MESTRADO EM SAÚDE DA FAMÍLIA
Comunicação na Estratégia de Saúde da
Família
Marilene Cabral do Nascimento
Andrea Cardoso
Solange Vicentini
Mestrado em Saúde da Família
Avaliação da Estratégia da Saúde da Família
em dois Municípios da Área Metropolitana
do Rio de Janeiro
=>
=> ICICT / Fiocruz
=> CNPq
Comunicar
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Não é apenas passar uma informação
É um processo social complexo:
relações entre pessoas e grupos,
identidades, afetos, projetos,
interesses, diferenças de saber e poder
Comunicação no SUS
Visão ampliada da saúde e propostas de
integralidade, descentralização, participação e
controle social
=> O avanço do SUS exige um outro modelo de
comunicação, mais coerente com a idéia de
saúde enquanto direito de cidadania,
inseparável da democracia
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Caracterização da
comunicação na ESF
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Identificar os principais interlocutores
das equipes de saúde
Avaliar o impacto desses interlocutores
no processo de trabalho
Analisar as formas predominantes de
comunicação
METODOLOGIA
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Pesquisa qualitativa, exploratória
Categorias analíticas: polifonia,
concorrência discursiva, participação e
controle social
Coleta de Dados
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1º. semestre de 2006: Município do Rio de
Janeiro
4 equipes (54 profissionais), em dois módulos
da ESF
Construção de mapas de comunicação
(Araujo, I.)
Observação
Entrevistas individuais semi-estruturadas
GAT / SMS: maior impacto
suporte técnico, mediador de conflitos,
agente de poder

=> interlocutor predominantemente
autoritário
=> baixa credibilidade em relação aos
compromissos assumidos frente às
equipes e às comunidades
ACS: acesso à comunidade
moradores da comunidade, agentes de
saúde, parentes, vizinhos, fiscalizadores,
representantes diante de outros órgãos
públicos, trabalhadores
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=> não garantem comunicação dialógica
e participativa: burocratização do
trabalho, suporte insuficiente para as suas
ações e resistências dos moradores
MORADORES ANTIGOS
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troca de informações, participação nos
serviços de saúde, influência sobre
outros moradores
Agentes de Endemias (Funasa) e Garis
Comunitários (Comlurb)
=> Impacto limitado nas ações de saúde
das equipes
Grupos violentos
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espalham o medo, restringem o ir e o
vir
=> limitam a comunicação com os
usuários, que temem represálias
Reuniões de equipe
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maior integração entre os profissionais
possibilidades restritas de negociação
fortemente marcadas por posições
hierárquicas: predomínio do conhecimento
técnico-científico.
silenciamento e “boicote” diante de decisões
insuficientemente compartilhadas
Resultados
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baixo impacto da comunidade na
interlocução com as equipes de saúde
predominância de formas verticalizadas
na comunicação entre os profissionais
de saúde, com traços de autoritarismo
moldagem de comportamentos por
meio da difusão de concepções médicocientíficas hegemônicas
Considerações finais
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ampliação do espaço de diálogo e negociação
na comunicação entre os profissionais =>
exercício de efetiva participação nas decisões
Sem este exercício interno, dificilmente a
equipe poderá estendê-lo à comunicação com
seus interlocutores na comunidade,
fragilizando desta forma a integralidade das
ações e a participação popular
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Comunicação e Educação em Saúde no PSF