PROTEÇÃO DAS TARTARUGAS MARINHAS
Edna Santos Alves
Aluna do Curso de Pedagogia da Faculdade Amadeus
Elyzayra Marcelly Lisboa Florentino
Aluna do Curso de Pedagogia da Faculdade Amadeus
RESUMO
O presente artigo trata de relato de experiência de um projeto integrado,
desenvolvido em uma escola pública da rede Estadual de Sergipe e da rede
Municipal de Aracaju SE, com crianças, respectivamente, do 5° e 1º ano do Ensino
Fundamental. Teve como objetivo, despertar no discente a conscientização sobre a
preservação das tartarugas marinhas através do fazer pedagógico. Procuramos, de
início, detectar os conhecimentos prévios das crianças sobre as tartarugas
marinhas. Em seguida, trabalhamos o desenvolvimento cognitivo, motricidade,
criatividade, linguagem, comunicação e socialização. Para tanto, foram
apresentados as crianças a vida e a importância das tartarugas. Dessa forma, os
discentes interagiram, participando das atividades, produzindo textos, desenhos,
pinturas e um telejornal. Como produto final, produziram: Ditado colorido, Livro e
mural “Proteção das Tartarugas”, Telejornal da TV “proteção JT (Jornal das
Tartarugas Marinhas)” e demonstraram que houve construção do conhecimento. No
construtivismo o aluno deixa de“ esperar” os comandos do professor e passa a ser o
autor dos acontecimentos, e nessa experiência percebemos a grande satisfação que
foi para as crianças construirem o seu próprio conhecimento, a partir do que já
sabiam.
Palavras-chaves: Tartarugas Marinhas, Conscientização, Preservação e Proteção.
INTRODUÇÃO
As tartarugas surgiram antes do domínio dos dinossauros, há cerca de 220
milhões de anos. Há 150 milhões de anos, com o desenvolvimento de formas de
vida variadas, os dinossauros dominaram a terra. Nesse mesmo período, os atuais
continentes se separaram e há 110 milhões de anos surgiram as primeiras
tartarugas marinhas que conseguiram sobreviver a todas as mudanças do planeta.
Mas, sua origem foi na terra e, na sua aventura para o mar, evoluíram,
diferenciando-se de outros répteis. O número de suas vértebras diminuiu e as que
restaram se fundiram às costelas, formando uma carapaça resistente, embora leve.
Perderam os dentes, ganharam uma espécie de bico e suas patas se transformaram
em nadadeiras. Tudo para se adaptarem à vida no mar. Existem sete espécies de
tartarugas marinhas (de Pente, de Couro, Oliva, Verde, Cabeçuda, Flatback e
Kemps Ridley) estas são agrupadas em duas famílias - a das Dermochelyidae e a
das Cheloniidae. Dessas espécies, cinco são encontradas no Brasil.
As contribuições das tartarugas marinhas em relação ao planeta são
numerosas. Certamente, elas participam da “cadeia da vida” e contribuem para o
equilíbrio dos ecossistemas marinhos. Sendo assim, em nosso projeto abordamos
de forma dinâmica a importância de conhecê-las e protegê-las.
O projeto foi realizado de acordo com a teoria sócio interacionista seguindo as
teorias de Piaget e Vygotsky (BARROS, 1996). Não há (ou pelo menos não deveria
haver) professor que inicie a abordagem de um conteúdo sem antes identificar o que
sua turma efetivamente conhece sobre o que será tratado. Além de permitir realizar
este contato inicial com o novo conteúdo, esses conhecimentos prévios são
fundamentais para a construção de novos significados (MIRAS, 1996).
Uma aprendizagem é tanto mais significativa quanto mais relações com
sentido o aluno for capaz de estabelecer entre o que já conhece, seus
conhecimentos prévios, e o novo conteúdo, que lhe é apresentado, como objeto de
aprendizagem. Em geral, isto quer dizer que, contando com a ajuda, a guia
necessária, grande parte da atividade mental construtiva dos alunos deve consistir
em mobilizar e atualizar seus conhecimentos anteriores para entender sua relação
ou relações com o novo conteúdo.
Com base na concepção construtivista, embora não seja possível tomar
partido, de maneira geral e excludente de certos instrumentos concretos, essa
concepção proporciona algumas indicações que permitem avaliar a pertinência dos
diversos tipos de instrumentos. Nesse sentido, ao considerar as características dos
processos de ensino e aprendizagem, parece mais adequado utilizar instrumentos
de tipo aberto sempre que for possível. O diálogo entre professor e alunos permite
uma exploração mais flexível e, consequentemente, mais rica. “Além disso, permite
preservar a dinâmica da aula e evitar o risco de que os alunos (e os professores)
vivam a exploração dos conhecimentos prévios como algo mais parecido com um
“exame” do que com um auxilio ou preparação para a nova aprendizagem”. Apesar
de corriqueira, nos dias de hoje, essa prática estava ausente da rotina escolar até o
início do século passado. Foi Piaget (1896-1980) quem primeiro chamou a atenção
para a importância daquilo que, no atual jargão da área, convencionou-se chamar de
conhecimento prévio. (FERNANDES, 2011)
Toda aprendizagem está impregnada de afetividade, por ocorrer a partir das
interações sociais, em um processo de aprendizagem escolar, a trama que se tece
entre alunos, professores, conteúdo escolar, livros e escrita, não acontece
puramente no campo cognitivo. Existe uma base afetiva permeando essas relações.
As crianças devem ter oportunidade de desenvolver sua afetividade. É preciso darlhes condições para que seu emocional floresça, se expanda ganhe espaço. A falta
de afetividade leva á rejeição aos livros, á carência de motivação para a
aprendizagem, á ausência de vontade de crescer. Aprender deve estar ligado ao ato
afetivo, deve ser gostoso e prazeroso. (ROSSINI, 2001).
No decorrer do desenvolvimento, os vínculos afetivos vão ampliandose e a figura do professor surge com grande importância na relação de
ensino e aprendizagem, na época escolar. “Para aprender,
necessitam-se dois personagens (ensinante e aprendente) e um
vínculo que se estabelece entre ambos. (...) Não aprendemos de
qualquer um, aprendemos daquele a quem outorgamos confiança e
direito de ensinar (FERNÁNDEZ, 1991, p. 47 e 52).
Seguimos as orientações dos Parâmetros Curriculares Nacionais brasileiros
(BRASIL, 1997) que reconhecem a importância da participação construtiva do aluno
e, ao mesmo tempo, a intervenção do professor para a aprendizagem de conteúdos
específicos.
METODOLOGIA
O projeto “Proteção das Tartarugas”, em seu primeiro momento, foi
desenvolvido em uma escola pública de Aracaju/SE, que denominaremos escola A,
no dia 13 de outubro de 2011, em uma turma do 5º ano do Ensino Fundamental com
crianças entre 10 e 12 anos de idade. Foi parte de um projeto institucional que
integrava as disciplinas artes, educação ambiental e tecnologia da informação, do
quarto período do curso de Pedagogia da Faculdade Amadeus (FAMA).
Nos dias 05 a 11 de novembro de 2012, em um segundo momento, foi
executado em outra escola pública de Aracaju SE que denominaremos escola B,
com uma turma do primeiro ano do Ensino Fundamental, formada por crianças de 6
e 8 anos de idade, como proposta do Estágio Supervisionado no Ensino
Fundamental, disciplina do sexto período do curso de Pedagogia da Faculdade
Amadeus (FAMA).
Durante o período de execução do projeto, procuramos de início detectar os
conhecimentos prévios das crianças sobre as tartarugas marinhas. Em seguida, foi
trabalhado o desenvolvimento da cognição, motricidade, criatividade, linguagem,
comunicação e socialização. A imaginação das crianças foi estimulada para que elas
pudessem ler e produzir textos, criar pinturas e desenvolver a linguagem a partir do
que entenderam sobre as tartarugas marinhas. Foram utilizadas atividades
dinâmicas, como criação de um telejornal e pintura de um mural.
DESENVOLVIMENTO
Projeto aplicado no dia 13 de outubro de 2011.
No primeiro dia iniciamos o trabalho consultando os conhecimentos prévios
de cada aluno sobre o tema abordado “Tartarugas Marinhas”. Fizemos as seguintes
perguntas:
Professora - Vocês já viram alguma tartaruga marinha?
- Já. No Oceanário (Jaquelinne e Emilly)
Professora - Onde? Onde elas vivem?
- Na praia (todos)
Professora - Qual a importância delas para nosso planeta? Não souberam
responder.
Professora - De que se alimentam?
- De peixe. (Genilson)
Logo após, mostramos às crianças um Kit, empréstimo que o Oceanário nos
disponibilizou, composto por filhotes de tartarugas marinhas no formol, casco da
espécie verde ou aruanã (Cheloniamydas), resto de lixo encontrado na sua região
interna e mandíbula de um tubarão lixa.
No segundo dia fomos ao Oceanário de Aracaju, para termos uma aula
teórica e prática. Os debates entre teoria e prática são infindáveis. Os defensores da
prática alegam que a teoria é pouco efetiva, uma vez que sua aplicação é sujeita a
condições específicas e particulares. Por outro lado, aqueles que defendem a teoria
alegam que os conceitos são as verdadeiras fontes do saber e do conhecimento.
(FILHO, 2005).
Os argumentos utilizados por quem defende o pragmatismo são fortes,
consistentes, providos de lógica e amparados por vivências e valores pessoais,
talvez por isso os posicionamentos se mostrem tão parciais. As respostas a esses
embates podem ser embasadas nos estudos acerca das teorias do filósofo e
professor norte-americano John Dewey (1859-1952) e de seu seguidor (orientando
em seu doutoramento) Donald Schön (1930-1997). Segundo Dewey, o aprendizado
só ocorre quando há uma situação de problema real para se resolver. Com base nos
conhecimentos teóricos e na experiência prática é possível solucionar o problema
passando
por
cinco
fases:
caracterização
da
situação
problemática;
desenvolvimento da sugestão, observação e experiência; reelaboração intelectual e
verificação dos resultados. A fase mais relevante, neste processo, é a reelaboração
intelectual, por se caracterizar pela formulação de novas ideias, cuja riqueza é
diretamente proporcional aos conhecimentos, vivência e experiência da pessoa.
(FILHO, 2005)
Ao retornarmos, realizamos uma tarefa chamada “Ditado colorido”, na qual
trabalhamos a coordenação visomotora, a orientação espacial, a observação e a
atenção das crianças, pedindo que eles dissessem o nome e a quantidade de letras
contidas neste, das espécies de tartarugas marinhas ilustradas em papel Paraná.
Em seguida pedimos para que criassem uma história sobre a espécie de tartaruga
que mais gostaram, percebemos que muitos deles tinham dificuldade imensa para a
escrita. Nas redações havia erros de ortografia e concordancia. Através dessa
atividade
trabalhamos
as
informações teóricas,
a
percepção,
motricidade,
imaginação e criatividade das crianças. Montamos um livro com as histórias
formadas. (Figura 1).
Trabalhamos, também, a matemática com material dourado, que foi criado por
Montessori (1870-1952), com o objetivo de desenvolver na criança a independência,
confiança em si mesma, a concentração, a coordenação e a ordem; gerar e
desenvolver experiências concretas estruturadas para conduzi-la, gradualmente, às
abstrações cada vez maiores; fazer a criança, por ela mesma, perceber os possíveis
erros que comete ao realizar uma determinada ação com o material; trabalhar com
os sentidos da criança.
Figura 1. História sobre a tartaruga favorita escrita por Andressa Santos.
Fonte: Registro das crianças
Pedimos que eles fizessem uma soma simulando quanto gastariam para
alimentar uma tartaruga marinha por dia. Através deste material, a criança tem a
oportunidade
de
aprender
em
contato
com
objetos
concretos.
(Figura 2)
Para a conclusão das nossas atividades, dividimos a turma em dois grupos,
um para confecção de um mural e outro para gravação de um telejornal. O mural
sobre o tema foi confeccionado em tecido, pintado em tinta guache. Na realização
desta tarefa as crianças usaram a criatividade, a organização, a socialização e a
coordenação motora. Para Vygotsky
o ser humano não se encontra limitado a sua própria experiência pessoal
e/ou as suas próprias reflexões, mas expande-se e aprofundam-se, em
especial, graças á apropriação da experiência social que é vinculada pela
linguagem. Essa apropriação dá-se no seio das relações interpessoais que
prevalecem na sociedade á qual a criança pertence. (VYGOTSKY. 1991 p
168,).
Figura 2: Confecção de um mural
Fonte: Acervo das autoras
É importante a vivencia em grupo, pois aprendemos uns com os outros, nessa
atividade do mural, os alunos montaram as ideias juntos: como ficaria o desenho,
cada um deu sua opinião; qual seria a melhor maneira de expressar o que
aprenderam com a experiência pessoal ou dos outros. Aprenderam, assim, a
respeitar opiniões.
Projeto aplicado no dia 05 á 11 de novembro de 2012.
Iniciamos o trabalho com a consulta dos conhecimentos prévios de cada
aluno sobre o tema abordado “Tartarugas Marinhas”. Fizemos as seguintes
perguntas:
Professora - Vocês já viram alguma tartaruga marinha? Onde?
- Já. No Oceanário na semana do meio ambiente. (Karen e Glauco).
Professora - Onde elas vivem?
- No mar (todos).
Professora - Qual a importância delas para nosso planeta? Não souberam
responder.
Professora: De que elas se alimentam?
- De planta ( Marilia).
No primeiro momento montamos uma chamadinha para ajudar na
socialização entre os estagiários e os alunos. Essa chamadinha foi construída com a
digital dos alunos, depois, completamos o corpo montando assim uma tartaruga. No
segundo momento mostramos aos alunos videos sobre o dia –a –dia das tartarugas
marinhas como : desova, nascimento, alimentação etc. Assim, eles construiram um
primeiro conceito do que é uma tartaruga marinha e como ela vive. Fomos ao
Oceanário de Aracaju para termos uma aula teórica e prática. (Figura 3).
Figura 3 Visita ao Oceanário
Fonte: Acervo das autoras
Figura 4 Caça aos ovos.
Fonte: Acervo das autoras
Aplicamos uma atividade chamada “Ditado colorido”, para podermos observar
como estavam os conhecimentos que tinhamos discutido com os alunos.
Trabalhamos a coordenação visomotora, a orientação espacial, a observação e a
atenção das crianças ao pedir que elas dissessem o nome e a quantidade de letras
das espécies de tartarugas marinhas ilustradas.
Com o jogo de caça aos ovos pudemos trabalhar movimentação, atenção e
psicomotricidade dos alunos. Foram escondidos alguns ovos pela escola com
figuras das especies. Os alunos teriam que procurar, selecionar e colocar em um
local seguro, como é feito no projeto TAMAR. (Figura 4)
Para realizar essa atividade, os alunos escolheram uma espécie de tartaruga
com que mais se indentificaram, trabalhamos assim a afetividade entre o conteúdo e
os alunos. Com essa escolha montaram um mural para divulgar o trabalho que eles
vinham fazendo em sala de aula. Pintaram o fundo de uma garrafa PET de acordo
com a cor da espécie que mais gostaram, depois, fizeram as patas e cabeça das
tartarugas marinhas. O mural ficou exposto na escola. (figura 5)
Figura 5: Mural exposto
Fonte: Acervo das autoras
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho teve como intuito principal despertar no discente a
curiosidade e a conscientização a respeito da preservação das espécies de
tartarugas marinhas. Consideramos os conhecimentos prévios dos alunos a respeito
do tema, o que despertou neles uma certa desinibição para expor suas vivências em
sala de aula.
Através das atividades propostas e levando em consideração as vivências
dos alunos, abordamos o tema seguindo a teoria construtivista . As experiências
adquiridas pelos alunos, mesmo sendo ainda pequenos, foram de grande
importância para a construção da aprendizagem do tema em questão.
As abordagens realizadas surtiram efeito positivo, pois pudemos perceber
que, ao final das atividades, os alunos conseguiam corresponder satisfatoriamente
ás questões propostas. No construtivismo o aluno deixa de “ esperar” os comandos
do professor e passa a ser o autor dos acontecimentos, e nessa experiência
percebemos a grande satisfação que foi para eles construirem o seu próprio
conhecimento, a partir do que já sabiam.
Em sala de aula e com a visita ao Oceanário, objetivamos que eles
aprendessem e fixassem o conteúdo de forma interativa, deixando de lado a aula
sedentária e que não desperta a curiosidade da criança. Eles ficaram fascinados
com tudo que viram . Os resultados foram bastante satisfatórios
Ao final, todos já haviam aprendido o nome das espécies de tartarugas, do
que elas se alimentam, o que devemos fazer para protege-las, o que nos deixou
lisongeadas, provando que do nosso trabalho colhemos bons frutos. E quanto à
integração das disciplinas, temos que considerar que todas as disciplinas se
integram e uma necessita da outra para seu melhor desenvolvimento. Portanto, os
resultados evidenciaram claramente esta afirmação.
Chegamos, então, à conclusão que a ação pedagógica fundamentada na
prática construtivista de ensino/aprendizagem é de grande importância e trás em si
uma responsabilidade que é a motivação para o aprendizado. Quando a criança se
sente importante ao produzir algo novo para ela e para os outros, irá se preocupar
em fazer o melhor.
REFERÊNCIAS
BARROS, Célia Silva Guimarães. Psicologia e Construtivismo. São Paulo. Ática,
1996
BRASIL Parâmetros curriculares nacionais Secretaria de Educação Fundamental
meio ambiente, saúde /. Brasília: 128 p. Meio Ambiente. 3. Saúde : Ensino de
primeira à quarta série. 1997
MIRAS, Mariana. Um ponto de partida para a aprendizagem de novos conteúdos: os
conhecimentos prévios. In: COLL, César. MARTÍN, Elena. MAURI, Teresa. MIRAS,
Mariana. ORUNBIA, Javier. SOLÉ, Isabel. ZABALA, Antoni. O construtivismo na
sala de aula. São Paulo. Ed. Ática. 1996.
FILHO. Armando Terribili. Teoria e prática são duas faces da mesma moeda.
2005.
FERNANDES Elisângela O que cada um sabe é a ponte para saber mais Revista
NOVA ESCOLA Edição 240, Março de 2011. Título original:.
ROSSINI, Maria Augusta Sanches. Pedagogia Afetiva. Petrópolis, RJ: Ed. Vozes.
2001
TAMAR. Disponível em www.tamar.org.br/ Acesso em 28.08.2013
VYGOTSKY, Lev Semyonovich. A Formação Social da mente: O
Desenvolvimento dos Processos Psicológicos superiores. 4. ed. São Paulo: Martins
Fontes, 1991.
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