ALMANAGH.—-»•«PARLZ1ENSE
• • •—
ÁLBUM LITTERARIO E ARTÍSTICO
PARA
.
POR
FREDERICO J. DE SANTA-ANNA NERY.
PÁRIZ
-
1883.
A
O
S
L E I T O R E S .
. E ; este o segundo' ánno desta publicação;'
O, acolhimento, excepcionalmente lisonjeiro, que fez ò público d'aquém e d'aléi!iT'
már, de Portugal e do Brazil, ao Almanach Parisiense, no primeiro annO, induzio
fos editores a proseguirem na senda. ^'
O livrinho, 'cuja; classificação e arranjo me foram confiados-;apresenta-se com
alguns; melhoramentos :, :;.^ número, çlas gravuras ç-duplo,' assim çbmo o das peças de
musiçi inéditas: aquellas foram escolhidas com esmero; e algumas estam assignãdas
jfor, mestres de grande ífjjpmeaeB; estas sãd devidas a dois compositores de infcontèstavel talento: ambos valem a pena ser conhecidos dos leitores; ctjSefir. Arturo
Gnocchi
um dos mais brilhantes talentos da moderna escola italiana e CarlfiB de
Mesquita, um adolescente qúe, em breveji;'gozará merecida fama nos dois mundos; Estreou-se rio Conservatorio de Pariz com grande brilho, sendo laureado còtti
^• primeiro premio de piano éfapplaudido péla imprensa franceza em peso. Carlos
de Mesquita, qUe está bem longe de contar quatro lustros de idadqflá uma glória
.da terra braziieira, e a peça que se dignou compòr para este Almanach ^ a primeira
,que'publica em- Pariz.
'
Na obra- de amena propaganda a que liguei meu nome ha duas partes bem
distirictás: uma litteraria ç artística* e outra commercial. Sósclaquelia tomo a respon-
Habilidade.' N ã 9 ha uma única linha q u e , j J g seja devida a collegas e éèstres afamad a s ^ alguns tiveram a nimia bondade <!e OiTerecer-mo artí g as absolutamente inoditos; outros deram-me licença para reproduzir trechos d a s ? | l s obras. A todos
deixçi, oomo era meu dfev«, completa liberdade na expressão das suas opiniões, que
nem» sempre concordam com as minhas, quer em litteratura,-^uB em bellas-artes,
quer em politica.
•"*•''••'•• " ' ' : '
''
'
Os artigos não assignados, esses, sim, reiviridico-ó%fcojno meus.
,
O Almnnach Parisiense, tal qual sahe á luz neste anno, não corresponde ainda
^B minhas vistas. Eu quizéra q u e f f s t e livrp popular fosse um verdadeiro álbum
e d i t a d ^ c o m luxo e ^ e ^ o n a l , e cfntendo artigos- de todos , os litterâtos p o r t u g u ê l s ^ "
e brazileiros. » a r a elles a p p e l l c ^ s m ámefo,, tonfiança^êsperandfc que j f a a t t e n d i d a esta minha sjípplica.'
: E m í d ^ ^ . ; n i a g u e m « è m b r a r á deiivêí na minha desinteressada collaboraçao mais do que o dèsqo de proporcionar uma leitura fácil e amena iòs
lPovà0
que faliam a nossa língua. , •
Paris,
8, R u e N o u v e l l e s
8.
}• DE S A N f Á - A N N A •.NJCKV.
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XAROPE
XAROPE
CALMENTE
CALMENTE
Do D ZED
Do H ZED
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A base deste xarope è a codeína muito pura, o balsamo de Tolu e alguns outros princípios de acção ànaloga. O xarope do Dr. Zed tem- um gosto muitíssimo agradaveJ.
A Junta de Hygiene do Rio de Janeiro após sérios exames, approvou este producto já
recompensado cóm uma medalha de i a classe na Exposição de Pariz.
O seu effeito é rápido nas afFecçoes das vias respiratórias e dós bronchios; c o n s t i p a ç õ e s , t o s s e c o n v u l s a ( c o q u e l u c h e ) , p i x t l i i s i c a , i n s o m n i a s , etc
PARIS, 22, rua Dronot e nas Principaes Pbaraacias ío luMo,
PASTILHAS
BALSAMICAS
PASTILHAS
BALSAMICAS
wftJíSÇS
Doutor ZED
Doutor ZED
São uns bonbons deliciosos, cuja base é a codeína pura e o balsamo de Tolu. A reputação de que gosam estas pastilhas provem de suas propriedades balsamicas muito notáveis
e de seu gosto muito agradaVel.
. Também, foram approvadas y>éla Junta de Hygiene do Rio de Janeiro e usam-se com
êxito certo, contra ás constipações, as bronchites, tosses nervosas dos tisicos, coqueluche,
(tosse Convulsa) catarrhos etc., etc.
PARIS, 22, rua
•
& n A G E A S ,
E L I X I R
E
X A R O P E
DE
•
FERRO DO Dr. RABUTEAU,
Laureado
do Instituto
de França.
Os innumeros estudos feitos pelos mais distinctos sábios da nossa época tem demonstrado
,qu as P r e p a r a ç õ e s de Ferro do Dr. Rabteauu s ã o superiores a iodos os demais Ferrug i n o s o s nos caso de: Chlòrose, cores pallidas, Perdas, debilidade, Enfraquecimento, convalescencia,
Fraqueza das crianças, e rias moléstias causadas pêlo Empobrecimedto e Alteração do sangue em
consequência de fadigas, vigilias e excessos de qualquer natureza.
GR A G E A S DE F E R R O R A B U T E A U . —. São pillulas recobertas de assucar; devem-se
tomar durante as refeições. A menos que o medico dè parceer contrario, tomar-se-hão 4 grageas
por dia;. 2 aò almôço e 2 ao jantar, poder-se-ha ir augmeutando o dose, primeiro até 6 por dia,
depois, até 8, se assim fôr neccéssario.
A s Grageas de Rabuteau n ã o tornam n e g r o s os dentes, e os mais fracos estomagos
a s supportam s e m que produzam prisão de ventre.
E L I X I R DE F E R R O R A B U T E A U . — Este Elixir, muito agradavel ao paladar e tâo
límpido 'como qualquer agua mineral, é recommendado às pessoas que tem difficuldade em tomar
grageas,
'
.
, .
Dose: um cálix de licor em cada comida; póde-se tomar puro ou com um pouco de agua
Graças aos princípios tonicos e aromaticos da casca de laranja que entra na sua composição, o Elixir Rabuteau é utilíssimo para as pessoas delicadas, cujas funeções digestivas carecem
ser restabelecidas ou estimuladas.
X A R O P E DE F E R R O R A B U T E A U . — Este Xarope emprega-se como o Elixir; é
destinado ás crianças que o tomam.com muito gôsto por causa do seu sabor saudavel, aromatico
e algum tanto açucarado. .
Dose j>arà as crianças: uma colher, das de sobremeza,. em cada refeição.
Afim de conseguir bons resultados, tòrna-se indispensável tomar todos os dias o Ferro Rabuteau
com a maxima regularidade. D.eve-se tomar cuidado em não cessar ao sentirem-se as primeiras
melhoras, porque, meste caso, a .moléstia appareceria de novo. /
O tratamento ferruginoso por meio das G r a g e a s j R a b u t e a u é muito economico, '
U m a Noticia circunstanciada vai com cada vidro.
O Ferro Rabuteau ãchà-se a' venda em "casa de todos os Droguistas e Pharmaceuticos.
Cumpre, porém, desconfiar das contrafacções, e exigir, em cada vidro como garantia, a
Marca d e Fabrica (registrada), a assignatura CLIN E T Cie, e a Medalha do Premio
Montyon.
CAPSULAS E CRACEAS
DE BEOMUEBTO DE CAMPHORA
DO DOUTOR CLIN
Laureado da Faculdade de Medicina em Pariz — Premio T Montyon
As Capsulas e as Grageas do Dr. Clin são empregadas com o maior êxito nas Moléstias
s, e do \eerébro, ri/as affècçoes do coraçao e das vias respiratórias, e nos seguintes casos:
Asthma, Insomnia, Tosse nervosa, Espasmos, Palpitações, . Coqueluche, Epilepisa Hysteria, Convulsões,, Vertigens, Atordoamentos, Hallucinações, Mpiéstias da bexiga e das vias urinarias, assim como
para calmar as excitações de qualquer natureza.
Desconfiar das contrafacções e exigir em cada vidro, como garantia, a Marca
de Fabrica (registrada), com a assignatura de Clin et Cie, e a Medalha do Premio Montyon.
JANEIRO.
1.
2.
3.
4.
'56.
Segunda.
Terça.
Quarta.
Quinta.
Sexta.
Sabbado.
7. Dom. "
8. Segunda.
9. Terça.
Quarta.
1. Quinta.
2. Sexta.
3. Sabbado.
4- Dom.
5- Sègunda.
6; Terça.
DATAS
• $ Circum. do Senhor.
- Izidoro-S.
S. Antero.
• S. Lua cheia Gregoria B,
S. Apollinaria.
f Reis.
,S. Theodoro.
© S.\ Lorenço-Justiniano.
Juliâo-S.
S. Paolo.
S. Hyginò..
S. Crescente Satyro.
S. Hilário
S. Felix de-Nola.
<!£ S. Amaro.
S. S. Nome de Jèzus.
CELEBRES:
de 1826,. combate naval de
Quarta.
Quinta.
Sexta.
Sabbado.
Dom.
Segunda.
Terça
Quártá..
Quinta.
Sexta.
Sabbado.
Dom.
Segunda.
Terça.
Quarta.
•
-
S. A,ntão.,
S. Prisca.
Lúà Nova-S. Canuta.
Sebastião.
Septuag. — S. Ignez.
® S . Vicentç. .
• Ildéfonso-S.
S. Timotheo.
.Conversão de S. Paolo.
S. Mingoante Polycarpo.
S.. ]•„ Chrysostomo.
Si, Cyrilló.
S. Françisco de Salles,
5 S. Martinho.
ÍPedro-S. Nolasco.
FOLHINHA
J ^ A R A O ANNO DE 1 8 8 3 .
i.
; 2.
3.
• 4.
5
6.
7.,
8.
9.
10.
11.
12.
13.
14.
Quinta. Sexta.
Sabbado. •
Dom.
Segunda. Terça.
Quarta.
Quinta.
Sexta.
Sabbado.
Dom.
Segunda.
Terça.
, Quarta.
r S. Ignacio.
- f Purificacão de N. Senhora.
w:S. Braz. '
- C a r n a v a l . — S. André.
- S. Ángueda.
- @ S.' Dorothea.
- Cinzas. — S. Rumualdo.,
- S. João da.Marta.
- S. Apolonia.
- S. Escolastia.
- S. Lazaro B.
- S. Eulália.
- @ S. Gregorio.
- S. Valentin.
15.
16.
17.
18.
19.
20.
21.
22.
' 23,
24.
25.
26.
27.
28.
Quinta.
Sexta.
Sabbado. •
Dóm.
Segunda. •
Terça.
Quarta. Quinta.
Sexta.
Sabbado.
Dom.
Segunda.
Terça.
Quarto.
- S. Faustino.
- S. Porfírio.
. S. Constância.
- S. Theotonia.
- S. Eucher.
- S. Eleutério.'
- @ S. Maximiano.
- S. Pedro Damião.
- MathiaS.
- S. Çesario.
- S. Torquato.
- S. Leandro.
—, S. Romão.
D A T A S CELEBRES: A 12 de Fevereiro de 1873 foi proclamada a republica na Hespanha. -
A 15 de Fevèreíro de 1870 mor-reo o Visconde de Jequitinhonha.
vereiro de 1777, subio ao throno de Portugal Dona Maria I. nasceo Victor Hugo.
A 24 de Fe-
A 26 de Fevereiao de 1802
FOLHINHA
J®ARA O ANNO DE
1883.
- - ^ • M A R Ç O . - f e s I.
3456.
78,
9IO.
11.
12.
13H1516.
Quinta.
Sexta.
Sabbado.
Dom.
Ségúnda.
Terça.
Quarta.
Quinta.
Sexta.
Sabbado.
-Dom.
Segunda.
Terça.
Quarta.
Quinta.
Sexta.
€
S: Adrião. ,
Simplico.
Hemetério.
— S.
— s . Casimiro.
— s . Theophilo.
— s . Olegário.
— s . Thomas de Aquino.
— s . João de Deos.
— . <§ S. Francisca Romana.
— s . Militâo.
— s . Candido.
— s . Gregorio.
— s . Rodrigo.
É s . Mathilde.
3 S. Henrique.
— s . Cyriaco.
-
D A T A S CELEBRES: jA.
Março
n
17.
'
Sabbado.
18. Dom.
19. Segunda.
20. Terça.
21. Quarta.
22. Quinta.
23- Secta.
24. Sabbado.
Dom.
zy
26. Segunda.
27. Terça
28. Quarta.
29. Quinta.
30: Sexta.'
31. Sabbado.
— S. Patrício.
— S. Gabriel Archanjo.
— S. José.
— S. Martinho.
— S. Bento.
— S. Émygdio.
— © S. Felix.
— f Anunciação Paschoa.
— Paixão.
_
— Sv Roberto. 1
— S, Alexandre.
— S. Berthóido.
— S. Joáo Clímaco.
r - C S. Balbina.
i H M « j j ô ' d e 1870 fime da guÍjrà-'do Paragpay.— A l4dé:'-:
13J9, Dom D i m / ' rnstitrtc" a ordem de Christá*— À 19 d c M a r ç o l | p | S 7 S : morte do '
conselhe® sfebu®), — A " i 8 de Março de l8lo,.natahògJdo grande, litterato português álexipdre
Herculano:
TOXICO, RECONSTITUINTE, REGENERADOR
• f l l M : ® ' ® ^ ! ® ! ! , ® ^
DE MARSA, COM CALUMBA
HYPOPHOSPHITO DE FERRO E MANGANESIO• • • Lorsqu'un produit pharmaceu tique consciencieuse»Le Colombo est uri tonique pur,sans mèlange das...,.
sgence. II a
est utile pour relever les forces affaiblies dans
nment fait et comfosè d'agents d"une èfjicaciti reconnue
vFanemte, les affections scrofuleuses, scarbutiques, lesfièvrés
Kêtè sanctionnè par dès appiications médicales nomóreuses,
•mntermittentes rebelles; pour arrèter les diarrhèes entre«tem/es
ne saurait hêsiter à le prêcontser avec confiance.
CestPar Fatonie de Vafipareil digestif; pour s'opposer
naux vomissements spasmodiques qui accoTiipagnent certames
cas du Vin de Marsa."
••nmaladtes asthiniques."
EXfRAlT DU FORMULAIRE
de M. le professeur BOUCHARD AT
de, l'Académie de Médecine de Paris.
; QSSIAN HENRY.
Membrè de 1'Académie de Médecine.
A reunião intimk da CALUMBA," do HYPOPHOSPHITO de FERRO e MANGANESIO
, constitue um Tomco regenerador muito-poderoso, cuja aoçãô' é tfás mais activás e dé
uma effioacia, sem rival'
.
\
fgall
dem
U m
°TO£L0T fornece os elementos necessários á economia para a rccons-muyao do sysieina nervoso
íytnphatico nas uiox-suas .pie produzem alteração
dimmuiçaona vitalidade ,dl||qreào§;
' . .
•
;©: VINHO iíè M0TCEL0T activá^ circulação, regenera as forças e determiriá^âl
|
das futít^e», iue
atM&das:
«•
Recommendam-no os médicos wís casos que necessitam tonicos paia reconstituitir
e regenerar o -er^nom arruijmdo-pòr moleiítis,. excesiòsí naturezaào clima, Rachitismo
I —
B M CMorosis, Amenorrhea, Cachexia, Fluxo branco, que tanto arruiZà
Pobreza
• • • • • H
«» ^ g n e , Fraqueza geral, Debilidade, Dyspepsía, Gas-
MODO DE O EMPREGAR
A dose de VINHO do Dr. MOUCELOT è a seguinte:
Um
cálix
de licor
no principio
ou no fim do Almoço,
ou do
jantar.
P a r a íreanÇas- uma opLHkR» mç sôpa, nas mesmasi coNDfi\. : ''7:. , i1
cr. - B _ A _ T - A _ ! R ; : D ,
E
O
'5fi, B O U L E V A E D S T B Á S B O U R G , 50.
E EM TOI>AS AH PHAEMAOlAS
P A R I Z.
1
FOLHINHA
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ARA Q ANNO DE 1 8 8 3 .
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2.
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Yiç„ente Ferreira.
— E n d o e n ç a s . S. Marc-ellino.
Sabbado. l i @ S a n t a ou da P a i x ã o j-rrí S. Amâncio.
Dom.
22.
S. Epiphanio.
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Sabbado. —: 5 S. TiburcioDom.
— S,.Lucio.
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Segunda. t— P a s c h o e l a .
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r-^ S. Aniceto.
17. Terça.
18. Quarta. jsgj S. Galdino.,
Quinta.. — S. Hermógenes.
20. Sexta.
— S. Ignez.
21. Sabbado.
S. Anseljno.
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9- Segunda. 9
H
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10. Terça.
— S. Ezequiel.
11. Quarta. — S. Leão I, P a p a .
12. Quinta.
S. .Victor.
— S. Hermenegildo.
13- Sexta.
14-
^
Dom.
Si Maçario.
Segunda. — R a m o s .
Terça.
5 S. Ricardo B.
Quarta. l l t . S . Zozimo.
45- Quinta.
.'6. Sexta.
7-
-
Dom.
Segunda.
Terça.
— @ S. Sotero e S. Caio.
S. J o r g e ,
— S. Fidélis de Sigmaringen
- - S. Marcos,
526.
27.
Quarta.
28.
29.
Sabbado. — ; s . Vital. '
Dom.
30.
Segunda. — C S. Çatharina de Siéna.
2
Quinta.
Sexta.
t ^ í S . Pedro de Rates.
fâ T^ertuliauo.
i p , S. Pedro.
f
D A T A S C E L E B R E S : A 3 de A b n l de 1791, morte do famoso tribuno Mir^beau. — A 7.4
S»
A b n l
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8
^ '
abdicação ( d e Dom Pedro',1, do Brazil ® A
i7^çSgAbril de'1790^ morte j f t i í
Franklin — A 25 de Abril de 1852, morte g } inspirado poeta brazileiro A d'Azevedo '
'
FOLHINHA
J^ARA O A N N O DE
1883.
- s ^ M A I O . ^
17. Quinta.
•18. Sexta.
19. Sabbado.
20. Dom.
21. Segunda.
22. Terça.
23. Quarta.
24. Quinta.
S; Felippe e S. Thiago.
S. Mafalda.
S. Evêncio.
Ascençâo de N. S.
S . Pio V. Papa.
© S. João Damasceno!
S. Estanislao.
Appariçao de S. Miguel.
S. Geroncio.
S. Antonino.
S. Anastasio.
S. Joanna.
3
S.
S.
S,.
N. S. dos Martyres.
Bonifacio,
Isedro Lavr.
João Nepomusceno.
— S. Pascoal Baylâo.
- S. Pedro Celestino.
— Si Bernardino de Siena.
— f Trinité.
@ S. Rítta de Cassia.
— S. Basilêo.
—: f Corpos de D e o s .
— S. Gregorio VII, Papa.
25. Sexta.
26. Sabbado. — S. Filippe Nery.
— Espirito Santo.
27. Dom.
28. Segunda.
_ | S. Máximo.» '.'
29. Terça.
30. Quarta. — S. Fernando.
31. Quinta, — S. Petronilha.
T
D A T A S CELEBRES: A 2 de Maio de 1866, Combate de Itapiró. — A 6 de Maio de
1826, abertura da primeira Assembleia Legislativa no Brazil. — A 18 de Maio de 1868, tomada
de Curupahity. — A 24 de Maio de 1819, natalício da actual Rainha da Grâ Bretanha, Victoria I.
- ^ • ' J U N H O . ^
1.
2.
3.
4.
• 5.
6.'
7*
8.
9.
10.
11.
12.
13.
14.
15.
16.
Sexta.
Sabbado.
Dom.
Segunda.
Terça.
Quarta.
Quinta.
Sexta.
Sabbado.
Dom.
Segunda.
Terça.
Quarta.
Quinta.
Sexta.
Sabbado.
- S. Firmo.
- • S. .Marcellino.
S. Paulo.
- - S. Quirino.
- • © S. S. Trindade.
- - S. Norberto.
• S. Roberto.
- • S. Melania.
- S. Margarida.
• - Barnabé.
- )
- - S.
- ,S.
- S.
• • S.
S. Onofre.
Antónia, de Lisboa.
Basilio Magno.
Victo.
Aureliano.
17.
18..
19.
20.
21.
22.
23.
24.
25.
26.
• 27.
28.
29.
'30.
Dom.
Segunda.
Terça.
Quarta.
Quinta.Sexta.
Sabbado.
Dom.
•
•
;
•
•
•
S. Manoel.
S. Leoneio.
S. Joanna de Falconieri.
@ S.. Silvério.
S. Luiz de Gonzaga.
S. Paulino.
Edeltrudes.
f Nascimento de S. João
Baptista.
Segunda. ' • S. Guilherme.
- S. Virgilio.
Terça.
S. Ladislao.
Quarta.
• S. Leão II, Papa.
Quinta.
• f S. Pedro e S. Paulo.
Sexta.
Sabbado. - S. Marcai.
D A T A S CELEBRES: A 2 de Junho dê 1881, morte do celebre philosopho Littré — A
11 de Jfunho de 1865, combate naval de Riachuelo.. — A. 19 de Junho de 1828, morte do celebre
phrenologista allemâo Gall. - p
Vinho das melhores Lavras de França
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I > ft
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B.
PODEMOS CEDER, ÁS PESSOAS QUE DESEJAREM TER UM EXCELLENT^VINHO DE MEZA
PARA O CONSUMMO &UOTIDIANO, VINHOS SAH1DOS DIRECTAMENTE
MAIS REPUTADAS LAVRAS DE BORDÉOS, POR PREÇO RELATIVAMENTE MODIOO
DAS
GARANTIMOS QUE OS NOSSOS VINHOS SÃO PDBOS E MÃO CONTEM H S T D R A A l f i U I A .
JR
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(FICANDO 0 PORTE A NOSSO CARGO ATÉ A ENTRADA DA ALFANDEGA):
IIÉDOCf VELHO,
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1" Q U A L I D A D E . .
SUPERIOR
2 7 5
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3 7 5
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(CADA PIPA DESSES PREÇOS CONTÉM 310 GARRAFAS.)
ESPECIALIDADE
DE
V I N H O S V E L H O S EM G A R R A F A S —
OPTIMOS VINHOS BRANCOS
COGNAC S U P E R I O R —t, FINE C H A M P A G N É | | | L I C Ô R E S
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FRANCEZES,
ACONSELHAMOS COMO VINHO PARA USO ORDINÁRIO O NOSO BOM
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DE 3 2 5 1'. A. PIPA DE 310
S
GARRAFAS.
J. BATARD, MORINEAU E CIA
50 BOULEVARD DE STRASBOURG 50
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I R ,
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FOLHINHA
J ^ A R A O ANNO DE
1883.
^ W T U L H O . »
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78.
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11.
12.
13.
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1516.
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Dom:.
S. Theodorico.
Segunda. T? Visitação de N. Sinhorai
Terça.
— © S.. Jacintho.
Quarta.
S. Isabel..
Quinta. - - S.' Athanasio.
Sexta.
S. Domingos.
Sabbado.
. S., Pulcheria.
Dom.
S. Procopip.
Segunda. — S. Verónica Juliana.
Terça...,,
S. Rufina.
Quarta.
S.. Sabino.
Quinta. • — S. João Gual.
Sexta.
— S. Anacleto.
Sabbado.
S. Boaventura.
Dom.
S. Camillo de Lellis.
Segunda. — N. Senhora do Carmo.
«
17.
'
^ s.
Terça.
Aleixo.
18. Quarta. — S. Marinha.
B S. Vicente de Paula.
19. Quinta. 20. Sexta.
Elias.
-21. Sabbado.
Praxedes. 22, Dom.
Maria Magdalena.
23. Segunda.
Apollinario.
24. Terça.
Christrna.
2
Christovâo.
5- Quarta.
26. Quinta» € S. Sinfronio.
Pantaleào.
27. Sexta.
28. Sabbado.
: Celso.
29. Dom.
Martha.
3
Segunda. — s . Rufino.
1- Terça.
— S. Anna.
13
JIs.
— s.
— s.
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is.
SI s.
lí
— s.
'j§ s.
-- s.
1 °:,
*]j
D A T A S CELEBRES: A 4 de Julho de 1807, nascimento de Garibaldi. — A 14 de Julho
de 1789, tomada de Bastilhítjg— A 18 de Julho de 1697, norte do Padre Antonio Vieira. — A
28 de Julho de 1824, nascimento de Alexandre Dumas Filho,
1883
Quarta.
Quinta.
Sexta.
Sabbado.
Dom.
Segunda.
Terça.
Quarta. ,
Quinta.
Sexta.
Sabbado.
Dom.
Segunda.
Terça.
Quarta.
Quinta.
Os, Santas Machabeos.
© S. Estevão. '
S. Lydia,
S. Domingos.
Nossa Senhora das Neyès.
S. Thiago, Ev.
S. Caetano.
S.'Agostinho.
S. Roínáp.
^ S. Philomena.
s." Tiburció.
S. Clara.
S. Hyppolito.
S. Eusébio,
f Assumpção,
S. Roque.
Sexta.
Sabbado.
Dom;
Segunda.
"Terça.
Quarta.
Quinta. .
Sexta....-•
Sabbado.
Dom. .
Segunda.
Terça.
Quarta;
Quinta.
Sexta.
@ . S . Mamède.
S. Agapito.
S. Luiz.
S. Bernardo.
S. Joaquim.
S. Felisberto.
S. Liberato.
S. Bartholomeo.
S. Luiz,, rei de França.
S. Zeferino.
S. Jòsé de Cal s"s ans.
"S; Hermes.
S. Candida.
S. Rosa de Lima.
@ S. Raymundó Nómato.,
D A T A S CELEBRES: A í» de Agosto de 1869, morte de T . 'XV -de Novaes. | p t A 12 de
Agosto de 1869, tomada de Pirabebuy. — A 24 de Agosto de 1774, Priestley descobre o oxygeneo.—
A 9 de Agosto de 1881, nascimento do Príncipe brazileiro Dom Antonio.
« Sabbado.
Dom.
Segunda.
Terça.
Quarta.
Quinta.
Sexta.
Sabbado.
Dom.
Segunda.
Terça. "
Quarta. '
Quinta» r
Sexta.
Sabbado.
:
' S E T E M B R O . i ^
S. Egydio
S. Epidio.
S. Eufemia;
S. Rosa de Viterbo.
S. Eudóxia.
S. Libania.
S. Pamphilio.
^ Natividado de N. Senhara.
S. Seraphina.
S. Nicoláo Tolèntino. .
S. Theodora.
S. Juvençio.
S. Maurilio.
S. Crescencio.
S. Nicomedes.
Dom. ; r-r-r S. Luiza."
Segunda. — S. Comba.
Terça.
— S. José Cupertino. :
' Quarta, | i | - ©.'Constância. *
Quinta, lfil; : % Eustachio.
Sexl a.
—
Matheus. I B
Sabbado. — ^ S. Mauricio.
Dom.
— S. Lino.>, • 1
Segunda. — S . Lino.
Terç% . —: S.' Firmino.
Quarta. — S. Cyprian o e S. Justina.
Quinta. '••^•"S. Elezario.
Sexta.
S. Vencesláo.
Sabbado.. — S. Miguel Archanjo.
Dom.
— S. Jeronymoic} /^
DATAS C E L E B R E S : A 3 de Setembro' de : 1856, m o i t e d e marquez de Paraná. — A
.7 de Setembro de 1822, proclamação da independência do Brazil. — A 18 de Setembro d e 1865,
tomada de Uruguayana—- A 26 de Setembro de 1698, descobrimento das minas de Oúro-Preto.
3 L . B
COTJRRIER
B
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S
I
L'AIÉEIQTJE
L
DTJ SUD,
Revista quinzenal publicada em Pariz.
ESCRIPORIO:
17Rue
de
la
Chmmèo
d'Antin.
17,
REDACTOR-CHEFE: Dr. Frederico J. de Santa-Anna Uery.
O BRAZIL, correio da America do Sul,
cujo: primeiro númeijdfekhio á luz em Pariz ã 7 de Setcnil)rò
:de .1881, iofcfundado pós, um- grapfr d e patriof3£'brazileirójBI£
- - .Compoegfe • dè duas sfefcçoes': na secção em lingua irancezà,
dá a conhéter todos os assumptos que entendem com a prõsper i l j | M l material e moral dj3Í; Império sul-americano; na secção
em lingua vernacula, oeCupa-sH com as: qu:esto|| mais' i n t e r H |
«jantes para o commercio, agricultura e industria do Bráizil.
O novi) periodico possui:1 collaboradores e. correspondentes,
em todas as, capitaes do mundo eivilisado.
Preços
da assignatura annual; 20 Francos em Paris
10.000 réis no Brazil.
ESCR/PTOR/O:
17,
Rue
de
la
Chaussée
PARIZ.
d'Antin,
17,
—;
' ^ O U T U B R O .
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2.
34.
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Segunda.
Terça.
Quarta;
Quinta.
'Sexta.
6.
7.
8.
9.
10.
i.i .
12.
13.
14.
Sabbado.
Dom;
Segunda.
Terça.:
Quarta.
Quinta.
Sexta. .
Sabbado.
Dom.
IS- Segunda. •
16. Terça.
-
~
S. Vensimo.
- Os Anjos da Guarda.
-..jSAEtnilia.
- S. Francisco de Assiz.
- -S. Plácido.- ' •
- S. Bruno.
- S. Marcos.
5 S., Brigida.
S. Diohysio.
S. Luiz Beltrão.
S. Firmino.
S. Serafinõ."
S: Eduardo.
S. Carlistò. •
© S. Thereza de Jezus.
S. Gallo.
Quarta.
Quinta.
Sexta.
Sabbado.
Dom.
Segunda.
Terça. >
Quarta.
Quinta.
Sexta.
Sabbado.
Dom.
Segunda.
Terça.
Quarta.
- b . Heduviges.
S. Lucas.
: S. Pedro de Alcantara.
- S. João Câncio.
- C S. Úrsula.
£ S. -Mário Salomé.
S. Romão. .
S. Fortunato. '
S, Çrispim-S. Crispiniano.
S.. Evaristo.
S.. Elesbão.
S. Simãõ-S. Judas.
S. Feliciano,
© r S. Serapião.
S. Quintino.
FOLHINHA
J® A R A O A N N O D E 1 8 8 3 .
M
1.
Quinta.
2. Sexta.
: 3. Sabbado. •
4. Dom.
5. Segunda.,6. Terça.
7.. Quarta. •
8. Quinta.
9. Sexta.
10. Sabbado.
11. Dom..
12. Segunda.
13. Terça.
14. Quarta.
15. • Quinta.
™*iyi
j- Todos os Santos.
- Finados.
r S. Malaquias.
- S. Carlos Borromeo.
- S. Zacharias e. S. Isabel.
-: S. Severo.
- ) S, Florêncio.
- S. Severiano.
7
S. Theodoro.
S. André Avelino.
S, Mart nho.
S. Diogo.
(§» S. Eugénio.
Transladação de S. Paulo.
S. Leopoldo.
Iii"l i " I M B m
1
n
18.
19.
20.
21.
22.,
23.
24.
25.
26.
27.
28;
29.
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Sexta.
Sabbado. Dom;
Segunda. •
Terça.
Quarta. •
Quinta. . •
Sexta.
Sabbado.
Dom. •
Segunda.
Terça.
Quarta.
Quinta.
Sexta.
- S. Gonçalo de Lagos.
• S. Salomea.
- S. Romão.
- S. Pcnciano.
• (§] S. Felix de Valpis..
• S. Demetrio.
-. S. Cecilia.
- S. Clemente.
- S. João. da Cruz.
- S. Catharina.
- S. Delfina.
- S. Margarida de Sabóia.
- @ S. Gregorio III, Papa.
- S." Saturnino.
- S. André.
D A T A S C E L E B R E S : A 7 de Novémbro de 1831, abolição do trafico dos escravos. —
A 13 de Novembro de 1868, morte do maestro Rossini. —: A 26 de Novembro de 1764, suppressaÕ,
em França, da Companhia de Jesus, ^ f í ^
^B
45'6,
78.
m
10.
11.
12.
1314.
I
S-
16.
DEZEMBR—
Sabbado. — S. Eloy.
— S. Bibiana.
Dom.
Segunda. — S. Francisco Xavier,
t— S. Barbara.
Terça.
Quarta. ^ S. Geraldo.
Quinta. — J S. Nicolás.
'—' f&' Ambrosio.
Sexta.
Sabbado.
f Cenceição de N. Senhora.
Dom;
— S. Leocadia.
Sègunda. — S. Melchiades.
Terça.
^ S. Dam aso.
Quarta. — S. Justino.
Quinta. — tt S. Luzia.
Sexta.
— S. Angello.
S.Ireneo.
Sabbado,
— As Virgens da Africa.
Dom.
1718.
l
920.
21.
22.
23.
24.
2526.
27.
28.
29.
30.
3i-
Segunda. -5|- S. Lazaro.
Terça.
W 'N. Senhora do O;
Quarta. —:: S. Fausta.
Qu inta. -—. (§[S. Domingos de Silos.
Sexta.
— S. Thomé.
Sabbado. — S. Honorato.
Dom
— S. Sérvulo.
Segu nda. — S.'Gregorio M.
Terça.
— t Nascimento de N. S. J. C
Quarta. — S. Estevão.
Quinta. — S. Joáo Ap. e Ev.
Sextá.
— IP Os Santos Innocentes.
Thomaz.
Sabbado.
— S. Sabino. Dom.
Segunda. — .S. Sylvestre.
D A T A S C E L E B R E S : A 2 de Dezembro de 1825, nascimento de Dom Pedro II, do
Brazil.— A 14 de Dezembro de 1799, morte de Washington. — A 21 de Dezembro de 1831
installação sotemne da Academia -de Medicina, do Rio. — A 27 de Dezembro de 1868, ataque
de Loraas Valentinas.
INFORMAÇÕES" Ú T E I S
O
PAQUETES
A VAPOR.
; - Messageries Maritimes. S d E s t é s " i ^ ^ ^ g f r a n ® í i e B » s a h e m a 5 e 20 de cada
mez cie Bordéos. A g r a r i a s para Portugal, paraíj) B r á p l ® Riosda Prata. déveníjier
postas'no CorreiSb em Pariz nos d»as 4 e igf a n t e a ^ d a ^ s ^ da tarde.
ffiQ" n jeurs
• p p j s i e s \apí?e^francffies-^^tífe"itmadofta carga|% em
í geral, ,é" melhor nao mandar cartas por serem demoradas as esyaías que fazem. Sahèm
Hâvrê- a iM.15^ de cada' mez. A s cartai p f j e m sjig encaminhadas no mesftiò'
dia p e l í manljâ,; ajrtgi das 8 \
Steam Pacific'Çompcmy.—
Vapores ingleze^,",que sáhem de f Eiyerpôbl'ffligía•
BordédíJ^Partem de B o r d o l i de 1,5. em 15 diai, no Sabbas)^.
i;feas çartas|ítfevem'; seguir de Pariz 11a sexta-feira. à f e B das 5H, xía tarde.
Compagnie FrançfiisSè\Paquetots.
• — C A v a p o ^ B ^ t a S f c o i n r » ã n t i a sabem/de
Marselha nó dia. 14 ^ , c a d a mez. As cartas devem ser dirigidasgno^dia 12,® tarde,
b
antés das s h
Royai Maíl. — Estes," paquetes -inglezès_ sáhem de S u t h a m p t o n (Inglateríai a
9 e 24 * a d a nrez.íAs qftrt^á^ devem partir nos dias1 8ie 24. Todavia, como.-O p a quete d e - g í t Q c a ^ m X h e r b o u r M E r a n ç a l f ^ J s a r t a s - d e Pária #ódám"ser-encaminha^|;"
no dia-Çj á tardi^viá' Cherbourgv'45
N 3 . m A l e m destas Imhâs, ha uma d g A n t u e r p i ^ j p e ^ s a h e a 1 de toitfip';
itóez-fuma <£e Liverpool para o Pará, M i t t a i i l i l t o ^ i i G i s ^ á ^ m e s c a l a 1 ^ ) H â i f B
cujoX, p a q u | g l K a l e m a ffllfetde cada mez doj>orto do Hávre; enfim, uma linha
de Hamburgo&utra de Bremen e "ouÇa de Génova.
A L M l N A OH 1'A-KIZJ JS N S E.
LEGAÇÕES E CONSULADOS
m m a ^ ^ ^ ^ ^ m
d e T e h e i a n , Tío j j e d o Paiqut^Je M o n M u e
do iíouicvard Malésherbès. Está ajierta do melo-dia j i s ^ V
Mmistto
ffismpoteiiçiiprio
— O Visconde de ItajubÈK,
I° ^Seçretarto. — Commciulador Antonio de Araujo.'
. ' Âddidos-âe I» C/assa.
-Peneira Franco. ' -
Bacharei*.' Vieira Monteiro, Pedro Corrúi de Araujo! o
Addidos ae 2» cíaift\ — Bacharel A. Pereira"Pint<M»Ínior é HermaapRamw*
Consulado Geral. — O addidoi commendadof Juveneio:M.açie£áa Rocha. avenue
Marccau 'Hy. — A choneeUaria p k ^ a b e r t a do' m e i o - d i a - É f t P i
Vice^onstã.
rua de Lavai. ^
—, 0 Dr. Jose Manoel Barboza"!!'" afé^ Malesherbes,^<kpé fda
Leg&o Poríugtteíâ
"aberta 4 o meio-dla *áss 3 a .
Avenue, Ffiedland, ao pé do A r a l d o Triumpho.
M i n i s t ^ f l e i í f y r í e i ^ r ^ ^ WyiOns^fieiro'Josf da
Estí
Mendes Lea!.
I" Srcrelàrio. —'. Õí Çommendadoi- Ferdo de Azevedo.
Addiéffe^de
1". classe. — Dom Cj|táno: de teíiekstre, Viseonde de Rbtíetefi&
C o i t s \ d M Í S ^ r a Í S S O Commendador Faria, rua d''All?e. -
UfHL
-HffOHlSQUE:
(VOYAGE DE M. DURAND)
Frederico J. de Santa-Anna Uery.
Esta Obra chistosa, escripta em franeej^cameçàrá a saliir á luz
a
7 de Setembro de 1882, em cadernetas, de 32 paginas- p
de ser .impressa em papel de
8°,, H á
Hollanda, çom W gravuras . originaes
em cada caderneta.
" A
obra inteira cdmpõè-se de 5 cadernetas, que jfferão publicadas
de. 3 em 3 mezcis. Contará, ^pbrtantoBóò paginas com 2Õ~gravures
ineclitas, e o retrato dc M. Durand.
As
J.
assignàturas
P. Aillard,
recebem-sé' , em
1'ariz:
na
casa
da
Viuva
Guillard e C S 47, rua Saint-Andjjè-jles-Arts; —- no
estabeleciment(|:;r;dos: Senr. J. Batard, Mórinèau, e O , 50 Bouleyard*
de Strasbourg; e no escriptorio do jornal Lc B r é s i l 1, Place Bóleldieu.
Para
}^^eda
ò$ 'aitignantes,
o preço de Cada caderneta é*fle mil
fraca), pagôs no acto da tíjSsignatura.
réis\
28.
INSTITUIÇÕES BRAZILEIRAS EM PARIZ.
Sociedade
PreSídepte
1 1 i
U f f l
-*Fumeiro
J |
» 'Sçguhdo $&7td£B[
éorm^
MÊwBÊ
rorftrio I eixeirà!
akOS
PaiV%
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°
o. M. a Imperatriz.
Visconde de fcarapebús:;' :
O Dr. Antonio d e Ara,,
_ o Dr. Barboza.
— O Dr. Jo^g Marquez de" Sá.-""
Dirãtor.
Tenente
I.opes..'pf
d^rcad|lfS
rue
- « S . A 1. | | R g | Seiír. Conde d'Eu.
f f f i i S j ^ f í e i j S i Ex" o,'genr, .Ministro dõ Braiil..
teCtores
da
Jay,
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G o Í
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tóslrella,
de
Tenente Coronel
1
Argõlío Ferrão,
mesma SocièdadÇ; & I
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, Q Irripeíador do
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M 1 A. o ; Sciír. C « , d e d ' Ku 1 I de Setembro > e
M H S Q f f i a 2 d e , , C Z ° " l b r o < ! o n*™>e " m o ; j í contava em caixa a quantia de
' ^ - f l ^ f e t o s . d ê . f c (moeda f r ^ a I de Julho de i M i '
COÍ,rrÍer
de
M
tAmertqite
du Sud —' O
pcrío^Ê^Êhiáí-iéài^ : l u z ^ : - r ^ S è t e m b r o nè v88i, com duas s t e c ç d g uma enj franiez'% outra W
^portuguez. ^ u m a ^ t h a qu.nzejiaWeJS p a g i n a i em >grande lormato, que se p u b £ |
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de-Administração compee^se dos-segumtes •
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f , n c n t ' ; J a y m ê G o n | f d e ArgBUo F e r r ã o ; capitalista M i i j g S G o n ç a i v ® Í
C u n h a ^ Dr E . g de Atta.de Moncorvo, s e c r e t ^ l , H | , . ^ T e n e n t e - C o r o n e l
D o m i n g B Soares de Paiva. O principal redactojf o Dr. Freefcfè> J É g e Santa A n n a
^ A K 0 B t 0 n % f i c . V rue H
C h a u ^ d ' a n t i n ^ ^ d e f r o n t e da Opera Com.ea
A I Í M Ã N Ã C H . P A R I 7.1 1-ffs K.
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Medicina, t
É propriecWe do Sem.. L u i r S i m õ # da Fonseia
f puWiot.se nos .dias 5 e 2V.de cada meSSjá ^ H W M i B B S M M I W W i
torícti}^; rua do Paradis-Poissonmêf& n i l r
PERIODICO PORTUGUEZ.
•Os Dois
— Tem à gua frente sçtSeni
folha mensal de.grande formato, iilusírada.
SriSEB-Saragga. É uma
L I V R A R I A .
^"Ijf"
Ai áúd,
GuMardWk C., 47, rufcSaint-Andrè-dès-àrts, no .qiiaiiiiKã
latin; liggbiros de suas M a g e ' s t a d e j | | | | Imperadqlgdo Brkzil é . E l R e i g l l Portugal.
a
COMPTOIR SUD-AMÉRICAIN.
55, rui de la Chauss8|?fd'Antin, 5.5;
ao pé da igreja dá Trindade.
ÉiSli Comptoir Sud-Amíricain, sociedade commercial, industrial c financeira, com
capital de 2.500.000 francos, fé;,.i.>s> .mesmo tempo, , um Banco, «tua casa de commis.Spes, uflia "agencia financeira, e tem gabinete de leitura é Código de abreviações òu
chave , para tdegrammes. . É destinado a servir dè centro de reunião e de-negocio?
aos Portuguézes c r-iSul-Anu:ricano.s.
MEDICO SUL-AMERICANO.
O Doutor Betances, formado pela Faculdade de Pariz, antigo chirurgião-chefe
• e medico do hospital de Mayagíiez (Porto-Ricco), autor de uma obra relativa aos
tumores elephantiasicos, dá consultas das 4 ás y b na rua de Chateaudun, n° 9.
f J. B A T A E D , M O E I U E A U E ^ "
Negoeiantes j l j Commissarios
50 B O U L E V A R D
DE S T R A S B O U R G
50
PARIZ
COMPRA DE T O D O S O S ARTIGOS DE PARIS; - PERFUMARIA; QUINCALHERIA; H H O T E I S ; - MERCADORIAS DIVERSAS.
E S P E C I A L I D A D E D E M A C H I N AS, — IMPItKXSAS,
MATERIAL PARA
T Y P O G R A P H I A S ; — P A P E L , - H T I N T A S M TYPOS É T C . E T C . E T C .
VENDEM TUDO
EXIGEM
POR F R E Ç O DE FABRICA, E SÓ
UMA C O M M I S S Ã O
MÍNIMA.
R E S T A B E L E C I M E N T O BECEBE EM C O N S I G M Ç M TODOS OS GENEROS
EF FEITUA A \ I N HA COHFOEME AS OBDENS DOS SEflS FBEGUEZES.
B A ÚNICA CASA DE PARIZ HONRADA COM A CONFIANÇA DE MAIS _
DE 150 JORNAES E PERIODICOS
DE PORTUGAL E DO BRAZIL, QUE LHE DIRISEM AS SDAS ENCOMMENDAS.
P A R I Z
L a
1
SOCIEDADE GERAL DE PRODUCTOS ALIMENTÍCIOS
•JpêlEDADE
ÁNOÍyMAT;
Capital: 3 MUJ^ESJDE
FRANCOS.
1) I N a i t T I L L C A
ADMINISTRADORES—DELEGADOS.
Séde Social: 23, RUA RICHER, E M P A R I Z .
VERDADEIRA MANT^IGA_DE
M e d a l h a do our.,
I-'.-„.]<•,',
o , , /
I 'erioi-S
R H
NORMANDIA.
(MilIX-lie).
M,«talha d „ o u r n ^
P a r i z 1873.
FILI AES:
LONDRES : 101, L e a d e n h a l l s t r e e t .
PARIZ- 23, R u a Richer.
HAVRE: 1, Rua Chilou.
NANTES: 37, Qual de l a Fosse.
Le Croisic.
P a r i z 1855.
A G E N C I A S :
LIVERPOOL: S. I. P a r r y , Inner Temple, Dale street.
GLASGOW: Inglls e Wulff, 45, Hope s t r e e t .
HAMBURGO: H . Hiaricbsen, 21, Neuerwall.
MARSELHA: H o r a t e Maauy.
AMSTERDAM: I. C. F. Schouten
BORDÉOS:
M a r s e l h a 1874.
A !. M A S A C II
PARIZIEljKSE.
as.
A S E S T A T U A S DO J A R D I M
•
DO
LUXEMBURGO EM PARIZ.
Na infancia do anno, quando a Terra já dão-me saudades da escuridão, da soidão e
descançou seis mezes, quando Março com da frescura do nosso predilecto bosque.
A vida real prende-me, e adeus as illuSÕes „
suas chuvas vem fècundal-a, quando o Sol
aquece-a com os seus noviços raios, quando -suaves, adeus as memorias do passado, adeus
com* quem
me entretinha !
nos are s circula esse não sei quê que incute, os imaginarios vultos
p *
vibrações em toda a natuíeza,
eu gósto
Entre esses vultos ha um, historico e poético,
de vagar, por baixo das arvores desfolhadas
do vetusto jardim do Luxemburgo, no quar- a um tempo, que me cala na mente de continuo.
teirão latino,
Onde quèr que eu esteja, está-mé sempre
Mais tarde, na primavera, quando o radiante essa doce visão a çaptivar.
Quem será ella ?
Maio já doUxa com ás suas sèttas a cupola
Porventura será Maria Stuart, a heróica
do Pantheão, gósto de sçismar alli voluptuo\ victima, ou Valentina de "Órléans, ou Clemencia
samente.
Vou e venho vinte vezes, passando da Isaura, ou a Laura de Petrarca?
— Não- não. :
estatua de „Lesueur" ao ,„Rolando Furioso",
A minha predilecta é Margarida de Valois..
do Rolando Furioso" ao -soberbo leão de
A"Margarita das Margaritas,1,çomo a chamava
Cáin, do Leão de Cain ás arvores seculares.
familiarmente Francisco .1, aqui se nos antolha '
Ah! então que sonhos! que phantasias!
Mas eis-ahi que se ouve o rufar do tambor, còm uma aureola de belleza deslumbrante, de
e, d'ahi a pouco, a voz do guarda a clamar : elegância original e de graça louçan.
" Eil-a que sorri angélica e discretamente.'
"Vai-se fechar! Vai-sé fechar!""
Máo grado, meu, levanto-me, e vou indo Dir-se-hia que está a prestar ouvidos a-alguma
para as bandas do theatro do Odéon. As luzes voz interior que lhè falia, sorrateira. Estará
a vacillarem nos revérberos, o estridente bor- pensando em algum dos seus contos tão leviaborinho, das ; ruas e o calor intenso do gaz namente arranjados ou estará rimando mental-
84
ALMANACH
mente alguma das suas margaridas 1
Eu
creio que está, antes, a meditar em algum
epigramma do poeta Clemente Marot, ou
então ri-se por, ter achado a de visa que
inventou pensando em seu irmão. Essa devisã
compoém-se das palavras: non inferior a secutus
Vw- eu não acompanharei a um astro inferior —
escriptas por baixo de um girasol.
Margarida de Valóis ha de permanecer èternamente como a viva incarnação da realeza
lettradâ, amável, espirituosa, boa e formosa....
Eu sempre pergunto a mim niesmo o que
é feito, depois da morte, de todas essas bellas
estrellas da terra que lá se vão ao ether immaterial, dèixando após si um sulco luminoso que
brilhará eterno?
O que é feito desta Margarida? Terá idó
aos mares da Taprobana para ser alli a pérola
das pérolas? Terá ressuscitado nos séculos
seguintes, tomando as. fórmas dessas beldades
que se chamaram a Duqueza de Longueville,
M me de Sévigné, M ,le de Lespinasse, a Princeza
de Lamballe? Por acaso, têr-se-ha transformado, depois de Revolução, infundindo a sua
graça e formosura nessas damàs celebres do
Directório: Tallieh, Beauharnais, Récamier?
Eu'por mim accredito que a sua alma móra
na estatua do jardim do Luxemburgo em Pariz.
No inverrio, quando as noutes são tão longas,
quando a muda neve estende o seu branco
manto pela vasta Capital, eu creio qué todas
as estatuas do Luxemburgo, apeando-se do
pedestal, respondendo á chamada de Margarida,
vão reunir-se em roda do grande repucho do
jardim.
Vulcano e Lesueur acodem ao convite, na
') Margaridas,
colleção de poesias de Margarida
de Valois, irm an de. Francisco I, rei da França.
PARIZIENSE.
sua qualidade de artistas; Hercules dá de
mão á clava para narrar as suas detidas jornadas, os duros trabalhos, os namoros com
Dejanira e o seu doce captiveiró aos pés de
Omphala.
Rolando, depois de despedaçar os laços que
lhe algemavam os braços, vem fazer a narrativa
da lucta- titanica de Roncevaux, e cantar as
façanhas da Durindana, a invicta espada.
Depois de congratulárém-se todos com o
nobre Par, Clemencia Isaura trava da mandolina, e canta melodiosas chacaras em seu dialecto de Tolosa; Laura rediz um soneto de
Petrarca; Valentina de Milão repete alguma
canção .suave da Italiá.
Entretanto,. Maria de Medicis, que despió
a nativa soberba, Anna da Áustria, menos
fria e mais lhana, Branca de Castilha, Clothilde,
Santa Genovéva, ouvem, risonhas e feiticeiras.
Quando desponta o ãbl no horizonte, Margarida rediz alguma das suas novellas; ao findar,
com passo diligente, deosês e deosas, rainhas,
princezas, nobres dámas e heroes voltam, cada
um, ao seu pedestal, e^ para enganarem aos
humanos, recollocam nos semblantes a impassivel mascara.
Mas, eis-ahi que o sol brilha: Margarida
está radiosa. Conserva no semblante o seu
engraçado sorriso de narradora que se sente
a um tempo adorada e adulada por um pintor,
Lesueur; por Hercules, um semi-deos; pelo
heroico e bello Rolando, par de França, sobrinho
de Carlos Magno. A venusta filha dos Valois
interroga a si mesma, e murmura: „A qual
dos tres darei o meu ramalhete de margaridas?"
— Nobre PrinCeza, eu te supplico: não o
dês a nemhum delles; desejo-o. Vêr sempre na
tua linda dextra de fidalga!
L . J . JÁNVIER.
36
AIJMASACII
1'A Itl Z I KN SK.
A PRIMAVERA
& Q < P a n . i Pan! Pan!
— Quem está àhi?
f • E' a fidalga Primavera, que nos entra
pela . portã dentro, fresca, viçosa e louçan.
Vós outros, que viveis em climas torridos,
não vos podeis imaginar Os júbilos que servem
de séquito á primavera pariziense. Tudo sè
transforma em surgindo ella. O reboliço, concentrado no breve espaço que vai da Magdalena ao Bõulevard Montmartre, espande^se, e
passa para os Campos-Elyseos.
Os „cafés cantantes" franqueiam as portas.
A multidão, em vez de encerrar-se à noite
n'umâ sala ardente de espectáculo, espraia-se
pelas avenidas. Os pintores, esculptores, aquarellistas, architectOs, todos os artistas redobram
de esforços afim de apromptarem os quadros,
estatuas, aquaréllas, desenhos, aguas-fortes,
gravuras, pinturas de pastel, dê esmaltes, de
pennejado, aguadas êtc., que devem figurar
na exposição aiinual do Palacio da Industria.
Os editores- preparam os livros de verão, que
as damas se dignaráõ levar no sacco vermelho
de couro da Rússia quando forem para o
campo. Os ricaços dão-se pressa emorganisar
os Últimos bailes e saráos da estação. As
costureiras alinhavam ãs modas que tem.de
reinar na inauguração do "salão", nas corridas
e n o Bosque de Bolonha.
Todos os annos, presenciamos a mesma
EM
PARIZ.
resurreição periódica. Desta vez, á trombeta
do anjo-primavera só deixará de. corresponder
o Baile Mabille.
Sim, senhores, finou-se o baile celebrado
em prosa e verso nos dois hemispherios.
Poucos estrangeiros vinham a Pariz sem dar
uma volta pelo Mabille. Era .um jardim de
delicias, situado quasi na esquina do paraizo,
á que vulgarmente se dá o nome pagão de
Campos-Elyseos. Por 800 rs,, nos dias ordinários, e. 2$ nas noites dè gala, qualquer
mortal podia ir comer alli o fructo prohibido,
e gozar a fachada illuminada a. gaz, as palmeiras de zinco esverdeado, as grutas artificiaes e as~ mulheres idem. A gente ia alli
abórrecer-se por tradição. Quatrocentas damas
é duzentos cavalheiros—aquellas, caiadas, arrebicadas, alvaiadadas e esmaltadas—estes,
empertigados, adamados, embasbacados e enfadados—-manobravam, em roda do quadrado
dos músicos e dansadores de ambos os sexos,
como cavallos na picaria. A furicção durava
das 9 horas á meia-noite, com entremezes de
musica, vaiasse bocejos infindos.
"Todas as mulheres de Babylonia, çom o
cordelzito symbolico a cingir-lhes a fronte,
tomavam asstento no sacro recinto do sanctuario,
e esperavão pelos romeiros do amor, que, de
todas as nações da terra, acudiam attrahidos
pela fama daquellas beldades. Desde a escrava
AEMANACH
até á mais alta dama, nenhuma deixava de
cumprir com tãò religioso devèr. Áquellas que,
soberbas das próprias riquezas, não se dignavam
mesclar-se Com o rebanho vulgar, appareciam
trajando sumptuosas túnicas, ornadas com vistosas jóias/ puxadas em carros cobertos, e
assim entravam o templo, com innuméras servas.
Alli, a sombra dos sagrados myrtos, collocavamse em fileiras, deixando no meio uma como
rua, por onde os devotos podiam transitar para
vê-las .a gosto e escolherem a seu talante.
Passava o estrangeiro; deixava cahir uma moeda
nos joelhos daquella que preferia, dizendo: —
Rogo por ti á deusa Mylitta —; a mulher
logo se erguia, e o acompanhava. Nenhuma
delias podia retirar-se sem ter sido, antes,
objecto de alguma preferencia ; nenhuma delias
podia rejeitar a quem a escolhesse... Babylonia
era a1 copa a que vinham beber e embriagar-se
todas as nações, na phrase do pròpheta Jeremias."
Eia esse pouco mais ou menos o quadro
que se nos antolhava no Mabille. Poucos
Francezes e raríssimos Parisienses lá iam : a
turba normal coiiipunha-se de estrangeiros e
provincianos a busca de galanteios e emoções
fáceis, de raparigas cosmopolitas á procura de
uma ceia.
O dono daquelle elegante jardim das Hesperides—onde não havia maçãs de -ouro, mas
PARIZIENSE.
37
onde abundavam as hesperias— (i) não era
nenhum dragão de cem cabeças. Era um
velhinho de boa alma, o Sr. Mabille—, eleitor,
jurado, contribuinte matriculado, pai de família
cotado na sua freguezia. ' Quando o visitei
pela primeira vez, em 1874, eram 10 horas da
manhan: encontrei-o no jardim. Tinha comsigo seus dous netinhos, róseas e mimosas
crianças. Um dos innocentès, emquanto o
vovô conversava commigo, brincava com uma
trança de càbello louro, encontrada no chão
é que cahira provavelmente da cabelleira
postiça ,de alguma sujeita. O Sr. Mabille, que
morava em uma casinha ao lado do seu afamado jardim, asseverou-me que nuiica pisava
no bailè. Isso lá, não! E a moral? — Levantava-se com a roxa aurora, e ia para o seu
atelier de pintura. Era um amador das boas
artes. Durante a meia hora que se dignou
praticar commigo só me fallou na sua honradez.
Estou vendo que fallava a verdade, pois
acaba de vender o jardim por muito bom
dinheiro. E' capaz até de vir a ser procurador
de alguma confraria. O diabo nem sempre
espera pela velhice, para fazer-se ermitão.
• (1) Hesperiasy s,. f. pl. (do .Gr. hesperos, noite) borboletas que voam de noite, tem a grossura das antennas pontuda, cabeça grande e as azas de ordinário
em posição horizontal, Cuvier. 2,300.
" Tal é a definição-dada por Moraes.
M m
O - T J X L H I E I Ò I s ^ E
Em Abril de 1882, finou-sè em Pariz esse
espirituoso e engraçado chronista, Cujos folhetins
encontravam tanta aceitação no Brazil e em
Portugal.
Em Novembro do anno precedente, Guilherme de Azevedo escrevia as seguintes linhas
ácêrca dos cemiterios de Pariz, sem pensar,
coitado! que, dahi a mezes, teria, "de ir
morar, para fóra de portas", no humilde cemiterio de Saint-Ouen:
"O sol do outono, cheio de melancolia,
despede-se dos parizienses. As andorinhas partiram, as virgens tísicas vão-se embora, as folhas
desprendem-se dos troncos, e os ministros
despegam-se das pastas. E' o momento dos
amantes infelizes irem ao Père Lachaise depôr
uma "corôa na sepultura de Heloise e Abeilard
e do Sr. Julio Ferry ir á camara dos deputados collocar uma lousa em cima da sua
memoria de presidente do conselho; com a
differença que os mortos, segundo a legenda,
vão depressa, ao passo que òs presidentes
voltam às vezes devagar.
"O Pariz elegante, depois cde visitar os cemitérios* frequenta n'este momento a avenida das
Acácias do Bosque, a despedir-se do sol, que
se. envolve na tenue neblina do inverno, como
á sahida da Opera se envolve em um véu de.
gaze a fronte radiante de uma creatura olympica.
"Uma visita, ao Père^ Lachaise 011 ao. cemi-
IDIE
terio Montmartre, no dia de finados, mergulhanos em pensamentos duas vezes tristes. Em
primeiro logar, a imagem da Morte absorvenos; em segundo logar a carestia dos terrenos
assusta-nos. N'estas vastas necropoles parizienses já não ha logar para mais famílias.
Nem sequer um palmo de terreno disponivel!
"Os mortos que chegarem de novo, tem
de ir morar para fóra de portas, para os cemiterios dos subúrbios, porque os da cidade
estam inteiramente occupados, e o município
não ha de agora ir desalojar a loura Mme.
de Girardin, ou o pallido Alfredo de Musset,
paro acçommodar o primeiro defunto abastado
que se proponha a cobrir de luizes d'ouro
uma superfície do tamanho do seu corpo.
"Hoje é mais fácil a uma cocotte ter um palacete nos Campos Elysios óu na Avenida Villiers, do que uma habitação no arruamento
silencioso em que morá Margarida Gauthier.
"Se to.dos podem porventura nutrir a ambição de possuir ainda um dia sete palmos
de terraé com a condição expressa de porem
as suas vistas fóra de portas.
. "Estas considerações levam-nos a pensar que
virá em dia em que os cemitérios de Pariz
deixem de ser visitados pela grande turba silenciosa que os percorre agora uma vez cada
anno. Os mortos que hoje attrahem a multidão, irão a pouco e pouco envelhecendo, e a
ALMANACH
sua memoria ajjãgàr-se-ha do espirito dos conÈemporan^fej que,. não; tendo ninguém conhe•íjááfc em líontmatre ojí; no Père Laehaise,:
deixarão de levar lá as suas coroas de perpet u H e ^ S ^ g é i i s ramos J S ;vií
irem depor mais longe, na :miplitlão tios oampps, nas nora? cidades mortuarias destinadas á"
Jgjcedeiíeih um dia em grandçzas Pekim •
Londres! .
Te
?hos tutuulos fitarão só com o seu
velho musgo, como curiosidades artísticas subvencionadas pela,giAadè"e pfferecidas jfa contemplação dos forasteiros, que decifrarão c p à
a dificuldade com
hoje f g l ê , uma ins-,
ctipçãp p h e n i c S a legenda sentimental -Íjíie
nenhuma costureira pariziensé lioie tlesronuetv,:
Jírs chers am/s, quatui
^
.
-SELVA, ";1®MSI;;Í^0IA11
DROGUISTAS DA CASA IMPERIAL DO BRAZIL,
ANTIGA CASA DE CUSTODIO DE SOUZA PINTO,
f u n d a d a erri 1 8 3 5
E s t e conceituado, é bem montado estabelecimento, ò mais antigo de todos
os que <ia mesma especialidade existem na Capita! do Império, tem sempre um
completo ~e variadíssimo j ó r t i m e n t o de drogas, productos-chimicos, especialidades
nacionaelg.e .jsgapiteiras,; bem .como todos^ps ascessorios.e utensílios.concer-j
"entes a uma pharmacia, .que vende por preços, reconhecidamente módiçóSj comoV
. Ih'.» permittem as vantajosas Relações que entretem com todos os centros productores e manufactureiros da Europa e Amerite.
'
A exemplar dissiplinâ è. lealdade commercial, por l ® g o s annos e incessantemente exercidas pelos proprietários e directores deste irástò éílikbelecimento,
tem-lhes garantido o tradicional conceito de que gósão,; jeomo introductorcs o
depositários J®'productos JegitiiàoS. e de primeifâ qualidádejliè portanto, p"<|de-se •
afiirmar, sem receio dc contestação, que tudo quanto sahe d ' e s t a , c a s a v é p u r i s sinio e- genuíno. ,
.
• • • ';
;
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24 — Rua de S. Pedro — 24,
RIO
DE JANEIRO.
«
42
A LMA|p|#®
P A ít I Z I E S S ®
M A G N K T I S M O ,
jfej
H Y P N O T W O
iãp
OHZ^R/LJ^TA-IsriS^úlO.
Ém 1875 ou 76, appareceu em Pariz um
mágnetisadór, por nome Donato, ladeado de
uma rapariga por nome Lucilia. Dava representações n'um theatrinho do Boulevard. O
publico não se importou com esse interessante
casal, que desappareceu da scena.
. Ultimamente, porém, Donato surgio á tona
d'água. Aproveitou-se da voga que gozam as
curiosas experiências do Dr. Gharcot no hospicio da Salpétrière, onde quotidianamente se
pódem presenciar maravilhas estupendas.
O Dr., Charcot tem chegado a resultados
incríveis: as suas enfermas, uma vez hypnotisadas, fazem Cousas de pasmar:
Eis-ahi uma enferma hypnotisada, tomada de
somno magnético.^- Está vendo o meu retrato?
pergunta . elle.
Estou vendo, responde a
"enferma, embora não haja alli nenhum retrato. — Note que estou retratado sem chapéo
na cabeça, accrescenta elle. —^ E' verdade,
rétorque a outra. S Pois bem! dê-me o retrato.
A enferma vai á mesa, passa a mão por cima
da mesa, e, naturalmente, não encontra'cousa
alguma.
Passa a outra enferma. Ahi está a coitada
adormecida.
O que é isto ? diz elle. Então
onde está o seu braço direito ? Veja que não
tem mais o braço direito! -
O interrogatoriò continúa. Ao cabo de vários
minutos, ,0 medico diz á mesma hypnotisada: —
Vá buscar aquelle retrato.
A mulher vai, mas estende a mão esquerda. —
Não, senhora, brada o médico. Tome-o com
a mão direita.
A enferma apalpa o lado direito, e logo responde com voz queixosa: — N ã o posso.... Não
tenho o braço direito!
Donato, que é um antigo jornalista belga,
que trocou o seu nome de Alfredo Donte por
esse sonoro pseudonymo.italiano, renova em
publico quasi todas as experienCias do Dr. Charcot,.mas tem levantado muitas polemicas.
Um professor, certo Carmelli, foi além. ;
Assentou em provar que Donato não passava
.de um prestidigitador "charlata. Convidou ao
publico para uma conferencia, e ahi apresentou
a uma rapariga que devia representar o mesmopapel que a famosa Mlle. -Lucilia. Magnetisou-a. Fincou-lhe compridas agulhas no braço
sem que a rapariga se mexesse. Passou-lhe
uma luz perto dos olhos, sem que a rapariga
pestanejasse. Queimou-lhe vários phosphoros ao
pé do nariz, sem que a rapariga espirrasse. Repetio, em summa, todas as experiencias de Donato.
Ao rematar, virou-se para o publico, e
começou a fállar:
ALMANACH
— São ou não são as mesmas experiencias
do magnetisador Donato?
— São.
— Pois bem! meus senhores, a minha Lucilia não está magnetisada, eu não sei magnetisar, e isto ,tudo é uma simples questão de
habilidade!
Entretanto, Donato tem a sala cheia todas
as noites, embora cada cadeira custe quasi tão
caro como um bilhete de entrada na opera.
Discute, affirma, mostra-se destemido e insolente. Os espectadores applaudem ou assobiam,
conforme as opiniões. Pariz conta duas facções:
á dos Donatistas e a dos Carmelistas.
Nestes, tempos em que reina o scepticismo
em todas as almas, a religiosidade está sendo
substituída por um sentimento de apagada e
vil superstição. O mesmo individuo que zomba
dos exorcismos da igreja, frequenta devotamente
a reunião dos patriarchas do espiritismo. Aqúelles que acham ridículos os milagres de Lourdes
vão ao consultorio do Zuavo Jacob.
Sabem quem é o Zouavo Jacob? — E ' u m
ratão que lá por 1868 poz a capital de França
de pernas para os ares. Eu julgava que estava
morto, quando, ha dias, um amigo offereceu-se
para levar-me aò consultorio do celeberrimo
curandeiro.
Móra em St. Ouen, n'um bairro retirado.
Fiquei pasmado ao entrar no templo do moderno
Esculápio. A sala estava apinhada de enfermos,
de todos os sexos e condições. Podia conter
umas 50 pessoas. Havia côxos, cegos, aleijados,
paralyticos, corcovados.
P ARIZIENSE.
De improviso, entrou pela porta do fundo
; um homen dos seus 54 annòs.
Era elle!
Foi direito a um paralytiço. Por alguns sègundos, cõntémplou-o com profunda commiseração. Depois, passou-lhe a dextra pelo corpo,
como se d esfregasse. Finalmente, bradou: —
"Ande lá!" Era o surge etambula evangelico.
¥•> sem esperar que o pobre diabo se mexesse,
poz-se a correr com elle. Ao cabo de cinço
minutos dessa gymnastica forçada, o meu
paralytiço andava com o mesmo airoso porte
de um janota" que corre a uma entrevista de
namoro!
O Zuavo .teve a bondade de fallar-me, . e
mimoseou-me com a sua biográphia.
- O Evangelista que lhe narra os milagres assevera que, de 1868 para cá, o thaumaturgo
de carapuça vermelha tem curado 40,000 pessoas, e alliviado umas 128,000! Attribue virtudes sobrenaturaes ao nome do Zuavo:
"Notamos, diz elle, certa co-relação entre
os nomes e a pessoa: ACOB^significa, na
lingua phenicia, varão que pega pelo calcanhar, e, no figurado, demonstra predomínio do
espirito sobre a força .physica. Henrique, vem
de han, graça, favor, em phenicio, e do allemão reich, que vai tanto como rico, poderoso
valente, etc.,,
"'
O Zuavo Jacob dà sempre as suas consultas
gratuitas. E' a única differença que ha entre
esse curandeiro exotico e os médicos de pergaminhos
44
O F I M D O A N N O E M PARIZ,
O anno desce ao tumulo como pôde. descer um
sujeito mortò ná flor da idade: sem as neves
da velhice a branquearem-lhe a fronte.
•Quer dizer —este anno expira em plena primavera, sem que o gelo estenda a sua alvíssima
mortalha sobre às. copas dos arvoredos e sobre,
as copas dos chapéus altos! Exeellente anno
de 1881! Ameaçou a humanidade com o fim
do mundo, e, em conclusão, expira nas doçuras
de um idyllio, illuminado por um sol que, se
não é de primeira qualidade, não deixa em
todo o caso de ser um destes sÓes raros n'esta
quadra do anno, em que Pariz de ordinário
accende o" gaz ao meio-dia, atravessando a
existencia mais disposta a acreditar n'uma vela
de estearina do que no fiat do creador!
A tira de papel em que eu. escrevo estas,
palavras, hoje 31 de desembro, é n'este momento beijada por um. benéfico raio. de sol,
que penetra vibrante atravez da persiana da
minha janella! Bemvindo sejas. tu, glorioso
núncio do anno novo!'
Mas o peior, em Pariz, é que tanto o raio
de sol como o floco de gêlo, mensageiros cândidos do anno que desponta, trazem sempre
comsigo um cortejo menos cândido do que ellès.
E' a porteira, transformação ultratyrannica
do velho regimen, que nos vem dar as boas
festas; são os carteiros que nos vêm saudar;
ç p. criado do café que faz votos pela nossa
felicidade; é um enviado da mairie, que nos
recommenda os pobres; é a vendedora dos .
jornaes, que nos entrega um calendario: toda
esta multidão submissa, de olhos no chão e
mão aberta no ar.
Esta mão só se fecha n'uma circumstancia:
quando nós collocamos n'ella alguns francos.
Dar-se-ha caso, que o sol se lembrasse este
anno de acompanhar o movimento geral e esteja
também á espera que nós lhe compremos alguma cousa no Louvre?...
Sendo assim,- explica-se por que é que elle
nos sorri com tanta. complacência em pleno
inverno! Provavelmente, passadas as festas,
principia a fazev-nos carrancas, como as porteiras.
Um golpe de vista sobre Pariz n'este momento .põe logo em evidencia perante o nosso
espirito o .seguinte : que os. velhos sentimentos .
religiosos, podem ir declinando, mas que em
todo o caso elles ainda são um grande incentivo ao commercio!
Tántò ao commercio das almas como ao
dos armazéns.
Pariz é evidentemente uma cidade um tanto
sceptica, avançada, revolucionaria: uma cidade
, sobre a qual fluctua o espirito ipimenso de
Voltaire. Entretanto, pelo philosopho que
morreu ha um século, quem é que se move?.
A proposito da data do séu nascimento quem
ALMAN-ACH
envia um bouquet de cerni francos a uma sènhora?
Ao contrario, a pretexto do nascimente do
Nazareno humilde, que expirou ha dezenove
séculos, o scepticismo pariziense devora montanhas de pèrús recheados, devasta as confeitarias, arraza as lojas de comestíveis! E' ver
como estes estabelecimentos se ostentam florescentes e gloriosos ás 4 da tarde d'estes
dias festivos! As aves; depennadas, de papos
nédios pára o ar, executam conjuntamente com
os presuntos de York e os patês de foie gr as
uma syniphonia em appetite maior: a Marselhesa
da gulodice! As 10 ou 11 da noite, que
destroço completo em . todas estas victualhas!
Dir-se-hia que sobre as vitrines e balcões do
boulevard passou um exercito invasor! Um
Atila Com fome canina
De todos ,os esplendores da manhan o que
resta? Algumas empadas.duras, algumas gelatinas demolidas, e a gaveta do estabelecimento
cheia de luizes;
Vê-se bem que esta invasão não Se parece
còm a dos prussianos. Leva as iguarias, mas
deixa o dinheiro.
Descrever os, esplendores de que a fantasia
commercial de Pariz, é capaz n'estes dias de
festa, é .uma tarefa ^superior ás forças de um
estômago e de uma chronica. Que supremas
obras d'arte, destinadas a viverem o espaço
d'um jantar!...
, Não sei se alguém já ez este livro : A cozinha atravez dos séculos ! Se não esta feito,
ha uma lacuna que é necessário preencher, a
bem da litteratura gástronomica. Desde o momento em que, na noite das idades, um homem
se lembrou de pôr uma panella ao lume, — facto
PARIZIENSE.
45
este que ,a philosophia da historia marca hoje
como uma das grandes conquistas da civilisação, estabelecendo que a invenção da panella
é muito superior à do canhão Krupp,— desde
esse momento até ao Chateaubriand rôti do
Brébant, que immenso caminho andado!.,..
•E note-se que eu não assignálo este Chateaubriand como a suprema expressão culinaria,
apezar de haver muita gente, mesmo muita,
que o prefira áquelle que era o preferido do ro-r
mantismo de 1830, isto é, ao Chateaubriand
que fez o Génio do Christianismo.
E' prodigioso o consumo de Pariz n'estes
dias de festa./ A par das vitrinas cheias de
iguarias, ha as vitrinas cheias de livros. Nice
e os jardins do Mediterrâneo lançam nos mercados da grande cidade todas as suas gardenias, todas as suás violetas; os artistas e os
escriptores, toda a sua imaginação.
Ha, os bèllos livros como o Marrocos, á
Florença, de Yriarte: & .Obra de Millet\ o
Rembrandt, mil pequeninas historias illustradas
para crianças; Musset. a preço de mil francos,
para offerecer á senhoras; VÈventail\ d'Ozanne,
uma graciosa fantasia; mil livros de viagens,
desde o de Serpa Pinto atravez da Africa, até
aos de Flammarion atravez do firmamento.
E a multidão accumula-se diante dos balcões carregados de livros, como no começo
do inverno se accumula diante dos balcões
carregados de camisolas de flanella ou meias
de lã. V
O espirito pariziense tem necessidades tão
imperiosas como os pés.
GUILHERME DE AZEVEDO.
A PRIMEIRA ADMITTiDA DEPOÍS DE ANALYSE NOS HOSP/TJ\ES DE PARIZ
Premiada n a Exposição 'Universal de 1878;
Cem grammas de PEPTONA DEFRESNE contém:
, . 35 ^ ^ ^ ^ l l í "\ d " M
BM M ^ M .
SO çentogr, de" p h o s p h a t o d e f e r r o h e m a t i a o .
pouco de caldo. quér-em um pouco de vmho íe Lunfl D B F R E S N E >
sem
dar por ella,
• S B • • • • • • ^ • • • • i $ %
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P E P T O N A
D E F R E S N E E M
H Ó S T I A S
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MÈ'- .
3 hóstias no momento de cada uma das comidas.
CHOCOLATE
DEFRESNE C O M
PEPTONA
<-ada camilha f i l S í I ^ ^ f c f i f S fóito' 3 Í 8 S | | S i f
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autor da Pancreatina Defresne.
.
A' venda em Pariz e em todas as* phaímaeias dos dois H u n d o í j S I
-~
.
-
:
I
A-iMAHACH P A R I Z I E N S E
O
TÔLO.
• O tôlcié uni animal tem: singular. Aquèl- a tolice,^ Por -WÊm o rodeiam como a carne
les que o êonfiflidím com o imbecil provam, saborosa de uma frueta* rodeia-lhe o caroço .
A gente .encontra-se com -um varão bem
a primeira vista, que
pósstiemHBiiBi^
cducadoj' instruido,- anuve!', celebre ; não des- .
mente o sentido da anfilyse e aS~classifieação
Entro o imbecil c o tólo esisU; osta uittc- confia,' «Inversa, e n t í è l ã ^ í a elle, depois, em
rença capital: ó primeiro,'",quando iénios que ' certo momento, deante de Certo gestt).. reco«ft^páfital-c» JÊfé %és||yenfadonho, maçador, nheCe nelle o individuo particular^; a-gente Olha'
sfcfcanta^Sèai. quanto, em condições anabogas, ; para elle de impníyisú* de modií diferente. ; 4.
o Hgu'ndo despertí M í e S ^ semgre n W o ^ .creluma interiormente : '\Vn !:-\Áqui está um
dQs^taes''' ,e ó"-tôlo entra a dar vóltas com
apresenta sempre ev^lugeS-irnfre v i s t o s ^
:
As profundidades da tolice,; q-aando a. gente todas as suàt* lentcjoilãs^ com toíias as stiuSsabe orientar se nellas, mostram-sMechejada? graças; mostrando f)s dente*, como um daiisí;*:
ririo*."mo-tra' i j V ^ l ^ ^ i i f : setim azai. A partir
de encantadorasj*sorprêsas, deini
v
Topar com um làlcpconr..um-verdadeiíòj ^ ^ S i n s t á í f | ; nemhum 'JspectaeHo *se*póde.
ttrah
tôlo, - bem contente da sua pésSí^a, bem a von- íffifhparm wÉKf. o -"que-^e -ítémí"
tade, bem expansivo, "qjie regalo! â w . j l f l f t j lígia. Não*"ha instrumento de musica-— piino
boccado' »JJTm único pezar enlucta | H R | do lCrard o;> rabcyçii.ilc Stnidivárius 9 que;
de guloso ^ ô j r n o poder a gente comparti- tocado* por Lis*z|^u Paganini,
lhar immcdiatamente táT prazer com algum -justos, tão afinados, -tão puros como essa manii
amigo. Kici^ê ' envergonhado dess» comida •fellashumana q u S í t a á todas ^ a n a s ^ J i e se^
regalada, mas sohtaria||5'tôlo, porem, carecè quer, quandôYe empurra a mr
s er cozido como se quer, eaiece ser-trinchado
• com tanta . precaução, £XVt>orcad<>J com tanta
prudência que at^gçjrtè" nunca sabe se um
terceiro não nos distrahirá, e não nos fará tirar
dõ despejo muito ..cedo ou muito tarde a ess'eraro manjar. Digo raro, g£>rque o verdadeiro
tôlo, o tôlo perfeito é sobremodoraro. Por
este motivo è que,- não. só tem muita procura-,
como t a m b é m f a c i l m e n t e confundido pelos
désattentos com I S ímbecíi, o, qual é 'muito
commum.
' O tôlo não é foi^psàmentê l»ê's;a. Peio..contrário, quando .è- de boa raça, soe encobrir-se
e jjdcultar-se por muito tempo, ás vezes, debaixo
de predicados dè primeira ordem. A erudição,
6 espirito agudo não ?ão incompativeis;-eom
A unira propriedade humana qú>aá"5íaturezaj
não 'sei por que* motiVo<ffivou á ultima perfeição, e ^pplice.- • ^
Ku por mini, nunca v 1 tôlo algum ostent^r-s»
em minhà pr-esen^jlân dizer d^i&o^em mim
â â f c n e aqui peranteB, prova mánifesilr do
^podendjjflla habihddlejSljí Creador,"
Se a physionomia tão múltipla e interessantes
do tôlo p w i ^ K p i n t i r - s e em algumas linhas,
ficaria, reproduzida i j j f r e t r a f a . d e um varão
• eminente, feito por uma dama: "Ah' .sim,
dizia eFa, S t e r n o cobtíEjjSÉ um sujeito
que falia sempre em st e, quando
vê-se tem que 'e para pensar em si^majs a|
gSsta'"
At.KxAN!»tí.i; D i A í a s Fit.no. *
49
O PRIMEIRO AMOR
g&jltiK;:;;
A
l
f
r
e
d
o
I > i«:
Não
por 'Âôste^uandèfiÉMm flUe o
primeiro amor de Alfredo data do annode i 8 l | | |
'êjBse; amor, .em sei, infantil, não deixou de.
profundo, embora gâttransformasse em;
muito tempo ant|s da idaâé 2 : aB
Yerdadeirosaín i
.j-Nâo tipha Alfréáo;• quatro annos, quando
Tio |ntrar em.<V i
. i ^ a ^ È à i í i a a
quem è}le não conhecia. ChegaMfesta de
Liége, que j g l , não, pertenaa a França, e
narrou s S peripeciag da jguerra de invasão e
as consequências que >,teve em iiége, onde
i^êu pai fôxa ifegiçtr^do de ^gpjjg&o I. :
A nai-rativa era conmiovente, e, a ^ e í j k q u e
,.•! 1'az-ji, exptimía-se com gráçaAffirel-- O
pequ|iip ficou admirado. ;J)o canapé,>em que
É ^ i ^ a j sentado l^ntre l l j s e u s brinçòs,ouvio
tudo ate o fim, S m
palavra, deoàii<'
ÉIPICO-se para ir perguntar, Q nome da menina,.
M
I; S
S E
T.
ella inventava, ,-uim de con-ental-o, cofii fecundidade encantadora. Não v podia viver ,semaai
prima Clélia Mal chegava ella, elle a levava
H j : - um;,;:t;anlã:nlͧ^d1%ínJoj-* — "E então
eis-ahi q u e . . . . "
Era ess£ <ç signal de historias que nançá
arabavam e que-.e^ 1 nunpâ" t|ej,'mnçava de
ouvjr. Emfim, Alfredo pedio â' prima em cas&r„
mento, mais seriamente do que pensava, o,
gpmo não; lha. reçusaram, elle. exigid delia a
- p t ó e j s f de o acompanhar perante o dura
dèsdç, qtíg ;elle estivesse em idade de casjjr.Feito, M§L julgou de boa fé quererã o marido.
-* eve ÇHP sahir para o interior com
X* pais. A separação custou muitas lágrimas.
Viram
preferencia - dessa criança
tinha todos Jçf caracteres de violenta paixão. • • — Não me esqueças, dizia a prima ao partir:
—É^^Jjífcr/te' ^"responde®%elle, então não
' í'- '-una tua prima, resp"ndeo-se-!he; sabes que teu nome está .escrínio c4 no meu
chaina-.se Clélia.
pertá|||)m um canivete.?
AíiJv *e minha, retorquio ;pois bem eu
Para podecs corresponder coni a mulher,
/CQnsagróu-||} com ardor incrível ás lições de
Com .effeito',, tomou conta
mandou leitura e c-scripta.
além, da hi^ona da guerra de invasão(guando a joven prima . veio a tomai
e do
j f p e s s o à França, cem S f f l e t t a s , que : um marido ! de idade menos tenra, foi. neces4
ALMANACH
sano occultar a noticia e pedir a vinte pessoas
que não fallassem nisso. Um dia, alguém,
esquecendo-se da recommendação, veio a fallar
de M^ 6 Moulin (tal era o novo nome de Clélia).
O pequeno arrojou-se impetuoso ao meio da
roda, exclamando:
— De quem está fallando? Que é da M m e
Moulin ?
— Eil-aqui, respondeo-se-lhe, mostrando-selhe uma joven senhora que elle não conhecia
e que alli se aphou em boa occasião.
Olhou attento para a pessoa indigitada, e
lá se foi brincar.
Pássados alguns dias, veio á nossa casa o
novo primo, o Senr. Moulin.
— Já vi sua mulher, disse-lhe Alfredo. Não
deixa de ser bónita, • mas acho a minhá mais
bonita.
Guardou-se assim o segrêdo por muitos annos.
Emfim, quando os sérios trabalhos da educação e as occupações do collegio mudaramlhe o curso das ideias, Alfredo soube que a
prima não tinha podido esperar, para casar-se,
que elle estivesse em idade de tomar esposa.
Depois da primeira sorpresa Causada por
aqUella inesperada revelação, perguhtou, tremendo, se era possivel que Clélia tivesse
zombado delle. Quando se lhe respondeo que
Clélia lhe conservava a ternura de umairman
PARIZIENSE.
mais velha, sócegou a sua anciedade. Meditou
um instante, e retorquio: — "Pois bem! hei
de contentar-me com isso! „Como se pudesse
compréhender a differença entre uma esposa
e uma irman.
. M m e . Moulin residia em Clermont com o
marido e os filhos; estávamos estreitamente
unidos pelos laços do sangue e por interesses
comniuns. De improviso, em 1836, cessamos
de nos entender. Houve èntre nós um litigio
de negocios. De ambas as partes trocaram-se
cartas azedas. Chegámos até a querer uma
demanda. Alfredo metteo-se num coche e
partio para Clermont. Entra em casa da prima
sem anunciar a sua chegada; ambos põem-se
a chorar, abraçam-se, e. nisso ficou a demanda.
Alfredo tinha grande confiança no gôsto è
no juizo da prima.
Ella veio a Pariz em 1852, afim de assistir
á solemne recepção de Alfredo na Academina
Franceza, e, quando elle a vio pela última
vez, disse-lhe:
f | | | | l "Quando se fizer das minhas obras uma
edição de grande formato, em papel solido,
hei de offerecer-te um exemplar, que mandarei
encadernar em pergaminho branco com filete
de ouro, afim que represente exactamente um
penhor da amizade que nos unio."
PAULO DE MUSSET.
A É M A&ÍACII
:KAEI'áàiS§íl§
61
O PORTEIRO PARIZIENSE.
H B 1 está o Natal, com o seu séquito de boa porteira sem uma arca de Noé em casa.
barraquinhas modestas nos sumptuosos boule- A porteira, não lê: trata da vida alheia e da
vards. Ahi está o Natal e eis ahi porque se fortuna da filha.
procedeu nesta semana ao recenseamento da
A filha da porteira! um poema/ esta filha!
população franceza, do mesmo modo religioso As porteiras são as fornecedoras privilegiadas
porque se procedia no tempo dê Tibério 0 ;(s. ; : g. d. g.) dos thèatros pariziensés. SupRomano. Mas, como é o Sr. Gambetta que primam-se as porteiras e os thèatros trancam
reina, introduziram-se algumas reformas nessa as portas, á mingua de artistas. As porteiras
operação de arithmetiça social.- N'uma cidade abastecem também abundaménte a industria
como Pariz, que conta mais de dous milhões dos amores venaes, e trabalham até para a
de habitantes, o recenseamento não é cousa exportação. Todas as celebridades de Mabille
fácil. Não ha casa que não possua um por- sahiram da alcova fétida de uma porteira.
teiro, uma porteira e a competente familia.
O porteiro é o melhor dos tres. O porteiro
Não ha inquilino que não esteja mal com os j
•lê sempre. E' sempre um homem politico.
ditos Cerberos: não ha nenhum delles, pois,
Tem a peito dar.ò seu parecer ácerça de todos
que não deseje furtar a sua vida ás investios acontecimentos que se passam no globo
gações dos ditos guardas-portões.
terráqueo, e para satisfazer o seu gosto lê todos
O porteiro! Quem jamais cantará as faça- os jornaes dos inquilinos antes de entrega-los.
nhas dessa raça? O porteiro só se deixa levar Conheço um que já me fallôu até das eleições
de vencida por um único ente: pela porteira! brazileiras!
H a muitos annos, em 1867, Louis de ValFoi para escapar á tyrannia dessa amável
lières tentou retratar-íios -essa horrorosa trin- corporação, que a municipalidade' pariziense
dade que compõem-se do pai, da filha e da mandou que todas as folhas de recenseamento
mulher.
fossem fechadas n'um envelopfie. Este enveloppe
Vejamos o que é a porteira; ouçamos o que tem causado iras soberbas entre os porteiros.
diz Vallières.
De mais, neste momento, h a uma verdadeira
A porteira, as mais das vezes, é uma actriz cruzada contra a porteirocracia. Sahio até á
que não teve talento para brilhar no theatro, luz um periodico, intitulado o Anti-PorUiro.
nem tino para dar com un protector sério. Tòméi uma assignatura; mas duvido que conE ' sempre uma mulher intelligente. N'um quarto siga recebe-lo jamais.
de quatro pés quadrados, descobre ò meio de
Ao,mesmo tempo que o Anti-Porteiro, sahio
metter a louça da casa, o fogão, as camas, as
á luz o. Anti-Judeo, e 0 Anti-P athico.
commodas e os cães e os gatos, pois hão ha
4*
O REMEDIO
D E M A I S Y O G A , DO A N N O , É A
p m P T
o
Para guiarmos nossos leitores, na escolha das differentes marcas deste
interessante producto, entrahimos a seguinte passagem d'um dos mais ãutorisados
autores: O No. 12 do Boletim da Academia de Paris, do anno de 1S81, pag.
217, relata a expériencia feita pelo senr Catillon da preparação da .peptona e
suas applicacõès á therapeutica. Esta honra não foi dada a nenhum dos pro-_
duetos similar es preparados com fim exclusivamente commercial.
As experiencias do Senr, Catillon, diz o professor 'Bouchardat, no seÔ>
annuario de thérapeutica de 1881 , contribuiram, no corrente anno, para o
emprego das Peptonas. Penso que convém mais administrar soluções de carne\
assim dissolvidas e modificadas, do que mandar tomar com as refeições-, preparações de pepsina ou de pancreatina:
Praticando-se assim,
fica-se seguro
da realidade
"
Achamos também na „Therapeutica Contemporânea" jornal de medicina
e de Cirurgia, rèdegido pelo Dr. V: Audhoin, medico dos hosfitaes de Paris,
um estudo critico sobre a peptona, do qual extrahimos a seguinte passagem :
No correr deste anno, muito se tém occUpado da applicação da peptona
para a cura das moléstias. Não nos deteremos em considerar as dijferentes
peptones que s'encontram no commercio francez,
umas são extremamente
defeituosas e outras são de composiçães mal comprehendidas ou mal executadas,
finalmente a única que o fferece séria garantia scientijica, é a do Senr. Catillon.
As . indagações deste hábil pharmaceutico, encontram-se no Boletim de
Therapeutica''
Suocésfioi- d o
.r.
D A I ,
P I A Z ,
275, RUA SAINT-HONORE, EM PARIZ.
L I N I M E N T O GÉNEAU P A R A OS C A V A L L O S
' K c s l e " u n l C 0 Tópico que substituo ao cáustico, curando radicalmente
f e m P ° u c o s dias tanto. a« manqueiras recentes ^omo as mais a n t i g à as
alcan(.a.duras. maiaduras, torceduras, exforras das. reri/has. fraqueza das
pernas, ovas, I0ás, sobrecanas, esparavãos,,Íalifafes, enfartes nas pernas
,dos' cavallo* novos etc.. sem produzir chaga num pdladuras durante o
tratamento.. Os extraordinários resultados que tem. obtido nas diversas
affeçções do -Jeito, nos catarrhos, hronckitcs, moléstias da gargant, ophthalmtas etc. não tem rivaes. — Ó curativo pode feer-se com a mão cmtrcs
minutq% sem. dír. . sem. cortar o peilo / nem tâo pouco o prejudicar. —
Preço: 6 Francos. Deposito Gerai: Pharmacia GÉNHAV, 375, rua «t '
Honoré, em 1'ariz, e em todas as boas pharmacias da França e
estrangeiro.
Gottas aurificas Depurativas de L. Géneau.
—
Ê í ê a í e o modificador e reparador mais poderoso do -sangue nas aiTecçôes escrofulosas <13$ osso®|r.a ,ínemia, Chlorose. Cholera, m ó l e ^ a ç | i í pelle, EmpigeriSj.
i C o m i x & , n e r a t ó s rej>&"d|fe a todos m remedios; emprÊgáà^sl diariamente, nas.
moléstia^ syphiffi™s>'èifl que-as preparaçõeáÉde mercúrio n ã o . t e m conseguido
o resuitâdq dSsgjádp ou tem d6ixada\tip ( organismo Vestígios; do seu empregç>.\
Preço:. 5 Fr. '
Pílulas anti nevralgicas de L?. Génean. § p Estas pilulas náo contém ofio
^nèm akàloides opííicfco.s; curam intantaneamente, e sem alterar, nunca nem as
diíí^s* • -.SUir? stomagffl,c%£®evralgias, enxaqiiêjSpií^vralgiàs dentarias e dòr
Kg cientes. *—ypreço 5 Fr -çàda caixinha:
3 Fr. cada mtia
•—^caixinha.
Xarope dissolvente Discretico do Dr. DesmartisjJydé; Bordéos, contra ,as.
'areias ou p e d j W coíí^te ^neghiticas, gôtta etc. etc. Allivio immediatõ, cura infal'fij^tj em poucos-' dias. Príitp: 5 Fr.
Agua ophthalmica de Géneau. — O remedio mais efiicaz para . conservar,
tretabelêeèí^e fortificar a :vista. A sua; accão é pnmipta e segura contrà a ophthalm l R g é r j á J , a s i n f l a m m á d q e s circunscriptás das pálpebras, dos olhof^è dás yiàs
'lacr&áfeS. — Pt?e£o da garrafa:
5- Fi-ancos
Pilulas Vegetaes de G é n e a u . ' A Gotta,,ò riieumáfjitao, .ârsciatica, o lumbago,
et®.'Estas pilulas calmam instantaneamente todas essas aflocçõcs, e tomadas de
tempo e:u tempo evitam quK | o r n e m K apparétfer. Preço: 5 Francos.
Capsulas. Índias anti-blemorrhagicas$ie essencia de sandalo e de cupaiba
dè L. Gáieau. —Ifjmtáao
iníia afiti-blennorrhagica.
Prè(a,ài
cada uma dessas
prèpáràçcSfes: 5 Francos.' .
Deposito na Inglaterra: F. NEWBERW AND SONS, London; Evams, Sons
and Co., Liverpool; Evans, Lescher and Evans, London.
,275,i—í
emPariz.
No PORTO: FERREIRA & IRMÃO, Bambaria, 77, 79 e nas principaes Pharmacias de
Portugal.
RIO-DE-JANEIRO: Nas Casas dé Hermann Schlobach
e Costa. — Fonseca Braga
e Cia. — Berrini e Çia, — J. Barboza Léite.
— J. Ayres e Cia A. L.ia da Silva Campista.
ia
— J. Duponchelle.
Cunha
Pinto
o
C
.
—
Dias
da
Costa
e C . — Antonio Soares
Cias e Cia. — Jose Joaquim Rodrigues. — Vieira iaLima e Cia. - - Gouvea e Silva
Manoel
de Mesquita.
—
Manoel
Ferreira
de
Miranda
e
C
.
—
Freitas
Sobrinho e Cia. — Silva
domes e Cia.'— E. Hellot. — Antonio Ferreira Alves. — Joaquim Alves de Carvalho.
Sampaio. — E. Chevelot. — B. Farinha. — Peckolt. — Soulié. — Janvrot. — Cardozo
e em todas as Pharmacias e Drogarias do império
do Brazil, e de todo mundo. — CorreaDantas. — Domingos Jose da Fonseca e Cia.
•
A I. M A .N A O II P A E I Z I E ® S B.
5fl
A REHABILITAÇÃO DE PARIZ.
: As - .folhas pariziehses lém o dom pife dramatisar os mais* ;coine/.inhos eventos. -'
O' estrangélro ingénuo e? simplalhão que saboreia os factos diversos ás S horas damanhan
no imomento. do café coiía lfflfé, interrompe
a mastigação u.t premeira fatia para dizer á
cara metade : 'ASp se .pôde mais. viver nesfa .
qidade!"
- ' Alguns, até dizem ao lêr estas linhas: "Ora!
este. chroniqueiro anda sempre a contár-nos
crimes'1 e mais crimes B e os mesmpsNindÍ3Úí
duosfiquando deixo
logo.: "Pois este sujeito jtllga que nós interessa com astsuas dissertações?"
A verdade è
Pariz não tem o monopólio dos crimes:..
Ha pouca1!* cidades no inundo or.de re ne
tanta segurança.
0','ajitqjádestas, linhas mora em França ha
dezeseis annos.
Ainda nao achou quem ilu: alliviassç a* algibeiras uma imica vez, nem quem lhe pedisse
a bolsa*'óu, a vida.
i ^ m L o n d r e s , roubaram-lhe p! ; lençp.s, \
, .Em "Nápoles, surripiaram-lhe até a, gíaYatá,
Em Berlim, furtaram-lhe o guia dp,viajante.
> ,Em-Vienna (Vienná d^ustri^, não! 1 !)? bifaram-lhe o saçê.o de viagem. ''
Em Genebra, gatun^ram-lhe um . p a r d é i i i ^
pensorios. :•
• Em Pariz, onde. anda-dia e noite, a deshoras, ' ainda hontem um pallido ybyoii teve a1
bondade de dií&SEí-lhe com voz rouca e lenta :>
"Dites donijj bourgepis, vous perdeziVotrè tire* 1
ao. ver-lhe* eahir* um lenço da algibeira;
P a r i z a B i carece , ser rehabillit.ida perante
quem não tem a dita de eonhecel-a. •
Eu, que me jacto.de a conhecer d e s t ^ a s
catacumbas até á eolumna Vendôme, sempre
a comparo com uma honesta e ímbalhadnra
matrona, que-os papalvoffe osjCSSrruptos tomam
por Uma barregan.
As verrugas de Pariz são superfici.ú's.;e car
hidiças, porque vêm do estrangeiro.
Sabem ò que
máo eni Pariz?
— E' a .cerveja,; que vem, d e Vienna; .
O café, que, vem das, offipinas' de além-rnar.
As massas, que" vêm da Itafe.;q,,
Qs gatunos, que vêm de I .ondres.'.
A musica de Wagrtet, que venula Allemanha..
Ás dansarinas feia,s, que gihcm de Aliiào.
As eduves que vêm de linixcH'.»* •.
A salada... romana.
- ;Cora f e a r l , i | | e >ahè dós E s t a d o s í | J g ® . '
E os toleirões/que reinam nas Èolies-Hergère,;
e que sahem das cinco p a r t i d o m u n d i a l
, E a prova que essas verrugas cahem por si,
SCIJ1 se arrancarem, aqui está: durante o cê-co
de Pariz, os estrangeiros, retiraram-fê- os provincianos regressaram aò seu ninho bolorento.
60 .
ALMANÁCH PARIZIENSE.
Ém Pariz só ficaram Parizienses de Pariz e Deus haja em sua santa guarda. Pugnando
os Parizienses por adopção. A policia, em vez por essa causa nobre, fiquei ferido. Mas estou
de palmilhar as ruas, ia defender. as muralhas restabelecido, e fundei na Bélgica, com vários
da cidade. As casas ficavam desertas o dia refugiados carlistas, uma fabrica de papel e
inteiro. Pois bem! Ahi estam as estatísticas: pennas de . aço. Com o lucro da fábrica, comnunca houve tanta segurança em Pariz T Era praremos armas e petrechos bellicos. A Europa
está ameaçada de um cataclysma. Desejamos
um paraiso, apezar da metralha.
Não quero dizer que não haja aqui certos estar promptos para entrar em scena. Empucrimes, espeGiaes ás grandes agglomerações. nharemos armas, e iremos á terra de Isabel-aMas, nesses mesmos crimes, ha uma parte Catholica restablelecer o throno do rei legitimo."
dramatica, que só é devida á portentosa imaCuras, vigários, frades e irmãs da caridade
ginação do jornalista pariziense.
vertiam lagrimas de ternura e compravam por
Assim é que acabámos de ter um processo alto preço a mercadoria avariada de Dom Caza.
muito divertido:
Para recompensal-os, o generoso pséudoUm calceta, retirado... da cadêa, inventou carlista travava de um álbum, e dizia: "Dignese escrever aqui alguma divisa. Este álbum
um meio singular de arranjar a vida.
Chama-se Camillo João Larrieu, mas trocou será levado aos pés de S. M. Dom Carlos."
esse appellido frãncez por um nome hespanhol.
Curas, vigários, frades e irmãs da caridade
Intitulou-se: Dom Caza. Trajou á cavalheira, depositavam no álbum as suas esperanças em
pôz na cabeça um rico sombrero, enfiou no boa calligraphia.
dedo um annel com uma santa imagem do
"Queira Deus proteger a França e os
Christo. Assim disfarçado em Hespanhol, en- corações puros!" escreveu a superiora do
trou a visitar curas, vigários, frades e irmãs convento de Langoat. Deus ouvio-lhe a prece
da caridade.
fervorosa.
A todos as freguezes recitava esta ladainha:
Dom Caza, que tinha o coração impuro,
„Sou Dom Caza, e militei como official nas acaba de ser condemnado a um anno e um
santas fileiras do exercito de Dom Carlos, que dia , de prisão.
A i . M A N A C II
A II 1Z I K N S K.
D
PARIZ NO OUTOMNO.
- A quéda das folhas ainda . inspira ternos
adeuses aos chronistas parizienses. Ainda ha, no meio do buli cio dos boulevards,
quem se entristeça com as melancolias do outomno, e não falta quem recite as sentidas
endeixas que Theophilo Gautier consagrou à
partida das andorinhas, — roendo ao mesmo
tempo um filet no Brébant.
• Pariz, nofimde contas, ainda tem uma
pontasinha de sentimentalidade. Finge-se Masée
por chic, mas, no fundò, está cheia de ternuras.
Ri das cousas mais santas, para, dahi a pouco.,,
chorar em frente das cousas mais tolas. É sceptica nos boulevardsy e crente nas ruas transversaes, e, dando gargalhadas com Mephistophelés na Opera-Comica, soluça com d'Ênnery
na Porta de Saint-Martin.
É, sobretudo, impressionavel e nervosa, e,
tendo tomado noutro tempo a Bastilha, nem
por isso está hoje menos dispensada de tomar
pilulas de ferro.
Pouco mais ou menos no lugar em que, ha
um século, se levantava o sinistro bastião do
despotismo, proximo da praça chamada hoje da
Republica, ergue-se um theatro, que, neste
momento, proporciona á sentimentalidade dós
faubourgs um drama intitulado : Malheur aux
pauvres !
A heroina principal do drama, uma mai desnaturada, é, todas as noitesy interrompida nas
Suas perversões dramataticas pelas imprecações
injuriosas da galeria, qúe intervem continuadamente na peça a favor da virtude opprimida:
„Fóra a descarada! Rua! Deitem-n-a da janella abaixo!!^ gritam os espectadores á mãi
perversa.,
Semelhantes exclamações indiCam-nos de sóbra que Pariz é uma cidade em que ha ainda
simplicidade e caracter, mostrando-nos ao mesmo tempo quanto é falso o pastiçhe que, sob
a rubrica Toiít-Paris, os fabricantes de factos
diversos, remettem todos os dias para o estrangeiro.
Pariz ! que Babylonia! exclama o mundo,
ouvindo as operetas de Hervé e de Lecoq.
Entretanto, essa Babylonia soluça escutando
,0 ' Trovador !,• - •
Mesnio. nos seus intuitos revolucionários,
é phantasista. Exemplo: o meeting realisado
ha dias no Tivoli-Vauxhall.
Reunemrse duas mil pessoas para tomar
bocks e votar a accusação do ministério.
O presidente é um general da opera-comica,
Eudes, e a assembleia intitula-se magestosa-'
mente o povo de Pariz.
Consigna-se na acta que o governo é traidor,
e Luisa Michel prophetisa que os soldados
fránçezes, depois de espirgardearem os Kroumirs, hão de começar a espingardear os proprios ^generaes.
62
ft: que. de fóra tem noticia delles pelas tôrS £ d n d e n a a s e telegrammas. Cá, denttotem
pouco roais ou menos"%fciaeter d i t u m a
matinêc ihoatral. Ha muita gente que,«em
lugar' de . ir para o Ámbiguvêr a. Nând^ vaipára" o Tivoli ouvir a Joama tPArc
Revolução, e, dèpois de lá estar, »(iie demonio
ha de lazer?
lv.i, que assignoestaslinhas, votei também, a
semana passada, a execuçai) do ministério
francez. Tinha pago, vinte è ,cinco cêntimos
| | entrada;, assistia-nie e«si^ direito. O presidente disséra:
H K Os cidadão^ que são da opinião fíiK 0
ministério deva ser. executado, tenham a bondade ctólevantar 0'braço.^
E>»Ui-leventei o , braço, para não ser mal
visto pelos cidadãos collectivistas que estavam ,
a meu lado. ,
S f g e l o meu. voto, o Sctir. lianhdémy-SaintHilaire, o peripathutico e,au4tero traductordç
Aristóteles, d e v e S s g p i s horas, ir a caminho
do suppíicio com o Tratado da Tunísia debaixo
de um braço, e o philosopho grego debaixo
dòoutro...... v.
:A França, ou, por outra, para ser mais
juãto,-Pariz está, copiando ^'çéssivamente : dó
çstrangeiro, e rouito especialmente da Inglaterra.
Àpoderou-se-lhe do talho da bailia, do feitio
|J%o calçada-e do córtê dos fraques.
Víl^^feuà individualidade perde-sç dia a dia:
o Pariziense apregoa ao roundo .a sua própria
decadencia, a esterilidade da sua imaginação ,
0 aritigb cre&é, o
ijboiílevárd-çasr
4 i u a ser um reles mglez falsificado, um Ymkee
1
1
de alfaiate! .
I
* Ainda ha pôvfcoj' vtffla das sérias revistas
iinçlczas publicava um estudo demonstrativo
da decadencia da mulher franceza e da-estineção .
gradual da , sen espirito legendário. E, :K>|iajra
:
é certo que f||mulher franceza ainda resiste um
pouco & corrente, ainda conserva, péla, menos
na / M m , um c u n h o de,phaiitasia que; tem a | s
marca de casa. Mas lia ja symptonias assustadores. Vêem-se 'mesmo, nas çlasses infecingidas aa corpo. Eneontra-se muita creatura feita expressamente
esguia, • cemo quem <juer dar 4 a entender que
Veio, de .RegentV street.e tíãb de HatignoUcs.
í 4 | á último Usoi iniponado da Inglaterra é o
dqs meetingi/-lhas pelo que : sçjá® na salla
Rivoli, e .no; Tivoli-Vauxhall, Pariz serve-se das
meaings cama dos casacos britânicos.
S ®
lhe ficam bem,-f^em prégáSi-tpro Luisa-Michel,
into è tem' verrugas:
l-'.u creio que esta febre de imitação ha de
passar, como passam todas, as modas, e que
Pariz acabará por -ser filha de si própria, da
sua própria imaginaçãaj.não querenda.de férmaalguma justificar Schopenhauer, a i Ç é | | » r p h i losoplio allemãa, . quando elle nos seus momentos.de tédio cruel.sóltaesta exclamação: —
1 Ê f j i s outros continentes iem o macaco.; a- Eji.»
ropa tem o Francez. Estamos , quites/';. »,
GL-.I.HKRMK DE Azkvkiio.
ALM A N À é H - P A R I Z I E N S E .
63
DA OBESIDADE EM LITTERATURA.
O homem de engenho deve de ser magro ou
gordo ? Carne oú peixe? e poderá ou não comer
peixe ou carne nas sextas-feiras e dias reservados? '
É essa uma questão bastante difiicil de
resolver.
Quando eu era rapaz ^ e ainda não
ha muito tempo — professava as mais extravagantes ideias relativamente áo homem
de engenho, e eis-aqúi como se' me afigurava
elle:
Uma côr de laranja Ou de limão, cabello côr
de Chammá, sobrancelhas parabólicas, ólhós
excèssivos, bocça desdenhosamente inchada por
uma fatuidade byroniana, trajo vago e preto,
dextra preguiçosamerte passada na abertura
dá casaca.
Devéras, assim é que eu imagiuava um homem de engenho, e nunca admittirianemhum
póeta lyricó que pesasse mais de noventa é
nove libras; um quintal me teria causado profundo tédio.
É fácil comprehender, por todos esses promenores, que eu era um romântico de raça pura
e de pello hirsuto.
Eram ainda muito incompletos os meus estudos zoologicos: eu não tinha visto nem orhiriocerónte, nem o lobo marinho, nem a anta,
nem ò orangotango, nem o homem de engenho,
e eu não previa quê, no futuro, eu só conviveria, exclusivamente, com engenhos, á mingóa
de outra qualquer sociedade.
Naquelle tempo, eu nutria a intima convicção de que o génio devia ser magro como um
\
arenque dèfumado, conforme o provérbio : a
folha da espada dd cabo da bainha, e conforme
o verso das Orientaes: A alma despedaqdra-lhe
o corpo. Eu abraçara tal opinião com muita
Segurança, tanto mais que eu não era muito
gordo naquella época.
Depois disso, comparando a . minha theoria
com a realidade,reconheci ter-me grosseiramente
enganado, como acontece sempre; e cheguei
a formular o seguinte axioma, que é a antithese
do primeiro: O homem de engenho deve ser
çôrdo.
Sim, o homm de engenho do século dècimonono é obeso e torna-se tão gôrdo como alto .
Desappareceó a raça do litterató magro; está
sendo tão rara corno á raça dos cachorrinhos
dò i rei GarlOs. O litterató não anda mais
enlameado; os poetas ja não calcam a lama
da cidade com bottas sem solas. Almoçam e
jantam pelo menos de dois em dois dias. Já
não vão, como Scudéry, comer o seu pão com
um pedaço de toucinho rançoso, furtado a
uma ratoeira, em alguma alameda deserta dò
Luxemburgo. Os homens de engenho já não
jantam, como outr'ora, a fumaça das lojas onde
se vendem assados". Comem em mezas e
pratos que lhes pertencem, tanto como as
pessoas que os servem.
Ó progesso fabuloso! Ó sorte inesperada!
A poesia, ao sahir desse prolongado jejum,
admirada, encantada de ter que comer, entrou
a manobrar com os queixbs com tanta valentia
que, em bem pouco tempo, ficou barriguda.
Já não é Calliope, alta e pura, arranhando
64
ALMANACH
PARIZIENSE.
sentar-se; o papo e as bochechas transbordavam-lhe de todos os lados e passavam por
cima das suissas. A casaca e a sobrecasaca
muito largas eram outras tantas chimeras para
elle, e, por mais engraçado que fosse, ninguém
se atrevia a dizer que tinha mais espirito qúe
gordura.
A arte éstd hoje em bom ponto, e o Senr.
Alexandre Dumas também estava; o afriòanisiiio
das suas paixões não impedio o autor do
Antony de ficar muito rechonchudo. A sua
estatura do tambor-mór fazia com que não
parecesse tão gôrdo como os, seus rivaes em
engenho: entretanto, pesa tanto como elles. Era
um Balzac que tinha passado pelo laminador.
Lablache sempre pagava tres lugares em
todos os coches públicos; quando se queria
provar a solidez de uma nova ponte, fazia-se
passar nella o celebre virtuoso. Arrombava
todos os taboados de theatro ,e só podia representar em cima de taboados, de pranchas
grossas ou de alvenaria solida. O seu peso era
o de um elephante adulto....
Se Byron não morresse muito a propósito
teria ficado muito gôrdo; é sabido que dava-se
O mais fecundo dos nossos romancistas, o muito trabalho para evitar a obesidade, porque
Senr. de Balzac, era mais um almude do que só concebia poetas magros e musas impalpáúm' hómem. Tres • pessoas,; de mãos dadas, veis, chupando um massapão de quinze em
não o podiam abraçar,> e era preciso uma hora quinze dias; bebia vinagre e comia limões, inpara fazer a vólta da sua pessoa. Era obrigado a génuo grande poeta e grande fidalgo que era!....
fazer-se arcar como uma pipa, para não arreComtudo, embora a gordura seja de moda,
bentar na pelle.
cumpre confessar que ha alguns génios magros:
Rossini era da mais monstruosa gordura, e Lamartine, Alfredo de.;. Musset,. Alfredo de
passou os últimos annos da vida sem poder Vighy, Arsênio Houssaye e alguns outros; é,
enxergar os pés: media tres varas de circum- porém, muito para notar .que todas essas gloferencia; todos o tomariam por um hippo- rias, cujos ossos, atravessam a pelle, são scispotamo de calças, se não soubessem que era madores da escola da "Nova Heloisa' ? .ou do
Antonio Joaquim Rossini, o deus da musica. joven, "Werther", o que é pouco substancial
Janin, aguia e borboleta do Journal des. e pouco proprio para o desenvolvimento das
Débats, afundava todos os sophás cfo decimo regiões abdominaes.
oitavo século em que tinha a phantasia de
THEOPHILO GAUTIER.
a rabecça num subúrbio; é uma dama de
Rubens, cantando, depois de beber, em um
banquete ; é uma folgazan Flamenga de sorriso
aberto e vermelho, que todas as azas de. anjos
desenhadas por Johannot no frontispicio dos
livros de tersos, não conseguiram fazer pairar.
Passemos aos exemplos.
O Sefír. Victor Hugo, que, na qualidade
de príncipe soberano da poesia romantica,
devêira ser mais. amarellento do qué todos os
outros e ter cabello preto, tem a tez corada
e a cabelleira foi loura. Sem ser do parecer
do Senr. ÍJisard o difficil, que acha na parte,
inferior da figura do poeta um caracter de
animalidade muito desenvolvido, devemos, comtudo, confessar, a bem da verdade, que não
tem as bochechas convenientementes chupadas,
e que tem ares de r quem passa muito bem
como Napoleão depois de Imperador.
V 0 mundo e a 'sobrecasaca do Senr Victor
Hugo não lhe pódem conter a glória e a
barriga: todos os dias salta algum botão, e
rasga-se alguma casa de botão da sobrecasaca.
Já elle não poderia, entrar na sua sobrecasaca
das Folhas do, outomno.
A L IKAff ^ C Í L f A R I E l é i i í S t "
65"
OS AMORES DE SAINTE-BEUVE.
I> Siií.|ffiJ& "'EÇmbat, qtçg^foij secietarév
partio1íJa#%e^ Sainte-Beuve, o rei da critica
frátteeza,' — publicou flífitaaiSentè quatorzé
cartas do seu mestre saudoso * quatorze cartas
cru que se acham rcSratadós^is tornienttis inenarra|gtá deslie. prar.dj.e maravilhoso philpsopho
victtnm ~dé um desdit^l,^amor r jáf que esse;
amor, o mai^'(itfe|í)tie dévóráràm" a sua amorosa existência, nunca foi-correspondido SamteBêuvè H:ve in:niui*eríi:s)>reli!ções com damas da
alta sociedade,. principiando. pela nr.ilWer do
màiofÇgjgta .déjste" século. Os1 seus dous liiíolf*
Volupta è o Liw
atòor não eram mais do
que 1 e mbrânças pessoa"eV. ^ - '
; Os seíis bisgraphosafflíifiansH^nà velhice,.
•Sfmte^Beuve desaiivelava as mascaras de todas*
as personagens dos Seus livros, e átava òs
nom^tproprios. Pelas quatorze cartas publicadas í í ê | t | momento,è-ac qua aquelle vasto'
engenho, foi,- aó mesmo tempo, o mais ternp
e ;<y;mais sensive]- dos -home^|í Nmguem penetrou conio elle todípòte arcahpSLo coração
humano rfffeá~j|gfie->**dé cafa§®£Sa que se dètt
^renome de ./V£çy> Vf ouro. O que é o- prégõ
de-tuim? — "K', di^clie, possuir fiífc 35 cm
40.annps uma mulher que_ se^amou'/"a"' isso
qúe eu eterno fincar juntos o prclgo de- ouro
dajéfíSjzãdé,?' , Pariiis^B^|qú^^^Èi ; SQffi-eu
SSfí- honiemgjgia^sfe, .esta pagiil^; ésfcripta 1 1
d^rna incognita,dP§ ! sejft perisgnpfitos:
pedra infernal, audazmente, todàsílas- tenras
raízes do Sefitimentô; queimei, queimei muito,!
e" consegui destruir
• _ _ N ã £ e i muito
bem : como se aniquilam as sentimentos, mas
cçnheço receitas certas para <
J
enieza-los, envenena-los. Os l|htimenioÍt|sõ
.servem para agitar a exitenqâ-fi..
O homem que assimilava estas queixas desesperadas ora senador, era um dos quarettfe;
immortaes da Academia •Frajicêzít era o rei
j g f ^ t i c a e go^affldp um renome límversaif
Mas amava, e os rigores da múlhér.amada
transforniam-lhe a vida em infernai suppucio.
Sfyivo 'sSziriho, ha muito _ teníjioj cscreviii
elle n1um desses dias de quebranto, não vejo
ninguém; os meus dias p a s s a s s e em estudos
e reflexões, as noites a andar.... ,0 fundo do
meu coração é um areal tristonho e irremediável. Amo, ou melhor (já que o meu peito
deixou de existir) amei alguém; mas neste
sentimerito nao ha para mim nemhuma esperança de futuro, nenhum raio de felicidade.
Lá se foram os momentos em que tal- dita
podia vir e bafejar com o seu tépido perfume
o meu porvir. Ora, finou-se a primavera.; é
impossivel exprimir quantas dôres me causam
esses sentimentos. O mesmo desejo torna-seme insupportavel martyrio; prefiro a tristeza
única, habitual, prefiro engolphar-me nella é
delia fartar-me..
"Quanto^aos aff«tosf»spfp bem «Ido nós
mefistsentimenfor •íatúraeWna minha infância
decorreu um facto qite me env|fiehoji iodos
5®! d,êlè}(es de jfaníilia Depois disso «stiTO,.
aumente « e ^ h t a n o no collegio, ahi sofih tanto;
que, teria moradoíseHstofijRrasse mais algum
tempo Fntjíp comprehendi qu£0rã mister sei
philosopho, e, ímmediatamente, queimei com
"Está para chegar o momento em' que eu,
que só amei uma única cousa em minha vida,
vendo què é impossivel attingi-la, não tere
mais força para sorrir ao mundo, e me. recolherei, para nunca mais dalli sahir, a um retiro
absoluto e definitivo,"
Eis ahi o amago de uma das dourada
existanciás que o mundo inveja!
5
66
NOVA MORAL
P A R A AS F A B U L A S
Os leitores conhécem a fabula do Lobo e
do cordeiro com a sua conclusão cruel: »Se
não foste tu, então foi te irmão !" diz o Lobo.
O cordeiro responde!
— „Sim, Senr., foi meu irmão: lá está elle
naquelle prado; va ter com elle."
Moral : o Lobo papa os dois irmãos.
A fabula do Cão que. abandona a presa pela
sombra:Um cão roubara um bife. Ao passar por
uma ponte, irixergoti a própria imagem na agua
do rio. E clamou logo:— „Parece-me que estou
vendo a um camarada com outro b i f e . . . .
Parece-me até que o bife do sujeito é maior
do que o meu. Se eu lh'o tomasse?... Mas
o camarada também parece-me mais guapo do
D E LA
FONTAINE.
que e u . . . Pais bem! Vou comer socegadinho
o meu bife,, e, quando acabar, vau ao do amigo
„Retirou-se; com o bife, e voltou. Olhou para
o rio outra vez, e vio a própria imagem, de •
bocca limpa, sem bife. Amuado, disse com
os seus botõer:^7^- „E esta? O ratão teve provavelmente a mesma ideia, e, antes que se
arroje a mim, safo-me!"
A fabula da Raposa e do Corvo:
A Raposa recita os seus comprimintos, e já
se prepara, para apanhar o queijo que o vaidoso
Corvo vai sem dúvida largar db bico, quando
este, astuto e fino, resmunga sem abrir o bico
e com um sorriso sardonico: — „Oradeixe-se
lá de p a t a r a t a s . . . . Não é commigo!"
6.8
A
TT O
K
A
D f f i J A N T A E .
Em casa do Senr. Duflost janta-se ás seis principa por atrazar-se - de "sete minutos e
lioras em ponto, — Ausente desde manhan, acaba por atrazar-se de setê annos. "
O M a r i d o . ^ - É cousa , que nunca se vio.
o Senr. Duflost acaba de entrar para ir á
A Mulher.;'^- E esta? É cousa que nunca
méza. — Está atrazadó de sete minutos!!!
A Mulher, sem lhe dar tempo de desculpar- se v i o ! . . . Mas, ainda hohtem V. me fallou
se. — Quando V. tocou a compainha julguei desse navegante, L a Pérouse, que partio prorhettendo voltar, e i ; que nunca mais regressou
que era 0 médico que chegava.
!
O Marido, preoccupadò. — Então estavas á ao lar doméstico.
O
Marido,
r
OrâiVi-asPérousê*? H a noventa
espera delle? estás doente? estás doente?
A Mulher. —• Então V. julga que mesmo annos que se deo tal facto!
A Mulher. — Porisso mesmo é mais culpado
uma sáu.de de ferro pôde resistir a um esto-:'
mago arruinado pela falta dé'regularidade nas ainda,
horas de comida? Então V, julga que a gente
O Marido. — F/ verdade, mas eu te disse
não fica doente, não se sente morrer só de que elle morreo náufrago.
anciedade a esperal-o, pensando a cada insA Mulher, — ;E? muito fácil dizer-se que
tante que um carro, o esmagou" na rua?
se morreo nuni naufrágio, quando não ha nin(O Marido, que presente alguma tempestade guém que possa desmentir a p ê t a . . . , A h !
conjugal, conserva-se calado.) %
V. se engana redondamente se pensa que, no
A Mulher. — Espero que se digne ao menos dia em qUé lhe approuver não voltar mais para
responder á única pergunta que lhe vou dirigir. casa, pôde impingir-me / um anuncio nos
jouiaesbjçontando que partio num ballão que
O Marido. — Que pergunta?
A Mulher. - A P ó d e dizer-me se tenciona se p e r d e o ; . . . Commigo, essas historias não
voltar, para casa. todos os dias a estas horas ? pégão, já o p r e v i n o . . . . como não péga a
O Marido, mansinho. — Vamos lá, meu pêtâ qUe está me pregando do seu atrazo.
bem, não fiques zangada assim por achar-me
O Marido. — Nãd~ vejo por que motivo
hoje atrazado de sete minutos apenas. Tive que súppoens que é pêta,
fazer: um negocio para o qual se exige muito
A Mulher. -p*V. me chega aqui com uns
segredo,
ares mysteriosos, e, quando o interrogo, quando
A Mulheh -— Ninguém me garante que me abaixo a interrogal-o, Y. entra afallar-me
V, não se atraze de uma semana. A gente em s e g r e d o s . . . . Pois, não julgue que esteja
ALMÁNACH
morrendo por saber o seu s e g r e d o , . . . . bem
longe de desejar saber de taes cousas, receio
até descobril-as.
O Marido. — Deixa-te de graças; e'
excusado estares amuada por ter-me eu occupado de negocios que não são-meus.
A Mulher. — N e g o c i o s . . . . Devem de ser
muito bonitos os negocios que um espozo não
se atreve a c o n t a r . . . . Eu sei bem que fóra
de casa só V. é quem falia; mas, aqui em
casa, são outras navalhas: não ha quem lhe
possa arrancar uma palavra.
O Marido. — Repito que é um nègocio que
não é meu.
A Mulher, -r- Já sei, já sei: a desculpa é
muito cómmoda.
O Marido, furiosok — Has de ácabar por
pôr-me .doudo.
A Mulher, — Doudò! V. não tem cabeça
para tanto. "
O M a r i d o . B - Para-ficar spcegado,. prefiro
çontar-te o que sé "passou. .
A Mulher. .— Não, Senr.,-é inútil.
O Marido. — E h t ã ó não queres que eu falle?
A Mulher. ^-"Não quero. V. vai inventar alguma historia. Sei que é muito hábil em invenções.
O Marido. — Vamos lá, queres ouvir-me ou
hão queres?
A Mulher. — Comece lá o seu c o n t o . . . .
O Marido, contando. •— E u . . . .
A Mulher, interrompendo. - - Sómente, eu
he aviso que não açcteditarei....
O Marido.*,— Então, é melhor calar-me.
A Mulher. — Está vendo! Eu estava certa
que V. não tinha nada que dizer. Não tenha
susto : conheço todas as suas manias.
O Marido. •—Com -os diabos! t u . . . .
A Mulher. — Va gritando. Tudo isso é para
ter tempo de arranjar a sua mentira.
O Marido, fóra de si. — Com todos òs
diabos! queres~'ou não ouvir-me?
PARIZIENSE.
A Mulher. — Falle, falle: a sua escrava
está ouvindo.
O Marido. — Pois bem! um amigo, que
estava para quebrar, veio ter commigo^ e eu
passei o dia a correr para salval-o, offerecendo
aos credores a minha fiança.. A Mulher., <— E então? .
Ô Marido. — Então? E> só isso.
A Mulher, chorosa. E - Ah! Eu fiz muito
bem em pagar hòntem ao padeiro. Ao menos
teremos pão durante um m e z . . . . , Desde esta
noute,. acostumarei nosso filhinho a dormir na
palha, pois essa é a sorte dessa criança com
um pai que vai desperdiçando assim o que
tem com o primeiro tratante que-encontra.
O Marido. — Tratante! Não sei porque
applicas tal qualificativo a um amigo cujo
nome ignoras.
A Mulher, fom desprézo. — Sim, Snr.; só
se eu não soubesse que o tal amigo é esse
seu estúpido e miserável Ducoudray.
, P Marido. — Estás duplamente enganada.
Primeiro, não se trata dê Ducoudray. Em segundo lugar, Ducoudray não é nemhum estúpido. - E' um fabulista distincto.... Depois da
morte de La Fontaine, havia uma vaga no
mundo litterario, e Ducoudray a occupa com
distincção. A Mulher, furibunda. — Quando eu penso
que esse toleirão teve o atrevimento de dedicarme uma dessas porcarias!... 11A Vós, Minha
Senhora, offereço este humilde parto da minha
Musa" Uma linda cloaca, a musa delle!
O Marido. — Não gôstó que. falles nesses
termos dos nossos amigos*,
A ' Mulher, cada vez mais furibunda. — 'E
foi por causa, desse miserável fabulista que
V. arruinou sua familia!.... Oh ! como eu fiz
mal em não dar ouvidos aos meus pressentimentos no dia em que elle aqui poz os pés
sujos pela primeira yez! Eu me lembra que
ALMANACH
70
disse logo com os meus botões : „Este tratante
tem os dous pés em nossa casa; hade metter
os quatro em nossa caixa!" E foi oque aconteceq,!! A estas horas, todo o nosso futuro
está nas mãos desse tratante por quem V. deo
fiança.
O Marido, impaciente. — Dou-te a minha
palavra que. não se trata de Ducoudray.
A Mulher. — Se não fôr elle,. será algum
quidam do mesmo jaez, cujo nome V. não
tem ânimo de dizer.
O Marido. — Não o insultes. Se eu te dissesse o nome Só meu amigo, havias de arrepender-te.
A Mulher. — Não, só. um. miserável, um
traficante, um cavalheiro de industria, um ladrão, um bandoleiro, um.....
O Marido, perdendo paciência. — Pois bem!
THESOURO DAS MÃIS
PARIZ1ENSE.
já que queres saber, vou dizer-te: respondi
por teu mano, que tinha, sido imprudente!
A Mulher, cheia de caricias. — Ah! meu
pobre marido, perdoa-me.
(Os esposos abraçam-se).
O Marido. —. Muito bem. Agóra que estamos reconciliados, vamos jantar.
A Mulher. — Espera um póuco.
O Marido^p- Porque?
A Mulher. — Porque eu tive que mandar
a çreada levar umas encommendas, de sorte
que, em vez de jantai ás seis horas, teremos
que jantar ás sete.
O Marido. — As sete! E tu me estavas a
atormentar, accusando-me por achar-me atrazado de sete minutos!
A Mulher. — Era para tomares paciência,
meu bem.
EUGÈNE ÇHAVETTE.
VERDADEIROS
COLLARES ROYER
Electro-Magneticos
?Ditos "Collares anódymos de dentição" contra asu
CONVULSÕES
I PARA FACILITAR A DENTIÇÃO DAS CRIANÇAS.
Os COLLARES ROYER, conhecidos ha mais de '
| 2 5 a n n o s , são os únicos que preservãó realf mente as crianças das C O N V U L S Õ E S ajudando ao. mesmo tempo a dentição.
—
P a r a e v i t a r a s F a l s i f i c a ç õ e s e a s I m i t a ç õ e s , exiga-se que
cada caixinha tenha a marcada fabrica á margem e o verdadeiro nome
PROVIDENCIA 4a» CRIANÇAS. B O Y E R . P h a r m a c e u t i c o , 2 2 5 . r u a S t - M a r t i n , e m P A R I S .
ALMÀHACH
PARÀZIENSÍM!
A VICTOR
HUGO.
Sublime octogenário, aguia do século,
génio que em Jvida á própria gloria assistes,
roble inconcusso no vigor do espirito
com que ás procellas sociaes resistes !
I Deixa-o medrar em seus productos sordidos
I do realismo o bando, entregue a Zola.
Cahirá por si mesma, em guerra ephemera
contra o velho ideal, a nova escola.
Èu te saúdo, ante o fulgor dos tropicos
igual ao brilho que de( ti desprendes :
Tu, como o sol que anima a livre America,
os mundos d'alma com teu estro acendes.
Olha em torno de. ti.... concentra impávido
o mar, a terra e o céu no pensamento;
devassa os astros, a espelhar no. cerebro
essas flores de lu? do firmamento. .
Eu te bemdigo, successor de Tácito
nos zelos que te inspira a liberdade ;
applaudo-te, vidente philantropico
da paz — na universal fraternidade.
Tu, que soffreste o exilio no teu Caucaso
e d'el'è te recordas hoje ufano,
mixto, qual és, do Promethçu e de Eschilo,
dás a ler quanto íêste no oceano.
Oh que incessante, afan, que almos estímulos
propagam-se em teus livros sempre novos!
Attento. á voz dos hospitaes, dos cárceres,
synthetisas no verbo a dor dos povos.
_E diz o mar— de heróes e monstros vórtice,
de feitos colossaes tumba e proscénio—
que não basta o poder do immenso liquido
para apagar o fogo em que arde o génio.
Sobrevivendo a todos os teus emulos,
—Só—prosegues, nutrido em sacro lume,
desespero de innuméros discípulos
na ambição de imitar-te, que os consume.
Que vês nos homens? Crenças antagónicas
e flagellòs moraes que a vida encerra;
tildo a desnaturar-se na politica
e a morte a progredir na arte da guerra.
Sacode aos ventos perennaes do espirito,
ó leão secular, a iUesa juba!
Que importam zoilos—cégos cães rachiticos—
se leve impulso teu logò os derruba?
Prégas o bem, e em teu clamor prophetico,
perante o mal que em plena Europa avulta,
zombas de thronos, bates no patíbulo
o homicídio legal que a Deus insulta.
A I..M A S A I . ' l i P A R X z i B i f S Ê .
A escravos -do
mascaras
• A luctãdoreslpi feliz supestjte
; ém pról dãsj>rostiluta e do: enfeitado:
não ha labor qúe os bnos tèus modere.
do analghafoetóft
mífigêtítejll obicsÊífe
Vivesfpatrawvai a fama posthuma
mostras no ouro do vicio brazonado,
, j i o j ^ n » d ® ^ õ e s ç de Voltaire.
Interprete-.^ Berços ^ K i à n u l o s ;
da^>gae. v i g e expõe^ fórnra d t v i 3 | B |
reproduzindo" auroras e crepusculós i
de tua alma. na èphera crystalina»
Mais que (to bronze o auda^ condor da Cçrsegi
tsm
^ p ^ n t ó í ^ p ^ ^ l ^ ^ ^ .
Ficou de pé g í r ó e no justo cântico,
•"> tombar a colunma de Vendômé. I
E guando a^trisborilju; de affLcfol^nlitacrs' Teti^na penna pcinzel de Miguel Angelo,**
dois,.ninhos, ". í|!ig?erigéi monumentos-em romances;
no remanso d¥jl|p, poeta olympicfflfR?
dons da natureza R dons'artísticos '
bei.ia-tc fi'.. cans o çèu- em,-te® netinhos.1
yno. drarnaj igUajlas êm p á s m o j l l a n c ^ W
jjj&crario e abrigo dgfinnocentès júbilos
do Iggjjíçdo futuro ;què te ?ifs§§i||l|
fao mundcfcensinas cotho — em santo»balsamo -w
fia- maior pena o coração Se pagM?""
íriinandô
no assumpto .asinina esgotas i ^ K s ,
o bello exhibi|gn'alma de Quasímodo,
resum|||n'uma pagina epopéas.
•-.
quebra e i esváe —E' tua maxíma - Silencio a tudo itogões na musa altílaqua, »>í
contra o orgulho "dosígibios e dos grandes.
*<mi busca do porvircontinuamente; T
Mas, tu, que a libra tens de .loire Sócrates, Niagárã W luz, oppostõ fí^ftâeipotas; /
;selnpre o mesmo és no culto em quo u: expandes. -„as tijrbas arrebatas: na torrente..
. E assim o teu viver, ®>Ss"|i
animo,
"•haure na te:ra a «ximlaçio releste
espora quéjtf aguarda lá no EmpyreõV
—d» viva herança que da prole "hpuyèste
Bi se, direito qu força, algoz ou victinut, »'
tudo çede: afinal do tempo ao jugo,
só não decáe, dencontro a mil catastrophes
o amor da liberdade em Victor-Hugo
Rei da imaginação, és o meu ídolo:
SNão ha poder qus assim me imponha e áttraia.
_Seiapre no téu zenith 'estás esplendido,. em.quanto o sei dose tropicos desjpaia
Mas, que audacia infantil em mim! Perdoa-me,
se quiz em vans estrophes descrever-té,
quando, teu capitolio, a França omnimoda
bastante já não é para abranger-te.
'.Que é feito d'esses estros fecundissimíffl
• -Goethe, Byron, Manzoni e J.auiartine?
%[udos e meBSggjjfiip fho mármore"^ t
fjazem, por mais queg| gíon^Sllumine
Enchendo a historia, sobrevive ao século;
génio que á tua apothéose assistes!
Arma de Deus — não se aniquila o espirito
com que do mundo ás commoções resistes..
-E qual o grão de arêa, em pleno tropico,
recebe o sol que os Andes illumina,
eu, n'um recanto d'esta livre America,
de ti recebo a inspiração. divina.
Fevereiro de 1 8 8 2 ,
Rozendo Moniz.
Q|fcé' Sito dejptadistas magnos, lucido^H
^Éro|*cj|yi influencia mda perdura?
.Cayour, Thiers,rGuizot, Russell e_Í%merston,
sumiram-séítambém na sepultura:
DUAS MEDALHAS DE OURO - 1880 -Í881
DIPLOMA DE MÉRITO, HA EXPOSIÇÃO INTERNACIONAL MEDICA DE LONDRES
•
M A L T I N A
E X T R A C T O
D E
TRIGO.
C E V A D A
1881
[»EFÁBRrcA
E
A V E I A
ÚNICO E GENUÍNO P R E P A R A D O COMPOSTO DESSES T R E S
CEREAES
Esta Preparaçao contém de 5 a 10 vezes os elementos coistiMites e nitntms
eneoitraflos em p í e r eitracto alcoollco j e lalt.
Companhia M a n u f a c t u r e i r a da M A L T I N A .
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DIETA I I
jsNTM A COSSlíMPÇAOE MOLÉSTIAS MARASMODICAS j
bicada, í
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TODOS 0 3 CASOS.
kÒ^IZ?
M a l t i n a Aiiri PeptòHes. - Alimento concentrado digerido. E ' indicado q u a n d o a digestão
natural ggjmó.rosa, na ihft niitií^toj n a s SáSês f
# ^ r i c a s intestinaes, n a s convafes&*nças depois B
deWnres, na p h t h i s g ^ nas affecçBes pulmonares
e. em i o d a s as. moléstias marasmodicas, 1 1
, M a l t m a e o m oleo d e % a d o d e b a e a l h á o . —
P r o B ^ S n a e s desejarem p r e s o r S S H
l
6g a d o d e bacalháo,; ; í s t é p r & r a d o WrS de
g r a n d e efficacia, 1 '
Maltina eom Hypophospfcifos. - ' É s t f c ?
preparado é ^ p e c a l m a u e aconselhado c o m r a
a c b ^ u m p ç S o ; I r a c h i t e , * a o s s i 6 * o deficiente! :
'
M H B g f f g l f f ^ P e r f t i , a : e E >"odo mais
agradarei e efiectivo. que se t e n h a descoberto
a g -o p s e n t & Ç p , administrar esse oleo tão
M a l t i n a e o m P h o s p h a t o s . - Encpntram-se *
os Phosphatos ejn t o d a s j s matèriàs v e g S a e s
n o sangue, - r A t e o á j f e nas excieçles d o í
W Ê M Ê Ê È B ^ B Ê Ê
. homem; p e t ó ^ ^
p o d i m ^ t o l
M a l t i n a e o m oleo d e f í g a d o d e b a e a l h a o i t ó u l t a i j h s m a t ó y f f l i í J r
o P a n e r o a u m i . B Xc, 4
, • • „ H H
Maito Y e r b m a . M B W i i i a p r a d a v d
B
B
B
B
D
o oleo
a s paladar e e f f i c l f q u e pode
H B H
<ie % l,g;do
c o m ! . : n a d o , g . m a l'an- I «leo d e figado de tacalháo no imtamci-Jo d a
g e a t m a (pruieijuo q u e digere as substancias
oonsumpção, das ntólestias marasmodicas, assim
oleaginosas) toma-se « t a p r e p a r a ç ã o çopi muito f J S m o nas afecções c h r o | J : o - p u l m o n a r e s V t ó s s | •'•
o m
0
;
Me' .. „ " ',
C.-..
f e resfriados
a
• Em fi&cfe de debilidade geraÇchloriSS; anemia
i e nutrição imperfeita,, é uma das maisvSiosas
Mal tina eom Pepsina e Parwreatina. -x I combinações.
Uma das combinações ma:|í^íficaz*<:s n:i dy»- : Maltina eom Phosphatos de Feríbijtuinia
"pspfflá, Choieràlnfantum e ein todas as doenças;, í e Stryèhnfe — É um tomco poderosamente ^
Nutritivo gérat e nemno
resultantes; de n-.uriçáo.
v?
Maltina eo:n Phosphatos de Ferro e
Vinho Maltina eom Pepsina 0 Panereatiáa. :
Ousado'nos-casos em qúe se ígistumaempre- \ Quinia — É umgámco j>oder(js,o_géral e nu-
s; tritiyOv-.ií- i
gar Maltina com Pepsina e P,anp|||ma Maltina Ferruginosa - bm muitos casos,
Vinho Maltina S e n t e m todos osconstij as propriedades sedativas e Fortificantes dt8t<JS
tutttlEimeilieinaes eSjiutri^vS da Maltina,1
menos 60 por cento de gomma cȒi: Ipcose preparado fazem JBm que se.ia aconselhado";
coife ;
'transformada, o que tomá ésft preparado mais: ! especialmente é indicada esta combinação
tedo,
l3|
leve e aceitavelpara;.alguns «jfoinagafcgW r i t | i M r j j | h r ' r i
f'em tags casosVe j-ecommendàde/:
*7ba-tan:e
ferro
no
sv*aem:'..Maltina eom earne.de Vaeea e Ferro. —
CONTRA A IMPUREZA DO SANGUE.
; preparado, a Maltina aclá^pinbinada com osmâis :
Maltina eom Alterâtivòs. valiòsos Alterati®íêlnhecido^y^^^®íno Iodidos, BromidofljChloridos, e yei-se-ha queeum,
remedio "de muitíssimo vii^Hntra-a syphilis, Swofula e,-ejà} todas, as condições f i a d a s do .
S a n g Á Maltina B W B M H
vao engarrafados un frasco? de 8 ^ 1 6 onças fluidas, o «ue
jguala. 12 e 24 o S S d e peso respectivamente.^lambei e i ^ ^ ^ W i n c h e s t c r IrtiyA ?
;
contendo l^ioliÇiis.de peSu.
.
.
.„ . .
Preeauçao — Examinar cada garrafa í g g g ® naJggmla tem o Icttrewo: The Maltipe
Manufaeturing Compány, Umitod.
H I I. '
'.",' / 1 H ^ H H
Attestados.--1 Muitos Médicos, Prqfissionaes e Hoipitaes-de vanas partes do mundo tem- ,
nos «andado voluntariamente attestados lisonjeiros, cujos qpggnes folgamos».<pôr á djs*.
posição dag pessoas que^^^arem vel os
* ' -- .'-^.v-O >
DIRIGI.R-SE A
THE MALTINE MANUFACTURING COMPANY, LIMITED,
24 e 25, Hast Street, Bloomsbury, Londres, W. C.
a
B
77
ARTISTAS E ESCRIPTÓRES.
A funcçâó íôcial da caricatura nas demo-,
cracias moderaãsJê a destnfi§'o^ê'dolatrias,
tão perigosas para alliberdade.
bengala de castão dè chumbo, a sua tia
Molinari, bs logarcs prudhomesGi» da sua improvisação oratoria •
Kscraiys ehrios.' per^segnirtvõs-liei ati o fundo de vosrsàb covis! e/c.
E não será na_ opposiçao" Htfipfota. ..'oem
n a ®p«isiçSo Gollectivista-.não será, Bosmeeiims do circo Fernando-, nem nos jtveetings dá
"sala- Graffard,: mas sim na caricatura .pessoal;
S!,a
Michelet. dembnstrá, admiravelmente na his'°
toria dás origens cios Bonapartes. que o.advento
do despotismo riapoleonico subsequente á .re.volução franccza tem • por expli«|íps? que "a
França perdera s o ^ b domínio.<Jb "Terror a.
facu|dad% do riso. O segundo ííiiperio ooniprepermanente . ^implacaval, que a França enconí J
hendeu-o bem, fazendo sempre entrar nos
: trará a mais segura garantia contra, o abuso
elementos da sua poiitica littarariaa corrupção.
tdo^poder, que um dia pudesse vir a transferi
,d'a risada. a adhesão venál dá chacota:
mar i & m despota o' illustre estadista a quem
Hoje ciii • dia, apézar : de ! toda Ji* enorme Robhèfort chama 3^$hové% ' errantes da Rè%
popularidade de Gambetta entre as classes publica.
mais • ricas e mais poderosas da França, '.ima
Quando et: considero o trabalho er.orme
diotadúra 'gambettina séria insuáèntayel. . da intelhgehçia moderna, o que me assombra
As forçás da critica
mordeduras inoí#| mais não é que augmente tanto èm cada anno
méntés da "sãtyra. têm tornado Gambetta de- b numero dc>s loucos:4 que haja ainda tanta
masiado irrisorio para que elle possa jámaisl gente com iuizoi
vir a: ser uni tyramío,
Porqg|j|vyerdádeira"mente inconcebível quo
A|-.ç«icatura- apoderbu-se delle a teinpo um pobre Éèrebrô humano feito pela natureza,.
oppoitumojsÇe deu-lhe no nariz "os piparotes" como o fígado*-. coiiio o coração e- como o
precisos para destruir na sua effigie a. cifrva estomago, unicamente para satisfazer as jíectif1
iuipimente de mn perfi cisares sidades da vida anima!, possa resistir aos tratos
Graças á caricatura, ('lAinbctta com um sobrehumnnos a que_'o submettem a nossa
sçeptro" na mão seria, perante a gargalhada do 1 â j i c a ç ã o è. a nossa* vida intellectual.
mundo, o mais grotesco de todos os reis de
Presentemente as nossas, necessidades de
magica, porque toda a gente o figura rodeado
espirito obrigam- a Saber um pouco tudo. E
:^l, ; attributos ridículos que-se lhe têm adju- o caso ,é quese sabe.
dicado ; ps seus suspensorió* de -merceeiro, a Ao sagir' da-1 Escola Polytechnica ouda EscoK
78
A I. SI A S A ( 1 1 l ' A U I Z I K N"S K.
Lêm-se as condenmaçrfHM dei todas as doute .Medicihít, um" ráèpKSf:
vinte a vinté •
csáeo annos tem hoje mais icjSfa ha d&bêça trinas, de todos H systéní:is>. os fesúiii|^j.#S :
dói: que tinha' ao çabd de sujívida o mesmo todas as theohas*,'.- os* romptes-rtitilus do*ítod'as
piiisin. ojzrantle Cousin, como se dizia em 1845. is^hypOthB^çs; mahtíls' d'agit>eira de todas
ta
n
A jtiassa enorme dos conhecimentos de toda as séteÈcias e de todas asaKpg2 '%fr'ó' omia
.ji '-'espécie exigidcgí para a teta cerebral na e da jardinagem, da phr&j|i'£ da áuboaria, da
concorrência ifiódéfctta, adqui®-íe.anarchica- chimicaMrcta: tecelagem,i dâ* <botamca e da '
XrT.n-'ica^e d a j
mente, tumultuaria mente, mas incessantemente, pintura em pctrqellana,
por mergulhos successivós e S q u e o'ár falta, gymnastic^ da ipsycllologia-da gravura em
mergulhos picados de cabeça para baixo para madeira, i r
Precisamos de conhecer ao mesmo, tempo
dentro de todcjfiiS problemas.
} flSSto ha tempo para ler 'as grandegâpbras tudoá os'pheflojfflen®s do systejna nerVíA)^i plvcnomcnos da terra, da atmosphálj e do
pausadas, tranquillas, de umã'i®wí>niáa tãõ
saijdavel para a hygiene da-espirito; O velho mar; os factos cosmr|||||| os factos sociaes;®
rato
enfronhado : por mczes' a evolução dé nialeriá e a evolução do espirito
%8nseaitivos nas gtandes paginas amarelladas-e - humano, como circula 'a selva^- tomo circula
1
mofentas de um pacificador m-folw, esse antigo |tl sangue H como circulam as ídéas; como se
obreias ê ás phosjjhoro'sí ,
leitor persistente e pacato, aArochegadinho. í> 'fazem
Bepôis não nos '=bs,§Èa. estudar na léituíã;:,
Jfarefe-,'^sentado á meia B p l u m fflupiste de
oatoe^es jcruzado nos joeHio%»com_as orelhas ..qiieremosafefc Tèmos a febi
atabafadas no barretinho de seda-, os \k» no cfirio5Í<lades}*looas e más, válidas fc mórbidas:
v®0 . confortável da janèlla, or.dc uma boa ama avidez insaciavel de espectáculos novb^j
mofíCíiigMrdil e azul zumbe voejando e dando de novas commoçôes pelos-aspectos da paizágem,
.ijSras nos-.ouvidof) ftesse feliz typo invéjâyp pelas saggestõesi-da sciencía e da arte, pelas
niuseus,
diXiiodemico, do granmiatiço,'^ do theologo, vibrações dos nervos nas" viagens^
dõ sábio aatigo, "esttsfe tornandojí^^àítez nos laboratórios, nas fabric|^ é^enférmarias
dos hospitaes. ;
gabinetes reservados
mais raro.
Os livros yolumosos.KOnsultam-se apímas em (ios cafés. .
TQs artistas d4sí»ram : é®&|isnsténtád€^0fe
passagens determinadas, folheados ás. pressaSi;
' Lê-sê>Mle pé, rapidamente, .procurando Mecenas, e.'.já não trabalhará por encom
-absorvei rom .frenesi em grandes- bocados, menda dos príncipes, como nos igra^èãíSéifiilôs
como lios restaurantes diâ-caminhos de.ferrOj chamados áureos. A olnâ d'arte e^sêíi, poi|3Jj|
ifBo: bufiete, a tempofixo,-,mos <te minutos de. ser erudita, culta, convencional,1 aristocratieáfieita para õ pqvp e. paga pelo povo, e preciso
• paçáda que dét o trem,. par almoçar.
principalmeijfè/.que ella seja huthana
de , philosophia, dft litteratura, de historia, Mi; 1 xjrte e ^vibrante, que =ella a«tae; cemo Uma
simples forçá da natureza, "sobre o primeiro
polÍtÍ("l*..x .
4
Lêm-si- a:S: monographias breves, precisas, síifíoito ciuc appareça, que o segure ,-que o
sem' divagações, ; sem preâmbulos, atacando cfmimova, que o penetre. l'ara isto, um enorme
directamente o facto e g«'.|«ando-o ren% e esftirço de éxame, de analyse,f& iiviuiriçãli
de factura, esforço péiipado á arte antiga,
t;e.rreo. -
79
que tinha apertas-* por fim servir <5«., ideaes
[ inventar'® :applrcàç®ffl da niorphina, tio i>roacademicol s - h|oÍ|èa,r. o -golto apurado dos
murdtò de potassium, do çhlt>íí| e do .opio,
espMSís finfe e das naturezas delicadas k
não pôde ter a mesnta Jingtta dâs,. sgç&bsi
subtis. '
apathicos. :
£ ) $ q u e escrevem, n ã o fazem já, c o m o n'outro
tempo, u m n o b r e e x e í e i t í o ; d a palawaêfeffljè*..
nhosamente marchetada* d e f ó r m a qíieprSíu2a
o mosaico c h a m a d o eloquência.
coasa
d e n o m i n a d a litteratura, com, Offl
s e u g t ^ s •feeneros, o gfave, o j o c í S b * o a m e n o ,
(iesapparecen < J ' e n t r e L : H o b r a s d o espirito,
p a r a d a r logar a n o ^ i ^ p r o d u c t o s d e sçientíiá
, a p p h c a d a , d e sociblogia c o n c r e t a , d e estud-OM
y - a n a * o m i r o s | | | s t e m p e r a m e n t o s , <J6s caracteres?!
d a s p a i - H ^ j O u , studbs d o espirito.
r o m a n c e s dç. iioie s í n verdadeiras m . m o - |
graphias psydiolojíicas, são problemas d e d e t e r minismo, e m q u e o ponto, tnâtado rl S i : 1 ,
: tem d e ser miudamente* ê p l e n a m e n t e esclarecido c o m t O j l ® os d a d o s q u ê s e lhe referem.
Pára^ « è c p f t è í ^ ^ ^ g y ã f õ s ^ i o m a m e s m a ;
precisão s d e n l i i i c a c o m q u e - ^ V e c o l h e m os;
e l e m e n t o s d e u m diagnostico 1 , JSSiásií-se d e
u m a c o n t c n s ã o d e e x a m e , de; u m a ' t e n a c i d a d e
d e observação* d e u m esforço d e c o o r d e n a ç ã o
B d e lógica, c u j o exercício e x t e n s a e esfalfa
o obreiro, a i n d a - a n t e s ^ d è e n t r a r n o t r a b a l h o
"la esr.rijita.
" J í s e r e v e r . escrever principalmente o romance,
é a mais, ardua operação d'at»e. O éstylo é
o mais perfeito, 5Ji por isso mesmo o mais
difficil de todos as instiumenljB destinados a
reduzir o pensamento a um signal abstracto.
A pfcitura, fe.£sêirlptt;ra, a musioa/siío muito
í p e n o s complicadas.
O antigo- íScabulario é' deficientissimo |>aia
a notação da psyfcfiologia e -jfljF í m p r S & n a ;^ilidade moderna. O secblo X I S , que é
século dos cxcirauos, o século dos n e v r a l g | | ^ 3
para cujas- i r r i t a b i l i d a d e ^ g ^ ^ n h e c i d a s ; "de
nossos [ia<:s, uma nova "therapemira teve de
dguem p r e t e n d e i demqnstíâr ^ H i ^ j a i -
zagens da Ilíada
e da Oãissea, que a retina
<fe® gregos d o cyclo H o m é r i c o era maccessivel
á v i b r a ç ã o d e certas côres, sómenfè perceptíveis
a o .olho mais perfeito • d o h o m e m m o d e m ó .
O q u e n à » é p a r a a evolução d a vista mais
t w ^ B do que uma h y p o t h e s S n t ç p s s a n t e , é
u m a y ç r d a d e definitiva n a historia d a s cran-tiroçí&s nioraes.
A
eKp^ôsiséhtimentSsJicfíiomemmodetaai
©••incomparavelmente mais vasta que:" a-l§j>
homem antigo, po le:ido-se di?er da nossa
geração, que, pela stisceptiiiiliinade das faculdades a f i e c t f v A e intellecMíÃSfJella está para
i s ;gé#çS8S .Jfoe-,a precederam n'um estadefi
ner\-{isj)vde hyperste>ia chronica.
A estreiteza numérica do ronib-.ilario obriga
á silpprir eom a mais trabalhosa CWnbinâçãô
das palavras a'falta dos termos. i':tm qa<- a
expressa:.» da phrase,~® ! a imagem 'approxi
inaíiva da commocão do artista, não bàsta que
ella tenha uma significação, é prêcisb que s'e
consiga dar-lhe uma determinada fornia, um
movimento, -uma 'sonoridade t*pt'RÍal, e que
ella entre. no cérebro por todos 'o*' cotulm-tos
periphericos pela sensação do tacto, do ouvido,
. W H » * do próprio: olfeoteí;»:
Sabeísê' como (ptrabalho da eseripta devói-a
os^estylistas.
' : > 0 # f § viram de perto o grande liálzac,
dizem que aij-abev^i !h<- inchava qli.-tndoescrevia* ^ i q u e ^alTuciríáçãq da visão dr.-tmatica
o envolvia como n'uma resononira patho'ogica, que clle trazia no cérebro pafu as* rel.tC^çs practioas da vida.*
Aniicis. o -critico itálian% descreWí-nos
nó sÍmi ultimo livío o estado medéfihamente aba-
80
'
ALMANACH
tido em que foi encontrar Zola, depois de um
anno de trabalho. No espaço de dozemezes
de concentração e de gestação litteraria, elle
tinha envelhecido tanto como em dez annos
de vida exterior. Zola sahia do trabalho como
do funda'.de uma penitenciaria, — pallido, macerado, abstrahido, magro, e barrigudo. —
Um martyr!
O pobre Julio de Goncourt morreu esmagado nos centros nervosos pela fadiga intelléctual.
Daudet diz hoje em uma carta ao Fígaro,
que a confecção de Numa Roumestan, livro
radiante da mais alegre ironia, o deixára n'uma
tão profunda prostração de tristeza, que lhe
seria impossivel escrever ém seguida outra obra
da mesma indole.
O meu querido companheiro e grande amigo
Eça de Queiroz escreve os seus admiraveis
livros, de uma limpidez tão crystallina e de
um processo tão rigorosamente methodico/ no
meio de verdadeiras crises de todo, o seu systema nervoso, n'uma agitada- compenetração
sybilina,- gesticulando, bracejando, passeando
no quarto, fallahdo só, chupando cigarros que
não accende, e accendendo cigarros que não
fuma. Consome tanta força escrevendo um capitulo, como se désse murros successivos sobre um
dynamometro pelo mesmo espaço de tempo.
A' uma ou duas horas da noite, quando despega da escripta e sai para a rua, a face descarnada, de uma pallidez glacial, denotando
. uma nutrição compromettida, elle traz uma
expressão physionomica de somnambulo e uma
fopae do lobo hybernado.
Os que jornalisam, os que são obrigados
periodicamente à producção de artigos em
que o assumpto dô dia, qualquer que elle seja
— arte, poesia, industria, religião, philosophia,
moda, intriga s— tem de ser tratado e discutido em vinte e quartro horas, esses t'èm
PARIZIENSE.
uma tarefa ainda mais desfibrante, ainda mais
dissolvente que a dos proprios romancistas.
O artigo a fazer ha de concorrer com mais
vinte, diante de um leitor quê tem apenas
tempo para lêr d'esses vinte metade dJum.
Para obter a preferencia do publico no concurso brutal do jornalismo contemporâneo, é •
preciso dispor da força magnética da fascinação, determinada por um grande, conjuncto
de poderes em movimento*,. ~•
E' preciso, primeiro que tudo, ter razão,
porque o publico odeia os facciosos e des^prezar os. E' preciso, depois, ter graça, porque o publico quer rir, e para qíie se dê por
satisfeito exige o imprevisto da extravagância
e ao mesmo tempo a sequencia da lógica.
Convém, pois, ter uma philosophia e saber
imitar as vozes d'alguns- animaés; estar habilitado a fazer um systema do universo e a cantar
de gallo; trazer comsigo um methodo scientifico, e podendo ser, trazer também um rabo;
percorrer todas as varias províncias do saber
humano, mas percorrel-as com as pernas para
o ar, andando nas mãos, dando opiniões e
dando guinchos, sábio e arlequim, sacerdote
e polichinelló» /
No conflicto quotidiano das idéas, o jornalista é obrigado a achar a verdade para escrever, • e a voltal-a pelo lado do paradoxo
para ser lido. Ninguém lê os jornalistas sem
espirito, e os èspirituosos são, como diz Zola,
os forçados da alegria. Nada ha que mais profundamente entristeça do que essa preocupação
constante de parecer alegre. Nada mais lugubre, no fundo, do que a situação de homem
obrigado por officio" a rir um dia sim outro
não, desde as oito horas da manhã até o méiodia, em tres tiras de manuscriptò a meia libra
cada tira. Até que vem um dia em que a corda
dada ao çerebro para produzir a blague dura
um pouco mais que o tempo calculado para
A L M A N A C H PABIZI^jsrSE.
escrever o artigo, e os'. médicos consultados
«íprescrevem ti dmichr. «Vagua gelada para acalmar o enfermo em que a tffgic remittente
tomou o caracter constante.
Em Vortugal devo dizeJVó em abono da
firnieia. mutilai da confraria a íjue.,pertenço—
i jís perigos dás enfermidades mentaes são menos
frequente^, c.o que ,se poderia prognosticar
pelas, fatalidades do trabaiho htterario. ..
Os nossos escrijitores em geral escrevem,
mais por Jilettantismo 'do que por temperamento e como profissão. Á atubição dó fasto
e. das grandezas, que desorientou Giil, solicitaR <3e um modo ponsoladoramente moderado
à cultura das lottras. •
.ÇjfOs dez milhões de Girardiíi,de. Viliumessunt, as bulias fortunas peçuniarias
de Bardou, de Dumas, dc Zola, o. rico museu
(lVtc: dos (Joncourts, os 5.000 francqs por artigo
dados
ÍWÁ! íleralrl a Rocjiefoít,
:t mobilia artística,coupé 'doinveni.o, a Vittoria de verão, o çastqjio nas montadas e o
coítage á beira-mar, «^'«são^o apanágio
todo- o escriptor conhecido, como-remiipei;^^
do sçu traluiliio em 1'ariz, seiísil.iiisam-nos
apenas como^keenas de magiea em munilos
fabulosos e phantásticbs. '
"Q -flcriptor portugue/. não vem á-.i.niprensa
por interesse; vem por desenfado e por chic,
na idade ora que 1:111 qcrto desregramento. d.i
imaginaçãofica;b.efa aO;filho-famih.ainexperieri(|
ítt ousado.
um tributo da mocidade que
'cada um paga ao primeiro jornal que lho fica
em caminho pats? outro desliifc), e em que se,
esvasia a jjjlha de matéria imprimjvej qiietqdó
o mancebo dado ás amenidades da leitura acaba
por crear. '
Quandq ao. cabo . de um certo espaço de
tempo .1 bôlha não tem mais aguadilha que
deitar, o efíçriptor desaparece, mas rjao porque
tiy|'sÉ»dado em doido. Xo que elle dá. pqt
via 4è,, regra, á forÇá: ide irritabilidade cerebral,
è em aniittiuer.se. •
\ Cedàní arma iòg fe. O aço das pennás cede
á alpaca das mangas,; K é c.omo devia ser. '.
' R k m a t . h » ORTIGãO. .
Os Parizienses* dão o nome de CurriÚfâni*
senhoras q.vie.^e deixam arrastar em valsando.
Uma noute, em um baile pariziense, > úm
1'ortliguez diz a um Tari/.íense:
— Deixé-me :;.presental-o :t Baronezam;'!'"**
'•-.- Muito obrigado: 11.10 danso com -:.irroç.t?.'*J
l)';tiii a dújjíy:.em ontrd baile, aiBaionezay
que ouyíra o .dialogo e que n^rj o liaria esque
eido, vê acercar-se a s i o nosso iParizíehse^-'.
que lhe diz muito guapo:
— Minha penhora, espero que me faça a*
bor.ra de conccder-me ;t pro.xima va'.s:t.
yjgSg Muito .obrigado,' rctonme a vingativa'
Barodeza, muito pbrígad© • nãp,] gésto. qiiè a '
minha carriça seja puxada por burros.
A 1. M A X A (.' II . 1> A R I Z H : S S K.
''
'8S
CONSELHOS MÉDICOS.
Ê extraordinário o número de estabelecimentos que se occupam em Pariz na preparação
de especialidades pharmaceutiças, Alguns ha,
cujas transacções abrangem por assim dizer o
mundo inteiro, e cujos annuncios enchem as
paginas dos diários e periodicos dos dois mundos, penetrando, por vezes, até na China.
Cumpre notar, todavia, que alguns desses estabelecimentos trabalham quasi exclusivamente
para a exportação, e não gozam aqui nenhum
crédito. Um deíles já levou o cynismo a ponto
de declarar perante o tribunal, em sendo aCcusado de apresentar ao público francez ruins
e . perigosas preparações, que taes drogas não
circulavam em França é só eram destinadas
ao consumo dos ingénuos de ;além-mar!
Por esse motivo foi que procedemos com de. masiado escrupulo abrindo neste Álbum uma
secção para os preparados pharmaeeuticos.
Rejeitámos absolutamente todos os preparados
sahidos dessas officinas que só tem o lucro,
f Resistimos a propostas 'seductoras, e temos
conscincia de recommendar ás familias tão
sómente aquellas preparações que nos parecem
effícazes, scintificas, e que tem por si a consagração da experincia e a sancção das primeiras corporações médicas da França.
Entre ellas, folgãmós em assignãlar as especialidades da honrada e bem conhecida pharmacia do Senr. Chassaing, que continua com
tanto brilho as tradições de seu pai.
Os preparados da casa Chassaing dividem-se
em três cottegorias, que vamos estudar rapidamente.
I. Preparados com base de pepsina e diastase. — A pepsina ou succo gástrico foi applicada pela prineira vez em 1854 pelo Dr.
Cõrvisart., As experincias feitas pelo illustre
facultativo não deram, desde o principio, os
brilhantes resultados que se observam hoje em
dia. Com effeito, a pepsina só era efficaz para
digerir ps corpos azotados, taes como a carne,
os ovos e a manteiga; tinha, porém o grave
inconveniente de ser incapaz de produzir a
digestão das substancias vegetaes, taes como
o assucar, o pão e os legumes. Um enfermo
sòffria por não lhe ser posivel digerir alimentos
feculentos- Receitava-se-lhe pepsina, e a moléstia, em vez de' desapparecer, tornava-se
mais grave.
Foi então que se pensou em unir a diastase á pepsina. A diastase é' o segundo dos
fermentos, digestivos ; digere Os alimentos feculentos do mesmo modo que a pepsina digere
os alimentos azotados.
Ji;íFirmado nessas descobertas,. o Senr. Chassaing fabricou logo o Vinho è o Xarope que
hoje são conhecidos sob o seu nome. A Aeadèmia de Midiçina reçebeo com applausò os
novos produçtos do hábil pharmaceutico, e, na
sessão de 4Í9 de Março de 1864, declarou „não
haver menhuma incompatibilidade chimica entre
a Pepsina e a Diastase, podendo ambas, associadas prestar relevantes serviços á therapeutica.,,
P*
ALMANACH
PARIZ1ENSÈ.
Actualmente, o. Vinho e o Xarope de Chas- do bromureto, o Bromureto de potássio granusaing são empregados com a mais evidente lado, e, emfim, as grdgéas com bromuntO ae
efficacia por todas as illustrações médicas camphora.
O Bromureto de potássio, sob essas diversas
todas as vezes que as moléstias do estomago produzem magreza, consumpção, ,perda fórmas, é empregado:
; io. Como hypnotico, para substituir os medir
de appetite, diarrhéa; tomam- se igualmente
para debellar os vómitos espasmódicos e in- camentos opiáceos, e assim combatter a insomnia;
coercíveis das mulheres gravidas, para apressar
2®. Como anesthesico, afim de curar as dores
as convalescenças depois das febres typhoides e nevralgicàs, as enxaquecas, a tísica;
outras moléstias graves, e. para remediar ás
3°. como sedativo vascular, contra as condigestões difficeis ou incompletas.
gestões, a apoplexia è as perturbaçães intelO Vinho de Chassaing com pepsina e dias- leçtuáes;
4°. emfim reunindo todas essas, contra as
tase possue um sabor dos mais âgradaveis.
Não é, pois, para admirar se encontra-se a grandes nevroses ; epilepsia, hysteria, choréa etc.
III. Preparados com phosphato de cal. •—
muide em mezas de. pessoas que não tem
doenças, e que costumám tomal-o, depois da O, phospháto de cal, haurido no solo pelos
sóbremeza, com o único fim de ajudarem a vegetaes, é fornecido pelos vegetaes aos anidigestão. Com effeito, este vinho não é tão só- maes herbívoros (boi, carneiro etc.), e condensanmente um alimento más é tamben um licor se no organismo humano que ó vai haurir no
leite, na carne etc, Infelizmente, sob o inmuito agradavêl.
II. Paparados còm Bromureto. — No seu fluxo de, causas, numerosíssimas, o organismo,
„dicciònario das sciençias médicas" o Professor humano — mormente o das pessoas enfraqueTonssagrives, fallando do bromureto de potás- cidas pela idade, por fadigas e moléstias —sio, diz c|ue; „ha poucos medicamentos que perde grande pOrção do phosphato dè cal que
possam ter. mais numerosas ê mais impor- devêra canservar. :
tantes applicações." E' essa, accrescentá o illuAfini de remediar á essa perda nociva, o
strádo professor, • incontestavelmente umá das Senr Falières compoz vários preparados, taes
mais bellas conquistas que tenha • feito hos còmo 0 Phosphato de cal assimilavel, assim
ultimòs quarenta annos a arte de curar.
chamado .para distinguil-o dé Outras preparações
Cpmtiidõ», essa 'substancia só pódé dar resul- de phosphato de cal que não são assimiláveis, —
tados sérios em sendo absolutamente pura. Foi o Phosphato de cal ferruginoso e & P hosphatina
por isso que a Academia de Medicina, sob a Falières.
presidencia do Senr. Wurtz, na sessão de 17 de
. 0 phospháto de cal assimilavel he quando
Qutubro de 1871, não hesitou em tecer élogios dizemos assimilavel queremos significar que
ao Senr. Falières, de Libourne, que conseguio dissolve-se inteiramente e de per si nos líquidos
apresentar um methodo prático para obter-se do éstofriago) empegá-se todas ás vezes que
bromureto dè potássio absolutamente puro.
fôr mistér estimular o áctò chimico dá digesEm breve, ò mesmo distinçto pharmaceutico tão afim de remediar á penúria de phosphato
cbrhpoz o seu Xarope inalteravel, ó Xarope de no organismo.
Laranjas amargas, composto como auxiliar e
O p h o s p h a t o d e cal f é r r u g i n o s o é i n d i c a d o
correctivo utilíssimo dá medicação por meio. e m todos' os Casos e m q u ê se r e c e i t a m ferru-
A L M A NA Ç H
ginosos, còmo, por exemplo, nas anemias, nas
chloroses, na diabete etc.
Emfim, Phosphatina é um êleménto. completo,
de fácil digestão em todas as idades e em todos os períodos .da convalescença, visto como
nella acha-se associado o phosphato assimilavçl
A RAPOZA
P A l t l Z I E N S E.
a alimentos pulverdentos cuidadosamente esco^
lhidos entre os melhores.
Todos esses excellentes preparados acham-se
á yenda na Pharmacia Chassaing, em Pariz(6
avenue Victoria) e em todas as boticas.
P r . Ji- F , d e M , R i b e í r q ,
E AS
UVAS.
SOCIEDADE GERAL DE PRODUCTOS ALIMENTÍCIOS
(SOCIEDADE
ANONY.MA)
C a p i t a l : 3 M I L H Õ E S DE F R A N C O S .
D I M N T
E
ALLOARDIIII
A D M I N I S T R A D O R E S — D E L E G A D O S.
S e d e S o c i a l : 23, B U A
Medalha de ouro
|
RICHER,
EM
PARIZ,
SARDINHAS E CONSERVAS ALIMENTÍCIAS
USINAS:
Medalha de ouro
Nantes e Le Croisic.
Paxta3S78.
Fariz 1876.
f ;|rmea Recompensa na Exposição de Edimburgo, em 1889.
®
S U C C U R S A E S :
LONDRES: 101, Leadenhall street.
PARIZ: 23, Ena Rícher.
HAVRE: 1, Rua Chllou.
NANTES: 37, Qval de la FOsse.
Le Croisic.
Londres'1851.
A G E N C I A S :
LIVERPOOL: S. I. Parry, 2, Inner Temple, Dale street
GLASGOW: Inglls e Wulff, 45, Hope street.
HAMBURGO: M, Hinrlchsen, 21, Neuerwall.
MARSELHA: Honorat e Masuy.
AMSTERDAM: I. C. F. SchOUten
BORDÉOS:
Nantes 1861.
Pariz 1855.
T O N I C O , ÍM À L E P T I C O
E
RECONSTITUINTE
00 OOlfTOR JGHANNO
DE QlINA, COCA, EXTRACTO DE CARNE E HVPOPHOSPHITADO
PREPARADO SOB Á VIGILANCIA' DO MESMO DOUTOR
por
V T V T E N ,
IPliarmaceutico,
Fariz.
•
• Após longos estudos e expenencias sérias, conseguimos reunir, sob uma forma límpida e agradavel, a QUINA, a COCA e os HYPOPHOSPHITOS, tão ricos em elementos activos, combinando-os de
maneira que unidos conservam as propriedades respectivas. Obtivemos desta sorte um agente therapeutico de acçao poderosa que, ao extracto de carne macerada durante algumas horas n'uma dose
de
. pepsma, dá u m a nova torça, e ajuda as funcções digestivas, o que permittio-nos offerecer
um tomco poderoso ás crianças e ás pessoas fracas, c u j o estomago delicado não pudera até então
supportar os preparados com base de quina ou de ferro.
Este .medicamento preenche u m a lacuna importante da therapeutica, e assim se explica a
aceitaçao favoravel que lhe :oi feita por todo o corpo médico. Numerosas experiências feitas nos
principaes hospitaes de Pariz demonstraram as vantagens que se podem retirar do uso d'este producto em todos , os casos de DEBILIDADE e FRAQUEZA, e todas as vezes que o organismo, esgotado
por vigílias, excessos ou moléstias, necessitar um reconstituinte energico; é também precioso para
combater ou curar a ANEMIA, a CHLOROSIS, a PALLIDEZ, a PORREZA de sangue, o LYMPHATISMO,
as differ.entes moléstias da iufancia, taes como EMPIGENS, ESCRÓFULAS RACHITISMO, e p a r a ajudar
o desenvolvimento das moças. Sua acção é poderosíssima contra as moléstias graves,, e as FEBRES
PERNICIOSAS ; e os resultados que ja foram obtidos são realmente maravilhosos; em pouco tempo
o enfermo recupera as forças perdidas, o appctite apparece, e os últimos vestígios da moléstia são
completamente destruídos; eis ahi a razão por que as pessoas idosas e os convalescentes devem
dar-lhe a preferencia.
.
^ VINHO po' Dr> JOHANNO é n ã o SÒ um poderoso tónico, contendo hypophosphito de cal, cujas
expenencias feitas em França e na Inglaterra, no hospital de Brompton provaram a efficacia nõ
tratamento das moléstias de peito, como também é um dos melhores meios para .combatter e curar
a
. tjsica pulmonar, a bronchites, etc. Apezar das curas inesperadas Obtidas frequentemente com este
vinho, é especialmente quando as affecções dos bronçhios o dos pulmões n ã o estam adiantadas que
eile é verdadeiramente zoberando. N'esse período, dispõe de uma acção decisiva sobre as consequências da moléstia, áttenuarido a gravidade e sustando o seu pernicioso progrésso; o estado
febril desappareçe, depois de ter resistido algumas vezes aos melhores tratamentos, e uma notável
melhora próduz-se, ao passo que se mãnifesta o augmento de forças e uma cessação gradual de
suores nocturnos. E ' raro que depois de 2 ou 3 mezes de tratamento assíduo, não se obtenha sensível mudança n a economia; mesmo quando a constituição se acha profundamente alterada; o seu
uso é_ doâ mais fáceis, e as pessoas delicadas,- fracas do peito, predispostas aos dçfluxos e que
transpiram facilmente,'deveráo fazer uso d'elle como preservativo.
perfeita assimilação, de .gôsto agradavel e de uso inofíensivo, este medicamento é precioso
nos differeiites. çasos<-que enumeramos; eis o que explica a voga justamente merecida de que este
preparado sempre gozotí a t é hoje.
A DOSE ORDINARIA É :
Para os ÂDULTOS, de 2 calices por dia',
^ . P a r a as ÇRIANÇAS, de 2 colheres de sopa;
J.^. I HORA ANTES DA COMIDA OU 2 HORAS DEPOIS.
D è p os i t o g e r a l e m
-
;
Pariz:
J. BATARD MORINEAU & C IA , 5 0 B o u l e v a r d S t r a s b o u r g .
Premio de 16600 Francos
".JÍPCIDIBÔ
U1NA LAROCHE
A
LAROCHE.
PHOSPHATADA
LAROCHE
RRUGINOSA,
AROPE e PASTA do
Tjposraphia <ló :BisoEB4BMAÕa, Am3terdám. — Pàríz, 7 Bue du Bae
=H
GRAGEAS, ELIXIR E XAROPE
V A J D U
1
St
Laureado do Instituto de França.
innttmeros estudos feitos pelos mais distinctos sábios -da nossa época tem demonstrado
Ique ás; Preparações de Perro do Dr. Rabuteau s ã o superiores a todos o s
demais Ferruginosos nos &tso-,de: Chlorosè; cores'palíidas, Perdas, debilidade, En\fraquecimento, convalesçència, Fraqiteza das crianças, 'e nas moléstias causadas pelo
Empobrecimento -e Alteração do -saiigue em consequência de fadigas, vigilias e excessos de,qualquer
nátureziw.
GRAGEAS BE F E R R O R A B U T E A U . . ^ S ã o pillulás recobertas de assucar; devem-se
'íomar duçante as refeições. A menos que, o medico dê parceer contrario, tomar-se-hão 4 grageas
por dia-:."T2, ao almôçò e 2 ao jantar ;^poder-sè-h'ã ir augrfientando o dose, primeiro até 6 por dia,
, depois, até* 8, sç assim fôr, neccessario.
A s Grageas de Rabuteau n ã o tornam n e g r o s os dentes, e os mais fracos e s t o m a g o s
a s s u p p o r t a m sem que produzam prisão de ventre.
À n C I R DE P E R R O R A B U T E A U — Este Elixir, muito agradavel" ao paladar e tâo
límpido como qualquer agua mineral," é recommendadó às -pessoas que tem difficuldadé em tomar
grageas: V /
' Dose-: um cálix dej.icor em cada comida; pódè-se tomar puro ou com um pouco de agua
..Graças aos princípios toniços e aromaticos da çasça dè laranja que entra na' sua composição, o Elixir Rabuteau é utilíssimo para as pessoas / delicadas/ciijas íuncçõesdigestivas óarecem
ser. 'restabelecidas ou-estimuladas". '
X A R O P E DE P E R R O R A B U T E A U — Este Xarope emprega-se como o Elixir; é
destinado às crianças,'"qííe, o tomam íon^ muito-gós.topbr causa do seu sabor saudavel; aromatico
e algum tanto J assucârado. '
'• Bóse:para aí crianças ': uma-colliér^das de sobremeza, em cada refeição..
Afim de conseguir bons resultádos, tornasse indispensável tomar todos os dias o Ferro Rabuteau
com a máxima regularidade. y D e y e W tornar cuidado êm' não cessar ao sentirem-se as primeiras
Daelhoras, pçrque, neste caço, a moléstia appareceria de, novo.
0 tratamento ferruginoso por nteio das Grageas Rabuteau ê m:nto~ 'è:cònomÍcó.V
Uma Noticia circumstanciada v a i com cada vidro.
O Perro a A b u t e a u 1 ; ^ ^ - ^ ' 'â^peítd^-'casa'- fyjoáosbs Droguistas Pharmaceuticos. •
Cumpre, portm, desconfiar das contrafacções, e exigir, em cada vidro, como garantia, a
Marca de Fabrica (registrada)^ a assignatura CLIN ET Cie, e a Medalha do Premio
Montyon.
ALMANA0 H P A K I Z
TRATAMENTO D A
Não existe complicação mais vulgar de doença
chronica do que a má nutrição, diz o Dr.
W. Poster; também verdade é que em taes doenças
nenhuma outra funcção requer mais cuidado do
que a assimilação. Logo que Bennet se empenhou com a Profissão Medica na Inglaterra,
para o uso de Oleo de Figado de Bacalháó,
a proporção de mortes por phthisica comparada
com mortes por todas outras causas baixou de
16 por cento de cinco annos antes de 1841,
a 10.4 por cento de cinco annos subsequentes
a 1860. (Veja-se o Relatorio do Registrador
Geral.) O Dr. C. J. B. Williams (Curso de
Lumleian, Collegio dos Meclicos de Londres,
1862) faz a seguinte observação: — : "Que a
experiência de Louis e- Lannec apresentava
uma media de dous annos de vida em casos,
de phthisica já bem desenvolvida,. em quanto
que desde a introduCção de Oleo de Figado
de Bacalháó deduz elle de 7000 casos que a
duração media de vida é de quatro annos."
,A Phthisica é preeminentemente uma doença
de caracter marasmodico, e sendo o Oleo de
•Figado de Bacalháó um pouco mais do que
um simples alimento que eleva a nutrição decadente, a sua applicação fez avançar a Therapeutica. Nota-se porem que o Oleo não corresponde. èm muitos casos ao fim para que é
indicado, não sómente porque o alimento é
precizo, mas também porque as forças digestivas
•estão tãõ reduzidas, de maneira que o alimento
tomado pouco effeito produz. D'isto resulta
iuma procura não só para uma substancia nu-
E»S,.
M
D
—
tritiva como também para outra causa que
auxiliará o alimento proprio para assimilação.
O ponto de partida clinico na historia da
maior, parte -dos casos de Phthisica é a má
nutrição; precavendo-se este inconveniente
muito se adianta.
Depois de uma completa experiência dos
differentes oleos, e extractos de preparações
germinadas tanto em hospitaes como em trataménto particular, acho qtíe a MALTINA é O
medicamento mais applicavel á maior parte
dos. doentes, e -superior a qualquer remedio
da sua classe. Este preparado que praticamente
se tem tornado official na theoria é de esperar
seja de grande valor nas affecções chronicas
charaçterisadas por marasmo e má nutrição
como especialménte exemplificado em phthisica.;
Este preparado segundo cuidadosas analyses
que se tem feito, é rico èm Diasta.se, Albuminóides, e Phosphatos, por consequência, ajuda
a digestão de comida farinácea; de per si é
um creador de cerebro, nervos e musculos.
Na pratica, sustenta-se ésta hypothese. Uma
doente no Hospital de St. Lulce's, 35 annos
dè idade, com phthisica, signaes de deposito
no lóbulo esquerdo, perdendo carnes por seis
mezes, máu appetite e suores nocturnos, começou a tomar MALTINA em Março 13, 1880.
Peza ella agora 121 lbs. come bem, não tem
suores nocturnos, e os signaes de doença local
estão muito deminuidos.
Um outro caso de phthisica: um: senhor de
Àlabama, com todos os signaes pliysicos de
7
98
ALMANACH
phthisica, perdendo rapidamente forças e saúde;
com seis semanas de uso de MALTINA aprezentou
o notável augmento de 10 lbs.
Uma terçeira doente, uma senhora de 41
annos d'idade que não tem tomado outro remedio senão. MALTINA, augmentou 7 libras em
egual numero de semanas. N'este e outros
casos o augmento de força e vigor mental é em
proporção ao augmento de pezo. Estes exemplos
são suficientes para illustração e mulãplição-se
na pratica de muitos médicos em toda a parte
do mundo. E geral a repugnancia em attestar
sobre os resultados de preparados medicinaes,
porém quando, como n'este caso, o médicanjento é tão conhecido, e os professores da
sciencia convidados a investigar a maneira de o
' preparar, não deve haver razão alguma para que
aquelle remedio não mereça aprovação geral.
— Epitome trimensal de Medicina
Prática
e Cirurgia, um Supplemento á Revista de
Braithuòaite.
Este precioso producto é fabricado e vendido
pela The Maltine Manufacturing
Company
(Limited), cuja séde é em Londres, 24 e 25,
Hart Street, Bloomsbury, W. C.
Eis-aqui a lista dos preparados de Maltina:
Maltina, extracto simples de Cevada, Trigo
e Aveia germinados, sem medicamento algum;
Maltina com lupulos, contendo 2 por cento
de lupulos;
Maltina ferruginosa, uma onça fluida contém
8 grãos de pyrophosphato de ferro;
Maltina com alterativos, taes como Iodidos,
Bromidos e Chloridos;
Maltina còm Carne de Vacca e ferro; Maltina com pepsina e pancreatina,' contendo 12
grãos de pepsina e 12 grãos de pancreatina
em uma onça fluida;
Maltina com oleo de figado de bacalháó e Iodidos, muito aconselhada contra a anemia, asaffec-ções chronicas da pelle, as ammenorrheas etc.;
PARIZIENSE.
Maltina com oleo de figado de bacalháó e
phosphoro; com oleo de figado de bacalháó e
phosphatos; com oleo de figado de bacalháó,.
simplesmente; com oleo de figado de bacalháó
e pancreatina; com iodidos;
Vinho Maltina, contendo todos os constituintes
medicinaes e nutritivos da Maltina, menos 60
por cento de gomma ou glucose transformada.
Além disso, a importante Companhia que
tomou a peito tornar conhecida essa especialidade compoz;
-Vinho Maltina com pepsina e pancreatina;
Malto-Yerbina, o qual reúne em si as propriedades nutritivas emollientes e demulcentes
da Maltina e Carrageen e as qualidades expectorantes da Yerbina, principio activo da
herva santa, sendo esse UM dos melhores remédios contra a maior parte das affecções
chronico-pulmonares, irritação; da membrana
mucosa, expectoração difiicil, bronchites, tosses etc.;
Maltina com peptones, alimento concentrado
digerido;
Maltina com hypophosphitos;
Maltina com phosphatos; com phosphatos
de ferro e quinia; com phosphatos de ferro,
quinia e strychnia, tonico nutritivo - geral e
nervino.
A dose ordinaria de iodos os preparados
acima mencionados é d'uma colher de dessert
a uma colher de sopa, e os effeitos da MALTINA
serão muitíssimo Pigmentados se fôr tomada;
durante o progresso das refeições regulares
com o que se obtém o beneficio perfeito da diastase. Se por qualquer razão não poder ser
administrada em taes occasiões deve ser tomada
IMMEDIATAMENTE DEPOIS da
comida.
Pode-se-
tomar simples ou misturada com Leite, Vinha
ou Agua, ou-outro qualquer estimulaute.
O Malto-Yerbina que é expectorante deve-se
tomar com frequencia, mas em doses pequenas*
.AlMASjlrfH
P A E Í Í I E N H
UM INIMIGO DE GAMBETTA.
A paralysia agitante'yai ganhando toda a
Ha J^s dias, finalmente,íiporian encontrou
mojierna sociedade euroçéa de* cima a baixo. o seu homem;
Ultimamente, detr-se em Reims nma
J|
Na avenida: de Neuilly, passava o Dr. Alexanentre òs Operários tecelões: formâram èstfeâsum,' dre de Meymar.. Florian foi» J E e desfech||H
' conluia, fizeram parede, desertando das officinas [ lhe quatro tiros de revólveí! â queima-roupa/'
até que os patrões ssg decidissem a dar-lhS exclamando: "Tyranno, a justiçado povo té
augmento de salario. Fazer parede, é o supremo mata
recurso dos obreiros para que Seja
O golpe falhou. O doutor fugio incólume.
as ^ B ^ H D
qnando o patrão é deshonesto, Florian foi preso, e chamourSiúk um afamado
avarento e duro. Como a ^ r ^ s e f i o l o n g a s s ^ medico alienista para examinar o estado menum t e c e l ã o> r | | nome Florian jljo de Reims' P l ^ o
e dar, o seu diagnostico sobre este
S i Pariz no intuito de assassinar o'Sr. Gambetta,
novo caso pathologjco, parcggpifinir essa nova
a quem accusava de proteger os burguezes fórma de loucura, que bem S p t ó j j f chamar
ajudahdHjja opprimirem com o seu infaml
( 1 "burguezophobia"! '
•ií-icapital o Já)re proletário.
Florian está na cadea, muito satisfeito e
Ifnorian, alimentado com as drogas evenemuito cheio d<jg?FaIIa com muita lucidez,,
' natjp jdàs, folhas revolucionárias, chegou ãe explica o seu projecto com a maior sem
Pariz e pôz-se á procura do j i .Gambettaí
í^remonia: tencionava ferir a Imrguezi» na
Durante cinco ou seis dias vagabundou pelqj
caj»ça, assassinando o Sr. Ganibetta. Não
; arredores: dè Ville^de Avray, esperando q u j j
podendo realizar o sen nobre intento, quizao l
Sr. Gambétta sahissé da quinta para desfecharmenos dar cabo de algum. — È'nm de m e n j l j l
Ihé um tiro de rev$vsr. Como não o enconMzjelle, socegado.
t
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viagem: assentou
J«
' Se, o acaso não tivçsse feito com que o Sr.
em matar o primeiro burguez que encontrasse,
Gambetta nunca sahisse a
da suá quinta
e resolveii' por causa' das duvidas, matar um
de Viíl -d Avray, a estas horas talvez estivéssè
condecorado.
morto ò eloqnente e^imoso tribuno.
| Ia todos os dias aò. tosque de Bolonha
Guiteau além de Atlântico, e Florian
para escolher ajjjictima. Os condecorados
áquem.
Bbundavam. Mas uns passavam, muito perto
Que bello par de galhetas para ornar uma
delle, e outros éstavata com as mulheres1 ou_
os filhòs.
DOUTOUR D E L O R , DE PARIZ
TONICO, R E G E N E R A D O R ,
RECONSTITUÍSTE.
Quando o sangue conserva a força e riqueza, quasi todas as íuncções executam-se com regula&
ridade e actividade. .
;' • ~
- .
Pelo contrario, se ò sangue se torna pobre, -affroúxantse todos os orgãos, soffrem todas í
íuncções;. d ahi provêm uma inércia* um enfraquecimento e um desasócêgo geral, physico e moral.
Se o sangue é rico e se os seus elementos constituitivos adiaih-se equilibrados, modera o influxo
nervoso;, mas se peide a própria-força pela alteração ou diminuição do seu principal elemento, iníuxo nervoso, augmentando a sua acção na economia, activa o estado morbido, produz .'as nevroses
nevralgias e enxaquecas.
.'
, '
'
- '
_
- A digestão torna-se laboriosa; tóéguem-se Dyspepsias, Gastralgias, até mesmo G a s t r i t e s ,
Debilidade, Impotência- e A n e m i a no homem; Chlorose, Amenorrhea, Dysmenorrhea, C a c h e x i a
C o r e s pallidas e perdas s a n g u í n e a s , na mulher.
A Coca phosphatada_ ferruginosa d o Dr. Delor que apresentamos á experiência dos Senhores medidos
dos doentes, é o T o n i c o - R e g e n e r a d o r mais potente e efíicaz, assimilando-se perfeitamente com a economia.
Passa ássim para a torrente circulatória cujo principio primordial, o sangue, é por ella vivificado'e :
regenerado.
. A Coça-ferruginosa do Dr. Delor possue acção muito superior a todó.SJos ferruginosos conhecidos, e a
sua emcaciatera sido demonstrada por numerosos attestados e experiencias medicas. Alémde admínistrar-s
facilmente, não deterãíinâ nunca inflammação nem constipação.
O resultádo satisfactorio obtido nos casos mais diversos, até mesmo n'aquelles em que haviam
~sido mallogródas as preparações ferruginosas, faz com quea Coca phosphatada f e r r u g i n o s a do Dr.: Delõr .
seja o mais energico agente therapeútico para curar , e combater a anemia, a c h l o r o s e e todas as
enfermidades provenientes da pobreza do sangue.
Em todos os casos em que fôr necessário empregar a medicação ferruginosa, receitam os médicos
de preferencia o C o c a p h o s p b a t a d a f e r r u g i n o s a do Dr. Delor.
JlUm cálix depois d a s d u a s princípaes c o m i d a s d o dia.
PARA AS CRIANÇAS
Uma colher, das de chá, depois das duas princípaes comidas do dia.
D E P O S I T O G E R A L : Jv B A T A R D , M Ó R I N E A U E B K
50, boulevard de Strasbourg, em Pariz.
Descoi,ifie-se das falsificações,
e exija-se, em roda do gargalo de cada garrafa,
ã'firma
do D r . DELOR.
A L M A N A C í f â P A HIZ t i N s K.
O BEY MARIETTE.
Narram as lendas egypciacas que, um dia?
Typhon, o deus do Mal, quiz vingar-se de
Osiris, e, auxiliado por setenta e dous demonios, apossou-se do rival, fechou-o era uma
caixa, sellada com chu mbo derretido, earrojou-o
ao Nilo,- onde Osíris morreu suffoeado. Ao
sentir o deus no seu seio, o Nilo fecundo
rugio, inchou, transb ordou, e alagou todos os
campos circumvizinhos. Então, pranteando a
morte desse deus, todos os entes criados vertêram lagrimas; as propriás plantasfenecêram
e mirraram-se; o escaravelho escondeu-se debaixo das pedras ; a ibis remontou-se para
outros climas; o crocodilló enterroii-se no lodo
do rio, e, por muito tempo, os Egypcios erráram
pelas estradas, exclamando: Morreu o nosso
deus!.
Não sei por que motivo occorreu-me á mente
essa lenda mythologi ca ao lêr que fallecêra no
Cairo õ bey Mariette.;— Quem foi esse homem? S Foi o archeologo que organisou o
admiravel n.usêo de Bouíak; foi. o explorador
que descobrio o Serapeum; foi o historiador
dessa civilis ação do Egypto que elle conseguio
reconstruir fragmento por fragmento. Augusto
Eduardo Mariette nasceu em Boulogne, no norte
de França, ha quasi 6o annos. Começou a sua
carreira como modesto professor de grammatica
e de desenho no lycêo da sua cidade natal,
onde completara o seu tirocínio litterario. Desde
então, consagrou-se ao estudo dos hieroglyphos.
Em 1848, entrou como empregado do Musêo
do Louvre em Pariz, e, d'ahi a dous annos,
foi encarregado de uma missão scientifica no
Egypto, afim de estudar ormanuscriptos cophtos
conservados nos mosteiros daquelle paiz. Tinha,
porém, aspirações mais altas, e foi a Sakharah,
a Memphis antiga, onde descobrio o templo
e b recinto sacro do boi Apis, e por baixo da
cidade dos vivos, a maravilhosa cidade dos
mortos, hypogeos, onde estavam dormindo o
eterno dormir as múmias, envolvidas em faxas,
envernizadas, com cabelleiras e barbas postiças,
encerradas em caixas de papelão, tendo na
dextra um punhado de trigo, símbolo da resurreiçâoi E, nas infindas galerias subterrâneas,
que thesouros para o erudito! Ao lado de
inscripções hieroglyphicas, milhares de homens
e animaes pintados, centenares de divindades
exóticas navegando com o divino Hor, o qual
conduz a merencória comitiva na sua barca
sagrada, "a boa barca dos milhões de annos.*
E, mais além, o corpo dourado do boi Apis
e o elephante embalsamado com os dentes de
defesa prateados.
Mariette continuou durante annos e annos
as suas excavações em Memphis, e a sciencia
lhe é devedora de mil pormenores ácerca do
rito e do culto dos Egypcios.
Foi elle que nos revelou, por meio de provas
materiaes,. o motivo que levava os habitantes
do Egypto a embalsamarem com igual respeito
ALMANACtt P A R I Z Í E t t s i f
o§ h o m e n s > f j j | | ã & ^
crocodiiio, | g j | p í rio;
de
atmosphera. e o. | j j | | g b e r a h o do deserto,
presagiavam lhes, cada um separadamente,
enchentes do Nilo, x> primeiro aljysmáhdoH
nas aguas, "à *Sê|únd|í4£kando nos s o ã o
. terceiro fugiijjip para os- areaes. Mal engros-:
sãva o rio, a ibis coma para as Suas aguas,3
como se quizjsse ir buscal-as para dirigir-lhes
o curso amufo <ias terras. Ao lado dòs aninia!es
de andar tardo e rectilíneo, o Egyp*cío vio regeí
E S
T t j ndulaçõe~ graciosas, VIÍTa
palmeira -qjie,,no teijipp do fecundação, librava-,
se nas -azas do^enfo, ra^queébria de amor,
e /lahi concirno que Vflôf*do louro p e r s 5 que''
á noite, dobra as pétalas, tem i
4á i b i s B á1 do rhinoceronte, g d » Ethiope e
& dos homens, oriundos toíqs do divino Osms."'
' I?âfí áquslátarfWmportancia de taes descobferfis, cumpre obslfvar 'que abrangem um
período chrottologiêWque come.,-a cerca de
;çmco®ita.séculos antes da éra christan! O bey
Mariette viyeu mentalmente' c o à os homens
despes tempos remotos, e conversou com os
reis d e l o d a s
ajttSSíiãs que alli reináram,
naqúella terra de fogo, o n d e ^ 1 , 1 foi sempre,
o mais incontestável g f s . soberancH O seu
nome viver/i ; , o r m u i t o s a m K ) s n a m e m o r i a d o s
Efeypqos," pgís elle e o Cojide de Lesseps foram,
nege _seculo, S^verdadéiros arautos d S e l l á
terta antiga, O ^ u M a d a í f i ? merece dormir
n'uma daquellas pyramide.«; feitas de^ranito
e ornadas 4e branco alabastro e de basalto^
j l i g qíie ainda hoje em dia o viajantepin-::
templa • ex".:isi:ic!o.-
itovo
'
.„•
T R A T d W E N T O
DAS
«5
Moléstias de Estomago,
Intestinos, Peito, Anemia, etc
O VINHO de
PEPTONA
CATILLON
(Carne assim fiável e Phosphatos orgânicos)
i
l F o r t a l e c e a s PESSOAS FRACAS e s e m A P P E T I T E i
CREANÇAS, CONVALESCENTES, etC"
EMPREGA-SE IGUALMENTE SOB A FORMA DE
CHOCOLATE, ELIXIR, XAROPE, SOLUÇÃO »PÓ
P A R I S , rue Fontaine, I
e em fod&s as Pbarmaeias
e nos H o i ^
' ' f I l H t : f l B
B A B D O H
ANTIMONIO-PHOSPtíATADO
SUPERIOR AO O L E O DE FIGADO DE BACALHAU
fíosro
agradaveU
;
Experimentado com successo nos Hospitaes de Pariz
TÓNICO
R E P A R A D O R
Conveniente para a convalescença das DOENÇAS
f e O M B A T E
C O M
' NQS ADULTO&
A Tísica pulmonar;
A Bronohité;
O» C a t a r r h o s ;
As Floros brancas;
A Anemia;
!
j
í
•';.•:,
í
j
PULMONARES
S U C C E S S O
.
HASjCSIANÇAStj&t
A Fraqueza de constituição;
o Lymphatisino;
As Escrófulas;
O Kachltismo;
As Doenças dos ossos;'
Util durante a gravidez e « aleitamento.
ELIXIR EUPEPTICO
TISY
DIGESTIYO COMPLETO
c.(HUHisr,(iiiiH iKiKtis. K i : c n . K N t ( ! S . ( : . \ r : M - : M r s ò u . A y J
A p p r ó v a d p
p e l a
J u n c t a - M e d i c a
d a
D e * í & i 2; Colheres n o e d m e ç o d e c a d a . refeição
R ú s s i a
1
V A reumçâo em um nnico me_dicámento dos tres-fermentos natnráesTíeçessaríos ã Digestão, assegura
" t € Elixir nm a effcaciaí^épciímâl
' P É W ^ ^ M ^ Z ? diversas
do
estoniago «ISH^
iae*
esiõinayo,'a í^sttT-lgia,.
- a -fál tg||l íá' - a p p e ti té
í
a
Tem um gosto agradarei, e conserva-se
perfeitamente
m e s m o
n o s Y p á i s e s f q i i e n t e ^ , V"'
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na casa BAtJDON, Rua de Charles V, N°. 12. Pariz e a varejo.
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nf>i.
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p
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r
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| a o l w m - s e a n n u n c i a d o s n o s principaes j o r n a e s d a E u r o p a e d a A m e r i c a ,
} e t e m ^ . s i d o e n c o m i a d o s p e l a s m a i o r e s celebridades -làedícas tanto d a
^ F r a n ç a c o m o d o estrangeiro. O s . S e n h o r e s m é d i c o s e o s e n f e r m o s
. J d e v e m estar d e s o b r e a v i s o p a r a evitar a s grosseiras i m i t a ç õ e s I
i n o c i v a s c o n t r a f a c ç õ e s d o s p r o d u c t o s áciraa m e n c i o n a d o s .
J .
B A T A B B ,
M O B I N E A T J &
D R O G U I S T A S
50, BOULEVARD
DE STRASBOURG,
50,
C
I A
.
JORGE SA.M) !•; ALFREDO DE MUSSET.
Ha muita-gente que julga serem feitos os! procedido. E' a nmca cousa boa q u t ha
litteratos de barro bem iliversp-3 ,io lodo .Ia , nesta
^
Bíblia, donde sahiram oís outros homens. Ha
Assim vivera^n largos a n n o H A c a p i t a l m milhares de curidsss que pagariam bom dinheiro r e i r 4 : £ | f ^ a o f a c t o dessji s y m p a t h i a r e c i p r o c a i -pura descortinar as mistérios .los amures iia A m b o s j a c t a v a m - s e ^ g e í l a . A c a s a d e S a n d e r a ,
illustre George Sand com Alfredo de Musset, J n t ã o , o r e n d e z - v ç ^ d a m e l h o r . s o c i e d a i g !
. almejando por : saber como sè comportavam na O r a , d a v a m elles saráos m u s i c a e s , o
intimidade essa mulher que foi um! grande
homem, e esse poeta, cajá lyra parece afinlafi litterarios. Por vezes,' desbaníkvam inventando
pilhérias, engraçadas.; Um dia' George Sand
; por dedos femininos.
Foi no principio ide 1833 que Géo§|.Sand convidou vários redactores da gruve^XevisJa
•encontrou-sé. pela primeira vez com. Alfred® dos deus mundos para um jantar; um dellép
de Musset A impressão mão foiS6a<* "Não • era Lerminier, philSsqpho muito versado em
quero (|tu! venha com Alfredo de Musset. ^ W t o f s ^ diplomáticas^' Na mesa, a dona da
çãsà apresent<p| a Lerminier um membro d,i
" e s c f C T Í a e l l a » tá» anjigo commum. f Elle
muito janota, e não havíamos de sympathisar, çainara dos çonimuns da Inglaterra, encarte-,
eu desejáva vê-lo mais-por ciiiosidade doqBe" gadÇplIó seu governo de \ uma missão secreta
por interessei: ,,Pouco ãTpoucq foi gostando na Áustria, para onde ia de viagem. Lerminier,..
mais delle, e acaliúram por sympathisar comple- primeiro, nao conversei}, e fez honra, calado,
tamente, jurando-sê mutuamente eterno amor. ao opiparo jantar, servido por uma criada:
"Vivo feliz, muito feliz,, esã^via^ella então. Normanda, que trajava á moía da sua terra..
-JffiiSsetg um bom rapaz, e a s.:a intimidade ;1 Nà isobremes^, Lerminier entabolou uma coni
me agrada tanto como sua apreferençia me lison, vereação ácerca do seu assumpto predilecto.
Discorreu a perder de
^èêa. Nele acho candidez, lealdade, e ternura
O diplomata ingiez escut;iva-o com a dèvid.i
que me embriagam. K uni amor de moço e
.uma amizade,«camarada. E' uni sentimento attenção. Rematfe Lerminier por umo apreque B j não podia adivinhar, e que não julgava ciação do eguiiibrio europêo. „ —O e.]uilibrio
europêo? interrompe- o membro da catnara
.possível de encontrar, mormente nelle. Primeiro
neguei-me a< èssé affeçto, =rejeitei-o, não ^uiz^ dos communs. Quer saber como eu q entendo?!''
ceder; depois, rendi-me, e folgo em ter assim VfljTexphcapBpor meio de uma comparação.
„:—K, ao proferir taes palavras com o devido
108
;
'
ALMANACH
accento britannico, trava do prato, arroja-o
aos ares, e apara-o dextramente na ponta da
faca, e, emquanto o prato vai virando como
impellido por um magico movimento de rotação, o deputado-inglez diz com muito sangue-'
frio: — "Aqui está o equilibrio europêo. A não
ser assim, está tudo perdido. „Os convivas
ficam attonitos,mas, afinal, largam uma immensa
gargalhada ao verem George Sand erguer-se
pasa dizer: "Meus senhores, tenho a honra
de apresentar-vos o Sr. Debureau, o .celebre
mimico paraziense."
O pobre; Lerminier ainda parecia enfiado,
quando a criada derrama-lhé uma garrafa de
agua gelada na . cabeça. Lerminier vira-Sf.
furioso, mas a criada-dá um pulo levantando
a saia, e todos reconhecem Alfredo de Musset-,
que cortara a barba, e vergára a. fatiota de
uma campònia da Normandia para divertir-sé!
... Todos ..sabem que, mais tarde,, os namorados brigáram, e diffamáram-se reciprocamente.
Alfredo de Musset traçou, então," da sua antiga
amiga este retrato implacável:
"Trahalhámos juntos. • Emquanto. eu compunha os meus poemas, rabiscava ellaresmaà.
de papel.. Eu lhe recitava;, os meus versos em
voz - alta, e isso não â incommodava para
escrever. Ella escrevia romances corii facilidade igual á minha, escolhendo sempre o.s
PARIZIENSE
assumptos mais dramaticos, parricidios, raptos,
assassinatos e até mesmo estellionatos, preoccupada sempre com atacar o governo e prégar
a emancipação das melroasinhas. Em summa
não ha esforço que custasse ao seu espirito,
atrevimento que custasse ao seu pudor; nunca
lhe aconteceu ? apagar uma única linha ou formar um plano antes de começar o trabalho.
Era o typo da melroasinha lettrada." •
A Revue des Deux Mondes começou a publicar a correspondência de George Sand,
aimotada por seu filho, Mauriciò Sand, o.qual
se dignou annunciar-nõs que não dará á luz
as cartas de namoro de sua mãi. Nessas primeiras epistolas, assignadas pela ioven Aurora
Dupin (que tal era' o nóme daquella que deu
immorredoura nomeada ao pseudonymo de
George Sand), presenciamos a sua infanda
litteraria,. a - estréa daquella que se intitulava
Qperaria-jornaiista e redactora-mecanica.
"Mais. do que nunca, escrevia ella em Março
de- i ' % i : estou resolvida a seguir a carreira
litteraria... O officio de escriptor é paixão violenta e quasi indestructivel. Quando se apossa,
de uma pobre cabeça, não ha cousa-que a
possa mais arrancar d'alíi,"
Teria ainda muito que dizer sobre estas
memorias retrospectivas. Mas receio enfadar
os. leitores com taes aneedotas litterarias.
ALMANACH P A Í M Z I E f f s j f i i
O DIA E A NOITE.
O theatro das Nouveautés, dirigido por Brasseur, o inimitável actor que fez do Brazileiro
uma peça celebre, uma creação original — .
acaba de levar á scena uma opera bufFa, um
3 actos, de A. Vanloo e E. Lererrier, com
musica de Ch. Lecocq.
Os Portuguezes são os heróes da festa, isto
é, da opereta,
A peça não é uma obra prima, neni o
entrecho é dos mais originaes; porém está
escripta com graça, tem força cómica e a musica é das .mais. lindas.
D. Brazeiro de Trás os Montes, governador
de uma província portúgueza da fronteira, já
enviuvou varias vezes; mas, nem por isso deixa
de. pensar em casamento, só é funesto ás suas
esposas. Como, porém, as incessantes correrias
•dos Hespanhóes pelas terras da sua provinda
não lhe çonsintão ausentai-se do posto de
honra,: encarrega a um de seus primos D. De-,
gomez dè ir a Lisboa. Çonfia-lhé a delicade
missão de alli escolher-lhe a sua quarta ou
quinta metade, de casar por procuração e de,
trazer a coitada para a província.
' ,, v
D: Degomez desempenha cabalmente o encargo. Já annunciou a chegada, e o ardente ;
Brazelró de Trás-os-Montes aguarda, impaciente, v
o regresso do primo com a recem-casada.;
Eis-ahi, porém, que se annuncia ao governador
haverem os Hespanhóes tomado a offensiva,
e estar, imminente uma luta.
O Brazeiro apaga os fogos amorosos, e corre
pressuroso á fronteira, dando ao seu intendente
Miguel a incumbência de receber a Sra. Brazeiro, de agazalha-la no • palacio, e de fazer as
suas vezes... até certo ponto, diz elle. E lá
se vai o bellicoso Brazeiro, que ao amor prefere o dever de soldado..
Mal sahe do. palacio, açóde, tremula e pudibunda, uma adoravel rapariga, a loura Manola.
E' a noiva de .Miguel. Fugio das garras do
príncipe Picrates de Calabazas, primeiro ministro d^l-rei de Portugal, e o mais temivel
, potentado do reino. Esse grande estadista., qiie
descuida-se»_dos negocios públicos para andar
á caça das meninas bonitas, assentou em possuir a encantadora Manola. Como escaparlhe ? Os dous namorados imaginão uma trampolina: a loura Manola tomará o lugar, fará
as vezàs da recem-casada. Quando chegar o
fogoso. Picrates de Calabazas não se atreverá,
de certo a abusar- da supposta esposo. do governador Brazeiro.
Infelizmente para os amorosos, o concupiscente Brazeiro não é nènhum tolo. E' um
marido ás direitas. Descobriò o meio de conciliar os seus deveres de governador patriota,
; e de impedir que estes fizessem soffrer aquellas.
Mediante alguns milhares de pàtacoes, o general
hespanhol,' homem pratico e bom financeiro,
cõrisentio em adiar o ataque^ e Brazeiro dá-se
pressa em regressar a Elvas, onde desembarca,
ávido de gozos, conjugaes.
À situação j á se"tornava ameaçadora para
ALMANACH
Manola, e muito triste para Miguel, quando
eis-ahi chega a vérdadèira esposa, a Sra.Brázeiro, a recem casada... por procuração. Para
maior felicidade e esposa D. Beatriz Brazeiro
ê amiga de. Manola, que privou muito em
Lisboa Com a viuva, hoje em dia esposa de
Brazeiro. D.,Beatriz-, informada do occorrido,
móstra-se disposta a salvar a amiga das garras
do príncipe Picrates de Calábazas. Concórdão
no seguinte estratagema: durante o dia a loura
Manola passará por ser mulher de Brazeira,
á íioite, protegida pelas trevas, a morena Beatriz
irá tomar no leito nupcialal o lugar que lhe
compete, tsem que o ardente Brazeiro dê pela
cousa. E assim fica o nosso Brazeiro com
duas mulheres: a loura de dia, e a morenade noite.
E' escusado descrever tintim por tintim todas
as complicações e quifiroqnós que nascem dessa
situação: successivamente Picrates namora-se
de Beatriz que elle julga ser camarista da esposa
do governador, e declára- se apaixonado por
Manola, atè que, por fim, descobre-se a Verdade. Brazeiro de Trás-os-Montes toma posse
de sua verdadeira mulher; Picrates não tem
tempo de vingar-se de Manola, porque perde
a pasta, e Miguel casa com Manola.
O publico rio-se a bandeiras despregadas, e
PARIZIENSE.
nósj os Brazileiros e Portuguezes, rimo-nos...
da sciencia dos' autores que dão o titulo de
dom a todos os Portuguezes, e que julgão que
Manola e Dègomez (de Gomes) são nomesportuguezes. Para nos julgarmos no amagoda Hespanha só faltavão as castanhetas!
Se -o libretto é rediculo, a musica é viva,
fácil, galhofeira. Alguns pedaços hão de tornar-se
muito em breve populares, taes como estribilho r
Pour éf ministre de la giterre
N^y a fias besoin (Tfourniment,
a contiga alegre de Brazeiro:
Mori cher ami, sache bièn qiCici-bas
Le temps perdu ae se retrouve fias
e os impagavais estribilhos:
; Lés Poriugais soní toujours gais.
Em summa, essa [opereta, que se intutrla r
Dia e a Noite''' agradou muito, e ao menos
ouviremos fallar de Portugal por alguns mezes.
Ao ouvrir 'as phrases do libretto, que confunde o portuguez com o hespanhol, lembrêimé de um dito chistoso do conselheiro Mendes
Leal. Um dia, em uma reunião de litteratos,
um romancista francez fallou da linguahespánhola, idioma de 'Portugal! Mendes Leal
ergueu-se e disse .muito socegado: ,.Está enganado, meu rico senhor; a nossa língua nã©<
usa castanhetas !"
ALMA
0 H
!• Mil/. f B N S
A R C H E 0 L 0 G 1 A.
O Conde d'Hérisson, Francez, emprehendeu,
' ha tempos, algumas escavações nas minas d l
UtiqiJ onde expirou Catão com a liberdade
romana. De vo% d^ sua digressão sdentifica,
^xpoz uma rolKcção" de raridades eMuma:dij|
irsilas annexas ao fialacio do Umvrçv .
A tal exhibiijãQ tem dado que fallar. Os
ierffltos soqos da academia de InscripçõeS^e :
Bellas-Lettrás, mua das cinco academias icujo
çonjuncto fórma:. o instituto, descobrirão al!i
c ô u | | d o arco da velha.
1. iFW r.ioie gravado,n"uma corôa diíassim:
Candi
' Dafldií
í. sin jace.
X?Ã academia traduz: Candido, fidelis mtpaçe
(Candi-da, fiel — do Christo, descança — em
.paz). Ora: jjí Conde d'Hérisson, que dâfcobrio
a corôa, traduz assim: "Candida filha de-Kvdix.
Kyilix, cuio nome significa Baccho, âeviaper
tçncer a uma lanu.ia. sacerdotal*'"
Varias lampadas romarias, assignadas como
nome dos fabricantes de louça de barro q ®
as fizêrãò,: são consideradas como pljenictag;
^H ^ H B
« e S S f °le'-íx>S <1 ue
se
^^vão.
Augendus,
e t c ^ H interpretados A m o ,
lendo as mais profundas S n S .
Eu sempre desconfiei S S s a ^ i o s que apreJgentão míravilhas encontradasjfm e
das cidades antigas e arráinacjasíê
_ jS^^qne São cipazes dè tudáí'v:
vira e m q u e . a l g u m c ^ H c o f l i d e o s
SSjis c o n t e m p o r â n e o s jiar-a. a d m S r è
guintes' achados:
A h a r p a d o rei D a v i d . ; . , .
Uma rosa dos jardins páSfflÉR; Semiramide^
Um folhetim nanando sao naturahas deliciai
dê Sardaíiapalo;
A photographia da bella Helena
a do seu
amigo JMris;
O vello louro conquistado pdps Argonautas®
O fehço com que Mano enxugava as lagrk,
atía^ sp: Ijtdrar, sentado nas ruinas de CarthagoS
- ,9,Pinhal comque Cássíq^assmou a Cesar:.
Os esqueletos dos 300 Espartano® LeonidaSj.
encontrados lias Thcrmopylá»; o, einfiin, a tela
dè Eerielope,: ò tonel das Danaides, os louros,
do Milciades e a espada de DamoclesJ
A I, M
. A N A ( II (• A li
1X1
K N s K. : .
UM NOVO CIGARRO.
Ha jftezes, eijá^távií dà Inglaterra,re jíeséin^ n o t e i r ç como-^jeiro <lc ],Ianni» odoríferas.
barcâva
B|lpnha, na iílnça,_ Os emprega3 ? n t ã ° : ; fiimé cigarros orientaes sem nós
dos da altku.iojíi
i|i:e são os mesmos em
ofjerecer um» exclamefc^eu, quê.morria por
todos
'.saborear ui# dfos tàés,
A '•"•am no» ós iialni», reinexeram-tio» 6s saccos
capitão ,ofífereceo-me um cigarro.
•;;#e Viagem, puzeram tudo d e pernas pará p' » ~ 3 2 0 compíados no "Grand-Hôâl perar, bradando -sempre — „Os Senhores não , gontei, accenifendo.,
tom mercadorias eaptivas de direitos ? Charutos,'
— i\âo, rom|,rei-ós cm casa de Adam e.
Cigarro», iabacco?"
Ptfvot, 32, rua SainuPau!, em 1'ariz.
• _ -r? NaÔ, Siir., não possúo tal &zenda„ res,
— Não, conheço ejsja'fábrica.
ponde» 0 meu amigo Pròcppíò, o Capitão Pro— Pois, é pena. V
'copte um iííágretei que tenho aíhónra. d f i
Entréi: a .filmar. Mas o gôsto perfumado J g |
apresentar-to, leitor amigá.í
, cigarrôs pareceo-me singular.
,
Ora, em quanto declarava redondamente • B p . j S f t » Agarras de. tabaco turco? pemuitei
• não possuir tal fazenda, o meu Capitão I'ro •pêra segunda.
' co|')io ftstcr.tava :una dúzia d e maços de cigarras elegantes que tmha no sfcco( de viagem,
— N3o; conheço, és'se nome.
»outra, dúzia 110 íiainl, outra du/.ia em uma
,~ „
^ pena, jjespoiideo ;i|>! impávido.
•caixinha. *
, Procopiõ.
H F Então isto, o q u j i é ?' bradou lhe isMlenccã , |Sfãp havia meio de arrancar lhe sinão essa;
o ,guarda da alfà^deg^'*";!
phrase: pois,. é pena.
O ..Capitão Prócppipfallóu-lhé'baixinho no
_ Ao de/.embarc,irmos em Parjz. dirigi-me outra. i
o:!vido, .imbos 'trbcáram irai sotriso de mn
vez ao capitão: ' ,
spiração, e
j e f o i o meu ProGopio
— Maganão: Assim é que fe.z em ISolonha.
1 u e dyoste corrompido o guarda,
' 1' c;l!iit;lo <leo um.l gargalhada : y
:
• ">» algumas pecas de prãtá?: O facto erai
— Fique sabendo que, os «ujgijraj que fumá- .
i m p r o y i ^ S Eu os tinha, olisérvado.ã: stí notei mos, os cigarros Schaedèlín, vendidos pbrÁdam
que lhe offereceu um cigarrinho. •
e' IWvot, da rua Saint-1'aul. são meros,eigarComo , me , intrigasse .a1 historia,% não v
ros antj-asthmatteos. /Qom.pste tempo de calmais tio coz do. Capitão.
niaria eu »offro muito da asthpra. Basta fumar
• Tomamos o roriiboio <|tu> vem de Bolonha ' um cigarro1 para, atalhar qualquer, achaque.
a Pariz. Trazia um calor abafador. O meu Pro- 0 4 ' cigarros .Sehaedelin . tem a vantagem de
copio, lá. no seu cantinho, de gorra ng cabeça, serem elegantes,, commqdógá bem acondiciona- '
parecia,-cahçgdp, exhausto.. De vez em quando, dos, podendo ser fumados, em qualquer parte. .
quando .lhe spbrevinh|tr uma comf sufiocáção,
— Pois en não os conhecia ,•
mettia a mão na algibeira, e*ttjtvava-de um '
Pois'^ é 'peii,a.;(JÍ
d d í elegantes cigarros misteriosos,, Á òppresH. HRAU^.O. '
s|p desappareciit como que por encanto,
1'ouço a pinico, eni todo o compartimento.
114
A L M A R i CU
U M
N O V O
P Á 11T Z f t B tf S i .
E X E R C I T O
A 1 cercá de um mez e meio passei alguns
dias na Inglaterra. N;ão ha .qiiem ignore ser
o domingo; naquella terra protestante, o mais.
lugubre dos dias dá semana. Os Inglezes escòlhèrão o dia do Senhor para bpcejárem lendo
a Biblia. Contava eu, pois, passar um dia
socegado, palmilhando as desertas ruas da grande
cidade devota. Mas qual hão foi a minha
sorpresa ao Ouvir uns berros, uma musipa infernal,
uns cantos Gacophónicos ? Estaquei, admirado.
Então, vi despontar uma procissão de umas
10,000 pessoas. Centenares de homens trajavãò
unifórmes burlescos. Dir:se-hia .o exercito de
Cettivvayo , a pavoneasse. Havia pessoas de
todas as condições e. de todos o's sexos; crianças de sete annes, e velhos de 70, homens
trajando à çavàlheira, e. outros cobertos de
ândrajos. A multidão parecia ébria.1 Dava gritos
„Viva Jesus! Morte ao Diabo!" Cantava hymnos
religiosos no tom da musica de 'Offenbach.'
\
P qui é isto? perguntei eu ao policeman
de guarda na rua, depois de passar, aquella
nojenta e bêbada masçaràdà.
—: E' o exercito da salvação que passa,
respondeu-me elle. .
Informei-me e soube 0 que era o tol exercito, ou melhor, a seita de ratõesf, que se
intitula exercito, e quer salvar as almas dos
pobres peccadores britannicos.
O fundador da seita, o seu generalissítíio,
é . o .Sr. Boòth. Este gaiato foi ministro anglicano;' depois fez parte da seita de Wesley,
JiRlTÀNNICO.*
quê renegou para enfileirar-se entre os Novos
Methodistas. Viajou grande parte do Reino
Unido, até que, em 1861, consagrou a sua
pessoa e a da mulher á obra da salvação das
álmas. Em 1865, assentou em fundar uma
seita, em que os fiéis, isto é, ós papalvos,
serião soldados, e em que eíle e alguns amigos
seriãó ofRciaes. A seita prosperou. Visitei o
seu quartel;general em Londres e o proprio
gèneral Booth deu-me um opusculo, donde
passo a éxtrahir curiosos dados.:
Em Setembro de 1880 (^ata do ultimo recenseamento do exercito de salvação) havia, só na
Grã-Bretanha, 161 quartéis (igrejas). 250 officiaes em actividade de serviço, 32 officiaes de
estado-niaior e 50 .cadetes nas escolas militares
(noviciados). Toda esse gente recebe soldo,
ração e etapa. O numero dos soldados prestes
a fazer fogo' com a lingua, a bem do serviço
divino, era de 5,580; ò numero dos edifícios
occupàdos pelo exercito súbia a 210-! Os rendimentos do exercito nó ultimo anno subirão
a £ 70,000, isto é, mais de 700 contos de réis
da nossa moeda! ! ,
O exercito de salvação possue dousjornaes:
o War Cry (grito de guerra) e o Little Soldier (soldadinho). O primeiro desses jornaes
tive-o nas mãos. Ê' semanal, e tem uma tiragem de 200,000 exemplares! !
, Tudo" é exotico ria seita. O quartél-general
(cáthedral) está coberto de .cartazes devotos,
deste calibré:
A L M i (SA Ç I I
|Ss ^IstóisitiQ;,"
VA È ; I Z Í i f »
iremos pelas ruas da cidade com a musica
„ 0 m a j o r lítirrows e s t á p a f á . d a r u m a J t a n d a . militar,S|. ;sób o commandodo nosso' general '
n o s bispos, (tóSes, c o n è m s S ^ S i t ú s t r o s . *Vai. IMpremçgfo, Rei-Jé^ip
.. arrumar-'.hs n a b a r n i a i l g ú i ® ® | i s n t ó s j ^ s á t
VE ahi está como .o' povo'mais civilizado do
' f v a ç ã o , e a i n d a fitará b o m artilíieria p a r a ' d a r , globo • dá çehtenares
;çô|íS8||. jfratántès"
Gabo d e outros peccadoress
*
desta laia. ;'
,,Acudi, portanto, ladrões. mentirosos; acudi,
a s s a s s i n o s a c u d i , p r o s t i t u t a s , e ttazèj C o m v o á ç V
i o d a a rHé:'v '
, , H a v e r á , pela ír.anhà, u m ' a u t o a l m o ç o ; s ò b
Dizia Gavarm, mostrando certa classe dè
mulheres': ..Quando se .pensa que tudo isso •
come, tysbe^e fetese, forma se umatnsteidea ;
cio homfem.' : ; ;
a presideitcia>doRei-Jesu's;,^-findoO(^ç|no'
T e n h o mais tristeidéa q u a n d o v ç j o prosperar
dqs que:xos'|f mandaremos ao céo •Vinte' mil o exercito d e salvâçfio!
: âlfeluias banhadas nè.-sàlígiíe'âõ ChriStoí;Iíepofe
S — 1
DIGESTIVO COMPLETO
do DK. VIAL de RAJAT
FAGBLDADE B B PAEIZ, EX-MEMBRO DA C 0 M I S S Ã C & Í 1 V T A R Í A
ÍSENÁ
_ MLIDIÇO^ÍJHKFE D O H O S P I T A L ' S T - S P Y K I B Í Q K , * '
C A V A L H E I R O B E T Á R I Í ^ R £ ) E 1 ® L A U R Í A D O » M A G R A K D E M E D A L H A D E OLMO
;
SÓCIO D E V. 1 L* J ?
ORAÇÕES SCIENTIFLCAS, E T C . ,
MEJJ1CO
DA
PEPSINA, DIASTASE,
Os tres fermentos
PANGREATINA;
da
digestão.
MODO DE EMPREGAL-O.
PARA OS ADULTOS: Um *cahx depois dedada uma
PARA AS CRIANÇAS: A metade. de um cálix.
PREÇO DÁ G A R R A F A : EM F R A N Ç A : S
—
—
—
—
D E P O S I T O
;
FRANCOS.
—
( i l í l i A L :
J. BATAED MORINEAU c C V 5 0 . M l r n í t Strasliouri, Parlz.
VENDA A RETALHO: Pharmacia, 65, Boulevard de Strasbourg, Pariz
E
nas
principaes
Eharmaoias
ENCONTRAM-SE
da
França
NO M E S M O
e
do
estrangeiro.
DEPOSITO:
O VINHO de EXTRACTO DE FÍGADO DE BAOALHAO do Doutor VIVIEN.
O VINHO DE COCA Phosphatado ferruginoso do Doutor DELOR.
O VINHO DE MARSA com Calumba do Doutor MOUCELOT.
ALMA^iiiCH
PÃKIZIES.»
G A M B E T T A E ROCHEFORT.
O celéberrimo "lanterneiro", — que julga
viver ainda na época imperial, e continúa cada
vez mais myope, a despeito da sua lamparina
de noctambulo, -—achóu no cisco, n'uma noite
sem luar, um montão de papéis, que logo susr
peitou encerrassem muita cousa contra o Sr.
òambetta, contra o Sr. Challemel-Lacour, contra o Sr. Roustan e mais oppdrtunistas. Com
. o cesto attestado desse lixo, desceu, a terreiro,
armado de . ponto em branco como os seus nobres antepas;sádos, pois o demagogo Rochefort
nunca se esquece de que é Marquez dè Luçay.
Lá se foi, pois, o grande inimigo, dos tyrannos»
a guerrear contra todos os inculcados crimes
que se commettem em nome da liberdade
gambettista. Para esse paladino era manifesto,
que lá muito longe, nas terras adustas.da Africa,
ao-pé das. minas de Carthago e da mysteriosa
mesquita de Kerwán a Tunesina, corriam injustamente rios de sangue francez, emquanto as
lagrimas das mãis e das viuvas estavam para ;
engrossar o mar Mediterrâneo.
Era mister, acabar com tão nefando sacrifício.'
Aquelle homem terno e sensivel, que cahe em
delíquio quando o barbeiro Lespès lhe arranha
a cara, mas conserva-se impávido quando o
sangue impuro dos burguezes alaga as ruas
de Pariz, nãp pôde supportar que se faça
mal ao mais ínfimo dos seus assignantés.
Portanto, com, a inseparavel rosa na casa do
botão, da, sobrecasaca, arrojou-se aos inimigos:
"O que é isso ? Como assim ? Estais a matarvos| uns aos Outros ? Krumirs, Francezes, deteivos; sois meus irmãos. Embainhai as espadas,
; ou, melhor, desembainhai-as contra aquelles que
trapaceiam-comvosco, jogando na Bolsa e especulando com os fundos tunesinos. Irmãos!
Francezes da minha alma! Krumirs do meu
coração! travai dos maravilhosos chassepots
para dar caça^aos sujeitos que vendem empregos j emprezas e cartas de naturalisação mediante
boas Jpropinas...» Roustan e Mme. Elias são
, uma segunda edição de Cissey e da Baroneza
de Kaullà."
Ora, o Sr. Roustan, ministro residente da
Republica Franceza em Tunis, achou pouca
graça na intervenção do lanterneiroRochefort,.
e na comparação da sua com a historia ÇisseyKaulla., Queixpu-se, e nisso andou mal : . um
homem publico deve acostumar-se aos couces.
Processou ap gaiato do Rochefort.
Doze justos, doze jurados, doze honrados
pais dé familia foram chamados a apreciar o
caso, n'uma sala vasta, aos pés do Christo
crucificado.
' Esses doze,. que nunca commettêram o mais
leve peccado, venial, que nunca tomáram a
liberdade de oíferecer secretamente um galante
ramalhete a alguma amiga de suas, mulheres,
A LM Á j f & ^ M i t ^ I Z - I E i f SE.
119
os modas p mais divertida moral do t|ui>jt peca em tr.es
mqdaíj do .Oriente..
actos que prosenriiúr.os n u Palacio da Justiça.
Adubam máo que q ministro Roustan lanças^! Alli vemos s velha Zulmu-Bouffar, q u e - i í
0 Juzio á mulher do general Elias; bonita. Ge- • "anisava sensação" no Rio de Janeiro: quando
tlovliza, Portanto, conferiram ao cidadão Rç- o auto^,desta^linhas não jpassavad^um carqío.
Khefort um- diplpm^. de hoiwa,. por sei;'elle o - j ^ j e l h a Zulma, cada ve.z mais cauda e pimpona,
J}erradeir<q :.<?gtèió dã família feancç|á, o mais traja os.variados úisfarces de Abou-ll-assan,
estrenua defensor do thronn... dos beys .dê assiste a 11111 deslumbrante, bailado de nyniphas \
Tjlii&Wo mais fervoroso attoradoi do altar. I no fundo do mar, vai á côrte do Eg>ypto,:tQca
do Broiáteta Mafoma. •
corneta de Rolando, dirige a caçada infernal
' Para roniplotatVii victoria c:o lanterneiro, .1
por, entre cães disfarçados em tigres e, depois
iustiça tinha' cfinnaiio a causa dó desditoso
de tantas façanhas, toca a victoria iinal ao
Roustan a'(j| sgMâdor fíauphin. .
defensor do:;> sexo . fráQgjjíaãS^ltíhamado por
. Este: Jpelphim afogoií-se (.DelgiitmÀ. à&ilii
•ser Causa de todas ^s/itô^artraquezis'}
qui per i&rfo Táiinidà' &úã<i,: díisér^Virgilio,
Que Iiça^í para os doze juraclds'' "Aposto
antevendo .este magistrado inhabil), e assim
ique algum dejjes estava presente ao espectáculo
Salvou Roohcfort.
• applaudio os encantos de/Zulma-Bouffar.
Nada.:,distp impedio - qtiè, na inesmai noite,
:No theatro da Kenaissanie ho::ve outro c.uksu
0 Sr. Gambetta jantasse no palafcio do em- de arabe.
iukador aKeinâo, nem tão pouco .;ue a sultana
mm Os Eiiropêos invadem ò Oriente, 0 Oriente
Sehéhèraiáde} sé' (íivertiSsè1 á custa. do infeliz
por sua vezj está invadindòi® Nas scenas
Abou-Hassan. •
pariziense|A-.$5 . se enxergam turbantes, céos
anilados V serrálhqs. 0.'S,àís/da Mme. MarQuem « ' t a l sultana Schehèrazáde ?
'guêrite Olagnier, representado naquelle theatro,
E' uma sujeita 'que esta-sendo applaudída faz scismar rias palmeiras, nos rouxinóes, nu
poyTari/. cm peso no theatro do Châtelet, em Nilo fulvo.. Como nas duas mlágicas precedentes,
uma magica dePaul® erriçr e A(lo!pbe DT.m-.cry. a paixão leva dè vencida os cálculos friòs da
A validai; feiticeira, tão feiticeira como a razão. Com effeito, Tefida, â sultana ^não
mulher . do ««"trai ' tunesinòi/qué ''Saji^lJ a.- havemos de sahir das sultanas!) está prodesgraèt do Kl-, Roustan, exige do seu .namo- mettidá ao sultãó Réschid. Os dous juvenotes
rado das Mtl e vma*mitè& 1 o thesouro de iam desposar-se, quando eis áhi acóde do fundo
Simbado, a per cila de Ceopatra i p i mara- • do deserto o mais galante Beduino que jamais
vilhosajjtapada de Aladino. O pob^éjíbóu-- andou vagando pelos areaes africanos.
Hassan, .qual outro .Miou-Roustan, • põe o
Chama-se elle Naghib;,em árabe; mas, em
mundo de ^erpas para cima aflm|§i ^òntentár . irancez, é Capoul, o formoso tenor. Capòul',
os desejos- da sua q u e n d ^ M a s h a umtyranno que ainda se -lembra do papel que representou
que lhe empata' 'as.i^èàs, e 3a magicá corre no Paulo e Virgínia, de Victor Masset, dá
í»or emn(ít esplendores c sóíprezas quépristàram um beijo em Tefida, e sente o amor descer-lhe
a bagatella dMaiao (digo ;duzè#®feqntps de dos lábios ão peito, como o orvalho descia
tf&s ao&iprezario do Chiteíet:
pela barba de Aarão. O beijo atiçou-lhs ainda
A magica de Adolpho d'Enneiy iferiiuitq: mais os" desejos/ Penetra, pois, no serralho,
120
disfarçado em Sais, e, coliforme a moda da
terra, finca um punhal no péito do seu rivalReschid. Infelizmente, Tefida achava-se sòb
a tutella de um tio, velho ambicioso, que
•dissimula os sèíis verdadeiros sentimentos,
-procede ao casamento dos rapazes, e manda-os
afogar nò Nilo por uma deleitosa noite de luar.
O casal, porém, feliz como todos os namorados,:
sahè das aguas como o finado Moysés, e foge :
para o deserto a saborear os amores juvenis.
À musica da Mme. Olagriier, ora voluptuosa,
ora . faceira, ora séria, tem paginas vulgares
que destoam do resto. O scenario e os vestidos
são soberbos. Mas Capoul tem á voz muito
cansada, e incommoda os espectadores com
os seus ares de affectação e as suas pretenções
cada vez mais exageradas.
VERMES INTESTINAES.
Esses terríveis parasitas, que muitas vezes occaSionam
Convulsões, Meningites
e diversas outras
moléstias, pondo . ém risco a vida das crianças,
exterminam-se infallivelm<>nte, mediante o emprego
dos CONFEITOS VERMÍFUGOS DE ROYER, Pharmaeéutico, 225, rua St. Martin, cm Pariz.
Deposito no Rio de Janeiro, em casa de
Domingos J. da Fonseca e C ".
>
A I. M A N A | LI
H — B B — I I I
O C O R V O.
Uma vez, lá para a lugubre méia-noite,
émquantò eu meditava, debile fatigado, acerca
de ' já não sei mais que precioso e curioso
livro de uma sciencia olvidada, — emquanto
recliiiava-se-me a fronte, quasi que adormecida,
de improviso houve um reboliço, como se al,guem batesse devagar, á porta do meu1 quarto:
f f - E' alguma visita, disse entre níim, que
bate á porta do meu quarto.... Só é isso, e
nada mais.
Ah! distinctarneute me lembro de que era
- no glacial mez de Dezembro, e cada um dos
tições ao apagar-se deitava o seu phantastico
remexo no soaíhò. Ardentemente eu almejava
pela aurora; • debalde eu forcejára por tirar dos
meus livros: álguhi lenitivo á minha tristeza—á
minha tristeza pela minha Lenora perdida,
pela preciosa e radiosa virgem a que os Anjos
chamam Lenora.... .E que na terra ninguém
chamará nunca mais.
„E o avelludado, triste, "vago remexer dás
cortinas -purpúreas fazia-me estremecer, enchiame de terrores até e n tão. desconhecidos, de
tal' sorte que, afim de acalmar as pulsações
. do meu coração, ergui-me repetindo : —r- E'
alguma "visita que quer' entrar a porta do meu
quarto, álgúmà visita atrazada que quer entrar
a porta, de meu quarto... Só é isso, e nada mais.
Naqiielle momento sentio-se mais valêntè
a minha alma; por issò, não hesitando mais:
— Meu senhor, disse, ou minha Senhora,
devéras vos peço Vénia; mas . o facto é que
eu estava em modorra, e tão devagar viestes
bater, tf,o mollemente -viestes bater á porta
dê meu quarto, que eu mal estava certo
de vos haver, ouvido. E, então, escancarei a
porta.... As trevas, e nada mais.
Perscrutando. profundamente as trevas, permaneci por muito tempo attonito, cheio de
terrores, sonhando sonhos que nunca mortal
algum se atreveu a sonhar antes de mim! Mas
o silencio não foi interrompido; a immobilidade
não deu signal algum, e a única palavra proferida foi um nome murmurado apanas: Lenora ! Era eu quem murmuravá tal nome, e o
éco respondeu pelo mesmo nome: Lenora k á ^ f
Só essa palavra, e nada mais.
Voltand e ao meu v quarto, e sentindo no
peito toda a minha alma a arder^ 'logo depois
ouvi uma nova pancada mais. forte do que a
primeira: -^Certamente, disse, certamente ha
alguma cousa nas gelosias da janella; vejamos
o que é, e indaguemos tal mysterio; deixemos
o meu coração socegar um instante, 6 indaguemos tal mysterio.... E' o vento, e nada mais.
j
Então empurrei a janella, e, subitamente,
com um tumultuario bater de azas, entrou um
magestoso côrvo, digno dos dias que foram.
Não fez a mais pequéna cortezia, não se deteve, j
não hesitou um minuto; mas, com òs ademanes :
de um lord ou de uma lady, pousou em uma
idas portas de meu quarto, pousou n'um busto j
123
de Pallas, justamente em uma das portas de .^fienteále-ici um a i í è n t c ^ B ^ É i S o f á á a S p t o
meu quarto... Pousou, ,sentou-se e nada mais.
mer-,
Então, essa ave de ébano, fazendo sorrir
. algum tanto a minha tristeza com o seu porte dert^ideaff'cdm^idâw;' prociirandti adivinhai
grave è a .sua physionomia severa:.—r- Embora
seja calva, e depennada a tua cabeça, di^se^
lhe, não ès certamente nenhum covarde, lu- agoureiro passaro dos dias de outrora queria
gubre e. vetusto corvo vindo das plagas da
seu
noite. Dize-me: qual é o teu nome senhoril X ^ W Ê t estjva q ú Engolfado i . i , i*";.
H
nas plagas da noite plutonica?•;'.-» O. corvo sem dirigir mais nenhum;
.
dis|e: Nunca mais!
Fiquei maravilhado de . que o feio volátil ate g l n t n p o do ròr-avãô,*S?nm s k « J | M pie
entendesse com tanta. facilidade à palavra curando adivinhar í^^^míiltóSoutras cbfjJIgS
humana, ainda qué a sua resposta não. tinlia
muito significado é não explicasse nada; pois, d e velludo affagada pela luz « j i i
I n M
cumpre confessar que nunca ente, humano vio nkijli5Mv.elli®&rôxo akigajJb pela Ioz da lâmpor cima da porta de seu, quarto uma ave ou pada» | M p » i t e i W | i H B a B i i » <i
animal, n'um busto,; esculpido, por cima da « ' . a i s ; •
.
pòrta de seu quarto... Uma áye com tal nome:1 S; í
a<34eiiK4-sÊ o • m i
Nunca mais.
perfiimàddriéivum y§ri^®ínvi||srè|_que Êaláíif1
Mas o corvo, pousando solitário sobre o
ii
| flfl ffi J / í r *
| , n te
busto* .não proferio mais do que esse palavra, v á a K i a J i i l j r a ^ ^ ^ ^ B ^ ^ f e i f c p a d o 1 exiitmej.:
;como se a sua 'alma, nesse .único vocábulo, •HdÇu-jp Deus por, s > r i |uf; envioii-te Í S Í *
se tivesse exhalado m^irWNaopró/erio np.ais 'descatts'â«9|^Sçso e nepenthes para suavisar
c°u£||;,^Iguma. 1 11 - - V 11 nenhuma ..penna a1:cí"'
111
. , ' 1'iatens H L e n o i ^ P B e b e rih' m M iiMftiiiuiiiiiiiiimxi»ilMij|aMfi|llii>ii*iij|i(jiiii
I - y H f e p p i i flPTjJj ffl t meiqòJpE
já s^ f^amjJSpela Manlfe ille também |i||!j íu^Ceiujíra perdida , 0 côrvo jdissj
deàjedlragje mim como as minhWesperanâs*1,
ha mmtii l
i
|
>.<i|7VjVLJ.'1".'!- HBj£ Ah I P r o s e i a , alimaria de inforliini?> "ave;
g|i^t.rcmeé(a3o ao oníjr U' res.pos.ta' tã!» >bem
íadeq^ada':" Sem' duviâ,á,f£disse, MVqlÉÍêllI está
jff^fefflyonstitBe - | | M | sn* sciencia, Yifdo
senhor mallagraslo •
Çtue ^
as^eantigas.suas
In e.ssem uniesihbilhoj/ã^é^ue o dobre da sua -esperança i f e
fejfeÇiSse este^ merencória çsíri
jjgi dem.Çni^, m&.sein^el p .(\ijjli n u e i | | | K _
talgwSfe mensageiro d o | T ^ ^ S o r , Í 8 í i « : "tenhas
Eg8t£ aJrrojjaclo jiela T e m p e ' t ^ d è Ã & , a e ta
liF^M^WS'- aa FíuiidoJ deíJ||tfpoiseritO:jf
i-.. MiÈoiHTóíi^r I
, sincero.
Eu .te imploro1! Haverá, dizgf&i a\;ei â7 .algum
l^alSanioTí.dá Judéa^ j^ara^amiriha "dor? KtJjHB
p i i'i
-i-r^ fie-nic, m
í°0
Coi\Q-
mais! v ,
u
álimana de Infortúnio' ave ,
^-G^ttí^^ p^fém,
ainda ^vít*ssif á - ou demomo, mibjpseumrc proplicta,,por à^helle
minha ilma&fiilutada íKorrifcrautra I|&,á|p ; ril^.ajffue inos* uiiicob . ,V| - u •• elle
AlMANACH
PARIZIENSE.
ambos adoramos, dize a esta minha misérrima
alma se,, no Eden longínquo, poderá ella abraçar a uma virgem santa que os anjos chamam
Lenora, abraçar a preciosa e radiosa virgem
que os anjos chamam Lenora.... O corvo disse :
Nutíca mais! .
— Que esse teu dito seja o signal da nossa
separação, anjo ou demonio, bradei eu, erguendo-mé. Regressa á Tempestade, volta ás plagas
da noite plutonica, que aqui não fique uma
única das tuas negras penhas, recordação da
mentira que proferio. a tua alma. Foge desta
solidão inviolada,; vôa para longe desse busto que
está acima da minha porta, arranca o teu bico
do meu peito, e leva o teu espectro para longe
da minha porta!.... O côrvo disse: Nunca mais /
E o corvo, immovel, está sempre a pousar,
sempre a pousar em cima do pallido busto de
Pallas, exactamente em cima da porta de meu
quarto, e seus olhos tem toda a parecença com
os olhos de um .demonio que sonha, e a luz da
lampada, espalhando-se nelle, deita a sua sombra no soalhoj e minha alma, fora do circulo
daquella sombra que jaz fluctuante no soalho,
minha alma nurtca mais poderá erguerse....
Mais nunca!. Nunca mais /
EDGAR POÊ.
LACADEMIE DE MÉDECINE
A
l
E x t r a i t
de F o i e
de
M o r u e
L'usage de ce Vin est prescrit par teus les Médecins,
eomme ayanl une action plus active et plus eflicace que
riuiite; u n e c u i l l e r é e équívaut à deux cuillerées
de Ia meilleure nuilè de foie de morue.
MODE
D-EMPLOI
Uns cuillerée à poiage auelques minutei
choque repas
avant
Pour les: Enfants
1 / 2 Cuillerée avanl chaque repas.
67, BOU LEVAR D IDE STRASBOURG
• P A R I S
•
P R I X EN FRANÇE 7 : 5 f r 5 0 la Bouteillé
Ixiqer la Signature du' D? Vivien a u t o u r du
O o u l o t d e la Bouteílle-
h v c e i m u e u s t t o
3 V E B 3 D I O O .
De todos os-^parasitas"1^® "vivem á custa do Dr. B'Arderine narrando, que uma mulher de 35
corpo humano são incontestiveínienu: os ver- - annos d e idade rejeitoude 450 a 500 ascarides.
mes os g&eSnais' compreipettem a nqy^exis- L. Í-Por vfees penetramelles nasvíasrespiratorias.
tencia, sobretudo nos primeiros annos da vida. /E) -Senr. Davainne cita 8 çásos de c r i ã n S á
Qual a mãi de familia qúefjfclnao viõ. d querido de 9 a 10 anrios em qile
vermos se introfilho dats Suas entranhas estiraâdo-se em terríveis duziram na larytige;- mil -.mico pôdè' .expulsar
convulsões Causadas por esses implacaveis os-^vermes/os outrps morreram.
" inimigos da infanci|l A pallidez cio semblante,
Afim de prevenir i f e s accidentes, çumpre
ppswescorar dos lábios^ ;o circuito azulado ,qi^i empregar os confeitos vermífugos de Royer,
rodeia os olhos, tges são. os signaes precursores preparados pela Pharmacia Dupuy, de Pariz'
£ de seu, ataques. Nos adultas, uma indi^y^X (225, rue Saint-Martin.)
languidez, caimbras de estomago,
einnui, a
. Os segundos; são: vermes brancos filiformes,
sensação de uma bola. nà garganta, indicam djljiim •.^ c&mprimentb;R:-Ç2 a 13'millimcítr.os)í
claramente a presença do, inimigo.
que.|||)encontram espeçiáJroente nas crianças.
0 emprego dos vcrmitiigos de Royer faz Oçcupam a' parte inferior do anus, em que
desapparecer immediatement todos íeáses symp-. provocam insupportavel prurido. A . criança
emmagrece, o semblante altera-se, o génio torna: tomas inquietadores.
Os vermes (-outra os quaes opera esse me- Se rabugento' e irascivel. Nas meninas," princií
palmentc,
ilou-rminam sérias desordens, que',
dicamento são de .duas espeçies:
• I». Os AsrarMes lombricoides ou Lombrigas: só tomam fim. 1:0111 a expulsão dos. vermes. S
Ordinariamente, .a- administração dos cofifeitos
2°. Os Ovyuras vermiculáres ou péqúeúos,
vtfmifugos de Royer causam a Jêxpulsão im^vermes;
São os primeiros uns vermes cylindricos, me-.liata Ws vermès. Outras Veies, è neces1
brancos ordinariamente, por vèzes vermelhof sario continuar o ^euV emprego I por ntgurp
ou pardos, cujo comprimento varia de 15,-130 tempo.;, .
centímetro?, os qúaes habitam, no intestino em
. Esse medicamento df' um eíieito : certo ie;-,,
numero varçavel, ás vezes isolados, ás vezes
sabor, agradavel, preparado principalem massa; m i v «11 certos casos, sobem para. mente para as crian.-as, também s.ervi>. para
o estomago, donde pddem ser. expulsos pelo : oS adultos, augnien;,-mdo-sc-llie a doze' E'mevomito.
lhjgg tomar ,os,' confeitos Vermífugos pela
Taes vermes são muito cOmmuns; éncohtrámse em todos os paizes c em todos os clinias,
e, particularmente, nos indivíduos delíeis, nos
" V ? s e nutrem mal, e cuja alimentação compBese quasi exclusivamente de frubtas è* legumes*
s. crús. Atacam ás crianças mais do que ?fos
homens. ;N|Í0:
raro ví-r-se crianças .que
rejeitam centenares delíes em pouco tempo.
O Sgn. Petit de,j||pji çpnta que-uma criança
de Roanne rejeitou 2,500 lombriga^; em 5
mezes.
O Journal d'Hygiine, no ,séij, numero de 14
l de r Agosto de 1^79, publicou uma' carta do
manhã j de jejum, durante tres dias consecutivos,; .'
e do seguinte modo:
. 1 Confeito vermifugo pm,
abaixo de 2 annos.
B ^ H P p B H
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„I6 „ a ,„"
'- pata ^s: adultos';,';,
AconselhâmoSi ;,ás ! mães de familia dêm a
sèús filhos esses confeitos regularmente tOd#i;íli
os mgze^í." Esses confeitos ^Sq dados ás crianças
mui pequenas dissolvidos èm uma colher, das
de café, de agua, ordinaria. .
Como garantia, deve-sc exigir a marca
de fábrica e a assignátura de Royer.
ias
ALJÍAJÍ K |
PA li
Elp-E.
DENTIÇÃO E CONVULSÕES
A maior parte dos soffrimentos que sobrevêm á primeira infancia tem por causa o
trabalho da primeira, dentição. Quândo o dente faz exforços para sahir,, declara-se certo
calor nas gengivas, a salivação toma-Se mais abundante, o sommo é agitado, e, por vezes,
ha febre. Em geral, appàrecé também soltura de ventre; porém, a menos que este symptoma
s assuma um caracter violento, é mais fávoravel do que npcivo.
De Ordinário, bastam para atalhar taes accidentes alguns palliativos.
Comtudo, nem sempre acontece assim. Basta uma irrupção dentaria difficil para exagerar
cónsideravelmente esses desarranjos, e determinar graves désòrdèns conhecidas sob o nome
de convulsões.
Com effeito, as convulsões são os mais graves accidentes da primeira infancia. No dizer
dé Bouchut, resultam ellas dé uma modificação desconhecida do systema nervoso, a qua£
sem desordem material, aniquila-lhe repentinamente a acção. A criança desmaia, a bocca
contracta-se, as palpèbras tremem sobre olhos que ficam fittos, e os membros, violentamente
agitados, enteiriçam-se, e tòdo o seu pequeno énte ofierece uma expressão horrível'de vêr-se.
Deve-se ter pressa em levar as crianças ao ar e despirias. Fazem-se-lhes fricções em todo
o corpo, e dá-se-lhes vinagre a respirar; desde que é possivel pôr-lhes uma colher na
bocca, administram-se-lhes pequenas porções de xarope de ether.
E Sobretudo durante o verão que as convulsões são mais Irequentes; e é o que explica
o pprque. • as crianças dos paizes quentes soífrem mais d'ellas. Mas, que as mãis de família
não desanimem: graças as precauções tomadas a tempo podem-se evitar essas graves complicações.
Çõm ^ primeiro meio preventivo aconselhámos os collares Royer electro-magneticos.
Esses collares, cuja coíistrucçãp.firma-se em dados scientificos bem demonstrados, são formados
de pérolas de anibar reunidas por meio de fios electricos. A sua fóirma elegante e pòrtatil
pèrmitte a; su^i applicação constante no pescoço das crianças. ;Usam-se quasi desde o nascimento;
e, em todos òs casos, desde o terceiro mez.: A criança deve andar com elles constantemente
até que lhe saiam todos os dentes. So'se lhes tirem para lava-los.
a De mais. eis-aqui o que o Sabio professor de hygein.e e. de moléstias para crianças na
Faculdade de Medicina de Pariz, o Dr. Brochart, laureado do Instituto, diz a respeito : .
.Afim
de responder a um grande numero de perguntas que se me dirigiram, direi ás.
minhas leitoras que pódem com ioda a confiança empregar o co!lar Royer, que, ha mais de 25
annos, é usado em França e no estrangeiro, e que sô tem grangeado as maiores felicitações ao
seu antor. A electricidade qne delle sahé, pór pequena que seja, produz na cútis do pescoço da
criança e nos ligamentos nervosos que rodeiam, o queixo uma excitação, que só>póde ser. muito
salutar no momento da dentição, para prevenir as convulsões.y
Exija-SÉ' SÉMPRÈY porém,, À marca de'" Royer, PharmaCeutiçó, 225, rua de S t Martin, em
Pariz. A marCa da tábrica e 3. assignatura açhamese reproduzidas em cada uma das caixinhas.
M Ê S S Õ N N I £ R.
THERAPEUTICA
O
vinho
de
exiracjtf
d o u t o r
do
Ficado
di; B a c a l h a o
i h V I K
do
X
Em 1862 a Academia de Medicina de Pàriz nomeara uma commisSão composta dos
Snrs. "Bouillaud, Poggiale e Devergie para que examinassem o extracto de oleo de figado de
bacalhao que lhe tinha sido apresentado; esta commissão apresentara o seu relatorio no qual.
dizia que, após desoito mezes de experienciãs nos hdspitaes, tinha-se certificado que o extracto
de figado de bacalhao continha muior proporção dos prinçipioé activos do figado, do que
possue o proprio oleo.
Mas, para levar á pratica a administração de um producto *d*esta ordem, era preciso que
fosse fabricado com todo o esmero, que .0 calor não o alterasse e sobretudo que não decompuzesse a propylamina que não existe nos fígados ainda frescos.
Estava reservado ao nosso collega, o doutor Vivien, levar ao . cabo uma tão grande ideia,
por meio de processos espeçiaes de concentração pela congelação.
As primeiras preparações do nosso collega tinham por alvo o encobrir o cheiro e gosto
desagradaveis e repugnantes, do medicamento; quasi sempre este é o primeiro pensamento que
teem os innovadores therapeuticos. Envolveo elle então em uma, camada mui fina de assucar
as pílulas de extracto, è com este meio, facilitou a sua administração, e ao mesmo tempo que.
pudessem ser conservadas.
Porém, como nem todos podem, engullir pílulas, conservou elle esta forma principalemente
para associar o extracto à creosota de renovo de faia, medicamento tão util na tisica e nas
bronchites, porém que não se mistura faci'mente com os oleos e xaropes por causa do seu máo gosto.
No correr de todos estes estudos, descobrio então o doutor Vivien que o gosto e o cheiro
do extracto de figado de bacalhao desapparecia quando era misturado com certas especies
de vinho; occupou-se elle immediatamente em fazer uma nova preparação, mais forte, e que
o paladar mais apurado não descobre nem a origem, nem de que é composto.
Esta preparação é feita com todo o cuidado e de tal maneira dosada que uma colher, das
de sopa, d'élla represeuta exactamente vinte centigrammas de extracto Vivien.
Qualquer pessoa pôde verificar que o medicamento contém realmente o producto, basta
derramar algumas gottas na palma da mão, e esfregar com força uma contra outra, o cheiro
que exhala é característico.
Não é pois dè balde que chamamos a attenção' dos práticos para esta exçellente preparação,
guando tenham que prescrever uma medicação tónica e quando séja preciso restabelecer as
forças perdidas do organismo, íegenerar a massa sangtiineá, moderar os desarranjos nervosos,
emfim, animar o todo „da -economia estragada.
O vinho Vivien representa, em um péqueno volume, um medicàmento-alimento de grande
valor; a sua introducção em therapeutica foi um verdadeiro progresso-util na medicina pratica;
este progresso é muito maior para nós outros práticos, qve vêmos o porvir inteiro de nossa
arte nos aperfeiçoamentos therapeuticos.
ALMANACH F A R I Z F A S E
f
'
A HERODIADES DE MASSENET.
todos Os ! Israelita^, S q u a e s cÔnsoJam-àe da
maldição divina vivendo boà vida nesta terra.
' Julio .Jdassenet <6 autor da formosa ópera
cpmia gafanhogf e percorria a íiídéa pregando
o remado do Ç h r i s ^ B r f e j a surgir.
Os autores do íibrettò
se attevêram a
levar á s*cen«'/l<M4?ctH5tan na sua dramática!
''realidade. Irí-íentàramuma fabulação pueril:
Salomé é uma rapariga ardente e romantica,
riamorou-se de João o Propheta Ora,
Hérodes,. tetraíciia da Judéa, está namorado
4ê Salomé,,filha, de s;:a rmúhcr Hérodiades:
ama-a com amoríatóeficf e ijic£s1>uo$> Natui-:
ralmente, Salomé n ã o o,p^de ver n è n piritadó.'
Herodes ignora, todavi»,
namoros secretos
de João e Salonié|g. ppi^sa 'em1 servir-se t^o
a^itadpr
expulsar d» Judjglo Romano
VittelKrf as^sims legiões Mas, quando chega
• j g j g p n r o afifecto de S a l o m í p a r a c o m M
Propheta, a •vcç do amor suffoca a da ambição»
e;, nôs seus furOres ciosos, manda Herodes que,:
•Jjjão seja dçgollado Salomé, l p u » t d e desesppr0,fsuidda!ssí^|§l
Mas, «e o libretto não, é uma ohra-prima,
S S S f j * ) ? entendidos proclamam.Miiaira#í'. a
musica de Massone:. O compositor fez muitos
^PíSessos depois da sua opera r 'o Rei d'è
do Instituto de F r a n ç a l o qilef|algitófacousa,:
e é joven o què nao deixa de terias suas!
( vantagens. , V,
Qepois de bater debalde,* ao, /errolho da
Nbva-Opera, »da Opera-Comiei 1 e de todas as
demais Operas'pbssivèis de ¥áx\z, levou ã í i i a
"Her^a^" >
theatro,- da "Mpeda", da*
Bruxelláà,
; A .operà-oratpricí.. dê^-Massenet álli teve
estrondosa aceitação que, o eíftpreisapo da '
opera-cotinck de Pariz logp'lhe mandou um
telegramma offerecen<|oS|Fpara represeiíta-la '
, aqui. Tarde .piaste!
O principal autpr do libreto da "Herodiades"
nasceu no j|!io> dè Janeiro, cháma-se Milliet,
6
moço
para
França E ^ u m
rápaz iouro e bem apessoado. O (..iinotismo
. n"10 me J | | p ao.
^ H H H ^ H
libretto. Todos nós conhecemos a terrivçldenda
Herodiadps, qiíe o Évange^t?, Marcos!
&? ™ V n 'oo critiçà,drafnaticó i
narrou-nos'no capitulo VI do seu Evangelho
A
e
não
exprutta
j||g}à admiração, Massençt'
;0 grande romancista Flaubert lambem ciescremais como um
veu-nos n'um dos selis Ires ctmlos, as aventuras '
<Je Joio o^precursor, d e s s e f f % k a n a u n " que cpmpositor ,de. alta conçepçãçi,: dS profunda
imaginação' poderosa. As uesB
ALMANACH
soas que foram aBruxellas dizem-me que foram
principalmente applaudidos alguns trechos, entre os quaes destacam-se os seguintes:
O canto de Salomé, suspirando por João,
com acompanhamento de harpas:
Ah! quand reviendra-t-ilPQuand pourrai-je 1'entendre?
Je souffrais, j'étais seule, et mon coeur s'est calmé
En écoutant sa voix mélodieuse èt tendre!
Puis-je vivre sans tói, prophète bien-aimé!
O duetto dò i° acto, com acompanhamento
de harpas e rabecas:
O Elixir de Ferro ao Dr. Rabuteau é muito
agradavel ao paladar. É recommendado particularmente ás pessoas que sentem nauseas
ou tem difficuldade em tomar as Grageas. —
A dose é de úm cálix de licor a cada comida;
põde-se tomar puro Ou em úm pouco de agua.
Graças aos principios tonicos e aromaticoS
de casca de laranja que entra na sua composição, o Elixir de Ferro Rabuteau é, utilissimo
ás pessoas delicadas, cujas funcções digestivas
carecem ser restabelecidas ,ou estimuladas.
O Xarope de Ferro do doutor, Rabuteau emprega-se como o Elixir; é destinado especialmente
ás crianças que o tomam com gôsto por causa dó
seu sabor agradavel, aromático e assucarado.
Dose para as crianças: uma colher, das de
sobremeza, a cada comida.
PARIZIENSE
Parle, j'écoúte... je t'adore!
Et l'éclat de tês yeux
Plus resplendissants' que 1'aurore
Illumine les cieux.
O canto estático de Herodes:
Vision fugitivé et toujours poursuivie,
Ange mystérieux qui prend tòute ma vie.
A invocação hebraica, de um rythmo originai: Schemah Ismael! Adonai etoheinou!
E, finalmente, o bailado de Egypcias, Babylonig.nas, Gaulezas e Phenicias.,
Em summa, os innumeros estudos feitos pelos
mais distinctos sábios da nossa época tem
demonstrado que asi •preparações do Dr. Rabuteau são superiores a todos os demais Ferruginosos, visto: apresentarem o Ferro sob afórma mais normal para penetrar no sangue
e ser completamente assimilado.
E' fácil mandar vir o Ferro Rabuteau por
meio de qualquer Pharmaceutico. Desconfie-se
das imitações è contrafacções, e, em todos os
vidros de Ferro, Rabuteau, exija-se como ga-,
rántía a Marca de Fabrica (registrada), com
a assignatura de Clin et. Cie, e a medalha do
Premio Montyon. O estabelecimento dos Senres
Clin et C™ (14, rua Re cine, em Pariz) vende
por attacado esse precioso medicamento.
X í J í i i í Á ^ H
P A R I Z I B N S E
1 8 1
A C H I MICA.
TOtímamate o ^ e n ^ d o elegeu senadores vita- J Escreve detidas memorias ácerca da translícios dous chimicos'éminentes, os í S . V u r t z | | p a r e c i d o f a z da» cauda 1 TO^omás e trava'
Berthelot, patrocinados a m b c a ' í e l o Sr Gani- polemicas que;'parçcem.interpssàjó commêmbetta. D i z - s e q u e o faráóffi Irib.nm, inciijpiantio'
academias de que nunca se ouvio
Q à e s d ô u s ^ ^ ^ J ^ p v è i í & algum delles
'Í^SJWj E m Stimma, é um homem â parte, de
conseguia combinar e n t r e ^ s p ^ ^ & d o u s | 1 | |
lhe
mentos contrafim o opportamSmo e a liberfiliarem dc Napoleão, ê cajáz de pergundade. O, ; f | . i S f e S ^ i ^ & i ^ í l i i n '
. '.'ir s-e ellfi não kçába de regressar da ilha de
escriptpres verdadeiramente hberaes do partido
Êlba.
irrgcoaciliavel, i)ã'<> está Satisfeito f a m .ii.es
I
»!"> ' , " 1 " c ; , ' s . I 'I u c uiíi. corpo
èsçplhas, 4Í- eslflu .nos douVçhimicbs ullustres
politico vjii procurar no meio dos seus vasos*'
esfcl espirituosa descompostura: ',
• ' s t " ' i l l e l ' «Hl chimico ? - Cm chimico . dè. J á ^ Í Q . ^ómprido:
4 tan velho sabi-chão. O que é um v e l h d | U n i ! Ha\;eís de* ser senador, diz-se-lhe.
— Muito bem; mas o qiíb é isso''
.sâbichâo?; J j úm homem que paçsa a vida n'um
— Ter»ig*
iaboratorio sujo, r o d e i o Ôè retortas e instru,
.Leis'? ahi isso "sim ' sçi%o que é. Ha
mentos • exoiicos,á*i;.iè combina substancias,
vapas ||p!|[ ag lei
Mas as leis não se •
alinha colunmasj dls nlgarismos mrslmosos cm
-çlisçutem; basta vSnflca-Jas <
grsndís folhas di!.-|apc!. b que. <!e tempos a .
W0SSO parecei e tratareis' de
tempos,..poy a cabeçiii. feira dc janeíla p a r a y ê r •
fâzp'^<^tríum|íhar> ^ •
d» j ] * - ipoi^p sopr^ o -vento, sêm, comtudo;"*
— Wm^sèiihar "aqgito com muito gosto, a
.isquirir jámais qoai a f ó r n g d e f o y q a g j j l i e
Jíçssssfc." A gsípè^ilidad.ííS.d® velhf;;'4^J|®|íb'í'è' minha',, opiaijto é."j|®,\ reacção p â | qual'o
s_er^distrahMa,f alheio -aos acontecimentos^.e • fliioto o o hydrogeneo formam o acido chlorexprimir gè, na notaçãb atómica,
andar atarefado ou'£. :mi jíirtrabnUicV.Si-gre.
-niodo seguintes
gádo.;do mundo cutcriot. K' elleqm: sonhavin voz
alta pè^s ruas, ó f c l l c . q a c toma ,1 ,t>a/.cirà Ku.um
'"3rro por cina pedra <; ahi'.coi|Ks'i}(H rabiscar unia
eqiuaçSg, çpm? .giz./ Sf I h j oíferecem um%
rhuvena d e duí, ellc põe-, dot;s soldo/ínò pires
•
IlUfCICI-FlICÍXHCI.
As minha? ifjeii< iõvam-me a crer qup um
'.r.oms j)(,H-le !u*:i.tjg^>em ser uma parte do volume,
*iiiíis..o ç.ue ê iiii,i(iin.is.í>iytf ^: qi|||o volume seja' '
uma; fracção: do átomô.
— Basta,' exciamam os senadores. E' imposSó 16 jornaes que' ninguém. íô; g qjá&Hjfk^ ;®v|l que com tudo isso,não.saibais governar
compõe para se:!.uso espcciai.
os Hí&vi^íf^í"'
D
TONICO, REGENERADOR, FEBRÍFUGO
PILTTLAS
DIALYSADO
•
I O Quinium,. extraçto puro das.w|p.qualidades de Quina, unido ao Fíbs*, elemento constitutiv0 d o
sangue,f/fêrina o agente X i i è r a p e u ® mais 'poderoso, mais rico e mais activo d e
todas as preparações ferruginosas; o Qufnium apresentando É ê elementos das diveisas Quinas'
offerece vantagens que não pos-iue o sulpliato
Quinina pouco digestivo para certos estomagosi
<> Quinium pelo : contrario dk-se cóm os e s t p ^ g o i mais debilitádõs e nunca.cájsa a irritação
do sulphato de Quinina.
Numerosas applicações e 1 experiencias medicães feitas com as Pílulas de Quinium e ferro:
d a s provas evidentes J j | s u a efficacia p a r a combater e curar ás febres intermitentes..
A intima união do Ferro z do Quinium constitue com c e r t e z a ò tonico restaurador | l
reconstituinte mais poderoso,, que jamaii foi submetrido-ás experiencias do» Síir" Medicei '/'.'•
Esta preciosa preparação
resultados inesperados em c á s d s f l l q u e òs meiés Usualmente
empregados falham. 1
As P í l u l a s de Quinium e F e r r o possuem a immensa vantagem de não i n f l a m W o íórfid,:
inconveniente que tem as preparações ferruginosas. ';•',
Este precioso medicamento p r a n c h e uma importante lacuna, na Tiurapcmica pois que
facilita aos médicos os meios d e administrar aos
medicamento á$m0»àoj
duma
acçaõ sempre unifôrme e de uma effitacia certa. ?
As Pílulas de Quinium e d e . ' F e i T O ' ^ , ' í f c < i à t a ^ . p a i í » « o i i 1 Í ) a t e r as Febres intermittentes,
a Chlorosis, a.Escrófula, Rachitismo, Anemia, Fluxo branco; Debilidade, Eráqueía,Marasmo Ne-'
vralgias, Dyspepsia, Gastralgia, Pobreza d e sangueie todas, a í affeéçSes pertenc ente áto svstema
Iympnatico.
,'
,
Depois de um tratamento d e alguns jítás pelas Pílulas*de Quimum
rapidamente sentirão renascer o vigor e a saúde.
'
M O D O DE O
e
%FerSÍsdoentes
EMPREGAR
P a r a a d u l t o s / , — Duas pílulas
no principio de cada comida.; /
Para CREANÇjss: — Uma, no trincipo do almoço.
H. VIVIEN, Pharmaeeutieo de la Classe
DEPOSITO G E R A L :
J. BATARD, M O R I N E Â U e O
50 BOULEVARD de STRASBOURG, PARIZ
E nas principaes Pharmacias
'
ÀÍFMASACH
PARIZIENSE.
183
DESCOBERTA DE UM BRAZILEIRO RARO
e d e um. m u n d o j a
descoberto.
Os jornaes ahnunciam que no dia 5 do corTodas essas perguntas tenho-as feito a mim
rente inaugurou-se na Suissa um congresso mesmo sem poder atinar com a respòstae aftirmo
socialista universal. A noticia é banal: estamos que pagaria para ter a photographia desse patrína época dos congressos, e um mais ou menos cio. Tenho visto nas minhas detidas peregrinanão faz mal a ninguém. Que seja socialista o ções Brazileiros de todas ás especies: aboliciocongresso também é cousa que nao admira. nistas, conservadores, clericaes, pedreiros livres,
Os proletários têm sempre dinheiro para gas- monarchistas, republicanos federaes, republicanos
tar em viagens, afim de conversar entre si e unitários, positivistas orthodoxos e dissidentes,
proferir sentença de morte contra o infame todas as opiniõeá e todos os cultos mesclados,
capital.
vivendo em santá paz, bebendo juntos bons
Não foram, portanto^ essas circumstancias copos dé cerveja nos botequins do bairro latino,
que* me mergulharam num pélago de infidas saboreando excellentes gelados á porta do
reflexões.
Tortoni. Só me faltava vêr um socialista, não.
Mas ò telegramma accrescentava estas pala- um socialista de algibeira e de agua doce,
vras: „Acham-se presentes delegados de diver- mas um proletário animoso, • que lança mão de
sos paizes, entre Os quaes avultam os dá França, seis contos de réis para vir á Europa dissertar
Inglaterra, Rússia, Estádos-Unidos, Italia, Hes- com os confrades, e dar cabo em pouco tempo
panha e Brazil."
do seu infame capital.
Como assim? Do Brazil?||J Sim, senhores.
Ora, abençoada seja a Divina Providencia!
Temos a honra de possuir um representante Já é certo que não morrerei sem contemplar
nesse illustre e selecto areopago socialista.
um delles. Hei de vê-lo, e só então poderei
Quem será esse destemido proletário que entoar o nunc dimitte servum tuum, Domine.
atravessou o Oceano e galgou montes e rios
Mas, não sei por que motivo, tenho cá as
para vir representar o socialismo do Império minhas desconfianças.
da Santa Cruz nestas paragens ? Çómo se chama?
E se o tal Brazileiro fosse um pseudo-brad'onde vem, qual o seu passado e qual o seu zileiro? Se fosse um desses que, como o hesporvir ? , E' Leitão, Carneiro, Coelho ou sim- panhol da comedia, pro"clamam-se brazileiros
plesmente Cunha? O seu berço é Guaratin- sem serem do Brazil?
guetá, Caxambui, Itacoatiara', Mogy das Cruzes
Leitor amigo, não sabes, não pódes saber
ou Cántagallo?
' '
em que perplexidades ando, tanto mais que,
134
ALMANACH
neste mundo de meu Deus, já se não pôde
acreditar em ninguém nem em cousa nenhuma.
Assim por exemplo, eu e tu, leitor benevolo,
sempre julgamos que a descoberta'da America
era devida a um marítimo genovez por nome
Christovão Colombo. Pois bem! eu e tu, leitor
Singelo, laboravamos em erro; somos uns retrógrados. A - nossa America não foi descoberta
pelo Genovez.
Quando o Congresso dos Americanistas (éu
sempre disse qúé estes congressos só serviam
para nos tirar as illUsões da mocidade!), ultimamente reunido em Madrid, ventilou a questão,
entrei a estudar esse ponto de historia, e vou
ingenuamente apresentar-te o fructo das minhas
vigílias. Quando digo vigílias, é um modo de
fallar, porque, estudei o assumpto de dia, mas
vigílias è mais bonito.
Guiado por um trabalho do èncyclopedista
norte-americano P. B. Watson „descobri" logo
seis obras que attribuem esse gloria ao marujo
Cousin, de. Dieppe, terro franceza onde se
tomam excellentes banhos no estio, e onde se
come bom arenque;
Estava eu, pois* prestes a endeosar o tal Cousin,
quando o mesmo sábio revelou-me uma serie de
i i livros, que ser affirmam devida a descoberta
aos Portuguezes: (em 1463). E' fácil de imaginar
còmo pulei de contente. O povo luzitano não
precisa mais glorias; o seu passado está recheiado delias; mas, emfim, é sempre gosto para um
filho ouvir narrar grandes façanhas de seus pais.
Foi curta a minha alegria: ahi estam 15 obras
a demonstrar que* já em 1125, tinham os Árabes
aportado ás plagas do novo continente.
Os Árabes deixáram-me frio. E, ainda bem,
porque vim logo saber que 19 volumés demonstram que os Polacos forão os premeiros a
dar com as nossas terras em 1476.
Mas a Polonia hoje em dia é mera expressão geographica, o eu sempre sonhei mais
PARIZIENSE.
nobres antepássádóus. Sempre me lembrei do
que diz Sardou de um Polaco: „Tem cem
condecorações, e não tem roupa." Preferia
outros descobridores.
Com effeito, 23 obras dão aos Chins a gloria
da descoberta, no anno de 499 da nossa éra,
de sorte que, ao chamarmos os Chins para o
Brazil, não faríamos mais do que dar 'hospitilidade a velhos amigos dá puericie.
Infelizmente, ha 26 autores que affirmão ser
verdadeiro descobridor das índias Occidentaés
certo Martinho Behaim, de Nuremberg, que,,
em 1483, viajando com um carregamento de
bonecas *do seu paiz foi dar com as costas
nessas terras virgens.
Mas do que valem 26 autores quando ha
69 que nos asseveram ter sido descoberta a
America pelos Venezianos em 1380? E do
que valem 69 obras quando ha 73 que provam do modo mais manifesto terem sido elles
precedidos desde 1170 pelos WallÕes dos Paires Baixos?
Estava eu, pois, a hesitar quando fui informado que 129 autores demonstram pertencer
tanta gloria aos bravos marinheiros da Normandia, que já passeavão pela America de
ipòo a 1347!
Nisso ficáram as minhas pesquizas E agora
.quando penso em todas essas hypotheses,
occorre-me uma lembrança, que submetto com
muitò receio á apreciação do distinctuto Historicó e Geographico.do Brazil: Quem sabe se
não foram os proprios Americanos que descobriram a America?
Qualquer, porém, que. seja o nome do homem
engenhoso ou afortunado que descobrio as
terras da America, pôde vanglóriar-sè do seu
achado. A America, sobretudo, a sèptentrional,
vai-se tornando o grande reservatório do mundo.
Em 1880, chegáram aos Estados-Unidos mais
135
de 500,000 immigrantes, de todos os paizes:
irlandezes, allemães, italianos e suissos, etc. etc.
A i de Junho do anno passado, a população
dos Estados-Unidos subia a 50.152,559 almas.
Em 10 annos, augmentou de 11.594,188 almas.
Um quarto do augmento é devido á immigração; o excedente, isto é, 7,500,000 habitantes, é devido ao numero dcs nascimentos
que é superior ao dos obitos. Presentemente,
só ha três JSstados no mundo mais povoados
do que os Estados-Unidos: são elles a China,
a Rússia e o Império Britannico.
Nova-York, Philadelphia, Brooklyn, Chicago
S, Luiz è Baltimore são mais povoados do
que a capital do Brazil. Em 1839, a cidade
de Chicago só contava 4,000 habitantes; hoje
em dia, a sua população orça por 500,000
habitantes! No anno passado, j os armazéns
dessa cidade continhão 55 milhões ,de hectolitros de trigo, isto , é, mais de dez vezes o
consumo,, da Bélgica inteira! Entraram em Chicago, erft 1880, 7 milhões de porcos, dos quaes
5,600.000 forão mortos, salgados etc. A maior
parte dos matadouros chegão a „tratar" 20,000
porcos por dia. Os matadouros dão occupação
a 14,000 trabalhadores. Nesse mesmo anno,
chegarão a Chicago 1,400,000 bois, 336,000
carneiros e 10,000 cavallos.. O engenho americano está tomando tal desenvolvimento que
até já se exportam d'alli sardinhas artificiaes!
Sim, senhores, sardinhas artificiaes! que são
exportadas como sardinhas de Nantes.
A p oposito de sardinhas artificiaes, fallemos
de dentes... artificiaes.
Reunio-se ultimamente em Nova-York um
congresso de dentistas. Esses senhores descobriram que a sua digna confraria conta actualmente 12,000 membros, e que esses 12,000
cirurgiões-dentistas collocam annualmente em
milhares de bocas mais ou jnenos aristocraticas
,3 milhões de dentes postiços! Consta da mesma
estatística que esses senhores empregam todos
os annos 2 milhões e meio de ouro e meio
milhão de prata ou platina para chumbarem
os dentes dos pacientes, que se atrevem a
experimentar a belle divisa da irmandade:
„Çurai, mas não arranqueis."
Uma sociedade de capitalistas pouco escrupulosos aproveitou-se logo dessas informações
para realizar um beneficio gigantesco: tenciona
explorar os velhos cemiterios dós EstadosUnidos !
Com effeito, o nosso'mercantilismo ainda
não chegou ao ponto de arrancarmos aos
finados os dentes chumbados. Os mortos vão
dormir o somno eterno com os dentes cheios
de ouro, prata e platina. Calcularam, portanto,
aquelles capitalistas que o solo dos cemiterios
da União deve conter os seus 7 ou 8 milhões
de francos em ouro. Formárão uma sociedade,
anonyma e vão pôr em acções de 100 dollars
as queixadas dos finados!
Se isto não ê progresso, então o que é?
Mas os Estados-Unidos, felizmente, tem
outros ramos de negocios.
O seu commercio de carne verde com a GrãBretanha, por exemplo, é mais avultado do que
se pensa geralmente. As pessoas que têm visitado os portos dé Barrow In Furnèss e Glascow
sabem qual a importancia desse commercio.
Em Barrow (onde, ha vinte annos, apenas
se viam algumas pobres. choupanas de pescadores disseminadas pela praia), os vapores
carregados de gado vão atracar a um caes
espécial. Detrás do caes existem vários telheiros, que podem conter de 1.5.00 a 2,000 rezes;
ao pé, ficam varias salas, onde se effectuam os
leilões de gado varias vezes por semana Ao pè,
o niatadouro e ao pé do' matadouro, um vasto
telheiro onde a carne é conservada n'uma temperatura de 14 gráos de frio, sendo depois
embarcada em wagões que a vem buscar a.hi
mesmo. O caes e os telheiros são illuminados
com luz electrica.
IESohi
i r a a p e i t o s e salas JeliaÉo
Inventor FaMcante-Previlegio,
d,
WALTER.
PARIS 1879.
FRANKFURT 188ÍSS
Estes . âppárèlhos se collocàm em toda , a; parte; , pasta
rodeal-òs; de uma cortina para que a agua da ducha caia na'
bacia sem molhar o soalho.
Estes appareltíos variam de fórma e de tamanho segundo as
•duchas tjue é preciso applicar.
Envio do catalogo, a pedido.
WALTER-LECUYER, 138 rua Montmartre, Paris.
188
UMA DESCOBERTA SCIENTIFICA.
D e a l g u n s a n n o s p a i a c á tem-se' t r a b a l h a d o
muito
pública,
e
mu.to
e
os
afnn, . d e . m e l h o r a r
a|||g&e
e s t u d o s i n i c i a d o s n e s t e intuito
tem produzido maravilhosos resultados a p o n t o
d e . t e r a u g m e n t a d o a .média d a v i d a h u m a n a
d ê m a i s d e 15 â n n o s .
, Taes notáveis progfèssos fão,devidos, rcuinpre proclamà-lo alto e.bom som, aos traball-.os ín/çançaveis de uma pleiadá de sábios, qúe»nao|
recuar.uii 'pferápte nemhum estudo, nemhuma
^^fc|memhum;rsí^|êtó, primeiro que tudo
at'mi'de remover do homem as causas quegé,am mplestias, c, em segundo lugar, afim de
W f e i t u i r a saúde quando, por ventura, não
o tenhamBmedidas preventivas protegide^cfai
bastante effica&a contre a invasão das moléstias
Hoje em dia, a anemia é o%osèe mais impiedoso, inimigo. Afim de a dèbellar é o Ferro
absofyêjnbs todos os dias o ferro em noSsos* ,
alimentos, e podendo ter uma acção efficaz,
proporcionando ao sangue os ínateriaes necessários á rápida rcgeirração dos globulòs etiO uilficii problema foi, , í J
| lodoutoi '
Rabuteau, qúe--fezkestujjc
.relative- .
méntll§íl| ferro*| indigitou o meió mais rácio- •
nal e efficaz de administrar tão precioso medicamento.
Doutqut Rabuteau/reeeberaitt,'
o "devido galardão do Instituto de-França.
Comprehenrlè®* elle, com efifeitSiser impor- •
tantissimo- o poder contar com medicamentes
• bem dosados e ao alcance de todos. Num
escopo de interesse geral e afim de responder
ás differentçs 'nM||sida4çs do enfermo, apre-
ST"
Jll^i P e r r o Rabuteau sob tres •
, fórmaí diversas:
'
/ vtor^ ^aSafef^prejenta
o
férrayíob a fórma liquida, tãto útil cqmo agraS | É t e s i d a | | I ^ H : l a n ç a r mão" d e l l e í c o n t r a a
dável. Esta exellente preparação é recomchtoíose, S f anemia, a debilidade, o enfraqueci^,
mendáda*ás pessoas'delicadas cujas funeções '
m e n t o , a i m p o t ê n c i a , ^ e s t e r i l i d a d e , ã convales-g
digestivas carecemSrTrestaj5elecídj.^ OÚ estic e n ç a , assim c o m o o e m p r e g a m n a s moléstias-;
muladws tp,ma-se um B b íufiÇ o u depois ; l e n i d a s sob o n o m e d e c o r e s palidas, a c o m da:,çbmida:.rí*
p a n h a d a s de froqueza, languidez^falta de appeO XaropSgmPmtor
Rabuteau e*Aigtmado
tite, - ç a i m ^ i S M l & a g o
ás crianças;-,.qu,e sempre o tomam com gôsto í
; nevralgicã^!^
por causado seu ssjbor aroipatiçç eSssucarado
j A Ó prqblí»
ver a f r ^ X ^ i nisto
. Kinfsm, as Gr^qs-S&^ábftteau, pilr.ia»
"achar uma propa ração ferruginosa fiu-ilineníe
• recobertas de "ássucãr e muito fadeis de tomar.
.
ssimilavel avizinhando-se da forma sob a qual
' P r e s e n t e m e n t e , t o d o s os m é d i c o s r e c o n h e c e m a
A t^M A N"4f C H
1'A li I Z I E S S K . '
' •"•':: »• v l » 9
A t a s grageajAnão causam v prisão ljí|fentxe,
tratamenR ferruginoso do| mais economicos.
não etinegrecf
dentes ie apresentam in- feféomo todas as ^xcellentes preparaçõe.s'teixi
(ÍÓSitestavèl' superioridade sobre todos oè demais sido estas imitadas ou falsificadas. Çortantò^
,ferrugit(^bs. (jhaftsâmbs
deve-se exigir em cada vidro a marca dte fabrita
volos leitores para fessas grageas a que um JÀegistrada), pom a madalha do prema? Mònautor deo o uome ti&auaé em <• *
' v.
^ - C h a m - s e & ^ W ^ H ^ d a s iKpliSfDebaixo^ do- ponto 1 '® vistá philanthíojiço, ^ mãòias|;p. em Pariz, no estWhélecimento Clin &
a
^dísj d^dHraE de^Fenro Ràbuteau
, 14, rua Racine^constituem um avultado serviço prestado ás;.
DE. A. k.jjBISAiÍTOs.'
. formam, com effeito, um
DIGESTIVO C.OMPLETO
DORES DO ESTOMAGO - PERDA DE APPETITE
I I I I O
I I P I P T I C O
do Dr. V I A L DE RAJAT,
CIILIO. jam UOS.PAÍÀI, ST-SPYRIDON I
•^SALHZIRO D«vÁEIA»IRX>lílllS)AÇIl^a^OM AJ^ANDIS MEDALHA i j ^óflgJHB
DÉ VA^r™^ l " ..
IF.^VlFiçAl^Fjk', L/1 C ,
PEPSINA, DIASTASE,
Os tres fermentos
PANCEEATINA,
da
digestão.
A L M AJÍ A C H
AFFONSO
llarbii'*;po»teiiguda, • cabeileira basta, semblante moreno, physionomia a um tempo velhaca e ^melancólica, olhos rasgados e namoradóres: eis ahi Affonso Daudet.
Estreou-se por livros sentimentacs, -onde "a
idéa era ainda um pouco frouxa e incerta.
'.Mas tratou1 dessas idéas correntès com tanta
graça, 'ptíil tanta elegancia « 8 dotarou-se
logo o sçu nomé ; das, fileiras vulgares. As
Partas d» nièu Moinho, o Petit Chòse efltrá.
ram logo em todas as memorias com a familiaridade dos velhos estribilhos que já ouvimos,
mas que um artista insigne torna a tocar para
nos divertir. O inexperiente musico ádquirio
pouco a pouco mais habilidade, e o engenho
expandio as azas. No meio da hórrida tempestade dé • 1S70
anno terrivel , publicou
elle as* Cartas de uni ausente. O fino Barbey
i l Aurevilly/çonta que, n'uma noite dè batalha,
em um. palheiro apinhado do feridos'e amputados. um menestrel baixo, firmando a rabeca
no hombro aleijado, fez dansar em roda ®-si:
todos os manétas "e.!cô.x<is- da ambulanoia. Assim procedeu Affonso Daudet. Dir-se-hia>que' n'esse livro, escripto na ferra patria maculada por pés estrangeiros, quiz elle representarnos uma companhia de.' palhaços a fazerem
ttegeitos. n'um cemitério. '
- A guerra passou e o menestrel, empunhando
3. charamela, depois da rebeca, soprou nella
árias deliciosas; creou as Mulher as de artistas.
fAKIZIENSE.
DAUDET.
O' vós, cspo.-íitV; 'legitimas curvadas sob o génio
ignorado de; grandes .homens de papelão;
amantes sobferbas, que apagais 0 talento, toúcándo-o com bonédc algodãoe enroupando-o
em chambre da chita-; heroinas áàwdter proof
..sebento; mulheres de poetas. de agua docè,
de, journalistas desconhecidos e de romancistas
a. toneladas, lêde'esse livro. Ailbnso Daudet
cantou as vossas misérias, zombou das vossas"
pretenções, e, notando as vossas .dêres, não
deixou dé rir-se çtoif-vossos ridículos.
Depois,; ó musico 'deuftt mãò a.s serenatas,
e compoz! verdadeiros dramas lyrifiõs: Fromom
Jeune et Ilisler Ainé e esse
j^jue o Odéoti
levou a scena neste anno.
Nfesses dOus- romances,; Daudet evocou aos
nossos ouvidos as iamentaveis tristezas sociaes,
quê sobem a 1'ariz das fendam das calçadas e
das vidraças rachadas cios éisfcbres, única
morada da, infáneiá pobre • abandonada, e.
retratou-nos com ioda a naturalidade eS0si.
scenas dolorosas. Ã níelodia foi tão intensamente sincera,. qúe o pmbhco se commoveu,
'e :a academia coroou ao. poeta.
Nos , últimos tempos, Affonso Daudet .não
toca mais um instrumento isoladó}^ dir-se-hia
que disi>òe de unia orchestra completa. Multiplica os rythmos e i cadencias?ora pastoral,
òra heróico, enfeitiçando os ouvidos, é entoando ,
as inais suaves o variadas melodias.
Rev .ltas de povos, grandes 'acónteciihfentos '
ALMANACH
p o l í t i c o s , famílias r é g i a s e m d e c o m p o s i ç ã o ,
r u í n a s q u e se a C c u m u l a m n o s E s t a d o s , m o d e r n a s e p o p é a s d a q u é d a d o s reis e d a m i s é r i a
d o s governos; eis-ahi o que nos pintam o
Nabab e os Reis no exilio.
Affonso Daudet contava-nos, um dia, que
não tinha visto a Exposição Universal de 1878.
E, como todos se admirassem, repetio: "Os
ciganos, com os seus modos de tocar rabeca
em zig-zag, não me deixaram ver a Exposição."
Affonso Daudet é também um sublime cigano
litterario, cujas melodias poéticas, cujas saudo-
PARIZIENSE.
Ul
sas endeixas não hõs deixam ver as mediocridades que todos ps dias expõem á venda a
sua mercadoria avariada. Foi um desses romanicistas de truz que, ha dias, no dizer de
um collega, levou uma nova obra ao director
de certa folha pariziènse.
— E' bom ò seu romance ? pergunta o
director. — Julgue por esta analyse, retorque
o imperturbável" novellista: a minha heroina
morre suffocada; o amante apunhala-se; o pai
morre asphyxiado, e eu, no ultimo capitulo,
suicido-me a tiros de revolver!
F. de S. A. N.
NA EXPOSIÇÃO UNIVERSAL DE 1878
V I N H O DE C A T I L L O N
v
de GLYCERINA e QUINA
f[ O maia poderozo tonice recons ituinte prescripto nos
cazoa de Dores d'estoxnago, Langor. Anemia
Diabetis, Consumpção, Febres,
Convalescença, Rezultados dos partos, etc.
O mesmo vinho com ferro. V I N H O F E R R U G I N O S O
D E C A T I L L O N regenerador por excellencia do sangue
>obre e descrado. Este vinho faz tolerar o ferro por todos
s estomago e nao occ&siona prisão de ventre.
PARIS,), r. Foutaine et 2, rue Chaptal. - Em Pernambuco:
F r . M . d a S i l v a e C a , e nas príncipe es Pharraacias^,
)UN1C0 VINO QUINADO QUEOBTEVEESTAf
ltí
A r;.\! A X ACM PAKTZIáKS-S.
NUMA
ROUMESTAN.
Um novo romance de Affonso Daudet é
sempre uma boa fortuna para todOS. De a elle
agora a lume um estupendo estudo cheio de
louçania e de observações das mais finas,
j»; O seu Numa Roumestan, a estas horas, já
está a correr o mundo com a mesma aceitação
que os precedentes romances do sympathicõ
e originalissimo escriptor.
Numa Roumestan é um advogado^
Como advogado, aprendeu' a fac illima arte
de mentir conforme os preceitos da rhetorica.
Como meridional, nasceu sábendo exagerar
tudo, encarecer até as verdades.
Quer o acaso que una os seus t destinos ao
de uma dama rica, prendada, bem aparentada,
que é em tudo e por tudo o contraste daquella
natureza de charlatão. O roman e não é mais
do que a narração das differenças que existem
entre o meridional, brilhante como ò sol, inçpnsf
tante como os dias, fementido como as phrases
do advogado e afilha do regelado norte, crente,
sèsuda, verídica, fiel e resignada.
Não é uma analyse moral; é um estudo de
physiologia psychologica. E que estudo! e que
estylo! e que observação!
Não posso resistir ao gosto de citar aqui
uma pagina: a pintura do salão de Roumestan
no dia em que foi nomeado ministro:
"De improviso entrou Roumestan. Pôr entre
um borbor.nho de saudações atravessou rapi-
damenta a sala, foi-, direito á mulher e beijou-a
nas duas faces, antes que Rosalia pudesse
escapar a essá. manifestação algum tando incommoda.... Todas as senhoras exclamaram bravo!
houvè apertos de mãos, effusões, e depois reinou
o silencio, desde que o leader, apoiado ao fogão,
começou a dar o boletim resumido do dia.
"O' grande golpe estava preparado havia
uma semana, as marchas e; contra-marchas,
ó- - louco furor da esquerda no momento
da. derrota, a victoria delle, a sua subitanea
apparição na tribuna, até á toada da sua
bella resposta ao Marechal: — „Tudo está
nas vossas mãos, Sr. presidente®-, elle notava tudo, detalhava tudo alegremente, é
com calor communicativo. Depois, Roumestan tòrnou-se grave, expoz os pesados encargos
do ministério: a Universidade para reformar,
uma mocidade em pèso a preparar para a
-realisação das grandes esperanças — esta allusãò á restauração de Henrique V foi logo
comprehendida e victoriada—; mas havia de
rodear-se de homens illustrados, havia de appellar para todos os homens de boa vontade e
dedicados...
"O ministro interrompeu 0 seu discurso para
fazer notar que o gabinete compunha-se quasi
exclusivament de meridionaes... E, excitado,
exclamou: — "Ah! o sul desponta, o sul
desponta... Çariz pertence-nos. Estamos se-
ALMANACH
nhores de tudo. . Cumpre resigíiar*vos, meus
senhores. Po!» segunda Vez- os latinos conquistáram ^ G a l l i a !'*• ;;"
Ha quem quizesse vêr nesHi romanceai
retrato do . Sr. Numa Baragnon, deputado
légifimistà conhecido. Affonsi^ Daudet de/stara
redondamente que sé enganam.
Não quiz pintar um homem, mas retraí.ir o
typá de uma raça, a raça meridional,-provéínçãl,
de que, elle é des cendente, como EmiJio Zola
lambem é.
I ' . U t 1 ZI EXfffcK.
íjf. ® > '
'
j4,g:
I &A.J these de Daudet ./: verdadeira: pela segunda, vez, os Latinos conquistáram a Gallía. ;
Os descendente^ dqs; romanos que fundiram
Aix (Aqme Sextice), Narbonna (Narbo Martins),
e todo o ! sudue^tl'da Gallia, á que se deu o
;tl.ome de Provença. corpqiçâo do nome de
Província Romana, tôni' sido
verdadeiros
dominadores da Krança. Os grandes tribunos
d k . França, os seus mais afamados oradores
têm sabido daquelas terras ardentes e generosas. Mirabeaii éra meridional; Thíers também,
assim como Gambetta. »0 norte .faf I-Vança
reprêsenta a 'r.i\» trabalhadora, manufactureira
e séria. .O sul-é .habitado por um povo ocioso,,
o.viltiviwlor de bom vinho e folgai® E dest-A
fusão de dojis sangues n:jsce-.i o Francez,
cavailieirciço, dè-s"iémido, económico, enthu siasta, .lieroioo Dom Quicholç,'imie, por vezes.,
tem todo o bom senso de Sancho Pança.
Dôr de Dentes — 4?. gottas Japonezas de
Mathey-Cailus (que se vendam em
ná
Pharmacia Clin et C i 0 14 rua ^<?HK)-calmam
instant^ieameh||'í a mais S l e n t a dôr de deites-,
e, desi£uindò,/a carie, impedem ,qu!e, tal d$r.
se r e i i í ^ S f e e v e m - § e ^ m p t " e g a r a s gottas japonezas I H o.^dfp|e; ; doente" torj
i||mente insensivèl7 afim ; de t e r - l | j uma cura
definitva. Em r o d a p é cada vidro de gottas
Japonezas acha-se uma noticias exiutcati\;;k-,
: As Pílulas Mousette calmam . e curam as
mais rebeldes afevra|gias, *| Enxaqufla, a Scií
AÍTci-pfics I rheumaiismaas agudas é
dolorosas que tem resistido a outros tratamentos.
As Pílulas Moussette devem-se tomar ante'^
das comidas lio primeiro dia, tomém-se 3 pi!;:Ss: uin.-í pela.manhã aõ almoço, e outra A
tardu ao jantar. Se nào sç sen;irem melhoras,
dèvem-sê agmár
pílulas no segundo diáà
2 peia manhã, j a l m o ç o e 2 ao jantar.
Nevralgias. As nevralgias." ião rebeldia por
vezes a qualquer tratamento, foram pòr muitos
annos assumpto deSonstantes estudos por
parte dõ doutor Moussette.
Depois de sérios ensaios, e, firmado lios
mais recentes trabalhos, o Dr. Moussétte coníseguio compor Pílulas Ãnti-iievralgicas superiores-^
a todas as preparações empregadas até o
presente.
Cumí|||;nao tomar, .t:*.-iic.-i],,niais de 6 Pílulas
Mousette por dia, ç, se sobrevier aiguma diarrhea, 'fc.ap se devem tomar mais de 3 piluias
pòr dia'. \,
Pe\ e-sé continuar á tomar Pílulas Moussette
na dàse de 3, ou 6 por dia até que cessem de
todo os soffrimentos.
Desconfie-se das contrafacções, e exijam-se;
as verdadeiras Pílulas Moussette de Clin & Cia.,
pharmaçeuticQS..,de Pari/. 1-14, rua de Racine).
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Um copo de \~inho Èórdeaux,,
„
„
. tTni copinho de íecòr •
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mêmes príncipes actlfs et médlcamenteux.
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Eiiger autoar da goulot de chaqoe boateille, la signature en deui couleun •
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do sangue.
K 3 » purgantes sempre fofei considstóps com® o meio mais racional para combatter
a^ moléstias, obstanS&s, logo que' a S funcçõe^ sofrem o menor embaraço; todos oi
medicamentos {que deviaÇJsubtituil-W.^gcomtf Bitters, Amers, etc., nun^produziraití
0: mesmo ;effçit.®nem puderam' faSr lespeaer o antigo metlifldo purgativo.
Elles são infelizmente repugnante^ rtomai, e: difficilmente tolerados pelos estomagos|
yariás.vezes esquentâo» o corpo, o,:ea'«onando pnsão de Ventre e têm o grave inconveniente
de exigir cuidado! esjjíeciáeS o regimen da dieta que enfraquec^S interrupção das
oc<ç^õqèr.'É tfesteVsentido que as Peritas do Oriente, ha miiito tem®' conhecidas^
^ppreciadas pelos medicosà ^pKÍsçntãguma supenondade^éMíeífectivamente, sua primeira
qualidade e que íg as pode topiar, continuando a pregn<±er suas occupações, elifc não'
• reclamão çuiditdií.sy.-e em vez' de enfraquecerem, impedindo. nutrição, permittem ptló
gèntrarib um Regimen fortifiçantij que ajuda" ay supportar o purgante, dando-lhe tanto mais
acção, quanto iWafs.*el!e 'c^^bWnCiai:*
As ^ Pérolas do Oriente têm além d'isl§<a vantagem de sêr de uso agradavel, não
«ocasionando c H i ^ , nem t!«|:ienian<lo«h.corpo C O I I H I Os pulrgàntes com baseSiê resina
de -jalapá íoú dè escamonea.";peye-se recorrerlá-'ellas, todas as jrhçs que (íentir-se umá
indisposição qualquer, um pêso no estomago, prisão de ventre, más digestõestíquandó-íi"e
tiverem pituitas ou a»§tóS^ã^|umc^j;doíjs .le estomago, <Viicas,'.ventosid.idcs;. humores
S^utinosos-^etí Ellaá bão excellente depurativoín^J&os de vicio ou acrimonia .db sang u e a destroem 'o^HiSesso âós^ maus humores da bílis. São também o melhor remédio
li'
para
a s a/jectfcs
ãe
ftgàdi)
t ã o p e r i g o s a s q u a n d o f j e : a g g r a v ã o , > p o r m e i o d e u m Uso
' m o d e r a d o e regular, ejlas p o d e m ser intituladas o v e r d a d e i r o r e g u l a d o r d a s a ú d e .
Seu uso é facílimo, visto poder-se, escolher a hora e «j^nçíO: f i n a i s «Miróieta,flòhfbrmevjsi -óccupações de cada um; a indisposição Causada pelo purgante é annullada.
pela bôa nutrição.
Devè-se tonnu-as habitualmente durante a comida nas seguintes doses: .
;.'' Uso como: refresco para destruir a prisão de ventre sem purgar. Para manter a liberdade
do ventre, bastará toníar-se. uma pérola cada cjia,' durante' a comida; si èlla não produzir
'•effeito depois do; segundo dia, podçMse-hão tomar 2; se 2 não tirem sufficiéntês,ãserá
'j>rjiciso tomar-se 3 nb dia sèguintejaté. obter-se 2'ou '3 dejecções. Depois
efeito,
produzido, dÀver-se-ha ojitinuar • á, tomar uma sà pérola. E' preciso; parar: logo :que o
ventre estiver livre, para recomeçar 'da mesma sorte quando for necessário. ;;
^.W&t como purgativo.; i s pérolas do Oriente devem ser tomadas durante a comida
ná h o i a * na refeição que mais convierem, afim de qué~as occupaçjes não sejão interrompidas. Muitás^píss^ás» escolhem ó jantar, para que o effeito tenha, logar na manhã do
dia-seguinte. Deve-ÉÍ? tomai as n'um copo de vinho Wn'uma.colher de sôpa. A dosee
' dé 3 ou 3 pérolas conformo as compleições.-. Èmqiiánto o purgante produzir effeito,-devem-se
preferir os melhores alimentos, íaes^ como pão, carne de :váçca:;0h de carneiro; o vinho,,
(iode sòr púro ou ctim agua; pode^se, tomar como bebida um pouco de agua ássucarada
á.^quinta parte:.djjfcognac ou rhum, café com ajua; chá fraçò' ou caldo de carne.
Exigir a firma do. I)r. Yiviiw, erii tôrnOidò gargalo de câdo frasco.
Deposito
central das, especialidades, e em todas as principaes
phar macias.
cr. B J L T A . E . D , ^ C O E / I I T E J ^ T J - C I A .
50, BOULEVARD de STRASBOURG.
PARIZ.
A LM A S A C H - Í A B I í r i ' M f f l
M O O A
155
•
; Na ( imprensa 1 galhofeira, quer. republicana,,
,'o trajo engraçado dessas _campohe4as aristoquer monarchistaj só," há" ,umá voz para coni craticas, tão aristocráticas, que uma delias;.a
demnar os habitOs austeros do présidénte da princeza de Ponte-Corvo, chegou a s&'rainha
repubíica." Ainda se não dignou do dar um dá Suécia é Noruega.
único baile, nem mesmo nm saráo, Um'póbre
Compunha-Sé"o trajo de uma sais^vermelha
saráo para fazer' dansar as béllas republicanas.,
muito curta, bordada de ouro e laminas d é
O Monitor. do Sr. Gambette já chegou até a côr; de um corpinho formado de suspensórios
priticar a austeridade spartana ,do Sr. Julio vermeUios, bordados 'de ouro, que iam dasaiá
Grévy, lembrandó-lhe quèrecebe uma quantia •até"em cima, ,e:, eruzayam-sc .110 peitóíe nas
avultada para representação.
Os governos, costas-;^ meias 'eram também vermelhas: as
l'óje em dia, precisam gasíar muito dinheiro • mangas da camisa longas e com canudinhos^,:
para ser populares. Napoleão J dizia:
é, finalmente,-um grande véo.ide músselina
Dou grapdes ordenados aos maridos, mas
é com a condição-de darem -bonitas, toiíettés
ás, mulheres.
A g está um homem que coniprehcndia o
seu tempo!
Ao voltar® uma campanha, Napoleão ouvio
dizer que os negociantes queixavam® por, n?qv
venderem cousa nenhuma. Agastado, exclamou
logo:
da, índia. •-'"
A festa, Celebrada no Klyseu, onde hoje
reina 0 Sr. Julio Grévy, teve o rnais bello;êxito,
e, ao retirar-se, o imperador perguntou sotto
•*'<««' á irinari: — '-Kntãó quanto dinheiro :'ez
Çqrrei? esta quadrilha pulas lojas de P « t i z F * S
"Seiscentos, mil francos, pelo menos." — 'fS?is
sim, espero,'que" continuarão tac-s funeções:.
os-trabalhadores nao hao de queixar-sa l f?
-j. -7- Então onde tèm a cabeça todas essas da-' , Presentemente,,; a republica precisa testas'.
mas, cujoS maridos creei barões, condes e cuques? O-Sr. Emilio Zola disse, um dia, com os seus
E, dahi a tres dias, a capital inteira sé íallava ares de pedante: "A republica será naturalista,
dé uma quadrilha, que
deviá dansar na òik deixará de exístir v „Pois- eu digo que a i
córte. Com effeito, uma das irmans de Bona- •a republica terá por si as inulheres, ou então,;
parte, Carolina Murat (então- gran-duqueza de adeus! O que a mata é que não ,se compõe
Berge, e, mais tarde, rainha de Nápoles) era qúasi èxclusivamentei-(senão de.estadistas sol-,
quem organiíava a quadrilha, uma quadrilha teiros. O Sr. Leão Gamb^tta ainda não sei
só de senhoras, representándo as calhponezas decidio a casar. A única festa quedcucomdo Tyrot a bailarem, em presença dé um baiio. punha-se; de homens,j e i s mundo feminino '
As; gravuras daquelic tempo conservaram-nos estava representado apenas/pôr algumas d a t
ALMANACH
sarinas esfalfadas, O Sr. Barthelémy-Saint. Hilaire é soltèiro e só namora textos de Aristóteles. O seu sub-secretario de Estado, o
Conde dè Ghoiseul-Praslin, casado com a bella
princeza de Beauveau-Craon, frequenta gente
muito diversa d â q u e frequentou na mocidade,
e não se atreve a dar os seus novos amigos
como cavalheiros à sua aristocratica metade.
Todos elles vivem livremente, e ainda não
; cultivaram o sexo que dá graças e encanto a
um governo.
Não é, pois, .para admirar que todos emigrem
para as margens dó Mediterrâneo á busca de
divertimentos e de temperatura mais propicia.
Niça, Cannes, Manton, todos as feiticeiras
cidades sentadas ás " margens desse mar latino,
eis-ahi onde se encontra presentemente. a
vida, folgazan e vàriada. Para tornar ainda
mais ameno o passadio
çou .agora .-g^atti uma serie do re-iresenrãções,"'
Emiie; infelizmonfe- acabaráõ embreviw A cheM*àda da Patti, acompanhada dq Seu^ infallivel
Nicolini,
alvoroço todci^s,estrangeiros
elSgà|i|gj e í ^ i S Í ^ ' , na noite da primeira rcresei
u m a concurrencia extraor- :
IP
9iÉ8P>
.^dijiatiai
ràinlfgMe .Wurtemberg^à',
^Jjfella Olga Nfçilaievna, bella a despeito dos
A i s 6o
davam o|ggèaí ído^ applausos
^® não f a . para megas Adelma p2ti é sempre
a^sympathi»e inimitável Adelina dó^tempos
que
st>i foram, e um rouxinol amestrado,,
e M^rouxmóeá|cantam, cantará até a noiíW, I
' , < \ r m a v i o s ^ í e m que mnguçm II ,,,i|,i
a idade , '
. Por um triz ficavam®! sem repre.S|lrtaçâo
nessa noite. De repente espall
PARIZIENSI
fazer? Em uia instante o emprezario convocou
g f f i j as co&tureijTis^de Monac-c
ias
™ vestidó|a,s pressas A's 3 horas .
;-dji tarde o- perigo éstay|;;conjurador a'Patti
•tinha u n i > 1 • ' J V - M h l ' .
<| i., i"iVii:í
i'.|
estu:iriti: -mua nuvem de rendas
roncando '-(mira nu^eiu de!" sçdsá^àfaiado de
.camélias naturaes,73iftínVe um marniuriode •
admiraçãd entfe ' í s danjas « E p. Pattf cantou
entre continuas oVações. Mas todos notavam
que dVntrtí dez artistas ()lte catiíavam a opera
de Verdi. nenhum era Italiano, .apezar dp nome
ém«, a coméçfÊpela Patti quejéHespínhola,
e a terminar por N(§Jlim que i Francez. ; /
*
*
.*
UmaoM íôu^s<qne causam maior admiração
ffs damas brazileiras com quem aquf converso,
é a intrepidez, o Hnodo, i vinllctividade das !
niimdaiias ei-.róiiéas.S|S*bailes,I sará<% ri-presen&çoes* concertos, f ^ à s de toda a especie
tloixain-llies bem poucos momentósSára descansarem das f^®sscausada^^8continUás i
vigílias Ninguém as pôde oontemplar sem ficai ;
sorprendrdo tesas tenras ftelgadas mulheres, :
B e um. sôpro (Hg leria abatei, possuem energia
èobreâatural quando® trata de divérárçm-se. ,
n ° i t e a 1 dansar, e^ 'so ste retiram ás 4
horas da madmgadag *pçll manhã,
cuidando de novaí'"toilgí^& á tágide fa^enióu 1
íedebem visitas,, e, á noi„te/apparecem em outro
baile, tão frescas* tão risonhas, tãe prazeMeiras '
jffmo • na||iy|era 1 QuaTé o sWedo Trágico j
que lhe^Sá tanto bnlhp ? domo eque conservam
*S>se viço qjMjq^nhuma fadigk'consegue marjàr.? 1
Porque não ser franca? A tio^a vóniade de
^ ^ d á - n f e g s de aíj) pára dansa.r uma noitefl
>• •
• ue musica; inteira; niastamlwm (espero qiic ncniiutn lionictn j
s l n gela confiss® o's r&ú^pl"àa'arte
| B .Patti não tinhavipsfe» para o papel da faa-y
|
f T ° d B ° s , s e j i s hahtg com os cqplpe- ã M a m - n o s
fta
Í"elizmente'a
^ lentes ve^dQS^Sjvam/êtn um combpíp que p a r c o s MscÃjhbio» descorad&jpara oçnos- J
a neve obngára a ' t ^ c a r no «mínho v t o m o ^ S e m b l a n t e s empallidècídiis, ha muitos meios . i
ALMANAGH
Pour réparer des bacs Firréparàble outrage.
Sim, os rostos mais avelludados não hesitam
em recorrer, no dia seguinte ao de um-baile,
a certas pomadas, a certos liquidos que lhes
permittem conservar a reputação já firmada.
Em geral as moças solteiras não carecem
de taes artifícios. Embora cinjam-se sempre ás
modas do dia, devem ter no vestuário a simplicidade que convém á idade. Estréam-se na
arena mundana aos 16 annos. Ainda ha pouco
tempo, relativamente, um vestido de mussélina
branca e uma fita azul compunham a toilette
de uma menina solteira.
Presentemente essa primitiva singeleza não
existe mais, nem no campo. Arranjam-se vestuários, inventam-se ornamentos para realçarlhes os dotes physicos. N'um saráo dado por um
Bràzileiro vi, ha poucas semanas, uma rica e
esbelta Fluminense com o trajo seguinte : o
vestido de crépe branco tinha um revez de
tafetá branco, por cima do qual o crépe subia
em fórma de fôfos muito estreitos; os fôfos
iam até abaixo dos joelhos; por cima uma
túnica de crépe, orlada de dous fôfos; o corpinho "todo cheio de prégas, e decotado muito
pouco, erri quadrado; as mangas com tres
bouillonnés; dous ramalhetes de junquilhos nos
hombros. Que linda creatura!. . .
Mas não quero deixar de aconselhar alguns
vesticlos de verão ás leitoras.
Primeiro. que tudo, um vestido que não custa
muito caro e que pôde até servir na estação
menos quente, para os saráos Íntimos, é o
vestido, de granadina preto e de seda. Usa-se
com uma grande túnica, um pouco arregaçada
em fórma de anquinhas, guarnecida de rendas.
A saia deve ser de tafetá preto com pequenos
babados, recoberta, até esses babados, de fôfos
de granadina. Para o passeio, póde-se , pôr
uma romeira redonda de guipure. O vestido
não deve>er muito redondo, porém não deve
PARIZIENSE.
também ter cauda, o que séria erro de estylo
n'um: vestuário de verão. Em Portugal e, sobretudo, no Brazil ainda
ha carnaval. Aqui, mbrreu o carnaval nas
ruas. Se algum ente, de idéas ante-diluvianas,
se atreve a mascarar-se, a rapaziada o apupa e
obriga-o a refugiar-se em algum botequim ou em,
algum baile publico de relê. E' um divertimento
reservado á gentalha. Porém, nos salões o carnaval ainda conserva adeptos, e os bailes fanta-r
siados ou mascarados ainda estam em voga.
N'um desses bailes particulares vi uma menina
solteira com um disfarce de bom gosto e barato:
era um trajo de camponeza da Bretanha. O
vestido é de panno de linho., crú, com orla de
velludo preto; o corpinho, do mesmo panno,
recoberto com uma couraça de velludo idêntico; avental com debrum de velludo ; touca
de musseliná com rendas; cruz de ouro no
pescoço. Nada mais fácil e nada mais elegante.
Como as Brazileiras têm bonito cabello,
podem experimentar o lindo trajó das mulheres
de Berna: vestido de cachemira vermelha, com
t;res altos .velludos na parte inferior; o corpinho
muito ponte-agudo, de velludo preto, bordado
com láços vermelhos; uma camisinha de musseliná com preguinhas até aos hombros; no
pescoço um collar de velludo preto com bordados de ouro; um avental de velludo preto
com laços vermelhos. cobre a dianteira do
vestido, e um toucado de setim, com grandes
azas de renda preta, completa o vestuário.
Para os homens, aconselho o disfarce seguinte,
usado por um fidalgo (Mr. de Létorières), no
tempo de Luiz XIV, e que é .uma das cousas
mais exóticas que tenho visto: casaca de seda.
ondeada cor de palha, com canhões de seda auriverde (o Létorière já tinha adivinhado a côr da
bandeira brazileira); nos hombros uma agulheta, e
como penteado dous tufos de cabello empoado.
PARIZINA.
ALMANACH
l>A RA Z IK.VS K.
H n a a m — DE MODAS,
Fatiando de modas uma pergunta nos ôccorre: qual a razão por què os homens e as
mulheres, sempre em discordância quando se
trata de arte, de litteratura ou de politica,
estaõ sempre acórdes, como por milagre, para
ádoptar, por unanimidade todos os caprichos
tyranicos da moda? Inventa-se uma nova
fórma, um novo figurino se publica, ninguém
protesta; antes pelo contrario cada um rivaliza de actividade para ser o primeiro a usar.
a nova' fantasia. O espirito de imitação, o
gosto inconstante, a vaidade, a falta de originalidade pessoal, explicam todas as conquistas
da moda sobre o rebanho humano. Outr'ora,
0 vestuário era mais variado e menos sugeito,
a variações. Cada província da França usava!
o seu uniforme, nem mais nem menos do que
um regimento. Eram necessários séculos, e
ás veses revoluções para o transformar. Hoje
a uniformidade existe por toda a parte, e a
fixura em parte alguma. Cada estação vê
surgir a sua moda que faz promptamente seij
pegueno gyro.á volta úo mundo em menos
dé 8o dias. Pariz impoem-se a todas as capitaes; e os alfaiates, e as modistas impoeim-se
, a Pariz. O vestuário não é mais uma questão
de nacionalidade óu de patriotismo; é o cosmopolitismo internacional. Um cidadão americano
•que se veste como um homem bem' educado
do Boulevard dós Italianos, torna-se quasi
francez pela sua. superfície epidermica. Pariz
cjvilisa o mundo vestindo-o. Hoje não existem
mais refractários. Apenas no interior dos ateliers de artistas alguns excentricos protestam
intra-tmuros enfeitando-se comos ourapeis exoticos dos modelos, mas esses'mesmos nãò ousam
descer á rua para àrvorar o estandarte da
revolta. A calçada pertence a Worth, a Laferrière, aos armasens do Loúvre, e do Bon
Marché. Uma. téndencia para o eclectismo
manifesta-se actualmente entre os grandes creadçres da modà. Parece terem-se esgotado todos
as padrões possíveis. O circulo foi percorrido,
recomeça-se de novo. Sob o sol de Paris, e
sob as brumas de Londres não existem mais
novidades. O vestuário compoem-se de mil'
peças tomadas' a todas as épocas. As mulheres
tOucam-se com chapéos dé palha d'Italia, com
chapéus a directorio, chapelinhos do império,
toucas, como as, dá Renascença, capuíetos
florentinos; a grande moda n'este moments é
o chapéu postilhão ornado dé fitas.' Os collarinhos medicis, os folheados, os golpeados, Os
dentados (em forma de ameias) do século XVI,
reapparecem nos corpinhos das nossas elegantes
contemporâneas, assim como os vestidos sumptuosos das castellans. A luva Luis XIII termina
a maâga .curta, e franze-se negligentemente no
bráço, do qual se deixa entrevêr a opulenta
alvura ém um pequeno espaço deixado propositalmente entre a luva e a manga. Ha uma
busca de modas archaicas que nãò estam de
modo algum nó estylo da simplicidade republicana. A mulher parece insurgir-se contra as
ALMANACH
PARIZIENSE.
novas instituições restaurando os vestuários do
passado. E, àpezar de todo esse talento dispendidp, dè toda essa erudição de trapos que se
ostenta, nós procuramos ainda, a expressão do
bello no enfeite, a formula do vestuário.
Só existem duas maneiras capazes de fazer
esquecer os explendorès do nú: ou ajustar o
vestido de modo que coincida com todas as
bellesas de corpo que elle veste adaptando-se
com arté á harmonia das formas; ou empregar
cóm profusão b& ricos panejamèntos, e compensar péla opulência, e pela riqueza das , ondulações, pela variedade das linhas, e pelos contornos delicados dos folhos aveludados e
RHEUMATISMOS
AGUDOS
A Solução de Salicylato de fio da do Dr. Clin
possue incontestável efficacia nas Affecções
rheumatismaes, agudas e chronicas, no Rheumatismo gottoso, nas Dôres articulares e musculares, emfim todas as vezes que se queiram
calmar soffrimentos determinados pela diathese
rheumatismal.
Para obter o desejado effeito é condição
ndispensaval ser o Salicylato de soda absolutamente puro, inalteravel. e em dose rigorosamente exacta. A solução do Doutor Clin,
sendo de composição sempre idêntica e agradavel ao paladar permitte administrar facil-
159
sedosos o maraviihaso brilho das carnes, o
divino arranjo dos musculos, e o modelado dos
contornos. A toga antiga, o albernóz árabe, a
capa italiana, o manto hespanhol, as túnicas das
virgens christans, as magnificências dos Doges,
ou a simplicidade das dansarinas, e os vestidos
justos do tempo de Henrique IÍ, não ha meio
termo! 'Fóra disto a arte não existe. As gravuras quç nós reprodusimos pertencem ao
ultimo genero da fantasia, parisiense. Nós as
dividimos em tres cathegorias:
O Penteado,
O Chapéu, t
O Vestido.
E CHRONICOS,
DORES.
mente o Salicylato de Soda assim comõ consente que se varie a dose conforme as indi_
cações que se apresentam.
Antes de começar o tratementò com a Solução
de Salicylato de Soda do Doutor Clin deve-se
consultar o medico, o qual indicará a doze
que se deve tomar durante o tratamento.
A Solução do Doutor Glin toma-se pura oíi:
com um pouco de agua, antes' da. comida.
Como garantia, deve-se exigir em cada vidro
da S o l u t o do Doutor Clin (14 rua Racine,
em Pariz) a Marca de Fabrica com a Medalha
dò Premio Motityon,
ALMANACH
N°. 3417. .... Enterrar cabellos mortos entre
uma vegelação de cabellos bem vivos, e luxurirantes; associar uma cabelleira de aldeã, cheirando a feno, com uma cabelleira bella, e
perfumada, tal é o sonho de todas as elegantes
de *bom tom. Os tosquiadores vão fazer sua
Colheita nas feiras de S. Brieuc, e de Riom,
e entregam aos artistas capillares centenas de
PARIZIENSE.
kilogrammas de cabellos ruivos, pretos, louros,
castanhos, que estes transformam em tranças
inglezas/ tupinhões, (?) tour de tete (?), e artifícios proprios para reparar o ultrage dos annos.
A cabelleira 3416 e 3417 é um simples
Breton (?) com frisados, e ondulações, que
assentará de preferencia nas louras e nas ruivas.
Al. M A S I f V l I
P Á et I 7*1 Tl N S E .
B i l c b clíeias der«orpo ,este penteado quadrará
• N.. 3245*r,5Íiste' penteíi(lõ a m.
Pompadour, sb se,casa dom uma profusão,de •muito bem.í^^Kíspósi^|ftm-'pouco alonpó d"arroz e de brilhantes. Exige, a^m dflèío, gada afina-lhes o talhe. Uma jóia de diamante®
jim AereçMHc% são indisum rosto fresfe e ^perfeitamente* tiwfl,' traços* leilpe elegante,
nobres, e um portè sataaijo. A's bell^sasum ,®isaveis tparo dorpaf1^ oUra.
Compostas de Creosoto e Alcatrão de Hêtre (faia)
Preparadas POR PiERRHUGUES.
(PtiARMACEUTlCO,
PREMIADO P E L A E S C O L A .srPHRIOK
DE
PHARMACIA D E P A RIS.)
A preparação do Creosoto puro fxtrahido do alcatrão de faia'exige
grandes cuidadbs*, e apresenta senas'f&ifficuldadéi|| para evitar a formação d|i
g e i d o phenico e das matérias pjrrogenadas cuja acção irritante impejie muitali
vezes -'If eíiicacia (!o medicamento.. A s Capsulas Weilher appresentãf Isob este1
p o n t o ^ e .jvista umá intelira confiança à pessoa: què i|s applica.
CAPSULAS WEILHER.
Compostas de Alcatrão puro de Noraèga
( P H <V R \'I A C L U TIC O PREMIADO P E L A ESCOTA SUPERIOR
PHARMACIA i)K
DE
P\RIS.)
. A s Capsulas de A l c a t r ã o ; . - ^ ^ ^ a | W e a h e í ; . a p r e s e n t ã o ' a s g a r a n t i a s
í de ; purezjae authenticidade procuradas pelas çéÊfoèp
as applicão. ^"''Ellas
tem par b^se o, alcatrão de .Noruega, importado directamente e não o alcatrão
dos Landes.
A I. M A \ Ã.( li
PAEIZIENSE.I
165
A DIASTASE DO DR. BAUD.
Embora sejá a Diastase um dós mais importantes fermentos digestivos para todos os
estômagos, ainda não tem sido ella bastante
vulgarisàda e applicada. Possue a propiedade
absoluta de dissolver e digerir 2,000 vezes o
seu peso de féculas e farinhas que constituem
tão considerável porção das substancias alimentarias da nossa acostumada nutrição. .
por outras palavras, fazendo absorver pelas
sementes de agreão uma solução titulada de
ferro ou de iodo, 0 Dr. Baud faz com que a
germinação opere uma primeira digestão dos
medicamentos, os quaes são por elle apresentados, depois disso, sob á fórma de pequenas
grageas, de dosagem e emprègo muito commodos para todos;
•
Ensina-nos a chimica que a saliva, tão
abundamente produzida durante a mastigação
dò pãp, por exemplo, contém uma substancia
particular, cuja funcção consiste em dissolver os
feculentos paia transforma-los êm dextrina e
glycose, torna-los . líquidos, permittindo dess'
arte que se assimilem ao sangue. Essa substancia é a Diastase; Fica então a nossa saliva
contendo uma diastase animal idêntica' á da
cevada< ou á dé qualquer outro grão sujeito
á germinação, e chamada Diastase vegetal.
O primeiro résultado .dessa engenhosa' preparação Consiste em remediar ás cruéis e
frequentes enfermidades que impedem a digestão
dos alimentos mais usuaes. Além disso, facilita
a assimilação das substancias mineraes sem
fadiga nem para o estomago neih para os intéstinoS, em consequincia da appropriação
ôrganica devida á Diastase nellas contida. Com
effeito, é aqui 0 caso de lembrar este velhoadágio : ninguém se nutre com o que come ,mas
sim com o que digere.
Pôde, pois a Diastase supprir á acção da
saliva, por veies insufficiente ou altereda pelo
máo estado d|Ds. dentes e por outras causas.
Firmando-se nesses princípios, ò Dr. Baud
foi léyado pélas suas aturadas pésquizas ao estudo
e á descoberta dos seus Medicamentos Diastaseados com " base de ferro, deiòdo ôu . de
arseniato de ;soda, incorporados', pela germinação, com áksemente de agreão, a quâl, além,
das suas virtudes bem conhecidas, dá mais
abundante diastase do que a própria cevada;
Em summa, o Dr. Baud, (22, rua Drouot, em
Pariz) súbstitue pela vida vegetal as manipulações incertas dò laboratorio, e, conforme o
dictò de um dos mais celebres lentes da Escola de Medicina' de Pariz, faz tomar ao
doente o medicamento, em seu proprio laboratorior além de que tem elle certeza scientifica
de que não altera a Diastase pelos meios de
extracção geralmente empregados.
DR. M. G. DE F. G.
166
A I. M A X A C II
FIGURA N°. 3 4 0 6 .
P A U1-7,1 B X S K .
FIGURA No. 3407.
N'. 3266 — 3267. .-' Éstè. arranjo <!o:i;al>eça percoço e sobre o lado direito. Profusão de
para áoiviíé a própria simphcidadè. Àdistrité,; flores de larangetra nos cabellos, habilmente
uns frisados a ferro largamente tratados, um collocadás nós interstícios, do penteado. Um
ou dòus cachos- sobre a testassem afféctaçãoj veu de tulle de seda, posto com arte, envolverá
por. detraz, um fhigmm de.íárgâs tranças lassas no, seu tecido tenue e transparente a ílôr e a
e entufadas, de onde sahem et» feixes duas inuiher, a innocencia, a mocidade, e á graçá.
delicadas- méchas de 'cabello: crespo que se
O corpinho deverá ser de setitn brancoperdem sobre as espadoas, e uma teve trança perola com um créspo de crépe liso. A manga
que se retorce como uma liana ao longo diòf •com grandes.jbabados.
OS TRES FERMENTOS DA DIGESTÃO.
A Pàpsina, cujas poderaggSimas virtudes tem sido reconhecidas W l o s f n o s s W '
g r a n d ^ F á c u l t á t i ^ s qiíèia experimentaram: nas afiÉcçreéSão v a r i a d á s ; É | eàtomago,;
so póssiie; todavia, unia acção mcompleta nasi ' f u n c ; ^ H d Í | e s t i v á í | í c o m efíeiío, imo
serve j i a r á digerir senáa. a cUrhe musculai". ;
• E por esse motivo que: um grande numero (le enfermos, embora obtivessem
melhofas assignaladas depois de empregal-a, não eons|jhito.
Torna-,sç J ;-pois, neçéssario-juntar-lhe os dojs^outros fermeríõs da d i g e s & i iljto*-é a
Diasta^e e a Paitcreatin;i afim H ter-s,6 um "m'edicamento'í^pazt.de activar todas
as funeções que o estômago defeorganisado negava-ge a desempenhar.
A diflicukladc consistia cm rernir sem perigo algUm ejfips tres agentes de sorte '
«M16 a S U a ! n t i m a » i a ç ã o Hão só nãtf l h | P destruísse a respectiva acção, jnas aiiida
permittisse aa e ^ m a g o L j | 3 c o b r a r o J I u papel lio desempenho do act<? digestivo
. .Çí-aiça^ á çãlfculos ; â ^ t i f i t t g p a pesquizãs conscienciosamente emprehendjdàsje
a numerosas expenencias, o Dr. Vlijjgj i>Ê R a j a t , ^t^duaiolo ,jj>ór
cojis%gni<3 | | n s t i t u i r um producto, conlcmio ao mesmo tcihjfo os tres fermentos da
'digestão: a; pepsina, digestivo da carne muscular, a P i a s s e , digestivo dos foçulentoS) e a Pancré^tina, •dijjéfevo. dos corpos" gordos. 1
A reunião, methodicamente dosada e scientificâmente combinada, desses tres fer- •
mentos da digestão, intimamente unidos com um vinho , generoso, constitue um medicamento poderoso, como dizia com tanta razão Claude Bernard no seu Relatorio á
cêrca das funeções digestivas.
O precioso Vinho Eupéptico do Dr. V i a l d e . R a j a t com'Pepsina, Diastase
e Pancreatina é,, hoje em . dia, receitado por todas as celebridades medicas como
sendo o mais activo agente nas numerosissimasaffecções do estomago: fer da de
appetite, digestões lentas é làborijtèús, gàstraígias^cardialgiàs,
gasÇrodinias,
pyrosis,
crises dolorosas, eructacões, cawibras^ nevroses especiaesdasvias
digestivas, etc. etc.
Todas essas desordens do estômago dãc> origem por vezes a outras moléstias
graves, t a e s como as suppressoes" ménstruaes nas mulheres, as affecçoes do figado
tão frequentes sobretudo nos paizes quentes e, emfim, muitás outras que seria fastidioso enumerar. Portanto^ só se pódem prevenir ou curar taes moléstias, auxiliando
ao estomago e tornándo-lhe fácil o trabalho, sem pervertel-o por meio de excitantes
de uma acção mòmentanea, mas que em breve não exercem nelle mais nemhuma àcção.
Consegue-se tal resiiltado infallivelmente empregando o Vinho Eupéptico ' do
Dr. V i a l D E R a j a t . ; É s t e vinho deve ser receitado p recommendado nos casos de
debilidadet fraqueza,
qnemia, convalescença, ás pessoas de idade, ás crianças debeis e
nervosas, e, emfim a todas as pessoas ciljo organismo se acha esgotado ou exhausto,
quér por Moléstias, quêf pela natureza do clima.
168
ALMANACH
PARIZIENSE.
N°., 3406 - Modelo hespanhol, chapelinho que
convém ás senhoras de pequena estatura que
ostentam seriedade, e gostam, de parecer
casadas. As fitas de atar, e as abas, são de
•renda crua ; a copa é de palha dourada, e á
guarnição que a eérca, de setim amarrotado.
Algumas flôres do lado o completam.
N°. 3407; O chapéu é o mais bello ornamento da mulher. E'a sua moldura. O mais
bello chapéu será sempre aquelle que melhor
faça realçar o genero de bellésa e a expressão
dé uma physiónomia. Este é de palha escurá,
forma ^angot" interpretada, E' necessário um
pente, e um chignon para levantal-o atraz.
Gomo enfeite releva apenas um ramalhete,> ou
uma grinalda de flores. Exclue as rendas, as
plumas, e Os veludos. Dispensa, como a simples
pastora, os ornamentos alheios. Até aos vinte
annos pôde usar-se:,este chapelinho; guarnecido
com um crespo estreito, vai a's mil maravilhas.
N°. 3409. E' preciso ser menina, um tanto
loura e alegre, que goste de coirer nos prados,
e brincar nos relvados dos parques, para usar'
dignamente este chapéu de joven miss.
PHARMACEUTICOS DE I a CLASSE
163-165, R U A
D E S A I N T A N T O I N E , 163-165
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A addicçâó da lacfma, do pó de lentilhas (Malt lentiUe?) constitue um melhoramento cuja importância não escapará a-ninguém, <• que muito augínenta a fóleránc®:
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kilo pelo preço de 2"o francos...
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tendo todas as vantagens das cataplasme ordmanas de farinha de linhaça, sem ter os'
""seus inconvenientes.'^^ .
J?ro< l u c t o s c o m a m a r c a - 1* sol;>a*e a - ' a n c o r a
DEPOSITO EM T O D A S AS PHARMACIAS DA FRANÇA E DO
ESTRANGEIRO,
18.
ÁLMANACH
Nv 3410. Tudo isto existe no perfil. Combinou-se oleque com o chapéu d' Auvergne e as
excentricidades do Directorio, e surgio o que
vêdes: uma cousa que talvez assente bem-em
um rostinho original.
N°. 3373. Estes trés bébés, que já querem
imitar a mamãisinha, são do mais .perfeito
PARIZIENSE.
comico. E no emtanto -existem alguns assim.
Não é só a gravura que o diz. Úm moralista
do Instituto escreveu um grosso volume tratando
da influencia do vestuário sobre as crianças.
Esse senhor, que se traja como ninguém sè traja
hoje, procura provar que a innocencia e a
candura estam na razão directa do comprimento
F I G U R A N°. 3 4 1 0 .
das saias, e .na razão inversa dá riqueza do deixa vêr uma margem da saia que se arredonda,
vestuário. Seja como fôr, as tres meninas de em pequenas pregas em torno de umas meias
vestidinhos curtos não fazem muito má figura. cuidadosamente esticadas.' As amaveis leitoras
Seus carricks de panno inglez, de côr amarellada farão a escolha do penteado• duas tranças
como a rapoza daEscossia, assentam-lhes admi- cahidas, óu Os - cabellos soltos, ou finalmente
ravelmente. Este interessante yèstuario indica uma-só trança presa na extremidade por um.
-a cintura com elegencia, e cahindo naturalmente laço de fita larga.
P E P T 0 N AS.
Se .alguém nosJ*cUssesse, ha bem poucos que, fabrica n ó seu laboratorio, aconselh.mdoannos, que um; homem podia viver algum lhe q u e . t o m a s s t o i o ó g r a m m a s
dia e i j
tempo nutrinditte de feptomis,
com exclusão
leite pôr dia. Q u a n d o o e n f o t m o sentiu
de- ,qualç[u,9jr. outro alimeijt^ éíjieíto -que en-» • B
, melhóras,, a . d o s e J f o i ® / 3 Q e ; é 400 grammas *
contraria muitos, incrédulos. Entretanto/ èii
d e pêptona.. P o u c o e jfqucdj foi «e restabeletherapeutife moderna realisk íàès-mílágrèsí e; cendo.. Ao c a b o d é ,'ofeé dias, n ã o s g í j á n ã o
agóra mesmo, acabo de lêr no "Boletim Geral diminuía o p e s w d Q ^ corpoj'• m a s , - o enfêrmo
de Therapeutica módica e chirurgica'', -dos g a n h a v a 45 -grammas d õ j ^ ã í p o r dia. j á p o d i a
afamados Doutores ISoucliamat, r.éon LoFo.t Jêr e trabalhar. A s . m e l h o r a s c à i t i n u a S â J a
e Potain, uma memoria do erudito pharniaci-ii* H o » ' ® . I p f e m n a d o S m o f # S | s t á g o r d ó í S i S I
i tico J)efresne áeérca des»é assumpto.
e salvo.
Em 1876, o Seiir. (ligou, antigo alumrio-da
Ouífís. experiências igualmente maravilhosas
Kscola Polytediiiiai de Pariz, lbrmado «111 . -tem sido apresentadas pelo Snr. Defresne ás
sciencias, : f o i copteltar. ao sábio. I>r. Potain,-' primeiras corporaçlõgç médicas de Pariz Todas
professor de clinica mégfeavem Pariz e médico ellas attestam que'a Peptonk''D'efresne'-^Í &
do hospital Necfcer O enfermo sof&ia de fhéur um poder nutritivo intenso, e, pelo seu gôstoi
mutismos desd.c ,a iufancia, o, havia' algum Baboroso pôde comparár|6 jcom o succo de
tempo,- estava alienado de uma dyspepsia átôni- câme mais .substanciós». O erudito e cqnscienca por insufificiencia de suceo gástrica Havia eio^T' pharmac cmtic-o coriipletoy .os g j f l j tnará-1
1 1 I 1, *' *
tendado todos õs curativos, mas debalde.-Esgo- vilhosòs prepawifps fabricand
tado e exhausto, tinha chegado a um estado í l r yiçho tSè peptpiia, um chocolate''toin peptona, -I
magreza extrema, |^^®àJimentayW.cõmÍ4gua peptoná em |*> <: ém hóstias.
e-vinho assuçarado. O Pr.íotain lhe aconselhou
Hoje em dia, graças"*iS seis admiraveis
;-:-âSdigestiís «r#jfp^^reparavk-as do seguinte trabalhos, está provado: -'modo: toma vã.£50 grammasfdè. carne magra
i j p que as peptonas B n s t i t u e m um_ nutripicada c 250- grarmnas de agua queme: acRri-s
ra^*? M g não càrèce d a ! i ç
>'ir** J
ccntava 10 gntmmas de pancrontina, deixava intestinaes, podendo jp:Empregadas vantajoa digestão i;ontim::ir. durante urna hora numa samente gpira %ompletar a nutrição e pari
temperatura moderada, « d e s c a r t e , passando evitar ou atrazar recahSdas
nasmolestitfs
o todo numa peneira, obtinha imi bóio saboroso. clirõnicaH: ,
1 semelhante á (ima farofa dalei)'tilhas. O enfermo
•^iffliie, nos casos mais grav"e®a<
, fsústentou;se~isjím durante oito! mezes. Passou pódem sjjstentay.e.-conservar o enfermo, qr.ér li;,.:
então a alimentar*se com leitfc Kasjfí infeliz- sejam administranlas pela boccay quétlpélo ano. mente, mudou de regionmi sem consultar ao
Num temja, como o^niSssà, em quãja/vida
médico e tevê uma rccáliida gravissiina. Koi en- 1 social:. a d i t a d a .<(::é levámos V.earretit ^ m s i g o
tão que^encontrou-se com-o-Sepr. Defresne.Jiurçerosas • anemias, . dyspépsiãs rebeldes^ phtiEstávamos rio ir.cz de JuH10 .dc 1S77. O calor
e v a r iadas moléstias
do Jlbomago,
-era intenso, e, não obstante, o enfermo tinha
frio, e çada dia parecia más perto <1.1 morte. péfitòna- Défresn^Sfenstitue um "veWadeiro
O Seflr.HS!ei|esji/;- propoz,igie»-as-pèptonas beneficio feito,, á humanidade. - - - ' Dr. A. 1". :)K ÍJAK v \;.ii<». 7. -.
O S K Í i R K I K ) D E l.WIA AMIGA dos bailes:
Henriqueta tinha d j ^ j t o jipnos.Te^adorava do mundo, exliausta.peloi bailes elpilás vigihas,
- os báilés. Sardos, concertos, tlieatro lyriro. par- engoniasse à-wiru'v"' *
tidas. era esse o se:r íiáo^iuotidiar.o ou nocPor muito .tempo, segredeira como
turno, para melhor dizer Antes de frçaupntar .guiõ, occultapme
a socidade^quando amda tya uma humítdé «trpren^^fem flagrante Henriqueta havia
violeta recôndita no' lar d o m e s t i c o , a co- descoberto -a varinha dt:^'.õpdlo. • "1'odiis" osnhecêra magra,fran/ina,aiH'niic:í,;i;illid;í. Agóra. dlãs,:.na,so;bremeza,,a nossa Henriqueta sáboreáno seu camarote «!e primeira otdcni do tht:.nro va _i i j . 11 ate meio. cálix de vir.hoCdc
de 1V(Jro II, dir-s|?|ia uma .'Diana' caçadora, Maileira cym pçptoílf I>W|(:sne. i':iréce '.'1:11,:
de faces róseas,'^egre,,nutnda, a vender saúde I o. tal vinho é. o . mais maravilhosa,-agente para
Como conciliar *ep'a otlr.^íH^ç/iii.apparcnte1^ ; Reparar*'
'm^M^MÊc
irrtp:irá~'ej
Como explicar que, rfflSíièio do" borbonnho
HBS^HHBB
1
1
.
'^
A DIGESTÃO.
Embora pareçam muito diversos os nossos próprio pão que, na apparencia, parece comalimentos, pódem, comtudo, ser classificados posto sobretudo de fécula, contém uma grande
em tres grandes ordens: corpos gordos/ fecu- quantid ade de uma substancia analoga ás carnes
lentos e carnes. A cada uma dessas classes de (o glúten) e um pouco de corpos gordos; o
alimentos corresponde no nosso organismo um mesmo se dá com os vegetaès que nos servem
fermento especial, proprio para digeril-os, isto de alimento. Só as proporções é que variam.
é, para pôl-os em estado de serem absorEssa complicação na natureza das substancias
vidos, e, mais tarde, transformados ém matéria alimentícias reproduz-se nos effeitos proprios
organisada e -viva.
aos tres fermentos digestivos.
Esses tres fermentos eupepticos são: a PanA saliva, isto é a diastase que serve especialcreatina para os corpos gordos; a Diastase mente para a digestão dos feculentos, começa
para os feculentos, e a Pepsina para as matérias logo um trabalho. de dissolução que facilita
azotadas ou para as substancias albuminóides, mais tarde a acção do sucço gástrico e do
isto é, para as carnes.
succo pancreaticó. A pepsina não é sem inA pancreatina é secretada por uma glandula fluencia sobre as féculas, e a pancreatina não
particular chamada pancreas, cujas funcções só emulciona as gorduras, mas remata a digestão
ignoradas outr'ora foram reveladas pelos no- das carnes e dos feculentos que escaparam. á
táveis trabalhos do illustre physiologista Claude acção da Diastase e da Pepsina.
Bernard. A diastase é fornecida pelas glandulas
Em summa, alimentação e digestão formam
salivarias, e a pepsina, pelo estomágo.
um todo complexo, e quando, em consequência
Eis-ahi o conjuncto dos factos; na natureza, de uma perversão das. funcções digestivas,
porém, não se passam as cousas dè um modo o homem é obrigado a pedir emprestados a
tão simples. Primeiro que tudo, é para notar outros entes ós elementos que lhe faltam para
que todos os nossos alimentos são complexos, consummar o acto indispensável da digestão,,
e que iiemhum delles pôde ser classificado de é racionai reunil-os todos juntos para chegar
lira m odo absoluto em. uma dessas tres ordens: seguramente ao fim desejado.
a carne, por mais magra que seja, contém
Essas considerações conduziram um distincto
sempre alguma gordura; se. a clara de ovo, pharmaceutico de Pariz a preparar um medique entra na terceira categoria, compoem-se camento que contém os tres fermentos eupepquasi exclusivamente de albumina, a gemma ticos sob , umafórma agradavel, conservando
contém uma grande quantidade de oleo; o a esses preciosos agentes da Digestão a sua
mesmo acontece com o leite, alimento completo efficacia.
que confém um corpo gordo (a manteiga), um
Esse medicamento, verdadeiram eute scientielemento analogo aos feculentos (o assucar),
fico, é o Elixir eupeptico Tisy.
e diversas substancias semelhantes ás Carnes,
D r . A L B E R T O DA COSTA R E G O .
cujo conjuncto fórma a caseina ou queijo. O
F O R Ç A E SAÚDE.
Força e saúde, eis-ahi os mais preciosos detodos os bens, mais preciosos até que a fortuna.
Ser forte, significa ser capaz de resistir aos
numerosos influxos que geram moléstias. Sem "
força, não ha saúde, e> sem saúde, não ha
felicidade.
Em todos os tempos, procuraram os médicos
os meios mais adequados afim de restitúirem
a saúde e a força aos organismos debilitados.
Entre os agentes a que recorreram, cumpre
apontar em primeira linha o phosphâto;de cal.
E elle, com effeito, um dos mais importantes
elementos do corpo humano; entra,, como elemento principal, na constituição dos ossos, e
encontra-se em todos os liquidos da economia,
especialmente no sangue. Os tecidos em via
de formação são os que mais encerram-n-o. .
Privados de phosphato de cal, plantas e animaes
definham e morrem, e, com muita razão,
attribue-se a debilidade das crianças que moram
nas grandes cidades á insuffici encia do phosphato de cal que absorvem.
G Senr. Baudon, casando num vinhóespecial
o phosphato de cal, naturalmente solúvel, com
o. antimonio, prestou um relevante serviço aos
médicos e enfermos. Composto. desse modo, o
vinho de Baudon é um restaurador de alto
valor e um poderoso regenerador do sangue;
é igualmente um reconstituinte de primeira
ordem, cujo emprêgo combate com vantagem
as moléstias que resultam da fraqueza da constituição, que previne muitas delias e' assim
realisa o programma: Força e saúde. .
Durante a gravidez, além de favore,cer a
alimentação da mãi, proporciona-lhe as matérias
neçessarias para o desenvolvimento da creança.
Durante a' amamentação, desenvolve o appetite
da ama, sustenta-a e augmenta a riqueza do
leite. Receitanj-no coni êxito éxcellente ás
creanças pàllidas, franzinas e lymphaticas.
O seu emprêgo favorece a evolução dos dentes,
combate o rachitismo, impede o desvio das
fórmas, dissipa o empacho das glandulas e
activa a ciçatrisação das ulceras escrofulosas,
moléstias que, as mais cias vezes, são o prenuncio da tísica.
E' ; um alimento necessário aos rapazes que
ainda' não completaram o- crescimento e não
attingirám o seu completo desenvolvimento."
Qjianto á tísica pulmonar, flagello que faz
tantas victimas, tem sido debellàda victoriosarmente pelo vinho .dec Baudon. Numerosas experiencias feitas nos hospitaes de Pariz e de
Niça demonstram-lhe a efficacia. Combate à
congestão dos orgãos respiratórios, excita a
nutrição, diminue os suores e a expectoração
é faz desapparecer a diarrhéa.
Á acção que exerce nasfiincções digestivas,
favorecendo a absorpção dos alimentos, excitando o appetite, torna-o util na anemia, nà
chlorosis e nas dyspepsias.
Emfim, os homens idosos encontrarão no.
vinho de Baudon úm poderoso remedio para
curar os catarrhos chronicos dos bronchios, a.
gotta, e que dissolve os tophos..] |Oppondo-Sè
ao amollecimento senil dos ossos, previne as
fracturas, tão frequentes nas pessoas de idade
avançada.
Cumpre accrescentar que o vinho de Baudon
tem um gôsto agradavel, e portanto pôde ser
receitado facilmente para às crianças, dó mesmo í
modo que todos o tomam com prazer.
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Pariz.)
A s pastas de algodão iodado A d a m possuem hoje a confiança de todos :
os médicos pára o tratamento d a s affecções em que uma revulsão p r o m p t a j efletgJca'
e durável e aconselhada. Dispostas em lamina®,"finas e delgadas, isoladas da evaporação exterior e do contacto das vestimeMas'por- uma f o l h a de g u t t a percha
ligada ao tecido, ellas são ; de um emprego . tão simplês como-óSfsinapismosti
em follias.
CIGARROS PEITORAES DE J. SCHAEDELIN,
Fumigador antiasthmatico,
PREPARADOS PAR J, SCHAEDELIN, PHAEMACEUTICO.
H a muito tempo, os nossos mais celebres médicos aconselha» o emprego .
dps cigarros mediçinaes no tratamento das vias respiratórias,Se o uso deste
medicamento tende a se . getteralisar cada véz mais, N á s julgamos satisfazer ás
necessidades d o ^ doentes atacados d'asthma, c a t a r r l m , opprcssòcs, etc. etc..'
preparando os cigarros;fp?itoraes que, debaixo de um pequeno volume, contém
quantidade ncccssaria de plantas para obter-sè . u m curativo certo nas tosses 5 '
violentas, desgraçadamente muito frequentes nessas enfermidades. Estes cigarros
achão-se em u m a bonita . carteirinha e estamos «convencidos que serão, muito
apreciados pelas pessoas que os empregarem.
A' VENDA POR ATACADO: H. ADAM ET PRÈVOT. — DROGUISTAS.
32, Bw Saini Fael. — Pauis,
N". 2 511.
adas com fundos de garrafa, escabellos de
pau esculpido, mesas de nogueira quadradas,
grandes canecas d'estanho itopalhas, sobre as.
piás, rSzás de lousa; e uma duáã de estudantes levados da breca embebendo os fios de|;
suas cabellciras nos potes de cerveja, e destacando seus vultos em uma auréola de fumaça,
'N\ 25-1 r;- Imaginai um botequim, estylo dá de cachimbos; e vós tereis um. local, euma s S
idade média,: êom vidíáças de côres,intermei- ciedade dignos dé receber esta ideàl apparição.
W X . 3069. 3068. Grande Jaquotta dé largos
pannos com brandbourgs, e canhões dé veludo;
ornado do. sutache. Este Rhein grave é do.
raiais refinado matt gosto germânico, mas usarse.Uma mulher que tiver uma estatura de tambor^-,
mór -poderá ensaiar este uniformei
A I . MA N A ( I I
A menos que não deis a preferencia ao jardinzinho virginal da Margasida do Ka listo. com
Nillson nos platibandas.
Nos temqos ''êftív; que ainda se sonhava 11a
Allemanha, quando a fumaça da polvora ainda
não havia dissipadoffl substituído as nebulosas1
<Ja vafca poesia,, existiam ahi d'èsses fantasfhas
errando- em todas as imaginações. Todas 'as
mulheres trasiam a camisinha branca,gB aí
gollasinha.de musselinay corpinho fino, gradeado, manais/estreitas çõm tufos golpeados,
•vúóie apanhado: pela chatelaine de couro, e
vasquinc curta. Todas as mulheres eram louras,:
•e ídéaes. Com os braços cahidos, e as; mãos
<riisada.s seguravam a ponta do suas' tranças
languidas g|| enamoradas.- Sêíis olhares, haviam
PABIZIENSE.
179
bebido o azul do ceú
;
ainda existe no
.mundo alguma Gretchen esquecida, poderá
revestirfesse. trajo de outros tempos.
N*. 2738-. Este costume de praia diflere
sensivelmente do das . naiàdes. ^complicadíssimo. Primeiramente, "uma saia dé volantes de
pjissés emmoldurando uma quantidade de rendas
intercaladas; depois, por cima d'isto, um páíi
nejamento formando um jraff alongado e
bastante";* comprido,-/ e por diante um aveníal
de iiías, -terminado e apanhãdd'|or uma tivela.
Uma Bertha de rendas se dfflsaisòbreo corpinho.
A manga curta termina'ernfórma- de funil invèr-tifj^ A spmbrinha-stick, :é .0 chapéu de camponezsísão de rigor. Com tudo isto póde-se
ir sem mêdo pescar camarões.
ESTABELECIMENTO
I , l â fA l i »
50. —
l O H H â l J
Boulevard de Strasbourg. —
D R O G A R I A
-
PRODIJCTOS
ESPECIALIDADES
Cu.
PARIZ.
0 1 MÍMICOS
PHARMACEUTICAS
Artigos de Pharmacia
B n d e r e ç o
l i AT
o M m 1 « , s Â. o .
p a r a
T o l c g r a m m a s :
A R I ) , M O I I I X E A (r.
P A R I Z .
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ÁLBUM
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LITTERARIO E ARTÍSTICO
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8
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3.
!Çet almomack:ét
destine Âjftre- igdé- aux frmapaux
Journaux du Brésil,
du Portugalet
des Colonies portugaíses
qui Vãs. donnent en ]prime à lisura
abonnés.
•
Uédiiion
dê
plus grand eticoké àtieVêlui de
réditioti •ãè 1882.
"
tiragé de ioooo_ eicemplaires de Vanne£.'précédénte w étépofté
pour
1883. á 1 sooo extmplaires:
malgré 'cette aúgmentation, ce tírage se trouve enUirement épuisé, par lesdemcmdis0au
d'Aotit, êpoqueà
laquàlenous
mettons sous presse.
VAlmanach
Parisiense pour 1884 parãiftr^comme
cette annéc le 1 Septembre 1883.
|y, .
H dura im tirage'justifté'de
à 25000 exemplai?**, pour-Ía
premiire
édition.
Touehés de
PatCueileinpresséímeclequelrtOUsfé
pondants ont bien ,voulu honorer notre pubdicatíon, nous nous faisons un .devoir
de recueillir potir notrè.èdition de 1884 les meilleiirs ccrits de nos auteurs les
plus distingues.'
.
Nous pouvons dis:à présent assurer à ms lemtirsque
lã camposition de
l'Editio.H de 1884 sera Vobjet de nos plus grands soins.
Ellèf^krá
comnie precedemmeni imprtmée surbeau paphr, ittMstgeim de
50 gravares choiaies parmi les grandes célébrités de notre époque-, dé 20 grayures de mories, coiffures, confections/íbroderies, ouvrages dè Dames-í/c. etc.\ ornée
de plusieurs tm rceaux de musique píêdits, pour piano, 'de nos plus qrands maítres.
; .
Enfin, nous rémiissons tous nos efforts pour rendre notre ouvrage anssi
_iitile qu'agri'ab/e afin_ //c lni assurer ' la preMière ptíá au Sein de la famille.
t.
r
P o l
f tous B
renseignements, on est prie 'de*Ss'adresser:'ã>
J. DE SANTA-AKNA NERY, 8 Rue Nouvelle, PARIS.
Monsieur
MOLÉSTIAS NERVOSAS, O SEU T R A T A M E N T O .
O Bromureto de Camphora, introduzido voráveis á deglutição, essas Capsulas disfarná medicina franceza pelo sábio Dr. Clin, çam o medicamento e o dissimulam de tai
laureado da Faculdade de Medicina de Pa- sorte que as pessoas mais delicadas podem
Tiz, e distincto com o „premio Montyon,'' tómal-as Com facilidade, e sem a mais leve
está prestando todos os dias assignalados ser- repugnancia.
As Capsulas de Bromureto de Camphora doviços no tratamento das moléstias nervosas em
geral, e em certas affecções dò. coração e das Doutor Clin devem-se tomar logo antes da comida. Comece-se pòr tomar 3 Capsulas por
vias respiratórias.
Graças a innumeros estudos realisados nos dia: uma pela manhã, uma ão almoço, e uma
á tarde ao jantar. Ao cabo de dois dias, se
hospitaes de Paris pelós mais hábeis profissionais, pôde-se vêr quaes os maravilhosos effei- fôr necessário, tome-se mais uma Capsula por
tos produzidos pelo Bromureto de Camphora dia, até se tomarem 6 em 24 horas: isto ér
2 Capsulas a. cada uma das comidas. Em>
do Doutor ClixLy quando administrado de um
modo adequado nas modéstias seguintes: todos os casos será bom, para determinar asAsthma, Affeições do coração e das vias res- doses, seguir os conselhos de um medico. As Grageas do Dr. Clin contém cada uma
piratórias, Tosse nervosa, Espasmos, Coqueluche,
i o centigrammas de Bromureto de CamphoraInsomnia, Epilepsia, Hysteria, Palpitações nerEm todas ellas, o medicamenta acha-se covosas, Dansa de Saint-Guy, Paralysia àgitante,
berto com uma ligeira camada de assucar que
Nevroses em geral e Perturbações nervosas
causada por estudos excessivos, Moléstias Cere- lhes assegura a conservação.
braes ou mentaes, Deliriúm treinens, Convulsões,
As Grageas do doutor Clin convém, sobreVertigens, JDôres de cabeça, Atordoamentos,
tudo, para as crianças e pessoas que devem
Hallucinações, Moléstia* da bexiga e das vias
empregar 6 Bromureto de Camphora em dose
urinarias, é nas Excitações de qualquer natureza. pequena.
Em summa, o Bromureto de Camphora do
As Capsulas e Grageas do doutor Clin derdoutor Clin emprega-se com feliz êxito todas
retem-se em muito- pouco tempo no estomogor
as vezès que se deseja exercer uma Acção ,e as pessoas mais delicadas supportam-n-assedativa e calmante em todo o systema nervoso. com facilidade. •."*
Como o Bromureto de Champhora tem um
O conselho Medico de Saúde ' de S. Peterscheiro especial e um gôsto poucò agradavel, burgo autorisou a importação para a Rússia do
tornava-se indispensável tanto para os médicos Bromureto de Camphora do doutor Clin, como
corno para os enfermos depàrar com um
sendo um medicamento de utilidade pública.
meio fácil de administar esse medicamento.
Todos os bons Pharmaceuticos e DroguistasO sábio Doutor Clin teve a engenhosa ideia tem â venda as Capsutas e Grageas de doutor
de preparar Capsulas e Grageas que preenchem
Clin, Mas é preciso tomar cuidado com as
todas as Condições requiridas para o emprego falsificações e contrafacções e, para ter as verdo Bromureto de Camphora.
dadeiras capsulas e Grageas do Dr. Clin, exijaCada uma das, Capsulas do Dr. Clin con- se em cada vidro a Marca de Fabrica (registém .20 centigrammas de Bromureto de Cam- trada) com a assignatura de Clin & Cie e
phora puro. Compostas de um ligeiro envo- com a medalha do Premio Montyon.
uçro de glúten, de fórma ovoide, muito fa-
APPROVADO PELO JUNTA DÊ HIGIENE
d.é R i o d e
»
Aperitivo,
Janeiro.
ELIXIR-vmoso
Corrôporante e Febrífugo.
—
—
Tendo por base u m vinho generoso, o verdadeiro
Q n i n a - X _ i a r o c h e
reprensenta a totalidade
dos principios das t r e s
q u i n a s ; eis porque
sua
efficacia está hoje e m dia provada,
contra
AS AFFECÇÕES DE ESTOMAGO, ANEMIA,
u,
. FALTA
DE FORÇAS, CONSEQUÊNCIAS
DE FEBRES,
etc.
DIASTASE
do D* V . B A U D
Sob a forma de grãos dosadas com
muito cuidado, o A r s e n i a t o de Soda i
combinado com a D i a s t a s e pela germinação, é recommendado contra as
nèvrõses, emagrecimentos, a feçcôes du
pelle, rachitismo, asthma, atonia,
pallidez, etc.
22, rU.e Drouot, 2 2
Paris
'V^ASSIMILABLf
1
do Dr V. B A U D
. Mais resolutivo e tambcm mais
depurador do que o oleo è e figadode bacalhao: o I o d o c o m D i a s t a s e
em grSoa tomaSsè facilmente, e
é efflcaz -captra a escrófula,
as
papeiras, as ulceras, tumores, as '
moléstias dos ossos[, eJMsBjfl
22, r u e D r o u o t
TParis.
EM TODAS AS PHARMACIAS DO MUNDO.
PÍLULAS
BO Dr.
MOUSETTE,
As nevralgias tão dolorosas e tão rebeldes por vezes a qualquer tratamento foram, durante muitos
' annos, o assumpto de constantes estudos por parte do Doutor MOUSSETTE.
Depois das ensaios os mais Sérios, auxiliado pelos mais recentes trabalhos scientificos, o Doutor
MOUSSETTE conSeguio compor Pílulas Antihevralgicas superiores a todas as preparações empregadas
até p presenteAs Pilulas Moussette calmam e curam as Navralgiâé mais rebeldes, a Enxaqueca^ a Sciatica,
as Affecções rlieumatismaes agudas e dolorosas que tem resistido a outros tratamentos.
Às Pilulas Moussette devem-se tomar antes da comida. No primeiro dia, tomem-se 3 pilulas;
uma pela manhã, uma ao almoço e outra à. tarde, ao jantar. Se não se sentir nemhum allivio, devem-se
tomar 6 pilulas nò segundo dia: 2 pela Manhã, 2 ao almoço, e 2 ao jantar.
Cumpre não tomar nunca mais de 6 Pilulas Moussette por dia, e, se sobrevier alguma diarrhea,
tomem-se sò 3 pilulas como no primeiro dia.
Deve-se continuar o emprego .das Pílulas Moussette na dose de 3 a 6 por dia até desappare" cerem de todo os soffrimentos.
" Desconfiar das contrafacções e exigir as verdadeiras Pilulas Moussette de CLIN et Cie, de
Pariz.
SOLUÇÃO
D E
S.A L I C Y I j A
IXÍ I > E
S O D A
DO DOUTER CLIN,
' Laureado da Faculdade de Medicina de Pariz (Premio Montyon).
JtfWmatismos agudos e
filftronicos,
Dores.
A solução de Salicylato de Soda do DOUTOR CLIN possue incontestável efficacia contra
as Affecções Rheumatismaes, agudas e Chronicas, contra o Á'heumatismo G oitos o, as Dores Articulares e
Musculares, e é utilíssimo todas as vezes , que se queiram calmar.soffirimentos determinados pela diathese rheumatismal.
• Para obter os bons effeitos que sempre deve produzir o Salicylato de Soda é condição indispensável o ter-se vim medicamento puro, inalterável, e em dose rigorosamente exacta.
A Solução do DOUTOR CLIN, sendò^de composição sempre idêntica e de um gôsto agradavel,
perniitte administrar facimiente o Salicylato de Soda, e-variar a dose confcrme as indicações que sé
apresentam.
Antes de principiar o tratamento com a Solução do DOUTOR. CLIN, deve-se consultar o
médico, que indicará as doses necessárias para o tratamento*
Tome-se a Solução do DOUTOR CLIN, quér pura, quér num pouco de agua, 110 momento da
comida.
••
'
Tem-se toda a garantia exigindo em cada vidro de Solução do DOUTOR CLIN a Marca de
Fabrica com a Medalha do Premion Montyon.
DÒR
DE
DENTES
As | GOTTAS JAPONEZAS DE MATBEY-CAYLUS calmam instantaneamente a mais
violenta dôr de dentes, e impedem que torne a apparecer, visto destruírem a carie. 1
j .Devem-se empregar as * GOTTAS JAFOKEZ.AS até o dente doente tornar-se de todo
insensível, afim de que.a cura seja. completa. Hg
Gada.vídrò de G O T T A S J A P O N E Z A S tem urra noticia explicativa.
CLIN
E
C'\
1 4 , RUE
R A C I N E , 1 4 B P A R I Z .
Typographia de Binger Irmãos, Amstérdam.
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1883.