DIGITEC
MANUTENÇÃO DE COMPUTADORES
HARDWARE
Manoel Campos da Silva Filho
Palmas, 29 de agosto de 2002
ÍNDICE
Eletricidade ....................................................................................................................
5
Fórmulas de Eletricidade ...........................................................................................
6
Tipos de Corrente ......................................................................................................
7
Transformadores ........................................................................................................
9
Efeito Corona (Corrente Alternada) .........................................................................
10
Eletricidade Estática ................................................................................................
10
Aterramento .............................................................................................................
11
Forma ERRADA de ligar a cordoalha à barra de cobre ......................................
11
Pára­raio ..................................................................................................................
12
Ligação Elétrica Monofásica ....................................................................................
13
Ligação Elétrica Trifásica .........................................................................................
14
Unidades de Medida de Tempo ...............................................................................
15
Nobreak ....................................................................................................................
15
Estabilizador ............................................................................................................
15
Transformador .........................................................................................................
16
Ligações Elétricas ....................................................................................................
16
Ligação em Série .................................................................................................
16
Ligação em Paralelo ............................................................................................
17
Ligação Mista: Em Série e em Parelelo ...............................................................
18
Ligação Errada .....................................................................................................
18
Hardware .....................................................................................................................
24
Componentes da Placa­mãe ...................................................................................
24
Slot’s (por ordem de criação) ...................................................................................
25
Barramento ..............................................................................................................
27
Pentes de Memória RAM .........................................................................................
27
Encapsulamento de Circuitos Integrados (CI’s) ......................................................
27
Sistemas de Numeração .........................................................................................
27
Números Binários (Base 2) ..................................................................................
27
Especificação de Números Binários ....................................................................
28
Operações com Binários ......................................................................................
28
Soma de Números Binários = OR Lógico ........................................................
28
ASCII ................................................................................................................
29
Números Hexadecimais (Base 16) ......................................................................
29
Conversões ..........................................................................................................
29
Conversão de Binário pra Hexadecimal ...........................................................
29
Conversão de Decimal pra Hexadecimal .........................................................
30
Conversão de Hexadecimal para Decimal .......................................................
30
Mapeamento de Memória ........................................................................................
31
PC/AT 286 ...............................................................................................................
34
PC/AT 3286 .............................................................................................................
35
2
Liberação da Memória Básica .................................................................................
35
Clock ........................................................................................................................
36
Taxa de Transferência do Barramento ou Largura da Banda .................................
37
Pentes de Memória ..................................................................................................
39
Tempo de Acesso da Memória RAM (Latência), Wait State (WS) ......................
40
Circuito SPD .........................................................................................................
40
Tempo de Refresh da Memória RAM ..................................................................
42
Tipos de Memória .................................................................................................
43
Regras de Instalação de Memória .......................................................................
43
FSB – Front Side Bus: Barramento Principal ..........................................................
46
Tecnologias de Acesso (Modo convencional de acesso à RAM) ...........................
47
Tecnologias de Memória RAM ................................................................................
42
Memórias FPM (30 vias) ......................................................................................
42
Memórias EDO RAM (72 vias) .............................................................................
43
Memórias BEDO RAM .........................................................................................
43
Memórias SDRAM (168 vias) ...............................................................................
43
Memórias SDRAM DDR (184 vias) ......................................................................
43
Memórias RAMBUS .............................................................................................
44
Memória Virtual ....................................................................................................
44
Configuração do Tempo de Acesso das Memórias no Setup .................................
44
Disco Rígido (HD) ....................................................................................................
45
Geometria do HD .................................................................................................
48
Tipos de HD .........................................................................................................
48
Formatação Física ...............................................................................................
49
Setor de Boot, Tabela de Partição e MBR ...................................................
50
Tabela de Partição ...........................................................................................
51
Pré Compensação de Escrita ..............................................................................
51
Inicialização do Computador ................................................................................
52
Boot Strap ............................................................................................................
52
Sistema de Arquivos ............................................................................................
53
Cluster ..............................................................................................................
53
FAT16 ...............................................................................................................
53
FAT32 ...............................................................................................................
55
Tabela Diretório ................................................................................................
55
Referência Cruzada e Alocação Perdida .........................................................
57
Fragmentação de Disco ...................................................................................
58
Memória ROM/Flash ................................................................................................
59
Interfaces .................................................................................................................
59
Interface de Vídeo ................................................................................................
61
Interface de Modem .............................................................................................
61
Interface de Som ..................................................................................................
62
Interface de Rede .................................................................................................
63
Topologias de Rede .........................................................................................
64
Topologia em Barra ......................................................................................
64
Topologia Estrela ..........................................................................................
65
3
Circuitos da Placa­mãe ............................................................................................
66
Fontes ......................................................................................................................
68
Fonte AT ...............................................................................................................
68
Fontes ATX ..........................................................................................................
70
Referências .................................................................................................................
70
4
Eletricidade
Grandezas
Tensão (u)
Potência(P) ­ Consumo de energia
Resistência (R)
Corrente (i)
Unidades de Medida
Volts(v)
Watts(W) OHMs (Ω )
Amperes(A)
Caixas D’Água
DDP
Tensão
Água
Corrente
Cabo par trançado Resistência
DDP = Diferença de Potencial. Como uma caixa d’água ter mais água que a outra, esta diferença faz a corrente fluir.
Resistência é a dificuldade com que um elétron tem pra se deslocar (sair do átomo)
5
Lacunas
Condutor
­
Elétrons
+
­ ­ + ­ ­ + ­ + ­ ­ + + + + ­ ­ + ­ ­ ­ ­ + ­ ­ ­ ­ + ­ ­ + + ­ ­ + ­ + + ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ + + ­ + + + ­ + ­ ­ + ­
­ ­ + ­ ­ + ­ + ­ ­ + + ­ + + + + ­
­ ­ + + ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ + + + + ­ + ­ ­
Mais elétrons
Bateria
Menos elétrons
A Diferença de Potencial faz com que a corrente flua na bateria.
Os prótons atraem os elétrons. O lado que tem mais prótons vai atrair os elétrons do outro. Esses prótons vão puxando os elétrons que estiverem mais próximos deles e, os mais próximos (no exemplo ao lado) são os elétrons da ponta do fio do lado positivo. Como a ponta do fio vai ficar com falta de elétrons, ela vai pegar elétrons do átomo mais adiante no fio, que também vão ficar com falta de elétrons e vão pegar do átomo adiante e assim sucessivamente. Logo se vê que os elétrons do lado positivo vão pegando elétrons que estão do lado negativo. Assim, do lado negativo vão ficando átomos com falta de elétrons e do lado positivo vão ficando átomos estáveis. Devido a este fenômeno diz­se que existem lacunas (a falta de elétrons que ficou num átomo) que se movimentam do pólo positivo pro negativo.
Mas já os elétrons se movimentam do pólo negativo pro positivo, como é notado na explicação acima pois, o lado positivo vai puxando os elétrons do lado negativo.
Devido a esses fenômenos definiu­se dois padrões:
­
•
O sentido real da corrente: •
O sentido convencional da corrente: +
­
+
Cargas contrárias se atraem e diferentes se repelem.
Fórmulas de Eletricidade
P = u * i
R = u / i
Exercício: Um computador em São Paulo, funcionando com uma tensão (u) de 110v. Se ele tem uma potência (P) de 300W, qual é a corrente (i) desse computador?
P = 300W
P = u * i
u = 110v
300 = 110i
i = ?A
i = 300/110 i = 2,72A
6
Exercício: Um computador no Tocantins, funcionando com uma tensão (u) de 220v. Se ele tem uma potência (P) de 300W, qual é a corrente (i) desse computador?
P = 300W
P = u * i
u = 220v
300 = 220i
i = ?A
i = 300/220 i = 1,36A
Conclusão sobre os dois exercícios: O computador em São Paulo precisa de um fio mais grosso devido a corrente ser maior. Logo, uma rede elétrica de tensão de 110 volts, precisa de fios mais grossos do que uma de 220 volts.
Fio condutor
­
Elétron
Nessa ligação direta, o fio não tendo resitência grande, os elétrons vão passar rapidamente pelo fio, e isto fará com que ele esquente até incendiar. Isto ocorre devido a presença de O2 no meio que permite +
Tipos de Corrente
•
•
a combustão.
Corrente (ou tensão) contínua ou direta: representada por DC ou Corrente (ou tensão) alternada: representada por AC ou Exemplo de circuito com corrente alternada:
­ Dínamo
Quando o pólo Norte do ímã estiver em cima
Ímã
Elétrons
O pólo negativo é de onde saem os elétrons e o positivo é onde chegam os elétrons.
A
N
S
Elétrons
B
Com a rotação do ímã, é provocando uma movimentação de elétrons gerando uma corrente que vai acender a lâmpada. O pólo N do ímã puxa elétrons e o Pólo S empurra elétrons. Quando o N estiver em cima ele vai puxar elétrons (­220v) do fio de cima e o S vai empurrar elétrons pro fio de baixo. 7
Quando o pólo Norte do ímã estiver embaixo
Ímã
Elétrons
A
S
N
Elétrons
B
Quando o N estiver embaixo ele vai puxar elétrons (+220v) do fio de baixo e o S vai empurrar elétrons pro fio de cima. Logo, a direção da corrente está sendo alternada a cada rotação de 180º do ímã.
8
+220V
Fase
A
­220V
+220V
B
Neutro
­220V
Terra
Nas usinas hidrelétricas a corrente é alternada e, no Brasil, os pólos se alternam a uma freqüência de 60Hz (60 Hertz = 60 vezes por segundo).
Transformadores
220V
110V
O fio verde da figura acima é um fio encapado. Nos transformadores ocorre corrente por indução: um fio induz a corrente em outro. O lado que tiver uma quantidade maior de voltas no fio, vai ter uma menor tensão.
9
Observação sobre corrente por indução: se um cabo de rede ficar próximo à um cabo de energia (meso estando os 2 encapados), isso vai causar interferência no cabo da rede, podendo gerar uma corrente por indução e até queimar portas de Hub e placas de rede. A vantagem das redes de fibra ótica é que não há risco de a rede sofrer problemas de indução de corrente. Os cabos de rede de fibra ótica podem até mesmo ficar na mesma tubulação dos cabos de energia.
Efeito Corona (Corrente Alternada)
Devido a corrente alternada, os elétrons percorrem somente a camada exterior do fio. Na corrente contínua, os elétrons percorrem todo o fio. Assim, na corrente alternada, o fio deve ser mais grosso. Eletricidade Estática
Aterramento
Elétrons
Descarga de eletricidade estática: direção da corrente de elétrons.
Terra
Fio Terra
Para descarregar a eletricidade estática, você deve ter o PC ligado a uma tomada de 3 pinos que tenha o pino Terra ligado às barras de aterramento no solo (como mostra a figura abaixo). Assim é só segurar na lata do gabinete, com o estabilizador desligado (pois assim é cortada a corrente do fio fase, evitando que você leve choque em alguma parte do PC) pra descarregar a eletricidade estática.
Aterramento
Neutro
Terra
Terra
10
Fase
Aterramento
Aterramento
Neutro
Fase
Terra
Terra
Os fios do aterramento devem ser cordoalhas
Barras de Cobre
A distância entre as barras deve ser de 2,5 a 3 metros. O comprimento de cada barra deve ser de 2,7 a 3 metros.
Forma ERRADA de ligar a cordoalha à barra de cobre
Parafuso de Ferro
Cordoalha
O parafuso de ferro enferruja, com isto ele afrouxa, deixando a cordoalha livre. O CORRETO é soldar com solda branca a cordoalha na barra de cobre.
Roela de Bronze
Barra de Cobre
A distância mínima que deve existir entre um aterramento e um pára­raio é de 80 metros.
11
Pára­raio
Pára­raio
As cordoalhas do aterramento devem descer pelo prédio sem fazer curva. Elas devem estar o mais próximo possível da beirada do prédio para que, caso caia um raio, este não se choque com o prédio e passe direto pela cordoalha até o Aterramento
12
Ligação Elétrica Monofásica
Padrão Monofásico
Alta Tensão
N
F
F
F
Baixa Tensão
220 ou 110V
F
Sala
N
• • • • •
Cozinha
Barramento Neutro
Caixa de Disjuntores
Disjuntor Geral
Casa
Aterramento opcional
Se houver um curto circuito, os elétrons voltam pelo neutro e, se houver um aterramento, os elétrons são descarregados nele.
13
Ligação Elétrica Trifásica
Padrão Trifásico
Alta Tensão
N
F
F
F
Baixa Tensão
220 ou 110V
F
Sala
• • • • •
Cozinha
N
Barramento Neutro
Caixa de Disjuntores
Disjuntor Geral
Casa
Aterramento opcional
14
Unidades de Medida de Tempo
1ms = 1 milisegundo = 1s/1.000 = 0,001s
1Ms = 1 microsegundo = 1s/1.000.000 = 0,000001s
1ns = 1 nanosegundo = 1s/1.000.000.000 = 0,000000001s Nobreak
Saídas (OUT)
DC = Corrente Contínua
12V DC
­
Entrada (IN)
+
12V
DC
Bateria de Carro
Potência no Nobreak
1000W = 1KVA (Kilowats/Hora)
Estabilizador
IN 220V – OUT 220V
IN 230V – OUT 220V
IN 210V – OUT 220V Saídas (OUT)
O estabilizador corrige até 15% da tensão (taxa de correção).
DC
Resposta ao pico (em milisegundos) é a velocidade com que o estabilizador consegue corrigir a tensão.
15
Entrada (IN)
Exercício: Supondo que você tenha estabilizadores, um com taxa de correção de 15% e resposta ao pico em 16ms; outro com taxa de correção de 15% e resposta ao pico em ½ onda. Qual dos dois é o melhor, o primeiro ou o segundo?
1ms = 1 milisegundo = 1s/1.000 = 0,001s
1Ms = 1 microsegundo = 1s/1.000.000 = 0,000001s
1ns = 1 nanosegundo = 1s/1.000.000.000 = 0,000000001s Estabilizador 1
Taxa de Correção: 15% Resposta ao Pico: 16ms
Estabilizador 2
Taxa de Correção: 15%
Resposta ao Pico: ½ onda
A corrente alternada (eletricidade gerada pelas hidrelétricas) tem velocidade de 60Hz (60 ciclos/s). Como são 60 ciclos por segundo, 1 ciclo leva 0,016s (1s/60).
Para saber quantos milisegundos dá 0,016s é só dividir 0,016 por 0,001s (que é um milisegundo) logo:
0,016s/0,001s = 16,666ms
Assim, uma onda leva 16,666ms. Sendo que o 2º estabilizador leva ½ onda pra responder ao pico, isso equivale a 8,666ms (16,666ms/2), ou seja, a metade do tempo que o 1º estabilizador leva pra responder ao pico. Sendo assim, o 2º estabilizador é mais rápido pra responder ao pico.
Transformador
IN 220V – OUT 110V
IN 110V – OUT 220V
IN 230V – OUT 115V
OUT
IN
Atualmente os estabilizadores também têm a função de transformador e, os nobreak’s também têm a função de estabilizador e transformador.
Ligações Elétricas
Ligação em Série
24V
DC
­
+
12V
DC
­
+
16
12V
DC
Neste tipo de ligação, a corrente não é alterada e as tensões são somadas (o tempo de duração será o mesmo que com apenas uma bateria mas, a tensão vai ser a soma das duas baterias).
Ligação em Paralelo
12V
DC
­
+
12V
DC
­
+
12V
DC
Neste tipo de ligação, a tensão não é alterada e a corrente é somada (o tempo de duração será a soma do tempo de todas as baterias ligadas).
Os Nobreak’s tem uma quantidade máxima de baterias que podem ser ligadas nele, de acordo com a soma das correntes das baterias. Se o nobreak abaixo suportar 120A então, a ligação que foi feita é correta pois a soma das correntes das baterias é 120A.
Saídas (OUT)
12V DC
Entrada (IN)
17
­
+
­
+
12V DC
60A
12V DC
60A
Os Nobreak’s tem uma quantidade máxima de baterias que podem ser ligadas nele, de acordo com a soma das correntes das baterias. Se o nobreak abaixo suportar 120A então, a ligação que foi feita é correta pois a soma das correntes das baterias é 120A.
Ligação Mista: Em Série e em Parelelo
Paralela 24V
+
­
­
+
­
+
Série
24V
12V DC
12V DC
+
­
­
+
­
Série
24V
12V DC
+
12V DC
Ligação Errada
BOMBA
­
+
­
+
18
19
Exercício 1: Encontre os dados que estiverem faltando pra calcular a potência necessária para o nobreak e a amperagem (corrente) do disjuntor.
Disjuntor
Fase
220V AC
N
Neutro
F
110V OUT
Terra
12V DC
220V IN
3
­
1
+
12V DC
60A
6
110V
0,81A
110V
1,81A
110V
3,18A
5
P = u * i
110V
0,67A
Resolução:
P1 = 110 * 0,86 =
P2 = 110 * 1,81 =
P3 = 110 * 0,81 =
P4 = 110 * 3,18 =
P5 = 110 * 0,67 =
Soma
2
110V
0,86A
4
94,6W 199,1W
89,1W
349,0W
73,7W
806,3W
A potência total dos aparelhos é de 806,3 W. Colocando­se uma margem de segurança de 20%: 806,3 + 20% = 967,5. Logo, o nobreak deve ser de 1000 W (pois não existe um de 967,5W) Calculo do amperagem do Disjuntor
i = PNobreak/u
i = 1000/220 = 4,54A
20
4,54 + 20% = 5,44A
Logo, pode se por um Disjuntor de 5 amperes (220 é a tensão da rede elétrica a qual o disjuntor está ligado)
Cálculo da potência da bateria
P6 = 12V * 60ª = 720W = 0,72KVA = 0,72 KW
Exercício 2: Encontre os dados que estiverem faltando pra calcular a potência necessária para o nobreak e a amperagem (corrente) do disjuntor
21
Disjuntor
Fase
D
F
220V AC
Neutro
N
Terra
220V IN
220V IN
110V OUT
110V OUT
A
1
220V OUT
B
2
110V
0,77A
C
1
0
7
Impressora Lazer
9
6
110V
0,89A
110V
1,63A
1
4
P = u * i
22
1
2
220V
1,81A
1
3
220V
0,59A
110V
7,72A
300W
110V
5
220V
0,52A
110V
1,81A
4
110V
1,09A
1
1
8
110V
0,86A
110V
2,45A
3
Terra
220V IN
220V
0,2A
220V
2,04A
Estabilizador A
Resolução:
Estabilizador
Fórmula
P1 = 110 * 0,77 =
P2 = 110 * 2,45 =
P3 = 110 * 1,09 =
P4 = 300  i = 300/110 = P5 = 110 * 0,89 =
P6 = 110 * 1,63 =
Resultado
84,7W
269,5W
119,9W
2,72A
97,9W
179,3W
Potência
84,7W
269,5W
119,9W
300W
97,9W
179,3W
1051,3W + 20% = 1261,5W
94,6W
449,9W
849,2W
94,6W
449,9W
849,2W
1393,7W + 20% = 1672,4W
114,4W
398,2W
129,8W
448,8W
44,0W
114,4W
398,2W
129,8W
448,8W
44,0W
1135,2W + 20% = 1362,2W
Est. B
Potência do Estabilizador A
P7 = 110 * 0,86 =
P8 = 110 * 4,09 =
P9 = 110 * 7,72 =
Est. C
Potência do Estabilizador B
P10 = 220 * 0,52 =
P11 = 220 * 1,81 =
P12 = 220 * 0,59 =
P13 = 220 * 2,04 =
P14 = 220 * 0,2 =
Potência do Estabilizador C
Logo, o Estabilizador A sera de 1500 W, o B será de 2000W e o C será de 1500W, pois são as potências de estabilizadores maiores e mais próximos do valor encontrado para os estabilizadores.
Calcular a amperagem do Disjuntor:
Basta somar a potência dos estabilizadores e utilizar a fórmula: P = u * i  1500 + 2000 + 1500 = 220i  5000 = 220i  i = 5000/220  i = 22,7A
Logo, o disjuntor deve ser de 25 amperes (pois é o valor maior e mais próximo do encontrado).
23
Hardware
Componentes da Placa­mãe
1 ­ Conector DIM do Teclado
2 ­ Slot’s
24
3 ­ Memória ROM
A ROM já vem com programas gravados pelo fabricante: BIOS (Basic Input Output System) – Sistema Básico de Entrada e Saída; POST ­ Power On Self Test; Setup – Confirguração.
4 ­ Conector do Processador [Socket ZIF – ZIF (Zero Insertion Force) = Inserção Força Zero]
5 ­ Pente de memória cachê
6 ­ Memória cache (memória de aceleração): também conhecida por SRAM ou RAM Estática. Responsável por buscar informações na RAM e fornecer ao microprocessador.
7 ­ Chipset: circuito de apoio ao processador. Responsável pelo acesso às memórias e aos barramentos.
8 ­ Porta Serial 1 (10 pinos)
9 ­ Porta Serial 2 (10 pinos)
10 ­Porta Paralela (26 pinos)
11 ­FDC (Floppy Disk Controller): Controlador de Disk Flexível (34 pinos)
12 ­IDE0 (IDE = Integrated Drive Eletronic): para HD e CD­ROM (40 pinos)
13 ­IDE1 (IDE = Integrated Drive Eletronic): para HD e CD­ROM (40 pinos)
14 ­Pente de memória RAM. Memória que o usuário utiliza pra rodar programas. Também conhecida por DRAM (RAM Dinâmica). Sua estrutura é baseada em células capacitivas (capacitores)
15 ­Alimentação da placa­mãe para fontes ATX
16 ­Alimentação da placa­mãe para fontes AT
17 ­Bateria da memória CMOS (onde são gravados os dados do Setup)
18 ­SLOT 1: conector do processador (No caso de placas­mãe pra processador Atlon, este Slot recebe o nome de SLOT A)
Slot’s (por ordem de criação)
•
•
•
•
•
ISA 8: 8 bits, 8 Mhz
ISA 16: 16 bits, 8 Mhz
EISA: 32 bits, 8 Mhz
VLS (Vesa Local Bus): 32 bits, 33 Mhz
MCA: 32 bits, 33 Mhz
Uma placa ISA 8 FUNCIONA NUM Slot ISA 16 assim como uma placa ISA16 ou ISA 8 funciona num Slot VLB.
•
•
PCI 32: 32 bits, 33 Mhz
PCI 64: 64 bits, 66 Mhz
(Para computadores profissionais como Pentium PRO)
•
AGP = FSB
25
Este Slot foi desenvolvido exclusivamente para placas de vídeo e aceleradoras 3D. é de 64 bits e a freqüência é a mesma da placa­mãe.
26
Barramento
É o conjunto de fios que interligam os Slot’s à placa­mãe.
Pentes de Memória RAM
•
•
•
•
184 vias (dentes): 64 bits
168 vias (dentes): 64 bits
72 vias (dentes): 32 bits
30 vias (dentes): 8 bits
Encapsulamento de Circuitos Integrados (CI’s)
PQFP
PGA:
CPGA = PGA feito de cerâmica
PPGA = PGA feito de plástico
DIP
Sistemas de Numeração
Números Binários (Base 2)
Dígitos: 0 – 1
Dígitos Binário
Potências Correspondente Decimal
1
27
128
1
26
64
Nº Binário
1
1
4
2
23
16
8
1
25
32
27
1
22
4
1
21
2
1
20
1
Um byte é igual a oito bits. Com oito bits faz­se 256 códigos (números) diferentes (28 = 256  2 é a base (binário é base 2 porque são apenas 2 dígitos) e 8 é o nº de bits de um byte)
Especificação de Números Binários
4 bits = Nibble
8 bits = Byte
16 bits = Word
32 bits = Long Word
64 bits = Super Long Word, Super Double Word ou Quad Word
8 bits = 1 byte
1KB = 210 = 1024 bytes
1MB = 220
1GB = 230
56Kbps (Kilobits por segundo) = 7KB/s
56*1024 bits = 57.344 bits
57.344 bits / 8 bits = 7168 bytes
7168 bytes / 1024 bytes (1KB) = 7KB/s
256Kbps (Kilobits por segundo) = 32KB/s
256*1024 bits = 262.144 bits
262.144 bits / 8 bits = 32.768 bytes
32.768 bytes / 1024 bytes (1KB) = 32KB/s
Operações com Binários
Soma de Números Binários = OR Lógico
00001001 = 09
+ 00000110 = 06
­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­
00001111 = 15
00000011 = 03
+ 00000001 = 01
­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­
00000100 = 04 00000001 = 01
+ 00000001 = 02
­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­
00000010 = 03
00000111 = 07
+ 00000111 = 07
­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­
00001110 = 14
28
ASCII
American Standard Code for Information Interchange = Código Padrão Americano de Intercâmbio de Informações.
Números Hexadecimais (Base 16)
Dígitos: 0 – 9, A – F
Dígitos Hexadecimais
Correspondente Decimal
0 – 9
A – F
0 – 9
10 – 15
Depois do F Hexadecimal vem
Correspondente Decimal
10, 11, 12...
16, 17, 18...
Os dígitos hexadecimais são baseados num Nibble (4 bits). Para representar um dígito hexadecimal precisa­se de 4 bits.
0000 = 0 = 0h
1000 = 8 = 8h
0001 = 1 = 1h
1001 = 6 = 9h
0010 = 2 = 2h
1010 = 10 = A
0011 = 3 = 3h
1011 = 11 = B
0100 = 4 = 4h
1100 = 12 = C
0101 = 5 = 5h
1101 = 13 = D
0110 = 6 = 6h
1110 = 14 = E
0111 = 7 = 7h
1111 = 15 = F
*Um número hexadecimal deve ser representado com uma letra h (minúscula) no final, pra poder diferenciar de um nº decimal.
Conversões
Conversão de Binário pra Hexadecimal
Como um dígito hexadecimal é de 4 bits logo, pra converter de binário pra hexadecimal é só dividir o número binário em grupos de 4 e, desses grupos, converter cada um pra decimal. O número hexadecimal é a junção dos números decimais do resultado.
29
65 = 01000001
Nibbles (metade do número binário)
Equivalente Decimal
Número Hexadecimal
0100
0001
4
1
41h
Conversão de Decimal pra Hexadecimal
Deve­se dividir o número decimal consecutivamente por 16 (a base pra qual você deseja transformar) até que o quociente resulte em zero. Depois é só pegar os restos das divisões a partir da última e formar o número hexadecimal juntando estes restos.
65
1
16
4
4
16
0
Restos das divisões (a partir do último)
Dígito Hexadecimal equivalente
Número Hexadecimal
72
12
16
4
4
4 1
4 1
41h
16
0
Restos das divisões (a partir do último)
Dígito Hexadecimal equivalente
Número Hexadecimal
4 12
4 C
4Ch
Conversão de Hexadecimal para Decimal
•
Modo direto: conversão direta pra decimal
Converter 4Ch pra decimal
4Ch
4
C
1
16
160
4*16
C*1
64 + 12*1
4Ch = 76
76
30
Converter 10F3AC4h pra decimal
10F3AC4h
1
0
F
3
A
C
4
6
5
4
3
2
1
16
16
16
16
16
16
160
1*166 0 F*164 3*163 A*162 C*16 4*1
166 + 15*164 + 3*163 + 10*162 + 12*16 + 4
10F3AC4h = 17.775.300
17.775.300
Exercíco: Se um computador tem 2 pentes de memória de 16MB e, durante a execução de um programa aparece a mensagem: “Este programa executou uma operação ilegal e será fechado” e no botão detalhes tiver a informação: “Erro na posição de memória 10F3AC4” então, em qual pente existe o defeito?
Resolução
O 1º pente vai de 0 ao byte 16.777.216 (1MB = 2 20  220*16 = 16.777.216 bytes em cada pente de memória) e o 2º pente vai do byte 16.777.217 a 33.554.433. Logo, o problema é no 2º pente pois 10F3AC4 é o endereço de nº 17.775.300 e o 1º pente só vai até o endereço 16.777.216.
•
Modo parcial: Conversão pra binário e depois pra decimal
Converte­se cada dígito hexadecimal pra decimal e depois pra binário, juntando os nibbles encontrados para converter esse valor pra decimal.
Converter 4Ch pra decimal
4Ch
4
0100
0
27
1
26
64
C = 12
1100
0
25
0
24
1
23
8
64 + 8 + 4 = 76
4Ch = 76
Mapeamento de Memória
31
1
22
4
0
21
0
20
32MB (capacidade deste pente)
XMS – Memória Extendida
64K HMA – Memória Alta
UMB – Memória Superior
1024K (1MB)
Outras Memórias
CPU
640K
Memória Básica ou Convencional
Enxerga (acessa) toda a memória
32
32MB (capacidade deste pente)
XMS – Memória Extendida
64K HMA – Memória Alta
UMB – Memória Superior
1024K (1MB)
1
BIOS – 64K
4
UMB – 64K
4
UMB – 64K
4
UMB – 364K
2
ROM de Vídeo – 32K
Outras Memórias
640K
Memória Básica ou Convencional
3
3
1 ­
2 ­
3 ­
4 ­
Memória de Vídeo – 64K
Memória de Vídeo – 64K
Memória utilizada pelo BIOS
Memória utilizada pela ROM de Vídeo
Memória utilizada pelo Vídeo
UMB são espaços da memória que não estão sendo utilizados por nenhum dispositivo ou programa.
As placas de vídeo que rodam no espaço “Outras Memórias” são placas antigas do tipo CGA. As placas de vídeo VGA ou SVGA on­board, devido à sua tecnologia, não cabem no espaço das “Outras Memórias” assim, elas rodam na XMS, “roubando” espaço de memória pra execução dos programas. Já as placas de vídeo off­board têm a sua própria memória (como todo dispositivo off­board) e assim, você não vai perder um pedaço da sua RAM pra uma placa destas.
33
PC/AT 286
Processador 80286
O modo Protegido 16 bits acessa toda a XMS
Modo Protegido 16 bits
RAM
XMS
Modo Real
MS­DOS
O modo real só acessa a memória básica, ou seja, apenas 640K
Windows 3.11
34
1024K
Outras Memórias
640K
Memória Básica
PC/AT 3286
Processador 803286
Modo Protegido 16 bits
O modo Protegido 16 e o 32 bits acessam toda a XMS
RAM
XMS
Modo Protegido 32 bits
1024K
Outras Memórias
Modo Real
Windows 9x, ME, NT, 2000, XP
MS­DOS
Windows 3.11
640K
Memória Básica
O modo real só acessa a memória básica, ou seja, apenas 640K
O Windows 3.11 trabalhava em modo real (pois ele é apenas um Shell gráfico do MS­DOS) mas, acessando a memória extendida (XMS). Só que ele não trabalhava perfeitamente com a XMS, por isso é que ocorria freqüentemente problema de GPF (Geral Protection Fail – Falha Geral de Proteção).
Liberação da Memória Básica
A liberação da memória básica consiste em fazer com que programas ou drivers, que rodam em modo real, passem a utilizar a Memória Superior (UMB) e a memória Alta (HMA), para que a memória básica fique liberada pra rodar apenas os programas do usuário feitos para MS­DOS.
35
•
Config.sys
Na primeira linha do arquivo coloque o mostrado nas 3 linhas abaixo:
DEVICE = C:\Windows\Himen.sys
DEVICE = C:\Windows\EMM386.exe /NoEMS
DOS = HIGH, UMB
O arquivo Himen.sys é o gerenciador da memória alta (HMA).
DEVICE é um comando do MS­DOS pra carregar um driver de um dispositivo (como o CD­ROM por exemplo) em modo real.
A linha DOS = HIGH, UMB, do arquivo Config.sys, indica que é pro MS­DOS rodar uma parte dele na Memória Alta (HMA) e outra parte na UMB.
Se no arquivo Config.sys já existir alguma linha que inicia com DEVICE (antes de você inserir as 3 linhas mostradas mais acima) então, você deve mudar o DEVICE destas linhas, que já estavam no Config.sys, para DEVICEHIGH. O DEVICEHIGH tem a mesma função do comando DEVICE, só que ele carrega o driver, especificado a frente dele, na Memória Alta (HMA).
O MS­DOS só pode rodar um programa por vez (por ele ser um Sistema Operacional Monotarefa). O programa EMM386.exe é um assistente do MS­DOS pra simular multitarefa. Quando um programa está rodando no MS­DOS e é necessária a execução de outro programa então, o EMM386.exe pega o programa atual e coloca­o na memória extendida (XMS), liberando a memória básica (que é apenas de 640K) pra executar outro programa. Enquanto os programas (feitos pra MS­DOS) estiverem na XMS, eles ficam paralisados. Logo o EMM386.exe vai ficar intercalando os programas entre a XMS e a Memória Básica pra simular multitarefa.
Esta técnica do EMM386.exe é denominada EMS – Memória Expandida. Uma das outras funções do EMM386.exe é gerenciar a UMB (a memória onde funcionam dispositivos como o modem).
Se você tiver executando um programa feito pro MS­DOS mas a partir do Windows e, habilitar a EMS (Memória Expandida), isso causará problemas pois, enquanto o Windows está sendo executado, ele é o proprietário da XMS (Memória Extendida) e, estando a EMS habilitada, os programas do MS­DOS vão entrar em conflito com o Windows pois, este não considera que estes programas do MS­DOS estejam rodando na XMS podendo, o Windows, querer utilizar o espaço que já está sendo utilizado pro um programa do MS­DOS.
Clock
Existe um circuito na placa­mãe, denominado de cristal, que é o clock dela. É o cristal quem define a freqüência da placa­mãe, o momento em que o processador 36
deve transmitir dados. Esse clock é a mudança contínua do estado 0 (sem eletricidade) para o estado 1 (com eletricidade).
No estado 1, é circulada uma corrente de elétrons. Nesse momento é que os dados são transmitidos pela CPU.
1
0
1 pulso
1 pulso
1 pulso
Rampa de Subida do Clock
Rampa de Descida do Clock
Esse cristal determina a freqüência da placa­mãe, a freqüência de transmissão dos dados. As placas­mãe mais antigas tinham freqüência de 66Mhz. Hoje o mais comum são placas­mãe de 100 e 133Mhz.
Taxa de Transferência do Barramento ou Largura da Banda
Se uma placa­mãe tem freqüência de 66Mhz e num barramento passam 8 bits por ciclo (pulso de clock) então, a placa transmite por esse barramento 528.000.000 bits por segundo (66Mhz = 66.000.000 ciclos por segundo 
66.000.000*8 bits = 528.000.000 bits). Dividindo 66Mhz por 1MB tem­se a taxa de transferência do barramento (em Megabits por segundo). Logo:
Taxa de Transferência do Barramento ou Largura da Banda
PC 66
PC 100
PC 133
66.000.000/220 = 62,9Mbps denominação dada à placas­mãe com barramento de 66Mhz ou placas que trabalham a esta frequência
denominação dada à placas­mãe com barramento de 100Mhz ou placas que trabalham a esta frequência
denominação dada à placas­mãe com barramento de 133Mhz ou placas que trabalham a esta frequência
O processador trabalha a uma freqüência muito superior a dos barramento da placa­mãe. Ele processa as informações muito mais rápido mas, devolve o resultado (dados) em uma velocidade menor pois, a velocidade de transmissão dos dados depende da freqüência da placa­mãe (do barramento de dados desta).
Atualmente, as placas­mãe têm barramento de dados de 64 bits (passam 64 bits, por pulso de clock, para memória RAM).
37
64 bits
66 Mhz
CPU
RAM
66Mhz = 66.000.000 pulsos/s
66.000.000*64 = 4.224.000.000 bits/s
4.224.000.000/8 bits = 528.000.000 bytes/s
Pentium 133 Mhz
528.000.000/220 (1MB) = 530,54 MBps
A taxa de transferência do barramento de dados de 64 bits, de uma placa­mãe com freqüência de 66 Mhz, pra processador Pentium 133 Mhz, é de 503,54 MBps.
64 bits
133 Mhz
CPU
RAM
Pentium III 800 Mhz
133Mhz = 133.000.000 pulsos/s
133.000.000*64 = 8.512.000.000 bits/s
8.512.000.000/8 bits = 1.064.000.000 bytes/s
1.064.000.000/220 (1MB) = 1.014,7 MBps
A taxa de transferência do barramento de dados de 64 bits, de uma placa­mãe com freqüência de 133 Mhz, pra processador Pentium III 800 Mhz, é de 1.014,7 MBps.
64 bits
100 Mhz DDR
CPU
RAM
Athlon
As placas­mãe pra processadores Athlon utilizam barramento de dados com tecnologia DDR (Double Data Rate – Taxa de Dados Dobrada). Esta tecnologia faz com que dados sejam transmitidos quando o estado do clock for 0 e quando o 38
estado for 1. Logo, dados são transmitidos tanta na rampa de subida do clock quanto na rampa de descida.
Comparando um Athlon com um Pentium III, enquanto o Pentium III manda dados na rampa de subida e fica aguardando a passagem da rampa de descida pra poder enviar dados novamente, o Athlon envia dados pelo barramento tando na rampa de subida quando na de descida, assim, ele não fica esperando a passagem da rampa de descida pra poder enviar dados novamente, ele manda dados nos 2 estados do clock (0 e 1).
100Mhz = 100.000.000 ciclos por segundo
100.000.000*64 = 6.400.000.000 bits/s
6.400.000.000*2 (devido o barramento ser DDR) = 12.800.000.000 bits/s
12.800.000.000/8 bits = 1.600.000.000 bytes/s
1.600.000.000/230 (1GB) = 1,49 GBps
A taxa de transferência do barramento de dados de 64 bits, de uma placa­mãe com freqüência de 100 Mhz DDR, pra processador Athlon, é de 1,42 GBps.
16 bits
100 Mhz QDR
CPU
RAM
Pentium 4
100Mhz = 100.000.000 ciclos por segundo
100.000.000*16 = 1.600.000.000 bits/s
1.600.000.000*4 (devido o barramento ser QDR) = 6.400.000.000 bits/s
6.400.000.000/8 bits = 800.000.000 bytes/s
800.000.000/230 (1GB) = 0,74 GBps
A taxa de transferência do barramento de dados de 16 bits, de uma placa­mãe com freqüência de 100 Mhz QDR, pra processador Pentium 4, é de 0,74 GBps.
Pentes de Memória
Atualmente, as placa­mãe tem barramento de 64bits
Tipo
Nº de Vias
Largura em Bits
39
Tecnologia de Acesso
30
8
72
168
184
Não Especificado
32
64
64
16 (QDR)
Assíncronas
Síncronas
– FPM
Algumas EDO­RAM
EDO­RAM
SDRAM
SDRAM DDR
RAM BUS
Tempo de Acesso da Memória RAM (Latência), Wait State (WS)
O tempo de acesso da memória, ou latência, é o tempo que ela gasta para encontrar um dado dentro dela. Quando o barramento necessita pegar um dado na memória, como a memória leva um determinado tempo pra encontrar o dado, o barramento de dados deve esperar esse tempo pela resposta da RAM. Esse tempo que o barramento deve esperar pela memória deve ser configurado no Setup e é denominado Wait State (WS).
Se você configurar no Setup um tempo menor do que a memória realmente gasta pra achar o dado então, o barramento solicita o dado à RAM, espera pouco tempo do que o necessário e volta sem o dado. Se o tempo que você configurar for maior do que o tempo real que a memória gasta pra encontrar um dado então, você vai perder performance pois, o barramento vai ficar aguardando um tempo a mais mesmo depois de ter recebido o dado da RAM.
Pente de Memória RAM
­ 60
Especificação do Tempo de Acesso da Memória. Neste exemplo são 60ns (nanosegundos)
6 = 60ns
60 = 60ns
7 = 70ns
70 = 70ns
Circuito SPD
O circuito SPD, que surgiu com as memórias a partir de 168 vias, vem de fábrica com as informações sobre configuração da memória como: velocidade com que ela trabalha (Mhz); qual o tempo de Wait State (WS) (tempo que a memória leva pra encontrar um dado dentro dela).
Através desse circuito, algumas placas­mãe lêem essa configuração e então não é necessário fazer essa configuração manual da memória no Setup.
Pente de Memória RAM
Circuito SPD
40
Se você tem um pente de memória RAM de 168 vias PC 133 e colocá­lo numa placa­mãe com barramento de 133Mhz, você não precisa configurar nada no Setup pois, como está tudo compatível, a placa­mãe vai ler as informações do SPD e o pente vai funcionar corretamente
Se você colocar esse pente de 133Mhz numa placa­mãe de 100Mhz e deixar a placa­mãe ler as informações do SPD, o pente não vai funcionar corretamente, podendo até travar a máquina. Neste caso você deve configurar no Setup para que a placa­mãe não leia as informações do SPD pois você vai configurar o pente manualmente.
O problema de você colocar o pente de 133Mhz num barramento diferente de 133Mhz é que, se o pente tem circuito SPD e, neste esta gravado que o o Refresh da RAM deve ser feito a cada 3 pulsos de clock, não importa em qual barramento você coloque o pente, ele sempre vai dar o refresh a cada 3 pulsos (pois é o que informa o circuito SPD). Só que se você colocar este pente num barramento de 100Mhz e não configurá­lo manualmente, ele vai continuar dando refresh a cada 3 pulsos mas, um pulso num barramento de 100Mhz demora mais do que 1 pulso num barramento de 133Mhz, logo, no barramento de 100Mhz, a memória PC 133 descarrega antes de acontecer o refresh, ou seja, antes dos 3 pulsos.
Calculando o tempo gasto nos 3 pulsos num barramento de 133Mhz
133Mhz = 133.000.000 pulsos/s
1s/133.000.000 = 0,000000007s
1ns = 1s/1.000.000.000 = 0,000000001s
0,000000007s/0,000000001s = 7,51ns
No barramento de 133Mhz, cada pulso leva 7,51ns logo, 3 pulsos = 3*7,51ns = 22,53ns
Os 3 pulsos no barramento de 133Mhz leva 22,53ns
Assim, a memória em questão leva 22,53ns pra descarregar, independentemente da freqüência do barramento em que ela esteja pois, se ela foi desenvolvida pra trabalhar com barramento de 133Mhz e, neste barramento 3 pulsos levam 22,53ns, então este tempo é o tempo que a memória leva pra descarregar (transformando este resultado em pulsos é que vai variar de acordo com a freqüência do barramento em que a memória foi colocada mas, o tempo pra ela descarregar, em nanosegundos, será sempre 22,53).
Agora vamos calcular o intervalo que deve ser dado o refresh na memória de 133Mhz, em pulsos, colocando­a num barramento de 100Mhz
100Mhz = 100.000.000
1s/100.000.000 = 0,000000001s
41
1ns = 1s/1.000.000.000 = 0,000000001s
0,000000001s/0,000000001s = 10ns
No barramento de 100Mhz, cada pulso leva 10ns logo, 3 pulsos levam 30ns
Como já sabemos que a memória deve recarregada a cada 22,53ns (de acordo com os cálculos anteriores) então, no barramento de 100Mhz a memória de 133Mhz deve ser recarregada a cada 2 pulsos pois, 3 pulsos no barramento de 100Mhz levaria 30ns e a memória descarregaria antes do Refresh. Os 2 pulsos no barramento de 100Mhz levam 20ns e a memória só vai descarregar depois de 22,53ns. Configurando assim o pente no barramento de 100Mhz ele vai funcionar corretamente só que com muito menos performance do que no barramento de 133Mhz pois, o Refresh vai ter que ser feito antes dos 22,53ns e não exatamente a cada 22,53ns.
Tempo de Refresh da Memória RAM
A memória RAM é composta de capacitores (armazenadores de eletricidade). Só que a eletricidade armazenada nestes capacitores tem uma curta duração. Em um tempo t os capacitores descarregam. Pra evitar essa descarga (pois isto causaria perda de dados na RAM), existe um circuito que dá recarga nos capacitores da RAM num intervalo de tempo definido. Este processo é denominado Refresh e, você deve configurá­lo no Setup.
Esse Refresh leva um determinado tempo pra concluir, e você deve configurar, também, este tempo de duração do Refresh além de informar o intervalo de tempo que deve ser dado o Refresh (de quanto em quanto tempo deve ser dado o Refresh na RAM).
Essas informações também já vêm gravados nas memórias que possuem o circuito SPD (que foi citado anteriormente).
Exercício: Com um barramento de 60Mhz e uma RAM de 70ns, quantos pulsos de clock o barramento deve aguardar a RAM? Dado: Pente de Memória RAM de 72 vias sem o circuito SPD
Resolução:
66Mhz = 66.000.000 pulsos/s
1s/66.000.000 = 0,000000015s
1ns = 1s/1.000.000.000 = 0,000000001s
0,000000015s/0,000000001s = 15,15ns
Logo, 1 pulso no barramento de 66Mhz leva 15,15ns. O barramento necessita de pelo menos 2 pulsos para acessar a memória logo, 2*15,15 = 30,30ns.
42
O barramento levará 30,30ns para acessar a memória. Sendo que a memória leva 70ns para fornecer uma informação, então: 70­30,30 = 39,7ns.
39,7ns é o tempo de Wait State (WS) do barramento – o tempo que o barramento deve aguardar pela memória RAM. Convertendo este tempo em pulsos temos:
1 pulso no barramento de 66Mhz leva 15,15ns e o tempo de WS é de 39,7ns 
39,7/15,15 = 2,62 pulsos
Como não existe fração de pulso, o barramento terá que esperar 3 pulsos pela resposta da RAM (3 pulsos de Wait State).
Tipos de Memória
DIMM (Double Integrated Memory Module) = Módulo de Memória Integrado Duplo
Os pentes de memória DIMM têm CI (Circuito Integrado) dos dois lados.
SIMM (Simple Integrated Memory Module) = Módulo de Memória Integrado Simples
Os pentes de memória SIMM têm CI apenas de um lado.
• • • •
• • • •
• • • •
SIMM
DIMM
DIMM
Mais atual, ocupa menos espaço dentro do computador
Regras de Instalação de Memória
1 ­ Completar bancos: no caso das lacas atuais, que são de 64 bits, e você colocar um pente de memória de 72 vias (que é de 32 bits), se você deixar só um pente, o computador não vai funcionar porque a memória não vai conseguir atender o barramento pois, ela tem a metade dos bits do barramento. Se você colocar 2 43
pentes de 72 vias nessa placa­mãe (que totalizam 64 bits) então os 2 pentes vão conseguir atender o barramento de 64 bits.
Se você tem uma placa­mãe de 64 bits de barramento de dados e pentes de memória de 64 bits, logo, cada banco seria um pente de memória. Se você tivesse entes de 32 bits então, um banco seriam 2 pentes
ERRADO
1
64MB
Pentes de 72 vias (32 bits)
CPU
Slot vazio
64 bits
No exemplo acima, está errado porque o barramento é de 64 bits e o único pente de memória que está conectado é de 32 bits. Precisaria de outro pente de 64MB e de 32 bits pra formar um banco (Na 4º regra, logo abaixo, você vai entender porque os pentes têm que ter a mesma capacidade dentro de um banco).
2 ­ Não saltar bancos: você deve colocar os pentes consecutivamente e não pode pular bancos. Cada slot tem uma identificação numérica escrita próxima a ele na placa­mãe justamente pra você saber a ordem deles.
3 ­ Iniciar pelo 1º banco: A identificação numérica escrita próxima a cada slot, na placa­mãe, também serve pra que você veja qual é o primeiro slot ou seja, onde começar a por os pentes.
4 ­ Não misturar pentes com capacidades diferentes no mesmo banco: ERRADO
1
Pentes de 72 vias (32 bits)
2
16MB
CPU
64MB
64 bits
Como o 1º pente é de 16MB, sendo que tem outro pente no 2º slot, o computador vai contar apenas 32MB de RAM no POST pois, ele deduz que no 2º slot tem outro pente de 16MB. Assim o computador vai ficar travando.
44
CERTO
16MB
1
16MB
2
Pentes de 72 vias (32 bits)
CPU
64MB
3
64MB
4
64 bits
Total de Memória RAM = 160MB
Neste exemplo acima, como todos os pentes são de 32 bits, e o barramento é de 64 bits logo, pra formar um banco precisa­se de 2 pentes de memória de 32 bits. Assim, a montagem acima está correta, mesmo tendo pentes de capacidade diferente dentro do computador, porque num mesmo banco não tem pentes de capacidade diferente. Eles são de capacidade diferentes mas, em bancos diferentes.
5 ­ Não misturar pentes DIMM e SIMM no mesmo banco
6 ­ Não misturar pentes com paridade (ou ECC ­ Error Correction Code = Código de Correção de Erro) e pentes sem paridade (ou sem ECC) no computador: este controle de paridade é pra tentar reconhecer quando algum bit de um dado, que foi gravado na memória, foi perdido devido a defeito na memória ou qualquer outro problema. O bit de paridade é como um dígito verificador, de acordo com o seu valor é que terá condições de saber se o dado foi gravado por completo ou não.
Os pentes com controle de paridade tem nº de CI’s ímpar e os sem controle de paridade tem nº de CI’s par.
Com controle de paridade
Sem controle de paridade
7 ­ Não misturar pentes com tempo de acesso diferentes no computador
8 ­ Não misturar pentes com quantidade de vias diferentes no computador
9 ­ Somente usar pentes com a mesma freqüência do barramento, ou configurar a placa­mãe para o pente que deseja utilizar: Você pode utilizar 45
um pente de 133Mhz numa placa de 100Mhz, só que deverá configurar a placa­
mãe e o pente no Setup para que o este funcione corretamente.
O que não pode é o inverso, uma placa de 133Mhz com um pente de 100Mhz. Neste caso não adianta configurar a placa­mãe e o pente que não funciona.
10 ­Não misturar tecnologias diferentes no computador
11 ­Configurar corretamente o Setup
12 ­Usar somente pentes com tecnologias suportadas pelo chipset da placa­
mãe
Observações:
A ­ Descarregar a estática antes de pegar nos pentes
B ­ Nunca conectar ou desconectar pentes com o computador ligado (em caso de fontes ATX, desligue o estabilizador/nobreak)
C ­Guardar pentes em plásticos antiestáticos (um pente em cada plástico): plásticos antiestáticos são aqueles que vêm as placas quando você compra (aqueles sacos cinza com a etiqueta amarela). Tem também uns que vem com a inscriçã “Static Sensitive Device” em todo o plástico (são sacos amarelos).
D ­Não aproximar pentes de campos eletromagnéticos (transformadores, estabilizadores, geradores, monitores, ímãs, etc)
E ­ Evitar choques físicos
F ­ Instalar corretamente o pente no socket
Não utilize chaves de fenda elétricas (com motorzinho) e evite utilizar chaves de fenda imantadas perto dos componentes internos do PC. No caso de precisar pegar parafusos que tenham caído na placa­mãe,utilize uma pinça e não uma chave de fenda imantada.
FSB – Front Side Bus: Barramento Principal
O FSB é o barramento principal da placa­mãe. Este barramento é dividido em: Barramento de Dados, Endereço e Controle.
Todos os dispositivos estão ligados ao FSB. O barramento de endereço do FSB é pra indicar pra qual dispositivo que os dados devem ir.
Quando se fala que um pente, placa ou barramento é de 64 bits, isto quer dizer que o barramento de dados é de 64 bits mas ainda tem mais bits.
46
Tecnologias de Acesso (Modo convencional de acesso à RAM)
47
Cache L1 = Cache Level 1
Cache L2 = Cache Level 2
Indicar qual o endereço da RAM que vai ser acessado
Barramento de Endereço
Memória CPU
Cache Interna – L1
Memória Cache Externa – L2
Chipset
48
Mesma freqüência ó
ria
Barramento da Mem
Barramento Principal (FSB)
Barramento de Controle
Controladores de Cache
Barramento de Dados
Linha da RAM = RAS ou Página
Coluna da RAM = CAS
RAS to CAS Delay: é o tempo que o chipset espera entre a seleção da linha e a seleção da coluna na RAM.
CAS Latency: tempo que a memória leva pra achar a coluna onde está o dado solicitado
RAS Latency: tempo que a memória leva pra achar a linha onde está o dado solicitado
49
Capacidade
Tempo de Acesso
HD
RAM
Cache L2
CPU
Cache L1
40GB
128MB
512KB
16KB
4ns
Mesma velocidade do processador
8ms
7ns
Quando o processador necessita acessar um dado na RAM, ele solicita primeiro a Cache L1. esta solicita a Cache L2 que joga, no barramento de endereço, o endereço do local da RAM que deseja acessar. A RAM é dividida em linhas (RAS ou Página) e colunas (CAS). A Cache L2 joga no barramento de endereços um nº binário (que a partir do 386 é de 32 bits pois, estes processadores podem acessar até 2TB de RAM e, pra endereçar estes 2TB é preciso de 32 bits de endereço), a parte menos significativa desse nº binário é a linha da RAM e a parte mais significativa e a coluna. Assim, o chipset vai selecionar a linha, aguardar um tempo (RAS to CAS Delay) e selecionar a coluna. Depois que o chipset liberar a coluna, o dado vai pro barramento de dados e chega até quem o solicitou (que no caso, quem solicita diretamente ao chipset é a Cache L2). Quando a Cache L2 recebe o dado, ela libera­o pra Cache L1, e esta por sua vez, libera pro processador (que foi quem solicitou o dado primeiramente).
Tecnologias de Memória RAM
Memórias FPM (30 vias)
FPM (Fast Page Module) = Módulo de Página Rápida
No caso das FPM, elas são mais ágeis porque a seleção da linha e feita apenas uma vez pois, quando o processador solicita um dado, este geralmente está em endereços consecutivos, assim, quando vai ocorrer um acesso, é selecionada a linha. A partir de então, seleciona­se apenas a coluna no endereço consecutivo (o tempo gasto com a seleção da linha não ocorre mais, até chegar na próxima linha da RAM).
42
Memórias EDO RAM (72 vias)
A EDO RAM é como a FPM, só que enquanto o chipset está selecionando as colunas, ela já vai selecionando outra linha ao mesmo tempo pois, quando a leitura das colunas chegar ao final do pente de memória, é necessário pular uma linha para baixo. No caso da FPM, seria gasto novamente o tempo de seleção da linha. Como as EDO RAM fazem a seleção da outra linha durante a seleção das colunas, não é perdido tempo na seleção da 2º linha em diante.
Memórias BEDO RAM
As memórias BEDO RAM fazem o mesmo que as EDO RAM, só que o chipset faz apenas o 1º acesso à RAM, a partir do 2º acesso, um circuito na própria memória é que vai acessar os outros dados liberando o chipset pra outras tarefas. Esta tecnologia só existe pra memórias de vídeo.
Memórias SDRAM (168 vias)
SDRAM (Synchrony Dynamic Random Access Memory) = Memória de Acesso Randômico Dinâmica Síncrona
O barramento principal (FSB ­ parte do barramento de controle, endereço e dados que liga o chipset ao processador) trabalha na mesma freqüência do processador. Já o barramento da memória (parte do barramento de controle, endereço e dados que liga o chipset à memória) trabalha numa freqüência menor que a do processador.
Coma SDRAM, o barramento da memória passou a trabalhar na mesma freqüência do barramento principal, ou seja, a freqüência do processador. Esta memória é síncrona por este motivo.
Memórias SDRAM DDR (184 vias)
DDR (Double Data Rate) = Taxa de Dados Dobrada
Este tipo de memória faz o mesmo que a SDRAM, só que manda dados tanto na rampa de subida do clock (1) quanto na rampa de descida (0). Todas os tipos de memória SDRAM são de 64 bits logo, as placas­mãe pra elas devem ter barramento de dados de 64 bits.
Na SDRAM DDR existem 2 matrizes de células capacitivas (como se fossem 2 pentes de memória) assim, pode­se acessar 2 dados simultaneamente, diminuindo 43
a ociosidade do barramento pois, enquanto o dado está sendo localizado na memória, o barramento de dados está esperando pelo dado.
Memórias RAMBUS
Estas memórias foram desenvolvidas especialmente para o Pentium 4, e só funcionam com placas­mãe pra este processador. Quando você compra um processador Pentium 4, ele já vem com 2 pentes de memória RAMBUS.
Esta memória funciona num barramento de 200Mhz QDR (Quadruple Data Rate – Taxa de Dados Quadruplicada) de 16 bits (nas SDRAM o barramento de dados é de 64 bits).
A tecnologia QDR é como a DDR, são mandados dados tanto na rampa de subida do clock como na de descida só que, na QDR, são mandados 2 dados a cada estado do clock (2 na rampa de subida e 2 na de descida).
A vantagem da RAM BUS pra SDRAM DDR é que, esta tem 2 matrizes de células capacitivas e a RAM BUS tem 16 matrizes. Sendo que o barramento com o qual a RAM BUS trabalha é só de 16 bits, esta vai mandar uma quantidade de bits menor pelo barramento num instante só que 2 vezes mais que as memórias SDRAM DDR. Assim, o tráfego de dados no barramento será maior, diminuindo mais ainda a ociosidade do barramento.
As memórias atuais trabalham a 3,3V. Existiam slots que trabalhavam a 5V. por isso, cuidado ao por uma placa num slot. Verifique a tensão da placa e a do slot antes.
Memória Virtual
Imaginemos que você tenha vários programas abertos e deseja abrir um outro. Supondo que você tem 32MB de RAM livre e este outro programa precisa de 64MB pra abrir. Assim, como não há memória RAM suficiente pra abrir o programa, o sistema operacional vai usar o HD como uma extensão da XMS da Memória RAM, utilizando um Swap File (Arquivo de Troca). Como o HD é muito mais lento que a RAM, o computador vai trabalhar mais devagar devido isto.
Configuração do Tempo de Acesso das Memórias no Setup
Burst Write (Rajada de Gravação): é o tempo que a memória leva pra efetuar uma gravação no 1º acesso, 2º, 3º e 4º (em nanosegundos). 44
Burst Read (Rajada de Leitura): é o mesmo que o Burst Write só que durante a leitura.
Disco Rígido (HD)
HD = Hard Disk
HDD = Hard Disk Drive (Drive de Disco Rígido)
FDC = Floppy Disk Drive (Drive de Disco Flexível)
O HD é um dispositivo fechado a vácuo e não pode ser aberto.
Os HD’s comuns giram a 10.000 rpm (rotações por minuto) normalmente
45
Estrutura Interna do HD (Vista Lateral)
Cabeça de Leitura/Gravação
Braço de suporte das cabeças de leitura/gravação
Disco Interno
Visão superior de um disco Interno do HD
Trilha 0
Setor (vem de fábrica formatado com 512 bytes)
46
Trilha 0
Trilha 2
Trilha 1
Cilindro 0
Cilindro 1
Cilindro 2
47
Trilha 0
Trilha 0
Trilha 0
Trilha 0
Cilindro 0
Geometria do HD
A geometria do HD é o conjunto de informações sobre quantidade de cilindros, cabeças e setores que o HD possui.
A partir da geometria do HD é possível calcular­se a sua capacidade. Supondo que tenhamos um HD com a seguinte geometria: 3306 Cilindros (Cyl), 16 Cabeças (Heads) e 63 Setores (Sec) então calculemos a sua capacidade:
Sabendo­se que cada setor armazena 512 bytes, é só multiplicar esse valor pelos dados da geometria do HD, logo:
3306*16*63*512 = 1.706.213.376 bytes
1.706.213.376/130 (1GB) = 1,58GB
Logo, a capacidade do HD é de 1,58GB
Se o HD tem 3306 cilindros, cada face de cada disco interno do HD tem 3306 trilhas. Sendo 16 cabeças, existem 16 faces, logo, são 8 discos internos. Os 63 setores é a quantidade de setores por trilha
Tipos de HD
Existem dois tipos de HD: os IDE e o SCSI (pronuncia­se Scuzi). Os HD’s IDE são o tipo comum que é encontrado na maioria dos computadores. A diferença entre o IDE e o SCSI é que, o SCSI trabalha bem mais rápido que o IDE. A velocidade de rotação (rpm) e a taxa de transferência dele são bem maiores que do IDE. O tempo de acesso é menor e além de ele ser mais seguro.
Existem limitações de tamanho de HD na placa­mãe. Vamos supor que você tenha um HD de 20GB e coloca­o numa placa­mãe antiga. Ela pode não reconhecer 48
os 20GB. Num Pentium 166, o máximo que é reconhecido são 8GB. Logo, você só vai conseguir utilizar 8GB do seu HD de 20GB (só vai conseguir criar partição de 8GB ou outras de tamanho menor).
Quanto a isto, inicialmente, existiam três tipos de HD IDE:
IDE NORMAL – reconhece até 504MB (máximo: 1024 cyl, 16 head, 63 sec)
IDE LARGE – reconhece de 504MB até 1GB (acima de 1026 cyl)
IDE LBA – de 504MB até 8GB (acima de 1024 cyl)
Os PC’s 486 só reconhecem até 504MB no HD. Os Pentium MMX 166 só reconhecem 8GB no HD.
A partir do Pentium II, as placas­mãe passaram a reconhecer HD’s maiores, pois, foram mudados os tipos de HD IDE. Veja a nova tabela abaixo:
IDE NORMAL – reconhece até 504MB (máximo: 1024 cyl, 16 head, 63 sec)
IDE LARGE – reconhece de 504MB até 1GB (acima de 1026 cyl)
IDE LBA – de 504MB até 80GB (acima de 1024 cyl)
Formatação Física
A Formatação Física é o conjunto de trilhas e setores do HD, conhecida também como Formatação de Baixo Nível. Esta é a formatação que vem de fábrica. Esta formatação é um processo que é feito durante a fabricação do HD onde são criados as trilhas e os setores.
Nos HD’s antigos (antes do IDE) era necessário fazer a formatação física depois de um determinado tempo de uso do HD. Isto porque aqueles HD’s eram formados por um material que se deteriorava rapidamente assim, era necessário fazer novamente a formatação física pra refazer as trilhas e setores do disco. Estes HD’s tinham um motor de passo pra mover as cabeças. Cada movimento da cabeça determinava uma trilha.
A movimentação dos braços com as cabeças de leitura e gravação ds HD’s IDE é feita magneticamente e não mais mecanicamente (como os HD’s com motor de passo). Com isto, a movimentação dos braços é muito minuciosa e precisa. Num movimento do braço ele pode até mesmo ficar no espaço entre duas trilhas. No caso dos HD’s com motor de passo, cada movimenta do braço sempre parava em cima de uma trilha. Como a capacidade dos HD’s aumentou muito, a distância entre uma trilha e outra foi ficando cada vez menor e a trilha, cada vez menos espessa. Devido a isto se necessitou de um sistema, para movimentação dos braços, que fosse mais preciso do que o motor de passo. O problema com isto é que, com este novo sistema, cada movimento dos braços não iria parar, obrigatoriamente, em cima de um a trilha, então foi necessária a criação de uma identificação no HD para que as cabeças de leitura e gravação dos braços soubessem quando estiverem passando sobre uma trilha e o braço poder parar nesse ponto. Essa identificação da posição 49
da trilha foi denominada de Servo e este é marcado durante a formatação física feita na fábrica.
O problema de você formatar fisicamente um HD IDE é que você perderia os servos e assim, as cabeças de leitura e gravação não saberiam quando estiverem passando sobre uma trilha para poderem parar sobre ela. Os programas de formatação física reconstroem as trilhas e os setores, mas, não reconstroem os servos. Isto porque estes programas foram desenvolvidos pra serem utilizados em HD’s com motor de passo e, nestes não existiam os servos ainda.
Alguns HD’s IDE vêm com utilitário de formatação física (que não deve ser utilizado com outro modelo de HD), só que essa “formatação física” não é real, pois, estes utilitários, que vem com o HD, apenas isolam os setores defeituosos pra não sejam utilizados (pois qualquer dado gravado num setor defeituoso seria perdido). Alguns HD vêm com setores reserva e, neste caso, o utilitário isola os setores defeituosos e libera os reservas pra serem utilizados no lugar.
Os HD’s SCSI tem uma estrutura diferente dos IDE e possuem seu próprio programa de formatação física que funciona corretamente e deve ser utilizado sempre que o HD SCSI estiver com problemas e necessitar ser formatado.
A formatação física de um HD IDE só deve ser feita quando o HD não tiver mais nenhuma alternativa de reparo. Esta seria a última opção, depois que todas as alternativas falharam, antes de jogar o HD no lixo.
A formatação física diz que isola os setores defeituosos mas, as vezes, isso não ocorre porque o programa de formatação lógica não consegue isolar o setor defeituoso. Estes setores defeituosos do HD que são isolados pelo programa de formatação (física ou lógica) são denominados Bad Blocks.
Setor de Boot, Tabela de Partição e MBR
O setor de boot é um setor especial que fica localizado na trilha 0 do primeiro disco do HD. Este setor armazena informações importantes sobre o HD. Dentro deste setor estão armazenados a Tabela de Partição, que é um arquivo de dados, e o MBR (Master Boot Recording), que é um programa.
O MBR é responsável pela inicialização do Sistema Operacional
Visão superior de um disco Interno do HD
Trilha 0
Setor de Boot
50
Tabela de Partição
Cilindro Inicial
0
7
Cilindro Final
6
11
Tipo
PRI DOS
EXT DOS
Unidade Lógica
C:
D:
Status
Ativa
Visão superior de um disco Interno do HD
Trilha 0
C:
D:
As partições começam após a trilha 0, logo, não são gravados dados nesta trilha. Somente o setor de boot é que contém dados (a Tabela de Partição e o MBR).
Os programas particionadores, como o FDISK, não fazem nada além de alterações na Tabela de Partição. Não é feita nenhuma delimitação no HD pra definir as partições. Estas só são conhecidas através da Tabela de Partição. Alguns vírus apagam a Tabela de Partição fazendo com que você perca todos os seus dados. Quando você formata um HD, mesmo que faça isto em todas as partições, o setor de boot (que fica na trilha 0) não é alterado. Os vírus de boot se alocam no setor de boot, assim, a formatação não vai remover o vírus. Pra isso, você precisará usar um antivírus ou o próprio FDISK. O FDISK pode reestruturar a Tabela de Partição (ele não apaga a Tabela de Partição, somente a reestrutura pois, se houver algum vírus ele é destruído – SE A TABELA DE PARTIÇÃO FOR APAGADA, VOCÊ PERDE TODOS OS SEUS DADOS) e regravar o MBR no setor de boot. O comando pra isto é FDISK /MBR.
Pré Compensação de Escrita
A partir das últimas trilhas, a voltagem com que a cabeça grava os dados deve ser menor, pois, o diâmetro das trilhas vai diminuindo à medida que a trilha está mais próxima do centro do HD. Assim, o tamanho do setor também vai diminuindo. Devido a este fato, a cabeça de leitura e gravação deve diminuir a 51
voltagem (tensão) no momento de gravar nestes setores, pra não destruir os dados dos setores ao redor.
Nos HD’s mais antigos você precisava definir, no Setup, a partir de qual trilha pe que o HD deve diminuir a voltagem (tensão) no momento da gravação. Isto é denominado Pré Compensação de Escrita. No Setup você vai encontrar como PreComp, PComp ou WComp.
Nos HD’s atuais, você não precisa configurar isto, você deixa que o próprio HD faça, mas, pra isto, você deve configurar no Setup o PreComp pra que o próprio HD resolva o problema. Pra isto, basta você informar na opção PreComp do Setup o valor 65535.
Inicialização do Computador
Na memória ROM existem 3 programas que já vem gravados nela: BIOS (Basic Input Output System), POST (Power On Self Test) e Setup (Configuração).
Passos pra Inicialização do computador
•
•
•
O POST é inicializado, testa a configuração do computador e executa o MBR
O MBR lê a Tabela de Partição e descobre qual é a partição ativa
Depois de saber qual a partição ativa, o MBR vai até ela e, no setor de boot da partição, executa o Boot Strap (programa que carrega o Sistema Operacional)
Boot Strap
O Boot Strap é o programa que carrega o Sistema Operacional. O MBR só sabe como carregar o Boot Strap logo, todo Sistema Operacional tem seu próprio Boot Strap.
O Boot Strap do Windows 9x carrega os seguintes arquivos/programas na ordem abaixo:
IO.SYS
MSDOS.SYS
CONFIG.SYS
COMMAND.COM
AUTOEXEC.BAT
WIN.COM
Os arquivos IO.SYS, MSDOS.SYS e COMMAND.COM são o Kernel do Windows 9x (Núcleo do Sistema Operacional).
52
Sistema de Arquivos
Um sistema de arquivos é uma estrutura feita logicamente no HD pra tornar possível a gravação, localização e leitura de dados do mesmo. Os sistemas de arquivos possuem uma tabela contendo os endereços dos arquivos (que será visto mais adiante).
Os mais conhecidos são: FAT16 (Windows 95), FAT32 (Windows 95 OSR/2, Windows 98, Windows ME), NTFS (Windows NT, 2000, XP), EXT2 e EXT3 (Linux).
O sistema de arquivos é criado quando você faz formata uma partição. Num mesmo HD você pode ter vários sistemas de arquivos diferentes em cada partição. O sistema operacional é quem vai definir se você vai conseguir assessar essas partições (com um determinado sistema de arquivos), ou não.
Neste trabalho será mostrada apenas a estrutura dos sistemas FAT16 e FAT32, por serem os mais comuns.
Cluster
Um cluster é uma Unidades de Alocação de Arquivos, este é formados por um ou mais setores. Em cada cluster só pode ser gravado apenas um arquivo. Mesmo que exista espaço disponível no cluster para armazenar outro arquivo.
FAT16
FAT (File Allocation Table) significa Tabela de Alocação de Arquivos. Este sistema utiliza 16 bits para formar os endereços dos arquivos. Com estes 16 bits, pode­se ter 65536 endereços (216). O tamanho das unidades de alocação (Cluster) varia de acordo com o tamanho da partição. A FAT16 só trabalha com partições de até 2GB devido ela só poder possuir 65536 endereços, e com esta quantidade, só é possível endereçar 2GB. Se você tiver um HD com mais de 2GB, terá que particioná­lo em mais de uma partição (todas com no máximo 2GB) pra não perder espaço do seu HD. Se você for fazer apenas uma partição, esta só poderá ser de até 2GB e assim, você perderá todo o espaço restante no seu HD.
Exemplo 1: HD de 4BG com FAT16
53
C:
D
(Partição Primária)
2GB
(Partição Extendida)
2GB
4GB
Na partição extendida você pode criar unidades lógicas até a letra Z (mas isto não é restrição da FAT16, é que Z é a última letra do alfabeto, logo, não tem como atribuir outras unidades por falta de letra)
Exemplo 2: HD de 10BG com FAT16
C:
D
(Partição Primária)
2GB
(Partição Extendida)
2GB
Espaço Desperdiçado
6GB
10GB
Observação As partições são somente 2: a primária e a extendida. Dentro da extendida pose­se ter várias unidades lógicas (que não são partições).
Se você tiver uma partição de 1GB, vamos calcular o tamanho do cluster:
1GB = 230 = 1.073.741.824 bytes
1.073.741.824/65.536 = 16.384 bytes
16.384/1024(1KB) = 16 KB por cluster
Agora com uma partição de 1,58 GB
1,58GB = 1,58*230 = 1.696.512.082 bytes
1.696.512.082/65.536 = 25.886 bytes
54
25.886/1024(1KB) = 25KB por cluster
HD depois de formatado com FAT16
VFAT (Sistema de arquivos com nomes longos do Windows)
FAT2 (Cópia da FAT)
FAT (Tabela de Alocação de Arquivos)
Tabela Diretório
Área do Sistema Operacional
Setor de Boot da Partição:
Boot Strap
Trilha 0
Setor de Boot da Trilha 0:
Tabela de Partição, MBR
FAT32
Este sistema de arquivos não tem 32 bits de endereçamento, mas sim 28. com 28 bits pode­se ter até 268435456 endereços (228).
Na FAT32 a Microsoft definiu tamanhos fixos de cluster, que pode ser de 4 a 8 setores, dependendo do tamanho da partição. Ela pode trabalhar com partições de até 2TB.
As vantagens da FAT32 é que há um desperdício de memória (espaço em disco) menor devido o tamanho do cluster ser menor do que na FAT16. O problema é que, como a quantidade de clusters é maior na FAT32, a performance do HD diminui.
Tabela Diretório
A Tabela Diretório é o ponto inicial para a localização de um arquivo. Nela estão gravadas informações sobre o arquivo sendo os dados principais, o nome e o cluster incial do arquivo.
A partir da Tabela Diretório vai­se até a FAT para ler ou gravar o arquivo.
Vamos supor que você tenha dois arquivos, um com o nome de “Proposta.txt” e outro com o nome de “Contrato.txt”, veja como ficaria a Tabela Diretório (considerando­se cluster de 1024 bytes):
55
Nome do Extensão
Arquivo
Proposta
Txt
Contrato
Txt
Tamanho Data
(bytes)
34
14/08/2002
27
14/08/2002
Hora
Atributos
11:40
11:50
A
A
Cluster Inicial
1
2
Atributos de Arquivo:
A – Arquivo
H – Oculto
R – Somente Leitura
S – Sistema
Cluster
1
2
Pointer
EOF
EOF
EOF (End of File) = Fim de Arquivo
FAT
3
4
5
6
7
O arquivo “Proposta.txt” ocupou o Cluster 1 e terminou nele (EOF). O arquivo “Contrato.txt” ocupou o Cluster 2 e terminou nele.
Agora vamos supor que você tenha alterado o arquivo “Proposta.txt” e ele aumentou de tamanho:
Nome do Extensão Tamanho Data
Hora
Atributos
Arquivo
(bytes)
Proposta
Txt
1025
14/08/2002 11:58
A
Contrato
Txt
27
14/08/2002 11:50
A
Cluster
1
2
3
4
5
6
FAT
Pointer
3
EOF
EOF
EOF (End of File) = Fim de Arquivo
Cluster Inicial
1
2
7
Agora, o arquivo “Proposta.txt” ocupou o Cluster 1 e depois o 3 terminando neste. O arquivo “Contrato.txt” continua no mesmo local.
Vejamos outro exemplo.
Supondo que você tenha 3 arquivos: “Contrato.doc”, “Proposta.doc” e “Circular.doc” , veja como ficaria a Tabela Diretório (considerando­se cluster de 1024 bytes):
Nome do Extensão
Arquivo
Contrato
Doc
Proposta
Doc
Circular
Doc
Tamanho (bytes)
1200
3000
1500
Data
Hora
Atributos
15/08/2002
15/08/2002
15/08/2002
08:15
08:20
08:40
A
A
A
56
Cluster Inicial
1
3
6
FAT
Cluster
Pointer
1
2
2
EOF
3
4
4
5
5
EOF
6
7
7
EOF
8
9
10 11 12 13
14
Supondo que o arquivo “Contrato.doc” tenha sido alterado e seu tamanho passou a ser de 5000 bytes:
Nome do Extensão
Arquivo
Contrato
Doc
Proposta
Doc
Circular
Doc
FAT
Cluster
Pointer
1
2
2
8
Tamanho (bytes)
5000
3000
1500
3
4
4
5
Data
Hora
Atributos
15/08/2002
15/08/2002
15/08/2002
10:02
08:20
08:40
A
A
A
5
EOF
6
7
7
EOF
8
9
Cluster Inicial
1
3
6
9
10 11 12 13
10 EOF
14
Referência Cruzada e Alocação Perdida
Agora vamos considerar que você alterou o mesmo arquivo “Contrato.doc” (do exemplo anterior) e salvou­o novamente e que seu tamanho continuou o mesmo. Quando você salva o arquivo, mesmo que ela já exista e seu tamanho não tenha sido alterado, as entradas na tabela FAT pra este arquivo vão ser refeitas (desde cluster inicial informado na tabela diretório).
Este arquivo “Contrato.doc”, inicia no cluster 1 (de acordo com a Tabela Diretório) e depois (de acordo com a FAT) está ocupando os clusters 2, 8, 9 e 10. No momento da gravação as entradas da FAT são refeitas então, vamos supor que neste momento ocorreu um erro qualquer e, o ponteiro do cluster 2 que deveria está direcionado pro cluster 8, é direcionado pro cluster 5. Caso já haja uma referência pro cluster 5 que pertence a outro arquivo, então vão ficar dois arquivos apontando para um mesmo local.
Veja como ficaria a FAT problemática abaixo:
FAT
Cluster
Pointer
1
2
2
5
3
4
4
5
5
EOF
6
7
7
EOF
8
9
9
10 11 12 13
10 EOF
14
Este problema de ter dois arquivos apontando pro mesmo Cluster é denominado Referência Cruzada (neste exemplo, os arquivos “Contrato.doc” e “Proposta.doc” estão apontando pro cluster 5) e isto geralmente ocasiona outro problema, a Alocação Perdida. No caso do arquivo “Contrato.doc”, ele já estava ocupando os cluster’s 8, 9 e 10. Só que no momento de salvar, do cluster 2 deveria apontar pro 8 mas, devido à algum problema, foi apontado pro 5. Com isto, não vai ter nenhuma entrada na FAT apontando pro cluster 8 (que aponta pro 9 e este pro 10). Assim, os clusters 8, 9 e 10 ficarão perdidos.
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Se você abrir o arquivo “Contrato.doc”, nele vai aparecer uma parte do arquivo “Proposta.doc” e, se você excluir o arquivo “Contrato.doc”, vai apagar um pedaço do arquivo “Proposta.doc” e vice­versa (o pedaço em questão é o que está no cluster 5).
O programa ScanDisk é usado pra resolver problemas de referência cruzada e alocação perdida. Quando você executa o ScanDisk, ele vai verificar e existe problemas de referência cruzada no HD. Caso ele encontre algum desses problemas, ele vai fazer n­1 cópias do cluster que está sendo utilizado por n arquivos e fazer cada arquivo apontar pra um desses clusters. O arquivo vai continuar com defeito (no exemplo anterior, se você abrir o arquivo “Contrato.doc”, nele vai aparecer uma parte do arquivo “Proposta.doc”, mesmo depois de executar o ScanDisk) mas o problema de referência cruzada vai ser resolvido, logo, se você apagar um arquivo, não vai apagar um pedaço do outro que estava envolvido no problema. Os clusters da alocação perdida serão salvos em arquivos com a extensão FSK na raiz da partição ativa para que você possa abri­los posteriormente e decidir se deseja apagá­los ou não. No caso de um arquivo desses ser fragmento de um arquivo de texto, se você reconhecer o texto, terá como colar esse fragmento no arquivo original. Depois você pode excluir esses arquivos FSK se desejar.
Fragmentação de Disco
Diz­se que o disco está fragmentado quando tem muitos arquivos gravados em cluster’s não consecutivos, fazendo com que a leitura e gravação do arquivo fique mais lenta pois é necessário localizar os clusters do arquivo que estão espalhados pelo disco.
Pra resolver este problema de fragmentação você deve utilizar o programa “Desfragmentador” do Windows. Ele reorganiza os arquivos colocando os seus pedaços em clusters consecutivos.
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Memória ROM/Flash
A memória ROM (Read Only Memory) é uma memória somente de leitura. Nela estão gravados os programas básicos pra funcionamento do computador que são: BIOS (Basic Input Output System), POST (Power On Self Test) e Setup (Configuração).
Devido a ROM ser somente pra leitura, ao invés de ela ser composta por capacitores, ela é composta por resistores onde, um resistor queimado indica 0 e um resistor funcionando indica 1 e, não há como alterar isto e não perder essas informações.
O problema é que se você precisa fazer uma alteração nos programas da ROM, não terá como, pois ela é somente pra leitura. Um exemplo desta necessidade de atualizar os programas da ROM é o caso de placas­mãe que só reconhecem 8GB no HD. Atualmente as placas­mãe reconhecem até 80GB. Assim a solução seria atualizar os programas da ROM (neste caso o BIOS) pra que a placa­mãe reconheça HD maiores que 8GB. Mas como os programas estão na ROM, eles não podem ser atualizados.
A solução então, foi criar uma memória ROM que possa ser regravada. Esta memória foi denominada de Memória Flash. Em placas­mãe com este tipo de memória “ROM” pode­se atualizar os programas dela. Este tipo de operação é conhecido como Atualização de BIOS.
A atualização dos programas da Memória Flash é feita baixando­se no site do fabricante da placa­mãe, o patch de atualização para o modelo de placa­mãe que você tem.
Mas depois da criação dessa Memória Flash, apareceu um vírus denominado Chernobyl que apaga os programas da memória Flash tornando a placa­mãe inutilizada, pois, se os programas básicos que fazem o computador funcionar forem apagados, ele nem liga mais. A solução pra este problema do vírus foi deixar uma memória ROM na placa­mãe pra, caso a Flash seja apagada, ser possível copiar os dados da ROM (que serve como backup) para a Memória Flash e fazer a placa­mãe funcionar novamente. Esta cópia dos dados da ROM para a Flash é feita através de um jumper na placa­mãe. Você coloca o jumper na posição correta, liga o computador que os dados da ROM serão copiados pra Flash que foi apagada.
Interfaces
As interfaces são placas que você conecta ao seu computador para dar uma nova habilidade a este como poder acessar a Internet (modem), acessar outros computadores numa rede (placa de rede), assistir televisão a partir do PC (placa de TV), etc.
Essas interfaces possuem um controlador. Este é como um microprocessador que, através dos programas da ROM da interface, processam as informações da 59
memória RAM da interface gerando um resultado. Não obrigatoriamente toda interface tem uma Memória RAM nela.
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Interface de Vídeo
Conector de Vídeo Composto
(Não é padrão SVHS)
DB 15 Fêmea
(3 filas de pinos)
Memória de Vídeo
ROM de Vídeo
Controladora de Vídeo
Interface de Modem
Buzzer
Conector padrão
TELEBRAS
Transformador
Phone
Line
MIC
SPK
Conector RJ11
Adaptador RJ11
TELEBRAS
Caixas de Som
Microfone
Modem = Modulador/Demodulador
300bps
600bps
1200bps
2400bps
4800bps
Velocidades
9600bps
14400 bps
28800 bps
33600 bps
56Kbps (Versão V90 ou V92)
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Antigamente, a versão do modem estava diretamente ligada à velocidade. Hoje, não obrigatoriamente isto é assim. Nas versões V90, você pode usar o modem e falar ao telefone ao mesmo tempo (mas isto depende da operadora de telefonia).
Este modem da figura anterior é bem mais avançado que os conhecidos Win Modem (modem controlado pela CPU do PC – não tem uma controladora própria). A controladora dos modem’s filtram e amplificam o sinal da linha telefônica, caso este chegue com ruído. Só depois do sinal estar perfeito é que o modem converte o sinal pra digital pra este poder ser utilizado pela CPU. Os Win Modem não fazem essa correção do sinal, mandando ele, da forma que recebeu (depois de converter pra digital), para a CPU do computador. Se o sinal estiver defeituoso e a CPU não conseguir interpretá­lo, ela vai solicitar o reenvio dos dados perdendo velocidade na conexão.
O conector Line do modem é utilizado pra você conectar a linha telefônica pra acessar a Internet. O conector Phone é utilizado pra você conectar o computador ao telefone pra utilizar programas de TCI (Telephone Computer Integration) que fazem serviços como receber fax, atender chamadas, discar um nº a partir do computador, atender chamadas, falar em viva­voz, fazer interface com PABX digital pra direcionar chamadas (como o Auto­Atendimento pro Telefone do Banco do Brasil), secretária eletrônica, etc.
Para ter certeza que um modem é Win Modem ou não, você deve verificar o manual dele.
Depois que você instalar um drive de modem no Windows e, na opção “Modem” do “Painel de Controle”, aparecer um modem com o prefixo HSP, este é um Win Modem.
Interface de Som
40 pinos
Line In
Line Out
MIC
SPK
Game Port: DB 15 Fêmea
Conector de Joystick – 2 filas de pinos
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Interface de Rede
Yellow Cable (máximo 500 metros)
Cabo Coaxial 93Ω
DB 15 Fêmea
AUI
RJ45
RJ45 – 8 contatos
Terminador BNC
BNC
Conector Vampiro
Cabo par trançado categoria 5E
Tê BNC
HUB ou Switch
Cabo Coaxial 50Ω
Comprimento máximo da rede com cabo par trançado: 98 metros
Comprimento máximo da rede com cabo coaxial 50Ω : 180 metros
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Topologias de Rede
Topologia em Barra
Roteador
2 Placas de Rede
Hub ou Switch
Rede 1
Rede 2
Comprimento máximo da rede = 180 metros
Nº máximo de hosts = 30
Redes com Cabo Coaxial 50Ω (cabo preto) são denominadas 10 Base 2 (10 indica a velocidade da rede = 10Mbps, 2 indica a extensão da rede = 200 metros – mas na verdade só funciona com no máximo 180 metros)
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Topologia Estrela
Hub ou Switch
Cabo par trançado Categoria 5E
Esta rede é denominada 10 Base T ou 100 Base TX
(10 = 10 Mpbs, T = Twister – trançado)
Existem cabos par trançado com blindagem (STP) e sem blindagem (UTP). Os com blindagem são mais caros e geralmente utilizados em locais que tem interferência magnética.
As redes de fibra ótica são melhores que as 10 Base T e 100 Base TX porque, como o que é conduzido nos cabos é luz, esta sofre pouquíssima interferência magnética, e pode até mesmo passar junto com os cabos de eletricidade.
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Circuitos da Placa­mãe
8 – Serial 1 (geralmente COM1) – 10 pinos
9 – Serial 2 (geralmente COM2) – 10 pinos
As portas seriais têm uma taxa de transferência de 115Kbps
Equipamentos que podem ser ligados nas portas seriais
Mouse
Impressora Fiscal
Balança Eletrônica
Algumas impressoras (seriais)
Caneta ótica
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O conector da porta serial 1 é um DB9 macho e da serial 2 é um DB25 macho (mas pode ser um DB9 macho)
Os circuitos que controlam as portas seriais são denominados UART. Eles ligam as portas à CPU.
10 – Porta paralela (LPT) – 26 pinos: o conector que encaixa na porta paralela é um DB25 Fêmea. A taxa de transferência da porta paralela é de 2Mbps.
Equipamentos que podem ser ligados na porta paralela:
Impressora
Scanner
Zip Drive
CD ROM/Gravador de CD externo
Câmera fotográfica digital
Web Cam
Conexão micro a micro
A porta paralela manda dados pra memória RAM através do circuito DMA (Direct Memory Access – Acesso Direto à Memória) utilizando os protocolos EPP, SPP, ECP.
11 – FDC (Floppy Disk Controller – Controlador de Disco Flexível) – 34 pinos
12 – IDE 1 – 40 pinos
13 – IDE 2 – 40 pinos
Cabos Flat de 40 vias são denominados ATA e de 80 vias são ULTRA ATA(40 pinos são de dados e 40 são terra – entre cada fio de dados tem um terra)
Um cabo Flat ULTRA ATA pode ser utilizado com HD’s ULTRA DMA
HD UDMA 33 = 33Mbps
HD UDMA 66 = 66Mbps
HD UDMA 100 = 100Mbps
HD UDMA 133 = 133Mbps
Os cabos Flata ATA são utilizados com HD IDE PIO (PIO = Programmed Input and Output – Entrada e Saída Programada)
HD IDE PIO modo 0
HD IDE PIO modo 1 – 8 Mbps
HD IDE PIO modo 2 – 11 Mbps
HD IDE PIO modo 3 – 16,6 Mbps
HD IDE PIO modo 4
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O slot de vídeo on­board tem a inscrição VGA na placa­mãe. Ele possui 16 pinos e utiliza o barramento AGP. O conector do Slot é um DB 15 Fêmea
O slot de som on­board é ligado no local da placa­mãe que tem a inscrição SND. As vezes não tem essa inscrição e você pode confundir o conector de som on­board com a porta paralela pois, os 2 tem 26 pinos mas, a porta paralela sempre tem escrito LPT ou PRN.
O slot da placa de rede on­board é ligado no local da placa­mãe onde tem a inscrição LAN.
O slot do moden on­board geralmente não tem nenhuma inscrição. Ele sempre fica próximoa ao de rede on­board.
O nome do conector pra cooler existente na placa­mãe é FAN. Fontes
Existem dois tipos de fonte: as AT e as ATX. As ATX são aquelas que, quando você manda desligar o Windows, ela desliga o computador em seguida.
Você consegue diferenciar uma fonte AT de uma ATX porque a AT tem o fio que vai pro botão de Liga/Desliga e a ATX não tem esse fio.
Fonte AT
Azul
Branco Cabo do botão Liga/Desliga Marram 5 e 12 V
Preto
Fios pretos juntos
Conector placa­mãe
12V
da Amarelo
Preto
Vermelho
Preto
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5V
Para ligar os fios do botão Liga/Desliga no plug, coloque os fios claros de um lado do plug e os fios escuros do outro lado (o conector tem um divisão justamente pra que você não ligue errado pois você queimaria a fonte).
Os fios que saem da fonte e são ligados no conector da placa­mãe devem ser colocados com os fios pretos do mesmo lado (do lado interno, um encostado no outro). Se você por os fios pretos afastados (os pretos nas extremidades – do lado de fora) você pode queimar a fonte.
O conector que tem a inscrição A, no desenho acima, é o plug que você conecta no drive de diskete. A parte que tem o pino deve ficar pra baixo (da mesma forma que mostra o desenho).
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Fontes ATX
5, 12 e 3,3 V
Botão Liga/Desliga
Conector da placa­mãe
Sempre que for conectar ou desconectar algum componente da placa­mãe com fonte ATX, desligue o estabilizar antes, pois as fontes ATX ficam constantemente com eletricidade.
A diferença elétrica das fontes ATX pras AT é que, as ATX são ligadas por um curto de terra que a placa­mãe dá nela e as AT só são ligadas quando você aciona o botão de Liga/Desliga.
Referências
Notas de aula do curso de Manutenção de Computadores na Digitec Informática, Palmas, Tocantins, Brasil.
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Manutenção de Computadores