UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
AVM FACULDADE INTEGRADA
VASECTOMIA NO PLANEJAMENTO FAMILIAR:
SEXUALIDADE MASCULINA PÓS-CIRURGIA
Por: Amanda Fatima da Silva Neto
Prof.ª Orientadora: MS. Fabiane Muniz
Maricá
2015
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
AVM FACULDADE INTEGRADA
VASECTOMIA NO PLANEJAMENTO FAMILIAR:
SEXUALIDADE MASCULINA PÓS-CIRURGIA
Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do
Mestre – Universidade Candido Mendes como
requisito
parcial
para
obtenção
especialista em Sexualidade Humana.
Por: Amanda Fatima da Silva Neto
do
grau
de
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, meu primeiro, maior
e eterno amor. Ele quem criou todas as
coisas, é o único conhecedor do
coração e da essência de cada ser. Por
isso
entende
desejos.
É,
as
necessidades
portanto,
o
dono
e
da
sexualidade humana.
Agradeço a Claudia, minha irmã do
coração e Presente de Deus. Obrigada
pelo incentivo, por acreditar em mim,
pelos
ensinamentos
força de sempre.
transmitidos
e
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a Deus, pois sem
Ele eu não estaria aqui, aos professores
do IAVM e também às pessoas que
procuram
solução
para
relacionados à sexualidade.
problemas
RESUMO
Esta pesquisa tem como objetivos fazer uma análise da sexualidade masculina
de clientes cadastrados no planejamento familiar, que escolheram fazer a
vasectomia como método contraceptivo. Por meio de questionários distribuídos
a dez homens vasectomizados, objetivou-se analisar se o desejo sexual
aumentou após o homem ser submetido ao procedimento de vasectomia,
observar se os homens se preocuparam com a prevenção das doenças
sexualmente transmissíveis e também verificar qual o nível de importância do
sexo para esses homens, nosso objeto de estudo. A pesquisa deu ênfase ao
estudo da sexualidade masculina e à visão cultural do conceito de vasectomia,
que é um método contraceptivo simples e parte do planejamento familiar.
Procurou-se analisar também as respostas da pesquisa de campo, dos dez
clientes submetidos ao procedimento cirúrgico. Chegando-se então a
conclusão de que a vasectomia não prejudica a sexualidade masculina, sendo,
portanto, de grande importância sua divulgação e estímulo a fim de diminuir
conceitos preconceituosos em relação ao método.
Palavras-chave: sexualidade, planejamento familiar, vasectomia, desejo
METODOLOGIA
O presente estudo foi desenvolvido por meio das pesquisas bibliográfica,
web gráfica e de campo. Autores foram pesquisados, a fim de esclarecer e
elucidar conceitos. Segundo Malheiros (2007), a pesquisa bibliográfica levanta
o conhecimento disponível na área, identificando as teorias produzidas,
analisando-as e avaliando sua contribuição para compreender ou explicar o
problema objeto da investigação. Na pesquisa de campo, o instrumento
utilizado para a realização foi um questionário composto de dez questões e
destinado a homens vasectomizados, de diversos tipos de religião, idade e
número de filhos, que fizeram parte do planejamento familiar no município de
Maricá, cidade do Rio de janeiro. Foram aplicados dez questionários: um para
cada homem que escolheu a vasectomia como método contraceptivo. A
aplicação dos mesmos foi realizada pela própria autora, em dias e horários
combinados entre ela e os clientes nos meses dezembro de 2014 e janeiro de
2015, período de duração da pesquisa. Alguns o responderam pessoalmente.
Neste caso, ao terminar de preencher, o cliente dobrava a folha e a colocava
dentro de um envelope grande, onde estavam os demais questionários
respondidos e dobrados. Outros, por motivo de trabalho, preferiram fazê-lo por
e mail. Ao final da coleta desses dados, houve a avaliação de algumas
especificações, tais como o desejo sexual após a vasectomia, o uso de
camisinha para a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e o nível
de importância que os homens estabeleceram ao sexo, diante de opções
apresentadas. A identidade dos clientes foi preservada.
Os nomes dos principais autores e teóricos que foram utilizados para a
realização deste trabalho foram as Apostilas IAVM (2014), Ana Paula Goulart
Ribeiro (1995) e Halbe (1993).
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
07
CAPÍTULO I - Sexualidade Masculina
09
CAPÍTULO II - Vasectomia
18
CAPÍTULO III – Sexualidade Masculina Após a Vasectomia: Uma Pesquisa de
Campo
30
CONCLUSÃO
37
BIBLIOGRAFIA
39
WEBGRAFIA
41
ANEXOS
44
7
INTRODUÇÃO
O tema desta monografia é Vasectomia no Planejamento Familiar:
Sexualidade Masculina Pós-Cirurgia. Pretendeu-se estudar a questão central
deste trabalho (se os homens tiveram aumento do desejo sexual após o
procedimento de vasectomia). Percebe-se a importância da pesquisa e sua
fundamental relevância, pois se objetivou contribuir para a diminuição de tipos
semelhantes de discursos preconceituosos e assim diminuir atitudes que
venham prejudicar a escolha dos homens pelo método contraceptivo
denominado vasectomia; demonstrar aos pacientes/clientes, aos estudiosos de
sexualidade e outras áreas, como funciona a sexualidade masculina e o que é
o procedimento denominado vasectomia, baseado na Lei 9263/96, do
Planejamento familiar.
Por meio de estudo de campo, utilizaram-se questionários a fim de
observar se o desejo sexual dos homens aumentou após a realização da
vasectomia, visto que as chances de reprodução pós-procedimento é de
apenas 0,2 % e consequentemente a preocupação com a reprodução diminui.
Além disso, observou-se também se os homens utilizam preservativos para
prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e qual a importância que o
homem dá ao sexo.
Vimos na mídia apenas informações machistas e preconceituosas que
subjugam a mulher e vangloriam o homem. Pouco se fala sobre a importância
de escolhas como a vasectomia, por exemplo. Ser “macho” significa ter mais
de uma parceira e uma vida sexual ativa. No momento em que o homem
acredita no censo comum, no mito de que a vasectomia prejudica a
masculinidade, ou até mesmo pela falta de informações em relação ao assunto,
pode-se levar a mulher a escolher a laqueadura tubária, conhecida
popularmente como ligadura de trompas, que é um método contraceptivo com
mais riscos. A vasectomia é a esterilização cirúrgica, onde os canais
deferentes, local por onde passam os espermatozoides, são cortados e
amarrados. Após o procedimento, que dura cerca de meia hora, o homem volta
para casa, necessitando de três a cinco dias de repouso e continuará com
8
desejo sexual, ereção e ejaculação. Simples e rápida, pode ser feita em
ambulatório e com anestesia local. Como método contraceptivo definitivo para
a mulher, há a laqueadura tubária. Neste caso, além de ser uma cirurgia com
riscos,
são
necessários
aproximadamente
dois
dias
de
internação,
raquianestesia (anestesia onde a agulha é introduzida na coluna) e cerca de
quarenta dias de repouso se associada à cesariana ou quinze dias se realizada
isoladamente, de acordo com a Lei 9263/96, do Planejamento familiar.
A jornalista Maria Lacerda de Moura é considerada uma das primeiras
feministas do Brasil. Ela é um exemplo fidedigno a se destacar, devido a sua
coragem e ousadia no início do século XX. Cumpriu mais do que um papel
político, foi transformadora. Impactou o seu tempo mais do que uma feminista,
pois foi educadora. Ela acreditou que poderia naquele momento, mudar
realidades e reescrever a história de muitas mulheres. Com esta pesquisa
espera-se também lutar contra ideais machistas que venham dificultar a vida
das mulheres e diminuir atitudes que venham prejudicar a escolha do método
para o homem e sim, incentivá-lo. Há fatores sociais, psicológicos e biológicos
que podem interferir e causar disfunção sexual masculina. Como exemplo de
fator biológico está a deficiência do hormônio denominado testosterona,
responsável pelo impulso sexual. A carência deste hormônio no homem pode
prejudicar a ereção masculina. Nota-se então que, a ereção pode ser
dificultada por outros fatores e não pela vasectomia, pois este procedimento
não interfere na vascularização e nas fases da resposta sexual. Apenas
impedirá que os espermatozoides passem pelo ducto, misturem-se ao sêmen
e, na ejaculação, encontrem os óvulos, formando assim uma ou mais vidas.
Desta forma, este estudo foi dividido em três capítulos. No primeiro
pretendeu-se analisar a sexualidade masculina e sua questão cultural. No
segundo capítulo, por sua vez, explicou-se o que é o método contraceptivo
vasectomia e como ele é realizado e por fim, no último capítulo, por meio de
pesquisa de campo, procurou-se observar os dez questionários respondidos
por dez clientes que escolheram a vasectomia como método contraceptivo e
que, de acordo com a Lei 9263/96, do Planejamento familiar, foram submetidos
a ela.
9
CAPÍTULO I
SEXUALIDADE MASCULINA
Este primeiro capítulo tem como objetivo falar sobre a sexualidade
masculina. Para dar início a este assunto, falaremos sobre a influência da
transmissão de ideais machistas e preconceituosos.
Nota-se que o conteúdo disponibilizado pela mídia valoriza o homem e
coloca a mulher em posição inferiorizada. Como exemplo, o uso de pequenas
roupas para o gênero feminino em programas populares e palavras machistas
em novelas, sendo que nada é feito para combater essas ideias. Tal situação
pode incentivar ainda mais as práticas e as repetições desses ideais
transmitidos. Ana Paula Goulart Ribeiro (1995) ao falar sobre a importância dos
discursos transmitidos culturalmente cita Bakhtin quando o autor faz referência
à polifonia ou conjunto de vozes. Seja da história, seja na cultura, essas vozes
estão presentes em todo o discurso. “Nossas falas, isto é, nossos enunciados,
estão repletos de palavras dos outros, caracterizadas, em graus variáveis, pela
alteridade ou assimilação e por um emprego consciente ou decalcado”.
(BAKHTIN apud RIBEIRO, 1995, p. 57). Como exemplo, pode-se destacar uma
novela. Ela é um discurso que acontece após a conversa de várias vozes. Ao
ser televisionado, tal discurso pronto será transmitido do emissor para o
receptor. Aí está a possibilidade de influenciar. Os discursos presentes no dia
a dia, ou seja, a polifonia ou o conjunto de vozes prontas estão presentes em
cada discurso.
A época, o meio social, o micro mundo (família, amigos,
conhecidos) que vê o homem crescer e viver, sempre possui
seus enunciados que servem de norma, dão o tom; são obras
científicas, literárias, ideológicas, nas quais as pessoas se
apoiam e às quais se referem.
(Idem, 1995, p. 58).
Através da mídia, ou seja, pela produção de discursos prontos e
transmitidos para a grande massa, determinados assuntos podem ser
banalizados ou até mesmo esquecidos. A mídia é um poder que pode
incentivar ou desestimular certas atitudes e comportamentos.
10
Fonte: Google imagens www.diariodepernambuco.com.br (Novela Gabriela)
Como o caráter é diversificado há homens que do sexo tiram
seu sustento e suas inúmeras fantasias para muitos homens
faz do pênis seu instrumento de prazer, onde só a cama é o
mais importante espaço de satisfação sexual e a genital é seu
único objetivo, infelizmente, muitas vezes se confunde o
conceito de sexualidade com o do sexo propriamente dito. É
importante salientar que um não necessariamente precisa vir
acompanhado do outro, evidentemente, não levando em conta
outras possibilidades como, carinho, beijos, carícia, cheiros,
palavras amorosas e apimentadas (...).
(POSTIGO, 2005, p. 13).
Desde muito cedo, o menino ouve referencias às diferenças
entre ele e uma menina, com o objetivo de direcioná-lo para o
mais adequado desempenho de seu papel social. Antes
mesmo de aprender o que pode ser, o menino recebe
mensagens sobre o que não pode ser. Menino não chora é o
enunciado clássico que a infância de cada um preserva na
memória e que constitui em uma das primeiras tarefas a serem
cumpridas pelo menino a fim de tornar-se um ‘verdadeiro
homem’.
(POSTIGO, 2000 apud MOREIRA, 2010, p.14).
A sociedade espera um homem macho, sendo que essa masculinidade
é medida pela capacidade sexual. No que diz respeito à impotência, Postigo
(2010) destaca que:
Ela pode começar abruptamente, geralmente após um grande
trauma psicológico. Ou, ela pode se instalar gradualmente
como resultado da depressão, ansiedade e estresse crônico.
Além disso, em muitos distúrbios mentais, a libido sexual e a
potência podem estar afetadas. Por outro lado, existe uma
situação muito comum, que afeta no mínimo uma vez todos os
homens adultos, particularmente, aqueles envolvidos em
relações sexuais casuais, a qual é chamada de ‘ansiedade de
11
performance’, ou medo de falhar. Muitas sociedades esperam
do homem um papel sexual agressivo, e consideram que a
falha em executá-lo é vergonhosa. Então, a autoestima do
homem pode ser afetada por uma impotência ocasional, e isto
pode conduzir à ansiedade e a inibição de reflexos sexuais.
(POSTIGO apud SABBATINI e CARDOSO, 2000, p. 25).
O segundo ponto importante a se destacar é a igualdade de gêneros. Há
vários trabalhos e leis destinadas à luta pela conquista da igualdade feminina.
Na 3ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres realizada em
Brasília, em 2011, os maiores objetivos foram discutir e elaborar políticas
públicas voltadas à construção da igualdade, com a perspectiva de fortalecer a
autonomia econômica, social e política das mulheres.
Art. 1º - A 3ª Conferência Nacional de Políticas para as
Mulheres, convocada pelo Decreto Presidencial de 15 de
março de 2011, publicado no Diário Oficial da União, edição
número 51, Seção 1, página 1, de 16/03/2011, terá o objetivo
de discutir e elaborar políticas públicas voltadas à construção
da igualdade, tendo como perspectiva o fortalecimento da
autonomia econômica, social, cultural e política das mulheres,
contribuindo para a erradicação da extrema pobreza e para o
exercício pleno da cidadania das mulheres no Brasil.
(3ª Conferência nacional de Políticas para as Mulheres,
Brasília, 2011).
Percebe-se que temos leis que valorizam a igualdade de gêneros e ao
mesmo tempo pouca coisa é feita, visto que ideais preconceituosos continuam
transmitidos pela mídia. Dessa forma, é possível influenciar na escolha do
método contraceptivo, ao motivar mais a laqueadura do que a vasectomia, que
fazem parte do Planejamento familiar, ou seja, o direito de ter ou não ter filhos.
Vamos então à sexualidade. Alguns autores afirmam que a sexualidade
é exercida desde a infância. É o caso de Claudia Ribeiro. Em artigo O
Despertar da Sexualidade, da Revista Escola, a professora diz que crianças
sentem prazer em explorar o corpo, em serem tocadas, acariciadas. “Elas
experimentam a si próprias e ao entorno, vivenciam limites e possibilidades”,
afirma Ribeiro (2015). Ela ainda fala sobre as fases do descobrimento da
criança.
12
De modo geral, é possível falar em três ‘frentes de
descobrimento’, que ocorrem paralelamente: a da dinâmica das
relações afetivas, a do prazer com o corpo e a da identificação
com o gênero. Tudo se inicia com a primeira percepção de
prazer: o ato de mamar, uma ação que dá alívio ao desconforto
da fome e que intensifica o vínculo afetivo, baseado na
sensação de cuidado e acolhimento.
(Idem. 2015).
Segundo Freud, as fases do desenvolvimento da sexualidade são: oral,
anal, fálica, latência e genital. É durante a infância que as crianças descobrem
o próprio corpo.
Eliana Marçal é psicóloga clínica e em artigo da Folha de Londrina
explica cada uma dessas fases. Segundo ela a fase oral vai de 0 a 1 ano e é o
momento onde as crianças têm na boca a região de maior prazer. O principal
objeto de desejo é o seio da mãe. Já na fase anal que vai dos 2 a 4 anos, a
criança tem como região do ânus, a de maior prazer. É quando a criança
começa a ter noção de higiene. Na fase fálica que vai de 4 a 6 anos, a criança
se volta para a região genital. Momento em que as crianças pensam que todos
possuem um pênis. Segue ilustração da fase fálica:
Fonte: educacaoesexualidadeprofclaudiabonfim.blogspot.com
A fase de latência vai de 6 a 11 anos e é quando a libido da sexualidade
passa a ser o que é socialmente aceito (atividades sociais e escolares). Segue
ilustração:
13
Fonte: educacaoesexualidadeprofclaudiabonfim.blogspot.com
A última fase é a genital, momento do início da adolescência. Nesta
fase, há a retomada dos impulsos sexuais.
Marzano (2015) declara que o sentido da vida amorosa está presente
desde os primeiros dias da infância, até a fase adulta e à terceira idade. “As
atitudes, gestos, vivências e ideias, preconceitos e superstições aprendidos na
infância, serão utilizados correta ou incorretamente, na tentativa de
ajustamento psicossexual e emocional do adolescente e, mais tarde, do
adulto”. (MARZANO, 2015)
Desde pequeno, o menino ouve que existe para ser superior à mulher,
formar uma família patriarcal e dominar em esferas tais como econômica,
política e social. O homem serve para dominar a mulher, que é considerada
submissa, dominada e aprende que existe para ser delicada, esposa e mãe.
Ele pode iniciar sua vida sexual desde cedo. Ela é criticada caso isso aconteça.
Os papeis de gênero condizem com interpretações tradicionais
do Brasil como tendo uma cultura machista. Muitos
descreveram o machismo em termos de indiferença à família,
distanciamento dos filhos, resistência a adversidades, assédio
sexual, capacidade de beber muito, agressividade contra
outros homens, dominação em relação às mulheres.
(apud de Souza, 2000).
Para Money (1981) há estereótipos, ou seja, valores determinados pela
sociedade, que ainda insistem e fazem parte de alguns ensinamentos.
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Se você é homem, pode seduzir garotas para provar a sua
masculinidade, mas tem direito a uma noiva virgem; todas as
suas relações com mulheres são intensamente coloridas de
sexo, e as significativas são as que se limitam a sexo; você se
gaba do prazer e das proezas sexuais em qualquer grupo de
homens, e usa um vocabulário pudico e especial com
mulheres, até mesmo sua esposa, e qualquer outra parceira
sexual.
(MONEY & TUCKER, 1981, pág. 14/15).
Para Marzano (2005), os papeis sexuais são impostos pela cultura,
como o sexo biológico foi determinado pela fecundação e pelos fatores
endócrinos. Já de acordo com Giddens (1993), a sexualidade masculina
acontece quando ‘os homens separam suas atividades sexuais das outras
atividades da vida, onde são capazes de encontrar um direcionamento estável
e integral’.
De acordo com estudo realizado por Gomes na década de 20, o homem
para ser considerado homem de verdade deveria iniciar sua vida sexual com
uma prostituta e negar o homossexualismo. “Esses homens tinham medo de
serem questionados na sua masculinidade”. O autor comenta ainda as
inseguranças de ser homem devido à existência de uma sexualidade pela
atração dos opostos e pelo medo da homossexualidade e da impotência. Em
relação a essa insegurança masculina, o autor cita Roberto Damatta (1997).
“Ser homem é receber de uma mulher o atestado ou a prova de que se é
verdadeiramente ‘homem’”. (DAMATTA, apud GOMES, 2008).
O homem apresenta um erotismo que enfatiza o visual e partes do corpo
feminino, como podemos observar pelo grande número
de
revistas
pornográficas. É o que comenta Celso Marzano (2015). Para ele, o erotismo
masculino é mais visual, mais genital.
Os homens procuram a nudez feminina, e conseguem se
excitar facilmente com fotografias, estátuas e com literatura
erótica pornográfica. O material pornográfico masculino
consiste em um suceder contínuo de atos sexuais, sem
necessidade de uma história, servindo apenas como acessório
para a masturbação ou às preliminares. É muito valorizado o
tamanho do pênis, grandes orgasmos e ejaculações
exuberantes.
(CEDES, 2014).
15
Ainda em relação a esse assunto, Goldemberg (2000) afirma:
Talvez o machão esteja realmente em crise, mas é possível
que até ele consiga sobreviver, só que será obrigado a coexistir
com outras formas de ser homem. O que não sobrevive mais é
um modelo hegemônico de masculinidade, com base na força,
poder e virilidade, embora homens e (mulheres!) continuem
alimentando esse ideal.
(GOLDEMBERG, 2000)
Vários fatores podem afetar a sexualidade masculina. Para a
Organização Mundial de Saúde (OMS), as disfunções sexuais se caracterizam
pela incapacidade do indivíduo para participar do ato sexual com satisfação,
cita Carmita Abdo.
Essa dificuldade deve ser persistente ou recorrente, além de
vivenciada como algo indesejável, desconfortável e
incontrolável. Tais quadros constituem a grande maioria dos
transtornos da sexualidade, manifestando-se por: falta,
exemplificada pela disfunção erétil (falta de ereção, inibição do
desejo sexual (desejo sexual hipoativo) e ausência de
orgasmo; excesso, cujo exemplo é o impulso sexual excessivo;
desconforto, representado pela ejaculação precoce (no
homem); dor à relação que pode acometer tanto mulheres
quanto homens.
(ABDO, 2014)
Segundo a Hype Science, a saúde emocional afeta a sexualidade, ou
seja, o stress e o cansaço podem prejudicar a vida sexual e causar transtornos
sexuais. De acordo com o site ABC da saúde, há também fatores biológicos, tal
como o diabetes.
As disfunções masculinas mais comuns são a erétil,
conhecida como impotência e a ejaculação precoce. Mas há fatores como a
baixa do hormônio denominado testosterona. Os médicos Gerson Lopes e
Fabiane Vale citam o modelo de Helen Kaplan, que diz: “a maior parte dos
distúrbios sexuais não se deve a traumas psíquicos profundos, mas a
desajustamentos causados por desinformação e crise – às vezes passageiras
– de convivência”. Daí os autores destacam a terapia sexual ensinada por
Kaplan, ou seja, o uso integrado de experiências sexuais sistematicamente
estruturadas e a exploração psicoterapêutica dos conflitos, por exemplo.
Na terceira idade a sexualidade continua com fatores psicológicos,
fisiológicos e sociais. Isso leva a crer, como aponta Freitag (2005), que “no
16
homem,
as
experiências
sexuais
agradáveis
contribuem
para
que,
psicologicamente, o interesse por sexo continue presente com o correr dos
anos” (FREITAG, 2005, p. 68), independentemente de ser considerado jovem
ou idoso pela sociedade. O autor relata que o impedimento para a prática
sexual pode advir de doenças como hipertensão arterial, infarto do miocárdio,
doenças coronarianas, bem como do diabetes tipo II, que costumava aparecer
após os cinquenta ou sessenta anos. A incidência de diabetes tipo II já se
estendeu aos jovens, devido à alimentação errônea do chamado fast food, rico
em açúcar e gorduras. Para ele, o vício do cigarro constitui um dos fatores
mais graves na diminuição da potência sexual, devido à ação vaso-constritora
da nicotina. (Idem, grifo nosso).
Para Freitag (2005), atualmente já é possível tratar a disfunção erétil
(impotência) com medicamentos, mas a satisfação do ato sexual por si só não
é tão importante para o idoso sem uma resposta de carinho e amizade
profunda entre o casal. “O essencial é melhorar a qualidade do tempo de
convivência, não a quantidade de relações sexuais”. (Idem, p. 69).
Ao falarmos então de sexualidade masculina, e consequentemente da
cultura influenciadora, caminha-se então para o significado da palavra. Cintia
Favero, em artigo “O que é sexualidade”, da Info escola, relata que sexualidade
é a busca de prazer, descoberta das sensações proporcionadas pelo contato
ou toque, atração por outras pessoas (de sexo oposto e/ou mesmo sexo) com
intuito de obter prazer pela satisfação dos desejos do corpo, entre outras
características. “É diretamente ligada e dependente de fatores genéticos e
principalmente culturais. O contexto influi diretamente na sexualidade de cada
um”. (www. http://www.infoescola.com/sexualidade/o-que-e-sexualidade)
Apesar de ainda prevalecer o protótipo tradicional do homem
ativo, forte, capaz de realizar trabalho físico, de lutar na guerra
e de penetrar o corpo da mulher, poucos são os que,
efetivamente,
conseguem
cumprir
plenamente
essa
expectativa. Dessa forma, nos diferentes contextos da vida,
adaptam esse modelo tradicional de masculinidade,
preservando o que lhe é possível e que lhe garanta o
reconhecimento de seus pares. Por exemplo, em muitos
ambientes em que os jovens incorporam em seu discurso
novos paradigmas de masculinidade, quando se casam,
reassumem o modelo aprendido de seus pais.
(AVSC International/IPPF, 1999).
17
Atualmente, diz-se que a masculinidade está em crise. Sérgio Gomes da
Silva aponta Focault (1986). “(...) O próprio termo sexualidade é um termo
surgido no século XIX, portanto pertencente às sociedades modernas e pósmodernas”. Segundo Sérgio Gomes da Silva, não havia um vocabulário que
desse conta da sexualidade de homens e mulheres, por isso o autor diz. “O
que vai se estabelecer são normas da diferença sexual entre ambos”.
O modelo de perfeição estava representado na anatomia
masculina, onde a regra fálica distinguia perfeitamente o
domínio de superioridade e inferioridade masculina e feminina
respectivamente. Concebida como um homem invertido e
inferior, a mulher será um sujeito “menos desenvolvido” na
escala da perfeição metafísica.
(Silva, 1999, http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S141498932000000300003&script=sci_arttext)
Se a diferença entre os gêneros anteriormente voltava-se para
a relação anátomo-fisiológica, com o two-sex-model, “o sexo
político-ideológico vai ordenar a oposição e a descontinuidade
sexuais do corpo” (...) justificando e impondo “diferenças
morais aos comportamentos femininos e masculinos, de acordo
com as exigências da sociedade burguesa, capitalista,
individualista,
nacionalista,
imperialista
e
colonialista
implantada nos países europeus.
(COSTA, 1995, p. 110-111 apud SILVA, 1999).
De acordo Com Haruo Okawara (1993), o sistema sexual inclui outros
aspectos, tão fundamentais quanto à sexualidade genital:
Identidade de gênero (convicção de pertencer ao sexo masculino ou
feminino); papel sexual (comportamentos considerados típicos ou apropriados
para o sexo masculino ou feminino numa determinada cultura); papel familiar e
papel social; autoimagem corpórea; atratividade, sensualidade e erotismo;
afeição, intimidade e amor; relacionamentos. A maneira como todos esses
elementos se desenvolvem e se integram na personalidade de um indivíduo
constitui a sua educação sexual.
Sexo pode significar diferentes coisas para diferentes pessoas;
para algumas, representa apenas uma forma de reprodução,
para outras quer dizer comportamento, como o que adotam
quando o corpo está excitado por certos estímulos físicos e
psicológicos. No entanto, graças a uma compreensão mais
ampla, a visão atual de educação sexual reconhece a
sexualidade como parte integrante do desenvolvimento total da
personalidade.
(OKAWARA apud HALBE, 1993, p. 113)
18
CAPÍTULO II
VASECTOMIA
A vasectomia é um dos métodos contraceptivos do Planejamento
familiar ou Reprodutivo que, Regulamentado pela Lei 9263/96. No Manual
Técnico de Assistência ao Planejamento familiar, em sua 4ª Edição, o mesmo
deve ser tratado dentro do contexto dos direitos reprodutivos, tendo, portanto,
como principal objetivo garantir às mulheres e aos homens um direito básico de
cidadania, previsto na Constituição Brasileira: o direito de ter ou de não ter
filhos/as. Destaca ainda a importância dos profissionais de saúde realizar
atividades educativas, clínicas e de aconselhamento, visando à saúde integral
e a dupla proteção, prevenindo assim as doenças sexualmente transmissíveis,
e levando em conta a porcentagem de falha e de arrependimento. Dentre as
atividades estão orientar sobre gravidez precoce e doenças sexualmente
transmissíveis. Segundo a Organização Mundial de Saúde, mais de um milhão
de pessoas ao dia adquirem alguma DST. Isso reforça a importância da
prevenção e da informação. O Planejamento familiar é assegurado pela
Constituição Federal e pela Lei 9263/96.
Art. 1º O planejamento familiar é direito de todo
cidadão, observado o disposto nesta Lei.
Art. 2º Para fins desta Lei entende-se planejamento
familiar como o conjunto de ações de regulação da
fecundidade que garanta direitos iguais de constituição,
limitação ou aumento da prole pela mulher, pelo homem
ou pelo casal.
Parágrafo único - É proibida a utilização das ações a
que se refere o caput para qualquer tipo de controle
demográfico.
Art. 3º O planejamento familiar é parte integrante do
conjunto de ações de atenção à mulher, ao homem ou ao
casal, dentro de uma visão de atendimento global e
integral à saúde.
19
Parágrafo único - As instâncias gestoras do Sistema
Único de Saúde, em todos os seus níveis, na prestação
das ações previstas no caput, obrigam-se a garantir, em
toda a sua rede de serviços, no que respeita a atenção à
mulher, ao homem ou ao casal, programa de atenção
integral à saúde, em todos os seus ciclos vitais, que
inclua, como atividades básicas, entre outras:
I - a assistência à concepção e contracepção;
II - o atendimento pré-natal;
III - a assistência ao parto, ao puerpério e ao
neonato;
IV - o
transmissíveis;
controle
das
doenças
sexualmente
Art. 4º O planejamento familiar orienta-se por
ações preventivas e educativas e pela garantia de acesso
igualitário a informações, meios, métodos e técnicas
disponíveis para a regulação da fecundidade;
Sobre os casos em que se permite a esterilização, diz a Lei:
Art. 10. Somente é permitida a esterilização
voluntária nas seguintes situações: (Artigo vetado
e mantido pelo Congresso Nacional - Mensagem nº
928, de 19.8.1997).
I - em homens e mulheres com capacidade civil
plena e maiores de vinte e cinco anos de idade ou, pelo
menos, com dois filhos vivos, desde que observado o
prazo mínimo de sessenta dias entre a manifestação da
vontade e o ato cirúrgico, período no qual será propiciado
à pessoa interessada acesso a serviço de regulação da
fecundidade, incluindo aconselhamento por equipe
multidisciplinar, visando desencorajar a esterilização
precoce;
(Lei 9263/96)
Segundo Arakén Irêrê Pinto (1993), o planejamento familiar é uma das
mais importantes atividades da medicina preventiva e se caracteriza
principalmente, pela profilaxia da morbimortalidade materno-infantil, e seu
objetivo é o de proporcionar aos casais, em particular, as informações e os
20
meios necessários para que possam decidir de modo voluntário e consciente,
sobre o número de seus filhos e a oportunidade em que os vão ter.
Desta forma, o planejamento familiar é também, o instrumento
para que se realize na prática, o princípio da paternidade
responsável, cujo exercício conduz a que as famílias não
tenham senão, os filhos que possam criar e educar
condignamente (...).
(...) Do ponto de vista médico-social, o planejamento familiar,
ao permitir a limitação do número de filhos e/ou um maior
espaçamento entre as gestações, contribui para uma
substancial melhoria da saúde do grupo materno-infantil; reduz
enormemente a incidência de gestações indesejadas e, em
consequência, reduz também a ocorrência do aborto
provocado. Proporciona ainda, sensível redução na incidência
da gravidez de risco, em especial a que ocorre nos extremos
da vida reprodutiva. Finalmente, numa visão micro social,
permite que cada família possa compatibilizar o número de
seus filhos com suas reais perspectivas de proporcionar-lhes
alimentação, educação e cuidados de saúde adequada.
(PINTO, apud HALBE, 1993, p. 627).
Vários métodos contraceptivos fazem parte do planejamento familiar. Há
a anticoncepção hormonal oral, a injetável, o Dispositivo Intrauterino (D.I.U.) e
outros. Esses métodos são os considerados reversíveis. Há também os
considerados como definitivos que são a esterilização feminina (laqueadura
tubária) e a esterilização masculina (vasectomia).
Então, dentre os métodos contraceptivos considerados definitivos e que
fazem parte do planejamento familiar está a vasectomia. Segundo Porto
(2001), a vasectomia consiste em secção e/ou oclusão do canal deferente,
sendo um método seguro, eficaz e de fácil execução. Já para o dicionário
Houaiss, o procedimento é o corte ou laqueadura dos canais pelos quais
passam os espermatozoides, promovendo a esterilização masculina. Cortamse os ductos ou canais deferentes (tubos que conectam os testículos ao pênis).
Isso faz com que seja impedida a passagem dos espermatozoides.
A seguir, ilustração de como é a vasectomia:
21
Fonte imagem: Google imagens
A vasectomia estabeleceu-se, nos últimos vinte anos, como método
alternativo de esterilização definitiva no planejamento familiar.
Por serem mínimas as complicações (Davis), tem boa
aceitação nas diferentes camadas socioeconômicas (Blandy).
A receptividade será tanto maior quanto melhor sejam
compreendidos seus benefícios e os serviços de esterilização
tornem-se acessíveis aos interessados.
Em muitos países nos quais não há leis específicas que
proíbam a contracepção cirúrgica (Afeganistão, México, Nepal,
Noruega, Arábia Saudita, Sri Lanka), o procedimento é
considerado permitido. Nos países onde os estatutos não são
claros (Argentina, Bulgária, Paraguai, Peru e Uruguai), as leis
ultrapassadas não foram objeto de regulamentação. Em
Burma, Grécia, Portugal, Somália e Espanha existem
codificações legais específicas que proíbem a esterilização
cirúrgica, que no momento não são respeitadas.
(...) O maior número de esterilizações foi praticado na Ásia, em
especial na República Popular da China e na Índia. Nesta, a
vasectomia já foi utilizada por cerca de 12 milhões de casais.
22
Um dos primeiros países a incorporar a esterilização voluntária
no programa oficial de planejamento familiar, nos anos de 1960
foi a Índia. Nesse país são oferecidas compensações
financeiras para que as pessoas se submetam à esterilização.
Um levantamento feito em 1982 revelou que na China 12
milhões de casais (7% em idade fértil) utilizaram a vasectomia.
Na Europa Ocidental, a esterilização voluntária está se
tornando atualmente muito popular. Na Europa Oriental e na
Rússia, as esterilizações ainda constituem eventos raros.
(NETTO e NEVES, apud HALBE, 1993, p. 743).
A primeira vasectomia animal foi realizada em 1823 por Sir Astley
Cooper, que descreveu o procedimento:
Em 1823 fiz a seguinte experiência em um cachorro: liguei e
seccionei o ducto deferente de um lado e as veias e artérias
espermáticas do outro lado. Notei então que o testículo no qual
a artéria e veia foram ligadas atrofiou. Do outro lado,
entretanto, onde somente o ducto deferente foi ligado, o
testículo permaneceu normal. Em 1829, sacrifiquei o cão e
encontrei o ducto deferente excessivamente alargado e cheio
de sêmen, com alguma separação de suas extremidades, mas
permeável desde o local da secção até a uretra.
(NETTO e NEVES, apud HALBE, 1993, p. 743).
Netto e Neves (1993) afirmam que em geral, quando o homem procura
um serviço especializado, já encontra alguma informação sobre a vasectomia,
embora nem sempre correta. Para isso, é importante que o casal compareça a
entrevista, para que sejam aconselhados. Mesmo que estejam interessados em
outro método de esterilização, ambos os métodos, masculino e feminino,
devem ser discutidos detalhadamente, dizem os autores. De forma simples, o
casal entenderá o que é o procedimento. Os autores destacam ainda que a
cirurgia não é castração.
Ouve-se falar que houve melhora no desempenho sexual dos
homens. Depois da esterilização, o homem se torna estéril,
mas não impotente. Não se conhece qualquer razão
fisiológica
pela
qual
a
vasectomia
afetaria
o
comportamento sexual.
(Idem, 1993, grifo nosso).
23
Eles lembram ainda que a vasectomia afeta o desempenho sexual do
homem e da mulher, de modo positivo. ‘O orgasmo é obtido em número muito
maior de relações que antes da vasectomia’. (NETTO e NEVES apud HALBE,
1993, p. 744, grifo nosso).
(...) com grande frequência, ouve-se falar que houve melhora
no desempenho sexual do homem após submeter-se à
vasectomia. Nos contato tardios mantidos com casais em que o
homem submeteu-se à vasectomia, surpreendeu-nos a
frequência com que a mesma afetou o desempenho sexual da
mulher. O orgasmo é obtido em número muito maior de
relações que antes da vasectomia. Houve até casos em que as
mulheres afirmaram ter alcançado orgasmo pela primeira vez
após a vasectomia do marido. Tem-se assim uma ideia do
quanto interfere no relacionamento de um casal, o medo de
uma gravidez não planejada ou mesmo indesejada.
(Idem, 1993)
Há poucas contraindicações para a realização da vasectomia. Segundo
Netto e Neves (1993) as infecções cutâneas localizadas, como escabiose, ou
infecções do trato genital, podem interferir no processo de cicatrização da
incisão e devem, portanto, ser tratadas antes da operação. Os autores
declaram que as afecções localizadas, que podem tornar difícil ou perigosa a
operação, incluem: varicocele, hidrocele grande, hérnia inguinal, filariose e
presença de tecido cicatricial, resultante de cirurgia anterior. Para Netto e
Neves (1993) algumas moléstias sistêmicas também exigem precauções
especiais e, possivelmente, hospitalização para a realização da cirurgia, da
mesma forma que para outras intervenções cirúrgicas menores, como as
coagulopatias, o diabetes e os casos de cardiopatias coronarianas recentes.
Antes de realizarem a vasectomia, alguns homens podem questionar se
ainda terão sêmen. Por isso, vamos entender como é a anatomia do sistema
reprodutor masculino.
A seguir, ilustração da anatomia do sistema reprodutor masculino:
24
Fonte: Google imagens
No que diz respeito ao sistema reprodutor masculino, Netto e Neves
(1993) explicam que os testículos são divididos em aproximadamente 250
compartimentos chamados lóbulos testiculares, e cada lóbulo é ocupado por
um a quatro túbulos seminíferos envolvidos por tecido conjuntivo frouxo, rico
em vasos e nervos. Segundo os autores, os túbulos seminíferos são túbulos
retorcidos que terminam em fundo de saco, medindo cerca de 0,2 mm de
diâmetro e de 30 a 70 centímetros de comprimento.
(...) Assim, nestes túbulos, os espermatozoides são produzidos pelas
células da linhagem germinativa ou espermatogônias e posteriormente atingem
o epidídimo. Os ductos deferentes reúnem-se formando um tubo único, longo
(4 a 6 metros), que se enovela sobre si mesmo formando o epidídimo. As
células do epitélio epididimário criam condições favoráveis, para que os
espermatozoides tornem-se móveis e férteis. Ao longo do epidídimo, os
espermatozoides maturam-se, adquirem o flagelo e tormam-se capazes de
fertilizar óvulos.
Por fim, o epidídimo continua em um túbulo reto, de paredes
espessas, que se dirige à uretra prostática, onde desemboca: o
25
ducto deferente. Este é caracterizado por uma parede espessa,
cosntituída principalmente por músculo liso, e por uma luz
estreita. Na sua porção terminal, antes de penetrar na próstata,
o ducto deferente dilata-se, formando uma região chamada
ampola, que recebe o ducto proveniente da vesícula seminal.
Daí para diante, o ducto deferente penetra na próstata, e neste
caminho intraprostático é chamado de ducto ejaculatório, que
por sua vez, desemboca na uretra.
(NETTO&NEVES, apud HALBE, 1993, p. 745).
O sistema reprodutor masculino tem então: testículos, epidídimo, ductos
deferentes, glândulas seminais, próstata, ducto ejaculatório e pênis. O último
tem como função depositar os espermatozoides no interior da vagina.
As gônadas masculinas, ou testículos, são os órgãos sexuais
principais, pois produzem os gametas e os hormônios que
definem as características sexuais secundárias. O epidídimo, o
ducto deferente, as vesículas seminais, a próstata, as
glândulas bulbouretrais, o escroto e o pênis são chamados de
órgãos sexuais acessórios.
O espermatozoide é a célula reprodutiva formada durante a
gametogênese. Espermatozoides normais de seres humanos
possuem 23 cromossomos. Cada testículo possui de 250 a
1.000 túbulos seminíferos que medem aproximadamente 150 a
250 de diâmetro e 30-70 centímetros de comprimento cada um,
sendo o comprimento combinado dos túbulos de um testículo
de aproximadamente 250 metros.
(http://www.hmsj.com.br/centroreproducaohumana/sistema-reprodutor)
Segundo Débora Meldau, no artigo “Pênis”, da Infoescola, o órgão é
dividido em três partes: cabeça, corpo e raiz. “A glande e o prepúcio fazem
parte da cabeça; o corpo é o prolongamento fálico; a raiz é a parte do pênis
que está inserida dentro do corpo do homem”, aponta Meldau.
A ereção do pênis é um processo hemodinâmico controlado
por impulsos nervosos sobre o músculo liso das artérias do
pênis e sobre o músculo liso das trabéculas que cercam os
espaços vasculares dos corpos cavernosos. No estado flácido,
o fluxo sanguíneo no pênis é pequeno, mantido pelo tônus
intrínseco da musculatura lisa peniana e por impulsos
contínuos de inervação simpática. A ereção acontece quando
impulsos vasodilatadores do parassimpático causam o
relaxamento dos vasos penianos e do músculo liso dos corpos
cavernosos.
(MERDAU, 2015)
26
Em artigo “Aparelho reprodutor masculino”, da Infoescola, Fabiane
Santos Gonçalves faz a seguinte definição:
Os órgãos do sistema reprodutor masculino produzem os
gametas por meio da gametogênese e são anatomicamente
moldados para inserir estes gametas no sistema reprodutor
feminino para que haja fecundação e continuidade da espécie.
As gônadas masculinas, ou testículos, são órgãos sexuais
principais, pois produzem os gametas e os hormônios que
definem as características sexuais secundárias. O epidídimo,
ducto deferente, vesículas seminais, próstata, glândulas
bulbouretrais, escroto e pênis são chamados de órgãos sexuais
acessórios.
(GONÇALVES, 2015)
Paula Louredo também define o aparelho, em artigo Sistema reprodutor
masculino, do Brasil Escola:
No sistema reprodutor masculino, encontramos um par de
testículos. Eles são as gônadas masculinas e se localizam no
interior da bolsa escrotal (...). Após a formação dos
espermatozoides nos túbulos seminíferos, eles são
encaminhados através de ductos eferentes ao epidídimo, onde
ganharão mobilidade e ficarão armazenados até serem
eliminados na ejaculação. Quando o homem é estimulado
sexualmente, os espermatozoides saem do epidídimo, através
dos ductos deferentes, e são encaminhados até as glândulas
seminais, e, em seguida, para a próstata. Tanto as glândulas
seminais quanto a próstata são glândulas anexas que
produzem substâncias que nutrem os espermatozoides. Depois
de passar por essas glândulas anexas, o esperma ou sêmen é
encaminhado à uretra, de onde será expulso.
(Louredo, 2015)
O cirurgião Pedro Araújo acredita que esse seja um dos grandes tabus
associados à vasectomia.
O líquido seminal, produzido na próstata e na vesícula seminal,
continua sendo eliminado normalmente durante a ejaculação,
apenas não apresentando o espermatozoide, que se degenera
e é reabsorvido pelo próprio organismo. Com relação à função
erétil ou potência sexual, também não há nenhuma influência.
Os nervos e vasos responsáveis pela ereção peniana não
estão envolvidos durante a cirurgia de vasectomia.
27
(http://pedroaraujo.site.med.br/index.asp?PageName=VASECT
OMIA)
A seguir, segunda ilustração do procedimento de vasectomia:
Fonte: http://pedroaraujo.site.med.br/index.asp?PageName=VASECTOMIA
De
acordo
com
Sayyeda
Frida
Ahmed,
na
Apostila
Métodos
Anticoncepcionais do Curso de Pós-graduação em Sexualidade, do Instituto A
Vez do Mestre, da Universidade Cândido Mendes, a cirurgia de vasectomia é
feita com anestesia local em cima do escroto e não necessita de internação
hospitalar. Cortam-se os ductos ou canais deferentes (tubos que conectam os
testículos ao pênis). Isso faz com que seja impedida a passagem dos
espermatozoides. O índice de falha é de 0,2% e é considerado método
definitivo.
De acordo com Netto e Neves (1993), para a realização da técnica
cirúrgica, recomenda-se ao paciente que se banhe antes do procedimento, e
utilize roupas limpas. Os autores declaram que a cirurgia é realizada em regime
ambulatorial, em sala de pequena cirurgia, em hospitais, ambulatórios médicos
ou consultórios que disponham de acomodações próprias e os cuidados de
assepsia e antissepsia devem ser observados.
Procede-se à anestesia local com xilocaína a 2%, sem
adrenalina. O ducto deferente é identificado e mantido junto à
28
pele escrotal por meio de um gancho que facilita a apreensão
do mesmo. Além desse método, podem ser utilizadas pinças
de Allis ou Backhaus com a finalidade de apreensão do
deferente. Uma vez anestesiada a pele, realiza-se incisão
bilateral, de aproximadamente dois cm, sobre a região onde
está aprisionado o deferente e o mesmo é exposto num ponto
equidistante do anel inguinal externo e da junção epidídimo
diferencial. Alguns preferem incisão única, mediana, com a
qual julgam haver menos complicações. Efetua-se a ligadura
do coto distal com categute 2-0 cromado. Entre os cotos
interpõe-se a serosa, que originalmente revestia o deferente,
de modo a manter separados os cotos. (...) sutura-se o plano
musculocutâneo com pontos separados.
(NETTO & NEVES apud HALBE, 1993, p. 745)
Netto e Neves explicam que em casa, o paciente deve permanecer em
repouso com bolsa de gelo sobre a região escrotal durante 4 a 5 horas, para
prevenir o edema e minimizar o quadro doloroso e que o paciente também
deve manter repouso, com os pés elevados, por cerca de quarenta e oito
horas, evitando-se exercícios vigorosos durante os cinco primeiros dias após a
cirurgia. Recomenda-se o uso de anti-inflamatórios por via oral durante uma
semana.
O tempo necessário para o desaparecimento dos espermatozoides,
segundo Netto e Neves (1993) é diretamente proporcional à frequência de
ejaculações, verificando-se que, após 10 ejaculações, os pacientes estão
praticamente azoospérmicos. O controle da esterilização será feito então,
através do exame espermograma, que devem ser realizados de quarenta e
cinco a sessenta dias após a cirurgia. Se no exame constar azoospermia, o
paciente é considerado estéril, afirmam Netto e Neves. Segundo eles, após
trinta dias é necessário repetir o exame, a fim de confirmar o resultado anterior.
Em relação a possíveis complicações, podem ocorrer descoloração da
pele, contusão, tumefação e desconforto, que normalmente desaparecem após
uma ou duas semanas, explicam NETTO e NEVES (1993). Segundo os
autores, raramente ocorre hematoma, infecção, epididimite ou granuloma de
espermatozoides e o hematoma escrotal ocorre em taxa inferior a 1% dos
homens vasectomizados.
29
Cerca de metade a dois terços dos vasectomizados
desenvolvem anticorpos espermáticos decorrentes da
absorção dos espermatozoides (Blandy). Esses anticorpos têm
sido apontados como causa da inibição da espermatogênese
que ocorre nos primeiros meses após a vasectomia, inclusive
ajudando o organismo a eliminar o excesso de
espermatozoides do trato genital bloqueado. No entanto, os
títulos de anticorpos se mantenham praticamente inalterados, a
espermatogênese restabelece-se com o decorrer do tempo, e
mesmo entre portadores de títulos altos de anticorpos, a
fertilidade pode ser restabelecida com a recanalização do
deferente.
(NETTO & NEVES, apud HALBE, 1993, p. 747).
Vasectomizado, o homem continuará com sua vida sexual normal. Ele
terá ejaculação e sêmen, que é produzido na vesícula seminal. Segundo
Gilmar Torquato, no site Ler Saúde, há a possibilidade de se fazer uma cirurgia
para tentar a recanalização, embora seja difícil. “A capacidade fértil nunca mais
será a mesma. A fabricação de espermatozoides é prejudicada. Quanto maior
o tempo transcorrido após a cirurgia, menor a taxa de sucesso”. Ainda de
acordo com o Instituto Paulista, um dos primeiros relatos de reversão de
vasectomia ocorreu em 1915 e cerca de 2 a 6% dos pacientes acabam optando
pela reversão, devido ao fato dos casais se separarem e constituírem nova
família.
Para Netto e Neves (1993), a reversão da vasectomia, ao contrário da
operação original, deve ser realizada por cirurgiões altamente especializados e
experientes, em hospital devidamente equipado. As razões do insucesso,
segundo os autores, são:
Granuloma espermático, obstrução proximal do deferente ou
do epidídimo, desalinhamento dos cabos proximal e distal por
ocasião da anastomose, vasectomia muito próxima ao
epidídimo e com lesão associada do mesmo, e remoção de
segmento muito extenso do deferente. Quanto menor o tempo
entre a vasectomia e a reversão, melhor o índice de
recanalização.
(NETTO & NEVES apud HALBE, 1993, p. 748).
30
CAPÍTULO III
SEXUALIDADE MASCULINA APÓS A VASECTOMIA:
UMA PESQUISA DE CAMPO
Pretendeu-se neste terceiro capítulo, analisar os dez questionários
respondidos pelos clientes vasectomizados e observar três aspectos: o
primeiro, se o desejo sexual, ou seja, a libido/a vontade sexual aumentou após
a cirurgia de vasectomia. O segundo, se os clientes vasectomizados utilizam o
preservativo para prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e no
terceiro, qual o nível de importância do sexo para os clientes, diante de cinco
opções apresentadas.
Os questionários foram respondidos por dez homens vasectomizados.
Seguem respectivamente em ordem crescente de idade, religião e número de
filhos: vinte e sete anos, católico, 3 filhos; trinta anos, católico, 3 filhos; trinta e
dois anos, evangélico, 2 filhos; trinta e cinco anos, evangélico, 2 filhos; trinta e
seis anos, evangélico, 2 filhos; trinta e seis anos, evangélico, 2 filhos; trinta e
oito anos, católico, 2 filhos; quarenta e dois anos, evangélico, 4 filhos biológicos
e 2 adotivos; quarenta e sete anos, católico, 2 filhos; cinquenta e seis anos,
católico, 1 filho.
Os clientes afirmaram que procuraram o serviço de planejamento
familiar para realizar a vasectomia, por não desejarem mais ter filhos e para
facilitar a esposa, sendo que um especificou também o anseio de cuidar mais
de si.
Em relação ao uso da camisinha para a prevenção de doenças
sexualmente transmissíveis, seis dos dez participantes, relataram não usar
camisinha e quatro afirmaram utilizá-la. Vamos então falar sobre o perigo de
não se utilizar o preservativo. O risco de engravidar é mínimo após a
vasectomia, mas é de suma importância a prevenção das doenças
sexualmente transmissíveis, para que num futuro talvez até próximo, o fato de
a vasectomia ser realizada, não venha a ser fator influenciador da transmissão
31
ou contaminação de DSTs. Carolina Lázari, Celso Granato e Jorge Sampaio
relatam:
As doenças sexualmente transmissíveis englobam diferentes
enfermidades causadas por bactérias, vírus ou parasitas, que
são transmitidas pelo contato vaginal, anal ou oral.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de um
milhão de pessoas ao dia adquirem alguma DST. Destaca-se
que algumas dessas doenças aumentam o risco de aquisição
de HIV em pelo menos três vezes, o que reforça a importância
do diagnóstico correto e do tratamento.
(LÁZARI, GRANATO & SAMPAIO apud MACIEL & SILVA, 2015, p. 15).
Celso Marzano (2015) declara que as pessoas tomam cuidado para não
pegar uma gripe, para cuidar da pele e muitas outras coisas, mas que se
esquecem da prevenção das doenças dos genitais que podem atingir a
resposta sexual tanto física quanto psiquicamente.
Tanto homens como mulheres devem estar atentos a vários
detalhes do seu corpo que podem afetar direta e indiretamente
toda a sua sexualidade. As respostas sexuais dependem de
um equilíbrio da mente e corpo, ou seja, corpo sadio e mente
sã são sinônimos de felicidade sexual. Os cuidados com a
pele, como os dentes, com os cabelos são importantíssimos no
jogo da atração e do amor. Mas não podemos nos esquecer
das partes do nosso corpo que ficam geralmente escondidas
sob as roupas, e que na hora do encontro sexual devem estar
saudáveis para uma completa satisfação dos parceiros e a não
transmissão de doenças.
(MARZANO, 2015)
Dentre as doenças sexualmente transmissíveis existentes estão o HPV,
Vírus do Papiloma Humano; a Sífilis; o Cancro mole; o Herpes genital; a
Gonorreia; a AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) e muitas outras.
Vamos falar dessas seis doenças.
Pereyra, Guerra e Linhares explicam o que é o HPV. Segundo eles,
sabe-se que verrugas genitais são conhecidas desde a antiguidade tendo sido
citadas por muitos escritos gregos e romanos. Os autores afirmam que o
homem é o único hospedeiro do HPV. Atualmente existem mais de 100 tipos
32
de HPV, alguns deles podem causar câncer, principalmente no colo do útero e
no ânus. (http://www.aids.gov.br/tags/tagsportal/doencasexualmentetransmissivel)
Falemos então a respeito destas doenças sexualmente transmissíveis.
1- HPV (Vírus Papiloma Humano)
.
Fonte: http://alvaleasaudeevida.blogspot.com.br/2012/02/hpv-no-homem-proteja-sevacinando.html
Dados epidemiológicos publicados mostraram que 60 a 70%
dos parceiros sexuais de mulheres infectadas apresentam-se
positivos para HPV, mas um terço das mulheres com infecção
genital baixa tem parceiros sexuais HPV negativo. (...) A prática
comum de sexo orogenital pode ser o principal modo de
transmissão em indivíduos sexualmente ativos. A presença de
verrugas anogenitais em crianças sempre deve levantar a
questão de um possível abuso sexual.
(PEREYRA, GUERRA & LINHARES apud HALBE,
1993, p. 835).
2- Sífilis
A Sífilis é uma doença bacteriana. Segundo Lázari, Granato e Sampaio
(2015), a doença é divida em fases e é fundamental o rastreamento da
infecção em pacientes assintomáticos, nas situações de exposição de
risco e, sobretudo, na gestação.
33
Fonte: www.drbayma.com
(...) Os principais meios de transmissão da sífilis são o contato
sexual e a circulação placentária. (...) não tratada é uma
doença crônica. Apesar de a lesão primária desaparecer
espontaneamente, o treponema pallidum pode, nesta fase
inicial, atingir o Sistema Nervoso Central. Nos dias atuais, a
penicilina benzatina continua sendo a droga de eleição para o
tratamento da sífilis.
(NETO & TENÓRIO apud HALBE, 1993, p. 806).
3- Cancro mole
O Cancro mole ou cancroide é caracterizado por uma úlcera,
declaram Lázari, Granato e Sampaio.
Fonte: saibasobredsts.blogspot.com
Uma úlcera, habitualmente genital ou em qualquer local onde
tenha ocorrido a inoculação do agente, rasa, de bordas
regulares e elevadas, com fundo fibrinopurulento e
habitualmente dolorosa. Pode haver mais de uma lesão, mais
frequentemente em locais em que duas superfícies mucosas
permanecem em contato, como os pequenos e os grandes
lábios.
34
(LÁZARI, GRANATO & SAMPAIO apud MACIEL
&SILVA, 2015, p. 78).
4- Herpes genital
O Herpes genital causa lesão pelo vírus herpes simplex.
Fonte: http://www.emforma.net/38137-herpes-genital
São bastantes características, permitindo frequentemente o
diagnóstico clínico. Trata-se de multiplicas pequenas lesões
vesiculares, agrupadas, intensamente dolorosas, que a seguir
se rompem, tornando-se exulcerações (...). A sorologia tem
utilidade limitada, uma vez que os anticorpos podem demorar
semanas para surgir após a primo-infecção.
(Idem, 2015, p. 79).
5- Gonorreia
No que diz respeito à Gonorreia, é uma doença sexualmente
transmissível pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, conhecida como
gonococo, explica Terezinha Tenório.
Fonte: www.jornallivre.com.br
A morbidade da infecção gonocócica na mulher é maior do que
no homem, podendo deixar como sequela, o comprometimento
definitivo do futuro reprodutivo. (...) representa um problema de
35
saúde pública em várias regiões do mundo, agravado pelo
surgimento de cepas bacterianas resistentes a vários
antibióticos anteriormente eficazes. (...) o apelo à sexualidade,
veiculado por vários canais de comunicação, não vem
acompanhado da informação sobre as consequências da
‘liberalização sexual’.
(TENÓRIO apud HALBE, 1993, p. 815).
6- AIDS (Síndrome de Imunodeficiência Adquirida)
A AIDS é causada pelo vírus HIV. Segundo Lázari, Granato e
Sampaio, todos os anos, entre 35 mil e 40 mil novos casos de
infecção pelo HIV são diagnosticados no Brasil.
Fonte: cartilhapacienterenal.cursoseconcursosnosite.com.br
(...) os vírus HIV-1 e HIV-2 provocam uma infecção lenta e
progressiva, com inexorável destruição do sistema imunológico
que culmina com o surgimento de infecções oportunistas e
neoplasias raras. Tal como definida atualmente, a forma clínica
da AIDS é letal.
(TENÓRIO & LEAL apud HALBE, 1993, p. 825).
As cinco primeiras figuras mostram imagens masculinas, mas as
doenças sexualmente transmissíveis podem contaminar homens e mulheres.
Dos pesquisados em nosso estudo, nove clientes já voltaram a ter
relação sexual e um ainda não. Ao serem perguntados se já tiveram ou se têm
algum problema de disfunção sexual, nove clientes afirmaram que não tiveram
ou não têm problema de disfunção sexual. Apenas um afirmou ter ejaculação
precoce.
36
Quando perguntados se, após a vasectomia, aumentaram a quantidade
de vezes que fazem sexo, quatro relataram que não, permanecendo, portanto,
a mesma frequência. Já cinco clientes afirmaram que sim, aumentou. Apenas
um comentou que diminuiu um pouco.
Chegamos à segunda análise. Verificar se houve aumento do desejo
sexual após a realização da vasectomia. Cinco clientes afirmaram que não.
Dentre esses cinco, dois disseram que o desejo permaneceu o mesmo. Os
outros cinco afirmaram que sim, aumentou o desejo sexual.
A questão 10 visou observar o nível de importância que os clientes dão
ao sexo, diante de cinco opções. Vimos que três clientes colocaram o sexo em
segundo lugar, pois diante das opções, preferem comprar um carro. A maioria,
ou seja, sete clientes mostraram que fazer sexo está em primeiro lugar e/ou
dão maior importância ao sexo diante das opções apresentadas.
37
CONCLUSÃO
A pesquisa visou contribuir para diminuir ideais preconceituosos e/ou
machistas que porventura venham pregar a vasectomia como prejudicial à
masculinidade. Sabemos que a mídia tem o papel de informar e entreter, mas
ao mesmo tempo tem o poder de influenciar o receptor, no caso, o leitor e/ou
telespectador e/ou ouvinte, à medida que transmite discursos prontos à
população. O perigo está na possibilidade de tais discursos desestimularem a
escolha da vasectomia por parte dos homens.
A sociedade ensina às crianças os costumes culturais. De acordo com o
que julga ser o correto, os conceitos são legitimados. Os meninos são,
portanto, consequências de ensinamentos apregoadores que visam construir
homens dominadores e mulheres dominadas.
Na questão de saúde e ao pensarmos em políticas públicas capazes de
oferecer direitos igualitários aos cidadãos está o planejamento familiar. Apesar
de existir, a mídia pouco o incentiva. Principalmente no que diz respeito à
vasectomia. No dia a dia, é muito comum ouvirmos mulheres relatarem que
farão a laqueadura tubária ou ainda pedirem para tirar tudo, devido a falta de
informações. Pouco se discute sobre a esterilização masculina e seus
benefícios, visto que a mesma é vista por muitos homens como castração e
causadora da impotência sexual. Junto a esses pré-conceitos, soma-se o medo
e a falta de informações.
Podemos concluir através da pesquisa de campo com dez questionários
preenchidos por dez pacientes que se cadastraram no planejamento familiar,
passaram por equipe multidisciplinar e que escolheram a esterilização
masculina como método contraceptivo, que a vasectomia não aumenta o
desejo sexual do homem, visto que a metade dos entrevistados relatou que o
desejo aumentou e a outra metade afirmou que não, permanecendo a mesma
Em relação à prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, vejo
como uma situação de suma importância. A pesquisa demonstrou que a
maioria dos clientes vasectomizados, não se previne com o uso do
preservativo, após o procedimento. Apesar de todos os clientes e casais serem
38
informados sobre o risco da transmissão e contaminação das doenças
sexualmente transmissíveis. Em relação à prevenção, percebeu-se que a
maioria não tem consciência da gravidade do caso. O planejamento familiar é
um direito da população, garantido pela Constituição Federal e pela Lei
9263/96. Realmente é algo positivo, visto que dá a oportunidade às pessoas
terem o número de filhos que quiserem. Por outro lado, esta pesquisa sugere
novos estudos em relação às consequências que a esterilização pode oferecer
às pessoas desajuizadas que não se previnem e que num futuro próximo ou
distante, venham adquirir uma doença sexualmente transmissível, contaminar
a/o parceiro (a) e consequentemente, caso não seja diagnosticado a tempo,
venham desenvolver, por exemplo, câncer de colo de útero, ânus e pênis.
Ao apresentarmos cinco opções aos clientes, notamos que a maioria vê
o sexo, como uma prioridade: 70 % prefere o sexo. Comprar um carro foi a
única opção que deixou o sexo em segundo lugar. Mas em apenas três
ocasiões.
Conclui-se então, que a vasectomia não prejudica a vida sexual do
paciente. Não aumenta o desejo sexual, mas também não o diminui. Pelo
contrário, o estudo demonstrou que no fato de não ter mais a preocupação de
engravidar, há a melhora do desempenho sexual do homem e da mulher
também. No estudo também se verificou que a quantidade de vezes que fazem
sexo permaneceu a mesma. Percebe-se que o desempenho melhorou, pelo
fator psicológico. Não é a quantidade, mas a qualidade sexual que aumentou.
Como homens têm o sexo como a primeira opção, muitas mulheres também
pensam dessa forma. Divulgar os benefícios da vasectomia na vida do casal
oferecerá uma nova maneira de pensar o método contraceptivo da
esterilização, diminuirá formas distorcidas de como o procedimento é feito e
dará conforto à mulher, que muitas vezes é mãe, esposa, dona de casa e ainda
trabalha fora. Ela exerce tantas funções e ainda tem de optar pela laqueadura
que é um método de mais riscos e que exige mais tempo e cuidados de
recuperação. Caminhemos então a favor da vasectomia.
39
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44
ANEXOS
Índice de anexos
Anexo 1 >> Respostas questionário cliente com 27 anos de idade
Anexo 2 >> Respostas questionário cliente com 30 anos de idade
Anexo 3 >> Respostas questionário cliente com 32 anos de idade
Anexo 4 >> Respostas questionário cliente com 35 anos de idade
Anexo 5 >> Respostas questionário cliente com 36 anos de idade
Anexo 6 >> Respostas questionário cliente com 36 anos de idade
Anexo 7 >> Respostas questionário cliente com 38 anos de idade
Anexo 8 >> Respostas questionário cliente com 42 anos de idade
Anexo 9 >> Respostas questionário cliente com 47 anos de idade
Anexo 10 >> Respostas questionário cliente com 56 anos de idade
45
ANEXO 1
46
ANEXO 2
47
ANEXO 3
Este questionário faz parte de uma pesquisa de campo para realização de
um trabalho acadêmico do curso de pós-graduação de Sexologia da
AVM/UCAM. Sua participação é de extrema relevância. Seu nome não será
divulgado.
Obrigada por sua participação.
•
Idade: 32
•
Religião: Evangélico
•
Quantos filhos você tem? 2
•
Porque você procurou o Planejamento familiar?
Exclusivamente para fazer a Vasectomia.
•
Agora que você fez a vasectomia, faz uso de camisinha para se
prevenir de doenças sexualmente transmissíveis?
Não, pois só tenho uma Companheira e não identificamos até o
momento nenhuma DST de acordo com exames periódicos
•
Já voltou a ter relação sexual?
Sim
•
Já teve alguma vez ou tem algum problema de disfunção sexual?
Ainda não
•
Após a vasectomia, você aumentou a quantidade de vezes que faz
sexo?
Normal Mesma Frequência
•
Após a realização da vasectomia, o desejo sexual aumentou?
48
Mesma Frequência
•
Numere de 1 a 5, o que você considera mais importante para você.
(5) assistir a partida de futebol do seu time
(2) fazer sexo
(3) assistir um bom filme
(1) comprar um carro
(4) ir a um churrasco com amigos
Ps.. A única coisa que mudou em minha vida foi à tranquilidade em ter relações
sexuais com minha esposa sem se preocupar em ter mais filhos já que a
probabilidade em não tê-los é bem alta e fisicamente parece que a bolsa
escrotal fica em mais evidente causando um pouco de desconforto, pois as
chances de ser "acertado" com pancadas são bem maiores, mas fora isso tudo
normal!
49
ANEXO 4
Este questionário faz parte de uma pesquisa de campo para realização de
um trabalho acadêmico do curso de pós-graduação de Sexologia da
AVM/UCAM. Sua participação é de extrema relevância. Seu nome não será
divulgado.
Obrigada por sua participação.
1- Idade: 35 anos
2- Religião: evangélico_____________________________
3- Quantos filhos você tem? 2 filhos___________________
4- Porque você procurou o Planejamento familiar? Para não ter mais filhos
5- Agora que você fez a vasectomia, faz uso de camisinha para se prevenir
de doenças sexualmente transmissíveis?
Não, sou casado.
6- Já voltou a ter relação sexual?
Sim
7- Já teve alguma vez ou tem algum problema de disfunção sexual?
Não
8- Após a vasectomia, você aumentou a quantidade de vezes que faz
sexo? Normal
9- Após a realização da vasectomia, o desejo sexual aumentou?
Sim
10- Numere de 1 a 5, o que você considera mais importante para você.
(3) assistir a partida de futebol do seu time
(5) fazer sexo
(5) assistir um bom filme
(5) comprar um carro
(5) ir a um churrasco com amigos
50
ANEXO 5
51
ANEXO 6
Este questionário faz parte de uma pesquisa de campo para realização de
um trabalho acadêmico do curso de pós-graduação de Sexologia da
AVM/UCAM. Sua participação é de extrema relevância. Seu nome não será
divulgado.
Obrigada por sua participação.
1- Idade: ______36___________
2- Religião: _evangélico____________________________
3- Quantos filhos você tem? 2_______________________
4- Porque você procurou o Planejamento familiar? Eu queria parar deter
filhos. Por isso procurei o planejamento familiar.
5- Agora que você fez a vasectomia, faz uso de camisinha para se prevenir
de doenças sexualmente transmissíveis?
Sim.
6- Já voltou a ter relação sexual?
Sim
7- Já teve alguma vez ou tem algum problema de disfunção sexual?
Não
8- Após a vasectomia, você aumentou a quantidade de vezes que faz
sexo?
Não
9- Após a realização da vasectomia, o desejo sexual aumentou?
Ficou a mesma vontade.
10- Numere de 1 a 5, o que você considera mais importante para você.
(2) assistir a partida de futebol do seu time
(1) fazer sexo
(3) assistir um bom filme
(5) comprar um carro
(4) ir a um churrasco com amigos
52
ANEXO 7
53
ANEXO 8
54
ANEXO 9
55
ANEXO 10
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Amanda Fatima da Silva Neto