Gazeta do Sul • Segunda-feira, 21 de setembro de 2015
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Para o
Dr. Frank Neto
ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA
corpo e
mente
Além de
estimular o
condicionamento
físico, a prática
de exercícios
ajuda a melhorar
o raciocínio
interesse pela prática de
atividades físicas tem
sido crescente e tende a
aumentar nos próximos meses
em função da chegada do verão. Afinal, muita gente recorre
às academias a fim de eliminar
os quilos a mais acumulados no
período de frio.
Na busca pela boa forma,
muitos não se dão conta de que
também estão obtendo outros
benefícios. “Em relação ao sistema nervoso, ao cérebro e às
questões de raciocínio, existem, basicamente, três aspectos
muito importantes a ser considerados e que são diretamente influenciados pela prática de
exercícios físicos. O primeiro se
refere ao entendimento que as
pessoas têm sobre movimentos
e exercícios. Elas imaginam que
o exercício acontece apenas no
corpo, nos ossos, músculos, coração, pulmões, exceto no cérebro.
Na realidade, a execução de cada
movimento é comandada o tempo todo pelo cérebro”, diz Cristiano Parente, coach e professor de
Educação Física.
Segundo o profissional, o cérebro é responsável por enviar
estímulos aos músculos para
que ocorra a contração de um,
o relaxamento de outro, e recebe outros tantos estímulos que
o ajudam a controlar a precisão
dos movimentos, levando o braço mais para cima ou para baixo,
por exemplo. Essa grande quantidade de estímulos que vão e
chegam a determinadas áreas
do cérebro faz com que aque-
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las células permaneçam ativas e trabalhando. Assim, movimentos e exercícios físicos também mantêm a atividade cerebral em alta.
Outro aspecto, segundo Parente, refere-se ao equilíbrio na
produção de substâncias como
os hormônios, por exemplo, que
acontece de maneira saudável
quando a pessoa é ativa e pratica regularmente uma atividade física. “Esse equilíbrio transforma o ‘ambiente do corpo’ em
um lugar saudável para as células viverem”, salienta.
O sistema circulatório compõe o terceiro aspecto diretamente influenciado pela prática de atividade física. Indivíduos que se exercitam regularmente têm esse sistema eficiente.
“Constituído por vasos sanguíneos e pelo coração, o sistema
circulatório é responsável por
fazer o transporte de nutrientes
e oxigênio para todo o corpo. A
prática regular de exercícios auxilia a condução desses elementos essenciais para a vida, mantendo todas as células do corpo
bem supridas e bastante saudáveis”, acrescenta.
A corrida de rua tem ganhado cada vez mais adeptos. Entre
os maratonistas brasileiros, o número cresceu 40% entre
2009 e 2014, segundo pesquisa realizada pelo corredor e
estatístico dinamarquês Jens Jakob Andersen. Democrático,
o esporte tem se tornado uma alternativa acessível para quem
pretende incluir atividades físicas no dia a dia sem encarar o
ambiente da academia. Mas, para quem busca melhorar seus
índices e proteger-se de lesões, incluir a musculação na agenda
deve se tornar uma realidade.
O educador físico Claudio Lafemina explica que aliar as duas
atividades só traz benefícios. “A musculação melhora a
economia de corrida, ou seja, o atleta precisa de um esforço
menor para cumprir o percurso; prepara a musculatura
para os treinamentos, protegendo ossos e articulações
contra lesões; ajuda na manutenção dos músculos; melhora o
desempenho de modo geral e aumenta ainda o metabolismo.”
Duas ou três sessões de musculação por semana são
suficientes para preparar a musculatura ao impacto da
corrida. Os músculos das coxas (tanto anteriores quanto
posteriores), panturrilhas, glúteos, músculos lombares,
das costas e abdominais devem ser os principais focos da
atividade. “É importante também que se trabalhe o corpo de
uma forma global para manutenção da massa muscular e
equilíbrio entre membros superiores, inferiores e melhora da
postura”, acrescenta o educador.
A intensidade dos exercícios deve se adaptar aos objetivos
de cada atleta bem como ao tipo de prova e faixa etária. De
modo geral, o indicado é dividir o período de treinamento
em três partes: básica ou preparatória, na qual se trabalha
mais volume do que intensidade; fase competitiva, na qual se
trabalha mais intensidade do que volume; e fase transitória,
quando se diminui tanto o volume quanto a intensidade do
treinamento ou até mesmo praticando outras atividades que
não a corrida, servindo como descanso ativo. Nessa etapa,
é possível ainda incluir exercícios funcionais e pilates, que
proporcionam a melhora da flexibilidade, postura e gesto
esportivo, como a pisada e o posicionamento do corpo durante
a corrida.
Bons motivos
Com um ambiente corporal saudável, um bom fornecimento de nutrientes e oxigênio, e com células
cerebrais ativas através da execução e controle de
movimentos das atividades físicas, haverá mais facilidade de raciocínio e preservação maior do sistema
nervoso. “Tais benefícios deveriam ser muito mais
difundidos. Dessa forma, pessoas que já se exerci-
tam saberiam de todo o bem que estão fazendo não
só para seu corpo, como também para sua mente e
cérebro. E, na outra ponta, pessoas que hoje são sedentárias teriam ainda mais razões para a transformação, na busca por uma vida mais ativa e de muito
mais saúde”, frisa Cristiano Parente, eleito em 2014
o melhor personal trainer do mundo.
PILATES
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- Atendimento individual
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- Fortalecimento muscular
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