04 de agosto de 2010 O conteúdo das matérias é de inteira responsabilidade dos meios de origem A missão da ADIMB é a de promover o desenvolvimento técnico‐científico e a capacitação de recursos humanos para a Indústria Mineral Brasileira A CBPM INICIA DOIS NOVOS LEVANTAMENTOS AEROGEOFÍSICOS NO ESTADO DA BAHIA Em mais uma iniciativa do governo estadual destinada a atrair investimentos para o setor mineral, a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral – CBPM está iniciando este mês a execução de dois novos Levantamentos Aerogeofísicos no Estado da Bahia, nas regiões de Ipirá – Ilhéus e Porto Seguro – Caravelas. Esses levantamentos fazem parte do Programa de Cobertura Aerogeofísica do Estado da Bahia, iniciado em 1975 pela CBPM e que visa dotar o estado de uma infraestrutura geológica/geofísica básica, consentânea com as tecnologias mais avançadas de pesquisa mineral, gerando, conseqüentemente, mais desenvolvimento para o Estado da Bahia. Estes trabalhos serão executados mediante Convênio nº 013/CPRM/10, no valor de quatro milhões e meio de reais, sendo 40% de participação da SICM/CBPM e 60% do Governo Federal, através do Serviço Geológico do Brasil ‐ CPRM. O Levantamento Aerogeofísico destas novas áreas prevê o recobrimento de mais 8,7 % do Estado, totalizando 48.877km2, correspondendo a 18 folhas, na escala 1:100.000, com um total de 105.629 quilômetros lineares de voo. Será utilizado um multisistema aerogeofísico, configurado pelos métodos magnético e gamaespectrométrico, ao longo de linhas de produção com direção E‐W, espaçadas de 500 metros e com linhas de controle, com direção N‐S, espaçadas de 5.000 metros. Com esse trabalho a Bahia torna‐se o estado brasileiro mais bem pesquisado em termos de aerolevantamentos geofísicos, tendo sido realizados, até o momento pela CBPM, 34 projetos (incluindo os dois novos), numa área total de 307. 328km², com 717. 806km voados, o que representa cerca de 54% do território baiano. Este total, acrescido de 40.508km² dos Levantamentos Aerogeofísicos já realizados pela CPRM no Estado da Bahia, representar cerca de 60% do estado. As áreas Ipirá –Ilhéus e Porto Seguro‐Caravelas estão localizadas nas regiões sul e sudeste do Estado da Bahia. Abrangem, parcial ou totalmente, territórios de 109 municípios, inseridos nas regiões econômicas Paraguaçu, Sudoeste, Recôncavo Sul, Litoral Sul e Extremo Sul. Essa cobertura aerogeofísica está sendo realizada através subcontratação de uma empresa especializada em serviços de Geofísica Aérea, através contrato nº015/2010, sob a direção, coordenação, fiscalização e acompanhamento de uma Comissão Executiva composta por técnicos devidamente qualificados da CBPM / CPRM. Está previsto contratualmente o prazo de 210 (duzentos e dez) dias, a partir de 21 de julho de 2010, para conclusão de todos os serviços programados, tais como mobilização, aquisição e processamento de dados e relatório final. Segundo Rafael Avena, diretor técnico da CBPM, a proposição dessas áreas para a realização do levantamento em foco justifica‐se pelo elevado potencial mineiro destas regiões, comprovado pela existência de mineralizações de níquel, ferro, titânio, vanádio, manganês, ouro e cobre, associadas com seqüências vulcanossedimentares e corpos máfico‐ultramáficos estratificados, além da presença de depósitos já comprovados, como o níquel de Itagibá, com mais de 120 milhões de toneladas e o distrito pegmatítico de Castro Alves, bem como pela necessidade de melhorar o nível de conhecimento geológico atualmente existente em boa parte das áreas destes levantamentos, devido à ocorrência de extensas coberturas superficiais cenozóicas (na área Porto Seguro ‐ Caravelas), e em parte devida à falta de mapeamento geológico em escala adequada. Em função das limitações impostas por estas coberturas, que torna inacessível à observação direta dos dados geológicos, a aplicação desses métodos aerogeofísicos é extremamente eficaz para a solução desses problemas. A CBPM está convicta de que os resultados a serem atingidos permitirão ampliar significativamente a participação do setor mineral na economia baiana, levando progresso para regiões onde outros segmentos da indústria, por certo, teriam grande dificuldade para implantação, complementa o presidente da CBPM Dr. Alexandre Brust. Fonte: Companhia Baiana de Pesquisa Mineral CHINA CADA VEZ MAIS PERTO DA AMÉRICA LATINA Hoje qualquer alteração econômica na China tem impacto sísmico em todos os cantos do planeta imediatamente Há uma década, qualquer evento econômico na longínqua China era irrelevante para a América Latina, uma região então voltada para a América do Norte e Europa. A década de 2000 trouxe mudanças fundamentais quanto a isso: qualquer alteração econômica na China agora tem impacto sísmico em todos os cantos do planeta. Dessa forma, a recente reavaliação do yuan virá acompanhada de valorização cambial, em particular, nos países com mais trocas comerciais com o gigante asiático. A China, acima de tudo, é hoje em dia peça central para explicar as dinâmicas econômicas latino‐americanas. Os vínculos comerciais entre ambos não deixam de crescer, impulsionados em parte pela forte demanda do país asiático por matérias‐primas. As exportações peruanas para a China dobraram em apenas cinco anos, enquanto as brasileiras, chilenas, colombianas, equatorianas e venezuelanas triplicaram. Como consequência dessa ascensão, a China é atualmente o maior parceiro comercial do Brasil e Chile, à frente dos Estados Unidos. Em breve, o mesmo ocorrerá no Peru, país com o qual a China acaba de assinar acordo de livre comércio, em vigor desde 1º de março de 2000. O caso do Chile é emblemático: em 2009, as exportações à China (23,1% do total) superaram as vendas a toda a União Europeia (22,1%) e aos EUA (11,3%). Entre 2000 e 2007, logo antes da crise mundial, as exportações da região para a China cresceram 370%, em comparação ao aumento de 60% do total exportado. Em 2009, o comércio entre China e América Latina superou os US$ 150 bilhões. A China transformou‐se em uma das principais locomotivas de crescimento da região. Parte da capacidade de resistência à crise em 2008 e 2009, assim como a velocidade de recuperação do crescimento em 2010, agora encontram explicação na (não tão) longínqua Ásia. As exportações à China, embora representem 11,5% do total mundial (excluindo o México, onde 80% das exportações continuam vinculadas aos EUA), possuem um impacto indireto ainda maior. De maneira geral, as exportações latino‐americanas continuam fortemente concentradas em matérias‐primas (47,8% em 2009). A China possui, portanto, um impacto comercial direto importante, mas também um indireto, por meio dos preços das matérias‐primas, principais fontes de exportação da região. Para países como a Venezuela (cujas exportações de matérias‐primas superam 99% do total) ou Equador (81% do total), assim como para o Peru (78%) e Chile (75%), a influência da demanda chinesa sobre esses mercados é crucial atualmente. Em 2009, 36% da demanda mundial por cobre, 35% por alumínio e 55% por minério de ferro tinham origem na China. Com os produtos agrícolas a situação se repete: até 49% da demanda mundial por carne suína provém do país asiático. A China, também sob esse ponto de vista, é uma das regiões do mundo com mais complementaridades comerciais com a América Latina (com exceção do México que concorre pesadamente, especialmente nos EUA, com os produtos industrializados chineses). Em termos de investimentos diretos, a China ainda não é dominante na região. É de se prever, contudo, que a combinação da crise na Europa com a necessidade de aumentar a segurança do abastecimento energético e agrícola do país e o imperativo de diversificar sua posição como investidora (no fim de 2009, seus investimentos externos diretos somavam US$ 230 bilhões, enquanto as reservas internacionais estavam em US$ 2,5 trilhões) incentive investimentos chineses em outros mercados emergentes, América Latina incluída. Dentro das operações mais recentes, destacam‐se, por exemplo, os acordos com a brasileira Petrobras (US$ 10 bilhões), a empresa petrolífera argentina Bridas (US$ 3,1 bilhões, por participação de 50%), a compra do campo petrolífero brasileiro Peregrino (comprado da norueguesa Statoil por US$ 3 bilhões pela Sinochem) e a mina de cobre Toromocho (US$ 2,2 bilhões investidos pela Chinalco). Os investimentos chineses no continente, no entanto, não se limitam a matérias‐primas. No Peru, um consórcio chinês investe mais de US$ 2 bilhões para ampliar a capacidade do porto de Tacna e outros US$ 8 bilhões para conectá‐lo por estradas e ferrovias com áreas de mineração na Bolívia. Também estamos presenciando um aumento no interesse de fundos soberanos da China. Por enquanto, (até o fim de 2009), as participações do CIC em ações na bolsa brasileira representavam apenas 4% do total do fundo chinês no exterior (o CIC, por exemplo, é um importante investidor na mineradora Vale), mas também neste ponto é possível esperar uma maior atuação. Também presenciamos uma forte elevação nas linhas de crédito bilaterais da China para países da região, em particular, para a Argentina, Brasil, Venezuela e, em menor medida, Equador, somando mais de US$ 50 bilhões nos últimos três anos. Esses volumes comparam‐se, por exemplo, com os US$ 11 bilhões que o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) libera a cada ano para o continente. Venezuela e China possuem atualmente vínculos muito fortes, motivados por questões tanto econômicas como políticas. Os intercâmbios comerciais superaram os US$ 8 bilhões em 2009. Existem, no total, 313 acordos comerciais e mecanismos de investimento entre as duas economias. O mais importante é o Fundo Pesado Bilateral, de US$ 6 bilhões. Entre os projetos desenvolvidos em conjunto estão os vinculados ao petróleo. Também existem, entretanto, projetos em setores tecnológicos, como o de instalação de fábricas de telefones celulares na Venezuela. Os chineses gastam mais de 2% de seu Produto Interno Bruto (PIB) em pesquisa e desenvolvimento, patenteando mais de 100 mil licenças por ano (75% das quais são chinesas e as outras, de multinacionais instaladas no país). Na América Latina, por sua vez, os gastos em pesquisa e desenvolvimento chegam a apenas 0,6% do PIB, com o registro de 35 mil patentes em toda a região (quase 90% delas de multinacionais estrangeiras). A cooperação com a China também poderia abranger, portanto, laboratórios e pesquisa e desenvolvimento. Fonte: Valor Econômico / por: Javier Santiso COMMODITIES: OURO CAMINHA PARA O 11º ANO SEGUIDO DE ALTA Os preços do ouro deverão registrar em 2011 o 11º ano seguido de ganhos, com os investidores buscando no metal refúgio contra as incertezas sobre o destino da economia mundial. A constatação é de uma pesquisa realizada pela Reuters. Um grupo de 55 analistas e operadores consultados acredita que os preços do ouro subirão quase 7% em 2011, para a média de US$ 1.228 a onça‐troy (31,104 gramas), ante os US$ 1.150 apontados em uma pesquisa realizada em janeiro. Para 2010, as expectativas em relação ao preço subiram 4%, para a média de US$ 1.197 a onça, ante US$ 1.150,50 em janeiro. Os preços do ouro atingiram o recorde de US$ 1.264,90 a onça no fim de junho, depois que temores em relação à capacidade de vários países europeus de financiarem suas dívidas desestabilizaram o euro e aumentaram a volatilidade nos mercados financeiros. Isso alimentou uma fuga dos investidores para o ativo, percebido como um porto seguro. "Temores de uma nova onda recessiva deverão manter firme a demanda pelo ouro", diz Rohit Savant, analista do CPM Group, especializado em commodities. Vários governos europeus impuseram medidas de austeridade para reduzir seus déficits fiscais, o que injetou um certo grau de confiança nos mercados de ações. Esse otimismo diminuiu a necessidade de os investidores protegerem seus portfólios contra uma maior volatilidade. Mas persiste a preocupação com uma redução do ritmo de crescimento da economia global. Este ano, o ouro acumula valorização de 9% e caminha para o décimo ano sucessivo de ganhos. Os produtos atrelados ao ouro negociados em bolsa de valores, como o fundo SPDR Gold Trust ‐ o maior de sua categoria ‐ registraram captações substanciais em abril e maio, com os investidores comprando o metal como proteção contra os efeitos da crise da zona do euro. No longo prazo, o mercado poderá enfrentar ventos contrários originados por uma recuperação sustentada da economia. Com isso, as taxas de juros mundiais poderão subir, reduzindo a atratividade do ouro, um ativo que não carrega rendimentos. "Por enquanto, o mercado deverá tirar forças de novas armadilhas econômicas e da manutenção pelo Federal Reserve das taxas de juro perto de zero", diz Harish Galipelli, diretor de análises de commodities da JRG Wealth Management. Enquanto isso, os analistas diminuíram suas expectativas em relação aos preços da prata para este ano. A previsão dos analistas para o preço médio da prata em 2010 caiu de US$ 18,50 a onça em janeiro para US$ 18,00. Para 2011, porém, a previsão subiu para a média de US$ 19,00 a onça, ante os US$ 18,14 previstos no começo do ano. Este ano, as projeções são de que os preços subam dos atuais US$ 17,70 a onça para a média de US$ 18,40 no terceiro trimestre e US$ 18,80 no quarto. Como a prata é um metal de uso industrial, amplamente utilizado em produtos eletrônicos, e também como veículo de investimento, ela tende a se beneficiar menos da demanda dos aplicadores que o ouro. "Se a recuperação econômica de fato se solidificar em 2011, então poderemos esperar que a prata alcance, e eventualmente ultrapasse, o ouro", afirma Anne‐Laure Tremblay, analista do BNP Paribas. Fonte: Reuters / por: Amanda Cooper (tradução: Mario Zamarian) CHINA 'DESCOBRE' BRASIL E DEVE LIDERAR INVESTIMENTO ESTRANGEIRO NO PAÍS País deve receber US$ 12 bi em investimentos diretos da China este ano. Valor representa crescimento de cerca de 14.000% frente ao ano anterior. Depois de anos de investimentos tímidos no Brasil, a China está jogando pesado: até o final de 2010, os chineses devem trazer ao país US$ 12 bilhões, levando o gigante asiático à condição de maior investidor estrangeiro no país, de acordo com projeções do mercado, com base em valores já anunciados pelas empresas. Esse número representa um crescimento de cerca de 14.000% em relação ao investido aqui pelos chineses no ano passado ‐ parcos US$ 82 milhões, segundo dados do Banco Central. Em nove anos ‐ de 2001 a 2009 ‐ foram pouco mais de US$ 215 milhões. Também supera, com folga, os cerca de US$ 5,7 bilhões investidos no Brasil em 2009 pela Holanda, nação que mais trouxe recursos no ano passado. As crises econômicas que abateram os Estados Unidos e a Europa foram decisivas para que o Brasil entrasse no foco dos chineses. "Depois de a China ter sofrido com a retração dos mercados americanos e europeus, sobrou a América Latina, que ainda não havia sido tão explorada pela distância e pelas diferenças culturais. Como o Brasil passou relativamente bem por essa crise, acabou sendo alvo dos chineses", afirma o presidente honorário da Câmara Brasil‐China de Desenvolvimento Econômico e diretor da Fortune Consulting, Paul Liu. Além das perspectivas positivas de crescimento da economia brasileira nos próximos anos, os especialistas atribuem o grande aporte de recursos a outros motivos. "Claramente há intenção do governo chinês de sinalizar aos empresários que fazer negócios com o Brasil é estratégico, principalmente levando em conta a Copa do Mundo [em 2014] e as Olimpíadas [em 2016]", disse Kevin Tang, diretor da Câmara de Comércio e Indústria Brasil China. Recursos naturais As atenções dos investidores estão voltadas principalmente para os recursos naturais encontrados no país, garantindo, além de lucro, o fornecimento de bens essenciais para a manutenção do expressivo crescimento chinês. Os setores petrolífero, de mineração, de siderurgia e de transmissão de energia têm sido os mais visados pelos chineses. E eles vêm com tudo: neste ano, já foram fechados negócios da ordem de billhões de dólares. No setor de mineração, a estatal Wuhan Iron and Steel Corporation (Wisco) fechou contrato com a LLX, do empresário Eike Batista, para a construção de uma siderúrgica no Porto do Açu, em São João da Barra (RJ). A previsão é que sejam produzidas 5 milhões de toneladas de placas de aço por ano. O acordo representa US$ 3,29 bilhões de injeção de capital chinês. Além de parcerias com companhias nacionais, os chineses estão investindo também na instação de empresas próprias. A Sany Heavy Industry, fabricante de maquinário para construção civil, pretende investir cerca de US$ 100 milhões para instalar sua primeira fábrica no Brasil, em São José dos Campos, no interior de São Paulo. Considerados bons credores, já que o valor do crédito é mais baixo em relação a outros países, bancos chineses também estão começando a se instalar no Brasil. O Banco da China, por sua vez, anunciou a abertura do primeiro escritório no país em São Paulo. Fonte: G1 / por: Anay Cury PRODUÇÃO MINERAL DO PARÁ DOBRA VALORES EM DOIS ANO A produção mineral do Pará alcançou no ano passado o valor geral de comercialização de R$ 11,656 bilhões. Na comparação com o ano anterior, houve um ligeiro decréscimo, da ordem de 5,95%. Em 2008, o valor geral de comercialização alcançara a casa R$ 12,394 bilhões, de acordo com dados fornecidos pelo Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM), órgão vinculado ao Ministério de Minas e Energia. Em 2008, ano da crise financeira global, as vendas não foram afetadas porque estavam em vigor os contratos de fornecimento firmados com antecedência. O efeito da crise se fez sentir no ano seguinte, com a queda observada no valor de comercialização das nossas commodities minerais. Esta é a explicação fornecida pelos técnicos do DNPM para o recuo de quase 6% observado no movimento financeiro de 2009. Do total comercializado pelo Estado do Pará no ano passado, a maior parte – R$ 8,056 bilhões, o equivalente a 69% –, corresponde ao minério de ferro. Outros dois minerais com participação expressiva na receita do setor são a bauxita, com receita de R$ 1,361 bilhão (12% do total), e o cobre, cujo valor de comercialização alcançou R$ 1,069 (9%). O levantamento do DNPM mostra que os três produtos – ferro, bauxita e cobre – respondem, somados, por 90% do valor gerado pela comercialização de minérios em 2009. De acordo com o economista André Luiz Santana, da Superintendência local do DNPM, o valor da produção mineral paraense quase que duplicou em apenas cinco anos, considerando‐se o período de 2005 a 2009. Mantendo trajetória ascendente, ele saiu de R$ 6,553 bilhões em 2005 para R$ 7,724 bilhões em 2006 e chegou a R$ 8,301 bilhões em 2007. Em 2008, mesmo com a crise econômica mundial pelo meio, o valor da produção mineral do Pará alcançou o recorde histórico de R$ 12,394 bilhões. Nesse período, a participação do cobre no valor geral caiu de 12% (em 2005) para 9% no ano passado. O da bauxita também registrou declínio, saindo de 16% em 2005 para o patamar mais modesto de 12% em 2009. O minério de ferro, ao contrário, registrou nesse período trajetória ascendente. Ele saiu de um patamar de 58% em 2005 para a chegar ao ano passado com uma participação de 69%, performance que se explica pela alta contínua de preço do minério de ferro no mercado internacional. Os números do DNPM mostram que o grosso da produção mineral paraense continua tendo como destino o mercado internacional. Em 2008, por exemplo, enquanto a comercialização externa alcançava R$ 10,2 bilhões, a interna se limitava a R$ 2,1 bilhões, valor quase cinco vezes menor. No ano passado a proporção se manteve. A comercialização interna alcançou a cifra de R$ 1,9 bilhão, enquanto as vendas externas somaram R$ 9,6 bilhões. No mercado interno, um produto com participação bastante razoável é a água mineral, cuja comercialização em 2008 rendeu R$ 20,9 milhões, sem disponibilidade de dados sobre as vendas para o exterior. No ano passado, a comercialização de água mineral no mercado interno totalizou R$ 27,2 milhões, enquanto a comercialização externa alcançou R$ 2,1 milhões. Se o ferro, o cobre e o manganês são as vedetes do setor mineral no comércio com o exterior, no mercado interno, embora tenham também participação razoável, os grandes destaques, além da água, são a bauxita e o ouro. As vendas internas de bauxita, insumo básico da indústria de alumínio, renderam R$ 933,5 milhões em 2008 e R$ 1,102 bilhão no ano passado, enquanto a receita do ouro passou no mesmo período de R$ 141,7 milhões para R$ 202,5 milhões, uma alta de 42,9%. Fonte: Diário do Pará RECEITA DA VALE COM MINÉRIO DE FERRO SOBE 44,43%, PARA R$ 9,621 BI A Vale embarcou 70,027 milhões de toneladas métricas de minério de ferro e pelotas no segundo trimestre, 4,8% a mais que as 66,802 milhões de toneladas métricas embarcadas no trimestre anterior. Em termos de receita operacional, o minério de ferro representou R$ 9,621 bilhões, 44,43% a mais que os R$ 6,661 bilhões do primeiro trimestre. Já as vendas de pelotas contribuíram com R$ 3,729 bilhões, 111,03% acima dos R$ 1,767 bilhão gerados pelo embarque de pelotas entre janeiro e março. O volume de minério de ferro vendido foi de 57,081 milhões de toneladas, pouco acima das 56,636 milhões de toneladas do primeiro trimestre. Já as pelotas embarcadas somaram 12,946 milhões de toneladas, 27,3% a mais que as 10,166 milhões de toneladas do primeiro trimestre. "Os embarques tiveram desempenho inferior ao programado, devido a problemas operacionais de descarga no terminal marítimo de Ponta da Madeira, no Maranhão. Nesse terminal, os embarques seguiram tendência decrescente de novembro de 2009 até abril deste ano, quando atingiram menos de 4,9 milhões de toneladas, devido à paralisação provocada por um acidente com uma correia transportadora", diz o balanço da companhia, divulgado hoje. O processo de normalização da economia na Europa e nos Estados Unidos contribuiu para que a China reduzisse a participação no volume de vendas de minério de ferro da Vale. A fatia chinesa passou de 66,3% do total vendido pela mineradora no primeiro trimestre para 39,5% entre abril e junho. Já o volume vendido de manganês no segundo trimestre atingiu 345 mil toneladas métricas, 82,5% a mais que as 189 mil toneladas métricas do primeiro trimestre. A receita com o produto subiu 53,84% no período, passando de R$ 104 milhões para R$ 160 milhões. As vendas de ferro ligas somaram 105 mil toneladas métricas, 8,24% acima das 97 mil toneladas métricas do primeiro trimestre. Já a receita pulou 21,18%, passando de R$ 236 milhões para R$ 286 milhões. No total, as receitas com as vendas de minerais ferrosos subiram 57,3% no segundo trimestre, passando de R$ 8,794 bilhões entre janeiro e março para R$ 13,835 bilhões nos três meses seguintes. Fonte: Valor OnLine / por: Rafael Rosas VALE PREPARA MAIOR EXPANSÃO DA HISTÓRIA EM CARAJÁS Ao custo de R$ 19,9 bi nova mina vai produzir 90 milhões de toneladas de minério de ferro ao ano para atender demanda global Com produção de 240 milhões de toneladas de minério de ferro ao ano, a Vale é a maior do mundo no setor. Nos próximos anos, a empresa deve se isolar ainda mais na liderança. A empresa está em fase de licenciamento de uma nova mina de ferro. Batizada de S11D, ela é a considerada a maior da história da Vale. Quando estiver em operação, em 2013, vai despejar 90 milhões de toneladas de minério de ferro ao ano no mercado, mais de um terço da produção de minério de ferro da Vale no ano passado e a mesma capacidade da maior mina a céu aberto do mundo, instalada na Serra dos Carajás, no Pará. Para tirar o negócio do papel, a mineradora vai gastar US$ 11,3 bilhões (R$ 19,9 bilhões), o dobro de seu lucro em 2009. O alto investimento tem explicação: relatório divulgado na semana passada mostra que, nos próximos cinco anos, o consumo mundial de minério de ferro deve atingir 1,7 bilhão de toneladas ao ano, aumento de 70% em relação a 2010. Produzido pela Global Industry Analysts (GIA), o estudo mostra que o aumento no consumo de minério de ferro é puxado pelo crescimento da economia de países emergentes, em especial a China. Entre os setores que mais usam minério de ferro estão o automotivo e a construção civil. No primeiro semestre deste ano, os chineses compraram 1,8 milhão de automóveis novos, ou quase 60% das vendas de carro no Brasil no ano passado, quando o mercado bateu recorde por causa da redução de impostos. Já no setor imobiliário, o governo chinês estabeleceu como meta para 2010 a construção de três milhões de apartamentos populares. É um número 50% maior do que o previsto na segunda fase do programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal. A Vale ainda não revela detalhes da nova mina. Sabe‐se que ela está localizada em Canaã dos Carajás, cidade de 23 mil habitantes no sudeste do Pará, e que terá quase a mesma capacidade de produção da mina da Vale no Complexo de Carajás. Descoberta em 1967 e inaugurada em 1985, ela foi concebida para produzir 35 milhões de toneladas ao ano. Com o crescimento da economia brasileira e os efeitos positivos da globalização, a empresa teve que fazer adaptações na linha de produção para atender à demanda do mercado. As mudanças surtiram efeito. Até o final do ano, a expectativa é de que a produção atinja algo em torno de 110 milhões de toneladas anuais. Cerca de um terço das 240 milhões de toneladas de minério de ferro produzidas pela Vale no ano passado saíram das minas instaladas na Serra dos Carajás. Isso faz com que o produto seja o mais importante do portfólio da empresa. Em 2009, as vendas de R$ 25,2 bilhões de minério de ferro responderam por pouco mais da metade da receita operacional da Vale. O fato de ser a maior produtora de minério de ferro do mundo ajudou a empresa a ficar no segundo lugar entre as companhias que mais lucraram no ano passado. Com lucro de US$ 5,5 bilhões, a Vale ficou atrás apenas da Petrobras. A S11D está em fase de licenciamento e de cotação de equipamentos e serviços. Do total de US$ 11,3 bilhões que serão investidos no projeto S11D, mais da metade será usada para aumentar a infraestrutura e a logística. A ferrovia de Carajás, usada para transportar o minério até os portos, vai ganhar mais 100 quilômetros de extensão, até Canaã dos Carajás, onde será instalada a nova mina. Já a estrada de ferro atual, que liga Parauapebas a São Luis, no Maranhão, terá 605 dos 892 quilômetros de trilhos duplicados. Ao mesmo tempo, o Terminal Marítimo de Ponta de Madeira, onde acontece o transbordo do minério de ferro nos navios que levam o produto para o exterior, vai ganhar mais um píer. Até 2015, a capacidade de embarque vai aumentar para 230 milhões de toneladas ao ano, quase o dobro da capacidade atual. Nota: Infográfico animado sobre Carajás disponível no endereço: http://bit.ly/cNa1TR Fonte: iG / por: Gustavo Poloni BANIMENTO DO AMIANTO: A LEI QUE PEGOU Em 2007, a Lei 12.684, de minha autoria, que proíbe o uso do amianto em São Paulo, foi sancionada pelo governador do estado. Nas semanas seguintes o lobby favorável ao mineral cancerígeno protocolou no Poder Judiciário ações questionando a constitucionalidade da Lei. No exame da matéria o Supremo Tribunal Federal validou a lei em tela. Mais que isso, naquela sessão Ministros sinalizaram no sentido da inconstitucionalidade da legislação federal que autoriza o amianto no restante do país, tendo em conta inclusive a Convenção 162 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), da qual o Brasil é signatário, a qual preconiza substituir o amianto assim que existir alternativa. Desde a edição da Lei 12.684/07 a Secretaria Estadual da Saúde e o Ministério do Trabalho e Emprego realizam inspeções nas indústrias paulistas que utilizavam a substância. Da totalidade das empresas vistoriadas, apenas duas que trabalham com fabricação de telhas conseguiram decisões na Justiça que lhes permitiram não cumprir, por ora, a determinação imposta pela legislação. Sabe‐se, contudo, que essas duas indústrias continuam em condições de operar a confecção de telhas com utilização de fibras alternativas, o que já fazem em larga escala há alguns anos. Estudo do professor Luiz Belluzzo, da Unicamp, considera a substituição do amianto processo tecnologicamente simples e economicamente suportável pelas empresas instaladas no Brasil, passível de ocorrer em no máximo 10 meses. Também afirma que o impacto negativo do banimento do amianto em termos de emprego e renda é amplamente compensado pelos aportes realizados na cadeia produtiva da substituição do amianto. Vários órgãos públicos, por meio de medidas diversas no seu âmbito de ação, já baniram o amianto. Dentre os federais cito os Ministérios da Saúde, do Trabalho e Emprego, do Meio Ambiente e da Cultura, além do INMETRO. Diferentes políticos e partidos, por meio de projetos de lei, moções e outras iniciativas, cada vez mais se engajam na luta contra a “poeira assassina”. Registro, por exemplo, o excelente relatório recentemente produzido na Câmara Federal, pelo Deputado Edson Duarte (PV‐BA), a quem tive a chance de acompanhar em vários municípios paulistas quando de suas diligências. Posso citar ainda o Dep. Federal Mendes Thame (PSDBSP), o Vereador Antonio Goulart (PMDB‐SP), os ex‐Ministros Marina Silva (PV‐AC) e Carlos Minc (PT‐RJ), além do deputado federal Fernando Gabeira (PV‐RJ), entre outros. A OIT calcula que 100 mil mortes ao ano são causadas pelo amianto em todo o mundo. 70% dos bombeiros e voluntários que trabalharam em Nova Iorque nos escombros do World Trade Center sofrem de problemas respiratórios causados pelo pó do amianto. Em todo o mundo a ocorrência de pedidos de indenizações e aposentadorias por doenças provocadas pelo amianto não pára de crescer, projetando cenários de altíssimos custos para empresas seguradoras e institutos de previdência social. Mais de 50 países, incluindo toda a União Europeia, Japão, Austrália, Chile, Argentina e Uruguai, baniram o amianto. E muitos desses países já se encontram em fase posterior, ou seja, a da desamiantização do ambiente. Em Paris, por exemplo, o mais alto edifício da cidade, o Tour Montparnasse, está sendo desamiantizado por seus proprietários privados. A saúde, o meio ambiente e a proteção a todo consumidor brasileiro exigem o banimento do amianto, como ocorre em São Paulo por força da Lei Paulista 12.684. Aproveitemos essa oportunidade para engajarmo‐nos no motor econômico do século 21, a produção responsavelmente sustentável. Fonte: Jornal Empresas & Negócios / por: Dep. Marcos Martins LUTA PELO BANIMENTO DO AMIANTO RECUPERA O FÔLEGO E USO DO PRODUTO EM SÃO PAULO ESTÁ VETADO Supremo Tribunal Federal derruba liminar que impedia o vigor da Lei 12.684 de autoria do deputado estadual Marcos Martins contra o amianto Na tarde de quarta‐feira, dia 4, foi derrubada pelo pleno do Supremo Tribunal Federal (STF) a liminar que suspendia a lei 12.684/07, de autoria do deputado estadual Marcos Martins, que proíbe o uso do amianto em todo o Estado de São Paulo. A liminar havia sido concedida em dezembro do ano passado pelo ministro Marco Aurélio de Mello, com base numa Ação de Direta de Inconstitucionalidade (ADI 3937) movida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI) que impedia o vigor da Lei. A liminar foi analisada por 11 ministros do STF. A maioria, 7 ministros, concordou que a lei estadual está de acordo com a Constituição Federal e visa o princípio da proteção à saúde. Os ministros Ricardo Lewandowski, Cármem Lúcia, Joaquim Barbosa, Eros Grau, Carlos Brito, Celso de Melo e Cezar Peluzo votaram favoráveis à lei de Marcos Martins que condena o amianto. O relator Marco Aurélio e os ministros Menezes Direito e Ellen Gracie votaram contra. Os ministros se pautaram na competência do Estado legislar sobre o tema saúde e manifestaram indícios de que a lei federal 9.055/95, que permite o uso controlado do amianto, é inconstitucional, o que já havia sido declarado anteriormente pelo ministro Eros Grau, quando a matéria começou a ser julgada pelo Supremo, em agosto do ano passado. “Não há erro na lei estadual”, voltou a afirmar. Durante o julgamento, o ministro Joaquim Barbosa fez menção de estudos científicos que comprovam doenças relacionadas ao uso do amianto, sobretudo o câncer, e afirmou que a lei paulista tem respaldo na Convenção 162 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), compromisso assumido pelo Brasil em esfera internacional, que prima por proteger o trabalhador do contato com o amianto e, inclusive, bani‐lo. Segundo Joaquim Barbosa, a Convenção OTI tem força normativa excedente à norma federal. “Não faria sentido que a União assumisse compromissos internacionais que não tivessem eficácia para os estados membros. Não acredito que a União possa ter duas caras: uma comprometida com outros Estados e organizações internacionais e outra descompromissada para as legislações com os estados‐membros”, arguiu o ministro ao se referir a um estudo acadêmico. Após esta decisão, os ministros terão de julgar o mérito da ADI. Porém, antes deverá ser julgada a inconstitucionalidade da lei federal. Para o deputado estadual Marcos Martins esta é uma vitória histórica. “Pela primeira vez, a maioria dos ministros votou favorável a uma lei que prevê o banimento deste mineral maligno à saúde da população”, destacou o parlamentar. Para ele, o fato do amianto causar doenças, em sua maioria, irreversíveis, “o seu banimento é também irreversível”. Saúde x Amianto O amianto é um minério utilizado em produtos como caixas d'água, telhas onduladas, tubulações, discos de embreagem, mangueiras, papéis e papelões. Comprovadamente cancerígeno para os seres humanos a ele expostos tanto ocupacionalmente como ambientalmente, o amianto, sobretudo sua poeira, é um risco ainda para os consumidores, que regra geral não dispõem de informações sobre como manipular as cerca de 3 mil utilizações industriais do asbesto, como também é conhecido. A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que “todos os tipos de amianto causam asbestose, mesotelioma e câncer de pulmão”, além de sustentar que não há limite seguro de exposição ao amianto. A Organização Mundial do Comércio (OMC) considera que “o uso controlado ou seguro do amianto não é factível nem nos países desenvolvidos, muito menos naqueles em desenvolvimento”. Em todo o mundo, 48 países já baniram o vilão amianto, incluindo toda a União Européia, Japão, Austrália, Chile, Argentina e Uruguai. No Brasil já são dezenas os estados ou municípios, que por meio de legislação condenaram a utilização do amianto, conforme registros feitos pela Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto (Abrea). Em junho de 2006 a Organização Internacional do Trabalho (OIT) calculou que 100 mil mortes ao ano são causadas pelo asbesto em todo o mundo. Como as doenças provocadas pelo amianto levam, em média, de 25 a 50 anos para se manifestar, o número de pessoas contaminadas no Brasil ainda não é conhecido. Estima‐se em 1 milhão a quantidade de trabalhadores expostos e é comprovada a existência de mais de 3,5 mil vítimas apenas nas fábricas de duas empresas do setor de fibrocimento. Os especialistas prevêem para o ano de 2030 o pico da mortalidade no Brasil. Outro fato a se considerar, volta‐se às esposas e mães de funcionários das empresas que se valiam do amianto em seus produtos. Por terem passado anos expostas ao pó do amianto encontrado nas roupas dos trabalhadores, no momentos em que as manuseavam para lavá‐las, por exemplo, muitas apresentam, hoje, sintomas das doenças causadas pelo asbesto. De acordo com estudo feito pelo Mont Sinai Medical Center, dos EUA e especializado em doenças pulmonares, 70% dos bombeiros e voluntários que trabalharam nos escombros do World Trade Center sofrem de problemas respiratórios causados pelo pó do amianto. E as autoridades norte‐americanas começam a reconhecer mortes como decorrentes da poeira do amianto. Em todo o mundo a ocorrência de pedidos de indenizações e aposentadorias por doenças provocadas pelo amianto não pára de crescer, projetando cenários de altíssimos custos para empresas seguradoras e institutos de previdência social. Empresas apostam na substituição do amianto O problema apresentado pelo uso do amianto é tamanho que a indústria vem apostando na substituição do produto por materiais alternativos, ainda que mais caros. Estatísticas mostram constante declínio no uso do amianto em todo o planeta. Reduziu‐se pela metade o consumo brasileiro desde 2000. As próprias empresas usuárias do minério oferecem os mesmos produtos agora sem amianto, basta consultar seus sites na internet. E mensagens anunciando “telhas sem amianto” são hoje comuns até em estádios de futebol. O PP e o PVA são amplamente utilizados em substituição ao amianto, ambos aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o reforça o banimento do amianto, atendendo ao previsto na Convenção nº 162 da OIT, de 1986, da qual o Brasil é signatário. O que muda com a Lei 12.684/07 do Deputado Marcos Martins? Diante do vigor da Lei 12.684 fica proibido o uso do amianto no estado de São Paulo, considerando vetada a utilização do mineral nos produtos para crianças, como giz de cera e casinhas de bonecas, bem como nos utensílios domésticos, como artigos para passar roupa. Obras públicas e privadas de uso público se encontrariam igualmente impedidas de usar produtos que contenham o mineral, além de serem obrigadas a expor placa com os seguintes dizeres: “nesta obra não há utilização de amianto ou produtos dele derivados, por serem prejudiciais à saúde”. Fica à cargo do Poder Executivo a ampla divulgação da nocividade do asbesto, bem como a orientação quanto à manutenção dos produtos anteriormente instalados, até sua inteira eliminação. O novo diploma legal instituiu, por fim, normas de Saúde Pública referentes à matéria. A aplicação desta Lei 12.684 propicia reparar entre os paulistas aquela que é internacionalmente classificada como “a catástrofe sanitária do século XX”. Fonte: Nova Onda Comunicação MINERADORA RESPONSÁVEL POR VAZAMENTO EM RIO DE MINAS GERAIS SERÁ MULTADA A empresa responsável pelo vazamento do mineroduto no rio São Sebastião, em Espera Feliz, em Minas Gerais, vai ser multada pela Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam). Nesta terça‐
feira, técnicos da fundação e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) visitaram o local do acidente. A mineradora Samarco tem pressa em reparar a tubulação. Por dia, 20 mil toneladas de polpa de minério de ferro deixam de ser transportadas e beneficiadas para exportação no terminal marítmo de Ubu, no Espírito Santo. Mas as máquinas ainda não chegaram até o ponto exato do vazamento no mineroduto, no leito do rio São Sebastião, por causa da água que se acumula. Só nesta terça‐feira, uma bomba, a mais possante, começou a funcionar. A água do rio, perto do local do acidente, ainda está com a cor escura. Os analistas ambientais do Ibama e da Feam chegaram dois dias depois do acidente que derramou cerca de 800 mil litros de polpa de minério e matou peixes. O perito do Ibama, Milton Neves, não considerou o acidente grave. O técnico da Feam, Ronildo Valente, de Belo Horizonte, avaliou o vazamento como de médio impacto ambiental. O Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hidrícos (SISEMA) divulgou na tarde desta terça‐feira (27) uma nota à imprensa, informando que o rio apresenta elevação de turbidez em 10 km perto do acidente, sendo esse o principal impacto ambiental. A Feam vai determinar que a área do rio atingida pela polpa de minério seja limpa pela mineradora. A Samarco também vai receber uma multa. O valor ainda será definido pelo departamento jurídico da Feam. A Copasa informou que a captação de água do rio continua suspensa. Mas o abastecimento à população ainda não foi comprometido, segundo a companhia, porque há quantidade suficiente de água nos reservatórios. A Polícia Civil de Maiumirim, em Minas Gerais, vai instaurar inquérito para apurar as responsabilidades do vazamento, ocorrido na madrugada do último domingo. Para a delegada de Maiumirim, Paula Franco Gonçalves, o que houve foi crime ambiental. "A gente pode afirmar que houve (crime ambiental), independente de se foi muito grave ou menos grave. Isso não impede as investigações de serem feitas", salienta. Fonte: O Globo VALEU, CHINA! As preces de Roger Agnelli foram ouvidas. A demanda asiática subiu, e a Vale opera no limite da capacidade Uma semana de boas notícias trouxe euforia para o setor de mineração, na semana passada. A cotação do minério de ferro, em queda havia 50 dias no mercado da China, recuperou 3% de seu valor somente na terça‐feira 20. Com a demanda aquecida, voltaram a circular estimativas de que o preço da tonelada da commodity flutuará na confortável faixa entre US$ 100 e US$ 200 nos próximos três anos. Hoje, a cotação é de US$ 122. Excelente notícia para a Vale, segunda maior mineradora do mundo. “Foi uma acomodação sazonal. Nossa expectativa é de um repique no quarto trimestre”, destacou Cláudio Alves, diretor de Estratégia da empresa. O mercado reagiu com otimismo. Em três pregões da Bovespa, as ações da companhia subiram 12%, com giro acima de R$ 2 bilhões. O temor de uma nova recessão mundial foi dissipado, pelo menos para a Vale. As preces do presidente, Roger Agnelli, foram ouvidas. “O preço da tonelada do minério dobrou em relação ao primeiro trimestre, e o cenário mundial é de recuperação”, observa Pedro Galdi, analista‐chefe da SLW Corretora. O primeiro balanço da Vale no ano registrou receitas de R$ 13 bilhões. Analistas esperam uma cifra até 30% maior no segundo trimestre. Depois de ver seu lucro cair pela metade no ano passado, a empresa agora ganha com a recuperação no mercado externo. Especialmente o da China, cujo consumo total deve passar dos atuais 600 milhões de toneladas ao ano para 800 milhões em 2020. Enquanto os Estados Unidos e a Europa devem começar a recompor estoques somente no quarto trimestre, China já recomeçou esse processo. A Vale aproveitou. Este ano, deve produzir 300 milhões de toneladas, no limite da sua capacidade de produção. No primeiro semestre, as exportações de minério de ferro saltaram 21% em volume e 45% em receitas, se comparadas ao mesmo período de 2009. “Retomamos a produção de maneira significativa. Voltamos aos números pré‐crise”, anima‐se Paulo Camillo Vargas Penna, presidente do Instituto Brasileiro de Mineração. Com a demanda em alta, a Vale emplacou um reajuste de quase 100% no valor do minério, em março, apesar da gritaria das siderúrgicas. Agora, o desafio é atender à demanda mundial nos próximos anos. Para 2011, a expectativa é de elevar a produção em cerca de 20 milhões de toneladas. A empresa corre para colocar em operação duas novas minas até 2014. “A Vale está muito posicionada para atender ao crescimento da demanda futura”, avalia Max Bueno, analista da Spinelli Corretora. Fonte: Istoé Dinheiro/ por: Guilherme Queiroz MINERAÇÃO JÁ SOFRE COM A FALTA DE MÁQUINAS PARA O SETOR Negócios têm sido impulsionados pela retomada de projetos e a execução de novos investimentos A execução de novos planos de investimentos e, principalmente, a retomada de projetos que haviam sido engavetados pelo setor de mineração, impulsionam os negócios das empresas fornecedoras de máquinas e equipamentos. O ritmo de produção minerária acelerado, e as encomendas do setor em níveis superiores ao do período pré‐crise, revelaram a incapacidade de suprimento dos fabricantes de máquinas e equipamentos do país. Faltam no mercado diversos tipos de equipamentos, o que demonstra necessidade de ampliação da capacidade instalada do setor. Minas Gerais, segundo dados do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), responde por cerca de 70% da produção de minério de ferro no Brasil. A previsão é atingir este ano 412,6 milhões de toneladas do insumo. As exportações de minério de ferro por Minas Gerais cresceram 35,2% no primeiro semestre frente igual período do ano passado. Nos seis primeiros meses de 2010, foram vendidas ao exterior 73,491 milhões de toneladas da commodity, alta próxima de 9 milhões de toneladas ante as 4,454 milhões de toneladas registradas de janeiro a junho de 2009. A Lafaete Locações de Equipamentos, que oferta caçambas, contêineres, minicarregadeiras, caminhões e outros produtos, possui em carteira contratos para um horizonte de até 10 anos e, em valores e quantidades, superiores aos do período pré‐crise. “A retomada dos investimentos nos surpreendeu pelo ritmo que ocorreu. Não existe mais no mercado escavadeiras e motoniveladoras disponíveis”, afirmou o gerente‐geral da empresa Renato Vieira de Lima Silva. Cada contrato fechado possui, em média, um valor de R$ 4 milhões, segundo ele. De acordo com gerente‐geral, o faturamento bruto da empresa neste ano deverá dar um salto de 15% sobre o montante de 2008, quando o segmento de mineração registrava crescimento recorde. Lima Silva projeta receitas da ordem de R$ 60 milhões, que também vão superar os R$ 50 milhões do ano passado. Para o gerente‐geral da Lafaete, o aquecimento do setor se deve ao ambiente favorável da economia brasileira, que tem seu crescimento fundamentado no desempenho da mineração e construção civil, os dois principais focos de atuação da empresa. Com atuação em todo território nacional, a Lafaete possui unidade em Belo Horizonte, na Avenida Barão Homem de Melo, no Bairro Jardim América. A Esco Soldering, fabricante de caçambas e pontas para escavadeiras, caldeirarias especiais, chapas revestidas de alta dureza e outros, com planta fabril em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), opera hoje nos mesmos níveis de produção do período pré‐crise (até setembro de 2008), quando o setor extrativo‐mineral registrava taxas de crescimento recordes. Sobre 2009, o avanço das receitas deverá bater a casa dos dois dígitos. Apesar de manter contratos com as indústrias cimenteira, siderúrgica e sucroenergética, são as encomendas para mineração que permitirão que o objetivo seja alcançado. “Vamos crescer próximo de 10% sobre o ano passado, principalmente porque as empresas mineradoras estão com um nível de atividade alto, o que reflete nos nossos serviços”, disse o diretor‐geral Brasil, da Esco Soldering, José Rogério de Paula e Silva. Segundo o diretor‐geral, a carteira de contratos está preenchida com encomendas para este ano e início de 2011, sendo verificado também ingresso de novos contratos de longo prazo, com um horizonte de maturação entre dois e três anos. Conforme dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a produção de caminhões pesados somou, no primeiro semestre deste ano, 29,361 mil unidades contra 13,389 mil unidades em igual período do ano passado, um crescimento de 119,3%. A entidade ainda apurou que as vendas internas de retroescavadeiras avançou 50,1% na comparação de janeiro a junho deste ano frente ao mesmo intervalo de 2009, passando de 1,618 mil máquinas para 2,428 mil. Os fabricantes nacionais tiveram suas vendas incrementadas em 62,5%, enquanto a importação registrou retração de 92,3%. Os investimentos em mineração foram desengavetados e acelerados em decorrência da valorização do insumo siderúrgico no mercado internacional, além, sobretudo, da voracidade chinesa pela commodity. A China importa minério de cerca de 30 países, com Austrália, Índia e Brasil, no topo do ranking de fornecedores, sendo responsáveis por 80% do total desembarcado pelo país asiático. Em abril, o volume total das compras externas da China foi de 55,3 milhões de toneladas. No ano, até abril, atingiu 210,3 milhões de toneladas. De 17 a 20 de agosto, o Mega Space, em Santa Luzia, na RMBH, sediará a Equipo Mining 2010, tradicional feira de máquinas e sistemas para mineração. Serão 40 expositores e a expectativa é de 25 mil visitantes. Fonte: Hoje em Dia / por: Bruno Porto SERRA PELADA INVESTIR NO GARIMPO NÃO COMPENSAVA, DIZ VALE José Alberto Araújo, gerente jurídico da Vale para a área de mineração, afirma que a empresa não se interessou em exercer seu direito de explorar ouro na região por ter avaliado, com base em estudos geológicos, que os ganhos financeiros com o projeto não seriam suficientes para justificar o alto investimento. "A extração em profundidade exigiria um processo de engenharia de grande porte e, considerando a quantidade de ouro a ser retirada, para a Vale não interessava", disse. Segundo ele, o governo pediu e a Vale aceitou destacar de seu título minerário a área que interessava à Cooperativa dos Garimpeiros de Serra Pelada. A portaria que efetivou a cessão do direito foi publicada em fevereiro de 2007, quando o contrato com a Colossus estava em fase final de negociação pelo grupo do senador Edison Lobão. Em 2009, já com Lobão no comando do Ministério de Minas e Energia, por meio do Ofício 262, de 20 de agosto, o secretário de Geologia e Mineração, Claudio Scliar, pediu que a Vale cedesse à cooperativa os direitos minerários de outra área, de 700 hectares, contígua aos 100 hectares da cava principal de Serra Pelada. No documento, o secretário alegava que a cessão atenderia a ações de "inclusão social" promovidas pelo governo na região. A Vale novamente aceitou o pedido e autorizou a cooperativa e, por tabela, a Colossus, a realizarem pesquisas na área. Fonte: Estadão.com.br MPF INVESTIGA FAVORECIMENTO DE EMPRESA CANADENSE EM SERRA PELADA O Ministério Público Federal já dispõe de dados que mostram que a empresa canadense Colossus Minerals Inc., com sede em Toronto, teve tratamento privilegiado para operar no garimpo de Serra Pelada, no Sul do Pará. O procurador da República em Marabá André Raupp analisa depoimentos que indicam que a Cooperativa Mineral dos Garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp), que detém os direitos da mina, não abriu espaço para propostas de parceria a outras empresas. A Coomigasp é controlada por aliados do senador Edison Lobão (PMDB‐MA). A investigação do Ministério Público Federal pode atingir o processo de retomada da exploração de ouro no garimpo. "O nosso foco (de investigação) é a legalidade da cessão de transferência dos direitos minerários", disse o procurador André Raupp. A exploração será feita pela Serra Pelada Companhia de Desenvolvimento Mineral, empresa criada a partir de um contrato entre a canadense Colossus e a Coomigasp. Raupp requisitou uma série de documentos, inclusive ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DPNM), que firmou um termo de compromisso com a Colossus no qual a empresa se comprometia a ajustar cláusulas do contrato com potencial de prejuízo aos garimpeiros. Entre outros fatos, a investigação do Ministério Público tem como base depoimentos dados por dois associados da Coomigasp à Procuradoria da República no Estado do Pará em fevereiro deste ano. João Lepos e Etevaldo Arantes contaram que três meses depois de a cooperativa receber o alvará de pesquisa do DNPM a diretoria da Coomigasp convocou uma assembleia geral extraordinária para apresentação de propostas de empresas interessadas na exploração da mina. De acordo com Lepos e Arantes, em 29 de junho de 2007 a diretoria da cooperativa publicou na imprensa um aviso convidando as empresas interessadas e dando um prazo até 5 de julho de 2007 para apresentação das propostas. Segundo os dois associados da cooperativa, o prazo oferecido para apresentação das propostas foi "claramente exíguo" e impossibilitou ampla participação das empresas interessadas. "A empresa com a qual foi celebrado o contrato de exploração, Colossus, já assessorava a diretoria da cooperativa, desde final do ano de 2006, e acompanhavam toda a discussão sobre a exploração de Serra Pelada, inclusive, participando de reuniões no Ministério de Minas e Energia, em Brasília/DF", denunciaram Lepos e Arantes, segundo o termo de declarações número 26, prestado na Procuradoria. Para eles, ocorreu um "direcionamento irregular" para a contratação da Colossus, que foi a única a apresentar proposta. O procurador André Raupp vai incluir nas investigações reportagens publicadas pelo "Estado". O jornal revelou que um grupo de aliados de Edison Lobão montou um esquema de caixa dois e pagamentos suspeitos, alimentado com recursos repassados pela Colossus, para garantir o acordo com a empresa e o controle da própria cooperativa. As reportagens mostraram ainda que o processo de concessão de lavra no âmbito do Ministério de Minas e Energia, pasta chefiada por Lobão de janeiro de 2008 a março de 2010, teve tempo recorde de tramitação. No período em que a Colossus e a Coomigasp fecharam o negócio, Serra Pelada viveu momentos de extrema violência, com assassinatos de sindicalistas. A exploração de ouro em Serra Pelada teve o seu auge em 1983, quando foram retiradas oficialmente mais de 13 toneladas de ouro. Na época, estimava‐se que 67 mil garimpeiros estavam na área. Hoje, existem 7 mil pessoas no local que vivem graças ao Bolsa Família. Um grupo privilegiado de 96 moradores recebe uma mesada de R$ 900 da Cooperativa. Fonte: Agência Estado / por: Mariângela Gallucci e Leonencio Nossa 'NÃO MONTEI ESQUEMA EM SERRA PELADA' O ex‐ministro de Minas e Energia Edison Lobão responsabilizou seus aliados pelas relações entre garimpeiros de Serra Pelada e a empresa Colossus Minerals Inc., com sede no Canadá. Ontem, Lobão admitiu à reportagem a proximidade com a Cooperativa dos Garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp), de quem disse ser "amigo", mas negou influência no contrato fechado com a Colossus. "Se eu os vi (Colossus), não sei de quem se tratava", afirmou. No domingo, o Estado revelou que Lobão e aliados montaram um esquema para ter o domínio na retomada da exploração do ouro na região por meio de empresas ‐ algumas de fachada ‐ abertas no Brasil e Canadá. Vídeos mostram que os garimpeiros chamam Lobão ‐ que foi ministro entre 2008 e 2010 ‐ de patrão. "É uma expressão carinhosa", justificou o senador em entrevista ao Estado. O senhor montou um esquema para comandar a exploração em Serra Pelada? Eu jamais montei esquema. Defendo os garimpeiros há mais de 20 anos, fui lá inúmeras vezes, defender os garimpeiros, a maioria do meu Estado, o Maranhão. Num vídeo, eles tratam o senhor como "nosso patrão". Eu não sou patrão, sou amigo. É uma expressão carinhosa. As entidades ligadas aos garimpeiros têm pessoas ligadas ao senhor no comando, inclusive fotos suas nos escritórios. Se eles me admiram, sabem que trabalho pelos garimpeiros, é razoável que tenham fotos minhas. Eu sou padrinho dos garimpeiros, e não de nenhum acordo com a mineradora. Eu tive um assessor que se ligou aos garimpeiros, não foi meu assessor no ministério e não é mais sequer no Senado, há muito tempo. Esse ex‐funcionário, Antonio Duarte, foi um dos defensores do contrato fechado com a Colossus. Por que ele tomou essa posição? Eu não tenho nada com a vida dele, você deve perguntar isso a ele. O senhor não influenciou a ligação dele com o garimpo? Nenhuma influência, é papel dele, nada tenho a ver com ele. E o Jairo Leite, advogado da Coomigasp? Nunca trabalhou comigo. Conheço o advogado, mas nunca trabalhou comigo. Não sei a ação dele, a não ser o fato de ele ser advogado da cooperativa. O senhor atuou para fechar o contrato entre a cooperativa e a Colossus? Em nenhum momento. Quando fui nomeado ministro, esse contrato já existia. Foi feito muito tempo antes, pela direção da cooperativa, que é autônoma, e essa mineradora estrangeira. Eu nada tive a ver com esse acordo. Agora, reconheço que com ela, mineradora, ou com outra mineradora, alguma coisa deveria ter sido feita pelo fato de que ficou impossível extrair ouro de Serra Pelada. Um vídeo mostra o senhor reunido com garimpeiros e integrantes da mineradora. Se eu os vi, não sei de quem se tratava. É possível que numa reunião em qualquer lugar eu tenha estado junto com eles, mas não sei de quem se trata. Eu tive um encontro no dia em que deixei o ministério, com os representantes da cooperativa. Se lá havia um representante da Colossus, eu acho que não havia, mas se havia, nem me dei conta deles. Quem é Jornalista, advogado e empresário, Edison Lobão nasceu no Maranhão em 1936. Está no terceiro mandato como senador. Foi deputado federal de 1979 a 1983 e de 1983 a 1987 e governou o Maranhão entre 1991 e 1995. Assumiu o Ministério de Minas e Energia em 21 de janeiro de 2008. Foi filiado à Arena, ao PDS e está no PFL/DEM desde 1985. É casado com a deputada Nice Lobão (DEM‐
MA) e tem três filhos. Fonte: O Estado de São Paulo NOVO PLANO DO SETOR PEDE MAIOR AGREGAÇÃO DE VALOR NO PAÍS O Plano Mineral 2030, que será lançado na segunda quinzena de agosto, estima que a produção brasileira de minério de ferro vai atingir 1 bilhão de toneladas ao ano daqui a 20 anos. O volume estimado é 150% superior às cerca de 400 milhões de toneladas produzidas no ano passado. Já a produção de aço deverá crescer 288,67%, passando das 26,5 milhões de toneladas de 2009 para 103 milhões de toneladas em 2030. Os dados preliminares foram apresentados ontem pelo diretor de transformação e tecnologia mineral do Ministério de Minas e Energia, Fernando Lins, durante o 65º Congresso Internacional da Associação Brasileira de Metalurgia, Minerais e Mineração (ABM), no Rio. Ele defendeu ainda a maior agregação de valor ao minério extraído no país. Segundo Lins, o Brasil exportou no ano passado 282 milhões de toneladas de minério de ferro, o que gerou US$ 16 bilhões em recursos. Porém, afirmou, isso significou exportação de 350 mil empregos para a produção de aço em outros países. Lins lembrou que para cada um milhão de toneladas de minério de ferro produzidas são gerados 100 empregos, enquanto na siderurgia chega a 2000 empregos para 1 milhão de toneladas de aço. Na cadeia do alumínio, a mineração de bauxita gera 120 empregos por milhão de toneladas, enquanto a metalurgia de alumínio gera 11 mil empregos para o mesmo volume. Isso teria levado à exportação de outros 15 mil empregos. "Quando o minério sai direto da mina (para o exterior), gera tudo isso (em emprego) lá fora. Deve haver uma preocupação em incentivar a agregação de valor no país", frisou Lins, para quem apenas o Congresso teria poderes de fazer mudanças na tributação do setor mineral para incentivar a agregação de valor no país. Segundo ele, a exportação de minério tem o benefício da desoneração de ICMS e uma empresa que exporta diretamente a produção paga entre 18% e 20% de impostos. Já uma siderúrgica, que agrega valor no país, tem carga tributária de 35% a 38%. "A questão é complexa e a solução não é trivial", observou, lembrando que a indústria mineral responde por cerca de 4,2% do PIB do país. Os dados preliminares do Plano Mineral 2030 consideram expansão do PIB do país a uma taxa de 5,1% ao ano, enquanto a economia mundial deverá avançar na média de 3,8% ao ano. Com isso, o país deverá passar de um PIB de US$ 1,65 trilhão estimado para este ano para US$ 4,47 trilhões em 2030. Fonte: Valor Econômico / por: Rafael Rosas REUNIÃO CONFIRMA AVANÇO NA IMPLANTAÇÃO DA MINERAÇÃO VALE VERDE O abastecimento de água na região do Agreste foi a pauta da reunião entre o secretário do Desenvolvimento Econômico, Energia e Logística, Luiz Otavio Gomes, e os executivos da Mineração Vale Verde nesta terça‐feira (27). Ficaram acertados os próximos passos para a execução do programa de Parceria Público‐Privada que garantirá recursos para a construção da adutora do Agreste, que atenderá nove cidades da região e o empreendimento de Mineração Vale Verde. O secretário Luiz Otavio Gomes confirmou o empenho do governador de Alagoas em disponibilizar os dois insumos básicos, água e energia, para o desenvolvimento da indústria de mineração. "Quando chegar o momento do início da produção industrial da Mineração Vale Verde, os dois insumos estarão disponíveis", afirmou o secretário, destacando que a questão energética já foi superada, pois já foi realizado o leilão, tendo sido vencedora a Chesf. "Eu faço questão de dizer que o Governo de Alagoas tem cumprido todas as questões para garantir a água e a energia", destacou o diretor‐presidente da Mineração Vale Verde, Carlos Bertoni. O executivo explicou que a empresa já encerrou o período de prospecção das jazidas que identificou um aumento do projeto, já que antes a Vale do Rio Doce – empresa detentora na época da jazida Arapiraca/Craíbas – tinha identificado a quantidade de 60 milhões de toneladas, sendo que hoje já se tem garantido 200 milhões de toneladas de minério. Quanto à água, o presidente da Companhia de Empreendimentos, Intermediação e Parcerias de Alagoas (Cepal), Moisés Aguiar, instituição que coordena o programa PPP em Alagoas, informou que foi confirmada a continuação da discussão sobre o tema nesta quarta‐feira (28), durante reunião do Conselho Gestor do Programa. "Essa é a primeira PPP do Estado de Alagoas, construída a partir da vigência da Lei 6.972, instituída em agosto de 2008", informou Moisés Aguiar. O diretor‐presidente da Companhia de Água e Saneamento de Alagoas (Casal), Jessé Mota, confirmou que o Programa de Parceria Público‐Privada garantirá abastecimento para a região, que apresenta hoje grande demanda, sendo que a adutora irá disponibilizar 1.000 m³/hora para nove municípios da região e 500 m³/hora para atender a Mineração Vale Verde. Economia O empreendimento já é uma realidade no interior de Alagoas, em Craíbas e Arapiraca, onde foram investidos o valor superior a R$ 70 milhões até o momento, e geração de aproximadamente 120 empregos diretos, movimentando a economia local. Fonte: Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico, Energia e Logística de Alagoas / por: Débora de Brito PROJETO DA ANGLO AMERICAN NO BRASIL TEM ATRASO A Anglo American informou hoje que as dificuldades na obtenção de licenças estão atrasando a execução do projeto Minas Rio, que foi adquirido do empresário Eike Batista em meados de 2008. O atraso também está elevando custo do projeto. O início da produção estava previsto para o segundo trimestre de 2012, mas a mineradora informou em suas demonstrações financeiras que a inauguração ainda vai demorar de 27 a 30 meses a partir da liberação de algumas licenças pendentes, que incluem a outorgas relacionadas à construção da planta de beneficiamento de minério. Dado que a empresa prevê a liberação dessas licenças em um prazo de nove meses, o projeto só deverá estar operacional no fim de 2013. "Está claro que os processos e padrões de licenças ambientais no Brasil se tornaram mais rigorosos e complexos nos últimos anos", afirma a Anglo American, acrescentado que tem dialogado com autoridades brasileiras para resolver essas questões. Segundo o grupo, as mudanças nas condições de licenciamento e no escopo do projeto acarretarão um aumento de custos da ordem de US$ 210 milhões. Além disso, a companhia prevê custos adicionais de aproximadamente US$ 180 milhões por cada trimestre de atraso. Em fevereiro, a companhia já havia anunciado um aumento de US$ 2,7 bilhões para US$ 3,8 bilhões no orçamento da primeira fase de desenvolvimento do sistema de minério de ferro, na esteira das mudanças no potencial das minas e do sistema de escoamento, além das alterações na taxa de câmbio. Hoje, a Anglo informou que vai atualizar o orçamento do projeto, assim como seu cronograma, apenas quando tiver "maior clareza" sobre a liberação das licenças. A ideia é produzir 26,5 milhões de toneladas de minério de ferro a partir do sistema Minas Rio. Apesar do atraso, a companhia diz que o projeto está sendo bem executado nas áreas onde as licenças já foram obtidas. A companhia cita que o desenvolvimento do porto de Açu ‐ da LLX (empresa de Eike Batista) ‐ está adiantado em relação ao cronograma e que a instalação do mineroduto que levará a produção das minas ao complexo portuário está em curso. No primeiro semestre deste ano, a Anglo American registrou lucro de US$ 2,061 bilhões, 31% abaixo do resultado líquido dos seis primeiros meses de 2009 (US$ 2,97 bilhões). Na mesma base de comparação, a receita do grupo subiu 35%, para US$ 15,015 bilhões, enquanto o lucro operacional avançou 104%, alcançando US$ 4,361 bilhões. Fonte: Valor Econômico / por: Eduardo Laguna 
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inicia dois novos levantamentos aerogeofísicos no estado