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Geral
O Estado do Maranhão - São Luís, 8 de maio de 2011 - domingo
Na década de 2000, foram
criados 58 municípios
Região Sul teve um aumento de 29 cidades de 2000 a 2010, todos elas no estado do
Rio Grande do Sul, enquanto na Região Centro-Oeste surgiram 20 no mesmo período
N
o Censo Demográfico
2010, foram pesquisados
5.565 municípios, que tiveram sua participação relativa
nas regiões Nordeste (32,2%), Sudeste (30,0%) e Norte (8,1%) inferior àquela calculada com os
5.507 municípios existentes no
Censo Demográfico 2000. As Regiões Sul (21,3%) e Centro-Oeste
(8,4%) aumentaram suas participações no número de municípios
do país, já que na última década
foram justamente essas regiões
as mais contempladas com novos municípios. A Região Sul teve um incremento de 29 municípios (todos eles no Rio Grande do
Sul), enquanto no Centro-Oeste
surgiram 20 no período de 2000
a 2010, sendo 15 deles no Mato
Grosso.
Entre os municípios mais populosos, 15 apresentaram população superior a 1 milhão de habitantes, contra 13 em 2000. Somente este grupo reunia 40,2 milhões de pessoas em 2010, o que
corresponde a 21,1% da população total do país. Os três municípios mais populosos continuaram sendo São Paulo (11.253.503
habitantes), Rio de Janeiro
(6.320.446) e Salvador (2.675.656).
Belo Horizonte (2.375.151) passou a ser o sexto mais populoso
em 2010, sendo superado por
Brasília (2.570.160) e Fortaleza
(2.452.185).
Entre os 15 municípios com
mais de 1 milhão de habitantes,
os que mais cresceram em dez
anos foram Manaus (1.802.014
pessoas em 2010), que, com uma
taxa de 2,51% ao ano, passou de
nono para sétimo mais populoso; e Brasília (2.570.160), que passou de sexto para quarto, com
um crescimento médio anual de
2,28%. Porto Alegre (1.409.351
pessoas) foi o município que menos cresceu nesse grupo, com incremento anual de apenas 0,35%
ao ano.
Crescimento - As capitais das regiões Norte e Nordeste cresceram
mais que os demais municípios
de suas respectivas Unidades da
Federação, com exceção do Pará, Maranhão, Rio Grande do
Norte e Pernambuco. A maior diferença entre as taxas médias
geométricas de crescimento
anual foi observada no Tocantins,
onde Palmas – a capital que mais
cresceu no Brasil – apresentou
uma taxa de 5,21%, enquanto os
demais municípios do estado
cresceram 1,25% ao ano.
Na região Sul, Curitiba e Florianópolis cresceram mais que
o conjunto dos demais municípios de seus estados, enquanto
Porto Alegre – capital com o menor crescimento populacional,
de 0,35% ao ano – cresceu menos que os outros municípios do
Rio Grande do Sul (também o
menor crescimento entre o grupo dos demais municípios, de
0,51%). Na região Centro-Oeste,
com exceção do Mato Grosso do
Sul, o crescimento dos municípios das capitais foi menor que
o dos demais municípios, ocorrendo o mesmo em todos os estados do Sudeste.
Mapa
Mais
As inovações tecnológicas usadas no Censo 2010, o primeiro no mundo
a ser feito de forma totalmente digital, levaram o IBGE a ser um dos dez
premiados pela Unesco e a Netexplorateur, ONG francesa pelo desenvolvimento da sociedade digital. Netexplorateur (www.netexplorateur.org) é
um observatório mundial para divulgação de novos usos da Internet em
todo o mundo. A cada ano, relaciona as 100 inovações mais promissoras
e premia as 10 mais importantes, no “Netexplorateur Palmares 100”.
Média de
moradores
por domicílio
No Brasil, a densidade domiciliar, relação entre as pessoas
moradoras nos domicílios particulares ocupados e o número
de domicílios particulares ocupados, apresentou um declínio
de 13,2% no último período censitário, mais acentuado que os
9,6% observados entre os Censos dos anos de 1991 e 2000,
passando de 3,8, em 2000, para
3,3, no ano de 2010.
Esse comportamento persistiu tanto na área urbana quanto na rural. A região Norte tem
a maior densidade domiciliar,
enquanto a Sul apresenta a
menor, sendo que a tendência
de declínio é uma característica geral e está diretamente
relacionada à redução da fecundidade.
Das cinco regiões, apenas a
Norte apresenta média de moradores por domicílio igual a
4,0. Nas demais, esse valor já se
situa entre os 3,1 da região Sul
e os 3,5 do Nordeste.
No contexto estadual, a média de moradores por domicílio
oscila entre 3,0, no Rio Grande
do Sul e no Rio de Janeiro, e 4,3,
nos estados do Amazonas e
Amapá.
País tem 96
homens para
cada 100
mulheres
Segundo o Censo Demográfico
2010, há no Brasil uma relação de
96,0 homens para cada 100 mulheres, como resultado de um
excedente de 3.941.819 mulheres
em relação ao número total de
homens. Com esse resultado,
acentuou-se a tendência histórica de predominância feminina na
população do Brasil, já que em
2000 o indicador era de 96,9
homens para cada 100 mulheres.
A região Norte é a única que
apresenta o número de homens
superior ao de mulheres (relação
de 101,8 para cada 100), sendo que
todos os seus estados apresentam
também razão de sexo superior a
100%. Nas demais regiões, as
razões de sexos são as seguintes:
Centro-Oeste, 98,6 homens para
cada 100 mulheres; Sul, 96,3
homens para cada 100 mulheres;
Nordeste, 95,3 homens para cada
100 mulheres respectivamente; e
Sudeste, 94,6 homens para cada
100 mulheres.
Entre os estados, a maior razão
de sexo está em Mato Grosso, com
104,3 homens para cada 100 mulheres. A Unidade da Federação
que apresenta a menor razão de
sexo é o Rio de Janeiro: 91,2 homens para cada 100 mulheres.
Com exceção do Amazonas, todas as Unidades da Federação
apresentam queda na razão de
sexos entre 2000 e 2010.
Embora no conjunto da população do Brasil haja o predomínio feminino, em mais de
60,0% dos municípios observa-se
um superávit masculino, fato
decorrente das correntes migratórias. Entretanto tal predominância ocorre em municípios
menos populosos. Cerca de 80,0%
dos municípios com menos de
5.000 habitantes possuem mais
homens do que mulheres em suas
populações.
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