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PROFESSOR: ___________ SÉRIE: ______TURNO: _____DATA: ____/ ____ 2014
VISITA III – 1ª ETAPA
Proposta única
Leia os textos abaixo e, em seguida, com base em seus conhecimentos de mundo, escreva um texto
dissertativo-argumentativo sobre: O PAPEL DA MULHER NA SOCIDADE BRASILEIRA.
TEXTO 1
Pesquisa »Dieese:
Mulheres avançam no mercado de trabalho, mas baixos salários persistem.
Rosa Falcão
Publicação: 06/03/2014
Foto: Bruna Monteiro Esp.DP/D.A Press/Arquivo
As mulheres avançaram no mercado de trabalho na Região Metropolitana de Recife (RMR), mas ainda
representam a maioria dos desempregados e ganham menores salários do que os homens. Entre 2012 e 2013,
a mão de obra feminina representava 55,4% do total de desocupados contra 45% da força de trabalho
masculina. Do total de 15 mil postos de trabalho criados na RMR em 2013, 9 mil foram ocupados por homens e 6
mil por mulheres. Os dados fazem parte do boletim "A inserção das mulheres no mercado de trabalho" divulgado
hoje pelo Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese), para marcar o dia Internacional da
Mulher, que será comemorado no próximo sábado, dia 8 de março.
A ocupação cresceu para mulheres (0,8%) e homens (1,0%) no Recife. No caso feminino, o aumento da
ocupação não foi suficiente para incorporar a quantidade de mulheres que ingressaram na População
Economicamente Ativa (PEA). Ou seja, o número de vagas disponibilizadas ficou abaixo da demanda feminina
por emprego. Entre 2012 e 2013 aumentou a taxa de participação das mulheres no mercado de trabalho,
passando de 46,6% para 47,3%. Enquanto a taxa dos homens pulou de 65,8% para 66,4%.
Em todos os setores de atividade econômica houve aumento do nível de ocupação feminina em 2013. O
destaque fica com a indústria com crescimento de 7,3% ou 3 mil novos postos de trabalho. Para os homens
aumentou 0,9% com 1 mil ocupações. As mulheres avançaram também na construção civil com crescimento de
14,3%, o que representou 1 mil empregos no ano.
Os homens absorveram 8 mil vagas no setor. De acordo com o estudo do Dieese, o setor de serviços tem
predominância de mão de obra feminina na RMR, com 71,1% ocupações. Em relação aos rendimentos,
mulheres e homens mantiveram a renda estável entre 2012 e 2013. O estudo do Dieese confirmou a
desigualdade salarial de gênero. As mulheres ganhavam R$ 995, enquanto os homens recebiam R$ 1.362. Em
2012, o rendimento médio real feminino correspondia a 88,6% do masculino. Em 2013, essa proporção passou
para 88,4%. Foram utilizados os dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) realizada mensalmente
nas sete regiões metropolitanas do país. (Rosa Falcão)
http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/economia/2014/03/06/internas_economia
TEXTO 2
Conheça a origem do dia internacional da mulher.
O dia 8 de Março é, desde 1975, comemorado pelas Nações Unidas como Dia Internacional da Mulher.
Neste dia, do ano de 1857, as operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve ocupando a
fábrica, para reivindicarem a redução de um horário de mais de 16 horas por dia para 10 horas. Estas operárias,
que recebiam menos de um terço do salário dos homens, foram fechadas na fábrica onde, entretanto, se
declarara um incêndio, e cerca de 130 mulheres morreram queimadas.
Em 1903, profissionais liberais norte-americanas criaram a Women's Trade Union League. Esta associação tinha
como principal objetivo ajudar todas as trabalhadoras a exigirem melhores condições de trabalho.
Em 1908, mais de 14 mil mulheres marcharam nas ruas de Nova Iorque: reivindicaram o mesmo que as
operárias no ano de 1857, bem como o direito de voto. Caminhavam com o slogan "Pão e Rosas", em que o pão
simbolizava a estabilidade econômica e as rosas uma melhor qualidade de vida.
Em 1910, numa conferência internacional de mulheres realizada na Dinamarca, foi decidido, em homenagem
àquelas mulheres, comemorar o 8 de Março como "Dia Internacional da Mulher".
Conquistas das Mulheres Brasileiras: Podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na
história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de
muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e
legislativo.
Marcos das Conquistas das Mulheres na História.
- 1788 - o político e filósofo francês Condorcet reivindica direitos de participação política, emprego e educação
para as mulheres.
- 1840 - Lucrécia Mott luta pela igualdade de direitos para mulheres e negros dos Estados Unidos.
- 1859 - surge na Rússia, na cidade de São Petersburgo, um movimento de luta pelos direitos das mulheres.
- 1862 - durante as eleições municipais, as mulheres podem votar pela primeira vez na Suécia.
- 1865 - na Alemanha, Louise Otto, cria a Associação Geral das Mulheres Alemãs.
- 1866 - No Reino Unido, o economista John S. Mill escreve exigindo o direito de voto para as mulheres inglesas
- 1869 - é criada nos Estados Unidos a Associação Nacional para o Sufrágio das Mulheres
- 1870 - Na França, as mulheres passam a ter acesso aos cursos de Medicina.
- 1874 - criada no Japão a primeira escola normal para moças
- 1878 - criada na Rússia uma Universidade Feminina
- 1901 - o deputado francês René Viviani defende o direito de voto das mulheres
FONTE: http://www.suapesquisa.com/dia_internacional_da_mulher.htm
TEXTO 3
Presença da mulher no mercado de trabalho é maior, mas os salários continuam menores
escrito por: Marisa Stedile, secretária da mulher da cut-pr
26/09/2012
Os dados divulgados pela Prefeitura de Curitiba dão conta do crescimento do emprego formal da mulher, elas
ocuparam 659 das 778 vagas oferecidas no mês de julho. A maioria das vagas ocupadas por mulheres se deu
no setor de serviços, enquanto que a maioria das vagas ocupadas por homens se deu na construção civil.
As mulheres representam 51,4% da população brasileira, mas no mercado de trabalho representam apenas
42,2% dos brasileiros ocupados. No entanto, apesar da vigência da convenção 100 da Organização
Internacional do Trabalho, a remuneração dos homens é em média 29,6% maior que a das mulheres. Em alguns
setores da economia chega a ser quase 55% maior, dependendo do grau de instrução. É o caso do comércio,
por exemplo, onde mulheres com curso superior completo ganham pouco mais que a metade do que os homens,
na mesma função. Na região sul, os dados da PNAD/IBGE - 2011 mostram que as mulheres ganharam em
média R$ 1.030,00 enquanto os homens ganharam R$ 1.595,00. Ou seja, as mulheres ocupadas (não estamos
falando do emprego formal) ganham cerca de 35% a menos que a remuneração paga aos homens.
Em Curitiba não tivemos acesso ainda aos dados estratificados sobre a remuneração segundo as ocupações e
sexo do PNAD (mostra por domicílios – IBGE), porém os dados da RAIS/MTE sobre empregos formais
mostram que a mulher ganha em média 23,01% a menos que os homens.
É importante observar os 12,5% dos homens estão na faixa das pessoas ocupadas que ganham até 01 Salário
Mínimo e nesta mesma faixa estão 21,8% das mulheres ocupadas. Já para a faixa de quem ganha entre 10 e 20
Salários Mínimos estão 2,5% dos homens ocupados contra apenas 1,3% das mulheres ocupadas. Daí a
importância da luta pela adoção da política de valorização do Salário Mínimo atrelada ao crescimento do PIB.
Para a mulher continua sendo um desafio enfrentar as desigualdades do mercado de trabalho e a longa jornada
de afazeres domésticos. No Brasil os homens gastam em média 9,7 horas semanais com trabalhos domésticos
enquanto as mulheres gastam 23,9 horas. Em Curitiba e região metropolitana as mulheres gastam em média 22
horas semanais nas tarefas domésticas e os homens 9 horas apenas. Além da dupla jornada, temos ainda baixa
representação sindical o que pode acarretar no “esquecimento” das pautas feministas na hora da negociação
coletiva. A política de cotas ainda é um instrumento para ampliar a participação da mulher na vida sindical.
Vamos comemorar sim o aumento da presença da mulher no mercado de trabalho, mas vãos continuar lutando
por sua valorização e igualdade de tratamento.
http://www.cut.org.br/ponto-de-vista/artigos/4742/presenca-da-mulher-no-mercado-de-trabalho-e-maior-mas-os-salarios-continuammenores
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