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Trabalho 1640 - 1/4
CARACTERISTICAS DEMOGRÁFICAS E DE SAÚDE DOS
PORTADORES DE CARDIOPATIAS CONGÊNITAS NUMA UTI
PEDIÁTRICA
Ribeiro, Silvania Braga1
Caetano,Joselany Áfio2
Santos,Amanda Lívia Esmeraldo dos3
Penaforte,Kiarelle 4
Introdução: As Cardiopatias congênitas são anormalidades anatômicas presentes
ao nascimento e que resultam em função cardíaca anormal. Os sintomas da
doença podem surgir logo após o nascimento, ou nas primeiras semanas de vida.
Quando isso ocorre, não é raro que a intervenção imediata seja necessária, com o
objetivo de assegurar a sobrevida das crianças. Objetivo: Conhecer o perfil
demográfico e de saúde das crianças internadas na UTI cardiológica pediátrica de
um hospital de referência Norte-Nordeste em Cardiologia. Metodologia: Estudo
retrospectivo, transversal e descritivo, realizada na Unidade de Terapia Intensiva
pediátrica Hospital referência no Norte-Nordeste em cardiologia. A população-alvo
foi às crianças portadoras de cardiopatias congênitas internadas em uma UTI
pediátrica do ano 2000 a 2003. no total de 571 crianças. Para realização da
pesquisa foi utilizado um formulário (anexo), considerando as seguintes variáveis:
sexo, idade, peso, procedência, diagnóstico, tratamentos prévios, critérios de
internação, os tipos de cardiopatias, o tratamento recebido e evolução. Os dados
foram coletados no período de janeiro a abril de 2006, através de pesquisa no
prontuário. Após a coleta de dados, os resultados foram colocados no programa
Epi-info e analisados quantitativamente, sendo distribuídos em tabelas e
analisados de forma descritiva. Resultado: Neste período foram internadas 571
Enfermeira. Especialista em centro de Terapia intensiva(UECE). Enfermeira Assistente do Pós
operatório Cardíaco Pediátrico do Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes /Do
serviço Pré Hospitalar SAMU -Fortaleza. Email:[email protected].
1
Enfermeira. Docente do departamento de Enfermagem UFC. [email protected]
Enfermeira
4
Enfermeira. Especialista em Enfermagem do Trabalho. Assistente do Pós Operatório Cardíaco
Pediátrico do Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes. Docente do Curso Técnico
de Enfermagem São Camilo de Lelis. Pesquisadora em Endocrinologia do HUWC.
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crianças sendo 320 procedentes do interior do estado do Ceará; 209, residentes
em Fortaleza e 42 procedentes de outros estados. As crianças internadas na UTI
pediátrica, nos anos em estudo, eram lactentes (205) e toddles (128); e a
descoberta do problema cardíaco se deu principalmente nas primeiras semanas
de vida. 171 tinham idades mais avançadas, variavam entre pré-escolares (57),
escolares (84) e adolescentes (31). As cardiopatias acianóticas são as mais
freqüentes sendo representadas principalmente pela comunicação interatrial,
comunicação interventricular, persistência do canal arterial, defeito do septo
atrioventricular, estenose valvar pulmonar, anomalias da via de entrada e via de
saída do ventrículo esquerdo, coarctação de aorta, miocardiopatias congênitas,
anomalias de artérias coronárias, síndrome do coração esquerdo hipoplásico. O
grupo de cardiopatias congênitas cianóticas inclui a Tetralogia de Fallot,
transposição das grandes artérias, drenagem anômala total de veias pulmonares,
atresia pulmonar com septo interventricular íntegro, atresia pulmonar com
comunicação interventricular, tronco arterioso, atresia tricúspide, dupla via de
saída ventricular, anomalias da via de saída de ventrículo direito, coração
univentricular. Fica evidente que as cardiopatias acianóticas tiveram maior
demanda de atendimento. Vale ressaltar que, uma mesma criança pode
apresentar mais de um defeito cardíaco, o que nos leva a ver que o número de
defeitos excede do número de crianças internadas. O tratamento recebido, pelas
crianças em questão, foi em sua grande maioria cirúrgico-medicamento (471),
seguido de tratamento apenas medicamentoso (81). O estudo em questão mostra
que a grande maioria da população alvo, 460 crianças receberam alta do
tratamento; 83 foram encaminhadas para enfermaria para continuidade dessa
terapêutica; 16 foram a óbito e, 12 transferências. Vale salientar que mesmo essas
crianças recebendo alta do tratamento, continuam fazendo revisões periódicas
para analisar se houve ou não correção completa do defeito. Observa-se que o
número de óbitos foi discreto diante do número de crianças estudadas, o que
prova que as técnicas cirúrgicas estão cada vez mais avançadas. Quando o
assunto é infecção, nota-se que é extremamente grande o número de crianças
com infecção no período de internação, chegando a 361 casos. Isso pode ocorrer
por inúmeros fatores, tais como: longo período de internamento hospitalar,
procedimentos invasivos e a fragilidade das crianças, tanto física como
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psicológica, o que deprime o sistema imunológico e facilita o desenvolvimento de
infecções hospitalares Ao realizar este trabalho, percebemos que o perfil das
crianças portadoras de cardiopatias congênitas da UTI pediátrica do hospital em
estudo é um tanto compatível com o perfil descrito nas literaturas estudadas,
diferenciando apenas no quesito prematuridade. Conclusão: É interessante
ressaltar a importância da identificação precoce do defeito cardíaco, para evitar
maiores complicações durante o tratamento. A enfermagem deve ser treinada para
identificar esses defeitos e encaminhar para o tratamento necessário. O primeiro
exame de uma criança deve, indiscutivelmente, incluir a avaliação cardiológica,
ainda que sumária. A identificação, o diagnóstico e o tratamento das cardiopatias
congênitas é produto do trabalho conjunto de uma equipe multidisciplinar, onde o
grau de comprometimento e a participação de cada profissional têm relação direta
com a qualidade do resultado final obtido.
Descritores: cardiopatias congênitas, CTI pediátrica, enfermagem, pediatria
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1. ALCANTARA P.; MARCONDES E. Pediatria Básica. 6ª Ed. Sarvier: São
Paulo, 1978.
2. CARVALHO O.; SAAD. E.A. Manual de Pediatria. Rio de Janeiro:
Guanabara Kooban, 1977.
3. KATZ, S. The science of quality of life. J. CHRON. Dis. V. 40, n.6, p. 45963. 1987.
4. KIRKLIN JW, BARRATT-BOYES BG - Cardiac Surgery - 2nd ed. New York:
Churchill Livingstone, 1993.
1- Enfermeira. Especialista em centro de Terapia intensiva(UECE). Enfermeira
Assistente do Pós operatório Cardíaco Pediátrico do Hospital de Messejana Dr.
Carlos Alberto Studart Gomes/ Do serviço Pré Hospitalar SAMU-Fortaleza.
Email:[email protected].
2-Enfermeira. Docente do departamento de Enfermgem UFC. [email protected]
3-Enfermeira
4-Enfermeira. Especialista em Enfermagem do Trabalho. Assistente do Pós
Operatório Cardíaco Pediátrico do Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto
Studart Gomes. Docente do Curso Técnico de Enfermagem São Camilo de Lelis.
Pesquisadora em Endocrinologia do HUWC.
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