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Buiatria 2015
PREVALÊNCIA DE ANTICORPOS CONTRA O VÍRUS DA DIARREIA VIRAL BOVINA EM FÊMEAS ZEBUÍNAS NAS MESORREGIÕES METROPOLITANA DE BELÉM E DO NORDESTE PARAENSE. LIMA KZAM, A.S.L.1*; SOUSA, E.M.1*; ALBUQUERQUE, R.S.2**;
PITUCO, E.M.3; OKUDA, L.H.3; CAMPELLO, C.C.4***; MONTEIRO, B.M.5; SILVA, S.S. da1; SANTO, C.T.E.1; VIANA, R.B.6. 1Universidade
Federal Rural da Amazônia, Belém, PA, Brasil. E-mail: [email protected] 2Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências
Agrárias e Veterinária, Jaboticabal, SP, Brasil. 3Instituto Biológico, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Sanidade Animal, São Paulo,
SP, Brasil. 4Universidade Estadual do Ceará, Favet, Fortaleza, CE, Brasil. 5Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária
e Zootecnia, São Paulo, SP, Brasil. 6Universidade Federal Rural da Amazônia, Instituto da Saúde e Produção Animal, Belém, PA, Brasil.
Embora o Brasil se destaque no contexto pecuário mundial, problemas relacionados ao manejo sanitário dos rebanhos ainda são muito
frequentes. A diarreia viral bovina (BVD), considerada uma doença de distribuição mundial, causa graves prejuízos à bovinocultura de corte
e leite e culmina em alterações não apenas no trato gastrointestinal, como também nos sistemas respiratório, reprodutivo e linfático, podendo inclusive resultar em animais infectados persistentemente. Objetivou-se com o presente estudo determinar a prevalência de anticorpos
anti-Bovine Viral Diarrhea Virus (BVDV) em bovinos de corte nas Mesorregiões Metropolitana de Belém e do Nordeste Paraense. O estudo
foi realizado em 5 propriedades, sendo duas localizadas nos Municípios de Castanhal e Santa Isabel do Pará (Mesorregião Metropolitana
de Belém) e 3 situadas em São Francisco do Pará, Garrafão do Norte e Capitão Poço (Mesorregião do Nordeste Paraense). Foram realizadas
colheitas de 10 mL de sangue por punção da veia jugular externa, utilizando-se agulhas descartáveis e tubos vacutainer siliconizados sem
anticoagulantes de 400 fêmeas bovinas zebuínas da raça Nelore com idade superior a 24 meses. As amostras foram centrifugadas por 15 minutos
a uma velocidade de 3.000 x g, sendo aliquotadas em microtubos, os quais foram acondicionados a -20 °C para posterior análise. Utilizou-se
a técnica de virusneutralização, realizada no Laboratório de Viroses de Bovídeos do Instituto Biológico, São Paulo, SP. A estatística descritiva
dos dados foi obtida pelo programa SAS versão 9.2 com nível de significância de 5%. Foi feita uma dispersão de frequência, analisada pelo
teste de Qui-quadrado. Das 5 propriedades avaliadas, 4 delas apresentaram animais sororreagentes ao teste: Fazenda 5: 87,50%b (70/80);
Fazenda 3: 80,00%a (64/80); Fazenda 2: 15,00%c (12/80); Fazenda 1: 13,75%c (11/80); Fazenda 4: 0,00%d (0/80). A diferença na prevalência
entre fazendas possivelmente pode ser atribuída a distintos manejos sanitários empregados, onde na fazenda menos tecnificada e com pior
manejo sanitário observou-se as maiores prevalências para a enfermidade (Fazenda 5). A Mesorregião Metropolitana de Belém apresentou
prevalência de 13,75% (11/160) e a Mesorregião do Nordeste Paraense de 60,83% (146/240). Dessa forma, a prevalência de infecções pelo
BVDV em ambas as Mesorregiões detectadas pela técnica de VN foi de 39,25% (157/400), considerada abaixo da média nacional. Contudo,
esse valor ainda sugere a necessidade de implantação de medidas preventivas e de controle da infecção.
*Bolsista Capes - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível/MEC - Programa de Pós-Graduação em Saúde e Produção Animal
na Amazônia/UFRA.
**Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária/FCAV-UNESP.
***Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal/FAVET-UECE.
CAPES CT-AÇÃO TRANSVERSAL/Chamada pública MCT/CNPq/MEC/CAPES-Ação Transversal n°06/2011 – Casadinho/Procad
Processo n° 552215/2011-2.
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SENSIBILIDADE E ESPECIFICIDADE DO ELISA INDIRETO (ELISA-I) FRENTE AO 2-MERCAPTOETANOL (2-ME) PARA
DIAGNÓSTICO DE BRUCELLA ABORTUS EM VACAS DE CORTE DA RAÇA NELORE. ALBUQUERQUE, R.S.1*; KZAM,
A.S.L.2**; COSTA, V.M. da2; LIMA, B.G.V. de2; COSTA. F.L.S. da2; ERMITA, P.A.N.3***; MONTEIRO, B.M.4****; CAMPELLO,
C.C.5*****; CASSEB, A.R.6; VIANA, R.B.6 1Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Jaboticabal, SP, Brasil; 2Universidade Federal Rural da Amazônia, Belém, PA, Brasil. E-mail: [email protected] 3Universidade
Federal de Viçosa, Viçosa, MG, Brasil. 4Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil. 5Universidade Estadual do Ceará, Favet,
Fortaleza, CE, Brasil. 6Universidade Federal Rural da Amazônia, Instituto da Saúde e Produção Animal, Belém, PA, Brasil.
O manejo sanitário eficiente é a base de qualquer atividade pastoril. Por isso torna-se indispensável o diagnóstico e identificação
das doenças, sobretudo aquelas infectocontagiosas, uma vez que acarretam perdas econômicas substanciais, destacando-se entre
elas a brucelose bovina. Assim, a necessidade de testes cada vez mais eficientes para o diagnóstico da Brucelose é necessária.
Neste sentido, objetivou-se com o presente estudo verificar a eficiência de um teste ELISA indireto comercial (ELISA-I) frente ao
2-mercaptetanol (2-ME). Para a presente pesquisa, foram utilizadas 31 fêmeas zebuínas da raça Nelore, com idade superior a 24
meses, testadas ao exame de fixação de complemento. Foram realizadas colheitas de 10 mL de sangue de cada animal por meio
de punção da veia jugular externa, em tubos vacutainer sem anticoagulantes. As amostras foram centrifugadas por 15 minutos
a uma velocidade de 3000 x g, sendo em seguida aliquotadas em microtubos tipo Eppendorfs e acondicionadas a -20 ºC para
posterior análise no Laboratório de Imunologia e Microbiologia da Universidade Federal Rural da Amazônia. Para a detecção
de anticorpos contra a Brucelose, utilizou-se um kit ELISA indireto seguindo o protocolo recomendado pelo fabricante. O teste
de 2-ME seguiu as normas preconizadas pelo Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal
(PNCEBT). O teste Qui quadrado foi utilizado para comparar as sensibilidades e especificidades do ELISA-I e do 2-ME. Das 31
amostras 70,97% (22/31) foram reagentes contra B. abortus ao 2-ME e 67,35% (21/31) ao ELISA-I. Quanto a sensibilidade, o 2-ME
foi igual a 90% pois dos 20 animais positivos para a FC, 18 foram positivos para o 2-ME, ou seja, apenas 2 resultados foram falso.
No que diz respeito à especificidade, esta alcançou 63,64% (7/11), uma vez que dos animais verdadeiramente negativos o teste
2-ME deixou de reconhecer 4 deles. Já o teste ELISA-I apresentou sensibilidade de 75% (15/20), uma vez que foram detectados
15 animais sororreagentes dos 20 positivos para a FC, e em relação a especificidade os valores foram de 45,45%, visto que dos 11
animais diagnosticados positivos para a FC, o ELISA indireto apresentou 6 falso positivos. O ELISA-I, não mostrou-se tão eficaz
ao diagnóstico confirmatório na detecção de Brucella abortus, todavia parece ser uma alternativa em testes de triagem.
*Bolsista Capes - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível/MEC - Programa de Pós-Graduação Em Medicina Veterinária/Fcav/Unesp.
**Pós-Graduação em Saúde e Produção Animal na Amazônia/Universidade Federal Rural da Amazônia.
***Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária/Universidade Federal de Viçosa.
****Programa de Pós-Graduação em Reprodução Animal/Universidade de São Paulo.
*****Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal/Favet-Universidade Estadual do Ceará.
Biológico, São Paulo, v.77, Suplemento 2, p.1-235, 2015
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Biológico, São Paulo, v.77, Suplemento 2, p.1