UNIVERSIDADE ESTADUAL JÚLIO DE MESQUITA FILHO – FACULDADE DE
CIÊNCIAS E TECNOLOGIA
ANA LÍDIA MARTORANO TAVARES
CONCEPÇÃO DE UM APART-HOTEL ENERGICAMENTE
EFICIENTE EM SÃO JOÃO DA BOA VISTA
PRESIDENTE PRUDENTE
2012
ANA LÍDIA MARTORANO TAVARES
CONCEPÇÃO DE UM APART-HOTEL ENERGICAMENTE EFICIENTE EM SÃO
JOÃO DA BOA VISTA
Trabalho final de graduação apresentado para
conclusão do curso de Arquitetura e
Urbanismo na Faculdade de Ciências e
Tecnologia da Universidade Estadual “Júlio
de Mesquita Filho”.
Orientador: Prof.
Bacaro Boscoli
Dra.
Maria
Alessandra
Co-Orientador: Prof. Dr. Fernando Sérgio
Okimoto
PRESIDENTE PRUDENTE
2012
2
"Trabalhar com sustentabilidade é plantar um presente que garanta a subsistência
das novas gerações num planeta que pede socorro e se aquece a cada dia.
Pois melhor que plantar árvores, despoluir rios, proteger animais, e semear a
consciência de que a garantia da vida é respeitar as fronteiras da natureza."
Nildo Lage
3
Aos meus pais, Tavares e Beth, pelo amor e carinho que me dedicam,
me guiando e acreditando no meu potencial em todos os momentos, e que sem os
quais não seria possível findar mais essa etapa de minha vida.
4
Agradecimentos:
A Deus,
por cada provisão cedida a mim durante toda essa etapa, e todo cuidado.
A minha família,
por acompanhar, de maneira tão carinhosa, todas as fases de minha vida.
Ao meu companheiro Daniel,
por todo amizade, todo carinho, toda dedicação dedicados.
A todos os amigos “prudentinos”,
em especial os queridos: Karen, Thaís, Cristiane, Flávia, Julia, Vinícius, Cínthia, Gabriel,
Sérgio, Natália, Rodrigo, Carol, Marcus, por compartilharem angústias e alegrias,
tornando esses, os mais intensos anos da minha vida.
Aos meus amigos são joanenses,
em especial Carol, Karyna, Lucas, Paula, Gabriel, Débora e Junior,
que mesmos distantes, estiveram sempre presentes, e orando por mim.
A minha orientadora, Alessandra e ao meu co-orientador Fernando,
por sua dedicação e paciência ao longo de todo o período de orientação.
Ao Fabrizio, Cínthia e Rafael,
por me ajudar com as etapas finais do trabalho.
Por fim, a todos os queridos que oraram e estiveram comigo nestes 5 anos,
se alegrando com cada conquista, chorando ao meu lado, e mais do que isso me
dando forças pra continuar.
5
Resumo:
A necessidade de se pensar o futuro, bem como a necessidade em atender uma
demanda em questão, foram os pontos de partida deste trabalho, que aborda as
questões teóricas e práticas do projeto de um Apart-hotel em São João da Boa Vista,
utilizando técnicas de eficiência energética.
Para alcançar o resultado final, foram abordadas questões como a utilização de
cartas bioclimáticas, carta solar, entre outros fatores empregados para se entender e
estudar as questões climáticas, bem como o estudo da cidade no que se refere à
contextualização do projeto.
Palavras – chave: Arquitetura. Apart-hotel. Eficiência energética.
6
Sumário:
1. Introdução e justificativa
8
2. São João da Boa Vista e o Apart-hotel
13
3. Eficiência Energética
26
4. Objetivo
35
5. Referências Projetuais
36
6. Projeto- proposta
49
a. Recorte das demandas e Busca da área de intervenção;
49
b. Terreno
60
c. Conceitos e Partido adotados e seguidos;
66
d. Propostas de implantação;
68
e. Acessos;
71
f. Volumetrias e organizações espaciais dos usos privados;
73
g. Sistemas energéticos.
83
Referencia Bibliográfica
87
7
Introdução e Justificativa:
O presente trabalho é o produto da disciplina final da graduação (TFG) do curso de
Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Ciências e Tecnologia – FCT, da Universidade
Estadual “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP, Campus Presidente Prudente.
Através da proposta das disciplinas, este trabalho tem como objetivo o desenvolvimento
e conclusão de um projeto arquitetônico de um apart-hotel, com técnicas que priorizam a
eficiência energética.
Será implantado na cidade de São João da Boa Vista, mais especificamente em um
loteamento recém-executado, não possuindo ainda muitas edificações em seu entorno.
Tal objeto se viabiliza através das seguintes demandas:
Acompanhando cada dia mais o empresariamento das cidades, temos como uma das
principais vertentes dessa política, a venda da cidade. A cidade deve ser atrativa ao capital, e
por consequência, atender as necessidades de quem o possui. Neste âmbito, é inevitável
abordar a questão do City Marketing, onde Borja e Forn (1981), em “Cidades: Estratégias
Gerenciais” afirma que o City Marketing consiste na criação de políticas que promovam a
cidade, e essas podem ser feitas de maneira direta (feiras, parques industriais, eventos) ou
indiretas (melhorias na infraestrutura, ordenação urbana, no sistema viário). Uma dessas
maneiras de oferecer infraestruturas necessárias para tornar a cidade mais atrativa ao capital
8
investidor é referente à indústria hoteleira, e a capacidade da cidade em sediar eventos e
acomodar seus investidores.
Apesar da crescente no setor comercial e industrial, como veremos adiante, através de
levantamentos realizados em campo, nota-se que São João da Boa Vista ainda apresenta uma
precariedade no setor hoteleiro.
Além do atrativo econômico, ligado a questões industriais e comerciais, São João da
Boa Vista também possui belezas naturais ainda não exploradas pelo homem, como suas
quedas d’águas, e seu relevo montanhoso coberto pela vegetação nativa, além de festas
culturais e regionais que serão abordadas adiante.
Já o estudo sobre técnicas para melhorar a eficiência energética da edificação se
justifica com a crescente demanda por serviços de sustentabilidade, bem como a preocupação
com o meio ambiente.
Essa preocupação apesar de antiga teve seu boom com a crise energética de 2001, no
qual o Ministério das Minas e Energias intensificou o Programa Nacional de Conservação de
Energia Elétrica – PROCEL.
Estudos feitos por Geller et. Al. (1994) demonstram que 40% da energia utilizada em
edificações comerciais e públicas são gastas com o sistema de climatização e que o consumo
energético pode aumentar 45% se uma obra for implantada de maneira errônea.
9
Lembrando que a arquitetura é a interação da edificação com o meio físico e climático,
julgo função do arquiteto projetar edifícios completamente moldados para receberem as
tecnologias e informações pesquisadas e implantadas por engenheiros e técnicos em eficiência
energética.
Segundo o Caderno de Boas Práticas em Arquitetura: Eficiência Energética nas
Edificações: “O arquiteto relaciona-se com a energia não só pela forma como a utiliza na
edificação, como também pelo modo como ela afeta o ambiente natural e urbano onde seu
projeto se insere.”.
Expostos as justificativas, conclui-se que a construção do apart-hotel, possibilitaria a
este polo ampliar não somente seu setor industrial e comercial, como também investir mais em
suas belezas naturais, e patrimônios históricos. No qual a construção de apart-hotel se justifica
por sua praticidade em abrigar tanto hóspedes, quanto moradores.
Mas para o sucesso de tal empreendimento, se fazem necessárias duas afirmações: a
primeira é o padrão arquitetônico que se pretende seguir, e a segunda, como consequência da
primeira, o público alvo que se deseja alcançar.
Em relação ao padrão hoteleiro e arquitetônico que se pretende alcançar nesse projeto é
classificado como quatro estrelas, atendendo a três públicos alvos específicos:
O primeiro deles é a demanda dos empresários, executivos, políticos, artistas,
empreendedores, comerciantes, que pretende se atingir como hóspedes, que venham de fora,
10
e necessitem de um local com conforto, onde suas necessidades possam ser atendidas a
qualquer hora, e com um custo acessível. Já o segundo público, são os turistas interessados
nas belezas naturais e festas culturais e regionais que a cidade oferece. Por fim, o terceiro
público a ser alcançado são os moradores, pessoas solteiras, separadas ou divorciadas, casais
sem filhos, casais com filhos já criados, aposentados, ou qualquer outra pessoa, que mora em
São João da Boa Vista e não possui tempo hábil, ou não possui interesse para lidar com a
rotina de uma casa.
Visando estes públicos, o projeto visa implantar serviços tais como: espaço fitness, um
espaço de beleza, um restaurante, espaços múltiplos, salas de aluguéis, além de espaços
públicos como praças e áreas verdes. Alguns desses serviços serão oferecidos não somente
aos hóspedes do apart-hotel, como também aos moradores da cidade.
Mas para se entender com mais clareza o projeto, segue abaixo um breve histórico
sobre apart-hotel e seu conceito:
História e conceito dos Apart-hotéis:
Inicia-se tal estudo com o conceito de apart-hotel ou flat, que segundo William George
Lopes Saab, Gerente Setorial de Turismo, Comércio e Serviços do BNDES e Luiz Carlos Perez
Gimenez técnico da Gerência Setorial de Turismo, Comércio e Serviços do BNDES:
11
Flats são apartamentos que dispõem de serviços hoteleiros em
geral, com sala, dormitório, banheiro e cozinha americana. O
Conceito de flat surgiu entre as décadas de 70 e 80 em São Paulo,
quando as construtoras atravessavam um período de crise,
necessitando de um novo produto. (GIMENEZ e SAAB, 2001,
p.139).
Os apart-hotéis surgiram para suprir um demanda imobiliária de apartamentos de um
dormitório, como vemos novamente com Gimenez e Saab:
Atualmente, esses empreendimentos são de grande importância
para o mercado imobiliário, constituindo um dos segmentos que
apresentam maior crescimento. As vendas dessas unidades são
efetivadas de forma mais rápida do que as de outros segmentos.
Isso se deve ao fato de que nos últimos anos o mercado imobiliário
não tem praticamente lançado apartamentos residenciais de um
dormitório, havendo dessa forma uma demanda de imóveis para uso
residencial, seja para comprar, seja para alugar.
(GIMENEZ
e
SAAB, 2001, p.140).
Esse tipo de investimento garantiria a uma cidade média como São João da Boa
Vista a oportunidade de oferecer um serviço diferenciado, e especializado, modalidade
esta que vem recebendo maior valor no mercado atual.
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São João da Boa Vista e o Apart-hotel
Conhecida como a cidade dos crepúsculos maravilhosos, São João da Boa Vista, é uma
cidade localizada no estado de São Paulo, distante 120 km de Campinas e 40 km de Poços de
Caldas. Segundo o IBGE, é considerada uma cidade de porte médio e possui o 15̊ melhor
índice de desenvolvimento humano do estado de São Paulo. A cidade possui uma área de
516,15 km² e uma população de aproximadamente oitenta e quatro mil (84.000) habitantes,
segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e a SEADE (Fundação Sistema
Estadual de Análise de Dados) e encontra-se na latitude 21º58'09" sul e uma longitude
46º47'53” oeste.
O crescimento demográfico, na economia, no setor industrial, e também no setor
comercial é um quesito a favor da escolha do tema. Esse crescimento se comprova através dos
gráficos, tabelas e dados abaixo:
13
Despesas e Receitas
Orçamentárias (2010)
São Paulo
São João da Boa Vista
Receitas
Despesas
Receitas
(53,5%)
Brasil
Despesas
(46,5%)
Receitas
Despesas
Gráfico 1- Despesas e Receitas
Fonte: Fundação SEADE
Como podemos notar através dos gráficos acima, São João da Boa Vista possui uma receita
maior do que suas despesas, consolidando portanto uma cidade estável, e apta a fazer
investimentos em infra-estrutura.
14
Produto Interno Bruto
(valor adicional)
São Paulo
São João da Boa Vista
406.723.
721
193.980.
11.265.0 716
05
849.729
Agropecuária
Indústria
Serviços
508.585
Brasil
28.363
105.163.
000
Agropecuária
Indústrias
593.315.
998
1.197.77
4.001
Serviços
Agropecuária
Indústria
Serviços
Gráfico 2- PIB
Fonte: Fundação SEADE
15
Nome Localidade
Homem
Mulher
Total
São João da Boa Vista
40.525
43.060
83.585
236.515
471.257
1.420.893
2.792.855
Região de Governo de São João da Boa 234.742
Vista
Região Metropolitana de Campinas
1.371.962
Total do Estado de São Paulo
20.059.835 21.163.848 41.223.683
Tabela 1 - Total Geral da População de 2010
Fonte: Fundação SEADE
Nome Localidade
Homem
Mulher
Total
São João da Boa Vista
38.316
39.709
78.025
225.249
451.900
1.204.738
2.381.284
Região de Governo de São João da Boa 226.651
Vista
Região Metropolitana de Campinas
1.176.546
Total do Estado de São Paulo
18.338.574 19.118.819 37.457.393
Tabela 2 - Total Geral da População de 2001
Fonte: Fundação SEADE
16
E como podemos notar, São João da Boa Vista possui dados significativos na economia
e no PIB do estado, bem como acompanha o crescimento populacional do mesmo.
Seu IDH (Índice de desenvolvimento humano) é maior que a média do estado,
lembrando que este é composto pela expectativa de vida ao nascer, educação e pelo PIB
(produto interno bruto).Abaixo um gráfico que mostra o comparativo do IDH do município com o
IDH do Estado:
Gráfico 3: IDH
17
Localidade
Variável
1980
1990
2000
2010
12.476.155
15.233.317
18.111.165
20.059.835
12.477.083
15.549.791
18.863.213
21.163.848
92,43
93,41
95,94
28.452.560
34.538.004
39.548.206
População Rural 2.834.398
2.330.548
2.436.374
1.675.477
Razão de Sexos
99,99
97,96
96,01
94,78
de 18,62
24,35
34,05
53,86
NA
NA
1.153.213
1.371.962
NA
NA
1.179.775
1.420.893
de NA
NA
97,07
97,43
NA
NA
2.264.719
2.721.147
Total do Estado de População
São Paulo
Masculina
População
Feminina
Grau
de 88,64
Urbanização
(%)
População
22.118.840
Urbana
Índice
Envelhecimento
(%)
Região Metrop. de População
Campinas
Masculina
População
Feminina
Grau
Urbanização
(%)
População
18
Urbana
População Rural NA
NA
68.269
71.708
Razão de Sexos
NA
NA
97,75
96,56
de NA
NA
33,54
53,84
167.977
200.010
225.184
234.742
159.280
194.022
223.517
236.515
76,47
84,49
88,81
301.306
379.098
418.525
População Rural 103.444
92.726
69.603
52.732
Razão de Sexos
103,09
100,75
99,25
30,37
42,86
67,92
33.628
38.006
40.525
Índice
Envelhecimento
(%)
Região de Governo População
de São J. Da Boa Masculina
Vista
População
Feminina
Grau
de 68,4
Urbanização
(%)
População
223.813
Urbana
Índice
105,46
de 23,45
Envelhecimento
(%)
São João da Boa População
Vista
27.867
Masculina
19
População
27.878
34.020
39.298
43.060
87,5
92,72
96,01
Feminina
Grau
de 81,75
Urbanização
(%)
População
Urbana
População Rural
45.577
59.193
71.674
80.250
10.168
8.455
5.630
3.335
Razão de Sexos
99,96
98,85
96,71
94,11
Índice de
27,18
36,51
51,18
78,48
Envelhecimento
(%)
Tabela 3: Comparativa do Estado de São Paulo, até o Município de São João da Boa Vista.
Fonte: Fundação SEADE
Segundo dados obtidos na ACE (associação comercial e empresarial), o município já
possui mais de mil e quinhentos estabelecimentos comerciais, e se organizam nessa
associação garantindo a união e fortalecimento do comércio a fim de manter a posição de
centro regional de compras.
Já no âmbito industrial, a cidade possui várias formas de incentivo tais como doação de
terreno, isenção das taxas de água e luz, isenção de tributos municipais, entre outros, segundo
o secretário de planejamento senhor Fernando Guena. Segundo Guena, a cidade já possui
20
dois distritos industriais, e já planeja a aquisição de uma terceira área para a construção de um
novo distrito.
Tais dados acima citados se refletem quando analisamos a participação da indústria no
total do valor adicionado, lembrando que este refere-se ao valor da riqueza gerado pela
indústria, agregando valor a economia em questão (seja ela do Estado, da região, ou da
cidade) como vemos no gráfico abaixo:
Gráfico 4: Participação da indústria no total do valor adicionado – 2008.
As belezas naturais locais, também se tornam um grande atrativo para a instalação do
empreendimento, tais como suas cachoeiras, a Serra da Paulista e a Serra do Mantiqueira, que
21
vêm atraindo cada dia mais turistas, segundo a CTUR (comissão de turismo de São João da
Boa Vista).
A cidade possui também a única incubadora de cultura do Estado, fator este que é
fortemente incentivado pelo poder público. São João da Boa Vista possui um festival de teatro,
Semana Guiomar Novaes, Jogos Regionais, um dos maiores rodeios do interior Paulista
(EAPIC) entre outros eventos culturais e esportivos, dados obtidos com a Sra. Sônia Regina
Pavani Binatti Peluque, secretária de cultura do município.
Imagem 1: Folder Semana Guiomar Novaes.
Fonte: < http://fernandodezena.arteblog.com.br/592947/Semana-Guiomar-Novaes/> Acesso em 05 de
out. de 2011.
22
Imagem 2: Folder EAPIC.
Fonte: <http://www.eapic.com.br/> Acesso em 05 de out. de 2011.
E apesar de tantos atrativos econômicos e turísticos, como já dito anteriormente São
João da Boa Vista possui uma rede hoteleira fraca, e contando com hotéis em sua maioria com
uma baixa classificação internacional (uma ou duas estrelas), não atendendo o público alvo
necessário.
Possui somente um hotel de quatro estrelas de pequeno porte (foto 3), e três hotéis mais
antigos também de pequeno porte (foto 4 e 5) com uma e duas estrelas, que através de visitas
realizadas no mês de setembro de 2011, comprovou-se que estes se encontram degradados, e
atendendo uma camada da população marginalizada. Tal fato inviabiliza a hospedagem de
visitantes na cidade, obrigando-os a recorrer a cidades próximas como Campinas e Poços de
Caldas.
23
Imagem 3: Hotel Mansão dos Nobres.
Fonte: < http://mansaodosnobres.com.br/site/?Page_id=2> Acesso em 25 de nov. de 2011.
Imagem 4: Hotel Giordano.
Fonte: <http://traveler.com.br/brasil/sao-joao-da-boa-vista/hotel-f-s-giordano> Acesso em 25 de nov. de
2011.
24
Imagem 5: Hotel Bandeirantes.
Fonte: <http://www.mundi.com.br/Hotel-Hotel-Bandeirantes-Sao-Joao-da-Boa-Vista-137556.html>
Acesso em 25 de nov. de 2011.
Portanto o objeto de pesquisa visa suprir essa demanda na cidade, levando em
consideração que esse tipo de empreendimento é um grande concentrador de uso energético,
de água potável, bem como grande gerador de resíduos sólidos, e, portanto, causaria um
grande impacto ambiental, se não fossem consideradas as técnicas de eficiência energética, e
sustentabilidade.
25
Eficiência Energética:
Para compreender quais os sistemas de melhoria da eficiência energética deveriam ser
empregados, foi realizado um levantamento da NBR 15220 de 2003, que descreve as diretrizes
bioclimáticas, e está divido em duas etapas. A primeira delas é a compreensão geral de
diretrizes bioclimáticas, e a segunda etapa compreende o estudo de caso do projeto, e sua
região.
Foi utilizado também às cartas solares para se entender as trajetórias do sol, bem como
consequência direta na edificação e na plástica da mesma. Para realização de estudos nas
cartas solares foi utilizado o programa SOL – AR, disponibilizado pelo LABEE – Laboratório de
Eficiência Energética em Edificações da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina).
Entretanto a utilização das mesmas só será exposto no item 7 (projeto).
Diretrizes bioclimáticas:
O mapa de zoneamento bioclimático brasileiro, feito pela ABNT, mostrado abaixo,
compreende oito diferentes zonas bioclimáticas. Em um anexo a ABNT apresenta também uma
lista de trezentos e trinta cidades que tiveram seus climas classificados. Essas diretrizes estão
expressas na NBR 15220 de 2003.
26
Mapa 1: Mapa de Zoneamento Bioclimático Brasileiro.
Fonte: ABNT (2003) Acesso em 15 de maio de 2012.
27
Gráfico 4: Carta Bioclimática Geral.
Fonte: ABNT (2003) Acesso em 15 de maio de 2012.
Legenda:
A – Zona de aquecimento artificial (calefação)
B – Zona de aquecimento solar da edificação
C – Zona de massa térmica para aquecimento
D – Zona de Conforto Térmico (baixa umidade)
E – Zona de Conforto Térmico (perfeito)
F – Zona de desumidificação (renovação do ar)
G + H – Zona de resfriamento evaporativo
H + I – Zona de massa térmica de refrigeração
I + J – Zona de ventilação
K – Zona de refrigeração artificial
L – Zona de umidificação do ar
28
Existem inúmeras variáveis que influenciam na definição do clima específico de um
determinado local. Entre estes fatores estão à altitude, umidade do ar, correntes de vento e
temperatura médias mensais.
A divisão das zonas foi feita através da semelhança quanto ao clima. Foram
considerados três principais fatores: as médias mensais das temperaturas máximas, as médias
mensais das temperaturas mínimas, e as médias mensais da umidade relativa do ar.
Quando uma cidade é classificada em determinada zona bioclimática, está se vincula a
determinadas recomendações estratégicas bioclimáticas. Entretanto, pode ocorrer que dentro
de uma mesma zona bioclimática, duas cidades diferentes, possuam algum item diferente.
O zoneamento e classificação climática visa dar recomendações construtivas para que
as edificações tenham um melhor desempenho térmico, o que ocorre quando estão construídas
de modo adequado para o clima local. Uma vez que uma edificação proporcione melhor
conforto térmico em seu interior utilizando o clima em seu favor, isto proporciona economia de
energia (eficiência energética) para o usuário da edificação e para a sociedade.
As diretrizes construtivas bioclimáticas relacionam-se principalmente a:
1 – Dimensões das aberturas para ventilação (pequenas médias ou grandes);
2 – Proteção das aberturas (Média e permitindo sol durante o período frio, Média e
sombreada, Pequena e sombreada ou Grande e sombreada);
29
3 – Vedações externas (Leve e isoladas, Pesadas ou Leves e Refletoras);
4 – Estratégia de condicionamento térmico passivo.
Aplicação ao Projeto:
Analisando a NBR 15220, encontrou-se São João da Boa Vista na zona bioclimática 4,
mesma zona bioclimática de Brasília.
Entretanto, como dito anteriormente, pode ocorrer algumas diferenças para diretrizes,
uma vez que Brasília é uma cidade com um clima diferente (mais seco) de São João da Boa
Vista.
Segue abaixo as recomendações para a zona 4:
30
Mapa 2: Zona Bioclimática 4
Fonte: NBR 15220 Acesso em 15 de maio de 2012.
31
Gráfico 5: Carta Bioclimática apresentando as normais climatológicas de cidades desta zona,
destacando a cidade de Brasília, DF.
Fonte: NBR 15220 Acesso em 15 de maio de 2012.
Aberturas para ventilação
Médias
Sombreamento das aberturas
Sombrear aberturas
Tabela 4: Aberturas para ventilação e sombreamento das aberturas (Zona Bioclimática 4)
Fonte: NBR 15220 Acesso em 15 de maio de 2012.
32
Vedações externas
Parede
Pesada
Cobertura
Leve isolada
Tabela 5: Tipos de vedações externas para a Zona Bioclimática 4
Fonte: NBR 15220 Acesso em 15 de maio de 2012.
Estação
Estratégias de condicionamento térmico
passivo
Verão
H) Resfriamento evaporativo e Massa térmica
para resfriamento
J) Ventilação seletiva (nos períodos quentes
em que a temperatura interna seja superior à
externa)
Inverno
B) Aquecimento solar da edificação
C) Vedações internas pesadas (inércia térmica)
Nota:Os códigos H, J, B e C são os mesmos adotados na metodologia utilizada
para definir o Zoneamento Bioclimático do Brasil (Carta Bioclimática).
Tabela 6: Estratégias de condicionamento térmico passivo para a para a Zona Bioclimática 4
Fonte: NBR 15220 Acesso em 15 de maio de 2012.
33
Como já abordado anteriormente sabe-se que o objeto de pesquisa sem as técnicas de
eficiência energética, causaria um grande impacto ambiental, entretanto, para se utilizar
adequadamente tais técnicas, deve-se averiguar aonde ocorre o maior gasto de energia na
edificação. Os três principais aspectos que o arquiteto pode atuar na economia de energia são:
iluminação, condicionamento de ar, e uso de água (bem como seu aquecimento). Para isso
deve-se visar:
-Usar sistemas naturais de condicionamento e iluminação sempre que possível;
-Usar sistemas artificiais mais eficientes;
-Buscar a integração entre os dois (artificial e natural).
Devemos considerar a ocupação de cada ambiente, bem como seu fluxo de usuários.
No caso do apart-hotel, temos algumas áreas com maior fluxo, como hall de entrada, e
elevadores, e outras com menor fluxo, como os apartamentos tanto dos hóspedes como dos
moradores. Áreas com maior fluxo consomem mais energia, bem como o inverso é verdadeiro.
Deve-se considerar também a mobilidade dos ambientes. Ambientes como os apartamentos,
dispõem de uma mobilidade maior, uma vez que depende unicamente do seu usuário acender
à luz, ou ligar o ar condicionado. Já em ambientes mais públicos, essa decisão não cabe única
e exclusivamente a um usuário, e sim a um responsável por manter o ambiente o mais
agradável possível.
34
Objetivo
Os objetivos do projeto são:
a. Elaboração de um projeto de edifício de apart-hotel;
b. Suprir a necessidade por um local de eventos e exposições;
c. Atender aos públicos alvos pré-determinados;
d. Atrair os turistas tanto para as belezas naturais como para as festas regionais e
culturais;
e. Qualificar a área de hospedagem com uma obra arquitetônica;
f. Buscar um consumo mínimo de energia elétrica e água para um equipamento tão
consumidor de recursos, bem como destinar adequadamente os resíduos sólidos;
g. Atingir quesitos para serem avaliados teoricamente pelo selo PROCEL;
h. Garantir a contextualização da edificação perante o entorno;
i.
Demostrar a utilização de formas de captação de energia, tais como eólica e
solar.
35
Referências Projetuais
Estudo 1. Estudo do edifício Carlos Gomes Center, na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do
Sul.
Neste edifício foram aplicadas diversas técnicas de eficiência energética, inclusive nos
âmbitos de ventilação e iluminação.
O edifício é de uso comercial, com aproximadamente 32.000 m² de área construída,
localizado em uma área nobre de Porto Alegre (próximo as Avenidas Carlos Gomes e
Soledade). Com 14 andares de 800 m² de área disponível para locação por andar, sendo que
se pode locar no mínimo 400 m².
36
Mapa 3: Localização do edifício Carlos Gomes Center
Fonte: <http://www.carlosgomescenter.com.br/> Acesso em 10 de outubro de 2011.
É um dos edifícios com mais tecnologia no sul do país, e localizado num importante eixo
comercial da cidade.
Esse edifício foi totalmente planejado para receber as empresas, e atender a diversos
tipos de necessidades, se adaptando facilmente a elas, como por exemplo, a energia. Possui
37
gerador próprio, além de possuir áreas para instalação de geradores particulares caso haja
necessidade.
Imagem 6 e Croqui 1 da Fachada SE e SO
Fonte: <http://www.carlosgomescenter.com.br/> Acesso em 10 de outubro de 2011.
O estacionamento na região é escasso, pois além de possuir diversas áreas nas quais é
proibido estacionar, poucas vagas da rua, são divididas com um hospital de alto padrão, ao
lado da edificação.
38
Para resolução desse problema, o edifício possui estacionamento próprio para seus
usuários, e pago para seus visitantes, além de uma área de manobra na frente do prédio.
Imagem 7: Estacionamento do Edifício Carlos Gomes Center
Fonte: <http://www.carlosgomescenter.com.br/> Acesso em 10 de outubro de 2011.
Os serviços e as áreas comuns se localizam no centro do edifício, o que facilita as
instalações prediais, além de garantir uma planta mais livre para as futuras instalações.
39
Imagem 8: Planta tipo pavimento escritórios
Fonte: < http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/6773/000489913.pdf?sequence=1> Acesso em
10 de outubro de 2011.
40
Imagem 9: Planta tipo pavimento escritórios demonstrando a divisão do pavimento.
Fonte: < http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/6773/000489913.pdf?sequence=1> Acesso em
10 de outubro de 2011.
A estrutura é de concreto armado revestida de vidro, permitindo assim que dentro dos
pavimentos se tenha uma visão panorâmica de Porto Alegre, garantida pela distância entre a
fachada deste edifício e do entorno.
41
Por se localizar no sul do país, este edifício possui em sua fachada vidro duplo,
aumentando a eficiência energética, pois em climas frios, este permite que a primeira camada
que recebe insolação direta aqueça, e a segunda camada repasse esse calor para o ambiente,
além de impedir a saída de ar mais ameno de dentro do edifício, perdendo calor para o exterior.
Sua entrada é marcada por um pórtico que quebra a pele de vidro, sustentando uma
estrutura metálica.
Imagem 10 e Croqui 2: Entrada do Prédio.
Fonte: <http://www.panoramio.com/user/1622402?comment_page=5&photo_page=12> Acesso em 10 de
outubro de 2011.
42
O acesso para pedestre se dá na entrada identificada no croqui, e é controlada
inicialmente por uma porta giratória, que culmina numa pequena recepção para identificação
dos visitantes, e depois na área das catracas. Tudo isso se desenvolve em um grande Lobby.
Imagem 11: Catracas de acesso.
Fonte: <http://www.carlosgomescenter.com.br/tour/images/carlos_gomes_center_01_8.jpg> Acesso em
10 de outubro de 2011.
43
Imagem 12: Lobby.
Fonte: <http://www.carlosgomescenter.com.br/tour/images/carlos_gomes_center_01_10.jpg> Acesso em
10 de outubro de 2011.
Os pavimentos de escritório possuem piso elevado e forro rebaixado para passagem de
cabeamentos necessários as instalações. Além disso, cada andar possui uma sala de
automação, para onde corre o cabeamento desta.
Possui quatro elevadores, que se voltam para um hall, onde se encontram dois
sanitários independentes (um masculino e outro feminino).
Pelas fachadas totalmente iluminadas, notou-se a necessidade da divisão do sistema de
ar condicionado, pois os níveis de insolação ocorrem de maneira distinta, como vemos na
planta abaixo:
44
Imagem 12: Planta tipo pavimento escritórios demonstrando o sistema de ar condicionado.
Fonte: < http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/6773/000489913.pdf?sequence=1> Acesso em
10 de outubro de 2011.
Como sistemas de automação predial temos:
-Cabeamento: a distribuição vertical se da pelos Shafts, e horizontal se dá pelo
piso e pelo forro;
45
Croqui 3: Distribuição do cabeamento.
- Segurança: feita através dos acessos restritos aos elevadores, as catracas,
câmeras de segurança, além de sensores de proximidade no entorno do edifício.
As correspondências são entregues na recepção e só então distribuída para os
escritórios.
46
Croqui 4: Sensor de proximidade.
- Condicionamento térmico: o sistema de ar-condicionado é locado de andar por
andar, e os usuários pagam somente taxas de energia.
47
Croqui 5: Fluxo de ar
- Energia elétrica: como já dito anteriormente, o edifício possui geradores
próprios, bem como a instalação e manutenção dos equipamentos.
48
Projeto
a. Recorte das demandas e busca da área de intervenção: informações de
programa, diagrama de massas e de fluxos, setorização.
A estrutura do apart-hotel será divida em três setores: o primeiro setor de serviços, o
segundo setor dos quartos para hóspedes, e o terceiro setor para moradores.
Programa Completo do Apart-Hotel:
-Apartamentos para hóspedes
-Bar
-Apartamentos para moradores
-Piscina
-Auditório
-Espaço verde
-Lobby
-Espaço Fitness
-Escritórios de aluguel
-Espaço para beleza
-Espaço Múltiplo I (eventos)
-Lan-house
Espaço Múltiplo II (leitura, exposições
-Lojas
e estar)
-Restaurante
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Como infraestrutura o apart-hotel contará com:
-Cozinha
-Serviço de limpeza
-Lavanderia para hóspede
-Administração
-Lavanderia interna
-Depósitos e estoques
-Serviço de costura
-Segurança
-Vestiário
-Estacionamento
-Refeitório
-Ambulatório
-Transporte de bagagem
-Cofres de Aluguel
-Serviço de busca e entrega
-Rouparia
Pré-dimensionamento dos ambientes em porcentagem de ocupação:
-Apartamentos, corredores e serviços do andar
50% - 60%
-Recepção e Lobby
4% - 7%
-Restaurante e bares
4% - 8%
50
-Espaços de Usos Múltiplos
4% - 12%
-Manutenção, cozinha e depósitos
9% - 14%
-Administração, diretoria e secretaria
1% - 2%
-Entretenimento, lazer, lojas e espaço da beleza
2% - 10%
É fundamental a ressalva que essas áreas condizem a um apart-hotel, ou hotel padrão, e
que, portanto, a variação desses valores pode ocorrer devido às especificações do projeto, bem
como a priorização da eficiência energética.
Segue abaixo os diagramas com as relações dos espaços. Esses diagramas estão
divididos de acordo com os usos, e separados por áreas de circulação de funcionários, e áreas de
circulação de hóspedes.
51
Diagrama 1: Andar de Hospedagem
52
Diagrama 2: Lobby
53
Diagrama 3: Bares e Restaurante
54
Diagrama 4: Área de eventos
55
Diagrama 5: Ala dos funcionários
56
Diagrama 6: Recepção
57
Diagrama 7: Administração do Apart-hotel
58
Diagrama 8: Recebimento e Armazenamento de cozinha
59
b. Terreno
Terreno e estudo de localização:
Se encontra no Jardim Yara, rodeado por: Avenida Dr. Oscar Piarajá Martins, Rua Quatro,
Rua Dois e Rua Milton A. Nogueira. Apesar de encontra-se em uma ZM (Zona Mista), segundo o
Plano Diretor, LEI COMPLEMENTAR Nº 1.926, DE 16 DE OUTUBRO DE 2006.
É importante ressaltar que o terreno encontra-se na VP21 (Via Principal Vinte e Um) devido a
Av. Dr. Oscar Pirajá Martins, que é um dos acessos principais da cidade, segundo o Art.65 do
Plano Diretor.
O terreno possui baixa declividade, aproximadamente 2% de inclinação, e faz parte de um
loteamento recém-criado na cidade. Possui 7.707,55m² aproximadamente.
O lote está próximo a pontos comerciais como: supermercado, padaria, oficina mecânica,
restaurantes, entre outros, e já se encontra ligado a todas as redes de infraestrutura da cidade.
O terreno possui uma vista panorâmica para o fundo de vale, e uma área de preservação
permanente.
60
Mapa 4: Mapa da cidade com a localização do centro e da rodovia.
Fonte: <Prefeitura municipal de São João da Boa Vista>. Acesso em 10 de abril de 2012.
61
Mapa 5: Mapa de zoneamento.
Fonte: <Prefeitura municipal de São João da Boa Vista>. Acesso em 10 de abril de 2012.
62
Imagem 19: Vista do terreno.
Fonte: <Ana Lídia M. Tavares> Fotografado em 29 de abril de 2012.
63
Imagem 20: Fotos do terreno.
Fonte: <Ana Lídia M. Tavares> Fotografado em 29 de abril de 2012.
64
Analise da área:
•
A – Natureza do objeto do TFG: por ser um Apart-hotel, a área apresentada é ideal,
pois se encontra perto de pontos importantes da cidade, como acesso fácil das
avenidas e rodovias. Por não ter outras edificações na mesma quadra, esta seria
privilegiada, dando maior visibilidade ao empreendimento. Nota: 8
•
B – Características da cidade: a cidade apresenta um alto nível cultural. Muito disso
se deve as políticas nesta área realizadas pelo governo, como já descrito
anteriormente. O bairro em questão (Jardim Yara) é conhecido como o bairro dos
médicos, apresentando um contexto social e econômico adequado para a
implantação do projeto. Nota: 10
•
C– O entorno: o diálogo com as ruas vizinhas se dará através do partido
arquitetônico, que na região em sua maioria, se encontram edificações
contemporâneas e com partidos arquitetônicos inovadoras, se comparados ao
restante da cidade. Nota: 8
•
D – Tamanho e características dos terrenos: o terreno possui mais de sete mil
metros quadrados, possibilitando a execução do apart-hotel, havendo espaço
inclusive para aplicação de técnicas de implantação que melhorem o desempenho
energético. Nota: 10
65
•
E – Legislação: apesar de se encontrar em uma zona residencial, a rua em que o
lote se encontra, permite a execução de edifícios comerciais. Nota: 8.
•
F – Sistema viário atual: como já dito anteriormente encontra-se numa das principais
avenidas de São João da Boa Vista, com fácil acesso a rodovia e ao centro. Nota:
10
•
G – Forma de aquisição e regime da propriedade: fácil aquisição, pois a gleba foi
recentemente loteada e os terrenos estão à venda. Nota: 8
c. Conceitos e Partido adotados e seguidos.
A plástica da edificação segue algumas diretrizes relacionadas ao conceito:
-A primeira diretriz refere-se ao contexto das edificações do entorno. O apart-hotel será
implantado em um loteamento recém-inaugurado em São João da Boa Vista, e cercado por
edificações de pequeno ou médio porte e em sua maioria de até dois pavimentos. Com isso
podemos afirmar que o cenário descrito é mais horizontal, do que vertical. Esse fator foi
considerado primordialmente na plástica da edificação, uma vez que a distribuição do apart-hotel
é mais horizontal do que vertical. Apesar de possuir três pavimentos. Ainda na contextualização
da edificação, nota-se que o terreno encontra-se no lote mais alto de seu entorno, sendo um
66
divisor. De um lado do terreno, encontra-se uma cidade com poucos vazios urbanos, sendo
preenchida em sua maioria por edificações de uso residencial, e um arquitetura mais com linhas
retas e quinas, de outro lado, encontramos um loteamento recém-inaugurado, sem edificações e
margeando uma grande área verde, de APP. No conceito do projeto, buscou-se enfatizar a
dualidade da cidade, onde de um lado, encontra-se uma fachada reta e com quinas
representando subjetivamente a cidade já ocupada. Na fachada oposta a essa, encontramos uma
presença constante de curvas e linhas mais orgânicas, representando este lado mais verde, e
menos ocupado do entorno. Tais linhas também remetem a plástica pura, no qual remetendo-se
ao conceito principal do projeto, que é a sustentabilidade e questões ligadas à mesma, essas
linhas mais orgânicas que se remete de certa maneira a natureza, mas não a associando de
maneira direta, mas sim, uma ligação entre a natureza e a própria adaptação à cidade.
-A permeabilidade do projeto também foi uma diretriz buscada, uma vez que este se localiza perto
de uma área de proteção permanente, cercada de um lado por belezas naturais e por outro pelo
skyline da cidade. Assim como no item anterior, buscando a integração natural / cidade.
-Fez-se também a cooptação com a própria cidade no que se refere aos cheios e vazios
presentes na cidade, o que a tornam mais interessante.
Por último, faz-se necessário ressaltar que toda a plástica da edificação se sujeitou as
alterações segundo as necessidades principalmente referentes à eficiência energética.
67
d. Propostas de implantação (relações urbanas, relações público-privado do
hotel/apart, serviços e demais usos coletivos, etc.).
A implantação do apart-hotel será realizada em parte do terreno, para garantir que técnicas
de melhoria da eficiência energética tenham espaço para serem aplicadas, bem como a utilização
do solo para reabsorção de água e criação de um estacionamento na área externa.
Será projetado com grandes recuos, impossibilitando que no futuro, quando o loteamento já
estiver bem edificado, ocorra um aglomerado de edificações, impedindo inclusive a ventilação e
iluminação de alguma parte do projeto.
Sua fachada com vista para o skyline da cidade está na direção nordeste, não tendo
problemas diretos com insolação. Todavia a fachada oposta, com vista para a APP, será
sudoeste, já possuindo alguns problemas com a insolação. Porém, já prevendo este
inconveniente, foi proposto uma laje maior, proporcionando sombra aos ambientes ocupados,
além de criar uma varanda com vista privilegiada da cidade.
68
Imagem 21: Implantação do projeto.
Fonte: <Ana Lídia Martorano Tavares>.
69
Imagem 22: Insolação e Ventilação do terreno.
Fonte: <Ana Lídia Martorano Tavares>.
70
e. Acessos;
O acesso ao apart-hotel se dará através da via amarela, onde os moradores poderão ter
acesso ao estacionamento no subsolo, e os hóspedes poderão deixar seus carros nas mãos dos
manobristas.
A via em laranja claro representa o acesso ao centro e a rodovia. Como ilustrado no mapa,
nota-se que o terreno encontra-se em posição privilegiada, com fácil acesso.
As vias em laranja escuro representam o acesso aos bairros e em vermelho encontra-se
representado a rodovia.
71
Mapa 9: Acessos ao terreno
(Fonte: Prefeitura Municipal de São João da Boa Vista, com edição de Ana Lídia Tavares). Acesso em 20
de junho de 2012.
72
f. Volumetrias e organizações espaciais dos usos privados;
O projeto se inicia na definição de dois blocos. O primeiro bloco onde se localizará os
apartamentos dos hóspedes, e o segundo bloco onde se localizará os apartamentos dos
moradores. Em ambos os blocos estão presentes também os serviços, logicamente que distintos
segundo seu uso, e melhor adaptados à rotina de cada grupo.
O projeto se organiza através de um vazio central, no qual se encontra um dos espaços
múltiplos, o de eventos. Como exibido na imagem abaixo:
Imagem 23: Fachada próxima a APP.
Fonte: <Ana Lídia Martorano Tavares>.
73
Os blocos são “envelopados” por um pórtico que se inicia na lateral entre o bloco dos
hóspedes e o espaço múltiplo I, e termina na extremidade oposta do bloco dos moradores.
Esse pórtico é selado com uma grande cobertura de vidro, inclinada 3%, que além da
função de cobertura, servirá também como coletora de água da chuva, uma das maneiras
de melhorar o consumo de água do edifício. Essa água será utilizada como parte da água
necessária para o uso dos vasos sanitários, para limpeza do edifício, e irrigação de
vegetação.
Esse pórtico encontra-se com pé direito diferente do restante do edifício,
destacando-se do mesmo. Essa cobertura abriga uma parte do teto verde, com vegetação.
A vegetação usada lá será a Hera-Sueca (Plectranthus sp) por ser uma vegetação que
precisa de luz indireta e não dos raios solares incidindo diretamente.
Imagem 24: Heros-sueco
Foto: <Raquel Patro>.
74
Já no restante do teto verde, ou seja, a parte que ocorre a incidência direta dos raios
solares será utilizado a Brilhantina (Pilea microphyll), que possui um ciclo de vida perene,
Imagem 25: Brilhantina
Foto: <Raquel Patro>.
Ambas as vegetações não devem ser pisoteadas, entretanto, o acesso a esse
pavimento se dá somente para manutenção dessa vegetação, e não há acesso constante
dos usuários.
Esse teto verde, além de auxiliar na estética do edifício, tem a função também de
baixar a temperatura, além de captar água da chuva. Essa, por sua vez, será transportada
através de dutos de coleta, até as paredes laterais do pórtico, onde se encontram os
jardins verticais, que serão regados por essa água.
75
Já em relação á vegetação dos jardim verticais, será utilizada Vinha-virgem ou Hera
japonesa (Parthenocissus tricuspidata) que é um tipo de vegetação trepadeira, com um
ciclo de vida perene.
Imagem 26: Hera japonesa
Foto: <Raquel Patro>.
O restante do teto verde, se apoia no outro pórtico que cruza o prédio de uma
extremidade a outra. Além do restante do teto verde, se apoia nesse pórtico também o
jardim vertical com a vegetação acima descrita.
O teto verde possui uma estrutura em camadas, composta pela própria estrutura da
cobertura, acima desta uma manta asfáltica ou uma membrana impermeável, acima um
geocomposto drenante ou um duto drenante, coberto por uma manta de proteção de
76
raízes. Por fim, temos o solo leve e superfície plantada. Esquema descrito na imagem
abaixo:
Imagem 27: esquema teto verde
Foto: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/08.088/210>. Acesso em 13 de
nov. de 2012.
77
Quando está superfície estiver sujeita a ser pisoteada, deve-se colocar uma
proteção como mostra a foto acima, já no caso do projeto em questão, não há
necessidade.
Imagem 28: Vista do projeto
Fonte: <Ana Lídia Martorano Tavares>.
78
O projeto possui um grande vazio que liga visualmente um lado ao outro da cidade,
ambiente no qual, se projeta a vivência do hall de entrada, bem como a multiplicidade de domínio
público-privado.
Imagem 29: Elevação voltada para a área mais edificada.
Fonte: <Ana Lídia Martorano Tavares>
No primeiro andar também encontramos os serviços como: espaço fitness, escritórios de
aluguel, auditório, lojas, espaço beleza, ambulatório, lan-house, três guaritas, além de toda a
infraestrutura de apoio ao apart-hotel e aos funcionários, como lavanderia, vestiários, refeitório e
costureira.
O prédio é todo conectado por 3 elevadores e 1 monta carga, sendo 2 elevadores de uso
dos hóspedes e moradores e 1 de uso dos funcionários, além da rampa de acesso aos andares.
79
Como se pode notar através das imagens os dois blocos do prédio são desconectados por
um desnível de 1,5m.
No segundo andar temos uma maior setorização, abrigando praticamente somente os
apartamentos, de um lado dos hóspedes e do outro dos moradores. Este andar conta também
com 2 roupeiros, espaço para material de limpeza, além de um depósito pra móveis.
Para que não houvesse quartos sem ventilação, foi elabora um átrio central em ambos os
lados, destinando a ventilação para esses átrios. Ainda sobre a ventilação dos quartos, para se
obter uma ventilação cruzada, elaborou-se uma laje alveolar, na qual servirá de saída de ar dos
quartos, bem como passagem de toda tubulação e infraestrutura necessária, além de suprir os
grandes vãos propostos pelo projeto.
Ainda referente a estrutura do prédio, além de contar com essa laje alveolar que deverá ser
de concreto de alto desempenho, (CAD 60, 100 Mpa), os pórticos deverão ser feitos do mesmo
material. Sobre a fundação dessa estrutura, deverá ser realizada paredes diafragmas, com
espessura de 1m e profundidade variável, de acordo com a carga e a resistência do solo.
Os quartos variam em 3 tipologias para moradores, todos contando com quarto, cozinha ,
sala de estar, uma pequena lavanderia e um banheiro. Alguns apartamentos dos moradores
contam também com varanda, que além de sua função básica, neste projeto teve a finalidade de
80
sombrear as aberturas (diretriz bioclimática). Dos hóspedes variam em 2 tipologias contando com
quarto, sala de estar e banheiro, e as mesmas varandas dos apartamentos dos moradores.
Os dois blocos contam também com uma grande laje de acesso irrestrito, que tem tanto a
finalidade de sombrear as aberturas, como também serve de um mirante para os hóspedes
observarem a paisagem.
Já no terceiro andar podemos encontrar o restaurante, sendo este divido em duas áreas:
uma área mais pública, com mesas mais próximas, e com uma área mais reservada próxima ao
átrio, cozinha industrial, que além de servir os clientes, é responsável também pela alimentação
dos funcionários, a piscina e sauna, que se ligam em um deck, o espaço múltiplo I, além do
restante dos quartos dos hóspedes.
O apart-hotel conta também com um subsolo, onde se encontra o estacionamento para
moradores e uma casa de máquinas, tanto para os elevadores, como também para instalação de
geradores e outros equipamentos.
Acima da guarita localizada no lobby, encontra-se a caixa d’água de 60 mil litros, o que
corresponde a provisão de três dias de água para o hotel.
81
Imagem 30: Imagem do projeto.
Fonte: <Ana Lídia Martorano Tavares>.
82
g. Sistemas energéticos, uso da água e sistemas para os resíduos gerados.
Ao longo do processo de projetar, foi pensado em questões como: calefação, refrigeração,
iluminação, ventilação, água, resíduos e materiais, que foram mais interessantes para melhorar a
eficiência energética do edifício.
No que tange a NBR 15220, segue abaixo uma análise específica dos itens abordados no
projeto, levando em consideração a zona bioclimática 4, bem como as descrições de conforto
térmico:
-Ventilação:
Utilizou-se a forma da edificação bem como a implantação da mesma em relação à
orientação predominante do vento, tornando eficaz a utilização dos recursos naturais em favor da
edificação.
Segundo o IPT (Instituto de Pesquisa Tecnológica do Estado de São Paulo S/A), a direção
predominante do vento é Nordeste–Sudoeste e Sudoeste-Nordeste, com velocidade média de 10
nós.
Portanto, maximizou-se a exposição da edificação às brisas do verão orientando
corretamente o projeto.
83
Outros fatores utilizados para aperfeiçoarem a ventilação natural foram a criação de
espaços fluidos, a promoção de ventilação vertical (ar quente sai por cima) através do pavimento
técnico.
-Resfriamento evaporativo e umidificação:
Apesar de não ser tão necessária na zona bioclimática em questão, essa técnica, que
busca através de superfícies porosas, que absorvam a água da chuva e o sereno noturno,
perdendo esse frescor ao longo do dia, através da evaporação,
o resfriamento do ambiente, foi
utilizada no último andar, que é o único exposto a incidência direta dos raios solares em sua
cobertura, através do teto verde, como já abordado anteriormente.
-Massa térmica:
Mas utilizada no projeto, de acordo com a carta bioclimática. Como já visto anteriormente,
São João da Boa Vista, apesar de haver a necessidade de ventilação seletiva e resfriamento
evaporativo, é predominante o aquecimento da edificação. A massa térmica auxilia nesse sentido,
aquecendo a edificação quando necessário, mas também a resfriando quando necessário.
-Aquecimento solar passivo:
Para isso utilizou-se os vidros duplos, que aquecem o ambiente no inverno, mas também
podem ser abertos, ventilando o mesmo. Os vidros duplos são um tipo de ganho indireto de calor,
84
pois a radiação incide em um elemento físico (primeira camada de vidro) que é aquecido e então
repassa o calor a edificação.
-Iluminação:
Apesar de não constar nas cartas bioclimáticas, em estabelecimentos abertos ao público,
este tem uma importância primordial para se garantir a eficiência energética. É interessante
conseguir uma integração eficiente entre a luz natural e a luz artificial utilizada de maneira
eficiente.
É importante ressaltar que o nível de iluminação varia de acordo com a tarefa proposta
para o ambiente, e garantir esse nível de iluminação é fundamental ao projeto arquitetônico.
-Natural: é interessante garantir a maior quantidade de iluminação que será
necessário ao ambiente através da iluminação natural, e isso foi pensado através da
grande utilização de superfícies translucidas no projeto.
-Artificial: para que seja eficiente deve ser controlada, podendo ser acionada,
reduzida, ou desligada. A iluminação pode ser controlada por sistemas com
controles fotoelétricos, com sensores de ocupação e com sistemas de programação
de tempo.
85
Uma boa técnica é iluminar especificamente a tarefa, e não todo o ambiente em que
essa será desempenhada. Ex. em um restaurante, utilizar iluminação geral mais
fraca, e luminárias próximas às mesas e balcões aumentando o nível de iluminação
no local aonde a tarefa será desempenhada.
Se forem controlados também os lumens liberados pelas lâmpadas (pois essas
perdem lumens ao longo de sua vida útil), garantirá que possam ser utilizadas
menos lâmpadas, porém, de forma mais eficiente (através das fotocélulas).
-Outras técnicas para diminuir o consumo de energia:
-Uso da cor: atinge tanto o conforto térmico quando visual. Influencia na iluminação
do ambiente, na radiação, entre outros fatores como inclusive no psicológico. Por
isso, em todo o projeto foram utilizadas cores claras e refletivas.
-Uso de vegetação como sombreamento, além do teto verde, e também a lateral da
edificação com o jardim vertical, foi utilizado no estacionamento para os carros na
área externa.
-Uso racional da iluminação
-Captação de energia solar garantida através das placas solares instaladas no
guarda-corpo das sacadas.
86
Referência bibliográfica:
Código de Obras de São João da Boa Vista, Lei 1.477 de 2004.
Carlos Gomes Center. Disponível em: <http://www.carlosgomescenter.com.br/> Acesso em: 10 de
out. de 2011.
Alpha Business. Disponível em: <http://www.alphabusinesscampinas.com.br>Acesso em 14 de
junho de 2012.
NBR 9050, Norma Brasileira 9050: Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e
equipamentos urbanos. Disponível em: <http://portal.mj.gov.br/corde/arquivos/ABNT/NBR905031052004.pdf> Acesso em 14 de junho de 2012.
MTE, Ministério do Trabalho e Emprego. Disponível em: <http://portal.mte.gov.br> Acesso em 10
de junho de 2012.
Instituo de Arquitetos do Brasil e Eletrobrás. Caderno de Boas Práticas em Arquitetura: Eficiência
Energética nas Edificações – PROCEL. 2009.
MME, Ministério de Minas e Energia. Disponível em: <http://www.mme.gov.br>. Acesso em 15 de
maio de 2012.
87
IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em:
<http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/cartografia/default_territ_area.shtm> Acesso em 03 de
nov. de 2011.
SEADE, Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados. Disponível em:
<http://www.seade.gov.br/> Acesso em 24 de nov. 2011.
BNDES, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. GIMENEZ, Luís Carlos Perez
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George
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<
http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/conheciment
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Universidade Federal do Rio Grande do Sul. ROCKENBACH, Suzete. Disponível em:
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GUIA São João. Guia Comercial <http://www.guiasaojoao.com.br/guiasaojoao/> Acesso em 03 de
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ACE, Associação Comercial e Empresarial. < http://www.acesaojoao.com.br/> Acesso em 20 de
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CTUR, Comissão de Turismo de São João da Boa Vista < http://ctur.org.br/blog/> Acesso em 20
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88
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