Uma reação que pode salvar a sua vida .
Pânico. Gritos de desespero. Um vento fortíssimo invade o aviao. É quase
impossível respirar. Uma máscara de oxigênio cai à sua frente. Você a coloca e
espera por um milagre.
Parece cena de cinema, mas pode acontecer de verdade. As máscaras são
necessárias porque, em grandes altitudes, a pressão atmosférica é muito baixa
para que o oxigenio chegue eficazmente até os pulmões. Então de onde vem
esse oxigenio (O2) que entra pelas máscaras e salva os passageiros? A química
explica.
Tudo começou em Londres, no ano de 1624, quando surgiram os primeiros
submarinos. Foi nesse ano que, pela primeira vez, um deles ficou algumas
horas submerso com dezenas de pessoas a bordo. Hoje, acredita-se que seu
criador, Cornelius Drebbel, sabia produizir o "alimento aéreo da vida" (O2, é
claro) por aquecimento de salitre (nitrato de potássio, KNO3). De outra forma,
os passageiros sufocariam. Detalhe: o oxigênio ainda não havia sido oficialmente descoberto por Joseph Priestley, o que só aconteceria 150 anos depois!
Nas modernas máscaras de O2, o funcionamento não é lá muito diferente. 0
passageiro do avião é instruído a puxar a máscara em sua direção. Esse puxão
tem como consequência uma reação bem exotérmica entre limalha de ferro e o
sal clorato de sódio
(4 Fe + 4 NaClO3  2Fe2O3 + 4 NaCl + 3 O2) .
O calor liberado aquece mais um pouco do sal, que se decompõe rapidamente:
2 NaClO3 2NaCl + 3O2 .
É dessa segunda reação que vem praticamente todo o O2, que salva os
passageiros.
Como a decomposição do NaClO, é muito lenta em temperatura ambiente, esse
sal pode ser armazenado nos aviões por um longo tempo. Muito mais prático
que os pesados tanques de O2, que exigiriam constante manutenção contra
vazamentos, além de ocuparem muito mais espaço.
É isso ai: sem química, não há vida!
Valeu .
Professor :João Pedro
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