Relatório de Inflação › III trimestre de 2012
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Relatório de Inflação · III trimestre de 2012 · 3
Índice
Sumário Executivo 04
Introdução 06
Análise da Variação dos Índices dos Preços 07
Variação do Índice de Preços no Consumidor 07
Inflação Trimestral 07
Inflação Acumulada até Junho de 2012 09
Inflação Homóloga 10
Cesta Básica 10
Variação do Índice de Preços Grossista (IPG) 10
IPG Acumulado até Setembro de 2012 11
Sector Externo 12
Economia Internacional 12
Actividade Económica 12
Inflação 13
Mercado Cambial 14
Commodities 15
Economia Nacional 17
Conta de Bens 17
Mercado Cambial Interno 19
Síntese da Actividade do Mercado Primário 19
Evolução da Taxa de Câmbio 19
Sector Fiscal 22
Receitas 22
Despesas 23
Saldos Fiscais e Fontes de Financiamento 25
Crédito Líquido ao Governo Central (CLGC) 25
Sector Monetário 26
Crédito 26
Taxas de Juro 29
Agregados Monetários 30
Meios de pagamento 30
Depósitos 31
Base Monetária 33
Multiplicador Monetário 35
Sector Real 35
Produto Interno Bruto 35
Produto Interno Bruto por Sectores 35
Indicador do Clima Económico (II trimestre) 37
Índice de Produção Industrial (II trimestre) 40
Glossário 41
Anexos 45
4
Sumário Executivo
O executivo angolano tem engendrado um conjunto de tarefas que visam a criação de um ambiente macroeconómico capaz de
abrandar o impacto dos choques externos garantindo o crescimento sustentável e equilibrado da economia angolana. Como resultado dessas políticas, registou-se em Setembro de 2012 a taxa de inflação homóloga de 9,65%. Este valor encontra-se 0,35 p.p. próximo da meta traçada pelo Governo de 10% para 2012, e regista-se como um marco histórico na trajectória do combate a inflação
iniciada em 1999, após um período de híper inflação, ao ter atingido níveis de um dígito.
A taxa de inflação situou-se em 1,81%, isto é, 0,23 pontos percentuais (p.p.) abaixo do verificado no trimestre precedente (2,04%).
A Classe 01 – Alimentação e Bebidas Não Alcoólicas (2,40%) foi a que apresentou maior variação e a que mais contribui para a
inflação do trimestre, tendo as suas subclasses: 0113 – Peixe e Marisco (0,27 p.p.), 0117- Legume e Tubérculos (0,25 p.p.) e 0112Carnes e Derivados (0,21 p.p.) sido as que tiverem igualmente maior contribuição.
De uma forma geral, observa-se que as pressões inflacionistas têm sido menores ao longo de 2012 relativamente ao ano anterior. A
inflação acumulada até Setembro de 2012, foi de 6,00%, contra 7,67% verificados no período homólogo de 2011. (Vide anexos: B)
A recuperação da economia global segue débil, com um ritmo de crescimento influenciado pela crise da dívida da Zona Euro, pela
parca dinâmica da economia americana e pelo abrandamento do crescimento da economia chinesa, revista em baixa recentemente. A revisão em baixa das perspectivas de crescimento mundial de 3,3% para 2012 e de 3,6% para 2013 são prova da ainda débil
situação económica mundial.
A permanente incerteza e o cepticismo sobre o contexto político e financeiro em algumas economias da Zona Euro, bem como
o crescimento moderado das economias maduras têm afectado negativamente as expectativas de crescimento das economias
emergentes. Neste sentido, o crescimento em países da África, Ásia e América-latina vem perdendo o seu ritmo de aceleração.
Por exemplo as expectativas de crescimento na Índia, China e Brasil são hoje muito mais moderadas, com o Brasil a registar sinais
graduais de recuperação depois de a sua economia ter sido abalada por uma quase fuga de capitais recente.
No terceiro trimestre, o índice geral do preço médio das commodities agrícolas reduziu cerca de 0,38% relativamente ao trimestre
anterior. Esta redução foi determinada pela redução dos preços de energia, uma vez que o índice das commodities não petrolíferas
aumentou[1]. As commodities agrícolas e bebidas registaram altas de preço na sua generalidade. Porém, o fraco desempenho das
economias produtoras, devido sobretudo às tensões no médio oriente e ao cenário de baixo crescimento nas economias maduras,
defraudou as expectativas do mercado contendo possíveis pressões de subida nos preços do petróleo e dos metais.
Durante o período em análise, o mercado cambial foi caracterizado por apreciações das moedas europeia e chinesa face ao dólar,
bem como depreciações do Real e do Rand face a moeda americana. Apesar de uma aceleração das taxas de inflação dos principais
parceiros económicos de Angola (a excepção da China) aliada a fragilidade da economia mundial, as expectativas sobre a evolução
dos preços são positivas.
Em Angola, o ritmo de crescimento expectável para 2012, está em linha com o registado em 2011, embora a previsão mais recente de crescimento económico registe um abrandamento de 0,06p.p. (de uma previsão inicial de 8,86% para 8,80%). Tal como o
investimento directo estrangeiro, o comércio externo é um dos canais de entrada e saída de divisas com forte impacto na economia
angolana.
A esse respeito a conta de bens registou uma deterioração de 0,83% no trimestre em análise, devido a uma redução de 7,05% das
importações e de 2,72% do valor FOB acumulado das exportações. Realça-se que, apesar da queda do índice de preços do petróleo
no mercado internacional[2] o preço do Brent registou uma subida, o que quase compensou as perdas financeiras relativas às quedas
verificadas na produção desde o início do mês de Julho. Este acontecimento determinou uma queda de 1,87% no trimestre em
relação ao segundo trimestre.
No período em análise, as taxas de câmbio médias de referência, do mercado informal e das casas de câmbio depreciaram 0,06%,
1,89%, e 0,51%, respectivamente. Ao nível do mercado secundário verificaram-se apreciações das taxas de câmbio média de compra e venda de divisas, bem como de notas de 0,07%, 0,01%, respectivamente.
No que se refere a política fiscal, o balanço da execução da programação financeira do III trimestre de 2012 revela que os fluxos de
entradas (receitas) situaram-se acima dos fluxos de saídas (despesas), o que se traduziu num superavit do saldo fiscal do exercício.
Relatório de Inflação · III trimestre de 2012 · 5
“O crédito expande a ritmo moderado
relativamente ao trimestre anterior. O segmento do
crédito ao sector público empresarial, cujo stock
representou apenas 4,61% do total, registou
um dinamismo mais acentuado (3,22%)
que o do sector privado (0,16%).”
Este facto demonstra maior eficiência na gestão das finanças públicas e traduz-se numa menor necessidade de financiamento por
parte do Governo. O volume de receitas fiscais arrecadadas, contribuiu igualmente para um aumento dos depósitos do Governo no
BNA (1,45%) o que resultou numa contracção do Crédito Líquido ao Governo Central (CLGC). Porém, as Reservas Internacionais
Líquidas (RIL) contraíram em 0,57% o que pode ser associado ao aumento das responsabilidades sobre não residentes de 0,88%.
Em relação a política monetária, o crédito expande a ritmo moderado relativamente ao trimestre anterior. O segmento do crédito
ao sector público empresarial, cujo stock representou apenas 4,61% do total do crédito, registou um dinamismo mais acentuado
(3,22%) que o do sector privado (0,16%). No cômputo geral, o crédito à economia cresceu 0,29% no trimestre comparativamente ao trimestre anterior. Já o crédito à economia em moeda nacional (MN) registou um decréscimo de 0,71% contrariamente ao
aumento do crédito em moeda estrangeira (ME) que foi de 1,56%.
O cenário central contempla evidências de uma tendência decrescente das taxas dos títulos públicos (TBC e BT) no mercado primário, apesar do ligeiro crescimento das taxas de juro dos títulos públicos (TBC e BT) no terceiro trimestre. No mercado secundário, as taxas activas do crédito ao sector empresarial e à particulares, apresentaram igualmente uma tendência decrescente. Este
quadro solidifica o comportamento do crédito à economia.
Por seu turno os agregados monetários expandiram na generalidade. Porém não se traduziu em pressões inflacionistas. Os depósitos totais do sistema financeiro angolano registaram um aumento de cerca de 1,48%, resultante da expansão observada na sua
componente à ordem. Os depósitos em moeda nacional expandiram em 1,55%, ao passo que os depósitos em moeda estrangeira
aumentaram 1,41%, um reflexo do efeito da política do Banco Central de desdolarização da economia iniciada em 2011. A Base
Monetária (BM) Ampla registou uma expansão trimestral de 5,44% enquanto o Multiplicador Monetário foi superior (3,43,) ao
do segundo (3,27).Consequentemente o rácio de transformação sofreu um declínio de 0,85 pontos percentuais, relativamente ao
trimestre anterior. Essa variação é explicada pelo um aumento dos depósitos (1,48%), superior ao aumento do crédito de 0,29%.
Para 2012, projecta-se um crescimento do PIB de 8,8% em termos reais ao contrário da previsão anterior que apontava para um
crescimento de 8,9%. De um modo geral, os principais sectores da actividade nacional tiveram um comportamento favorável no que
respeita a produção ,excepto os sectores da indústria extractiva e do comércio. De referir que as projecções para o crescimento do
sector não petrolífero foram igualmente revistas em baixa para 9,00% de 9,7%, reflectindo essencialmente a menor contribuição
dos sectores de agricultura, construção e serviços mercantis. O indicador de Clima Económico manteve-se estável no trimestre
porém abaixo da média da série, essa estabilidade proveio do equilíbrio entre a diminuição da confiança nos sectores das indústrias
Extractiva e do Comércio e o aumento ou estabilidade dos indicadores dos restantes sectores que compõem o indicador. O índice
de produção industrial evoluiu positivamente com destaque para a indústria transformadora.
1
Fonte: FMI
Índice de Commodities petrolíferas do FMI, calculado com base na média entre os preços do
Brent, WTI e Petróleo do Dubai.
2
6
Introdução
O Relatório de Inflação é uma publicação trimestral do Banco Nacional de Angola e
tem como objectivo avaliar a inter-relação entre as variáveis reais, fiscais, monetárias
e externas, analisar o comportamento do índice geral de preços, bem como criar um
canal de divulgação de informação à disposição dos agentes económicos, instituições
académicas e outros operadores da economia nacional.
O documento constitui um meio de comunicação sobre a conjuntura económica
nacional e internacional, com base no qual as decisões de política monetária são
tomadas.
Esta edição, referente ao terceiro trimestre de 2012, é constituída por cinco capítulos: Análise da Variação dos Índices de Preços, Sector Externo, Sector Fiscal, Sector
Monetário e Sector Real.
No primeiro capítulo são analisadas a variação Índice de Preços no Consumidor, a
inflação trimestral, acumulada e homóloga, a cesta básica e a variação do Índice de
Preços no Grossista.
No capítulo seguinte, faz-se uma apreciação da economia internacional e das contas
externas nacionais. No âmbito da economia internacional é analisada a actividade
económica global, o mercado cambial e das commodities. No domínio das contas
externas nacionais, a análise centra-se na posição da conta de bens e no mercado
cambial interno. É, ainda, efectuada uma síntese da actividade do mercado primário
e, por fim, analisada a evolução da taxa de câmbio.
No capítulo relativo ao sector fiscal, a análise centra-se na estrutura das receitas e
despesas, nos saldos fiscais e respectivas fontes de financiamento, na evolução do
crédito líquido ao Governo Central e nas perspectivas para o terceiro trimestre de
2012.
No capítulo sobre o sector monetário são analisados o crédito do sector bancário, as
taxas de juro, a evolução dos agregados monetários, o comportamento dos depósitos,
assim como a evolução da base monetária e do multiplicador monetário. O último
capítulo, que reflecte o sector real, focaliza a revisão do Produto Interno Bruto e os
factores na base dessa revisão, bem como a sua estrutura sectorial.
Relatório de Inflação · III trimestre de 2012 · 7
Análise da variação dos índices
de preços
Inflação Trimestral
O Índice de Preços no Consumidor
variou 1,81% no terceiro trimestre,
contra a variação de 2,04% verificada
no segundo trimestre. As variações
mensais foram de 0,66%, 0,60% e
0,55%, para Julho, Agosto e Setembro,
respectivamente.
0,55%
0,60%
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
Variação do Índice de Preços no Consumidor
O nível geral de preços, divulgado
pelo Instituto Nacional de Estatística
(INE), registou um aumento de 0,55%
Gráfico 1 - Inflação Mensal (Jan 2010 / Set 2012)
no mês de Setembro, contra os 0,60%
2,50%
do mês anterior.
A Classe 1 – Alimentação e Bebidas
2,00%
Não Alcoólicas foi a que teve a maior
1,50%
variação no IPC, tendo registado um
1,00%
aumento de 0,71%.
Entre as classes que mais contribuíram
0,50%
0,76%
para a inflação de Setembro destaca-se, tal como em períodos anteriores,
0,00%
a Classe 01 – Alimentação e Bebidas
2010
2011
Não-Alcoólicas, com 0,33 pontos perFonte:
BNA
/
INE
centuais, influenciada pelas suas Subclasses: 0113 – Peixe e Marisco (0,08
p.p.), 0117 – Legumes e Tubérculos
(0,07 p.p.), 0112 – Carnes e Derivados
(0,06 p.p.) e 0111 – Pão e Cereais
(0,06 p.p.).
2012
Gráfico 2 - Inflação Trimestral (I trim 2010 / III trim 2012)
5,00%
4,50%
4,00%
3,50%
3,00%
2,50%
2,00%
1,50%
1,00%
0,50%
0,00%
4,68%
1,81%
2,24%
I trim
II trim III trim IV trim
I trim
2010
2,04%
II trim III trim IV trim
I trim
2011
II trim III trim
2012
Fonte: BNA / INE
A variação trimestral da inflação
esteve associada principalmente às
seguintes classes: 01 – Alimentação e
Bebidas Não Alcoólicas (2,40%); 11 –
Hotéis, Cafés e Restaurantes (2,08%);
12 – Bens e Serviços Diversos (1,99%)
e 03 – Vestuário e Calçado (1,97%).
Gráfico 3 - Classes que mais
variaram (III trim 2012)
Gráfico 4 - Subclasses que mais
variaram (III trim 2012)
3,00%
10,00%
2,50%
9,00%
2,00%
8,00%
1,50%
7,00%
1,00%
6,00%
0,50%
5,00%
4,00%
0,00%
As Subclasses que mais variaram no
período em análise foram: Subclasse
0431 – Materiais para Manutenção e
Reparação (8,71%), Subclasse 0723 –
Conservação e Reparação de Veículos
(6,84%) e Subclasse 0212 – Vinho
(4,80%).
01.Alimentação e Bebidas Não-Alcoólicas
03.Vestuário e Calçado
06.Saúde
11.Hotéis, Cafés e Restaurantes
12.Bens e Serviços Diversos
Fonte: BNA / INE
3,00%
2,00%
1,00%
0,00%
0431 Materiais para Manutenção e Repar.
0212 Vinho
0721 Peças e acessórios
0113 Peixes e Mariscos
0723 Conservação e Reparação de Veículos
0121 Café e Chá
0520 Produtos Têxteis
Fonte: BNA / INE
8
No que respeita às contribuições, as mais significativas foram verificadas na Classe
01 – Alimentação e Bebidas Não Alcoólicas (1,09 p.p.), Classe 03 – Vestuário e
Calçado (0,13 p.p.) e Classe 12 – Bens e Serviços Diversos (0,13 p.p.). De realçar
que a contribuição da Classe 01 – Alimentação e Bebidas Não Alcoólicas foi inferior
relativamente ao trimestre anterior em cerca de 0,11 p.p.
Na Classe 01 – Alimentação e Bebidas Não Alcoólicas, as Subclasses que mais contribuíram foram: Subclasse 0113 – Peixes e Mariscos, com 0,29 p.p.; 0117 – Legumes e
Tubérculos, com 0,27 p.p.; 0112 – Carnes e Derivados com 0,22 p.p.; e 0111 – Pão e
Cereais, com 0,13 p.p.
Na Classe 03 – Vestuário e Calçado, as Subclasses que mais contribuíram foram a
0312 – Vestuário, com 0,11 p.p., e a Subclasse 0321 – Calçados e outros com 0,02 p.p.
Finalmente, na Classe 12 – Bens e Serviços Diversos, as Subclasses que mais se
destacaram foram: 1213 – Artigos e Produtos de Cuidado Pessoal (0,10 p.p.) e 1211
– Serviços de Cabeleireiro e Análogos (0,015 p.p.).
Em termos de produtos, os que mais contribuíram para a inflação durante os três
meses foram o carapau fresco, a carne de primeira e o frango congelado, registando
um contributo acumulado trimestral de 0,13 p.p., 0,06 p.p. e 0,05 p.p., respectivamente.
Analisando as classes que mais variaram no trimestre em análise, bem como o seu
comportamento nos períodos anteriores (desde o início de 2010), verifica-se que a
Classe 11 – Hotéis, Cafés e Restaurantes apresentou, em média, maiores variações,
tendo a mais alta sido verificada no IV trimestre de 2010 (11,68%).
A Classe 01 – Alimentação e Bebidas Não Alcoólicas foi a segunda com maiores variações, tendo igualmente sido a classe com maiores variações no quarto trimestre de
2011 (4,44%), contudo no trimestre em análise registou uma variação de 2,40%.
A Classe 12 – Bens e Serviços Diversos, posicionou-se em terceiro lugar as suas variações mais altas registaram-se no segundo trimestre de 2010 e no quarto trimestre
de 2011, com cerca de 5,27% em ambos períodos; no trimestre em análise verificou-se uma melhoria (1,99%).
Gráfico 5 - Comportamento das classes que mais variaram
(I trim 2010 / III trim 2012)
14,00%
12,00%
10,00%
8,00%
6,00%
4,00%
2,00%
0,00%
I trim
10
II trim III trim IV trim I trim
10
10
10
11
II trim III trim IV trim I trim
12
11
11
11
01 Alimentação e Bebidas Não-Alcoólicas
11. Hotéis, Cafés e Restaurantes
12 Bens e Serviços Diversos
03. Vestuário e Calçado
II trim III trim
12
12
Fonte: BNA / INE
De 2010 até a presente data, a Classe 01 – Alimentação e Bebidas Não Alcoólicas é
a que tem registado a maior contribuição na inflação dos preços com um comportamento não padronizado.
Relatório de Inflação · III trimestre de 2012 · 9
Gráfico 6 - Classes com as maiores contribuições na inflação
(I trim 2010 / III trim 2012)
5,00%
4,50%
4,00%
3,50%
3,00%
2,50%
2,00%
1,50%
1,00%
0,50%
0,00%
As classes na Tabela 1 foram as que
mais contribuíram para a variação do
IPC em termos trimestrais em 2012 tal
como o foi em 2010 e 2011
I trim
10
II trim III trim IV trim
10
10
10
I trim
11
II trim III trim IV trim
11
11
11
I trim
12
II trim III trim
12
12
01. Alimentação e Bebidas Não-Alcoólicas
03. Vestuário e Calçado
12. Bens e Serviços Diversos
05. Mobiliário, Equipamento doméstico e Manutenção
Inflação Trimestral
Fonte: BNA / INE
Tabela 1 - Subclasses que mais contribuiram no III trim 2012 e respectivas variações no período
do I trim 2010 / III trim 2012
I
trim
2010
II
III
Trim
trim
IV
trim
I
trim
2011
II
III
Trim
trim
IV
trim
I
trim
2012
II
trim
III
trim
Contribuição
Legumes e tubérculos
0,44p.p. 0,39p.p. 0,69p.p. 0,89p.p. 0,29p.p. 0,45p.p. 0,13p.p. 0,44p.p. 0,24p.p. 0,35 p.p. 0,27 p.p.
Carnes e derivados
0,26p.p. 0,32p.p. 0,36p.p. 0,27p.p. 0,23p.p. 0,37p.p. 0,17p.p. 0,39p.p. 0,19p.p. 0,22 p.p. 0,22 p.p.
Pão e cereais
0,40p.p. 0,37p.p. 0,49p.p. 0,51p.p. 0,22p.p. 0,27p.p. 0,09p.p. 0,28p.p. 0,23p.p. 0,20 p.p. 0,13 p.p.
Peixes e mariscos
0,33p.p. 0,46p.p. 0,73p.p. 0,56p.p. 0,18p.p. 0,26p.p. 0,21p.p. 0,38p.p. 0,20p.p. 0,19 p.p. 0,29 p.p.
Óleo e gorduras
0,06p.p. 0,03p.p. 0,03p.p. 0,02p.p. 0,04p.p. 0,13p.p. 0,53p.p. 0,27p.p. 0,13p.p. 0,09 p.p. 0,04 p.p.
Açúcar e similares
0,22p.p. 0,17p.p. 0,02p.p. 0,05p.p. 0,05p.p. 0,01p.p. 0,03p.p. 3,00p.p. 0,02p.p. 0,04 p.p. 0,02 p.p.
Variação
Legumes e tubérculos
3,28%
2,96%
5,14%
6,49%
3,21%
4,85%
1,43%
4,73%
2,58%
3,69%
2,79%
Carnes e derivados
2,89%
3,59%
4,04%
3,11%
2,30%
3,74%
1,67%
3,86%
1,91%
2,20%
2,23%
Pão e cereais
2,96%
2,77%
3,63%
3,83%
2,27%
2,76%
0,95%
2,87%
2,38%
2,10%
1,29%
Peixes e mariscos
2,79%
3,85%
5,98%
4,57%
2,96%
4,13%
3,38%
5,91%
3,10%
2,87%
4,34%
Óleo e gorduras
3,28%
1,42%
1,87%
0,88%
1,71%
4,84%
19,89%
8,61%
3,83%
2,73%
1,19%
Açúcar e similares
12,41%
8,98%
1,30%
2,67%
4,47%
0,75%
2,77%
2,92%
1,88%
3,17%
1,98%
Fonte: BNA/INE
Inflação Acumulada até Setembro de 2012
A inflação acumulada até Setembro de 2012 foi de 6,00%, tendo sido inferior à registada no mesmo período de 2011 (7,67%).
As classes que mais variam foram: a Classe 05 – Mobiliário, Equipamento Doméstico
e Manutenção (7,76%), a Classe 01 – Alimentação e Bebidas Não Alcoólicas (7,60%)
e a Classe 03 – Vestuário e Calçado (6,99%).
As maiores contribuições foram verificadas: na Classe 01 – Alimentação e Bebidas
Não Alcoólicas (3,42%), na Classe 05 – Mobiliário, Equipamento Doméstico e Manutenção (0,47%) e na Classe 03 – Vestuário e Calçado (0,46%).
Inflação Homóloga
A inflação homóloga de Setembro de 2012 foi de 9,65%, tendo sido inferior à registada no mesmo período de 2011 (11,91%).
As classes que mais variaram foram: a Classe 12 – Bens e Serviços Diversos
(12,58%), Classe 01 – Alimentação e Bebidas Não Alcoólicas (12,38%) e a Classe 03
– Vestuário e Calçado (11,45%).
As maiores contribuições foram verificadas nas classes: Classe 01 – Alimentação e
Bebidas Não Alcoólicas (5,52%), a Classe 12 – Bens e Serviços Diversos (0,77%) e na
Classe 03 – Vestuário e Calçado (0,75%).
10
Cesta Básica
No que respeita os produtos da cesta básica angolana, os que apresentaram maior
variação no trimestre foram o Sabão barra azul (9,19%), o Feijão Castanho (5,39%) e
o Leite em Pó (3,34%).
Tabela 2 – Produtos que compõem a Cesta Básica
(I trim / III trim 2012)
Variação 2012
II trim
III trim
Produtos da Cesta Básica
I trim
Açúcar granel 1kg
1,88%
3,17%
1,98%
Arroz Corrente 1kg
2,60%
2,76%
1,63%
Carne seca 1kg
0,28%
0,00%
0,64%
Farinha trigo granel 1kg
3,98%
0,67%
1,65%
Feijão Castanho 1Kg
0,61%
6,10%
5,39%
Fuba de bombó granel 1kg
1,99%
4,79%
1,07%
Fuba de milho amarela/granel 1Kg
2,23%
3,65%
3,30%
Leite em pó pct 2270kg
1,08%
2,61%
3,34%
Massa alimentar espaguete selmi 450gr
0,46%
0,66%
1,84%
Óleo de palma 1lt
5,90%
5,20%
2,71%
Óleo de soja 900ml
3,76%
1,92%
0,41%
Sabão barra azul 1Kg
0,56%
2,09%
9,19%
Sal 1Kg
0,04%
0,18%
0,93%
Fonte: INE
Variação do Índice de Preços Grossista (IPG)
De acordo com a nota de imprensa de Setembro de 2012 do INE, o IPG – composto
pelos sectores Agro-pecuário (Secção A), Pesca (Secção B) e Indústria Transformadora (Secção D) – , registou uma variação mensal de 0,65%, que corresponde a uma
diminuição de 0,03 p.p. face ao mês de Agosto (0,68%) e de 0,07 p.p. em relação ao
período homólogo (0,72%).
Os produtos nacionais registaram uma variação de preços de 0,54% ao longo do mês,
enquanto os importados registaram uma variação de 0,68%.
A Secção D – Indústria Transformadora foi a que mais contribuiu para o aumento do
IPG, tanto nos produtos importados, como a nos produtos de produção nacional.
Relatório de Inflação · III trimestre de 2012 · 11
IPG Acumulado
até Setembro de 2012
Durante o terceiro trimestre de 2012 a variação do IPG foi de 2,03%. Os produtos
nacionais registaram uma variação média de 1,53%, destacando-se sectorialmente
a variação de 1,83% na Secção Agrícola, Produção Animal, Caça e Silvicultura, de
1,12% na Secção Pesca e de 1,34% na Secção Indústrias Transformadoras.
Relativamente aos produtos importados, em que a variação trimestral foi de 2,17%,
observaram-se variações de 1,57% na Secção Agrícola, Produtos Animais, Caça e
Silvicultura e de 2,19% nos Produtos Industriais.
O IPG acumulado de Janeiro a Setembro de 2012 foi de 5,86%, apresentando a
seguinte composição: 5,20% para produtos nacionais e 6,05% para produtos importados. Comparativamente ao mesmo período de 2011, as variações foram menores
em 2,04 pontos percentuais para o IPG global, em 2,84 pontos percentuais para o
IPG dos produtos nacionais e em 1,82 pontos percentuais para o IPG dos produtos
importados.
A variação homóloga do IPG denota uma trajectória descendente, tendo-se situado
em 7,99%, cerca de 2,88 p.p. abaixo do valor alcançado no ano anterior (10,87%).
As taxas de inflação a Setembro de 2012, quando comparadas com as homólogas de
2011, apresentam reduções de 3,83 p.p.
nos produtos nacionais e de 2,62 p.p. nos produtos importados.
Assim, analisando o comportamento de ambos os índices, IPG e IPC, observa-se que
ambos decrescem desde o início do ano de 2012, bem como em termos homólogos.
Gráfico 7 - Comportamento da inflação homóloga do Índice de Preços
no Grossista (IPG) e Índice de Preço no Consumidor (IPC)
(Jan 2010 / Set 2012)
18,00%
16,00%
14,00%
11,91%
12,00%
9,65%
10,00%
10,87%
8,00%
7,99%
6,00%
4,00%
2,00%
2010
IPC
Fonte: BNA / INE
IPG
2011
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
0,00%
2012
12
Sector Externo
Economia Internacional
Actividade económica
No terceiro trimestre de 2012, a situação económica global continuou a mostrar
sinais de fragilidade. A persistência da crise na Europa, os desenvolvimentos nas
economias dos Estados Unidos da América e Japão e o cenário ameno das economias
chinesa e brasileira, colocaram em causa as perspectivas de crescimento apresentadas em Julho de 2012, levando a que o Fundo Monetário Internacional (FMI) revisse
em baixa as perspectivas de crescimento mundial.
O agravamento da crise europeia mantém pressão sobre os principais mercados
financeiros, elevando a necessidade de auxílio, ou reforço do auxílio, a Espanha, Portugal e Grécia. Durante o terceiro trimestre a Zona Euro registou a maior contracção
da actividade económica desde Junho de 2009, que se consubstanciou numa queda
do índice de gestores de compras compósito (PMI), que passou de 46,3 pontos em
Agosto para os 45,9 pontos em Setembro, o valor mais baixo em 39 meses(2). Este
cenário contribui para o agravamento das incertezas políticas e cepticismo quanto
à solidez do sistema financeiro em alguns países da região forçando a intervenção
do BCE. Ressalta-se que o BCE anunciou em Setembro a reactivação do programa
de compra das dívidas desses países, condicionando a sua implementação à apresentação de um pedido formal de ajuda dos Governos interessados, com Portugal,
Espanha e Grécia a liderar a lista de acesso.
A nível das economias dos BRIC, o cenário não foi diferente. O PIB, as exportações e
as importações situaram-se abaixo das previsões. Em consequência, os Bancos Centrais do Brasil e China reduziram as suas taxas de referência, na tentativa de travar o
abrandamento económico.
Em relação aos preços do petróleo, e não obstante o abrandamento da economia
mundial ter causado receios de uma redução da procura, as tensões no Médio Oriente exerceram pressões de subida sobre o preço do Brent.
Perante tais cenários, o FMI revê as suas perspectivas, que apontam para um crescimento do PIB mundial de 3,3% em 2012 e de 3,6% em 2013. Entre as economias
avançadas, prevê-se uma contracção de 0,40% para a Zona Euro e um crescimento
de 2,20% para as economias americana e japonesa.
Para as economias emergentes prevê-se um crescimento de 5,3% em 2012 e 5,6% em
2013. Em 2012 as economias do Brasil, China e Índia poderão crescer, 1,50%, 7,80%
e 4,90%, respectivamente, números inferiores ao previsto anteriormente. Para as
economias da SADC a previsão de crescimento para 2012 é de 5,48%.
Tabela 3 - Comportamento do Produto Interno Bruto (PIB)
das principais economias de 2010-2013
2010 2011
PIB Mundial
Europa
2,70
4,00
Projecções
2012
Abr
Jul
Set
2013
Abr
Jul
Set
2010 2011
3,50
4,10
3,60
5,10
3,50
3,30
3,90
Estimado
3,80
Zona Euro
1,00
1,60
-0,30
-0,30
-0,40
0,90
0,70
0,20
2,00
1,40
Portugal
0,30
-2,20
-3,30
-3,00
-3,00
0,30
0,00
-1,00
1,40
-1,70
4,00
4,30
4,00
4,00
3,70
3,90
3,90
3,80
4,30
4,30
-0,80
Rússia
Ásia
Japão
1,90
-0,50
2,00
2,40
2,20
0,10
1,50
1,20
4,50
China
10,00
9,50
8,20
8,00
7,80
7,90
8,50
8,20
10,40
9,20
Índia
América
8,80
7,80
6,90
6,10
4,90
8,80
6,50
6,00
10,10
6,80
Brasil
5,50
3,80
3,00
2,50
1,50
4,10
4,60
4,00
7,50
2,70
EUA
3,10
1,50
2,10
2,00
2,20
2,40
2,30
2,10
2,40
1,80
África
SADC
3,40
5,02
6,36
5,46
5,48
….
…
…
5,94
5,70
África do Sul
2,60
3,40
2,70
2,60
2,60
3,40
3,30
3,00
2,90
3,10
Fonte: FMI, Banco de Portugal e SADC
2
Sugere-se que uma leitura desse índice
abaixo dos 50 pontos indica uma contracção
da actividade económica (consultora da Zona
Euro: Markit Economics).
Relatório de Inflação · III trimestre de 2012 · 13
Tabela 4 - Comportamento das Importações e Exportações
dos principais parceiros de Angola (I trim 11 / III trim 12)
Taxa de variação homóloga
2011
2012
III
I trim II trim
IV trim I trim II trim
trim
Importações (CIF)
Estados Unidos da América
18,80
16,65
13,65
11,81
8,328
3,718
Zona Euro
15,67
24,55
19,30
1,56
-3,96
-12,90
25,27
32,34
20,08
-24,91
8,88
-2,75
32,784 23,1103
24,861
20,065
7,05
6,48
0,90
Brasil
China
África do Sul
36,73
33,52
26,43
21,47
4,75
9,76
54,91
9,27
12,01
36,52
Estados Unidos da América
18,27
17,78
17,50
10,61
8,73
5,72
Zona Euro
15,27
25,30
18,39
0,82
-2,99
-12,68
Brasil
30,60
34,26
33,78
15,89
7,51
-7,36
Angola
Exportações (FOB)
Fonte: FMI
Inflação
Durante o terceiro trimestre de 2012,
e contrariamente ao sucedido no
trimestre anterior, as taxas de inflação
das principais economias aceleraram,
particularmente nos meses de Agosto
e Setembro.
Nos Estados Unidos da América a
inflação passou de 1,70% no final do
segundo trimestre de 2012 para 2,00%
no final do terceiro trimestre.
Na Zona Euro a inflação passou de
2,40% no final do segundo trimestre de 2012 para 2,60% no terceiro
trimestre. Portugal e Bélgica seguiram
a tendência do bloco, tendo as suas
taxas de inflação acelerado em 0,07 e
0,22 p.p., respectivamente, no final do
terceiro trimestre de 2012.
Os BRIC registaram um comportamento misto no período. A inflação na
China e na India desacelerou, tendo
passado de 2,20% e 9,90% no final
do segundo trimestre para 1,90% e
9,70%, respectivamente, no terceiro
trimestre de 2012. Em relação ao
Brasil houve uma aceleração, tendo
passado de 4,90% para 5,28%, comparativamente ao trimestre anterior. Na
Africa do Sul a taxa situou-se em 5,5%
em Setembro.
Importa referir que, em muitas das
economias citadas, os níveis de inflação ficaram acima das metas estabelecidas, o que restringe o espaço para
a tomada de medidas contra cíclicas
pelos seus Bancos Centrais.
Gráfico 8 - Comportamento da Inflação nas economias avançadas
(Jan / Set 2012)
4,00
3,50
3,00
2,50
2,00
1,50
1,00
0,50
0,00
-0,50
-1,00
-1,50
Jan/12
Fev/12
Portugal
Mar/12
Abr/12
Zona Euro
Mai/12
EUA
Jun/12
Jul/12
Japão
Ago/12
Set/12
Bélgica
Fonte: FMI, Banco de Portugal e Bloomberg
Gráfico 9 - Comportamento da Inflação nos BRIC (Jan / Set 2012)
12,00
10,00
8,00
6,00
4,00
2,00
0,00
Jan/12
Fev/12
Brasil
Fonte: FMI e Bloomberg
Mar/12
China
Abr/12
Mai/12
África do Sul
Jun/12
Jul/12
Índia
Ago/12
Rússia
Set/12
14
Mercado Cambial
No terceiro trimestre de 2012 ocorreram depreciações de 1,84% da moeda sul-africana e 0,85% da moeda brasileira, face ao Dólar americano, ao passo que as moedas
europeia e chinesa apreciaram em 1,52% e 1,09%, respectivamente. No trimestre
imediatamente anterior, observou-se que, para além da moeda sul-africana e brasileira, as moedas chinesa e europeia depreciaram face ao dólar americano, situando-se
os respectivos valores em 6,40%, 10,00%, 0,88% e 5,07%.
Gráfico 10 - Comportamento do Euro face ao USD (Jan / Set 2012)
1,40
1,35
1,30
1,25
1,20
1,15
Set/12
Ago/12
Jul/12
Jun/12
Mai/12
Abr/12
Mar/12
Fev/12
Jan/12
1,1
Fonte: Bloomberg
O gráfico 10 demonstra o comportamento do Euro face ao Dólar norte americano.
É possível observar uma depreciação durante o mês de Julho, tendência que se
inverteu em Agosto, em reacção aos sinais de comprometimento com a coesão europeia dados pelo BCE e líderes europeus.
No entanto, em Setembro o Euro voltou a depreciar (0,71%), sobretudo devido ao
agravamento da crise em Espanha e à hesitação do Governo espanhol em formalizar
o pedido de resgate.
Quando comparada ao trimestre anterior, a moeda europeia registou uma apreciação de 1,52% face à moeda americana, influenciada por uma apreciação em Agosto
superior às depreciações de Julho e Setembro.
Gráfico 11 - Comportamento do USD face ao Renmimbi
(Jan / Set 2012)
6,40
6,38
6,36
6,34
6,32
6,30
6,28
6,26
6,24
Fonte: Bloomberg
Set/12
Ago/12
Jul/12
Jun/12
Mai/12
Abr/12
Mar/12
Fev/12
Jan/12
6,22
As depreciações do Dólar, impulsionadas pela política monetária do FED,
estiveram na base das apreciações da
moeda chinesa em Julho e Setembro,
apesar dos sinais de desaceleração
da economia. Em Agosto a taxa de
câmbio manteve-se estável. No cômputo do trimestre, a moeda chinesa registou uma apreciação de 1,09% face
ao Dólar americano. Relativamente
ao Rand Sul-Africano, este apreciou-se face ao Dólar americano no início
do terceiro trimestre No entanto esta
tendência inverteu-se, possivelmente
devido ao efeito de arrastamento que
as manifestações dos trabalhadores
da mina de Platina ‘Marikana’, em
Agosto, tiveram sobre outros sectores
da actividade económica do país, o
que atiçou os receios dos investidores
quanto à estabilidade do ambiente de
negócios na África do Sul.
Estes acontecimentos (que culminaram numa tragédia) foram classificados como um sintoma de problemas
estruturais pela agência de rating
Fitch, capazes de minorar a capacidade do país em tirar proveito da
excelente oportunidade de aumentar
as suas exportações, bem como as
receitas públicas, o que resultaria em
maior desenvolvimento. No trimestre
em análise, a depreciação da moeda
sul-africana foi de 1,84%.
Relatório de Inflação · III trimestre de 2012 · 15
Gráfico 12 - Comportamento do USD face ao Rand (Jan / Set 2012)
8,85
8,35
7,85
7,35
6,85
Set/12
Ago/12
Jul/12
Jun/12
Mai/12
Abr/12
Mar/12
Fev/12
6,35
Jan/12
Tal como no trimestre anterior, a
moeda brasileira voltou a registar uma
depreciação no terceiro trimestre,
embora em menor magnitude. Este
comportamento resultou das várias
intervenções no mercado cambial
pelas autoridades monetárias brasileiras, numa tentativa de recuperar a
competitividade do país, uma política
que o Governo brasileiro(3) pretende
manter activa até 2013 para garantir a
recuperação dos níveis de competitividade nacional.
Fonte: Bloomberg
Gráfico 13 - Comportamento do USD face ao Real (Jan / Set 2012)
2,2
2,1
2,0
1,9
1,8
1,7
Set/12
Ago/12
Jul/12
Jun/12
Mai/12
Abr/12
Mar/12
Fev/12
Jan/12
1,6
Fonte: Bloomberg
Commodities
De acordo com o FMI, no III trimestre
de 2012 o índice geral das commodities registou uma contracção de 0,38%
relativamente ao trimestre anterior
(ver gráfico 14). Na base desta contracção estiveram as variações negativas dos índices de energia (0,83%),
uma vez que os índices de preços das
commodities não petrolíferas aumentaram (0,47%).
A evolução do índice de preço dos
produtos energéticos esteve associada
a quedas nos índices de preços do
carvão, do petróleo(4) e do gás natural,
devido, fundamentalmente, ao aumento das reservas petrolíferas nos EUA,
às incertezas quanto ao rumo da economia mundial face ao agravamento
da crise na Zona Euro e à desaceleração da actividade económica na China
e no Brasil. Estes factores estiveram,
igualmente, na origem da revisão em
baixa do FMI, das estimativas relativas
ao crescimento mundial.
Gráfico 14 - Comportamento do Índice de Preços das Commodities
(I trim 2010 / II trim 2012)
250
200
150
100
50
0
I trim
10
II trim
10
Alimentos
III trim
10
IV trim
10
Bebidas
I trim
11
II trim
11
III trim
11
IV trim
11
I trim
12
II trim
12
III trim
12
Energia
Fonte: FMI
3
Declarações do ministro da Fazenda Guido Mantega
4
Í ndice de Commodities petrolíferas do FMI, calculado com base na média entre os preços do
Brent, WTI e Petróleo do Dubai
16
Ressalta-se que, relativamente aos preços do petróleo, não obstante a redução do
índice das commodities petrolíferas do FMI, o Brent registou uma subida devido às
tensões no Médio Oriente, mais especificamente na Síria, e ao embargo nas exportações do Irão.
As variações dos índices das commodities não petrolíferas foram de 7,72%, 4,24%,
-6,53% e -8,08% para os alimentos, bebidas, insumos industriais e metais, respectivamente.
Gráfico 15 - Comportamento do Índice de Preços de alguns alimentos
(Jan 2011 / Set 2012)
160
140
120
100
80
60
40
20
Milho
Açúcar
Soja
Set/12
Ago/12
Jul/12
Jun/12
Mai/12
Abr/12
Mar/12
Jan/12
Fev/12
Dez/11
Nov/11
Set/11
Out/11
Jul/11
Trigo
Ago/11
Mai/11
Jun/11
Abr/11
Fev/11
Mar/11
Jan/11
0
Arroz
Fonte: Bloomberg
O Gráfico 15 apresenta a variação dos índices de preços de algumas commodities
da classe dos Alimentos, no qual se verifica um comportamento volátil dos cinco
produtos seleccionados ao longo do período em análise, tendo o terceiro trimestre
culminado num aumento nos preços do milho (12,45%), arroz (9,06%), soja (5,83%)
e trigo (22,12%), enquanto o preço do açúcar registou uma baixa de 2,81%. De
referir que a alta dos preços dos cereais esteve associada às condições climáticas
desfavoráveis em várias regiões do planeta e à expectativa de queda das colheitas.
Assim, o quadro internacional foi marcado por uma desaceleração da actividade
económica, aceleração da taxa de inflação nas principais economias, devido a acções
não convencionais de política monetária, bem como os choques de oferta de algumas
commodities agrícolas, cujo efeito de pressão sobre os preços tem sido contido pela
moderação da actividade económica na China, o que permite perceber uma potencial
reversão desse cenário inflacionista.
Relatório de Inflação · III trimestre de 2012 · 17
Economia Nacional
Conta de Bens
Durante o terceiro trimestre de 2012, o saldo da Conta de Bens deteriorou-se
comparativamente ao trimestre anterior, uma redução explicada pela diminuição das
exportações do petróleo em termos de quantidade, principal produto de exportação
para a economia angolana.
De acordo com os dados apresentados no Gráfico 16, o saldo da Conta de Bens
situou-se em USD 11.772,95 milhões correspondente a uma redução de USD 98,50
milhões em relação ao segundo trimestre (USD 11.871,45 milhões), e uma redução de USD 1.045,30 milhões relativamente ao terceiro trimestre de 2011 (USD
12.818,25 milhões).
A Tabela 5 mostra que, no terceiro trimestre de 2012, as importações registaram uma
diminuição, contrariamente ao verificado no trimestre anterior, tendo o seu saldo
passado de USD 5.169,84 milhões no segundo trimestre para USD 4.804,91 milhões
no terceiro trimestre, o que corresponde a uma variação negativa de 0,83%.
11.871
11.773
III trim/12
12.954
I trim/12
II trim/12
12.464
12.818
III trim/11
IV trim/11
10.016
I trim/11
11.413
14.000
12.000
10.000
8.000
6.000
4.000
2.000
0
II trim/11
Gráfico 16 - Conta de Bens
(I trim 2011 / III trim 2012)
Fonte: BNA
Obs: os dados são expressos em milhões de USD
Tabela 5 - Importações e Exportações em Milhões de USD (I e II trim de 2011 / 12)
M USD
M USD
2012
2011
I trim ∆ I trim
II trim
Exportações
15 855,03
24,8%
16 248,84
Importações
4 442,24
0,14%
6 232,67
Conta de Bens 11 412,79
M USD
∆ trim
Jul
Ago
Set
III trim
Acum
∆ Acum
2010-11
6,87%
49 468
30,54%
4 546,09
-27,06%
15 221
24,45%
38,09%
10 016,17 -12,24% 4 809,33 3 914,87 4 094,06 12 818,25
27,98%
34 247
33,45%
2011-12
17 041,29 -10,40% 5 160,25 6 113,73 5 303,88 16 577,86
Exportações
19 018,69
9,1%
Importações
6 064,53
22,1%
Conta de Bens 12 954,16
3,9%
2,48% 6 349,84 5 339,38 5 675,13 17 364,34
∆ trim
40,30% 1 540,51 1 424,51 1 581,07
-2,72%
52 638
6,41%
4 804,91
-7,06%
16 039
5,38%
-8,36% 3 230,41 4 712,77 3 829,76 11 772,95
-0,83%
36 599
6,87%
5 169,84 -14,75% 1 929,83 1 400,95 1 474,12
11 871,45
Fonte: BNA
Com base na Tabela 6 constata-se que, durante o terceiro trimestre de 2012, a
economia portuguesa foi o principal parceiro comercial de Angola, assumindo
um peso de 16,28% seguida da economia chinesa com 9,18%.
Tabela 6 - Evolução do valor FOB das Importações por países (I trim / III trim 2012)
Peso
I trim
(total)
Peso
II trim
(total)
Milhões de USD
Peso III trim
Jul'12
Ago'12
Set'12
III trim
total
Jul'12
Ago'12
Set'12
III trim
(total)
Países
Portugal
13,42%
15,15%
311,24
250,04
220,85
782,13
16,13%
17,85%
14,98%
16,28%
EUA
5,14%
4,60%
94,10
64,25
70,37
228,72
4,88%
4,59%
4,77%
4,76%
China
7,50%
9,01%
173,69
141,45
125,84
440,98
9,00%
10,10%
8,54%
9,18%
Bélgica
5,77%
7,47%
141,62
72,29
108,38
322,29
7,34%
5,16%
7,35%
6,71%
África do Sul
2,47%
3,69%
85,74
56,88
62,81
205,43
4,44%
4,06%
4,26%
4,28%
Brasil
3,76%
4,15%
100,66
45,06
73,01
218,73
5,22%
3,22%
4,95%
4,55%
Emiratos
Árabes Unidos
Outros
Total
Fonte: BNA
2,51%
3,80%
68,06
78,17
64,61
210,84
3,53%
5,58%
4,38%
4,39%
59,43%
100,0%
52,13%
100,0%
954,72
1 929,83
692,81
1 400,95
748,26
1 474,12
2395,78
4 804,91
49,47%
100,0%
49,45%
100,0%
50,76%
100,0%
49,86%
100,00%
18
Tabela 7 - Importação por categoria económica da pauta (I trim 2011 / III trim 2012)
Milhões de USD
Peso
I trim II trim
11
11
Variação%
I trim II trim III trim IV trim
11
11
11
11
I trim II trim III trim
12
12
12
Itrim II trim III trim
12
12
12
12 Trim. Acum. meses
Combustíveis
867,90
863,35
905,21
734,11
917,71 1388,07
962,35 19,54% 13,85% 15,13% 26,85% 20,03% -30,7% 31,1%
6,3%
Alimentos
606,93
559,93
672,74
945,07
727,53
662,71
680,17 13,66%
8,98% 12,00% 12,82% 14,16%
1,1%
Reactores
e Outros(1)
683,18
606,62
565,40
586,11
606,50
606,41
605,91 15,38%
9,73% 10,00% 11,73% 12,61% -0,1%
260,05
290,33
375,98
428,68
449,42
554,10
547,44
4,66%
Produtos
Veículos
e Outros(2)
Outros
Total
5,85%
2,6% -28,0%
3,4%
7,41% 10,72% 11,39% -1,2% 27,7% 45,6%
2024,18 3912,44 2026,76 2313,46 3363,38 1958,55 2009,04 45,57% 62,77% 55,46% 37,88% 41,81%
2,6% -13,2% -0,9%
4 442,24 6 232,67 4 546,09 5 007,44 6 064,53 5 169,84 4 804,91 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% -7,06% -4,04% 5,69%
Fonte: BNA
Reatores e Outros1 – Reactores nucleares,caldeiras, máquinas,aparelhos e instrumentos mecânicos ou partes Veículos e Outros2 – Veículos automóveis/tractores/ciclos/outros terrestres/partes/acessórios Por outro lado, quando analisadas as importações por produtos, verifica-se que, no
terceiro trimestre, houve uma redução na importação de combustíveis, reactores
nucleares e veículos automóveis, tendo o peso dos combustíveis descido para 20,03%
do total importado. Por seu turno, a importação de alimentos aumentou ao longo do
terceiro trimestre comparativamente aos trimestres anteriores, representando um
peso de 14,16%.
Ao nível das exportações, observou-se uma redução de 2,72% comparativamente
ao trimestre anterior, contra um aumento de 6,93% no terceiro trimestre de 2011.
O petróleo continuou a ser o produto com maior peso na estrutura das exportações,
conforme se pode observar na Tabela 8.
Tabela 8 - Exportação por produtos em MUSD (I trim 2011 / III trim 2012)
2011
I trim
Petróleo
Bruto
7,2%
2012
II trim III Trim
I trim
Peso
II trim III trim
III trim
11
I trim II trim III trim
12
12
12
Variação (%)
III
III
III
trim
trim
trim
11
12 (11-12)
15 232,46
15 495,73
16 744,39
18 538,81
16 422,26
16 118,24
97,23%
97,48%
96,37%
97,23%
Diamantes
223,65
387,33
359,19
250,96
354,33
263,70
1,59%
1,32%
2,08%
1,59%
-7,27% -25,58%
-26,58%
Outros
Total
347,74
355,23
260,77
228,88
264,70
195,92
1,18%
1,20%
1,55%
1,18% -26,59% -25,99%
-24,87%
15 803,85 16 238,29 17 364,34 19 018,65 17 041,29 16 577,86 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Fonte: BNA
Uma análise mais detalhada sobre a estrutura das importações angolanas por países
permite observar que Portugal e a China continuam a ser os principais parceiros de
Angola. Isto, apesar de ambas as economias estarem a ser afectadas pela desacelaração da actividade económica mundial.
8,06%
6,93%
-1,85%
-2,72%
-3,74%
-4,53%
Relatório de Inflação · III trimestre de 2012 · 19
Mercado Cambial Interno
Síntese da Actividade do Mercado Primário
No terceiro trimestre de 2012, o montante total de divisas vendidas no mercado
primário foi de USD 5.188,83 milhões , uma média de USD 79,83 milhões por sessão,
valor superior ao vendido no trimestre anterior (USD 4.267,19 milhões). No período
homólogo de 2011, a venda de divisas foi de USD 4.018,72 milhões, uma média de
USD 93,46 milhões por sessão(5).
O comportamento da procura pode ser analisado pela oscilação da taxa de câmbio
máxima oferecida. Como mostra o Gráfico 17, a correcção observada da taxa de
câmbio máxima oferecida pelos bancos comerciais que passou de 95,60 Kz/USD no
final de Junho, para 95,66 assim como o aumento do número de sessões reflecte um
aumento da procura por cambiais no terceiro trimestre de 2012.
Gráfico 17 - Actividade do Mercado Cambial (Jan 2011 / Set 2012)
Vendas (em USD)
Taxas de câmbio
250.000.000,00
100,000
98,000
200.000.000,00
96,000
94,000
150.000.000,00
92,000
100.000.000,00
90,000
88,000
50.000.000,00
86,000
0,00
Taxa Máxima Oferecida
Taxa Mínima Oferecida
Cut-Off
Vendas
18-09-2012
10-08-2012
06-07-2012
18-05-2012
19-03-2012
02-01-2012
30-11-2011
15-10-2011
08-08-2011
17-06-2011
26-04-2011
02-03-2011
03-01-2011
84,000
Leilão especial para casas de câmbio
Fonte: DMA/DES, BNA
Evolução da taxa de Câmbio
No período em análise assistiu-se a uma depreciação real da taxa de câmbio média
de referência, passando de 95,36 Kz/USD em Junho para 95,42 Kz/USD em Setembro
de 2012, o que corresponde a uma depreciação de 0,06%. A nível do mercado secundário, durante o segundo trimestre registou-se uma apreciação da taxa de câmbio
das notas (0,01%) depreciação da taxa praticada pelas casas de câmbio (0,51%) e da
taxa de câmbio do mercado informal (1,89%).
Consequentemente, o diferencial entre as taxas de câmbio do mercado secundário
de notas e do informal aumentou de 4,64% em Junho, para 6,63% em Setembro após
uma redução, no final do segundo trimestre de 2012. A tabela 9 mostra ainda que nos
últimos doze meses, a taxa de câmbio de referência, a taxa do mercado secundário
de notas e a taxa do mercado informal registaram depreciações de 0,76% 0,22% e
2,22%, respectivamente, evidenciando menor volatilidade.
5
Foram realizadas 65 sessões durante o III trimestre de 2012, correspondendo a uma média de
21,67 sessões por mês, contra 13,3 sessões no segundo trimestre.
20
Tabela 9 - Comportamento das Taxas de Câmbio (I trim 2011 / III trim 2012)
Mar 11
Jul 11
Jul 11
Set 11
Dez 11
Mar 12
Jun 12
III trim
Set 12
12
Variações
Acum.
12
Anual
Meses
Mercado Primário
(Taxa Referência)
Compra
93,037
93,085
93,071
94,461
95,044
95,081
95,122
95,182
0,06%
0,14%
0,76%
Venda
93,502
93,550
93,537
94,933
95,520
95,556
95,598
95,658
0,06%
0,14%
0,76%
93,270
93,318
93,304
94,697
95,282
95,318
95,360
95,420
0,06%
0,14%
0,76%
Média
Bancos (Divisas)
Compra
n.d
94,566
93,131
94,667
95,122
95,639
95,196
95,070
-0,13%
-0,05%
0,42%
Venda
n.d
96,389
95,900
96,905
98,386
98,140
98,349
98,324
-0,02%
-0,06%
1,46%
n.d
95,477
94,515
95,786
96,754
96,890
96,772
96,697
-0,07%
-0,05%
0,95%
-0,46%
Média
Bancos (Notas)
Compra
93,828
94,566
94,491
95,280
95,122
95,917
94,937
94,837
-0,11%
-0,29%
Venda
96,947
96,389
96,344
97,777
98,386
98,604
98,585
98,660
0,08%
0,27%
0,90%
95,388
95,477
95,417
96,528
96,754
97,261
96,761
96,748
-0,01%
-0,01%
0,22%
Média
Mercado Informal
(Notas)
Compra
Venda
Média
Casas de Câmbio
99,833
99,833
99,833
99,833
101,167
100,000
100,000
101,333
1,33%
0,16%
1,50%
102,917
102,000
102,000
102,000
103,667
102,250
102,500
105,000
2,43%
1,28%
2,94%
101,375
100,917
100,917
100,917
102,417
101,125
101,250
103,167
1,89%
0,73%
2,22%
Compra
94,438
95,438
95,313
96,000
98,750
97,889
98,750
99,500
0,75%
0,75%
3,64%
Venda
98,153
99,600
99,188
101,563
102,000
101,500
101,613
101,900
0,28%
-0,09%
0,33%
Média
96,296
97,519
97,251
98,781
100,375
99,694
100,181
100,700
0,51%
0,32%
1,94%
Fonte: BNA
No gráfico 18, tal como no anterior, pode-se observar que durante o terceiro trimestre a taxa de câmbio manteve-se relativamente estável, ou seja, registou uma
reduzida variabilidade, com pequenas depreciações tendo sido mantido o curso
desacelerado da evolução dos preços.
Gráfico 18 - Actividade do Mercado Cambial vs. Inflação Homóloga (Jan 2011 / Set 2012)
96,00
95,50
15,13%
15,06% 14,76%
16,00%
14,54% 14,58%
14,63%
11,91%
14,13%
95,00
13,68%
94,50
94,70
95,17
11,44%
95,25
95,25
95,28
95,29
95,30
95,32
95,33
95,35
95,36
95,39
95,42
11,38%
11,28%
11,38%
11,32% 11,12%
11,48
10,51%
10,88%
14,00%
12,00%
10,11%
10,02%
94,00
93,50 93,19
93,00
95,37
9,87%
9,65%
10,00%
8,00%
93,27 93,27 93,28
93,28
93,03
93,30
6,00%
93,32
4,00%
92,50
Taxa de Câmbio
Fonte: BNA / INE
Inflação Homóloga
Set/11
Ago/11
Jul/11
Jun/12
Mai/12
Abr/12
Mar/12
Fev/12
Jan/12
2011
Dez/11
Nov/11
Out/11
Set/11
Ago/11
Jul/11
Jun/11
Mai/11
Abr/11
0,00%
Mar/11
91,50
Fev/11
2,00%
Jan/11
92,00
Relatório de Inflação · III trimestre de 2012 · 21
No final do trimestre as Reservas Internacionais Líquidas situaram-se em USD
30.042,62 milhões, uma contracção de 0,57% em relação ao trimestre anterior,
contra uma expansão de 15,18% em relação a IV trimestre de 2011. Nos últimos 12
meses verificou-se um crescimento de cerca de 30,49% (USD 7.020,38 milhões).
Gráfico 19 - Evolução das Reservas Internacionais Líquidas
(I trim 2010 / III trim 2012)
70.000,00
30.215,41 30.042,62
60.000,00
26.084,22
50.000,00
21.468,82
40.000,00
17.889,40
15.740,26
Reservas Brutas
32.461,51
-2.444,37
-2.408,98
-2.418,89
III trim/12
32.624,39
-2.308,88
II trim/12
29.233,11
28.393,10
-2.144,42
I trim/12
-2.176,37
IV trim/11
26.645,20
III trim/10
Obrigações de Curto Prazo
-2.177,04
II trim/11
II trim/10
-2.012,73
20.066,45
-1.083,18
I trim/11
16.223,29
-302,10
19.339,35
15,879.64
-301,15
IV trim/10
13.784,97
-10.000,00
I trim/10
0,00
25.166,66
12.952,35
20.000,00
10.000,00
23.022,24
III trim/11
30.000,00
17.326,62
14.661,50
26.788,74
Reservas Internacionais Líquidas (RIL)
Fonte: BNA
Obs: os dados são expressos em milhões de USD
Sector Fiscal
Receitas
A execução da programação financeira do III trimestre de 2012, teve em conta, a
taxa de câmbio média fixada em Kz 95,39/USD (Kz 0,04 acima do programado), as
exportações de petróleo bruto, que se situaram em 154,76 milhões de barris (0,20%
acima do programado) e o preço médio do petróleo que atingiu USD 102,73 barril
(15,26% acima do programado).
Assim, os fluxos de recursos do Tesouro no período em análise, atingiram Kz
1.298.412,53 milhões, dos quais Kz 108.338,25 milhões referente a saldos livres acumulados no período anterior (8,34%), Kz 62.786,64 milhões a receitas de períodos
anteriores (4,84%), Kz 97.732,82 milhões a desembolsos de financiamentos (7,53%)
e Kz 1.029.554,82 milhões a receitas do exercício (79,29%). Note-se que as receitas
de exercícios anteriores foram constituídas maioritariamente por pagamento de
atrasados fiscais da Sonangol.
22
Tabela 10 - Receitas Realizadas, em milhões de Kwanzas
Var. (%)
III trim 12
II
III
trim
trim
12
11
Executado
III trim 11
I trim 12
II trim 12
-
242 505,12
202 271,49
Saldos L. Acum.
no Exerc. Anterior
513 161,06
207 695,26
70 177,13
108 338,25
Desembolsos de
Financiamentos
135 724,62
48 025,47
91 626,79
Receitas do Exercício
815 200,80
775 656,63
Receitas Correntes
815 200,80
775 492,44
815 200,80
Petrolíferas
Receitas de Exercícios
Anteriores
III trim 12
III
trim
11
II
trim
12
III
trim
12
-
-
-
-
54,38
-78,89
245,88
100,00
100,00
97 732,82
6,66
-27,99
94,55
40,72
60,84
1 028 241,86
1 029 554,82
0,13
26,29
87,73
92,83
117,36
1 028 241,86
1 029 554,82
0,13
26,29
87,79
92,87
117,40
775 492,44
1 028 241,86
1 029 554,82
0,13
26,29
87,79
92,87
117,40
558 763,97
487 128,18
828 067,13
837 289,20
1,11
49,85
72,95
91,75
124,16
Não petrolíferas
256 436,83
288 364,26
236 490,38
192 265,62
-18,70
-25,02
157,72
115,55
94,88
Receitas de Capital
-
164,19
-
0,00
-
-
-
-
0,00
Tributária
Outras
Totais
62 786,64 -68,96
Grau de Exe / PFT
52 930,97
-36 315,65
0,00
1 464 086,48 1 273 882,48 1 392 317,27 1 298 412,53
-6,74 -11,32 114,25
99,25 113,28
Fontes: MINFIN
Em relação aos desembolsos de financiamentos, destacaram-se os desembolsos de
financiamentos externos, com uma representação de 58,00%, designadamente linhas
de crédito, enquanto, os desembolsos internos representaram cerca de 42,00%,
nomeadamente emissão de Obrigações do Tesouro.
As receitas do exercício, representaram aumentos na ordem de 0,13% e 26,29%, face
ao II trimestre de 2012 e período homólogo de 2011. Por sua vez, o grau de execução
no trimestre em análise, situou-se em 17,36% acima do programado, quando no II
trimestre e no período homólogo de 2011, o grau de execução foi de cerca de 92,83%
e 87,73%.
De realçar que o nível elevado de execução observado nas receitas do exercício,
explica-se fundamentalmente pela execução da receita das outras companhias e pela
regularização da receita proveniente da Sonangol.
Em relação a estrutura das receitas, notou-se que as receitas do exercício, foram
representadas em 100,00% por receitas correntes tal como no II trimestre de 2012 e
no período homólogo de 2011.
Gráfico 20 - Receitas previstas
e realizadas em milhões de Kz
1.600.000,00
1.400.000,00
Gráfico 21 - Estrutura das Receitas
Estrutura das Receitas do Exercício
Composição das Receitas Correntes
III trim
12
100%
III trim
12
81,33%
18,67%
II trim
12
100%
II trim
12
80,00%
20,00%
I trim
12
99,98%
I trim
12
62,82%
III trim
11
100%
III trim
11
68,54%
1.200.000,00
1.000.000,00
800.000,00
0,02%
600.000,00
400.000,00
37,18%
200.000,00
0,00
III trim
11
Receitas Previstas
Fonte: MINFIM
II trim
I trim
III trim
12
12
12
Receitas Realizadas
0%
20%
Correntes
Fonte: MINFIM
40%
60%
Capital
80%
100%
0%
20%
40%
Petrolíferas
31,46%
60%
80%
100%
Não Petrolíferas
Relatório de Inflação · III trimestre de 2012 · 23
As receitas correntes, estiveram representadas maioritariamente pelas receitas
petrolíferas (81,33%), sendo que as receitas não petrolíferas, representaram apenas
18,67%. A mesma tendência observou-se no II trimestre de 2012 e no mesmo período
do ano anterior, com as receitas petrolíferas a destacarem-se, desta feita, em 80,53%
e 68,54%, respectivamente.
Despesas
No III trimestre de 2012, os fluxos de saídas do exercício alcançaram Kz 1.155.040,01
milhões, distribuídos em Kz 99.162,99 milhões de despesas do período anterior(6)
(8,59%) e Kz 1.055.877,02 milhões de despesas do exercício (91,41%).
Tabela 11 - Despesas Realizadas, em milhões de Kwanzas
Executado
Despesas
III trim 11
Despesas do Exerc.
anterior (Restos a pagar)
Despesas do Período anterior
42 870,90
I trim 12
II trim 12
-
0,00
III trim 12
0,00
Grau de Exe/ PFT
III
trim
11
- -100,00
II
trim
12
48,49
III
trim
12
0,00
0,00
-
0,00
75 333,64
99 162,99
31,63
-
-
0,00
251,54
Despesas do Execício
676 216,79
896 073,95
909 862,20
1 055 877,02
16,05
56,14
49,91
65,56
93,00
Despesas Correntes
372 167,13
484 841,16
509 509,06
598 727,14
17,51
60,88
57,98
88,86
96,76
216 720,63
232 148,48
213 826,52
258 053,01
20,68
19,07
111,99
94,05
104,82
Despesas em Bens e Serviços
94 650,30
132 200,37
133 280,84
197 247,14
47,99
108,40
35,59
64,80
84,66
Transferências Correntes
37 713,87
31 392,51
32 427,78
47 160,43
45,43
25,05
68,95
72,95
141,04
Despesas com o pessoal
Subsídios
Despesas de Capital
Investimentos públicos
23 082,33
89 099,80
129 973,92
96 266,56
-25,93
317,06
18,07
135,48
90,65
124 583,63
190 177,85
153 380,20
352 022,38
129,51
182,56
25,74
31,79
117,73
96 555,47
147 858,97
115 663,24
165 656,08
43,22
71,57
46,56
32,62
79,17
Transferencias de Capital
2 632,00
2 401,21
2 123,11
1 194,25
-43,75
-54,63
87,73
69,89
38,08
Aplicações em Activos
Financeiros
5 791,56
7 663,32
0,00
0,00
-
-100,00
2,69
0,00
0,00
Outras Despesas de Capital
Serviço da Dívida
Juros
Juro da dívida interna
19 604,60
32 254,35
35 593,85
185 172,05
420,24
844,53
33,41
31,05
243,98
179 466,03
221 054,94
246 972,94
105 127,50
-57,43
-41,42
78,39
74,40
48,31
25 171,23
18 706,46
33 218,69
12 958,61
-60,99
-48,52
146,36
167,63
91,45
6 871,28
10 862,94
25 341,75
8 375,54
-66,95
21,89
93,47
218,42
133,22
Juro da dívida externa
18 299,95
7 843,52
7 876,94
4 583,07
-41,82
-74,96
185,83
95,89
58,13
Amortização da Dívida
154 294,80
202 348,48
213 754,25
92 168,89
-56,88
-40,26
72,86
68,49
45,31
75 138,25
183 043,80
175 101,65
72 324,24
-58,70
-3,75
43,22
70,67
43,38
79 156,55
19 304,68
38 652,60
19 844,65 -48,66
719 087,69 896 073,95 985 195,84 1 155 040,01 17,24
744 998,79 324 215,15 162 756,18
90 640,29 -44,31
804 066,24 335 459,78 219 437,90
124 180,50 -43,41
-74,93
60,63
-87,83
-84,56
208,83
49,82
60,06
68,14
54,09
96,40
da dívida interna
da dívida externa
Total das Despesas
Saldo do Exercício
Saldo Global (Caixa)
Fontes: MINFIN
As despesas do exercício, foram executadas em 93,00% do programado, face aos
65,56% e 49,91%, respectivamente, no II trimestre e no período homólogo de 2011.
Porém, quando comparadas com o volume de despesas efectuado no II trimestre
de 2012 e do período homólogo de 2011, observa-se um aumento de 16,05% e de
56,14%, respectivamente.
Em relação às principais categorias de despesas, destaca-se as despesas de capital
com 17,73% acima do programado, resultante da execução de despesas quase fiscais,
relacionadas com fluxos financeiros(7) incorridos pela Sonangol. Por sua vez, as
despesas correntes, tiveram um grau de execução de 96,76%, enquanto, as despesas
com o serviço da dívida atingiram somente 48,31% de execução.
6
Var. (%) III
trim 12
II
III
trim
trim
12
11
Despesas programadas em períodos anteriores e executadas no período em análise.
24
Entre as despesas correntes, observou-se um nível de execução acima do programado, nas rubricas despesas com o pessoal (104,82%) e transferências correntes
(141,04%), justificado por um lado, pelo pagamento de retroactivos referentes ao
ajuste salarial do Pessoal Militar e por outro lado, pelo pagamento das Pensões dos
Antigos Combatentes e Autoridades Tradicionais.
No que respeita à estrutura das despesas totais, pode observar-se no gráfico 23 que
as despesas correntes representam a maior fatia, seguidas pelas despesas de capital,
serviço da dívida e de exercícios anteriores.
Gráfico 22 - Despesas previstas
e realizadas em milhões de Kz
1.600.00,00
1.400.00,00
1.200.00,00
1.000.00,00
800.00,00
600.00,00
400.00,00
200.00,00
0,00
Gráfico 23 - Estrutura das Despesas
Despesas totais (III trim / 12)
III trim
11
Despesas Previstas
Despesas correntes (III trim / 12)
I trim
12
II trim
12
III trim
12
Despesas Realizadas
Fonte: MINFIM
9,10%
16,08%
7,88%
30,48%
51,84%
43,10%
32,94%
8,59%
Despesas correntes
Despesas com o pessoal
Despesas de Exerc. anteriores
Despesas em bens e serviços
Despesas de Capital
Transferências Correntes
Serviço da Dívida
Subsídios
Fonte: MINFIN
Em relação à estrutura das despesas correntes, o maior peso pertenceu as despesas
com o pessoal, seguidas pelas despesas com bens e serviços, subsídios e transferências correntes, respectivamente.
A estrutura do Serviço da Dívida, evidenciou uma maior participação da amortização
face aos juros, com maior representatividade para a amortização da dívida interna.
Relativamente à estrutura das despesas de capital, observou-se maior participação
nas rubricas, outras despesas de capital e investimentos públicos.
Gráfico 24 - Estrutura do Serviço da Dívida (III trim 2012)
Gráfico 25 - Estrutura das
Despesas de Capital (III trim 2012)
12,33%
23,24%
47,22%
87,67%
Juros
Amortização da Dívida
76,76%
Interna
Externa
Fonte: MINFIN
7
52,78%
Despesas não acomodadas no OGE corrente que deverão merecer reconciliação Orçamental.
Investimentos públicos
Fonte: MINFIN
Outras Despesas de Capital
Relatório de Inflação · III trimestre de 2012 · 25
Gráfico 26 - Saldos fiscais
previstos e realizados
em milhões de Kz
900.000,00
800.000,00
700.000,00
600.000,00
Saldos Fiscais e Fontes de Financiamento
O desempenho das contas fiscais, no III trimestre de 2012, revelou-se eficiente, na
medida em que apurou saldos superavitários do exercício e global de caixa, na ordem
de Kz 90.640,29 milhões e Kz 124.180,50 milhões, respectivamente. Ainda assim,
inferiores aos saldos registados no II trimestre de 2012 e período homólogo de 2011.
Assim, apesar do superavit obtido no trimestre em análise, o Tesouro recorreu a
emissão de bilhetes do Tesouro para antecipação de receitas.
500.000,00
400.000,00
300.000,00
200.000,00
100.000,00
0,00
III trim
11
Saldo do Exercício
Fonte: MINFIN
I trim
12
II trim
12
III trim
12
Saldo Global (Caixa)
Crédito Líquido ao Governo Central (CLGC)
O Crédito Líquido ao Governo Central, no terceiro trimestre de 2012, contraiu em
cerca de 11,32%, face aos 32,24%, observados no período homólogo de 2011, fruto
do aumento registado nos Depósitos do Governo no BNA, na sequência de um maior
volume de receitas fiscais arrecadadas.
Gráfico 27 - Crédito Líquido ao Governo Central de 2010 a 2012
(milhões de Kz)
III trim/12
-1.954.562,74
II trim/12
-1.926.628,81
I trim/12
-729.389,42
-728.970,58
-655.197,91
-653.678,15
-1.693.137,37
-469.234,23
-1.640.313,43
IV trim/11
-407.281,61
-1.515.695,51
III trim/11
-470.665,85
-408.903,60
-485.777,78
-483.979,31
-365.354,15
-1.300.971,79
II trim/11
-367.344,54
-169.359,00
-1.054.367,08
I trim/11
-171.473,59
105.713,21
-861.427,63
IV trim/10
-3.500.000,00
Depósitos
Fonte: BNA
95.543,60
-3.000.000,00
-2.500.000,00
-2.000.000,00
Crédito ao Governo Geral
-1.500.000,00
-1.000.000,00
-500.000,00
0,00
Crédito Líquido ao Governo Central
500.000,00
26
Sector Monetário
Crédito
No terceiro trimestre de 2012, as operações de crédito registaram uma expansão
moderada. O Crédito à Economia aumentou cerca de 0,29% face ao trimestre anterior, e 6,39% comparado ao período homólogo do ano anterior. Nos últimos 12 meses
esta variável cresceu 22,50%. O segmento do Crédito ao Sector Público Empresarial
registou um dinamismo mais acentuado (crescimento de 3,22%; do qual expansão
de 2,63% em MN e 6,13% em ME) que o do Sector Privado (crescimento 0,16%; dos
quais contracção de 0,94% em MN e expansão 1,48% em ME).
Gráfico 28 - Comportamento do Crédito à Economia
(IV trim 2010 / III trim 2012)
3.000.000,00
1.111.864,77
2.500.000,00
1.101.470,24
2.000.000,00
1.052.682,38
1.065.401,80
1.064.893,60
1.129.178,82
1.078.494,10
1.092.818,63
1.500.000,00
1.000.000,00
500.000,00
0,00
MN
623.621,81
733.614,21
836.787,07
IV trim/10
I trim/11
II trim/11
996.692,19
1.090.755,13
III trim/11
IV trim/11
ME
Fonte: BNA
Obs: os dados são expressos em Kz milhões
Gráfico 29 – Participação do Crédito à Economia no PIB não Petrolífero
(IV trim 2010 / III trim 2012)
45,00
40,00
25,16
21,51
20,81
20,80
21,34
17,87
18,15
19,12
22,62
22,46
I trim/12
II trim/12
III trim/12
17,34
35,00
30,00
25,00
20,00
15,00
10,00
5,00
14,91
14,33
16,34
IV trim/10
I trim/11
II trim/11
19,47
21,30
0,00
MN
III trim/11
IV trim/11
ME
Fonte: BNA
Obs: os dados são expressos em Kz milhões
De realçar que no período em análise, o Crédito em MN diminuiu em 0,71%, contra
um aumento de 18,26%, no segundo trimestre de 2012, ao passo que o Crédito em ME
cresceu 1,56%, depois de um aumento de 3,09%, no período anterior. Nos últimos 12
meses o Crédito em MN registou uma expansão de 40,16% e em ME 5,99%, o crescimento observado na concessão de Crédito em MN vai de encontro às restrições na
concepção do Crédito em ME estabelecidas no Aviso 4/2011 de 08 de Julho.
1.189.653,57
1.406.853,48
1.396.926,33
I trim/12
II trim/12
III trim/12
Relatório de Inflação · III trimestre de 2012 · 27
Gráfico 30 - Comportamento do Crédito à Economia por Sectores
(IV trim 2010 / III trim 2012)
3.000.000,00
2.409.661.79
2.405.903,95
2.500.000,00
2.000.000,00
1.582.979,20
2.063.905,95
1.957.729,93
1.828.695,23
1.730.965,02
2.205.892,73
1.500.000,00
1.000.000,00
500.000,00
93.325,00
95.467,82
109.562,07
104.364,07
91.742,78
62.254,95
116.443,36
112.814,30
0,00
IV trim/10
I trim/11
Crédito ao Sector Empresarial Público
II trim/11
III trim/11
IV trim/11
I trim/12
II trim/12
III trim/12
Crédito ao Sector Privado
Fonte: DES / BNA
Obs: os dados são expressos em Kz milhões
No terceiro trimestre de 2012 o stock do Crédito ao Sector Privado foi de Kz
2.409.661,79 milhões (95,39% do crédito total do SFA). O seu crescimento trimestral
foi de 0,16%, tendo no período homólogo contraído 4,74%.
O desempenho trimestral do Crédito ao Sector Privado reflectiu a elevação de
14,31% para o sector do Comércio por Grosso e a Retalho, 9,70% para a Indústria
Extractiva e 7,47% para Outras Activ.de Serv. Colect., Sociais. Numa análise de 12
meses, o Crédito à Industria Extractiva, Construções, “Outras Activ. de Serv. Colect.,
Sociais e Pessoais” e Comércio por Grosso e a Retalho foram os que registaram maiores variações na ordem de 131,18%, 51,00%, 50,88% e 46,00%, respectivamente,
entre 2011 e 2012.
Gráfico 31 - Mapa do Comportamento do Crédito por Sectores de Actividade (Variação %)
(II trim 2011, IV trim 2011 e trim 2012)
21%
22%
19%
10%
11%
15%
04%
07%
08%
11%
-08%
00%
-08% -0,6%
18%
04%
07%
11%
04%
04%
15%
14%
I trim
12
II trim III trim
12
12
04%
-0,1%
0,2%
I trim II trim III trim IV trim
11
11
11
11
I trim
12
II trim III trim
12
12
0,4%
01%
00%
-11%
-11%
-21%
I trim II trim III trim IV trim
11
11
11
11
105%
41%
15%
29%
0,8%
I trim II trim III trim IV trim
11
11
11
11
06%
16%
02%
07% 0,4%
I trim
12
14%
II trim III trim
12
12
Particulares
Construção
Outras Activ. de Serv. Colect., Sociais e Pessoais
Activ. Imob., Alugueres e Serv. Pres. às Empresas
Indústrias Transformadoras
Comércio por Grosso e Retalho
200%
105%
0,9%
60%
03%
-05%
22%
13%
09%
06%
08%
15%
09%
09%
10%
-43%
-59%
I trim II trim III trim IV trim
11
11
11
11
I trim
12
Indústria Extractiva
Fonte: BNA
10%
17%
Outros Valores Não Classificados
II trim III trim
12
12
-38%
I trim II trim III trim IV trim
11
11
11
11
Outros
-26%
I trim
12
II trim III trim
12
12
28
Gráfico 32 - Comportamento do Crédito por Sectores de Actividade
(Peso%)
(III trim 2011, IV trim 2011 e III trim 2012)
60,00%
50,00%
40,00%
30,00%
20,00%
10,00%
0,00%
Particulares
Comércio
por Grosso
e a Retalho
Outras Actividades
de Serv. Colectivo,
Sociais e Pessoais
II trim/2011
Construção
Activ. Imob.
Alugueres e Serv.
prestados a Empresas
IV trim/2011
Indústria
Extractiva
Indústrias
Transformadoras
Outros
Outros Valores
Não Classificados
II trim/2012
Fonte: DES / BNA
Obs: Os dados são expressos em Kz milhões
Tabela 12 - Comportamento do crédito por sector de actividade
Milhões de Kwanzas
Despesas
III trim 11
I trim 12
II trim 12
Var. (%)
III trim 12
Acum.
Homól.
Peso
12
Meses
III
trim 12
Comércio por Grosso
e a Retalho
336 719,72
372 043,05
430 049,07
491 595,76
34,61
3,35
46,00
19,46
Outras Activ.de Serv.
Colect., Sociais e Pessoais
271 911,93
371 868,92
396 070,32
410 268,88
17,27
85,38
50,88
16,24
Particulares
395 409,26
441 527,88
404 259,09
381 555,07
5,35
41,06
-3,50
15,10
Activ. Imob.,Alugueres
e Serv.Prest. as Empresas
279 089,41
251 850,16
261 511,49
281 057,79
-12,09
58,14
0,71
11,13
Construção
165 089,25
197 772,10
279 446,84
249 288,00
45,34
26,56
51,00
9,87
Indústrias Transformadoras
160 885,61
182 516,57
207 191,06
215 920,72
21,05
16,27
34,21
8,55
53 463,87
70 513,52
112 669,90
123 597,64
104,74
36,51
131,18
4,89
130 106,64
160 988,45
176 402,68
99 831,92
85,79
113,07
-23,27
3,95
269 418,30
219 067,04
251 117,80
272 989,37
2 062 093,99 2 268 147,67 2 518 718,24 2 526 105,15
-7,37
17,19
-28,72
23,01
1,33
22,50
10,81
100,00
Indústria Extrativa
Outros Valores
Não Classificados
Outros
Total
Fonte: ????????????
O rácio de transformação, no terceiro trimestre de 2012, foi de 71,81%, contra os
72,66% no segundo trimestre, reflectindo um crescimento do Crédito à Economia
(0,29%) inferior ao crescimento dos Depósitos Totais (1,48%).
Gráfico 33 - Comportamento da Taxa de Transformação
(IV trim 2010 / III trim 2012)
Kz milhões
(%)
4.000.000,00
74,00
72,79
72,66
3.500.000,00
72,00
71,27
3.000.000,00
2.500.000,00
2.000.000,00
71,81
69,18
70,00
69,67
68,00
68,29
66,00
1.500.000,00
65,57
64,00
1.000.000,00
62,00
500.000,00
0,00
60,00
IV trim
10
Crédito à Economia
Fonte: BNA
I trim
11
II trim
11
Depósitos
III trim
11
IV trim
11
I trim
12
II trim
12
Rácio de Transformação (CE/DT)
III trim
12
Relatório de Inflação · III trimestre de 2012 · 29
Gráfico 34 - Evolução da Taxas de Juro dos Títulos (%)
(IV trim 2010 / III trim 2012)
16,00
14,00
12,00
10,00
8,00
6,00
4,00
2,00
0,00
IV trim/10
I trim/11
TBC 28d
s Taxas de juro activas representam a
A
média ponderada de todos os bancos do
sistema.
III trim/11 IV trim/11
TBC 63d
BT 182d
I trim/12
II trim/12
III trim/12
BT 91d
BT 364d
Gráfico 35 - Evolução das Taxas de Juro Activas do Crédito
ao Sector Empresarial – (I trim 2010 / III trim 2012)
30,00
25,00
20,00
15,00
10,00
5,00
Até 180 dias MN
De 181 dias a 1 ano MN
III trim/12
II trim/12
I trim/12
IV trim/11
III trim/11
II trim/11
I trim/11
IV trim/10
III trim/10
II trim/10
I trim/10
0,00
Mais de 1 ano MN
Fonte: BNA
Gráfico 36 - Evolução da Taxa de Juro Activa Crédito a Particulares
(I trim 2010 / III trim 2012)
30,00
25,00
20,00
15,00
10,00
5,00
Fonte: BNA
De 181 dias a 1 ano MN
Mais de 1 ano MN
III trim/12
II trim/12
I trim/12
IV trim/11
III trim/11
II trim/11
I trim/11
IV trim/10
III trim/10
II trim/10
0,00
Até 180 dias MN
8
II trim/11
Fonte: BNA
Obs: As taxas de juros das maturidades de 182 e 364 dias referem-se aos BT's
I trim/10
Taxas de Juro
No terceiro trimestre de 2012, registou-se um aumento na generalidade
das taxas de juro dos títulos públicos,
com excepção da maturidade a 91
dias. Por conseguinte, a taxa dos
Títulos do Banco Central (TBC) de
63 foi de 3,76%, mais 0,55 p.p. face ao
trimestre anterior e menos 1,83 p.p.
em relação ao terceiro trimestre de
2011; enquanto as taxas dos Bilhetes
do Tesouro (BT) de 91, 182 e 364 dias
foram de 3,02%, 3,74% e 4,24%, com
crescimentos de 0,27p.p., 0.17p.p. e
0,56p.p., respectivamente. Porém,
esse ritmo de crescimento não alterou
a tendência decrescente verificada ao
longo do ano (Gráfico 34).
No trimestre em análise as taxas de
juro activas médias reduziram na
maioria dos prazos. A taxa de juro do
crédito a particulares na maturidade
de 181 dias a 1 ano, após redução
significativa no trimestre anterior, foi
a única a registar um aumento, no
terceiro trimestre de 2012.
No gráfico 35 observa-se que, no
terceiro trimestre de 2012, as taxas de
juro activas médias(8) nas maturidades
de 180 dias, 181 dias até 1 ano, e acima de 1 ano, situaram-se em 15,60%,
15,90% e 11,09%, respectivamente.
As mesmas situaram-se em 17,06%,
17,51% e 18,48%, respectivamente
no segundo trimestre do mesmo ano.
Estas taxas sofreram uma redução de
1,46 p.p. para a maturidade até 180
dias MN, 1,61 p.p. para a maturidade
de mais de 1 ano MN e 7,39 p.p. na
maturidade de 181 dias até 1 ano, em
relação ao segundo trimestre de 2012.
Em relação ao período homólogo de
2011, registou-se uma redução de 1,97
p.p. para a maturidade até 180 dias
MN e 5,69 para a maturidade mais
de 1 ano e um aumento de 0,83 p.p.
para a maturidade de 181 dias a 1 ano.
Numa análise de 12 meses, observou-se uma diminuição de 1,39 p.p., 3,15
p.p. e 6,97p.p. para a maturidade de
180 dias MN, 181 dias a 1 ano MN e
mais de 1 ano, respectivamente.
Por sua vez, as taxas de juro do
Crédito a Particulares até 180 dias, de
181 dias até 1 ano, e mais de 1 ano,
situaram-se em 16,00%, 14,25% e
11,12%, respectivamente, no segundo
trimestre de 2012.
30
Agregados Monetários
Meios de Pagamento
De acordo com as contas monetárias, o M3 registou uma expansão de 1,26%, durante
o terceiro trimestre de 2012, em consequência da expansão do M2 (1,83%), apesar
da contracção verificada nos Outros Instrumentos Financeiros em 22,03%.
A expansão de 1,83% observada na componente M2, durante o terceiro trimestre de
2012, foi reflexo do aumento na sua componente M1, na ordem de 8,12%.
O crescimento do M1, por sua vez, foi influenciado pelo crescimento dos Depósitos
à Ordem em cerca de 8,06% e das Notas e Moedas em Circulação, na ordem dos
11,29%, durante o período em análise. No período homólogo de 2011, o M3, o M2 e o
M1 expandiram-se em 5,37%, 8,91% e 8,45%, respectivamente.
Gráfico 37 - Análise dos Fluxos do M3 e dos Instrumentos Financeiros
(Jan 2011 / Set 2012)
300.000,00
250.000,00
200.000,00
150.000,00
100.000,00
50.000,00
0,00
-50.000,00
-100.000,00
Variação Mensal do M3
Variação Mensal
O. I. Financeiros
BTs / Ots
TBC
Fonte: BNA
Obs: os valores são expressos em Kz milhões
O M3 em Moeda Nacional, M3 (MN), registou, no terceiro trimestre de 2012, uma
expansão de 5,01% face ao trimestre anterior. Quanto ao período homólogo de 2011,
este indicador registou uma expansão de 3,94%. Nos últimos doze meses, este agregado registou um crescimento acumulado de 27,23%.
Este aumento trimestral do M3 (MN) é explicado, não somente pela expansão das
Notas e Moedas em Circulação de 11,29% (no terceiro trimestre), mas também pela
expansão dos Depósitos à Ordem em MN (4,45%, igualmente no terceiro trimestre
do ano em curso).
Atendendo ao facto de nos últimos doze meses os Empréstimos e Acordos de
Recompra em MN terem registado uma contracção de 56,63%, o crescimento do
M3 (MN) neste período foi explicado pela expansão dos Depósitos à Ordem em MN
(12,21%) e dos Depósitos a Prazo em MN (55,73%).
O M2 (MN) observou uma expansão de 3,93%, no terceiro trimestre de 2012, inferior
à expansão de 10,54%, registada no terceiro trimestre de 2011. Em relação aos
últimos doze meses, este agregado registou um crescimento de 30,08%, influenciado
pelo crescimento do M1 (MN) neste período (14,00%) e dos Depósitos a Prazo em
MN (55,73%).
O M1 (MN), por sua vez, registou um crescimento trimestral de 5,82%, fortemente
influenciado pela expansão de 11,29% observada nas Notas e Moedas em Circulação.
Tabela 13 - Comportamento dos Agregados Monetários em MN
(I trim 2011 / 2012)
I
trim 11
II
trim 11
Variações trimestrais
III
IV
I
trim 11 trim 11 trim 12
II
trim 12
III
trim 12
M3 (MN)
-1,14%
13,56%
3,94%
14,92%
-4,98%
10,95%
5,01%
M2 (MN)
-4,76%
11,23%
10,54%
14,44%
-0,58%
10,02%
3,93%
M1 (MN)
-9,78%
13,72%
8,28%
15,87%
-15,82%
10,45%
5,82%
Fonte: DES / BNA
Set/12
Ago/12
Jul/12
Jun/12
Mai/12
Abr/12
Mar/12
Fev/12
Jan/12
Dez/11
Nov/11
Out/11
Set/11
Ago/11
Jul/11
Jun/11
Mai/11
Abr/11
Mar/11
Fev/11
Jan/11
-150.000,00
Relatório de Inflação · III trimestre de 2012 · 31
Na generalidade, os agregados monetários em Moeda Nacional, M3, M2 e
M1 registaram um crescimento abaixo
do verificado no período anterior, no
qual a sua expansão foi de 10,95%,
10,02% e 10,45%, respectivamente.
Gráfico 38 - Comportamento dos Agregados Monetários em MN
(Dez 2010 / Set 2012)
2.500.000,00
2.000.000,00
1.500.000,00
1.000.000,00
Jul/12
Ago/12
Set/12
Jul/12
Ago/12
Set/12
Mai/12
Jun/12
Jun/12
Abr/12
Mar/12
Jan/12
Fev/12
Dez/11
Nov/11
Set/11
Out/11
Jul/11
M2 (MN)
Mai/12
M3 (MN)
Ago/11
Mai/11
Jun/11
Abr/11
Mar/11
Fev/11
Dez/10
0,00
Jan/11
500.000,00
M1 (MN)
Fonte: DES - BNA
Obs: os valores são expressos em Kz milhões
Gráfico 39 - Análise dos Depósitos Totais (MN e ME)
(Dez 2010 / Set 2012)
4.000.000,00
3.500.000,00
3.000.000,00
2.500.000,00
2.000.000,00
1.500.000,00
1.000.000,00
500.000,00
Abr/12
Mar/12
Fev/12
Jan/12
Dez/11
Nov/11
Set/11
Out/11
Jul/11
Ago/11
Jun/11
Mai/11
Abr/11
Mar/11
Jan/11
Fev/11
Dez/10
0,00
Depósitos Totais (MN+ME)
Fonte: DES - BNA
Gráfico 40 - Análise dos Depósitos em MN e ME
(IV trim 2010 / III trim 2012)
60,00%
2.000.000,00
55,15%
53,44%
1.800.000,00
54,13%
53,41%
52,91%
47,09%
1.600.000,00
46,56%
1.400.000,00
46,59%
45,87%
44,85%
51,90%
48,10%
50,59%
50,55%
50,00%
49,45%
49,41%
40,00%
1.200.000,00
30,00%
1.000.000,00
800.000,00
20,00%
600.000,00
400.000,00
10,00%
200.000,00
0,00%
Fonte: DES / BNA
Depósitos em ME
% Depósitos MN
2
III
tr
im
/1
2
II
tr
im
/1
2
rim
/1
1
It
IV
tr
im
/1
1
/1
im
tr
III
II
tr
im
/1
1
It
rim
/1
0
/1
im
tr
Depósitos em MN
1
0,00
IV
Depósitos
Os Depósitos Totais do sistema financeiro registaram uma expansão de
1,48%, no terceiro trimestre de 2012.
No mesmo período de 2011, os Depósitos Totais tinham crescido 8,84%.
Em relação aos últimos doze meses, os
Depósitos Totais cresceram 18,86%.
No trimestre em análise o crescimento observado nos Depósitos Totais
é reflexo do incremento de 8,06%
registado nos Depósitos à Ordem.
% Depósitos ME
32
Depósitos Totais em Moeda Nacional (MN)
Conforme ilustra o gráfico 40, os Depósitos Totais em MN mostram, no terceiro
trimestre de 2012, a reversão da tendência histórica do peso dos depósitos em ME.
Neste trimestre os depósitos em MN constituem 50,59% dos depósitos totais.
Durante o terceiro trimestre de 2012, os depósitos em MN cresceram 1,55% comparativamente ao trimestre anterior. No mesmo período de 2011, estes depósitos
cresceram 10,56%. Nos últimos doze meses, observou-se um crescimento de 29,05%.
Depósitos Totais em Moeda Estrangeira (ME)
Os Depósitos Totais em ME registaram uma expansão de 1,41% no trimestre em análise. No terceiro trimestre de 2011 estes depósitos expandiram 7,38%. Em relação
aos últimos doze meses registou-se um crescimento de 9,96%.
Gráfico 41 - Análise dos Depósitos por moedas (IV trim 2010 / III trim 2012)
4.00.000,00
3.50.000,00
3.00.000,00
2.50.000,00
2.00.000,00
1.50.000,00
1.580.712,06
7,38%
1.744.849,50
10,38%
1.701.749,35
-2,47%
1.714.052,05
0,72%
1.738.148,42
1,41%
1.247.377,70
10,84%
1.379.079,55
10,56%
1.552.624,18
12,58%
1.576.835,30
1,56%
1.752.481,62
11,14%
1.779.719.,72
1,55%
II trim/11
III trim/11
IV trim/11
I trim/12
II trim/12
III trim/12
1.311.849,25
-0,63%
1.383.694,43
5,84%
1.472.075,78
6,39%
1.142.730,83
15,63%
1.125.421,68
-1,51%
I trim/11
1.00.000,00
500.000,00
0,00
IV trim/10
Depósitos Total MN
Depósitos Total ME
Fonte: DES_BNA
Depósitos à Ordem
Os Depósitos à Ordem em MN tiveram um crescimento trimestral de 4,45%, sendo
que os Depósitos à Ordem em Moeda Estrangeira expandiram em 12,35%, no mesmo
período.
Relativamente ao período homólogo, a componente dos Depósitos à Ordem em MN
expandiu 7,90% e a componente dos Depósitos em ME seguiu uma tendência expansionista, na ordem de 8,66%.
No cômputo geral, os Depósitos à Ordem (MN+ME) tiveram um crescimento de
cerca de 8,06%, no terceiro trimestre de 2012, e uma expansão de cerca de 8,27%,
no mesmo período de 2011. Em termos dos últimos doze meses, observou-se um
aumento de 9,15%.
Depósitos a Prazo
Por seu turno, os Depósitos a Prazo registaram uma contracção de cerca de 4,66%,
no trimestre em análise, e uma expansão de 9,57%, no terceiro trimestre de 2011.
Nos últimos doze meses, observou-se uma expansão de cerca de 31,18%.
A componente dos Depósitos a Prazo em MN registou uma contracção de 1,56% face
ao trimestre anterior, e em igual período de 2011 verificou-se um crescimento de
15,05%. A componente dos Depósitos a Prazo em ME, no terceiro trimestre de 2012,
registou um decréscimo de 5,04%, tendo apresentado uma expansão de 6,98% no
terceiro trimestre de 2011.
No trimestre em análise verificou-se um aumento dos Depósitos à Ordem e uma
contracção dos Depósitos a Prazo. Os Depósitos em ME registaram um crescimento
menor comparativamente ao observado nos Depósitos em MN.
Relatório de Inflação · III trimestre de 2012 · 33
Gráfico 42 - Evolução dos Depósitos à Ordem e a Prazo (IV trim 2010 / III trim 2012)
4.00.000,00
3.50.000,00
3.00.000,00
1.303.739,43
9,57%
1.355.664,34
3,98%
1.687.927,75
24,51%
1.793.767,36
6,27%
1.710.230,16
-4,66%
1.529.568,49
3,63%
1.656.052,18
8,27%
1.941.809,34
17,26%
1.590.656,90
-18,08%
1.672.766,31
5,16%
1.807.637,98
8,06%
II trim/11
III trim/11
IV trim/11
I trim/12
II trim/12
III trim/12
2.50.000,00
2.00.000,00
1.50.000,00
926.117,64
16,28%
1.033.113,92
11,55%
1.189.884,99
15,17%
1.528.462,45
1,09%
1.476.002,18
-3,43%
IV trim/10
I trim/11
1.00.000,00
500.000,00
0,00
Depósitos à Ordem (MN+ME)
Depósitos a Prazo (MN+ME)
Fonte: BNA
Base Monetária
Como ilustra a Tabela 14, a Base Monetária Ampla registou uma expansão
de 4,32% no terceiro trimestre de
2012, sendo que a sua componente em
MN registou igualmente uma expansão relativamente superior (7,24%, no
mesmo período).
A Reserva Bancária, por sua vez,
também aumentou, tendo as respectivas rúbricas denominadas em MN registado uma expansão de 4,73%, e as
denominadas em ME contraído 2,27%.
Este comportamento é consequência
do aumento significativo dos depósitos
em moeda nacional.
Tabela 14 - Comportamento da Base Monetária em 2011 e 2012
(Milhões de Kwanzas)
I
II
III
IV
I
II
III
trim 11 trim 11 trim 11 trim 11 trim 12 trim 12 trim 12
0,37% -3,13% 0,30% 23,30% -10,32% 5,43% 4,32%
BM Ampla
BM (MN)
-5,50%
-8,50%
-0,12%
29,87%
-14,97%
6,91%
7,24%
Reserva Bancária
MN
-3,16% -11,48%
-4,11%
27,02%
-12,33%
9,13%
4,73%
Reserva Bancária
ME
20,20%
1,23%
9,10%
1,61%
2,24%
-2,27%
11,11%
Fonte: DES/BNA
Gráfico 43 - Comportamento da Base Monetária
(Dez 2010 / Set 2012)
1.200.000,00
1.000.000,00
800.000,00
600.000,00
400.000,00
200.000,00
Base Monetária Ampla
Fonte: DES / BNA
Obs: Os dados são expressos em Kz milhões
Depósitos MN
Depósitos ME
Set/11
Jul/11
Ago/11
Mai/12
Jun/12
Abr/12
Fev/12
Mar/12
Jan/12
Dez/11
Nov/11
Set/11
Base Monetária MN
Out/11
Jul/11
Ago/11
Mai/11
Jun/11
Abr/11
Mar/11
Jan/11
Fev/11
0,00
Dez/10
A Conta Única do Tesouro (CUT)
não foi um factor determinante na
expansão da BM em MN, uma vez
que, conforme mostra a tabela 15, no
terceiro trimestre de 2012 os seus fluxos foram contraccionistas na ordem
de Kz 39.833 milhões, e a BM (MN)
expandiu em Kz 45.654 milhões, no
mesmo período.
34
Tabela 15 - Factores Condicionantes da Base Monetária em MN (Jan12 / Set12)
Jan
12
Fev
12
Mar
12
I trim
12
CUT
-54 194
-1 346
74 105
18 564
Operações
Monetárias
-44 093 -47 756 -58 272 -150 121 -16 097
Operações
Cambiais
Rec/Pag.BNA
-462
58 068 -29 543
2 342
-2 386
1 826
Milhões de Kwanzas
Mai
Jun II trim
12
12
12
Abr
12
23 323 -30 343
Jul
12
Ago
12
Set III trim
12
12
Total
-6 091 -13 111 -25 369
20 954 -35 418 -39 833 -34 380
25 278
16 089
25 270
54 978
12 328
20 664
87 969 -36 883
28 063
31 759
-720
-714
30 325
-876
-874
-741
-2 491
55 898
1 782
1 506
3 226
2 235
6 967
3 988
1 955
1 417
7 360
16 109
Outras Contas
-1 701
1 998 -2 530
-2 233 -5 616 -2 388
-578 -8 582 -2 862 -2 578 -1 911 -7 351 -18 167
Base
Monetária
596 306 604 883 590 470 -103 945 625 344 620 398 631 258 40 869 661 196 692 981 676 992 45 654 -17 422
MN
Fonte: Mapa de Factores Condicionantes da Base Monetária e Balanço do BNA
No trimestre em análise as operações monetárias do BNA foram expansionistas na
ordem de Kz 87.969 milhões. O efeito líquido expansionista das operações monetárias do BNA deveu-se principalmente aos resgates significativos dos Títulos do
Banco Central (TBC), acompanhada por operações de Facilidades Permanentes de
Liquidez Overnight, tendo as aplicações do excesso de liquidez por parte dos bancos
excedido os empréstimos overnight concedidos pelo BNA ao mercado. No terceiro
trimestre de 2012 o mercado primário e as operações de Facilidades Permanentes
de Liquidez Overnight registaram fluxos expansionistas de Kz 70.204 milhões e Kz
79.624 milhões, respectivamente.
Tabela 16 - Fluxos Monetários (Jan12 / Set12)
Jan
12
Fev
12
Mercado Primário -38 351
Mercado Aberto
Operações
Estruturais
Facilidade
Permanente
de Liquidez
Operações de
Redesconto
Efeito Líquido
dos Fluxos
Monetários
Mar
12
I trim
12
Abr
12
-9 999
9 363
-11 795
7 107
-3 289
-7 978
81 382
0
0
0
0
0
5 502 -13 001 -64 346
-71 845
2 142
551 -31 864
1
Milhões de Kwanzas
Mai
Jun II trim
12
12
12
-38 987 -43 972 -48 569 136 930
4 369 -46 477
0
44 390
Jul
12
Ago
12
92 139 -29 393
39 274 -81 216
Set III trim
12
12
7 458
12 118
7 239
70 204
Total
75 607
-61 859 -30 563
0
0
0
0
0
0
0
69 478 -74 365
-2 745
44 055
29 603
5 967
79 624
5 035
-31 312 -55 650
0
0
-55 650
0
0
0
0 -86 961
-44 093 -47 756 -58 272 -150 121 -16 097
25 278
16 089
25 270
54 978
12 328
20 664
87 969 -36 883
Fonte: Mapa de Factores Condicionantes da Base Monetária e Balanço do BNA
Em consequência da forte expansão das operações monetárias do BNA, a BM em MN
observou uma expansão de 7,24% durante o terceiro trimestre de 2012, tendo o seu
stock passado de Kz 631.258,28 milhões, no segundo trimestre, para Kz 676.992,01
milhões, no terceiro trimestre.
Relatório de Inflação · III trimestre de 2012 · 35
Multiplicador Monetário
No terceiro trimestre de 2012 o multiplicador monetário foi de 3,56, quando
no segundo trimestre do mesmo ano
foi de 3,42. Este aumento resulta do
crescimento do agregado monetário
M3 em 1,26%, e da contracção da Reserva Monetária de 2,49%, no mesmo
período, o que permite inferir uma
maior criação de moeda pelo sistema
bancário por unidade de moeda oferecida pelo BNA.
Gráfico 44 - Comportamento do Multiplicador Monetário
(IV trim 2010 / III trim 2012)
5,00
4.000.000,00
4,50
3.500.000,00
4,00
3.000.000,00
3,50
2.500.000,00
3,00
2,50
2.000.000,00
2,00
1.500.000,00
1,50
1.000.000,00
1,00
RM
Multiplicador monetário
Sector Real
Produto Interno Bruto
O PIB estimado para 2011 foi revisto e foi efectuada uma previsão do PIB para 2012.
Assim, em 2011 estima-se que o PIB tenha crescido 3,9%, tendo o crescimento do
PIB não petrolífero sido de 9,7% e o do PIB petrolífero de 5,5%. Para 2012, projecta-se um crescimento do PIB de 8,8% em termos reais, ligeiramente inferior à previsão
anterior, que apontava para um crescimento superior (8,9%).
Todavia é uma projecção muito superior ao crescimento verificado no ano de 2011.
A revisão em baixa foi influenciada por um menor crescimento esperado para o PIB
não petrolífero (9%), mais concretamente para os sectores da Agricultura, Construção e Serviços Mercantis.
Produto Interno Bruto por Sectores
Indústria Petrolífera
No terceiro trimestre do ano em curso, a Indústria Petrolífera foi caracterizada por
uma redução na produção de petróleo de 1,87% em relação ao trimestre anterior e
2,13% em relação ao período homólogo. A produção total no trimestre foi de 152,22
milhões de barris, o que corresponde a uma média de 1,69 milhões de barris dias
durante os três meses do trimestre.
Gráfico 45 - Comportamento da Produção e Preço do Petróleo
(I trim 2010 / III trim 2012)
(Milhões de barris / trim)
(em USD)
140,000
120,000
100,000
80,000
60,000
40,000
20,000
Produção Petrolífera
Fonte: MINPET (Ministério dos Petróleos)
III trim /12
II trim /12
I trim /12
IV trim /11
III trim /11
II trim /11
I trim /11
IV trim /10
III trim /10
II trim /10
0,000
I trim /10
180,000
160,000
140,000
120,000
100,000
80,000
60,000
40,000
20,000
0,000
Preço Médio das Ramas Angolanas ($bbl)
/1
2
III
tr
im
/1
2
II
tr
im
It
rim
IV
tr
im
/1
1
/1
1
III
tr
im
II
tr
im
It
rim
tr
im
IV
M3
Fonte: DES / BNA
Obs: Os dados são expressos em Kz milhões
/1
2
0,00
/1
1
0,00
/1
1
0,50
/1
0
500.000,00
36
Tabela 17 - Produção Petrolífera (2010 / 2012)
M barris/dia
2010
2011
I
trim
12
Milhões de Kwanzas
II
III
Jul Aug
trim trim
12
12
12
12
1,77
1,72
MINPET
1,76
1,66
OGE
1,75
1,60
1,69
1,68
1,81
Sep
12
OGE
12
1,58
1,84
Fonte: MINPET / OGE2012
Em termos acumulados, registou-se uma produção total de 467,02 milhões de barris,
correspondendo a uma produção média diária de 1,73 milhões de barris desde o
início do ano.
Destacam-se o desvio entre a produção real e as estimativas do OGE para 2012 pelo
crescimento pouco acelerado dos campos de produção “PazFlor” e “Grande Plutónio”, por se encontrarem em fase inicial de exploração não tendo atingido ainda
o auge da sua produção. Adicionalmente, a existência de campos de produção em
declínio, isto é, campos em fase de produtividade marginal decrescente terá contribuído para a queda de produção registada no terceiro trimestre(9).
A subida registada no preço do Brent no mercado internacional, produto de referência para as ramas angolanas, impulsionou o aumento do preço destas que passou de
uma média de 110,46 dólares por barril no segundo trimestre de 2012, para 112,17
no terceiro.
Indústria Diamantífera
No terceiro trimestre do ano de 2012 a produção de diamantes expandiu 8,08%
relativamente ao trimestre anterior. A maior produção do trimestre foi registada em
Setembro. Em termos acumulados registou-se um aumento da actividade do sector
superior ao do mesmo período de 2011 em 1,81%.
O crescimento da actividade no sector diamantífero tem sido volátil fruto do comportamento da procura pelo produto no mercado internacional, grandemente influenciada pelas incertezas políticas e o cepticismo dos mercados perante a solução da crise
na zona euro. Esse comportamento também se vê reflectido na evolução do preço
médio do quilate angolano. No terceiro trimestre de 2012, o preço médio por quilate
aumentou, impactando positivamente as receitas provenientes do sector.
' Produção Diamantífera
Gráfico 46 - Comportamento da
(I trim 2010 / III trim 2012)
2.500,000
250,000
2.000,000
200,000
1.500,000
150,000
1.000,000
100,000
50,000
500,00
0
Produção de diamantes (Mil Quilates)
Fonte: Ministério de Geologia e Minas
9
Fonte: Jornal Expansão 26 de Outubro 2012
Preço dos diamantes
III trim /12
II trim /12
I trim /12
IV trim /11
III trim /11
II trim /11
I trim /11
IV trim /10
III trim /10
II trim /10
I trim /10
0,000
Relatório de Inflação · III trimestre de 2012 · 37
Gráfico 47 - Comportamento da Produção de Cimento
(I trim 2010 / III trim 2012)
450,000
400,000
350,000
300,000
250,000
200,000
150,000
100,000
III trim /12
II trim /12
I trim /12
IV trim /11
III trim /11
II trim /11
I trim /11
IV trim /10
III trim /10
0,0
II trim /10
50,000
I trim /10
Indústria Cimenteira
No terceiro trimestre de 2012, como
se pode verificar no gráfico ao lado,
a produção de cimento registou um
aumento de 31,88%, passando de
299,905 mil toneladas no segundo
trimestre de 2012 para 395,511 mil
toneladas no terceiro trimestre.
Em termos acumulados registou-se
um aumento de 25,93%, tendo a produção do cimento passado de 821,18
mil toneladas no segundo trimestre
para 1.034,11 mil toneladas no terceiro trimestre um aumento de 25,93%.
Fonte: Min Plan/Nova Cimamgola/Secil Lobito
Obs: Os dados são expressos em mil toneladas /mês
Gráfico 48 - Comportamento da Distribuição de Energia
(I trim 2011 / III trim 2012)
1400,00
1200,00
1000,00
800,00
600,00
400,00
200,00
Fonte: ENE (Empresa Nacional de Electrricidade)
Obs: Os valores são expressos em (MWh)
Indicador de Clima Económico (II Trimestre)
Este capítulo pretende retractar a situação económica actual na óptica das expectativas dos agentes económicos, através do Indicador de Confiança calculado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Esse indicador mede a percepção dos empresários sobre o desempenho dos sectores da economia num determinado período que se
pretende de curto prazo, neste caso, trimestral. O referido indicador é calculado com
base numa recolha de dados através de um Inquérito de Conjuntura dos Sectores
da Industria Extractiva, Industria Transformadora, Construção, Comércio, Turismo
e Transportes nas províncias de Luanda, Benguela, Huila e Kwanza Sul, contínuo.
São alvo de inquérito, cerca de 80% das empresas do país localizadas nessas quatro
províncias e que empregam aproximadamente 53,50% dos trabalhadores. Uma vez
calculados esses indicadores, é feita a sua média, originando o Indicador de Clima
Económico.
10
Empresa Nacional de Electricidade
III trim /12
II trim /12
I trim /12
IV trim /11
III trim /11
II trim /11
0,00
I trim /11
IndÚstria Energética
A produção e distribuição de energia,
produto de um sector cujas infraestruturas estão em fase de reconstrução, tem sido heterogénea. Após um
crescimento assinalável no primeiro
trimestre de 2012, tem-se verificado
uma redução constante na distribuição
de energia. Segundo dados da ENE(10)
a distribuição nacional de energia
no terceiro trimestre foi de 1.043,46
Mwh, 11,56% abaixo da oferta do
segundo trimestre e 21,20% abaixo do
primeiro trimestre.
No entanto, em relação ao período
homólogo, registou-se um aumento na
distribuição de energia de 61,7%.
38
Gráfico 49 - Indicador do Clima Económico
(2010 / 2012)
30
25
25
20
20
10
10
10
10
It
rim
/1
2
10
tr
im
/1
1
15
10
10
5
5
II
tr
im
/1
2
IV
III
tr
im
/1
1
It
rim
/1
I
tr
im
/1
0
IV
III
tr
im
10
II
tr
im
/1
0
It
rim
/1
0
0
II
tr
im
/1
1
2
Média
ICE
Fonte: INE
De acordo com os dados disponibilizados pelo INE, o indicador de Clima Económico apresentou contínua estabilidade desde o período homólogo de 2011, tendo
permanecido abaixo da média da série. De um modo geral, os principais sectores da
actividade nacional tiveram um comportamento favorável durante o segundo trimestre no que respeita ao aumento de produção, à excepção da Industria extractiva e do
Comércio.
IndÚstria Transformadora
Segundo o Boletim do INE, apesar da conjuntura desfavorável do sector e da estabilidade em relação ao período anterior, a confiança dos empresários aumentou em
relação ao trimestre homólogo.
Este aumento foi fruto do comportamento favorável da variável “perspectiva de
produção”, que por sua vez esteve em linha com o aumento da produção actual da
Industria. Quanto às limitações nas actividades das empresas do sector, o número de
empresas a registar limitações foi maior quando comparado ao período homólogo.
Foram registados como principais constrangimentos a falta de água energia, mão-de-obra especializada e dificuldades financeiras. Adicionalmente, o elevado absentismo
do pessoal ao serviço, o excesso de burocracia e a falta de matéria-prima, também
limitaram a actividade das indústrias transformadoras.
Gráfico 50 - Indústria Transformadora
(2010 / 2012)
50
45
41
41
39
40
37
36
31
30
23
23
20
17
25
23
22
20
19
17
16
13
9
10
6
Actividade Actual
Fonte: INE
/1
im
tr
II
It
rim
/1
2
2
1
IV
tr
im
/1
1
/1
im
tr
III
II
tr
im
/1
/1
rim
It
im
tr
IV
Actividade Actual
1
I
0
/1
0
/1
im
tr
III
/1
im
tr
II
It
rim
/1
0
0
0
Relatório de Inflação · III trimestre de 2012 · 39
30
20
10
0
-10
-20
-30
-40
-50
-60
-70
18
16
5
4
-2
-6 -4
-10
-15
-15
-22
-24
-34
-35
-38
-46
-48
-47
-46
II
tr
im
/1
2
IV
It
rim
/1
2
tr
im
/1
1
III
tr
im
/1
1
II
tr
im
/1
1
IV
It
rim
/1
I
tr
im
/1
0
III
tr
im
/1
0
II
tr
im
/1
0
It
rim
/1
0
-61
Prespectiva de Actividade
Carteira de Encomenda Actual
Fonte: INE
Gráfico 52 - Comércio
(2010 / 2012)
50
40
40
47
44
44
44
41
40
41
41
37
30
20
12
11
10
10
9
6
5
0
0
-1
-1
Prespectiva de Actividade
/1
im
tr
II
It
rim
/1
2
2
1
/1
im
tr
IV
III
tr
im
/1
1
/1
im
tr
II
It
rim
/1
I
0
tr
im
/1
0
IV
tr
im
/1
0
III
II
tr
im
/1
0
/1
Actividade Actual
Fonte: INE
1
-7
-10
rim
Comércio
O indicador de confiança para o sector
do comércio decresceu, após uma
tendência crescente consecutiva nos
quatro trimestres de 2011, voltando
a posicionar-se abaixo da média da
série.
Quando comparado ao período homólogo, verifica-se uma evolução positiva
do indicador, associada ao aumento
da actividade actual. No segundo
trimestre de 2012, registou-se um
número maior de empresas comerciais
com constrangimentos na realização
da sua actividade, relativamente ao
período homólogo. As dificuldades
em encontrar pessoal com formação
apropriada, o excesso de burocracia e
regulamentações estatais, estiveram
entre os maiores constrangimentos.
Outras limitações para a actividade do
sector foram o elevado de absentismo
do pessoal ao serviço bem como uma
procura insuficiente.
Gráfico 51 - Construção
(2010 / 2012)
It
Construção
Apesar da conjuntura desfavorável, os
empresários deste sector continuam
a mostrar sinais de optimismo, tendo
a perspectiva de actividade para o
sector evoluído positivamente desde o
IV trimestre de 2010.
Associadas a esse optimismo estiveram as boas perspectivas de actividade e emprego para o II trimestre.
No que concerne as limitações da
actividade, verificou-se que no segundo trimestre de 2012 mais empresas
se ressentiram de maiores limitações à
sua actividade, comparativamente ao
período homólogo. Estiveram entre as
principais dificuldades a insuficiência
da procura e a obtenção de crédito
bancário. Adicionalmente, o aumento
de algumas taxas de juro e o elevado
absentismo da mão-de-obra limitaram
a actividade das empresas construtoras.
40
100
80
60
75
70
51
46
44
40
45
37
20
14
12
7
23
19
18
13
10
2
0
II
tr
im
/1
2
It
rim
/1
2
tr
im
/1
1
IV
III
tr
im
/1
1
II
tr
im
/1
1
It
rim
/1
I
tr
im
/1
0
IV
III
tr
im
/1
0
II
tr
im
/1
0
-10
It
rim
/1
0
-20
78
77
64
Prespectiva de Actividade
Actividade Actual
Fonte: INE
Gráfico 54 - Turismo
(2011 / 2012)
40
33
24
19
20
13
11
9
0
-20
-8
-15
-15
-20
-23
-27
Actividade da Empresa
Fonte: INE
Perspectiva da Empresa
/1
2
2
II
tr
im
/1
rim
im
tr
IV
It
/1
1
/1
1
im
tr
III
II
tr
im
/1
I
/1
1
-40
rim
Turismo
De um modo geral a conjuntura
económica no sector foi favorável,
pois o indicador de confiança manteve
a tendência ascendente do trimestre
anterior, situando-se acima da linha da
média da série.
Segundo a opinião dos empresários,
esta evolução foi devido ao aumento
da actividade das empresas e das boas
perspectivas em relação às mesmas.
No que respeita as limitações da
actividade no sector, a insuficiência da
procura, as dificuldades financeiras e
de pessoal com formação apropriada
estiveram entre os principais constrangimentos. Igualmente, o elevado
absentismo do pessoal ao serviço, o
excesso de burocracia e regulamentações estatais afectaram negativamente
o sector de turismo.
Gráfico 53 - Transportes
(2010 / 2012)
It
Transportes
Observou-se que para o trimestre
em análise o indicador de confiança
manteve a tendência ascendente do
período anterior, passando a situar-se acima da linha da média da série.
Com relação ao período homólogo
registou-se um aumento do indicador,
derivado do aumento da actividade e
pelas boas perspectivas em relação à
mesma. A conjuntura económica no
sector foi favorável. Contudo, assim
como nos outros sectores, as empresas transportadoras tiveram mais
limitações de actuação no II trimestre
de 2012, em relação ao período homólogo. Os principais constrangimentos
estiveram associados as dificuldades
financeiras, a concorrência, a falta de
pessoal qualificado, excesso de burocracia e regulamentações estatais.
Relatório de Inflação · III trimestre de 2012 · 41
Índice de Produção Industrial
(II Trimestre)
O Índice de Produção Industrial
evoluiu positivamente no segundo
trimestre de 2012 (0,81%), sendo as
Indústrias Transformadoras as que
mais se destacam, com uma variação
de 5,87%, das quais as Empresas Metalúrgicas (79,90%) apresentam maior
peso relativo. Em termos homólogos,
a variação foi de 7,01%, sendo a Indústria de Produção e Distribuição de
Electricidade, Gás e Água a que mais
variou, registando um aumento de
cerca de 18,64%, da qual a empresa
de tratamento de Água com a maior
variação de 52,05%.
Gráfico 55 - Indústria Extractiva
(2011 / 2012)
30
19
20
17
14
12
10
7
4
4
2
0
1
1
-6
-10
-20
Produção
II
tr
im
/1
2
It
rim
/1
2
tr
im
/1
1
IV
II
tr
im
/1
1
III
tr
im
/1
1
-29
-30
It
rim
/1
I
Indústria Extractiva
Na indústria em análise constatou-se que o indicador de confiança
manteve a tendência descendente do
trimestre anterior, tendo-se situado
abaixo da média da série. Registou-se
igualmente uma tendência negativa
face ao trimestre homólogo devido
ao comportamento pouco favorecido
de todas as variáveis que compõem o
indicador.
As maiores limitações registadas
foram a falta de mão-de-obra especializada e frequente avaria nos equipamentos mecânicos. Verificou-se ainda
que equipamentos insuficientes e o
elevado absentismo da mão-de-obra
limitaram a actividade das indústrias
extractivas.
Perspectiva de Produção
Fonte: INE
Tabela 18 – Índice de Produção Industrial
II Trimestre
Indústria Total
Indústrias Extractivas
Variação
Trimestral
0,81%
0,21%
Variação
Homóloga
7,01%
7,97%
Petróleo, Gás e Serviços
0,00%
8,08%
Diamantes
0,00%
2,50%
37,61%
5,87%
33,78%
0,24%
3,61%
Resto Indústrias Extrativas
Índústrias Transformadoras
Indústrias alimentares, Bebidas e Tabaco
-0,35%
Indústrias Alimentares
1,11%
6,50%
Indústrias das Bebidas e do Tabaco
-6,01%
-5,49%
Fabricação de Têxteis, Vestuário e Calçado
17,14%
-6,04%
Indústrias de Madeira
0,44%
5,09%
Fábric. Pastas de Papel, Edição Impressão
-0,07%
0,41%
Fábric. de Prod. Petrolíferos, Químicos e Outros
6,47%
-16,27%
Indústrias Metalúrgicas
79,90%
95,94%
Fábri. de Máquinas, Equipam. e Aparelhos
0,00%
-5,82%
-21,81%
0,90%
31,46%
18,64%
Fabricação de Mobiliário
Produção e Distrib. de Elect., Gás e Água
Electricidade, Gás, Vapor
0,00%
8,69%
Tratamento de Água
2,09%
52,05%
Fonte: INE
42
Glossário
Índice de Preços Grossista (IPG): corresponde à variação dos preços dos bens
produzidos no país, assim como os produtos importados comercializados internamente, nos primeiros níveis de transacção.
Política Fiscal: Também conhecida por Política Orçamental, é um ramo da política
económica que define o orçamento e seus componentes, os gastos públicos e impostos como variáveis de controlo para garantir e manter a estabilidade económica,
amortecendo as flutuações dos ciclos económicos e ajudando a manter uma economia crescente, o pleno emprego e a inflação baixa.
Política fiscal expansionista: implementada quando o objectivo é estimular a
procura agregada, especialmente quando a economia está a atravessar um período
de recessão e precisa de um “empurrão” para se expandir. Como resultado, temos a
tendência de défice do saldo fiscal e a tendência de aumento da inflação.
Política fiscal contraccionista: implementada quando o objectivo é reduzir a procura agregada, como, quando a economia está em um período de expansão excessiva
(super aquecimento económico) e há a necessidade de retracção económica, em
consequência da excessiva inflação que se constrói neste cenário.
Orçamento Geral de Estado: é o instrumento de gestão que contém a previsão
das receitas e despesas públicas.
Receita Pública (Receita Total do exercício): é o montante total em dinheiro
recolhido pelo Tesouro Nacional num determinado período, incorporado ao património do Estado, que serve para custear as despesas públicas e as necessidades de
investimentos públicos. A Receita Total do exercício compreende o somatório das
rubricas Receitas Correntes e Receitas de Capital.
Receitas Correntes: as receitas tributárias, patrimoniais, de serviços, industriais,
os saldos não comprometidos de exercícios anteriores e outras, bem como as transferências recebidas para realizar as despesas classificáveis como Despesas Correntes.
Receitas tributárias: toda a fonte de renda que deriva da arrecadação estatal de
tributos que são os Impostos, as Taxas, as Contribuições de Melhoria, os Empréstimos Compulsórios e as Contribuições Especiais.
Receitas Petrolíferas: São os valores estabelecidos e regulamentados por Lei,
entregues ao Tesouro pela Sonangol e Outras Companhias que actuam no sector
petrolífero.
Receitas não Petrolíferas: São os valores estabelecidos e regulamentados por Lei
entregues ao Tesouro, que advêm das actividades do sector não petrolífero.
Receitas de Capital: as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de operações de crédito, da conversão em espécie de bens e direitos, de saldos
não comprometidos de exercícios anteriores, bem como as transferências recebidas
para realizar despesas classificáveis como Despesas de Capital, e ainda, o «superavit»
do Orçamento Corrente.
Desembolsos de Financiamentos: As transferências recebidas que não constituem receitas correntes nem de capital e que não implicam contraprestações de bens
ou serviços e são oriundas da Administração Central, da Administração Local, de
pessoas singulares ou colectivas, públicas ou privadas, com ou sem fins lucrativos, do
interior ou do exterior do país, e das famílias.
Despesas Públicas (Despesa Total do exercício): é o conjunto de dispêndios
realizados pelo Governo durante um determinado período, para custear os serviços
públicos (despesas correntes) prestados à sociedade ou para a realização de investimentos (despesas de capital).
Relatório de Inflação · III trimestre de 2012 · 43
Despesas Correntes: as destinadas à manutenção ou operação de Serviços anteriormente criados, bem como as transferências realizadas com igual propósito. O
saldo das despesas correntes é constituído pelos saldos das rubricas: Despesas Com
o Pessoal, Despesas em Bens e Serviços, Transferências Correntes e Subsídios.
Despesa com o Pessoal: Neste agrupamento devem considerar-se todas as espécies de remunerações principais, de abonos acessórios e de compensações que,
necessariamente, requeiram processamento nominalmente individualizado e que, de
forma transitória ou permanente, sejam satisfeitos pelo Estado tanto aos seus funcionários e agentes como aos indivíduos que, embora não tendo essa qualidade, prestem
contudo, serviço ao Estado nos estritos termos de contractos a termo, em regime de
tarefa ou avença .
Despesas em bens e serviços: são as que asseguram a criação de utilidades, através da compra de bens e serviços pelo Estado.
Transferências Correntes: são os recursos financeiros auferidos sem qualquer
contrapartida, destinados ao financiamento de despesas correntes ou sem afectação
preestabelecida.
Subsídios: São os fluxos financeiros não reembolsáveis do Estado para a economia
(ou para os diversos sectores económicos), com o objectivo de influenciar níveis de
produção, preços ou remunerações dos factores de produção.
Despesas de Capital: São as destinadas à formação ou aquisição de activos permanentes, à amortização da dívida, à concessão de financiamentos ou à constituição
de reservas, bem como às transferências realizadas com igual propósito. O saldo das
despesas de capital é constituído pelo saldo das rubricas Investimentos Públicos,
Transferências de Capital, Aplicações em Activos Financeiros, Outras Despesas De
Capital.
Investimento Público: significa a aplicação de capital em meios de produção,
visando o aumento da capacidade produtiva (instalações, máquinas, transporte,
infra-estrutura) ou seja, em bens de capital.
Transferências de Capital: Neste agrupamento são contabilizadas as importâncias
a entregar a quaisquer organismos ou entidades (unidades orçamentais) para financiar despesas de capital, sem que tal implique, por parte das unidades orçamentais,
qualquer contraprestação directa.
Aplicações em Activos Financeiros: Neste agrupamento económico contabilizam-se as operações financeiras quer com a aquisição de títulos de crédito, incluindo
obrigações, acções, quotas e outras formas de participação, quer com a concessão de
empréstimos e adiantamentos ou subsídios reembolsáveis.
Outras despesas de Capital: Trata-se de um agrupamento económico com carácter residual.
Serviço da Dívida: Abrange as despesas destinadas ao pagamento dos encargos
e dos passivos financeiros. O saldo dessa rubrica é constituído pelo somatório dos
saldos das rubricas de Juro e de Amortização da dívida, interna e externa.
Saldos Fiscais: Refere-se à diferença entre as receitas e as despesas do Orçamento
Geral do estado (OGE).
Saldo Corrente: é dado pela diferença entre as receitas correntes e as despesas
correntes, ou seja, exclui do cálculo os gastos de capital e é comum ser usado como
medida da poupança pública.
Saldo Global Compromisso: Trata-se da diferença entre as receitas totais e as
despesas totais.
44
Crédito Líquido ao Governo: Reflecte o crédito concedido ao estado pelo sistema
bancário, líquido dos depósitos do Governo no BNA.
Saldo Primário: O “resultado primário” é definido pela diferença entre receitas e
despesas do Governo, excluindo-se da conta as receitas e despesas com juros. Caso essa
diferença seja positiva, tem-se um “superávit primário”; caso seja negativa, tem-se um
“déficit primário”. O “superávit primário” é uma indicação de quanto o Governo economizou ao longo de um período de tempo (um mês, um semestre, um ano) com vistas
ao pagamento de juros sobre a sua dívida. O saldo primário, é um conceito chave para
definir a solvência e a sustentabilidade fiscal.
Saldo Primário não petrolífero: trata-se de um indicador das contas do Governo,
que corresponde ao total das receitas excluindo as receitas petrolíferas que subtrai as
despesas toatais (expurgando os juros da dívida pública).
Rácio de Transformação: trata-se de um indicador das contas monetárias que resulta
da divisão do total dos créditos sobre o total dos depósitos.
Base Monetária: A Base Monetária representa as responsabilidades monetárias líquidas do Estado perante a sociedade e corresponde à soma de todas as notas e moedas
emitidas pelo Banco Central e colocadas à disposição do público e que podem estar sob
a forma de dinheiro na posse das famílias e das empresas ou sob a forma de reservas
bancárias.
Meios de Pagamento: são os meios através doas quais são efectuadas as transacções
monetárias. No caso da economia angolana os meios de pagamento são compostos pelos
agregados monetários M3 (M2 +Outros Instrumentos Financeiros), M2 (Me + Quase-Moeda ou Depósitos à Prazo) e M1 (Notas e Moedas em Poder do Público + Depósitos à
Ordem).
Multiplicador Monetário: indicador monetário que resulta da divisão do agregado
monetário M3, o agregado monetário mais amplo, pela reserva monetária. Este indicador
procura medir o efeito multiplicador associado à actividade bancária.
Índice Confiança: Calculado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), mede a
percepção dos empresários sobre o desempenho tendencial do respectivo sector de
actuação num período curto determinado.
Relatório de Inflação · III trimestre de 2012 · 45
Anexos
46
Anexos
ANEXO A
Ano Base 2001
2007
Classes de Despesas
GERAL
Índice Preços no Consumidor
Taxa de Inflação Mensal
Taxa de Inflação Acumulada
Taxa de inflação dos últimos 12 meses
ALIMENTAÇÃO E BEB. NÃO ALC
Índice Preços no Consumidor
Taxa de Inflação Mensal
Taxa de Inflação Acumulada
Taxa de Inflação Homóloga
BEBIDAS ALCOÓLICAS E TABACO
Índice Preços no Consumidor
Taxa de Inflação Mensal
Taxa de Inflação Acumulada
Taxa de Inflação Homóloga
VESTUÁRIO E CALÇADO
Índice Preços no Consumidor
Taxa de Inflação Mensal
Taxa de Inflação Acumulada
Taxa de Inflação Homóloga
HAB. ÁGUA, ELECT. E COMBUST.
Índice Preços no Consumidor
Taxa de Inflação Mensal
Taxa de Inflação Acumulada
Taxa de Inflação Homóloga
MOB.. EQUIP. DOMESTICOS E MAN
Índice Preços no Consumidor
Taxa de Inflação Mensal
Taxa de Inflação Acumulada
Taxa de Inflação Homóloga
SAÚDE
Índice Preços no Consumidor
Taxa de Inflação Mensal
Taxa de Inflação Acumulada
Taxa de Inflação Homóloga
TRANSPORTES
Índice Preços no Consumidor
Taxa de Inflação Mensal
Taxa de Inflação Acumulada
Taxa de Inflação Homóloga
COMUNICAÇÕES
Índice Preços no Consumidor
Taxa de Inflação Mensal
Taxa de Inflação Acumulada
Taxa de Inflação Homóloga
LAZER, RECREAÇÃO E CULTURA
Índice Preços no Consumidor
Taxa de inflação Mensal
Taxa de Inflação Acumulada
Taxa de Inflação Homóloga
EDUCAÇÃO
Índice Preços no Consumidor
Taxa de Inflação Mensal
Taxa de Inflação Acumulada
Taxa de Inflação Homóloga
HOTÉIS,CAFÉS E RESTAURANTES
Índice Preços no Consumidor
Taxa de Inflação Mensal
Taxa de Inflação Acumulada
Taxa de Inflação Homóloga
BENS E SERVIÇOS DIVERSOS
Índice Preços no Consumidor
Taxa de Inflação Mensal
Taxa de Inflação Acumulada
Taxa de Inflação Homóloga
2008
2009
2010
Set
Dez
Set
Dez
Set
Dez
Set
Dez
187,60
0,75%
7,67%
12,33%
194,77
1,91%
11,78%
11,78%
211,83
0,86%
8,75%
12,91%
220,45
1,78%
13,18%
13,18%
240,89
0,81%
9,27%
13,72%
251,29
2,16%
13,99%
13,99%
278,79
2,35%
10,94%
15,73%
289,77
1,65%
15,31%
15,31%
202,46
0,85%
8,87%
13,87%
212,93
2,15%
14,51%
14,51%
242,71
1,47%
13,99%
19,88%
255,73
2,09%
20,10%
20,10%
285,42
1,17%
11,61%
17,60%
300,95
2,76%
17,68%
17,68%
335,53
1,71%
11,49%
17,55%
349,99
1,77%
16,30%
16,30%
140,91
0,13%
3,60%
4,74%
141,29
0,03%
3,85%
3,89%
148,25
0,50%
4,92%
5,21%
151,85
0,83%
7,47%
7,47%
160,67
0,14%
5,81%
8,38%
166,70
2,33%
9,78%
9,78%
180,90
0,22%
8,52%
12,59%
187,16
1,11%
12,27%
12,27%
254,01
0,74%
12,35%
19,72%
262,57
1,11%
16,14%
16,14%
285,56
0,50%
8,75%
12,42%
295,53
1,38%
12,55%
12,55%
313,93
1,03%
6,23%
9,94%
320,69
0,94%
8,51%
8,51%
345,94
1,24%
7,87%
10,20%
351,74
0,77%
9,68%
9,68%
162,25
-0,04%
2,00%
5,47%
165,33
1,66%
3,94%
3,94%
164,38
0,14%
-0,57%
1,31%
166,95
0,98%
0,98%
0,98%
175,75
0,03%
5,28%
6,92%
176,41
-1,40%
5,67%
5,67%
188,40
1,04%
6,80%
7,20%
192,03
1,03%
8,85%
8,85%
152,35
0,92%
6,34%
8,27%
154,91
0,19%
7,98%
7,98%
159,92
0,06%
3,38%
4,97%
163,18
0,51%
5,34%
5,34%
168,72
0,40%
3,40%
5,50%
171,54
0,56%
5,12%
5,12%
182,91
1,43%
6,63%
8,41%
184,76
0,32%
7,71%
7,71%
127,93
0,83%
5,02%
6,81%
130,48
0,04%
7,11%
7,11%
135,50
0,08%
3,85%
5,92%
137,63
0,28%
5,48%
5,48%
140,93
1,32%
2,40%
4,01%
142,77
0,53%
3,73%
3,73%
150,98
0,72%
5,76%
7,13%
153,77
0,49%
7,71%
7,71%
245,95
0,04%
8,54%
19,50%
261,81
6,29%
15,54%
15,54%
272,31
0,00%
4,01%
10,72%
281,94
3,44%
7,69%
7,69%
317,02
0,02%
12,44%
16,42%
341,00
5,74%
20,95%
20,95%
404,51
11,65%
18,63%
27,60%
427,04
2,14%
25,23%
25,23%
98,69
0,00%
0,00%
0,00%
98,69
0,00%
0,00%
0,00%
98,69
0,00%
0,00%
0,00%
98,69
0,00%
0,00%
0,00%
98,69
0,00%
0,00%
0,00%
98,69
0,00%
0,00%
0,00%
98,69
0,00%
0,00%
0,00%
98,69
0,00%
0,00%
0,00%
211,72
1,44%
9,64%
14,67%
213,15
0,00%
10,38%
10,38%
209,98
0,01%
-1,49%
-0,82%
212,95
0,37%
-0,09%
-0,09%
216,84
0,02%
1,82%
3,27%
217,93
0,20%
2,34%
2,34%
235,57
0,80%
8,09%
8,64%
236,83
0,06%
8,67%
8,67%
132,73
0,00%
0,00%
0,00%
132,73
0,00%
0,00%
0,00%
132,73
0,00%
0,00%
0,00%
132,73
0,00%
0,00%
0,00%
133,95
0,92%
0,92%
0,92%
135,20
0,00%
1,86%
1,86%
138,18
0,00%
2,20%
3,15%
139,10
0,03%
2,89%
2,89%
158,30
2,52%
8,85%
10,42%
159,21
0,07%
9,48%
9,48%
169,02
0,33%
6,17%
6,77%
175,81
2,12%
10,43%
10,43%
199,16
0,56%
13,28%
17,83%
211,73
2,44%
20,44%
20,44%
245,07
1,80%
15,74%
23,05%
273,70
6,41%
29,27%
29,27%
137,77
1,63%
5,94%
6,53%
139,54
0,34%
7,29%
7,29%
144,27
0,17%
3,39%
4,72%
149,70
1,20%
7,29%
7,29%
155,73
0,17%
4,03%
7,94%
157,81
0,44%
5,41%
5,41%
174,69
1,12%
10,70%
12,18%
180,17
0,52%
14,17%
14,17%
Relatório de Inflação · III trimestre de 2012 · 47
2011
2012
Set
Dez
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
107,67
0,76%
7,67%
11,91%
111,38
1,73%
11,38%
11,38%
114,43
0,70%
2,74%
10,88%
115,17
0,65%
3,41%
10,51%
115,96
0,68%
4,11%
10,11%
116,72
0,66%
4,80%
10,02%
117,42
0,60%
5,42%
9,87%
118,06
0,55%
6,00%
9,65%
109,16
0,94%
9,16%
13,87%
114,01
2,44%
14,01%
14,01%
117,70
0,86%
3,23%
13,17%
118,75
0,90%
4,16%
12,65%
119,80
0,88%
5,08%
12,76%
120,88
0,90%
6,02%
12,65%
121,80
0,77%
6,84%
12,63%
122,67
0,71%
7,60%
12,38%
106,87
1,14%
6,87%
10,57%
110,70
1,52%
10,70%
10,70%
114,39
0,63%
3,33%
11,69%
115,02
0,54%
3,89%
11,15%
115,74
0,63%
4,55%
11,26%
116,46
0,62%
5,20%
11,59%
117,29
0,72%
5,95%
11,00%
117,62
0,28%
6,25%
10,06%
108,51
0,61%
8,51%
10,33%
113,03
2,11%
13,03%
13,03%
116,78
0,84%
3,32%
13,07%
117,67
0,76%
4,11%
12,65%
118,61
0,79%
4,93%
12,28%
119,31
0,60%
5,56%
12,09%
120,20
0,74%
6,34%
11,44%
120,94
0,62%
6,99%
11,45%
103,95
0,56%
3,95%
5,94%
105,44
0,59%
5,44%
5,44%
106,97
0,40%
1,46%
4,83%
107,07
0,09%
1,55%
4,04%
107,46
0,36%
1,92%
4,24%
107,81
0,33%
2,25%
4,38%
108,11
0,28%
2,54%
4,59%
108,41
0,28%
2,82%
4,30%
108,17
0,70%
8,17%
9,27%
111,65
1,29%
11,65%
11,65%
116,26
0,80%
4,13%
14,08%
117,22
0,82%
4,99%
13,81%
118,13
0,78%
5,81%
12,50%
118,85
0,61%
6,46%
12,42%
119,72
0,73%
7,23%
11,45%
120,31
0,49%
7,76%
11,22%
108,02
0,82%
8,03%
10,02%
111,28
1,24%
11,28%
11,28%
114,20
0,70%
2,62%
12,16%
114,66
0,41%
3,04%
11,97%
115,54
0,76%
3,83%
10,43%
116,19
0,57%
4,42%
9,45%
116,99
0,69%
5,13%
9,18%
117,71
0,61%
5,78%
8,96%
105,11
0,07%
5,11%
10,97%
106,57
0,82%
6,57%
6,57%
108,06
0,44%
1,39%
4,12%
108,37
0,29%
1,69%
4,36%
108,59
0,20%
1,89%
3,63%
108,84
0,23%
2,13%
3,86%
108,88
0,03%
2,16%
3,65%
109,29
0,38%
2,56%
3,98%
100,21
0,00%
0,21%
0,21%
100,28
0,00%
0,28%
0,28%
100,28
0,00%
0,00%
0,21%
100,28
0,00%
0,00%
0,14%
100,28
0,00%
0,00%
0,09%
100,28
0,00%
0,00%
0,09%
100,28
0,00%
0,00%
0,07%
100,28
0,00%
0,00%
0,07%
104,41
0,75%
4,41%
4,97%
107,02
1,10%
7,02%
7,02%
109,91
0,73%
2,69%
7,62%
110,49
0,53%
3,24%
8,00%
110,49
0,00%
3,24%
7,48%
111,06
0,51%
3,77%
7,54%
111,68
0,55%
4,35%
7,76%
112,02
0,31%
4,67%
7,29%
106,86
0,00%
6,86%
7,58%
106,86
0,00%
6,86%
6,86%
107,53
0,00%
0,63%
5,48%
107,54
0,00%
0,63%
5,49%
107,54
0,00%
0,63%
1,58%
107,54
0,00%
0,63%
1,40%
107,54
0,00%
0,63%
0,63%
107,54
0,00%
0,63%
0,63%
112,98
1,56%
12,98%
26,18%
117,86
1,89%
17,86%
17,86%
121,30
0,81%
2,92%
14,13%
122,16
0,71%
3,65%
14,15%
123,25
0,89%
4,57%
12,48%
124,18
0,75%
5,36%
12,28%
125,01
0,67%
6,06%
12,37%
125,81
0,64%
6,74%
11,35%
109,64
0,99%
9,64%
13,08%
115,42
2,08%
15,42%
15,42%
119,11
0,67%
3,20%
16,20%
120,02
0,76%
3,99%
16,08%
121,03
0,84%
4,86%
14,05%
121,90
0,72%
5,62%
13,33%
122,75
0,70%
6,35%
13,07%
123,44
0,56%
6,95%
12,58%
48
ANEXO B – Índice de Preços no Consumidor de Luanda (Base: Dez 2010=100)
Variação perentual
Índices
Mês
2010
2011
Mensal
2012
2010
2011
Acumulada
2012
2010
2011
Homóloga
2012
2010
2011
2012
Janeiro
87,41
100,63
112,19
0,80
0,63
0,73
0,80
0,63
0,73
13,83
15,13
11,48
Fevereiro
88,19
101,47
112,96
0,89
0,83
0,69
1,69
1,47
1,42
13,66
15,06
11,32
Março
89,12
102,27
113,64
1,05
0,78
0,60
2,76
2,27
2,03
13,80
14,76
11,12
Abril
90,03
103,21
114,43
1,03
0,92
0,70
3,82
3,21
2,74
13,73
14,63
10,88
Maio
90,98
104,22
115,17
1,06
0,98
0,65
4,91
4,22
3,41
13,85
14,54
10,51
Junho
91,91
105,31
115,96
1,02
1,05
0,68
5,98
5,31
4,11
13,74
14,58
10,11
Julho
92,96
106,09
116,72
1,14
0,75
0,66
7,19
6,09
4,80
13,70
14,13
10,02
Agosto
94,00
106,86
117,42
1,12
0,73
0,60
8,40
6,86
5,42
13,99
13,68
9,87
Setembro
96,21 107,67 118,06
2,35
0,76
0,55
10,94
7,67
6,00
15,73
11,91
9,65
Outubro
97,39
108,54
-
1,23
0,81
-
12,31
8,54
-
16,09
11,44
-
Novembro
98,38
109,48
-
1,01
0,86
-
13,44
9,48
-
15,89
11,28
-
Dezembro
100,00
111,38
-
1,65
1,73
-
15,31
11,38
-
15,31
11,38
-
Fonte: INE
Design gráfico e produção
Editando, Edição e Comunicação, Lda.
[email protected] • www.editando.pt
Av. 4 de Fevereiro nº 151, Luanda, Angola
Caixa Postal 1243
Telefone/Fax: (+244) 222 339 125
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Relatório de Inflação IIIº Trimestre