Padrões de Contagem de Pontos de Função
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Contexto
Objetivo
O propósito deste documento é apresentar os padrões estabelecidos para utilização da técnica de Análise de Pontos de Função no ambiente de desenvolvimento do Banco Central do Brasil, complementando
os manuais e padrões definidos pelas organizações internacionais que regulamentam o assunto.
Escopo
Este documento se aplica a contagens de desenvolvimento de aplicações e manutenções evolutivas de
aplicação. Manutenções que não envolvam alteração de requisitos funcionais não devem ser contadas
de acordo com esse documento.
Este documento apresenta, ainda, padrões que visam auxiliar na contagem de pontos de função de
acordo com interpretações para situações e contextos específicos da instituição.
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Índice
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................................... 2
2. DEFINIÇÕES........................................................................................................................................................................ 3
2.1 PROPÓSITO DA CONTAGEM DE PONTOS DE FUNÇÃO ....................................................................................................................... 3
2.2 VERSÃO DO MANUAL DE APF UTILIZADA ...................................................................................................................................... 3
3. PADRÕES PARA CONTAGEM DE PONTOS DE FUNÇÃO ....................................................................................................... 3
3.1 PADRÕES PARA CONTAGEM DE PONTOS DE FUNÇÃO POR OBJETIVO DE CONTAGEM .............................................................................. 4
3.1.1 Tamanho de Aplicações em Produção......................................................................................................................... 4
3.1.2 Desenvolvimento de Aplicações .................................................................................................................................. 4
3.1.3 Manutenções Evolutivas de Aplicações ....................................................................................................................... 5
3.1.4 Solicitações de Mudança em Liberações ..................................................................................................................... 5
3.2 PADRÕES GERAIS PARA CONTAGEM DE PONTOS DE FUNÇÃO NO CONTEXTO DO BANCO CENTRAL............................................................ 5
3.2.1 Fator de Ajuste ............................................................................................................................................................ 6
3.2.2 Componentes corporativos de negócio ....................................................................................................................... 6
3.2.3 Arquivos Lógicos - Mudança no Tamanho ou Tipo de Campos ................................................................................... 7
3.2.4 Funções de arquivamento de dados ............................................................................................................................ 8
3.2.5 Mensagens e Sumários Resultantes de Processamentos em Lotes ............................................................................. 8
3.2.6 Múltiplos Canais .......................................................................................................................................................... 8
3.2.7 Múltiplas Mídias .......................................................................................................................................................... 8
3.2.8 Programas Batch ......................................................................................................................................................... 8
3.2.9 Segurança – Acesso à Aplicação e Perfis de Usuário ................................................................................................... 9
3.2.10 LOG da aplicação....................................................................................................................................................... 9
3.2.11 LOG de exceções ...................................................................................................................................................... 10
3.2.12 Filtros mutuamente excludentes ............................................................................................................................. 10
3.2.13 Botões de seleção / Listas Drop-Down / Botão Check / Barra de rolagem ............................................................. 10
3.2.14 Uso de Pacotes Adquiridos de forma integrada às aplicações desenvolvidas......................................................... 11
3.2.15 Campos somente leitura em funcionalidades de inclusão, alteração e exclusão .................................................... 11
3.2.16 Obrigatoriedade de campos .................................................................................................................................... 11
3.2.17 Manutenção para exibir/ocultar botões e campos ................................................................................................. 12
4. ATUALIZAÇÃO DO DOCUMENTO...................................................................................................................................... 12
4.1 RESPONSABILIDADE ................................................................................................................................................................ 12
4.2 CRITÉRIOS ............................................................................................................................................................................. 12
5. SOBRE O DOCUMENTO .................................................................................................................................................... 13
5.1 DEFINIÇÕES........................................................................................................................................................................... 13
5.2 REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................................................... 14
5.3 HISTÓRICO DE REVISÕES .......................................................................................................................................................... 14
1. Introdução
A contagem de pontos de função no Banco Central do Brasil utiliza como principal referência os padrões
de mercado definidos pelo IFPUG. Este documento apresenta os padrões específicos do Banco Central,
em complementação a esses padrões de mercado, para torná-los mais adequados ao contexto da instituição e as características específicas de suas aplicações e serviços demandados.
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A análise de pontos de função mede o tamanho funcional e leva em consideração a aplicação, o objetivo
da contagem e o escopo, porém não é ajustado em função do percentual correspondente as atividades/tarefas do processo que serão executadas e nem representa o esforço que será necessário para
realizar tais atividades.
As orientações deste documento podem ser aplicadas para obter uma contagem estimativa de pontos
de função, não sendo necessário, nesse caso, calcular a quantidade de DER e ALR para as funções de
transação e DER e RLR para as funções de dados. Ainda assim, o Manual de APF (vide item 2.2) deve ser
aplicado de forma complementar, por exemplo, quanto à identificação de processos elementares, arquivos lógicos, impacto em funções de transação e de dados, entre outros.
2. Definições
2.1 Propósito da Contagem de Pontos de Função
O propósito determina o tipo e o escopo da contagem de pontos de função e pode influenciar o posicionamento da fronteira entre a aplicação1 que está sendo medida e as aplicações ‘vizinhas’.
O principal propósito da utilização de pontos de função no contexto deste documento é auxiliar na resolução das seguintes questões de negócio:

Apoiar o Banco Central do Brasil no relacionamento com os fornecedores facilitando a gestão
dos contratos que envolvam os serviços de desenvolvimento e manutenção de aplicações;

Auxiliar os gestores para tomada de decisões relacionadas ao desenvolvimento de aplicações.
2.2 Versão do Manual de APF utilizada
O manual que contém as definições e práticas de contagem para análise de pontos de função é denominado neste documento genericamente como Manual de APF.
O Banco Central do Brasil utiliza o seguinte manual como referência:

Manual de APF do IFPUG: versão 4.3.1 do CPM [1].
A critério do Banco Central poderá ser adotada atualização ou versão posterior deste manual.
3. Padrões para Contagem de Pontos de Função
Esta seção descreve os padrões a serem adotados durante a execução da contagem de Pontos de Função e apresentam a interpretação do Banco Central do Brasil da forma de medição do tamanho funcional do escopo estabelecido para o objetivo de contagem.
Na ocorrência de dúvidas sobre a exemplificação de tais regras, prevalecerão sempre as regras constantes do Manual de APF (item 2.2).
1
No contexto deste documento, o termo aplicação é utilizado como uma generalização para a categoria de software: sistemas de informação, componentes, entre outros.
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3.1 Padrões para Contagem de Pontos de Função por Objetivo de Contagem
Esta seção apresenta as abordagens de contagem de pontos de função para cada um dos objetivos de
contagem definidos no Banco Central.
3.1.1 Tamanho de Aplicações em Produção
3.1.1.1Conceituação
Como devemos determinar o tamanho das aplicações em produção?
3.1.1.2Abordagem
Não há interpretações específicas para este objetivo de contagem. Utilizar as orientações descritas no
Manual de APF (item 2.2).
3.1.2 Desenvolvimento de Aplicações
3.1.2.1Conceituação
Como devemos contar desenvolvimento de aplicações?
3.1.2.2Abordagem
O desenvolvimento de uma aplicação ocorre em Liberações e, a partir da segunda Liberação, pode haver
necessidades de negócio que implicam em alterações em funcionalidades existentes na aplicação.
Utilizar o Manual de APF (item 2.2) para contagem de projetos de desenvolvimento e as seguintes diretrizes adicionais:

Funções Transacionais:
o Se uma função transacional for compartilhada por várias Liberações, como uma consulta
implícita (por exemplo), ela é contada apenas na primeira Liberação em que for mensurada.
o A partir da segunda Liberação da aplicação, deve-se aplicar as orientações para Manutenções Evolutivas de Aplicações (item 3.1.3).

Funções de dados:
o A contagem de cada ALI/AIE é feita na totalidade junto com a primeira Liberação que o
utiliza, mesmo que nesta Liberação nem todos os registros lógicos referenciados ou dados elementares referenciados sejam utilizados.
o Se em uma Liberação seguinte a que o ALI/AIE tiver sido mensurado for identificada necessidade de alteração devido a necessidade de negócio, a alteração deve ser contada
segundo os critérios de Manutenções Evolutivas de Aplicações (item3.1.3).
o Eventualmente, a exclusivo critério do Banco Central, a contagem de determinado
ALI/AIE pode ser realizada em Liberação anterior ou posterior a sua utilização pela aplicação.
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Caso ocorram solicitações de mudança, o tamanho da mudança deve ser obtido conforme item 3.1.4 e
somado ao tamanho da Liberação que está sendo mensurada.
3.1.3 Manutenções Evolutivas de Aplicações
3.1.3.1Conceituação
Como contar Manutenções Evolutivas de Aplicações (Melhorias)?
3.1.3.2Abordagem
Utilizar o Manual de APF (item 2.2) para contagem de projetos de melhoria e as seguintes diretrizes adicionais:

Funções de Dados
o No caso de mudança na característica de um atributo, devido a uma necessidade de negócio, a função de dados que teve o atributo alterado deverá ser identificada como “alterada”;
o A mudança na característica de um atributo na função de dados somente será considerada quando não houver outras manutenções na função em questão.

Funções Transacionais
o Quando em uma mesma função transacional ocorrerem várias manutenções (alteração
da funcionalidade em virtude de mudança de lógica de processamento, alteração de DERs
e/ou ALRs) a função será contada como alterada somente uma vez.
3.1.4 Solicitações de Mudança em Liberações
3.1.4.1Conceituação
Durante a execução da Liberação é possível que as necessidades de negócio se modifiquem ou surjam
novas para atender requisitos de negócio, devendo para isto ser registrada a solicitação de mudança.
3.1.4.2Abordagem
Do ponto de vista da contagem, as solicitações de mudança implicam em funções novas, alteração do
que está em processo de desenvolvimento e/ou em exclusão de funções.
Para determinar o tamanho da solicitação de mudança devem-se aplicar as orientações para Manutenções Evolutivas de Aplicações (item 3.1.3) e o escopo da contagem deve conter somente as funcionalidades impactadas pela solicitação de mudança.
3.2 Padrões Gerais para Contagem de Pontos de Função no Contexto do Banco Central
Esta seção descreve a interpretação do Banco Central de como aplicar a Contagem de Pontos de Função
para situações em que os padrões de mercado não se aplicam, geram margem para dupla interpretação
ou apresentam itens opcionais que devem ser aplicados a critério da organização. Estes padrões são
gerais e devem ser observados durante a contagem de qualquer categoria de aplicação e objetivo de
contagem, sempre que estes forem aplicáveis.
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3.2.1 Fator de Ajuste
3.2.1.1Conceituação
Como utilizar o Fator de Ajuste?
3.2.1.2Abordagem
O Banco Central do Brasil adota o uso dos pontos de função não ajustados para representar o tamanho
funcional dos softwares e pacotes externos. O valor do fator de ajuste identificado através da análise
das 14 características gerais do sistema não será utilizado, pois:
A técnica de pontos de função foi padronizada por meio da norma ISO/IEC 14143-1:2007, como uma
medida de tamanho funcional. Na versão 4.3 do CPM, as características gerais da aplicação e, consequentemente, o uso do fator de ajuste no cálculo do tamanho, são considerados opcionais conforme
Apêndice C do referido manual.
3.2.2 Componentes corporativos de negócio
3.2.2.1Conceituação
Como devemos contar Componentes2?
3.2.2.2Abordagem
Utilizar as regras definidas no documento Sizing Component-Based Development Using Function Points
(Release 1.0)[3] e o Manual de APF. Um resumo delas está apresentado abaixo.
Esta orientação refere-se aos componentes corporativos de negócio. Os componentes pertencentes a
um sistema específico não são contados separadamente, uma vez que eles não têm vida própria, e sim
representam soluções técnicas para implementação das funcionalidades definidas nos casos de uso.
As contagens de componentes seguem a seguinte caracterização:

Propósito: medir o tamanho em pontos de função de todos os serviços disponibilizados pelo
componente para os usuários, não necessariamente os utilizados. Neste sentido, a perspectiva
não é dos requisitos do usuário para o componente e sim das funcionalidades que são fornecidas.

Fronteira da aplicação: o componente deve ser contado como uma aplicação individual.

Usuário: desenvolvedor de software ou outra aplicação.
Regras para contagem:
 Funções de Dados: estabeleça a fonte de dados referenciada e/ou atualizada pelo componente:
o Contar um ALI quando a função transacional do componente criar, alterar ou excluir dados
em um grupo lógico de dados;
2
Esta contagem diz respeito ao tamanho do componente e não da utilização do mesmo nos sistemas de informação
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o Contar um AIE quando a função transacional apenas ler ou referenciar o grupo lógico de dados;
o Observar os grupos de dados que não estão fisicamente dentro do componente, mas que são
logicamente necessários para serem atualizados por ele;
o A análise da função de dados, com relação aos dados de código, quando se trata de componente, deve levar em consideração o objetivo do componente e a visão dos dados do ponto
de vista do negócio do componente. Exemplo: uma tabela contendo sigla e descrição dos estados brasileiros é contada como dado de código em Sistemas de informação, devido ao seu
caráter técnico. Já em um componente criado especificamente para centralizar a informação
dos estados e fornecê-la de forma estruturada para uso nos sistemas, esta informação é de
negócio, já que ela não tem como objetivo ser utilizada para substituir informações em outros ALI em função de normalização, nem facilitar preenchimento de dados.
 Funções Transacionais:
o Contar uma função transacional para cada função fornecida tanto para o usuário quanto para
outros componentes, por meio das interfaces do componente sendo contado;
o Examinar e entender quais componentes são utilizados ou chamados pelo componente sendo analisado;
o Não contar funções embutidas no componente para seu uso interno;
o Evitar contagem duplicada: a mesma função de dados pode ser referenciada ou atualizada de
diferentes formas, isto é, diretamente ou por meio de outro componente;
o Se não tiver acesso à estrutura interna do componente, verificar, a partir das funções que
mantêm dados, quais arquivos lógicos são mantidos;
o Existem situações em que o componente não possui ALI nem acessa AIE, no entanto os métodos da interface externa executam cálculos matemáticos, transformações, validações, que
permitem a sua caracterização como SE, conforme definido no Manual de APF.
3.2.3 Arquivos Lógicos - Mudança no Tamanho ou Tipo de Campos
3.2.3.1Conceituação
O tamanho e/ou tipo do campo foi alterado em um arquivo lógico para atender a uma necessidade do
negócio e algumas funções de transação que processam esses campos alterados foram impactadas, o
que considerar na contagem?
3.2.3.2Abordagem
O arquivo lógico que contém os campos alterados (tamanho e/ou tipo) em função de uma necessidade
de negócio do Banco Central do Brasil deve ser incluído no escopo da contagem do projeto de desenvolvimento e/ou de melhoria. Adicionalmente, as funções transacionais em que haja alteração na lógica
de processamento e que utilize o campo alterado devem ser incluídas.
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3.2.4 Funções de arquivamento de dados
3.2.4.1Conceituação
Como devemos considerar os arquivos que armazenam dados para atender requisitos de negócio tais
como normas de agentes reguladores ou outros agentes externos ou internos à organização, com impacto no negócio?
3.2.4.2Abordagem
Quando os arquivos são criados para atender requisitos de negócio, normas de agentes reguladores ou
outros agentes externos ou internos à organização, estes arquivos e os processos elementares que os
geram devem ser incluídos no escopo da contagem.
3.2.5 Mensagens e Sumários Resultantes de Processamentos em Lotes
3.2.5.1Conceituação
Como contar as mensagens e/ou totais gerados no final dos processamentos em lote?
3.2.5.2Abordagem
As mensagens e/ou totais gerados em lote pelos processos elementares reconhecidos pelo usuário devem ser contados como dados elementares e não como processos elementares distintos.
3.2.6 Múltiplos Canais
3.2.6.1Conceituação
Como devemos contar uma mesma funcionalidade que é fornecida ao usuário em diferentes interfaces
(Canais ou Plataformas) e é classificada como um único processo elementar pela Análise de Pontos de
Função (APF)?
3.2.6.2Abordagem
Se uma mesma função de negócio for fornecida em diferentes interfaces (Canais ou Plataformas) dentro
de uma mesma fronteira da aplicação, contar uma função de transação para cada interface distinta.
3.2.7 Múltiplas Mídias
3.2.7.1Conceituação
Como contar quando o negócio requerer que um mesmo relatório seja fornecido em mais de um formato (ex: On-Line, Impresso ou Excel)?
3.2.7.2Abordagem
Se uma mesma função de negócio tiver a sua saída em mais de uma mídia (ex: On-Line, Impresso ou
Excel), mas for classificada como um único processo elementar pela Análise de Pontos de Função (APF)
deve-se considerar como uma única função de transação.
3.2.8 Programas Batch
3.2.8.1Conceituação
Como contar programas batch?
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3.2.8.2Abordagem
Normalmente, programas batch estão relacionados à lógica de processamento de funcionalidades do
sistema medido. Com base no escopo do serviço, para identificar como contar, é necessário descobrir o
papel do batch no sistema e identificar a função transacional relacionada.
Se o batch está associado a mais de uma função, devem-se contar todas as funções impactadas com a
manutenção. Caso não seja possível encontrar o processo elementar que encapsula o programa batch,
investigar se trata de solução técnica. Se for solução técnica, não é possível aplicar a técnica de contagem.
Exemplo: O usuário solicita um relatório mensal que exibe um resumo de informações das Instituições
Financeiras. Solução técnica: Diariamente roda um programa que atualiza o resumo das Instituições Financeiras com os dados do dia. O objetivo é a Saída Externa (Relatório Mensal) e não a criação do programa batch (solução técnica).
3.2.9 Segurança – Acesso à Aplicação e Perfis de Usuário
3.2.9.1Conceituação
Como contar a funcionalidade de segurança (acesso à aplicação) e perfis dos usuários?
3.2.9.2Abordagem
Os usuários autenticam-se em uma aplicação para ganhar acesso a funções autorizadas de acordo com
seu perfil. A função de autenticação (login) determina o acesso do usuário, que permanece com o mesmo nível (perfil) de acesso até o encerramento (logoff).
Não se considera que os arquivos de segurança e perfis sejam referenciados em transações de negócio,
exceto no caso de manutenção da segurança ou do login. A aplicação pode referenciar fisicamente os
arquivos de segurança a cada transação, mas do ponto de vista lógico a função de login satisfez o respectivo requisito de segurança (acesso a aplicação e perfil do usuário).
Exemplo: Dois usuários têm acesso a transações que apresentam uma lista de clientes. A implementação é realizada de forma que cada usuário autentica-se em um website diferente, porém com os mesmos layouts de tela. O usuário A autentica-se em um website que permite ver e atualizar todos os clientes. O usuário B autentica-se em um website que restringe os clientes que ele pode ver e atualizar.
Quando o usuário A solicita a lista de clientes, todos os clientes são apresentados. Quando o usuário B
solicita a lista de clientes, apenas os clientes que ele pode ver são mostrados.
Há apenas um processo elementar no cenário descrito. A contagem dos arquivos referenciados e dos
elementos de dados considera o caso mais abrangente.
3.2.10 LOG da aplicação
3.2.10.1Conceituação
Como devemos contar os arquivos LOG que tem como objetivo registrar informações de auditoria?
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3.2.10.2Abordagem
Contar o arquivo de LOG de auditoria como um Registro Lógico Referenciado (RLR), do respectivo Arquivo Lógico Interno (ALI). Dentro deste Registro Lógico teremos as informações de auditoria.
As funções transacionais que registram no LOG são as mesmas que registram informações no arquivo
transacional e, portanto, já estão contadas.
Contar as funções transacionais de consulta ao LOG de auditoria, caso estejam na fronteira no sistema.
Os fundamentos para essa análise estão no CPM (versão 4.3 - Parte 4 – Páginas 1-9 a 1-14).
3.2.11 LOG de exceções
3.2.11.1Conceituação
Como devemos contar os arquivos LOG que tem como objetivo registrar erros decorrentes de problemas no sistema?
3.2.11.2Abordagem
O Log de Exceções é um recurso arquitetural para o registro de erros não previstos no negócio ou erros
decorrentes de problemas no sistema. Os erros negociais devem ser tratados pela própria aplicação.
Não há evidências objetivas da utilização desse recurso, sob o ponto de vista dos usuários, nas aplicações corporativas. Portanto, não deve ser considerado na contagem de pontos de função.
3.2.12 Filtros mutuamente excludentes
3.2.12.1Conceituação
Como devemos contar a combinação de vários campos para pesquisa, alguns deles mutuamente excludentes? Por exemplo:
ou campo A ou campo B ou campo C
campo A (opcional) e campo B (opcional) e campo C (opcional).
ou campo A ou campo B ou campos A (obrigatório) e C (opcional)
3.2.12.2Abordagem
Deve ser analisada a necessidade de negócio que está sendo atendida pela função transacional, independente de como a combinação de filtros foi implementada.
Caso determinada combinação de filtros atenda uma necessidade de negócio distinta de outra combinação, considerar processos elementares distintos. Caso não seja possível identificar necessidades de negócio distintas, considerar apenas uma função transacional.
3.2.13 Botões de seleção / Listas Drop-Down / Botão Check / Barra de rolagem
3.2.13.1Conceituação
Como contar botões de seleção, botões de lista drop-down, botão check, barra de rolagem?
3.2.13.2Abordagem
Utilizar documento Dicas de Contagem Interface Gráfica - Hints Counting GUI – White Paper IFPUG.
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3.2.14 Uso de Pacotes Adquiridos de forma integrada às aplicações desenvolvidas
3.2.14.1Conceituação
Como contar pacotes adquiridos utilizados para desenvolvimento de sistemas (ou integrados ao sistema)?
3.2.14.2Abordagem
Pacotes adquiridos incorporados ao sistema não são contados, pois são funcionalidades prontas disponíveis para uso.
3.2.15 Campos somente leitura em funcionalidades de inclusão, alteração e exclusão
3.2.15.1Conceituação
Como contar os campos somente leitura exibidos nas funcionalidades de inclusão, alteração e exclusão?
3.2.15.2Abordagem
Tais funcionalidades correspondem a entradas externas. Considera-se que o processamento de uma
entrada externa inicia-se quando os dados ou informações de controle entram pela fronteira da aplicação.
Para a funcionalidade de inclusão, os campos somente leitura, apresentados durante o processamento
da função de transação, devem ser considerados. Os campos somente leitura apresentados antes do
processamento da função de transação não devem ser considerados na contagem dessa função. Tais
campos devem ser considerados na contagem de uma consulta implícita que exibe esses dados, caso
solicitado pelo usuário.
Para a funcionalidade de alteração, os campos somente leitura que forem considerados na consulta
implícita de alteração e cujos valores não possam ser alterados após a realização da consulta implícita,
não devem ser considerados na contagem.
Para a funcionalidade de exclusão, os campos somente leitura fazem parte da consulta implícita e não
devem ser considerados. Para esta funcionalidade, considerar somente os seguintes tipos de dados:
identificador(es), comando e mensagem.
3.2.16 Obrigatoriedade de campos
3.2.16.1Conceituação
A obrigatoriedade de preenchimento de um campo foi alterada em uma tela do sistema para atender a
uma necessidade do negócio. O que considerar na contagem?
3.2.16.2Abordagem
A obrigatoriedade é considerada uma característica do atributo (CPM 4.3, parte 3, pág 4-9). Nos casos
em que a alteração visa atender uma necessidade de negócio, a função transacional deve ser considerada no escopo do projeto de melhoria.
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3.2.17 Manutenção para exibir/ocultar botões e campos
3.2.17.1Conceituação
Como contar uma demanda que solicita que campos ou botões sejam exibidos (ou ocultos) de acordo
com regras de negócio pré-definidas?
3.2.17.2Abordagem
Esses botões podem corresponder a funcionalidades distintas, sob o ponto de vista de usuário.
Por exemplo, em uma tela de “consulta de proposta” são exibidos os botões para acessar as funcionalidades de “aprovar”, “rejeitar” ou “encaminhar” a proposta. Em uma determinada manutenção foi solicitado que o botão “aprovar” seja exibido apenas para o gestor.
Nesse caso, devemos considerar a “consulta de proposta” como alterada, pois a manutenção solicitada
foi implementada nesta tela.
A mesma premissa deve ser adotada caso a manutenção solicite que determinados campos sejam exibidos/ocultos de acordo com regras de negócio pré-definidas. Devemos identificar qual consulta está sendo impactada e considerá-la como alterada. A regra de negócio envolvida com a exibição dos campos é
considerada como uma lógica de processamento da funcionalidade.
4. Atualização do documento
4.1 Responsabilidade
A atualização deste documento é de responsabilidade da equipe de métricas do Banco Central do Brasil.
4.2 Critérios
O documento poderá ser atualizado para:

Incluir nova regra com vistas a padronizar solução de interpretação para situação para a qual os
padrões de mercado vigentes não se aplicam. Exemplo: durante uma contagem, surgiu uma dúvida sobre como considerar as mensagens exibidas no final do processamento de rotinas batch.
Este assunto foi debatido e chegou-se a uma conclusão para o caso específico. Considerando que
outros casos similares podem acontecer, é necessário definir uma regra padrão e incluir neste
documento para que esta interpretação seja mantida consistente nas próximas contagens;

Alterar os padrões definidos caso exista mudança no contexto em que ela é aplicada ou por uma
melhor interpretação do caso específico;

Excluir padrões que não mais se aplicam ou que forem incluídos em versões futuras do CPM, evitando duplicidade de definições;

Incluir ou alterar a abordagem a ser utilizada para a contagem de um tipo específico de aplicação;

Alterar a abrangência do documento;

Alterar a versão do manual a ser utilizada;
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
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Outras situações identificadas como necessárias pela equipe responsável por atualizar o documento, devidamente registradas.
5. Sobre o documento
5.1 Definições
AIE - É um grupo lógico de dados relacionados ou informações de controle, identificável pelo usuário,
que é utilizado apenas para referência. Os dados residem inteiramente fora da fronteira da aplicação e
são mantidos por outro aplicativo. O AIE é um ALI para outro aplicativo.
ALI - É um grupo lógico de dados relacionados ou informações de controle, identificável pelo usuário,
que reside inteiramente dentro da fronteira da aplicação e é mantido por processos elementares.
Arquivo Lógico - Um grupo lógico de dados permanentes na perspectiva do usuário. Pode ser um ALI ou
um AIE.
ALR - Um Arquivo Lógico Referenciado é um subgrupo de elementos de dados, reconhecido pelo usuário, para cada ALI mantido ou comportamento alterado ou para cada ALI ou AIE lido.
CE - Consulta Externa é um processo elementar que envia dados ou informações de controle para fora
da fronteira da aplicação. A intenção primária é apresentar informações ao usuário pela recuperação de
dados ou informações de controle de ALI e/ou AIE.
Code data – Dados criados para implementação de requisitos técnicos. Fornecem uma lista de opções
válidas que um determinado atributo pode ter. Tais atributos são código e descrição, entre outros comumente utilizados.
DER - Um Dado Elementar Referenciado é um campo de dado lógico, não repetido, reconhecido pelo
usuário, dentro do ALI ou do AIE.
EE - Entrada Externa é um processo elementar no qual os dados cruzam a fronteira da aplicação de fora
para dentro. Tais dados podem vir de uma tela de entrada de dados, por teleprocessamento ou por outro aplicativo. Os dados podem ser informações de controle ou do negócio.
Fator de Ajuste - Indica a funcionalidade geral fornecida ao usuário da aplicação. É baseado na avaliação
de 14 características gerais de sistemas que classificam as funcionalidades gerais da aplicação a ser contada.
Fronteira – Define o limite entre a aplicação que está sendo medida e o mundo externo, do ponto de
vista do usuário.
Informações de controle - Dados que influenciam um processo elementar, especificam o que, quando,
ou como os dados devem ser processados (comandos de ação, parâmetros de consultas, por exemplo).
RLR – Um Registro Lógico Referenciado é um subgrupo de elementos de dados, reconhecido pelo usuário, dentro do ALI ou AIE
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SE - Saída Externa é um processo elementar que envia dados derivados ou informações de controle para
fora da fronteira da aplicação. Tais dados criam relatórios ou arquivos de saída, que são enviados a outro aplicativo. Esses relatórios e arquivos são criados a partir de um ou mais ALI e AIE.
Usuário – Qualquer pessoa ou coisa que se comunica ou interage com o software a qualquer momento.
5.2 Referências
1. Manual de Práticas de Contagem do IFPUG versão 4.3
2. Dicas de Contagem Interface Gráfica - Hints Counting GUI – White Paper IFPUG
3. Sizing Component-Based Development Using Function Points (Release 1.0)
5.3 Histórico de revisões
Data
Versão
08/09/2015
1.0.0
Descrição
Versão inicial.
Banco Central do Brasil, 2015
Página 14 de 14
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Padrões de Contagem de Pontos de Função