas responsabilidades;

Manter mobilizada a população e assegurar o amplo conhecimento das
ações necessárias para a efetiva implementação do mesmo, bem como
das suas responsabilidades, e,
393

Transparecer as atividades do Plano;
Os conteúdos e estratégias levarão em conta os seguintes conteúdos
mínimos necessários:

Estratégias
e
políticas
federais,
estaduais
e
municipais
sobre
Saneamento Básico;

Princípios, objetivos e diretrizes do PMSB;

Objetivos específicos e metas de cada Setor do PMSB;

Programas e projetos a serem implantados para o operacionalização do
Plano, e,

Procedimentos, avaliação e monitoramento do PMSB.
O principal meio de divulgação a ser utilizado será o Sistema de
Informações de Saneamento Básico de Saquarema, o SISSA a ser criado, e ali
devem estar disponíveis todas as informações pertinentes, conforme o PMSB.
O SISSA deverá estar interligado ao portal da PMS, e deverá ser de fácil
localização.
Assim, devem ser utilizados os seguintes meios de comunicação:

Sistema de Informações de Saneamento Básico de Saquarema, o
SISSA;

Conferência Municipal de Saneamento Básico;

Realização de Seminários e Palestras em parceria com ONG’s e
instituições de ensino;

Meios de Comunicação Massiva: jornal, rádio, televisão;

Capacitações e Treinamentos para servidores;

Elaboração de uma cartilha explicativa do PMSB, e,

Boletins, panfletos, pôster, cartazes, entre outros.
O responsável pela divulgação do Plano, necessariamente deve ser o
Titular dos serviços também responsável pela elaboração do Plano. Portanto a
Prefeitura Municipal de Saquarema, através do órgão Municipal incumbido do
Planejamento e Gestão do Saneamento Básico, deverá ser o responsável pela
divulgação do PMSB. Atualmente este órgão é a Secretaria Municipal de
Comunicação, que por sua vez deverá executar as seguintes ações:
394

Implantação do Sistema de Informações de Saneamento Básico de
Saquarema (SISSA);

Alocação de técnicos especializados em supervisão, acompanhamento
e contratação dos serviços para elaboração de cartilhas, boletins e
panfletos, e meios de divulgação, e,

Estabelecimento de um serviço de recepção de queixas e denúncias
sobre o andamento do Plano (Ouvidoria).
Utilizando a própria estrutura e capacidade da Prefeitura Municipal de
Saquarema, deverão ser realizadas as seguintes atividades:

Compatibilização com outros sistemas de informações municipais e
atualização permanente das informações disponibilizadas através do
SISSA;

Auxiliar o futuro Conselho Municipal de Saneamento Básico para
realização da Conferência Municipal de Saneamento Básico, garantindo
a participação de (i) representantes, lideranças e técnicos das
instituições públicas e população civil organizada; (ii) Representantes de
ONG’s
(comunidades,
associações,
cooperativas
e
outros);
(iii)
Representantes das instituições técnicas regionais. Para este evento
deverá ser preparada uma cartilha informativa para garantir o acesso às
informações pertinentes ao evento, e divulgar o material e ata através do
SISSA;

Realizar palestras e seminários abordando os conceitos das atividades
do plano, apresentando a proposta de programação ao futuro Conselho
Municipal de Saneamento Básico, para sua avaliação e recomendações.
Para estes eventos deverão ser preparados materiais informativos para
garantir o acesso às informações pertinentes ao evento, e divulgar o
material e ata através do SISSA;

Capacitações e Treinamentos para servidores através de reuniões
especiais e oficinas para amplo conhecimento das ações do plano, bem
como das responsabilidades de cada entidade para uma efetiva
implementação do PMSB, e,
395

Produção de Boletins, cartilhas, cartazes, pôsteres, panfletos que
serão utilizados e/ou entregues com motivo dos seminários, palestras,
treinamento e outros eventos e divulgação do Plano. Trata-se de
objetivar em linguagem simples e resumida os conteúdos do Plano para
facilitar sua compreensão aos membros da sociedade civil organizada,
poderes executivos, legislativo e judiciário, bem como das entidades
privadas e população em geral.
396
12 DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE SALUBRIDADE AMBIENTAL, TENDO
EM VISTA A HIERARQUIZAÇÃO PARA IMPLANTAÇÃO DOS
PROGRAMAS.
Após a realização do diagnóstico, dos cenários futuros e estabelecidas
as metas e as diretrizes para o saneamento básico de Saquarema, faz-se
necessária a adoção de uma metodologia que permita hierarquizar as áreas de
intervenção prioritária, buscando assim uma solução gradual das carências dos
serviços. Deste modo, foi adotada metodologia adaptada da Lei Nacional de
Saneamento Básico apresentada pelo Ministério das Cidades, do Livro I –
Instrumentos das políticas e da gestão dos serviços públicos de Saneamento
Básico.
Para a construção dos índices setoriais foram utilizados os indicadores
de qualificação dos serviços de cada setor de saneamento básico
(abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem urbana e resíduos
sólidos) e agregaram-se outros aspectos importantes (densidade demográfica,
morbidade e índice de desenvolvimento humano) em sua concepção. A partir
destes índices setoriais foi possível o estabelecimento do Índice de Salubridade
Ambiental (ISA) do município, que possibilitou uma avaliação global de todos
os setores de saneamento. Abaixo estão descritos os índices setoriais
considerados:
I.
O Índice de abastecimento de água (Iab), que quantifica e qualifica os
serviços de abastecimento de água;
II.
O Índice de esgotamento sanitário (Ies), que quantifica e qualifica os
serviços de esgotamento sanitário;
III.
O Índice de drenagem urbana (Idr), que quantifica e qualifica os
serviços de drenagem urbana;
IV.
O Índice de resíduos sólidos (Irs), que quantifica e qualifica os
serviços de manejo de resíduos urbanos; e
V.
O Índice de Densidade Demográfica (Idd), que quantifica o grau de
ocupação por km²;
O Índice de Morbidade (Imor), que quantifica os casos de doenças
infecciosas e parasitárias registradas no município;
O Índice de Desenvolvimento Humano (Idh), que mede o grau de
desenvolvimento econômico e a qualidade de vida da população; e
VI.
VII.
397
VIII.
O Índice de salubridade ambiental (ISA), que quantifica e qualifica os
serviços de saneamento básico do Município e sua fragilidade
ambiental.
É importante destacar que os índices para cada setor e para a
salubridade ambiental foram calculados considerando um número de 0,0 à 1,0,
sendo que o valor 1,0 representa a universalização do atendimento e a
salubridade ambiental, sendo assim, quanto mais próximo deste número maior
e melhor será o atendimento pelos serviços de saneamento básico.
12.1 Índice de Abastecimento de Água (Iab)
Os municípios de Saquarema, Araruama e Silva Jardim são atendidos
pela Concessionário Águas de Juturnaíba – CAJ, quanto à porcentagem de
atendimento da população com o sistema de abastecimento de água, as metas
vigentes da concessão são as constantes no Contrato de Concessão, conforme
a seguir.
Tabela 168 - Metas de Níveis de Atendimento (Contrato de Concessão)
ANO
Água
3 (2.001)
80%
8 (2.006)
85%
13 (2.011)
90%
20 (2.018)
95%
25 (2.023)
100%
Fonte: Contrato de concessão - CAJ
As metas existentes dizem respeito à área de concessão como um todo.
Comparando-se a quantidade de economias residenciais existentes no ano de
2.012 informada pela CAJ e o número de domicílios totais estimados também
para o ano de 2.012 (projeção feita pela Serenco no produto 6), pode-se
calcular o nível de atendimento atual com o sistema de abastecimento de água
do Município de Saquarema e também da área de concessão.
398
Tabela 169 - Níveis de Atendimento (2012)
Economias
Projeção de
Município
residenciais
domicílios totais
(2013)
(2013)
Araruama
42.184
58.948
Saquarema
13.003
36.371 (*)
Silva Jardim
2.567
5.714 (*)
Total da Concessão
57.754
101.033
%
atendimento
71,56%
35,75%
44,92%
57,16%
(*) estimativa de domicílios da área de concessão
Fonte: SERENCO, 2.013.
Portanto o Índice de Abastecimento de Água - Iab de Saquarema
estimado pela Serenco é de:
I ab  0,3575
12.2 Índice de Esgotamento Sanitário (Ies)
O cálculo do Ies foi formulado a partir do indicador de cobertura por
serviço de esgotamento sanitário (IAes), e do indicador de rede separativa de
esgotamento sanitário (Ires).
O Índice de Cobertura por serviços de esgotamento sanitário – Iaes, foi
estimado utilizando o cálculo da carga orgânica, conforme consta no Produto 7,
sendo estimado um atendimento de 21% da população residente.
O Município de Saquarema não conta com rede separativa de
esgotamento sanitário, portanto o Ires é 0%.
I es  IAes  0,5  I res  0,5
Onde:
Ies = índice de esgotamento sanitário;
IAes = indicador de cobertura por serviço de esgotamento sanitário;
Ires = indicador de rede separativa de esgotamento sanitário;
I es  0,21 0,5  0,0  0,5
I es  0,105
399
12.3 Índice de Resíduos Sólidos (Irs)
O índice de resíduos sólidos expressa a cobertura dos serviços de coleta
convencional e seletiva de lixo (IAcc e IAcs).
Onde:
Irs = índice de resíduos sólidos;
IAcc = indicador de cobertura por serviço de coleta convencional de resíduos sólidos ;
IAcs = indicador de cobertura por serviço de coleta seletiva de resíduos sólidos.
 Indicador de cobertura por serviço de coleta convencional de
resíduos sólidos (IAcc)
O indicador que expressa a cobertura do serviço de coleta convencional
do setor de resíduos sólidos foi formulado segundo a população atendida com
o serviço de coleta de lixo convencional. Segundo a Prefeitura Municipal, 100%
da população total é atendida por serviço de coleta de lixo convencional. Sendo
assim, para a formulação do IAcc considerou-se como população atendida pelo
serviço de coleta convencional 100% da população.
Portanto:
IAcc  1
 Indicador de cobertura por serviço de coleta seletiva de resíduos
sólidos (IAcs)
O indicador que expressa a cobertura do serviço de coleta seletiva de
resíduos sólidos foi formulado segundo a população atendida com o serviço de
coleta seletiva porta a porta. Segundo a Prefeitura Municipal, 0% da população
total é atendida por coleta seletiva. Sendo assim, para a formulação do IAcs
considerou-se como população atendida pelo serviço de coleta seletiva 0% da
população total.
I rs  1 0,5  0  0,5
400
I rs  0,5
12.4 Índice de Drenagem Urbana (Idu)
Atualmente não é possível a formulação de um indicador de cobertura
por serviços de drenagem urbana devido à falta de cadastro das unidades que
compõem o sistema. Por isso, o Índice de drenagem (Idr) é expresso pela
composição dos indicadores de condições dos canais e galerias de
macrodrenagem (Icm) e de riscos de inundação (Iri), conforme a seguinte
equação:
I dr  I cm  0,5  I ri  0,5
Idr = índice de drenagem urbana;
Icm = indicador de condições dos canais e galerias de macrodrenagem;
Iri = indicador de risco de inundação para drenagem urbana;
 Indicador de condições dos canais e galerias de macrodrenagem
(Icm)
Para agregar as condições atuais do sistema de macrodrenagem ao
índice de drenagem (Idr) adotou-se o Icm, que integra as seguintes
características dos canais e galerias: estado de manutenção, presença de
áreas de preservação, presença de lixo e impermeabilização do solo.
Onde:
Icm = Indicador de condições do sistema de macrodrenagem;
Iema = Indicador do estado de manutenção;
Ipli = Indicador de presença de lixo, e,
Iimp = Indicador de impermeabilização.
401
 Sub-indicador do estado de manutenção (Iema)
Para caracterizar o estado de conservação dos canais e galerias de
drenagem existentes no Município alguns sub-indicadores foram utilizados. O
sub-indicador do estado de manutenção foi criado a fim de que as
características dos canais e galerias quanto ao seu estado de manutenção
fossem classificadas em satisfatórias, insatisfatórias e inexistentes. Para cada
uma destas classificações foi atribuída uma pontuação de acordo com a Tabela
170. Desta forma, os canais e galerias com estado de manutenção inexistente
obtiveram menor pontuação.
Tabela 170 - Nota atribuída às condições dos canais e galerias de drenagem do
município quanto ao seu estado de manutenção.
Fonte: SERENCO, 2.013.
Para o município de Saquarema, foi adotado o valor de 0,0, pois nos
canais e galerias existentes não são efetuadas manutenções rotineiras.
 Sub-indicador de presença de lixo (Ipli)
A fim de priorizar as áreas onde a presença de lixo é significativa foram
atribuídas notas a este sub-indicador de acordo com as condições em que se
encontram os canais e galerias de drenagem. O Ipli recebeu classificação alta,
média e baixa, sendo atribuída uma nota para cada uma destas, conforme
Tabela 171.
402
Tabela 171 - Nota atribuída às condições dos canais e galerias de drenagem do
município quanto à presença de lixo nos mesmos.
Presença de lixo nos canais e galerias
Peso
Baixa
1,00
Média
0,60
Alta
0,30
Fonte: SERENCO, 2.013.
Como em Saquarema, foi possível detectar a presença de lixo nos
canais e no desague nos corpos receptores, portanto o valor adotado para este
indicador foi 0,6.
 Sub-indicador de impermeabilização (Iimp)
A impermeabilização do solo foi outra variável levada em consideração
na construção do Icm. O aumento na impermeabilização do solo aumenta a
vazão nos canais e galerias de drenagem, potencializando os riscos de
inundações. Portanto, na formulação do sub-indicador de impermeabilização, a
maior nota foi atribuída aos locais onde a impermeabilização do solo é alta,
conforme Tabela 172.
Tabela 172 - Nota atribuída às condições dos canais e galerias de drenagem do
município quanto à impermeabilização do solo de bacias contribuintes.
Impermeabilização do solo
Peso
Alta
0,30
Média
0,60
Baixa
1,00
Fonte: SERENCO, 2.013.
403
Saquarema é uma cidade urbanizada e possui um alto índice de
impermeabilização, portanto o valor adotado para este indicador foi 0,3.
Logo, o indicador para os canais e galerias de macrodrenagem é:
 Indicador de risco de inundação para drenagem urbana (Iri)
Devido à problemática da drenagem urbana no Município estar
associada às situações de risco de inundações, foram adotados os critérios de
risco de inundação, classificados em alto, médio e baixo.
Tabela 173 - Nota atribuída às condições de risco de inundação do município de
Saquarema
Risco de inundação
Peso
Alta
0,30
Média
0,60
Baixa
1,00
Fonte: SERENCO, 2.013.
Os levantamentos feitos em campo demonstram um médio risco de
inundação na região urbana do município, portanto este indicador obteve valor
de 0,60.
I ri  0,60
Logo, o Índice de Drenagem Urbana para Saquarema é:
I dr  0,24 0,5  0,6 0,5
I dr  0,42
404
12.5 Índice de densidade demográfica (IDD)
Com os valores de densidade demográfica de Saquarema e dos outros
sete (7) municípios da Região, foi possível obter-se uma proporção,
relacionando este índice (variando de 22,77 hab./km² para Silva Jardim até
453,75 hab./km² para Cabo Frio) a um indicador de densidade demográfica
com valores de 0,0 a 1,0, sendo 1,0 o mais denso e 0,0 o menos denso. Pois
quanto mais adensado é o município menor a necessidade de infraestrutura de
saneamento.
Região dos Lagos
Densidade
(hab./km²)
Indicador de
densidade
Cabo frio
453,75
1
Iguaba Grande
439,91
0,97
Armação dos Búzios
392,16
0,86
São Pedro da Aldeia
332,79
0,72
Saquarema
209,96
0,43
Araruama
175,55
0,35
Arraial do Cabo
172,91
0,35
Silva Jardim
22,77
0
Fonte: SERENCO, 2.013.
I dd  0,43
405
12.6 Índice de morbidade (IMOR)
A fim de se agregar um critério epidemiológico aos índices setoriais de
água e esgoto, conforme diretrizes da Política Nacional de Saneamento,
morbidade ou morbilidade é a taxa de portadores de determinada doença em
relação ao número de habitantes não doentes, em um local em dado momento.
Define-se a morbidade como o comportamento das doenças e dos agravos à
saúde em uma população. A taxa de morbidade se refere aos indivíduos de um
determinado território (país, estado, município, distrito municipal, bairro) que
adoeceram em virtude da mesma doença em um dado intervalo do tempo. Foi
utilizado o percentual de morbidade para algumas doenças infecciosas e
parasitárias, diretamente relacionada às condições de salubridade do
Município. Para o município de Saquarema estão disponíveis os dados apenas
para o município como um todo.
Tabela 174 - Distribuição Percentual das internações (%) por Grupo de Causas e Faixas
Etárias
Grupo de causas
Meno
r1
1a4
5a9
10 a
14
15 a
19
20 a
49
50 a
64
65 e
mais
60 e
mais
Total
Algumas doenças infecciosas e parasitárias
16,39
26,56
17,11
9,38
3,65
3,12
4,40
8,84
7,91
5,93
Fonte: DATASUS, 2.009.
I mor  1 0,0593
I mor  0,9407
A equação deste indicador (Imor) reflete um peso que é inversamente
proporcional ao cálculo do Índice, ou seja, quanto menor o número de casos de
doenças infecciosas e parasitárias, maior será seu peso, pois representa que o
município não tem muitos casos de doenças relacionadas a salubridade
ambiental e consequentemente do saneamento básico.
406
12.7 Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) consiste em uma medida
comparativa de pobreza, alfabetização, educação, esperança de vida,
natalidade e outros fatores, podendo ser aplicadas entre países, estados e
municípios. Este indicador pode ser entendido como uma maneira de avaliação
e medida do bem-estar de uma população, especialmente infantil. O IDH
permite medir o desenvolvimento de uma população além da dimensão
econômica. É calculado com base na: renda familiar per capita; expectativa de
vida; taxa de alfabetização de maiores de 15 anos. Variando de zero a um, o
IDH classifica os municípios segundo três níveis de desenvolvimento humano:
 Municípios com baixo desenvolvimento humano (IDH até 0,5);
 municípios com médio desenvolvimento humano (IDH entre 0,5 e 0,8);
 municípios com alto desenvolvimento humano (IDH acima de 0,8).
Saquarema está classificado com um índice de médio desenvolvimento
humano.
Tabela 175 - IDH do município de Saquarema
IDH
ANO SAQUAREMA (RJ)
IDH -Médio
IDHM-Renda
IDHM-Longevidade
IDHM-Educação
1991
2000
1991
2000
1991
2000
1991
2000
0,678
0,762
0,623
0,705
0,684
0,733
0,728
0,848
Fonte: SERENCO, 2.013. (Produto3)
I dh  0,762
407
12.8 Índice de Salubridade Ambiental (ISA)
O ISA, instrumento de definição de intervenção, foi construído a partir do
somatório ponderado dos índices setoriais referentes ao saneamento básico.
Os índices setoriais foram utilizados com pesos diferenciados de acordo
com a maior carência de atendimento e importância na salubridade ambiental.
Os setores de saneamento receberam pesos proporcionais, sendo (0,2)
para esgotamento sanitário, abastecimento de água, drenagem de águas
pluviais e manejo de resíduos sólidos. Para os outros índices foi atribuído ao
índice de morbidade peso (0,1), pois apresenta direta relação com a
salubridade ambiental do município, ao índice de densidade demográfica (0,05)
e ao índice de desenvolvimento humano (0,05).
Na sua construção, tanto os indicadores e índices setoriais, como o
próprio ISA, assumem uma variação teórica de zero a um, sendo que, quanto
mais próximo da unidade, maior é a carência, maiores os riscos sanitários e/ou
menos ambientalmente salubre é a região avaliada.
Assim, o ISA, assumiu a seguinte formulação:
Onde:
ISA = Índice de Salubridade Ambiental;
Iab = Índice de abastecimento de água;
Ies = Índice de esgotamento sanitário;
Irs = Índice de resíduos sólidos;
Idr = Índice de drenagem urbana;
Idd = Índice de Densidade Demográfica;
Imor = Índice de Morbidade; e
Idh = Índice de Desenvolvimento Humano.
ISA  0,3575  0,20  0,105  0,20  0,5  0,20  0,42  0,20  0,43  0,05  0,9407  0,1  0,762  0,05
ISA  0,43
A aplicação ideal desta metodologia é para determinar as áreas de
intervenção prioritária dentro do município. Porém, para que seja possível esta
408
aplicação, precisam existir dados por distritos ou unidades de planejamento
municipais, dados estes não disponíveis para o município de Saquarema.
Desta forma, fica como recomendação do Plano, que o município
comece a gerar dados por distritos ou unidades de planejamento municipais,
para que na revisão do PMSB esta metodologia seja aplicada definindo a
hierarquização das intervenções no município, tarefa a ser assumida pela
futura UGPLAN a ser criada junto a Secretaria Municipal de Saneamento
Básico.
De acordo com os indicadores analisados o ISA de Saquarema é 0,43, o
que representa que existem deficiências nos setores de saneamento básico no
município e que intervenções se fazem necessárias para melhorar o seu índice
de salubridade ambiental obedecendo-se aos programas, projetos e ações
propostos anteriormente.
409
13 RESULTADOS DA AVALIAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE
SANEAMENTO BÁSICO DO MUNICÍPIO
Por solicitação adicional do INEA, foi elaborada avaliação da prestação
dos serviços de saneamento básico do município, através de capacitação dos
Presidentes de Associações de Bairros com a distribuição e a coleta de
questionários, os quais foram respondidos pela população, tabuladas e
apresentadas nos anexos.
410
14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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414
15 ANEXOS
15.1 Anotação de Responsabilidade Técnica – ART
415
15.2 Minutas da Legislação Proposta
15.2.1 Dispõe sobre a Política Municipal de Saneamento Básico
ANTEPROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº______/2013
Dispõe sobre a Política Municipal de Saneamento Básico, cria o Conselho
Municipal de Saneamento Básico e o Fundo Municipal de Saneamento Básico,
e dá outras providências.
A Câmara Municipal de _________,Estado do Rio de Janeiro, aprovou e eu,
Prefeito Municipal, sanciono a seguinte Lei:
CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Art. 1º A Política Municipal de Saneamento Básico de ______________, com
fundamento na Lei Federal n°. 11.445/07, tem como objetivo, respeitadas as
competências da União e do Estado, melhorar a qualidade da sanidade pública
e manter o meio ambiente equilibrado buscando o desenvolvimento
sustentável e fornecendo diretrizes ao poder público e à coletividade para a
defesa, conservação e recuperação da qualidade e salubridade ambiental,
cabendo a todos o direito de exigir a adoção de medidas nesse sentido.
Parágrafo único. Para os efeitos desta lei considera-se saneamento básico o
conjunto de serviços, infraestrutura e instalações operacionais de:
I - abastecimento de água potável: constituído pelas atividades, infraestruturas
e instalações necessárias ao abastecimento público de água potável, desde a
captação até as ligações prediais e respectivos instrumento de medição;
II - esgotamento sanitário: constituído pelas atividades, infraestruturas e
instalações operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição final
adequados dos esgotamentos sanitários, desde as ligações prediais até o seu
lançamento final no meio ambiente;
III - limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: conjunto de atividades,
infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo,
tratamento e destino final do dos resíduos sólidos domésticos e dos resíduos
sólidos originários da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas,
inclusive a triagem para fins de reuso, reciclagem ou compostagem, e os
416
serviços de varrição, capina e poda de árvores em vias e logradouros públicos
e outros eventuais serviços pertinentes à limpeza pública;
IV - drenagem e manejo de águas pluviais urbanas: conjunto de atividades,
infraestruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas
pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões
de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas
urbanas.
Art. 2º Os recursos hídricos não integram os serviços de saneamento básico.
Parágrafo único. A utilização de recursos hídricos na prestação de serviços
públicos de saneamento básico, inclusive para a disposição ou diluição de
esgotamento sanitário e outros resíduos líquidos, é sujeita a outorga de direito
de uso, nos termos da Lei Federal nº. 9.433, de 08 de janeiro de 1997, de seus
regulamentos e da legislação estadual.
Art. 3º Não constitui serviço público de saneamento básico a ação executada
por meio de soluções individuais, desde que o usuário não dependa de
terceiros para operar os serviços, bem como as ações de saneamento básico
de
responsabilidade
privada,
incluindo
o
manejo
de
resíduos
de
responsabilidade do gerador.
Art. 4º O resíduo sólido originário de atividades comerciais, industriais e de
serviços cuja responsabilidade pelo manejo não seja atribuída ao gerador
pode, por decisão do poder público, ser considerado resíduo sólido urbano.
Art. 5º Para o estabelecimento da Política Municipal de Saneamento Básico
serão observados os seguintes princípios fundamentais:
I – universalização do acesso;
II - integralidade, compreendida como o conjunto de todas as atividades e
componentes de cada um dos diversos serviços de saneamento básico,
propiciando à população o acesso na conformidade de suas necessidades e
maximizando a eficácia das ações e resultados;
III - abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo
de resíduos sólidos realizados de formas adequadas à saúde pública e à
proteção do meio ambiente;
417
IV - disponibilidade, em todas as áreas urbanas, de serviços de drenagem e de
manejo das águas pluviais adequados à saúde pública e à segurança da vida
e do patrimônio público e privado;
V - adoção de métodos, técnicas e processos que considerem as
peculiaridades locais e regionais;
VI - articulação com políticas de desenvolvimento urbano e regional, de
habitação, de combate à pobreza e de sua erradicação, de proteção ambiental,
de promoção da saúde e outras de relevante interesse social voltadas para a
melhoria da qualidade de vida, para as quais o saneamento básico seja fator
determinante;
VII - eficiência e sustentabilidade econômica;
VIII - utilização de tecnologias apropriadas, considerando a capacidade de
pagamento dos usuários e a adoção de soluções graduais e progressivas;
IX - transparência das ações, baseada em sistemas de informações e
processos decisórios institucionalizados;
X - controle social;
XI - segurança, qualidade e regularidade;
XII - integração das infraestruturas e serviços com a gestão eficiente dos
recursos hídricos.
CAPÍTULO II
DO INTERESSE LOCAL
Art. 6º Para o cumprimento do disposto no art. 30 da Constituição Federal e na
Lei Orgânica do Município de __________, no que concerne ao saneamento
básico, consideram-se como de interesse local:
I - o incentivo à adoção de posturas e práticas sociais e econômicas
ambientalmente sustentáveis;
II - a adequação das atividades e ações econômicas, sociais, urbanas e rurais
e do Poder Público, às imposições do equilíbrio ambiental;
III - a busca permanente de soluções negociadas entre o Poder Público, a
iniciativa privada e sociedade civil para a redução dos impactos ambientais;
418
IV - a adoção no processo de planejamento, de normas relativas ao
desenvolvimento urbano e econômico que priorizem a proteção ambiental, a
utilização adequada do espaço territorial e dos recursos naturais e que
possibilitem novas oportunidades de geração de emprego e renda;
V - a ação na defesa e conservação ambiental no âmbito regional e dos
demais municípios vizinhos, mediante convênios e consórcios;
VI - a defesa e conservação das áreas de mananciais, das reservas florestais
e demais áreas de interesse ambiental.
VII - o licenciamento e fiscalização ambiental com o controle das atividades
potencial ou efetivamente degradadoras e poluidoras;
VIII - a melhoria constante da qualidade do ar, da água, do solo, da paisagem
e dos níveis de ruído e vibrações, mantendo-os dentro dos padrões técnicos
estabelecidos pelas legislações de controle de poluição ambiental federal,
estadual e municipal no que couber;
IX - o acondicionamento, a coleta, o transporte, o tratamento e a disposição
final dos resíduos sólidos;
X – captação, o tratamento e a distribuição de água, assim como o
monitoramento de sua qualidade;
XI - a coleta, a disposição e o tratamento do esgotamento sanitário;
XII - o reaproveitamento de efluentes destinados a quaisquer atividades;
XIII - a drenagem e a destinação final das águas pluviais;
XIV - o cumprimento de normas de segurança no tocante à manipulação,
armazenagem e transporte de produtos, substâncias, materiais e resíduos
perigosos ou tóxicos;
XV - a conservação e recuperação dos rios, córregos e matas ciliares e áreas
florestadas;
XVI - a garantia de crescentes níveis de salubridade ambiental, através do
provimento de infra-estrutura sanitária e de condições de salubridade das
edificações, ruas e logradouros públicos;
419
XVII - monitoramento de águas subterrâneas visando à manutenção dos
recursos hídricos para as atuais e futuras gerações, exigindo o cumprimento
da legislação.
Art. 7º No acondicionamento, coleta, transporte, tratamento e disposição final
dos resíduos sólidos deverão ser observados, além de outros previstos, os
seguintes procedimentos:
I - acondicionamento separado do resíduo sólido orgânico doméstico dos
resíduos passíveis de reciclagem e a coleta seletiva destes;
II - acondicionamento, coleta e destinação própria dos resíduos hospitalares e
dos serviços de saúde;
III - os resíduos industriais, da construção civil, agrícolas, entulhos, poda de
árvores e rejeitos nocivos à saúde e ao meio ambiente, como: pilhas, baterias,
acumuladores elétricos, lâmpadas fluorescentes e pneus, não poderão ser
depositados no aterro sanitário;
IV - utilização do processo de compostagem dos resíduos orgânicos, sempre
que possível e viável;
§ 1º A separação e o acondicionamento dos resíduos de que trata o inciso I é
de responsabilidade do gerador, sendo a coleta, transporte e destino final de
responsabilidade do Município no caso em que a produção semanal do
gerador não seja superior a 600 (seiscentos) litros.
§ 2º O acondicionamento, coleta, transporte e disposição final dos resíduos de
que trata os incisos I e II é de responsabilidade do gerador.
§ 3º Os resíduos da construção civil, poda de árvores e manutenção de
jardins, até 1m³ (um metro cúbico), produzido a cada 30 (trinta) dias por
unidade geradora, e os objetos volumosos poderão ser encaminhados às
estações de depósitos (ecopontos) indicados pela Prefeitura ou recolhido por
esta nos locais geradores conforme definição da Administração.
§ 4º Os resíduos da construção civil e de poda de árvores e manutenção de
jardins poderão ser coletados pela Prefeitura, quando não superior a 30 (trinta)
quilos e dimensões de até 40 (quarenta) centímetros e acondicionado
separadamente dos demais resíduos.
420
§ 5º Constitui infração grave a não separação dos resíduos recicláveis nas
áreas ou nas atividades determinadas pelo Poder Público Municipal.
§ 6º A deposição de qualquer espécie de resíduo gerado em outro município
no Município de __________ só poderá ser feita se autorizado por este.
CAPÍTULO III
DOS
ÓRGÃOS
EXECUTORES
DA
POLÍTICA
MUNICIPAL
DE
SANEAMENTO BÁSICO
Art. 8º A Política Municipal de Saneamento Básico de ___________será
executada pela Secretaria Municipal de Saneamento Básico, e distribuída de
forma transdisciplinar em todas as secretarias e órgãos da Administração
Municipal, respeitadas as suas competências.
CAPÍTULO IV
DA EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO
Art. 9º Os serviços básicos de saneamento de que trata o parágrafo único do
art. 1º desta Lei poderão ser executados das seguintes formas:
I - de forma direta pela Prefeitura ou por órgãos de sua administração indireta;
II - por empresa contratada para a prestação dos serviços através de processo
licitatório;
III - por empresa concessionária escolhida em processo licitatório de
concessão, nos termos da Lei Federal nº. 8.987/95;
IV - por gestão associada com órgãos da administração direita e indireta de
entes públicos federados por convênio de cooperação ou em consórcio
público, através de contrato de programa, nos termos do art. 241 da
Constituição Federal e da Lei Federal nº. 11.107/05.
§ 1º A prestação de serviços públicos de saneamento básico por entidade que
não integre a administração municipal depende de celebração de contrato,
sendo vedado a sua disciplina mediante convênios, termos de parceria ou
outros instrumentos de natureza precária.
§ 2º Excetuam do disposto no parágrafo anterior os serviços autorizados para
usuários organizados em cooperativas, associações ou condomínios, desde
que se limite a:
421
a) determinado condomínio;
b) localidade de pequeno porte, predominantemente ocupada por população
de baixa renda, onde outras formas de prestação apresentem custos de
operação e manutenção incompatíveis com a capacidade de pagamento dos
usuários.
§ 3º Da autorização prevista no parágrafo anterior deverá constar a obrigação
de transferir ao titular os bens vinculados aos serviços por meio de termo
específicos, com os respectivos cadastros técnicos.
Art. 10. São condições de validade dos contratos que tenham por objeto a
prestação de serviços públicos de saneamento básico;
I - a existência de estudo comprovando a viabilidade técnica e econômicofinanceira da prestação universal e integral dos serviços;
II - a existência de normas de regulação que prevejam os meios para o
cumprimento das diretrizes desta Lei, incluindo a designação da entidade ou
órgão de regulação e de fiscalização;
III - a realização prévia de audiência e de consulta públicas sobre o edital de
licitação, no caso de concessão, e sobre a minuta do contrato.
Art. 11. Nos casos de serviços prestados mediante contratos de concessão ou
de programa, as normas previstas no inciso II do artigo anterior deverão
prever:
I - a autorização para a contratação dos serviços, indicando os respectivos
prazos e a área a ser atendida;
II - inclusão, no contrato, das metas progressivas e graduais de expansão dos
serviços, de qualidade, de eficiência e de uso racional da água, da energia e
de outros recursos, em conformidade com os serviços a serem prestados;
III - as prioridades de ação, compatíveis com as metas estabelecidas;
IV - as condições de sustentabilidade e equilíbrio econômico-financeiro da
prestação de serviços, em regime de eficiência, incluindo:
a) o sistema de cobrança e a composição de taxas e tarifas;
b) a sistemática de reajustes e de revisões de taxas e tarifas;
c) a política de subsídios;
422
V - mecanismos de controle social nas atividades de planejamento, regulação
e fiscalização dos serviços;
VI - as hipóteses de intervenção e de retomada dos serviços.
§ 1º Os contratos não poderão conter cláusulas que prejudiquem as atividades
de regulação e de fiscalização ou de acesso ás informações sobre serviços
contratados.
§ 2º Na prestação regionalizada, o disposto neste artigo e no anterior poderá
se referir ao conjunto de municípios por ela abrangidos.
Art. 12. Nos serviços públicos de saneamento básico em que mais de um
prestador execute atividade interdependente com outra, a relação entre elas
deverá ser regulada por contrato e haverá órgão único encarregado das
funções de regulação e de fiscalização.
Parágrafo único. Na regulação deverá ser definido, pelos menos:
I - as normas técnicas relativas à qualidade e regularidade dos serviços aos
usuários e entre os diferentes prestadores envolvidos;
II - as normas econômicas e financeiras relativas às tarifas, aos subsídios e
aos pagamentos por serviços prestados aos usuários e entre os diferentes
prestadores dos serviços;
III - a garantia de pagamento de serviços prestados entre os diferentes
prestadores dos serviços;
IV - os mecanismos de pagamento de diferenças relativas a inadimplemento
dos usuários, perdas comerciais e físicas e outros créditos devidos, quando for
o caso;
V - o sistema contábil específico para os prestadores que atuem em mais de
um Município.
Art. 13. O contrato a ser celebrado entre os prestadores de serviços a que se
refere o artigo anterior deverá conter cláusulas que estabeleçam pelo menos:
I - as atividades ou insumos contratados;
II - as condições recíprocas de fornecimento e de acesso à atividades ou
insumos;
423
III - o prazo de vigência, compatível com as necessidades de amortização de
investimentos, e as hipóteses de sua prorrogação;
IV - os procedimentos para a implantação, ampliação, melhoria e gestão
operacional das atividades;
V - os direitos e deveres sub-rogados ou os que autorizam a sub-rogação;
VI - as hipóteses de extinção, inadmitida a alteração e a rescisão
administrativas unilaterais;
VII - as penalidades a que estão sujeitas as partes em caso de
inadimplemento;
VIII - a designação do órgão ou entidade responsável pela regulação e
fiscalização das atividades ou insumos contratados.
CAPÍTULO V
DA PARTICIPAÇÃO REGIONALIZADA EM SERVIÇOS DE SANEAMENTO
BÁSICO
Art. 14. O Município poderá participar de prestação regionalizada de serviços
de saneamento básico que é caracterizada por:
I - um único prestador do serviços para vários Municípios, contíguos ou não;
II - uniformidade de fiscalização e regulação dos serviços, inclusive sua
remuneração;
III - compatibilidade de planejamento.
§ 1º Na prestação de serviços de que trata este artigo, as atividades de
regulação e fiscalização poderão ser exercidas:
a) por órgão ou entidade de ente da Federação a que o titular tenha delegado
o exercício dessas competências por meio de convênio de cooperação técnica
entre entes da Federação, obedecido o disposto no art. 241 da Constituição
Federal;
b) por consórcio público de direito público integrado pelos titulares dos
serviços.
§ 2º No exercício das atividades de planejamento dos serviços a que se refere
o caput deste artigo, o titular poderá receber cooperação técnica do Estado e
basear-se em estudos fornecidos pelos prestadores.
424
Art. 15. A prestação regionalizada de serviços públicos de saneamento básico
poderá ser realizada por:
I - órgão, autarquia, fundação de direito público, consórcio público, empresa
pública ou sociedade de economia mista estadual ou municipal;
II - empresa a que se tenha concedido os serviços.
§ 1º O serviço regionalizado de saneamento básico poderá obedecer o plano
de saneamento básico elaborado para o conjunto dos municípios.
§ 2º Os prestadores deverão manter sistema contábil que permita registrar e
demonstrar, separadamente, os custos e as receitas de cada serviço para
cada um dos municípios atendidos.
CAPÍTULO VI
DA REGULAÇÃO E CONTROLE
Art. 16. O exercício da função de regular não poderá ser exercido por quem
presta o serviço e atenderá aos seguintes princípios:
I - independência decisória, incluindo autonomia administrativa, orçamentária e
financeira do órgão regulador;
II - transparência, tecnicidade, celeridade, objetividade e fundamentação das
decisões.
Art. 17. São objetivos da regulação:
I - estabelecer padrões e normas para a adequada prestação dos serviços e
para a satisfação dos usuários;
II - garantir o cumprimento das condições e metas estabelecidas
III - prevenir e reprimir o abuso do poder econômico, ressalvada a competência
dos órgãos integrantes do sistema nacional de defesa da concorrência;
IV - definir tarifas que assegurem o equilíbrio econômico e financeiros dos
contratos como a modicidade tarifária, mediante mecanismos que induzem a
eficiência e eficácia dos serviços e que permitam a apropriação social dos
ganhos de produtividade;
V – definir as penalidades.
425
Art. 18. O órgão ou entidade reguladora editará normas relativas às dimensões
técnica, econômica e social de prestação dos serviços, que abrangerão, pelo
menos, os seguintes aspectos:
I - padrões e indicadores de qualidade da prestação dos serviços;
II - requisitos operacionais e de manutenção dos sistemas;
III - as metas progressivas de expansão e de qualidade dos serviços e os
respectivos prazos;
IV - regime, estrutura e níveis tarifários, bem como os procedimentos e prazos
de sua fixação, reajuste e revisão;
V - medição, faturamento e cobrança de serviços;
VI - monitoramento dos custos;
VII - avaliação da eficiência e eficácia dos serviços prestados;
VIII - plano de contas e mecanismos de informação, auditoria e certificação;
IX - subsídios tarifários e não tarifários;
X - padrões de atendimento ao público e mecanismo de participação e
informação;
XI - medidas de contingências e de emergências, inclusive racionamento.
§ 1º As normas previstas neste artigo deverão fixar prazo para os prestadores
de serviços comunicarem aos usuários as providências adotadas em face de
queixas ou de reclamações relativas aos serviços.
§ 2º O órgão ou entidade fiscalizadora deverá receber e se manifestar
conclusivamente sobe as reclamações que, a juízo do interessado, não tenham
sido suficientemente atendidas pelos prestadores dos serviços.
Art. 19. Em caso de gestão associada ou prestação regionalizada dos serviços,
poderão ser adotados os mesmos critérios econômicos, sociais e técnicos da
regulação em toda a área de abrangência da associação ou prestação.
Art. 20. Os prestadores de serviços de saneamento básico deverão fornecer ao
órgão ou entidade reguladora todos os dados e informações necessárias para
o
desempenho
de
suas
atividades,
na
regulamentares e contratuais.
426
forma
das
normas
legais,
§ 1º Inclui-se entre os dados e informações a que se refere o caput deste artigo
aquelas produzidas por empresas ou profissionais contratados para executar
serviços ou fornecer materiais e equipamentos específicos.
§ 2º Compreendem-se nas atividades de regulação a interpretação e a fixação
de critérios para a fiel execução dos contratos, dos serviços e para a correta
administração de subsídios.
Art. 21. Deve ser dada publicidade aos relatórios, estudos e decisões e
instrumentos equivalentes que se refiram à regulação ou a fiscalização dos
serviços, bem como aos direitos e deveres dos usuários e prestadores, a eles
podendo ter acesso qualquer do povo, independentemente da existência de
interesse direto.
§ 1º Excluem-se do disposto no caput deste artigo os documentos
considerados sigilosos em razão de interesse público relevante, mediante
prévia e motivada decisão.
§ 2º A publicidade a que se refere o caput deste artigo deverá se efetivar,
preferencialmente, por meio de site na internet.
Art. 22. É assegurado aos usuários dos serviços públicos de saneamento
básico:
I - amplo acesso a informações sobre os serviços prestados;
II - prévio conhecimento dos seus direitos e deveres e das penalidades a que
podem estar sujeitos;
III - acesso a manual de prestação do serviço e de atendimento ao usuário,
elaborado pelo prestador e aprovado pelo órgão ou entidade reguladora;
IV - acesso a relatório periódico sobre a qualidade da prestação dos serviços.
CAPÍTULO VII
DOS ASPECTOS ECONÔMICOS E SOCIAIS
Art. 23. Os serviços de saneamento básico de que trata esta Lei terão a
sustentabilidade econômico-financeira assegurada, sempre que possível,
mediante remuneração pela cobrança dos serviços:
427
I - de abastecimento de água e esgotamento sanitário: por tarifas e outros
preços públicos, que poderão ser estabelecidos para cada um dos serviços ou
conjuntamente;
II - de limpeza urbana e manejo de resíduos urbanos: por taxas ou tarifas e
outros preços públicos, em conformidade com o regime de prestação do
serviço ou de suas atividades;
III - de manejo de águas pluviais urbanas: na forma de taxa, em conformidade
com o regime de prestação do serviço ou de suas atividades.
§ 1º Na instituição das tarifas, preços públicos e taxas para aos serviços de
saneamento básico serão observadas as seguintes diretrizes:
a) ampliação do acesso dos cidadãos e localidades de baixa renda os
serviços;
b) geração dos recursos necessários para realização dos investimentos,
objetivando o cumprimento das metas e objetivos do serviço;
c) inibição do consumo supérfluo e do desperdício de recursos;
d) recuperação dos custos incorridos na prestação do serviço, em regime de
eficiência;
e) remuneração adequada do capital investido pelos prestadores dos serviços;
f) estímulo ao uso de tecnologias modernas e eficientes, compatíveis com os
níveis exigidos de qualidade, continuidade e segurança na prestação dos
serviços;
g) incentivo à eficiência dos prestadores dos serviços.
§ 2º O Município poderá adotar subsídios tarifários e não tarifários para os
usuários e localidades que não tenham capacidade de pagamento ou escala
econômica suficiente para cobrir o custo integral dos serviços.
Art. 24. Observado o disposto no artigo anterior, a estrutura de remuneração e
cobrança dos serviços públicos de saneamento básico poderá levar em
consideração os seguintes fatores:
I - categorias de usuários, distribuídos por faixas ou quantidades crescentes de
utilização ou de consumo;
II - padrões de uso ou de qualidade requeridos;
428
III - quantidade mínimo de consumo ou de utilização do serviço, visando à
garantia de objetivos sociais, como a preservação da saúde pública, o
adequado atendimento dos usuários de menor renda e a proteção do meio
ambiente;
IV - custo mínimo necessário para disponibilidade do serviço em quantidade e
qualidade adequadas;
V - ciclos significativos de aumento de demanda dos serviços, em períodos
distintos;
VI - capacidade de pagamento dos consumidores.
Art. 25. Os subsídios necessários ao atendimento de usuários e localidades de
baixa renda poderão ser:
I - diretos: quando destinados a usuários determinados;
II - indiretos: quando destinados ao prestador dos serviços;
III - tarifários: quando integrarem a estrutura tarifária;
IV - fiscais: quando decorrerem da alocação de recursos orçamentários,
inclusive por meio de subvenções;
V - internos a cada titular ou localidades: nas hipóteses de gestão associada e
de prestação regional.
Art. 26. As taxas ou tarifas decorrentes da prestação de serviço público de
limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos urbanos devem levar em
conta a adequada destinação dos resíduos coletados e poderão considerar em
conjunto ou separadamente:
I - o nível de renda da população da área atendida;
II - as características dos lotes urbanos, as áreas edificadas e a sua utilização;
III - o peso ou volume médio coletado por habitante ou por domicílio;
IV - consumo de água do domicílio.
Art. 27. A cobrança pela prestação do serviço público de drenagem e manejo
de águas pluviais urbanas deve levar em conta, em cada lote, os percentuais
de impermeabilização e a existência de dispositivos de amortecimento ou de
retenção de água de chuva, podendo considerar também:
I - o nível de renda da população da área atendida;
429
II - as características dos lotes urbanos, áreas edificadas e sua utilização.
Art. 28. O reajuste de tarifas de serviços públicos de saneamento básico será
realizado observando-se o intervalo mínimo de 12 (doze) meses, de acordo
com as normas legais, regulamentares e contratuais.
Art. 29. As revisões tarifárias compreenderão a reavaliação das condições da
prestação dos serviços e das tarifas praticadas e poderão ser:
I - periódicas, objetivando a distribuição dos ganhos de produtividade com os
usuários e a reavaliação das condições de mercado;
II - extraordinárias, quando se verificar a ocorrência de fatos não previstos no
contrato, fora do controle do prestador dos serviços, que alterem o seu
equilíbrio econômico-financeiro.
§ 1º As revisões tarifárias terão suas pautas definidas pela pelo órgão ou
entidade reguladora, ouvidos os usuários e os prestadores dos serviços.
§ 2º Poderão ser estabelecidos mecanismos tarifários de indução à eficiência,
inclusive fatores de produtividade, assim como de antecipação de metas de
expansão e qualidade dos serviços.
§ 3º O órgão ou entidade reguladora poderá autorizar o prestador dos serviços
a repassar aos usuários custos e encargos tributários não previstos
originalmente e por ele não administrados, nos termos da Lei Federal nº.
8.987/95.
Art. 30. As tarifas devem ser fixadas de forma clara e objetiva, devendo os
reajustes e as revisões tornados públicos com antecedência mínima de 30
(trinta) dias com relação à sua aplicação.
Parágrafo único. A fatura a ser entregue ao usuário final deverá ter seu
modelo aprovado pelo órgão ou entidade reguladora, que definirá os itens e
custos a serem explicitados.
Art. 31. Os serviços poderão ser interrompidos pelo prestador das seguintes
hipóteses:
I - situações de emergência que atinjam a segurança de pessoas e bens;
II - necessidade de efetuar reparos, modificações ou melhorias de qualquer
natureza no sistema;
430
III - negativa do usuário em permitir a instalação de dispositivo de leitura de
água consumida, após ter isso previamente notificado a respeito;
IV - manipulação indevida de qualquer tubulação, medidor ou outra instalação
do prestador, por parte do usuário;
V - inadimplemento do usuário do serviço de abastecimento de água, do
pagamento das tarifas, após ter sido formalmente notificado.
§ 1º As interrupções programas serão previamente comunicadas ao regulador
e aos usuários.
§ 2º A suspensão dos serviços prevista nos incisos III e V será precedida de
prévio aviso ao usuário, não inferior a 30 (trinta) dias da data prevista para a
suspensão.
§ 3º A interrupção ou a restrição do fornecimento de água por inadimplência a
estabelecimentos de saúde, a instituições educacionais e de internação de
pessoas e a usuário residencial de baixa renda beneficiário de tarifa social
deverá obedecer a prazos e critérios que preservem condições mínimas de
manutenção da saúde das pessoas atingidas.
Art. 32. Desde que previsto nas normas de regulação, grandes usuários
poderão negociar suas tarifas com o prestador dos serviços, mediante contrato
específico, ouvido previamente o regulador.
Art. 33. Os valores investidos em bens reversíveis pelos prestadores
constituirão créditos perante o titular, a serem recuperados mediante a
exploração dos serviços, nos termos das normas regulamentares e
contratuais.
§ 1º Não gerarão crédito perante o titular os investimentos feitos sem ônus
para o prestador, tais como os decorrentes de exigência legal aplicável à
implantação
de
empreendimentos
imobiliários
e
os
provenientes
de
subvenções ou transferências fiscais voluntárias.
§ 2º Os investimentos realizados, os valores amortizados, a depreciação e os
respectivos saldos serão anualmente auditados e certificados pelo órgão ou
ente regulador.
431
§ 3º Os créditos decorrentes de investimentos devidamente certificados
poderão constituir garantia de empréstimos aos delegatários, destinados
exclusivamente a investimentos nos sistemas de saneamento básico objeto do
respectivo contrato.
CAPÍTULO VIII
DOS ASPECTOS TÉCNICOS
Art. 34. O serviço prestado atenderá a requisitos mínimos de qualidade,
incluindo a regularidade, a continuidade e às condições operacionais e de
manutenção dos sistemas.
Art. 35. Toda edificação permanente urbana será conectada às redes públicas
de abastecimento de água e de esgotamento sanitário disponível e sujeita ao
pagamento das tarifas e de outros preços públicos decorrentes da conexão e
do uso desses serviços, ressalvadas as disposições em contrário da entidade
de regulação e do meio ambiente.
§ 1º Na ausência de redes públicas de saneamento básico, serão admitidas
soluções individuais de abastecimento de água e de esgotamento sanitário,
observadas as normas reguladoras.
§ 2º A instalação hidráulica predial legada à rede de abastecimento de água
não poderá ser também alimentada por outras fontes.
CAPÍTULO IX
DO FUNDO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO - FMSB
Art. 36. Fica criado o Fundo Municipal de Saneamento Básico – FMSB.
§ 1º Os recursos do FMSB serão aplicados no desenvolvimento do
saneamento básico no Município e como uma das fontes de receita mensal da
Agência Reguladora, sendo ambas as hipóteses autorizadas somente após
consulta e aprovação do Conselho Municipal de Saneamento Básico.
§ 2º Os recursos do FMSB poderão ser aplicados em ações emergenciais
relacionadas ao saneamento básico, desde que decretado Estado de
Emergência ou Calamidade Pública pelo Município.
432
Art. 37. O Fundo Municipal de Saneamento Básico – FMSB deverá possuir o
respectivo Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ e será vinculado à
Secretaria de Saneamento Básico.
Art. 38. Os recursos do FMSB serão provenientes de:
I – as transferências oriundas do orçamento geral do Município;
II – alienações patrimoniais, rendimentos e juros provenientes de aplicações
financeiras;
III – o produto de convênios firmados com outras entidades, inclusive de
gestões associadas para a prestação de Saneamento Básico, prevista na Lei
Federal nº 11.445/2007;
IV – o produto de arrecadação de multas e juros de mora por infração ao Fundo
Municipal de Saneamento Básico, bem como Ajustes de Conduta dele
oriundos;
V – a 1% (um por cento) do produto de arrecadação de cada uma das receitas
oriundas das atividades de captação, tratamento e distribuição de água, de
coleta e tratamento do esgotamento sanitário, serviços de coleta, transporte,
tratamento e destinação final de resíduos sólidos e serviços de drenagem
pluvial urbana;
VI – doações em espécie ou de bens feitas diretamente para este Fundo;
VII – valores recebidos a fundo perdido;
VIII – quaisquer outros recursos destinados ao Fundo.
§ 1º Os recolhimentos em espécie serão efetuados exclusivamente em conta
bancária exclusiva a serem criadas em instituições financeiras oficiais,
preferencialmente no Banco do Brasil S.A. ou Caixa Econômica Federal, sendo
autorizada sua alocação em aplicações de maior rentabilidade desde que não
possuam elevado grau de risco.
§ 2º Os bens móveis ou imóveis reputar-se-ão incorporados ao fundo quando
da efetiva tradição ou do registro da escritura pública.
Art. 39. O Orçamento e a Contabilidade do FMSB obedecerão às normas
estabelecidas pela Lei n° 4.320/64, bem como as instruções normativas do
433
Tribunal de Contas do Estado e da União e as estabelecidas no Orçamento
Geral do Município e de acordo com o princípio da unidade e universalidade.
§ 1º Os procedimentos contábeis do Fundo serão executados pela
Contabilidade Geral do Município.
§ 2º A administração executiva do FMSB será de exclusiva responsabilidade do
da Secretaria Municipal de Saneamento Básico, ouvido o Conselho Municipal
de Saneamento Básico.
CAPÍTULO X
DA CONFERÊNCIA MUNICIPAL ANUAL DE SANEAMENTO BÁSICO
Art. 40. A Conferência Municipal Anual de Saneamento Básico, parte do
processo de elaboração e revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico,
contará com a representação dos vários segmentos sociais e será convocada
pelo Chefe do Poder Executivo ou pelo Conselho Municipal de Saneamento
Básico e será realizada no mês de dezembro de cada ano.
§ 1º Preferencialmente serão realizadas pré-conferências de saneamento
básico como parte do processo e contribuição para a Conferência Municipal
Anual de Saneamento Básico.
§ 2º A Conferência Municipal Anual de Saneamento Básico terá sua
organização e normas de funcionamento definidas em regimento próprio,
aprovadas inicialmente pelo Conselho Municipal de Saneamento Básico e
posteriormente por Decreto, pelo Executivo Municipal.
CAPÍTULO XI
DO CONSELHO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
Art. 41. Fica criado o Conselho Municipal de Saneamento Básico como órgão
superior de assessoramento e consulta da administração municipal, com
funções fiscalizadoras e deliberativas no âmbito de sua competência, conforme
dispõe esta Lei.
Art. 42. São atribuições do Conselho Municipal de Saneamento Básico:
I - elaborar seu regimento interno;
II - dar encaminhamento às deliberações da Conferência Nacional de
Saneamento Básico;
434
III - articular discussões para a implementação do Plano Municipal de
Saneamento Básico;
IV - opinar sobre questões de caráter estratégico para o desenvolvimento da
cidade quando couber;
V - deliberar e emitir pareceres sobre propostas de alteração da Lei do Plano
Municipal de Saneamento Básico e dos Regulamentos dos serviços prestados;
VI - acompanhar a execução do desenvolvimento de planos e projetos de
interesse do desenvolvimento do Município;
VII - deliberar sobre projetos de lei de interesse da política do saneamento
básico municipal, antes do seu encaminhamento a Câmara;
VIII - acompanhar a implementação do Plano Municipal de Saneamento Básico
previsto nesta lei;
IX - apreciar e deliberar sobre casos não previstos na Lei do Plano Municipal
de Saneamento Básico e na legislação municipal correlata.
Art. 43. O Conselho será composto de 10 (dez) membros efetivos, além de
seus respectivos suplentes, com mandato de 02 (dois) anos, admitida a
recondução, sendo o Secretário Municipal de Saneamento Básico membro
nato, e os demais, nomeados por decreto do Prefeito, da seguinte forma:
I - cinco representantes do governo municipal, sendo indicados:
a) um pelo Conselho Municipal da Saúde;
b) um pelo Conselho Municipal do Meio Ambiente;
c) um pela Secretaria Municipal de Planejamento;
d) um pelas empresas prestadoras de serviços de saneamento básico
contratadas pelo Município.
II - um membro indicado por Organizações não-Governamentais;
III - dois membros indicados por entidades de representação profissional;
IV - dois membros indicados pelas associações de moradores.
§ 1º Os membros devem exercer seus mandatos de forma gratuita, vedada a
percepção de qualquer vantagem de natureza pecuniária.
§ 2º O suporte técnico e administrativo necessário ao funcionamento do
Conselho será prestado pela Secretaria Municipal de Saneamento Básico.
435
§ 3º As reuniões do Conselho são públicas, facultado aos munícipes solicitar,
por escrito e com justificativa, que se inclua assunto de seu interesse na pauta
da primeira reunião subsequente.
§ 4º O Conselho será presidido pelo titular da Secretaria Municipal de
Saneamento,
órgão
responsável
pela
implementação
do
Plano
de
Saneamento Básico, a as deliberações deverão ser aprovadas por voto da
maioria, cabendo ao presidente o voto de desempate.
Art. 44. São atribuições do Presidente do Conselho:
I - convocar e presidir as reuniões do Conselho;
II - solicitar pareceres técnicos sobre temas de relevante na área de
saneamento básico e nos processos submetidos ao Conselho;
III - firmar as atas das reuniões e homologar as resoluções e decisões.
CAPÍTULO XII
DA PARTICIPAÇÃO POPULAR
Art. 45. A Participação Popular tem por objetivo valorizar e garantir a
participação e o envolvimento da comunidade, de forma organizada, na gestão
pública e nas atividades políticas administrativas.
Art. 46. A garantia da participação dos cidadãos é responsabilidade do
governo municipal e tem por objetivos:
I - o pleno atendimento das aspirações coletivas no que se refere aos objetivos
e procedimentos à socialização do homem e a promoção do seu
desenvolvimento integral como indivíduo e membro da coletividade;
II - da gestão pública, influenciando nas decisões e no seu controle;
III - a permanente valorização e aperfeiçoamento do poder público como
instrumento a serviço da coletividade.
CAPÍTULO XIII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 47. Faz parte integrante desta Lei, como anexo, o volume do Plano
Municipal de Saneamento Básico de __________contendo o Plano de
Trabalho,
Diagnóstico,
Programas,
Projetos e
Ações e o
Processo
Participativo, aprovado pela Lei Municipal nº XXX de XXX de XXXX de 2013.
436
Art. 48. A Prefeitura Municipal e seus órgãos da administração indireta
competem promover a capacitação sistemática dos funcionários para garantir
a aplicação e a eficácia desta Lei e demais normas pertinentes.
Art. 49. O PMSB e sua implementação ficam sujeitos a contínuo
acompanhamento, revisão e adaptação às circunstâncias emergentes e será
revisto em prazo não superior 04 (quatro) anos.
Art. 50. Ao Poder Executivo Municipal compete dar ampla divulgação do
PMSB e das demais normas municipais referentes ao saneamento básico.
Art. 51. Os regulamentos dos serviços de abastecimento de água,
esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e
drenagem e manejo das águas pluviais urbanas serão propostos pelo ente ou
órgão regulador e baixados por decreto do Poder Executivo, após aprovação
do Conselho Municipal de Saneamento Básico.
Art. 52. Enquanto não forem editados os regulamentos específicos ficam em
uso as atuais normas e procedimentos relativos aos serviços de abastecimento
de água, esgotamentos sanitários, limpeza urbana e manejo de resíduos
sólidos urbanos e drenagem e manejo de águas pluviais urbanas, bem como
as tarifas e preços públicos em vigor, que poderão ser reajustadas anualmente
pelos índices de correção setoriais.
Art. 53. A regulação e fiscalização dos serviços de saneamento básico serão
realizados por pessoa jurídica constituída especificamente para este fim,
mediante edição da lei respectiva a ser editada no prazo de 60 (sessenta) dias
contados da publicação da presente lei.
Art. 54. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação,
revogadas todas as demais disposições em contrário.
Edifício da Prefeitura Municipal de ___________
Aos ____ de ______________ de 2013
Prefeito Municipal
437
15.2.2 Aprova o Plano Municipal de Saneamento Básico
PROJETO DE LEI _______/2013.
“APROVA O PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
DE_____________, ESTADO DO RIO DE JANEIRO E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS”.
O Prefeito do Município de_____________, Estado do Rio de Janeiro, no uso
de suas atribuições constitucionais,
Faço saber a todos os habitantes deste Município que a Câmara Municipal
aprovou e eu sanciono e promulgo a presente Lei, na forma da Lei Orgânica
Municipal.
TÍTULO I
DA POLÍTICA MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
CAPÍTULO I – DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Art. 1º - A Política Municipal de Saneamento Básico do Município
de_______________, Estado do Rio de Janeiro, parte do princípio que o
Município tem autonomia e competência, respeitadas as competências de
União e do Estado, para organizar, regular, controlar e promover a realização
dos serviços de saneamento básico de natureza local no âmbito de seu
território, respeitadas as condições gerais estabelecidas na legislação federal
sobre o assunto.
Art. 2º - O sistema de gestão municipal do Saneamento Básico será baseado
no exercício pleno da titularidade e da competência municipal, na
implementação de instâncias e instrumentos de ampla participação social e de
controle social sobre a prestação dos serviços em nível local, qualquer que seja
a natureza dos prestadores.
Art. 3º - As instâncias e instrumentos básicos para a Gestão da Política
Municipal de Saneamento Básico do Município de ____________________,
Estado do Rio de Janeiro serão constituídas por uma Conferência Municipal de
Saneamento Básico, por um Fundo Municipal de Saneamento Básico, pelo
Plano Municipal de Saneamento Básico, por uma Agência Reguladora dos
Serviços de Saneamento Básico, por um Ente Gestor para Prestação de
438
Serviços Municipais de Saneamento Básico e por um Sistema Municipal de
Informações em Saneamento Básico.
Art. 4º - Para os efeitos desta Lei considera-se:
I – Salubridade Ambiental como o estado de qualidade ambiental capaz de
prevenir a ocorrência de doenças relacionadas ao meio ambiente e de
promover o equilíbrio das condições ambientais e ecológicas que possam
proporcionar o bem estar da população.
II - Saneamento Básico - conjunto de serviços, infraestruturas e instalações
operacionais de:
a) abastecimento público de água potável, desde a captação até as ligações
prediais e respectivos instrumentos de medição;
b) esgotamento sanitário para coleta, transporte, tratamento e disposição final
adequada dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seu
lançamento final no meio ambiente;
c) limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos para coleta, transporte,
transbordo, tratamento e destinação final do resíduo doméstico e do originário
da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas;
d) drenagem e manejo de águas pluviais urbanas para transporte, detenção ou
retenção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição
final das águas pluviais drenadas na áreas urbanas.
TÍTULO II
DO PLANO DE SANEAMENTO AMBIENTAL
CAPÍTULO – DO PLANEJAMENTO
Art.5º - Estabelece a Lei Federal Nº 11.445, de 05 de janeiro de 2007, em seu
capítulo IV, artigo 19, que a prestação de serviços públicos de saneamento
básico observará plano, que poderá ser específico para cada serviço, o qual
abrangerá no mínimo:
I – diagnóstico da situação e de seus impactos nas condições de vida,
utilizando sistema de indicadores sanitários, epidemiológicas, ambientais e
socioeconômicos e apontando as causas das deficiências detectadas;
439
II – objetivos e metas de curto, médio e longo prazos para a universalização,
admitidas soluções graduais e progressivas, observando a compatibilidade com
os demais planos setoriais;
III – programas, projetos e ações necessárias para atingir os objetivos e as
metas, de modo compatível com os respectivos planos plurianuais e com
outros planos governamentais correlatos, identificando possíveis fontes de
financiamento;
IV – ações para emergências e contingências;
V – mecanismos e procedimentos para avaliação sistemática da eficiência e
eficácia das ações programadas.
Parágrafo I – Os planos de saneamento básico serão editados pelos titulares,
podendo ser elaborados com base em dados fornecidos pelos prestadores de
cada serviço.
Parágrafo II – A consolidação e compatibilização dos planos específicos de
cada serviço serão efetuadas pelos respectivos titulares;
Parágrafo III – Os planos de saneamento básico deverão ser compatíveis com
os planos das bacias hidrográficas em que estiverem inseridos.
Parágrafo
IV
–
Os
planos
de
saneamento
básico
serão
revistos
periodicamente, em prazo não superior a 4 (quatro) anos, anteriormente à
elaboração do Plano Prurianual do Município.
Parágrafo V – Será assegurada ampla divulgação das propostas do Plano de
Saneamento Básico e dos estudos que as fundamentem, inclusive com a
realização de audiências ou consultas públicas.
Parágrafo VI – A delegação de serviço de saneamento básico não dispensa o
cumprimento pelo prestador do respectivo plano de saneamento básico em
vigor à época da delegação.
Parágrafo VII – Quando envolverem serviços regionalizados os planos de
saneamento
básico
devem
ser
editados
em
conformidade
estabelecimento no art. 14 da Lei Federal Nº 11.1445/2007.
440
com
o
Parágrafo VIII – Exceto quando regional, o plano de saneamento básico deverá
englobar integralmente o território do ente da federação que o elaborou.
Parágrafo IX – Incumbe à entidade reguladora e fiscalizadora dos serviços a
verificação do cumprimento dos planos de saneamento por parte dos
prestadores de serviços, na forma das disposições legais, regulamentares e
contratuais.
CAPÍTULO III – DO PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO EM SI
Art.6º
-
Fica
instituído
o
Plano
Municipal
de
Saneamento
Básico
de_______________, Estado do Rio de Janeiro, destinado a articular, integrar
e coordenar recursos tecnológicos, humanos, econômicos e financeiros, com
vistas ao alcance de níveis crescentes de salubridade ambiental no território
municipal.
Art. 7º - O Plano Municipal de Saneamento Básico já elaborado por empresa
privada, contratada pelo INEA – Instituto Estadual do Ambiente, contempla um
período de 20 (vinte) anos, com revisões mínimas a cada 04 (quatro) anos,
apresenta os elementos a seguir especificados:
I – levantamento dos serviços de saneamento básico prestados à população,
diagnóstico da situação e apontamento das causas das deficiências
detectadas;
II – objetivos e metas a curto, médio e longo prazos para a universalização,
mediante soluções graduais e progressivas;
III – programa, projetos e ações necessárias para atingir os objetivos e as
metas, de modo compatível com os respectivos planos plurianuais e com
outros planos governamentais correlatos, identificando possíveis fontes de
financiamento;
IV – ações emergenciais e contingenciais;
V – identificação dos obstáculos de natureza política institucional, legal,
econômico-financeira, administrativa, cultural e tecnológica que se interpõem à
consecução dos objetivos e metas propostas e os meios para superá-los;
Art 8º - As revisões, avaliações e atualizações do Plano Municipal de
Saneamento Básico terão ampla discussão na Conferência Municipal de
441
Saneamento Básico, sendo assegurada a divulgação dos seus resultados, os
quais deverão ser aprovados pelo Conselho Municipal de Saneamento Básico.
Parágrafo único – A divulgação das propostas do Plano Municipal de
Saneamento Básico e dos estudos que as fundamentarem dar-se-á por meio
da disponibilização integral de seu conteúdo a todos os interessados, inclusive
por meio da rede mundial de computadores-Internet.
Art.9º - O Plano Municipal de Saneamento Básico deverá será aprovado pelo
Conselho Municipal de Saneamento Básico.
Art. 10° - Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação
Art. 11° - Revogam-se as disposições em contrário.
____________, RJ,______de_____________de 2.013.
Prefeito do Município de ____________
442
15.3 RESULTADOS DA AVALIAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE
SANEAMENTO BÁSICO DO MUNICÍPIO
443
APRESENTAÇÃO
Conforme Contrato Serenco/Inea, os Planos Municipais de Saneamento Básico
compreendem os Municípios de Araruama, Armação dos Búzios, Arraial do Cabo,
Cabo Frio, Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia, Saquarema e Silva Jardim, todos
situados na Região dos Lagos - RJ, dentro da Bacia Hidrográfica Lagos São João.
Este Relatório apresenta a metodologia e resultados da Pesquisa de Opinião Pública
para o desenvolvimento do Projeto de Comunicação e Mobilização Social em
Saquarema, em cumprimento à Lei 11.445/2007, onde está explícito que todos os
trabalhos devem ser desenvolvidos através de um modelo de planejamento
participativo e de caráter permanente, isto é, a participação e o envolvimento de toda
a sociedade deve ocorrer ao longo do período de elaboração dos Planos.
1. INTRODUÇÃO
Com o objetivo de medição do grau de satisfação dos serviços de abastecimento de
água, esgotamento sanitário, drenagem e manejo de águas pluviais urbanas, e
limpeza pública e manejo de resíduos sólidos, foi desenvolvida e aplicada uma
pesquisa quantitativa, tendo em vista a obtenção numérica das opiniões da
população e sobre os serviços prestados às comunidades.
Os dados obtidos reforçam os trabalhos de campo elaborados para a consolidação
dos diagnósticos setoriais em cada município.
2. METODOLOGIA
A apresentação das respostas com relação à pesquisa quantitativa é dada através
de recurso estatístico, normalmente sendo apresentada em porcentagens ou
médias. Como o objetivo é apurar as opiniões explicitas nas respostas coletadas nos
questionários aplicados aos entrevistados, o mesmo foi desenvolvido em cima de
perguntas “fechadas”, as quais apresentam um conjunto de alternativas de respostas
com o intuito de se obter aquela que melhor representa o ponto de vista da pessoa
entrevistada. Para buscar uma forma mais precisa e clara ao que se deseja, tal
procedimento deverá garantir a uniformidade de entendimento por parte dos
entrevistados, o que contribui para a eficácia, a precisão e a padronização dos
resultados.
Os dados apresentados foram baseados no total de 18.559 domicílios do município
de Saquarema, tentando abranger inicialmente 2% deste universo, com 369
questionários distribuídos, mas com o total de 90 questionários recebidos e
computados, conseguindo-se alcançar 0,48% do total de domicílios.
Deve-se observar que devido a não detecção de associações ativas de moradores
ativas ou líderes comunitários que representassem os distritos e a sede do
município, o questionário foi distribuído durante o 1° Seminário Local de Saquarema
e recolhido ao seu final, justificando-se assim o baixo percentual de cobertura.
A margem de erro adotado foi de 10% para mais ou para menos, usando como base
dois métodos para se chegar a este valor:
1) Tabela onde pode-se observar o método direto de obter-se aproximadamente
o valor da margem de erro, aproximadamente.
10%
2) Outro método utilizado por segurança e que acaba sendo mais exato aplicase na fórmula apresentada a seguir:
ME = margem de erro
n= número de pessoas que deram uma resposta específica
N= tamanho da população representada: número de domicílios
Fórmula Aplicada:
√[
]
√[
]
√[
]
√
√
OBJETIVO
Obter opiniões relacionadas aos serviços de Saneamento Básico:

Abastecimento de Água;

Esgotamento Sanitário;

Drenagem e Manejo de Águas Pluviais, e;

Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos.
LOCAL

Saquarema
UNIVERSO

Pesquisa realizada durante o 1° Seminário Local de Saquarema.
AMOSTRA

Número de questionários computados.
DISTRIBUIÇÃO DA AMOSTRA

Sede – 29 entrevistas;

Bacaxá – 44 entrevistas;

Sampaio Correa – 17 entrevistas.
TOTAL DE ENTREVISTAS

90.
COLETA DE DADOS

Entrevistas pessoais realizadas através de questionários elaborados de
acordo com os objetivos já citados (Ver modelo em anexo).
APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

Em forma gráfica e por meio de tabelas.
OBSERVAÇÕES

As perguntas em desacordo com os números apresentados no item
Distribuição da Amostra, são decorrentes de múltiplas respostas ou perguntas
não respondidas.

Foi realizado um pré-teste do questionário em alguns municípios, para
verificação de compreensão das perguntas formuladas. Foram levadas em
consideração, diversas contribuições, para se chegar ao questionário
aplicado.
3. CONCLUSÕES
As conclusões a seguir estão detalhadas por setor, levando em consideração o total
de questionários aplicados na Sede mais Distritos.
3.1.

Abastecimento de Água.
Pergunta 1.2 - A sua moradia está ligada à rede pública de abastecimento de
água potável (Águas de Juturnaíba)?
Sim – 47,7%
Não – 45,5%
Não Sei – 6,8%

Pergunta 1.3 – Você acha a água consumida diariamente pela sua família:
Boa – 52,9%
Regular – 40,2%
Ruim – 6,9%

Pergunta 1.4 – Tem havido Falta d’ água?
Sim – 30,1%
Não – 69,9%
Quando perguntadas sobre em que época ocorre mais falta de água, 71%
das respostas apontam para o período de alta temporada.

Pergunta 1.12 – Você e a sua família se sentem bem atendidos quanto ao
abastecimento público de água potável?
Sim – 54,1%
Não – 45,9%
3.2.

Esgotamento Sanitário.
Pergunta 2.1 – Na sua rua passa rede pública coletora de esgotos sanitários?
Sim – 17,8%
Não – 66,7%
Não Sei – 15,6%

Pergunta 2.2 – A sua moradia está ligada à rede pública coletora de esgotos
sanitários?
Sim – 25,9%
Não – 74,1%
Quando perguntadas sobre a maneira de destinação do esgoto sanitário, 51,5%
responderam que ocorre por meio de Fossa Simples.
Com relação à existência de caixa de gordura antes do lançamento dos esgotos,
64% relatam a existência da caixa.

Pergunta 2.6 – A sua família está satisfeita com o sistema público de coleta
de esgotos sanitários na sua rua?
Sim – 29,1%
Não – 70,9%
3.3.

Drenagem e manejo das águas pluviais urbanas.
Pergunta 3.2 – A rua onde você mora tem sistema de drenagem das águas
pluviais?
Sim – 34,8%
Não – 65,2%

Pergunta 3.6 – Tem ocorrido alagamentos na sua Rua ou Bairro?
Sim – 53.3%
Não – 46,7%

Pergunta 3.9 – O que você acha do funcionamento do sistema de drenagem
das águas das chuvas na sua rua?
Bom – 41%
Ruim – 59%
3.4.

Limpeza Pública e Manejo de Resíduos Sólidos.
Pergunta 4.4 – Você faz a separação dos materiais recicláveis?
Sim – 35,2%
Não – 64,8%
Quando perguntadas sobre a destinação da separação dos resíduos sólidos,
32,5% responderam que entregam para o caminhão da coleta convencional.
Na pergunta 4.6, quando questionados em que local destinam o óleo de
cozinha utilizado, 44,3% dizem que separam e encaminham para reciclagem
Com relação ao acesso a informações relacionadas para onde devem ser
destinados os resíduos recicláveis e resíduos especiais, 78,2% não possuem
acesso ou conhecimento a estas informações.
Sobre a existência de alguma associação ou cooperativa de catadores de
materiais recicláveis no município, 59% afirmam que não sabem da existência
de alguma cooperativa ou associação.

Pergunta 4.15 – O que você acha da coleta de lixo na sua rua?
Boa – 65,1%
Ruim – 34,9%
4. REFERÊNCIAS
MBI: http://www.mbi.com.br/mbi/biblioteca/tutoriais/amostragem/
EHOW:http://www.ehow.com.br/calcular-margem-erro-tres-metodos-simplescomo_18682/
5.
5.1
Anexos
Questionário Aplicado
PMSB
PLANOS MUNICIPAIS DE SANEAMENTO BÁSICO
PROJETO DE COMUNICAÇÃO E MOBILIZAÇÃO SOCIAL
O que é: O setor de saneamento básico no Brasil possui
hoje um marco regulatório, através da Lei nº 11.445/2007,
a Lei Nacional do Saneamento Básico, que estabelece as
diretrizes nacionais para o saneamento básico, as quais
devem ser implementadas em todas as cidades do País.
O que é o Saneamento Básico: O abastecimento de água
potável, a coleta e tratamento dos esgotos sanitários, a
drenagem e o manejo das águas pluviais urbanas e a
limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos (lixo).
O que é o projeto de comunicação e mobilização
social: Todos os trabalhos deverão ser desenvolvidos
através de um modelo de planejamento participativo e de
caráter permanente, isto é, a participação e o envolvimento
da sociedade deve ocorrer ao longo de todo o período de
elaboração dos Planos.
A participação da sociedade não se limita à obtenção de
informações, mas sim ao posicionamento sobre as políticas
públicas, a socialização de experiências e o debate público
de idéias.
Telefones para dúvidas e informações
Cláudio Barretto: 0xx 41 9936-9232
Dante Correa: 0xx 41 9608-2776
E-mail: [email protected]
PLANOS MUNICIPAIS DE SANEAMENTO BÁSICO
CONSULTA PÚBLICA REGIÃO DOS LAGOS
Município
Saquarema
Distrito
Nome do Morador (a)
Endereço
Bairro/Comunidade
Data do Preenchimento
Telefone
E-mail
1. ABASTECIMENTO DE ÁGUA
1.1
(
1.2
(
Na sua rua passa a rede pública de abastecimento de
água potável (Águas de Juturnaíba)?
) SIM
(
) NÃO
(
) NÃO SEI
A sua moradia está ligada à rede pública
abastecimento
de
água
potável
(Águas
Juturnaíba)?
) SIM
(
) NÃO
(
) NÃO SEI
Se sim, a ligação até a sua moradia possui hidrômetro
(medidor do consumo de água)?
(
) SIM
(
) NÃO
Se não, de que maneira a sua moradia recebe água?
(
) POÇO
(
) CARRO PIPA
(
) OUTROS
de
de
1.3
(
1.4
(
Você acha a água consumida diariamente pela sua
família:
) BOA
(
) REGULAR
(
) RUIM
Tem havido falta d’água?
) SIM
(
) NÃO
Se sim, em que época do ano falta água?
(
) ALTA TEMPORADA
(
) SEMPRE FALTA
(
) BAIXA TEMPORADA
Se sim, quantas vezes por semana falta água?
(
) UMA VEZ
(
) MAIS VEZES
1.5
(
1.6
(
1.7
(
1.8
(
1.9
(
(
) DUAS VEZES
A pressão da água que chega na sua moradia é:
) BOA
(
) RUIM
A sua casa ou condomínio possui cisterna?
) SIM
(
) NÃO
A sua casa ou condomínio possui caixa d’água?
) SIM
(
) NÃO
Você bebe água direto da torneira? (se a resposta for
negativa, avance para a questão 1.10)
) SIM
(
) NÃO
Você tem sentido algum gosto ruim na água da
torneira?
) SIM
(
) DE VEZ EM QUANDO
(
) NÃO
1.10 Você tem notado alguma cor na água da torneira?
(
) SIM
(
) DE VEZ EM QUANDO
(
) NÃO
1.11 Você tem sentido algum cheiro na água da torneira?
(
) SIM
(
) NÃO
1.12 Você e a sua família se sentem bem atendidos quanto
ao abastecimento público de água potável?
(
) SIM
(
) NÃO
2. ESGOTAMENTO SANITÁRIO
2.1
(
Na sua rua passa rede pública coletora de esgotos
sanitários?
) SIM
(
) NÃO
(
) NÃO SEI
Se sim, a rede pública coletora de esgotos sanitários da
sua rua também recebe as águas da chuva?
(
2.2
(
) SIM
(
) NÃO
(
) NÃO SEI
A sua moradia está ligada à rede pública coletora de
esgotos sanitários?
) SIM
(
) NÃO
Se não, de que maneira
sanitários da sua moradia?
você
destina
os
esgotos
(
) FOSSA SIMPLES
(
) FOSSA COM FILTRO E SUMIDOURO
(
) DIRETO NA VIA PÚBLICA
(
) DIRETAMENTE NO CORPO D’ÁGUA MAIS PRÓXIMO
2.3
(
2.4
(
2.5
(
2.6
(
2.7
(
Existe caixa de gordura antes do lançamento dos
esgotos sanitários da sua moradia na rede coletora ou
na fossa?
) SIM
(
) NÃO
(
) NÃO SEI
Tem ocorrido problemas de odor de esgotos na região
da sua moradia?
) SIM
(
) NÃO
Tem ocorrido o refluxo/retorno de esgotos sanitários
para dentro da sua moradia?
) SIM
(
) NÃO
A sua família está satisfeita com o sistema público de
coleta de esgotos sanitários na sua rua?
) SIM
(
) NÃO
Você já participou de algum projeto de educação
ambiental voltado para a área de saneamento básico?
) SIM
(
) NÃO
3. DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS
3.1
(
3.2
(
3.3
(
A sua rua é pavimentada?
) SIM
(
) NÃO
A rua onde você mora tem sistema de drenagem das
águas da chuva?
) SIM
(
) NÃO
Você mora em
desordenada?
) SIM
(
área
) NÃO
de
risco
ou
de
ocupação
3.4
(
3.5
(
3.6
(
3.7
(
3.8
(
3.9
(
Na sua cidade existe algum plano para a proteção da
população contra enchentes e deslizamentos?
) SIM
(
) NÃO
(
) NÃO SEI
As águas da chuva tem escorrido bem pelo meio fio e
bocas de lobo da sua Rua?
) SIM
(
) NÃO
Tem ocorrido alagamentos na sua Rua ou Bairro?
) SIM
(
) NÃO
Em épocas de chuva você e a sua família tem tido
dificuldade de se locomover no Bairro em que vocês
moram?
) SIM
(
) NÃO
Você tem sofrido prejuízos decorrentes de enchentes?
) SIM
(
) NÃO
O que você acha do funcionamento do sistema de
drenagem das águas da chuva na sua rua?
) BOM
(
) RUIM
4. LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
(LIXO)
4.1
(
A sua rua tem coleta de resíduos sólidos (lixo)?
) SIM
(
) NÃO
4.2
(
(
(
(
(
(
(
4.3
(
4.4
(
Qual a freqüência da coleta de lixo na sua rua?
)
)
)
)
)
)
)
DIARIAMENTE
DIAS ALTERNADOS
TRES VEZES POR SEMANA
DUAS VEZES POR SEMANA
UMA VEZ POR SEMANA
QUINZENAL
MENSAL
Você tem dúvidas de como separar o lixo?
) SIM
(
) NÃO
Você faz a separação dos materiais recicláveis?
) SIM
(
) NÃO
Se sim, qual o destino que você dá aos materiais
recicláveis?
(
(
(
(
(
(
4.5
(
)
)
)
)
)
)
CATADOR/CARRINHEIRO
CAMINHÃO DA COLETA SELETIVA
CAMINHÃO DA COLETA CONVENCIONAL
VENDE PARA ASSOCIAÇÃO OU DEPÓSITO
DOA PARA ASSOCIAÇÃO OU DEPÓSITO
PONTOS DE ENTREGA VOLUNTÁRIA-PEV OU ECOPONTOS
Você faz a separação de resíduos especiais (pilhas,
baterias,
lâmpadas,
remédios
vencidos,
eletroeletrônicos)?
) SIM
(
) NÃO
Se sim, qual o destino você dá para os resíduos
especiais?
(
(
(
(
)
)
)
)
PONTOS DE ENTREGA VOLUNTÁRIA-PEV OU ECOPONTOS
SUPERMERCADOS, FARMÁCIAS, LOJAS DE ELETRÔNICOS
CAMINHÃO DA COLETA CONVENCIONAL
NÃO SEI O QUE FAZER
4.6
O que você faz com o óleo de cozinha usado?
(
(
) SEPARA E ENCAMINHA PARA RECICLAGEM
) DESCARTA NA REDE DE ESGOTO (PIA OU VASO
SANITÁRIO)
) DESCARTA NO SOLO
(
4.7
(
4.8
(
4.9
(
(
(
(
Você tem acesso à informações sobre os locais para
levar o lixo reciclável e resíduos especiais?
) SIM
(
) NÃO
O que você acha da limpeza urbana (varrição, capina e
roçagem) das ruas, praças, praias e lagoas da sua
cidade?
) BOA
(
) RUIM
O que você faz com os resíduos da construção civil
(entulhos)?
)
)
)
)
DISPONIBILIZA PARA COLETA DA PREFEITURA
CONTRATA UMA CAÇAMBA
DESCARTA EM TERRENO BALDIO (BOTA FORA)
NÃO TENHO GERADO ESTE RESÍDUO
4.10 O que você faz com os seus resíduos de poda e capina
(galhos de árvores, grama, etc.)?
(
(
(
) DISPONIBILIZA PARA A COLETA DA PREFEITURA
) DESCARTA EM TERRENO BALDIO
) QUEIMA
4.11 Você paga taxa de limpeza urbana (lixo) junto com o
seu IPTU?
(
) SIM
(
) NÃO
4.12 Você já participou de algum projeto de educação
ambiental voltado para a área de resíduos sólidos
(lixo)?
(
) SIM
(
) NÃO
4.13 Existe alguma associação/cooperativa de catadores de
materiais recicláveis na sua cidade?
(
) SIM
(
) NÃO
(
) NÃO SEI
4.14 Você sabe para onde é levado o seu lixo?
(
) SIM
(
) NÃO
4.15 O que você acha da coleta de lixo na sua rua?
(
) BOA
(
) RUIM
5.2
Resultado da Pesquisa de Opinião Pública.
SAQUAREMA - SEDE
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
1.1
SAQUAREMA- DISTRITO SEDE
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Na sua rua passa a rede pública de
abastecimento de água potável (Águas
de Juturnaíba)?
Opções de
Resposta
Sim
Não
Não Sei
Questionários
Aplicados
Respostas
%
18
9
2
62,1%
31,0%
6,9%
29
1.1 - Na sua rua passa a rede pública de abastecimento de
água potável (Águas de Juturnaíba)?
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
62,1%
31,0%
6,9%
Sim
SAQUAREMA- DISTRITO SEDE
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Não
Não Sei
1.2 - A sua moradia está ligada à rede pública de
abastecimento de água potável (Águas de Juturnaíba)?
100%
1.2
A sua moradia está ligada à rede pública
de abastecimento de água potável
(Águas de Juturnaíba)?
90%
80%
70%
60%
Opções de
Resposta
Sim
Não
Não Sei
Respostas
%
16
10
3
55,2%
34,5%
10,3%
55,2%
50%
40%
34,5%
30%
20%
10,3%
10%
0%
Questionários
Aplicados
Sim
29
SAQUAREMA- DISTRITO SEDE
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
1.2a
Questionários
Aplicados
Respostas
%
15
9
0
62,5%
37,5%
0,0%
24
Questionários
Aplicados
62,5%
37,5%
0,0%
Não
Respostas
%
8
3
2
61,5%
23,1%
15,4%
100%
90%
80%
70%
60%
61,5%
50%
40%
30%
23,1%
15,4%
20%
13
Não Sei
1.2b - Se não, de que maneira a sua moradia recebe água?
Se não, de que maneira a sua moradia
recebe água?
Opções de
Resposta
Poço
Carro Pipa
Outros
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Sim
SAQUAREMA- DISTRITO SEDE
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
1.2b
Não Sei
1.2a - Se sim, a ligação até a sua moradia possui hidrômetro
(medidor do consumo de água)?
Se sim, a ligação até a sua moradia
possui hidrômetro (medidor do consumo
de água)?
Opções de
Resposta
Sim
Não
Não Sei
Não
10%
0%
Poço
Carro Pipa
Outros
SAQUAREMA - SEDE
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
SAQUAREMA- DISTRITO SEDE
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
1.3
1.3 - Você acha a água consumida diariamente pela sua
família:
Você acha a água consumida
diariamente pela sua família:
Opções de
Resposta
Boa
Regular
Ruim
100%
90%
80%
Respostas
%
70%
16
11
1
57,1%
39,3%
3,6%
60%
57,1%
50%
39,3%
40%
30%
Questionários
Aplicados
20%
28
10%
3,6%
0%
Boa
1.4
SAQUAREMA- DISTRITO SEDE
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Tem havido falta d'água?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
13
44,8%
Não
16
55,2%
Ruim
1.4 - Tem havido falta d'água?
100%
90%
80%
70%
55,2%
60%
50%
Questionários
Aplicados
Regular
44,8%
40%
29
30%
20%
10%
0%
Sim
SAQUAREMA- DISTRITO SEDE
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
1.4a
Não
1.4a - Se sim, em que época do ano falta água?
100%
Se sim, em que época do ano falta água?
90%
Opções de
Resposta
Alta Temporada
Baixa Temporada
Sempre Falta
80%
Respostas
%
70%
12
1
3
75,0%
6,3%
18,8%
60%
75,0%
50%
40%
30%
Questionários
Aplicados
18,8%
20%
16
6,3%
10%
0%
Alta Temporada
1.4b
SAQUAREMA- DISTRITO SEDE
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Se sim, quantas vezes por semana falta
água?
Opções de
Resposta
Uma Vez
Duas Vezes
Mais Vezes
Baixa Temporada
Sempre Falta
1.4b - Se sim, quantas vezes por semana falta água?
100%
90%
80,0%
80%
Respostas
%
70%
3
0
12
20,0%
0,0%
80,0%
60%
50%
40%
30%
Questionários
Aplicados
15
20%
20,0%
10%
0,0%
0%
Uma Vez
Duas Vezes
Mais Vezes
SAQUAREMA - SEDE
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
1.5
SAQUAREMA- DISTRITO SEDE
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
A pressão da água que chega na sua
moradia é:
Opções de
Respostas
%
Resposta
Boa
14
63,6%
Ruim
8
36,4%
1.5 - A pressão da água que chega na sua moradia é:
100%
90%
80%
70%
63,6%
60%
50%
36,4%
40%
Questionários
Aplicados
30%
22
20%
10%
0%
Boa
1.6
SAQUAREMA- DISTRITO SEDE
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
A sua casa ou condomínio possui
cisterna?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
19
65,5%
Não
10
34,5%
1.6 - A sua casa ou condomínio possui cisterna?
100%
90%
80%
70%
65,5%
60%
50%
40%
Questionários
Aplicados
Ruim
34,5%
30%
29
20%
10%
0%
Sim
1.7
SAQUAREMA- DISTRITO SEDE
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
A sua casa ou condomínio possui caixa
d'água?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
28
96,6%
Não
1
3,4%
Não
1.7 - A sua casa ou condomínio possui caixa d'água?
100%
96,6%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
Questionários
Aplicados
30%
29
20%
10%
3,4%
0%
Sim
SAQUAREMA- DISTRITO SEDE
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
1.8
Não
1.8 - Você bebe água direto da torneira? (se a resposta for
negativa, avance para a questão 1.10)
Você bebe água direto da torneira? (se a
resposta for negativa, avance para a
questão 1.10)
100%
88,0%
90%
80%
70%
Opções de
Resposta
Sim
Não
Questionários
Aplicados
Respostas
%
3
22
12,0%
88,0%
60%
50%
40%
30%
20%
25
10%
12,0%
0%
Sim
Não
SAQUAREMA - SEDE
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
1.9
SAQUAREMA- DISTRITO SEDE
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Você tem sentido algum gosto ruim na
água da torneira?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
0
0,0%
De vez enquando
5
55,6%
Não
4
44,4%
1.9 - Você tem sentido algum gosto ruim na água da torneira?
100%
90%
80%
70%
55,6%
60%
50%
44,4%
40%
30%
Questionários
Aplicados
20%
9
10%
0%
0,0%
Sim
1.10
SAQUAREMA- DISTRITO SEDE
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Você tem notado alguma cor na água da
torneira?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
3
10,7%
De vez enquando
7
25,0%
Não
18
64,3%
De vez enquando
1.10 - Você tem notado alguma cor na água da torneira?
100%
90%
80%
70%
64,3%
60%
50%
40%
25,0%
30%
Questionários
Aplicados
Não
20%
28
10%
10,7%
0%
Sim
1.11
SAQUAREMA- DISTRITO SEDE
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Você tem sentido algum cheiro na água
da torneira?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
7
25,0%
Não
21
75,0%
De vez enquando
Não
1.11 - Você tem sentido algum cheiro na água da torneira?
100%
90%
75,0%
80%
70%
60%
50%
40%
Questionários
Aplicados
30%
28
25,0%
20%
10%
0%
Sim
SAQUAREMA- DISTRITO SEDE
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
1.12
1.12 - Você e a sua família se sentem bem atendidos quanto
ao abastecimento público de água potável?
Você e a sua família se sentem bem
atendidos quanto ao abastecimento
público de água potável?
Opções de
Resposta
Sim
Não
Questionários
Aplicados
Respostas
%
13
15
46,4%
53,6%
28
Não
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
53,6%
46,4%
Sim
Não
SAQUAREMA - BACAXÁ
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
SAQUAREMA - BACAXÁ
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
1.1
1.1 - Na sua rua passa a rede pública de abastecimento de
água potável (Águas de Juturnaíba)?
Na sua rua passa a rede pública de
abastecimento de água potável (Águas
de Juturnaíba)?
Opções de
Resposta
Sim
Não
Não Sei
Questionários
Aplicados
Respostas
%
31
5
7
72,1%
11,6%
16,3%
43
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Não
16,3%
Não Sei
1.2 - A sua moradia está ligada à rede pública de
abastecimento de água potável (Águas de Juturnaíba)?
A sua moradia está ligada à rede pública
de abastecimento de água potável
(Águas de Juturnaíba)?
Opções de
Resposta
Sim
Não
Não Sei
11,6%
Sim
SAQUAREMA - BACAXÁ
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
1.2
72,1%
100%
80%
Respostas
%
60%
25
15
3
58,1%
34,9%
7,0%
40%
58,1%
34,9%
20%
7,0%
0%
Questionários
Aplicados
Sim
43
SAQUAREMA - BACAXÁ
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
1.2a
Questionários
Aplicados
Respostas
%
23
10
0
69,7%
30,3%
0,0%
33
Questionários
Aplicados
69,7%
30,3%
0,0%
Não
Não Sei
1.2b - Se não, de que maneira a sua moradia recebe água?
Se não, de que maneira a sua moradia
recebe água?
Opções de
Resposta
Poço
Carro Pipa
Outros
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Sim
SAQUAREMA - BACAXÁ
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
1.2b
Não Sei
1.2a - Se sim, a ligação até a sua moradia possui hidrômetro
(medidor do consumo de água)?
Se sim, a ligação até a sua moradia
possui hidrômetro (medidor do consumo
de água)?
Opções de
Resposta
Sim
Não
Não Sei
Não
Respostas
%
15
1
4
75,0%
5,0%
20,0%
100%
90%
80%
75,0%
70%
60%
50%
40%
30%
20,0%
20%
20
5,0%
10%
0%
Poço
Carro Pipa
Outros
SAQUAREMA - BACAXÁ
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
SAQUAREMA - BACAXÁ
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
1.3
1.3 - Você acha a água consumida diariamente pela sua
família:
Você acha a água consumida
diariamente pela sua família:
Opções de
Resposta
Boa
Regular
Ruim
100%
90%
80%
Respostas
%
25
16
2
58,1%
37,2%
4,7%
70%
60%
58,1%
50%
37,2%
40%
30%
Questionários
Aplicados
20%
43
10%
4,7%
0%
Boa
1.4
SAQUAREMA - BACAXÁ
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Tem havido falta d'água?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
10
23,3%
Não
33
76,7%
Regular
Ruim
1.4 - Tem havido falta d'água?
100%
90%
76,7%
80%
70%
60%
50%
Questionários
Aplicados
40%
43
30%
23,3%
20%
10%
0%
Sim
SAQUAREMA - BACAXÁ
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
1.4a
1.4a - Se sim, em que época do ano falta água?
100%
Se sim, em que época do ano falta água?
90%
Opções de
Resposta
Alta Temporada
Baixa Temporada
Sempre Falta
80%
Respostas
9
2
2
Não
%
70%
69,2%
15,4%
15,4%
60%
69,2%
50%
40%
30%
Questionários
Aplicados
20%
13
15,4%
15,4%
Baixa Temporada
Sempre Falta
10%
0%
Alta Temporada
1.4b
SAQUAREMA - BACAXÁ
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Se sim, quantas vezes por semana falta
água?
Opções de
Resposta
Uma Vez
Duas Vezes
Mais Vezes
1.4b - Se sim, quantas vezes por semana falta água?
100%
90%
80%
Respostas
%
70%
2
3
7
16,7%
25,0%
58,3%
60%
58,3%
50%
40%
25,0%
30%
Questionários
Aplicados
12
20%
16,7%
10%
0%
Uma Vez
Duas Vezes
Mais Vezes
SAQUAREMA - BACAXÁ
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
1.5
SAQUAREMA - BACAXÁ
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
A pressão da água que chega na sua
moradia é:
Opções de
Respostas
%
Resposta
Boa
28
71,8%
Ruim
11
28,2%
1.5 - A pressão da água que chega na sua moradia é:
100%
90%
80%
70%
71,8%
60%
50%
40%
Questionários
Aplicados
28,2%
30%
39
20%
10%
0%
Boa
1.6
SAQUAREMA - BACAXÁ
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
A sua casa ou condomínio possui
cisterna?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
19
47,5%
Não
21
52,5%
Ruim
1.6 - A sua casa ou condomínio possui cisterna?
100%
90%
80%
70%
60%
50%
52,5%
47,5%
40%
Questionários
Aplicados
30%
40
20%
10%
0%
Sim
1.7
SAQUAREMA - BACAXÁ
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
A sua casa ou condomínio possui caixa
d'água?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
43
97,7%
Não
1
2,3%
Não
1.7 - A sua casa ou condomínio possui caixa d'água?
100%
97,7%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
Questionários
Aplicados
30%
44
20%
10%
2,3%
0%
Sim
SAQUAREMA - BACAXÁ
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
1.8
Não
1.8 - Você bebe água direto da torneira? (se a resposta for
negativa, avance para a questão 1.10)
Você bebe água direto da torneira? (se a
resposta for negativa, avance para a
questão 1.10)
100%
90%
80,5%
80%
70%
Opções de
Resposta
Sim
Não
Questionários
Aplicados
Respostas
%
8
33
19,5%
80,5%
60%
50%
40%
30%
20%
41
19,5%
10%
0%
Sim
Não
SAQUAREMA - BACAXÁ
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
1.9
SAQUAREMA - BACAXÁ
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Você tem sentido algum gosto ruim na
água da torneira?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
5
23,8%
De vez enquando
9
42,9%
Não
7
33,3%
1.9 - Você tem sentido algum gosto ruim na água da torneira?
100%
90%
80%
70%
60%
50%
30%
Questionários
Aplicados
42,9%
40%
33,3%
23,8%
20%
21
10%
0%
Sim
1.10
SAQUAREMA - BACAXÁ
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Você tem notado alguma cor na água da
torneira?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
2
4,8%
De vez enquando
7
16,7%
Não
33
78,6%
De vez enquando
Não
1.10 - Você tem notado alguma cor na água da torneira?
100%
90%
78,6%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
Questionários
Aplicados
16,7%
20%
42
10%
4,8%
0%
Sim
1.11
SAQUAREMA - BACAXÁ
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Você tem sentido algum cheiro na água
da torneira?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
10
23,8%
Não
32
76,2%
De vez enquando
Não
1.11 - Você tem sentido algum cheiro na água da torneira?
100%
90%
76,2%
80%
70%
60%
50%
40%
Questionários
Aplicados
30%
42
23,8%
20%
10%
0%
Sim
SAQUAREMA - BACAXÁ
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
1.12
1.12 - Você e a sua família se sentem bem atendidos quanto
ao abastecimento público de água potável?
Você e a sua família se sentem bem
atendidos quanto ao abastecimento
público de água potável?
Opções de
Resposta
Sim
Não
Questionários
Aplicados
Respostas
%
25
12
67,6%
32,4%
37
Não
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
67,6%
32,4%
Sim
Não
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
1.1
1.1 - Na sua rua passa a rede pública de abastecimento de
água potável (Águas de Juturnaíba)?
Na sua rua passa a rede pública de
abastecimento de água potável (Águas
de Juturnaíba)?
Opções de
Resposta
Sim
Não
Não Sei
Questionários
Aplicados
Respostas
%
1
14
2
5,9%
82,4%
11,8%
17
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Não
Não Sei
1.2 - A sua moradia está ligada à rede pública de
abastecimento de água potável (Águas de Juturnaíba)?
A sua moradia está ligada à rede pública
de abastecimento de água potável
(Águas de Juturnaíba)?
Opções de
Resposta
Sim
Não
Não Sei
11,8%
5,9%
Sim
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
1.2
82,4%
93,8%
100%
80%
Respostas
%
60%
1
15
0
6,3%
93,8%
0,0%
40%
20%
6,3%
0,0%
0%
Questionários
Aplicados
Sim
16
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Não
Não Sei
1.2a - Se sim, a ligação até a sua moradia possui hidrômetro
(medidor do consumo de água)?
100,0%
1.2a
Se sim, a ligação até a sua moradia
possui hidrômetro (medidor do consumo
de água)?
Opções de
Resposta
Sim
Não
Não Sei
Questionários
Aplicados
Respostas
%
0
8
0
0,0%
100,0%
0,0%
8
Questionários
Aplicados
Respostas
%
14
2
1
82,4%
11,8%
5,9%
Não Sei
100%
90%
82,4%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
17
Não
1.2b - Se não, de que maneira a sua moradia recebe água?
Se não, de que maneira a sua moradia
recebe água?
Opções de
Resposta
Poço
Carro Pipa
Outros
0,0%
0,0%
Sim
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
1.2b
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
11,8%
5,9%
10%
0%
Poço
Carro Pipa
Outros
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
1.3
1.3 - Você acha a água consumida diariamente pela sua
família:
Você acha a água consumida
diariamente pela sua família:
Opções de
Resposta
Boa
Regular
Ruim
100%
90%
80%
Respostas
%
5
8
3
31,3%
50,0%
18,8%
70%
60%
40%
30%
Questionários
Aplicados
50,0%
50%
31,3%
18,8%
20%
16
10%
0%
Boa
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Tem havido falta d'água?
1.4
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
2
18,2%
Não
9
81,8%
Regular
Ruim
1.4 - Tem havido falta d'água?
100%
90%
81,8%
80%
70%
60%
50%
Questionários
Aplicados
40%
11
30%
18,2%
20%
10%
0%
Sim
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
1.4a
Não
1.4a - Se sim, em que época do ano falta água?
100%
Se sim, em que época do ano falta água?
90%
Opções de
Resposta
Alta Temporada
Baixa Temporada
Sempre Falta
80%
Respostas
%
70%
1
0
1
50,0%
0,0%
50,0%
60%
50%
50,0%
50,0%
40%
30%
Questionários
Aplicados
20%
2
10%
0,0%
0%
Alta Temporada
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Se sim, quantas vezes por semana falta
1.4b
água?
Opções de
Resposta
Uma Vez
Duas Vezes
Mais Vezes
Baixa Temporada
Sempre Falta
1.4b - Se sim, quantas vezes por semana falta água?
100%
90%
80%
Respostas
%
70%
1
0
1
50,0%
0,0%
50,0%
60%
50%
50,0%
50,0%
40%
30%
Questionários
Aplicados
2
20%
10%
0,0%
0%
Uma Vez
Duas Vezes
Mais Vezes
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
A pressão da água que chega na sua
1.5
moradia é:
Opções de
Respostas
%
Resposta
Boa
2
33,3%
Ruim
4
66,7%
1.5 - A pressão da água que chega na sua moradia é:
100%
90%
80%
60%
50%
40%
Questionários
Aplicados
66,7%
70%
33,3%
30%
6
20%
10%
0%
Boa
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
A sua casa ou condomínio possui
1.6
cisterna?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
2
14,3%
Não
12
85,7%
Ruim
1.6 - A sua casa ou condomínio possui cisterna?
100%
85,7%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
Questionários
Aplicados
30%
14
20%
14,3%
10%
0%
Sim
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
A sua casa ou condomínio possui caixa
1.7
d'água?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
15
93,8%
Não
1
6,3%
Não
1.7 - A sua casa ou condomínio possui caixa d'água?
100%
93,8%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
Questionários
Aplicados
30%
16
20%
6,3%
10%
0%
Sim
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
1.8
Não
1.8 - Você bebe água direto da torneira? (se a resposta for
negativa, avance para a questão 1.10)
Você bebe água direto da torneira? (se a
resposta for negativa, avance para a
questão 1.10)
100%
92,3%
90%
80%
70%
Opções de
Resposta
Sim
Não
Questionários
Aplicados
Respostas
%
1
12
7,7%
92,3%
60%
50%
40%
30%
20%
13
10%
7,7%
0%
Sim
Não
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Você tem sentido algum gosto ruim na
1.9
água da torneira?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
0
0,0%
De vez enquando
1
100,0%
Não
0
0,0%
1.9 - Você tem sentido algum gosto ruim na água da torneira?
100,0%
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
Questionários
Aplicados
20%
1
10%
0%
0,0%
0,0%
Sim
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Você tem notado alguma cor na água da
1.10
torneira?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
4
28,6%
De vez enquando
3
21,4%
Não
7
50,0%
Não
1.10 - Você tem notado alguma cor na água da torneira?
100%
90%
80%
70%
60%
50,0%
50%
40%
30%
Questionários
Aplicados
De vez enquando
28,6%
21,4%
20%
14
10%
0%
Sim
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Você tem sentido algum cheiro na água
1.11
da torneira?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
7
50,0%
Não
7
50,0%
De vez enquando
Não
1.11 - Você tem sentido algum cheiro na água da torneira?
100%
90%
80%
70%
60%
50%
50,0%
50,0%
Sim
Não
40%
Questionários
Aplicados
30%
14
20%
10%
0%
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
1.12
1.12 - Você e a sua família se sentem bem atendidos quanto
ao abastecimento público de água potável?
Você e a sua família se sentem bem
atendidos quanto ao abastecimento
público de água potável?
Opções de
Resposta
Sim
Não
Questionários
Aplicados
Respostas
%
2
7
22,2%
77,8%
9
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
77,8%
22,2%
Sim
Não
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
1.1
1.1 - Na sua rua passa a rede pública de abastecimento de
água potável (Águas de Juturnaíba)?
Na sua rua passa a rede pública de
abastecimento de água potável (Águas
de Juturnaíba)?
Opções de
Resposta
Sim
Não
Não Sei
Questionários
Aplicados
Respostas
%
50
28
11
56,2%
31,5%
12,4%
89
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
12,4%
Não
Não Sei
1.2 - A sua moradia está ligada à rede pública de
abastecimento de água potável (Águas de Juturnaíba)?
A sua moradia está ligada à rede pública
de abastecimento de água potável
(Águas de Juturnaíba)?
Opções de
Resposta
Sim
Não
Não Sei
31,5%
Sim
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
1.2
56,2%
100%
80%
Respostas
%
60%
42
40
6
47,7%
45,5%
6,8%
40%
47,7%
45,5%
20%
6,8%
0%
Questionários
Aplicados
Sim
88
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
1.2a
Questionários
Aplicados
Respostas
%
38
27
0
58,5%
41,5%
0,0%
65
Questionários
Aplicados
58,5%
41,5%
0,0%
Respostas
%
37
6
7
74,0%
12,0%
14,0%
Não Sei
100%
90%
80%
74,0%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
50
Não
1.2b - Se não, de que maneira a sua moradia recebe água?
Se não, de que maneira a sua moradia
recebe água?
Opções de
Resposta
Poço
Carro Pipa
Outros
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Sim
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
1.2b
Não Sei
1.2a - Se sim, a ligação até a sua moradia possui hidrômetro
(medidor do consumo de água)?
Se sim, a ligação até a sua moradia
possui hidrômetro (medidor do consumo
de água)?
Opções de
Resposta
Sim
Não
Não Sei
Não
12,0%
14,0%
Carro Pipa
Outros
10%
0%
Poço
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
1.3
1.3 - Você acha a água consumida diariamente pela sua
família:
Você acha a água consumida
diariamente pela sua família:
Opções de
Resposta
Boa
Regular
Ruim
100%
90%
80%
Respostas
%
46
35
6
52,9%
40,2%
6,9%
70%
60%
52,9%
50%
40,2%
40%
30%
Questionários
Aplicados
20%
87
6,9%
10%
0%
Boa
1.4
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Tem havido falta d'água?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
25
30,1%
Não
58
69,9%
Regular
Ruim
1.4 - Tem havido falta d'água?
100%
90%
80%
69,9%
70%
60%
50%
Questionários
Aplicados
40%
83
30,1%
30%
20%
10%
0%
Sim
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
1.4a
Não
1.4a - Se sim, em que época do ano falta água?
100%
Se sim, em que época do ano falta água?
90%
Opções de
Resposta
Alta Temporada
Baixa Temporada
Sempre Falta
80%
Respostas
%
70%
22
3
6
71,0%
9,7%
19,4%
60%
71,0%
50%
40%
30%
Questionários
Aplicados
19,4%
20%
31
9,7%
10%
0%
Alta Temporada
1.4b
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Se sim, quantas vezes por semana falta
água?
Opções de
Resposta
Uma Vez
Duas Vezes
Mais Vezes
Baixa Temporada
Sempre Falta
1.4b - Se sim, quantas vezes por semana falta água?
100%
90%
80%
Respostas
%
70%
6
3
20
20,7%
10,3%
69,0%
60%
69,0%
50%
40%
30%
Questionários
Aplicados
29
20%
20,7%
10,3%
10%
0%
Uma Vez
Duas Vezes
Mais Vezes
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
1.5
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
A pressão da água que chega na sua
moradia é:
Opções de
Respostas
%
Resposta
Boa
44
65,7%
Ruim
23
34,3%
1.5 - A pressão da água que chega na sua moradia é:
100%
90%
80%
70%
65,7%
60%
50%
40%
Questionários
Aplicados
34,3%
30%
67
20%
10%
0%
Boa
1.6
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
A sua casa ou condomínio possui
cisterna?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
40
48,2%
Não
43
51,8%
Ruim
1.6 - A sua casa ou condomínio possui cisterna?
100%
90%
80%
70%
60%
50%
51,8%
48,2%
40%
Questionários
Aplicados
30%
83
20%
10%
0%
Sim
1.7
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
A sua casa ou condomínio possui caixa
d'água?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
86
96,6%
Não
3
3,4%
Não
1.7 - A sua casa ou condomínio possui caixa d'água?
100%
96,6%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
Questionários
Aplicados
30%
89
20%
10%
3,4%
0%
Sim
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
1.8
Não
1.8 - Você bebe água direto da torneira? (se a resposta for
negativa, avance para a questão 1.10)
Você bebe água direto da torneira? (se a
resposta for negativa, avance para a
questão 1.10)
100%
84,8%
90%
80%
70%
Opções de
Resposta
Sim
Não
Questionários
Aplicados
Respostas
%
12
67
15,2%
84,8%
60%
50%
40%
30%
20%
79
15,2%
10%
0%
Sim
Não
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
1.9
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Você tem sentido algum gosto ruim na
água da torneira?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
5
16,1%
De vez enquando
15
48,4%
Não
11
35,5%
1.9 - Você tem sentido algum gosto ruim na água da torneira?
100%
90%
80%
70%
60%
48,4%
50%
35,5%
40%
30%
Questionários
Aplicados
20%
31
16,1%
10%
0%
Sim
1.10
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Você tem notado alguma cor na água da
torneira?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
9
10,7%
De vez enquando
17
20,2%
Não
58
69,0%
De vez enquando
1.10 - Você tem notado alguma cor na água da torneira?
100%
90%
80%
69,0%
70%
60%
50%
40%
30%
Questionários
Aplicados
Não
20,2%
20%
84
10%
10,7%
0%
Sim
1.11
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Você tem sentido algum cheiro na água
da torneira?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
24
28,6%
Não
60
71,4%
De vez enquando
Não
1.11 - Você tem sentido algum cheiro na água da torneira?
100%
90%
80%
71,4%
70%
60%
50%
40%
Questionários
Aplicados
30%
84
28,6%
20%
10%
0%
Sim
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
1.12
1.12 - Você e a sua família se sentem bem atendidos quanto
ao abastecimento público de água potável?
Você e a sua família se sentem bem
atendidos quanto ao abastecimento
público de água potável?
Opções de
Resposta
Sim
Não
Questionários
Aplicados
Respostas
%
40
34
54,1%
45,9%
74
Não
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
54,1%
45,9%
Sim
Não
SAQUAREMA - SEDE
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
SAQUAREMA - DISTRITO SEDE
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
2.1
2.1 - Na sua rua passa rede pública coletora de esgotos
sanitários?
Na sua rua passa rede pública coletora
de esgotos sanitários?
Opções de
Resposta
Sim
Não
Não Sei
Questionários
Aplicados
Respostas
%
3
23
3
10,3%
79,3%
10,3%
29
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
79,3%
10,3%
10,3%
Sim
SAQUAREMA - DISTRITO SEDE
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
2.1a
Não Sei
2.1a - Se sim, a rede pública coletora de esgotos sanitários da
sua rua também recebe as águas pluviais?
Se sim, a rede pública coletora de
esgotos sanitários da sua rua também
recebe as águas pluviais?
Opções de
Resposta
Sim
Não
Não Sei
Não
Respostas
%
3
5
3
27,3%
45,5%
27,3%
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
45,5%
27,3%
27,3%
0%
Questionários
Aplicados
Sim
11
SAQUAREMA - DISTRITO SEDE
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
2.2
Questionários
Aplicados
Respostas
%
5
23
17,9%
82,1%
28
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Questionários
Aplicados
21
17,9%
Não
2.2a - Se não, de que maneira você destina os esgotos
sanitários da sua moradia?
Se não, de que maneira você destina os
esgotos sanitários da sua moradia?
Opções de
Respostas
Resposta
Fossa Simples
10
Fossa com Filtro e
11
Sumidouro
Direto na Via
0
Pública
Diretamente no
Corpo D'água
0
mais próximo
82,1%
Sim
SAQUAREMA - DISTRITO SEDE
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
2.2a
Não Sei
2.2 - A sua moradia está ligada à rede pública coletora de
esgotos sanitários?
A sua moradia está ligada à rede pública
coletora de esgotos sanitários?
Opções de
Resposta
Sim
Não
Não
%
47,6%
52,4%
0,0%
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
52,4%
47,6%
Fossa Simples
0%
Fossa com Filtro
e Sumidouro
0,0%
0%
Direto na Via
Pública
Diretamente no
Corpo D'água
mais próximo
SAQUAREMA - SEDE
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
2.3
SAQUAREMA - DISTRITO SEDE
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Existe caixa de gordura antes do
lançamento dos esgotos sanitários da
sua moradia na rede coletora ou na
fossa?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
19
73,1%
Não
2
7,7%
Não Sei
5
19,2%
Questionários
Aplicados
26
2.3 - Existe caixa de gordura antes do lançamento dos
esgotos sanitários da sua moradia na rede coletora ou na
fossa?
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
73,1%
19,2%
7,7%
Sim
SAQUAREMA - DISTRITO SEDE
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
2.4
Questionários
Aplicados
Respostas
%
6
22
21,4%
78,6%
28
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
78,6%
21,4%
Sim
2.5
SAQUAREMA - DISTRITO SEDE
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Tem ocorrido o refluxo/retorno de
esgotos sanitários para dentro da sua
moradia?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
3
11,1%
Não
24
88,9%
Questionários
Aplicados
27
SAQUAREMA - DISTRITO SEDE
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
A sua família está satisfeita com o
sistema público de coleta de esgotos
sanitários na sua rua?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
8
30,8%
Não
18
69,2%
Questionários
Aplicados
26
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
88,9%
11,1%
2.7
Questionários
Aplicados
29
Não
2.6 - A sua família está satisfeita com o sistema público de
coleta de esgotos sanitários na sua rua?
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
69,2%
30,8%
Sim
SAQUAREMA - DISTRITO SEDE
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Você já participou de algum projeto de
educação ambiental voltado para a área
de saneamento básico?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
9
31,0%
Não
20
69,0%
Não
2.5 - Tem ocorrido o refluxo/retorno de esgotos sanitários
para dentro da sua moradia?
Sim
2.6
Não Sei
2.4 - Tem ocorrido problemas de odor de esgotos na região
da sua moradia?
Tem ocorrido problemas de odor de
esgotos na região da sua moradia?
Opções de
Resposta
Sim
Não
Não
Não
2.7 - Você já participou de algum projeto de educação
ambiental voltado para a área de saneamento básico?
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
69,0%
31,0%
Sim
Não
SAQUAREMA - BACAXÁ
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
SAQUAREMA - BACAXÁ
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
2.1
2.1 - Na sua rua passa rede pública coletora de esgotos
sanitários?
Na sua rua passa rede pública coletora
de esgotos sanitários?
Opções de
Resposta
Sim
Não
Não Sei
Questionários
Aplicados
Respostas
%
12
24
8
27,3%
54,5%
18,2%
44
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
54,5%
27,3%
18,2%
Sim
SAQUAREMA - BACAXÁ
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
2.1a
Não Sei
2.1a - Se sim, a rede pública coletora de esgotos sanitários da
sua rua também recebe as águas pluviais?
Se sim, a rede pública coletora de
esgotos sanitários da sua rua também
recebe as águas pluviais?
Opções de
Resposta
Sim
Não
Não Sei
Não
Respostas
%
10
5
9
41,7%
20,8%
37,5%
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
41,7%
37,5%
20,8%
0%
Questionários
Aplicados
Sim
24
SAQUAREMA - BACAXÁ
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
2.2
Questionários
Aplicados
Respostas
%
16
24
40,0%
60,0%
40
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Questionários
Aplicados
28
40,0%
Não
2.2a - Se não, de que maneira você destina os esgotos
sanitários da sua moradia?
Se não, de que maneira você destina os
esgotos sanitários da sua moradia?
Opções de
Respostas
Resposta
Fossa Simples
14
Fossa com Filtro e
12
Sumidouro
Direto na Via
2
Pública
Diretamente no
Corpo D'água
0
mais próximo
60,0%
Sim
SAQUAREMA - BACAXÁ
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
2.2a
Não Sei
2.2 - A sua moradia está ligada à rede pública coletora de
esgotos sanitários?
A sua moradia está ligada à rede pública
coletora de esgotos sanitários?
Opções de
Resposta
Sim
Não
Não
%
50,0%
42,9%
7,1%
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
50,0%
7,1%
0%
Fossa Simples
0%
42,9%
Fossa com Filtro
e Sumidouro
Direto na Via
Pública
Diretamente no
Corpo D'água
mais próximo
SAQUAREMA - BACAXÁ
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
2.3
SAQUAREMA - BACAXÁ
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Existe caixa de gordura antes do
lançamento dos esgotos sanitários da
sua moradia na rede coletora ou na
fossa?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
27
61,4%
Não
6
13,6%
Não Sei
11
25,0%
Questionários
Aplicados
44
2.3 - Existe caixa de gordura antes do lançamento dos
esgotos sanitários da sua moradia na rede coletora ou na
fossa?
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
61,4%
25,0%
13,6%
Sim
SAQUAREMA - BACAXÁ
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
2.4
Questionários
Aplicados
Respostas
%
19
25
43,2%
56,8%
44
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
56,8%
43,2%
Sim
2.5
SAQUAREMA - BACAXÁ
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Tem ocorrido o refluxo/retorno de
esgotos sanitários para dentro da sua
moradia?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
9
21,4%
Não
33
78,6%
Questionários
Aplicados
42
SAQUAREMA - BACAXÁ
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
A sua família está satisfeita com o
sistema público de coleta de esgotos
sanitários na sua rua?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
14
33,3%
Não
28
66,7%
Questionários
Aplicados
42
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
78,6%
21,4%
2.7
Questionários
Aplicados
44
Não
2.6 - A sua família está satisfeita com o sistema público de
coleta de esgotos sanitários na sua rua?
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
66,7%
33,3%
Sim
SAQUAREMA - BACAXÁ
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Você já participou de algum projeto de
educação ambiental voltado para a área
de saneamento básico?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
9
20,5%
Não
35
79,5%
Não
2.5 - Tem ocorrido o refluxo/retorno de esgotos sanitários
para dentro da sua moradia?
Sim
2.6
Não Sei
2.4 - Tem ocorrido problemas de odor de esgotos na região
da sua moradia?
Tem ocorrido problemas de odor de
esgotos na região da sua moradia?
Opções de
Resposta
Sim
Não
Não
Não
2.7 - Você já participou de algum projeto de educação
ambiental voltado para a área de saneamento básico?
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
79,5%
20,5%
Sim
Não
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
2.1
2.1 - Na sua rua passa rede pública coletora de esgotos
sanitários?
Na sua rua passa rede pública coletora
de esgotos sanitários?
Opções de
Resposta
Sim
Não
Não Sei
Questionários
Aplicados
Respostas
%
1
13
3
5,9%
76,5%
17,6%
17
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
76,5%
17,6%
5,9%
Sim
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
2.1a
Respostas
%
0
2
3
0,0%
40,0%
60,0%
100%
90%
80%
70%
60%
Questionários
Aplicados
Respostas
%
1
16
5,9%
94,1%
17
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Questionários
Aplicados
17
Não Sei
94,1%
5,9%
Não
2.2a - Se não, de que maneira você destina os esgotos
sanitários da sua moradia?
Se não, de que maneira você destina os
esgotos sanitários da sua moradia?
Opções de
Respostas
Resposta
Fossa Simples
10
Fossa com Filtro e
7
Sumidouro
Direto na Via
0
Pública
Diretamente no
Corpo D'água
0
mais próximo
Não
Sim
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
2.2a
0,0%
2.2 - A sua moradia está ligada à rede pública coletora de
esgotos sanitários?
A sua moradia está ligada à rede pública
coletora de esgotos sanitários?
Opções de
Resposta
Sim
Não
40,0%
Sim
5
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
2.2
60,0%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Questionários
Aplicados
Não Sei
2.1a - Se sim, a rede pública coletora de esgotos sanitários da
sua rua também recebe as águas pluviais?
Se sim, a rede pública coletora de
esgotos sanitários da sua rua também
recebe as águas pluviais?
Opções de
Resposta
Sim
Não
Não Sei
Não
%
58,8%
41,2%
0,0%
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
58,8%
41,2%
Fossa Simples
0%
Fossa com Filtro
e Sumidouro
0,0%
0%
Direto na Via
Pública
Diretamente no
Corpo D'água
mais próximo
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Existe caixa de gordura antes do
lançamento dos esgotos sanitários da
2.3
sua moradia na rede coletora ou na
fossa?
Opções de
Resposta
Sim
Não
Não Sei
Questionários
Aplicados
Respostas
%
9
5
2
56,3%
31,3%
12,5%
16
2.3 - Existe caixa de gordura antes do lançamento dos
esgotos sanitários da sua moradia na rede coletora ou na
fossa?
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
56,3%
31,3%
12,5%
Sim
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
2.4
Questionários
Aplicados
Respostas
%
3
11
21,4%
78,6%
14
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
78,6%
21,4%
Sim
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Tem ocorrido o refluxo/retorno de
esgotos sanitários para dentro da sua
2.5
moradia?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
2
12,5%
Não
14
87,5%
Questionários
Aplicados
16
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
A sua família está satisfeita com o
sistema público de coleta de esgotos
2.6
sanitários na sua rua?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
1
9,1%
Não
10
90,9%
11
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
87,5%
12,5%
Questionários
Aplicados
17
Não
2.6 - A sua família está satisfeita com o sistema público de
coleta de esgotos sanitários na sua rua?
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
90,9%
9,1%
Sim
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Você já participou de algum projeto de
educação ambiental voltado para a área
2.7
de saneamento básico?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
7
41,2%
Não
10
58,8%
Não
2.5 - Tem ocorrido o refluxo/retorno de esgotos sanitários
para dentro da sua moradia?
Sim
Questionários
Aplicados
Não Sei
2.4 - Tem ocorrido problemas de odor de esgotos na região
da sua moradia?
Tem ocorrido problemas de odor de
esgotos na região da sua moradia?
Opções de
Resposta
Sim
Não
Não
Não
2.7 - Você já participou de algum projeto de educação
ambiental voltado para a área de saneamento básico?
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
58,8%
41,2%
Sim
Não
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
2.1
2.1 - Na sua rua passa rede pública coletora de esgotos
sanitários?
Na sua rua passa rede pública coletora
de esgotos sanitários?
Opções de
Resposta
Sim
Não
Não Sei
Questionários
Aplicados
Respostas
%
16
60
14
17,8%
66,7%
15,6%
90
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
66,7%
15,6%
17,8%
Sim
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
2.1a
Não Sei
2.1a - Se sim, a rede pública coletora de esgotos sanitários da
sua rua também recebe as águas pluviais?
Se sim, a rede pública coletora de
esgotos sanitários da sua rua também
recebe as águas pluviais?
Opções de
Resposta
Sim
Não
Não Sei
Não
Respostas
%
13
12
15
32,5%
30,0%
37,5%
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
37,5%
32,5%
30,0%
Sim
Não
0%
Questionários
Aplicados
40
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
2.2
2.2 - A sua moradia está ligada à rede pública coletora de
esgotos sanitários?
A sua moradia está ligada à rede pública
coletora de esgotos sanitários?
Opções de
Resposta
Sim
Não
Questionários
Aplicados
Respostas
%
22
63
25,9%
74,1%
85
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Questionários
Aplicados
66
25,9%
Não
2.2a - Se não, de que maneira você destina os esgotos
sanitários da sua moradia?
Se não, de que maneira você destina os
esgotos sanitários da sua moradia?
Opções de
Respostas
Resposta
Fossa Simples
34
Fossa com Filtro e
30
Sumidouro
Direto na Via
2
Pública
Diretamente no
Corpo D'água
0
mais próximo
74,1%
Sim
DISTRITO SEDE - SILVA JARDIM
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
2.2a
Não Sei
%
51,5%
45,5%
3,0%
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
51,5%
Fossa Simples
0%
45,5%
Fossa com Filtro
e Sumidouro
3,0%
0%
Direto na Via
Pública
Diretamente no
Corpo D'água
mais próximo
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
2.3
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Existe caixa de gordura antes do
lançamento dos esgotos sanitários da
sua moradia na rede coletora ou na
fossa?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
55
64,0%
Não
13
15,1%
Não Sei
18
20,9%
Questionários
Aplicados
86
2.3 - Existe caixa de gordura antes do lançamento dos
esgotos sanitários da sua moradia na rede coletora ou na
fossa?
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
64,0%
20,9%
15,1%
Sim
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
2.4
Questionários
Aplicados
Respostas
%
28
58
32,6%
67,4%
86
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
67,4%
32,6%
Sim
2.5
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Tem ocorrido o refluxo/retorno de
esgotos sanitários para dentro da sua
moradia?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
14
16,5%
Não
71
83,5%
Questionários
Aplicados
85
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
A sua família está satisfeita com o
sistema público de coleta de esgotos
sanitários na sua rua?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
23
29,1%
Não
56
70,9%
Questionários
Aplicados
79
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
83,5%
16,5%
2.7
Questionários
Aplicados
90
Não
2.6 - A sua família está satisfeita com o sistema público de
coleta de esgotos sanitários na sua rua?
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
70,9%
29,1%
Sim
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Você já participou de algum projeto de
educação ambiental voltado para a área
de saneamento básico?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
25
27,8%
Não
65
72,2%
Não
2.5 - Tem ocorrido o refluxo/retorno de esgotos sanitários
para dentro da sua moradia?
Sim
2.6
Não Sei
2.4 - Tem ocorrido problemas de odor de esgotos na região
da sua moradia?
Tem ocorrido problemas de odor de
esgotos na região da sua moradia?
Opções de
Resposta
Sim
Não
Não
Não
2.7 - Você já participou de algum projeto de educação
ambiental voltado para a área de saneamento básico?
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
72,2%
27,8%
Sim
Não
SAQUAREMA - SEDE
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS
SAQUAREMA - DISTRITO SEDE
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS
URBANAS
A sua rua é pavimentada?
3.1
Opções de
Resposta
Sim
Não
Questionários
Aplicados
Respostas
%
21
8
72,4%
27,6%
29
3.1 - A sua rua é pavimentada?
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
72,4%
27,6%
Sim
SAQUAREMA - DISTRITO SEDE
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS
URBANAS
A rua onde você mora tem sistema de
3.2
drenagem das águas da chuva?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
13
46,4%
Não
15
53,6%
Não
3.2 -A rua onde você mora tem sistema de drenagem das
águas da chuva?
100%
80%
53,6%
60%
46,4%
40%
20%
0%
Questionários
Aplicados
Sim
28
SAQUAREMA - DISTRITO SEDE
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS
URBANAS
Não
3.3 - Você mora em área de risco ou ocupação desordenada?
100,0%
100%
90%
3.3
Você mora em área de risco ou
ocupação desordenada?
80%
70%
60%
Opções de
Resposta
Sim
Não
Respostas
%
0
29
0,0%
100,0%
50%
40%
30%
20%
10%
Questionários
Aplicados
29
SAQUAREMA - DISTRITO SEDE
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS
URBANAS
Na sua cidade existe algum plano para a
proteção da população contra
3.4
enchentes e deslizamentos?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
2
6,9%
Não
14
48,3%
Não Sei
13
44,8%
Questionários
Aplicados
29
0,0%
0%
Sim
Não
3.4 - Na sua cidade existe algum plano para a proteção da
população contra enchentes e deslizamentos?
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
48,3%
44,8%
6,9%
Sim
Não
Não Sei
SAQUAREMA - SEDE
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS
SAQUAREMA - DISTRITO SEDE
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS
URBANAS
3.5
As águas da chuva tem escorrido bem
pelo meio fio e bocas de lobo na sua
Rua?
Opções de
Resposta
Sim
Não
Respostas
%
3.5 - As águas da chuva tem escorrido bem pelo meio fio e
bocas de lobo na sua Rua?
100%
90%
80%
70%
60%
50%
13
15
46,4%
53,6%
53,6%
46,4%
40%
30%
20%
Questionários
Aplicados
10%
28
0%
Sim
SAQUAREMA - DISTRITO SEDE
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS
URBANAS
3.6
Tem ocorrido alagamentos na sua Rua
ou Bairro?
Opções de
Resposta
Sim
Não
Não
3.6 Tem ocorrido alagamentos na sua Rua ou Bairro?
100%
90%
80%
70%
Respostas
%
60%
15
14
51,7%
48,3%
50%
51,7%
48,3%
Sim
Não
40%
30%
Questionários
Aplicados
20%
29
10%
0%
SAQUAREMA - DISTRITO SEDE
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS
URBANAS
3.7
Em épocas de chuva você e a sua
família tem tido dificuldade de se
locomover no Bairro em que vocês
moram?
Opções de
Resposta
Sim
Não
Respostas
%
6
23
20,7%
79,3%
3.7 - Em épocas de chuva você e a sua família tem tido
dificuldade de se locomover no Bairro em que vocês moram?
100%
90%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
Questionários
Aplicados
79,3%
80%
20,7%
10%
29
0%
Sim
SAQUAREMA - DISTRITO SEDE
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS
URBANAS
3.8
Você tem sofrido prejuízos decorrentes
de enchentes?
Opções de
Resposta
Sim
Não
Respostas
%
4
25
13,8%
86,2%
Não
3.8 - Você tem sofrido prejuízos decorrentes de enchentes?
100%
86,2%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
Questionários
Aplicados
29
13,8%
10%
0%
Sim
SAQUAREMA - DISTRITO SEDE
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS
URBANAS
O que você acha do funcionamento do
sistema de drenagem das águas da
3.9
chuva na sua rua?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Bom
11
40,7%
Ruim
16
59,3%
Não
3.9 - O que você acha do funcionamento do sistema de
drenagem das águas da chuva na sua rua?
100%
90%
80%
70%
59,3%
60%
50%
40%
40,7%
30%
Questionários
Aplicados
27
20%
10%
0%
Bom
Ruim
SAQUAREMA - BACAXÁ
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS
SAQUAREMA - BACAXÁ
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS
URBANAS
A sua rua é pavimentada?
3.1
Opções de
Resposta
Sim
Não
Questionários
Aplicados
Respostas
%
31
12
72,1%
27,9%
43
3.1 - A sua rua é pavimentada?
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
72,1%
27,9%
Sim
SAQUAREMA - BACAXÁ
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS
URBANAS
A rua onde você mora tem sistema de
3.2
drenagem das águas da chuva?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
16
36,4%
Não
28
63,6%
Não
3.2 -A rua onde você mora tem sistema de drenagem das
águas da chuva?
100%
80%
63,6%
60%
40%
36,4%
20%
0%
Questionários
Aplicados
Sim
44
SAQUAREMA - BACAXÁ
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS
URBANAS
Não
3.3 - Você mora em área de risco ou ocupação desordenada?
95,5%
100%
90%
3.3
Você mora em área de risco ou
ocupação desordenada?
80%
70%
60%
Opções de
Resposta
Sim
Não
Respostas
%
2
42
4,5%
95,5%
50%
40%
30%
20%
10%
Questionários
Aplicados
44
SAQUAREMA - BACAXÁ
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS
URBANAS
Na sua cidade existe algum plano para a
proteção da população contra
3.4
enchentes e deslizamentos?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
2
4,9%
Não
18
43,9%
Não Sei
21
51,2%
Questionários
Aplicados
41
4,5%
0%
Sim
Não
3.4 - Na sua cidade existe algum plano para a proteção da
população contra enchentes e deslizamentos?
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
51,2%
43,9%
4,9%
Sim
Não
Não Sei
SAQUAREMA - BACAXÁ
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS
SAQUAREMA - BACAXÁ
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS
URBANAS
3.5
As águas da chuva tem escorrido bem
pelo meio fio e bocas de lobo na sua
Rua?
Opções de
Resposta
Sim
Não
Respostas
%
17
24
41,5%
58,5%
3.5 - As águas da chuva tem escorrido bem pelo meio fio e
bocas de lobo na sua Rua?
100%
90%
80%
70%
58,5%
60%
50%
40%
41,5%
30%
20%
Questionários
Aplicados
10%
41
0%
Sim
SAQUAREMA - BACAXÁ
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS
URBANAS
3.6
Tem ocorrido alagamentos na sua Rua
ou Bairro?
Opções de
Resposta
Sim
Não
Não
3.6 Tem ocorrido alagamentos na sua Rua ou Bairro?
100%
90%
80%
70%
Respostas
%
60%
25
19
56,8%
43,2%
50%
56,8%
43,2%
40%
30%
Questionários
Aplicados
20%
44
10%
0%
Sim
SAQUAREMA - BACAXÁ
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS
URBANAS
Em épocas de chuva você e a sua
família tem tido dificuldade de se
3.7
locomover no Bairro em que vocês
moram?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
21
47,7%
Não
23
52,3%
Não
3.7 - Em épocas de chuva você e a sua família tem tido
dificuldade de se locomover no Bairro em que vocês moram?
100%
90%
80%
70%
60%
50%
52,3%
47,7%
40%
30%
20%
Questionários
Aplicados
10%
44
0%
Sim
SAQUAREMA - BACAXÁ
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS
URBANAS
3.8
Você tem sofrido prejuízos decorrentes
de enchentes?
Opções de
Resposta
Sim
Não
Respostas
%
8
36
18,2%
81,8%
Não
3.8 - Você tem sofrido prejuízos decorrentes de enchentes?
100%
90%
81,8%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
Questionários
Aplicados
44
18,2%
10%
0%
Sim
SAQUAREMA - BACAXÁ
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS
URBANAS
O que você acha do funcionamento do
sistema de drenagem das águas da
3.9
chuva na sua rua?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Bom
16
38,1%
Ruim
26
61,9%
Não
3.9 - O que você acha do funcionamento do sistema de
drenagem das águas da chuva na sua rua?
100%
90%
80%
70%
61,9%
60%
50%
40%
38,1%
30%
Questionários
Aplicados
42
20%
10%
0%
Bom
Ruim
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS
URBANAS
A sua rua é pavimentada?
3.1
Opções de
Resposta
Sim
Não
Questionários
Aplicados
Respostas
%
3
14
17,6%
82,4%
17
3.1 - A sua rua é pavimentada?
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
82,4%
17,6%
Sim
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS
URBANAS
3.2
A rua onde você mora tem sistema de
drenagem das águas da chuva?
Opções de
Resposta
Sim
Não
Não
3.2 -A rua onde você mora tem sistema de drenagem das
águas da chuva?
100%
88,2%
80%
Respostas
%
60%
2
15
11,8%
88,2%
40%
20%
11,8%
0%
Questionários
Aplicados
Sim
17
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS
URBANAS
Não
3.3 - Você mora em área de risco ou ocupação desordenada?
100,0%
100%
90%
3.3
Você mora em área de risco ou
ocupação desordenada?
80%
70%
60%
Opções de
Resposta
Sim
Não
Respostas
%
0
17
0,0%
100,0%
50%
40%
30%
20%
10%
Questionários
Aplicados
17
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS
URBANAS
Na sua cidade existe algum plano para a
proteção da população contra
3.4
enchentes e deslizamentos?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
0
0,0%
Não
11
64,7%
Não Sei
6
35,3%
Questionários
Aplicados
17
0,0%
0%
Sim
Não
3.4 - Na sua cidade existe algum plano para a proteção da
população contra enchentes e deslizamentos?
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
64,7%
35,3%
0,0%
Sim
Não
Não Sei
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS
URBANAS
3.5
As águas da chuva tem escorrido bem
pelo meio fio e bocas de lobo na sua
Rua?
Opções de
Resposta
Sim
Não
Respostas
%
4
9
30,8%
69,2%
3.5 - As águas da chuva tem escorrido bem pelo meio fio e
bocas de lobo na sua Rua?
100%
90%
80%
69,2%
70%
60%
50%
40%
30%
30,8%
20%
Questionários
Aplicados
10%
13
0%
Sim
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS
URBANAS
3.6
Tem ocorrido alagamentos na sua Rua
ou Bairro?
Opções de
Resposta
Sim
Não
Não
3.6 Tem ocorrido alagamentos na sua Rua ou Bairro?
100%
90%
80%
70%
Respostas
%
60%
8
9
47,1%
52,9%
50%
52,9%
47,1%
40%
30%
Questionários
Aplicados
20%
17
10%
0%
Sim
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS
URBANAS
Em épocas de chuva você e a sua
família tem tido dificuldade de se
3.7
locomover no Bairro em que vocês
moram?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
9
52,9%
Não
8
47,1%
Não
3.7 - Em épocas de chuva você e a sua família tem tido
dificuldade de se locomover no Bairro em que vocês moram?
100%
90%
80%
70%
60%
52,9%
50%
47,1%
40%
30%
20%
Questionários
Aplicados
10%
17
0%
Sim
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS
URBANAS
3.8
Você tem sofrido prejuízos decorrentes
de enchentes?
Opções de
Resposta
Sim
Não
Respostas
%
0
16
0,0%
100,0%
Não
3.8 - Você tem sofrido prejuízos decorrentes de enchentes?
100,0%
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
Questionários
Aplicados
16
10%
0%
0,0%
Sim
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS
URBANAS
O que você acha do funcionamento do
sistema de drenagem das águas da
3.9
chuva na sua rua?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Bom
7
50,0%
Ruim
7
50,0%
Não
3.9 - O que você acha do funcionamento do sistema de
drenagem das águas da chuva na sua rua?
100%
90%
80%
70%
60%
50%
50,0%
50,0%
Bom
Ruim
40%
30%
Questionários
Aplicados
14
20%
10%
0%
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS
URBANAS
A sua rua é pavimentada?
3.1
Opções de
Resposta
Sim
Não
Questionários
Aplicados
Respostas
%
55
34
61,8%
38,2%
89
3.1 - A sua rua é pavimentada?
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
61,8%
38,2%
Sim
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS
URBANAS
A rua onde você mora tem sistema de
3.2
drenagem das águas da chuva?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
31
34,8%
Não
58
65,2%
Não
3.2 -A rua onde você mora tem sistema de drenagem das
águas da chuva?
100%
80%
65,2%
60%
40%
34,8%
20%
0%
Questionários
Aplicados
Sim
89
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS
URBANAS
Não
3.3 - Você mora em área de risco ou ocupação desordenada?
97,8%
100%
90%
3.3
Você mora em área de risco ou
ocupação desordenada?
80%
70%
60%
Opções de
Resposta
Sim
Não
Respostas
%
2
88
2,2%
97,8%
50%
40%
30%
20%
10%
Questionários
Aplicados
90
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS
URBANAS
Na sua cidade existe algum plano para a
proteção da população contra
3.4
enchentes e deslizamentos?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
4
4,6%
Não
43
49,4%
Não Sei
40
46,0%
Questionários
Aplicados
87
2,2%
0%
Sim
Não
3.4 - Na sua cidade existe algum plano para a proteção da
população contra enchentes e deslizamentos?
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
49,4%
46,0%
4,6%
Sim
Não
Não Sei
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS
URBANAS
3.5
As águas da chuva tem escorrido bem
pelo meio fio e bocas de lobo na sua
Rua?
Opções de
Resposta
Sim
Não
Respostas
%
34
48
41,5%
58,5%
3.5 - As águas da chuva tem escorrido bem pelo meio fio e
bocas de lobo na sua Rua?
100%
90%
80%
70%
58,5%
60%
50%
40%
41,5%
30%
20%
Questionários
Aplicados
10%
82
0%
Sim
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS
URBANAS
3.6
Tem ocorrido alagamentos na sua Rua
ou Bairro?
Opções de
Resposta
Sim
Não
Não
3.6 Tem ocorrido alagamentos na sua Rua ou Bairro?
100%
90%
80%
70%
Respostas
%
60%
48
42
53,3%
46,7%
50%
53,3%
46,7%
40%
30%
Questionários
Aplicados
20%
90
10%
0%
Sim
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS
URBANAS
Em épocas de chuva você e a sua
família tem tido dificuldade de se
3.7
locomover no Bairro em que vocês
moram?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
36
40,0%
Não
54
60,0%
Não
3.7 - Em épocas de chuva você e a sua família tem tido
dificuldade de se locomover no Bairro em que vocês moram?
100%
90%
80%
70%
60,0%
60%
50%
40%
40,0%
30%
20%
Questionários
Aplicados
10%
90
0%
Sim
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS
URBANAS
3.8
Você tem sofrido prejuízos decorrentes
de enchentes?
Opções de
Resposta
Sim
Não
Respostas
%
12
77
13,5%
86,5%
Não
3.8 - Você tem sofrido prejuízos decorrentes de enchentes?
100%
86,5%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
Questionários
Aplicados
89
13,5%
10%
0%
Sim
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS
URBANAS
O que você acha do funcionamento do
sistema de drenagem das águas da
3.9
chuva na sua rua?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Bom
34
41,0%
Ruim
49
59,0%
Não
3.9 - O que você acha do funcionamento do sistema de
drenagem das águas da chuva na sua rua?
100%
90%
80%
70%
59,0%
60%
50%
40%
41,0%
30%
Questionários
Aplicados
83
20%
10%
0%
Bom
Ruim
SAQUAREMA - SEDE
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
(LIXO)
SILVA JARDIM - SEDE
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
4.1 - A sua rua tem coleta de resíduos sólidos (lixo)?
100,0%
100%
90%
4.1
A sua rua tem coleta de resíduos sólidos
(lixo)?
Opções de
Resposta
Sim
Não
80%
70%
60%
Respostas
%
29
0
100,0%
0,0%
50%
40%
30%
20%
10%
Questionários
Aplicados
29
SILVA JARDIM - SEDE
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
4.2
Qual a frequência da coleta de lixo na sua
rua?
Opções de
Resposta
Diariamente
Dias Alternados
Três Vezes Por
Semana
Duas Vezes Por
Semana
Uma Vez Por
Semana
Quinzenal
Mensal
Questionários
Aplicados
Respostas
%
1
6
3,4%
20,7%
14
48,3%
6
20,7%
2
6,9%
0
0
0,0%
0,0%
0,0%
0%
Sim
Não
4.2 - Qual a frequência da coleta de lixo na sua rua?
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
48,3%
20,7%
20,7%
6,9%
0,0%
3,4%
29
SILVA JARDIM - SEDE
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
4.3 - Você tem dúvidas de como separar o lixo?
100%
86,2%
90%
80%
4.3
Você tem dúvidas de como separar o lixo?
70%
60%
Opções de
Resposta
Sim
Não
Respostas
%
4
25
13,8%
86,2%
50%
40%
30%
20%
13,8%
10%
Questionários
Aplicados
0%
29
Sim
SILVA JARDIM - SEDE
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
Você faz a separação dos materiais
recicláveis?
4.4
Opções de
Resposta
Sim
Não
Não
4.4 - Você faz a separação dos materiais recicláveis?
100%
90%
80%
70%
Respostas
%
60%
10
18
35,7%
64,3%
50%
40%
64,3%
35,7%
30%
Questionários
Aplicados
20%
28
10%
0%
Sim
Não
0,0%
SAQUAREMA - SEDE
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
(LIXO)
SILVA JARDIM - SEDE
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
4.4a
Se sim, qual o destino que você dá aos
materiais recicláveis?
Opções de
Resposta
%
Catador/Carrinheiro
5
38,5%
Caminhão da Coleta
Seletiva
1
7,7%
Vende Para
Associação ou
Depósito
Doa Para Assiação
ou Depósito
Pontos de Entrega
Voluntária - PEV ou
Ecopontos
Questionários
Aplicados
90%
80%
60%
50%
40%
38,5%
30,8%
30%
23,1%
20%
4
30,8%
7,7%
10%
0,0%
0,0%
d
e
0%
0
0,0%
0
0,0%
3
23,1%
a
b
c
f
13
SILVA JARDIM - SEDE
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
4.5
100%
70%
Respostas
Caminhão da Coleta
Convencional
4.4a - Se sim, qual o destino que você dá aos materiais
recicláveis?
Você faz a separação de resíduos
especiais (pilhas, baterias, lâmpadas,
remédios vencidos, eletroeletrônicos)?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
12
44,4%
Não
15
55,6%
4.5 - Você faz a separação de resíduos especiais (pilhas,
baterias, lâmpadas, remédios vencidos, eletroeletrônicos)?
100%
90%
80%
70%
55,6%
60%
50%
44,4%
40%
30%
Questionários
Aplicados
20%
27
10%
0%
Sim
SILVA JARDIM - SEDE
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
Se sim, qual o destino você dá para os
4.5a
resíduos especiais?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Pontos de Entrega
Voluntária - PEV ou
7
58,3%
Ecopontos
Supermercados,
Farmácias, Lojas de
4
33,3%
Eletrônicos
Caminhão da Coleta
Convencional
Não Sei o Que Fazer
Questionários
Aplicados
1
8,3%
0
0,0%
O que você faz com o óleo de cozinha
usado?
Opções de
Resposta
4.5a - Se sim, qual o destino você dá para os resíduos
especiais?
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
33,3%
8,3%
0,0%
Pontos de Entrega Supermercados,
Voluntária - PEV Farmácias, Lojas
ou Ecopontos
de Eletrônicos
Caminhão da
Coleta
Convencional
Não Sei o Que
Fazer
Respostas
%
16
59,3%
7
25,9%
4.6 - O que você faz com o óleo de cozinha usado?
100%
90%
80%
70%
60%
Separa e Encaminha
Para Reciclagem
Descarta na Rede de
Esgoto (Pia ou Vaso
Sanitário)
Descarta no Solo
58,3%
12
SILVA JARDIM - SEDE
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
4.6
Não
59,3%
50%
40%
4
14,8%
30%
25,9%
20%
14,8%
10%
Questionários
Aplicados
27
0%
Separa e Encaminha
Para Reciclagem
Descarta na Rede de
Esgoto (Pia ou Vaso
Sanitário)
Descarta no Solo
SAQUAREMA - SEDE
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
(LIXO)
SILVA JARDIM - SEDE
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
4.7
Você tem acesso à informações sobre os
locais para levar o lixo reciclável e
resíduos especiais?
Opções de
Resposta
Sim
Não
Respostas
%
8
19
29,6%
70,4%
4.7 - Você tem acesso à informações sobre os locais para levar
o lixo reciclável e resíduos especiais?
100%
90%
80%
70,4%
70%
60%
50%
40%
29,6%
30%
Questionários
Aplicados
20%
27
10%
0%
Sim
SILVA JARDIM - SEDE
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
4.8
O que você acha da limpeza urbana
(varrição, capina e roçagem) das ruas,
praças, praias e lagoas da sua cidade?
Opções de
Resposta
Boa
Ruim
Respostas
17
11
%
60,7%
39,3%
Não
4.8 O que você acha da limpeza urbana (varrição, capina e
roçagem) das ruas, praças, praias e lagoas da sua cidade?
100%
90%
80%
70%
60,7%
60%
50%
39,3%
40%
30%
Questionários
Aplicados
20%
28
10%
0%
Boa
SILVA JARDIM - SEDE
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
O que você faz com os resíduos da
4.9
construção civil (entulhos)?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Disponibiliza Para
Coleta da Prefeitura
11
39,3%
Contrata uma
Caçamba
4
14,3%
Descarta em Terreno
Baldio (Bota Fora)
3
10,7%
Não Tenho Gerado
Este Resíduo
10
35,7%
Questionários
Aplicados
4.9 - O que você faz com os resíduos da construção civil
(entulhos)?
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
39,3%
35,7%
14,3%
Disponibiliza Para
Coleta da
Prefeitura
10,7%
Contrata uma
Caçamba
Descarta em
Terreno Baldio
(Bota Fora)
Não Tenho
Gerado Este
Resíduo
28
SILVA JARDIM - SEDE
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
4.10
Ruim
O que você faz com seus resíduos de poda
e capina (galhos de árvores, grama, etc.)
4.10 O que você faz comseus resíduos de poda e capina
(galhos de árvores, grama, etc.)
100%
90%
80%
70%
Opções de
Resposta
Disponibiliza Para a
Coleta da Prefeitura
Descarta em Terreno
Baldio
Queima
Questionários
Aplicados
Respostas
%
60%
59,3%
50%
16
59,3%
37,0%
40%
30%
1
3,7%
10
37,0%
20%
27
10%
3,7%
0%
Disponibiliza Para a
Coleta da Prefeitura
Descarta em Terreno
Baldio
Queima
SAQUAREMA - SEDE
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
(LIXO)
SILVA JARDIM - SEDE
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
4.11
Você paga taxa de limpeza urbana (lixo)
junto com o seu IPTU?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
17
65,4%
Não
9
34,6%
4.11 - Você paga taxa de limpeza urbana (lixo) junto com o seu
IPTU?
100%
90%
80%
70%
65,4%
60%
50%
40%
34,6%
30%
Questionários
Aplicados
20%
26
10%
0%
Sim
SILVA JARDIM - SEDE
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
4.12
Você já participou de algum projeto de
educação ambiental voltado para a área de
resíduos sólidos (lixo)?
Opções de
Resposta
Sim
Não
Questionários
Aplicados
Não
4.12 - Você já participou de algum projeto de educação
ambiental voltado para a área de resíduos sólidos (lixo)?
100%
90%
80%
70%
Respostas
%
60%
15
13
53,6%
46,4%
50%
53,6%
46,4%
40%
30%
28
20%
10%
0%
Sim
SILVA JARDIM - SEDE
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
Existe alguma associação / cooperativa de
catadores de materiais reciclávei na sua
4.13
cidade?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
6
22,2%
Não
5
18,5%
Não Sei
16
59%
Não
4.13 - Existe alguma associação / cooperativa de catadores de
materiais reciclávei na sua cidade?
100%
90%
80%
70%
59%
60%
50%
40%
30%
Questionários
Aplicados
27
22,2%
18,5%
Sim
Não
20%
10%
0%
SILVA JARDIM - SEDE
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
4.14
Você sabe para onde é levado o seu lixo?
Não Sei
4.14 Você sabe para onde é levado o seu lixo?
100%
90%
80%
70%
Opções de
Resposta
Sim
Não
60%
Respostas
%
13
15
46,4%
53,6%
50%
40%
53,6%
46,4%
30%
20%
Questionários
Aplicados
28
10%
0%
Sim
SILVA JARDIM - SEDE
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
O que você acha da coleta de lixo na sua
4.15
rua?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Boa
19
67,9%
Ruim
9
32,1%
Questionários
Aplicados
28
Não
4.15 O que você acha da coleta de lixo na sua rua?
100%
90%
80%
70%
67,9%
60%
50%
40%
30%
32,1%
20%
10%
0%
Boa
Ruim
SAQUAREMA - BACAXÁ
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
(LIXO)
SAQUAREMA - BACAXÁ
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
4.1 - A sua rua tem coleta de resíduos sólidos (lixo)?
100,0%
100%
90%
4.1
A sua rua tem coleta de resíduos sólidos
(lixo)?
Opções de
Resposta
Sim
Não
80%
70%
60%
Respostas
%
44
0
100,0%
0,0%
50%
40%
30%
20%
10%
Questionários
Aplicados
44
SAQUAREMA - BACAXÁ
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
4.2
Qual a frequência da coleta de lixo na sua
rua?
Opções de
Resposta
Diariamente
Dias Alternados
Três Vezes Por
Semana
Duas Vezes Por
Semana
Uma Vez Por
Semana
Quinzenal
Mensal
Questionários
Aplicados
Respostas
%
3
1
6,8%
2,3%
16
36,4%
17
38,6%
6
13,6%
1
0
2,3%
0,0%
0,0%
0%
Sim
Não
4.2 - Qual a frequência da coleta de lixo na sua rua?
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
36,4%
38,6%
13,6%
6,8%
2,3%
2,3%
44
SAQUAREMA - BACAXÁ
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
4.3 - Você tem dúvidas de como separar o lixo?
100%
90%
80%
4.3
Você tem dúvidas de como separar o lixo?
72,7%
70%
60%
Opções de
Resposta
Sim
Não
Respostas
%
12
32
27,3%
72,7%
50%
40%
30%
27,3%
20%
10%
Questionários
Aplicados
0%
44
Sim
SAQUAREMA - BACAXÁ
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
Você faz a separação dos materiais
recicláveis?
4.4
Opções de
Resposta
Sim
Não
4.4 - Você faz a separação dos materiais recicláveis?
100%
90%
80%
72,1%
70%
Respostas
%
60%
12
31
27,9%
72,1%
50%
40%
30%
Questionários
Aplicados
Não
27,9%
20%
43
10%
0%
Sim
Não
0,0%
SAQUAREMA - BACAXÁ
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
(LIXO)
SAQUAREMA - BACAXÁ
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
4.4a
Se sim, qual o destino que você dá aos
materiais recicláveis?
Opções de
Resposta
%
Catador/Carrinheiro
5
27,8%
Caminhão da Coleta
Seletiva
3
16,7%
Vende Para
Associação ou
Depósito
Doa Para Assiação
ou Depósito
Pontos de Entrega
Voluntária - PEV ou
Ecopontos
Questionários
Aplicados
90%
80%
60%
50%
40%
30%
27,8%
27,8%
5
27,8%
16,7%
16,7%
20%
11,1%
10%
0,0%
0%
2
11,1%
3
16,7%
0
0,0%
a
b
c
d
e
f
18
SAQUAREMA - BACAXÁ
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
4.5
100%
70%
Respostas
Caminhão da Coleta
Convencional
4.4a - Se sim, qual o destino que você dá aos materiais
recicláveis?
Você faz a separação de resíduos
especiais (pilhas, baterias, lâmpadas,
remédios vencidos, eletroeletrônicos)?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
17
38,6%
Não
27
61,4%
4.5 - Você faz a separação de resíduos especiais (pilhas,
baterias, lâmpadas, remédios vencidos, eletroeletrônicos)?
100%
90%
80%
70%
61,4%
60%
50%
38,6%
40%
30%
Questionários
Aplicados
20%
44
10%
0%
Sim
SAQUAREMA - BACAXÁ
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
Se sim, qual o destino você dá para os
4.5a
resíduos especiais?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Pontos de Entrega
Voluntária - PEV ou
4
19,0%
Ecopontos
Supermercados,
Farmácias, Lojas de
3
14,3%
Eletrônicos
Caminhão da Coleta
Convencional
Não Sei o Que Fazer
Questionários
Aplicados
9
42,9%
5
23,8%
O que você faz com o óleo de cozinha
usado?
Opções de
Resposta
4.5a - Se sim, qual o destino você dá para os resíduos
especiais?
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
42,9%
23,8%
19,0%
14,3%
Pontos de Entrega Supermercados,
Voluntária - PEV Farmácias, Lojas
ou Ecopontos
de Eletrônicos
Caminhão da
Coleta
Convencional
Não Sei o Que
Fazer
21
SAQUAREMA - BACAXÁ
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
4.6
Não
Respostas
%
10
26,3%
4.6 - O que você faz com o óleo de cozinha usado?
100%
90%
80%
70%
60%
Separa e Encaminha
Para Reciclagem
Descarta na Rede de
Esgoto (Pia ou Vaso
Sanitário)
Descarta no Solo
47,4%
50%
40%
18
10
47,4%
26,3%
30%
26,3%
26,3%
20%
10%
Questionários
Aplicados
38
0%
Separa e Encaminha
Para Reciclagem
Descarta na Rede de
Esgoto (Pia ou Vaso
Sanitário)
Descarta no Solo
SAQUAREMA - BACAXÁ
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
(LIXO)
SAQUAREMA - BACAXÁ
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
4.7
Você tem acesso à informações sobre os
locais para levar o lixo reciclável e
resíduos especiais?
Opções de
Resposta
Sim
Não
Respostas
%
6
38
13,6%
86,4%
4.7 - Você tem acesso à informações sobre os locais para levar
o lixo reciclável e resíduos especiais?
100%
86,4%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
Questionários
Aplicados
20%
44
13,6%
10%
0%
Sim
SAQUAREMA - BACAXÁ
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
4.8
O que você acha da limpeza urbana
(varrição, capina e roçagem) das ruas,
praças, praias e lagoas da sua cidade?
Opções de
Resposta
Boa
Ruim
Respostas
%
24
17
58,5%
41,5%
Não
4.8 O que você acha da limpeza urbana (varrição, capina e
roçagem) das ruas, praças, praias e lagoas da sua cidade?
100%
90%
80%
70%
58,5%
60%
50%
41,5%
40%
30%
Questionários
Aplicados
20%
41
10%
0%
Boa
SAQUAREMA - BACAXÁ
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
O que você faz com os resíduos da
4.9
construção civil (entulhos)?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Disponibiliza Para
Coleta da Prefeitura
4
9,1%
Contrata uma
Caçamba
11
25,0%
Descarta em Terreno
Baldio (Bota Fora)
3
6,8%
Não Tenho Gerado
Este Resíduo
26
59,1%
Questionários
Aplicados
4.9 - O que você faz com os resíduos da construção civil
(entulhos)?
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
59,1%
25,0%
6,8%
9,1%
Disponibiliza Para
Coleta da
Prefeitura
Contrata uma
Caçamba
Descarta em
Terreno Baldio
(Bota Fora)
Não Tenho
Gerado Este
Resíduo
44
SAQUAREMA - BACAXÁ
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
4.10
Ruim
O que você faz com seus resíduos de poda
e capina (galhos de árvores, grama, etc.)
4.10 O que você faz comseus resíduos de poda e capina
(galhos de árvores, grama, etc.)
100%
90%
80%
70%
Opções de
Resposta
Disponibiliza Para a
Coleta da Prefeitura
Descarta em Terreno
Baldio
Queima
Questionários
Aplicados
Respostas
%
15
37,5%
7
17,5%
18
45,0%
60%
50%
40%
45,0%
37,5%
30%
17,5%
20%
40
10%
0%
Disponibiliza Para a
Coleta da Prefeitura
Descarta em Terreno
Baldio
Queima
SAQUAREMA - BACAXÁ
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
(LIXO)
SAQUAREMA - BACAXÁ
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
4.11
Você paga taxa de limpeza urbana (lixo)
junto com o seu IPTU?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
23
59,0%
Não
16
41,0%
4.11 - Você paga taxa de limpeza urbana (lixo) junto com o seu
IPTU?
100%
90%
80%
70%
59,0%
60%
50%
41,0%
40%
30%
Questionários
Aplicados
20%
39
10%
0%
Sim
SAQUAREMA - BACAXÁ
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
4.12
Você já participou de algum projeto de
educação ambiental voltado para a área de
resíduos sólidos (lixo)?
Opções de
Resposta
Sim
Não
Questionários
Aplicados
Não
4.12 - Você já participou de algum projeto de educação
ambiental voltado para a área de resíduos sólidos (lixo)?
100%
90%
80%
70,5%
70%
Respostas
%
60%
13
31
29,5%
70,5%
50%
40%
29,5%
30%
44
20%
10%
0%
Sim
SAQUAREMA - BACAXÁ
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
Existe alguma associação / cooperativa de
catadores de materiais reciclávei na sua
4.13
cidade?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
9
20,9%
Não
4
9,3%
Não Sei
30
70%
Não
4.13 - Existe alguma associação / cooperativa de catadores de
materiais reciclávei na sua cidade?
100%
90%
80%
70%
70%
60%
50%
40%
30%
Questionários
Aplicados
43
20%
20,9%
9,3%
10%
0%
Sim
SAQUAREMA - BACAXÁ
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
4.14
Você sabe para onde é levado o seu lixo?
Não
4.14 Você sabe para onde é levado o seu lixo?
100%
90%
80%
65,1%
70%
Opções de
Resposta
Sim
Não
Não Sei
60%
Respostas
%
15
28
34,9%
65,1%
50%
40%
34,9%
30%
20%
Questionários
Aplicados
43
10%
0%
Sim
SAQUAREMA - BACAXÁ
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
O que você acha da coleta de lixo na sua
4.15
rua?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Boa
29
70,7%
Ruim
12
29,3%
4.15 O que você acha da coleta de lixo na sua rua?
100%
90%
80%
70%
70,7%
60%
50%
40%
29,3%
30%
Questionários
Aplicados
41
Não
20%
10%
0%
Boa
Ruim
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
(LIXO)
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
4.1 - A sua rua tem coleta de resíduos sólidos (lixo)?
100,0%
100%
90%
4.1
A sua rua tem coleta de resíduos sólidos
(lixo)?
Opções de
Resposta
Sim
Não
80%
70%
60%
Respostas
%
17
0
100,0%
0,0%
50%
40%
30%
20%
10%
Questionários
Aplicados
17
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
4.2
Qual a frequência da coleta de lixo na sua
rua?
Opções de
Resposta
Diariamente
Dias Alternados
Três Vezes Por
Semana
Duas Vezes Por
Semana
Uma Vez Por
Semana
Quinzenal
Mensal
Questionários
Aplicados
Respostas
%
0
2
0,0%
11,8%
3
17,6%
8
47,1%
4
23,5%
0
0
0,0%
0,0%
0,0%
0%
Sim
Não
4.2 - Qual a frequência da coleta de lixo na sua rua?
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
47,1%
23,5%
17,6%
11,8%
0,0%
0,0%
17
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
4.3 - Você tem dúvidas de como separar o lixo?
100%
88,2%
90%
80%
4.3
Você tem dúvidas de como separar o lixo?
70%
60%
Opções de
Resposta
Sim
Não
Respostas
%
2
15
11,8%
88,2%
50%
40%
30%
20%
10%
Questionários
Aplicados
17
Sim
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
Você faz a separação dos materiais
recicláveis?
4.4
Opções de
Resposta
Sim
Não
11,8%
0%
Não
4.4 - Você faz a separação dos materiais recicláveis?
100%
90%
80%
70%
Respostas
%
60%
9
8
52,9%
47,1%
50%
52,9%
47,1%
40%
30%
Questionários
Aplicados
20%
17
10%
0%
Sim
Não
0,0%
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
(LIXO)
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
4.4a
Se sim, qual o destino que você dá aos
materiais recicláveis?
Opções de
Resposta
Catador/Carrinheiro
%
1
11,1%
3
33,3%
4
44,4%
80%
60%
50%
44,4%
33,3%
30%
20%
10%
11,1%
11,1%
0,0%
0,0%
0%
0
0,0%
1
11,1%
0
0,0%
a
b
c
d
e
f
9
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
4.5
90%
40%
Caminhão da Coleta
Convencional
Questionários
Aplicados
100%
70%
Respostas
Caminhão da Coleta
Seletiva
Vende Para
Associação ou
Depósito
Doa Para Assiação
ou Depósito
Pontos de Entrega
Voluntária - PEV ou
Ecopontos
4.4a - Se sim, qual o destino que você dá aos materiais
recicláveis?
Você faz a separação de resíduos
especiais (pilhas, baterias, lâmpadas,
remédios vencidos, eletroeletrônicos)?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
7
41,2%
Não
10
58,8%
4.5 - Você faz a separação de resíduos especiais (pilhas,
baterias, lâmpadas, remédios vencidos, eletroeletrônicos)?
100%
90%
80%
70%
58,8%
60%
50%
41,2%
40%
30%
Questionários
Aplicados
20%
17
10%
0%
Sim
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
Se sim, qual o destino você dá para os
4.5a
resíduos especiais?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Pontos de Entrega
Voluntária - PEV ou
3
33,3%
Ecopontos
Supermercados,
Farmácias, Lojas de
0
0,0%
Eletrônicos
Caminhão da Coleta
Convencional
Não Sei o Que Fazer
Questionários
Aplicados
2
22,2%
4
44,4%
O que você faz com o óleo de cozinha
usado?
Opções de
Resposta
4.5a - Se sim, qual o destino você dá para os resíduos
especiais?
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
44,4%
33,3%
22,2%
0,0%
Pontos de Entrega Supermercados,
Voluntária - PEV Farmácias, Lojas
ou Ecopontos
de Eletrônicos
Caminhão da
Coleta
Convencional
Não Sei o Que
Fazer
9
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
4.6
Não
Respostas
%
4.6 - O que você faz com o óleo de cozinha usado?
100%
90%
80%
70%
64,3%
60%
Separa e Encaminha
Para Reciclagem
Descarta na Rede de
Esgoto (Pia ou Vaso
Sanitário)
Descarta no Solo
9
64,3%
1
7,1%
50%
40%
4
28,6%
28,6%
30%
20%
7,1%
10%
Questionários
Aplicados
14
0%
Separa e Encaminha
Para Reciclagem
Descarta na Rede de
Esgoto (Pia ou Vaso
Sanitário)
Descarta no Solo
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
(LIXO)
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
4.7
Você tem acesso à informações sobre os
locais para levar o lixo reciclável e
resíduos especiais?
Opções de
Resposta
Sim
Não
Respostas
%
5
11
31,3%
68,8%
4.7 - Você tem acesso à informações sobre os locais para levar
o lixo reciclável e resíduos especiais?
100%
90%
80%
68,8%
70%
60%
50%
40%
31,3%
30%
Questionários
Aplicados
20%
16
10%
0%
Sim
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
4.8
O que você acha da limpeza urbana
(varrição, capina e roçagem) das ruas,
praças, praias e lagoas da sua cidade?
Opções de
Resposta
Boa
Ruim
Respostas
%
5
11
31,3%
68,8%
4.8 O que você acha da limpeza urbana (varrição, capina e
roçagem) das ruas, praças, praias e lagoas da sua cidade?
100%
90%
80%
68,8%
70%
60%
50%
40%
31,3%
30%
Questionários
Aplicados
Não
20%
16
10%
0%
Boa
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
O que você faz com os resíduos da
4.9
construção civil (entulhos)?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Disponibiliza Para
Coleta da Prefeitura
2
11,8%
Contrata uma
Caçamba
2
11,8%
Descarta em Terreno
Baldio (Bota Fora)
1
5,9%
Não Tenho Gerado
Este Resíduo
12
70,6%
Questionários
Aplicados
4.9 - O que você faz com os resíduos da construção civil
(entulhos)?
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
70,6%
11,8%
11,8%
Disponibiliza Para
Coleta da
Prefeitura
5,9%
Contrata uma
Caçamba
Descarta em
Terreno Baldio
(Bota Fora)
Não Tenho
Gerado Este
Resíduo
17
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
4.10
Ruim
O que você faz com seus resíduos de poda
e capina (galhos de árvores, grama, etc.)
4.10 O que você faz comseus resíduos de poda e capina
(galhos de árvores, grama, etc.)
100%
90%
80%
70%
Opções de
Resposta
Disponibiliza Para a
Coleta da Prefeitura
Descarta em Terreno
Baldio
Queima
Questionários
Aplicados
Respostas
%
4
26,7%
60%
50%
40,0%
40%
30%
5
33,3%
33,3%
26,7%
20%
6
15
40,0%
10%
0%
Disponibiliza Para a
Coleta da Prefeitura
Descarta em Terreno
Baldio
Queima
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
(LIXO)
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
4.11
Você paga taxa de limpeza urbana (lixo)
junto com o seu IPTU?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
10
62,5%
Não
6
37,5%
4.11 - Você paga taxa de limpeza urbana (lixo) junto com o seu
IPTU?
100%
90%
80%
70%
62,5%
60%
50%
37,5%
40%
30%
Questionários
Aplicados
20%
16
10%
0%
Sim
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
4.12
Você já participou de algum projeto de
educação ambiental voltado para a área de
resíduos sólidos (lixo)?
Opções de
Resposta
Sim
Não
Questionários
Aplicados
Não
4.12 - Você já participou de algum projeto de educação
ambiental voltado para a área de resíduos sólidos (lixo)?
100%
90%
80%
70%
Respostas
%
60%
7
10
41,2%
58,8%
50%
58,8%
41,2%
40%
30%
17
20%
10%
0%
Sim
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
Existe alguma associação / cooperativa de
catadores de materiais reciclávei na sua
4.13
cidade?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
8
50,0%
Não
3
18,8%
Não Sei
31%
5
Não
4.13 - Existe alguma associação / cooperativa de catadores de
materiais reciclávei na sua cidade?
100%
90%
80%
70%
60%
50%
50,0%
40%
31%
30%
Questionários
Aplicados
16
18,8%
20%
10%
0%
Sim
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
4.14
Você sabe para onde é levado o seu lixo?
Não
Não Sei
4.14 Você sabe para onde é levado o seu lixo?
100%
90%
80%
70,6%
70%
Opções de
Resposta
Sim
Não
60%
Respostas
%
5
12
29,4%
70,6%
50%
40%
30%
29,4%
20%
Questionários
Aplicados
17
10%
0%
Sim
SAQUAREMA - SAMPAIO CORREA
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
O que você acha da coleta de lixo na sua
4.15
rua?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Boa
8
47,1%
Ruim
9
52,9%
Não
4.15 O que você acha da coleta de lixo na sua rua?
100%
90%
80%
70%
60%
50%
52,9%
47,1%
40%
30%
Questionários
Aplicados
17
20%
10%
0%
Boa
Ruim
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
(LIXO)
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
4.1 - A sua rua tem coleta de resíduos sólidos (lixo)?
100,0%
100%
90%
4.1
A sua rua tem coleta de resíduos sólidos
(lixo)?
Opções de
Resposta
Sim
Não
80%
70%
60%
Respostas
%
90
0
100,0%
0,0%
50%
40%
30%
20%
10%
Questionários
Aplicados
90
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
4.2
Qual a frequência da coleta de lixo na sua
rua?
Opções de
Resposta
Diariamente
Dias Alternados
Três Vezes Por
Semana
Duas Vezes Por
Semana
Uma Vez Por
Semana
Quinzenal
Mensal
Questionários
Aplicados
Respostas
%
4
9
4,4%
10,0%
33
36,7%
31
34,4%
12
13,3%
1
0
1,1%
0,0%
0,0%
0%
Sim
Não
4.2 - Qual a frequência da coleta de lixo na sua rua?
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
36,7%
10,0%
34,4%
13,3%
1,1%
4,4%
90
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
4.3 - Você tem dúvidas de como separar o lixo?
100%
90%
80,0%
80%
4.3
Você tem dúvidas de como separar o lixo?
70%
60%
Opções de
Resposta
Sim
Não
Respostas
%
18
72
20,0%
80,0%
50%
40%
30%
20%
20,0%
10%
Questionários
Aplicados
0%
90
Sim
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
Você faz a separação dos materiais
recicláveis?
4.4
Opções de
Resposta
Sim
Não
Não
4.4 - Você faz a separação dos materiais recicláveis?
100%
90%
80%
70%
Respostas
%
60%
31
57
35,2%
64,8%
50%
40%
64,8%
35,2%
30%
Questionários
Aplicados
20%
88
10%
0%
Sim
Não
0,0%
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
(LIXO)
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
4.4a
Se sim, qual o destino que você dá aos
materiais recicláveis?
Opções de
Resposta
%
Catador/Carrinheiro
11
27,5%
Caminhão da Coleta
Seletiva
7
17,5%
Caminhão da Coleta
Convencional
13
32,5%
Questionários
Aplicados
90%
80%
60%
50%
40%
30%
32,5%
27,5%
17,5%
20%
10,0%
10%
7,5%
5,0%
0%
2
5,0%
4
10,0%
3
7,5%
a
b
c
d
e
f
40
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
4.5
100%
70%
Respostas
Vende Para
Associação ou
Depósito
Doa Para Assiação
ou Depósito
Pontos de Entrega
Voluntária - PEV ou
Ecopontos
4.4a - Se sim, qual o destino que você dá aos materiais
recicláveis?
Você faz a separação de resíduos
especiais (pilhas, baterias, lâmpadas,
remédios vencidos, eletroeletrônicos)?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
36
40,9%
Não
52
59,1%
4.5 - Você faz a separação de resíduos especiais (pilhas,
baterias, lâmpadas, remédios vencidos, eletroeletrônicos)?
100%
90%
80%
70%
59,1%
60%
50%
40,9%
40%
30%
Questionários
Aplicados
20%
88
10%
0%
Sim
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
Se sim, qual o destino você dá para os
4.5a
resíduos especiais?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Pontos de Entrega
Voluntária - PEV ou
14
33,3%
Ecopontos
Supermercados,
Farmácias, Lojas de
7
16,7%
Eletrônicos
Caminhão da Coleta
Convencional
Não Sei o Que Fazer
Questionários
Aplicados
12
28,6%
9
21,4%
O que você faz com o óleo de cozinha
usado?
Opções de
Resposta
4.5a - Se sim, qual o destino você dá para os resíduos
especiais?
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
33,3%
28,6%
21,4%
16,7%
Pontos de Entrega Supermercados,
Voluntária - PEV Farmácias, Lojas
ou Ecopontos
de Eletrônicos
Caminhão da
Coleta
Convencional
Não Sei o Que
Fazer
42
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
4.6
Não
Respostas
%
35
44,3%
4.6 - O que você faz com o óleo de cozinha usado?
100%
90%
80%
70%
60%
Separa e Encaminha
Para Reciclagem
Descarta na Rede de
Esgoto (Pia ou Vaso
Sanitário)
Descarta no Solo
50%
44,3%
40%
26
32,9%
18
22,8%
32,9%
30%
22,8%
20%
10%
Questionários
Aplicados
79
0%
Separa e Encaminha
Para Reciclagem
Descarta na Rede de
Esgoto (Pia ou Vaso
Sanitário)
Descarta no Solo
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
(LIXO)
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
4.7
Você tem acesso à informações sobre os
locais para levar o lixo reciclável e
resíduos especiais?
Opções de
Resposta
Sim
Não
Respostas
%
19
68
21,8%
78,2%
4.7 - Você tem acesso à informações sobre os locais para levar
o lixo reciclável e resíduos especiais?
100%
90%
78,2%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
Questionários
Aplicados
21,8%
20%
87
10%
0%
Sim
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
4.8
O que você acha da limpeza urbana
(varrição, capina e roçagem) das ruas,
praças, praias e lagoas da sua cidade?
Opções de
Resposta
Boa
Ruim
Respostas
%
46
39
54,1%
45,9%
Não
4.8 O que você acha da limpeza urbana (varrição, capina e
roçagem) das ruas, praças, praias e lagoas da sua cidade?
100%
90%
80%
70%
60%
54,1%
45,9%
50%
40%
30%
Questionários
Aplicados
20%
85
10%
0%
Boa
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
O que você faz com os resíduos da
4.9
construção civil (entulhos)?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Disponibiliza Para
Coleta da Prefeitura
17
19,1%
Contrata uma
Caçamba
17
19,1%
Descarta em Terreno
Baldio (Bota Fora)
7
7,9%
Não Tenho Gerado
Este Resíduo
48
53,9%
Questionários
Aplicados
4.9 - O que você faz com os resíduos da construção civil
(entulhos)?
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
53,9%
19,1%
19,1%
7,9%
Disponibiliza Para
Coleta da
Prefeitura
Contrata uma
Caçamba
Descarta em
Terreno Baldio
(Bota Fora)
Não Tenho
Gerado Este
Resíduo
89
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
4.10
Ruim
O que você faz comseus resíduos de poda
e capina (galhos de árvores, grama, etc.)
4.10 O que você faz comseus resíduos de poda e capina
(galhos de árvores, grama, etc.)
100%
90%
80%
70%
Opções de
Resposta
Disponibiliza Para a
Coleta da Prefeitura
Descarta em Terreno
Baldio
Queima
Questionários
Aplicados
Respostas
%
35
42,7%
13
15,9%
34
41,5%
60%
50%
41,5%
42,7%
40%
30%
20%
82
15,9%
10%
0%
Disponibiliza Para a
Coleta da Prefeitura
Descarta em Terreno
Baldio
Queima
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
(LIXO)
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
4.11
Você paga taxa de limpeza urbana (lixo)
junto com o seu IPTU?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
50
61,7%
Não
31
38,3%
4.11 - Você paga taxa de limpeza urbana (lixo) junto com o seu
IPTU?
100%
90%
80%
70%
61,7%
60%
50%
38,3%
40%
30%
Questionários
Aplicados
20%
81
10%
0%
Sim
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
4.12
Você já participou de algum projeto de
educação ambiental voltado para a área de
resíduos sólidos (lixo)?
Opções de
Resposta
Sim
Não
Questionários
Aplicados
Não
4.12 - Você já participou de algum projeto de educação
ambiental voltado para a área de resíduos sólidos (lixo)?
100%
90%
80%
70%
Respostas
%
60%
35
54
39,3%
60,7%
50%
60,7%
39,3%
40%
30%
89
20%
10%
0%
Sim
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
Existe alguma associação / cooperativa de
catadores de materiais reciclávei na sua
4.13
cidade?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Sim
23
26,7%
Não
12
14,0%
Não Sei
59%
51
4.13 - Existe alguma associação / cooperativa de catadores de
materiais reciclávei na sua cidade?
100%
90%
80%
70%
86
59%
60%
50%
40%
30%
Questionários
Aplicados
Não
26,7%
20%
14,0%
10%
0%
Sim
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
4.14
Você sabe para onde é levado o seu lixo?
Não
4.14 Você sabe para onde é levado o seu lixo?
100%
90%
80%
70%
Opções de
Resposta
Sim
Não
Não Sei
62,5%
60%
Respostas
%
33
55
37,5%
62,5%
50%
40%
37,5%
30%
20%
Questionários
Aplicados
88
10%
0%
Sim
SAQUAREMA - MUNICÍPIO
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS (LIXO)
O que você acha da coleta de lixo na sua
4.15
rua?
Opções de
Respostas
%
Resposta
Boa
56
65,1%
Ruim
30
34,9%
Não
4.15 O que você acha da coleta de lixo na sua rua?
100%
90%
80%
70%
65,1%
60%
50%
34,9%
40%
30%
Questionários
Aplicados
86
20%
10%
0%
Boa
Ruim
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PRODUTO 9.1 - PMSB