TUDO QUE ELE QUER
Dominada pelo bilionário.
1
A posição temporária de Lucy Delacourt não é muito o
emprego dos seus sonhos mas paga as contas. O ponto
forte do seu dia é andar no elevador de manhã com um
bonito estranho. Alto, moreno e sexy como o inferno, Lucy
sabe que ele está fora da sua realidade, mas uma garota
pode olhar, certo?
Tudo muda o dia em que o estranho a seduz.
Completamente fora da sua natureza, ela se rende sem
lutar, mas não tem idéia que seus atos devassos com um
homem, cujo nome ela não sabe vai mudar sua vida para
sempre. Porque o estranho sexy não é outro senão
Jeremiah Hamilton, bilionário CEO das Industrias
Hamilton, e uma prova não é bastante o suficiente para
satisfazer as suas necessidade. Enquanto o bilionário
puxa Lucy mais fundo em seu mundo de grandes apostas
de negócios e aquisições cruéis, ele exige nada menos do
que sua completa rendição. Mas, mesmo enquanto
inimigos buscam vingança mortal contra ele, ela vai
descobrir que sua maior ameaça é estar se apaixonando
por seu chefe ferozmente vigiado ... e ceder as suas
próprias mais escuras necessidades.
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TUDO QUE ELE QUER
Dominada pelo bilionário
PARTE 1: O encontro
3
Com a sorte em baixo, a posição temporária de Lucy
Delacourt não é exatamente o emprego dos seus sonhos
mas paga as suas contas ... mal. O ponto forte do seu dia é
andar no elevador de manhã: ela sempre acerta seu
horário para ver o belo estranho a cada dia. Ele é o
combustível para suas fantasias, fora da sua realidade,
mas uma garota pode olhar, certo?
Tudo muda, no entanto, o dia em que o belo estranho
seduz uma Lucy atordoada, primeiro no elevador depois
novamente no estacionamento depois do trabalho.
Completamente fora da sua natureza, ela cede sem lutar,
mas não tem idéia que seus atos devassos com um
homem, cujo nome ela não sabe, iniciará uma cadeia
sensual de eventos que mudará para sempre sua vida.
Porque o estranho sexy não é outro senão Jeremiah
Hamilton, bilionário CEO das Indústrias Hamilton e o gosto
de uma pequena amostra picante não é o suficiente para
satisfazer as suas necessidades.
O bilionário tem grandes planos para o seu temperamento
voluntarioso, planos que não têm nada a ver com arquivar
papeladas...
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Capítulo 1
Recentemente o ponto alto dos meus dias de trabalho era
quando eu via o lindo estranho todas as manhãs.
Corri pelo saguão em direção aos elevadores tão rápido
quanto meus saltos e decoro permitia, passando por escadas e
equipes de serviço que trabalhavam no edifício velho em
arcaicos sistemas elétricos. O estranho de cabelo escuro era
como um relógio, chegava ao elevador às 08h20min da manhã
todos os dias, e esta manhã não foi exceção. Eu disputei o
meu lugar através da multidão até que eu estava perto, mas
não tão visivelmente assim do estranho e olhei para a porta do
elevador enquanto fingia ignorá-lo. Não era um jogo, embora
às vezes parecesse assim. Homens daquela beleza sempre
ficaram vários degraus fora da minha esfera de alcance e até
agora como uma adulta isso não havia mudado.
Não significava que uma garota não poderia sonhar.
As portas se abriram e eu me movi com a pequena multidão no
elevador,
certificando-me
que
meu
andar
tivesse
sido
pressionado. O antigo edifício - ou "histórico", como alguns
gostavam de dizer - estava no meio de uma completa reforma.
Tudo estava sendo atualizado, para um visual mais moderno,
mas até agora ele ainda tinha estilos de elevadores mais
antigos. Menor e mais lento do que os estilos atuais, a caixa de
metal, no entanto, fazia o seu trabalho levando até os andares
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acima.
Eu reposicionei a grande mochila no meu braço, deslizando um
olhar para o lado e busquei seus olhos. Será que ele sabe que
eu o observo? Enrubescendo, voltei-me para frente e o
elevador se abriu para deixar outra série de pessoas nos seus
andares. Minha parada era ainda 11 andares acima onde
trabalho como temporária nas Indústrias Hamilton. A empresa
abrangia a maioria dos andares superiores, mas o meu
pequeno escritório estava escondido em um canto esquecido
perto do meio.
Eu amava o seu corte limpo, visual adequado e o homem
moreno estava sempre impecavelmente vestido de terno e
gravata que provavelmente custavam mais do que eu ganhava
em um mês. Tudo sobre ele gritava alta sociedade, longe da
minha capacidade, mas que nunca impediu de incluí-lo em
minha vida de fantasia. O belo estranho era parte dos meus
sonhos, o rosto que eu via quando eu fechava os meus olhos
na cama. Como eu não tinha nada entre as minhas pernas,
sem carregar baterias por mais de um ano, minhas fantasias
foram ficando muito mais pervertidas. Eu levei um momento
para pensar sobre elas agora e um leve sorriso se espalhou no
meu rosto. Não demorou muito para ir, mas a imagem em
minha mente de ser empurrada contra uma parede e
devastada ... Oh Yeah...
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Os passageiros continuaram a desembarcar e, enquanto a
porta do elevador fechava, eu saí do meu devaneio quando eu
percebi que, pela primeira vez, eu estava realmente sozinha
com o estranho moreno. Limpando a garganta nervosamente,
eu alisei a saia lápis com a mão livre enquanto o antigo
elevador recomeçou sua corrida até o meu trabalho.
Respira, Lucy, apenas respira. Desejos enrolaram meu ventre,
alimentados pelo pensamento de todos os tipos de coisas
impertinentes em elevadores. Gostaria de saber se este tem
câmeras...
Ouvi um suave sussurro atrás de mim, então um braço forte
apareceu ao meu lado e apertou um botão vermelho no painel.
Imediatamente o chão do elevador parou e antes que eu
pudesse dizer qualquer coisa ambos os braços apareceram ao
lado da minha cabeça e uma voz baixa ao lado de minha
orelha murmurou, "Eu vejo você neste elevador todo dia de
manhã. Está fazendo, eu sinto isto?”
Chocada em silêncio, eu só podia piscar com olhos
arregalados e confusos. Devo me beliscar? Isto está realmente
acontecendo?
O metal frio contra meus repentinos mamilos duros e sensíveis
provocou um gemido ofegante enquanto eu era pressionada
contra as portas do elevador por um corpo duro atrás de mim.
"O que?" eu comecei, imediatamente esquecendo o que eu ia
dizer quando eu senti seu comprimento duro contra meu
7
quadril.
"Eu posso sentir o cheiro da sua excitação", ele rosnou, aquela
voz sexy baixa fazendo meu estômago apertar. "Cada manhã
que você entra nesse elevador eu posso sentir o cheiro da sua
necessidade." Uma mão desceu e entrelaçou a minha
enquanto ele baixou a cabeça em direção ao meu pescoço.
"Qual é o seu nome?"
Minha mente deu um branco por um momento, esquecendo a
mais simples das respostas. Oh Deus, que a voz é puro sexo,
pensei descontroladamente, levantando as mãos para me
preparar contra a superfície dura à frente. A voz era baixa e
tinha uma cadência que eu não poderia explicar, e meu peito
cresceu apertado com a necessidade.
"Lucy", eu finalmente consegui, meu cérebro em curto circuito.
"Lucy", repetiu ele, e eu esvaziei uma respiração instável ao
ouvir meu nome, dita com aquela voz extremamente sexy. "Eu
preciso ver se você tem um gosto tão bom quanto o cheiro."
Não houve pedido de permissão em sua voz apenas uma
exigência implacável, e eu virei minha cabeça de lado para lhe
permitir o acesso. Seus lábios deslizaram sobre a pele macia
atrás da minha orelha, a língua fora para me tocar, seus dentes
beliscaram o lóbulo e eu gemi, apertando-me contra ele. Ele
mexeu o quadril e minha respiração acelerou, ofegante carente
uma estacada no silêncio.
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"Deus você é tão quente." Sua mão escorregou para o lado do
meu corpo, no meu quadril e desceu na minha coxa até que
encontrou a barra da minha saia. Sua mão, então refez seus
passos de volta, roçando levemente através da pele suave da
minha coxa, puxando o material da minha saia para cima em
direção aos meus quadris. Sem pensar, eu abrir as pernas
para dar a ele acesso e ofeguei alto enquanto dedos
deslizaram ao longo do lado de fora da minha calcinha
encharcada, pressionando contra o meu núcleo dolorido.
Isso está realmente acontecendo? Meu corpo sacudiu, preso
entre as portas de metal e o corpo quente atrás de mim. Era
como se cada fantasia que eu tive, estivesse sendo jogada
para fora em pessoa, e eu era incapaz de parar a minha
reação condicionada.
Seus dedos pulsavam, deslizando no meu clitóris com
freqüência crescente, e meus quadris se moveram com
vontade própria, desejando mais do seu toque. Eu gritei
quando seus dentes se afundaram em meu ombro, então seus
dedos deslizaram sob o algodão fino de rendas e acariciaram
minha pele molhada, empurrando profundamente abrindo de
uma forma que me fez gemer alto dentro do elevador.
"Venha para mim", ele murmurou baixo com voz de Vin Diesel,
lábios e dentes correndo ao longo da linha exposta do meu
pescoço e ombro. Seus dedos empurraram profundamente
para dentro, o polegar percorrendo minha genital rígida e, com
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um grito estrangulado eu cheguei. Minha testa descansou
contra o aço duro da porta, enquanto eu estremecia, de
repente desossada.
Abaixo do painel numerado a minha direita, um telefone tocou.
Eu endureci em estado de choque, os tons estridentes
cortando a névoa escura. A luxúria deu lugar a mortificação e
eu empurrei contra a porta para libertar-me. O estranho
moreno recuou, permitindo-me espaço, apertando o botão
vermelho novamente. Eu rapidamente arrumei minha roupa
enquanto o elevador prosseguiu de volta ao eixo, alguns
segundos depois, o telefone parou de tocar.
"Seu gosto é ainda melhor do que eu imaginava."
Virei-me impotente perante essa voz, para vê-lo lambendo os
dedos. O olhar que ele me deu deixou meus joelhos fracos,
mas o telefone tocando tinha me feito acordar e eu me
atrapalhei cegamente para os botões dos andares, apertando
todos os botões ao meu alcance. Isto parecia apenas diverti-lo,
mas quando as portas se abriram para um corredor vazio dois
andares abaixo do meu, eu tropecei para fora. Não tinha
ninguém à vista neste andar, para meu alívio – Eu não estava
certa se eu poderia ter mais atenção naquele momento.
Um rápido assobio atrás de mim me chamou a atenção e me
virei para ver o estranho pegar minha mochila e segurá-la para
mim. Ela tinha deslizado para fora dos meus braços, esquecida
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no chão, enquanto nós estávamos ... Eu limpei minha garganta
e peguei-a com a máxima dignidade que eu podia.
Ele sorriu, a simples expressão mudando no seu rosto inteiro.
Eu olhei, muda estupefata com seu absoluto deslumbramento,
enquanto ele piscou para mim. "Eu vou te ver novamente", ele
disse, enquanto as portas do elevador fechavam, me
mantendo temporariamente paralisada no andar inferior.
Eu tomei uma profunda respiração e me atrapalhei com a
minha roupa, ajeitando minha blusa na cintura com dedos
trêmulos. Minha calcinha era uma causa perdida. Eu teria uma
mancha na minha saia o dia todo se eu continuasse a usá-las.
Focando nisso e não no constrangimento crescendo por
minhas ações, eu procurei e encontrei um banheiro ao lado do
elevador para me limpar.
Poucos minutos depois, limpa, mas vulnerável, sem minha
roupa íntima, eu cheguei às escadas e subi dois lances até
meu andar. O hall até meu local estava lotado com as
chegadas de última hora e eu cheguei ao meu escritório, sem
quaisquer problemas. Eu estava um minuto atrasada de acordo
com o relógio do computador, mas ninguém pareceu se
importar quando eu comecei a trabalhar, afogando-me nas
minhas tarefas para tentar esquecer a minha chocante exibição
anterior.
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Capítulo 2
O dia passou em uma confusão. Não importa o quanto eu
tentei me focar no meu trabalho, eu não podia me concentrar.
Foi necessário dobrar, triplicar, em seguida verificar o meu
trabalho para me certificar que tinha feito a coisa certa. As
atribuições temporárias de entrada de dados que me foram
passadas eram tediosas e vazias, mas mesmo assim eu tentei
terminá-las. Minha mente voltava para o elevador, o belo
estranho e o primeiro orgasmo semi-público que eu já tive, e
quando voltava aos trilhos eu não conseguia lembrar que linha
eu estava no computador.
Isto é tão diferente para mim. Eu sempre fui uma criatura
sexual, mas nunca do tipo que sabia o que fazer com isso. Os
meninos nunca me pediam para sair, eu não era convidada
para festas ou algo semelhante, mesmo na faculdade. Os
poucos namorados que eu tive, se eles poderiam ser
chamados assim, não duraram muito tempo. Minha vida até o
momento
foi
chata,
principalmente
por
necessidade
-
empréstimos universitários não pagavam a si próprios, e viver
perto da cidade fazia as coisas ainda mais apertadas - mas eu
não poderia encontrar muita relação com a maioria dos
homens. Eles queriam ir a festas, eu queria ler, estavam em
“Sports Illustrated”, eu estava em “National Geographic”.
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Namoro, apesar de ser a menor das minhas preocupações no
momento, definitivamente não era um ponto forte.
Apesar das minhas tentativas para esquecer toda a situação
no elevador, na hora do almoço eu queria desesperadamente
meu vibrador e um rápido chute no traseiro. Minhas ações e
respostas instantâneas para o estranho eram problemáticas,
não importava a minha vida de fantasia. Isso não poderia
acontecer novamente, não importava o quanto eu queria uma
repetição. Eu precisava deste trabalho, não importa o quão
monótono era, e eu não podia permitir mais alguma distração.
Mas o meu trabalho não exige muito o poder do cérebro para
começar, e eu continuei lembrando como seus lábios eram
macios, e como os dentes atravessaram a pele do meu
pescoço causando arrepios na espinha. Suas mãos grandes
tinham realizado uma dupla promessa de força e ternura e meu
corpo se recusava a esquecer isso.
Foi um longo dia.
Mal
conseguindo
atingir
a
minha
cota
de
processos
arquivados, acabou o dia. Eu considerei pegar as escadas
para descer os 14 andares, mas finalmente optei pelo elevador
certificando-me
“Livre
de
Estranho”.
Eu
cortei
pelo
estacionamento subterrâneo enquanto a maior parte da
multidão se dirigiu para os táxis na frente do prédio. Poucas
pessoas
eram
capazes
de
estacionar
sob
o
edifício,
certamente não uma nova temporária mesmo que tivesse um
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carro, mas era uma rota muito mais rápida à estação de metrô
duas ruas atrás do prédio e ninguém me disse que atravessar
pelo estacionamento estava fora dos limites.
Eu desci o único lance de escadas e saí para o ar frio da tarde
na garagem subterrânea. O guincho de pneus vinha de algum
lugar no complexo de vários níveis, mas eu não vi mais
ninguém, apenas uma fila de carros. Esfregando os braços, a
rajada de vento prometia temperaturas frias, assim que o sol
se pusesse, eu virei em direção à guarita, desejando que eu
tivesse trazido algo para colocar sobre meus braços. Era final
da primavera, mas a temperatura tinha esfriado ao longo dos
últimos dias e eu não estava vestida adequadamente.
Alguém agarrou meu braço e me empurrou para o escuro ao
meu lado. Antes que eu pudesse fazer qualquer som uma mão
cobriu a minha boca, e eu fui arrastada de volta para uma
pequena alcova meio escondida no recuo da garagem
reservada para motocicletas. Lutei, mas os braços que me
prendem eram implacáveis, como ferro no meu corpo.
"Eu disse que eu iria vê-la em breve." A voz era familiar e
profunda, e eu a reconheci imediatamente. Ela tinha percorrido
minha cabeça o dia todo em fantasias que eu tentei, em vão,
esquecer.
Assim que eu ouvi a sua voz uma onda de alívio tomou conta
de mim, seguida rapidamente por uma confusa raiva. Por que
diabos eu posso confiar nele? Frustrada por minha própria
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estupidez aparente, eu pisei mais forte que eu pude sobre o
peito do pé da perna do estranho. Ele resmungou, mas não me
soltou, ao invés disto, me girou e me pressionou contra a
parede de concreto frio. Seu corpo moldado às minhas costas,
suas mãos segurando meus pulsos contra o concreto.
"Você pode lutar", ele murmurou, passando os lábios ao longo
da parte de trás do meu ouvido. "Eu gosto disso."
Seu despedimento casual me incomodou. Eu joguei minha
cabeça para trás tentando bater na cara dele, mas ele se
esquivou do caminho com uma risada. Outra tentativa de pisar
nos seus pés foi frustrada quando sua perna enrolou entre as
minhas, prendendo-as no lugar. Os dedos ao redor do meu
pulso, mais suaves do que algemas de ferro, mas não menos
firmes, atearam fogo em minha pele sem me dar qualquer
espaço para me movimentar.
"Deixe-me ir ou eu vou gritar," eu disse em uma voz uniforme,
tentando virar a cabeça para pegar seu olho. Isto me frustrou
como o inferno, pois eu não estava nem com medo, nem tão
irritada quanto eu sabia que eu deveria estar, o homem estava
novamente levando os errados sentimentos para a situação.
Eu tinha que ser um cérebro danificado se eu pensava que eu
poderia confiar no homem quando eu nem sabia o seu nome!
Ele correu seu rosto ao longo das linhas do meu cabelo, deu
uma respiração profunda fazendo um estrondo apreciativo no
fundo da sua garganta.
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"Eu não pude parar de pensar em você o dia todo", ele
murmurou, não reconhecendo minha ameaça. Seus polegares
fizeram círculos leves em meus pulsos e meu corpo apertou
com o movimento quase terno.
"A rapidez com que me respondeu, seu cheiro, seu gosto."
Eu engoli, tentando ignorar a agitação súbita na minha barriga.
Não, eu pensei desesperadamente, eu não posso ser ativada
por isto. A visão dele pairando sobre mim, no entanto, seu
corpo duro quente pressionando contra o meu traseiro,
estavam fazendo minha cabeça girar e enrolando meus
membros em dor. Droga...
"Deixe-me ir," eu disse entre os dentes, tentando ignorar
reações adversas do meu corpo. "Isso é errado, eu não
quero..."
Ele pousou um beijo suave na pele atrás da minha orelha
enquanto eu parava, um forte contraste com o aperto
inquebrável que detinha em meus pulsos. Minha respiração
ficou presa na minha garganta quando lábios e dentes
deslizaram para baixo do meu pescoço enquanto seus quadris
rolavam
contra
minha
bunda,
seu
comprimento
duro
deslizando ao longo da abertura do meu traseiro.
"Eu nunca iria tomar uma mulher que não me quer ", ele
murmurou, movendo-se para sussurrar no meu outro ouvido.
"Diga “não” de novo e eu vou deixá-la sozinha para sempre."
Ele correu os lábios para o lado da minha garganta, dando
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uma mordida gentil no meu ombro enquanto esperava pela
minha resposta.
Até agora eu estava tremendo, mas não por qualquer tipo de
medo ou angústia. Quando uma de suas mãos deixou meu
pulso e deslizou ao longo da parte inferior do meu braço não
me mexi, deleitando-me com as sensações que seu toque
produzia no meu corpo. Sua mão se moveu até a parte de trás
da minha coxa debaixo da minha saia, unhas arranhando a
pele, e um dedo escorregou entre a abertura firme de meu
traseiro. Ele deu um grunhido, apertando a minha bunda com
as duas mãos e espalhando nas bochechas, em seguida,
pressionando com a dura saliência ainda presa atrás de suas
calças. Um gemido escapou da minha boca enquanto eu
arqueava meus quadris para trás, usando a parede como
alavanca para chegar mais perto.
Suas mãos deixaram meu traseiro e me virou para encará-lo.
Eu tive um leve vislumbre do close-up de um rosto familiar
bonito de olhos verdes, em seguida, seus lábios se chocaram
contra os meus no mais quente beijo da minha vida. Eu
respondi, arqueando para mais perto nivelando contra seu
corpo. Movi minhas mãos para seu tronco, deslizando sob o
paletó contra a camisa de seda, mas ele segurou minhas mãos
e estendeu-as no alto acima da minha cabeça. A perna entre
as minhas coxas me puxou mais para cima e eu aterrei meus
quadris, esfregando contra o concreto rígido. Gemidos
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escaparam dos meus lábios quando ele moveu sua boca para
baixo, sugando e mordiscando a pele sensível do meu
pescoço.
"Eu quero sentir sua boca em mim", ele murmurou, deslizando
seus lábios até meu pescoço e na linha da mandíbula.
"Eu quero ver você de joelhos, a sua boca perfeita ao redor do
meu pau ... "
Desta vez, quando eu tentei me libertar ele não me impediu, ao
invés disto recuou para me estabelecer nos meus pés. Minhas
mãos foram imediatamente à sua cintura, deslizando para
baixo no zíper. Ele estendeu a mão para me ajudar,
enquanto ele puxou seu membro livre para fora das calças eu
me afundei em meus calcanhares e suguei a ponta com a
minha língua.
Seu gosto era bom, e a respiração profunda acima me disse
que ele gostava do que eu estava fazendo. Sua necessidade
era minha própria - Eu senti uma nova onda de calor entre
minhas pernas quando eu movi minha cabeça para frente,
sugando a cabeça com mais profundidade.
"Deus!" Seu corpo estremeceu com a exclamação e, de
repente, mais ousada, eu passei a mão em torno da base
grossa e puxei mais para dentro da minha boca. Minha língua
rolou ao longo da base e sugou a ponta, então eu comecei a
movimentar minha cabeça sobre a espessura do membro.
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Seus quadris se movimentaram, empurrando no tempo da
minha boca; uma mão veio para descansar atrás da minha
cabeça, puxando insistentemente, mas eu controlei o ritmo. Eu
desfiz o botão da calça e alcancei dentro, colocando suas
bolas na mão livre. Ele balançou em cima de mim, pau a
mostra para sua apreciação, em seguida, as duas mãos
cavaram no meu crânio, me puxando para mais perto e
silenciosamente exigindo mais, mais profundo.
Desta vez, agradeci, liberando a base e puxando-o mais
profundo que eu podia, movimentando minha cabeça e língua.
Minha mão livre desceu entre as minhas pernas, deslizando
através das minhas dobras molhadas e pressionando contra o
núcleo pulsante.
"Você está se tocando?" Eu o ouvi ranger acima de mim. O
impulso em minha boca ficou mais frenético enquanto eu
acelerava minhas próprias ministrações, o comprimento duro
na minha boca abafando meus próprios gritos. O estranho era
silencioso, na maior parte, mas alguns gemidos ele deixou
escapar, enquanto eu girava minha língua ou massageava a
ponta com a parte de trás da minha garganta, era gratificante
de ouvir.
Parte do meu cérebro, uma parte muito pequena, estava me
perguntando o que diabos eu estava fazendo, mas eu me
desliguei. Eu fiquei muito tempo sem que ninguém me notasse,
até meus colegas de trabalho me ignoravam. Assim um
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homem com esta beleza me notar, deixa para lá qualquer
maneira de abordagem, sendo uma sensação inebriante. Eu
não me permito perguntar porque ele me escolheu ou o que
iria acontecer - agora eu só queria sentir. Dedos cavaram
meu couro cabeludo e meu próprio orgasmo correu para me
encontrar, até que suas bolas contraíram, perto de seu próprio
final.
Mãos me empurraram, minhas costas bateram contra a parede
de concreto, e eu fui desativada com a surpresa do estouro. O
homem diante de mim se abaixou e seus braços rodearam
meu tronco, eu fui levantada no ar e empurrada de volta contra
a parede, um corpo duro se estabelecendo entre as minhas
pernas. Virei meus olhos assustados para o belo rosto do
estranho, agora a apenas alguns centímetros do meu, então eu
senti seu membro sondar minha entrada. Ele empurrou para
dentro e eu soltei um grito intenso de prazer. Músculos que
não viam a ação por muito tempo foram esticados, os meus
próprios sulcos dando-lhe uma fácil entrada. Seus lábios
esmagaram os meus, para engolir meus gritos enquanto ele
me batia de volta na parede.
O orgasmo que eu estava induzindo com meus dedos
dispararam para fora com a fricção e alongamento e moagem.
Meu grito foi abafado pelos lábios do estranho quando eu vim
mais forte, ondas de prazer rolando pelo meu corpo. Beijei-o
violentamente, mordendo os seus lábios e minhas unhas
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arranhando abaixo nos braços do casaco de seu terno. Minha
resposta trouxe uma selvageria semelhante nele e ele bateu
dentro de mim, liberando minha boca e cravando em meu
ombro com os dentes. Meus gritos, mais fracos agora, após o
orgasmo, ainda ecoavam fora das paredes da pequena alcova.
Ele ofegou contra a minha pele, em seguida, ele puxou para
fora e veio no chão debaixo de mim, a mão livre esfregando o
último do seu orgasmo. Entalada entre seu corpo quente e o
concreto duro, eu finalmente notei o frio da pedra gelada e o
som de carros dentro do complexo fazendo o seu caminho em
direção a saída. O frio contra minhas coxas molhadas serviu
como um alerta para o que eu tinha permitido que
acontecesse; Eu pressionada debilmente contra os ombros
rígidos, meu corpo ainda mole pelo orgasmo.
O estranho se afastou, ainda apoiando meu peso com as mãos
grandes debaixo da minha bunda, então lentamente baixou-me
para o chão. Eu vacilei nos meus calcanhares, segurando o
seu braço de apoio antes de abrir distância. A enormidade do
que eu tinha acabado de fazer - de novo - deixou minha mente
atordoada. Comecei a tremer apenas parcialmente do frio, em
seguida, caiu como algo quente e pesado estendido sobre os
meus ombros. Olhei para cima brevemente para o estranho
sem o casaco agora, mas era incapaz de pronunciar qualquer
palavra de agradecimento. Ele ajudou a prendê-lo em mim
quando eu puxei o casaco vestindo lentamente sobre meus
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braços. Apesar de não ser uma jaqueta de frio, manteve-me
quente de seu corpo e cortou o pior do frio ajudando
imensamente.
"Deixe-me levá-la para casa."
O momento em que ouvi as palavras eu balancei a cabeça,
afastando-me dele. Meu corpo em chamas pela vergonha e eu
não conseguia mais olhar para ele.
"Eu preciso pegar o trem", eu murmurei.
Um dedo tocou meu queixo e levantou a minha cabeça até que
eu estava olhando para aquele rosto bonito. Seu rosto estava
impassível, mas eu podia ver a preocupação em seus belos
olhos verdes.
"Por favor", disse ele em voz baixa.
Meu corpo ainda respondeu ao seu toque, eu queria colocar
minha bochecha contra a pele áspera de sua mão.
Lágrimas brotaram nos meus olhos para o sentimento tolo - eu
estava realmente tão desesperada? - Eu dei um passo para
trás de novo, escapando do seu contato. Limpando minha
garganta e esforçando-me para não agir como uma besta
afetada, olhei para seus olhos.
"Eu preciso pegar o trem." Mantendo a cabeça erguida, mesmo
que a vergonha me fizesse querer correr para longe e me
esconder, eu comecei a me distanciar, então vacilei. "Seu
casaco,"
eu
murmurei
e
comecei
tirar
dos
ombros.
Ele levantou a mão para me impedir.
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"Mantenha-o." Um sorriso confuso cintilou em seus lábios e
parecia por um momento que eu tinha toda a sua atenção ... e
aprovação. "Você precisa mais do que eu agora."
O ar estava frio e eu sabia que eu parecia uma bagunça, o
casaco pendurado em mim, mas naquele momento eu
precisava me cobrir. Murmurando meus agradecimentos eu
andei rapidamente para fora da alcova e me dirigi para a saída.
Eu levantei uma mão trêmula para a minha cabeça, o meu
cabelo estava solto, mas parecia estar em ordem. Eu precisava
encontrar um espelho rapidamente, pois eu tinha certeza que
eu estava um pavor.
Eu ouvi o som de um carro aproximar atrás de mim e parar.
Contra meu melhor julgamento olhei para trás para ver um
chofer de uma longa limusine preta abrir a porta do passageiro,
e o belo estranho mergulhou para dentro. Eu fiquei ali, olhando
como uma idiota, enquanto o motorista fechou a porta, em
seguida, afastou para a saída. As janelas do carro eram
coloridas e eu não pude ver dentro quando ele passou por mim
e eu vi como minha suposta carona passou pelos guardas e
saiu para o alto tráfego lá fora. Quem no mundo era esse
homem? Eu me perguntei, e então desliguei essa linha de
pensamento e saí da garagem vazia.
Eu parei em um café e me tranquei dentro do banheiro para
me limpar. Quinze minutos depois eu saí de volta, minha
mochila pendurada pela correia ao longo de um braço nu e o
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casaco vestido sobre o saco. Eu peguei o trem mais tarde do
que o habitual, mas a maior parte desse tempo foi uma névoa,
meu cérebro repetindo o pensamento uma vez e outra.
O que diabos eu estava fazendo?
24
Capítulo 3
Na manhã seguinte, cheguei ao trabalho meia hora mais cedo
e certifiquei-me que o elevador que peguei não continha o
estranho. Nervosa que alguém pudesse comentar sobre
minhas ações no dia anterior, foi um alívio ser ignorada como
de costume, pelas pessoas ao meu redor. O edifício a essa
hora continha uma fração de seus habituais ocupantes, mas eu
corri para minha mesa para evitar conflitos indesejados com
um certo indivíduo de olhos verdes.
Eu passei a maior parte da minha tarde e noite me
questionando se devia ou não ir para o trabalho na manhã
seguinte. A total imprudência e estupidez das minhas ações
me assombraram durante toda a noite, fazendo-me ir tão longe
como questionar a minha sanidade. Isto não é o que eu sou.
Eu nunca tinha sido tão imprudente sobre minhas ações e uma
libido desesperada não era resposta suficiente para mim.
Eu comecei uma busca de oportunidades de trabalho, algo que
eu poderia recorrer se a minha situação presente azedasse,
mas o mercado estava tão difícil como nunca. A metade do
meu sensato cérebro exigiu que eu saísse e deixasse este
trabalho, mas a parte lógica manter, pois eu precisava do
dinheiro. O aluguel do meu pequeno estúdio de apartamento
estava chegando e eu não tinha outras opções no momento, a
menos que eu quisesse viver nas ruas.
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Oh Lucy, o quão fundo você caiu.
Depois que eu cheguei a minha mesa gastei o tempo
trabalhando e evitei ligar o computador, pois eu não queria a
minha chegada antecipada notada pela administração. Meus
colegas de trabalho chegaram, conversando entre si enquanto
passavam pelo meu cubículo, mas eu fiquei no meu cantinho a
maioria do dia, feliz por ser ignorada. O dia passou sem
intercorrências até quase quatro horas da tarde, quando a
minha chefe enfiou a cabeça ao redor das paredes da minha
mesa. "Siga-me, por favor, Srta. Delacourt".
A presença da minha gerente me assustou. Eu a via quase
todos os dias, mas depois da minha entrevista inicial, ela tinha
todo tempo, mas ignorou a minha presença no escritório.
Agora que ela escolheu falar comigo, fez meu mundo girar e
meu estômago torcer em nós. Seu tom não admitia discussão,
todavia, e com rapidez, "Sim Sra.Crabtree," e com uma breve
pausa para me recompor eu me levantei com as pernas
trêmulas e segui atrás dela.
Ela contornou a porta do seu escritório e caminhou para fora
da porta da nossa seção para a sala do lado de fora. Eu segui
atrás dela em silêncio, com medo de perguntar sobre que
seria, temendo descobrir que todo o edifício sabia sobre
minhas escapadas sexuais no dia anterior. Eu não poderia
pensar em nenhuma outra razão para ter sido chamada, e eu
26
duvido
que
eles
tenham
me
tirado
da
minha
seção
simplesmente para me demitir.
Nós subimos silenciosamente no elevador mais quatro
andares. Minha gerente não falou mais nenhuma vez comigo e
foi impossível de ler - não que eu tentei muito, com medo do
que eu iria descobrir. O momento em que as portas do
elevador se abriram, no entanto, eu sabia que estava em um
mundo totalmente diferente. Foram-se os corredores estreitos
sem vida: o elevador se abriu em uma passagem larga forrada
com painéis de madeira escura que tinha o nome da empresa
"Hamilton" em letras garrafais em toda a parede. A entrada
larga levou em direção a uma recepção no começo de uma
grande sala aberta. Portas de escritório cobriam as paredes e
duas grandes salas envidraçadas de conferência em ambos os
cantos da grande área. Havia uma sensação de mundo antigo
requintado sobre tudo, madeiras escuras e destaques em ouro
misturados com iluminação moderna e obras de arte.
"Sr. Hamilton está nos esperando ", minha chefe disse para a
senhora na recepção, que assentiu com a cabeça e pegou um
telefone quando nós passamos.
Eu tropecei com suas palavras, as minhas pernas de repente
se recusavam a funcionar. Por que estamos na seção
corporativa do prédio? Eu nunca li sobre a empresa, era um
emprego temporário; destinado a ser apenas um bico de curto
prazo, mas eu sabia que não era qualquer tipo de andar de
27
negócio. Tem uma sensação Donald Trump, mais um lugar de
recepção que um escritório. Não havia nenhum motivo, de
qualquer modo, que eles me mandassem aqui se sabiam o que
eu tinha feito.
Confusão e agitação continuavam a subir enquanto seguia
atrás da minha supervisora em uma cautelosa distância. Ela
dirigiu-se para um dos escritórios e bateu antes de colocar a
cabeça dentro. "Sr. Hamilton vai vê-la agora", disse ela,
apontando para eu ir entrar.
Eu fiquei ali, olhando em silêncio para a minha gerente por um
momento, depois movi lentamente em direção à porta. Eu
deu-lhe um último olhar confuso enquanto eu entrava, então
cheguei a um impasse dentro enquanto um horror renovado
tomou conta de mim. Oh não, não, não, não ...
"Obrigado Agatha, isso é tudo por agora."
Balançando a cabeça uma vez, a minha supervisora puxou a
porta fechando ao meu lado, enquanto eu permanecia
horrorizada, dentro do grande escritório. Minha boca trabalhou
silenciosamente enquanto eu olhava para a figura familiar
sentada atrás da mesa. Meus olhos caíram para a placa de
identificação na mesa. "Jeremiah Hamilton," eu disse, o corpo
entorpecido pelo choque.
O homem de cabelo escuro atrás da mesa levantou os olhos
frios para me avaliar. "Srta. Delacourt ", disse ele em resposta,
28
apontando para uma cadeira na frente de sua mesa. "Por
favor, sente-se."
Meu coração acelerou quando ouvi sua voz, confirmando meus
piores medos. Incapaz de falar, movi em direção à cadeira que
ele me apontou, movimentos espasmódicos e hesitantes, e
sentei. Ele me ignorou, correndo algo em seu tablet na sua
mão. Enquanto estávamos sentados, em um tenso silêncio,
olhei ao redor do escritório grande. Janelas cobriam a parede
atrás da mesa e CEO do teto ao chão, dando uma visão
panorâmica das ruas abaixo. A mesa era uma madeira escura
e resistente, coberta escassamente com um computador
portátil, a placa de identificação, e um berço de Newton, as
esferas de aço imóvel. A cadeira que me sentei, era de pelúcia
e grossa com rodízios embaixo, tornando fácil para se
movimentar.
"Srta. Lucille Delacourt ", disse o estranho, assustando-me.
Jeremiah Hamilton, eu me lembrei, ainda incapaz de obter meu
cérebro em torno da minha situação atual. "Atualmente, uma
funcionária temporária de dados indicada pela agência de
empregos Soluções de Gestão Executiva, contratada um mês
atrás por Agatha Crabtree. Correto até agora?" Com meu
aceno espasmódico, continuou ele. "Eu vejo que você usou
seu passaporte como identificação." Ele olhou para mim.
"Passaporte?"
Era difícil falar com a repentina boca seca, mas eu ainda tentei.
29
"Eu sempre o carrego comigo." Uma sobrancelha levantada e
a expressão sondando na expectativa por mais informações,
mas eu só encolhi os ombros, as palavras não saiam.
Houve um momento de silêncio antes de voltar a falar.
"Cresceu no interior de Nova York, frequentou três anos a
Universidade de Cornell antes de largar. Trabalhos braçais
desde então e se mudou para a cidade há três meses. Por que
você desistiu? "
Suas palavras passaram por cima de mim, era a pausa que me
fez olhar para seu rosto expectante.
"O que?" Eu perguntei, perdendo completamente a questão.
"Por que", ele repetiu, "Você largou a faculdade, Srta.
Delacourt?"
Seu tom exigiu uma resposta, mas era complicado e pessoal,
trazendo à tona lembranças que eu ainda lidava quase três
anos mais tarde. A pergunta era uma invasão da minha
privacidade e eu sabia que legalmente não tinha que
responder, mas eu encontrei meus lábios se movendo de
qualquer modo. "Meus pais morreram."
Houve uma longa pausa desta vez enquanto eu olhava para as
minhas mãos, tentando não chorar - uma tarefa difícil, dada a
situação estressante que eu fui me meter. Será que eles se
envergonhariam de onde estou agora? Eu perguntei, engolindo
as lágrimas. Eles haviam sacrificado tanto para me deixar
seguir em frente, mais do que eu não tinha descoberto mesmo
30
após as suas mortes e eu fui forçada a viver com as suas
escolhas.
"Eu sinto muito pela sua perda", disse Jeremiah depois de um
longo momento de silêncio enquanto eu lutava para recuperar
minha compostura. Ele limpou a garganta e eu espiei para vêlo acomodar-se em sua cadeira. "O que trouxe você para baixo
na cidade de Jersey? "
Eu pensei detectar uma nota de preocupação em sua voz, mas
ainda não podia voltar a olhar para ele. Embora a questão
fosse pessoal e nada de trabalho, eu ainda respondi. "Eu perdi
a casa da minha família e tive que me mudar, uma velha amiga
da faculdade disse que eu poderia morar com ela. "
"Eu entendo". Jeremiah coçou o queixo por um momento, em
seguida, sentou-se novamente em sua cadeira. "Você sabe por
que eu pedi para você vir, Srta. Delacourt? "
Foi a pergunta que eu temia e não poderia responder.
Engolindo, eu levantei minha cabeça para encontrar seus olhos
verdes, mas a minha coragem me faltou. "Não?", eu respondi,
mais uma pergunta do que uma resposta.
Ele abriu a boca para dizer alguma coisa, fez uma pausa,
depois tentou de novo. "Deixe-me dizer como o seu dia teria
sido hoje antes da nossa reunião. "Ele cruzou os braços sobre
a mesa antes de continuar. "Você teria trabalhado até meia
hora antes do fechamento, quando a Sra. Crabtree a teria
chamado em seu escritório. Ela teria explicado que o seu
31
contrato de trabalho temporário foi rescindido e hoje era o seu
último dia. Você receberia o seu último cheque de pagamento
e escoltada para fora do edifício. "
Pela segunda vez naquela manhã, o fundo abriu debaixo dos
meus pés. "Você está me demitindo?" Eu perguntei em voz
fraca, incapaz de acreditar em minhas próprias palavras. A
raiva borbulhava com a injustiça da vida. "Isto por que ... "
Jeremiah levantou a mão para parar as minhas palavras e
balançou a cabeça. "A decisão sobre as demissões tem sido
planejada por uma semana agora, já não precisa da maioria
dos
temporários
em
seu
departamento."
Seus
olhos
estreitaram quando ele acrescentou, mais para si mesmo: "Eu
assinei a diretiva no início desta semana antes de saber quem
você era."
"Ninguém está contratando agora", eu sussurrei, esquecendo
que minha procura por outro emprego era para ser secreta.
Não há razão para esconder isso agora. A raiva era difícil de
sustentar quando eu percebi que teria que enfrentar outro
golpe depois de tantos recentemente na minha vida.
"Eu olhei para o seu arquivo e você fez um bom trabalho",
Jeremiah continuou enquanto eu olhava, entorpecida, no topo
da sua mesa. "Gostaríamos de te dar uma excelente
recomendação para quaisquer dúvidas futuras de trabalho."
32
Com a perda das palavras, incapaz de pensar o que dizer, eu
olhei para cima e fitei em CEO. "Por que você para me dizer
isso? "eu murmurei. "Por que me trazer até aqui?"
"Porque eu tenho outra oferta para você, um trabalho se você
estiver interessada. Eu estou precisando de uma assistente
pessoal. "
Pisquei várias vezes, tomada de surpresa pela oferta. Olhei
para o rosto dele, mas era como granito, eu não poderia dizer
nada do que ele estava pensando. A suspeita enrolando na
minha barriga quando eu perguntei, "Que tipo de assistência
pessoal?
"
"Tudo que eu quero."
Eu tomei uma respiração profunda com as palavras, minha
mente me levou para todos os lugares dentro dessa frase. Ele
não poderia dizer, certamente ele não está insinuando o que
eu penso. Mas algo em seus olhos, apesar do comportamento
empresarial relaxado, subentendia que era exatamente o que
eu estava imaginando. Seu olhar prometeu todos os tipos de
coisas más - ou talvez fosse a minha mente tentando fazer
minhas fantasias em realidade. Eu precisava ter certeza.
"Sobre ontem, quando nós, hum ... "
Jeremiah se inclinou para frente e apoiou o queixo forte em
seus dedos. "Sim", ele disse simplesmente, uma única palavra
respondendo todas as minhas perguntas.
33
Tentei me indignar com a proposta, tentei encontrar uma forma
de protestar e manter algum vestígio de dignidade, mas eu era
muito prática. Agora eu precisava desesperadamente de um
trabalho e aqui estava uma oferta, e eu não podia me dar ao
luxo de deixá-la passar sem saber quando eu poderia ter outra.
Isso não significava, no entanto, que eu estava simplesmente
dizendo que sim.
"O que você está oferecendo?" Eu exigi, levantando meu
queixo e esperando que ele não visse o enrubescimento que
percorreu meu corpo. Eu não posso acreditar que estou
realmente considerando isto!
Um lento sorriso saiu no canto de sua boca. "Benefícios, um
aumento de salário e todas as despesas de viagem
pagas." Ele escreveu algo em um post-it uma pequena nota e
passou-o para mim. "Isso deve ser suficiente para um salário
inicial. "
A soma da nota me fez desmaiar - eu poderia ter meus
empréstimos estudantis pagos em apenas alguns meses, e ter
mais do que dinheiro suficiente para voltar para a faculdade
dentro de um ano. Meu queixo não funcionaria enquanto eu
buscava as palavras, incapaz de pensar no que dizer. É uma
oportunidade, parte de mim insistiu enquanto outra parte, a que
geralmente soava como a dos meus pais, gritava para eu
Correr! Fiquei em silêncio por um momento, ponderando
34
minhas opções, em seguida, dei um suspiro. "Eu quero isto por
escrito."
Algo me dizia que não tinha sido a resposta que ele esperava,
ele inclinou a cabeça para o lado e seus olhos enrugaram, o
único sinal que eu vi de humor. Esse lindo rosto permaneceu
de forma estóica enquanto ele assentiu.
"Muito bem," ele disse, "mas primeiro eu preciso entrevistá-la
ainda mais para esta posição." Ele se inclinou para frente e
acomodou o queixo com os dedos juntos. "Levante-se, curvese e coloque os cotovelos sobre a mesa.
35
Capítulo 4
Eu congelei, a frase anterior TUDO QUE EU QUERO ecoando
na minha cabeça. Depois de um momento tenso onde eu
guerreei comigo mesma e perdida, eu me levantei e fui até a
mesa, inclinando-me para colocar os meus cotovelos ao longo
da borda da madeira escura. Nervosa, eu assisti Jeremiah
enquanto ele se levantou e deu a volta na mesa. "Fique assim
até eu dizer para você se mover novamente. Quantas palavras
você pode digitar em um minuto? "
A pergunta me surpreendeu, mas eu estava me perfurando
ultimamente sobre questões para procura de emprego e sabia
a resposta.
"Oitenta".
"Quais são seus pontos fortes e fracos?"
Ele
desapareceu
atrás
de
mim,
quebrando
minha
concentração. Eu poderia virar a cabeça para vê-lo, mas
mantive meu olhar sobre a mesa enquanto eu respondi a
pergunta de entrevista de recolocação.
"A atenção ao detalhe, dedicação e obter um trabalho
concretizado não importando o que. "
Uma risada veio atrás de mim com a resposta obviamente
ensaiada.
"Onde você se vê em cinco anos? "
36
Eu comecei a responder, mas surpreendida silenciei quando
uma mão deslizou para cima da minha coxa, esgueirando-se
por baixo da minha saia e sobre minha bunda antes de se
afastar. Engoli em seco, a respiração irregular, mas ainda
consegui responder.
"Terminar a faculdade de direito de preferência, ou estar em
um emprego que eu amo."
Isso me fez pegar um "Hum", mas ao contrário silenciou. Minha
pulsação aumentou e eu fechei meus olhos, tentando me
manter sob controle. Era exatamente como no elevador - um
toque e eu estava perdida, meu corpo desejando seu contato.
"O que você consideraria seu emprego dos sonhos?"
Dedos deslizaram entre as minhas coxas, correndo ao longo
do algodão fino da minha calcinha, e um gemido escapou da
minha boca. Meus quadris pressionaram para baixo em busca
de mais contato, porém mais uma vez a mão desapareceu e
eu mordi de volta um gemido.
A trégua permitiu reunir meus pensamentos para responder,
embora fosse difícil. "Algum lugar onde eu fosse importante e
auxiliasse pessoas".
"Boa resposta", ele murmurou, a mão estava de volta
pressionando a carne macia entre as minhas pernas, me
transformando em uma confusão se contorcendo. Minhas
palmas sobre a mesa, as unhas cavando na madeira fria
enquanto eu senti uma onda de calor na minha barriga. Uma
37
mão alisou minhas costas e para baixo no quadril enquanto os
dedos continuaram a provocar e me atormentar. Eu mantive
meus braços trêmulos na mesa enquanto algo duro pressionou
contra o meu traseiro. Os dedos finalmente se moviam sob a
calcinha e pressionaram dentro de mim, deslizando facilmente
ao longo da dobras molhadas. Engasguei com outro grito,
tentando e fracassando para o silêncio.
"Meu escritório é a prova de som e a porta está trancada," ele
murmurou, respondendo a uma pergunta que eu não tinha
pensado em perguntar. Dedos penetraram dentro de mim,
fazendo meu corpo tremer. "Antes de ir mais longe, no entanto,
precisamos nos livrar delas. "
As calcinhas de fino algodão que eu usava foram puxadas para
baixo das minhas pernas e sem questionar saí delas enquanto
caiam no chão. O sapato pressionava contra o interior do pé,
alargando
a
minha
posição
enquanto
seus
quadris
empurraram contra meu traseiro. Os dedos entre as pernas
nunca deixou a sua exploração, a minha respiração estava
agitada enquanto Jeremiah levantou a saia para enrolar na
minha cintura, sua saliência empurrando contra meu traseiro.
O polegar, que tinha previamente massageado o sulco duro
entre as minhas pernas, deslizou de volta para minha abertura
traseira. Eu avancei em estado de choque, a mesa e os seus
quadris me mantendo prisioneira enquanto o polegar estava
facilitado em torno do furo apertado. A idéia de um homem
38
estar interessado lá atrás nunca tinha me ocorrido; eu não era
tão ingênua ao ponto de ser ignorante da idéia, mas nunca
tinha acontecido antes. Pensando, no entanto, na dificuldade
provada enquanto ele continuava a manipular meu corpo até
eu estar tremendo com a necessidade.
Lábios pressionados contra o meu pescoço. "Eventualmente,"
ele ronronou naquela voz profunda, a palavra uma promessa,
enquanto ele acariciou a abertura mais uma vez, em seguida,
mudou o polegar de volta para o meu clitóris. Até agora quase
cada respiração era um gemido quando eu inclinei meus
quadris para cima, precisando desesperadamente de ser
preenchida. Seus dedos provocantes e atormentados, mas
nunca me deixando cair em orgasmo.
Alguma coisa mudou atrás de mim, Jeremiah abaixou seu
corpo ao longo do meu traseiro nu, então dentes arranhavam a
pele sobre uma nádega enquanto as mãos espalhavam minhas
bochechas. Antes que eu pudesse compreender o que estava
por vir eu senti pela primeira vez na minha vida uma língua
contra o meu lugar mais íntimo, lambendo o vinco em seguida
empurrando dentro da minha suplicante abertura. Eu avancei
contra a mesa com outro grito, e não pude parar de dar outro
enquanto ele controlava as respostas do meu corpo com a
língua e os dedos. A sensação estranha e exótica, diferente de
tudo que eu já tinha experimentado antes em minhas
atividades limitadas, empurrou-me para a borda. Eu vim alto,
39
minhas unhas arranhando contra a superfície dura da mesa e
meu corpo sacudia incontrolavelmente.
Eu coloquei minha cabeça em minhas mãos enquanto ouvi o
barulho da embalagem do preservativo, em seguida, um
momento depois, o comprimento duro de seu pênis deslizou
entre minhas nádegas. Os dedos foram retirados apenas para
serem substituídos por uma presença grossa que forçou seu
caminho dentro da minha abertura apertada. Eu gemi de novo
quando ele empurrou para dentro, um braço forte alcançando o
redor da minha cintura e me puxando forte contra seu corpo.
Ele me apertava contra a mesa enquanto ele deslizava para
fora e depois para dentro, alongando e eletrizando a pele
macia. Ainda na onda do meu orgasmo, seus movimentos me
deixaram ofegante e frenética, empurrando de volta contra ele
descontroladamente.
"Porra, você é tão quente", ele murmurou no meu ouvido
quando ele empurrou duro, ganhando outro grito de mim. Eu
me preparei contra a borda da madeira escura enquanto ele
bateu em mim, suas estocadas balançando meu corpo inteiro.
Uma mão subiu para o meu pescoço, inclinando minha cabeça
para trás contra seu ombro e parcialmente restringindo minha
respiração, mas não impediu os soprosos gemidos eu dei
quando outra onda tomou conta de mim e do meu corpo
estremecendo pela segunda vez em muitos minutos.
40
Minha cabeça caiu para o lado e dentes roçaram meu pescoço,
correndo ao longo da linha do meu ombro, enquanto a mão
afastou o material da minha blusa. O toque suave dos lábios
em toda a minha pele era um contraste direto com as fortes
bombadas de seus quadris, mas eu me alegrava com a
experiência, permitindo que ele definisse e controlasse o ritmo.
Dois orgasmos deixaram meu corpo mole, esgotado a partir da
experiência, mas Jeremiah me segurou facilmente em braços
fortes. Eu arqueei novamente contra ele apesar da minha pele
estar quase demasiadamente sensível para suas estocadas, o
enorme prazer.
Como antes, os dentes se afundaram em meu ombro,
enquanto ele estremeceu, seus golpes duros quase me
levantando do chão. Ele soltou um áspero gemido e com uma
última estocada, ele balançou contra meu traseiro, vindo dentro
de mim.
A mão no meu pescoço relaxou e o sangue correu para a
minha cabeça novamente, deixando-me tonta. Ele me deitou
cuidadosamente em cima da mesa, descansando seu corpo
duro em cima de mim enquanto ambos lutavam para recuperar
o fôlego.
Depois de um momento ele tirou e se afastou, deixando-me
sozinha contra a madeira fria. Demorou um momento antes de
tornar finalmente ciente de como eu estava exposta, mas eu
ainda
demorei
mais
um
minuto
pegando
minha
41
respiração antes de abaixar minha saia. Eu estava molhada o
suficiente para que sentada na cadeira, manchasse a minha
saia, assim eu cambaleei em meu salto alto, usando a mesa
como apoio.
"Isso
termina
esta
entrevista.
A
propósito,
você
está
contratada."
Ainda respirando com dificuldade, eu virei minha cabeça para
olhar Jeremiah Hamilton em pé em um pequeno café bar em
um lado do escritório. Seu terno e calças estavam de volta no
lugar, tão impecável como se simplesmente nada tivesse
acontecido. O olhar em seu rosto estava investigativo e
curioso, mas eu não podia dizer o que ele pensava em
descobrir. Eu tentei sentir vergonha, raiva, indignação com as
minhas ações devassas e dele aproveitando-se da minha
situação, mas tudo que eu podia apresentar era um
esgotamento profundo e uma sensação de segurança.
Estou ferrada.
Uma mão no meu cotovelo virou-me suavemente, e um copo
de água foi pressionado em minhas mãos. "Vá se limpar e se
preparar ", disse Jeremiah enquanto eu tomei um gole do
líquido frio, sua voz suave quando eu ainda ouvi. "Eu vou fazer
arranjos e podemos sair assim que você voltar. "
Meu cérebro não estava funcionando em todos os cilindros,
então eu pensei que talvez eu tivesse perdido alguma coisa.
"Arranjos para quê? "
42
"Você disse que carregava o seu passaporte com você?"
Eu pisquei, de volta confusa. Uma pergunta estranha. "Hum,
sim, eu carrego?"
Ele acenou com a cabeça como se aquilo respondesse tudo.
"Perfeito. Então você vai vir comigo hoje e pode servir como
minha acompanhante. "
Eu tomei um gole de água, ainda perplexa com a direção da
conversa. "Sua acompanhante onde? "
"Paris. Saímos em uma hora.”
43
TUDO QUE ELE QUER
Dominada pelo bilionário
PARTE 2: O contrato
44
Seduzida então coagida a um trabalho como "assistente
pessoal", Lucy Delacourt tem tudo, mas assinou seu corpo
para o CEO Jeremiah Hamilton, prometendo fazer Tudo
Que Ele Quer. Agora ela é a “Presa de Paris” e
determinada a resistir a ele e ao mundo cravejado de
diamantes dos ultra-ricos.
Jeremiah não está interessado em forçar Lucy a obedecer
um simples contrato. Ele sabe exatamente o que quer:
rendição completa da sua nova assistente. Um homem
acostumado a obter seu próprio caminho, Jeremiah não
hesita em fazer o que for preciso para abalar sua
assistente e, Lucy descobre para seu horror, que o preço
que tem que pagar pode ser algo que ela secretamente
anseia .
45
Capítulo 5
As Limusines eram mais espaçosas do que eu poderia me
lembrar. Claro, a última vez que eu estive dentro de uma foi no
baile de formatura e estava abarrotada com amigos e seus
pares.
Eu dei uma olhada no belo homem perto de mim no banco de
trás da limusine. Ele me ignorava naquele momento, focado no
tablet em seu colo e me deixando com meus próprios aparatos.
Minha bolsa de couro estava em meu colo e eu a apertei com
força..., ainda pensando nos acontecimentos do dia. Eu
realmente estava indo para Paris?
Os últimos dois dias têm sido uma loucura. Duas vezes no
trabalho eu fui seduzida pelo belo estranho que eu via todas as
manhãs: primeiro em um elevador publico, depois mais tarde
na garagem. Meu comportamento sem vergonha e fora dos
padrões, me deixou em dúvida sobre a minha própria
sanidade, mas eu recebi o choque da minha vida à uma hora
atrás quando eu descobri que o mesmo moreno perigoso era
um bilionário. Pior ainda, ele era meu chefe.
Jeremiah
Hamilton,
CEO
das
Indústrias
Hamilton,
um
conglomerado multinacional que rivalizaria com qualquer coisa
que Trump produzisse, sentado perto de mim na escuridão da
limusine. Eu não o tinha reconhecido, nunca imaginei quem ele
era quando eu pegava aquele elevador. Aquele pensamento
46
era embaraçoso. Embora ele não tivesse um programa de
televisão ou seu nome estampado em capas de revistas que
eu de fato lia, ainda assim, deveria saber como o CEO da
empresa para a qual eu trabalhava era. Agora parecia que eu
estava indo para o aeroporto voar com ele para Paris. Como
sua assistente pessoal. Com um contrato, próximo a vir, com
as estipulações que giravam em torno da frase “tudo que ele
quer”.
No que se refere ao ranking dos “Muitos Piores Dias” este
estava no top 5. Definitivamente um empate para o primeiro
dos “Muitos Dias Incompreensíveis”.
A hora do rush em Manhattan era o mesmo emaranhado de
pedestres e veículos e eu não prestava muita atenção a nossa
rota, presa em meus pensamentos. Muito cedo, no entanto, eu
percebi o tráfego diminuindo e o carro passando por aviões
que estavam atrás de um muro alto. Olhando para fora da
janela, eu vi com alguma surpresa a placa do Aeroporto de
Teterboro. O aeroporto de Nova Jersey era menor que o de
Nova York, e mesmo eu nunca ter voado a partir dali, sabia
que ele oferecia voos privados para os ricos e influentes.
Bom, eu acho que hoje somos nós. O pensamento enviou
arrepios em minha coluna e eu tremi esfregando meus braços.
Oh Deus, onde eu estava me enfiando?
“Você tem certeza que eu não vou precisar de roupas?” eu
perguntei pela terceira vez enquanto alcançávamos o terminal.
47
Eu não tive permissão de trazer nada além do que já estava
comigo no escritório – exatamente o que estava na minha
bolsa - e não tinha nada além das roupas que eu usei para ir
trabalhar e ainda estava usando. A saia e a blusa estavam
limpas, mas não o bastante para nenhum tipo de viagem que
precisasse cruzar o oceano.
“Elas
serão
providenciadas
para
você”
Jeremiah
me
assegurou. “Seu contrato cobre tudo isso”.
Era a mesma resposta que eu recebia toda a vez que eu
perguntava sobre essa viagem surpresa. Nesta parte, meu
contrato seria maior que Tolstoy. O pensamento irreverente
não ajudou a acalmar meus nervos. Eu ainda não tinha
assinado nada. Eu ainda podia sair, procurar um novo
emprego. A minha repentina imagem virando hambúrgueres
como meio de ganhar a vida, fez um tremor percorrer em meu
corpo, e uma onda de tristeza correu sobre mim. É assim que
eu terminarei? Poderá ser esta a minha última chance? Eu dei
uma olhada e vi Jeremiah me observando. Era como se ele
pudesse ler minha mente, mas não havia emoções em seu
rosto estóico. Frustrada, incapaz por tê-lo deixado ver minha
indecisão, eu cerrei minha mandíbula e me recusei a deixar
seu olhar primeiro.
A porta se abriu terminando nosso concurso de encarar. Eu
segurei minha bolsa, passei por ele, mas pensei ter notado um
traço de humor enquanto eu passava. Então ele gosta de
48
conflito, eu pensava enquanto nós nos apressávamos no
prédio.
Bom, porque eu não vou rastejar e implorar por respeito.
Uma imagem surgiu na minha cabeça, de mim mesma,
ajoelhada em sua frente olhando para cima em seu belo rosto
e senti uma agitação em minha barriga. Awn, droga!
A velocidade com que passamos pela segurança era uma nova
experiência. A parte mais difícil do processo foi um segurança
olhando em minha bolsa, encontrando minha roupa intima de
ontem eu tinha esquecido e ainda se encontrava ali. Todo meu
corpo se aqueceu para aquela descoberta, mas os seguranças
permaneceram profissionais. Uma vez que o segurança nos
liberou, seguimos pela pequena sala de espera e nos dirigimos
para a pista para o nosso aguardado voo.
Longo e elegante, mas ainda assim bem menor do que
qualquer outro que eu tenha voado antes, não era nada como
jatos comerciais que eu tivesse visto. Não havia jeito de eu
voar nisso; garotas normais como eu nunca viram o interior
desses a não ser que elas fossem aeromoças ou pilotos. O
elegante interior me surpreendeu, com assentos de couro duas
vezes maior que qualquer coisa que eu tenha visto em avião.
O piloto permitiu que tomássemos nossos assentos antes de
fechar a porta e voltar à cabine. Impressionada pelo que me
rodeava eu comecei a mexer em todos os botões e
implementos que tinha no meu assento. Tinha até mesmo um
49
telefone embaixo de um dos descansos de braço largos, o que
eu achei divertido.
Um fino tablet apareceu sobre a mesa que eu desdobrei, o
mesmo que eu vi Jeremiah usando mais cedo.
Assustada, eu olhei Jeremiah sentado em um assento próximo.
“O que é isso?” Eu falei meu divertimento anterior escurecido.
“Eu elaborei seu contrato no caminho para cá.” Quando eu
hesitei, ele se inclinou e captou meu olhar. “Você sabia que
isso aconteceria.”
“Não
brinca.”
A
resposta
sarcástica
desmentia
meu
nervosismo. Eu estava assinando uma coisa que tiraria minha
vida de mim?
“Um carro levará você para casa se desejar ir embora.” Ele
tirou uma caneta de prata do bolso de sua jaqueta e estava me
entregando. “A escolha é sua.”
Eu arranquei a caneta de sua mão, apertando ela contra minha
mão para não entregar que estava tremendo. Recostando-me
no assento, eu peguei o tablet e li todo o acordo. A parte de
não divulgação era uma realidade e fez meus lábios se virarem
em um sorriso cínico. É claro que ele não queria que eu
falasse para o mundo.
Tudo que eu precisasse seria providenciado, mas eu perderia
tudo que me foi dado caso eu quebrasse algum dos termos do
contrato. Blá blá blá.
50
Eu me adaptei a decifrar a linguagem jurídica durante a
faculdade, mas ele escreveu um contrato bem simples. Perto
do final eu parei em uma estipulação que nós não havíamos
discutido. “Cinquenta mil dólares?” Eu gritei olhando para ele
surpresa. Ele concordou. “Se você continuar sendo minha
funcionária em seis meses, tem direito a receber um bônus,”
citando contrato quase literalmente. “Isso, junto com qualquer
pagamento
semanal,
não
serão
tirados
de
você
se
eventualmente você rescindir o contrato.”
Então mesmo que eu desistisse, ainda teria alguma coisa
disto. Vendo isto escrito, ajudou minha cabeça a perceber esta
escolha absurda. O contrato, embora fosse vago sobre meus
específicos deveres, dava uma ideia profissional a toda à
situação e me fez sentir menos puta. Quem sabe, talvez este
seja um contrato padrão entre ricos e famosos. De qualquer
modo, eu dificilmente saberia.
Sim, eu hesitei. Eu ainda posso ir embora, eu pensava olhando
a caneta em minha mão. Eu posso terminar esta brincadeira
boba, pegar um taxi até meu apartamento...
...e depois o que?
A responsabilidade de pagar o aluguel estava chegando e
minha colega de quarto, uma antiga amiga da faculdade, que
me deu uma chance quando eu não tinha opções, não era
capaz de pagar sozinha. O seguro desemprego levava muito
tempo, a ideia de procurar outro emprego era assustadora, e
51
havia uma boa chance de não encontrar nada. A ideia de viver
em um abrigo fez meu sangue gelar e o desamparo da minha
situação começou a me oprimir.
No rosto de Jeremiah não havia piedade enquanto ele me
observava pacientemente. Ele deixou bastante claro o que este
contrato implicava – em minha ‘entrevista’ eu estava espalhada
em sua mesa enquanto ele tomava liberdades com meu corpo
que me deixaram uma bagunça de gemidos e confusões
ofegantes. A memória me fazia querer me encolher e
esconder; eu nunca fui esse tipo de garota, e ainda um
estranho me seduziu não uma vez, mas três vezes no curto
espaço de 24 horas.
Eu não tenho outra escolha.
Eu li o contrato duas vezes, a enormidade do meu caminho
pesando sobre mim, então com dedos trêmulos eu assinei meu
nome na linha indicada e devolvi o tablet.
Jeremiah o pegou e desligou. Imediatamente os motores do
avião se ligaram e eu me assegurei que meu cinto de
segurança estar fechado. Eu me agarrei no braço do assento e
tentei ignorar meu medo de voar e do homem sentado na
minha frente.
“Você não gosta de voar?”
Eu mantive meus olhos fechados e fingi estar dormindo
enquanto os motores se ligavam e nos impulsionavam em
direção à pista. O processo era suave, e não tão barulhento
52
como eu imaginei para um avião tão pequeno, mas minha
respiração foi difícil até estarmos no ar.
Nós estávamos recém subindo quando Jeremiah tirou seu
cinto e seguiu para a área principal atrás de mim.
Eu mantive meus olhos para frente, determinada a ignorar sua
presença, até que uma mão carregando um copo de um líquido
transparente apareceu diante de mim. “Eu não bebo,” eu disse.
“Nem mesmo água?”
Eu não achei sua brincadeira charmosa, mas tirei o copo de
sua mão e murmurei um agradecimento.
“Há comida no bar se você precisar de algo mais substancial.”
“Eu não estou com fome, obrigada.”
Meu estomago escolheu aquele momento para rugir alto,
expondo minha mentira. “Certo, talvez com um pouco.”
Seus lábios se comprimiram, e eu tinha a impressão de que ele
estava tentando esconder um sorriso. “Você realmente não
tinha ideia de quem eu era, não é mesmo?”
De repente eu não estava com humor para conversar, eu soltei
um suspiro e encolhi os ombros. “Aparentemente você não é
tão popular quanto você acha.”
Ele achou meu sarcasmo engraçado. “E o quão popular eu
sou?”
Contorcendo-me em meu assento, eu vi o divertimento em
seus olhos. Ele parece tão duro até que você olha em seus
olhos. Eles eram os mais bonitos verdes que eu poderia me
53
lembrar ter visto em um homem, vibrantes contra a pele
morena e o cabelo preto. Percebendo que eu o estava
encarando, limpei minha garganta e lutei para achar uma
resposta a sua pergunta. Eu perdi qualquer resposta
espirituosa e encolhi os ombros, tomando um gole da minha
água.
Eu ignorei sua risada. “Você deve querer dar uma descansada”
ele disse, “será um longo voo”.
Enquanto ele foi para a parte traseira do avião, eu fiquei no
meu assento, inclinando-me para trás e me aconchegando no
grande assento. Infelizmente, meu estômago, agora consciente
de que havia alimentos nas proximidades, não me deu
descanso. Eu consegui parar talvez meia hora, ocupando-me
com vários dispositivos em torno de mim, antes de finalmente
levantar e me dirigir à parte traseira para ver o que tinha
disponível.
Quando eu passei pelo meu chefe, ele estava sentado em um
dos largos assentos, um copo com um liquido escuro em sua
mão. Eu podia sentir seus olhos em mim enquanto me dirigia à
pequena cozinha e me servia de um copo de suco de laranja
antes de dar uma olhada no que havia de comida disponível.
Peguei um sanduíche de frango com ingredientes que parecia
mais como um ótimo jantar e comi lá mesmo.
O homem me deixava nervosa; Eu não conseguia confiar em
mim mesma quando estava perto dele. Sempre que ele estava
54
perto eu ficava imaginando cenas eróticas que eu tinha lido em
romances e via em minhas fantasias. Tinha ido tudo bem
enquanto ele era um estranho no elevador que eu via uma vez
por dia. Agora eu precisava tirar ele da minha cabeça, mas era
mais fácil falar do que fazer, ele tinha se tornado uma fixação
proeminente em minha vida de fantasia e meu corpo não
deixava esquecê-lo. Mesmo na minha atual situação de
desespero eu não conseguia parar as minhas reações em sua
presença, as mesmas reações que me fizeram entrar nesta
bagunça em primeiro lugar.
Pegando uma garrafa de água, me virei para sair da cozinha e
dei uma parada brusca quando vi que ele estava parado na
entrada. Ele se moveu em minha direção, eu dei um passo
para trás e bati na bancada. “Eu, hum,” eu comecei a gaguejar,
“Eu devo voltar ao meu assento...”
Seus dedos brincavam com um botão em sua camisa. “Você
poderia me ajudar com isso?” ele perguntou, mostrando sua
camisa e ignorando minha declaração. “Parece que esta
presa.”
Eu dei um suspiro de incredulidade. Era sério? Suas palavras
vieram como uma cantada ruim, quase absurda dada à
situação, mas outra fala, que eu escutei mais cedo naquela
tarde surgiu em minha cabeça. Tudo que eu quero.
Eu bufei então agora eu estou vestindo ele também? Isso não
era o que pensava que eu faria ao assinar aquele contrato,
55
mas com um pequeno xingamento eu peguei o botão. Seus
dedos encostaram-se nos meus, e eu tentei ignorar eles, junto
com o aperto em minha barriga.
Surpreendentemente, o botão estava realmente preso, mas
levou apenas alguns segundos para desfazer. Eu soltei a sua
camisa quando terminei, deixando o botão aberto, mas ele
pegou minhas mãos antes que eu pudesse me afastar. “Você
poderia checar os outros?” Eu olhei em seus olhos e depois
rapidamente para baixo de novo. Isso é estúpido, eu pensei.
Tentando sentir raiva enquanto minhas mãos eram colocadas
de volta na camisa. Eu deveria ser uma advogada, alguém que
ajuda os menos afortunados; não foi para isto que adquiri
enormes empréstimos da faculdade, para ser uma gloriosa
costureira...
Jeremiah me encarava, eu tentei fortemente ignorar seu olhar
– mais fácil falar do que fazer. Dando a ele um breve olhar que
era quase um desafio da minha parte, eu comecei a
desabotoar sua camisa. O material era fino mas forte, não era
seda, mas algo tão caro e parecido quanto. Eu não consegui
terminar o terceiro botão antes que minhas mãos começassem
a tremer, não de medo, mas pela proximidade. Não demorou
até eu perceber que ele não usava nada embaixo de sua
camisa a não ser sua pele. Quanto mais botões eu abria, mais
de seu tórax era revelado. Uma pele bronzeada contra sua
camisa branca que se recusava a ficar fechada por si só. Ele
56
deu um passo mais para perto, ameaçadoramente próximo de
mim e todo o meu corpo começou a tremer. Ai meu Deus.
Minha vida até aquele momento não envolveu muitos homens
de fora da família e alguns amigos de estudo. Ensino médio,
depois faculdade, tinha sido sempre sobre estudos, livros e
estudos
sempre
me
interessaram
mais
do
que
ter
relacionamentos com o sexo oposto – mesmo se eles
estivessem interessados. A vida depois que meus pais
morreram tem sido uma confusão, não havia tempo pra fazer
mais nada além de trabalhar em diversos empregos e me
preocupar com meu futuro. Se houve alguém interessado eu
não percebi. Mas definitivamente eu percebi o homem parado
na minha frente agora.
Lutando contra a enorme vontade de tocar sua pele suave
embaixo dos meus dedos era uma batalha perdida.
Ele
deu
um
pequeno
passo
para
o
lado
e
eu
inconscientemente me movi também, virando lentamente com
ele, enquanto ele tirava a camisa e jogava em cima de uma
cadeira do nosso lado. Sem fôlego, meus olhos percorriam seu
corpo, com a camisa que antes cobria, em seguida a vibração
em minha barriga ficou cheia de faíscas quando seus dedos
deslizaram até meus braços. Eu nem percebi que estávamos
nos movendo, tão presa que estava a sua proximidade e seu
toque, até minhas costas baterem contra alguma coisa dura –
uma parede. Minhas mãos se apertaram contra os firmes
57
músculos de seu abdômen enquanto eu olhava para cima e o
vi me olhando com uma intensidade que deixou meus joelhos
fracos. Qualquer pensamento de resistência que eu pudesse
ter enquanto ele pressionava seu corpo contra o meu, se foi.
Ele baixou seu rosto e tomou meus lábios. O que começou
suave, apenas um toque de nossos lábios se transformou
rapidamente em algo muito mais apaixonado. Perdida contra
seu ataque, eu gemi dentro de sua boca e passei minhas
unhas em seu corpo tenso, respondendo ao seu beijo com um
fogo que eu não sabia que tinha. Meu toque serviu apenas
para inflamá-lo enquanto ele pressionava mais perto, sua
língua saindo para brevemente lamber meu lábio e provocar
minha boca aberta. Suas mãos largas exploravam meu corpo,
se acomodando em minha cintura, com seus dedos se
afundando em meus quadris e na minha bunda, me puxando
para mais perto contra sua enorme figura.
Minhas mãos foram para seu pescoço, se emaranhando em
seu cabelo preto e grosso, tão desesperada por seu toque
quanto ele parecia estar pelo meu.
Uma perna estava firmemente presa entre minhas pernas, e eu
ofegava enquanto partes do meu corpo que estavam sendo
pressionadas, estavam inchadas e implorando por mais. As
mãos que estavam agarrando meus quadris se apertaram e eu
fui de repente levantada, pressionada contra a parede e
suportada apenas por seu corpo e seu aperto. Minhas pernas
58
estavam enroladas ao redor de sua cintura enquanto seus
lábios deixaram os meus, seus dentes passando pela pele
suave da minha garganta e ele pressionou seus quadris contra
mim. Um pequeno choro escapou da minha garganta, em
seguida seus dentes morderam meu ombro através da minha
blusa e ele mexeu seus quadris de novo.
Minhas mãos se atrapalharam em busca de seu rosto,
trazendo ele de volta. Eu o beijei de novo, fazendo pequenos
gemidos dentro de sua boca enquanto ele continuava a se
esfregar contra mim. Minha saia estava quase levantada em
minha cintura e seus dedos rastejaram até o alto de minhas
pernas, pressionando contra a fina barreira de minha calcinha,
em direção ao meu núcleo dolorido. Eu gemi, mordendo seus
lábios e levantando meus quadris em direção a sua mão,
desesperada por mais.
“Talvez você possa ajudar com os botões da minha calça,
também?”
As palavras baixas me deram um momento para processar, e
eu consegui sair da névoa de luxúria. Eu parei o beijo,
percebendo que eu quase permiti que acontecesse – de novo
– e olhei em seus olhos. O calor e a necessidade em seus
olhos ainda fez meu interior derreter, mas quando eu sai meio
enfraquecida de seus ombros, ele se afastou, me largando
gentilmente no chão. Minha saia estava bagunçada em meus
59
quadris, muito para o meu desgosto e eu apressei em arrumála enquanto me afastava para longe de seu alcance.
“Você deve descansar, é um longo voo até Paris.”
Eu olhei para ele. Ele estava parado lá parecendo bem o
suficiente para comer, tão confortável nu como se ele estivesse
em um de seus ternos caros. Por que eu estou fugindo dele
novamente?
Princípios. Morais. Ah sim. Droga!
Dando a ele um aceno idiota, eu forcei-me a virar e voltar ao
meu assento. Pegando um travesseiro, eu sentei em minha
poltrona e reclinei. Eu não pensei que seria capaz de dormir,
mas consegui finalmente dormir um sono agitado enquanto o
sol passou pelo horizonte, o brilho laranja se extinguindo pela
terra.
Em um determinado momento eu acordei e vi apenas
escuridão pela janela. Alguém – Jeremiah? - não apenas me
cobriu com um cobertor, mas também prendeu as pontas em
torno do meu corpo. Eu franzi a testa, certamente ele não
estava lá quando eu sentei, e olhei atrás de meu assento para
ver Jeremiah dormindo em outro assento próximo...
Sua camisa estava abotoada de novo, seu paletó estava
colocado em uma poltrona próxima a ele. Ele tomava mais
espaço no assento que eu, portanto não poderia estar com o
60
cobertor preso ao seu redor como eu, mas parecia estar
confortável em sua poltrona reclinada.
O sono tinha suavizado seu rosto, sempre tão duro, ele parecia
diferente, mais jovem, mais relaxado dessa maneira.
Eu gostaria de poder odiá-lo, eu pensei, mas não havia raiva
em meus pensamentos. O homem naquele assento tinha me
chantageado para assinar um contrato que permitia a ele
quaisquer liberdades que ele quisesse ter, mas apesar de tudo
havia momentos de quase ternura. Ele nunca fez nada que eu
não quisesse, eu pensei, apertando o cobertor ao meu redor.
Eu imagino qual seria o homem real: o CEO duro que me
entrevistou enquanto eu estava esparramada em sua mesa, ou
o homem que me cobriu com um cobertor.
Eu decidi adiar aquela conversa para outro dia, a exaustão
fazia meus olhos pesados.
Bocejando baixinho, eu puxei o cobertor até o meu queixo, me
aconcheguei na poltrona confortável e voltei ao meu sono.
61
Capítulo 6
“Você tem que pegar alguma coisa?”
Considerando que não fui permitida a trazer nada... “Não.”
O homem checou meu passaporte de novo, depois me
entregou de volta seguindo para a próxima pessoa enquanto
eu passava pela mesa. Letras em negrito em diversas línguas
escritas em uma placa me disseram onde estava e eu parei e
encarei. Eu realmente estava na França.
Jeremiah permaneceu perto e, assim que eu recebi as
informações, ele colocou uma mão na parte baixa das minhas
costas e me conduziu através das poucas pessoas. Eu vi uma
linha de pessoas esperando por recém-chegados enquanto
saíamos do terminal principal. Ele me levou para um canto
onde havia um homem careca com um cavanhaque loiro
encostado na parede.
Assim que nos viu, ele se dirigiu a nós, “Lucy este é Ethan meu
chefe de segurança. Ele a levará para o hotel”.
Nós trocamos um aperto de mãos, mas sua atenção superficial
deixou claro que ele tinha outras prioridades. “Celeste ainda
está aqui.” A voz de Ethan tinha um leve sotaque do sul, leve,
mas dava para notar. “Ela não partirá pelas próximas três
horas”.
Jeremiah concordou. “Perfeito. Assegure-se que a Srta.
Delacourt chegue ao hotel.”
62
“E você?” eu perguntei enquanto ele começava a se afastar.
“Eu tenho que lidar com os oportunistas.” Para Ethan ele
adicionou, “Tente não ser vistos.”
Eu o vi sair pelas portas de vidro. Era isso? Eu pensei confusa.
Estou sendo entregue ao motorista e tenho que sair
secretamente daqui? Ocorreu que eu deveria estar feliz por
não estar mais na sua presença, mas de repente, sozinha com
um estranho, num país estrangeiro, eu percebi que sentia falta
do estóico homem.
“Ok, vamos lá.”
Eu segui Ethan silenciosamente, dando umas olhadas em
direção ao meu chefe. Enquanto Jeremiah saia, eu vi uma
confusão do lado de fora e diversas pessoas se dirigiram a ele.
Flashes de câmeras e os barulhos indistintos de vozes que
vieram até mim enquanto saíamos. “Do que se trata isso?” eu
perguntei, lutando para acompanhar os passos largos de
Ethan.
“Paparazzi.” Ethan segurou a porta para mim enquanto
saiamos dos terminais, longe da multidão. "Sua participação no
baile de gala neste fim de semana é de conhecimento publico,
o suficiente para ganhar a cobertura da imprensa.”
Baile de Gala? Entrei na parte de trás da SUV que estava a
nossa espera na calçada. Outro homem, que deveria estar a
nossa espera ao volante, saiu do veiculo para que Ethan
pudesse tomar seu lugar e nós seguimos. “Ele ficará bem?” eu
63
perguntei através do espelho retrovisor, para o enxame de
repórteres.
Ethan bufou. “Isso não é nada, e ele fez isso para desviar
atenção, então poderíamos sair sem ser incomodados. Ele não
ficará muito atrás de nós.”
De fato, eu vi ele se mover através da multidão enquanto a
limusine parava e eu dei um suspiro de alivio. Eu nunca
poderia fazer aquilo. Eu pensei agradecida por não ter que
passar por ali. O pensamento de todas aquelas câmeras em
minha cara, me seguindo por todo o lugar... Eu tremi só de
pensar nisso.
Um monte de questões surgiram em minha cabeça, mas o
homem que dirigia não parecia o tipo de pessoa que falava
muito. Eu as mantive para mim mesma, aproveitando minha
primeira visão real de Paris. Eu prometi aos meus pais
enquanto estava no ensino médio que, quando eu me
formasse e me tornasse uma advogada, nós iríamos vir até
aqui. Aquele desejo nunca se realizou, suas mortes em meu
primeiro ano na faculdade tinham descarrilado minha vida, me
forçando a seguir um caminho radicalmente diferente do que
eu sempre imaginei - mas o meu amor pela cidade
permaneceu. Os brilhos da Torre Eiffel pelos prédios me
fizeram sorrir, alguns dos estresses dos últimos dias sendo
esquecidos.
64
Quando nós finalmente paramos, um valet do hotel abriu a
porta para mim e meu queixo caiu enquanto eu olhava em
choque para o hotel. “Nós vamos ficar aqui?”
Eu não obtive resposta e francamente eu não esperava por
uma, a pergunta era de qualquer forma, retórica. Eu olhei o
magnífico Paris Ritz, achando incompreensível que eu dormiria
ali. Outro estabelecimento parisiense que eu só vi na internet e
em revistas; as fotos não faziam justiça à estrutura. Enquanto
não era tão grande quanto eu achava, era muito imponente do
jeito que eu sempre imaginei e eu estava me coçando para ver
por dentro.
Uma ruiva em um fino corte feito para ela, se dirigiu a nós,
seus saltos estalando contra o piso de madeira. Ela parecia
feliz em ver Ethan, mas parou quando me viu. O grande
motorista deu um beijo em sua mão, um gesto romântico que
parecia estranho com seu comportamento rude.
“Celeste, esta é Lucy Delacourt, a nova assistente pessoal do
Sr. Hamilton.”
A confusão em seu rosto havia sido desfeita, mas ela ainda
parecia surpresa pela novidade. “Encantada em te conhecer.”
Ela disse com um sorriso caloroso, estendendo sua mão para
eu cumprimentá-la. “Eu sou Celeste Taylor, a cabeça das
operações das Indústrias Hamilton.” Seu aperto de mão foi
firme e objetivo, seu sorriso foi um alivio bem-vindo para o
65
estoicismo que eu tinha visto até agora. “Fazia um tempo que
Remi não tinha uma assistente pessoal.”
Remi? “Sim, bem eu sou nova.” Era difícil dizer o quanto eu
poderia falar, então decidi deixar as coisas no nível
profissional. “Eu fui contratada ontem à tarde.”
As sobrancelhas de Celeste quase alcançaram a linha de seu
cabelo. “Bem, certamente ele agiu rápido dessa vez.” Seu
olhar se suavizou, “Isso tudo deve ser estranho para você”.
Esse pequeno gesto de genuína simpatia quase me fez chorar.
Eu gostaria de agradecê-la, mas consegui me segurar de jogar
meus braços ao redor de seus ombros, ao invés disso eu
engoli minha gratidão de volta. “Ontem eu era apenas uma
funcionária temporária, levando um dia de cada vez. Agora,
bem eu” apontei para o hotel ao meu redor. “É um pouco
opressivo.”
“Sim, eu imagino.” Ela olhou em direção ao carro. “Você trouxe
alguma bagagem?”
“Uh...” Eu não conseguia imaginar como explicar aquele
pequeno detalhe. Quem atravessa o oceano sem trazer
nenhuma
roupa
ou
bagagem
para
a
viagem?
Eu
aparentemente, mas não sabia o que dizer sem trazer temas
embaraçosos à tona. Celeste virou sua cabeça para o lado
diante do meu inconfortável silêncio, estreitando seus olhos.
66
Ela deu um passo para trás, me examinando da cabeça aos
pés, depois assentiu. “Ah eu vejo por que,” ela disse com um
sorriso conhecedor.
Eu dei uma olhada em minhas roupas, não entendendo o que
ela queria dizer. Elas ainda estavam limpas, apesar de um
pouco amassadas pela viagem e dormir no avião. “Por que, o
que tem de errado com o que eu estou vestindo?”
Celeste deu uma risada, “Oh, não é com minha opinião que
você deve se preocupar,” ela disse, balançando sua cabeça e
rindo. “Se Remi não gosta de alguma coisa, ele fará tudo que
estiver em seu poder para mudar isso. Ele é um rolo
compressor, acostumado a conseguir as coisas do seu jeito.
Você não precisa dizer nada, eu já posso ver o que aconteceu
com você.” Ela se dirigiu para a porta do hotel. “Venha para
dentro, está frio aqui fora.”
Eu a segui, enquanto Ethan ficou para fora na calçada,
atendendo uma chamada no seu celular.
“Quando você conheceu Sr. Hamilton?” eu perguntei.
Celeste me deu um olhar divertido quando usei um jeito formal
para tratar o homem. “Nós fomos à faculdade juntos anos
atrás, apesar de ter me mudado para o oeste quase
imediatamente após a formatura. Divorciei, me mudei de volta
para começar tudo de novo, não conseguia achar nada. Quase
perdi as esperanças, então Remi me achou.” Ela encolheu os
ombros. “Eu comecei como gerente e depois, quando ele
67
reestruturou toda a companhia depois que seu pai morreu, eu
tive que fazer uma escolha: ou aceitava a posição de COO ou
seria demitida. Como eu disse,” ela acrescentou, rolando seus
olhos para mim, “um rolo compressor.”
“Soa familiar.” Os empregados do hotel abriam as portas e eu
olhei maravilhada ao redor da entrada. “Este lugar é muito
melhor do que eu imaginava.”
“Espere até ver as suítes.” Ela olhou seu relógio. “Meu avião
vai partir daqui a 3 horas, quer que te mostre as coisas por
aqui?”
Quando eu sorri para ela, ela pegou meu braço. “Você precisa
ver a piscina primeiro. Sempre me deixa sem fôlego.”
O passeio foi rápido, mas completo e me deixou um pouco
tonta. O que eu fiz para merecer isso? Eu ficava imaginando,
olhando para aquela opulência incrível. Por que eu estou aqui?
Isso é compensação do destino depois desses últimos 4 anos
horríveis? Será que tudo vai ir embora tão rápido como a
minha vida anterior?
“Eu preciso ir. Até mesmo voos privados tem uma agenda para
manter.”
Eu mal conhecia a mulher, mas me senti triste em vê-la partir.
Eu achei os últimos dois dias agitados e estressantes, e a
presença de Celeste era como um bálsamo bem vindo.
Estendendo minha mão, eu disse “Tenha um vôo seguro”.
68
Ela pegou minha mão com um aperto forte, depois se
aproximou. “Olha, seja legal com Jeremiah, ok? Ele pode ser
um idiota, mas ele tem um grande coração para aqueles com
quem ele se preocupa ou decide cuidar.”
Suas palavras me assustaram. Seja legal com ele? “Ele é meu
chefe,” eu disse formalmente, não muito certa de como
responder sem soar petulante. “Eu devo respeitá-lo.”
Ela começou a balançar a cabeça, parou para pensar e então
concordou arrependida. “Isso é suficiente o bastante, eu acho.”
Se aproximando, Celeste acrescentou em uma voz baixa, “faz
dois anos que ele teve uma assistente pessoal; a última humm,
saiu em maus termos. Como sua assistente, de qualquer
maneira você seguirá ele em funções, e servirá como sua
acompanhante. A imprensa está habituada a estes arranjos e
deixará você em paz, mas tenha cuidado é inevitável que você
receba um pouco de atenção”.
Ele trata a todas como eu? Surpreendeu-me quando ela
mencionou sua assistente anterior me deixar irritada.
Eu me lembrei de repente, da enorme quantidade de paparazzi
fora do aeroporto e fiquei gelada. De repente esta é uma ideia
muito ruim. Depois de novo, quando eu teria pensado nesta
situação toda, apenas um estranho golpe do destino?
“Ah falando no diabo.”
Eu me virei e vi a figura alta de Jeremiah entrando no hotel. Ele
tinha uma pequena caixa embrulhada embaixo do braço e
69
parou para falar privadamente com Ethan. Eles tinham uma
vibração parecida que eu achei interessante, e mencionei isso
a Celeste.
“Bem, ambos estiveram no exercito juntos, talvez seja isso.”
“Exercito?” Eu nunca o imaginei sendo soldado. Parece que eu
tinha muito a aprender sobre o homem que agora estava me
empregando.
Celeste concordou, “eles eram ambos do Exército Rangers até
o pai de Remi morrer e deixar ele responsável pelos negócios
da família. Negócios complicados, estes. Eu cheguei logo
depois e ajudei em campo antes de tudo explodir”.
Eu queria perguntar mais, mas os homens estavam vindo em
nossa direção e o momento foi perdido. Celeste sorriu e deu
um passo a frente, pegando a mão de Jeremiah. “Parece que
eu não sou mais necessária nesta pequena reunião hoje à
noite.”
Jeremiah levantou a mão de Celeste para dar um beijinho
antes de deixá-la ir, mas ao lado dele eu vi Ethan recuar para
aquele gesto. A ruiva deu um passo para o lado, depois olhou
para o homem alto careca ao seu lado. “Pronto para ir, amor?”
Eu pisquei surpresa, primeiro pelas suas palavras, depois de
novo enquanto eu via a impassível face de Ethan se suavizar
com um sorriso.
70
Celeste me acenou e eles foram embora, a mão do homem
grande, nas costas da COO. Só depois eu percebi o anel
dourado na mão esquerda de Ethan.
“Eles já estão há quase um ano casados.” Ao meu olhar
assustado, Jeremiah levantou uma sobrancelha.
“Sua pergunta estava estampada em seu rosto.”
Eu abaixei minha cabeça ao seu tom sarcástico, limpando
minha garganta. “E agora?” Eu perguntei dando uma última
olhada no casal que estava saindo. O stress retornou enquanto
eu não tinha ideia do que ele queria.
“Celeste te mostrou o hotel?”
“Um pouco, sim.” Eu não podia parar o sorriso que surgiu no
meu rosto. “Ele é absolutamente incrível, fotos nunca fizeram
justiça.”
Ele deu uma risada divertida. “Espere até ver os quartos.”
71
Capítulo 7
Eu afundei na água quente, segurando os lados da grande
banheira de porcelana para não afundar. Montanhas de bolhas
de espumas faziam cócegas no meu nariz enquanto eu me
sentava numa posição confortável, e eu sorria, soprando essas
bolhas enquanto elas dançavam no ar. A banheira profunda
era surpreendentemente confortável e eu me ajeitei nela,
dando um suspiro de alivio e brincando com as bolhas de água
com meus dedos dos pés.
Jeremiah me mandou subir para o quarto, dizendo que tinha
que cuidar de algumas coisas antes de se juntar a mim.
Eu segui um rapaz que trabalhava no hotel que me mostraria o
quarto e, quando ele abriu a porta, a visão me deixou sem
palavras. O interior da suíte era o mais incrível, espalhafatoso
que eu já tinha visto, com seus espelhos dourados e pinturas,
painéis brancos aparadas com candelabros de ouro, cristal e
luzes, molduras cheias de rococó e filigrana ao longo de cada
canto e um painel aberto. Tapeçarias cobriam as paredes, e
cada pedaço do quarto gritava Olhe para mim, eu sou caro,
batendo na cabeça com sua elegância exagerada e design
escabroso e extravagante.
Eu simplesmente adorei.
Enquanto o recepcionista do hotel estava me mostrando ao
redor, eu mal escutava, muito ocupada explorando por mim
72
mesma. A suíte incluía diversas salas de estar ao lado do
quarto com móveis que pareciam muito caros, mas nem um
pouco confortáveis. Toda recreação que eu poderia pensar, e
várias que eu nunca teria considerado, foram fornecidas
gratuitamente. Eu pensava que tivesse morrido e ido para o
céu quando vi o banheiro com seus tetos altos e espelhos,
tampos de mesa e pisos em mármore, e uma banheira quase
tão grande como uma Jacuzzi, localizada no meio. O
recepcionista só teve tempo de me apontar o armário com
toalhas de linho e roupões antes de dispensá-lo o mais
educadamente possível e me jogar num banho de espuma. Eu
escolhi uma fragrância de lavanda da seleção de óleos para
banho antes de tirar minhas roupas de trabalho, pegar um
roupão e fechar a porta.
Eu me permiti aproveitar o calor e o cheiro doce da água por
um tempo, antes de tomar o banho de verdade. Usando meus
dedos dos pés para não desperdiçar água quente e apertar o
botão da banheira, mantive a água aquecida enquanto eu
esfregava minha pele. Eu levei meu tempo, mas minhas mãos
finalmente enrugadas me convenceram a deixar a banheira, as
bolhas agora eram apenas uma fina camada em cima da água.
Entrando no roupão e enrolando meus cabelos em uma toalha,
dei uma olhada nas bancadas e gavetas para ver se achava
outros
tesouros
escondidos
no
banheiro.
Três
batidas
73
cortantes contra a porta trancada me fizeram pular de
surpresa. “Gostaria de ver você aqui fora.”
A voz profunda de Jeremiah que atravessou a grossa porta de
madeira, suas palavras um comando, que esperava ser
obedecido. Eu congelei, a tensão que eu tentei levar mais cedo
estava de volta agora com força total. Uma rápida olhada em
volta me fez perceber com profundo horror que eu não tinha
roupas além do roupão e da toalha; eu as deixei na cadeira do
quarto agora ocupado pelo meu chefe.
Respirando fundo eu dei uma olhada em mim mesma no
espelho. Meu rosto estava limpo de toda a maquiagem,
brilhante e limpo, mas nu sem meu usual rímel. Embaixo da
toalha enrolado desordenadamente na minha cabeça, meu
cabelo estava uma bagunça e ainda muito molhado para
pentear.
Eu não posso deixar ele me ver desse jeito; ele vai me
expulsar do hotel!
Eu tirei rapidamente a toalha da minha cabeça e gritei “Só um
minuto” para ele não achar que eu o estava ignorando. Por que
você se preocupa com o que ele pensa, o lado racional do meu
cérebro tentou perguntar enquanto eu me atrapalhava com
meu
cabelo
molhado
e
tentava
suavizar
as
minhas
sobrancelhas que precisavam desesperadamente de uma
pinça.Você não quer ficar longe dele, de qualquer maneira?
74
Talvez, mas pelo menos eu quero parecer decente quando eu
for embora.
Desembaraçando meu cabelo longo, tentando dar alguma
ordem e ajeitando meu roupão certifiquei que o cinto estava
bem amarrado, eu andei para a porta. Parando um pouco eu
dei uma olhada no espelho – sério você nunca foi tão vaidosa!
– antes de abrir a porta e sair.
Jeremiah estava do outro lado do quarto ao lado de um
carrinho de prata pequeno com pratos com tampas. O aroma
suave da comida chegou ao meu nariz, me deixando com água
na boca. Ele me olhou enquanto eu me aproximava seus olhos
parando em meu roupão e cabelos molhados. “Como foi seu
banho? Estava bom?”
Eu resisti à vontade de esguichar, encolhendo um ombro. “Não
é exatamente o que eu estou habituada.”
Seu olhar fixo me incomodou como se tivesse me pegado em
uma mentira, e levou muito autocontrole para eu ficar quieta.
Ele se virou para puxar o carrinho ao lado da mesa e de
repente eu não conseguia respirar de novo. Pare de permitir
que ele te deixe desse jeito. Minhas reações a ele eram
estúpidas, mas eu não poderia deixar de me sentir ameaçada,
como se ele estivesse sutilmente me perseguindo.
“Eu tenho algo para você.”
75
Isso ganhou minha atenção. “Café da manhã?” Eu perguntei
meus olhos recaindo nos pratos ao lado dele. Minha barriga
retumbou em antecipação.
“Daqui a um momento, talvez.”
Ele se endireitou e olhando direto em meus olhos disse: “Tire o
roupão e venha aqui”.
Tudo dentro de mim gelou. Eu abracei o roupão mais apertado
em volta de mim tentando impedir o inevitável. “Por quê?”
Ele não disse nada, e eu olhei para cima e vi que ele estava
me observando. Não havia emoções em seu olhar e até onde
ele sabia, eu deveria tirar o roupão e ir até ele simplesmente
por que ele disse. Porque eu assinei um documento dizendo
que eu deveria fazer o que ele mandasse, algo que eu fiz só
porque ele não me deu outra escolha. Os ornamentos
brilhantes ao redor não conseguiram disfarçar o que eram:
uma gaiola, projetada para manter-me fora do equilíbrio e à
sua mercê.
Finalmente, finalmente eu fiquei furiosa. “Por que eu? Por que
tudo isso?” Eu apontei ao redor do quarto.
Ele inclinou a cabeça, “Por que não você?”
Ele estava devolvendo minhas perguntas, aquilo me deixou
puta. “Eu não era nada na sua vida, apenas um par de mãos
para digitar e depois ser jogada na rua quando não fosse mais
necessária. Então porque eu estou aqui?”
76
Seus lábios se tornaram uma linha fina, mas ele não disse
nada. Atravessando o quarto até a mesa larga de mármore, ele
pegou uma garrafa de cristal e se serviu de um copo com um
liquido âmbar. “Minha carreira consiste em procurar por
potencial,” ele disse girando o líquido enquanto me olhava
sereno. “É meu trabalho encontrar empresas que eu posso
comprar ou patrocinar, consertar, depois vender para obter
lucros.”
“Então o que eu sou? Um projeto?”
Um pequeno movimento de sua cabeça confirmou minhas
suspeitas. “Você era ambiciosa, inteligente quando era
estudante, acostumada com certo tipo de vida. A vida lhe deu
uma mão cruel, te deixou mais pra baixo do que você poderia
imaginar.” Ele me desejou saúde com o copo antes de tomar
um gole. “Você nunca iria dispensar a chance de se
restabelecer, custe o que custasse.”
“Então me de um emprego.” Eu falei, o sarcasmo escapando
da minha língua.
“Você não precisa me tirar a dignidade, me fazer... o elevador,
a garagem—“
O barulho do copo batendo na bandeja me deixou em choque
alem da minha raiva. “Você pegava aquele elevador todas as
manhãs,” Jeremiah disse em uma voz baixa, olhando para a
garrafa de cristal, “me dando aqueles olhares, chegando perto,
77
mas não tão perto.” Seus olhos encontraram os meus, e eu tive
que respirar com força pelo fogo que eu vi ali.
“Eu conhecia seu cheiro, sabia quando aquela necessidade
atravessava você, Aqueles pequenos sorrisos, sem saber o
que se passava pela sua cabeça...”
Minha respiração ficou presa quando ele parou os dedos
apertando a parte superior do vidro, seus dedos brancos com a
tensão. Eu não acredito em você. “Eu não sou ninguém,” eu
disse minhas próprias palavras enfiando adagas em meu
coração.
Sua mão que estava livre se apertou com o punho enquanto
seu maxilar ficou cerrado, depois seu corpo relaxou. Ele se
dirigiu a mim, e eu dei um passo para trás tentando em vão me
agarrar a um último resquício de raiva que eu ainda possuía
como um escudo. Estar tão perto dele era intimidante, meu
coração batendo no meu peito enquanto eu olhava para o lado,
incapaz de ser mais forte.
Um dedo levantou meu queixo e eu o estava encarando. Seu
rosto estava implacável como sempre, mas sua voz era mais
suave enquanto ele repetia seu pedido anterior. Exigiu: “Tire
seu roupão”.
As palavras ecoaram através do meu corpo, sua proximidade
fazia coisas estranhas com a minha mente e eu me encontrei
desatando o cinto do roupão. O material macio saiu dos meus
braços e foi parar no chão, caindo nos meus pés. Totalmente
78
exposta para ele pela primeira vez, eu fechei meus olhos
contra sua análise cuidadosa, uma lágrima escapando entre
meus cílios.
Quando ele colocou seus braços ao meu redor, eu endureci,
mas suas mãos pararam em meus ombros, enquanto ele me
virava. “Olhe uma coisa,” ele disse, e quando eu não abri meus
olhos imediatamente ele repetiu “Olhe.”
Um espelho largo e oval estava parado na minha frente e eu
me encolhi para o meu reflexo. “O que você vê?” ele
perguntou.
Barrigas e coxas flácidas, quadris grandes, peitos que
precisam de um sutiã para ficar bons. “Eu.” Eu sempre fui
minha própria pior crítica.
Eu o vi franzir o cenho no espelho, depois ele virou o rosto
para analisar meu reflexo. “Eu vejo um rosto lindo,” ele
começou, passando um dedo na minha bochecha e em meu
pescoço. “Pele macia, as curvas certas.” Ele se aproximou
mais perto ao lado da minha cabeça e respirou fundo. “Você
cheira bem o bastante para ser comida.” Ele acrescentou suas
palavras quase um rugido.
Eu perdi meu fôlego, suas palavras fizeram minha barriga
apertar, Uma mão grande cobriu meu peito, dedos beliscando
um mamilo, e dessa vez eu engasguei bem alto. Sua mão
apertava meu ombro enquanto a mão que estava em meu
peito descia, passando pela minha barriga e deixava um rastro
79
de fogo no caminho. “Tão linda.” Ele murmurou e minha
cabeça caiu em seu ombro enquanto sua mão passava pelo
meu quadril, seus dedos afundando em minha pele. Eu o
olhava no espelho, as batidas do meu coração altas em meus
ouvidos, enquanto sua mão descia mais, não muito apenas
para sentir a forma.
De repente ele se afastou e me deixou ali confusa e
desequilibrada. “Não se mexa.” Ele disse, sua voz cortante e
eu congelei. Minha obediência instintiva me perturbou, mas eu
fiquei parada enquanto Jeremiah pegou a caixa que eu vi ele
carregando mais cedo na entrada do hotel e ele me alcançou.
“Eu estava guardando isto para mais tarde, mas agora é uma
hora melhor.”
Desconfiada eu peguei o pacote e abri, tirando o papel que o
cobria. Meus olhos se arregalaram enquanto eu corria um dedo
ao longo de um par de meias calças e sob as tiras de cetim
havia um bustiê de puro branco. Sem palavras eu olhei para o
meu chefe e de volta para o conteúdo da caixa, sem muita
certeza de como responder.
Jeremiah pegou a caixa das minhas mãos gentilmente quando
eu não fiz nada por vários segundos. “Se vire.”
Eu fiz o que ele mandou, ele tirou os artigos minúsculos da
caixa e então, para minha surpresa maior começou a me
vestir.
80
Primeiro o bustiê branco, que ele fechou nas minhas costas;
cobriu meus seios e barriga com laços que caiam até minhas
coxas. Eu entrei nas minúsculas calcinhas e depois na cinta
liga que se unia aos laços do bustiê. Havia algo incrivelmente
sensual sobre todo assunto apesar de como profissional ele se
mostrou. Eu nunca na minha vida vesti uma lingerie como esta,
certamente nunca para um homem e, era uma experiência
interessante. Eu sou muito pálida para usar branco, uma parte
cínica de mim pensou, mas eu mantive essa observação para
mim mesma.
Quando ele terminou me pegou pelos ombros e me virou de
novo até que eu estivesse de novo de frente para o espelho.
“Agora o que você vê?” ele perguntou, chegando perto do meu
ouvido.
Eu pisquei. Wow! Então é isso que você ganha quando veste
lingerie super cara. O tecido branco conseguiu esconder o que
eu sempre odiei e acentuar o que eu nunca imaginei que eu
tivesse.
Minhas
mãos
correram
até
minha
cintura
modestamente afinada pelas cordas ao longo da minha
espinha, e sobre meus quadris passando os dedos nas tiras de
cetim e pelas minhas pernas para as meias.
Todo o conjunto não era excessivamente restritivo, mas firme o
suficiente para puxar as partes para cima e empurrar certas
partes também – especificamente meu peito, o que eu nunca
considerei exatamente impressionante.
81
Com uma boa aparência agora eu pensei, passando meus
dedos pelos firmes topos de cada peito.
De repente me lembrei de que ele tinha feito uma pergunta, eu
limpei minha garganta para responder, mas não sabia o que
dizer. Eu prendi meu olhar com o dele no espelho e ele
assentiu, obviamente vendo minha resposta ali. “Bom que nós
vemos olho no olho,” ele murmurou passando suas mãos em
meus braços e ombros. “Agora que já resolvemos isso...”
Uma mão torceu meu cabelo e minha cabeça foi virada de
volta. Eu dei um pequeno grito, minha mão cobrindo a sua em
surpresa enquanto eu olhei para ele. Seu rosto ficou frio como
granito, seus olhos verdes intensos, mas sua voz era macia
como seda. “Eu não gosto que me contradigam. Quando eu
digo para você fazer alguma coisa, eu espero que você faça
imediatamente ou senão haverá consequências.” A mão em
meu cabelo apertou mais forte. “Fique de joelhos.
82
Capítulo 8
Eu me ajoelhei rapidamente até o chão, a pressão adicional da
mão na minha cabeça me forçava a ficar de joelhos. A cinta
liga contra a parte de trás das minhas coxas e bunda estava
apertando, um sentimento de interesse, mas ainda meio
eclipsado pelo desconforto causado pelo aperto da mão em
meu cabelo. Minha cabeça estava inclinada trás e eu olhava
enquanto Jeremiah me examinava de cima abaixo. “Você
gosta disso não é mesmo?” ele murmurou.
Deus sim! Aquela parte traidora da minha alma estava em
chamas de novo, se revelando mesmo em forçada submissão
enquanto eu pensava no que eu tinha me metido. Sua mão
largou meu cabelo e passou pela minha bochecha. “Você esta
tão linda de joelhos. Eu estou duro só de pensar em sua boca
no meu pau.”
Eu tremi ao ouvir as palavras brutas, vendo como seus dedos
deslizaram sobre a protuberância em suas calças apenas
alguns centímetros do meu rosto. Virando minha cabeça para o
lado, eu vi nosso reflexo no largo espelho. Nós não estávamos
fazendo nada – ainda – mas do jeito que ele estava parado lá,
queixo levantado e seu corpo reto enquanto eu ajoelhada aos
seus pés... Eu estava derretendo por dentro, ajeitando minhas
pernas para ficar pronta para ter ele. Eu ansiava por seu toque
83
e fui contra sua mão como uma gata e como recompensa ele
passou seu dedo pela minha testa.
“Eu sonhei com você de joelhos, sua linda boca me chupando.”
Um dedo passou pela minha testa de novo ajeitando meu
cabelo molhado. “Você gostaria de me ajudar a gozar,
gatinha?”
"Sim", eu respirei, então grunhi em choque quando ele agarrou
meu cabelo de novo.
“Sim, o que?”
“Sim...” Eu quebrei a cabeça para dar uma resposta
apropriada. “Senhor?”
Ele fez um som de aprovação, depois suas mãos me largaram,
começou a abrir suas calças e ele se libertou.
“Eu não vou prometer ser gentil,” ele falou com uma voz
áspera pela necessidade “porque eu tenho pensado muito
nisso, mas eu prometo terminar qualquer coisa que eu
começar.”
Eu
passei
meus
dedos
em
torno
de
seu
comprimento duro, deslizando minha mão até a base, em
seguida, voltando experimentalmente.
Ele empurrou seus quadris então eu fiz isso de novo antes de
me inclinar para frente e passar minha língua sobre a cabeça.
Eu segui o cume, até o eixo antes de chupar ele em minha
boca, rolando a cabeça com a minha língua. Enfiei minha mão
até a base, passando a ponta bulbosa com a minha língua
84
para chupar a ponta macia, em seguida, tirei minha mão de
cima e puxei-o mais profundo.
Ele descansou suas mãos na minha cabeça, não me forçando
a nada, mas me lembrando de sua presença. Eu empurrei
minha cabeça sobre ele, minha mão acariciando seu eixo
enquanto eu o colocava mais fundo. Os sons vindos acima de
mim – grunhidos baixos e respirações truncadas – eram
gratificantes de se ouvir. Eu posso fazer ele perder o controle,
eu pensei e a ideia me deu motivação para dobrar meus
esforços. Quando eu achei que conseguiria controlar meus
movimentos, eu liberei a base do seu pau e coloquei o máximo
que eu conseguia.
Um grito sufocado veio de cima, suas unhas afundando em
meu crânio. A espessura da cabeça do seu pau estava
fazendo cócegas na parte de trás da minha garganta me
forçando a retirá-lo ou me engasgaria. Segurando com força na
base, eu comecei meus esforços de novo, mas as mãos em
cada lado da minha cabeça me puxaram, seus quadris
penetrando em minha boca quente.
“Mãos nas costas.” As palavras eram uma ordem dura. Eu
parei um momento antes de reclamar, torcendo os braços atrás
de mim e cerrando meus pulsos. Eu rezei para ele ser gentil
comigo.
Eu deveria ter melhor conhecimento.
85
Sua primeira estocada atingiu a parte de trás da minha
garganta e meus olhos se encheram de água imediatamente.
“Mãos para trás.” Ele latiu de novo quando eu instintivamente
as coloquei pra frente, “ou eu não te darei escolha e as
amarrarei.”
Levei cada grama de força de vontade que possuía, mas eu
forcei minhas mãos para trás, entrelaçando meus dedos e
segurando lá pela minha querida vida.
Ele repetiu a estocada, desta vez não tão fundo me deixando
espaço para respirar. Ele continuou assim empurrando a si
mesmo para dentro e para fora da minha boca e eu lentamente
comecei a me acostumar com o movimento. De fato muito em
breve eu comecei a me acostumar com seu tempo o bastante
para improvisar. Eu pressionei a minha língua contra a base do
seu pau; Sua imersão cresceu lentamente me permitindo mais
espaço para manobrar e brincar. Os pequenos sons vindos de
cima – um pouco de gemidos e sua respiração soando difícil –
era extremamente sexy, e um bom indicativo de que eu estava
fazendo a coisa certa. Quando eu passei a minha língua na
ponta do seu pau formando uma vedação e sugando-o
profundamente, o engasgo que eu ouvi fez os cantos da minha
boca subirem em um sorriso.
Seus dedos se prenderam no meu crânio, dirigindo minha
cabeça bem fundo enquanto ele deu uma estocada bem fundo
em minha boca. Em todo momento, que eu me sentia
86
engasgando ou com dificuldade de respirar, ele diminuía o
ritmo e o agradeci o melhor que eu pude. Dei uma olhada para
o lado e nos vi no espelho, e a necessidade crua que eu vi no
seu rosto – Eu estou fazendo isso – era um afrodisíaco
poderoso. O palpitar entre minhas pernas aumentou e minha
pequena calcinha não era páreo para o liquido que corria entre
elas. Eu precisava dele dentro de mim logo ou isto vai ser
demais.
Aparentemente ele pensava o mesmo, porque ele se retirou da
minha boca e deu um passo para trás, minha saliva brilhava no
membro esticado no meu rosto. “Se levante.”
Não tendo certeza do que ele queria dizer, se poderia mover
minhas mãos, eu tentei me ajeitar até ficar de pé, as mãos
ainda presas em minhas costas. Havia aprovação em seu
rosto, mas ele pegou a parte de trás do meu pescoço, seu
aperto firme, mas não muito, e me levou até uma mesa de
mármore com uma base larga de madeira. “Se deite em cima
da mesa e agarre os lados até eu dizer que você pode largar.”
A mesa parecia bastante firme, mas a pedra devia estar fria e
eu não estava usando muita coisa. De algum lugar dentro da
minha alma uma pequena voz gritou Você ainda pode dizer
não, ainda não é muito tarde.
E depois o que?
Ele tinha me dito não muito tempo atrás no estacionamento
que ele nunca tinha pegado uma mulher contra sua vontade.
87
“Apenas diga não e eu deixarei você em paz para sempre.” Ele
tinha me dito e eu acreditava nele. Eu poderia dizer não e sair
por aquela porta. Ele poderia me mandar de volta para os
Estados Unidos, ou não. Não importava, eu poderia ir até a
embaixada dos Estados Unidos eu conseguiria voltar de
qualquer maneira. Eu sabia como sobreviver – os dois últimos
anos me ensinaram isso pelo menos. Tudo que eu tinha que
fazer era dizer não.
Eu olhei no espelho e encontrei os olhos de Jeremiah, Havia
uma resposta ali que eu não quis reconhecer até agora. Meu
corpo sabia o que eu queria e eu vi o mesmo entendimento
nos olhos de Jeremiah. Quem eu estava enganando? A
menina refletida de volta para mim em lingerie branca, apoiada
por um homem bonito e os ambientes luxuosos, me desafiou a
dizer não ... E eu tomei minha decisão.
Meu corpo estava impregnado de desejo, eu me inclinei e
agarrei as pontas da mesa firmemente, aliviada quando ela
não se moveu. A mão de Jeremiah deixou meu pescoço,
traçando minhas costas até minha bunda, dando uma
apertada.
“Abra suas pernas.”
Eu fiz o que ele disse, e suas mãos baixaram mais, seguindo a
linha da calcinha entre a minha bunda. Eu tremi enquanto seus
dedos acariciavam a calcinha fina e eu embaixo dela, e virei
meus quadris para ter mais contato.
88
“Você toma anticoncepcional?”
A pergunta inesperada me tirou da névoa de luxuria por um
momento e eu disse que sim. Menstruação irregular, mais do
que qualquer tipo de vida sexual, era o motivo de ainda tomar
os remédios. Eu realmente nunca precisei deles por nenhuma
outra razão.
Como premio por minha resposta seus dedos escorregaram
por dentro da fita da calcinha, pressionando contra minha pele
molhada e eu gemi. Ele circulou a minha entrada com dedos
ágeis, e depois em direção ao ponto rígido que vibrava com
cada batida do meu coração. Minha respiração vinha em
arquejos, mas ele não seguiu adiante, sua mão apenas
explorando. “Você gostaria que eu te fizesse gozar, gatinha?”
Eu concordei vigorosamente, seus dedos fazendo minha
respiração ficar presa. Uma risada veio atrás de mim e seus
lábios pressionaram a parte de baixo das minhas costas, um
pouco abaixo do meu bustiê.
“Você tem que trabalhar para isso, você esta disposta a fazer
isso?”
Antes que eu pudesse responder qualquer coisa, seu dedo
escorregou de volta para dentro e pressionou firme contra a
entrada da minha bunda. Eu avancei em estado de choque,
mas a mesa impediu qualquer fuga da invasão estranha. Eu
tremia enquanto sua mão acariciava minhas duas entradas - a
89
sensação estranha era um mistério que o meu corpo não
conseguia descobrir.
"Muitas mulheres gostam de se divertir aqui", Jeremiah
murmurou atrás de mim, com os dedos continuando a suas
explorações superficiais. “Algumas na verdade até preferem.
Pois o proibido as deixa mais excitadas.” Ele se aproximou seu
corpo moldando o meu. “Alguns homens também preferem
esta entrada, por ser mais apertada e um tabu é mais para
deixar excitado do que o próprio sexo.” Seus lábios estavam
atrás da minha orelha quando ele adicionou, “Adivinha que tipo
de homem eu sou?”
Eu gemi desesperadamente, presa entre o mármore frio da
mesa
e
seu
corpo
quente.
Seus
dedos
continuaram
trabalhando no cerne duro entre minhas dobras fazendo meus
quadris irem pra frente e respirações em arquejo escaparem
de meus lábios. As duas sensações de uma só vez tornaram
difícil diferenciar qual me excitava mais e o polegar esfregava
sobre ambos e eu desejava mais. As confusões era difíceis de
serem sustentadas, enquanto as sensações ameaçavam me
dominar por completo.
Então quando Jeremiah empurrou seu dedo para dentro,
alargando os músculos apertados de um modo eu nunca tinha
considerado isso algo sexy, eu gemi e empurrei meus quadris
contra sua mão.
90
Sua risada era profunda e sexy, me deixando feliz e fazendo
minha pele formigar. Aqueles dedos redobraram seu ritmo
encontrando lugares dentro de mim que deixaram meu corpo
tremendo e se apressando contra ele, meus gemidos altos e
descarados.
“Você é muito gostosa.” Ele cochichou em minha orelha,
passando seus quadris em minha bunda. Ainda nu da cintura
para baixo ele empurrou seu pau duro entre minhas coxas ao
lado de sua mão antes de repetir o movimento. O interior de
minhas pernas estava muito molhado e o giro de seus quadris
contra minha bunda era muito sexy. Eu estava segurando com
tanta força os cantos da mesa de mármore que minhas juntas
estavam brancas, meus gritos eram longos lamentos, as
sensações e a crescente urgência faziam meu corpo tenso em
antecipação.
“Você vai gozar quando eu disser e só quando eu disser.”
Eu gemia, mas dessa vez em protesto e sua mão foi embora. A
repentina ausência foi como um balde de água gelada – uma
interrupção não desejada, sem dúvida uma punição pela minha
reclamação. Para minha alegria, de qualquer maneira, o
espaço foi rapidamente preenchido por outra mexida de seus
quadris enquanto ele deslizava seu eixo rígido e empurrava
entre minhas coxas e uma mão veio e prendeu meu pescoço.
Ele não empurrou para dentro, apenas deslizou para o interior
molhado.
91
“Por favor,” eu gemi empurrando meus quadris para dar um
melhor acesso.
“Por favor, o que?”
Sua voz tinha algo de divertimento apesar de que não podia
ver seu rosto, mas desta vez eu tinha certeza de saber a
resposta.
“Por favor, senhor.”
“O que você gostaria, gatinha? Você me quer dentro de você,
este seu lindo rabo aberto para que eu possa meter bem
fundo? Eu devo te levar bem forte, forçar você a gozar com
meu pau pulsando bem fundo?”
Aquela voz rica e grave tão próxima do meu ouvido poderia
derreter pedras. Ele deslizou seu pau duro entre minhas
pernas, e tudo correu de volta; eu estava tão perto, não
demoraria muito...
Eu senti a cabeça do seu pau naquela parte dolorida ao
mesmo tempo em que suas mãos abriam minha bunda, os
dedos passavam ao longo da minha pele enrugada. Ele
empurrou ambas as aberturas ao mesmo tempo e eu quase
chorei, a pressão e o alargamento foram um alivio bem-vindo.
Ele gastou pouco tempo, seus quadris estavam em um ritmo
constante enquanto seus dedos trabalhavam no meu rabo. Em
questão de minuto eu estava gemendo com cada estocada,
meus gritos ecoando na mesa de mármore e no quarto cheio
de ornamentos. Enquanto suas estocadas ficavam mais fortes,
92
batendo no alto das minhas coxas repetidamente contra a
ponta do mármore, eu olhei no enorme espelho em cima da
cômoda de mogno na minha frente. Deu-me uma visão clara
do homem atrás de mim e, apesar de ter ouvido bem pouco
dele, eu vi a necessidade crua em seu rosto, Sua boca aberta
com suspiros suaves, seus longos braços alcançando meu
pescoço que estava tenso contra a camisa branca. O
espartilho abaixo do bustiê com tiras e laços brancos era muito
sensual, impossível de acreditar que era meu corpo refletido no
espelho. Muito rápido de qualquer maneira tudo virou
sensação, a construção de uma explosão que eu estava
buscando
desesperadamente
e
rezado
estava
quase
chegando. Ele estava enfiando em mim, cada estocada me
empurrando contra a mesa que apesar de todas as batidas
continuava parada. Eu gemi meu orgasmo correndo em mim.
“Por favor, eu não consigo parar. Senhor, por favor!”
A mão entre nossos corpos desapareceu e Jeremiah aumentou
suas penetrações, enfiando com força dentro de mim. Seus
dedos estavam apertando a parte de trás do meu pescoço,
gritos da garganta e gemidos guturais vindos de atrás,
enquanto seus dedos passeavam na minha frente, descendo
até o interior que pulsava entre minhas pernas. “Goze então,
eu quero sentir a reação de seu corpo ao redor de mim.”
Não havia uma maneira que eu pudesse parar a mim mesma.
Meu orgasmo flutuou por mim como uma onda de luz. Eu gritei
93
minhas mãos apertando a mesa, meu corpo tremendo. As
estocadas de Jeremiah acertavam lugares dentro de mim que
faziam as ondas continuarem, mas depois eu ouvi um grito
gutural e rouco e ele continuou a penetrar apenas mais
algumas vezes. Eu fiquei lá deitada por um tempo, gemendo e
agradecida pela superfície gelada do mármore beneficiar o
meu corpo muito quente. Jeremiah descansou sua testa contra
meu ombro e nós ficamos desse jeito por um tempo lutando
para acalmar nossa respiração.
Finalmente ele saiu de dentro de mim passando uma mão em
minha espinha e dando um passo para trás.
“Você pode largar a mesa agora.”
Mais fácil falar que fazer. Minhas mãos estavam rígidas e com
dificuldades para se soltarem e, enquanto eu inclinei na
vertical, flexionei meus dedos para voltar a sensibilidade.
Encostada na mesa para me equilibrar eu me dei um tempo
para recuperar meu fôlego enquanto Jeremiah ajeitava suas
roupas, depois se sentou em uma cadeira próxima. Ele pegou
uma pequena sacola de papel com um nome todo cheio de
frescuras que eu não reconheci e o colocou gentilmente na
mesa
ao
meu
lado.
Chegando
mais
perto
ele
surpreendentemente me deu um leve beijo em minha testa e
me conduziu gentilmente ao banheiro. “Vá se limpar e coloque
isso. Mantenha a lingerie por baixo, eu quero saber que você
esta usando isso.”
94
Minhas pernas pareciam gelatina, mas eu peguei a sacola e
cambaleei até o banheiro me lembrando de pegar minha bolsa
antes de me trancar lá dentro. Colocando a sacola e a bolsa no
chão em frente a pia com espelho, eu encarei meu reflexo no
espelho. Meu cabelo loiro estava uma bagunça, ainda molhado
do banho, mas o cabelo despenteado parecia combinar com o
resto da minha roupa. Eu passei minhas mãos pelo tecido
rígido, me virando eu podia ver as fitas do corselete
atravessando minhas costas. Eu nunca usei uma lingerie tão
fina antes – inferno – eu nunca usei lingerie propriamente dita fixei para o reflexo da minha parte inferior abaixo da
geringonça de renda branca, as fitas mal cobrindo a pequena
calcinha que não foram uma proteção muito boa... Eu estava
bonita. Era um novo conceito para mim e eu admirei meu
reflexo no espelho. Então eu ponderei. Eu não vou terminar
com esta farsa, não é mesmo?
Qualquer jogo que Jeremiah Hamilton estivesse jogando já
tinha ido longe demais, eu me permiti muita libertinagem para
continuar a bancar a inocente nesse jogo. Então isso me faz o
que? Uma bem paga assistente pessoal ou uma prostituta
glorificada?
Essa questão me perturbou e eu tentei bloquear ela da minha
mente. Levando alguns minutos para me limpar, eu descartei a
calcinha minúscula antes de ver o que havia dentro da sacola
que ele havia me dado. Uma calça moderna, uma blusa de
95
seda simples e um par de sapatilhas vermelhas eram a parte
que se referia a roupas enquanto uma escova e itens de
toalete completavam o fundo da sacola. As roupas até onde eu
podia dizer eram do meu tamanho apesar de saber que a
minha figura curvilínea não era exatamente uma norma na
Europa. Ele obviamente fez antes, por saber exatamente o que
era preciso. Eu não preocupei em analisar esse pensamento e
porque ele me deixou irritada, pois me trouxe questões que eu
não iria analisar agora, então os guardei e me apressei para
me fazer apresentável.
Vinte minutos depois eu saí com todas as roupas e limpa, para
o ver esperando ao lado da mesa com os pratos com tampas
que eu havia visto antes. Eles tinham uma pequena seleção de
frutas e crepes com creme batido em um prato de metal
gelado, olhando para o relógio eu vi que ainda era de manhã e
agradeci por ter conseguido dormir no avião. “Quais são os
planos para hoje?” eu perguntei lembrando que Ethan
mencionou alguma coisa sobre um baile de gala. Ele pegou
minha mão e a beijou e depois comeu algumas uvas. “Coma
enquanto você pode” ele disse me olhando colocar as frutas
em cima do crepe. “Hoje seu trabalho realmente começa.”
96
TUDO QUE ELE QUER
Dominada pelo bilionário
PARTE 3: O segredo
97
A vida brilhante dos ultra-ricos é enorme, e mais do que
um pouco traiçoeira.
Servindo como uma acompanhante para um baile de gala
de caridade em Paris, França, anteriormente a temporária
Lucy Delacourt deve aprender a navegar nas águas
turbulentas em que seu chefe bilionário Jeremiah Hamilton
nada. Mais fácil falar do que fazer - Jeremiah mantém
segredos, incluindo um profundo traço possessivo que
aparece quando Lucy é apresentada a seu enigmático
irmão, Lucas.
Capturada na sua pequena guerra famíliar, é a própria
descoberta pessoal de Lucy que ela pode estar
construindo uma ligação com seu rígido chefe, que
realmente quebra seu mundo.
Mas alguns segredos guardados pelos homens Hamilton
são mais perigosos do que outros, e Lucy
pode ter tropeçado em uma armadilha destinada a outros
com consequências potencialmente mortais
98
Capítulo 9
Paris era tão deslumbrante à noite como à luz do dia, mas eu
estava nervosa demais para perceber. Eu alisei o vestido caro
com as minhas mãos, observando através das janelas da
limusine enquanto a cidade passava. A agitação na minha
barriga, naquele momento, tinha mais a ver com o medo no
que eu estava me metendo do que com o homem sentado ao
meu lado, uma mão grande mantendo um aperto possessivo
na minha coxa.
Apenas 48 horas atrás eu estava lutando para sobreviver,
preocupando-me com a falta de moradia, tendo apenas um
salário. Agora estou usando um vestido e sapatos que custam
três meses de meu salário anterior, e no caminho para uma
festa de gala beneficente ao lado de um dos homens mais
ricos do mundo, essa pessoa que parecia anos-luz de
distância.
Eu me belisquei para ver se eu estava sonhando, mas depois
de fazer isso todos estes dias, eu tinha certeza que era real.
"Você parece nervosa."
As suaves palavras pronunciadas me fizeram engolir. Eu olhei
para a mão na minha perna, assistindo um polegar grosso
acariciar preguiçosamente o material, mas não conseguia
levantar meu olhar ainda mais. "Eu estou aterrorizada" eu
99
admiti, mas não poderia dizer mais com minhas emoções
confusas e todos os pensamentos em minha cabeça.
Jeremiah fez um murmúrio reconhecendo a minha resposta e
caiu de costas em silêncio.
A Torre Eiffel brilhava no horizonte escuro, uma luz brilhante
sobre a cidade ainda tumultuada, mas mesmo aquela visão
não poderia abalar-me do meu marasmo atual.
"Que lugar você mais gostaria de visitar na França?"
A pergunta me surpreendeu. Olhei para cima para vê-lo
olhando para mim, olhos verdes pensativos.
"Desculpe-me?", eu perguntei.
Jeremiah apontou para a janela na cidade passando. "A
maioria das pessoas querem ver a Torre Eiffel, ou visitar as
vinícolas, ou qualquer outra atividade. O que você gostaria de
fazer? "
Eu não considerei a questão relevante para este momento em
especial, mas eu sabia a resposta de qualquer maneira. Eu
sabia desde a infância.
"Ver as praias da Normandia".
Ele piscou lentamente, e eu tive a impressão que eu tinha
conseguido surpreendê-lo neste momento.
"Sério?"
Sorri para a questão confusa em seus olhos. "Meu pai sempre
amou materiais sobre a segunda Guerra Mundial e eu cresci
100
assistindo filmes e documentários, qualquer coisa sobre isso.
Acho que isto contagiou"
Eu me encontrei falando sobre meu pai dolorosamente, mas
estranhamente catártica. Eu tinha evitado pensar sobre os
meus pais por quase três anos, mas agora as lembranças me
faziam sorrir e relaxar. "Ele adorava assistir maratonas de
documentários de guerra no The History Channel durante os
aniversários de eventos militares. Minha mãe sempre dizia que
era um desperdício aqueles fins de semana, mas deixava-o ter
seus shows. Ele tinha em nosso manto uma imagem dele em
Utah Beach, muito antes de eu nascer, posando ao lado de
alguns dos destroços velhos ainda na areia. "
Olhei para cima para vê-lo me olhando com uma expressão
estranha, quase ansioso. Seu rosto fechou imediatamente,
estabelecendo-se em sua máscara normal, neutro, deixandome a refletir sobre o que exatamente eu tinha visto. Por que
um bilionário invejaria um pouco a minha vida sofrida?
A mão no meu joelho subiu na minha perna e em torno de meu
quadril. Então, de repente ele me arrastou lateralmente até que
eu sentei cara a cara com meu chefe.
Engoli com o olhar penetrante que ele me deu enquanto seus
dedos empurraram uma mecha artisticamente enrolada de
cabelo loiro do meu pescoço. "Você está linda hoje à noite."
Aquela voz profunda ressoou através de mim, colocando meu
corpo em chamas. Eu corei e lancei meus olhos para o lado,
101
apenas para que ele tomasse meu queixo e puxasse a cabeça
para trás para que eu novamente o encarasse. Seus olhos
procuraram meu rosto, em seguida, sua mão seguiu,
levemente traçando a borda da minha linha da testa e maxilar.
"Eu vou ser invejado por todos os homens de lá."
Engoli em seco, a respiração falhando na minha garganta com
o seu olhar apaixonado. A mão atrás de mim mergulhada mais
abaixo, colocando no meu traseiro através do tecido verde com
seus dedos e olhos explorando o meu corpo para o decote do
vestido. Suspirei, o corpo cedendo à sua tácita demanda,
deleitando do momento.
O dia tinha voado como um sonho louco, impossível. Meu
chefe me levou a algumas das lojas mais elegantes (e mais
caras!) na cidade para procurar um vestido. Fomos a três lojas
antes de encontramos o que eu achava que seria o vestido
perfeito, aparentemente Jeremiah pensava assim também,
porque ele comprou logo quando saí do vestiário. O vestido
verde sem mangas me fez sentir sexy, acentuando minhas
curvas de uma maneira que eu nunca imaginei ser possível.
Depois, ele me levou a um salão de beleza para o resto da
transformação.
Atendentes utilizaram um aerógrafo para aplicar a maquiagem,
algo que eu nunca tinha experimentado antes. Embora eu
tivesse gostado de ver o processo, eles negaram-me o espelho
de parede, e ele me encarou de longe durante todo o
102
processo. Em seguida, no entanto, eles giraram minha cadeira
e, mesmo embora eu realmente nunca tivesse ligado muito
para
maquiagem,
o
resultado
me
impressionou.
Eles
iluminaram meu cabelo loiro de vários tons, e a make-up fez
minha pele parecer impecável.
A mão nas minhas costas subiu para o meu pescoço,
segurando apertado. Ele me puxou para perto no que eu
pensava que seria um beijo, mas ele parou no caminho. "“Digame”, disse ele, sua outra mão deslizando abaixo da alta fenda
do lado do vestido “ você já está molhada para mim?"
Sempre. Engoli em seco, o coração acelerado enquanto seus
dedos se arrastaram em direção a minha coxa. Ele pegou a
parte superior da minha coxa, no topo da minha meia e em
seguida, novamente em direção ao ápice das minhas pernas.
O vestido verde escuro necessitava uma lingerie diferente do
par branco que Jeremiah tinha me presenteado naquela
manhã. Ele tinha escolhido o conjunto para sair, então, quando
voltamos para o quarto de hotel no final da tarde, tinha insistido
em despir-me da minha roupa e vestir-me na lingerie nova. A
coisa toda foi incrivelmente erótica, mas Jeremiah não fez
nenhuma exigência minha, apesar de eu ter notado a ereção
nas suas calças. Sua aprovação, no entanto, aqueceu outras
partes em mim; me senti bem ao ser vista como desejável.
A memória em si me fez mais quente, e eu dei um gemido
ofegante, abrindo as pernas para seu toque questionador.
103
Seus
dedos
deslizaram
ao
longo
da
minha
calcinha,
pressionando contra mim sem estar realmente tocando, e eu
estremeci. Ouvi sua risada profunda quando ele fez isso de
novo, então levantou o queixo para beijar a minha testa.
"Parece que vamos ter que esperar", ele murmurou, e eu dei
um miado de decepção quando ele me segurou novamente
com firmeza ao lado dele. "Hoje à noite, no entanto, você é
minha." A promessa em sua voz me fez tremer em
antecipação.
Viramos na rua, indo em direção a um edifício bem iluminado.
Uma multidão de pessoas rodeava a entrada, e eu fiquei tensa
novamente. Jeremiah apertou minha perna, e eu me esforcei
para relaxar, pegar minha bolsa ao lado dos meus pés. O carro
moveu para a entrada do prédio e reduziu para parar, então eu
ouvi o motorista sair.
Hora do show, pensei, as mãos torcendo minha bolsa. Embora
não tivesse muitas pessoas o quanto eu temia - alguns já
haviam entrado no prédio - mais do que suficientes
permaneceram para fazer meu coração disparar. A porta se
abriu, e Jeremiah saiu primeiro, estendendo a mão enquanto
eu deslizei em direção a porta do carro. Luzes piscavam
quando eu saí, muito consciente do vestido colado e saltos
altos. O braço de Jeremiah era sólido quando ele me guiou
sem esforço através da linha de pessoas, dando-me firmeza
aos meus passos. Enquanto eu descobria como andar em
104
saltos, a atenção que recebemos fez-me sentir como uma
idiota desastrada. Eu me concentrei em não cair e não cometer
nenhuma gafe e dei um suspiro de alívio quando chegamos à
entrada e as câmeras e imprensa balbuciando diluiu-se.
Jeremiah
tinha
me
dado
pouca
informação
-
talvez
deliberadamente - com relação à gala. Eu sabia apenas que
aconteceria no Porto de Versailles e beneficiaria os carentes.
A simples quantidade de pessoas já presentes, e da forma
como eles se moviam, me deu a impressão de que não havia
chegado nem perto do início das festividades. Uma rápida
espiada na agenda de eventos pressionada em minhas mãos
confirmou minha suspeita, e também que havia muito mais
acontecendo do que o que eu vi. Fazendo uma varredura dos
eventos programados, eu apontei para um nome. "Você não
me disse que era um convidado de honra."
Jeremiah levantou um ombro em despedimento casual
enquanto ele nos guiou para a área central. A banda de música
clássica tocava ao fundo próxima ao palco, e algumas pessoas
varriam através da pista de dança, mas a maioria se juntou em
grupos espalhados por todo o salão.
"Ah, meu amigo, eu estou feliz que você pôde fazer parte do
nosso sarau." Um homem pequeno calvo deu um passo até
nós e segurou a mão de Jeremiah em um aperto de mão
vigoroso. Ele estava vestindo um smoking completo com
105
gravata borboleta, e tinha um forte sotaque francês. "Eu
acredito que você acabou de chegar?"
"Olá Gaspard", disse Jeremiah na forma de saudação, um
pequeno sorriso brincando em seus lábios.
Sua aprovação parecia genuína, ele obviamente tinha um
apreço pelo francês. "Obrigado pela honra do convite."
Gaspard riu. "Sempre modesto, quando tantas vezes é você
quem financia esses pequenos empreendimentos."
Eu pisquei e inclinei um olhar para o meu chefe. Ele parecia
impassível com o elogio, e eu percebi que era provavelmente a
verdade. Eu não sabia que ele doava para a caridade. Na
verdade, havia muita coisa que eu não sabia sobre o homem
que estava ao meu lado, e minha própria ignorância estava
começando a me frustrar.
"Quem é a sua adorável acompanhante esta noite?" Gaspard
perguntou, chamando minha atenção de volta para a
apresentação.
"Posso apresentar senhorita Lucille Delacourt, minha mais
nova assistente. Gaspard Montrose é o homem responsável
por todo este evento."
"Enchanté, mademoiselle." Gaspard pegou minha mão e
depositou um leve beijo nos nós dos meus dedos. Senti a mão
de Jeremiah nas minhas costas apertar, os dedos cavando no
tecido do meu vestido.
106
"Enchantée, monsieur", eu o cumprimentei em troca, então fiz
um gesto para a grande sala. "Cette salle est merveilleuse."
(Este lugar parece maravilhoso).
Gaspard se iluminou. "Ah, vous mais parlez un français!" (Ah,
você fala francês!)
"A peine, je suis née au Québec avant de déménager à Nova
York." (Só um pouco, eu nasci em Quebec e mudei para Nova
York).
"Ah, franco-canadense". Gaspard sorriu para mim, obviamente
satisfeito,
e
eu
voltei
a
sorrir.
"Bem-vinda
a
Paris,
mademoiselle."
Eu podia sentir o peso do olhar de Jeremiah, mas o ignorei, a
digitalização da programação. O livreto listava diversas
apresentações de caridade durante o dia, mas ele estava
usando o tempo para a noite, deixando apenas o jantar e as
cerimônias finais.
"Ah, antes de ir, Jeremiah, há uma coisa que você deve saber."
Gaspard se inclinou perto do homem mais alto, e disse em voz
baixa: "Lucas está aqui esta noite."
Jeremiah endureceu, e quando olhei o seu rosto era como
pedra. Gaspard olhou desculposo sobre a notícia. "Eu não sei
como ele recebeu um convite, mas foi legítimo e ele foi
autorizado a participar. "
Ocupei-me com o meu vestido, curiosa para saber sobre quem
eles estavam falando, mas tentei não parecer intrometida. A
107
mandíbula de Jeremiah cerrou-se, assinalando um músculo em
sua bochecha, então seu rosto suavizou.
"Obrigado Gaspard pela notícia."
O francês concordou com a cabeça, e virou-se para outro casal
chegando. Agora que não estávamos mais na frente da
imprensa, eu me senti muito mais confortável para andar
normalmente, mas ainda tinha que trabalhar para acompanhar
Jeremiah. Seus passos largos nos levou para o salão, e eu
podia sentir o peso repentino dos olhos sobre nós.
"Você nunca me disse que falava francês."
Eu esperava um comentário no meu intercâmbio com Gaspard
e, apesar da nervosa vibração na minha barriga, consegui um
pequeno sorriso de triunfo. "Você nunca perguntou."
Minha resposta foi atrevida, mas eu olhei para cima para vê-lo
contemplando-me, com um olhar confuso em seu rosto.
"Assim, durante a entrevista, quando você disse que tinha
passaportes ..."
Eu balancei a cabeça. "Eu tenho dois: um canadense e outro
americano."
Mais uma vez eu vi a aprovação em seu rosto, e isso me
aqueceu até a ponta dos meus dedos. Eu tinha um sentimento
surpreendente dele, era tanto uma proposição difícil e
arriscada, mas desta vez eu saí incólume.
Eu senti os olhos vendo o nosso movimento por meio da sala,
mas ninguém se aproximou de nós, o que eu achei estranho.
108
Jeremiah parecia saber exatamente para onde estava indo, e
eu tentei acompanhar. Nosso ritmo não permitia muito tempo
para alguém se aproximar, e eu me perguntava o que era tão
importante.
Infelizmente, não me foi dada a oportunidade de descobrir.
Paramos perto da pista de dança, cercada por grupos
conversando e rindo entre si. Ele pegou a minha mão, a
mesma que Gaspard teve apenas momentos antes, e deu um
beijo suave em meus dedos. Ao contrário do francês, no
entanto, este enviou um formigamento pelo meu corpo, seus
olhos capturaram os meus, e eu sabia que ele estava ciente da
minha reação.
"Eu preciso falar com alguém em particular", ele murmurou,
sua voz quase inaudível acima do ruído ambiente. "Eu não vou
levar mais do que um minuto, fique aqui até eu voltar."
Então, sem mais uma palavra, ele virou-se e foi embora,
desaparecendo através da multidão de convidados.
109
Capítulo 10
Quando estava na quinta série, eu recebi o meu primeiro e
último, papel fundamental em uma peça da escola. Eu
pratiquei minhas linhas em casa e com os outros alunos, até
que eu as conhecia de trás para frente. Mesmo os ensaios
gerais no grande ginásio foram sem incidentes, assegurandome das críticas. Eu estava orgulhosa de ter a minha parte,
pequena
mas
crucial,
certa
até
a
noite
do
primeiro
desempenho. Diante de um ginásio cheio de estranhos, eu
congelei, minhas linhas desaparecendo da minha cabeça,
incapaz de me mover ou falar como se sentisse uma onda de
condenação.
De repente, sozinha naquela sala de exposição grande, num
país estrangeiro sem conhecer outra alma, eu senti o mesmo
terror congelando e me transformar em pedra.
O salão bonito, com os seus convidados bem vestidos e a
atmosfera de alta classe, assumiu uma qualidade quase que
sinistra agora e eu fiquei com meus próprios recursos. A
programação amarrotava em minhas mãos enquanto eu
emergia, tentando decidir para onde ir. Ficar parada como
Jeremiah disse não era uma opção, eu precisava sair daqueles
súbitos encontrões de corpos da mesma forma que eu
precisava sair daquele mesmo estado de tantos anos atrás.
"Lucy Delacourt?"
110
Ouvir meu nome assustou-me dos meus pensamentos
turbulentos. Olhando em volta para ver quem havia falado, eu
vi uma mulher de cabelos escuros em um longo vestido
amarelo aproximar-se de mim. Ela parecia familiar, então um
sorriso surpreso inclinou meus lábios quando eu a reconheci.
"Cherise?"
"Oh meu Deus, é você!" A pequena menina bateu palmas de
alegria, sorrindo para mim. "Eu pensei ter visto você chegar
através das portas, mas não poderia ter certeza até que eu
cheguei mais perto."
Ainda espantada ao ver alguém que eu realmente conhecia, eu
joguei o decoro ao vento e puxei-a em um abraço rápido.
Cherise tinha dividido quarto comigo pelos nossos dois
primeiros anos da faculdade Cornell e, enquanto nós não
víamos muito uma da outra durante as aulas - ela era pré-med
e eu era pré-lei - nós ainda saímos no fim de semana com os
outros estudantes. Eu não questionei que providência a trouxe
aqui, apenas agradeci quem estava olhando por mim para um
rosto familiar.
"O que você está fazendo aqui?" Exclamei quando nos
separamos.
"Estou aqui com David na verdade." O sorriso dela se ampliou
em grande orgulho. "Nós ajudamos uma clínica abaixo em
Bornéu e ele está aqui tentando levantar doações. "
111
"Vocês dois finalmente se casaram?" Quando ela acenou com
a cabeça eu apenas sorri. Cherise e Davi tinham sido
namorados do ensino médio, quando eu os conheci na
faculdade. Ambos tinham grandes sonhos de salvar o mundo,
e eles pareciam estar a caminho. "Então você é médica
agora?"
"Não, eu na verdade estive ligada aos negócios quando David
entrou na escola de medicina. Funcionou bem uma vez que eu
agora o ajudo a executar o lado de negócios de toda a
operação. Vou estar em campo com ele de qualquer maneira,
por isso funciona muito bem para mim!"
Cherise trouxe com ela a alegria, otimismo contagiante para o
qual seus amigos sempre se deleitavam. Seu prazer em me
ver evidentemente levantou meu humor sombrio de momentos
antes, e eu finalmente relaxei. A morena borbulhante tinha um
olhar travesso em seus olhos. "Então diga de uma vez: era
realmente Jeremiah Hamilton com você na porta? "
Eu corei com a pergunta. Não há razão para isto, eu adverti a
mim mesma. "Ele é meu chefe," eu respondi, encolhendo os
ombros como se não fosse nada.
"Então vocês dois estão ...?"
"Não", respondi, balançando a cabeça enfaticamente. "Eu sou
sua nova assistente pessoal, eu apenas descobri que significa
que tenho de acompanhá-lo para estas funções. Isto é tudo
muito recente, no entanto." Eu não menti, mas ainda me sentia
112
mal deixando o tudo mais, especialmente quando eu vi em
Cherise o desapontamento com a notícia.
"Você não seria uma advogada?", ela perguntou, parecendo
confusa.
A pergunta era uma ferida no local, mas não era algo que ela
teve conhecimento. Quando meus pais morreram, estávamos
ambas juniores na faculdade e raramente nos víamos. Eu
cortei os laços com a maioria dos meus conhecidos da
faculdade, enquanto eu tentava acertar minha vida. "Não deu
certo", disse eu então, num esforço para mudar de assunto eu
olhei para trás dela. "Onde está o David?"
"Fora no meio da multidão, misturando-se com as pessoas
ricas e tentando obter mais doações. Nossa apresentação não
rendeu uma quantia suficiente, então ele está tentando
conseguir mais alguns patrocinadores." Ela revirou os olhos.
"Ele é muito melhor nisso do que eu. É difícil caminhar até um
estranho e apenas pedir dinheiro. "
"Engraçado",
uma
voz
com
forte
sotaque
disse
nas
proximidades, "pois é isso o que vejo na minha frente."
Eu olhei para ver uma mulher alta, magra loira ao meu lado,
olhando para Cherise com superioridade presunçosa. Eu não
tinha ideia de quanto tempo ela estava ali de pé, mas quando o
rosto de Cherise caiu, minhas mãos rolaram-se em punho.
"Desculpe-me", eu disse sem rodeios, indignada com o
tratamento para com a minha amiga, "Quem é você?"
113
Ela virou o olhar frio para mim, os olhos azuis me dando uma
olhada rápida mais uma vez. "Eu sou Anya Petrovski. Eu
entendo que você e a nova assistente pessoal do Sr.
Hamilton." Ela estudou as unhas. "É uma posição com a qual
eu estou bem familiarizada".
A mulher não ofereceu a mão dela, e eu não teria tomado de
qualquer maneira. Eu não gostei da ênfase que ela deu a
palavra "posição", nem apreciei o seu sorriso malicioso.
Aborrecida por ter o meu "relacionamento comercial" com o
meu chefe ridicularizado por essa mulher, eu usei a minha
raiva como um escudo. "Se você me der licença, Sra.
Petrovski, eu já estava falando com ..."
"Você vai descobrir que quando você trabalha para os homens
ricos, as pessoas vão se aproximar de você apenas
egoisticamente para o contato." Anya deu a Cherise um olhar
condescendente. "Você deve se proteger até mesmo contra
essas tentativas desajeitadas."
Ao meu lado, Cherise endureceu ante o insulto velado. "Esta é
uma função da caridade, se você não percebeu", retruquei,
vindo em defesa de Cherise. "Se ela quer que eu a ajude
aumentar a quantia de dinheiro, então é a minha escolha fazer
isso. "
Anya ergueu um ombro. "O local só legitima as insignificantes
tentativas implorando".
114
Meu corpo todo ficou tenso pela afronta, e eu estava pronta
para dar o fora na arrogante mulher loira quando Cherise se
afastou de nós. "Se vocês duas me derem licença," ela disse
com firmeza: "Eu preciso voltar para o meu marido. "
Quando ela se virou para sair peguei o braço dela. "Cherise ..."
"Lucy está tudo bem, eu estou feliz de ver você, mas ..." A
pequena menina deu na arrogante beleza Russa uma
encarada esplendorosa ”Quando você terminar seus assuntos
com essa mulher, venha nos encontrar", disse ela antes de
sair, de cabeça erguida.
"Por que você fez isso?" Eu disse, sondando a bela mulher
loira. "Ela era uma amiga."
Anya deu de ombros, mas seus olhos frios pareceram se
divertir com a minha raiva. "Ela não significa nada para mim.
Eu só fui enviada para buscar você."
Minhas mãos apertaram de novo. Cercada por estranhos, e em
um ambiente estranho, eu não queria chamar qualquer
atenção indevida sobre mim mesma. Mas achei isto difícil. O
fato da minha luta obviamente divertiu a mulher e eu decidi
manter a calma, pelo menos do lado de fora, ainda mais difícil.
"Por quem?"
Seu sorriso malicioso aumentou. "O meu patrão".
Mordi minha bochecha para não dizer as primeiras palavras
que me vieram à mente. "Por favor, diga ao seu patrão que
estou indisposta para o resto da noite."
115
"Eu realmente devo insistir." Anya ligou seu braço ao meu e
me conduziu ao redor. "Sr. Hamilton não aprecia atraso."
"O que?" Suas palavras me surpreenderam em choque,
fazendo-me dar alguns passos antes de cavar em meus
calcanhares. "Jeremiah a enviou?"
Ela indicou com um movimento do queixo, e eu girei a cabeça
para ver o perfil de Jeremiah entre os convidados. Ele enviou
esta harpia para me buscar? Meus lábios franziram com o
aborrecimento enquanto eu relutantemente me permiti ser
conduzida pela multidão, detesto fazer uma cena, mas
realmente queria me livrar do alcance da hipócrita mulher loira.
Várias figuras militares estavam ao redor do nosso destino, os
uniformes em tons de verde escuro, mas dispostos decorados
de forma diferente para denotar fileiras diferentes. À medida
que me aproximava, percebi que eu tinha cometido um erro
mortal, mas infelizmente não havia nenhuma maneira de me
livrar agora. Uma cabeça familiar estrangeira escura virou em
nossa direção e uns olhos frios azuis-verdes brilharam quando
viram a nossa aproximação.
Penteado para trás, cabelos longos emolduravam um rosto
bonito, mas familiar, dividido por uma pequena cicatriz branca
através de seu nariz e bochecha. Vestido de preto e segurando
um copo de vinho livremente através de seus dedos, o rosto
familiar tinha o controle legal ao qual tinha me acostumado.
Em que eu fui me meter?
116
"Senhores, desculpem-me, por favor. Podemos discutir nosso
negócio amanhã ainda mais."
Mesmo a sua voz soou semelhante, mas ele tinha um cinismo,
muito diferente do rígido controle de Jeremiah. A expressão
despreocupada do estranho quando ele me deu uma rápida
olhada me desconsertou, como me acostumei com o
estoicismo, eu associei com o rosto familiar.
"E quem é que temos aqui?" Perguntou ele, levantando minha
mão aos lábios. A maneira como ele beijou meus dedos foi
diferente de Gaspard anteriormente.
Considerando que do velho francês tinha sido galanteador,
este foi mais pessoal do eu que gostaria. Seus olhos tinham os
meus, e os seus lábios demoraram um pouco mais de tempo, e
apesar das minhas melhores intenções, senti uma vibração na
minha barriga. Irritada comigo mesma pela forma como reagi,
puxei rapidamente minha mão, e o divertimento brilhou em
seus olhos.
"Esta é Lucy Delacourt, a nova assistente de Jeremiah". A voz
com sotaque de Anya, estava no mesmo tom sarcástico de
antes, mas seu comportamento parecia deferente. Ela se
aproximou dele, e segurou firme no seu braço - quase
possessivamente. “Apresento-lhe Lucas Hamilton, o verdadeiro
herdeiro dos negócios Hamilton." Eu não deixei de perceber o
ar de soberba em sua declaração, e Lucas não negou a
alegação.
117
Portanto, este era o Lucas que Gaspard alertou sobre, mais
cedo? Eu fiz uma careta entre as duas pessoas suntuosas. A
natureza predatória do seu olhar fez parte de mim querer fugir,
mas eu fiquei, cruzando meus braços em vez disso. Uma
semente de raiva ardia em minha barriga ao ser lançada a este
conhecimento, sem ter tido nenhuma advertência anterior.
Lucas ignorou a mulher linda pendurada em seu braço,
inclinando a cabeça para o lado me estudando. "Você parece
tensa, amor", disse ele, dirigindo-se a mim com uma voz
suave. "Eu não quero uma mulher bonita como você
decepcionada com a minha presença."
Ao lado dele, Anya ficou tensa e, o olhar furioso que ela me
deu dizia tudo quanto ao seu ciúme. Embora tenha sido bom
vê-la descer do seu pedestal, eu não tinha vontade de
continuar esta conversa. Algo me dizia que eu estava muito
fora da minha alçada aqui. Quando isto veio, de qualquer
forma, eu duvidava que conseguiria ir em frente. "Eu pensei
que você fosse outra pessoa", eu disse com firmeza, sem me
importar em mencionar que eu fui arrastada para vê-lo. "Se
vocês me derem licença..."
Eu dei um passo atrás para sair e a banda atrás de mim
começou a tocar uma melodia nova, uma música animada e
vários casais andaram para a pista de dança. Lucas deu um
passo adiante, livrando-se do aperto de Anya em seu braço.
118
"Gostaria de dançar?", Perguntou ele, estendendo a mão para
mim.
Anya avançou, tendo obviamente algo a dizer sobre a oferta.
Um olhar penetrante em sua direção pelo homem diante de
mim, no entanto, a parou e ela se manteve fervendo no lugar
olhando para mim. Por que eu sou subitamente a bandida? Eu
me perguntava, irritada com o jogo inteiro. “Não, eu sinto
muito,” eu disse duramente, tentando manter a minha postura,
“mas eu realmente preciso encontrar o meu ...”
"Realmente, eu devo insistir." Antes que eu percebesse ele
tinha uma mão na minha cintura, e foi me conduzindo pelo
salão.
Eu
relutei
imediatamente,
cavando
em
meus
calcanhares. Por que todos estão insistindo que eu faça o que
eles querem esta noite? Eu pensei, borbulhando aborrecimento
para a superfície.
"Estamos bastante visíveis aqui", ele murmurou, inclinando- se
para perto. "Você não quer causar uma cena agora, não é?"
Eu hesitei ciente, de repente, dos estranhos ao nosso redor e
aquela hesitação lhe deu todo o tempo que ele precisou. Ele
me levou no salão em seus braços e antes que eu pudesse
pensar em dizer não novamente, nos deslizamos na pista de
dança tão suave como uma seda. Eu tentei me afastar, mas o
seu quase aperto não me permitiu nenhuma fuga. "Deixe-me
ir," eu disse, minha raiva crescente sangrando em minha voz.
119
"E arruinar uma oportunidade perfeitamente normal de dançar
com uma mulher bonita? Acho que não." Ele parecia divertido
com a minha resistência, eu dançava duramente em seus
braços, mas o meu desanimo não o intimidou nem um pouco.
Ele me puxou para perto de seu corpo rígido, braços como
ferro; meus pés mal tocavam o chão, meu peso suportado
quase que inteiramente por seus braços.
"Eu pareço ter começado com o pé errado. Diga-me o porquê:
eu cheiro mal?”
O comentário absurdo me pegou de surpresa, e eu lutava para
não me divertir. Involuntariamente, eu respirava seu cheiro:
picante e doce como canela, e eu não poderia dizer se era
colônia ou sua fragrância natural. Irritada com a minha reação,
repliquei, "Eu não aprecio ver meus amigos serem rebaixados,
e ser arrastada para encontrar alguém sob falsos pretextos."
Lucas inclinou a cabeça para o lado, reconhecendo meus
contundentes comentários. "Anya pode ser tempestuosa, na
verdade, faz parte de seu charme. Talvez nós possamos
começar de novo: eu sou Lucas Hamilton e você é ... "
Eu fiz uma carranca em seu colarinho, recusando-me a
encontrar seus olhos em desafio. "Você já sabe quem eu sou."
Um dedo embaixo do meu queixo levantou o meu olhar. "Mas
eu gostaria de ouvir de seus lábios," ele disse suavemente,
varrendo-me em um arco grande do outro lado da pista de
dança. Borboletas explodiram em meu estômago, e minha
120
mandíbula se apertou.
Foda-se meu corpo e suas reações
bobas. Suas mãos estavam em brasa contra a minha pele,
olhos como ímãs. Assim como seu irmão. Lembrando-me que
Jeremiah detinha um certo grau de controle sobre mim - eu
não precisava de outro homem me fazendo fraca nos joelhos e
perdendo toda a força de vontade. Um era mais do que
suficiente. "O que você quer?" Eu repeti com firmeza.
Ao invés de decepção com suas seduções sendo ignoradas,
seu olhar despertou com renovado interesse e nenhum pouco
de diversão. "Além de uma dança com uma mulher bonita?"
Ele encolheu os ombros. "Provocar ciúmes em meu irmão
atolado na lama."
Eu apertei os lábios, um aperto no estomago. Pelo menos ele
está finalmente sendo honesto. Eu acho. "Eu não estou
interessada em jogar jogos, Sr. Hamilton." Lutei um pouco com
seu aperto, disputando com um casal vizinho. "Eu prefiro não
fazer “uma cena ", mas se você não vai me deixar ..."
"E se eu respondesse quaisquer perguntas que você possa ter
sobre o meu irmão?" No meu olhar assustado, Lucas deu um
sorriso irônico que quase pareceu genuíno. "Meu irmão é
daqueles
que
mantém
seus
segredos
trancados."
Ele
balançou-me mais perto, sua boca mergulhando perto do meu
ouvido. "Não há algumas coisas sobre seu chefe que você
esteja morrendo de vontade de saber?"
121
Eu aterrei meu calcanhar na ponta de seus sapatos de bico
fino. Lucas fez uma careta e se afastou, mas não me largou,
continuando a rodar comigo no chão de madeira. Aquele
sorriso irritante surgiu no canto enquanto eu franzi o cenho. Ele
sabia que me tinha.
Eu estava curiosa.
Havia tanta coisa que eu não sabia sobre o meu novo
empregador, e isto me mantinha fora de equilíbrio. A forma
como Jeremiah me observava, seus penetrantes olhos através
da minha mente, eu sentia constantemente como se ele
pudesse ler meus pensamentos. A ideia de saber alguma
coisa, qualquer coisa, sobre ele que poderia derrubar as
escalas vertiginosas em meu favor, era tão tentadora como a
água para um homem morrendo de sede. Ainda assim, eu não
apreciava o sorriso no rosto de Lucas. "Anya trabalhou para o
Sr. Hamilton? Hum," eu gaguejei, "o outro. Meu chefe. "
Seu sorriso preguiçoso cresceu. "Ela foi a sua última assistente
pessoal", falou lentamente, olhos me observando como um
falcão. Eu lutava em vão para não demonstrar minha reação.
Essa harpia? O que ele viu nela?
Eu não percebi que eu tinha dito as palavras em voz alta até
que Lucas jogou sua cabeça para trás e riu. O som me
assustou, e eu corei. Traçamos alguns olhares dos casais em
torno de nós, mas a dança continuou. "Ela não foi sempre
assim", disse ele, entrelaçando humor na sua voz. "Na
122
verdade, ela costumava ser uma garota muito doce, muito
parecida com você. "
"O que aconteceu, então?" Eu perguntei, determinada a não
cair em mais de suas falas.
Ele ergueu um ombro. "Eu a seduzi longe dele, em seguida,
transformei-a em minha espiã. Quando ele descobriu e a
demitiu, ela veio trabalhar para mim. "
A arrogância em sua voz era de um descaramento amargo, e
eu tentei novamente me libertar. Surpreendentemente, ele me
soltou, girando-me debaixo do seu braço antes de nos colocar
de
volta
à
nossa
posição
anterior.
Ele
permaneceu
impenetrável ao meu brilho, mas eu ainda tinha a sua atenção.
"Próxima pergunta?"
Eu estava dançando com uma cobra, mas eu não podia ver
nenhuma maneira de sair no momento. Uma rápida olhada no
salão não mostrou nenhum pilar de alívio vindo em meu
auxílio, então eu segui em frente. "O que quer dizer Anya sobre
o "legítimo herdeiro” do negócio? Você e Jeremiah são irmãos,
certo?"
"Ah, direto ao coração das coisas". Ele girou-me de novo,
olhos azul-esverdeados profundos no pensamento. "Até onde
você sabe?"
"A versão da Wikipédia. Ele era militar, saiu e assumiu a
empresa, teve um começo difícil. "
123
Lucas baixou a cabeça. "Um resumo decente, mas carente de
pertinentes detalhes. Diga-me, como foi a sua relação com seu
pai enquanto crescia? "
Minha boca apertou, e eu procurei seu rosto para quaisquer
segundas intenções, mas a questão parecia genuína, porém
mais
pessoal
do
que
eu
gostaria.
"Boa",
eu
disse
cautelosamente, "Por quê?"
"A nossa não foi". A anterior expressão jovial de Lucas ficou
sombria. "Rufus Hamilton era impossível de se agradar,
especialmente se você era de alguma forma relacionado a ele.
É claro, nós não percebemos isso até que fôssemos muito
mais velhos e suas exigências já tinham deformado nossas
sensibilidades. Eu vou dar-lhe a versão curta: Eu percorri o
caminho que esperavam de mim, assumir os negócios da
família, enquanto Remi se rebelou da única maneira que ele
sabia e se juntou ao exército sem o consentimento do meu pai.
Foi a única vez que ele conseguiu frustrar os planos do nosso
pai, e o êxito corroeu o velho."
Ele fez uma pausa, e o silêncio na conversa esticou-se.
"Obviamente algo aconteceu", eu disse, solicitando mais
informações.
Lucas bufou, seu olhar distante e cínico novamente. "É. O
velho morreu." Ele olhou para mim, e seus lábios apertaram;
outro giro, eu percebi que foi como ele se deu um tempo para
pensar. "Rufus realmente não pôde cronometrar isto melhor se
124
ele tivesse tentado; um ataque cardíaco o levou no meio de
uma reunião do conselho, e somente dias antes de Jeremiah
ter sido chamado de volta a se alistar. Eu fiquei surpreso
quando ele apareceu na leitura do testamento, mas mais
chocado quando o nosso querido pai deixou a maior parte das
suas propriedades para seu filho mais jovem Jeremiah.”
A fúria controlada nos olhos de Lucas enquanto ele falava
guerreou com o desprezo que torceu em seus lábios. Ele
estava olhando ao longe novamente, perdido em memórias
que ele obviamente não gostava.
"Jeremiah tem tudo incluindo a maioria das ações da empresa,
com a estipulação de que, se ele se recusasse a assumir, toda
a empresa seria liquidada e dispersa. Isto significaria a perda
de milhares de empregos, e do colapso de uma infraestrutura
cuidadosamente construída durante décadas, tudo para voltar
para o filho que conseguiu passar a perna nele.”
A insensibilidade de todo o assunto confundia a minha mente.
"Então deixar a Jeremiah toda a empresa significou um
castigo?" Eu perguntei.
Senti um arrepio, enquanto a minha voz sacudiu Lucas de suas
memórias. A expressão escura desapareceu, e foi substituída
pelo divertimento presunçoso eu comecei a entender que
aquilo era uma máscara. "Nosso querido Remi sempre foi
zeloso com o homem comum", comentou Lucas, girando
espirituosamente em torno da pista de dança. "É por isso que
125
ele se juntou ao Exército, você sabe, ele queria ajudar os
outros. Assim, quando o executor leu o testamento, advogados
e membros do conselho cercaram Remi e o impressionaram
com a gravidade da situação, quantas vidas ele arruinaria se
ele recusasse, etc, etc. Dar o privilégio ao meu irmãozinho de
ser o herói, a sua escolha foi óbvia."
"E você?" Eu perguntei, genuinamente curiosa. Se Lucas disse
a verdade em tudo, então seu pai o tinha traído para fora da
sua herança, não por culpa própria. Enquanto isto não apagou
todo meu desagrado para o homem, fez colocar isto em
perspectiva.
"Eu sobrevivi." Seu olhar viajou por cima do meu ombro, e um
sorriso malicioso curvou seus lábios quando a canção
terminou. "Não significa que eu não goste de ter os meus
pedaços de diversão quando eles aparecem no caminho."
Eu comprimi quando ele me movimentou, um braço curvando
minhas costas, depois se inclinou sobre mim até ficar
horizontal com o chão. Agarrando seus ombros, olhei com os
olhos arregalados em seu rosto bonito a poucos centímetros
do meu. "Vamos dar a eles um show, não vamos?", Ele
murmurou, então trouxe seus lábios para baixo nos meus. Eu
endureci, os dedos cavando em seu terno escuro. Sua boca
tomou proveito do meu choque, língua e dentes brincando com
meu lábio inferior. O beijo foi breve e, enquanto ainda trazia
borboletas ao meu estômago, consegui manter meu juízo
126
sobre mim. Quando ele me puxou de pé, meu braço já estava
em movimento. Minha mão estalou ao longo de sua bochecha,
dando impulso a bofetada com força. O golpe surpreendeu a
nós dois - eu não podia acreditar que eu tivesse feito isto e,
aparentemente, nem ele poderia. Eu vi a surpresa aberta em
seu olhar, e talvez um punhado de respeito entrou em seus
olhos quando ele me soltou.
"O que está acontecendo aqui?"
127
Capítulo 11
Dei um suspiro de alívio com a voz familiar de Jeremiah, mas o
olhar em seu rosto quando eu virei não era nem um pouco
reconfortante. Tentei me mover em sua direção, mas Lucas
agarrou minha mão apertando, me arrastando um pouco.
“Irmão”, sua voz ressoou estranhamente alta agora que a
banda havia concluído sua canção. “É como uma fantasia ter
você aqui. Ansioso para se juntar a mim e a minha
companheira adorável para uma bebida?"
Eu tentei novamente soltar minha mão de seu aperto, mas
Lucas segurou firme. Virando meu olhar apologético a
Jeremiah, eu fiquei decepcionada com o olhar acusatório que
recebi em troca. Por que isto é repentinamente minha culpa?
Eu pensei, borbulhando com indignação. Você me deixou a
cuidar de mim mesma!
O
confronto
atraiu
a
atenção
proximidades.
Olhos
curiosos
dos
participantes
assistiram
o
drama
nas
se
desenrolar, mas ninguém moveu um músculo para intervir ...
deixando-me presa no meio. Os dois homens pareciam mais
decididos um ao outro do que a mim, embora nenhum dos dois
houvesse me libertado. Lucas ainda segurou a minha mão e
Jeremiah bloqueou meu caminho de fuga. Juntos era mais fácil
notar a diferença entre os dois do que separados, e eu não
podia acreditar que tinha confundido um com o outro. Jeremiah
128
parecia um touro enjaulado, curvado e pronto para carregar;
sua máscara impassível tinha deslizado, seus olhos agora em
chamas. Em contraste, o mais magro e um pouco mais baixo
Lucas relaxou sobre os calcanhares, com um sorriso
condescendente em seu rosto. Houve um malicioso brilho nos
seus olhos, ele estava obviamente bem consciente de estar
insultando seu irmão mais novo.
"O que você está fazendo aqui?" Jeremiah praticamente
grunhiu, os olhos revezando entre o rosto do irmão e as
nossas mãos ainda entrelaçadas.
"Talvez eu queira ajudar os menos afortunados, ou visitar o
meu irmão perdido há muito tempo. Afinal de contas, nosso
último encontro foi tão dramático."
"Você roubou 30 milhões de dólares!"
Lucas balançou a mão no ar. "Então, me disseram", comentou
alegremente, em seguida, olhou para mim. "Venha minha
querida, as bebidas são por minha conta."
Ele me puxou para frente a um passo resistente e, em seguida,
Jeremiah entrou no caminho, bloqueando a fuga do irmão. "Eu
poderia fazer você ser preso em dois minutos", sua voz
ressoou baixo, tênue o suficiente para que apenas aqueles
próximos pudessem ouvir as palavras. "Mesmo na França, eles
não hesitariam em extraditá-lo, Loki. "
129
"Ah, o irmãozinho esteve me verificando!" Lucas sorriu e abriu
os braços bem abertos, mas havia um brilho zombeteiro em
seus olhos. "Você realmente sente minha falta."
A sequência da conversa entre os dois irmãos foi difícil,
causando-me mais frustração. Os dois homens pareciam ter se
esquecido de mim, e quaisquer que fossem os problemas entre
eles, estavam sendo jogados diante daqueles ao nosso redor.
Ao longo da borda da pista de dança eu vi Anya nos
observando, com um sorriso triunfante no rosto duro e me
perguntei, se ela tinha sido a responsável por apontar a minha
localização nos braços de Lucas para o meu chefe.
Ao meu lado, Jeremiah parecia crescer mais, sua expressão
escurecendo. "Se você não fosse meu irmão ... "
"Você o quê? Bateria em mim até extrair minha polpa?
Arruinaria a minha vida?" O insulto em sua voz era evidente,
alto o suficiente para ser ouvido pelos espectadores. "Tarde
demais, alguém já fez isso por você. Oh, espere, não, foi você
mesmo."
Jeremiah deu um pequeno passo para frente, e seu irmão se
manteve firme. "Loki ..."
"Basta!"
Minha voz quebrou como um chicote, a palavra perfurando a
tensão. Os dois homens começaram, então viraram seus
olhares furiosos sobre mim. Eu estava muito irritada para
recuar de qualquer forma e, olhei primeiro em Lucas,
130
levantando minha mão presa para quase a altura do olho.
"Deixe-me. Ir. "
Houve um perceptível suave relaxamento de seu aperto, e eu
peguei minha mão de volta, afastando-me. Jeremiah pegou
meu braço e eu me esquivei dele também, para sua surpresa.
"Não", eu disse, olhando para ele.
Ele ameaçou de volta, claramente não gostando meu súbito
desafio. "Srta. Delacourt", ele começou, mas eu balancei a
cabeça, encontrando sua expressão furiosa com a minha.
"Você me deixou a cuidar de mim mesma, e isso é o que eu
exatamente pretendo fazer." Eu dei um olhar para Lucas, que
estava me observando com diversão, em seguida, voltei a
Jeremiah. "Parece que vocês dois tem algumas coisas para
discutir, assim vou deixá-los sozinhos."
Meu
chefe
claramente
não
aprovava
a
minha
súbita
independência, mas naquele momento, eu não poderia ter me
importado menos. Eu senti o peso dos vários olhares curiosos,
mas endureci minha espinha e caminhei para longe. Os
olhares estupefatos dos dois homens acompanharam minha
saída, eu podia sentir seus olhares queimando buracos em
minhas costas. Infelizmente, eu não estava com nenhuma
vontade de apreciar a duvidosa vitória. Eu sem dúvida, pagaria
mais tarde. Poucas mulheres usavam vestidos amarelos, por
isso, não demorou muito tempo para localizar Cherise. Ela
131
olhou surpresa com minha presença, mas antes que ela
pudesse me cumprimentar eu falei.
"Eu quero ajudá-la."
David estava ao seu lado e ele olhou para mim. "Lucy", ele
disse com surpresa, e eu percebi que Cherise não tinha dito
ainda que tinha me visto.
"Diga-me tudo o que puder sobre o funcionamento do seu
negócio." Fogo queimava as minhas veias, eu não me sentia
viva assim há anos. "Eu vou conseguir o seu financiamento."
***
Quando estava na faculdade, um dos meus professores uma
vez mencionou de passagem, que eu seria uma boa lobista.
Embora nunca tivesse sido o meu objetivo, eu reconheci a
precisão de sua observação. Eu me encontrei levando os
encargos e problemas dos outros mais facilmente do que
lidando com os meus próprios, eu nunca tive problemas em me
aproximar de estranhos em benefício de outros. Anos se
passaram desde que eu fiz algo parecido com isto, mas a
minha frustração precisava de uma saída e eu me joguei em
campanhas por meus amigos.
Durante a hora seguinte, eu encantei e persuadi da minha
maneira através das multidões, explicando quando era
necessário e fazendo tudo que podia para ajudá-los. O
132
processo foi surpreendentemente simples – a própria natureza
do evento já havia preparado os participantes para assinar
cheques, e eu só tinha que convencê-los porque uma pequena
clínica em Bornéu merecia suas generosidades. Eu desenterrei
cada enferrujada habilidade social que eu já tinha aprendido, e
passava pelo grupo reunido, enviando-os para David e Cherise
antes de seguir para o próximo possível doador. Embora eu
sempre me sentisse mais confortável como uma invisível, do
que como uma borboleta social, eu joguei toda a cautela ao
vento e de alguma forma consegui fazer as pessoas me
ouvirem.
Eu peguei as olhadas de Jeremiah no meio da multidão, e
podia sentir o peso de seu olhar, mas eu o ignorei o melhor
que pude. Mais fácil falar do que fazer - mesmo à distância o
homem tinha a incrível capacidade de me deixar fora de
equilíbrio. Ainda assim, eu continuei a minha cruzada, e ele
não fez nenhuma abordagem, dando-me espaço - pelo qual eu
fiquei agradecida.
Nem Lucas nem Anya fizeram outro aparecimento, o que
também me agradou. Após uma hora passando de um grupo
para outro, Cherise se aproximou de mim e me puxou para o
lado. Sorrindo de orelha a orelha, seu corpo todo vibrando com
emoção, ela disse,
"eu não acredito, mas nós fizemos quase cem mil até agora! "
133
Meu queixo caiu, e eu tive que parar e dar-lhe um grande
abraço. "Isso será o suficiente para ajudar vocês por um
tempo? "
"Suficiente?" Ela olhou incrédula. "Nós poderíamos viver vários
anos com isto na nossa atual localização - e não pedir dos
moradores um centavo. Oh, obrigada!" Cherise não parecia se
preocupar com o decoro também, porque ela jogou os braços
em volta de mim em um abraço rápido, mas feroz. "Você é
incrível! "
"Eu tenho que concordar com essa avaliação."
Engolindo, me virei para ver Jeremiah parado atrás de mim,
nos olhando com uma curiosa expressão. Ele só tinha olhos
para mim e, quando Cherise me liberou de seu abraço ele
estendeu uma mão.
"Posso ter a honra de uma dança?"
Minha boca trabalhou em silêncio, e eu olhei para Cherise. Seu
sorriso tinha um olhar conhecedor sobre isto e, quando eu
hesitei, ela praticamente me empurrou para os braços do meu
chefe. "O homem pediu para você dançar ", disse ela, com os
olhos brilhando. "Eu penso que nós podemos lidar com isto a
partir daqui."
Não tendo mais uma desculpa, eu olhei para a mão oferecida
de Jeremiah. Ele havia solicitado, não exigido, e ele parecia
contente em me esperar. Olhando em seus olhos verdes, eu
percebi que já o tinha perdoado há algum tempo por me
134
abandonar, mas eu não senti que ele deveria sair dessa na
boa.
"Você não vai me deixar sozinha na pista de dança, vai?" Eu
provoquei, pegando sua mão. Em vez do aborrecimento eu
temia que eu veria, Jeremiah parecia quase divertido pela
minha pergunta.
"Prometo não deixar você fora da minha vista para o resto da
noite."
Uma promessa em seu tom enviou calafrios em toda a minha
pele enquanto ele me levou para o centro do salão. Seu toque
era leve quando ele juntou-me em seus braços na pista de
dança, um contraste com o rígido controle do seu irmão mais
cedo. "Peço desculpas por meu comportamento hoje à noite",
ele murmurou.
Minhas sobrancelhas se ergueram. Ele pediu desculpas? Para
mim? "Desculpas aceitas," eu respondi, em seguida soltei uma
rápida respiração. "Sua família é um pouco disfuncional, eu
vejo?"
Um sorriso irônico surgiu no canto da sua boca, mas ele não
respondeu à pergunta. "Vocês dois estavam conversando mais
cedo", disse ele em vez disso, a pergunta em sua voz.
"Ele respondeu algumas das minhas perguntas sobre você."
Quando ele ficou tenso, corri para explicar. "Ele disse que seu
pai, essencialmente, te forçou a assumir a empresa. Isso é
verdade? "
135
"Essencialmente," ele finalmente disse, depois de uma longa
pausa, mas não deu mais detalhes.
"Celeste disse que você esteve no Exército Ranger", eu disse
depois de um momento de silêncio. Seus lábios afinaram, mas
eu insisti. "Como foi?"
"A melhor coisa que eu já fiz na minha vida." Ele entrou em
silêncio de novo, mas eu percebi que ele estava pensando.
"Originalmente, o militarismo foi concebido apenas como uma
maneira de ficar longe da minha família, especificamente do
meu pai. Uma vez que eu entrei, porém, eu amei todos os
aspectos sobre isso. Eu teria seguido carreira, se...”
Se a escolha não tivesse sido roubada de você. Tão amarga
quanto tinha sido entre os dois irmãos mais cedo, eu sabia que
Lucas disse a verdade. A nobreza própria de Jeremiah o tinha
forçado a deixar para trás uma vida que ele amava para salvar
a empresa de sua família e todas as vidas daqueles ligados a
ela. Inclinei-me e coloquei minha cabeça em seu ombro, ele
enrijeceu em meus braços, e eu me perguntei brevemente se
eu seria afastada, então seu corpo relaxou e ele me puxou
para mais perto. Ele cheirava divinamente, como chocolate e
cerejas, a pele do seu pescoço estava perto o suficiente que
eu só tinha que virar a cabeça para ver se o gosto era tão bom
quanto o cheiro...
Forçadamente me lembrando de que eu estava em uma sala
cheia de pessoas, muita das quais provavelmente nos olhava,
136
eu levantei a cabeça de seu ombro, mas não me afastei.
Jeremiah, de algum modo, deve ter lido as minhas intenções,
ele pressionou contra mim, uma pequena protuberância
cutucando minha barriga. Uma maçante dor encheu minha
barriga, meu corpo formigando dos meus calcanhares até as
pontas dos dedos, e eu engoli um pequeno suspiro. Sua
reação a mim agiu como uma droga por si só, um poderoso
afrodisíaco que me fez querer puxá-lo em algum lugar privado
para fazer coisas ruins. Eu vi o mesmo desejo refletido em
seus olhos quando os nossos olhares se encontraram, seu
aperto em minha parte inferior das costas aumentou, me
puxando para mais perto esfregando contra o duro eixo e eu
senti uma onda de calor entre as minhas coxas.
Alguém bateu em um microfone, em seguida, uma voz familiar
francesa veio ao longo dos alto-falantes.
"Nós gostaríamos de aproveitar a oportunidade para agradecer
a alguns membros da nossa plateia por suas contribuições
esta noite. "
"Eu acho que eles querem dizer você," eu murmurei. Havia
definitivamente olhares sobre nós quando a banda terminou a
canção, mas Jeremiah não me soltou por mais alguns
segundos. Finalmente ele se afastou, mas não a soltou,
levantando minha mão aos lábios. Engoli em seco, o coração
saltando uma batida. Celeste tinha me dito que a imprensa e o
público em geral acreditavam que ele só tinha suas assistentes
137
como acompanhantes platônicas, mas seria difícil convencer
todos os espectadores disso esta noite. Caramba, eu estava
ficando confusa, muitos sinais misturados quicando ao redor
da minha cabeça. Um dia de cada vez, eu pensei quando ele
soltou minha mão e dirigiu-se para a frente da multidão
reunida. Isto poderia acabar num instante e eu estaria de volta
em uma porcaria de apartamento em Jersey.
Mesmo com todo o poder ele que exercia em nosso
relacionamento, negócios e pessoal, sabia que eu poderia ir
embora a qualquer momento. Embora talvez não seja um
negócio justo, a opção me deu algum terreno estável na minha
vida repentinamente virada de cabeça para baixo, mas o
pensamento fez meu coração doer. Jeremiah não era do tipo
de jogos, mas às vezes ele era difícil de ler.
"Você está pensando demais, minha querida."
Eu comecei enrijecer o corpo com a voz de Lucas a
centímetros da minha orelha. "Vá embora", eu murmurei, não
tirando os olhos de Jeremiah. Ele continuou caminhando para
Gaspard, que começou a fazer um discurso introdutório em
francês, e eu estava nervosa sobre o que Jeremiah poderia
fazer se visse Lucas ao meu lado.
"Tudo a seu tempo. Eu só pensei que parece rude partir sem
me despedir de uma bela dama. "
Eu bufei em descrença. "Vá incomodar Anya, eu tenho certeza
que ela está acostumada com isto agora", eu respondi,
138
cuidando para manter minha voz baixa, e ouvi uma risada
baixa em troca. A maioria dos convidados estava nos
ignorando, e por isso eu estava agradecida. "Se você quiser se
voltar para o seu irmão," Eu assobiei em baixa voz, "deixe-me
fora disso."
"Oh, mas é muito mais divertido desta forma."
Dedos roçaram meu quadril, e eu imediatamente chicoteei para
fora, chutando para trás com meu calcanhar, atingindo sua
canela. A mão desapareceu rapidamente, e eu tive um
momento de triunfo, até que o ouvi sorrindo novamente.
Jeremiah havia tomado o palco, então e eu rezei para ele não
olhar em nossa direção. "Você vai me trazer problemas ", eu
disse.
"Oh, você provavelmente vai gostar", Lucas praticamente
ronronou, e eu atirei-lhe um olhar sombrio. Um sorriso
malicioso de satisfação apareceu em seus lábios enquanto ele
me olhava com interesse descarado.
Revirei os olhos, determinada a ignorá-lo, e me voltei para o
palco... só para ter o olhar intenso de Jeremiah mantendo-me
no lugar. Oh merda.
"Oh querida, parece que ele avistou nosso pequeno tête-àtête". Dedos roçaram o cabelo atrás do meu pescoço, e eu
encolhi de lado. "Eu me pergunto o que está passando em sua
mente agora."
139
Julgando pela expressão em seu rosto, o meu patrão e outrora
amante não estava se divertindo, e eu me achei num dilema.
Minha mão enrolada em punho, mas sabia que fazer alguma
coisa a esta altura só me traria a atenção indesejada e ainda
divertiria a cobra no meu ombro. Jeremiah continuou a olhar
em nossa direção e, Lucas enquanto não mais me tocava,
parecia determinado a ficar mais perto quanto ele pudesse
administrar. Eu só podia imaginar o que estava se passando
na mente de Jeremiah.
No palco, Gaspard foi parcialmente para o resgate. Notando a
falta de atenção de seu convidado e minha situação atual, o
francês bateu um braço sobre os ombros do bilionário e
conseguiu distrair rapidamente Jeremiah. Dei um suspiro de
alívio, um peso momentaneamente suspenso. Os dois homens
apertaram as mãos para as câmeras, sinalizando o fim do
segmento.
"Ah, é minha deixa para sair." Lucas se inclinou para perto, seu
peito arranhando meus ombros, e plantou um beijo rápido na
minha bochecha. Eu me afastei, mas sabia a partir da nuvem
cobrindo o rosto de Jeremiah que ele tinha visto.
"Au revoir, chéri", Lucas murmurou antes de desaparecer, me
deixando sozinha para enfrentar o touro avançando. Era inútil
tentar defender minha causa, então eu fiquei silenciosa quando
Jeremiah veio ao meu lado.
"Vamos."
140
Seu tom de voz baixa não admitia discussão, sua mão em
minhas costas me guiou sem esforço através da multidão. Eu
me virei para ver que Gaspard já detinha a atenção do público,
poucos incomodados observando nossa fuga, o que me fez
agradecida. Nossa saída do grande salão me deu o alívio que
eu estava desejando. Eu não tinha mais que me preocupar se
eu tropeçasse ou fosse tola na frente de uma multidão. A
euforia anterior de ajudar Cherise e David tinha desaparecido,
e eu senti o esgotamento beliscando as bordas da minha
consciência.
Jeremiah fixou seu olhar de pedra nas portas que davam para
fora do prédio, e eu tive a impressão de que ele
deliberadamente me ignorou. Isso me deixou nervosa porque
eu não sabia o que aquilo finalmente significava. O
relaxamento
que
tínhamos
compartilhado
enquanto
dançávamos desapareceu, então eu fiquei quieta, prometendo
enviar
um
cumprimentos
e-mail
aos
da
meus
minha
despedida
amigos,
assim
e
que
melhores
tivesse
oportunidade.
A limusine estava esperando do lado de fora da saída principal.
Nós evitamos os poucos remanescentes paparazzi, e subimos
no interior do veículo escuro, o motorista fechou a porta atrás
de nós. Tomei a borda do banco de um lado do veículo a frente
de Jeremiah quando o carro deu a saída, voltando para o hotel.
141
Eu assisti nervosamente quando ele fechou a divisória de vidro
escuro entre nós e o motorista.
Olhei para frente encoberta do automóvel longo e, num
momento de descuido meu, ele moveu-se, empurrando-me
repentinamente de volta para o banco comprido. Rangendo
surpresa, eu apertei meus lábios forte quando ele se ergueu
sobre mim, uma mão em meu ombro direito me mantendo
pressionada contra o assento de couro. Seus olhos percorriam
meu tronco, em seguida subiram para o meu rosto, e eu engoli
das chamas que eu vi em seus olhos.
"Abra suas pernas para mim."
Meus lábios se abriram em choque. A respiração tornou-se
difícil, pois ele deslizou sua mão livre para baixo do lado do
meu corpo, passando a palma ao longo do material fino. O
vestido se separou ao longo da fenda alta e seus dedos
deslizaram por baixo, acariciando minha coxa.
"Sobre seu irmão," eu disse com voz trêmula, um súbito
nervosismo me deixando desesperada em me explicar, "não
aconteceu nada, eu pensei que ele era você e ..."
"Não."
Fiquei em silêncio com a palavra. Jeremiah fez uma pausa,
corpo tenso. "Eu não quero ouvir sobre o meu irmão
novamente esta noite. Por favor ", acrescentou ele, a voz entre
os dentes. Quando eu balancei minha cabeça demonstrando
142
compreensão
ele
relaxou
meu
cabelo.
"Agora,
onde
estávamos?"
Sua palma deslizou entre os meus joelhos, espreitando-os
separados em incrementos, enquanto ele abria caminho acima
nas minhas pernas. Minha respiração ficou presa, barriga
apertando, enquanto seus dedos puxaram a cinta-liga ao longo
da minha coxa, alisando debaixo dela e ao redor de meus
quadris.
Minhas
pernas
pressionaram-se
juntas
involuntariamente, e sua mão parou. "Abra suas pernas."
As palavras me envolveram, uma rede de sensualidade, e eu
engoli. Meu corpo já tinha começado a vibrar, a respiração
vinda em saltos. Parte de mim quase temia o que ele faria em
mim - não que eu esperasse nada doloroso ou humilhante,
mas que eu perderia todo o controle do meu corpo. Talvez
esse fosse o ponto. Com um suspiro trêmulo, eu forcei os
músculos das minhas coxas para relaxar e deixei meus joelhos
desmoronarem.
"Mais".
Engolindo novamente eu obedeci, abrindo-me para ele. Ele se
deslocou em cima de mim, tirando a mão do meu ombro para
se preparar contra o sofá. Engoli em seco quando senti um
dedo pressionando pela linha fina da calcinha contra meu
clitóris, e arqueei o corpo para o contato. Ele agarrou meu
cabelo, me segurando firme enquanto a mão esfregava e
provocava. Minha respiração veio em suspiros estremecendo
143
conforme ele se inclinava sobre mim, seu rosto pressionado
perto.
"Você é minha", ele murmurou, com os olhos em chamas. Ele
acelerou suas ministrações até que eu estava gemendo, a
pressão no meu cabelo aumentou. "Eu quero ouvir você dizer."
"Eu sou sua." Eu lutei para falar as palavras, meu corpo tremia
e pulsava como um batimento cardíaco. Olhos fechados
vibrando, todo o meu ser focado nas sensações provocadas
por suas mãos. A dor entre minhas pernas abertas; Saí dos
meus saltos para a tração, inclinando meus quadris em direção
à sua mão.
"Mais uma vez".
"Eu sou sua, senhor."
Ele puxou meu cabelo mais forte, e meus olhos se
esbugalharam,
minha
respiração
ofegante.
Seus
olhos
procuraram os meus, porque eu não sabia dizer, mas eu não
conseguia pensar em esconder nada. Tudo que eu queria era
ele, e eu tentei deixá-lo ver o meu desespero. As paredes da
minha
abertura
pulsante,
exigindo
atenção,
e
eu
silenciosamente implorei por mais.
Seu aperto no meu cabelo diminuiu, e ele mudou de novo, seu
olhar não mais tão intenso, mas ainda exigente. "Eu quero ver
você gozar", ele murmurou, abaixando o rosto perto do meu.
As palavras me fizeram derreter, sua voz profunda surgindo
através meu corpo. Os dedos ágeis lá embaixo mudaram sem
144
esforço sob a calcinha, e eu gemia alto quando eles caíram
através dos meus grandes lábios e acariciaram minha abertura
em choro. O carro balançou ligeiramente abaixo de mim,
lembrando-me onde eu estava, mas seu movimento só
aumentou as sensações. Um dedo grosso mergulhado dentro,
enquanto passava seu polegar no meu clitóris doído, gemidos
forçados e ofegantes saíram de mim.
"Somente eu estou autorizado a fazer isso." Jeremiah
acentuou suas palavras provocando um ponto dentro de mim
com precisão; meus quadris pularam da cadeira, e eu gemi.
"Nenhum outro homem toca em você a não ser que seja
mediante a minha permissão. Está claro?"
Eu engasguei com a minha resposta, ondas de prazer
percorrendo meu corpo. Eu estava subindo rapidamente em
direção a um orgasmo, e não conseguia pensar direito. A mão
no meu cabelo apertou, e eu consegui responder, "S-Sim".
"Eu não posso te ouvir."
Eu gritei, as sensações quase demais. "Sim! Por favor,
senhor!"
"Olhos em mim". Tranquei olhares com ele, e o poder do seu
olhar me prendeu ao assento. Seu polegar friccionava forte
enquanto seu dedo me fisgava dentro, esfregando minha
abertura com a precisão de um especialista. "Agora, goze," ele
disse, e com um gemido eu alegremente mergulhei fora do
limite. Estremecendo o corpo descontroladamente, eu agarrei
145
forte o paletó dele, tudo em mim explodindo. A última gota de
força fugiu do meu corpo, e eu derreti no couro embaixo de
mim, tentando em vão recuperar a respiração.
Jeremiah liberou meu cabelo, e sentou-se em sua cadeira,
deixando-me deitada ao longo do banco. Eu consegui fechar
minhas pernas, mas não podia fazer mais nada; impulsos
ainda me balançavam e minhas pernas pareciam geleia. O
carro diminuiu a velocidade e virou, me pressionando contra o
assento, e eu acordei quando uma mão pousou no meu joelho.
Engolindo, eu olhei pela janela fumê para ver a fachada
brilhante do nosso hotel que pairava acima.
146
Capítulo 12
Fizemos a curta viagem até nossa suíte em silêncio, embora a
tensão que estava no ar era densa o suficiente para cortar com
uma faca. Eu mal tinha chutado meus saltos desconfortáveis,
desfrutando da liberdade de mexer os dedos dos pés, quando
um braço grosso serpenteou em volta da minha cintura. Ele
pressionou seu corpo duro em mim, prendendo-me contra a
parede, uma coxa grossa encravando-se entre as minhas
pernas e, antes que eu soubesse o que estava acontecendo, a
boca de Jeremiah cobriu a minha em um beijo ardente. Ainda
me recuperando do passeio de limusine, eu envolvi meus
braços em torno de seu pescoço, os dedos cavando através de
seu cabelo espesso enquanto eu gemia contra seus lábios.
Mãos em concha na minha bunda, ele me levantou alto, e mais
uma vez me prendeu firmemente entre seu corpo e a parede,
eu agarrei seus ombros para me equilibrar, mas ele me
segurou firme, baixando a cabeça para correr os lábios e os
dentes no meu pescoço. Ele correu as mãos pelas minhas
coxas, em seguida, envolvi minhas pernas em torno de sua
cintura, eu gemi quando senti sua ereção prensando dura
contra o meu já latejante clitóris.
"Minha", ele murmurou, o ronco baixo movendo através de
mim como uma inundação. Capturando ambos os meus pulsos
numa mão grande, ele os prendeu acima da minha cabeça
147
enquanto seus lábios encontraram os meus novamente,
sugando e mordiscando. Sua mão livre amassou a carne
macia do meu peito, manuseando o mamilo, e eu empurrei em
seu toque.
Sua necessidade e paixão descarada igualmente me puseram
em chamas. Eu gemia contra sua boca, arqueando meu corpo
contra o dele, tentando desesperadamente chegar mais perto.
Ele revirou os quadris, pressionando-os contra mim, e eu dei
um pequeno grito. Seus dentes brincaram com a minha orelha
e se arrastaram para o lado da minha garganta, e eu estava
perdida para tudo.
Tardiamente, percebi que estávamos nos movendo, mas isso
não diminuiu até que o mundo se inclinou e aterrissei de costas
na cama enorme. Jeremiah não perdeu tempo para me cobrir,
ele não parecia se importar com o vestido caro, deslizando
uma mão asperamente na frente. O fervor de sua paixão me
fez mais quente, eu queria, precisava de mais. Eu tentei tocálo, mas ele agarrou meus pulsos novamente, segurando-os ao
lado de minha cabeça enquanto ele chupou e mordiscou meu
pescoço.
"Vire-se".
Eu rapidamente obedeci, e senti o zíper do vestido deslizar
pelas minhas costas e sobre a minha bunda. Ele retirou a
camada da minha pele, em seguida, arrastou seus lábios para
baixo ao longo da minha espinha. Eu me arqueei como uma
148
gata, desesperada pelo toque macio, e ouvi o tilintar de seu
cinto. Animada pelo som e o que representava, eu empurrei
minha bunda para esfregar contra sua virilha e, para minha
imensa
satisfação,
ouvi
sua
respiração
pequena
se
desenhando.
Mãos em volta dos meus pulsos novamente, puxando-os para
cima em direção a cabeceira da cama. Senti o frio do couro
envolto em torno deles quando Jeremiah habilmente fixou-me
às grades de bronze com o cinto, efetivamente prendendo-me.
Assim, fixada, ele começou a remover meu vestido, eu levantei
meus quadris para ajudar quando ele retirou o material do meu
corpo antes de jogá-lo no chão ao lado da cama alta.
Suas mãos amassavam minhas nádegas enquanto ele se
movia atrás de mim, abrangendo as minhas pernas. Eu
levantei-me para cima dos meus joelhos, desesperada por
mais contato.
A posição me deixou exposta e seu grunhido de aprovação me
fez estremecer. Sua mão espalmada na parte superior das
minhas costas, pressionando meu peito contra o colchão,
então ele inclinou-se sobre mim e seus lábios arrastaram ao
longo da minha espinha. Minhas exalações estavam ofegantes
rajadas, mãos agarrando as restrições de couro firmemente.
Seus dentes rasparam sobre a pele esticada de minha bunda,
e eu não conseguia parar o gemido que forçava sua passagem
através dos meus lábios. Meu corpo tremia, querendo mais,
149
mas Jeremiah tomou seu tempo. Suas mãos acariciavam meus
quadris, amassando os globos da minha bunda, então seus
polegares desceram ao longo da fenda da minha bunda em
direção a minha entrada úmida.
Eu avancei quando ele separou a carne macia, minha frenética
ofegante destacava-se na suíte tranquila. Ele assoprou sobre
mim, uma dica do que estava por vir, em seguida, os lábios e a
língua quente infalivelmente encontraram a minha abertura
latejante. Eu ajoelhei, o meu clamor saltando fora da parede
atrás da cama, quando ele passou a língua ao longo do anel
apertado antes de empurrar ainda mais. Uma mão acariciou
através dos meus grandes lábios e meu corpo todo tremia
incontrolavelmente.
Ele ficou lá por um tempo enquanto eu gemia e me debatia.
"Por favor", implorei repetidamente, embora para o que eu não
sabia. Talvez me libertar da deliciosa tortura, talvez mais.
Provavelmente ambos.
Sua única resposta foi rir e continuar o ataque de prazer.
Quando ele finalmente inseriu um dedo, eu pressionei contra
ele, desesperada por mais. Ele controlou tudo, mas onde ele
esfregou dentro só serviu para aumentar a sensação. Fluidos
passaram pelas minhas coxas, e eu estava quase chorando
com a intensidade implacável.
Ele se afastou de repente, torceu-me ao redor e então eu
estava deitada de costas. Olhei para um rosto selvagem
150
quando ele forçou os joelhos afastados, enrolando um braço
sob um joelho, então deslizou sua dura ereção dentro de mim
com um golpe certo. Eu arqueei meu corpo e fechei os olhos, a
respiração gaguejando em minha garganta com a invasão
repentina. O cinto manteve meus braços contidos enquanto ele
me bateu na cama, não permitindo nenhum recuo em relação a
sua paixão.
"Olhe para mim."
Abri os olhos e olhei para o seu rosto, bonito, intenso. Uma
mão serpenteou o meu corpo, enrolando-se em minha
garganta enquanto o rosto pairava perto, em close. Seus
quadris se mantiveram empurrando, e os flashes contínuos de
prazer me deixaram com dificuldade para pensar. "Diga meu
nome."
"Jeremiah", eu respirei, esfreguei meus seios contra seu corpo.
Por trás da lingerie verde, meus mamilos doíam por seu toque.
Eu desenhei a minha perna livre até a sua cintura, torcendo-a
através do seu corpo e tranquei meu tornozelo atrás das suas
costas. Seus olhos se arregalaram, e o empurrão ficou mais
forte.
"Diga isso de novo!"
"Jeremiah!" Eu gritava desesperadamente, a palavra quase um
soluço. "Por favor!"
A mão em torno de minha garganta apertada, não o suficiente
para me sufocar, mas o suficiente para causar uma pressão na
151
minha cabeça. Sua mão firme em meu peito, empurrando o
material rígido de lado e amassando o tecido, beliscando o
mamilo entre seus dedos. Meus quadris caíram em um ritmo,
movendo-se com ele, nossos impulsos me levando mais e
mais, quase lá, mas não o bastante...
A mão de Jeremiah apertou novamente, comprimindo minha
respiração o suficiente para que ele atravessasse a névoa de
luxúria. Meus olhos atiraram para os seus olhos verdes
apaixonados, e eu li a mesma necessidade percorrendo pelas
minhas veias. Deixei me levar por estas sensações, confiando
nele até que meus pulmões começaram a queimar.
Em seguida, ele soltou minha garganta e empurrou duro,
mexendo no meu mamilo. A súbita onda de respiração e o
sangue fluindo através de meu corpo me dominaram, e com
um grito e um arrepio eu vim pela segunda vez naquela noite.
Eu debatia por baixo dele, torcendo o cinto de couro acima da
minha cabeça e aproveitando a onda de prazer.
Eu não tinha certeza de quanto tempo demorou para liquidar o
meu cérebro de volta para o presente, mas eventualmente, eu
voltei para mim e vi que Jeremiah ainda pairava sobre de mim.
Seus olhos registrando todas as minhas reações, uma mão
traçou o lado do meu rosto no primeiro contato terno que pude
honestamente lembrar. Um polegar correu meus lábios, e eu
abri a minha boca, arrastando para dentro e puxando-o com
meus dentes. Foi então, quando eu vi o fogo respondendo em
152
seus olhos, nisso eu percebi que ele ainda estava duro dentro
de mim.
Ele alcançou em cima de mim e soltou o cinto, desenrolando-o
dos meus pulsos. Meus dedos mínimos estavam dormentes e
meus pulsos doíam, mas eu não me importava. Mantendo o
meu olhar sobre o seu, eu ergui e o empurrei em um ombro,
virando-o para deitar na cama. Para minha surpresa, ele me
permitiu fazer assim, e eu o segui até que estava agachada
sobre seu corpo grande. Ele derramou sua jaqueta e calça em
algum momento, mas ainda tinha sua camisa branca com
apenas os dois primeiros botões desfeitos. Eu montei seus
quadris, sentindo sua dureza pressionando contra minha
bunda e desabotoei um por um os botões que restavam.
Eu nunca tinha visto ele nu e, apesar da languidez fazendo
meus membros pesados, eu estava ansiosa para pesquisar
seu corpo como ele tinha feito comigo. Eu podia sentir seu
escrutínio, mas ele não fez nada para me impedir quando eu
tirei a camisa branca e passei a mão ao longo de seu torso
rígido. Não havia um grama de gordura sob a pele, linhas de
músculo se destacaram em exposição proeminente, pele cor
de oliva e pequenos mamilos escuros. No entanto, as
cicatrizes manchavam a perfeição: uma estrela irregular branca
pequena num ombro e linhas menores em todo o seu peito e
barriga. Alisei minha mão sobre elas, uma por uma e o vi
recuar, mas de novo, ele não me impediu.
153
Meu. O pensamento possessivo me surpreendeu. Eu deslizava
meus dedos até a linha de seu abdômen, através de seus
peitorais, em seguida, inclinei-me para estudar seu rosto. Ele
me olhou impassível enquanto eu tracei a curva de seu rosto,
para baixo, um queixo forte com a pele que, mesmo limpa e
barbeada, ainda tinha uma picada de lixa leve.
Realmente
muito bonito. Escavando sua mandíbula, eu me alavanquei
usando seu ombro, depois baixei meus quadris em seu
membro duro enquanto eu me inclinei em direção a seu rosto.
Uma grande mão fixou-se em meu ombro, e eu só parei a
centímetros de seus lábios. O olhar em seus olhos era difícil de
ler, um desejo guardado que eu não entendi. Sua mão impediu
de me dobrar para baixo, mas nada parou meus quadris que
continuaram sua viagem para baixo, tendo ele dentro de mim.
Jeremiah engoliu sua garganta se movendo, eu ondulava meus
quadris, puxando para cima, em seguida pressionando-o mais
profundo, e ele soltou um suspiro gaguejando. A mão no meu
ombro afrouxou, e eu continuei para baixo, pressionando
minha boca contra seu pescoço, em seguida à direita na
direção da cicatriz em forma de estrela em seu peito enquanto
eu rolei meus quadris novamente.
Eu segui o tecido branco com meus lábios, desenhando um
dedo sobre um mamilo pequeno e escuro. Aproximando o
olhar foi que eu notei que ela era maior do que eu pensava, a
pele ao redor não era tão descolorida, mas ainda enrugada do
154
trauma passado. Olhei para cima para vê-lo olhando para mim
com aquele olhar incompreensível; seus lábios estavam
completamente abertos, e eu queria desesperadamente sentir
o seu gosto. Erguendo-me sobre ele de novo, eu tracei meus
dedos novamente para o lado do seu rosto. "Você é tão
bonito", eu respirei, meus olhos passeando em seu rosto.
O desejo em seus olhos se aprofundou enquanto meus olhos
caíram novamente na sua boca, então ele levantou uma mão
para enredar no meu cabelo, e trouxe meu rosto para ele.
Nossos lábios se enfrentaram em uma fome súbita, sua outra
mão cavada em meu quadril quando eu montei-o com força,
com as mãos acariciando seu torso.
Em algum lugar ao nosso lado um celular vibrou, uma
distração persistente. "Soa como alguém que realmente quer
falar com você ", sussurrei, sorrindo para o seu belo rosto.
"Eles podem ligar mais tarde", ele rosnou, em seguida,
empurrou seus quadris para cima, pressionando sua dureza
dentro de mim. Engoli em seco, todos os pensamentos da
chamada voaram da minha cabeça. Ele me rolou sobre minhas
costas, seus dentes encontrando meu pescoço, ele me
martelou no colchão. Segurei-o com as minhas coxas,
gemendo, enquanto ele se enfiou em mim de novo e de novo.
Minhas unhas cravaram em seus ombros, usando seu corpo
duro para alavancar conforme eu encontrava seus golpes com
os meus próprios. Ele puxou meu cabelo, colocando minha
155
cabeça para trás para olhar seu rosto. A necessidade
desesperada brilhava através de seus olhos e eu senti um
momento de triunfo quando ele grunhiu, surgindo dentro de
mim uma última vez enquanto ele gozou.
Eu fechei meus olhos e segurei seu corpo estremecendo. Seu
peso em cima de mim me segurou fixa e eu suspirei de
contentamento.
"Eu..."
Te amo.
Meus olhos se abriram com o pensamento espontâneo.
Horrorizada com o que eu estava prestes a dizer, eu encarei o
teto enquanto Jeremiah ainda se agitava em meus braços,
finalmente saindo de mim e levantando-se junto à cama. Engoli
em seco, repentinamente sem fôlego - Eu realmente tinha
estado a ponto de dizer isso?
Silenciosamente eu me mudei para o outro lado da cama e, em
seguida, fugi para o banheiro passando pelo corredor ligado ao
quarto principal. Fechando a porta atrás de mim, eu encarei
meu reflexo no espelho, ainda horrorizada com os meus
próprios processos de pensamento.
Conheço o homem, o que, há dois dias? Certamente não o
suficiente para declarar qualquer tipo de afeto. No entanto,
essas três palavras quase saíram o que me abalou. Minhas
mãos tremiam quando liguei a água quente na pia e peguei um
pano
para
limpar-me.
Eu
nunca
tinha
tido
qualquer
156
relacionamento real, onde "as palavras" foram trocadas.
Mesmo ainda adolescente, eu tinha sido muito pragmática para
dizê-las em referência a qualquer um além dos familiares. O
fato de que eu estive prestes a deixá-las escorregar para fora
da minha boca, causou mais do que um pouco de angústia.
É bobagem pensar nisso tão cedo, eu me aconselhei, então
lembrei o que meu pai sempre disse: que ele tinha se
apaixonado pela minha mãe no momento em que a viu. Eu
engoli com a memória; meu pai tinha sido o romântico da
família, minha mãe o parceiro mais prático. Eu tinha puxado a
minha mãe, eu sempre fui mais inclinada a olhar antes de
saltar, mas toda esta situação era um território estranho.
Veio o som de alguém batendo na porta, assustando-me fora
do meu devaneio. Colocando a minha cabeça para fora da
porta, eu ouvi novamente vindo da entrada da suíte. Contente
pela distração, eu agarrei um roupão do gancho nas
proximidades. Deslizando sobre meu corpo, eu me vesti para
atender a porta, olhando através do olho mágico. Um
funcionário do hotel uniformizado ficou ali, segurando algo em
suas mãos que eu não podia decifrar. Curiosa, abri a porta um
pouquinho.
"Sim?"
O homem fez uma pequena reverência. "Um presente para o
Sr. Hamilton e convidada", disse ele em perfeito inglês,
apresentando uma garrafa e duas taças de champanhe.
157
Minhas sobrancelhas subiram e, não sabendo mais o que
fazer, peguei das mãos do funcionário. Ele fez outra
reverência, então recuou um passo quando fechei a porta. Virei
para a suíte, fiz uma pausa, em seguida abri a porta
novamente.
"Eu lhe devo alguma coisa por ..."
O homem já tinha desaparecido, de qualquer forma, assim com
o encolher de ombros, eu empurrei e fechei a porta
novamente, levando a garrafa e copos para o quarto.
Jeremiah estava esparramado numa cadeira alta, franzindo a
testa para o telefone na mão. Quando ele me viu, no entanto,
sua expressão suavizou e, para minha surpresa, um pequeno
sorriso em seus lábios se formou. Meu coração pulou uma
batida, ele era tão bonito, era difícil acreditar que ele era todo
meu. Por agora. Eu fiz uma careta com o pensamento
pessimista; a realidade sempre se introduzindo aos piores
momentos.
Ele estendeu a mão. "Venha aqui". Quando eu peguei sua
mão, ele disse:
"Ajoelhe-se".
Fiz o que ele disse sem pensar, abaixando-me no chão. Sua
mão acariciou meu cabelo quando me acomodei de joelhos.
Uma parte de mim se perguntava porque eu lhe obedecia tão
facilmente, eu não era uma feminista, mas eu tinha o meu
orgulho. De alguma forma, porém, permitindo a ele o controle
158
me dava um sentimento de paz que eu não sentia há muito
tempo. Eu estava tão sobrecarregada com a minha vida que,
de certa forma, isto tudo era como se eu estivesse num
período de férias. Ver a aprovação em seus olhos também
fazia valer à pena, embora o lado prático de mim se recusasse
a mergulhar muito fundo o porquê.
"Quem foi que ligou?" Eu perguntei.
"Ninguém importante, ou eles teriam deixado uma mensagem",
respondeu ele, em seguida fez um gesto para o que eu tinha
nas mãos. "O que é isso?"
"Um presente, aparentemente."
Ele estendeu a mão e pegou a garrafa e copos. "Champanhe
bom", ele disse, examinando a garrafa. "Deve ser de um dos
patronos desta noite."
Eu olhei para a garrafa, perguntando como ele sabia que era
uma boa safra.
"Eu nunca bebi champanhe. "
Jeremiah me deu um olhar surpreendido. "Nunca?"
Eu balancei a cabeça. "Eu só bebi cidra espumante quando
era jovem e quando eu fiquei velha o suficiente nunca fui
convidada a ocasiões em que serviam champanhe. "
"Bem, então". Tomando as taças e a garrafa na mão, ele me
ajudou a levantar então me conduziu com uma mão nas
minhas costas em direção a cozinha da suíte. "Pelo menos o
gosto do seu primeiro vai ser de uma garrafa cara".
159
Eu assisti com diversão quando ele desenrolou a gaiola de
arame em torno da cortiça, em seguida, apontou-o para a
parede quando ele tirou a rolha. Tomando as duas taças, as
encheu logo abaixo da metade antes de me entregar uma.
"Beba".
O líquido amarelo pálido borbulhava no vidro, olhando assim
não era diferente da cidra que eu tinha convivido na infância e
adolescência. Curiosa, eu tomei um gole, então franzi o nariz
com o amargor, o líquido fazendo bolhas na minha língua. Um
segundo gole me fez desvalorizar a bebida cara.
"Ugh, eu não sirvo para ser uma exuberante."
Jeremiah riu, e o som me assustou. Ele parecia mais relaxado
e aberto, e pela minha vida, eu não conseguia entender o que
havia acontecido. O olhar que ele me deu de diversão quase
juvenil fez meu coração fazer flip flops. Será que o homem
percebe o quão lindo ele é quando olha para uma garota
assim?
"Talvez o gosto seja uma novidade." Ele rodou o líquido
levemente no vidro, mas continuou a observar-me. Eu corei à
sua leitura, em seguida chutei-me por dentro. Tome alguma
iniciativa menina, eu me repreendi.
"Alguma vez você já tomou bebida derramada no corpo de
alguém?"
Era a sua vez de olhar assustado, suas sobrancelhas quase
alcançando seu couro cabeludo. "E você?" Ele rebateu e
160
pareceu surpreso quando eu balancei a cabeça. Diversão
iluminou seu rosto e eu o olhei maravilhada; seu humor se
transformou quase em brincalhão, não completamente, o
homem taciturno e dominador que eu tinha visto até então. O
desafio em seus olhos, porém, agitou a rebelde em mim
porque encontrei em seu olhar uma peculiaridade como minha
própria. Segurando seu olhar, eu inclinei minha cabeça para
trás e derrubei o copo sobre o meu peito, espirrando líquido
para o roupão e para baixo entre meus seios.
Minha ousadia teve o efeito desejado. Os olhos de Jeremiah
escureceram e ele estendeu a mão, me puxando de volta em
seus braços.
"Você é muito provocadora", ele disse, arrancando o copo da
minha mão e baixando seus lábios no meu pescoço.
Minha barriga apertou e eu vacilei, mas tentei não pensar
muito sobre isso. Os lábios de Jeremiah percorreram meu
pescoço para a cobertura líquida, cara, nos meus seios, mas
quando meu estômago torceu pela segunda vez, eu dei um
pequeno suspiro, o meu corpo curvando para frente. A
diversão desapareceu do rosto de Jeremiah quando ele me
puxou de pé.
"O que há de errado?"
Sua voz rouca exigiu uma resposta, mas eu não tinha nada
para dar. "Não estou me sentindo bem," eu gerenciei, tropecei
em direção a pia da cozinha. Eu mal conseguia caminhar até lá
161
antes de vomitar, descarregando o conteúdo escasso do meu
estômago
para
a
pia.
Minhas
pernas
estavam
se
transformando em uma geleia e eu estava tendo dificuldade
em me manter em pé, mesmo me segurando contra a bancada
de mármore. Eu ouvi o som de vidro quebrando atrás de mim e
olhei para ver uma mancha escura na parede, os resquícios da
taça de champanhe e seu conteúdo à deriva no chão.
Jeremiah pegou um telefone próximo enquanto eu vomitava
novamente. "Eu preciso de um médico para esta suíte
imediatamente", ele gritou, em seguida minhas pernas
cederam, e ele deixou cair o telefone sobre o balcão para me
pegar conforme eu caía.
"Lucy, fique comigo."
Meu estômago saltou, apertando e torcendo e eu gritei. Uma
mão alisou meus repentinos cabelos úmidos em volta do meu
rosto enquanto eu estremecia, gemendo, não mais no controle
do meu corpo. Senti ser deitada no chão, e uma silhueta
borrada de Jeremiah veio através do meu campo de visão.
"Eu preciso de um médico agora!" Um som apressado encheu
meus ouvidos; a voz de Jeremiah estava entorpecida, como se
estivesse através da água, mas eu podia ouvir a nota
desesperada em suas palavras. Então meu corpo se enrijeceu,
músculos contraindo quase dolorosamente, e o mundo ficou
escuro.
162
TUDO QUE ELE QUER
Dominada pelo bilionário
PARTE 4: O resgate
163
Quando Lucy Delacourt assinou um contrato com
Jeremiah Hamilton, ela não tinha idéia de que ela seria
vítima de uma tentativa de assassinato contra o bilionário.
Mal sobrevivendo ao envenenado de champanhe, ela é
levada para uma propriedade à beira-mar nos Hamptons
que é fortificada como Fort Knox. Segurança, no entanto,
tem um preço - mesmo que ela descubra mais sobre seu
enigmático chefe, a sua recusa a deixá-la a par da
investigação confunde uma Lucy ainda em recuperação.
Para complicar, os membros da família procuram separálos, forçando sua relação tênue ao ponto de ruptura. Ao
mesmo tempo, uma ameaça mortal se esconde no fundo ...
esperando para atacar.
164
Capítulo 13
Eu tinha oito anos a primeira vez que eu tive gripe. Foi
bastante ruim, tive que ser levada às pressas para o hospital.
Embora não consiga me lembrar muito, lembro nitidamente das
dores, dores que meu corpo lutava para livrar-se do último
vestígio da horrível doença.
Acordando naquele quarto de hospital eu senti algo parecido,
como acordar de um sonho doloroso. Com os olhos ainda
fechados, virei minha cabeça para o lado, o simples movimento
me deixando tonta e enjoada. Ao meu gemido, houve uma
comoção ao meu lado então uma voz estranhamente familiar
de um homem disse, "Chame o médico."
Por que aquela voz era familiar? Quem... Pensar fazia minha
cabeça doer, então eu desisti por um tempo, tentando manter
assim tanto quanto possível. Depois de um momento a náusea
diminuiu e eu deixei abrir um olho, depois o outro.
Eu estava em uma sala bem iluminada, as luzes fluorescentes
brilhantes acima como facas no meu crânio. Pensei que, por
enquanto, era melhor manter os meus olhos fechados, e ouvi
várias pessoas entrando no quarto.
"Srta. Delacourt, meu nome é Dr.Montague. Vou precisar que
você abra seus olhos."
"Dói," eu resmunguei minha língua colando no teto da boca
seca. Eu tentei abrir os meus olhos novamente e foi um pouco
165
melhor desta vez. O quarto e os seus ocupantes estavam
difusos; a figura alta ao lado da minha cama se inclinou para
perto e iluminou uma luz em meus olhos. Eu me encolhi, mas a
dor de antes já estava cedendo e ele só fez algumas
varreduras antes de afastar o alfinete de luz.
"Como você se sente?"
“Como se eu tivesse sido atingida por um ônibus." O médico
falava um inglês muito bom, mas eu podia ouvir o leve sotaque
francês em suas palavras. "Eu ainda estou em Paris?"
"Oui, você foi trazida para cá logo após seu pequeno
incidente."
"Onde está Jeremiah?" Eu me esforcei para me mover na
posição vertical, ignorando a explosão na minha cabeça e a
mão de restrição do médico. "Ele está bem?"
"Ele está em coordenação com as autoridades francesas para
investigar o que aconteceu," afirmou uma voz diferente.
"Discretamente".
Levei um momento para reconhecer a figura familiar ao lado da
cama. Eu mal enxergava a cabeça careca de Ethan através da
visão embaçada. "Então ele não foi...?"
"Não, ele não foi envenenado", ele respondeu, corretamente
adivinhando minha pergunta não dita, e eu soltei uma
respiração que eu estava segurando. "Ele tem ido a vários
canais para tentar encontrar o culpado. Enviei uma mensagem
166
que você está acordada, ele deve estar aqui a qualquer
momento."
Ouvindo que Jeremiah estava bem e a caminho, tirou um fardo
do meu peito. O médico me entregou um copo de água
enquanto eu olhei de relance para o relógio e, em seguida, a
janela escura. "Quanto tempo eu estive fora?"
"Três dias", Ethan respondeu e eu tossi na água que eu tinha
engolido. O grande homem se deslocou. "Nós não saberíamos
onde isto teria acabado. Sorte sua, Jeremiah tem algum
treinamento médico."
"Quase morri?" Minhas palavras eram um sussurro e eu achei
difícil de dizer, apertava a idéia.
"Oficialmente, sim. Duas vezes." O médico tomou meu copo e
colocou na mesa ao meu lado e eu finalmente vi com clareza.
"Se não fosse pela insistência do Sr. Hamilton não estaríamos
tendo essa conversa."
Eu olhei minhas mãos por um longo momento, as emoções
todas misturadas juntas em minha cabeça. "Estou cansada",
murmurei deslizando para baixo da cama.
"Antes de dormir," disse Ethan, caminhando em minha direção,
"eu realmente gostaria lhe fazer algumas perguntas sobre o
homem que trouxe a garrafa para o seu quarto.”
Tudo em mim ficou gelado. "Você acha foi ele quem...?"
"Isso é o que estamos tentando descobrir".
167
A voz familiar fez meu coração saltar. Jeremiah entrou na sala
e ficou no pé da cama antes de olhar para o médico. "Como
ela está?"
"Acordada o que é um bom sinal. Gostaria de mantê-la pelo
menos mais um dia em observação."
Jeremiah assentiu com a cabeça para o médico, que retornou
o
gesto
e
saiu
silenciosamente
do
quarto.
O
medo
estabeleceu-se em mim como um cobertor opressivo e busquei
às cegas a mão de Jeremiah quando ele tomou o local vazio
ao meu lado, não importando quem visse a ação. Alguém
tentou me matar. O pensamento todo fez meu coração
acelerar.
"O que você lembra sobre o homem que entregou o
champanhe?" Ethan perguntou quando eu agarrei a mão de
Jeremiah.
"Ele era comum," eu disse, então estremeci na frase. Jeito de
ser inútil. "Ele era branco, vestido como um funcionário do
hotel, e tinha o cabelo médio castanho e olhos castanhos, eu
acho."
"Cor do cabelo e dos olhos podem ser alterados," Jeremiah
interrompeu. "Quanto a características faciais? Cicatrizes ou
manchas?"
O pensamento fez minha cabeça doer e fechei os olhos,
tentando retratar o breve vislumbre que tive do seu rosto. "Ele
tinha um tipo de olhos profundos, lábios finos e era alguns
168
centímetros mais alto do que eu. Hum, eu acho que ele tinha
uma verruga em sua têmpora esquerda e uma cicatriz no
queixo, mas não sei o quanto disso era maquiagem."
Os olhares de Jeremiah e Ethan se encontraram brevemente e
meu coração afundou. Eu provavelmente apenas descrevi a
metade do país
"O que ele pareceu?" Ethan perguntou finalmente, depois de
rabiscar anotações em um pequeno bloco de notas.
"Ele falava inglês muito bem; Eu pensei que ele parecia um
americano." Eu bati minha mão sobre o colchão em frustração.
"Eu não sei. Ele parecia um empregado de hotel normal e eu
não acho que olhei muito." Um pensamento me ocorreu. "E as
câmeras de segurança? Deve ter algo lá."
Ambos os homens balançaram a cabeça. "Nós já assistimos,"
disse Jeremiah. "Quem quer que seja sabia exatamente onde
apontavam mesmo as câmeras escondidas; não conseguimos
pegar uma filmagem do rosto."
Eu afundei na cama. "Existe alguma coisa que eu posso fazer
para ajudar?"
O telefone de Jeremiah tocou, e ele puxou para verificar a tela.
"Preciso Atender isso", disse ele, puxando sua mão livre de
meu alcance. "Ethan, veja se você pode encontrar um artista
para desenhar o que ela se lembra. Eu estarei de volta."
As lágrimas brotaram nos meus olhos enquanto eu o vi sair do
quarto. Menina boba, eu me repreendi piscando duro, ele ainda
169
tem que fazer seu trabalho. Ainda assim doía vê-lo ir; havia
segurança com sua presença o que eu não sentia com um
simples guarda-costas.
"Você sabe, esse negócio todo bateu muito duramente nele".
Eu olhei Ethan, limpando meus olhos vazando. O careca não
estava olhando para mim, demasiadamente ocupado digitando
em seu telefone, mas eu ainda podia sentir a sua atenção. "O
que você quer dizer?"
Ele não respondeu por um momento, com atenção em seu
telefone, então o fixou em seu cinto e olhou para mim. "Quanto
tempo faz vocês dois se conhecem um ao outro?"
A pergunta senti como um interrogatório e eu franzi a testa.
"Alguns dias, por que?"
Ethan grunhiu. "Ele arrancou todos os batentes tentando
descobrir quem fez isso. Eu não o vejo motivado assim a um
longo tempo; mesmo a última vez que alguém tentou matá-lo
ele não ficou tão obcecado pelas respostas."
Minha boca caiu aberta. "O quê?" Eu disse quase um sussurro
de voz.
Ethan deu de ombros, como se não fosse nada. "Um homem
como Jeremiah, levando em conta o negócio arriscado que ele
faz, recebe um monte de ameaças de todos os lugares. Foi
apenas depois que ele concordou em patrocinar a minha
empresa que alguém tentou matá-lo fora do seu edifício."
Ethan bufou. "Jeremiah já tinha quebrado o pulso do homem e
170
tomado a arma no momento em que cheguei perto. Acontece
que o pistoleiro não era mesmo a pessoa em pele, ele tinha
sido contratado para fazer o trabalho sujo".
"O que aconteceu em seguida?" Perguntei quando Ethan se
distraiu, olhando seu telefone novamente.
"Nada. O patrão me disse para descobrir quem estava por trás
daquilo e deixá-lo a par, então peguei um avião para Dubai.
Não parecia nem um pouco preocupado." Ethan olhou para
mim. "Talvez seja porque você se machucou em seu lugar. De
qualquer forma, Celeste assumiu as operações de negócios
enquanto ele se concentra no presente assassino e tenta
manter a imprensa de fora."
"Assim, a pessoa no telefone...?"
"Foi provavelmente um dos seus contatos. Se ele não quis que
nós escutássemos, provavelmente era algum que eu não
aprovo. De qualquer forma, ele tem ido ao extremo com isto."
Jeremiah escolheu aquele momento para voltar para dentro,
guardando seu telefone no bolso. Eu tive o primeiro vislumbre
fora da porta e vi dois homens vestidos com terno preto em
ambos os lados da entrada antes que a porta fosse fechada
novamente. Até mesmo postou guardas na entrada. Quantos
problemas nós estamos metidos?
"Tenho os rapazes procurando por um artista agora", disse
Ethan. "Espero que possamos conseguir alguém aqui dentro
das próximas horas.”
171
"Bom". Jeremiah moveu-se para minha cama e depois franziu
a testa para baixo em mim. "Você deve descansar."
"Quem era no telefone?" Perguntei sem rodeios. Quando seus
olhos se estreitaram, claramente irritado com a pergunta, eu
persisti. "Se tem algo a ver comigo, então eu deveria saber.
Quem tentou nos matar?"
Jeremiah olhou para Ethan, mas o grande especialista em
segurança teve seus olhos de volta em seu telefone, ignorando
deliberadamente a nossa conversa. "Eu não tenho certeza
ainda," Jeremiah finalmente disse. "Eu dei a descrição que
você forneceu, e eles estão esperançosos. Agora, descansar."
Meu corpo exigia que eu seguisse a ordem – mas eu ainda
lutava para me manter acordada. "Você não vai sair?" Eu
perguntei, empurrando-me mais profundo sob os lençóis.
Seus olhos suavizaram um pouco. "Eu vou estar nas
proximidades," ele prometeu e, com suas palavras finalmente
fechei os olhos, deixando o meu cansaço me oprimir.
***
Eu fiquei no hospital por mais três dias em observação. O
médico parecia otimista sobre minha recuperação, mas eu me
sentia mais fraca do que um bebê. Precisando de ajuda para
fazer coisas simples como uma caminhada, revelou-se
frustrante e eu estava determinada a fazê-lo sozinha. No
172
entanto, depois que eu escorreguei e quase caí tentando ir ao
banheiro, Jeremiah ordenou que eu tivesse ajuda disponível
constante, seja por enfermeiros ou por guarda-costas.
A
maioria
dos
meus
dias
eu
passei
dormindo,
mas
rapidamente tornou-se tedioso ficar na cama do hospital.
Quando eu mencionei isso para Ethan, o guarda-costas
sempre presente no meu quarto, um novo tablet ainda na
caixa, apareceu logo depois ao lado da minha cama. O
aparelho me deu algo para fazer com meu tempo livre e eu
passei a maior parte pesquisando meu novo chefe.
Eu brinquei anteriormente que eu sabia a versão da Wikipédia
de sua vida e, começa assim como também o resto do mundo.
Havia artigos dele que mencionaram seu tempo no Exército de
Ranger, falou sobre seu trabalho de caridade e entrou em
detalhes sobre suas aventuras nos negócios, mas eu já sabia
de tudo isso. A mídia lançou palavras como "misterioso" e
"enigmático" quando eles o descreveram, e as palavras
pareceram apropriadas dada a falta de qualquer informação
em profundidade por quase todos os canais. Artigos sobre a
mudança corporativa após a morte de seu pai foram da mesma
forma superficiais, principalmente analisando previsões aonde
a empresa iria sob nova gestão, se um homem que tinha a
mínima educação de negócios poderia realmente assumir pelo
magnata Rufus Hamilton e assim por diante.
173
Pelo quarto dia da minha estadia eu estava andando sozinha
novamente, no exato momento de deixar o hospital. Nossa
saída parecia um filme de espionagem: eu fui levada
escondida
para
a
garagem
pelos
guarda-costas
e
cuidadosamente instalada em uma limusine que presumi nos
levaria para o aeroporto. Jeremiah vigiava tudo, nunca
deixando o meu lado, mantendo um aperto possessivo ao
redor dos meus ombros, enquanto nos dirigíamos para fora da
garagem.
Eu cochilei durante a maior parte da viagem, usando o ombro
de Jeremiah como travesseiro. Acordei depois de uma
quantidade indeterminada de tempo mais tarde para ver que
não estávamos mais na cidade, mas não pensei nada sobre
isto, voltando a cabeça para dormir até que o carro finalmente
parou. Jeremiah deslocou-se debaixo de mim e eu levantei a
minha cabeça, sonolenta olhando pela janela. Isso não é
definitivamente o aeroporto, pensei, esfregando os olhos.
"Onde nós estamos?"
Jeremiah não respondeu a pergunta, simplesmente ficou na
beira da porta que foi aberta do lado de fora. "Venha
descobrir," disse ele, tomando meu braço para me ajudar a sair
do carro. Imediatamente, eu não reconheci a estrutura. Nas
proximidades tinha o som fraco de água e um monumento que
parecia vagamente familiar.
174
Vários homens em ternos escuros estavam espalhados ao
redor da área e um homem negro veio correndo até nós. "O
lugar está seguro, Senhor," ele disse e, enquanto Jeremiah
assentiu com a cabeça, finalmente percebi onde eu estava.
"Você me trouxe para a praia de Utah," eu sussurrei em
atordoada surpresa. Eu só tinha mencionado o local uma vez a
Jeremiah e tinha certeza que ele tinha esquecido a nossa
conversa, então esta era a prova ele tinha me ouvido. O vento
vindo da água era frio, refrigerando o ar já gelado do inverno; o
céu estava nublado e parecia que ele poderia cuspir neve a
qualquer momento. Olhando em torno de um lugar que eu só
tinha visto em fotos online, eu me encontrei inexplicavelmente
dilacerada.
Jeremiah tirou sua jaqueta e a escorregou ao redor de meus
ombros quando eu tremi. "Você falou que este era um lugar
que você queria visitar." Ele parecia nervoso e desconfortável,
e eu me perguntei se eram pelas minhas lágrimas. "Eles têm o
centro para visitantes com seus próprios artefatos de praia,
mas podemos ir para baixo na água se você estiver bem para
isto."
Sua voz era rude e sua atitude curta, mas eu não me importei.
A felicidade me impregnou com a visão de um lugar que eu
sempre sonhei em visitar, e eu deslizei minha na sua mão.
Jeremiah endureceu e eu o vi engolir, então seus dedos
175
relaxaram nos meus. "Você me ajuda a me vestir?" Eu
perguntei, me entocando profundamente dentro de seu casaco.
Seu olhar suavizou quando ele olhou para baixo em mim,
então ele levou minha mão aos seus lábios. "Eu ficaria
honrado."
176
Capítulo 14
Não ficamos na praia de Utah o tanto quanto eu gostaria.
Jeremiah nunca deixou meu lado enquanto o puxei de uma
exposição para outra. Senti enfraquecer após menos de uma
hora e então pedi para descer para as praias, antes que eu me
desvanecesse completamente. Ele me obrigou a encurtar a
viagem depois que eu tropecei duas vezes e comecei a tremer
incontrolavelmente apesar de múltiplas camadas de roupas
que eu usava.
Jeremiah me prometeu que eu voltaria quando eu não
estivesse tão doente ou não fosse tão frio, e eu acreditei nele.
Dormi quase a viagem inteira de avião de volta para Nova
York, acordando apenas quando aterrissamos no aeroporto.
Fiel a sua palavra, Jeremiah nunca deixou meu lado quando
movemos rapidamente pela segurança do aeroporto para a
aguardada limusine o que levou por coisas desconhecidas,
pelo menos para mim. Descansei minha cabeça no ombro de
Jeremiah enquanto sua mão se movimentou para o interior da
minha coxa, segurando firme. Não havia nada abertamente
sexual, mas eu podia sentir a posse de sua aderência e não
me importava com nada.
Quando eu vi as lindas casas através das janelas de limusine,
eu levantei minha cabeça para admirar o cenário de
passagem. A luz solar parcial a partir do dia nublado refletia
177
fora da água nas proximidades, e passamos por uma marina
com grandes veleiros e mais alguns iates. "Onde estamos
indo?" Finalmente perguntei.
"O loft de Manhattan é muito público para manter seguro.
Minha casa de família em Hamptons permite muito mais
segurança até chegarmos ao fundo dessa confusão."
Jeremiah rosnou a última parte de sua resposta e engoliu,
lembrando o que estava em jogo. Voltando minha atenção para
as casas de passagem - não, mansões ou propriedades era o
melhor termo - eu tentei não pensar sobre o quão estranho
tornou-se minha vida.
Poucos dos palácios pelos quais passamos tinham quaisquer
semelhanças entre si, além dos tamanhos, todas as casas e
propriedades eram grandiosas. Eu nunca tinha ido a esta
região de Long Island, ou qualquer uma das regiões mais ricas
de Nova York, mas tinha ouvido e descrito através de amigos e
visto as fotos na TV e Internet. Ao longo da costa tinham cais
que levavam às águas com áreas de entretenimento que mais
parecia um parque, com verdes gramados e mesas bem
cuidados. Apesar da óbvia riqueza na área, muitas das mais
antigas propriedades ao longo da costa tinham um aspecto
caseiro passando uma idéia de luz e felicidade – tão diferente
da cidade grande a apenas duas horas de distância.
A propriedade que nossa limusine se dirigiu, no entanto, não
era menor e ainda mais ameaçadora do que seus vizinhos. O
178
pequeno exército de guardas no portão que nos fez abaixar a
janela não me fazia sentir nada melhor, mas Jeremiah parecia
contente com a segurança. "É sempre assim?" Eu perguntei
quando os enormes portões começaram a abrir.
"Eu pedi a Ethan para trazer não só pessoas essenciais de sua
empresa de segurança para cuidar das instalações. A maioria
deles são ex-soldados então sabem ao que estarem atentos".
"Oh," eu disse fracamente, insegura de como responder. Ele
tem um exército. "Isso é, hum, grande."
A entrada de automóveis não era longa, mas estava alinhada
com sebes e árvores que ocultou a propriedade. O carro virou
para a direita eu perdi o fôlego com a vista. Minha família era
de classe média alta, nossa casa era boa se não enorme. Por
isso o fato da casa em que cresci, e foi perdida para o banco
após a morte de meus pais, caber em menos da metade desta
me fez perder o fôlego. Eu podia perceber o olhar de Jeremiah
em mim e senti que devia dizer algo, mas eu não conseguia
pensar o que. A casa me lembrava de um castelo inglês, todas
as pedras pesadas e Hera. A área era bloqueada dos vizinhos
por árvores e vegetações, mas as áreas estendidas passando
pela casa para baixo ao redor da costa, incluindo várias
estruturas,
apesar
de
enormes,
não
correspondiam
à
grandiosidade da casa.
Um carro caro vermelho já estava estacionado perto da
entrada principal e ao meu lado eu ouvi Jeremiah dar um
179
suspiro irritado. A limusine parou atrás do carro e, enquanto
nosso motorista movimentou-se para abrir a porta, eu vi uma
mulher loira e magra saltar para fora do outro veículo. "Quem é
aquela?" Eu perguntei.
"Família".
A palavra resmungada guardou uma riqueza de significados,
mas Jeremiah já foi saindo do carro antes que eu pudesse
pedir mais detalhes. Ajudou-me a sair do veículo enquanto a
mulher loira caminhou em nossa direção. Ela era mais velha do
que eu tinha pensado inicialmente, embora fosse difícil dizer
sua idade exata; seus lábios pareciam muito cheios e a pele do
seu rosto parecia artificialmente apertada e esticada. Apenas a
pele semi-solta em seu pescoço e clavícula proeminentes,
cortesia de uma estrutura super fina, entregou sua maturidade.
"Querido, é tão bom ver você." A mulher abriu seus braços e
abraçou Jeremiah, que não devolveu a gentileza. "Os homens
da frente disseram que você estava a caminho, então esperei.
Você acredita que eles não permitiram a entrada dos
Dashwoods? Eles estavam tão ansiosos por um tour nas
propriedades."
"Os Dashwoods não estão na lista de convidados aprovados."
A voz de Jeremiah foi educada, mas tensa como se ele
estivesse controlando seu temperamento. "O que você está
fazendo aqui?"
180
A recepção fria não pareceu afetar a mulher em nada. "Eu
disse a você querido, eu daria apenas um breve tour da
propriedade aos Dashwoods. Eles estavam aguardando
ansiosos por isto e acho que você feriu seus sentimentos,
mantendo-os afastados. Talvez agora, podemos chamá-los de
volta?"
Minha presença ainda não tinha sido notada, o que foi um
alívio. A mulher estava vestida com esmero em uma blusa sob
medida e saia que combinava perfeitamente com seus sapatos
e uma pequena bolsa. Eu, por outro lado, usava uma roupa
enrugada e amassada pela viagem e tinha perdido peso
suficiente no hospital que elas caiam na minha estrutura. Eu
não me importei como eu me parecia até este momento, e eu
tentei me manter o mais invisível possível, uma habilidade que
eu tinha passado a vida toda aperfeiçoando.
Jeremiah suspirou com a declaração da mulher. "Essa não é
mais sua casa."
O argumento parecia velho, e a mulher deu de ombros.
"Bobagem querido, eu ainda estou autorizada a visitar o antigo
lugar de vez em quando." Seu olhar voltou-se para mim, na
minha aparência abatida e gasta da viagem, com seus olhos
gelados. "Realmente Jeremiah, Você deve manter seu
casinhos do lado de fora da casa da família. O que será se a
imprensa a ver?"
181
Meu queixo caiu aberto com suas palavras e minhas mãos
enrolaram em punhos a indignação espalhou através do meu
corpo. Eu fiquei tão irritada que minha mente não conseguia
pensar em nada para dizer que não fosse xingar ou não lidaria
com algum tipo de briga física. Essa vaca!
Até Jeremiah estava implicitamente irritado, um passo à frente
e parcialmente entre nós duas enquanto eu me preparava para
soltar fogos. "Já é o suficiente mãe," ele cortou.
Eu olhei entre os dois incrédula. Esta harpia é sua mãe?
A mulher fungou irritada, revirando os olhos em repreensão.
"Bem, então?" ela perguntou depois de uma pausa para
respirar com uma carranca. "Você não vai nós apresentar?"
Jeremiah parecia ter mordido um limão, mas seus modos
prevaleceram mesmo ele não gostando. "Essa é Srta Lucille
Delacourt, minha nova assistente. Lucy, esta é minha mãe
Georgia Hamilton."
"De novo com esta farsa?" A condescendência no tom de sua
mãe era palpável.
Jeremiah não pareceu inclinado a insistir neste ponto, mas
fiquei de repente sem medo de dar a mulher um pedaço da
minha mente. Eu abri minha boca para defender-me, a mulher
na nossa frente revirou os olhos, então a inspiração me bateu
e eu postei um sorriso no rosto. "Olá," eu disse docemente em
francês, com imposição sobre o falso encanto. "Você deve
182
saber que seus lábios e seios parecem terem sido feitos pelo
mesmo médico, exceto que ele os colocou do avesso"
Geórgia piscou, obviamente surpresa. "Ah, você é da França?"
Meu sorriso aumentou quando eu percebi que ela não tinha
idéia do que eu estava dizendo. "Eu posso ver por que ambos
seus filhos têm problemas," jorrei gesticulando em direção ao
seu correspondente semblante imaculado. "É um milagre que
você ainda tenha permissão de vir aqui se é isto que ele tem
que aturar a cada visita."
"Lucy estará nos ajudando com os segmentos franceses dos
negócios," Jeremiah interrompeu sem problemas enquanto os
olhos de sua mãe estreitaram suspeitos. Ele me deu uma
olhada, mas eu não conseguia tirar o sorriso de auto-satisfação
do meu rosto. "Eu contratei tradutores há muito tempo e
preciso de alguém em casa que fala fluentemente".
Eu dei a Jeremiah um olhar interrogativo, mas ele escolheu
este momento para me ignorar. Ele falava sério, ou essa era
outra estratégia para inviabilizar a sua mãe?
"Ah, bem." Geórgia alisando suas roupas já impecáveis com
mãos finas. "Eu ainda acho que você tinha uma sintonia total
com aquela menina russa, Anya. Foi uma vergonha deixá-la ir."
Ela
deu
de
ombros,
aparentemente
alheia
ao
descontentamento de seu filho com a mudança de tópico.
"Prazer em conhecê-la minha cara. Talvez nós pudéssemos,
almoçar?"
183
Nem pensar. Eu rangi meus dentes, de alguma forma,
mantendo o sorriso no lugar enquanto Jeremiah envolveu seu
braço no meu. "Se você nos desculpar, eu devo mostrar Lucy
seu quarto."
"Não vai chamar os Dashwoods primeiro e pedir desculpas?
Eles ficaram bastante ofendidos por ficarem fora."
"Bom dia, mãe." Jeremiah me conduziu em direção a porta,
não interessado em ficar com a mulher mais do que eu estava.
Houve um som frustrado atrás de nós, então eu ouvi a porta do
carro bater, enquanto entramos nas portas enormes de
madeira para dentro da construção.
Quando eu pisei dentro de casa eu não sabia ao certo o que
esperar. As paredes eram revestidas com painéis de madeira e
as esparsas peças do mobiliário eram similarmente escuras,
mas os tetos altos e paredes pálidas evitaram que atmosfera
fosse demasiadamente sisuda. Havia grandes escadas em
caracol em ambos os lados da entrada sendo a luz transmitida
de uma clarabóia acima e a abertura beneficiava a varanda
que rodeava toda a casa. Após as escadas e através de uma
abertura havia uma cozinha ampla com armários de madeira
escuras e uma grande ilha no centro. A sala foi decorada com
uma televisão grande, facilmente mais alta do que Jeremiah ao
longo da parede distante. A parede do fundo foi quase
inteiramente forrada com vidro, levando para um grande pátio
com vista para o oceano.
184
A vista levou minha respiração, mas do meu lado Jeremiah
rosnou em aborrecimento. "Por que esse vidro está claro?" ele
disse, segurando meu braço para me impedir de entrar na sala.
"Desculpe Senhor," disse um dos homens atrás de nós, "sua
mãe pediu desta forma."
"Esta não é mais a casa da minha mãe. Gire-o."
Um segundo depois, a vista para o oceano desapareceu, o
vidro
enevoou-se
repentinamente.
Surpreendida
com
a
mudança fiquei tensa, mas Jeremiah nem se incomodou e me
levou para o quarto. "Vidro inteligente", disse, respondendo a
minha pergunta silenciosa. "Usa eletricidade para fazer as
janelas opacas. Eu instalei em toda a casa para ter
privacidade."
Eu nunca tinha visto nada parecido antes. Enquanto eu perdia
a visão, as luzes espalhadas pelas paredes iluminaram o lugar.
Em frente à sala de TV tinha uma sala de jantar com uma
gigante mesa de jantar e cadeiras; ao lado da mesa tinha uma
lareira com um grande manto. A parede alta acima dela estava
vazia e eu me perguntava o que era pendurado lá.
"Mais alguma coisa, Senhor?" Ethan perguntou, e quando
Jeremiah sacudiu sua cabeça o segurança desvaneceu-se em
direção a porta da frente, deixando nós dois sozinhos.
"É bonito aqui," eu respirei, olhando para Jeremiah. "Este lugar
que você cresceu?"
185
"Um dos lugares." Jeremiah entrou na cozinha enquanto eu
olhava ao redor do living aberto. "Eu quero saber, o que você
falou para minha mãe?" ele perguntou depois de um momento.
Eu sorri para a pergunta. "Fiz algumas observações afiadas,
nada mais," eu respondi dando-lhe um olhar divertido. Quando
ele não retornou meu sorriso, apenas balançou a cabeça em
resposta, meu prazer diminuiu. "Eu juro que não disse nada tão
rude," eu adicionei mais sobriamente sem querer ofendê-lo.
Afinal, ela era sua mãe.
"Está com fome?" ele perguntou.
Eu pensei por um momento e, em seguida, balancei minha
cabeça. "Você cozinha? Com um lugar como este, eu acho que
você teria seu próprio chef.”
"Meus pais empregaram um chef quando eu estava crescendo,
mas eu achei um desperdício." Ele verificou dentro da
geladeira e da despensa grunhindo em aprovação, em
seguida, olhou para mim. "Como você se sente?"
Eu bocejei e estiquei-me. "Cansada". Eu dormi muito no avião,
mas ainda não pareceu o suficiente. Assistindo Jeremiah e
pensando sobre cama, no entanto, fez um arrepio percorrer
meu corpo que não tinha nada a ver com o veneno. Humm,
talvez eu não esteja tão cansada quanto eu pensava. Ele tinha
mudado o terno e vestido algo mais normal em algum
momento durante o vôo e, agora, usava um par de jeans caros
e uma camisa de botão branca. Esta foi a primeira vez que o vi
186
assim, a mudança foi um choque, mas bem agradável; a
maneira como seu corpo preenchia o jeans deu água na boca
e minhas mãos coçavam para tocar.
"Deixe eu te mostrar então seu quarto." Ele colocou a mão nas
minhas costas e me escoltou para fora da sala em direção a
escada. Inclinei-me contra seu corpo enquanto fomos subindo
as escadas, enrolando meu braço em torno da sua cintura. O
senti rígido sob o meu toque, sem resposta, e eu olhei para
cima para vê-lo olhando para frente, com uma carranca
aprofundando sua fronte. Confusa, puxei minha mão para trás
e
fiquei
desapontada
ao
vê-lo
relaxar.
O
que
está
acontecendo? Eu me perguntava, perplexa com a sua reação.
Eu pensei que tinha finalmente começado a entendê-lo, mas
agora ele era de novo um estranho.
O quarto que ele me levou era maior que qualquer padrão,
com uma cama king-size e anexo o banheiro. Todas as janelas
tinham a mesma opacidade e eu percebi que era o mesmo
vidro inteligente, eu tinha visto anteriormente. O quarto mesmo
enorme, não se encaixava com o que eu imaginava o quarto
master
pareceria, muito maior que um quarto grande de
convidado. Estava na ponta da minha língua perguntar qual
seria meu status durante a minha estadia, mas enquanto ele
me ajeitou na cama algo me disse que eu iria dormir sozinha.
Espontaneamente, peguei sua mão e trouxe a meus lábios,
impondo um beijo na junta grossa.
187
Ele enrijeceu ao meu toque, congelando por um momento; Eu
pensei ter visto um flash de anseio em seu rosto, mas se
aconteceu o momento foi fugaz. Puxando a mão do meu
alcance, ele pressionou-me de volta para a cama. "Você
precisa de descanso," ele murmurou.
Eu preciso de você. O pensamento fez minha boca fechar em
decepção. Ele pareceu relutante em me tocar, o que
machucava mais do que eu pensava, mas eu estava cansada.
Talvez esta seja a sua forma de ter certeza que eu vou dormir?
Tomei uma respiração profunda para relaxar, me aconcheguei
debaixo das cobertas e fechei os olhos, esperando que minhas
preocupações sobre as ações de Jeremiah não iriam me
manter acordada. Enquanto as expulsava, meu corpo precisou
de mais descanso e antes mesmo de Jeremiah sair do quarto
eu já estava fora como uma luz.
188
Capítulo 15
O sol brilhava através da janela próxima, quando eu acordei
novamente, sentindo-me mais renovada do que eu estava
desde o meu encontro desastroso com o champanhe
envenenado. Eu me estiquei debaixo das cobertas antes de
puxá-las
de
lado
e
ficar
de
pé
no
tapete.
Percebi
imediatamente que os vidros das duas janelas do quarto
estavam embaçados; Eu não tinha imaginado que toda a casa
era desta forma. No final da minha cama, uma toalha e um
roupão, bem como uma elegante mala cinza que assumi eram
meus, mas meu estômago roncou, lembrando-me que eu tinha
rejeitado uma refeição antes de dormir. Eu decidir ignorar um
banho agora, descendo as escadas na esperança de encontrar
Jeremiah.
Infelizmente foi Ethan que estava sentado no pé da escada,
em cima de uma banqueta que parecia fora de lugar na porta
da entrada. Ele levantou enquanto fiz o meu caminho para o
piso inferior. "Bom dia".
"Bom dia", respondi com cautela. Sem ter certeza do que fazer,
eu fiz o caminho ao redor dele me dirigindo para a cozinha,
mas não vi Jeremiah lá também. A luz do sol aparecia através
do vidro nublado e eu franzi a testa. "Que horas são?" Eu
perguntei.
Ethan olhou para seu relógio. "São, oh- nove e meia."
189
Eu pisquei para ele surpresa. "Espere, é 09h30min da
manhã?" Com seu assentimento eu perguntei incrédula,
"quanto tempo eu estive dormindo?"
"Cerca de dezesseis horas."
Não é de admirar que eu me sentia bem. Soprei uma
respiração rápida e olhei dentro da geladeira. "Onde está
Jeremiah?"
"Ele está perseguindo algumas possíveis pistas. Deixou o
complexo há cerca de duas horas."
Eu olhei de relance, colocando uma caixa de leite no balcão.
"Ele deixou você responsável por mim, então?" No aceno de
Ethan, engoli minha decepção e me dirigi para a despensa.
Não seja boba, ele provavelmente não queria acordá-la
quando saiu. Em conjunto com o afastamento do dia anterior,
no entanto, eu estava confusa sobre as coisas. Eu queria
desesperadamente alguém para me abraçar e dizer que estava
tudo bem.
Exceto que não estava tudo bem, um fato eu estava tendo
dificuldade em chegar a um acordo. Um problema por vez
Lucy, eu disse a mim mesma, abrindo a porta da despensa.
Poucos minutos depois eu estava mastigando alguns biscoitos
de amuletos da sorte que eu encontrei, olhando para meu novo
guarda-costas lendo uma revista de armas. Ele pareceu estar
me ignorando, mas de vez em quando, eu o via colocar o
microfone em seu ouvido e sabia que ele estava conectado
190
com os homens lá fora. Eu o assisti por alguns minutos, em
seguida, apontei a minha colher em sua direção. "Sua esposa
me disse que você e Jeremiah estiveram juntos no Exército
Rangers."
Ethan resmungou, não olhando para cima da revista. Outro
homem de poucas palavras, pensei, lembrando o primeiro
passeio de limusine na França e o quanto ele tinha sido
silencioso também. Tentando outra tática gesticulei em direção
a parte inferior do seu corpo. "Como você machucou a perna?"
"A missão foi árdua."
"Você estava com Jeremiah?"
"Não, isso aconteceu depois que ele saiu."
"Por que ele saiu?"
"Pai morreu."
Obter respostas do Careca foi como puxar com os dentes, mas
ele estava falando então eu persisti. "O que Jeremiah foi nos
Rangers?"
"Franco atirador".
Minhas sobrancelhas dispararam. Realmente. Eu digeri aquela
informação por um minuto, mastigando os cereais, então
perguntei, "O que aconteceu quando ele saiu?"
O grande homem ficou quieto por um momento; Eu igualei seu
silêncio por um momento, esperando ele colocar para fora, e
finalmente respondeu. "Caiu fora um monte de gente."
191
Meu queixo parou de funcionar, e eu engoli minha comida. "Por
quê?"
"Ele saiu. Encontraram uma brecha ou exerceu uma pressão
sobre as pessoas certas para obter uma descarga completa. A
maioria das pessoas pensava que ele estava se vendendo,
abandonando seu posto. É difícil tornar-se um dos Ranger, e
ele simplesmente desistiu."
"O que você achou?"
Ethan olhou para mim. "Fiz minha opinião suficientemente bem
conhecida por ele."
"Então, você também não gostou da idéia?" Eu perguntei,
achando que foi o que ele quis dizer.
Ele engatou um ombro, olhos de volta na revista. "Ele desistiu
de uma vida que muitos sonharam ter, abandonando o seu
pelotão. Sim, eu tive alguns pensamentos sobre o assunto."
"Então, como você se tornou seu chefe de segurança?"
Ethan suspirou e deixou a revista no balcão, então virou para
me olhar. Apesar da sua carranca ele estava respondendo
minhas perguntas, então eu tentei não me sentir culpada por
minha persistência. "Depois que eu tive meu acidente,
Jeremiah apareceu no hospital. Ofereceu-me um emprego, se
o exército não me quisesse mais. Disse para ele ir se ferrar e
ele saiu. Eis que, alguns meses depois eu recebi meus papéis
de dispensa e Jeremiah apareceu mais uma vez, oferecendo-
192
me uma chance do negócio que costumávamos falar em
começar quando nos afastássemos.”
"Seu negócio de segurança?"
Ethan assentiu com a cabeça. "Jeremiah financiou os custos
iniciais, mas espero comprar sua parte em breve."
"Por que deixar a parceria? Por que vocês dois não continuam
juntos?"
Ethan deu de ombros. "Ele tem maiores peixes para fritar e eu
prefiro ter o negócio por minha conta."
Isso parecia concluir sobre o assunto, mas ainda fiquei curiosa
"Como Jeremiah era naquela época?"
"Jovem". Ao meu olhar engraçado, um leve sorriso contraiu o
canto da boca do homem. "Ele sentia a constante necessidade
de provar a si mesmo que era capaz" Ethan continuou
pensando. "Ele sempre quis estar à frente de tudo, então foi
uma surpresa quando estabeleceu-se como franco-atirador. Eu
acho que o ajudei a aprimorar sua paciência." Ethan virou sua
cabeça para o lado. "Ele não era do tipo de festas, mas sabia
como relaxar. Desde a morte do pai, porém, eu não acho que
ele se dá muito tempo para fazer isso."
Nem lento e nem preguiçoso. Eu estava tendo minhas
perguntas respondidas assim poderia perguntar o que mais
estava em minha mente. "Quanto a Anya? Como eles vieram
juntos?"
193
Seus olhos estreitaram e ele olhou duro em mim. Eu mastiguei
outro bocado de cereais, tentando o meu melhor para parecer
inocente. "Eu provavelmente não deveria estar te dizendo
isso," ele murmurou.
Apenas
mastiguei
minha
comida,
dando-lhe
um
olhar
expectante. Levou um minuto, mas ele finalmente revirou seus
olhos e respondeu. "Jeremiah tinham algum grande negócio
russo acontecendo e ele precisava de alguém para traduzir,
tanto para comunicação verbal como escrita. Anya encaixava e
se tornou sua nova assistente pessoal, mudando a anterior
para uma posição de gestão."
"Assim eles foram..." Um casal? Eu não poderia dizer sem
rodeios e não tinha certeza quanto o grande guarda-costas
sabia sobre o meu relacionamento com meu chefe. Eu corei
com seu olhar de sondagem, pegando e despejando mais
cereais, mesmo já estando cheio.
"Sua relação pessoal nunca foi da minha conta. Eu poderia
dizer que ela carregou uma tocha, mas ele era impossível de
ler. De qualquer maneira, quando ele descobriu que ela
revelava segredos a seu irmão, Jeremiah a dispensou. Isso foi
provavelmente cerca de três anos atrás."
"Como ela era?" Eu não podia segurar e perguntava.
"Jovem. Ingênua. 'Fresco da fazenda', como a minha avó diria.
Inteligente e fluente em duas línguas. Jeremiah realmente a
194
encontrou na Rússia e a trouxe para cá, mas quando ele a
chutou, ela ficou por sua conta própria."
Pobre Anya. Apesar da arrogância da mulher loira, me senti
mal agora pela pobre menina deslocada. Talvez ela teve o que
merecia, mas foi no entanto, duro. "Quanto a Lucas? Por que
Jeremiah o chama de Loki?"
Ethan se deslocou, seu rosto se transformou em uma carranca.
"Loki é a safra podre na árvore de família, e isto diz alguma
coisa. Puta desperdício de tempo se você me perguntar."
A súbita veemência na voz do guarda-costas careca me
surpreendeu. Uau, diga-me como você realmente se sente. "O
que aconteceu entre ele e Jeremiah?" Eu perguntei, me
perguntando se eu tinha empurrado a minha sorte, trazendo à
tona o assunto volátil.
"Além de Loki se tornar tudo o que Jeremiah e eu lutamos
contra?" Ethan rosnou. "Seus problemas com Jeremiah
aconteceram antes que eu deixasse o militarismo, mas a
pouca merda roubou U$30 milhões da empresa quando
Jeremiah
assumiu,
em
seguida,
fugiu
para
lugares
desconhecidos."
Eu soltei uma respiração. Isso é um monte de dinheiro. "O que
ele fez com o dinheiro?"
"Inferno se eu sei, provavelmente começou a comprar armas."
No meu olhar chocado, Ethan assentiu. "Ele é um traficante de
195
armas, faz seu dinheiro vendendo armas aos países que
querem explodir outros."
Minha colher caiu em minha taça enquanto eu olhava, pasma,
o grande homem. A expressão estrondosa de Ethan era
intimidante e ele parecia que queria dizer mais, mas quando
ele viu meu choque sua mandíbula apertou. "Eu não deveria
ter dito nada," ele murmurou, agarrando a revista novamente.
"Estes não eram meus segredos para contar."
Meu cérebro enquanto isso teve um tempo difícil, envolvendose em torno de fatos. Eu dancei com... um traficante de armas?
Olhos azuis-verdes sarcásticos apareceram novamente em
minha imaginação, o rosto familiar e bonito, marcado por uma
cicatriz em uma bochecha. Onde eu fui me meter?
Houve um clique enquanto a porta da frente abria e Ethan ficou
em pé, surpreendendo-me. Ele relaxou quase imediatamente,
e um segundo depois Jeremiah caminhou através da porta de
entrada e foi para a cozinha. Eu sorri, aliviada em vê-lo, mas
minha felicidade reduziu quando ele mal me deu um piscar de
olhos.
"Alguma sorte"? Ethan perguntou.
Jeremiah sacudiu sua cabeça, os lábios afinaram. "Eu fiz
inquéritos," ele disse. "Eu devo saber no dia seguinte ou
depois."
Ethan franziu a testa, mas assentiu com a cabeça. "Eu estarei
lá fora então se você precisar de mim."
196
Ethan caminhou para fora da sala. "Você parece cansado," eu
disse, inclinando minha cabeça para o lado.
"Eu vou ficar bem." Jeremiah respirou, em seguida olhou para
mim. "Como você está?"
"Melhor". Eu gesticulava na tigela vazia na minha frente.
"Voltou meu apetite"
Ele balançou a cabeça e, em seguida, seu olhar fixou em
minhas roupas amarrotadas. "Deixei-lhe algumas roupas e
suprimentos de banho aos pés da sua cama."
"Eu vi isso, obrigada. Eu estava indo para chuveiro depois do
café da manhã." Eu tremi, de repente nervosa - eu tinha pouca
experiência com sedução direta - em seguida, olhei para ele
por meio de meus cílios. "Quer se juntar a mim?"
Ele ficou rígido, mãos ondulando ao longo da borda da
bancada. Eu vi o fogo em seus olhos, depois para minha
surpresa, ele sacudiu a cabeça. "Eu tenho coisas que eu
preciso cuidar antes do fim da manhã."
Eu não tinha esperado sua negação e, mesmo sabendo que
ele tinha todo o direito de dizer não, a rejeição doeu. Ele está
ocupado, alguém está tentando nos matar e mais ele tem um
grande negócio para administrar.
"Deixe-me ajudar você lá de cima."
Sua mão enrolou em meu braço, mas cravei em meus
calcanhares. "O que você descobriu até agora?" Eu perguntei,
olhando para ele. Jeremiah franziu seus lábios, olhando irritado
197
- se era pelo meu desafio ou a situação em geral, eu não
poderia dizer. Dane-se se eu deixá-lo me ver chorar, eu pensei
furiosamente, olhando desafiadoramente em seus olhos.
"Nada ainda," ele disse, puxando meu braço. "Deixe-me levar
você lá em cima.”
Eu puxei meu braço de seu aperto. "Obrigada, eu posso me
virar sozinha" eu disse com toda a dignidade que eu poderia
reunir. Sua súbita rejeição, combinada com a dispensa da noite
anterior, me deixou irritada e determinado a fazer sem sua
ajuda. Eu mal tinha subido um degrau das escadas quando
Jeremiah me agarrou e me levou em seus braços. Eu gemi em
seu pescoço, franzindo a testa quando ele levou-me em seu
colo. "Eu poderia ter feito isso, você sabe," eu disse tentando
não soar carrancuda.
"Você é minha responsabilidade", disse ele, subindo as
escadas de dois em dois degraus.
Ah, eu sou uma "responsabilidade" agora. Eu bufei. "Você
certamente sabe como fazer uma garota se sentir bem." "Não
importa, contanto que você esteja segura."
Revirei os olhos, mas apertei meus braços em volta do seu
pescoço. Enquanto ele não era o tipo mais romântico, rara às
vezes, eu me sentia mais segura com ele. "Talvez mais tarde,
você pode me levar para um passeio nos jardins?" Eu disse
quando nós atingimos o topo da escadaria. "Eu adoraria dar
um mergulho na água."
198
Jeremiah sacudiu a cabeça. "Até descobrir o que está
acontecendo, você deve ficar dentro da casa."
Meu queixo caiu. "Eu estou sob prisão domiciliar?"
"Existem muitos lugares acessíveis fora destas paredes longe
do alcance. Até eu descobrir uma maneira de atenuar esses
riscos, você ficará dentro destas paredes."
Seu tom quebrou qualquer argumento, o que me fez
automaticamente querer me rebelar. No entanto, tentei ver seu
ponto de vista. Ele costumava ser um franco-atirador, assim
ele sabia tudo sobre perigos de longas distâncias e enquanto o
pensamento de alguém assistindo minhas ações através de
um escopo foi desconcertante, e mais do que um pouco
assustador a perspectiva de ficar trancada. "Se eu usasse um
colete à prova de balas?" Eu perguntei. "Talvez um capacete
de Kevlar? Eles ainda fabricam?"
Meu pedido fez soar o que poderia ter sido uma pequena
risada. Ele me pôs para baixo na porta do meu quarto e
gentilmente me direcionou para o interior. "Vá para o chuveiro.
A casa é sua, mas não saia." Ele escovou um errante fio de
cabelo loiro atrás da minha orelha, os dedos ao longo do meu
queixo. "Eu preciso de você segura, isso é tudo que importa
neste momento."
Eu tentei inclinar meu rosto em sua mão, desejando sua carícia
mas ele afastou sua mão e recuou. Dando-me um aceno
lacônico, ele se virou e me deixou em pé na porta,
199
desaparecendo silenciosamente. Isso não faz sentido, eu
queria gritar para ele, você ainda é a pessoa que o assassino
está atrás.
O banho foi rápido e pouco fez para me acalmar. Eu coloquei o
roupão em mim, envolvendo minha cabeça em uma toalha e
me dirigi para baixo novamente, só para encontrar outro
grande guarda na base da escada. Eu não esperava estranhos
dentro da casa e pressionei o roupão firmemente em mim
enquanto seu olhar voltou para cima. "Onde está o Jeremiah?"
Eu perguntei.
"Ele tinha negócios fora madame. Nós estaremos aqui se
precisar de alguma coisa." Eu engoli, assenti com a cabeça
firme então fugi para cima para colocar uma roupa.
200
Capítulo 16
Depois de três dias na linda mansão, eu estava ficando louca.
Havia muitas coisas que uma garota poderia fazer dentro e,
mesmo a casa sendo grande, eu tinha esgotado seus
mistérios. Bem, tanto quanto alguém poderia fazer apenas com
sua curiosidade e a internet. Nenhum dos quartos tinha sido
barrado para mim e eu encontrei vários artefatos interessantes
pela casa. Um quarto na parte de trás da casa guardava
grandes imagens de diversas pessoas mais velhas, um dos
quais eu reconheci, das minhas buscas na Internet, como
Rufus Hamilton. Isto resolveu o mistério do que estava
pendurado acima da lareira na grande sala de jantar, mas de
qualquer forma, pouco fez para ajudar a afastar o tédio.
Eu assisti televisão, naveguei pela internet e tentei me manter
tão ocupada o quanto permitiria a prisão domiciliar. Eu estava
ligadíssima em tudo o que acontecia ao meu redor, sempre
esperando algum bandido armado ou assassino irrompendo
pela porta e era desgastante. Pior ainda, ninguém me dizia
sobre qualquer progresso e se algo estava sendo feito.
Jeremiah estava em casa com menos freqüência e os guardacostas não estavam falando, então eu estava sozinha por mim
mesma. Os ressentimentos eventualmente se estabeleciam e
achei pequenas formas de me rebelar, ainda que apenas em
minha cabeça.
201
Havia uma janela de um banheiro que não estava impedida ou
embaçada, com visão do lado da casa através de uma
paisagem bem cuidada. Eu tomei todos os meus banhos lá,
todas as manhãs espreitava para fora, sentindo-me boba pela
emoção que o pequeno desafio me deu. A janela tinha vista
para fora em direção ao oceano, contra a parte traseira da
propriedade, com uma garagem de barcos situado perto da
beira da água, ligada a um longo cais. Geralmente havia um
guarda à vista, e um caminhão de jardinagem com um
pequeno grupo de trabalhadores vinha todos os dias para
certificar de que o jardim permanecesse lindo. Eu desejava
descer para a água, talvez mergulhar meus dedos fora no cais,
mas invariavelmente me lembrava das palavras de Jeremiah
sobre atiradores a longa distância e fechava a janela com
medo. Esta emoção, mais do que qualquer coisa, me mantinha
presa dentro da casa e só acrescentou o meu ressentimento.
No quarto dia do meu cativeiro, ouvi a voz de Jeremiah vindo
do grande escritório no segundo andar.
A determinação borbulhou através de mim e eu espreitei,
empurrando a porta aberta sem bater. A mulher de cabelos
vermelhos sentada em frente à mesa grande se virou para
olhar para mim e minhas sobrancelhas dispararam quando
reconheci Celeste, a diretora de operações das indústrias
Hamilton. Ela parecia surpresa de me ver também e olhou
entre mim e seu chefe sentado atrás da mesa.
202
"Posso ajudá-la?"
A voz de Jeremiah foi rude quando ele se dirigiu a mim, mas
seu olhar na minha roupa mostrou desaprovação. Ambos
ajudaram a consolidar a minha intenção e eu levantei meu
queixo com coragem. "Eu gostaria de saber quando eu posso ir
embora." Eu queria perguntar sobre o inquérito, mas a
presença de Celeste me impediu. Ela foi a primeira mulher que
eu vi na propriedade, desde que eu conheci a mãe de
Jeremiah. Sua confusão, se pela minha presença ou a situação
em mãos, foi um bálsamo bem-vindo - pelo menos eu não era
a única incerta ao que estava acontecendo nesta casa.
"Podemos falar mais tarde, Srta. Delacourt. " O celular em sua
mesa vibrou e ele o agarrou, ficando de pé. "Senhoras um
momento", disse ele, caminhando em torno de nós e para fora
da porta. Eu fiquei lá pasma no espaço que ele tinha acabado
de ocupar.
"Você tem alguma idéia do que está acontecendo?"
Celeste soou indignada, uma emoção que eu compartilhei,
mas eu só pude dar de ombros e balançar a cabeça. "O que
você sabe?" Eu perguntei, tentando avaliar seu conhecimento.
"Nada, exceto que Ethan não me deixa fora da sua vista." A
ruiva jogou suas mãos para cima com frustração. "Ele
estabeleceu um aparato de segurança constante em mim, mas
não me diz o porquê. Jeremiah me deixou responsável por
203
tudo também, e eu estou lutando para acompanhar.” Ela virou
um olhar frustrado para mim. "Você esteve aqui o tempo todo?"
Eu confirmei com a cabeça. "Ele não quer nem que eu saia de
casa."
Os olhos na ruiva estreitaram-se astutamente. "Você sabe
alguma coisa sobre o que está acontecendo? Eu juro, eu odeio
quando Ethan e Jeremiah dão um de macho alfa tudo isso me
deixa louca."
"Não é brincadeira." Eu bufei. "Um hora ele é superprotetor e,
em seguida, é simplesmente rude." Suas palavras confirmaram
minha suspeita de que ela não sabia sobre o envenenamento,
mas eu não tinha certeza o quanto revelar. A tentação de dizer
tudo era enorme, mesmo que fosse só para ter alguém ao meu
lado. Infelizmente, a oportunidade foi perdida quando Jeremiah
pisou atrás através da porta, seguido de perto por Ethan.
"Remi, me diga o que está acontecendo," exigiu Celeste. "Eu
estou respondendo a todos os tipos de pedidos de reuniões e
compromissos para você e não tenho nada a dizer a essas
pessoas."
"Você precisa de ajuda para fazer seu trabalho?" A voz de
Jeremiah ficou fria, jogando sua cabeça para o lado enquanto
ele olhou para a ruiva. "Deveria eu reatribuir algumas de suas
funções a outros funcionários?"
O orgulho guerreou na cara da outra mulher. Claramente a
idéia da delegação não a agradou. "Você tem o resto da
204
semana, então eu preciso de respostas", ela finalmente disse,
apontando para o bilionário estóico.
O aceno de Jeremiah pareceu acalmá-la e Celeste se virou
para sair. Ela esquivou do braço de Ethan em seu ombro, mas
o grande homem não pareceu se incomodar, pairando sobre
ela quando eles deixaram o escritório. A porta clicou fechando
então eu virei para encarar Jeremiah só para vê-lo já me
observando. Ele era tão difícil de se ler como sempre, tomei
uma respiração profunda, dei a volta em torno da mesa e parei
ao lado dele. "Por favor, me diga o que está acontecendo com
a investigação."
Eu não tive a intenção que o meu pedido soasse como um
apelo. Celeste tinha sido mais direta em sua demanda por
informação e parte de mim queria que eu fosse como ela. No
entanto, eu vi um amolecimento fraco nos olhos de Jeremiah, e
uma grande mão estendeu para escovar um fio de cabelo do
meu rosto. Minha respiração ficou presa com o seu toque em
meu queixo, passando para meu pescoço, logo abaixo do
queixo. Imediatamente eu derreti, pressionando contra o seu
toque.
Só para ver ela ser retirada. Desequilibrada, eu coloquei uma
mão sobre a mesa quando Jeremiah recuou seus olhos
momentaneamente
cobertos.
"É
minha
responsabilidade
mantê-la segura" disse ele, a voz fria enquanto ele voltou para
sua mesa.
205
A raiva se espalhou em mim. "Eu posso sair por essas portas e
você não pode me impedir." Essa afirmação teve finalmente
sua
total
atenção.
Jeremiah
olhou
para
mim,
rosto
tempestuoso, mas recusei-me a recuar. "Você me fez mais do
que uma prisioneira nesta casa, e eu estou cansada disto."
"Você assinou um contrato afirmando que você faria o eu
dissesse" ele rosnou, fronte feroz. "Você não vai deixar esta
casa."
Foi-se o estóico CEO; Eu tinha atiçado duramente e a besta
tinha criado sua cabeça. Eu dei um passo para trás e ele
seguiu, então endureci minha espinha e olhei para ele. "Esse
contrato também afirmou que eu poderia terminar o meu
"emprego" a qualquer momento. Se você não me deixar a par
do que está acontecendo, eu vou desistir e caminhar para fora
dos portões lá em baixo."
Argumento feito, eu me virei para sair do escritório. Eu não
tinha tomado mais do que um passo, no entanto, quando o
quarto girou e de repente eu fui empurrada contra uma parede.
O impacto não doeu, mas ele me assustou e eu olhei para
cima com os olhos arregalados, para o rosto de Jeremiah. Ele
cresceu em mim, o aperto em meus braços como o aço, mas a
explosão pareceu que acalmou alguma coisa dentro dele. O
fogo ainda queimava no fundo de seus olhos no entanto,
enquanto ele acariciava o meu rosto. "Eu tenho tentado resistir
a você", ele murmurou, os olhos seguindo seus dedos em
206
minha pele. "Estar perto de mim é tóxico, e você foi pega nisto.
A coisa certa seria esquecer você, colocar em algum lugar
longe de mim ..."
Meu coração derreteu. Não me deixe, por favor. Eu pensei,
não me importando em olhar muito profundo em meu súbito
inchaço de emoção. Quando o polegar deslizou ao longo de
meus lábios, eu alcancei e o levei entre os dentes, correndo
minha língua ao longo da pele dura. Ele respirou fundo, seu
aperto no meu braço aumentou, e a sua maçã de Adão agitou
enquanto ele engoliu. Meu olhar caiu para a sua boca, as
memórias de seus lábios e língua no meu corpo fazendo minha
respiração gaguejar.
"Eu não sou um cavalheiro", ele rosnou, os olhos traçando as
linhas do meu rosto. Sua mão abaixou em direção dos meus
peitos, mas ele apertou seu punho em vez disso, parando
antes de me tocar. "Eu olho para você e tudo que vejo é como
facilmente eu posso quebrá-la. Você quase morreu uma vez
por minha causa e..."
Eu puxei meus braços para longe de seu punho e, para minha
surpresa, ele me soltou. Os olhos de Jeremiah nublaram e
percebi que ele achou que eu o estava rejeitando, mas antes
que ele se afastasse eu segurei seu rosto em concha com
minhas mãos. "Quer saber o que eu vejo?" Eu disse baixinho,
olhando em seus olhos. Meu coração torceu pelo desejo que
eu li lá. "Eu vejo um homem irritante, bonito, que teve cada
207
sonho que ele ousou imaginar rasgado em pedaços pela vida.
Eu não quero nada mais do que fazer o melhor, mas está além
da minha capacidade." Acariciei sua bochecha com um
polegar, então cheguei para baixo e trouxe seus dedos para os
meus lábios. "Eu prometi dar tudo que você quer e eu quis
isso," eu continuei, levantando sua mão dos meus lábios antes
de deixá-la descansar abaixo no meu pescoço. "Acredite em
mim, eu sou mais forte do que pareço"
Jeremiah engoliu, olhando para a grande mão que se envolveu
em torno da minha garganta. Ele ajustou sua aderência
superior e eu inclinei a cabeça para trás, não quebrando o
contato visual. Eu mantive minhas mãos em meus lados desta
vez enquanto ele estudava os contrastes entre suas mãos e a
pele pálida macia da minha garganta. Quando ele finalmente
levantou o olhos famintos nos meus, um fogo aceso respondeu
dentro de minha barriga. "Leve-me Senhor," murmurei e
literalmente vi em seus olhos o momento que minhas palavras
finalmente quebraram a última de sua resistência.
Sem dizer nada, ele me carregou em seus braços e me levou
para fora do escritório, mantendo o silêncio do corredor para o
quarto grande nas proximidades. Ele me abaixou ao lado da
cama, então fechou e trancou a porta atrás de nós. Eu assisti
silenciosamente aguardando o seu comando, quando ele se
virou para mim. "Remova sua roupa e ajoelhe-se ao lado da
cama."
208
O alívio percorreu pelo meu corpo, deixando-me tonta e
excitada. Minha mente lembrou a primeira vez que ouvi sua
voz, o comando e o poder que ressoou em cada palavra. Ele
poderia estar lendo o dicionário e eu ia ficar molhada, mas
quando seus olhos me olhavam como eles faziam agora, eu
positivamente queimava. Mantendo o seu olhar, eu lentamente
desabotoei a camisa que eu usava, deslizando em meus
ombros para cair como uma pilha atrás de mim. Minhas calças
foram as próximas, o tecido solto reunindo em torno dos meus
pés enquanto eu pisava ao lado fora delas.
Jeremiah me deu uma olhada rápida, depois sacudiu a cabeça
quando abaixei no chão. "Todas as suas roupas."
Meu batimento cardíaco acelerou mas eu o obedeci,
alcançando atrás de mim e desabotoando o meu sutiã. Eu
puxei as alças nos meus ombros, as mãos tremendo quando
eu expus meus seios ao seu olhar. Um líquido quente
desenrolou na minha barriga; Eu quase pude sentir seus olhos
acariciando meu corpo, que respondeu ao seu óbvio desejo,
tremendo com a necessidade. O ar fresco através dos meus
mamilos duros fez minha respiração parar enquanto tirava a
aba fina do tecido dos meus seios e deixava cair no chão ao
lado da camisa descartada.
Engolindo em seco, juntei meus dedos através do topo da
minha calcinha e deslizei nas minhas coxas.
209
Jeremiah fez um barulho apreciativo quando o meu traseiro
subiu no ar depois que eu continuei o movimento, quase
tocando o chão com os dedos antes de sair do material fino.
Quando eu endireitei ele estava me observando, a aprovação
em seus olhos causou um choque glorioso no meu sistema.
"Tão bonita", ele murmurou e eu corei com prazer.
Ele se moveu sobre a mesa da cabeceira, alcançando a parte
de trás da mobília de madeira e pegou um saco de papel preto
de aparência cara com alças. Não havia nada escrito do lado
para indicar o que estava dentro e eu olhei curiosa enquanto
ele deixou sobre a mesinha. "Mãos e joelhos na cama."
Meus olhos se arregalaram, a respiração alcançando a minha
garganta. A posição iria me expor completamente a ele,
deixando-me à sua mercê. A nudez, principalmente na
presença de outro, ainda era um conceito novo para mim, mas
o olhar de Jeremiah não tolerava argumentos. Com os
membros rígidos, subi na cama alta, mas me mantive de frente
para ele. O pensamento de expor as minhas partes mais
íntimas para sua livre leitura ainda era demasiado - meu corpo
inteiro corou só de pensar nisso - mas ele parecia satisfeito
com o que viu. Ele sacudiu o saco. "Gostaria de adivinhar o
que tem dentro?"
O conteúdo tinha um som contínuo, mas minha mente apagou.
"Lingerie"? Eu arrisquei mesmo sabendo que era muito mais
que isso.
210
Jeremiah sorriu, uma pequena peculiaridade dos lábios que fez
meu interior se contorcer. Ele realmente é lindo, eu pensei
quando ele chegou com o saco e começou a puxar fora os
itens. "Estes foram comprados com você em minha mente",
disse ele, colocando um por um sobre a cabeceira.
Meu cérebro se recusou a compreender o que eu estava vendo
inicialmente até que ele puxou as algemas de couro e colocou
ao lado na cama. Eu olhei o couro preto por alguns instantes e,
em seguida, para os itens de plásticos espalhados na parte
superior
do
suporte
de
madeira.
Meu
Deus...
Minha
experiência sexual era limitada, mas enquanto eu não podia
nomear a maioria dos itens dispostos na minha frente, eu tinha
um pressentimento sobre como seriam usadas.
Jeremiah pegou um item de plástico escuro fino, um pequeno
recipiente de lubrificante e, em seguida, movimentou-se em
torno da cama atrás de mim. "Os olhos para frente," ele
ordenou quando virei a metade para mantê-lo à vista.
Tremendo de incerteza, olhei para frente novamente. Não
sabendo o que iria acontecer me deixou apreensiva, mas parte
de mim estava sem fôlego em antecipação. Desde que eu
tinha conhecido Jeremiah eu tinha visto e experimentado
coisas além dos meus sonhos, e algo me disse que isso não
seria diferente. Eu pulei quando sua mão repousou na minha
traseira e ouvi o ruído baixo de seu riso. Tão sexy.
211
"Você é tão linda," ele murmurou mãos acariciaram as minhas
pernas e então se voltou até o interior das minhas coxas. "Eu
gosto de ter você em minha mercê como agora".
Dedos longos pressionaram contra minhas dobras, deslizando
sobre minha entrada latejante, e avancei para frente surpresa.
Outra mão agarrou meu quadril, equilibrando-me enquanto os
dedos continuaram a deslizar para baixo e ao redor de uma
forma que me deixou ofegante. Um dedo mergulhou dentro,
pressionando em torno das paredes apertadas da minha
abertura e um alto gemido escapou de meus lábios.
Jeremiah
riu
novamente
e,
em
seguida,
seu
polegar
movimentou para meu outro furo, acariciando a entrada. Ele
havia tocado lá antes, então eu meio que esperava por isto,
mas a onda de calor que eu senti quando ele pressionou
contra a pequena tira de pele entre as duas aberturas me
chocou. A pressão fazia muito bem por si própria, não
necessariamente juntamente com qualquer outro toque. O
polegar de Jeremiah circundou o pequeno buraco enrugado
antes de empurrar dentro e eu gemi novamente, confusa com
a minha resposta, mas não menos ligada.
O dedo longo desapareceu e, em seguida, algo obtuso e duro
tomou o seu lugar, pressionando firmemente dentro. Eu
choraminguei quando ele estendeu, movendo lentamente, mas
inexoravelmente mais profundo em meu corpo. Houve muito
pouca dor quando Jeremiah fez movimentos com incrementos
212
pequenos, mas a pressão criada pelo objeto era estranha.
Pareceu uma eternidade antes do objeto finalmente parar a
tensão desconfortável, mas não dolorosa. Eu dei uma rápida
olhada para trás e o vi admirando seus trabalhos manuais. Ele
me viu olhando e um canto da sua boca levantou um pouco,
ele acenou com um dedo para eu virar novamente.
"Você nunca fez isso antes, fez?" Com a agitação vigorosa da
minha cabeça, ele riu. "Eu provoquei você antes, mas eu
estava só esperando chegar em você e nesta doce bunda."
Minha respiração veio ofegante quando ele espalhou as
bochechas do meu traseiro. Eu tremi a incerteza guerreando
com o desejo. A sensação de meus fluidos descendo pela
minha coxa nua fez meu corpo corar em constrangimento, mas
ouvi Jeremiah respirar profundamente. "Deus, a maneira como
você cheira," ele rosnou, dedos cavando na pele dos meus
quadris. Este foi todo o aviso que eu tive quando seu rosto
mergulhou até meu núcleo exposto, boca e língua se movendo
através das dobras sensíveis.
Liberando
um
grito
abafado,
tombei
para
frente,
mal
conseguindo equilibrar os meus cotovelos na borda do
colchão. Eu não tinha para onde ir: cair para frente e fora da
cama ou empurrar para trás e naquela boca incrível. As mãos
de Jeremiah em minhas coxas me deram pouca margem de
manobra, de qualquer forma, segurei firme enquanto lábios e
língua e - oh Deus! - os dentes sugavam e mordiscavam a
213
carne sensível. Uma mão ergueu uma coxa trêmula, então
dedos pressionaram dentro da minha entrada, acariciando
todos os lugares deixando-me uma tremenda bagunça.
O plug deslocou da minha bunda, com um pequeno solavanco,
e eu fiquei tensa com a estranha sensação. Era estranho o
suficiente para ser sentido acima do prazer, mas não
prejudicava a experiência. A segunda vez que ele se mudou eu
percebi os movimentos foram deliberadas, quando Jeremiah
girou o plug forte, mas os dedos movendo-se dentro de mim e
a língua, mordiscando na minha coxa interna me impediu de
perceber muito mais.
O colchão abaixo de mim subiu quando Jeremiah levantou e se
movimentou para o meu lado da cama. Eu fiquei lá ofegante
nos meus joelhos e cotovelos e tentando acalmar meu corpo
trêmulo. Sua mão acariciou minha cabeça, em seguida, para
baixo de minhas costas e notei o volume duro em sua calça na
minha frente. Com a mente ainda nebulosa eu estendi a mão
massageando
a
ponta
através
do
pano,
sentindo
o
comprimento e circunferência de seu membro. Jeremiah
estremeceu com meu contato, mas não se mexeu, suas mãos
dançavam ao longo da minha espinha, então eu fiquei mais
ousada. Desabotoei suas calças e levei para baixo o zíper,
então alcancei dentro e o puxei para fora.
Suas unhas cravaram nas minhas costas, enquanto me inclinei
e coloquei minha língua levemente sobre a ponta bulbosa.
214
Jeremiah gemeu e foi todo o incentivo que eu precisava; Eu
me inclinei para frente, tanto quanto a cama permitia e o
chupei em minha boca. O ângulo não me permitia muito
espaço para manobrar, mas eu fiz o meu melhor, chupando a
cabeça e correndo minha língua em toda a rígida extensão. As
mãos de Jeremiah voltaram à minha cabeça, os dedos grossos
agarrados no meu cabelo. Eu corri os dedos entre as suas
pernas, segurando e massageando as bolas pesadas e foi com
satisfação que ouvi outra ingestão acentuada da respiração de
Jeremiah acima.
Parte de mim ficou horrorizada por meu comportamento
arbitrário, mas naquele momento, era impossível querer
qualquer outra coisa. Meu corpo ainda queimava pelo seu
toque; cada movimento me lembrou do objeto ainda dentro de
mim, alongando meu corpo para aceitá-lo. Meu núcleo doía
desesperado por contato, e eu serpenteei minha mão livre
entre minhas pernas, apoiando-me em meu cotovelo.
Jeremiah recuou seu membro deixando minha boca com um
leve estouro, em seguida ele deu um tapa forte no meu
traseiro. A palmada machucou e eu me encolhi em surpresa,
pausando todo o movimento. "Será que eu lhe dei permissão?"
Insegura como responder, eu levei minha mão para frente
novamente, mas Jeremiah levantou minha cabeça, assim
ficamos olho no olho. "Você estava prestes a se tocar?"
215
O controle total em suas palavras, seu olhar um pedido
implacável por uma resposta, fez meu corpo apertar com a
necessidade.
"Sim
senhor,"
eu
sussurrei,
sabendo
instintivamente que mentir não seria bom.
Ele assentiu, reconhecendo a minha resposta. "Será que eu
lhe dei permissão?"
"Não, Senhor," eu sussurrei. Um delicioso pavor fluiu através
do meu corpo enquanto ele assentiu com a cabeça e lançou o
meu rosto, então movimentou na parte de trás da cama. Sua
mão deslizou em meu traseiro, passando de novo levemente
sobre o plug como para lembrar-me de sua presença.
"O que devo fazer com alguém que me desobedece?"
Dedos deslizaram sobre a carne quente ainda sofrendo com a
palmada, como para me ajudar com a resposta, mas eu não
podia falar. Dizer a ele para me espancar, estava além do meu
poder, mas a idéia era uma tara poderosa e surpreendente. Eu
não estava com dor - mesmo o leve espanco estava fora da
minha zona de conforto - mas de alguma forma a idéia de ser
punida me fez contorcer em antecipação. Dois dos itens sobre
a pequena mesa ao lado da cama era uma pá e um chicote de
camurça
com
uma
alça
trançada
que
parecia
surpreendentemente macio. O couro preto e vermelho
contrastava de uma forma que chamou minha atenção - era
quase bonito, um parecer bobo, talvez dado a sua utilização
como um chicote. Quando a mão de Jeremiah pairava sobre a
216
pá, fiquei tensa então relaxei quando estabeleceu os dedos em
torno do chicote pequeno. "Você gosta do açoite?" ele
murmurou, leve diversão em suas palavras.
Enrubescendo, desviei o olhar apenas para ele levantar meu
queixo e o encarar. "Não quero ver você envergonhada por ser
curiosa." Ele acariciou minha bochecha com um polegar. "Eu
sei que você é uma inocente e eu vou ser gentil, mas meu
objetivo é agradá-la e para isso precisarei da sua ajuda. Então
me diga, à visão do açoite te excita?"
Eu assenti, mas Jeremiah sacudiu a cabeça. "Eu preciso ouvir
de você."
Concordar verbalmente era difícil. Eu engoli tomando uma
respiração profunda, antes de sussurrar, "Sim, Senhor.”
"Bom". Ele pegou o açoite e agarrou em seu braço. As tiras de
couro deram um estalo alto contra sua carne e eu fiquei tensa.
Onde estou me metendo?
"Feche os olhos."
Eu fiz o que ele me disse, meu coração acelerou quando uma
venda estabeleceu-se em meus olhos. Um tremor de repente
apreensivo, que ainda segurei quando Jeremiah mudou-se
para trás ao redor da cama atrás de mim. O desejo de arrancar
a tira fina de pano dos meus olhos era forte, mas imaginei que
o castigo para duas desobediências consecutivas seria muito
pior do que uma simples flagelação. Ouvir a si mesmo, eu
217
pensei, isso é absurdo! Por que você permite que este homem
toque em você assim, muito menos espancarO primeiro estalar do couro contra meu traseiro teve pouca
força, mas ainda assim conseguiu me surpreender. A segunda
chicotada um pouco mais forte e chegou mais perto ao meu
sensível ápice. Eu apertei meus músculos, tentando proteger
minhas partes expostas da ferramenta.
"Mantenha seus joelhos separados."
Oh, por favor ! A vontade de resistir cresceu, mas eu levei para
baixo, determinada a ver através disso. Relaxar meu corpo
revelou-se mais difícil, mas eu forcei meus músculos para
afrouxar, colocando minhas mãos em punhos para aliviar
alguma tensão. O objeto de dentro de mim já não parecia mais
intrusivo, ou talvez eu estava começando a me acostumar com
ele lá. De qualquer forma, toda a experiência foi se provando
excessiva para ter de uma só vez.
Duas estaladas a mais do chicote e, quando outra atravessou
em toda a sensível carne exposta, eu uivei. Havia uma dor
pungente, mas eu não vi nenhum dano, o que me permitiu
suportar as três próximas chibatadas. No momento em que a
última caiu, eu estava ofegante, meu traseiro e coxas
pungentes. Jeremiah não pareceu muito inclinado a recuar e
eu sabia que minha pele iria mostrar marcas de couro.
Uma mão alisou ao longo da minha pele macia, traçando as
linhas marcadas com um toque macio. "Ver minha marca em
218
você me agrada." Ele pousou um beijo em minhas costas. "Eu
tenho outra surpresa para você."
Então eu esperei sem ter certeza o que estava por vir, então
senti algo fino envolver o redor de meus quadris. Um pedaço
pequeno, mas firme que eu presumi seria plástico aninhado
contra o tenra pele entre minhas coxas, mantido firmemente no
lugar por correias em torno de meus quadris. Quando de
repente começou a vibrar, eu engasguei.
"Eu pensei que você poderia gostar isso", disse Jeremiah,
deslizando uma mão para baixo da minha coxa úmida. "Este
serve apenas para seu clitóris; Eu tenho um maior que
estimula tudo de uma vez, mas iria ficar no caminho do que
estou pensando em seguida." Ele segurou meus quadris
firmemente enquanto eu resistia e tremia, fagulhas de prazer
voando pelo meu corpo. "Deus, você é tão sexy."
A cama afundou abaixo de mim mas eu mal notei, muito
tomada pelas sensações rolando através do meu corpo.
Quando algo cutucou contra minha abertura, desfazendo as
dobras sem pedir permissão, eu empurrei de volta com um
gemido. A venda deixou algo mais para eu me focar o prazer e
eu precisava dele dentro de mim. Jeremiah mantinha
pressionando seu comprimento duro dentro de minha entrada
apertada. Com ele me preenchendo notei novamente a
sensação plug anal, o objeto estranho criando pressão contra
minhas paredes internas.
219
"Deus!" Jeremiah inclinou-se para baixo sobre mim, seu tronco
nu - Quando ele tirou suas roupas? – me pressionando contra
o colchão, enquanto ele empurrou duro e rápido. Saudei os
golpes poderosos, uma pressão muito diferente crescendo
dentro de mim e exigindo libertação. Gemidos escaparam dos
meus lábios e minhas mãos agarraram as capas, me
segurando firme enquanto Jeremiah batia em mim por trás. Ele
empurrou meus joelhos mais abertos, mudando o ângulo e
emergindo algo dentro do meu corpo que me deixou uma
bagunça ofegante. "Po-por favor," eu gaguejei, a palavra mais
a
lamentar
do
que
a
palavra.
O
orgasmo
que
tão
desesperadamente precisava estava perto, só levaria o
impulso certo para...
Os lábios pressionavam contra meus ombros, a língua
mergulhando para provar a pele. Sua mão alcançou e
pressionou o pequeno vibrador duramente contra meu núcleo.
"Quero sentir você vindo," ele murmurou, sua voz grave com
paixão, e atingi o ápice com um grito alto, explodindo com a
sensação do corpo. O orgasmo tomou a pouca energia que eu
tinha mantido e eu coloquei minha testa em minhas mãos,
ofegante.
Tardiamente senti Jeremiah sair, então ouvi o som de um
invólucro de preservativo. Ele finalmente tirou o plug e, antes
que eu pudesse entender o que ele queria fazer senti a ponta
de sua ereção contra o anel apertado do meu ânus,
220
delicadamente buscando a entrada. Eu me contorci, de repente
incerta, enquanto eu tremia com as réplicas do meu orgasmo.
Os
dedos
de
Jeremiah
mergulharam
minhas
laterais,
deslizando através da carne macia de meus seios e para baixo
ao longo dos meus quadris. "Eu sonhei como seu rabo sentiria
ao redor do meu pau," ele murmurou, atrás de mim, colocando
um beijo no meu ombro.
"Comprometo-me tornar isto prazeroso, por favor...”
A necessidade crua em sua voz causou uma curiosidade
correspondente dentro de mim, e eu cedi quando ele empurrou
através da barreira do anel apertado. Na escuridão através da
venda, havia apenas a sensação. A respiração pesada de
Jeremiah correspondia a minha própria, e o seu óbvio prazer
derivado deste pequeno tabu tocou um fogo correspondente
ainda em chamas dentro de mim. Não havia nenhuma dor,
apenas uma pressão estranha e nova, mas quando ele deu um
pequeno giro nos seus quadris, a súbita sensação me fez
pressionar de volta contra ele, com mãos ondulando ao redor
da borda da cama.
Jeremiah mantinha seus sólidos braços em ambos os lados do
meu corpo, impedindo de me esmagar. Eu estendi a mão às
cegas, coloquei minha mão sobre a sua e ele atou nossos
dedos enquanto suas estocadas aumentavam. Seu prazer era
o meu objetivo, mas eu me encontrei também em nossas
ações, as sensações da estranhas fundindo com o prazer
221
anterior. Suas mãos apertaram em torno da minha e ele
grunhiu, a testa caiu para minhas costas enquanto ele
estremeceu e veio silenciosamente.
Havia uma imensa satisfação em dar a um homem tão
poderoso este tipo de liberação. Eu desejava poder ver seu
rosto, pensei quando ele sentou, saindo cautelosamente do
meu corpo. Eu fiquei onde estava por um momento, curtindo a
glória, recolhida lateralmente sobre o colchão. Partes de mim
estavam deliciosamente doloridas, especialmente quando me
movimentei, mas eu enfim espreguicei contente. "Foi incrível",
eu respirei, fechando meus olhos e colocando minha cabeça
contra os travesseiros.
Foi?"Jeremiah soou divertido pela minha colocação. Ainda
coberta pela venda eu ouvi, mas não pude ver, um curioso
ruído de um tilintar, então eu fui virada na cama e meus braços
esticados acima da minha cabeça. Antes que eu pudesse
protestar, algemas grossas cercaram meus pulsos e com um
click estava presa na cabeceira da cama. Minha boca caiu
aberta em estado de choque e, em seguida, Jeremiah levantou
um olho dos meus olhos vendados. Meu olhar apenas parecia
diverti-lo. "Você ameaçou me deixar antes", disse ele,
deixando a venda de encaixe de volta no lugar. "Isto irá mantêla aqui onde eu possa protegê-la. Neste meio tempo, porém,
eu posso pensar em algumas maneiras que nós podemos tirar
vantagem disso. "Preocupada em descobrir?"
222
Capítulo 17
A tarde caiu no crepúsculo, depois a noite e Jeremiah mostrouse excepcionalmente atencioso. Quando ele finalmente libertou
meus punhos das algemas, eu não tentei fugir, capturada pela
tempestade sensual que ele criou e não queria deixar morrer.
O bilionário se mostrou quase insaciável, e eu tinha pouca
escolha, mas estava à altura do desafio. Quatro vezes aquela
noite ele me acordou com a intenção do delicioso tormento e
quatro vezes eu caí depois, exausta. A quinta vez fui eu quem
acordou primeiro, tomando previamente meu tempo para vê-lo
enquanto ele dormia. No sono ele relaxou, seu rosto delineado
pela luz que passava através da janela opaca. Eu tracei um
pequeno toque ao longo de uma sobrancelha, parando
somente quando ele mexeu. Tão lindo, e todo meu.
Por agora.
Como um homem igual a ele me notou foi além da minha
compreensão e ainda aqui ele estava deitado, uma festa para
meus olhos errantes. As cobertas macias cobriam apenas seu
estômago e bebi a vista de seu belo corpo, marcado apenas
pelas pequenas linhas brancas das cicatrizes pouco visíveis na
luz baixa. Vendo imaginei o que ele deve ter passado para
obtê-las, fazendo meu coração apertar-se dolorosamente. O
conhecimento sobre sua vida militar era uma coisa, mas essas
cicatrizes eram uma prova para o fato que ele lutou e foi ferido,
223
um lembrete para sempre das missões em que passou e o
perigo que ele deve ter visto.
Eu tracei a linha esparsa de cabelos descendo abaixo do seu
abdômen e vi com satisfação, o lençol em cima de sua barriga
levantar à medida que ele ficou duro novamente. Deslizei para
baixo da cama, em seguida, puxei os lençóis com cuidado
sobre a minha cabeça, baixando minha cabeça sobre seu
corpo, lambendo a ponta pesada antes de desenhá-lo em
minha boca.
Os quadris de Jeremiah se elevaram, pressionando para cima
em direção à minha boca. Encorajada, eu coloquei minha mão
ao longo da base e tracei para cima, em seguida, segui para
baixo com a minha boca. Ele ficou mais duro e eu sorri,
balançando a minha cabeça sobre ele. Quaisquer inibições eu
tive antes, foram jogadas para fora da janela, pelo menos por
esta noite.
Uma mão se enfiou dentro do meu cabelo e ouvi um gemido
baixo acima de mim. Coloquei minhas mãos sobre suas coxas
para alavancar, enquanto o tomava mais profundamente
sentindo aumentar em minha boca. Então suas mãos livres me
puxaram, segurando os meus ombros e virando-me para o
lado até que eu estava deitada de costas com Jeremiah acima.
Ele olhou para baixo para mim, qualquer vestígio de sono
apagado do seu belo rosto. Eu podia sentir a necessidade
desesperada em seus movimentos quando ele abriu minhas
224
pernas com um joelho, introduzindo profundamente com
pequeno preâmbulo.
Jogando a minha cabeça para trás com um suspiro, eu
segurava em suas costas, unhas cavando fundo, enquanto ele
se mudava ao longo e dentro de mim. Os músculos ainda
doloridos da noite protestaram, mas eu não me importei; Eu
envolvi minhas pernas em torno de sua cintura e implorei por
mais quando ele empurrou duro dentro de mim. Sua boca caiu
para baixo sobre a minha, com toda a paixão e sem
delicadeza,
e
ergui
para
encontrá-lo,
meus
braços
entrelaçando ao redor do seu pescoço. Nosso acoplamento
neste momento foi curto e rápido, mas o orgasmo que nos
atingiu finalmente nos atraiu para o sono.
Quando eu finalmente acordei, o sol estava alto no céu e eu
estava sozinha na cama. Eu me estiquei arqueando as costas
e percebendo as algemas de couro ainda ligadas a cabeceira
da cama. A visão me fez sorrir, um lembrete do que aconteceu
poucas horas antes. Definitivamente havia algum desconforto
das estripulias da noite anterior e caminhei para o banheiro,
tomando um banho quente e dando ao meu corpo dolorido a
chance de ensaboar. Eu levei um tempo me preparando,
permitindo a mim um pouco de mimos e usando o tempo extra
para deixar que a água lavasse algumas dores e machucados.
Minha barriga foi finalmente aquela que ditou era hora de
descer, então sequei e me vesti, prendendo rapidamente meu
225
cabelo para cima em um grampo de plástico antes de sair. Eu
ouvi vozes no andar de baixo e, curiosa, fui ver quem poderia
ser o novo hóspede. Não havia ninguém na porta da entrada
na base da escada, assim rumei em direção à cozinha,
fazendo um trajeto mais curto para a geladeira.
"Tomei a liberdade de olhar você lá cima, Srta Delacourt"
Quase deixei cair o leite da minha mão com a voz inesperada,
girando para enfrentar a mulher que tinha falado. "Sra.
Hamilton," eu disse, sua análise fria me fazendo sentir como se
eu tivesse sido pega roubando. "Eu não sabia que você estava
aqui."
Seus lábios achataram em uma linha dura quando ela me
olhou de cima a baixo. "As mulheres de sua classe econômica
têm uma tendência de se jogar em cima do meu filho. Ele
geralmente tem a presença de espírito, no entanto, para ver
através das suas artimanhas." Ela cheirou com escárnio. "Você
não é assim tão bonita; pelo menos sua assistente anterior
tinha o que ir para ela no início. Diga-me, você tem alguma
coisa com ele?"
Meu queixo funcionou, mas eu não sabia o que dizer.
"Desculpe-me?"
A mulher mais velha revirou os olhos. "Não vejo razão por que
meu filho se relacionaria com você. Ambos os pais mortos,
classe média. Você pode saber francês, mas não tem
226
nenhuma das credenciais para executar qualquer tipo de
negócio. Ele te deixou grávida?"
A pergunta descarada chocou-me sem palavras. A raiva se
acumulou dentro de mim, mas eu poderia fazer pouco sob seu
olhar condescendente do que mover meu queixo firmemente. A
frieza em seu olhar me ofendeu em todos os níveis, mas eu
não
poderia
começar
a
colocar
meus
pensamentos
desordenados em palavras. Minhas mãos enrolaram em
punhos – eu não queria nada mais do que tirar o sorriso largo
de seu rosto hipócrita – mas uma vida de boas maneiras me
manteve enraizada no lugar. "Não estou grávida," finalmente
consegui rebater, mas a resposta não começou a articular o
que passava na minha mente.
"Ah, então é somente uma comida por fora." A senhora
desdenhou, balançando sua cabeça em descrença. "E pensar
que ele lhe traria para casa da família. Srta. Delacourt, se você
tem
qualquer
senso
ou
classe,
deixaria
esta
casa
imediatamente. Levando em conta o tipo de garota que você é,
no entanto, eu provavelmente não deveria prender minha
respiração."
"Basta, mãe."
Fiquei um instante de jogar o jarro de leite na cara da mulher
hipócrita e, enquanto a presença de Jeremiah não aliviou esse
desejo ele conseguiu distrair Geórgia. O rosto da senhora
retornou em uma expressão agradável enquanto seu filho
227
caminhava através da porta da entrada, mas nem Jeremiah,
nem eu fomos enganados. "Você disse que estava saindo," ele
falou com uma voz fria que parecia bater na mulher idosa.
"Ah eu vou querido, mas eu vi sua linda assistente e parei para
conversar."
'Adorável assistente' meu rabo! Minha mão tinha esmagado
todo plástico do recipiente de leite. Eu queria gritar minha
frustração para a mulher odiosa, mas tudo o que eu poderia
fazer naquele momento era ficar no lugar, agitada e tentando
não chorar por frustração.
"Por favor, saia mãe." O tom de Jeremiah foi firme mas
cansado. “Antes que eu tenha que barrar você de entrar
permanentemente".
Ela balançou para ele. "Oh querido, você não faria isso. Fiz
você crescer nesta casa, é tanto minha quanto sua. Além
disso, você sabe que eu só quero o que é melhor para você,
porque eu te amo."
A declaração me fez respirar em descrença, mas um olhar
cansado na expressão de Jeremiah me disse que este era um
velho argumento. "Você tem qualquer tipo de respeito pelo seu
filho?" Eu perguntei.
Geórgia me atirou um olhar sarcástico. "Fique fora disso," ela
retrucou, "você não tem idéia...”
Eu bati o recipiente do leite no balcão de mármore, o plástico
fazendo um barulho de estalo quando amassou. "Seu filho
228
possui esta casa e permite que você visite para o seu prazer,
mas ainda assim você passa por cima dele, como se ele ainda
fosse uma criança. Eu sei com o que se parecem bons pais, e
você não merece sua simples lealdade."
O rosto da Geórgia se contorceu em um rosnado. "Sua
putinha" ela murmurou, virando para mim e levantando uma
mão como se fosse me bater. Então Jeremiah estava lá, sua
mão em torno do pulso de sua mãe, mantendo-a parada. Eu
mantive meu queixo elevado, a indignação queimava em
minha barriga, encontrando o olhar da odiosa mulher.
“Eu não vou deixar você insultar meus convidados em minha
casa," disse Jeremiah, voz baixa e com raiva, suas palavras
capturaram novamente a atenção de sua mãe. "André", ele
chamou, e um jovem guarda trotou no cômodo. Só assim
Jeremiah soltou seu aperto no braço da mulher. "Por favor,
escolte minha mãe até seu carro e certifique-se de que ela saia
do complexo com segurança. Informe a portaria que, de agora
em diante, só será permitido a sua permanência no jardim com
minha aprovação.”
"Mantenha as mãos longe de mim," Geórgia desviou quando o
jovem guarda-costas tentou pegar seu braço. "Sua aprovação?
Jeremiah seja razoável isso é bobagem." Seu filho, no entanto,
permaneceu silencioso quando ela foi escoltada, protestando
em voz alta fora da cozinha. Ouvi a porta da frente se abrir e
fechar, em seguida, o silêncio reinou pela casa.
229
Eu soltei um suspiro. "Sinto muito por repreender sua mãe",
murmurei erguendo o jarro de leite na minha mão. A base tinha
um grande amassado no plástico, mas felizmente nada foi
quebrado.
"Ela pode ser difícil."
Sua resposta foi simples, mas com uma riqueza de significado.
"Ainda assim, ela é sua mãe," eu continuei. "Provavelmente
não era de minha conta dizer qualquer coisa."
O constrangimento não era como eu esperava passar a
manhã, mas a presença da matriarca tinha azedado tudo.
Perdendo o apetite, eu voltei a colocar o leite na geladeira
depois segui Jeremiah para fora cozinha. "Você já descobriu
alguma coisa?"
"Nada",
A resposta foi curta e, franzindo a testa eu fui mais fundo.
"Ethan mencionou que você tinha algumas outras fontes,
eles tem alguma ... "
Jeremiah rodeou em mim. "O que foi que ele disse?"
Eu pisquei surpresa com sua mudança de humor, “Nada” Eu
respondi rapidamente então a frustração cresceu "O exato
mesmo nada que você. Não sei nada sobre a investigação
exceto que quase morri e agora eu estou presa aqui.”
Os lábios de Jeremiah franziram. "Estamos lidando com isto."
"Lidando com o que? Ninguém vai falar comigo!"
230
Ele passou uma mão pelo seu cabelo, tomando uma
respiração profunda. "Eu prometo a você," ele disse em voz
baixa, "Vamos descobrir quem tentou te envenenar. Uma vez
que a ameaça for neutralizada, você está livre para sair."
Apontei para a entrada nas proximidades. "Você sai por aquela
porta todo dia, mas me faz ficar dentro?"
"Droga Lucy!" Por uma fração de segundos parecia que ele
estava prestes a explodir, uma selvageria em seus olhos que
eu nunca tinha visto antes. A visão me chocou, mas tão
rapidamente como aconteceu, a emoção desapareceu; os
portões se fecharam sobre suas características e mais uma
vez estava o estóico CEO que eu conhecia. Pensei que
conhecia, mudei assustada pelo que tinha visto.
"Eu prometi cuidar de você." Sua voz baixa era a mesma e
calma como o normal. "Só peço que você não faça mais
perguntas para sua própria proteção. Quando for seguro, você
pode sair."
A derrota floresceu em mim, me fazendo querer arrancar
pedaços do meu cabelo. Vi Jeremiah virar as costas para mim
e marchar para fora, fechando a porta da frente levemente
atrás dele. Com os dedos rígidos, corri minha mão pelo meu
cabelo, inquietante o prendedor caiu no chão, mas eu não
poderia me importar menos naquele momento.
A frustração foi esmagadora. Eu tentei tomar respirações
profundas, mas nada ajudou o sentimento repentino de raiva
231
com a situação; Esta casa era a minha prisão e Jeremiah
tornou-se meu guardião. O vidro opaco da janela podia
também ter sido barras; a tecnologia me mantendo presa
dentro era tão certa como ferro ou qualquer outro metal. Eu
não tinha visto do exterior desde que chegamos, exceto
através daquela janela de banheiro minúsculo e, o pensamento
absurdo de que eu podia ficar presa assim para sempre me
impulsionou por toda a sala de estar e para trás na parede de
janelas e a porta que levava para fora.
O identificador para a porta que dava para o pátio foi legal no
meu aperto. Antes que eu pudesse refletir comigo sobre
minhas ações, eu virei o botão e abri a porta, espreitando
sobre a paisagem e o mar menos de poucos metros da parte
traseira da construção...
Somente para fechá-la imediatamente, oprimida pelo medo do
que podia ser uma emboscada para mim.
Um soluço tomou meu corpo e eu coloquei uma mão sobre
minha boca para abafar outros. Pare de ser tão tola, eu me
aconselhei. Jeremiah faz isso todos os dias, assim você
também pode. O estresse da minha situação tinha finalmente
me atingido, mesmo assim,
tomei várias respirações
profundas, estremecimentos antes que eu pudesse obter um
controle sobre mim mesma novamente. Eu preciso sair daqui
ou eu vou enlouquecer, isso é tudo que existe.
232
Eu estava tão certa de que iriam soar alarmes quando eu abri
a
porta,
mas
ninguém
correu
para
me
verificar
nem quaisquer sirenes dispararam. Tão seguro. Um pouco
mais tranquilia, eu abri a porta novamente e olhei para fora.
Sem guarda-costas visíveis a porta estava numa rota direta
para a água e a casa de barcos que eu tinha visto todos os
dias através da janela de pequeno porte do segundo andar. A
propriedade era alinhada com árvores altas, obscurecendo a
visão dos vizinhos do composto. O frio do inverno do meio-dia
gelava o ar, e não havia barcos visíveis no oceano a frente de
mim. Meu aperto de morte na maçaneta da porta, no entanto,
não estava conseguindo me levar em qualquer lugar. Agora ou
nunca.
Formando um aço em mim, caminhei para fora da porta e fiz
meu caminho descendo as escadas do pátio em direção à
casa de barcos, marcha irregular e nervosa. Olhei para trás e
vi que eu tinha esquecido de fechar a porta da sala, mas sabia
que se eu voltasse eu não iria encontrar a coragem para sair
de novo.
Parecia incrível estar fora novamente e, naquele momento, eu
não me importava se os guardas me vissem.
O ancoradouro foi ainda mais interessante de perto. O que eu
tinha pensado que era apenas um barracão era, na verdade,
um edifício de dois andares, seguindo o contorno do litoral com
o menor piso saindo para um cais que estendia sobre a água.
233
O piso superior era ao nível do solo; escadas levavam para
baixo até onde os barcos eram mantidos sob o que parecia ser
um pequeno living.
A construção do ancoradouro era diferente do que da casa,
muito mais velha e desgastada, dando-lhe uma sensação de
robustez a elegante mansão não dispunha.
Eu mal tinha chegado à construção, quando um alarme tocou
de algum lugar dentro do complexo. Meu coração saltou uma
batida e corri os últimos degraus para a garagem de barcos, à
procura de uma entrada. Olhando para trás, eu vi três guardas
correndo em direção a mansão eu tinha acabado de sair,
dividindo-se e desaparecendo ao redor dos cantos.
Eles estavam procurando por mim, ou por um intruso? A idéia
que o assassino poderia estar no jardim paralisou a minha
mente, e me chutei mentalmente por minha imprudente revolta.
Estúpida, estúpida! O que diabos você estava pensando?
Uma verificação rápida na casa de barcos revelou uma entrada
nas proximidades e corri em direção a ela, buscando um algum
lugar seguro para me esconder. A porta estava destrancada e
empurrei para dentro, fechando rapidamente depois de mim.
Eu coloquei minha cabeça sobre a madeira, observando
através da janela, enquanto mais guardas apareceram ao
redor da porta aberta, que eu tinha acabado de deixar na
mansão. Eu vou estar em sérios problemas, eu pensei, de
repente culpada.
234
Do canto dos meus olhos eu vi algo se mover, e antes que eu
pudesse reagir, uma mão cobriu minha boca. Eu gritei, ou
tentava de qualquer maneira, enquanto eu era arrastada para
trás da janela por braços fortes. Chutei uma cadeira de vime e
uma lâmpada em minhas lutas, mas meu agressor não me
libertou. Chutei para trás, mas meu ataque fraco foi habilmente
evitado. Oh Deus, eu pensei miseravelmente, o desespero
abateu sobre mim, estou prestes a morrer, não estou?
Jeremiah, me desculpe...
"Que encanto encontrar você em um lugar como este," disse
uma voz jovial, atrás de mim. "Eu realmente estava esperando
que da próxima vez que nos víssemos seria sob circunstâncias
melhores."
Minha luta cessou quando eu reconheci a voz. "Você
realmente
precisa
aprender
algumas
novas
manobras
defensivas," meu agressor continuou, "Você é fácil de prever,
depois de um tempo. Agora, por favor, não grite minha querida,
eu prefiro que pessoas erradas não identifiquem nossa
localização."
A mão ao redor da minha boca levantou e eu fiquei muda, não
tinha certeza o que pensar. Seu aperto em meus braços
aumentou atrás de mim, não desviando um centímetro. "Estou
prestes a morrer?" Sussurrei, com o coração na minha
garganta.
235
"Isso tudo depende da rapidez com que meu irmão mais novo
chegue." Uma mão suave subiu meu tronco para segurar meu
pescoço, prendendo-me contra seu corpo. "Preocupada para
fazer qualquer aposta?"
236
TUDO QUE ELE QUER
Dominada pelo bilionário
PARTE 5: A traição
237
A compreensão de Lucy do enigmático Jeremiah Hamilton
cresceu profundamente, e agora ela se encontra
desejando não apenas o toque do seu pecado, mas seu
guardado coração. Mas felizes para sempre pode estar
mais longe do que nunca, porque Jeremiah está sendo
perseguido por um assassino conhecido como o Arcanjo
... um assassino que em nada vai parar para derrubar o
bilionário . Mas, apesar do perigo fechar-se sobre eles, sua
maior ameaça é o seu próprio desejo de se entregar
completamente a Jeremiah - corpo, coração e alma.
238
Capítulo 18
Eu tremia em seus braços, procurando por uma arma. No
passado, a casa de barcos tinha sido ocupada. O s
móveis,
muitos deles meio escondido por folhas, se espalhavam pelo
chão. Em algum ponto, no entanto, o espaço tinha sido
convertido em um armazenamento, e inúmeros itens estavam
espalhados na sala empoeirada, incluindo vários que foram
amarrados aos tetos altos. No entanto, não havia nada por
perto para eu usar. "É você quem está tentando matar
Jeremiah?" Eu perguntei, tentando ganhar tempo.
Lucas riu, o
riso sacudindo nós dois. "Enquanto
eu
provavelmente tenho a melhor razão do que a maioria para
desejar uma coisa dessas, temo que eu não seja quem você
procura".
Confusa, eu inclinei minha cabeça para trás para olhar para
ele. Lucas era menor do que seu estúpido irmão, de modo que
minha cabeça estava em cima de seu ombro, mas seu aperto
era como ferro. O olhar do homem era plácido, e seus lábios
se curvaram em um sorriso na minha leitura. "Surpresa? Eu
posso não gostar do meu irmão, mas eu não estou interessado
em sua morte. Na verdade, eu tenho feito tudo que está em
meu poder para evitar isso."
"Então por que você está aqui?"
239
Ele riu novamente, em seguida, mergulhou os lábios perto do
meu ouvido. "Talvez eu senti sua falta."
Borboletas explodiram em meu estômago. "Mentiroso", eu
murmurei. Sabendo que ele não ia me matar me fez de repente
perceber a intimidade de nossa posição, e a traição do meu
corpo me irritou.
"Com certeza." Sua resposta atrevida me fez revirar os olhos.
"Ou talvez eu saiba quem você está procurando."
Eu virei para olhar para ele. "Você sabe quem está atrás de
Jeremiah?"
"Talvez", ele repetiu, sua ampliação no sorriso.
Meus lábios franziram em aborrecimento. Homem irritante.
"Eles vão nos encontrar em breve", eu disse, olhando para fora
da janela. "Você deveria me deixar ir", adverti, "as pessoas
podem ter a idéia errada."
"Se eu conheço meu irmão mais novo, eles já sabem
exatamente onde estamos." Ele apontou para o teto. "Há mais
do que provavelmente uma câmera ou três nas vigas em cima
de nós, observando cada movimento nosso." Lucas beijou meu
rosto e eu me encolhi surpresa. "Devemos dar-lhes um show?"
Irritada com a sua insinuação, lutei de novo mas fui dominada
rapidamente. "Se você tinha a informação, por que não veio
pela porta da frente como um homem sensato? Por que tudo
isso se escondendo e fugindo?"
240
"É mais interessante desta forma. Meu irmão pode ser anal
sobre a sua segurança; é divertido mostrar como é fácil de
driblar" Ele deu de ombros "Além disso, seria mais provável
meu irmão chamar as autoridades que me deixar entrar e ouvir
o que tenho a dizer."
"Como se ele não fosse fazer isso agora de qualquer jeito", eu
murmurei, e Lucas deu uma pequena risada. As placas sob
nossos pés começaram a tremer, e o baque pesado de botas
batendo contra as placas de fora da casa de barcos abalou a
estrutura antiga.
Lucas apenas ajustou sua aderência, arrastando-me entre ele
e a porta de entrada. "Hora do show", ele respondeu,
aparentemente despreocupado, quando a porta da casa de
barcos caiu aberta. Guardas entraram e nos cercaram e meu
coração pulou em uma batida enquanto armas foram
apontadas para nós. No entanto, eu não vi Jeremiah entre
eles, e um caco de decepção foi lançado em meu coração.
Lucas apenas soltou um suspiro.
"Parece que Jeremiah não está mais lutando por suas próprias
batalhas", o contrabandista de armas acrescentou.
O ruído característico do clique de uma arma sendo
engatilhada
era
facilmente
reconhecível,
especialmente
quando ele veio diretamente atrás de nós. Lucas rapidamente
deixou-me ir ao som, levantando as mãos enquanto eu corri
241
longe para ver uma arma sendo apontada contra a cabeça do
homem sarcástico.
"Dê-me uma razão para que eu não deva te matar."
Havia morte na voz quando Jeremiah apareceu atrás de Lucas,
seus olhos brilhando com uma selvageria que me tirou o
fôlego. A óbvia diferença de altura entre os dois homens nunca
tinha sido tão aparente; Jeremiah parecia torre sobre seu irmão
mais velho, os músculos de seu braço abaulando contra a
camisa social que ele usava. A arma preta estava direcionada
na têmpora de Lucas, as juntas de Jeremiah ao redor do punho
estavam brancas com a tensão.
Eu olhei entre os dois homens. Certamente Jeremiah não
faria... Não seu próprio irmão...
Lucas congelou, mãos para cima em ambos os lados de sua
cabeça. "Lealdade familiar?", Respondeu Lucas levemente,
suas palavras tranquilas desmentindo a tensão que vi em seu
rosto. A partir do som de sua voz, ele poderia ter falado sobre
o tempo, mas os olhos fixos em mim eram sombrios.
"Não é bom o suficiente." Jeremiah pressionou a arma mais
forte contra a têmpora de seu irmão e Lucas fechou os olhos.
"Não!" Eu soltei, coração acelerado. Eu me movi até que eu
estivesse ao lado dos dois homens. "Ele veio para nos ajudar,
Jeremiah. Ele sabe quem está atrás de você, não o mate!"
O bilionário não olhou para mim, mas eu vi o tremor da arma
contra a cabeça de Lucas. Os guarda-costas perto da porta
242
baixaram as suas próprias armas, mas não se mexeram para
ajudar, deixando os irmãos sozinhos. Minha garganta de
repente ficou paralisada, aterrorizada com o que eu estava
prestes a testemunhar, em seguida, Jeremiah baixou a arma.
Ele agarrou o braço de Lucas e torceu-o pelas suas costas e,
só então os guarda-costas entraram
"Leve-o para a casa",
disse Jeremiah, voz baixa e firme.
Os guarda-costas pegaram Lucas de Jeremiah, colocando um
par de algemas em torno de seus pulsos. O irmão mais velho
não lutou, aparentemente satisfeito da maneira que as coisas
estavam indo, mas os guardas ainda ficaram agrupados ao
redor dele como se ele fosse perigoso. Movi para segui-los,
quando de repente uma mão agarrou meu braço, me trazendo
até breve. "Não tão rápido", eu ouvi Jeremiah rosnar.
Eu pensei que eu já tivesse visto ele com raiva antes, mas eu
nunca o vi desta forma. Havia fúria real em seus olhos,
dirigidos a mim, e eu sabia que eu tinha realmente feito uma
bobagem. "Jeremiah", eu disse, tentando me desculpar, só
para me encurtar quando eu vi a mão livre virar um punho.
"Você sabe o que eu fiz para te proteger?" Foi-se o controle
total que eu sempre vi, em seu lugar estava uma ferocidade
que parecia estranha em seu rosto. Quando eu tentei mudar, a
mão em meu braço apertou e eu fiquei tensa, parando todo o
movimento.
243
"A menina não sabia que eu estava aqui", disse Lucas através
da sala. Seu olhar extasiado assistia intensamente nosso
confronto. Percebi que os guardas também estavam nos
observando, parando na porta, mas novamente não fizeram
nenhum movimento para ajudar.
"Eu disse para levá-lo para casa!" Jeremiah rugiu, e eu assisti
com decepção enquanto os guardas o arrastavam para fora da
porta e encaminharam para a casa, deixando-me sozinha com
Jeremiah.
Tentei manter a calma, mesmo com o calor que eu sentia dele
era esmagador. Quando a porta se fechou ele afrouxou meu
braço, mas quando eu me afastei, ele seguiu meu recuo me
perseguindo pela sala. Meu quadril finalmente colidiu contra
uma mesa, então eu bati em uma parede com nenhum outro
meio de fuga. Ele se elevou sobre mim, punhos cerrados ao
seu lado e eu tentei acalmar os receios bruscos do meu peito.
"Jeremiah, eu estou..."
"Você percebe o quanto você está em perigo?" As mãos de
Jeremiah foram fechando em punhos, mas seus braços
permaneceram ao seu lado. A carranca torceu o rosto, mas ele
não moveu um músculo para me tocar. "Por que você saiu de
casa?"
"Porque o assassino está atrás de você, não de mim?" Eu não
quis que a declaração fosse uma pergunta e, a partir da
expressão no rosto de Jeremiah foi, de qualquer maneira, a
244
resposta
errada.
"Olha,
eu
realmente
sinto...”
Eu
fui
rapidamente presa à parede e as mãos sobre meus ombros
me pressionaram contra a madeira.
Rangendo surpresa, eu girei os olhos arregalados em
Jeremiah e o vi piscar, um pequeno cenho franzindo a testa. A
raiva, no entanto, ainda estava em sua voz, quando ele disse,
"Você viu seu rosto no hotel. Você tem alguma idéia do que
isso significa para um homem que vive sua vida nas sombras?"
Eu sinto muito, eu queria dizer, mas o olhar sombrio de
Jeremiah sufocou minha coragem de falar. As mãos sobre
meus ombros tremiam, o belo rosto de Jeremiah se
contorcendo em sua luta pelo controle. Ele abaixou a cabeça, e
para minha surpresa colocou sua testa contra a minha.
"Você poderia ter morrido", ele murmurou, as palavras
perfurando meu coração. "Eu tenho feito tudo que posso para
mantê-la segura, deixei pessoas e eu jurei que nunca
contataria de novo, tudo por você. Por que você deixou a
casa?"
Com o coração torcido, eu levantei a minha mão para o seu
rosto, mas ele levantou a cabeça, virando o olhar desconfiado
de mim. "Você sabia que meu irmão estava aqui?"
Eu recuei, picada pela acusação. "É claro que eu não sabia." A
frustração borbulhou em seu olhar incrédulo. "Eu não sei nada
sobre o que está acontecendo, graças a você", eu respondi
olhando para ele. Eu dei um tapa de frustração no seu peito, o
245
pequeno movimento o fazendo recuar. "Como eu poderia
sequer obter uma informação como esta sob vigilância
constante? Você me trancou naquela casa, os guardas vigiam
cada movimento meu. Você não me diz qualquer coisa que
você está fazendo, me dá palestra sobre estar em segurança
sem me dizer nada, e espera que eu vá mansamente com tudo
isto –
"“Maldição”, rugiu Jeremiah alertando-me para silenciar “Eu
não posso ter sua morte em minhas mãos! "
O desespero selvagem apareceu em sua face e suas mãos
deixaram meus ombros emoldurando meu rosto, sem tocar
minha pele. "Eu prometi que iria mantê-la segura, então você
sai e faz algo assim."
Eu assisti maravilhada enquanto uma miríade de emoções
reproduziu em seu rosto. Apesar de aprender a ler a linguagem
corporal normalmente sutil e expressões limitadas, a súbita
paixão em seu rosto me deixou muda.
Sua própria batalha para o controle era óbvia; ele estendeu a
mão para acariciar meu pescoço, depois parou como se
tivesse medo de tocar em mim. "Minha família destrói
estranhos qualquer um que chegar muito perto; Já vi isso
acontecer com a minha mãe, Anya, e inúmeros outros" Ele
engoliu em seco. "Talvez eu não mereça a felicidade, mas
você sim, e eu fazer você obter." Um dedo acariciou minha
bochecha. "Eu não sou um bom homem", ele murmurou,
246
olhando para a mão em punho perto do meu peito. "Eu nunca
deveria ter te metido nisso. Eu quase matei você, e agora eu
preciso te ver segura.”
A dor em seus olhos, revelando emoções que sempre foram
mantidas guardadas dentro, fez lágrimas aparecerem em meus
olhos. Eu tentei tocar seu rosto novamente, mas ele agarrou
meu pulso, segurando ao lado da minha cabeça. "Você não
pode fazer isso de novo", ele moeu fora. "Nós não sabemos
quem está atrás de nós ou o que significa que ele tem
disponível para chegar perto."
Meu coração se quebrou em um milhão de pedaços pequenos.
Tremendo, procurei uma forma de mostrar o meu remorso.
"Sinto muito por ter deixado a casa."
"Desculpa não é bom o suficien ..." Jeremiah respondeu com
raiva, mas depois parou quando eu me abaixei de joelhos.
Ele soltou o meu pulso e deu um passo para trás, tudo se foi
enquanto ele olhava para mim. "O que você está fazendo?",
Ele finalmente disse.
Eu nunca me senti tão impotente em minha vida, ali sentada a
seus pés. Eu não tinha idéia de como ele reagiria, mas de
alguma forma eu sabia que ele precisava estar no controle, as
emoções o percorrendo fortemente para processar.
"O pedido de perdão." Engoli em seco, então acrescentei, "Sr".
A selvageria restante em seu rosto drenou, mas ele ainda
hesitou. Olhei para seus pés, já não tinha mais coragem de
247
olhar seu rosto. Ele ainda usava a calça social cara, mas em
vez dos sapatos que eu tinha me acostumado, ele usava um
par de botas pretas robustas. Gostaria de saber se elas eram
as mesmas que ele usou enquanto estava no Exército, mas
não senti que era o momento certo para perguntar.
O silêncio se estendeu, me deixando nervosa. Eu fiquei onde
estava, rezando que eu não tivesse feito o movimento errado.
Meu maior medo era a sua rejeição, por isso um alívio passou
por mim quando ele finalmente disse: "Erga-se e levante as
mãos sobre a sua cabeça."
Engolindo de novo, eu fiz o que ele mandou meus olhos se
movendo em direção ao teto. Uma linha de corda pendia em
um grande rolo de pano em cima de mim, provavelmente de
um veleiro antigo, e meu coração pulou uma batida quando
Jeremiah envolveu a corda em torno de meus pulsos. "Fique
quieta", disse ele, em seguida olhou ao redor até que ele
encontrou um pequeno pedaço de pano por perto. Ele sacudiu
uma vez para remover detritos, o som me faz saltar, em
seguida o amarrou ao redor da minha cabeça para cobrir meus
olhos. O mundo tornou-se escuro e, quando ele apertou a
corda acima e me elevou na ponta dos pés, eu dei um
pequeno suspiro.
"Então, você quer ser punida."
Eu choraminguei, coração acelerado, mas não neguei a sua
pergunta.
Apesar
das
pesadas
botas,
ele
foi
248
surpreendentemente silencioso em seus pés, eu lancei a
minha cabeça em torno cegamente, tentando encontrá-lo, em
seguida comecei a senti sua respiração no meu pescoço. "O
que deve ser?", Ele murmurou, deslizando os dedos ao longo
do meu braço levantado. "Eu deveria bater em você por sua
desobediência? Chicoteá-la? Que tipo de punição seria ensinar
a não cortejar a morte?"
Minha boca trabalhou silenciosamente, mas eu não respondi.
De qualquer forma, dado o seu estado atual, eu duvido que ele
seria gentil comigo nesta situação. Lembrei-me do chicote que
ele usou em mim a noite anterior e, apesar da atual situação,
senti como resposta um calor desenrolar na minha barriga.
Agora não é hora para isso!
"Talvez uma forma diferente de punição seja necessária." Sua
mão deixou meu braço e desabotoou minha calça com dedos
ágeis. Elas caíram para os meus pés enquanto ele pegou uma
perna atrás do joelho, levantando-a alto e para o lado até que
eu estava equilibrando em um pé, segurando a corda em torno
de meus pulsos como apoio. Meu rosto corou, imaginado como
eu pareceria exposta desta forma. Todas as calcinhas que eu
tinha eram do tipo sexy, algo que eu secretamente aprecio,
mas
que
fazem
momentos
inesperados
como
estes
embaraçosos.
Um dedo deslizou sob minha calcinha e surpresa empurrei
contra. "Você está molhada", disse ele, seu tom de uma forma
249
que eu não podia decifrar o que estava pensando e desejei ver
seu rosto. Ele soltou minha perna, em seguida enfiou os
polegares ao redor da banda da minha calcinha e deslizou-as
para os meus tornozelos. Meu rosto queimou quando ele
desfez os botões da minha camisa, deixando aberta para
revelar o meu tronco. Mãos ásperas contornaram a borda do
meu sutiã, então deslizou por baixo do tecido fino enquanto ele
falou. "Talvez grampos nos mamilos, podem ser dolorosos.
Será punição suficiente por você arriscar sua vida? "
Dedos rodearam meus mamilos e eu fiquei tensa esperando
pela dor, mas ele só os acariciou um pouco, deixando em
seguida o sutiã deslocado e os meus seios expostos. A
decepção perversa sacudiu em mim e eu abafei um suspiro.
Eu não gosto de dor, eu pensei, mas a confissão parecia fraca,
mesmo em minha mente.
A corda se ergueu novamente, até que apenas as pontas dos
meus dedos raspassem no chão. Os músculos esticaram em
meus braços e os pulsos queimavam, mas eu prendi meus
lábios e me mantive em silêncio. Eu pensei ter ouvido o sons
de passos atrás de mim enquanto uma outra mão alisou meu
traseiro. "Deveria pegá-la pelo ânus? Você pareceu ter gostado
ontem, mas despreparado pode ser muito doloroso. É punição
suficiente por ter brincado longe demais e por em risco sua
vida?"
250
Uma mão rachou contra um lado da minha bunda e eu encolhi,
o movimento me balançou ao redor. Eu desloquei pelo golpe,
minha calcinha caiu no chão enquanto Jeremiah desapareceu
novamente, mas eu não podia parar o giro lento da corda.
Outra palmada atravessou a mesma bunda e me fez girar mais
rápido, a bunda queimando.
"Devo usar o cinto em você?", Ele perguntou, a voz forte de
novo. O som de uma fivela sendo solta veio perto de perto.
"Será que fará mantê-la de quaisquer tentativas mais
imprudentes como esta? Responda-me! "
"Sinto muito", eu respondi sinceramente sentindo as palavras e
não apenas por causa das suas ameaças. Lembrei-me do
desespero em seu rosto, a perda de controle quando eu estava
em perigo e minha garganta apertou. "Eu sinto muito."
"Você sente muito, o que?"
"Sinto muito, senhor."
"Você está se desculpando por quê?"
Machucar você. A dor em seu rosto, a raiva quando ele
enfrentou seu irmão, a onda de emoção, foi o que mais me
arrependi. Eu sabia, entretanto, que não era a resposta que ele
queria. "Por desobedecer você e me colocar em risco." No
último minuto, eu mal me lembrei de adicionar, "Sr".
Mãos agarraram meus quadris e me puxaram para a frente
contra um corpo duro, seus joelhos movimentaram entre os
meus joelhos. Pega de surpresa, eu instintivamente abri as
251
pernas e fui puxada até ser transportada pelos quadris. Eu
senti um momento de sondagem contra o meu núcleo nu,
então ele mergulhou dentro e eu ofeguei.
"Eu prometo a você", ele rosnou, pontuando cada palavra com
um impulso de seus quadris, "Você vai sentir cada uma dessas
punições se você fizer isso de novo."
Eu apertei minhas pernas em volta dele quando uma mão
grande se mudou para minha volta, segurando-me parada
enquanto ele bateu em mim. O poder absoluto de cada facada
profunda saltou-me para o ar, havia um pouco de dor, mas
porque o meu corpo estava se preparando para uma punição
muito mais dura, cada terminação nervosa estava viva e em
chamas. Suas mãos caíram para minha bunda, apertando e
dividindo-as para um acesso mais profundo, e eu explodi. O
orgasmo me pegou de surpresa, meu corpo resistindo e
torcendo enquanto ele continuou seu ataque.
Nossos movimentos haviam desalojado o pano sobre os olhos
e, ofegante olhei para baixo para ver Jeremiah me olhando,
seu rosto tenso pelo seu próprio desejo. A fome primitiva em
seus olhos parecia mais do que apenas sexual, e seu olhar
esfaqueado no meu coração. Eu queria beijá-lo, acariciar seu
rosto bonito, mas as amarras me seguravam no alto,
impedindo-me de dar-lhe algum conforto. Talvez este seja o
meu castigo, eu imaginei, sentindo a perda profundamente no
meu intestino. Como estranhamente apropriado. Então ele
252
estremeceu embaixo de mim e o momento passou, e nós dois
levamos um tempo para voltar daquela estonteante elevação.
Segurando firmemente contra seu corpo, ele estendeu a mão e
sem esforço desfez o nó dos meus pulsos. Senti meus
membros desossados quando ele me pós sobre os meus pés.
Eu vacilei, os pés descalços raspando contra o piso de
madeira. Seu aperto era suave, tão diferente de apenas alguns
momentos antes, quando tudo tinha sido rápido e áspero, mas
tão logo eu fiquei firme ele me soltou e se afastou. "Vista suas
roupas e eu vou levar você de volta para a casa."
Jeremiah se afastou antes que eu pudesse dar uma boa
olhada em seu rosto; a decepção agitou a minha barriga no
desprezo sutil, mas eu deixei de lado, vestindo rapidamente e
seguindo atrás ele. Ele tinha se movido para uma parede mais
distante e quando me aproximei, ele puxou um tapete fino que
cobria um par de anéis em uma porta e puxou abrindo um
alçapão no chão. As dobradiças não fizeram nenhum barulho
quando a escotilha se abriu. "Isso vai nos levar para a casa."
Eu olhei de olhos arregalados para baixo na escuridão.
Íngremes escadas de concreto levavam para dentro da
passagem subterrânea, e um vento frio úmido soprava em
algum lugar na outra extremidade. "É seguro?"
"Isto é como eu vim aqui sem ser visto. É mais seguro do que ir
para fora, pelo menos até descobrir quem está por trás de tudo
isso."
253
Eu ainda empaquei. "Por que você tem um alçapão para a
casa de barcos?"
Os lábios de Jeremiah diluíram, mas ele respondeu: "Houve
incidentes
em
minha
infância
que
exigiram...
medidas
adicionais. Meu pai era um homem paranóico, mas em alguns
casos ele tinha um bom motivo para ter medo. A casa tem uma
sala de pânico e esta saída em caso de uma emergência, mas
nunca tivemos que usar desde que ele morreu. "Ele estendeu a
mão. "Vamos, Lucy,” ele disse, sua voz mais suave do que
antes,” Vamos levar você para a casa."
Eu timidamente tomei sua mão, ainda não estava convencida
se era uma boa idéia, mas mesmo assim dei o primeiro passo
para dentro do corredor escuro.
254
Capítulo 19
Eu descobri rapidamente que eu não gosto de passagens
secretas.
Havia pouca luz ao longo do túnel estreito. Passamos por
várias lâmpadas espaçadas a vários metros de distância, mas
apenas duas funcionavam ao longo de todo o corredor. A luz
principal veio de um aplicativo lanterna do telefone, refletindo
devidamente no chão da madeira lisa. Eu mantive um aperto
firme na parte de trás da camisa de Jeremiah para não
escorregar nas tábuas apodrecidas.
A proximidade da passagem com o oceano deixava tudo
coberto de umidade; Eu não me atrevia a tocar nas paredes
brilhantes na luz baixa. O túnel era mais quente que o solo
acima, mas úmido, uma enjoativa escuridão que eu estava
desesperada para escapar. Parecia durar para sempre, as
paredes diminuíam cada vez mais estreitas. No momento em
que eu estava me preparando para empurrar Jeremiah de lado
e fugir o resto do caminho, chegamos a uma parada e a luz
brilhou em um alçapão acima. Jeremiah empurrou um anel de
metal torcido, mas a porta não se moveu. Ele forçou mais duas
vezes e finalmente cedeu, fazendo um barulho com o
rompimento da madeira. Não havia muita luz fluindo da nova
sala, mas definitivamente, mais do que no túnel escuro o que
foi um alívio bem-vindo.
255
"Suba", ele disse, e eu notei uma escada de metal contra a
parede oposta. Senti o pedaço frio dos degraus em minhas
mãos enquanto eu escalei a curta distância para a nova sala.
Havia uma diferença marcante na temperatura e umidade do
ambiente, quando eu percebi que estava de volta dentro da
casa. Eu tive apenas um momento para reconhecer a
despensa da cozinha, as prateleiras forradas com latas e
produtos embalados, antes que a porta fosse arrancada. Cega
pela luz repentina, eu dei um grito de surpresa e levantei as
mãos em sinal de rendição quando três armas foram
apontadas para meu rosto.
"Abaixem", veio a ordem de Jeremiah de baixo. Após um
momento de hesitação, as armas foram abaixadas e eu me
sentei no chão, meus pés ainda dentro do buraco. Os guardas
recuaram quando Jeremiah saltou da abertura úmida. Eu
deslizei de lado para dar espaço, não confiando em minhas
pernas feito geléia após o susto, mas Jeremiah levantou-me
sem esforço para os meus pés e me escoltou para fora do
quarto minúsculo.
A sala de estar e a cozinha estavam cheias de pessoas,
principalmente guardas, assim Lucas se destacou entre o
grupo.
Ele estava acompanhado por dois homens e quando eu fiquei
à vista, ele me deu uma rápida olhada. Eu pensei ter
256
visualizado um breve alívio em seu rosto antes que a máscara
sorridente estivesse de volta no lugar.
Jeremiah fixou seu irmão com um olhar, caminhando em
direção ao homem menor. "Se você não me disser o que
você -”
"Arcanjo".
Jeremiah fez uma pausa. "O que é o Arcanjo?"
"Arcanjo não é um que, mas um quem." Lucas se mexeu
desconfortavelmente, um olhar petulante no rosto. "Não
podemos tirar as algemas?", Perguntou ele, sacudindo a
corrente fina. "Meus
pobres ombros não podem aguentar
muito -"
"Lucas," Jeremiah rosnou, cortando seu irmão e ignorando o
pedido, “Quem é Arcanjo?"
"Um assassino e um muito bom nisso. Caro também. "Ele
revirou os olhos. "Ao contrário do que você pode pensar, eu
não era a pessoa para contratar os seus serviços; Eu até tentei
avisá-lo assim que eu ouvi sobre a armadilha."
"Quando?" Jeremiah perguntou abruptamente.
"Na noite do baile de gala de caridade na França. Eu tentei
ligar para o seu celular, mas não houve resposta." Lucas
serpenteou
uma
olhada
em
mim,
uma
pontada
de
arrependimento em seus olhos. "Eu deveria ter deixado uma
mensagem,
mas
em
vez
disso,
decidi
contatar
você
257
pessoalmente. No momento em que cheguei a seu quarto, no
entanto, já era tarde demais."
Jeremiah falou primeiro, sua voz desconfiada. "A ligação era
de um número bloqueado".
"Perigos da profissão." Os lábios de Lucas subiram em um
sorriso que não chegou a atingir os olhos. Eu tive a impressão
de que o sorriso era uma resposta automática, uma máscara
profissional muito usada, porque algo cintilou em seus olhos e
o sorriso desapareceu. "Eu decidi entrar em contato com você
diretamente, mas eu cheguei apenas um minuto atrasado da
equipe médica enviada para o seu quarto. Eu vi você furioso e
sabia que algo tinha acontecido."
Um fragmento da informação que chamou a atenção de
Jeremiah. "Você estava lá?"
Lucas assentiu sombriamente. "Eu sabia que você não iria
acreditar em mim se eu me aproximasse então não quis causar
uma cena - no estado em que você se encontrava, você teria
me estrangulado - então eu me afastei." Lucas sorrateiramente
lançou um olhar para mim. "Peço desculpas por não ter sido
mais rápido."
"Eu estou viva." No momento em o perdão veio, as palavras
eram uma expressão irrisória de gratidão, mas vi outro lampejo
de alívio em seu rosto. Minha mente estava tendo problemas
para equacionar este homem com sua escolhida carreira, eu
258
não podia ver Lucas como um traficante de armas. Eu acho
que até mesmo bandidos podem ter um coração.
"E quanto ao Arcanjo?"
A pergunta de Jeremiah recuperou a atenção de Lucas. "Ele é
novo
no
circuito
profissional,
mas
está
trabalhando
rapidamente sua ascensão. Eu sei de pelo menos 20 alvos
confirmados, mas estou certo de que há dezenas de outros. O
homem é um mestre do disfarce e usa todas as ferramentas
necessárias para o trabalho. Ele é bom o suficiente para não
deixar evidências, até mesmo para hackear câmeras de
vigilância. "Ele empurrou o queixo para mim. "Ela é a única
pessoa que viu o rosto dele e vive para contar o conto."
Fiquei gelada. "Então ele realmente está atrás de mim agora,
também?" Eu sussurrei. A sala de repente girou e me agarrei a
uma bancada perto de apoio.
Uma carranca cintilou no rosto de Lucas e ele deu um passo
para mim, mas Jeremiah já estava lá, passando um braço em
volta dos meus ombros e me puxando para perto como apoio.
Eu apreciei o gesto muito necessário e dei a Jeremiah um
sorriso, ao mesmo tempo Lucas foi detido novamente, os
guardas de cada lado segurando seus braços.
"Quem o contratou?" Jeremiah perguntou, com os olhos em
mim e não no seu irmão.
"Não importa, apenas que o assassino está vindo atrás de
você."
259
A resposta chamou a total atenção de Jeremiah. "Você não
sabe, ou você não vai me dizer?"
O tom mortal na voz do bilionário me estremeceu, mas Lucas
simplesmente deu de ombros, como se ouvisse ameaças
semelhantes todos os dias. Talvez ele faça em seu tipo de
trabalho, pensei enquanto Lucas respondeu: "Podemos nos
preocupar com isso após o fato."
"Podemos nos preocupar com isso agora. O que você está
escondendo, Loki?”
A consternação cintilou no rosto de Lucas, no uso de seu outro
nome. "Eu gostaria que você não me chamasse assim", disse
ele, a máscara jovial caindo por um momento.
"Por que não?" Jeremiah atirou de volta. "É o seu nome, não
é?"
"Esse nome foi dado a mim, eu não o criei." A indecisão
guerreava em seu rosto, como se quisesse dizer mais, explicar
o que ele queria dizer e Ethan escolheu esse momento para
entrar na sala. Se o guarda-costas careca notava ou se
preocupava com a crescente tensão na sala, ele não deu
nenhuma indicação. "Temos um visitante."
Os lábios de Jeremiah afinaram com a interrupção. "Quem é?",
Perguntou.
Ethan olhou para Lucas. "Anya Petrovski."
Eu estava olhando para Lucas quando Ethan falou, assim vi o
espasmo de raiva em seu rosto. Ele me viu olhando e tentou
260
encobri-lo, mas seus olhos ainda ardiam com emoção. Assim
como seu irmão, pensei. Está tudo nos olhos.
"Não há necessidade de envolvê-la", disse Lucas, sua voz
suave e de desprezo. Se eu não tivesse me acostumado a ler
a expressão estóica de Jeremiah, eu poderia ter sido levada
pelas suas palavras. "Ela provavelmente está aqui para
defender o meu caso para você, o que é totalmente
desnecessário."
Olhei para Jeremiah e vi estudando seu irmão com os olhos
estreitos. "Será que ela sabe alguma coisa sobre isso?"
Lucas bufou. "Definitivamente não, além do fato de que eu vim
aqui para te avisar."
Ele soava irreverente e indiferente, mas Jeremiah parecia não
convencido. Ele se virou para Ethan e disse: "Deixe seu carro
do lado de fora do portão. Revistem totalmente ela e o seu
carro, depois a traga para a casa."
Ethan assentiu com a cabeça e sussurrou instruções a um
guarda por perto que desapareceu da sala. Por mais de um
segundo, os lábios de Lucas franziram e seus olhos brilharam,
depois a máscara jovial caiu de volta no lugar. "Eu faço um
drama no amor", disse ele, os lábios transformando-se em um
sorriso apertado.
"Qual é o significado disto?" Ressoou uma voz de mulher a
partir da porta de entrada, seus tons estridentes quicando na
261
madeira e na pedra. O sorriso de Lucas congelou, os olhos
arregalaram enquanto sua cabeça se voltou para a voz.
Jeremiah olhou para Ethan, com a mandíbula apertada em
aborrecimento. "Por que ela não se foi?" Ele exigiu.
"Ela ainda não tinha deixado o portão quando ordenou o
bloqueio", disse Ethan, no momento em que Geórgia Hamilton
entrou na sala. Ela estava acompanhada por mais dois
guardas que desapareceram pela porta da frente, o dever de
escolta cumprido. A senhora fixou os olhos em Jeremiah e
marchou em linha reta até ele com raiva. "Qual é o significado
disso?", Ela retrucou, olhando para o seu filho. "Você me joga
fora da minha própria casa, envia sua força policial para
escoltar-me fora da propriedade, em seguida, me força a voltar
quando eu obviamente, não queria?" Ela pegou uma
respiração instável, cobrindo a boca com os dedos da sua
mão. "Você não tem nenhuma preocupação com meus
sentimentos?"
O desempenho exagerado foi sublime, mas devido a minha
experiência com a mulher, eu não poderia desenterrar
qualquer simpatia por seu sofrimento imaginário. Nem
aparentemente poderia Jeremiah, que respondeu friamente:
"Fique tranqüila mãe, você vai embora desta casa o mais
rápido que nós pudermos conduzir."
262
O aborrecimento torceu seu nariz por pouco tempo, então o
derramamento de lágrimas começou. "Como você pode sonhar
em me manter longe da minha..."
"Bem, olá mamãe. Você sentiu minha falta?"
As palavras sarcásticas de Lucas pararam a senhora na
metade do discurso inflamado. Claramente chocada, ela se
virou para olhar seu filho mais velho, que estava olhando para
ela a partir do centro da sala. "O que ele está fazendo aqui?"
Ela
exigiu,
todos
os
vestígios
da
sua
dor
anterior
desapareceram em um instante.
"Adorei ver você, também." Desapareceu a indiferença
profissional que Lucas tinha mantido durante toda a conversa
com Jeremiah. O sarcasmo agora atou tudo, a zombaria
amarga em seu rosto inclinou em direção à mulher magra que
tinha acabado de entrar na sala. A cicatriz em seu rosto se
destacou enquanto a pele ao seu redor escureceu pela raiva
reprimida.
Geórgia olhou como se tivesse chupado um limão enquanto
ela virou para Jeremiah. "Não ouve nada do que ele diz," ela
cuspiu. "Ele não é nada, mas um mentiroso e um trapaceiro."
Lucas jogou a cabeça para trás e soltou uma risada, então se
inclinou em direção a sua mãe, com um sorriso zombeteiro no
rosto. "Aprendi com o melhor. Herdado de ambos os lados, na
verdade."
263
Intrigada com a troca eu olhei para Jeremiah para alguns
esclarecimentos, mas ele também parecia confuso.
"O que está acontecendo?" Ele exigiu.
"Nada," Geórgia cuspiu, então ergueu o queixo e os ombros.
"Eu gostaria de sair agora quando o significado família parece
muito pouco nesta casa."
"Ah não, Mãe. Por favor. Fique." O sarcasmo gotejava em cada
palavra de Lucas, mas a mulher simplesmente cruzou os
braços sem olhar para seu filho mais velho. Um sorriso cruel
apertou o rosto de Lucas, mas o olhar ferido em seus olhos
não combinava muito com a expressão. "Você não gostaria de
saber o que aconteceu com aqueles 30 milhões de dólares eu
fui acusado de roubar?" Lucas perguntou. "Certamente a
curiosidade vem corroendo você para saber como eu gastei
isso."
Geórgia se encolheu ainda que levemente, o pequeno sinal
mais que um momentâneo aperto de seus lábios. "Eu não
preciso ouvir isso, não é da minha conta", disse ela, farejando
com desdém e girando em direção à porta de entrada “Quando
o seu pequeno argumento acabar, eu vou estar no meu carro."
"Parem ela." A ordem de Jeremiah foi imediatamente seguida
quando os dois guardas ao lado da porta formaram uma fileira
bloqueando a saída. Geórgia gritou em indignação, mas
Jeremiah ignorou, sua atenção voltada para o irmão. "Eu não
gosto de segredos", disse ele, em voz baixa.
264
"Você ajudou a perpetuar um por quase oito anos até hoje."
Lucas nunca parou de olhar sua mãe, mesmo quando ela se
recusou a devolver o gesto. Seus olhos eram de um caldeirão
de emoções, piscando e mudando tão rápido que era difícil
decifrar algo em particular. "Vamos, Mãe, eu devo dizer a ele
ou você gostaria de fazer as honras?"
Dando um gemido irritado que soava infantil, vindo da senhora,
Geórgia virou as costas para seu filho mais velho. De repente,
percebendo que ela tinha uma plateia observando cada
movimento seu, ela suavizou as características e acenou com
a mão alegremente. "Eu não sei sobre que você está falando",
disse ela, revirando os olhos. "Agora, se me dão licença..."
Os olhos Lucas se estreitaram no semblante, então ele se
virou para Jeremiah. "Alguma vez você já se perguntou de
onde a mãe consegue obter todo dinheiro?"
A pergunta pareceu assustar Jeremiah. Ele deu a seu irmão
um olhar longo e duro antes de se virar para observar para sua
mãe. Segui seu olhar e me perguntei se ele estava pensando a
mesma coisa que eu. Geórgia Hamilton não era uma atriz
muito boa, ela evitou os olhos de qualquer um, a cabeça
olhando de uma saída para outra, como se pensando qual lhe
daria fuga mais rápido. Finalmente, ela encontrou o olhar de
Jeremiah e revirou os olhos. "Vamos lá, você realmente não
acredita nele, não é?" Ela ralhou.
265
"Acreditar em que?" Jeremiah olhou entre seus familiares, a
confusão misturando com aborrecimento.
Nem seu irmão nem sua mãe pareciam inclinados a fazer mais
do que olhar um para o outro, então ele levantou a voz e
perguntou de novo: "Eu não vou acreditar em que?"
Um telefone celular tocou, o som agudo penetrando a
atmosfera concisa. Ethan derreteu para fora da sala, enquanto
a resposta à pergunta de Jeremiah me atingiu como uma
tonelada de tijolos. Oh, meu Deus. ”Foi sua mãe quem roubou
o dinheiro."
Eu não tive a intenção de vocalizar os meus pensamentos, era
apenas uma teoria, mas as palavras eletrizaram o público.
"Isso é um absurdo!" Ela grunhiu. Geórgia fixou o olhar em
mim, o rosto se contorcendo de raiva. Foi uma visão estranha
de se ver, como muito do seu rosto estava amortecido por
injeções de Botox, sua quase tranqüila aparência não
correspondia à raiva evidente em seus olhos. "O que você
sabe de qualquer modo? Você é apenas uma rameira que meu
filho trouxe para casa."
"Não foi como você também começou a vida?" Lucas
praticamente berrou enquanto minhas mãos enrolaram em
punhos. "O pai não a encontrou em uma casa de show em
Vegas? Por favor, Mãe, projetando seus problemas nela, não
vai perdoar seus próprios pecados."
266
Um espasmo de dor atravessou o rosto da senhora com a
recordação, o que ela tentou e não conseguiu esconder. "Eu
não preciso ouvir isso", ela repetiu com amargura, mas muito
do fogo tinha saído com as palavras.
Ela se virou, só para ter Lucas bloqueando seu caminho e
prendendo seu braço. Apesar das algemas em torno de seus
pulsos, ele a segurou firme. "Sabe o que você fez comigo,
mãe?", Ele murmurou quando ela se virou e o olhou. Ele se
aproximou, seus olhares se fecharam e nenhum parecia
disposto a ceder primeiro. "Você sabe a que sua mentira me
reduziu?"
Eu olhei para eles, ainda chocada com minha própria
revelação, em seguida olhei para Jeremiah. Ele estava imóvel
como eu já tinha visto, e era difícil dizer o que ele estava
pensando. Parte de mim queria saber mais sobre Geórgia Será que ela foi realmente uma dançarina em Vegas? - Mas
agora definitivamente não era o momento para perguntas. Há
muito sobre esta família que eu não sei.
"Não me culpe pelo que você escolheu se tornar" Geórgia
replicou, olhando para seu filho mais velho.
"Tudo o que me aconteceu comigo foi por minha escolha?"
Mesmo de vários metros de distância eu vi o seu corpo tremer
quando ele soltou o braço da sua mãe, suas mãos enrolando
em punhos. "Tudo o que eu fui, tudo o que eu tinha, estava
preso nesta empresa. Isso tudo foi me tirado, então, fui
267
acusado de roubar 30 milhões de dólares e eu tomei a única
opção disponível para mim que não incluía um tempo na
prisão."
"Vender armas pelo maior lance?" Jeremiah exclamou em voz
áspera. "Esse foi o seu único recurso?"
Lucas piscou pela interrupção, em seguida se afastou de
Geórgia. Ele parecia abalado, seus olhos vazios quando ele
olhou para seu irmão. "Isto não começou desta forma. Eu
precisava sair do país e um homem que eu considerava um
amigo, precisava de um negociador habilidoso para mediar
uma transação com uma carga. Eu não sabia até que eu
estava no ar em que consistia a "Carga" ou eu juro, eu mesmo
teria caminhado para a cadeia."
Geórgia bufou. "E você quer jogar a culpa sobre mim?"
"Assume alguma responsabilidade pelo que você causou," eu
disse, incapaz de me conter mais. Cada rosto na sala tinha
vários graus de nojo e espanto com o comportamento e
palavras da senhora, mas ninguém estava disposto a falar.
Ela revirou os olhos e inspecionou as unhas casualmente. "A
razão não importa. Ele é o que fez de si mesmo – eu não sou a
pessoa que deve viver com a vergonha."
Eu gaguejei, incapaz de controlar a minha própria raiva. "Ele é
seu filho," eu exclamei. "Ambos são os seus filhos! Você não
se importa com eles, de qualquer forma?"
268
"É claro que eu os amo," Geórgia grunhiu, dando-me um olhar
altivo. "Mantenha a sua opinião fora de assuntos que não lhe
dizem respeito."
Eu queria estrangular a cadela hipócrita, mas com suas
palavras o rosto de Lucas fechou. "Você está certa mãe.",
disse ele, seu queixo voltando. Eu reconheci o momento em
que sua máscara familiar voltou ao lugar. Ele deu à mulher um
sorriso de boca fechada, mesmo quando ela o ignorou. "Cada
um de nós tem que viver com os nossos próprios erros, não
é?"
Jeremiah finalmente deu um passo adiante. Eu coloquei minha
mão em seu braço e o senti tremer, o emocional trancado
profundamente surgiu. Sua atenção estava voltada para Lucas,
que visivelmente se retirou da conversa, fechando-se atrás de
uma parede familiar de simpatia. "Irmão..."
"Você sabe que a nossa mãe está negociando uma biografia
sobre a dinastia da família Hamilton com várias editoras?"
Lucas disse, interrompendo seu irmão. A cor súbita nas
bochechas de Geórgia demonstrava a sua raiva, mas ele
continuou. "Um olhar profundo da dinâmica da nossa família,
desde o nosso querido pai que partiu até o atual líder dos
negócios da família. Ela é, certamente, a heroína enclausurada
neste conto de drama, riqueza e espionagem corporativa. É de
conhecimento que as propostas para o livro eram de quase
sete números, antes do último editor pular fora." Ao olhar
269
chocado de Geórgia, Lucas balançou os dedos. "Você não é a
única com contatos na indústria dispostos a ajudar você a
estragar mais alguém."
"O que você está falando? Isso é um absurdo..."
"E", continuou Lucas, o seu sorriso mal-assombrado alargou,
“ela também está vendendo acessos para o filho bilionário. Se
um empresário não pode obter uma audiência com o Diretor
Presidente, ele ou ela pode ser um 'convidado' improvisado na
casa da família, convenientemente arranjado para circular
entre o novo líder da família. Tudo por um preço justo, é claro.
"
"Isso vindo de um homem que vende armas a ditadores e a
escória da terra para usarem contra pessoas inocentes?" A cor
nas bochechas de Geórgia aumentou quando ela olhou para
seu filho mais velho. "Como você ousa atirar pedras, jorrando
essa carga de mentiras, após o que você fez?"
"Pelo menos eu não escondo o que eu sou", Lucas murmurou,
repetindo a postura arrogante de sua mãe.
Geórgia encarou Jeremiah. "Diga-me que não acreditou neste
disparate", ela exigiu, com as mãos nos quadris.
O olhar de Jeremiah, porém, foi dirigido a seu irmão, ignorando
completamente a sua mãe. Lucas não recuou ao olhar de
sondagem. "Você pode provar isso?" Jeremiah finalmente
perguntou.
270
"Eu posso", respondeu Lucas enquanto sua mãe bufou com
afronta indignada.
"Você tem a sua palavra contra a minha." Geórgia deu a
Jeremiah um olhar decepcionado cuja sinceridade, tendo em
vista suas explosões anteriores, tocou vazio.
Será que ela sequer percebe como ela parece para todos?
Eu me perguntava. Julgando pela forma como ela ignorou os
guardas e os outros ocupantes da sala, eu duvidava muito. A
mulher parecia trancada dentro de seu próprio pequeno
mundo, as opiniões dos outros não importava. Que maneira
horrível de viver sua vida.
Jeremiah se adiantou até que ele estava de pé na frente da
sua mãe. Ele se inclinou para frente e, enquanto eu não podia
ver seu rosto eu vi Geórgia recuar. "Eu juro, Mãe, se o que ele
diz é verdade, eu vou..."
"Você vai o quê?" Ela o desafiou de volta. "Expulsar-me?
Cortar a mim? Você realmente acha que é o primeiro macho
Hamilton a me fazer essas ameaças? "Geórgia bufou. "Como
você acha que eu fiquei casada com seu pai durante todos
esses anos? Boa aparência e charme? Não, eu sempre tive
algo sobre ele - era a única segurança que eu tinha." Ela
encontrou o olhar de Jeremiah com o seu, mas a cor tinha
drenado de seu rosto, deixando apenas os cosméticos para lhe
dar qualquer cor. "Eu sabia que o velho bastardo não ia me
deixar um centavo quando ele partisse, mas como é que eu ia
271
saber que ele iria tão cedo? Você dois pensavam que eu não
era muito diferente do que seu pai e, talvez agora, esta é a
verdade mas eu sabia que certamente a única pessoa que eu
poderia contar era comigo mesma."
"Então você me jogou sob o ônibus." A declaração de Lucas
não era bem uma pergunta, mas era óbvio que ele queria
respostas.
Geórgia empalideceu, como se o impacto de suas ações só
então lhe ocorreu. Sua boca se moveu em silêncio por um
momento. "Eu não imaginava que isto iria tão longe", ela
finalmente disse, a voz baixa. Ela brincava nervosamente com
sua bolsa, pegando um tubo de batom e um espelho pequeno,
mas suas mãos tremiam demais para aplicar uma nova
camada. "Aquele seu pai bastardo não me deixou uma moeda
de dez centavos, na verdade, ele conseguiu amarrar tudo que
eu pensei que eu secretamente guardava na herança de
Jeremiah. Eu sabia que não havia nenhuma chance dos meus
filhos cuidarem de mim. Não pensem que eu não notei como
você agem comigo ", acrescentou com um aparte a Jeremiah.
"Barrando da minha própria casa, agindo como se eu fosse
uma criança. Você é tão mau como o seu pai, supondo que eu
não posso cuidar de mim mesma."
A acusação sacudiu Jeremiah, mas a Geórgia continuou.
"Tudo aconteceu muito rápido. Eu dei um jeito de encontrar o
testamento
e
ler
o
suficiente,
antes
dos
advogados
272
descobrirem que eu estava ferrada. Mais de trinta anos que eu
estive com aquele bastardo, cuidando dos seus filhos,
negligenciado suas infidelidades, o meu papel como a esposa
Brilhante e obediente, e ele não me deixou nada. Eu ajudei a
executar algumas comissões não essenciais, aquele Rufus
achou perfeito para a minha falta distinta de qualquer talento
útil. Cada um conseguiu somar uma certa quantidade de
fundos e combinados igualou pouco mais de 30 milhões de
dólares." Ela ergueu o queixo. "Então eu peguei."
"E me deixou levar a culpa?" Lucas exigiu.
"Eu não pensei nisso muito a frente", ela retrucou. "Eu sabia
que estava com o tempo contado então gastei o melhor que eu
pude. Acontece que foi mais difícil de conseguir o dinheiro do
que eu pensava, pelo menos sem atrair muita atenção. No
momento em que eu descobri que você era o principal suspeito
- eu não me preocupei em participar da investigação por
razões óbvias - você já tinha fugido do país e eu ainda tinha
um montante de dinheiro sobrando. Então, eu guardei."
Lucas colocou as mãos sobre o coração. "Eu sinto por você, eu
realmente sinto."
"Pare de bobagem, Lucas. Eu errei, pura e simplesmente." Ela
se virou para Jeremiah. "E agora?"
"Sim, Jeremiah," Lucas acrescentou. "O que você vai fazer
sobre estes novos acontecimentos?"
273
O CEO não parecia em condições de falar, ainda obviamente
surpreso com o rumo dos acontecimentos. Eu não tinha
conselho a dar, apenas apertei com mais força seu braço em
apoio silencioso. Que escolha horrível, pensei, uma torrencial
compaixão através de mim quando Jeremiah olhou sua mãe,
batendo o pé impaciente, para Lucas, que ficou em silêncio
com as sobrancelhas levantadas e, obviamente, esperava uma
resposta imediata.
Em seguida, a porta da frente se abriu e uma voz familiar de
mulher gritou: "Lucas!" Todas as cabeças se voltaram em
direção ao som e, um momento depois, uma descabelada
Anya Petrovski tropeçou pela porta da entrada, escoltada por
um guarda grande. Foi-se a roupa da moda a bola da vez,
muito pouco de maquiagem cobria seu rosto, e as roupas
elegantes estavam amassadas e desordenadas como se
tivesse acabado de jogar de forma aleatória. Seu cabelo
estava preso em um rabo de cavalo, enquanto a sua beleza
natural ainda era tão clara como o dia, seus traços estavam
menos severos fazendo parecer mais jovem e mais vulnerável.
Seus olhos rapidamente esquadrinharam a sala e foi óbvio o
momento em que ela encontrou Lucas que era tudo que
interessava a ela.
Lucas, no entanto, olhou a menina friamente. "Eu falei para
você ficar longe de mim", disse ele, a voz desprovida de
emoção.
274
Sua reação com a mulher me surpreendeu, mas Anya suportou
o seu desprezo. Ela ficou balbuciando em russo, costas rígidas
e rosto estóico, mas as lágrimas tinham juntado em seus olhos
com a rejeição gelada de Lucas. A beleza russa se moveu até
ele que ergueu a mão para afastá-la. "Eu sinto muito," Anya
finalmente gemeu em Inglês, com os olhos assombrados.
"Eu disse que nunca mais queria vê-la novamente", Lucas
rosnou. Seu olhar era terrível de se ver - nesse instante, ele
parecia e soava muito com seu irmão e Anya fraquejou de
volta. Esta não era a mulher arrogante e chata que eu conheci
antes, o desespero e a dor em seus tons sangraram, mesmo
que o significado exato permaneceu um mistério. Troquei um
olhar com Jeremiah, que parecia tão perplexo quanto eu. O
que está acontecendo?
Lucas apontou para Jeremiah. "Ele é quem você deve estar
implorando por perdão", disse ele voz sombria, mas Anya
continuou falando com ele em russo. Ela continuava usando a
cruz ortodoxa eu lembrei pendurada em seu pescoço no baile
de gala em Paris, articulando com um Lucas rosto de pedra
sem sucesso.
"Por que ela está aqui?" Jeremiah finalmente perguntou. Com
suas palavras Anya ficou em silêncio de repente e, parecia se
retirar em si mesma, olhando para o chão e torcendo as mãos.
Lucas deu a loira russa um olhar de desprezo. "Você estava
desejando saber antes quem contratou o assassino para
275
matá-lo?" Lucas apontou o polegar para a beleza encolhendo,
dando a seu irmão um sorriso apertado.
"Surpresa".
276
Capítulo 20
No começo eu não entendi o que ele quis dizer. A sala inteira
ficou em silêncio por um momento, então Jeremiah estalou os
dedos e apontou para Anya. Imediatamente os dois homens
que a haviam escoltado para dentro da casa agarraram um
braço cada, segurando-a firmemente no lugar. Somente assim
significativamente Lucas se afundou e eu engasguei com a
revelação.
"Anya contratou o assassino." As palavras resumindo meu
próprio entendimento confuso da situação, veio de Jeremiah. A
incredulidade penetrou em sua voz, quando ele repetiu isso
como uma pergunta. "Anya contratou o assassino?"
"Nunca atravesse um russo", Lucas respondeu, revirando os
olhos e suspirando. "Parece que a verdade do ditado se
estende além da minha profissão atual."
"Eu fiz isso por você", a loira disse para Lucas, lutando para
libertar-se das garras dos guardas. "Eu pensei que era isso
que você queria!"
"O que eu queria?" Lucas zombou de Anya. "Você fez isso por
si mesmo, não tente colocar a culpa em minhas costas."
Anya olhou os guarda-costas ao seu redor, mas continuou
falando para Lucas. "Você disse que o odiava, que você
desejava -"
"Eu nunca quis vê-lo morto", Lucas rugiu, e Anya se encolheu.
277
"Você sempre fala sobre ele", ela insistiu. Ela escorregou em
russo por um segundo e depois se conteve. "Quando você está
bêbado, sempre fala como você deseja voltar para casa..."
"E matar o meu irmão vai trazer meu lugar de volta?" Lucas
soltou um riso. "Anya, você não é uma mulher estúpida, tudo
evidencia ao contrário nesta situação aparte. Olhe para mim!"
Ele abriu os braços.
"Milhares de pessoas são mortas pelas minhas mãos. O meu
dedo talvez não estava no gatilho mas eu forneci as balas, as
armas. Estou coberto de sangue- como posso voltar para casa
depois do que eu fiz, o que permite que isso aconteça?"
O queixo de Anya tremia como o meu próprio coração
apertado da dor óbvia do homem. Ela cantarolou baixinho
alguma coisa em sua língua nativa e estendeu a mão para
Lucas, mas ele afastou sua mão. "Não fique se achando,
minha querida." Sua fúria fria cortou o ar, concebido apenas
para infligir dor. "Eu nunca te amei. Por que teria alguma
afeição por uma ferramenta inteligente?"
O sangue drenou do rosto de Anya quando ela ficou
boquiaberta com Lucas em descrença. "Você disse..."
Ele acenou com a mão no ar, revirando os olhos. "As palavras
significam pouco, você deve saber disso. Sua utilidade, bem
como a minha paciência acabou. Eu já não preciso do seu
drama." Lucas a olhou friamente, em seguida, fez um
278
movimento de enxotar com a mão. "Você pode ir embora
agora."
Uau. Eu assisti a cena, mas incerta do que pensar. Por mais
que eu detestei a mulher, quando a conheci na França, meu
coração foi para ela agora...que era bobagem, dado ao fato
que ela tinha feito muito para nos machucar. Mas, naquele
momento, eu tinha dificuldade em acreditar que a mulher faria
uma coisa dessas.
Anya se alinhou na posição vertical em cópia perfeita da sua
pose anterior, mas a devastação em seus olhos era terrível, a
espinha dorsal de aço e atitude que a sustentava foram
quebradas por suas palavras. Uma única lágrima fez seu
caminho para baixo no rosto de marfim. "Eu te dou tudo", ela
sussurrou entrecortada com um forte sotaque.
Os dedos que ela segurava a cruz ornamentada em torno de
seu pescoço estavam pálidos e trêmulos. "Eu me transformei
em tudo que você precisa, fiz coisas que envergonharam a
mim e a minha família, tudo por seu amor. Agora você me diz
que foi uma mentira?"
Lembrei de Ethan me dizendo que Anya era uma garota
simples do campo quando Jeremiah a contratou para ajudar
nas traduções russas. Olhando para ela agora, eu não vi a
arrogante, beleza condescendente da festa, mas uma jovem
jogada em um mundo contra o qual ela não tinha defesas. O
jeito que ela segurava o colar, um símbolo da religião a que,
279
obviamente ela ainda se agarrava, fez meu coração doer por
ela. Isto é para onde eu estou indo?
"Nós homens Hamilton corrompemos tudo que tocamos."
Lucas olhou com piedade para Anya. Ele me de uma olhada
antes de continuar. "Você foi pega na mira e isto foi infeliz."
"Isto não é como deveria acontecer", ela sussurrou. "Ele disse
que isso era o que você queria, que ..."
Ela parou, mas no silêncio morto carregado por suas palavras
na sala. "Quem disse?" Lucas e Jeremiah, replicaram ecoando
um do outro.
Naquele
momento,
várias
coisas
aconteceram
simultaneamente. Todas as luzes se apagaram na grande sala,
causando estranhas sombras da luz silenciada e fluindo
através da janela. Eu tive tempo para perceber que o vidro que
revestia o fundo da sala, que tinha ficado opaco nos últimos
dias, já não escondia a sua vista para o oceano atrás da casa,
então estourou. Houve um pequeno estalo e Anya tombou para
frente no chão, um olhar atordoado no rosto. Então, de repente
eu fui agarrada e jogada de lado na cozinha, pressionado atrás
da alta ilha de mármore com tampo por um corpo pesado. Algo
assobiou atrás da minha cabeça, o canto do ar com a sua
proximidade. Eu dei um grito assustado quando um pote de
farinha sobre o balcão atrás de mim explodiu.
A sala irrompeu em movimento enquanto pessoas se moviam
para se proteger. Guardas mergulharam em direção a cozinha
280
ou no saguão da entrada, se acumulando através da
passagem estreita. Houve um outro estouro e um jovem
guarda tropeçou, caindo imóvel no chão. Ele foi arrastado pela
porta por seus companheiros, desaparecendo da minha vista.
"O
que
está
acontecendo?"
Eu
perguntei,
o
coração
ameaçando rasgar do meu peito.
"Franco atirador".
Oh Deus. Eu tremia contra Jeremiah, que me puxou com força
contra seu corpo. Eu ouvi um barulho alto no interior da ilha e
saltei, mas nenhuma bala saiu do nosso lado. Ao nosso lado
um guarda irrompeu de sua posição junto à porta e se dirigiu
para nós. Outra estalo soou e ele se virou, caindo sem graça
em meia volta dentro do nosso ponto de cobertura. A surpresa
e o medo brilharam brevemente em seus olhos antes do seu
rosto ficar frouxa, e a realização doentia eu só iria assistir
alguém morrer era quase demais para suportar.
"Respira", Jeremiah ordenou, e deixei escapar o ar que eu não
percebi que tinha mantido preso. Ele empurrou de lado e
verificou o pulso no pescoço do guarda, em seguida, pegou o
pequeno microfone de orelha. "Ethan, o relatório".
"Alguém sabotou o sistema elétrico, incluindo os geradores de
luz." Voz de Ethan era baixa e fraca, mas eu estava perto o
suficiente de Jeremiah para ouvir. "Nós estamos trabalhando
para resolver isso agora. Qual é a situação aí?"
281
"Um atirador de elite nos mantém presos na cozinha,"
Jeremiah grunhiu. "Nós precisamos daqueles vidros de volta
como cobertura para sair."
Houve uma pausa, então, “Roger aqui. Randy diz que ETA vai
ligar a energia em dois minutos. "
Jeremiah amaldiçoou, deixando o microfone em seu colo. "Dois
minutos", ele repetiu, e eu assenti. "Poderia ser de qualquer
forma para sempre."
"Visitar você é sempre um prazer, irmão."
A voz de Lucas era leve e a cabeça de Jeremiah virou para
olhar, mas o homem da cicatriz não estava nem olhando para
nós. Toda a sua atenção estava em Anya, ainda deitada de
bruços no meio do chão, apertando sua barriga sangrando e
gemendo baixinho. Lucas tinha de alguma forma conseguido
derrubar a espessa mesa de café e uma cadeira como
cobertura, mas também não lhe proporcionou muita proteção.
Anya moveu um braço em direção a ele, soluçando baixinho
enquanto a outra mão segurava o ferimento de bala na barriga.
"Eu estou chegando, baby." Lucas fez um movimento rápido de
entrar e sair com a cabeça, espreitando muito brevemente e,
um instante depois uma bala abriu um buraco na parede atrás
dele. Ele xingou então se lançou e agarrou um travesseiro nas
proximidades. "Isso realmente seria mais fácil sem as algemas,
irmão", ele gritou.
282
Jeremiah vasculhou os bolsos e jogou um chaveiro pequeno
através da sala pousando atrás da mesa de café. "O que você
está fazendo?", Ele perguntou.
"Provavelmente
tentando
me
matar",
respondeu
Lucas,
rapidamente revelando seus punhos. Ele fez uma pausa para
respirar fundo, e olhou para Jeremiah. "Deseje-me sorte",
acrescentou, em seguida jogou o travesseiro de lado para a
área aberta ao lado dele. Ele explodiu, fazendo pedaços do
recheio voar por toda parte, mas Lucas já estava em
movimento,
agarrando
Anya
e
puxando-a
para
seu
esconderijo. Outro estalo através da janela e Lucas assobiou,
mas ele estava de volta atrás da sua barreira e conseguiu
puxar Anya com ele atrás da longa mesa. Duas balas em
rápida sucessão atingiram a mesa de madeira que Lucas se
escondeu com forte impacto, mas também não pareceu passar
por ela.
Cuidando para ficar escondido, Lucas se moveu para
inspecionar a ferida no estômago de Anya. A partir do olhar
sombrio no rosto, eu poderia dizer que foi ruim. Anya soluçou
suavemente, com uma mão flutuando acima da sua barriga,
enquanto a outra mão segurava firme o braço de Lucas. Na
entrada, os gritos de Geórgia atingiram níveis verdadeiramente
líricos.
"Mãe, fique quieta!" Jeremiah gritou e imediatamente os gritos
pararam. Eu me perguntei se era medo por sua vida ou a de
283
seus filhos que faziam a mulher histérica, mas certamente não
era o momento de pensar nisso.
"Fique
comigo,
Anya,"
Lucas
murmurou,
removendo
cuidadosamente sua camisa e pressionando-a sobre a ferida.
"Eu sinto muito," Anya sussurrou, a mão sangrenta vibrando
fracamente através do ar. As lágrimas rastrearam o lado do
seu rosto em seu cabelo, e a desolação em seus olhos era de
quebrar o coração. "Eu deveria saber, eu nunca quis..."
"Shh, não fala. Você vai ficar bem."
A mentira era óbvia, mesmo a esta distância eu podia ver a
quantidade de sangue jorrando da ferida e aumentando a
palidez no rosto da mulher russa. "Eu nunca deveria ter ouvido
ele, eu só queria que você fosse feliz..."
"Você vai ficar bem," Lucas rangeu, mas a realidade da
situação
era
cada
vez
mais
evidente
em
seu
olhar
desesperado. Suas mãos deixaram a camisa encharcada de
sangue contra a sua barriga para tocar seu rosto. "Quem lhe
disse para fazer isso? Preciso de um nome, Anya, fique aqui
comigo."
Ela não lhe respondeu enquanto sua respiração ficou ofegante.
Seu corpo crescia fraco, a mão livre caindo para o peito. "Eu
lhe dei tudo", ela sussurrou, irregulares ofegantes exalações.
"Não se esqueça de mim."
"Anya", disse Lucas, alisando o cabelo para trás, "fica comigo.
Ei, você nunca me levou na pequena cidade de onde você
284
veio. Qual era seu nome?" Anya, no entanto, não parecia ouvir
sua pergunta, seu rosto pálido se tornando fraco. "Tudo", ela
repetiu, os olhos olhando para o nada. Sua mão escorregou da
cruz ortodoxa abaixo de seu pescoço, e ela tomou uma forte
respiração. "Eu vendi minha alma..."
O rosto de Lucas contorceu. "Anya, fica comigo. Anya ...”
Mas ela se foi.
A respiração de Lucas saiu em um soluço irregular, então ele
bateu no piso de cerâmica com o punho sangrento e soltou
uma série de palavrões. Uma bala bateu na madeira atrás
dele, mas ele não se abalou. Ele parecia irritado mas as
máscaras foram embora e eu vi a profunda derrota em suas
marcadas feições.
Morto o corpo pálido de Anya parecia tão pequeno e jovem. Eu
nunca quis ver a mulher morta, mesmo quando eu tinha visto o
seu pior. Sabendo sobre a menina, o que ela tinha sido antes,
depois vê-la chorando no chão tinha apagado meus residuais
sentimentos ruins pela mulher. Suas últimas palavras foram um
soco no estômago, e eu só podia imaginar que foi pior para
Lucas. Talvez ele merecesse. O pensamento foi cruel, mas eu
não pude evitar, queria saber o que ele pediu para a menina
russa fazer em seu benefício, manipulando seus óbvios
sentimentos
por
ele
não
importando
se
eles
eram
correspondidos. Será que o amor significa tão pouco para esta
família?
285
As luzes da cozinha acenderam quando a eletricidade foi
ligada novamente, mas o vidro que reveste a parte de trás da
casa permaneceu claro. "Voltem o vidro de segurança"
Jeremiah rosnou, segurando-me firmemente contra ele. Um
segundo mais tarde, alguém apertou o botão e o vidro
embaçado voltou o oceano desaparecendo de vista. O atirador,
no entanto, não terminou; balas continuaram a aparecer
através do vidro embaçado, principalmente centralizado ao
redor de Lucas e na localização de Anya.
Aparentemente, o atirador não gostou de ter sido feito de bobo.
"Vá", disse Jeremiah suavemente, empurrando os meus pés e
impulsionando-me para a porta de entrada a menos de dez
metros de distância. Ele me protegeu com seu corpo enquanto
corríamos a curta distância para a relativa segurança do
saguão principal da casa. Lucas veio também não muito tempo
atrás
de
nós,
com
as
mãos
sangrentas
penduradas
rigidamente ao seu lado.
Geórgia estava na extremidade do saguão com um guarda
segurando-a no lugar. A expressão frenética em seu rosto
derreteu quando seus dois filhos vieram através da porta, mas
ela empalideceu quando viu o sangue em Lucas.
Arrancando o braço do aperto do guarda, ela se moveu para
seu filho mais velho, a mandíbula se mexendo em choque
impotente, apenas para que ele levantasse a mão para detê-la.
286
"Não é a meu", disse ele. Não havia nenhuma emoção em sua
voz.
A morte de Anya deve ter queimado isto para fora dele, pelo
menos neste momento.
A incerteza marcou o rosto da senhora, claramente se
debatendo o que fazer. Eu me perguntava o que ela faria,
talvez tentar consertar o relacionamento com um abraço, mas
sua personalidade venceu. Seu queixo subiu enquanto a
máscara de arrogância desceu firme, e me ocorreu que toda a
família escondia partes de si mesmo do mundo, como se
demonstrar qualquer emoção verdadeira permitisse que outras
pessoas usassem isto contra eles. E certamente foi isso o que
aconteceu no passado.
Ethan entrou pela porta da frente, seguido por outro guarda
com um telefone celular no ouvido. "Nós conseguimos o
gerador de volta, mas vai demorar um pouco para consertar a
bagunça com as redes de força principais", disse ele. "Há três
feridos do lado de fora, a emergência médica está a caminho."
"Temos baixas aqui também, com pelo menos um morto.
Obtenha todos os feridos no andar de cima e coordene para
garantir que todos tenham a atenção." Jeremiah colocou uma
mão em cada um dos meus ombros, em seguida, empurroume para Ethan. "Cuide dela e do meu irmão, não há tempo a
perder."
"Senhor?"
287
"Nós precisamos encontrar o atirador agora antes que ele
desapareça de novo." Ele olhou para mim. "Fique com Ethan;
faça tudo o que ele te disser."
Eu tive que me esforçar para soltar seu braço. O desejo de
tentar trazê-lo de volta para a segurança da casa era forte,
mas de alguma forma eu sabia que não iria impedi-lo. Ele
precisava disso, estar de volta nas trincheiras caçando o
bandido. Que ele era o alvo final não importava a Jeremiah, eu
podia ver isso em seus olhos. Então, ao invés de protestar, eu
engoli meus medos e disse: "Prometa-me que vai ficar seguro”.
O seu comportamente suavizou com minhas palavras, seja de
alivio ou outra coisa. Ele beijou o topo da minha cabeça
enquanto os guardas feridos foram trazidos para dentro. “Eu
voltarei
para você, eu prometo", ele murmurou, então saiu
porta afora.
"Levem-os para cima," Ethan ordenou, e os demais guardas
levaram os feridos escada acima.
"Ótimo," Lucas murmurou, olhando fixamente para o chão, "Eu
tenho o Capitão América como minha babá. Que demais "
Ethan se virou na minha frente, seu punho explodiu no rosto de
Lucas, o enviando ao chão em segundos. "Eu queria fazer isso
há anos", disse Ethan baixinho.
Fiquei olhando para o homem da cicatriz com desânimo. "Você
realmente precisava fazer isso?", eu perguntei, movendo-me
288
para frente para ver se Lucas estava bem. "Ele não era uma
ameaça..."
Uma mão contornou minha cabeça, colocando um pano em
minha boca. Assustada, lutei abrindo minha boca para gritar,
mas apenas consegui respirar um aroma adocicado. Quase
imediatamente a sala girou, e eu ouvi Ethan murmurar
suavemente, "Eu sinto muito por isso", minhas pernas foram
cedendo e logo eu estava caída ao chão.
Ouvi muito esta frase esta noite, foi o meu último pensamento
antes de perder a consciência
***
Meu sonho foi estranho: eu não poderia dizer, mesmo dentro
do contexto da fantasia inconsciente, se eu estava voando ou
caindo pelos ares.
Nuvens me cercando, o chão longe como eu só tinha visto de
dentro de um avião. Algo estava em meus braços, talvez a
razão da minha queda, mas eu não estava com medo. O chão
foi se aproximando cada vez mais, mas eu me sentia
totalmente satisfeita, embora eu não tivesse ideia do por que.
A real sensação de alguém vasculhando meus bolsos
arrancou-me de meus sonhos.
Uma vertigem súbita fez a minha cabeça nadar, estava
sonhando ainda talvez, até que percebi que estávamos nos
289
movendo e eu estava deitado de lado. Minhas mãos estavam
amarradas a frente de meu corpo, meus pés também estavam
presos de forma similar, e eu estava largada no banco de trás
de um carro desconhecido.
Quando eu tentei sentar, também descobri que estava
amarrada pelo cinto de segurança, as tiras grossas puxandome de volta para o couro aquecido.
Um
homem
estava
sentado
no
banco
do
motorista,
trabalhando com um telefone na sua mão grossa. Imaginando
que ele não sabia que eu estava acordada, examinei o
ambiente piscando para afastar a sonolência. Tudo estava
coberto de couro preto texturizado, do tipo caro e cheirava a
novo, mas o carro em si era desconhecido para mim.
O banco traseiro era estreito, com pouco espaço para as
pernas - eu estava enrolada para não bater dos lados - então
eu imaginei que era algum tipo de carro esportivo. O ronco de
um motor acostumado a percorrer altas velocidades confirmou
minhas suspeitas, mas não me deu maiores detalhes.
Eu me virei para olhar através da janela o céu nublado lá fora.
O couro rangeu debaixo de mim atraindo a atenção do
motorista, e meu coração falhou por um momento quando vi o
rosto tão familiar. “Ethan”?
Ele se virou, encarando a estrada. Jogou o celular no banco do
passageiro e eu percebi que o celular era meu, o que Jeremiah
havia me dado após eu ter quebrado o meu em Paris.
290
“A garota esta acordada?”
Meus olhos se arregalaram quando ouvi a outra voz. Eu olhei
para o lugar do passageiro a minha frente, mas ninguém mais
estava no carro. A voz não tinha vindo de qualquer outra
direção, e Ethan não pareceu surpreso embora seu maxilar se
contraiu.
“O efeito do sedativo terminou antes do esperado” Ethan
respondeu. Sua voz era grave, brava, como se ele não
quisesse responder.
Meu celular explodiu em sons a minha frente, surpreendendo
Ethan. “O que é isto?” disse a voz sem corpo, com um
aborrecimento notável em seu tom oleoso.
“É o telefone da garota” Ethan o pegou olhando para tela. “É
Jeremiah”, ele completou sem emoções.
Meu coração acelerou com a menção de seu nome. O Peito
apertado mordi meus lábios tentando impedir o choro.
“Atenda,” a voz ordenou. “Coloque no viva voz.”
Ethan atendeu a ligação e então colocou o telefone em seu
colo. Antes que ele pudesse dizer qualquer coisa eu exclamei,
“Jeremiah!”
“Lucy. Onde você está?”
O frio da minha alma se derreteu com o som de sua voz. Ele
soava forte e seguro, e eu desesperadamente precisava desta
segurança. “Estou no banco traseiro de um carro,” eu respondi,
odiando o desespero em minha voz que mostrava minha ânsia
291
de sair deste lugar. “Em um carro esportivo todo de couro
preto. Eu não consigo ver nada, a não ser o céu nublado pela
janela. Estou com Ethan.” Eu parei, sem ter certeza de como
anunciar meu sequestro.
Meus olhos encontraram o olhar pétreo de Ethan, em seguida,
o grande homem suspirou. "Eu sinto muito por isso, Jeremiah".
“Ethan?” ele rosnou . Talvez se eu conseguisse ver seu rosto
eu poderia decifrar a emoção que ouvi pendendo naquela
única palavra, surpresa, raiva, traição, desapontamento, mas
agora havia apenas a palavra e a necessidade de uma
resposta por trás dela.
“Eles pegaram Celeste”. Um profundo pesar atravessou a voz
do grande homem e pude ver sua boca se fechar.
Jeremiah vociferou. “Quando”?
“Eu não sei, mas eu recebi a ligação enquanto você estava
discutindo com sua família. Você sabe que eu faria qualquer
coisa para protegê-la.”
“Então você armou isto”? Até mesmo pelo telefone, a raiva na
voz de Jeremiah explodiu pelo ambiente. “Você deixou três
homens morrer por causa...”
“Não”, Ethan explodiu, “isto não fui eu. Eu não sabia de nada
até receber a ligação e as luzes apagaram antes de sair do
telefone. Eu te juro por qualquer honra que ainda tenho que
não tenho participação alguma neste ataque”.
292
“Você pede confiança após ter raptado minha” Jeremiah parou,
então perguntou. “Onde você está indo”?
“Fazer a troca”.
“Maldição, Ethan!”
“Você faria o mesmo por ela, não tente negar.” Ethan olhou
para mim, então deu uma risada fria. “Isto tudo parece com
Kosovo”.
Houve uma pausa no outro lado da linha, então Jeremiah
vociferou novamente, “Maldição, Ethan...”
“Quanto isto acabar, não culpe a Celeste. Eu decidi tudo
sozinho.”
Ethan pegou o telefone.
“Estou desligando agora. Adeus Jeremiah”.
“Ethan, espere...”
Ethan desligou, olhando fixamente o telefone em sua mão.
“Jogue o telefone pela janela.”
Eu olhei a voz ordinária que vinha do lado da minha cabeça
enquanto Ethan fez o que lhe foi mandado, abaixando o vidro
do carro e jogando fora o celular. Eu olhei para o lado da
minha cabeça e percebi que a voz vinha dos auto falantes de
dentro do carro. Parte de mim estava aliviada por não ter outra
pessoa dentro do carro, mas eu tinha uma sensação que
conheceria o dono desta outra voz em breve.
“O que aconteceu em Kosovo?” A voz perguntou, puxando
conversa.
293
“Um informante nos traiu,” Ethan respondeu sua voz neutra.
“Nós não percebemos até que de fato nosso alvo sequestrou a
esposa e família do homem, então ele nos entregou para
salvá-los”.
“Todos sobreviveram”?
“Não”, veio a resposta cortada.
“Pena, embora um final apropriado para o crime dele. Traição
realmente é o pior dos pecados, você não acha?”
Os dedos de Ethan no volante estavam brancos de tanto que
ele os apertava com tensão, mas ele não respondeu a obvia
provocação. “O que você fará com a garota”? Ethan perguntou,
após uma breve pausa.
“Matá-la, depois matar seu amigo quando ele vier salvá-la.”
Eu
gemi
e
fechei
meus
olhos
com
força,
lágrimas
transbordando por meus cílios. Quando os abri novamente, vi
Ethan me encarando pelo retrovisor. “E se eu não levá-la até
você?”
“Eu matarei sua preciosa esposa. Humm, eventualmente. Ela é
uma beleza, se você gosta de ruivas como esta.”
As mãos de Ethan torceram sobre o volante. “Seu filho da
puta...”
Houve uma agitação na outra extremidade da linha, em
seguida, uma mulher gritou de dor. Celeste. Ethan desviou o
carro com o som, gritando: "Pare!"
294
Os
gritos
pararam,
mas
os
soluços
ao
fundo
eram
angustiantes. “Se você não quiser mais marcas em sua
mulher”, A voz declarou, não mais divertida, “você não irá mais
me ofender. Está claro?”
“Como cristal”, Ethan rosnou, mas seu perfil era de um
desespero sombrio.
Meu coração estava batendo forte, ameaçando sair de meu
peito. Minha respiração estava instável e rápida. “Ethan, por
favor”, eu sussurei, minha garganta se contraindo com o
pensamento que estava por vir. Eu não quero morrer!
“Cale a boca dela”, o assassino disse.
Eu me contorci desesperada para me libertar, Ethan agarrou
um pano branco no banco de passageiros e veio com seu
braço em minha direção. Seus longos braços acharam meu
rosto com facilidade, mas eu lutei, segurando minha respiração
e me torcendo para onde pudesse contra os cintos de
segurança tentando me soltar. Ethan teve paciência de Jó,
manchas começaram a dançar ao longo de meus olhos
enquanto eu rapidamente esgotava meu estoque de oxigênio.
Eu solucei um suspiro, o doce aroma da drogra descendo para
meus pulmões, segundos depois eu cai na incosciência.
Desta vez, não houve sonhos.
295
Capítulo 21
Não sei por quanto tempo fiquei desacordada desta vez, mas o
aumento do balanço e salto do carro me tirou do sono induzido
por drogas. Só fiquei totalmente consciente quando paramos, a
súbita falta de movimento me acordando bruscamente. Houve
o barulho de uma porta se abrindo, e o clique de um banco,
então minhas pernas foram agarradas. Involuntariamente eu
lutei, mas meus esforços foram fracos e ineficazes enquanto
eu era puxada para fora do veículo e jogada sobre um ombro.
Um ar frio me atingiu e eu imediatamente comecei a tremer, as
roupas finas que eu usava não eram apropriadas para o frio do
inverno.
“Você pode ficar de pé?” A voz de Ethan ressoou próxima.
Meu estomâgo se embrulhou, nausea ameaçando se apoderar
de mim, mas consegui falar um fraco “Sim”. O mundo girou
novamente, mas Ethan foi gentil, me colocando de pé ao lado
do carro. Eu cambaleiei, colocando uma mão no carro
esportivo para me segurar e me forcei a olhar ao redor.
Gaivotas gritavam acima de nós, gritos lamentosos cortando o
ar. O oceano pulsava ritimicamente perto, mas eu não
consegeguia ver a margem dele de onde eu estava por causa
da neblina que cercava a água. Prédios industriais alinhados
por toda rodovia a beira-mar, nos bloqueando. A rua em frente
ao mar era estreita e nebulosa, a neblina serpenteava sobre o
296
asfalto irregular, e vi outro carro a poucas centenas de metros
apontantando ameaçadoramente para nós. “ Aquele é...?”
Percebi algo com o canto dos olhos e me virei para ver uma
arma nas mãos de Ethan. Minha respiração se acelerou, mas
ele pegou meu olhar e balançou a cabeça de leve, mantendo a
arma apontada para o chão e escondida atrás de meu corpo.
“Onde está minha esposa?” ele gritou para o assassino que
estava obviamente ouvindo tudo do carro. Então a porta do
carro abriu, confirmando meus medos. Uma figura magra com
o cabelo bem vermelho cambaleou para fora do carro
enquanto a porta se fechava atrás dela. “Ethan”? Celeste
chamou, sua voz fraca por causa da distância.
“Estou aqui Celeste,” ele respondeu, e eu pude ouvir a tensão
abandonar o corpo dele enquanto a cabeça de Celeste se
movia em nossa direção. Ela cambaleou até nós, e eu pude
ver que ela estava vendada e tinha as mãos algemadas atrás
do corpo.
“Espere que ela o alcance”, o assassino disse, a sua voz
gordurosa através dos auto falantes do carro fazendo minhas
mãos se fecharem. Eu mordi meus lábios e um barulho veio
atrás de mim, sem dúvida era Ethan preparando sua arma.
Meu queixo tremia e eu cerrei os dentes, determinada a ser
forte. Ah, mas é tão difícil.
“Talvez agora seja uma boa hora para dizer que sua esposa
está usando uma bomba”?
297
Eu ouvi um rápido suspiro e um aperto de Ethan em meu braço
amarrado. O tom satisfeito na voz do assassino se intensificou
enquanto ele continuava, “Se você estava considerando algum
ato heróico, a primeira vitima deste confronto será sua amada
esposa. Então, por favor, largue esta arma que você esta
segurando atrás da Srta. Delacourt ou meu dedo pode ficar um
pouco...nervoso”.
Ethan imediatamente levantou suas mãos no ar, mostrando a
arma que ele segurava, então a jogou dentro do carro. “Quase
lá querida”, ele disse para a ruiva. Meu coração doeu por ela,
que estava tropeçando vendada em direção ao seu marido,
capaz apenas de usar o som da voz dele para se movimentar.
Ela quase caiu duas vezes, uma situação perigosa já que suas
mãos estavam amarradas atrás de suas costas, mas ela
conseguiu se segurar nas duas vezes.
“Com que rapidez você acha que pode levar sua esposa para
fora de alcance?” Uma superioridade velada escorria pelos alto
falantes do carro. “Vamos jogar: A bomba em sua esposa é
disparada por sinal de rádio ou por celular? Você tem uma
chance. E não tente usar o carro para escapar, ele pode
também estar programado para explodir”. Uma risada negra
veio dos auto falantes. “Quanto longe você precisa ir para
garantir a segurança dela se tudo isto azedar, ou se eu decidir
ser um verdadeiro filho da puta”?
298
Ethan rosnou, o corpo dele vibrou com o som, mas a voz dele
era forte e segura enquanto ele continuava a chamar sua
esposa. Os gritos dela em resposta eram cheios de medo e
quando ela se aproximou Ethan deu um passo ao meu lado e a
pegou em seus braços. Eu vi uma marca vermelha no alto de
sua bochecha e o que parecia ser uma queimadura em um
ombro, mas apesar disto ela parecia bem. O soluço alto da
ruiva rasgou a tensão do ar e o homem careca a esmagou
contra seu corpo, beijando o topo de sua cabeça por um longo
momento antes de puxar a venda dos seus olhos e pegá-la em
seus braços. Eu soube o momento que Celeste me viu, pois
ela engasgou. “O que Lucy está fazendo aqui?” Ela exigiu, a
voz subitamente forte. Os olhos dela se voltaram para as
algemas em meus punhos e ela olhou profundo para seu
marido o medo dando lugar a confusão.
“Meu dedo está ficando nervoso com este botão,” a voz
impaciente do assassino soou através dos alto falantes, e um
horror fluiu pelo rosto da ruiva.
“Não”, Celeste deixou escapar, “você não pode deixá-la aqui”.
Quando Ethan não respondeu e apenas se virou em direção a
um beco próximo, os protestos de Celeste se elevaram e ela
lutou em seus braços. A pequena mulher não tinha escolha,
suas mãos estavam algemadas em suas costas e não havia
chances de Ethan soltá-la. Assisti-os desaparecendo à
distância, com grandes passos dele os levando rapidamente
299
para longe. Uma dormência se apoderou de mim quando
percebi que eu estava bem e verdadeiramente sozinha, e mais
que prestes a morrer. Como minha vida chegou a este ponto?
Do outro lado, a porta do motorista se abriu e um homem
desdobrou-se
para
fora
do
carro.
Ele
estava
vestido
casualmente, com uma fina jaqueta de couro para proteger ar
gelado que vinha da água. As suas calças balançavam
preguiçosamente na brisa enquanto ele caminhava em minha
direção, o barulho de seus passos cada vez mais alto. Ele
usava óculos de sol de armação pequena, apesar da pouca
luz, que servia bem em seu rosto. Uma parte do meu cérebro
percebeu que ele era quase bonito, mas de uma forma suave,
o “cara legal” que você realmente nunca nota. Dados os
acontecimentos deste dia, eu duvido que algum dia esquecerei
o rosto deste homem se eu sobreviver a isto.
Eu fiquei paralisada enquanto ele se aproximava, inclinandome contra o carro para apoio. Minhas pernas estavam moles,
ameaçando entrar em colapso por causa do medo, mas eu o
encarei e tentei imitar o olhar impassível de Jeremiah.
Uma façanha, especialmente quando ele parou perto o
suficiente para me tocar. Ele me examinou silenciosamente e
eu encontrei seu olhar, minha respiração se acelerou, mas eu
não estava disposta a recuar.
“É raro eu encontrar algum de meus alvos pessoalmente,” ele
disse,
finalmente,
arqueando
uma
sobrancelha.
“Claro,
300
também é raro que eles me vejam e vivam para contar.
Verdade seja dita, Eu prefiro desta forma, ver o rosto da
pessoa em seus momentos finais.” Ele riu, o som desprovido
de qualquer alegria. “Claro, você nunca foi um alvo até ter
sobrevivido ao meu veneno. Garota esperta.”
O sorriso falso de seu rosto não chegou até seus olhos e me
fez tremer. Os olhos dele estavam mortos, piscinas negras que
não tinham nada por baixo. Eu fiz um esforço para me manter
controlada, apertei meus lábios firmemente para que não
emitisse som algum. Eu estava determinada a não implorar, a
perspectiva de morrer me deixou fraca e eu me segurei no
espelho do carro para não cair.
“Não que eu não aprecie nosso tempo junto...” ele olhou para o
relógio, “mas nós temos menos de dez minutos até a cavalaria
chegar. Seis, se eles possuírem algum tipo de rastreamento
físico em algum de vocês que eu não saiba. Estas fábricas são
um labirinto, difícil de atravessar até mesmo com um mapa.” O
assassino alcançou suas costas e puxou uma arma preta,
acariciando o tambor com a mão livre sem tirar os olhos de
mim. Ele me viu observando e encolheu os ombros. “Foi um
duro golpe para meu ego profissional quando vocês dois
sobreviveram a minha tentativa de envenenamento. Não será
uma tática que eu usarei de novo, mas mesmo assim, eu
preciso corrigir meus erros.”
301
Eu
mantive
meus
olhos
no
outro
homem,
tentando
desesperadamente controlar minha respiração. Uma dúzia de
possibilidades de fuga passaram por minha cabeça: lutar, fugir,
mergulhar na água. Em todos os cenários, no entanto, eu
perdia. Perdia feio. A confiança tranquila em seu rosto me
disse tudo que eu precisava saber, que suas habilidades em
perseguir uma presa era muito maior do que as minhas
habilidades em fuga, especialmente neste lugar. Uma grande
dormência se alastrou pelo meu corpo enquanto eu o
observava preparar a sua arma. Então é isso? Estou
terminando como isca para atrair Jeremiah a sua morte? Um
tubo estreito apareceu em uma das mãos do homem e ele
casualmente o ligou ao final do cano de sua arma, girando-o
até encaixar no lugar. Ele inclinou a cabeça para um lado e me
estudou. "Você é muito corajosa", comentou ele.
"A maioria dos alvos estaria implorando por suas vidas agora
mesmo."
Eu faria isso se eu achasse que com isso eu conseguiria
alguma coisa. O vento levantava da água, ondas quebravam
nos suportes de madeira abaixo de nós, balançando o chão
debaixo dos meus pés. Meu próprio tremor cessou com a
realização dormente de que eu estava prestes a morrer.
“Eu prefiro o cara-a-cara como agora", continuou ele, "mas a
maioria das pessoas fogem e eu tenho que matá-las pelas
costas. Algo chato que, quase tira a dignidade e o prazer." Ele
302
ergueu a arma no nivel do meu rosto. "Não se preocupe, minha
querida, você vai ver a seu amado bilionário novamente brev..."
Algo passou assoviando por meu ouvido e fez o assassino
girar, caindo ao chão. Olhei para baixo em silêncio enquanto
ele se debatia a meus pés, grunhindo de dor obviamente e
segurando o ombro, então o senso comum me inundou de
volta como uma vingança. Girei para começar a fugir, mas não
tinha dado um passo ainda quando uma mão agarrou meu
tornozelo e eu cai. Eu consegui me segurar,
esfolei meus
joelhos pela primeira vez desde minha infância, mas era
imensamente grata por Ethan ter amarrado minhas mãos para
frente. Eu guinchei quando meu cabelo foi agarrado e fui
puxada para trás para cima do assassino até que eu estivesse
totalmente deitada em cima dele.
"Aquele filho da puta," murmurou o assassino, e eu não sabia o
que ele estava falando, até que um pequeno dispositivo
apareceu em sua mão. O dispositivo tinha dois pequenos
botões, um azul e um vermelho, e parecia muito com a chave
eletrônica
de
um
carro.
Eu
percebi,
horrorizada,
que
provavelmente era o dispositivo para detonar a bomba de
Celeste.
“Não!" Eu agarrei a mão dele, lutando para pegar o controle.
Algo obviamente deu errado - Ethan o tinha traído, ou a
cavalaria chegou mais cedo por conta própria, mas isso não
importava, eu não podia permitir que ele pressionasse o botão.
303
Tudo o que eu podia ver era a expressão de pânico de Celeste
quando ela me viu, ela gritou para que não me deixassem
enquanto Ethan a carregava para longe, e eu não poderia nem
pensar em deixá-la morrer. Não sem lutar.
O assassino não esperava por minha resistência, e eu quase
arranco o aparelho da sua mão antes que ele revide. Um de
seus braços estava inutilizado, sangue jorrava de um grande
ferimento no ombro do homem. Então, entre o braço ferido
dele e minhas mãos algemadas, estavamos quase empatados.
Eu também percebi rapidamente que ele estava me usando
como escudo contra o novo atirador e, que não queria
comprometer isso, mas ele ainda deu a volta com uma das
pernas em minha cintura e me empurrou para baixo, tentando
arrancar o controle do meu alcance.
Um momento de triunfo passou por mim quando peguei o
pequeno dispositivo de plástico de sua mão, mas antes que eu
pudesse jogá-lo na água nas proximidades, uma cotovelada
explodiu na lateral do meu rosto. A dor explodiu através da
minha cabeça e, atordoada, eu hesitei por muito tempo e sua
mão estava novamente sobre a minha, tentando arrancar o
controle dos meus dedos. Meus ouvidos estavam zunindo,
tentei aguentar isto, mas outra cotovelada, desta vez em meu
peito, expulsou todo o ar para fora dos meus pulmões.
Atordoada, eu lutei para respirar e vacilei tempo suficiente para
ele arrancar o controle da minha mão. A raiva e o triunfo
304
contorceram o rosto dele, e eu observei impotente ele apertar o
botão vermelho.
Nada aconteceu.
Ele piscou, então olhou para os controles. Seu dedo deslizou
novamente sobre o botão vermelho, mas o que quer que ele
estivesse esperando claramente não se materializou, sua
expressão nada disse. "Bem, foda-se", disse ele, ombros
cairam em sinal de derrota.
Eu joguei minha cabeça para trás, batendo minha cabeça
contra o nariz e a boca dele. O impacto me deixou zonza
novamente, mas os braços dele se afrouxaram e eu rolei para
o lado. Nossos olhos se encontraram enquanto seu braço bom
se erguia e apontava a arma em minha direção.
Então a parte de trás da cabeça dele explodiu, e ele caiu de
volta no asfalto.
Com o corpo tremendo, eu lutava para respirar, mas não
conseguia desviar meus olhos da cena macabra. Um ataque
de nervos ameaçando, soluços teimando em escapar de meus
lábios enquanto em me levantava, o peito doendo onde a
cotovelada havia sido acertada. As lágrimas, no entanto, não
vieram; uma dormência generalizada tomou conta de mim e
tudo que eu podia fazer era olhar para o rosto mutilado do
assassino, o buraco no seu crânio, e ... a bagunça que era a
parte de trás de sua cabeça. Eu acho que vou ficar doente.
305
Eu não sei por quanto tempo eu fiquei ali sentada, olhando
para a poça de sangue a minha frente, até que eu ouvi pneus
de carro se aproximando da nossa localização. Dormente
demais para mudar a minha cabeça eu, no entanto, vi sedans
escuros e SUVs chegando e nos rodeando na estreita estrada.
As pessoas saíram dos veículos, rodeando a cena e vestidos
com os uniformes familiares escuros que eu tinha visto por
quase uma semana agora. Nenhuma das pessoas de Jeremiah
se aproximou de mim, embora um homem gentilmente pegou o
controle remoto que tinha deslizado das mãos do assassino
quando ele foi baleado. Por mais que eu quisesse dizer alguma
coisa, dizer-lhes o que era aquilo, eu não conseguia tirar meu
olhar do rosto do assassino, a expressão do homem espantado
congelada em minha mente.
Um som estranho no ar se aproximou, e eu finalmente virei
minha cabeça para ver um helicóptero aparecer através da
névoa sobre a água. Um homem alto estava sobre uma das
lateriais, e à medida que se aproximava da terra, ele saltou,
aterrissando sem esforço e correu diretamente até mim. O rifle
longo pendurado em seus ombros balançava com seu andar
galopante e, quando ele chegou perto de mim, ele caiu de
joelhos
e imediatamente
me
pegou
em
seus
braços.
Meu corpo tremia de forma incontrolável e feroz, e um soluço
explodiu por entre meus lábios quando eu finalmente deixei
fluir as emoções que eu havia mantido trancafiadas dentro de
306
mim. Eu me agarrei a Jeremiah quando ele me ergueu
gentilmente, mantendo-me pressionada firmemente contra seu
corpo, nos levando para dentro de um dos SUVs que estava
aguardando.
A volta para casa foi tranquila, eu era eternamente grata por
isto. Jeremiah me manteve em seu colo, com as mãos
acariciando minhas costas e braços em um padrão rítmico, o
que ajudou a me acalmar. Não houve ordens em seu toque;
talvez apenas um possessivo toque de proteção, mas eu
precisava desesperadamente desta forma de segurança. A
dormência desapareceu logo, mas eu estava cansada demais
para chorar ou gritar. Tudo que eu queria era me encolher em
um quarto escuro, a uma distância segura da sociedade, e
tentar esquecer as últimas horas.
Meu cérebro, porém, me fez reviver cenas horríveis: o guarda
morrendo na minha frente na casa, os momentos finais de
Anya, os lamentos de Celeste enquanto ela foi carregada para
uma segurança que me foi negada, a cabeça do assassino
explodindo em uma mancha de sangue. Quando eu encontrei
uma gota do que eu achava ser sangue em uma de minhas
mangas, enquanto estava na SUV com Jeremiah, eu quase
enlouqueci tentando retirar as roupas contaminadas. Apenas a
voz profunda de Jeremiah, suas mãos duras habilmente
retirando as camadas ofensivas de mim, que me impediram de
cair na histeria em que eu tanto queria entrar.
307
Qualquer esperança de solidão, no entanto, foi frustrada
quando vi os veículos que cobriam a frente da mansão, formas
e
uniformes
desconhecidos
guardando
a
entrada.
Eu
choraminguei quando a porta do carro de Jeremiah abriu, não
querendo estar no meio de mais um circo, queria apenas me
agarrar em seu pescoço enquanto ele me carregava para fora
do veículo. Seus lábios roçaram meu ouvido, sua respiração
aquecendo minha pele quando ele perguntou: "Você consegue
andar sozinha? "
A vontade de responder que não, para ficar em segurança com
ele o maior tempo possível, foi uma forte tentação. Eu
concordei, no entanto, uma faísca de independência incitandome a tomar o controle de mim mesma. Jeremiah continuou me
segurando
por
mais
alguns
segundos,
enquanto
caminhávamos no meio da multidão desconhecida, então ele
gentilmente me colocou em pé uma vez que estavamos na
entrada da mansão. Eu vacilei por um momento, mantendo as
minhas mãos apertadas sobre o braço dele, mas ele não
parece se importar. "Quem são essas pessoas?" Eu disse
finalmente, limpando a garganta. Minha voz soou grave para
os meus próprios ouvidos, provavelmente devido ao meu choro
mais cedo.
"Eles são funcionários do governo, estão aqui para levar o meu
irmão em custódia."
308
Os Lábios de Jeremiah formavam uma linha fina e eu não
poderia dizer se ele aprovava isto ou não, mas a idéia de
Lucas ir para a cadeia era desanimadora. No lobby, o homem
da cicatriz estava olhando para um saco com um corpo dentro
que estava ao seu lado, um olhar cansado em seu rosto. O
olhar de Lucas seguiu o corpo quando dois homens em
uniformes de coronel ergueram e levaram o corpo para fora,
então ele olhou para mim. Uma onda de alívio brilhou em seus
olhos. "Estou feliz que você está segura, minha cara", disse
ele, me dando um pequeno aceno de cabeça. "Já existem
muitas baixas neste desastre."
"Obrigada por sua ajuda", eu respondi, suspirando. "Eu
gostaria que não tivesse que terminar assim para você."
“Foi o risco que eu corri em vir aqui”. Lucas deu de ombros, um
lado de sua boca se elevou em um sorriso. "Eu aprecio sua
preocupação, no entanto. É ... delicado. "
Eu fiz uma careta, tentando determinar se a declaração era um
elogio ou um insulto, e meu dilema pareceu diverti-lo. "Adeus,
dama ideal", ele disse enquanto agentes de terno o puxavam
para fora da casa.
"Espero encontrá-la novamente em breve."
Jeremiah dá um passo para o lado, bloqueando a passagem
da porta. "Irmão", ele começou, mas Lucas sacudiu a cabeça.
"Não faça isso. Se você está se desculpando ou me
condenando, eu não quero ouvir. A verdade está lá fora e
309
agora cada um de nós vivemos com nossas próprias
conseqüências. "
Os irmãos olharam um para o outro por um momento, dois tipo
de perfis contra a luz fraca da rua. Finalmente, Jeremiah saiu
do caminho, e Lucas foi levado em silêncio para o veículo que
o estava aguardando. Eu observava, desapontada, enquanto o
carro com ele e os demais oficiais partia em direção ao portão
principal.
Jeremiah olhou ao redor. "Onde está a minha mãe?", Ele
perguntou
a
um
dos
guardas
que
estava
próximo.
"Os oficiais pegaram o depoimento dela, em seguida, disseram
que ela estava livre para partir, senhor."
Os lábios do CEO se contraíram muito rapidamente, e ele
suspirou. Eu fiz uma careta, eu esperava mais da odiosa
mulher, mas eu imaginei que os hábitos de uma vida eram
difíceis de mudar. Eu coloquei a mão de maneira reconfortante
no braço de Jeremiah, então fiquei tensa quando reconheci
outra figura familiar caminhando em nossa direção.
Ethan tinha um olhar atento em seu rosto, mas para minha
surpresa, ele não estava usando algemas. Celeste não estava
com ele, e mesmo eu querendo muito saber se ela estava
bem, eu me mantive em silêncio. "Eu estou feliz que você
esteja bem", disse o careca para mim.
Eu me aproximei de Jeremiah, a suspeita e a desconfiança
ecoavam pelo meu cérebro. Apesar de saber porque ele me
310
seqüestrou, da situação impossível em que ele tinha sido
colocado, eu não conseguia perdoar suas ações. Vê-lo agora
só trouxe de volta lembranças de um pano sobre minha boca,
do aroma enjoativo do sedativo infiltrando na minha garganta,
e do horror em vê-lo me abandonar para meu terrível destino.
"Obrigado", disse Jeremiah do meu lado, seu braço me
puxando mais perto dele e me apertando contra seu corpo.
Seu corpo permaneceu rígido ao se dirigir ao guarda costa.
“Isso poderia ter terminado de uma maneira muito diferente
sem a sua ajuda."
Ethan assentiu. "Eu consegui encontrar um grande freezer
dentro de um dos prédios. Isto manteve qualquer sinal
afastado o tempo suficiente para que eu pudesse desarmar a
bomba que estava em Celeste." Seu olhar se voltou para mim.
"Eu ouvi que tenho que te agradecer pelo tempo extra. "
Confusa,
olhei
para
Jeremiah.
Ele
ajudou?
Como?
"Referênica a Kosovo", disse Jeremiah, respondendo a minha
pergunta silenciosa. "O nosso informante naquela missão
levou-nos para uma armadilha, que nos deixou com vários
homens mortos. No entanto, ele colocou novas coordenadas
em seu celular para que pudéssemos completar a missão de
qualquer maneira". Seu olhar poderoso não se desviou do
guarda-costas careca. "Estou feliz que o resultado foi melhor
desta vez."
311
Ethan encolheu os ombros, mas seus olhos estremeceram.
"Celeste não está feliz com a forma como eu lidei com a
situação”. Ele olhou para mim. "Ter deixado você para trás com
o assassino poderá custar meu casamento ".
Parte de mim queria desesperadamente confortá-lo - eu vi o
quanto ele adorava sua esposa - mas eu não consegui
pronunciar uma palavra sequer.
Era tudo muito recente,
muitas lembranças ruins e sensações que eu precisava
trabalhar antes de poder me sentir confortável perto deste
homem. Acho que ele percebeu, pois o arrependimento estava
gravado em seu rosto. "Eu gostaria de ter visto outra saída",
disse ele, os olhos em mim.
Antes que eu pudesse reagir, Jeremiah se adiantou. Seu braço
já estava se movendo e seu punho acertando a mandíbula de
Ethan com um estalo enjoativo. O careca cambaleou, caindo
no chão, Jeremiah o levantou. "Você está demitido".
Um protesto ficou engasgado em minha garganta enquanto eu
olhava os dois homens. Uma conversa silenciosa se passou
entre eles, então Ethan assentiu. "Eu esperava pior”.
Jeremiah estedeu a mão e ajudou a Ethan a se erguer. "Você
ainda tem o meu respeito, mas não posso confiar em você
novamente". Ele se afastou. "Pegue suas coisas no barracão e
esteja fora de minha propriedade em meia hora, finalizaremos
nossos negócios mais tarde ".
312
Ethan assentiu com sobriedade e então se virou para mim.
"Gostaria que você soubesse que eu sinto muito pela forma
como agi".
"Sua esposa foi sequestrada," eu respondi, surpreendendo-me.
"Você fez o que você pensou que tinha que fazer, e conseguiu
alertar a cavalaria para me resgatar". Eu me esforcei tentando
encontrar as palavras certas para continuar, ainda estava em
conflito com os acontecimentos do dia. Eu estava realmente
perdoando este homem? "Espero que você e Celeste possam
resolver as coisas", terminei sem convicção, incapaz e sem
vontade de absolvê-lo ainda. Sua presença ainda me deixava
nervosa, e eu me aproximei ainda mais de Jeremiah.
Ethan viu o movimento e uma onde de tristeza atravessou seus
olhos. "Tome conta dele", ele me disse, a declaração uma
surpresa, depois virou-se e caminhou para a porta.
Olhei Jeremiah que estava encarando a porta de entrada pela
qual seu velho amigo tinha acabado de sair. Ele deve ter
sentido o meu olhar, porque ele virou a cabeça para olhar para
mim. Meus lábios se separaram, fiquei impressionada mais
uma vez com o quanto ele era lindo, ele levantou a mão para
acariciar meu rosto. Sua grande mão escorregou e segurou a
minha, e ele deu um beijo suave na palma da minha mão que
enviou faíscas para todo meu corpo. Sem pensar, eu joguei
meus braços ao redor de seu corpo e enterrei minha cabeça
313
em seu peito, matando os soluços que ameaçavam se formar.
Estou segura.
E eu sabia que, sem sombra de dúvida, eu estava
irrevogavelmente, loucamente apaixonada por este homem. A
emoção explodiu através de mim, me deixando tonta ao
perceber que eu estava de ponta-a-cabeça por este homem
turrão, porém amável que eu conheci a pouco tempo atrás.
Mesmo o lado lógico do meu cérebro, a parte que mais
protestara contra esta sensação tão boba antes, estava
acordando silenciososamente.
O braço de Jeremiah envolveu meus ombros e ele beijou o
topo da minha cabeça, quando outro guarda entrou pela porta.
Espiei apenas para ver que o jovem parecia nervoso. "Hum,
senhor ..."
"Sim,
Andrews?"
Jeremiah
respondeu,
mantendo-me
firmemente aperdata contra seu corpo.
Andrews
engoliu,
parecendo
relutante
em
falar.
"Os
funcionários do governo chegaram apenas agora no portão",
ele finalmente disse, colocando as mãos atrás das costas e
ficando mais reto. A postura militar parecia dar lhe mais
confiança.
"Eles
estão
aqui
para
pegar
seu
irmão".
Eu pisquei, confusa, em seguida, olhei para Jeremiah. Seu
rosto ficou branco por um momento, e então ele começou a
amaldiçoar.
Abaixando a cabeça contra o corpo de Jeremiah, eu escondi
314
meu sorriso pela forma que Lucas enganou a todos e fiquei
maravilhada com os acontecimentos do dia.
315
Capítulo 22
As amarras em torno dos meus pulsos estavam bem
apertadas, o couro frio me segurando. As amarras eram
flexíveis, projetadas para não causar qualquer irritação, mas eu
já as estava usando por toda noite e parte da manhã. Havia um
pequeno desconforto, mas eu estava muito absorta em outras
sensações para realmente perceber. A luz entrava através de
pequenas brechas nas cortinas pesadas, mas o quarto se
mantinha escuro e isolado, o refúgio perfeito para o que nós
estavámos fazendo.
Os lábios de Jeremiah viajaram pela minha espinha, os dentes
passeando por minha pele nua enquanto ele se movia para
trás de meu corpo. Seus dedos deslizaram sobre meu quadril,
pressionando meus seios contra o colchão. Segurei minha
respiração quando seu joelho deslizou entre as minhas pernas,
e eu senti seu mebro duro na minha coxa. Uma mão alisou
meu cabelo para um lado, enquanto choviam beijos do meu
pescoço até minha orelha, dentes puxando delicadamente meu
lóbulo. Meu quadril subiu em uma súplica silenciosa, ele
beliscou minha orelha, atendendo minha súplica, deslizando
facilmente dentro de mim.
Eu suspirei, meus olhos fechados vibrando. Já haviamos feito
amor de maneira frenética e apaixonada antes, mas agora,
horas mais tarde, estavamos relaxados e foi muito mais fácil
316
nos divertir. Jeremiah insistiu para que eu ficasse amarrada à
cabeceira, sujeita a todos os seus desejos e, em nenhum
momento me ocorreu negar aquela ordem. Sua autoridade e
dominação ajudou afugentar as más recordações, eu estava
segura, segura em suas mãos, estava focando naquilo que me
permitia denfrutar o prazer daquele momento.
Ele procurou por algo, seu quadril se movendo veemente para
dentro e para fora de mim com pequenas mais fortes
estocadas, em seguida, ouvi o clique do pequeno vibrador que
eu usava ligando novamente. Soltei uma respiração ofegante
seu braço deslizando sob a minha cintura, me colocando de
joelhos. Unhas deslizaram ao longo de minhas costas suas
investidas cada vez mais fortes, agarrei a cabeceira da cama
para apoio adicional.
"Tão bonita", ele murmurou, as mãos acariciando minhas
costas até meu traseiro. "Tudo em você é um tesão."
Mordi o lábio, suas palavras um bálsamo para a minha alma,
empurrei minhas costas contra ele pedindo mais. Ele então me
penetrou, roubando um suspiro estrangulado de meus lábios.
Dedos cravados na pele de um quadril, dando apoio enquanto
empurrava repetidamente dentro de mim, nossa transa não
mais um assunto de lazer. Eu abracei a cabeceira de madeira,
desavergonhada dos gemidos e gritos que eram arrancados de
minha
garganta.
O
vibrador
pequeno,
perfeitamente
posicionado de modo a não interferir ao acesso dele, enviava
317
ondas através de meu corpo e com cada impulso me enviava
para vários orgasmos, um atrás do outro. Outros brinquedos
estavam na mesa ao lado da cama: açoites, penas, vibradores,
e vários itens que eu não tinha certeza do que chamar, mas
Jeremiah não estava interessado em brincar, os brinquedos
não foram usados, exceto as algemas e o vibrador, os quais
eram mais do que o suficiente, em minha opinião. Eu estava
usada e dolorida, mas tão insaciável quanto o homem dentro
de mim.
Seus impulsos tornaram-se mais instavéis, um sinal claro de
que ele estava perto de gozar. Meu corpo cansado, se
preparando para outro orgasmo. Senti sua respiração ao longo
do meu pescoço, a barba áspera em seu queixo raspando ao
longo de meu ombro. Sua mão serpenteou entre as minhas
pernas e empurrou o pequeno vibrador para perto de meu
corpo, em frente ao centro latejante de prazer dentro de
minhas dobras, e com um gemido estrangulado eu gozei mais
uma vez.
Cada pedaço de tensão drenada do meu corpo, minha testa
caindo em meus braços enquanto meu corpo tremia, a pele
formigando a partir do excesso de êxtase que eu tive durante a
noite.
Jeremiah desabou em cima de mim, seu peso foi bem vindo
me pressionando mais para junto do colchão. Eu não me
importei, grata pelo seu toque. Finalmente, ele se mexeu e
318
soltou as algemas, libertando meus pulsos. Eu me virei até
ficar de costas, olhando assim para seu musculoso tronco.
Meus pulsos doíam, mas eu não me importava, eu corri minhas
mãos ao longo de seu abdomem e braços definidos. e.
Ele me bebeu com seus olhos, o olhar me acariciando como a
seda. Por trás de seus olhos, vi o anseio profundo, provas da
necessidade escondida. E o amor floresceu em meu coração.
Eu puxei seus ombros, puxando-o para baixo, para cima de
mim, e ele veio de bom grado, ficando sobre todo o meu corpo
para que eu pudesse envolver meus braços em torno dele. Seu
calor
e corpo rígido fizeram minha alma cantar e eu fechei meus
olhos enquanto acariciava suas costas. Ficar livre das
algemas, no entanto, fez a minha cabeça livre para pensar, e
mesmo que eu não quisesse me deter em certos eventos eles
ainda rondaram minha mente.
Muita coisa aconteceu nos últimos dois dias, mas o mais
preocupante
foi
a
investigação
sobre
Jeremiah.
Os
funcionários do governo que vieram pegar Lucas não gostaram
de ouvir que ele tinha escapado, e eles também não ficaram
nada felizes em saber do drama adicional do seqüestro que
aconteceu no mesmo dia. As acusações de que ele permitiu
que seu irmão escapasse foram pequenas em comparação
com a tempestade criada pelos corpos mortos. A utilização do
helicóptero de Jeremiah sobre áreas públicas, ironicamente, foi
319
o que manteve seus advogados mais ocupados. Nós tínhamos,
pelo menos neste momento, sido absolvidos das mortes tanto
na propriedade quanto ao longo do canal, mas a violação do
espaço aéreo restrito ainda pode ser o suficiente para colocar
Jeremiah na prisão.
As indústrias Hamilton também sofreram um duro golpe
quando Celeste decidiu deixar seu cargo de COO após seu
seqüestro. Jeremiah não falou sobre isso e eu não me
intrometi, mas eu ouvi o suficiente da sua conversa ao telefone
para determinar que ela não gostou de ser mantida no escuro
e colocada em perigo, mesmo que indiretamente. O status do
relacionamento da ruiva com o seu marido ainda era um
mistério, mas eu esperava que ela o perdoassee. Tempo e
espaço tinham me dado uma perspectiva: Ethan tinha estado
entre a cruz e a espada, e ele escolheu salvar a única coisa
que ele amava. Eu odiava pensar no que eu faria em uma
situação semelhante.
No que eu considerava um toque cômico do destino, eu estava
finalmente realizando muitas das funções de uma assistente
pessoal para Jeremiah, atendendo telefonemas e mensagens
e ajudando com as atividades do dia-a-dia. Surpreendeu-me o
quanto eu gostava do trabalho em ritmo acelerado, Jeremiah
redirecionou suas chamadas para mim e eu ajudei a agendar
seu dia e acompanhar o que cada coisa precisava. Para ser
honesta, ele me jogou nas profundezas, afundar ou nadar, mas
320
eu precisava da distração e acho que ele sabia disso. Sempre
que eu diminuia o ritmo ou terminava minhas tarefas, nos
momentos em que eu tinha um tempo livre para deixar meu
cérebro pensar em algo além do trabalho, invariavelmente uma
imagem ou uma memória do que me perturbou apareciam em
minha mente: a ferida aberta do assassino, o corpo de Anya
naquele saco, o cano alongado da arma do assassino. Eu só
me permiti uma vez a verrgoha de chorar, mas a cada dia que
passa as memórias se tornaram mais fáceis de suportar. O
trabalho, pelo menos, permitiu que meu cérebro ficasse
desconectado das coisas desagradáveis.
Uma mão deslizou sob minha cabeça, levantando-a de sua
posição enterrada em seu peito. Jeremiah olhou para mim, os
olhos procurando os meus. Ele traçou o contorno do meu
rosto, seus dedos irradiando calor enquanto ele seguia o
contorno do meu rosto para baixo ao longo da minha
mandíbula e pescoço. Sua carícia embalou meus pensamentos
e eu fechei os olhos, entregando-me mais a este simples
prazer.
"Você está pensando demais", ele murmurou, seu peito
rosnando com as palavras. "Agora, eu só quero que você
sinta”.
Eu dei um suspiro e abri os meus olhos, os meus pensamentos
me puxando para fora do momento.
321
"Estamos seguros?” Eu perguntei, empurrando meu rosto em
sua mão e beijando uma junta. "Você sabe de quem Anya
estava falando, quem era a pessoa que a convenceu a
contratar o assassino? "
Foi uma discussão que já tinhamos tido, e eu sabia que
Jeremiah estava bem ciente da ameaça contínua em algum
lugar lá fora. As últimas palavras de Anya antes do atirador
começar a disparar, tinham mencionando um homem que ela
nunca falou o nome, era uma nuvem escura no nosso
horizonte. Eu podia sentir isso lançando uma sombra sobre
mim, mas mais preocupada por Jeremiah. Ele não parecia
estar tão decidido a encontrar a misteriosa figura como ele
estava em me manter amarrada à cama. Eu lembrei da minha
conversa anterior com Ethan no hospital, onde o ex-guardacostas falou sobre como o CEO consistentemente descartava
todos os tipos de perigo. Jeremiah já tinha rejeitado sua mãe
como suspeita, apesar da nova informação e do fato de que
ela fugiu sem dizer uma palavra. Sua indiferença para com a
ameaça potencial me incomodou, e eu não poderia dizer se ele
estava fazendo isso por confiança ou se estava fazendo isso
para meu benefício - eu esperava que fosse o último.
"Nós iremos descobrir”, respondeu ele, beijando minha testa.
"Eu vou mantê-la segura, eu prometo."
Para um argumento familiar, uma resposta familiar. Sua
paciência foi frustrante, especialmente porque eu queria
322
respostas agora. Faz apenas alguns dias, eu me adverti. Você
não pode esperar resultados imediatos em um caso sem
pistas. Ainda assim, eu odiava ficar às margens, incapaz de
ajudar de alguma forma significativa.
Eu o empurrei insistentemente em um ombro, e Jeremiah rolou
para o lado e deitou de costas, puxando-me junto fazendo com
que eu ficasse deitada em cima do seu corpo, abraçando sua
cintura. Cansada como eu estava, me ergui, olhando para seu
rosto bonito. Ele me observou também, o fogo nele extinto, por
agora, o seu rosto tão aberto quanto eu jamais tinha visto.
Suas mãos alisaram meus seios, em seguida, para descansar
em meus quadris enquanto ele esperava por mim.
O meu corpo cantou com a imagem que vi. Uma menina
poderia viver para sempre e não se cansar disto. Eu tracei as
linhas de seus músculos, então me inclinei para que meus
seios ficassem pressionados contra o peito dele. Rocei meus
lábios nos dele dando um beijo suave, dei-lhe um meio sorriso
e sussurrei, "Eu te amo".
"Não."
Meu mundo parou. Por um instante pensei que estava caindo,
mas nada mudou. Sentei-me em linha reta, a confusão
correndo através de mim enquanto eu olhava para a expressão
de pedra do homem que estava embaixo de mim. Minha boca
trabalhou, tentando pensar em algo para dizer, mas era como
se meu cérebro estivesse desligado. As mãos de Jeremiah
323
contornaram minha cintura e, como se eu não pesasse nada,
ele me levantou e colocou do seu lado, depois se sentou,
balançando os pés fora da cama. Eu pisquei, o significado do
que tinha acontecido começando a me acometer, ele se
levantou e pegou sua roupa.
Eu olhei para a cama, tentando desesperadamente manter
minha respiração estável. Estúpida, muito, muito estúpida.
Meus punhos enrolaram em torno da fronha enquanto eu
segurava minha emoção, tentando ver o estoicismo que eu
sempre tinha visto em seu rosto. "Por quê?" Eu perguntei,
incapaz de pensar em qualquer outra pergunta. Havia uma
pequena falha na minha voz no final da palavra, mas eu forcei
meus olhos, agradecida que eu ainda não tinha derramado
uma lágrima.
Ele me ignorou por vários segundos, rapidamente abotoando a
camisa, em seguida, puxando as calças sem olhar para mim.
Finalmente, ele se virou para me encarar, seu rosto tão
fechado e sem emoção, como eu já tinha visto. A mudança
drástica de apenas um minuto atrás era como uma sentença
de morte em meu coração.
Ele deve ter visto a aflição em meu rosto, porque ele se sentou
na cama ao meu lado. "Eu não acho que ... ", ele começou,
depois parou um momento pensando. "Eu prefiro manter
qualquer menção do amor fora de nossa relação para um
futuro previsível. "
324
"Por quê?" Eu repeti, com mais força desta vez. Eu estava
lentamente quebrando por dentro e, me manter calma estava
cada vez mais difíci, mas eu precisava de uma resposta.
Jeremiah me estudou, um exame clínico que era desprovido de
qualquer ternura que eu tinha experimentado em suas mãos
desde nosso encontro. "Vamos pensar sobre isto logicamente,"
ele finalmente disse. "Você me conhece há cerca de duas
semanas. É tempo suficiente para construir qualquer tipo de
ligação emocional?"
Ele estava sendo racional, expressando argumentos eu tinha
usado quando a palavra amor surgiu na minha cabeça pela
primeira vez, e parte de mim ainda concordava com ele. Mas
cada palavra que ele pronunciou, fez as rachaduras do meu
coração aumentarem, ampliando e multiplicando e indo fundo
muito rápido. "Eu não estou pedindo para você dizer o
mesmo:" Eu finalmente consegui dizer, mas as palavras
rasgaram minha alma.
"Talvez não", ele respondeu, "mas ..." Ele segurou meu rosto,
e eu vacilei. "Por que estragar o que temos com sentimentos
como este? "
A dor floresceu, mas eu mantive meu rosto firme. Eu aprendi
com o melhor, afinal de contas. Quando cheguei perto dele
para tocá-lo ele se levantou, talvez um pouco rápido demais, e
se afastou. Agarrando seu telefone, ele acrescentou: "Agora
que você foi descartada nas investigações preliminares, você
325
está livre para fazer qualquer coisa. Com a presença da
polícia, eu acho que estamos a salvo de qualquer ataque por
enquanto. Um dos guardas podem conduzir e acompanhá-la
onde quiser, basta ficar em contato nos informando seu
paradeiro ".
Uma dor surda se espalhou pelo meu corpo enquanto ele
atravessava o quarto em direção a porta. Lá, ele fez uma
pausa, olhando para a maçaneta bronze da porta. Eu pensei
por um momento que ele iria volta e conversar comigo de
novo, talvez se explicar ainda mais, mas ele simplesmente
virou a maçaneta e saiu. O trinco fechando em sinal do que
estava terminando, a dormência tomando meu coração.
Vagamente, sai da cama e fui me vestir com roupas ainda
espalhadas pelo quarto sentindo todas aquelas emoções.
Arrumar no banheiro era quase como uma reflexão tardia, uma
manobra para postergar a minha saída para o mundo, mas
quando eu finalmente sai do quarto para o resto da casa, só o
silêncio me cumprimentou. Desde o dia que eu cheguei na
mansão, a casa e propriedade sempre estiveram repletas de
pessoas, geralmente guardas ou outros funcionários. Agora
que o perigo tinha passado, eles foram movidos para suas
funções regulares, a fome súbita de almas da casa ecoou no
vazio doloroso dentro de mim.
Eu caminhei descendo as escadas, desviando a cozinha
completamente. Comida não era algo que eu queria no
326
momento; na verdade muito pouco eu queria naquele
momento, então eu fui até a porta e olhei para fora. O ar era
frio, quase amargamente. O clima mais ameno que tivemos por
um tempo tinha se transformado em inverno. Flocos de neve
pontilhados no chão, mas eu não me importei que meu nariz
começasse imediatamente a pinicar por conta do vento gelado.
Uma limusine preta parou bem em frente às grandes portas,
liberando uma nuvem de vapor no ar gelado. Eu não poderia
imaginar que era para Jeremiah. Com certeza, ele já teria
partido, já tinham se passado vários minutos desde que ele
saiu. Ele tinha sugerido antes que eu poderia deixar a
propriedade. Ele chamou esta limusine era pra mim?
Eu fiquei longe de locais públicos, permanecendo em casa
sem nem deixar a propriedade, mesmo após a tentativa de
sequestro. Estava consciente de que ainda havia alguém lá
fora apontando para nós, que estava disposto a usar os outros
para fazer seu trabalho sujo. Naquele momento, no entanto,
olhando para a limusine, eu já não me importava - estar
baleada no coração não poderia me machucar mais do que
isso. Deixei a casa e entrei no carro, abrindo a porta e
deslizando para dentro. O interior estava quente, uma
diferença marcante do ar exterior, e na parte da frente do carro
eu vi a cabeça escura do motorista. "Para onde, Srta.
Delacourt?", questionou.
"Para longe daqui", eu murmurei distraidamente.
327
Percebendo a distância que o som precisava atravessar, eu
me preparei para repetir mais alto minha resposta, mas o carro
arracou, em direção aos portoes. Eu não me incomodei de
olhar pela janela, em vez disso eu só olhava para as minhas
mãos, imersa em pensamentos.
E se Jeremiah estivesse certo? E se meus sentimentos fossem
mesmo prematuros, se fosse muito cedo para serem
considerados genuínos? Era razoável que Jeremiah não
quisesse sabotar um relacionamento agindo muito cedo, ainda
existiam muitas variáveis desconhecidas na equação. Pelo
menos, foi assim que o lado racional de meu cérebro viu esta
situação, um homem como Jeremiah deve ter problemas em
acelerar as coisas.
A limusine parou brevemente no portão, e os guardas
rapidamente nos deixaram passar. Olhei para trás, observando
os grandes portões de perto novamente, tentando ignorar o
aperto em meu peito. E realmente, com apenas uma parte do
nosso relacionamento ele teve problema. Uma palavra tão
boba. Amor. Eu vi como ele olhava para mim, o jeito que ele
me tocava e me segurava. Realmente, Lucy, eu pensei, você
realmente precisa de declarações de amor? "Amor" é apenas
uma palavra.
Certo?
Um soluço brotou de dentro, surpreendendo-me com a
profundidade repentina da emoção. Minha mão se apressou
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em cobrir minha boca, determinada em manter em meu interior
a tristeza inexplicável, mas eu não podia parar as respirações
trémulas ou as lágrimas que de repente apareceram e corriam
pelo meu rosto. É apenas uma palavra, eu pensei de novo,
mas a dor não parava. Eu sabia o que era o amor, eu tinha
crescido em uma casa onde ele fluía livremente. Não deveria
eu ter uma idéia melhor do que Jeremiah de como era este
sentimento?
"Está tudo bem aí atrás, senhora?"
"Está tudo meio nebuloso hoje", eu respondi, minha voz grave.
Então, por um instante, tudo que eu estava sentindo era
demais. "Tive meu coração partido hoje," eu admiti, “mas eu
estou tentando superar isto. "
"Ah", respondeu o motorista. "Bem, meu irmão sempre foi um
idiota."
Eu estava vasculhando minha bolsa procurando um lenço de
papel quando o significado das palavras deste homem me
atingiram. Levantei minha cabeça, a tristeza e o desgosto
momentaneamente esquecidos, enquanto eu olhava para a
parte de trás da cabeça do motorista através da pequena
partição. Um chapéu cobria sua cabeça, e o espelho foi
colocado de uma forma que tornava impossível ver seu rosto.
"Lucas?"
"Em carne e osso." Ele tirou o chapéu, deixando a mostra seu
cabelo escuro. Quando ele se virou para me olhar, eu vi que
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ele usava algum tipo de maquiagem, supostamente para
passar pelos guardas. Sua pele estava clara, o nariz parecia
maior do que eu lembrava, mas a cicatriz proeminente em sua
bochecha revelou sua identidade mais do que qualquer outra
coisa. Ele me olhou rapidamente. "Você está horrível."
Suas palavras picaram o restante de meu orgulho feminino e
eu endireitei-me, olhando para ele através das lágrimas.
Concentrar-me no assunto em questão era muito mais fácil do
que a montanha-russa emocional. "O que você está fazendo?"
Eu perguntei, lutando por bravura.
Lucas encolheu um ombro. "Aparentemente, eu estou
sequestrando você. Eu pensei que você de todas as pessoas
reconheceria este fato. "
Eu olhei para ele por um momento espantada, então gemi alto.
Afundando no banco, eu inclinei minha cabeça
para trás
contra o couro, de repente muito cansada para lutar. Lucas me
observava pelo espelho retrovisor, mas eu não me importava,
tudo que eu queria era não pensar, não lembrar da minha
última conversa com Jeremiah.
"Deixe-me adivinhar: você disse ao meu irmão a temida
palavra com A, não é?"
Eu não me incomodei em responder à sua pergunta, em vez
disto fitei o teto da limusine. Dois seqüestros em uma semana,
sou uma garota muito popular. O pensamento não me deu
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muita diversão, no entanto. Eu só queria ficar sozinha para
lamber minhas feridas em paz.
Lucas não pareceu nem um pouco intimidado por meu silêncio.
"Meu irmão é um idiota", continuou ele. "A qualquer minuto ele
vai perceber o que fez e ... "
O pequeno telefone do painel tocou de repente, me
assustando. Lucas riu. "Provalmente é ele agora. "
Olhei para o telefone, destruida. Pensando no rosto bonito e
frio que eu tinha visto momentos atrás, fez o meu coração já
partido sangrar ainda mais. Por quê? Eu queria gritar. Isso era
mais do que um ego ferido. Sinceramente, precisava de uma
resposta. Nenhum dos últimos vinte minutos fez qualquer
sentido.
Lucas estendeu a mão e apertou um botão em seu painel. O
toque parou no mesmo instante, e eu dei ao homem de
cabelos escuros, um olhar assustado, mas dúbio. "Não se
preocupe, ma chérie", ele me
provavelmente
descobriu
o
acalmou. "Agora meu irmão
motorista
drogado
e
está
mobilizando as tropas, por assim dizer."
Sem palavras, vi ele nos levar para outra área de
estacionamento parando ao lado de uma limusine branca. Um
motorista estava ao lado da porta da frente, um homem de
aparência assustadora com grande óculos de sol e tatuagens
em todos os nós dos dedos. Lucas saiu do carro e caminhou
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até a porta de trás, abriu-a e colocando a cabeça dentro do
carro me disse. "Você vem?"
Minha
boca
trabalhou
silenciosamente,
ainda
tentando
entender o que estava acontecendo. "Por quê?" Eu perguntei
por fim. Foi a mesma pergunta que eu tinha feito a Jeremiah e
ela segurava dentro de mim as mesmas dúvidas e ansiedades.
"Talvez eu precise de sua ajuda com alguma coisa", o homem
de cabelos escuros disse, "ou possivelmente é porque eu
finalmente descobri a fraqueza de meu irmão".
Então, seu olhar se suavizou enquanto eu me pressionei
contra o banco. "Ou talvez eu queira ajudá-la. Eu sabia o que
iria acontecer no momento em que coloquei os olhos em você".
Simpatia fluiu de sua voz. "Meu irmão guarda tudo dentro de si,
enquanto você usa o seu coração na manga para que o mundo
possa ver. Jeremiah rejeitou você quando você mencionou o
amor. Levando em conta que é em nossa mãe e pai que ele
provavelmente compara esta palavra, a sua resposta é tão
surpreendente?"
"Foi isto que aconteceu com Anya?" Eu perguntei, olhando em
seus olhos. "Ele entregou ela a você da mesma maneira?"
Lucas empalideceu, a pergunta inesperada o abalando. "Não é
bem assim", ele conseguiu dizer, lutando para se recompor
novamente. "Eles nunca tiveram nada mais do que uma
relação comercial, mas acho que Anya queria algo mais
profundo. Ele fez minha sedução ser mais fácil ... mas o chega
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de meu passado. Diga-me: Você já disse não para meu
irmão?"
Eu corei, olhando para ele, mas a súbita verdade de suas
palavras me atingiu como um caminhão. Lucas deve ter visto a
minha revelação, porque ele continuou, "Jeremiah está
acostumado a ter tudo do jeito que ele quer, e ele manipula os
outros de qualquer maneira que puder para atingir seus
próprios objetivos. Uma habilidade importante nos negócios,
talvez não tão importante em um relacionamento, a emoção da
caça é o que faz a aquisição final ser muito mais doce. Quão
difícil foi para meu irmão caçar você? "
Com suas palavras afundando em meu coração, Lucas fez
sinal ao redor do interior da nossa limusine. "Este carro está
sendo rastreado. Se ficarmos aqui por muito mais tempo ele
vai nos encontrar. Depois que ele estiver aqui, você vai ser
dele novamente para fazer o que ele quer. Onde está o desafio
nisso? "
Engoli em seco, o coração ainda sangrando como uma dor fria
impregnada em mim. Lucas ofereceu-me sua mão. O olhar em
seu rosto era travesso, mas eu vi piedade e um desejo familiar
em seus olhos.
"Vamos fazê-lo correr atrás de nós, não vamos?"
Aguardem a continuação...
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Anything He Wants. Copyright © 2012 by Sara Fawkes. All
rights reserved.
Sobre o autor
Sara Fawkes sempre amou contos . Aqueles que tem escrito desde que ela era uma menina (e
tem a casa feita de livros da pré-escola para provar isso), ela adora criar histórias e
personagens e bagunças interessantes para eles entrarem. E para o cara bonito sempre ficar
com a garota no final. Uma ávida viajante e motociclista de aventura, seu emprego dos
sonhos inclui a venda de tudo e deixar a civilização para ver o mundo em duas rodas,
escrevendo em cafés em cada país que visitar, e vivendo de sua escrita. Neste momento,
porém, ela vive na Califórnia com seu zoológico de animais de estimação e, quando não está
escrevendo, gosta de reconstruir motos antigas / carros e praticar seu violino. Você pode
encontrá-la on-line em http://sarawriteserotica.wordpress.com falando o que quer que atinja
sua fantasia.
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Sara Faweks - Tudo que ele quer