e-Portefólios
Os e-portefólios de aprendizagem e a mudança de prática
profissional do professor
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Os e-portefólios de aprendizagem e a mudança de prática profissional do professor
Sónia Alves e Samuel Branco – Março 2008
e-Portefólios
ferramenta de mudança
A adopção do portefólio como material pedagógico condiciona os processos
de ensino, de aprendizagem e de avaliação, pois:
• Determina uma nova concepção de aula: espaço de co-construção de
sentidos;
• Acarreta que as aprendizagens progridam a vários ritmos;
• Implica mobilizar as experiências, intuições e saberes dos alunos.
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Os e-portefólios de aprendizagem e a mudança de prática profissional do professor
Sónia Alves e Samuel Branco – Março 2008
e-Portefólios
ferramenta de mudança
• Determina uma nova concepção de aula, enquanto espaço em que as
aprendizagens e os sentidos que elas envolvem são co-construídos pela
acção colaborativa dos vários agentes envolvidos – professor e aluno(s) –,
um espaço em que o que se aprende predomina sobre o que se ensina;
• Acarreta que o progresso das aprendizagens não seja uniforme, mas se
decline em vários ritmos, de acordo com especificidades individuais;
• Implica que se mobilizem as experiências, intuições e saberes prévios
de cada aluno, quer na concretização das aprendizagens, quer na
superação das dificuldades detectadas.
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Os e-portefólios de aprendizagem e a mudança de prática profissional do professor
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e-Portefólio
narrativa pessoal em linguagens múltiplas
Um e-portefólio é, na sua essência, uma narrativa pessoal que
permite traduzir, em linguagens múltiplas, uma perspectiva
particular sobre:
• A auto-imagem do Eu;
• A realidade que o rodeia;
• A imagem que se possui do Outro;
• A imagem do Eu que se pressupõe nos outros;
• O(s) discurso(s) através dos quais se concretizam as
interacções e a variabilidade dos seus significados.
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e-Portefólio
como instrumento pedagógico
Implica que o professor proceda a:
• Uma planificação e organização rigorosas:
• Dos objectivos a atingir;
• Da tipologia desejável para o material a incluir;
• Dos critérios de avaliação a aplicar;
• Uma selecção cuidada e reflectida das tarefas que propõe;
• Uma revisão sistemática e regular dos trabalhos realizados.
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e-Portefólio
como instrumento pedagógico
O recurso a e-portefólios proporcionará ao professor:
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•
Um poderoso recurso para a implementação
metodologias pedagógicas individualizadas;
de
•
Um conhecimento e acompanhamento mais profundo do
percurso escolar do aluno e da evolução das suas
competências, nas diversas áreas disciplinares;
•
Um instrumento fiável para aferir os conteúdos
efectivamente apreendidos pelo aluno e a capacidade
deste os mobilizar em situações novas.
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e a mudança das práticas
O recurso a e-portefólios implicará que o professor:
•
Seja
co-responsável
pela
elaboração
do
portefólio,
colaborando com o aluno na (re)definição dos produtos que
o integram, dos objectivos que se pretende alcançar e da
implementação do processo de avaliação:
• Os professores do Conselho de Turma devem
apontar vias para que os alunos possam reflectir
sobre o seu percurso escolar e sobre os saberes e
as competências a adquirir e a desenvolver.
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e a mudança das práticas
O recurso a e-portefólios implicará que o professor:
•
Desenvolva uma acção eminentemente de supervisão e de
carácter regulador:
• Colaborando com o aluno na selecção do material
mais relevante;
• Comentando o material produzido e/ou
seleccionado autonomamente e sugerindo
reformulações;
• Validando/certificando o material produzido e/ou
seleccionado autonomamente.
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e a mudança das práticas
O recurso a e-portefólios implicará…
… que o professor deixe de ser o dinamizador principal e avaliador
exclusivo do trabalho dos alunos e das competências adquiridas,
… passando a partilhar esse papel com colegas de outras áreas
disciplinares, com os próprios alunos e com as famílias.
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e a mudança das práticas
•
Professores de diversas áreas disciplinares emitem comentários
globais ao e-portefólio, com frequência parametrizável, e
procedem, no final do período previsto para a sua elaboração,
a uma apreciação global do trabalho;
•
Outros agentes formativos do aluno, bem como os seus pares,
participam na avaliação do e-portefólio pelas suas reacções,
comentários e sugestões de reformulação.
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e a mudança das práticas
Tomando como ponto de partida este processo interactivo
participado, evidenciam-se as áreas do não saber, o que permitirá
aos intervenientes – formador(es) e formando – (re)configurar
procedimentos específicos que visem:
• Colmatar lacunas;
• Corrigir erros;
• Clarificar ambiguidades;
• Reorientar percursos.
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Bibliografia
Apresentações
 Centro de Competências em TIC da ESE de Santarém. Caderno de Encargos – e-Portefólio: proposta
de especificações. Santarém.
 Centro de Competências em TIC da ESE de Santarém. e-Portefólio. Santarém.
Analíticos
 Portfolios: para uma avaliação mais autêntica, mais participada e mais reflexica. In: “Pensar
avaliação, melhorar a aprendizagem”/IIE. Lisboa: IIE. 1994.
 Chaves, I. 2004. Entrevista: Discutindo sobre portfólios nos processos de formação. Jornal: Olhar de
Professor, Pedro Grossa.
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