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Pacientes com DPOC que ainda apresentam atividade profissional possuem melhor composição
corporal?
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Aline Gonçalves Nellessen, Fabiane Ferreira Monteiro, Natália Mariano Barboza, Hevely Beatriz
C. dos Santos, Melise Peres, Fábio Pitta
Contextualização: Pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), apresentam
comumente redução da massa magra corpórea (MMC), o que contribui para diminuição de força
muscular e capacidade de exercício. A intolerância ao exercício associada à dispnéia leva à
inatividade física que, por sua vez, induz a um maior descondicionamento físico, gerando um ciclo
vicioso. Diante dessas complicações, alguns pacientes deixam de trabalhar profissionalmente. Por
isso, pode-se hipotetizar que pacientes que ainda trabalham profissionalmente apresentam uma
melhor composição corporal. Objetivo: Verificar se pacientes portadores de DPOC que ainda
trabalham profissionalmente possuem melhor composição corporal do que aqueles que não mais
trabalham. Método: Foram incluídos 48 pacientes com DPOC (24 homens, 65±4anos, VEF1:
50±5% predito, IMC: 26±7Kg.m-2). A composição corporal foi avaliada por meio de
bioimpedância elétrica (Biodynamics, Brasil). Os valores de MMC foram aplicados à fórmula de
Kyle et al., específica para pneumopatas. Informações relativas ao trabalho profissional foram
obtidas a partir de um questionário elaborado para este fim, e os pacientes foram divididos em dois
grupos: GP, com pacientes que possuíam atividade profissional (n=23); e GN, com pacientes que
não a possuíam (n=23). Resultados: Em relação ao GN, o GP apresentou maior MMC (44±1Kg vs
38±1Kg, p=0,02), maior taxa metabólica (1444±17 vs 1221±18; p=0,03) e menor porcentagem de
gordura corporal (30±16%, vs 36±1% p=0,04). Conclusão: Pacientes com DPOC que ainda
trabalham profissionalmente apresentam melhor composição corporal do que pacientes que não
trabalham. Isso pode ter implicações na sobrevida e nos efeitos esperados após programas de
treinamento físico destes pacientes.
Palavras-chave: DPOC; Composição corporal; Atividade profissional.
Rev Bras Fisioter. 2010;14(Supl 1): 293