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12 mar 2015 O Globo
INTEGRANTES DA LISTA DO
HSBC NEGAM TER CONTAS NO
BANCO
Nenhuma das pessoas que aparecem na lista dos que possuíam contas secretas no HSBC suíço e que
foram localizadas pelo GLOBO admitiu a prática e, consequentemente, ninguém respondeu se os recursos
foram devidamente declarados ao Fisco.
No caso Alstom, Paulo Celso Mano Moreira da Silva não quis se manifestar sobre a conta e solicitou
que a reportagem entrasse em contato com Guilherme Braz, seu advogado. Braz disse que seu cliente só
se manifestará em juízo sobre sua aparição na lista do HSBC.
Sobre o caso Alstom, disse que Moreira não foi citado em nenhum inquérito ou ação relativos ao cartel
de trens e metrô em São Paulo, embora ele conste entre os investigados em uma das fases da apuração.
Já Ademir Venâncio de Araújo foi contatado através do escritório Luiz Fernando Pacheco, que o
defende, mas não houve resposta.
Citado pelos delatores da Operação Lava­Jato, Henry Hoyer de Carvalho não foi localizado. O GLOBO
tentou contato através do celular e do telefone residencial do administrador de empresas.
Entre os envolvidos no escândalo da Previdência, Ilson Escóssia da Veiga e Tainá de Souza Coelho já
morreram. O GLOBO tentou sem sucesso localizar os advogados de Nestor José do Nascimento. Também
telefonou para todos os números da lista telefônica associados a esse nome.
Desde terça­feira, O GLOBO tenta localizar representantes da família Nasser, envolvida nas suspeitas
de fraudes financeiras no Banco Excel Econômico. Nos telefones que constam na internet, ninguém
atendeu. A advogada Sônia Ráo, que representou Edmond Nasser numa ação na Justiça Federal, foi
procurada três vezes, mas não retornou.
PIADA DE MAU GOSTO
Por e­mail, Dov Bigio, filho do ex­gerente do Excel nas Bahamas, classificou como “uma piada” o fato
de constar como cliente do HSBC suíço. “Não sei de onde você tirou estas informações, mas isso não faz o
menor sentido. Em 1997, eu estava no 3º ano de faculdade, nem fazia estágio ainda e, no máximo, fazia
uns trabalhos como freelancer desenvolvendo sites para alguns amigos... Minha renda na época devia ser
de uns R$ 300 por mês ou até menos”.
O GLOBO pediu para que ele entrasse em contato com Alain, seu pai, mas Dov afirmou que não via
“nenhum motivo para envolvê­lo em algo que parece mais uma piada de mau gosto".
Dos envolvidos nas operações Roupa Suja e Sexta­Feira 13, O GLOBO tentou contato com Luciano
Saldanha Coelho, que representa Dario e Rosane Messer na ação que desdobrou o caso. A reportagem
enviou perguntas por e­mail, seguindo indicações do escritório do advogado, mas não obteve resposta. Já
o advogado Ubiratan Guedes, que representa Chaim Zalcberg, afirmou que seu cliente, atualmente com
92 anos, aguarda ansiosamente uma decisão da Justiça para provar sua inocência:
— Ele é a pessoa mais injustiçada que eu conheço, um homem ilibado, com mais de 60 anos de
exercício da advocacia.
Já sobre a conta numerada na Suíça, Guedes disse não ver qualquer ilegalidade:
— Está se criando um mito em torno dessas contas. Ter dinheiro no exterior não é algo proibido —,
disse, sem informar, contudo, se seu cliente informou a existência da conta às autoridades brasileiras.
Beth Tedeschi, que responde pela família Tedeschi, negou a existência de qualquer conta na Suíça:
— Nós não temos nenhuma conta. Não temos nada com isso.
No caso Serpro, o advogado Rogério Maia de Sá Freire, filho de Ricardo José, foi contatado por telefone
na tarde de terçafeira e ficou de responder email com perguntas da reportagem, mas não retornou.
Já no caso do TRE­ RJ, Alexandrina Formagio, advogada e viúva de Marco Túlio Galvão Bueno,
respondeu que “não tem subsídios para responder às perguntas no momento”, que foi “pega de surpresa”
e desconhece qualquer conta em seu nome no exterior.
Joaquim Pizzolante, expresidente da Fundação PróInto, disse que não se lembra de nenhum dinheiro
ou conta na Suíça, mas que iria revisar suas anotações para tentar encontrar algo. Seu advogado,
Leonardo Paradela, garantiu que Pizzolante foi absolvido da denúncia criminal no processo envolvendo as
fraudes no Into.
O advogado da viúva de Laerte de Arruda Correa Júnior, Paloma Helene Abecassis de Arruda Correa, do
caso da Operação Vampiro, não respondeu.
O advogado Felipe Pozzebom, que defende José Alexandre Guilardi de Freitas, envolvido nas denúncias
do Portocred, disse que não tem conhecimento de qualquer conta na Suíça de seu cliente e que não há
qualquer decisão transitada em julgado (sem a possibilidade de recurso) contra Guilardi.
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