Movimentos imigratórios
Características e movimentos internos no
Brasil
Objetivos
• Apresentar as causas que levaram o governo brasileiro, a
partir da independência, a atrair imigrantes para o Brasil.
• Mostrar os fatores favoráveis e desfavoráveis à imigração.
• Evidenciar a importância cultural e econômica para a
formação da sociedade brasileira.
• Destacar os principais grupos e suas características, bem
como os movimentos internos da população brasileira.
Introdução
• A imigração para o Brasil foi , em geral, do tipo provocada,
•
raramente sendo espontânea: as maiores entradas de
estrangeiros estão relacionadas a períodos de escassez de
mão-de-obra na nossa lavoura.
A composição da população brasileira teve por base o
elemento estrangeiro, que resultou na entrada desde o século
XIX de 5.500.000 de estrangeiros.
Em 1818, a publicação de um decreto de D. João VI,
determina que o governo poderia ceder terras a
estrangeiros.
Tipos de movimentos migratórios
• Permanente: podendo ser voluntária ou forçada.
• Semi-permanente: por vários anos.
• Sazonal: por vários meses ou semanas.
• Pendular ou diária: movimento realizado diariamente.
Outra maneira de classificar é dividir a migração em
internacional ou no interior do território (interna).
Exemplos de migrações
• Como migração permanente forçada, podemos destacar a
vinda de escravos africanos para as Américas. Já como
exemplo de migração permanente voluntária destacamos
indianos para o Reino Unido.
• Semipermanente: brasileiros para o Japão.
• Sazonal: Camponeses mexicanos para a Califórnia, durante
o período de colheita.
• Pendular: Deslocamento de populações em áreas
metropolitanas de cidades-dormitórios para áreas que
ofertam mais empregos.
Fatores favoráveis à imigração
Vastidão do nosso território e a limitada população.
Desenvolvimento da cultura do café e a necessidade de
mão-de-obra.
Fim da escravidão.
Custeio dos gastos de transporte do imigrante pelo Estado.
Crise econômica nos países de origem.
Fatores desfavoráveis à imigração
Tropicalidade do país, em contraste com a origem
temperada da maior parte dos imigrantes.
Falta de uma política voltada para a imigração.
Falta de garantias aos imigrantes, com condições de
trabalho e vida baixíssimos.
Obrigatoriedade de pagamento do financiamento da
viagem.
Resultados da vinda de imigrantes
• Modificação da composição étnica da população,
•
•
principalmente no Centro-Sul do país.
Estabelecimento de novos padrões técnicos e econômicos
no país, levando ao fortalecimento e diversificação da
economia.
Aumento da diversidade e da riqueza cultural.
Parcela considerável dos imigrantes, retornaram aos
países de origem ou imigraram novamente em função das
péssimas condições encontradas no Brasil.
Suíços de língua alemã
• Em 1819, cerca de 1.700 suíços provenientes do Cantão de
•
•
Friburgo chegaram ao Brasil.
O governo instalou esses imigrantes no Rio de Janeiro, onde
fundaram a cidade de Nova Friburgo em 1820.
Essa colonização não deu o resultado esperado,
principalmente por falta de meios de comunicação e
transporte.
Representam a primeira colônia de imigrantes não-ibéricos,
organizada e subvencionada pelo governo.
Experiências iniciais de colonização
• Em 1752, o governo Português instala 1500 famílias de
•
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•
•
açorianos no Rio Grande do Sul, que fundaram o Porto dos
Casais.
1824, inicia-se a colonização alemã em São Leopoldo no
estado de RS.
1827, nova colônia alemã instalada em Rio Negro, no
Paraná.
1829, fundação de uma colônia alemã em Santo Amaro (SP)
e outra em São Pedro de Alcântara (SC).
1830, criada uma colônia alemã no Espírito Santo.
Alterações na década de 1930
• Encontramos uma acentuada redução na entrada de
imigrantes, devido aos seguintes fatores:
Crise econômica da economia do café, após a crise de 1929.
Limitação da saída de imigrantes por parte das autoridades
dos países de origem ( principalmente Itália e Alemanha).
Medidas constitucionais no Brasil, como a criação da Lei de
cotas.
Seleção de caráter social e sanitário.
A Lei de cotas estabelecia que poderiam entrar no Brasil
2% de cada nacionalidade dos imigrantes entrados de 18841934, excluindo-se os portugueses.
Alemães
• Começaram a chegar em 1824. Instalaram-se
principalmente nos estados do Sul, fundando importantes
cidades como Novo Hamburgo, Joinville e Blumenau.
• Juntamente com outros grupos imigrantes difundiram novos
hábitos e cultivos: a mão-de-obra familiar, a pequena
propriedade e a indústria doméstica.
O Brasil recebeu algo em torno de 260.000 imigrantes
alemães.
Curiosidades
• A influência alemã é principalmente notada em Santa
•
•
Catarina e Rio Grande do Sul, onde encontramos
construções, gastronomia e tantos outros aspectos típicos da
cultura germânica.
A integração dos alemães foi bastante difícil, em função das
grandes diferenças culturais.
O governo brasileiro, após a Segunda Guerra, tomou uma
série de medidas visando integrá-los ao nosso padrão
cultural e evitando a formação de novos quistos raciais.
Eslavos
• Sua fixação inicia-se em 1875, oriundos de países de
•
•
Europa Oriental.
Criaram núcleos principalmente no Estado do Paraná,
destacando-se Curitiba, Ponta Grossa e Castro.
Embora em menor número, os eslavos apresentaram
algumas dificuldades à integração cultural (formação de
quistos raciais).
Se dedicaram em um primeiro momento ao extrativismo
vegetal e posteriormente a agricultura.
Italianos
• Dentre os imigrantes que chegaram ao Brasil, representam o
•
•
segundo maior contingente, sendo superados apenas pelos
portugueses.
O principal período de imigração foi de 1887 a 1914, ligado
ao crescimento da economia cafeeira.
Fixaram-se nos estado do Sul e principalmente em São
Paulo.
Recebemos em torno de 1.630.000 imigrantes italianos,
sendo que 73% se fixaram em São Paulo.
Japoneses
• Entre os principais grupos, representa o mais recente,
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•
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datando sua primeira chegada em 1908.
O período de maior entrada foi de 1924-1934.
Fixaram-se em duas áreas principais: Estado de São Paulo e
Pará.
Em São Paulo, destacam-se as áreas do Vale do Ribeira e
Paraíba, além da região de Marília e Bastos.
No Pará, destacam-se as áreas do Vale Médio do Amazonas
e a Região Bragantina.
Recebemos em trono de 240.000 japoneses, sendo 85%
concentrados no Estado de São Paulo.
Turcos e árabes
• Conhecidos de maneira genérica e errada por turcos,
•
•
compreendem os sírios,libaneses, árabes, palestinos e
turcos.
O grande período de imigração se deu no século XIX no
período de 1860-1890.
Se dirigiram para a Amazônia em função do ciclo da
borracha e posteriormente as grandes cidades, onde se
dedicaram a atividades comerciais e industriais.
Como a Síria, o Líbano e a Armênia estiveram sob domínio
da Turquia, esses imigrantes eram registrados no Brasil
como turcos.
Outras nacionalidades
• Além dos grupos principais, podemos destacar outros
•
•
grupos que vieram em menor quantidade para o país.
Destacamos a vinda de franceses, norte-americanos,
ingleses, chineses e holandeses.
Na segunda metade do século XX, destacamos sulamericanos, africanos e coreanos.
O Brasil recebeu 86.000 austríacos e 34.000 franceses,
imigrantes encontrados sobretudo em áreas urbanas.
Fluxos migratórios
• Os deslocamentos populacionais inter-regionais são uma
•
•
constante na história brasileira.Diversos movimentos ao
longo da nossa história, relacionados principalmente a
fatores econômicos.
Desde o século XVIII a região Nordeste se transformou em
área de repulsão populacional.
A industrialização, a estagnação econômica e a
concentração fundiária, acabaram acelerando o processo de
repulsão nordestina.
O deslocamento interno de brasileiros têm permitido de
certa forma substituir o elemento estrangeiro.
Exemplo de fluxos migratórios
• 1940-1970: Grande fluxo de nordestinos em direção ao
•
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sudeste.
1970-1990: Fluxo para a nova fronteira agrícola no CentroOeste e áreas da região Norte.
1990-1995: Atração dos Centros Regionais, ligada a
migração de retorno e crescimento econômico de centros
regionais.
Curiosidades
• O Nordeste representa um vasto depósito de mão-de-obra
para as necessidades de expansão de atividades econômicas
de outras regiões.
• Muitas áreas de fronteira agrícola, desde a década de 70, são
ocupadas por sulistas, principalmente migrantes do Paraná.
• As cidades médias, com população entre 100 mil e 500 mil
habitantes, são as que mais cresceram na última década.
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