política
8 A A GAZETA
CUIABÁ, QUINTA-FEIRA, 29 DE OUTUBRO DE 2009
RECURSO
Justiça dá liberdade para
Ralf, que ficou preso 5 dias
Vereador cassado recebeu HC da mesma juíza que o mandou prender; acusação é de agressão
TÉO MENESES
DA REDAÇÃO
Marcus Vaillant/Arquivo
Ralf Leite foi detido no dia em que participava de depoimento
O vereador cassado Ralf Leite (PRTB)
ganhou liberdade depois de cinco dias preso
preventivamente no anexo 1 da Penitenciária Central do Estado, a Polinter. A soltura se
deu por decisão da juíza da 2ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar de
Cuiabá, Adriana Sant’ana Conignan, que entendeu não haver risco do ex-parlamentar
agredir novamente a ex-namorada Cristina
Biezus Gentil.
Ralf deixou a cadeia no fim da tarde de
ontem, por volta das 18h. A juíza revogou a
prisão preventiva a pedido da advogada Débora Simone Rocha, que alegou que o ex-vereador não descumpriu em nenhum momento as medidas protetivas determinadas pela
própria magistrada e esteve sempre disposto
a contribuir com o processo que responde
por conta da suposta agressão que teria
Ralf Leite foi preso na sexta-feira (23)
ocorrido em 5 de julho.
quando ele saía de uma sala de audiência no
A decisão da juíza foi bastante comeFórum de Cuiabá, onde passou a tarde inteimorada pela família do ex-vereador, já que o
ra acompanhando depoimentos de testemudesembargador do Tribunal de Justiça
nhas do processo que responde por compra
(TJ/MT) Carlos Alberto Alves da Rocha já
de votos na campanha passada. Conhecido
havia negado o pedido liminar de liberdade
pelo estilo polêmico, o ex-vefeito através de um habeas
reador foi cassado pela Câcorpus. Ele também pediu inmara de Cuiabá no dia 6 de
formações à juíza para apreagosto por falta de decoro,
ciar o mérito do recurso, o que
depois de ter sido preso em
poderia provocar demora no
atos libidinosos com um tranovo julgamento.
vesti menor de idade.
Ralf ficou preso na PolinRalf ficou preso na
O ex-vereador que ficou
ter mesmo sem ter curso superior por uma decisão da juíza
Polinter mesmo sem pouco mais de sete meses na
Câmara deverá nos próximos
Maria Aparecida Ferreira Fago,
ter curso superior
dias comparecer a uma audiênque determinou a permanência
cia do processo movido pela
no local para que o ex-vereador
ex-namorada e que responde pela suposta pránão fosse transferido para o Centro de Ressotica de lesão corporal grave, ameaça e contracialização de Cuiabá, o Carumbé, onde ele
venção penal de vias de fato cometidas contra
poderia correr risco, já que sua família é fora Cristina Biezus Gentil.
mada por vários militares.
“
MANOBRAS
Tio de Lutero ‘inspeciona’ Câmara
TÉO MENESES
DA REDAÇÃO
O ex-secretário-geral da
Câmara de Cuiabá, Hiram
Monteiro da Silva, levou pessoalmente os vereadores que
investigam o ex-presidente Lutero Ponce (PMDB) para inspecionar ontem obras feitas pela Mesa Diretora nos anos de
2007 e 2008. A estratégia é por
sob suspeita a auditoria que
apontou fraudes na gestão do
peemedebista.
Tio de Lutero, Hiram foi
ouvido pela comissão processante na condição de testemunha e mostrou as obras aos ve-
readores depois de ser incentivado pelo advogado Paulo Taques, responsável pela defesa
do ex-presidente.
Paulo Taques alegou que a
auditoria particular contratada
pelo atual presidente da Câmara, Deucimar Silva (PP), teria
apontado que todas as aquisições feitas pelo Legislativo durante a gestão de Lutero foram
fraudadas. Na tentativa de ajudar a defesa, o ex-secretário
ponderou que, isso tivesse ocorrido, não poderiam ter sido feitas as obras mostradas aos demais parlamentares. Os vereadores Francisco Vuolo (presidente), Lúdio Cabral (relator) e
Lueci Ramos (membro) percorreram salas onde Lutero fez reformas. A estratégia vai constar
no relatório final que a comissão processante, que promete
entregar um relatório final para
votação em plenário até o dia 17
de novembro. Se vai surtir efeito ou não, nenhum vereador
ainda se manifesta.
Também deveria ser ouvido ontem o atual presidente,
Deucimar Silva. Até o fechamento dessa edição, por volta
das 20h30, não havia sido iniciada a oitiva. Lutero é acusado de envolvimento com fraudes em licitações de R$ 7,5
milhões.
João Vieira/Arquivo
Comissão Processante do Legislativo ouviu 4 testemunhas de defesa do ex-p
presidente
TRE suspende o processo contra Pátio
TÉO MENESES
DA REDAÇÃO
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) suspendeu novamente o
processo de compra de votos que
responde o prefeito José Carlos do
Pátio (PMDB), de Rondonópolis
(município a 240 km de Cuiabá).
A suspensão se deve a uma liminar
concedida pelo jurista Eduardo Jacob, já que a Polícia Federal encerrou as investigações sem detectar a
prática do crime.
O processo já havia sido suspenso em dezembro até que a Polícia Federal encerrasse as investigações do caso. A decisão representa também mais um episódio
do impasse que se transformou o
caso, já que a juíza Adversi Rattes
Mendes de Abreu também havia
determinado a suspensão da decisão de primeira instância que autorizou a quebra dos sigilos bancário
e fiscal do prefeito.
O processo vem gerando polêmica desde a campanha, quando
Pátio fez duras críticas alegando
que a Polícia Federal, que teria
atribuição de investigar o caso, viu
a investigação ser feita pelos promotores de Justiça Joana Maria
Bortoni Ninis, Maria Fernanda da
Costa e Sérgio Silva da Costa, autores da denúncia que originou o
processo e a quem o prefeito acusa
de parcialidade. Pátio diz ser vítima de perseguição do PR, partido
do ex-prefeito Adilton Sachetti.
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Justiça dá liberdade para Ralf, que ficou preso 5 dias