Case study
Vitória para a segurança pública.
Capital do Espírito Santo soma recursos federais, estaduais e municipais para
compartilhar câmeras entre Polícia Militar, Guarda Municipal e outros órgãos.
Organização:
Secretaria Municipal de
Segurança Urbana de
Vitória
Localização:
Vitória, ES, Brasil
Segmento industrial:
Vigilância Urbana
Aplicação:
Segurança
Parceiro(s) Axis:
Digifort, ISS
Missão
Vitória resume um paradoxo comum a muitas cidades
brasileiras. Por um lado, tem o maior produto interno
bruto per capita do Brasil. Sustenta o 2° melhor índice de
desenvolvimento humano do país segundo a Fundação
Getúlio Vargas. E foi eleita a 4ª melhor cidade para se
viver no Brasil pela ONU em 2013. Chamada pelos índios
nativos de “Ilha do Mel” por suas belezas naturais, a
cidade também enfrenta desafios de violência, tendo sua
região metropolitana figurado em 2014 entre as 15 mais
violentas do mundo de acordo com a ONG Conselho
Cidadão Para a Segurança Pública e Justiça Penal.
Solução
Cidade e estado aderiram ao programa nacional “Crack,
É Possível Vencer”, que inclui combate ao tráfico de
drogas através de bases móveis que circulam na região
central de Vitória, onde 40 câmeras AXIS Q6034-E são
operadas pela Polícia Militar. Outras 100 câmeras do
mesmo modelo foram adquiridas por meio de convênio
com o Governo do Estado do Espírito Santo.
Foto: Diego Alves / Ascom
Com verba própria, o município ainda comprou 25
câmeras AXIS Q6044-E, garantindo um total de 165
câmeras Axis de diferentes projetos.
Resultado
As imagens das câmeras são compartilhadas entre Polícia
Militar, Guarda Municipal, Bombeiros e outros órgãos
para um atendimento eficiente à população, que já sente
os resultados. Na comparação do 1º semestre de 2015
com o mesmo período de 2014, Vitória teve uma redução
de 50% nos homicídios segundo dados colhidos desde
2001 pela Secretaria de Segurança de Segurança Pública
e Defesa Social do Estado, e aumentou em 55% o registro
de recuperação de carros roubados.
Junção de forças
Ações conjuntas do Governo Federal, do estado do Espírito Santo e do município garantiram a
implementação de três projetos paralelos voltados para a segurança pública em Vitória. Os
recursos oriundos das instâncias federal, estadual e municipal refletiram o entendimento de que
a segurança pública não é desafio de uma única esfera: as drogas e a violência cruzam fronteiras,
causam problemas de saúde pública e requerem uma resposta coordenada.
Essa mesma lógica de combinação de recursos foi
aplicada dentro do próprio município. “No Espírito
Santo, as agências de segurança pública trabalham de
forma integrada”, afirma Edvandro Sipolatti Esguersoni,
gerente da Central Integrada de Operação e Monitoramento (CIOM) de Vitória. “Todas as ocorrências que
chegam para a Polícia Militar também chegam para a
Guarda Municipal e para outros órgãos como o Corpo de
Bombeiros, e isso gera um atendimento mais rápido
porque as imagens são compartilhadas”.
As ações estratégicas foram organizadas em seis eixos:
a prevenção e controle de delitos; o fortalecimento da
relação entre polícia, comunidade e Justiça; o contexto
urbano seguro; a prevenção da violência contra a mulher
e a infância; a redução dos fatores de risco e o fortalecimento da coesão social.
Para Sipolatti, as imagens do sistema de videomonitoramento ganham importância justamente quando existe
uma gestão inteligente por trás. “Esse compartilhamento dos recursos potencializa a resolução dos problemas
e traz credibilidade aos agentes de segurança. Com isso,
a população acaba pedindo para ter mais câmeras
instaladas, porque as pessoas sabem que, quando as
câmeras chegam, o Poder Público também chega”.
Printscreen via Whatsapp
O centro de Vitória tinha apenas 11 câmeras antes da
instalação das 40 AXIS Q6034-E do programa “Crack,
É Possível Vencer”, agora geridas pelo software da
Digifort, parceira da Axis. Com o tempo, outros locais
que enfrentam problemas foram incluídos na área de
cobertura: o sistema foi ampliado ainda mais com 100
AXIS Q6034-E, através do software SecurOS da ISS,
também parceira da Axis, e todos os acessos da cidade
passaram a ser monitorados.
O acréscimo mais recente foi de 25 câmeras de rede
AXIS Q6044-E, modelo PTZ com movimentos rápidos e
30x de zoom óptico. “O desempenho da câmera é
excelente”, comenta Edvandro Sipolatti, gerente da
CIOM. “Fizemos aqui um piloto para testar as novas
Q6044-E, e instalamos um desses equipamentos num
prédio para monitorar o tráfico de drogas. Com uma
distância de praticamente 300 metros, a câmera gerou
uma qualidade de imagem muito boa”.
Com a chegada dos 25 novos equipamentos, a expectativa é que o parque de câmeras seja substituído.
“Comparando com as câmeras standard, a diferença é
descomunal, gritante, tanto em termos de cores quanto
resolução”, diz Sipolatti.
Para o gerente, a fidelidade de cores é extremamente
importante para o trabalho da polícia. “Trabalhamos
muito com descrições e características. Então quando
se consegue identificar as cores e repassar essas informações, isso ajuda muito. É possível até extrair um
printscreen da tela e compartilhar pelo Whatsapp”.
Graças à qualidade das imagens geradas, as câmeras
são usadas pelos operadores para visualizar placas de
veículos, dependendo de algumas circunstâncias.
“A capacidade de leitura de uma placa com as câmeras
Axis depende não só da distância, mas também do
ambiente, se é à noite, se o local está bem iluminado,
etc. Geralmente, consegue-se identificar claramente
um veículo a 100, 150 metros por causa da compensação de luz. Como elas não têm infravermelho, a leitura
depende dessa compensação”, aponta o gerente do
CIOM.
“ Com a implantação
das câmeras e
diversos outros
programas e ações
da prefeitura, notouse uma redução
da criminalidade
na cidade e uma
diminuição de 50% no
número de homicídios
no primeiro semestre
de 2015 comparado
com o primeiro
semestre de 2014.”
Frônzio Calheira, Secretário
Municipal de Segurança
Urbana de Vitória
Recuperação de veículos
Crime, um péssimo negócio
Caso apareça na tela um veículo suspeito, os agentes
são orientados a fazerem uma consulta para verificar
se existe alguma restrição na placa. Assim, qualquer
veículo que passe nas áreas cobertas pelas câmeras
podem ser consultados pela Central Integrada de
Operação e Monitoramento (CIOM). Somente no
primeiro semestre de 2015, houve um aumento de 55%
na recuperação de veículos roubados em comparação
com 2014.
Os efeitos das iniciativas conduzidas em Vitória são
perceptíveis não só nos dados oficiais, mas também no
aumento da sensação de segurança. O Secretário
Municipal de Segurança Urbana de Vitória, Frônzio
Calheira, reconhece que “o videomonitoramento
contribui tanto para punir criminosos quanto para
aumentar a sensação de segurança dos cidadãos”.
O prefeito da cidade, Luciano Rezende, concorda: “Já
é um péssimo negócio cometer crimes em Vitória”.
Para o governo, essa elevação dos números de recuperação de carros roubados foi causada também pelo
aumento da quantidade de câmeras de videomonitoramento. Segundo o coordenador Fabiano Pimentel,
“as câmeras estão instaladas em locais estratégicos,
muitos deles já considerados como rotas de fugas ou
prática de delitos”. Quando os agentes verificam que há
algum veículo em atitude suspeita nos pontos críticos de
uma região, eles fazem a pesquisa da placa. Dependendo
do resultado, as viaturas são acionadas e o indivíduo é
detido.
Segundo o prefeito, o sentimento de segurança na
cidade é resultado de um conjunto de ações que
permitiram uma obra coletiva capaz de melhorar a
imagem de Vitória cada vez mais. “As câmeras estão
flagrando tudo, não adianta trocar de camisa ou de
roupa para disfarçar”.
“Em uma ocasião”, conta Sipolatti, “um veículo Gol
roubado foi identificado por uma das câmeras numa
avenida localizada numa região nobre, e acompanhado
até uma área com intenso tráfico de drogas. O veículo
foi recuperado, e também foram apreendidos armamentos, munição e drogas numa residência próxima a outra
câmera”.
Formada por uma ilha
principal e outras 32
menores, além de um
trecho continental,
Vitória tem quase 100
quilômetros quadrados.
Fotos: Diego Alves / Ascom
64992/BR/R1/1510
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