O Jornal Brasil Presbiteriano é um órgão oficial
da Igreja Presbiteriana do Brasil
Ano 50 nº 642 – Abril de 2008
Wilson Camargo
Páginas 10 e 11
Divulgação
www.ctaprovida.org
Divulgação
IPB e AEBG: parceiras no Projeto
Minha Esperança
Alternativa Cristã no tratamento de
dependentes químicos e HIV.
Igrejas Presbiterianas auxiliam no
combate à dengue
Páginas 15
Página 20
Página 17
Brasil Presbiteriano
Abril de 2008
Editorial
Devocional
O desafio de ser IPB Apenas uma atitude
E
sta edição conta aos leitores do BP um pouco
sobre a Executiva 2008,
mas o caderno com as resoluções será publicado assim
que recebermos o texto da
Secretaria Executiva. Cada uma
dessas reuniões é um exercício
de presbiterianismo que não
pode ser subestimado, numa
época em que a denominação
sofre tantos ataques.
O desafio de ser igreja sob
ataque foi colocado pelo apóstolo Paulo aos presbíteros de
Éfeso (At 20.29,30). Ele foi
claro: viria chumbo de dentro
e de fora. Os “lobos vorazes”
não dariam sossego ao rebanho, o que é próprio dos lobos,
sendo por isso fundamental que
os responsáveis permaneçam
atentos. Ao longo dos séculos,
violência física e bombardeio
doutrinário heterodoxo têm fustigado a igreja e não é diferente
hoje. E nem precisávamos de
mais uma ameaça, mas ela aí
está, como avisou o apóstolo:
“homens falando coisas pervertidas para arrastar os discípulos
atrás deles”, esses surgindo em
nosso próprio meio.
A igreja nunca teve tranqüilidade e sofreu mais quando
supôs ter, esquecendo-se das
palavras da exortação apostólica (v.31). Vigiar é preciso. Daí
vermos como motivo de louvor
e gratidão a Deus a firmeza
demonstrada pela Executiva
diante de questões polêmicas,
mas também nos inspira acompanhar a boa obra em que a IPB
está envolvida, como se constata ao ler as matérias e notícias
desta edição.
Vigiar e... trabalhar.
“Tal como o Filho do
homem, que não veio
para ser servido, mas
para servir e dar a sua
vida em resgate por
muitos”
(Mateus 20.28).
Carlos Henrique
E
ra uma bela e radiante manhã de sol.
Estávamos todos na
praia aproveitando das belezas da criação, dádiva de
Deus. As crianças, os adultos e os jovens brincavam
alegremente expostos a um
sol deliciosamente controlado
pelo supremo criador.
As pessoas se entretinham
nadando, correndo, se expondo ao sol, batendo papo com
os amigos debaixo de um
guarda-sol, comendo um salgadinho ou uma espiga de
milho verde. Os vendedores
perambulavam entre a multidão com os seus produtos:
picolés, milho verde, salgadinhos, espetinhos, balões,
bonés, óculos. Quantas coisas.
O carrinho do picolé parou e
todos pediram picolé de milho
verde. O vendedor disse que
só tinha mais quatro; exatamente um picolé para cada
um de nós. Cada um pegou
o seu e começou a desembalá-lo, quando, acidentalmente,
a menininha linda de olhos
azuis e cabelos cacheados, a
mais nova da família, que mais
parece um anjo do que uma
criança derrubou o seu picolé
no chão.
Ela não teve tempo suficiente
para esboçar uma reação de
choro, pois o irmãozinho de
lindos olhos verdes, meigo,
dócil e extremamente dadivoso, vendo o que aconteceu,
imediatamente esticou o seu
braço e disse: – “não chore
minha irmãzinha, pode ficar
com o meu”. Ele não tinha
tirado o papel do seu picolé
ainda. Ficamos atônitos, ele
simplesmente disse: – “não
tem problema mamãe, eu pego
outro de outro sabor”. Foi apenas uma atitude. Uma atitude
simples, mas que denota carinho, amor, desapego às coisas
e uma profunda capacidade
de se doar em favor do outro.
Naquela manhã ensolarada à
beira da praia aprendi uma
grande lição.
Aprendi que uma criança é
capaz de gestos extraordinários que arrancam lágrimas do
mais frio dos seres humanos.
Aprendi que um simples gesto
de amor pode despertar o mais
profundo sentimento de grati-
EXPE­DIEN­TE
Ano 50, nº 642 – Abril de 2008
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O Rev. Carlos Henrique é capelão
institucional do Instituto Presbiteriano
Mackenzie
Assinaturas
Brasil PRES­BI­TE­RIA­NO
Órgão Oficial da
dão. Aprendi que uma atitude
pode construir ou destruir os
mais belos sonhos de nossa
frágil existência. Naquela
manhã o belo menino de lindos olhos verdes ensinou que
é possível construir um mundo
melhor.
Vivemos numa sociedade
profundamente marcada pelo
egocentrismo, pelo materialismo e pelo consumismo, correntes ideológicas invisíveis
que consomem a todos e a
tudo. Porém, quando testemunhamos uma atitude tão simples, mas, ao mesmo tempo,
tão encharcada de amor, só
temos que levantar as mãos
aos céus cheios de alegria e
dizer: “Glória a Deus”.
Que bom seria se fôssemos
capazes de abrir mão do que
temos em prol da necessidade do próximo, se tivéssemos essa capacidade rápida e
espontânea de doar ao outro
aquilo que ele precisa. Que
bom seria se seguíssemos na
prática o exemplo maior de
nosso Senhor Jesus Cristo e
nos dispuséssemos a viver
como ele viveu: “Tal como o
Filho do homem, que não veio
para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate
Uma publicação
do Conselho de
Educação Cristã e
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Brasil Presbiteriano
Abril de 2008
Consultório Bíblico
Existência de Deus
Odayr Olivetti
P
ergunta: 1 - “Não é
lamentável a personalidade de Ló?”
Resposta: O consulente acusa:
Ló entregou suas filhas, vacilou
na fuga, embebedou-se; suas
filhas cometeram incesto.
Pretendo responder em três
partes. Nesta primeira, consideremos:
1. Ló era pecador. Não se
pode esperar de um pecador que ele nunca vai pecar.
Entretanto, a Bíblia afirma que
Ló era justo. Depois de dizer
que Deus reduziu a cinzas as
cidades de Sodoma e Gomorra,
e que as ordenou “à ruína completa, tendo-as posto como
exemplo a quantos venham a
viver impiamente”, a Bíblia
declara, em 2 Pedro 2.6-8, que
Deus “livrou o justo Ló, afligido pelo procedimento libertino
daqueles insubordinados (porque este justo, pelo que via
e ouvia quando habitava entre
eles, atormentava a sua alma
justa, cada dia, por causa das
obras iníquas daqueles”. – Ele
se afligia com o procedimento libertino dos moradores de
Sodoma; hoje vejo muitos e
muitos que se dizem religiosos, aceitarem passivamente, às
vezes até com certo prazer, os
procedimentos libertinos que a
mídia expõe abertamente. No
texto citado, note-se a repetição: “o justo Ló”, “este justo”,
“sua alma justa”.
2. Mas, que é um justo? A
Bíblia declara que não existe
nenhum justo. Citando o Salmo
14.3, o apóstolo Paulo afir-
ma em Romanos 3.10: “Não
há justo, nem um sequer”. Se
ninguém é justo, como é que
a Bíblia se refere a ”justos e
injustos” (Mt 5.45), e, no presente caso, chama Ló de justo?
No conceito bíblico, é justo
aquele que foi revestido da justiça de Deus em Cristo. Cristo
se revestiu do nosso pecado e
da nossa culpa; pagou a nossa
culpa com Seu sacrifício, cumpriu perfeitamente a lei que não
conseguimos cumprir. Por Sua
obediência (Fp 2.6-8) adquiriu
a reconciliação com o Pai que,
misteriosa mas realmente, O
havia desamparado no momento
culminante do sacrifício vicário,
e vestiu com Sua justiça perfeita
os que nele crêem, como se vê
claramente em 2 Coríntios 5.21:
“Aquele [Cristo] que não cometeu pecado, ele [Deus o Pai] o
fez pecado por nós; para que,
nele, fôssemos feitos justiça de
Deus”. – Em suma: Na cruz,
Deus viu em Seu Filho amado o
nosso pecado, os nossos crimes
de lesa Divindade e a nossa
culpa merecedora da maior
condenação. No cristão (i.e.,
naquele que verdadeiramente
crê em Jesus Cristo como o
Messias, o Filho eterno do Deus
eterno, o único Mediador entre
Deus e o homem) – no cristão,
Deus vê a justiça de Cristo.
Por isso, apesar de o homem
salvo continuar sendo pecador
na terra, é aceito e declarado
justo por Deus (justificado pela
fé em Cristo). Pela fé em Cristo
o pecador, morto em delitos e
pecados, recebe vida, com base
na graça de Deus (Ef 2.1-8).
Em Romanos 5.2, diz a Palavra
de Deus: “Justificados, pois,
mediante a fé, temos paz com
Deus por meio de nosso Senhor
Jesus Cristo – Tenha vivido no
tempo da espera do Messias, na
antiga dispensação, ou depois, o
justo é o pecador que foi justificado pela fé em Cristo.
Espera-se que o justo não
peque, e ele deve empenharse em não pecar. Disse Deus:
“Sede santos, porque eu sou
santo” (Lv 11.44,45; 19.2; 20.7;
1 Pe 1.16). E em 1 João 2.1 diz
o apóstolo: “Filhinhos meus,
estas coisas vos escrevo para
que não pequeis. Se, todavia,
alguém pecar, temos Advogado
junto ao Pai, Jesus Cristo, o
Justo”. – Louvado seja Deus!
O Rev. Odayr Olivetti é pastor
presbiteriano, ex-professor de Teologia
Sistemática do Seminário Presbiteriano
de Campinas, escritor e tradutor. Email: [email protected]
Artigo
O Legado da Escola Dominical
Wilson do Amaral Filho
D
esde os idos tempos de
Roberto Raikes, criador
da Escola Dominical,
essa modalidade de trabalho na
igreja não cessou. É verdade
que muitos grupos evangélicos
brasileiros não a utilizam, porém
esse fato não a invalida, nem a
diminui.
A Escola Dominical compreende desde a criancinha recémnascida até a pessoa mais idosa
da igreja. Está presente na vida
desde o nascimento até a morte.
Pode-se dizer que é a única estratégia educacional da igreja que
atinge simultaneamente todas as
faixas etárias de sua membresia
e agregados.
Ela se propõe a compartilhar
o conhecimento das Escrituras
de acordo com a capacida-
de cognitiva de seus alunos. A
evolução desse conceito teve a
ajuda daquelas ciências humanas que pesquisam a capacidade
de aprender e ensinar do ser
humano. Assim, para cada faixa
etária existem técnicas e materiais de apoio apropriados. Por
essa razão, o material didático
destinado às escolas dominicais
precisa ser preparado por gente
que entenda do assunto.
O currículo da Escola é sempre
o mesmo – as Escrituras – com
vistas a moldar, cada vez mais,
a imagem de Cristo nos alunos
(Rm 8.29). O que muda é a
forma de trabalhar com a Bíblia.
A mesma história, o mesmo
princípio, a mesma doutrina,
etc., recebem luzes, enfoques e
aplicações diferentes no decorrer da vida e de suas demandas.
Na Escola Dominical os cris-
tãos também têm a oportunidade de descobrir e desenvolver
as capacidades conferidas pelo
Senhor, para a edificação do
corpo de Cristo.
Surgem aqueles com maior
capacidade de docência, que
se transformam em mestres da
Bíblia. Esses alunos precisam
ser incentivados, mediante treinamento continuado, a assumir
seus postos de colunas da igreja.
Surgem também poetisas e poetas, cantoras e cantores, músicas
e músicos, compositoras e compositores, pastores, presbíteros,
diáconos, contadoras e contadores de história, presidentes...,
amigos de Deus e amigos entre
si. Quem freqüenta sabe disso.
É sabido que a Escola
Dominical enfrenta dificuldades
em muitos lugares, com poucos
alunos, baixa freqüência e pouca
gente disponível para ensinar.
Outras prioridades têm tomado
o lugar da Escola Dominical na
vida dos cristãos. O prejuízo é
evidente.
Diante das pressões da vida
contemporânea, os cristãos adultos estão cada vez mais inseguros, como quem perdeu o primeiro amor; os jovens sofrem
tentações pesadíssimas e muitos
sucumbem por falta de fundamentos; as crianças crescem sem
instrução e socialização cristãs.
Pode-se argumentar que a
Escola Dominical não gradua
ninguém e que sua fórmula é
ultrapassada e cansativa. Para
evitar tais comentários muitos
esforços são feitos para torná-la
dinâmica. Isto pode ser assunto
para outra hora. Mas ainda que
a Escola Dominical sofra tal
desprezo e incompreensão, sua
importância para o Reino de
Deus é muito grande. Ela deve
perseverar.
As igrejas, por seus Conselhos
e Conselhos de Educação Cristã
locais, precisam continuar insistindo na instrução programada
para professores e alunos; aperfeiçoando os métodos e mantendo os princípios; amando o
ensino e amando as pessoas;
buscando a glória de Deus e a
riqueza do conhecimento, porque este é o seu legado.
Enquanto houver, em qualquer parte, paixão pelo ensino
da Palavra de Deus, a Escola
Dominical será sempre um meio
eficiente e eficaz no processo
de conduzir pessoas ao conhecimento de Deus e de si mesmas.
O Rev Wilson do Amaral Filho é pastor
presbiteriano. Professor de TS na Escola
Superior de Teologia do Mackenzie.
Abril de 2008
Brasil Presbiteriano
Brasil Presbiteriano
Abril de 2008
Lições da História da Igreja
Tradições: Problemáticas ou Benéficas?
Revista Christian History
Alderi Souza de Matos
ma das grandes controvérsias da Reforma do
século 16 girou em torno
da tradição eclesiástica,
valorizada pela igreja católica
como fonte de verdades cristãs
e rejeitada pelos protestantes,
que queriam ficar somente com
a Bíblia (sola Scriptura). Em si
mesmo, o termo “tradição” (em
grego parádosis e em latim traditio) tem uma acepção positiva, significando “entrega” ou
“transmissão”, neste caso, das
verdades da fé. Embora Jesus
tenha repudiado certas tradições
religiosas dos judeus como distorções ou mesmo contradições
da lei de Deus (ver Mt 15.3,6 e
Mc 7.8,9,13), os apóstolos tiveram uma atitude muito construtiva em relação a esse conceito,
numa referência os ensinos que
receberam de Cristo e transmitiram às igrejas (1 Co 11.2; 2
Ts 2.15). Em conexão com esse
tema, Paulo usa várias vezes
a fórmula “porque eu recebi o
que também vos entreguei” (1
Co 11.23; 15.3).
As legítimas tradições cristãs originais foram preservadas
pelos apóstolos nos livros do
Novo Testamento. Acontece
que com o passar dos séculos a
igreja começou a acolher certos
ensinos e práticas para os quais
não havia um claro precedente bíblico, ou que até mesmo
pareciam conflitar com o texto
sagrado. São exemplos disso o
papado, a veneração dos santos, dos anjos e de Maria, a
missa, o sacramento da penitência e o purgatório. Essas
noções e muitas outras passaram a constituir a tradição da
igreja, considerada como tendo
a mesma validade e autoridade
que as Escrituras. Em reação à
Reforma Protestante, o Concílio
de Trento (1545-1563) definiu que as verdades do evangelho estão contidas tanto na
U
Peregrinos medievais viajando para visitar o túmulo do arcebispo Thomas
Becket
Bíblia como nas tradições orais
dadas à igreja por Cristo e pelo
Espírito Santo e preservadas
mediante a sucessão apostólica.
O problema com esse entendimento é a falta de evidências de
que isso tenha ocorrido. Além
disso, se esses ensinos eram
tão fundamentais, por que não
foram incluídos nos livros do
Novo Testamento?
Todavia, os herdeiros da
Reforma não devem se apressar em acusar os católicos e os
ortodoxos gregos pela importância que atribuem à tradição, porque o protestantismo,
como todo movimento religioso, também possui as suas
tradições ou, para utilizar uma
expressão corrente em certos
círculos, os seus “usos e costumes”. São exemplos disso as
histórias dos diferentes grupos,
as experiências dos fundadores,
Alderi Souza de Matos
As 95 Teses de Lutero contra as indulgências,
na porta da igreja de Wittenberg
os documentos confessionais, a
legislação eclesiástica, as praxes litúrgicas e administrativas e as idéias dos pensadores
mais influentes. Tanto igrejas
antigas, como a presbiteriana,
com seus quase 500 anos de
história, como as recentes igrejas neopentecostais, possuem
suas tradições, que tendem a se
tornar altamente valorizadas e
reverenciadas.
Alguém dirá: sim, mas as tradições não têm no protestantismo o mesmo status e a mesma
centralidade que recebem na
experiência católica. O fato é
que o apreço pela tradição pode
ser até um tanto inconsciente,
mas certamente existe nas igrejas que resultaram da Reforma,
e poucos estão dispostos a abrir
mão delas, porque são parte de
sua identidade e autocompreensão. Assim, a primeira coisa
que os evangélicos, inclusive os
presbiterianos, precisam fazer é
admitir honestamente que também possuem tradições, isto
é, valores e práticas que não
são extraídos diretamente das
Escrituras. A Confissão de Fé
de Westminster aponta para isso
ao falar das “circunstâncias”
quanto ao culto e ao governo
da igreja que devem ser ordenadas pela “luz da natureza
e pela prudência cristã” (1.6).
Em segundo lugar – e aqui
está a parte mais difícil – eles
devem reafirmar o seu compromisso com o princípio de
sola Scriptura e compreender
que suas tradições, por importantes que sejam, são construções humanas e não podem ser
incluídas na categoria de verdades reveladas e divinamente
inspiradas. Que Deus conceda
à sua igreja a sabedoria para
fazer essas distinções necessárias.
O Rev. Alderi Souza de Matos é
pastor presbiteriano e historiador oficial da IPB. E-mail: asdm@mackenzie.
com.br
Brasil Presbiteriano
Abril de 2008
Aniversários
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38º Aniversário da Igreja
Presbiteriana de Araras
A Igreja Presbiteriana de
Araras completou 38 anos
de organização, dia 01 de
fevereiro. A comemoração
ocorreu dias 24 e 25 de
fevereiro. No dia 24 pregaram, pela manhã, o rev.
Emerson Baran Santos
e, à noite, o rev. Pedro
Alves de Oliveira. No dia
25, o pregador foi o rev.
Hernandes Dias Lopes.
Participaram do culto
representantes de todas
as igrejas do Presbitério
de Leme (PLME).
O rev. Ádler tem orado
para que esse ano seja
um ano de “colheita de
almas” e, para isso tem
desafiado os crentes com
a campanha: “Pescadores
de Homens”. Cada membro da igreja tem a responsabilidade de orar e
evangelizar, pelo menos,
cinco pessoas durante
esse ano.
Pb. Baghin, Pb. Nilman, Rev. Ádler, Rev. Hernandes, Pb. Jonas e Pb. Elizeu
(Conselho da IP Araras com o Rev. Hernandes)
Como surgiu a Igreja Presbiteriana de Manhumirim: Lutas e Conquistas
Por Marcos Alexandre
de Faria Moreira
Graduado em História
e membro da Igreja
Presbiteriana de
Manhumirim
O primeiro encontro presbiteriano em Manhumirim
ocorreu no ano de 1912.
Foi um culto dirigido pelo
rev. Aníbal Nora, realizadona residência de um
senhor chamado Francisco
Bastos. A partir daí, abriu-se
o caminho para a organização de uma congregação. Pouco tempo depois,
um fazendeiro de nome
Alfredo Breder construiu
ótimas casas de residência na cidade, e aconteceu
em um salão cedido por
ele o início de uma Escola
Dominical, que se tornou oficialmente Congregação da
Igreja Presbiteriana de Alto
Jequitibá. Em pouco tempo
a congregação adquiriu um
terreno onde construiu o
seu salão de cultos.
A Igreja Presbiteriana
de Manhumirim escreveu
muitas páginas da história
desse município. Alfredo
Breder, que os memorialistas da região afirmam ter
sido um dos defensores e
colaborador para emancipação do distrito, mudou-se
para a Vila de Pirapetinga
por volta de 1919 e, no ano
seguinte, iniciou a construção do prédio onde funcionaria uma escola. Breder
cedeu o salão para o funcionamento da congregação presbiteriana e, com
isso, nossa igreja foi enfim
organizada pelo Presbitério
Espírito Santo-Minas (hoje,
desmembrado: Presbitério
Leste de Minas-PLMN).
A organização ocorreu dia
26 de março de 1922, com
123 membros. Seu primeiro
pastor foi o rev. Aníbal Nora,
da Igreja de Alto Jequitibá,
que fez parte da Comissão
Organizadora. Nos 86 anos
de abençoada existência
a Igreja Presbiteriana de
Manhumirim, contou com
dezoito pastores.
No decorrer dos anos,
a atuação presbiteriana foi
aumentando na cidade e
foram criadas mais duas
Igrejas, a de Vista Alegre
(Córrego do Lessa) e a IP
Cidade Jardim. “Em seus 86
anos, a Igreja Presbiteriana
de Manhumirim sempre procurou servir a Deus, pautando seu excelente serviço na
Bíblia Sagrada, respeitando
e caminhando fraternalmente com as outras comunidades cristãs presentes no
município” (Matéria publicada em 3/4/2006 no Jornal
Tribuna do Leste).
Com inúmeros motivos
para agradecer e louvar a
Deus pelas bênçãos recebidas nesses anos todos,
parabenizamos a Igreja
pelos seus 86 anos de existência e evangelização, por
seu sonho de permanecer
crescente e atuante, e também pelas vitórias conquistadas anunciando o Reino
de Deus. Soli Deo Gloria.
Os cultos de gratidão
pelos 86 anos de organização da Igreja Presbiteriana
de Manhumirim aconteceram dias 29 e 30 de março
de 2008. O pregador foi
o rev. Evaldo Beranger, da
equipe pastoral da Igreja
Presbiteriana do Rio de
Janeiro.
Divulgação
Conselho da IP Manhumirim no aniversário
de 86 anos
Fachada do Templo da IP Manhumirim
Brasil Presbiteriano
Abril de 2008
Aniversários
Congregação Presbiteriana
da Praça Seca
Memória e saudade
Rev. João Dantas:
Vida de testemunho! Herói
da Fé!
Ações de Graças pelo 2º aniversário da
Congregação
Por Clemildo Brunet
Radialista
Rev. Josias Vieira Sistons
Pastor da Congregação Presbiteriana da Praça Seca
Dormiu no Senhor na dia 25 de fevereiro de 2008, na cidade sertaneja de
Pombal, o pastor jubilado da IPB, rev.
João Dantas Neto. Seu testemunho em
vida o coloca entre aqueles heróis da
fé que a Bíblia retrata como, “homens
dos quais o mundo não era digno” (Hb
11.38).
Um santo, na expressão da palavra
de Deus, um separado. Filho de Paulo
Dantas da Costa e Maria Dantas de
Assis, nasceu no dia 10 de outubro
de 1933, no sítio formiga município
de Pombal. Foi batizado na Igreja
Presbiteriana de Imburaninha no dia
03 de agosto de 1940, pelo rev. José
Martins Ferreira. Sua profissão de fé se
deu no dia 31 de dezembro de 1948,
Divulgação
Congregação Presbiteriana Praça Seca
A Congregação Presbiteriana da Praça Seca/RJ,
localizada à Rua Cândido
Benício, 2399, comemorou
o seu 2º aniversário no último dia 29 de março.
Resumo histórico
No início de janeiro de
2006, o rev. Josias Vieira
Sistons, pastor auxiliar da
Igreja Presbiteriana de
Honório Gurgel, foi residir
com sua família no bairro
da Praça Seca. Conheceu
a dimensão do bairro, visitou muitas outras igrejas e
percebeu a carência de um
trabalho presbiteriano. O
rev. Josias entrou em contato com algumas famílias
presbiterianas que apoiaram na abertura do trabalho
de plantação da IP da Praça
Seca. Com a aprovação do
Conselho da IP de Honório
Gurgel, foi iniciado o trabalho no dia 05 de abril de
2006 nas dependências da
antiga AEPAM (instituição
inaugurada dia 30 de junho
de 1959, pelo saudoso rev.
Laudelino de Oliveira Lima
Filho), atual Instituto SócioCultural Eu Sou, dirigida
pelo diácono Paulo César
Correa da IP de Curicica.
No culto de Ações de
Graças, além da presença marcante da igreja mãe
– IP de Honório Gurgel,
muitas igrejas foram representadas somando quase
90 pessoas adorando a
Deus. Participaram o quarteto “Ceifeiros do Rei”, do
coral feminino da IP de
Honório Gurgel e a banda
“Nosso Louvor” da IP de
Coelho Neto. O dirigente litúrgico foi o pastor da
Congregação, rev. Josias,
e o pregador o rev. Carlos
Vargas Farias, pastor efetivo da IP de Honório Gurgel.
Contamos também com a
presença do rev. Eli Oliveira
de Salles, pastor auxiliar da
IP de Honório Gurgel, e com
a presença do Conselho
daquela igreja.
Divulgação
Rev. João Dantas Neto
sendo oficiante o rev. Abel Cordeiro de
Moura.
No dia 25 de janeiro de 1970 foi ordenado pastor pelo mesmo Presbitério, tendo
sido enviado para pastorear as igrejas
de Sousa e Imburaninha, realizando
ainda os atos pastorais da Congregação
de Alagoa Grande até 1974.
Como ministro da Palavra de Deus,
esse pastor exerceu durante o seu
ministério as funções de Secretário
Presbiterial de Educação Religiosa,
Sociedade Auxiliadora Feminina, União
de Mocidade Presbiteriana e União
Presbiteriana de Homens. Mesmo após
a jubilação não recusava convite para
pregar, pois entendia que o trabalho no
Senhor não é em vão.
Assim foi o pastor João Dantas: um
autêntico servo de Deus. Obediente e
fiel em tudo. Atendia com integridade as
determinações dos Concílios da Igreja
Presbiteriana do Brasil.
No seu sepultamento, muitos pastores
testemunharam a seu respeito, declarando que buscavam seus conselhos na
busca de ajuda e orientação espiritual.
Era amigo, conselheiro, humilde, piedoso e abnegado.
Falecimento:
Rev. Arinaldo Ribeiro Santos
Por rev. Edmilson
Comunicamos o falecimento do rev.
Arinaldo Ribeiro Santos. O referido
ministro da Igreja Presbiteriana do Brasil
foi promovido à glória celestial na tarde
do dia 22 de março de 2008. Era casado
com Nerci, pastoreou as seguintes igrejas em Volta Redonda, Rio de Janeiro:
1ª Igreja Presbiteriana de Volta Redonda
(onde recebeu o título de pastor emérito), 7ª Igreja Presbiteriana de Volta
Redonda, IP Central e atualmente após
sua jubilação, era pastor colaborador na
2ª Igreja Presbiteriana de Volta Redonda.
A família da IPB em Volta Redonda presta suas condolências e se solidariza com
a irmã Nerci neste momento de luto.
O corpo foi velado no pavilhão da 2ª
IPVR, situado na Av. Presbiteriana, bairro Retiro, em Volta Redonda. A cerimônia de ato fúnebre foi realizada na 2ª
IPVR e o sepultamento aconteceu dia
23, às 11h.
Louvamos a Deus pelo privilégio de
conhecer e trabalhar com o rev. Arinaldo
Santos. Que o Senhor conforte e abençoe a irmã Nerci, os familiares e os
amigos.
Brasil Presbiteriano
Abril de 2008
Aconteceu
VI Encontro de Mobilizadores
e Líderes de Missões
Acontecerá no dia 07/06/2008, na cidade de São Paulo, o VI ENCONTRO DE
MOBILIZADORES E LÍDERES DE MISSÕES,
promovido pela APMT e JMN.
O tema deste ano "Anunciando as Insondáveis
Riquezas de Cristo" reflete o teor da obra missionária. Queremos convidar você a participar,
pois cremos que será altamente enriquecedor
para a sua vida e, conseqüentemente, para
a sua igreja. Olhemos para o mundo que se
encontra perdido, carecendo de conhecer o
amor de Deus, e nos unamos na tarefa da
proclamação.
Fotos: divulgação
primeira até 30/04/2008 e a segunda até 30/05),
totalizando R$ 60,00. O depósito deve ser feito
em nome de APMT – Agência Presbiteriana
de Missões Transculturais - Banco do Brasil
- Agência: 0635-1 C/C:7500-0 - Transferência
on-line - CNPJ: 04138895/0001-86. * Enviar
fotocópia do comprovante de depósito.
Lançada pedra fundamental
do futuro templo da Igreja
Presbiteriana em Tamboré
por Renato Jong,
obreiro da IP em Alphaville
A Igreja Presbiteriana em Alphaville realizou
no último dia 16 de março o assentamento da
pedra fundamental do futuro templo da IP em
Tamboré, Barueri, São Paulo.
A igreja reuniu-se sob uma tenda armada no
terreno de 5.000 m2 que foi cedido pela IPB,
através do Instituto Presbiteriano Mackenzie
em Tamboré, para a construção do futuro
templo.
Esteve presente o rev. Roberto Brasileiro,
presidente do Supremo Concílio, que trouxe a
mensagem, além de vários pastores, irmãos
Um pouco de nossa História
Ainda candidato ao Sagrado Ministério, o
agora rev. Ricardo recebeu do rev. Carlos
Alberto Brito Braz, seu tutor eclesiástico, o
desafio para início de uma reunião de oração
com o objetivo da formação de um ponto
de pregação no Tamboré. Nascia assim a
Congregação Presbiteriana em Tamboré, da
Igreja Presbiteriana em Alphaville.
Ricardo, sua esposa Vera Lúcia e os filhos
(João Ricardo, Raquel e Davi) iniciaram no primeiro domingo do mês de junho de 2002 uma
reunião de oração em sua casa à Alameda
Colônia, 148 – Alphaville Residencial Zero.
Fizeram parte desse grupo inicial os irmãos
Eduardo e Denise Kerr e filhos, Fábio e
Alexandra Marques, rev. Edgar dentre outros.
A partir de novembro de 2002, o grupo passou a realizar culto dominical em espaço
cedido pelo Instituto Presbiteriano MackenzieTamboré. Vale a pena lembrar que no mesmo
local, em 1985, iniciou-se o trabalho da Igreja
Presbiteriana em Alphaville, sob a liderança
do rev. Carlos Alberto.
Em 2003, Ricardo foi licenciado pelo
Presbitério, e juntamente com seu novo tutor,
Cartaz do evento promovido pela
APMT e JMN
O evento acontecerá nas dependências da
Igreja Presbiteriana Unida de São Paulo, à
Rua Helvetia, 772, Campos Elíseos, São
Paulo, SP (fica bem próximo à estação Santa
Cecília do metrô). O telefone da igreja: (11)
3337-3344.
Serão oferecidos: o material, o almoço e o jantar. A inscrição oferece duas opções de pagamento: 1ª Opção – depósito até 30/04/2008 –
R$ 54,00; 2ª Opção – 2x de R$ 30,00 (sendo a
Pastores presentes no assentamento da pedra fundamental da IP em Tamboré-SP
e amigos. Também falaram o rev. Hilder
Campagnucci Stutz, pastor titular da IP em
Alphaville, rev. Ricardo Gomes Gutierrez, pastor auxiliar junto à Congregação em Tamboré,
além da participação do Coral da IP em
Alphaville.
rev. Dídimo de Freitas, atuou no trabalho da
Congregação até dezembro daquele ano.
Em fevereiro de 2004 Ricardo Gutierrez foi
ordenado pelo PREP (Presbitério Pirituba),
ficando responsável pela Congregação do
Tamboré, que continuava a reunir-se no salão
Brasil Presbiteriano
Abril de 2008
Aconteceu
do Auditório do Prédio 3. Nesse ano teve início
a organização de uma orquestra, que cresceu
alcançando em um ano o número de 40 instrumentos, sendo 25 participantes membros
da congregação.
A primeira cerimônia de batismos e profissões
de fé ocorreu em 2004, com dezesseis batismos com profissão de fé e três profissões de
fé de adultos. Alguns desses membros mudaram de endereço, saindo do rol de membros.
Em 2005 foi organizada a Escola Bíblica
Dominical, que passou a usar salas do Prédio
3 do Mackenzie.
O foco do trabalho em Tamboré foi expandir o trabalho local e desenvolver sua visão
missionária para outras regiões do país e do
mundo. A experiência do rev. Ricardo, a ajuda
do rev. Hilder Campagnucci Stutz e a do presbítero Eduardo Kerr foram decisivas para a
mobilização e criação do Projeto “Semeando
Vida” que, a partir de 2006, vem realizando
(congregação e sede) viagens missionárias
a várias regiões do país (Alagoas, Maranhão,
Minas Gerais, Bahia, Rio Grande do Sul e
São Paulo). Parcerias com a JMN, APMT,
PREP e Igrejas irmãs, permitiram o avanço, o
despertamento e o crescimento do chamado
missionário. Na primeira viagem missionária
participaram a dra. Maria Célia, a missionária
Denise, os diáconos Jacó e Fábio Nobre, além
do rev. Ricardo.
Deus continuou a nos abençoar e, em 2007 a
Igreja Presbiteriana em Alphaville recebeu por
doação um terreno do Instituto Presbiteriano
Mackenzie, para a edificação da nossa igreja
em Tamboré.
Realizamos esse culto de Ação de Graças e
o assentamento da pedra fundamental desta
casa de oração para o louvor e adoração ao
Deus Eterno. A ele toda honra e glória!
outras programações definindo um enfoque
de interesse das mulheres presbiterianas.
Fotos: divulgação
SAF da 1ª IP de Eunápolis-BA em visita
a cidade de Porto Seguro
Encontro de pastores e
oficiais do Presbitério
Setentrional
UCP – IPB Realiza a segunda
edição de seu congresso
nacional
Fonte: Portal IPB
Rev. Arnobio Loula Dourado
Presidente do Presbitério Setentrional
Nos dias 07 a 10 de fevereiro de 2008, o
rev. Ludgero Bonilha de Morais, Secretário
Executivo do SC/IPB, falou às igrejas: Quinta
Igreja Presbiteriana de Manaus; Segunda
Igreja Presbiteriana de Manaus; Igreja
Presbiteriana do Crespo e Igreja Presbiteriana
Cidade Nova, todas em Manaus. O motivo
da visita foi o Encontro de Pastores e ofi-
Primeiro Congresso UCP-IPB, realizado
ano passado
1ª IP de Eunápolis comemora
Dia Internacional da Mulher
A SAF da 1ª Igreja Presbiteriana de Eunápolis,
na Bahia, promoveu dia 08 de março uma
programação com um passeio à cidade de
Porto Seguro-Ba, em comemoração ao dia
Internacional da Mulher.
O passeio transcorreu num clima de muita
animação e entusiasmo, com dinâmicas, entre
outras atividades, e almoço à beira mar, além
de visitas a vários pontos turísticos e monumentos históricos de Porto Seguro, como a
Cidade Alta e Coroa Vermelha.
A diretoria da SAF anuncia que em breve terá
ciais do Presbitério Setentrional, com o tema
“O Princípio Regulador do Culto e a Igreja
Reformada”.
Foram momentos de consolidação do que
já se crê, bem como de reconhecimento por
parte de alguns, de que a forma como cultuamos é tão importante quanto a doutrina que
professamos. Houve arrependimento, edificação, consolo e uma comunhão entre os que
participaram que não somente gerou expectativa de um retorno do tema, como vontade de
levar outros para desfrutar de momentos tão
preciosos em uma próxima oportunidade.
Bendito seja o Senhor Deus pela nossa IPB
e por aqueles que ele tem levantado como
líderes, cuja piedade é inspiradora.
Rev. Ludgero Bonilha fala aos oficiais
do Presbitério Setentrional-Manaus
A Secretaria Geral do Trabalho com a Infância,
da IPB, promove, entre 22 e 25 de maio
de 2008, em Recife (PE), a segunda edição do Congresso Infantil Primeiros Passos,
cujo objetivo é formar e atualizar líderes
da União de Crianças Presbiterianas ou do
Departamento Infantil das Igrejas. O rev.
Jáder Borges, que está à frente da secretaria, afirma que a finalidade de tal encontro é
descobrir talentos dentro da IPB mediante o
intercâmbio de experiências entre servos e
servas com disposição para compartilhar e
aprender mais sobre o trabalho com crianças.
O número de vagas é limitado.
Palestrantes: rev. Márcio Alonso; rev. Jáder
Borges e Presb. Solano Portela.
As inscrições poderão ser feitas no site www.
ipb.org.br/ucp
10
Brasil Presbiteriano
Abril de 2008
Brasil Presbiteriano
Reunião da Comissão Executiva do Supremo Concílio
A
Abertura
No dia 24, segunda-feira, às
14 horas, foi realizado o culto a
Deus na abertura dos trabalhos da
reunião, na Capela do Mackenzie
(IPM). O programa foi dirigido
pelo rev. Augustus Nicodemus
Lopes, chanceler do IPM.
O rev. Roberto Brasileiro, presidente do Supremo Concílio da
IPB, trouxe uma breve exposição
da Palavra de Deus, baseado em
Mateus 24. De acordo com o
terra e empenhar-se na expansão
do Reino de Deus.
O rev. Roberto Brasileiro mencionou o trabalho que a IPB vem
realizando na área missionária,
lembrou dos investimentos feitos
nessa área pela Igreja (52% de
tudo que é arrecadado) e de como
esse trabalho é importante para o
crescimento e fortalecimento da
igreja.
Antes de finalizar sua mensagem, o rev. Roberto expressou
o seu desejo de ver a CE exami-
nando com atenção e dedicação
todos os documentos para análise, para que, desse modo, a IPB
continue a crescer e cumprir sua
missão.
Após a oração final do presb.
Adilson Vieira, presidente do
Subcomissões
Fotos: Wilson Camargo
Rev. Ludgero Bonilha, Rev. Roberto Brasileiro, Rev. Cilas Cunha e Rev. Osvaldo Hack
Culto de Jubilação
Fonte: Portal IPB
N
o dia 26 foi celebrado
o culto dos jubilados,
pastores presbiterianos que completaram 70 anos
de idade. Pregou a palavra de
Deus o rev. Wadislau Gomes,
Secretário Geral de Apoio
Pastoral. Proferiu palavras de
incentivo aos pastores que,
segundo ele, têm muito o que
ensinar às gerações futuras. Dos
jubilados, esteve presente o rev.
Mário Alves. Ele e sua esposa
Meire foram homenageados no
plenário.
Culto de abertura realizado na Capela do Instituto Presbiteriano Mackenzie
(SP). Na reunião da CE são tratadas as matérias mais importantes
que envolvem a denominação e
as maiores preocupações da IPB
no interregno do SC. Como as
anteriores, a reunião da Comissão
Executiva 2008 foi extremamente positiva para a vida da IPB e
todos os assuntos foram tratados dentro da maior seriedade.
As decisões refletem o que é a
IPB hoje, pois reafirmam os seus
valores confessionais e um enorme respeito à sua Constituição.
Destaque para a participação
ativa de todos os sínodos do
Brasil, mostrando que a Igreja
tem olhado para o todo, mas respeitando sempre as diferenças do
nosso país.
Rev. Roberto Brasileiro,
presidente do Supremo
Concílio da IPB
rev. Roberto, a passagem bíblica
representa bem o momento em
que a Igreja vive, num mundo
cheio de desafios e contradições,
e numerou três pontos a serem
levados em consideração pelo
corpo de Cristo:
1. A Igreja deve aprender a
discernir espiritualmente o seu
papel, sem se deixar levar por
ventos de doutrina e interpretações que contrariam sua fé.
2. A Igreja deve estar preparada
para enfrentar as tribulações do
mundo – que sempre vão existir
– e as que nascem dentro de si,
sem deixar o amor se esfriar.
3. A Igreja deve continuar a ser
testemunha do evangelho, espalhar a palavra pelos confins da
www.executivaipb.com.br
Jubilação
“Pastores são dádivas, presentes do céu. Rendemos glórias a
Deus por essas vidas”, afirmou
o rev. Ludgero Bonilha, antes
de iniciar a entrega do certificado e medalha de jubilação.
Os demais pastores jubilados,
que não puderam comparecer
a cerimônia, foram representados pelos presidentes de seus
sínodos.
A Igreja Presbiteriana do
Brasil agradece a Deus pela
vida desses nobres Ministros e
pelos profícuos pastorados.
Os ministros são:
- Rev. Luiz Carlos Cézar
(Presbitério das Alterosas,
Sínodo Belo Horizonte)
- Rev. Hermes Laurentino de
Santana (Presbitério Sul Pernambuco, Sínodo Garanhuns)
- Rev. Caetano Ataíde Pereira
(Presbitério da Bahia, Sínodo
da Bahia)
- Rev. Jair Moreira (Presbitério
Guarapari, Sínodo Central Espiritosantense)
Rev. Mário Alves e sua
esposa Meire no Culto
dos Jubilados
- Rev. Siegfried Heinzle
(Presbitério Litoral Catarinense,
Sínodo Integração Catarinense)
- Rev. Oscar Pugsley (Presbitério
Ponta Grossa, Sínodo Vale do
Tibagi)
- Rev. Acir Rickli (Presbitério
Ponta Grossa, Sínodo Vale do
Tibagi)
- Rev. Célio José Soares
(Presbitério São João do Meriti,
Sínodo Oeste Fluminense)
- Rev. Joaquim Bezerra Bonfim
(Presbitério de Campo Grande,
Sínodo Mato Grosso do Sul)
As Subcomissão trabalharam durante toda a semana
- Rev. Ismael Andrade Leandro
(Presbitério de Sorocaba,
Sínodo de Sorocaba)
- Rev. Neemias Alexandre da
Silva (Presbitério de Ponte
Nova, Sínodo Oeste da Bahia)
- Rev. Caruso Godinho (Presbitério de Itapemirim, Sínodo
Espírito Santo/Rio de Janeiro)
- Rev. Adão Evilásio Vieira
(Presbitério de Botucatú,
Sínodo Sudoeste Paulista)
- Rev. Antônio Barros de Souza
(Presbitério Litoral Catarinense,
Sínodo Integração Catarinense)
- Rev. Frans Leonard Schalkwijk
(Presbitério do Iguaçu, Sínodo
Meridional)
- Rev. Davi Nunes dos Santos
(Presbitério da Paraíba, Sínodo
da Paraíba)
- Rev. Mário Manoel Alves
(Presbitério Norte Paulistano,
Sínodo Norte Paulistano)
11
IPM, e da bênção apostólica
impetrada pelo rev. Ludgero
Moraes, secretário executivo da
IPB, os participantes deslocaramse até o auditório João Calvino
para a verificação de poderes.
Foram recebidos os presidentes
de sínodos da IPB e demais lideranças.
Evento
Comissão Executiva
do Supremo Concílio
da Igreja Presbiteriana
do Brasil esteve reunida entre
os dias 24 a 29 de março de
2008, no Instituto Presbiteriano
Mackenzie (IPM), São Paulo
Abril de 2008
Plenário da Comissão Executiva do Supremo Concílio-2008
Os trabalhos das subcomissões começaram logo na segunda-feira, dia 24, e prosseguiram
durante toda a semana. Assuntos
delicados foram discutidos no
plenário da reunião. A questão
da maçonaria e de manifestações corporais (danças “litúrgicas”) apareceram com destaque
e foi reafirmada a posição da IPB
com relação a esses temas. Outro
ponto importante foi a questão
da participação dos ministros da
IPB em cerimônias e cultos ecumênicos.
A CE procurou estabelecer
um ponto de vista equilibrado
à luz da Palavra de Deus, da
Confissão de Fé de Westminster
e da Constituição da Igreja.
Todas as decisões da CE poderão ser encontradas no Brasil
Presbiteriano, que publicará as
resoluções em momento oportuno.
12
Abril de 2008
Atualidade
Brasil Presbiteriano
Construção de barragens é o motivo para retirada da Igreja e da população
do município de São João, eficácia do projeto é contestada
Desapropriação de Edifício Centenário
Elmir Batista Pereira e
Edson Batista Pereira
O
governo de Minas
Gerais está levando
adiante um Projeto de
construção de barragens nos
rios da bacia Hidrográfica
do Sapucaí, no Sul de Minas,
visando conter as enchentes
que têm invadido as cidades de Itajubá, Santa Rita do
Sapucaí e Pouso Alegre, na
época das chuvas.
Este Projeto prevê a desapropriação de extensas áreas
rurais, onde as águas seriam
ajuntadas no período chuvoso. Toda população residente
nessas áreas serão indenizadas e deverão deixar suas
terras. “À priori” o Projeto
se apresenta como eficiente,
no entanto, o mesmo tem
sofrido críticas de autorida- Templo da IP de São João Cristina, localizado na área a ser desapropriada.
des da área ambiental e de
engenharia, que afirmam a
ineficácia do mesmo quanto
a uma solução real para o
problema. Crêem os especialistas nessa matéria que
acontecerá um grande impacto de ordem ambiental e uma
desastrosa desestruturação
de ordem financeira, social,
moral e psicológica na vida
dos desapropriados. Isto porque a área a ser desapropriada é enorme e 850 famílias
deverão deixar suas casas e
terras. Questiona-se ainda,
as reais intenções do Estado
de Minas na construção dessas barragens, a suficiência
dos recursos propostos para
indenização e a eficiência
do Projeto na resolução do
problema.
Dentre as áreas a serem
desapropriadas encontra-se o
bairro São João, município
de Maria da Fé-MG, no qual Vista da área que será inundada pelas águas das barragens
se localiza a histórica e centenária Igreja Presbiteriana
de São João da Cristina,
organizada em 24 de setembro de 1900. Hoje com 442
membros (adultos e crianças), semeia o Evangelho
do Senhor Jesus ininterruptamente, gerando pastores,
evangelistas e missionários
para os campos, sustentando
a obra missionária no Brasil
e no exterior, além da inequívoca e expressiva influência
social em seu meio.
O Presbitério Itajubá, ao
qual pertence a IP de São
João da Cristina, tem-se
manifestado na mídia, perante o Ministério Público e as
autoridades envolvidas nessa
questão, posicionando-se
contrário à construção dessas
barragens que promoveriam
a extinção do atual bairro
São João.
Conclamamos o povo presbiteriano a orar pela Igreja
em São João, unindo-se em
clamor a Deus. Se porventura, algum irmão na fé, puder
auxiliar de outra maneira,
entrar em contato com o Rev.
Elmir Batista Pereira, caixa
postal, 225, 37.501-970,
Itajubá-MG, pelos telefones:
(35) 3621-1785 ou 88582208, e ainda, pelo e-mail:
[email protected]
Cremos no soberano governo do Senhor sobre todas as
coisas. Estamos esclarecidos
que, se for da Sua vontade que o projeto prossiga,
mesmo sendo de alto risco,
Sua Providência guardará e
nada, absolutamente nada,
faltará ao seu povo eleito.
Rev. Elmir Batista Pereira – SE/PBIT
Rev. Edson Batista Pereira – Pastor
titular da I. P. de São João da Cristina
Brasil Presbiteriano
Abril de 2008
13
Missões Nacionais
Trabalho missionário em Canela-RS completa três anos
Divulgação
Afonso Celso de Oliveira
E
sse trabalho começou
dia 20 de março de
2005, no Instituto Janz
Team, em Gramado-RS, mas
está hoje instalado em CanelaRS, no centro da cidade.
Os interessados poderão ser
intercessores, mantenedores
ou parceiros desse projeto!
Caso queira receber maiores
informações, entre em contato
conosco pelo e-mail: [email protected] ou (54) 32781727.
História
A Igreja Presbiteriana de
Canela-RS é um campo missionário que surgiu de uma
Membros da IP de Canela-RS
iniciativa pioneira envolvendo igrejas de Belo Horizonte,
de Porto Alegre e a Junta de
Missões Nacionais. A idéia
embrionária de desenvolver
um ministério missionário
nesse estado surgiu ainda
na época de seminário, em
Belo Horizonte-MG, nossa
terra natal, em uma visita do
Secretário Executivo da JMN,
rev. Lourival Luis do Prado,
no ano de 2001. Naquela
oportunidade, foram relatadas
as dificuldades e os desafios
do sul do Brasil, especialmente a do Rio Grande do Sul.
Surgiu daí o desejo de buscar
a vontade de Deus sobre o
desafio de fazer missões.
Carazinho-RS, mais um ano de trabalho missionário
Fotos: Divulgação
Paulo Foltran Kolorki
N
o dia 06 de Abril o
campo missionário
de Carazinho completou 3 anos. A plantação
deste trabalho faz parte do
Projeto Rio Grande do Sul,
da Junta Sinodal de Missões.
O Rio Grande do Sul certamente constitui um dos maiores desafio missionários da
IPB, de modo que cada nova
etapa ou conquista é motivo
de grande louvor ao Senhor
da seara.
Quero também trazer minha
palavra de agradecimento aos
irmãos e irmãs que, de uma
forma ou outra, têm apoiado Templo da IP de Carazinho
o trabalho missionário no Rio
Grande do Sul. Somos gratos emergente e o enraizamento grandes coisas. Conseguimos
pelas ofertas, pelo apoio e, na cultura religiosa familiar um ótimo lugar para reunir e
principalmente, pelas orações. são muralhas a serem trans- mostramos a cara da fé reforÉ certo que temos um árduo postas. Contudo podemos mada no município. Hoje, o
trabalho pela frente. O plura- dizer que em três anos pude- carazinhense sabe que existe
lismo religioso, o espiritismo mos fazer, pela graça de Deus, uma igreja presbiteriana em
Rev. Paulo e a esposa Laís
sua cidade; há três anos, quase
ninguém sabia sequer da existência desta denominação.
No culto de aniversário
estiveram presente em torno
de 50 adultos e 10 crianças,
assim como o supervisor
dos campos missionários da
IPB, Rev. Claudimir Silva,
e um representante do poder
público, o vereador Claudio
Santos.
14
Brasil Presbiteriano
Abril de 2008
Evangelização
Igreja Presbiteriana de Nova Era-MG e Polícia Militar, parceiras na
promoção da paz
1ª. Blitz da Paz na Cidade de Nova Era-MG
Juberto Oliveira da Rocha
Júnior
Fotos: Marcos Benevides
N
Cap. Barcelos (E), Pr. Juberto e Sg. Bahia
Dep. de Relaçõess Rúblicas da PM
a manhã do sábado,
dia 12/04/2008, a
cidade de Nova Era
em Minas Gerais teve uma surpresa. A Igreja Presbiteriana
de Nova Era-MG em parceria com a Polícia Militar de
Nova Era-MG, realizou a 1ª
Blitz da Paz com o objetivo de deixar uma mensagem
em favor da vida e por um
mundo melhor.
De caráter educativo e
evangelístico, a abordagem
dos policiais e da Igreja teve
a intenção de sensibilizar as
pessoas levando-as a refletir
sobre a importância de combatermos a violência em suas
várias vertentes (no trânsito,
na família, na escola e etc.).
Foi uma Blitz atípica, pois
foram abordados carros,
motos, pedestres, ciclistas e
até cavaleiros. Todos receberam panfletos com mensagens de justiça, paz e reforço a espiritualidade. Foram
distribuídos 10.000 folhetos
evangelísticos (além dos
folhetos específicos da Blitz
da Paz). Numa cidade com
aproximadamente 18.000
habitantes isso é muita coisa.
Também foram distribuídos Novos Testamentos aos
motoristas.
Ver a reação das pessoas
ao serem informadas de que
não mostrariam documentos,
e sim, que nós lhes mostraríamos uma mensagem de
Paz e transformação. Foi tremendo!
O evento teve repercussão
positiva entre os participantes e os abordados. A Blitz
da Paz foi realizada nos pontos de maior circulação da
cidade.
Momento de oração no encerramento da Blitz
Equipe da Blitz - Membros da IP Nova Era e PM
O 5º Pelotão Especial em
Nova Era recebeu o apoio
do Sargento Winder Bahia
Pereira, que é presbiteriano,
e do Cabo Paulo César de
Oliveira, membro de uma
Igreja evangélica, da 12ª
Região da Polícia Militar.
Eles ajudaram a promover a
BLITZ DA PAZ uma vez que
ambos possuem experiência
na realização do evento na
cidade de Ipatinga.
Os irmãos da Igreja
Presbiteriana trabalharam
muito. A Igreja promoveu
farta distribuição de literatura e tivemos intercessores
que clamaram ao Senhor por
este evento. Estamos gratos a
Deus pelo privilégio de participar dessa empreitada.
“A reação positiva das pessoas em eventos anteriores
e a parceria entre as Igrejas
Evangélicas e a Polícia
Militar foram fatores motivadores dessa iniciativa. Se
o negócio da Polícia Militar
é a promoção da paz social
não podemos perder a oportunidade de contribuir para
o combate a violência com
o apoio da comunidade”.
Declaração da Polícia Militar
em divulgação do evento.
Participaram como voluntários os seguintes militares de
Nova Era: Sargento Costa;
Cabo Nunes, membro da IP
Nova Era; Cabo Rocha; Cabo
Rogério; Soldado Penélope e
Capitão Barcelos.
Participaram da distribuição
os membros da Igreja: Rev.
Juberto, Pb. José Eustáquio,
Pb. Moacyr, Dc. José Martins,
Dc. Vandirlei, Glêdes Geane,
Vanessa, Tirza, Hadassa,
Pedro, Lucas, Eduardo,
Daniele, Carolina, Betânia,
Édna, Denilson e Karen.
Conversas sobre novas Blitz
e outras ações já estão em
andamento entre a IP Nova
Era e PM.
A cidade experimentou um
mover diferente e pessoas
testemunharam que “o centro da cidade foi inundado
por uma alegria diferente”.
Sabemos que foi o mover do
Espírito Santo.
Toda glória a Cristo.
Rev. Juberto Oliveira da
Rocha Júnior é Pastor da Igreja
Presbiteriana de Nova Era
Brasil Presbiteriano
Evangelização
Abril de 2008
A Comissão Executiva do Supremo Concílio aprova parceria com a
Associação Billy Graham no Projeto Minha Esperança
Projeto Minha Esperança
Edson Benevides
F
oi aprovado, em sua
última reunião, a parceria da IPB na campanha evangelística denominada Minha Esperança, promovida pela Associação Billy
Graham. Esta é uma grande
oportunidade para mobilizar
Igrejas e lares presbiterianos para cumprir o “ide” de
Jesus.
“Minha Esperança” é um
projeto evangelístico que
permite a cada crente no
Brasil alcançar os seus amigos, parentes e vizinhos com
o evangelho transformador
de Jesus Cristo, por três noites de transmissões televisivas, em horário nobre e em
rede nacional, agendado para
novembro de 2008. Os programas incluem testemunhos
comoventes, clipes de música cristã brasileira, e duas
mensagens evangelísticas,
na primeira noite por Billy
Graham, e na segunda, pelo
seu filho Franklin Graham.
Na terceira noite será exibido um filme evangelístico de
90 minutos produzido pela
AEBG.
A chave do sucesso deste
projeto consiste nos membros
de milhares de igrejas convidando seus amigos, parentes
e vizinhos a virem às suas
casas e assistirem à transmissão destes programas, ao
longo destas três noites. Após
a apresentação clara do evangelho através da transmissão
destes programas, os anfitriões convidam os não salvos a receberem Jesus Cristo
como Salvador e Senhor. Esta
estratégia chama-se “Mateus
e seus Amigos”, baseada na
história no Novo Testamento
do discípulo Mateus, que deu
um banquete aos seus amigos
depois de conhecer a Cristo.
Maiores informações pode
ser obtidas no site: www.
minhaesperanca.com.br
A divulgação e suprimento
de material de treinamento
para pastores e lares de igrejas locais está sendo providenciado pela equipe de pastores presbiterianos:
Coordenador Denominacional: Rev. Edson Barbosa
Benevides: [email protected]
Coordenador Região Nordeste: Rev. Ricardo Regis
Bandeira: revricardoregis@
hotmail.com
Coordenador Região Norte:
Rev. Roberto : revBetto@
msn.com
Coordenador
Região
Central: Rev. Esdras Carlos
Eller: [email protected]
Coordenador Região Sul:
Rev. Mario Sergio Batista:
mariobatista@mackenzista.
com.br
Se você estiver interessando
neste projeto não deixe de
mandar um e-mail solicitando
maiores informações.
O Rev. Edson Benevides
é o Coordenador do
Projeto Minha Esperança junto a IPB
15
16
Brasil Presbiteriano
Abril de 2008
Missões Transculturais
Deus agiu maravilhosamente no Senegal
Marco Antônio,
em nome da APMT/Senegal
R
ecebemos, no Senegal,
a primeira equipe de
saúde, oficial, enviada pela APMT (Projeto AGE
“Ação Glogal Emergencial”). O
Dr. Ricardo Gutierrez e a Dra.
Rosa Maria da Silva, odontólogos, da IP de Alphaville – São
Paulo. Durante o mês de fevereiro deste ano, eles abençoaram o povo senegalês proporcionando-lhes um novo sorriso.
Após uma restauração estética
nos dentes de uma criança, eu
vi o Dr. Ricardo chorando de
emoção ao ver o sorriso dela.
Quando essa criança abriu a
boca pela primeira vez, eu vi os
dentes feios e estragados, mas
depois a cena mudou e os dentes
estavam brilhando, que sorriso
bonito! Então o Dr. Ricardo em
lágrimas disse que servindo a
essa criança, ele estava servindo a Jesus. Além dos dentistas,
vieram irmãos da IP de Matão
– SP, o Rev. Everton e o Pb.
Carlos que, juntamente com os
missionários do Senegal, formaram uma equipe para ajudar
no atendimento odontológico e
espiritual. Atendemos na cidade
de Dakar, capital do Senegal,
e nas aldeias de Thioffior e
Sintiobadane. Ao todo foram
489 atendimentos.
O fato que mais nos marcou foi a cirurgia de um irmão
senegalês chamado Joseph
Toupane. Quando tinha 8 anos,
ele caiu de uma árvore e quebrou a mandíbula. Aos 14 anos,
isso em 1992, fez uma cirurgia, pois não conseguia abrir
a boca, pouco tempo depois a
boca fechou novamente. Desde
então ele não abriu mais boca
APMT/Senegal
Dra Rosa e Dr. Ricardo durante atendimento
odontológico
e se alimentava com muita
dificuldade por um pequeno
espaço entre dois dentes quebrados. Quando o Dr. Ricardo
o examinou, ele ficou muito
preocupado, pois vários dos
seus dentes já estavam estragados, com muita infecção o que
poderia causar a sua morte em
poucos meses. A cirurgia foi
marcada. Entramos no centro
cirúrgico às 8h00 e só saímos
depois das 17h00. Que cirurgia
difícil! Pela graça de Deus, o
Joseph está bem, a boca já abriu
muito, está fazendo fisioterapia
e está superfeliz de voltar a uma
vida normal. Sua família não
é crente. Tivemos a oportunidade de testemunhar aos seus
parentes do amor de Deus. O
sonho dele é ser um pregador, e
agora ele pode abrir a sua boca
para anunciar as maravilhas de
Deus!
Na aldeia de Sintiobadane,
onde estamos construindo
nossa base nacional da APMT/
Senegal, após o atendimento odontológico, passamos o
filme Jesus. Essa aldeia é 100
% muçulmana e pela primeira vez eles ouviram a Palavra
do Senhor. Deus usou esse
trabalho social para aliviar o
sofrimento do povo e também
para abrir muitas oportunidades
de anunciarmos a Palavra. Por
onde passamos, semeamos a
Palavra e sentimos alegria em
servir ao povo senegalês.
Campanha de Oração 2008 da APMT
“A
nunciando as Insondáveis Riquezas de
Cristo” é o tema da
campanha deste ano, baseada
em Efésios 3.8 “A mim, o
menor de todos os santos, me
foi dada esta graça de pregar aos gentios o Evangelho
das insondáveis riquezas de
Cristo”.
A cada ano, a APMT elabora uma campanha diferente,
visando a despertar as igrejas
locais da IPB a orarem pelos
missionários e campos transculturais.
É um grande privilégio sermos proclamadores das riquezas de Cristo. Louvamos a
Deus pelo crescimento do trabalho, pelos frutos colhidos,
pelos novos obreiros enviados
e pela participação efetiva de
cada igreja na missão de testemunhar o Evangelho de Cristo.
Como Igreja Presbiteriana do
Brasil, temos enviado obreiros para todos os continentes
onde estão sendo desenvolvidos diversos projetos nas
seguintes atividades:
1) Evangelismo – Através
do esporte, rádio e TV, em
escolas, hospitais, presídios e
universidades.
2) Plantação de Igrejas
- Bolívia – Puerto Suarez,
Cochabamba, Quillacollo;
Espanha – Don Benito,
Huelva, Madri e Sevilha;
Guiné Bissau – Bissau;
Itália – Torino; Paraguai
– Assunción, Concepción,
San Lorenzo, Santa Rita,
Belen, 25 de abril e Hugo
Rivas; Portugal – Carnaxide
e Paços de Ferreira; Romênia
– Mangália; Senegal – Dakar;
Timor Leste – Dili.
3) Atividades - Ação
Social,
Aconselhamento
familiar, Capelania hospitalar, Desenvolvimento
de
liderança
autóctone, Discipulado, Ensino
Teológico,
Evangelismo,
Plantação de Igrejas, Préescola e Ensino Fundamental,
Tradução da Bíblia, Cursos
Profissionalizantes.
4) Ação Social - Ambulatório
– África e Brasil, Agronomia
– Norte da África, Projeto
Amadeus – Romênia, Projeto
meninos de rua – Senegal,
Projeto de apoio aos imigrantes, Projeto de apoio aos idosos e Dakar - Senegal
5) Pré-escola e Ensino
Fundamental
Escola
Paraguai / Brasil – San
Lorenzo (Paraguai), Escola
Presbiteriana Ebenezer –
Asunción (Paraguai), Centro
Educacional Presbiteriano
– Concepción (Paraguai),
Alfabetização de adultos e
reforço escolar – Santa Rita
(Paraguai).
6) Blocos étnico-religiosos alcançados – Animistas,
Árabes, Beduínos, Budistas,
Ciganos, Hindus, Indígenas,
Muçulmanos e Ateus.
7) Alcançando os povos
indígenas - Alfabetização
bilíngüe (língua mãe e português), Assistência à saúde,
Plantação de igrejas autóctones, Produção de cartilhas, Tradução da Bíblia,
Aproveitamento do solo e
desenvolvimento agrícola.
Como pode ver, suas orações e de sua igreja são muito
importantes, a favor de nossos
missionários e dos trabalhos
transculturais que a APMT/
IPB tem desenvolvido.
A APMT conta, atualmente
com 95 missionários atuando
em 24 países. Ainda neste
ano, novos missionários passarão a integrar nossa equipe
e estaremos em novos países.
Louvamos a Deus por todos
os Seus benefícios e rogamos
d’Ele as mais ricas bênçãos
de Paz e Amor fraterno sobre
a sua vida.
Pelos povos ainda não alcançados,
Rev. Marcos Agripino
Executivo da APMT
Brasil Presbiteriano
Atualidade
Abril de 2008
17
Igrejas Presbiterianas do Rio de Janeiro somam forças com o governo e
auxiliam no combate a dengue
IPs mobilizam-se no combate a dengue
do atendimento, sem qualquer
hidratação. Na oportunidade,
serão distribuídos folhetos,
bíblias e material de conscientização sobre a dengue.
- Visitas aos hospitais com o
grupo da Capelania Evangélica
Edson Menezes
E
stamos diante de um
momento trágico em
nossa cidade, a epidemia da dengue vem adoecendo e matando muitas pessoas.
Muitas famílias vivem assustadas e algumas já desesperadas
pela perda repentina de entes
queridos. O que nós podemos
fazer como Igreja? Vamos
assistir a dor alheia e quem
sabe a dor de alguns de nossos parentes? Dizer que não
podemos fazer nada é negar
a grandiosidade do Deus que
temos como senhor. Dizer que
não estamos preparados é a
atitude mais cômoda e egoísta
que podemos ter diante de um
Deus nos capacita. Deus nos
proporciona uma oportunidade singular para mostrarmos
quem nós somos realmente,
como Igreja é tempo de nos
aproximarmos de tantas pessoas que sofrem nos hospitais
e nas ruas da nossa cidade.
Na caminhada da vida, muitas
pessoas vivem a experiência
do desencanto, do desalento, do desânimo. Através das
nossas ações efetiva devemos
Voluntários em hospital do Rio de Janeiro
apresentar o Cristo vivo, que
acompanha os homens pelos
caminhos do mundo, e ainda
com a sua Palavra anima os
corações magoados, frustrados e desesperançados.
Por esses motivos os membros das Igrejas Presbiterianas
estão se mobilizando no combate a dengue. O Presbitério
da Guanabara está envolvido
nessa iniciativa e traçou estratégias para as Igrejas. O objetivo é somar forças e auxiliar
a população em sua dimensão
física e espiritual, nessa crise
da saúde pública jamais vista
na história da cidade.
Desafios
Diante da situação que
vivem os postos de saúde e
hospitais, as principais tarefas
dos voluntários e das Igrejas
que quiserem auxiliar são:
- Distribuição de águas nas
filas dos hospitais aos pacientes, já que as pessoas correm
o risco de permanecer quase
seis horas numa fila aguardan-
Voluntários atuam no atendimento aos casos de
dengue
Hospitalar, promovendo auxílio espiritual, apoio jurídico e
social.
- Treinamento de "agentes
de brigadas", com o apoio da
Fotos: www.pgnb.org
Grupo de voluntários
Defesa Civil, a fim de visitar
comunidades e conscientizar
os moradores sobre a dengue
(prevenção, combate, etc). As
Igrejas que desejarem poderão
abrir suas portas para promover esse curso e também para
Essa é a situacão atual, hospitais sempre lotados
a coleta de sangue.
As primeiras equipes de
voluntários já estão atuando
nos hospitais, com o apoio da
Capelania Hospitalar, e algumas comunidades receberam
as visitas dos novos agentes
de conscientização. De qualquer forma, ainda há muito a
ser feito nessa campanha.
Está será uma grande oportunidade de evangelização e
participação cristã em defesa às vítimas de dengue.
Convidamos todos para unirem força, pois, como Igreja
de Cristo, não podemos ficar
omissos vendo os cariocas
sofrendo, sem nos mover para
ajudá-los.
O Rev. Edson Menezes é pastor
da IP Maria da Graça-RJ. E-mail:
[email protected]
18
Brasil Presbiteriano
Abril de 2008
Literatura
Reforma Espiritual
Marcelo Smeets
É
ponto passivo entre os
crentes que devemos ter
vida de oração, mas a
passividade permanece quanto a colocar isso em prática.
Muitos cristãos lutam consigo
mesmos para se dedicar mais à
oração, outros já vivem como
tendo desistido da batalha.
Muitas vezes há um ativismo
imenso, mas a comunhão com
Deus e uma busca de aproximação mais intensa por meio
da oração são deixadas de lado.
O pragmatismo de muitos crentes parece considerar a oração
quase uma perda de tempo.
Parecemos estar todos presos
a essa bola de neve de falta de
oração e que cresce dia a dia.
D. A. Carson é um conhecido estudioso das Escrituras,
autor de vários livros e atualmente professor pesquisador
do Novo Testamento na Trinity
Evangelical Divinity School,
em Deerfield, Illinois, Estados
Unidos. Ele escreveu Um chamado à reforma espiritual,
publicado pela Editora Cultura
Cristã, não para que fosse uma
teologia da oração, mas com
o objetivo de “trabalhar em
diversas orações de Paulo de tal
modo que ouçamos Deus falar
conosco hoje, e encontrar força
e direção para aperfeiçoar a
nossa oração, tanto para a glória de Deus quanto para o nosso
bem”. O livro teve origem em
uma série de sete sermões pregados na “escola de verão” da
Church Missionary Society, em
New South Wales, no início de
janeiro de 1990.
Na introdução da obra, Carson
esclarece o que considera ser a
necessidade imediata da igreja.
Embora considere fundamentais a pureza quanto a questões
sexuais, a integridade e generosidade financeiras, a evangelização e plantação de igrejas,
o pensamento disciplinado e
bíblico, ele afirma que o que
a cristandade ocidental precisa
“é de um conhecimento mais
profundo de Deus. Precisamos
conhecer melhor a Deus”. Seu
objetivo não é tratar diretamente do desafio de conhecer
melhor a Deus, porém focalizar
uma pequena, mas vital parte
desse desafio _ a oração, oração
espiritual, persistente e biblicamente direcionada. Para isso, a
abordagem do autor é simples:
“Assim como a Palavra de Deus
deve reformar a nossa teologia,
a nossa ética e as nossas práticas, do mesmo modo ela deve
reformar a nossa oração”.
Preciosas lições da escola de
oração são apresentadas no primeiro capítulo do livro. São oito
pontos muito práticos que consideram a necessidade de planejarmos orar, adotar práticas
que nos ajudem a não divagar
enquanto oramos, desenvolver
um relacionamento de oração
com um companheiro, escolher
pessoas que são modelos de
oração, fazer listas de oração,
combinar louvor confissão e
intercessão em nossa oração,
exercitar orações públicas, e
orar efetivamente. São alguns
passos para começarmos a nos
disciplinar no aprendizado da
vida de oração.
Aprimeira oração de Paulo analisada é a de 2Tessalonicenses
1.3-12, no capítulo 2 _ “A estrutura da oração”. Nesse capítulo
se destaca a freqüência com
que costumamos orar agradecendo por bênçãos materiais e
é demonstrado que o foco de
Paulo é muito diferente. Ele
agradece pelo crescimento da
fé e do amor de seus leitores, por sua perseverança em
meio às provações, o que é
sinal evidente do “reto juízo de
Deus” (v. 5). O apóstolo tem
em mente o reino de Deus e
seus propósitos.
“Petições dignas” é o título
do terceiro capítulo, no qual
ainda se trabalha com o capítulo inicial de 2Tessalonicenses,
procurando agora responder
que tipo de petições devemos
apresentar a Deus.
No capítulo 4, Carson apresenta a importância de orar
pelos outros. Há uma seleção
de orações do apóstolo Paulo
que demonstra o quanto se preocupava em orar pelo próximo.
Devemos desfrutar da graça
que é orar pelas necessidades
e bênçãos de outras pessoas.
Para fazer isso adequadamente
é preciso seguir a orientação
das Escrituras, sabendo assim
que devemos orar pelos outros,
mas sempre em conformidade
com a vontade soberana de
Deus. Além disso, não podemos orar pelos outros nutrindo
ressentimentos. Nosso coração
deve ser examinado e os obstáculos da falta de perdão removidos segundo a graça de nosso
Deus.
“Uma paixão pelas pessoas”
é o título do quinto capítulo,
no qual é analisado o texto
de 1Tessalonicenses 3.9-13. Os
versículos adjacentes demonstram que a oração de Paulo nasceu do intenso desejo de estar
com os tessalonicenses, da afeição ardente em procurar o bem
dos outros e do prazer sincero
em receber informações sobre
a fé, o amor, a perseverança e
a força dos tessalonicenses. A
oração de Paulo é de gratidão
pelo povo de Deus, para que os
crentes sejam fortalecidos, para
que haja um transbordamento
de amor e eles estejam preparados quando o fim vier. Orar
desse modo nos permite a prática do que consiste toda a Lei e
os profetas: amar a Deus sobre
todas as coisas e ao próximo
como a nós mesmos.
Colossenses 1.9-14 é tratado
no sexto capítulo: “O conteúdo
de uma oração desafiadora”.
Somos exortados a orar por
objetivos concretos em nossa
vida. O capítulo seguinte é uma
pausa na avaliação das orações
do apóstolo. Nele são avaliados
nossos pretextos para não orar.
Coisas como estar ocupado
demais, espiritualmente esgotado, não sentir necessidade,
estar amargurado ou envergonhado para orar, etc. Carson dá
respostas bíblicas para as desculpas que costumamos dar e
nos motiva à prática da oração.
A pausa no exame das orações
de Paulo continua no capítulo
9, em que é apresentado nosso
Deus soberano e pessoal, com
o estudo de vários textos bíblicos, praticamente uma introdução ao capítulo seguinte:
“Orando ao Deus soberano”.
A oração estudada nesse capítulo está em Efésios 1.15-23.
Nossas orações devem sempre
apresentar consciência da soberania de Deus.
O título do capítulo 11 é
“Orando por poder”. Apesar do
título talvez soar pouco “ortodoxo”, o texto de Efésios 3.1421, em que Paulo ora pedindo
a Deus que “sejais fortalecidos
com poder” e “conforme o seu
poder que opera em nós”, deixa
clara a abordagem que se faz.
Orar pelo nosso ministério
e atuação como cristãos é o
tema do capítulo 12, em que
se analisa Romanos 15.14-33.
É essencial que isso faça parte
de nossas orações, pois fomos
chamados para as “boas obras,
as quais Deus de antemão preparou para que andássemos
nelas” (Ef 2.10).
O Epílogo apresenta a oração
do Dr. Carson por reforma espiritual. Ao final de cada capítulo há perguntas que ajudam a
refletir sobre os temas apresentados. Os capítulos podem
servir de base para grupos
de estudos bíblicos ou aulas
de escola dominical. O autor
anseia por cristãos que sejam
reformados espiritualmente, e
a oração é parte do processo
para que nosso conhecimento
de Deus aumente, possibilitando essa reforma.
Marcelo Smeets é presbítero
da IP de Santo André, SP, e
editor-assistente da CEP.
Brasil Presbiteriano
Abril de 2008
19
Liderança
Caráter ainda é Importante
Valdeci da Silva Santos
N
o dia 28 de agosto
de 1963 o Dr. Martin
Luther King Jr., uma
figura até então relativamente desconhecida no cenário
mundial, tornou-se célebre por
seu discurso em Washington,
D.C., em uma manifestação
anti-racismo. A frase continuamente repetida no discurso
do Dr. King que capturou a
atenção das pessoas foi: “Eu
tenho um sonho!” Na verdade, o sonho do Dr. King já
era conhecido dos americanos,
pois ele tinha uma participação ativa na realização de
protestos em prol da igualdade racial nas cidades de
Montgomery e Birmingham,
no Alabama. Naquele ajuntamento em Washington o Dr.
King foi o responsável pelo
discurso de encerramento,
quando as pessoas estavam
curiosas por saber o que aquele pastor batista do sul dos
Estados Unidos diria à nação
americana e, de certa forma,
ao mundo.
A mensagem de Martin L.
King contra o racismo foi
estruturada em torno de seu
sonho em prol da igualdade
racial. Aquele sonho, segundo ele, estava enraizado no
sonho americano de liberdade
e igualdade. Ele falou sobre
sua esperança de que um dia
os filhos dos proprietários de
escravos, juntamente com os
filhos daqueles que haviam
sido escravos, pudessem se
assentar à mesa da comunhão.
Contudo, o seu discurso ainda
fazia referência ao sonho de
que um dia os seus filhos
vivessem em uma nação na
qual eles não seriam julgados
pela cor da pele, mas pelo
caráter.
Na ocasião em que Martin
Luther King Jr. proferiu o seu
discurso, o caráter ainda era
tido com algo valioso e a beleza do mesmo era almejada por
um número significativo de
pessoas. Os tempos mudaram
e hoje o que conta para muitos é a popularidade, ou seja,
carisma, ao em vez de caráter.
Infelizmente, a liderança eclesiástica não está imune a essa
“nova tendência”, o que faz
com que o zelo pela beleza do
caráter deixe de ser uma das
prioridades de muitos. Com
isto é fácil encontrar aqueles que atentam para precisão
teológica, postura e aparência
pessoal, mas se esquecem da
piedade e da prática das virtudes cristãs.
Segundo as Escrituras,
o caráter é importante para
todos, especialmente para o
líder eclesiástico. Das várias
razões pelas quais o líder cristão deveria cultivar integrida-
de do caráter podem se destacar três. Em primeiro lugar,
as qualificações para os líderes em 1Timóteo 3.1-13 estão
diretamente relacionadas ao
caráter e não ao carisma dos
candidatos. A tese do apóstolo
é que a excelência da tarefa
do líder exige virtudes condizentes. Dessa forma, não há o
requisito de palavras persuasivas nem aparência impressionantes, mas de fidelidade,
modéstia, domínio próprio e
outros. Em segundo lugar, o
modus operandi do ministério
pastoral descrito em 1Pedro
5.1-4 exige nobreza de caráter.
Naquele texto o apóstolo exorta os líderes a desempenhar
sua tarefa sem sórdida ganância, mas de boa vontade. Por
último, há deve-se notar que a
exortação bíblica para se imitar líderes diz respeito àqueles
que até o fim de sua vida
ofereceram exemplos notórios
de fé e prática (Hb 13.7). A
importância do caráter, mais
uma vez, é inquestionável.
Falta espaço para mencionar
a preocupação de Paulo com
a demonstração da obra do
Espírito em sua vida em vez
de impressionar com linguagem persuasiva (1Co 2.4). Se
for considerado que a obra do
Espírito é operada diretamente
no caráter e se evidencia no
fruto do Espírito (Gl 5.22-23),
a importância do caráter fica
clara. Também poder-se-ia
mencionar que os falsos mestres igualmente são identificados por suas falhas no caráter, pois eles são hipócritas,
mentirosos e têm cauterizada
a própria consciência. O veredicto final será que o caráter
continua sendo mais importante do que se considera.
O Rev. Valdeci da Silva Santos
(Ph.D.) é pastor presbiteriano e
Coordenador do DMin RTS/CPAJ
Reflexão
Encorajamento para quem sai andando e chorando
Ronaldo Lidório
L
endo a parábola do
semeador e o Salmo
126 lembrei-me de
muitos amigos e veio forte a
cena dos semeadores de hoje.
Aqueles que falam de Jesus
visitam de casa em casa, servem o caído, cuidam do rebanho e seguem caminhando.
Alguns andam a vida toda
sempre com a sensação de
que há ainda mais um lugar
a chegar.
O Salmo 126 nos fala sobre
a relação entre a caminhada
e o choro. Quem sai andando
e chorando enquanto semeia
voltará para casa com alegria
trazendo seus feixes, o fruto
do trabalho. Para cumprirmos
o ministério que Jesus nos
confiou é necessário andar e
chorar. E é certo que muitos fazem ambas as coisas.
Tantas idas e vindas, caminhos incertos, a impressão de
que há sempre mais um passo
a dar, uma pessoa a evangelizar, uma visita a fazer, uma
ovelha a cuidar. E as lágrimas
que descem abundantes com
a saudade que bate, a enfermidade que chega, o abraço
que não chega, o fruto que
não é visível, o coração que já
amanhece apertado, o caminho que é longo demais.
Temos andado e chorado.
Mas voltaremos um dia, trazendo os frutos, apresentando
ao Cordeiro e dando glória a
Deus! Poderá ser amanhã ou
em algum momento ainda distante. Mas ainda não é hora
de voltar. É hora de seguir,
andando e chorando, com alegria no coração e sabendo que
não trocaríamos esta viagem
por nenhuma outra na vida. O
grande consolo e motivação é
que não andamos sós. Ele está
conosco. E maior é Aquele
que está em nós. Portanto não
desistimos, olhando sempre
para o horizonte a frente e trazendo à memória o que pode
nos dar esperança.
Guarde seu coração enquanto anda e chora. Não perca a
alegria de viver e caminhar,
nem a mansidão, nem a oração, ou o humor, ou o amor.
Não deixe de semear mesmo
quando está difícil. Lance
a semente em todas as terras. Uma há de germinar e
talvez a mais improvável. A
que menos promete. Não dê
ouvido aquele que diz que
não vai acontecer porque a
terra é árida, o sol é forte e o
vento está chegando. Lance a
semente.
Abrace o que também anda e
chora que está ao seu lado. Ele
talvez se sinta só e pense que
é o único que chora enquanto
caminha.
Andar e chorar é cumprir
a missão. Se você tem feito
isto, louve a Deus por esta
oportunidade. É um grande
privilégio. Um dia você voltará... mas este dia ainda não
chegou.
O Rev. Ronaldo Lidório é missionário das missões AMEM e APMT, atualmente trabalha no Amazonas.
20
Brasil Presbiteriano
Abril de 2008
Ação Social
CTA-Pró Vida, 16 anos oferecendo uma alternativa cristã para o
tratamento de dependentes químicos e HIV
Ele mesmo tomou as nossas enfermidades
Pró Vida
Centro de Tratamento Alternativo
Carlos Gainete Faria
da Fonseca
A
os 24 dias de fevereiro de 1992, nasceu a
entidade
considerada pioneira no Estado de
Santa Catarina: o Centro de
Tratamento Alternativo PróVida, idealizado pela Primeira
Igreja Presbiteriana de Itajaí,
diante do grande e assustador
índice de crescimento dos casos
de contaminação pelo HIV
entre os dependentes químicos,
com a nobre e responsável missão de “Melhoria de vidas por
meio de um tratamento de recuperação e reeducação de pessoas com transtornos decorrentes
do uso e abuso de substâncias
psicoativas portadoras ou não
do vírus HIV e/ou doentes de
Aids, proporcionando aos mesmos um resgate de valores e
auto-estima, contribuindo para
a sua inclusão social”.
O CTA Pró-Vida, aos 16 anos
de idade, completados no último dia 24 de fevereiro, mantém parceria com a Prefeitura
Municipal de Itajaí desde 1998,
com as Centrais Elétricas de
Santa Catarina S.A (CELESC)
[que recolhe para nós doações,
via conta de luz elétrica pessoais desde 1999] e com a
Universidade Presbiteriana
Mackenzie de São Paulo, desde
2007, além das doações esporádicas de empresas e pessoas. O CTA Pró-Vida mantém
um movimento de capacidade máxima de trinta e dois
internos, sendo vinte do convênio com a Prefeitura, duas
reservadas para indicações da
Primeira Igreja Presbiteriana
de Itajaí, e as outras dez vagas
para não munícipes e particulares, mediante o pagamento de
dois salários mínimos mensais,
geralmente ficando muito pró-
ximo da lotação completa.
O CTA Pró-Vida foi declarado de utilidade pública pela
Lei Municipal nº 2.728 de 11
de junho de 1992, Lei Estadual
nº 8.959 de janeiro de 1993,
e um Lei Federal nº 5.558 de
24 de julho de 2001. Seu quadro atual de funcionários inclui
um supervisor geral, quatro
coordenadores, um monitor,
três voluntários, um terapeuta
pastoral, uma psicóloga, duas
cozinheiras, uma secretária,
uma relações pública e um
professor de educação física;
totalizando dezesseis pessoas.
Sua diretoria é composta de:
presidente, vice-presidente,
secretário, tesoureira, diretor
de coordenação e diretor de
relações associativas.
Embora apoiado nas parcerias
acima citadas, sem as quais
seria impossível manter-se,
o CTA Pró-Vida é totalmente administrado pela Primeira
Igreja Presbiteriana de Itajaí
que, na sua interpretação teológica reformada, entende que
o Cristianismo leva consigo a
cidadania mediante o exercício
do amor ao próximo.
O Programa de Tratamento
do CTA Pró-Vida prioriza os
portadores do vírus HIV e tem
duração de seis meses, cinco
16 Anos
VISÃO:
Ser reconhecida pela sociedade pelos serviços
prestados à comunidade, na excelência do trabalho a dependentes químicos, portadores ou não
do virus HIV e/ou doentes de Aids e por ser autosustentável.
MISSÃO:
“Melhoria de vidas por meio de um tratamento de
recuperação e reeducação de pessoas com transtornos decorrentes do uso e abuso de substâncias
psicoativas portadoras ou não do virus HIV e/ou
doentes de Aids, proporcionando aos mesmo um
resgate de valores e auto-estima, contribuindo para
a sua inclusão social”
VALORES:
Amor a Deus e ao próximo; Respeito mútuo;
Cosmovisão Cristã; Confiança; Ética e
Solidariedade”.
CONTATO:
[email protected] Tel. (47) 3346.5193
www.ctaprovida.orgRua Álvaro Beraldi, 104 C.P.
140-Carvalho Itajaí/SC CEP 88.307-740
de internação e um de reintegração à família e sociedade.
Além das atividades realizadas na Instituição, são também
utilizadas as dependências da
Primeira Igreja Presbiteriana
de Itajaí para os encontros do
GRAF – Grupo de Apoio às
Famílias, e para a realização
das entrevistas iniciais (tria-
gem), com vistas à internação.
Entre outros atendimentos, os
internos têm: despertar espiritual, assistência psicológica,
práticas terapêuticas desportivas e ocupacionais, além de
prevenção de recaída. Esta é a
atuação do CTA Pró- Vida num
setor da sociedade que luta
contra um mal cada vez maior:
a drogadição, e, principalmente, contra a baixa auto-estima e
os preconceitos dos dependentes químicos que, muitas vezes,
são os maiores empecilhos para
o tratamento efetivo, uma vez
que desistiram de ter uma vida
digna.
O CTA Pró-Vida também
é excelente exemplo de que,
quando somadas a boa vontade
com a ação efetiva, ainda que
pequena, em prol dos outros
muito se pode fazer para a
melhoria da qualidade de vida.
Parabéns, CTA Pró-Vida,
pelos seus dezesseis anos bem
vividos, e que eles lhe sejam
multiplicados por muitos e
muitos anos ainda, pois Santa
Catarina, e, especialmente,
Itajaí, muito já lhe devem e
dependem da sua nobre e discreta missão.
O rev. Carlos Gainete Faria da
Fonseca é pastor presbiteriano e terapeuta pastoral do CTA Pró-Vida.
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