Segunda-feira, 30.01.12 Veja os destaques de hoje e do fim de semana: 1. OVG recebe doação de cadeiras de rodas do Complexo Prisional 2. Exame gratuito de DNA ____________________________ Jornal O Hoje, Capa - 28.01.12 OVG vai doar mil cadeiras de rodas a instituições. _______________________________ Jornal O Hoje, Editoria Ser do Bem - 28.01.12 _______________________________ 1 Jornal Diário da Manhã, Editoria de Cidades - 28.01.12 _______________________________ 2 Jornal Diário da Manhã, Editoria de Cidades - 28.01.12 _______________________________ Jornal O Popular - 30.01.12 DNA Procura por exame gratuito aumenta 45% Campanha, que começa quarta-feira, quer ampliar ação para número maior de cidadãos Maria José Silva Há mais de nove anos a manicure Maria (os nomes são fictícios) luta, arduamente, para alterar a certidão de nascimento do filho, Pedro, e proporcionar-lhe condição plena de cidadania. Um exame de DNA, custeado por familiares da mulher, comprovou que o garoto, hoje com 11 anos, é filho de João, um motorista com quem a manicure havia tido um relacionamento fulgaz. Com o intuito de assegurar o reconhecimento da paternidade ao menino, Maria impetrou ação na Justiça. Mas o processo, que parecia ser simples, se arrasta há quase uma década, sem chegar a uma solução. Dramas como o vivido por Maria atingem uma infinidade de mulheres que, por motivos variados, não têm os filhos reconhecidos legalmente pelos pais. São, em sua maioria, adolescentes e jovens pobres, que se engravidaram durante namoros breves com 3 homens solteiros ou casados e que passam por enormes dificuldades para sustentar e educar as crianças. Sensível a esta questão, a 51ª Promotoria de Justiça do Ministério Público estadual (MP) desenvolve uma ação contínua e pontual que visa proporcionar gratuitamente o reconhecimento da paternidade no menor tempo possível, muitas vezes sem a necessidade do processo judicial. E a procura não para de aumentar. 4.814 pessoas procuraram a 51ª Promotoria de Justiça do Ministério Público estadual em 2010 com o firme propósito de proporcionar o reconhecimento da paternidade aos filhos e, desta forma, assegurar os direitos previstos em lei. No ano passado, a demanda teve um crescimento de 45%, com a notificação de 7.015 solicitações. Mesmo diante do aumento da procura, a promotora Gislene Barbosa, titular da 51ª Promotoria, considera que a quantidade de cidadãos que necessita do serviço é significativamente maior. “Há uma parcela considerável da população que precisa deste serviço e desconhece o trabalho desenvolvido pelo Ministério Público em favor do reconhecimento da paternidade”, acentua Gislene Barbosa. E é justamente com o objetivo de divulgar a ação, ampliá-la para um contingente maior, em outros municípios do Estado, que a 51ª Promotoria lança, no dia 1º, a campanha É legal ter pai. A ação, acrescenta Gislene Barbosa, já conta com a adesão de 17 promotorias de Justiça (veja relação nesta página) e de órgãos e instituições importantes, entre os quais a Prefeitura de Goiânia, Organização das Voluntárias de Goiás (OVG) cartórios , Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (RMTC), Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de Goiânia (Setransp), Metrobus e VaptVupt. Cartazes Para realizar a campanha, o MP confeccionou 10 mil cartazes que serão afixados em ônibus, terminais, plataformas, postos de recarga de passagens e outros locais muito frequentados pela população. Os servidores do Vapt-Vupt, assinala a promotora, passaram por treinamento para informar as pessoas interessadas em fazer a ação para o reconhecimento da paternidade. MP oferece teste e negociação de pensão O trabalho do Ministério Público de reconhecimento de paternindade, coordenado pela promotora Gislene Silva Barbosa, consiste na adoção de providências para a realização de exame de DNA, alteração da certidão de nascimento – que tem inscrito apenas o nome da mãe - e intermediação em acordos para a definição da pensão alimentícia, a ser paga pelo pai à criança. Gislene Barbosa destaca que todos os meses recebe, em média, 400 solicitações feitas por mães que ainda não têm os filhos reconhecidos. Quando o processo corre sem intercorrências, o caso é concluído num prazo de apenas dois meses. Gislene Barbosa explica que na maioria dos casos a mãe procura o MP munida da certidão de nascimento do filho para solicitar formalmente a investigação de paternidade. De posse do nome e do endereço da pessoa apontada como pai, o MP o convoca para uma "conversa", como destaca a promotora. "Se este suposto pai admitir a paternidade, o nome dele é inscrito no documento da criança sem problemas. Na sequência, intermediamos o acordo para estabelecer o valor da pensão“, assinala. Se, por acaso, a pessoa tida como pai manifestar dúvida quanto à paternidade, é feito o exame de DNA. 4 A promotora esclarece que os casos só resultam em processo judicial quando o pai da criança se nega a reconhecê-la como filho, mesmo com o resultado positivo do exame. O MP, destaca Gislene Barbosa, presta esclarecimentos e assistência necessária para a impetração do processo às mães de crianças, adolescentes e incapazes. Os levantamentos do MP indicam que em cerca de 75% dos casos os exames de DNA têm resultado positivo. Gislene Barbosa informa que na capital os exames de DNA são pagos pela Prefeitura de Goiânia. Para a clientela que reside no interior, os procedimentos são custeados pela OVG. _______________________________ 5