J O R N A L D O P R O G R A M A S O C I O A M B I E N TA L D A I TA I P U B I N A C I O N A L
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Cultivando
FOZ DO IGUAÇU – NOVEMBRO DE 2014 – Nº 26
&
Encontros
Caminhos
Caderno Especial
encontros e caminhos
Índice
J O R N A L D O P R O G R A M A S O C I O A M B I E N TA L D A I TA I P U B I N A C I O N A L
ENCONTROS E CAMINHOS
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ENCONTROS E CAMINHOS
ENCONTROS E CAMINHOS
AltôniA
Rio Paraná foi
protagonista em Altônia
Cultivando
Céu Azul
Fé e trabalho para preservar
o meio ambiente
Programação teve a segunda edição do Rio + Limpo e também caminhada e passeio de chalana
FOZ DO IGUAÇU – NOVEMBRO DE 2014 – Nº 26
Diamante
oeste
CasCavel
Tecnologia e
sustentabilidade
Do
Em Cascavel, as atividades contemplaram
diversas áreas, indo do campo à robótica
Passeios, confraternização e cerimônia Ava-Guarani fizeram parte das ações realizadas no município
Hoje, nos nossos rios, se
pode ver os peixes nadarem,
coisa que não se via antes
Jaime Luis Basso, prefeito de Céu Azul
Ao lado e acima, flagrantes do Desavio de Robótica
local. Depois de tudo limpo, a nascente localizada dentro do bosque
também passou por um processo
de recuperação.
&
ENCONTROS
CAMINHOS
A segunda edição do “Rio + Limpo” foi um dos destaques do Encontros e Caminhos em Altônia.
Jovens e adultos reservaram um dia
inteiro para o trabalho de recolhimento do lixo jogado às margens
do Rio Paraná.
Além de recolher a sujeira, os
participantes percorreram a comunidade da Vila Yara para conscientizar os moradores sobre a
destinação e separação corretas
do lixo, ação que colabora para a
conservação e proteção das áreas
de preservação permanente no entorno do rio.
A boa surpresa ficou por conta da
redução no volume de lixo coletado, o que mostra que a população
já está mais consciente e assimilando as orientações recebidas em
atividades anteriores.
ros Desbravadores de Ilha Grande
que participaram do acampamento na APA municipal. As atividades começaram com depoimentos
de pioneiros, bênçãos, roda de
viola e um jantar no restaurante
Portal da Luz.
Na solenidade de encerramento,
a Câmara de Altônia ficou lotada
para o reconhecimento a entidades
e pessoas que ajudam a melhorar o
meio ambiente.
Na conclusão do acampamento,
os jovens tiveram um momento de
lazer com música e dança, o que integrou ainda mais os adolescentes,
que se divertiram e aprenderam
nas 15 horas que passaram juntos.
Na sequência da programação, 40
jovens integrantes da Pastoral da
Juventude e do Grupo de Escotei-
Acima e abaixo, estudantes aprendem a proteger uma mina de água
Foi com a bênção de Frei Carlos
Gozzi, num ambiente inspirador – a
Gruta Nossa Senhora de Lourdes –
que a programação do Encontros e
Caminhos teve início no município
de Céu Azul. O local foi escolhido
por reunir em um mesmo espaço
natureza e fé.
Uma das homenageadas da noite foi Yumiko Moji Arita, a dona
Alice, que trabalha com plantas
medicinais há nove anos, ensinando a quem quiser sobre os
usos das ervas. “Eu me sinto feliz
e grata de meu trabalho ter sido
reconhecido”, disse.
Mais
A programação do Encontros e
Caminhos contou também com
oficinas de recuperação de nascentes e a terceira edição da Caminhada Internacional na Natureza, com
a participação de quase 400 pessoas.
O grupo participou ainda de
uma caminhada e passeio de chalana pelo Rio Paraná, com explicações sobre o Parque Nacional
da Ilha Grande feitas pelo biólogo
Erick Xavier.
Acampamento
Nos dias que se seguiram, estudantes e a comunidade participaram de
diversas atividades, incluindo a limpeza do Bosque Municipal Geraldo Batista Chaves. Colchão, pneu,
tampos de pias, televisores e
mais uma variedade de objetos e lixo foram retirados do
onde são desenvolvidas as ações do
Programa Cultivando Água Boa.
Encerramento
Frei Carlos Gozzi que abençoou a
abertura do Encontros e Caminhos
e também deu sua bênção aos participantes na cerimônia de encerramento do projeto. “Este é apenas o
início. Poucos de nós ainda trabalhamos em prol do meio ambiente, não podemos deixar que esse
movimento pare por aqui”, disse.
A solenidade teve apresentações de
música e teatro, com jovens alunos
da Fundação Cultural.
Em outra frente, alunos do Colégio
Estadual Monteiro Lobato e do Colégio Estadual Boa Vista, acompanhados por professores, visitaram
um abastecedouro comunitário no
interior do município, numa aula
a céu aberto sobre área de proteção
permanente, reserva legal, mata ciliar, conversação de solo e estradas
rurais. Eles também visitaram a
propriedade de Gabriel Parizotto,
onde aprenderam o que é uma alimentação saudável e o cultivo de
uva orgânica.
Uma das atividades do Encontros
e Caminhos em Diamante do Oeste, possibilitou aos moradores das
cidades de Cascavel, Toledo, São
José das Palmeiras, Santa Helena
e Medianeira a oportunidade de se
aproximar da cultura Avá-Guarani, através de uma caminhada, que
reuniu cerca de 60 pessoas.
O prefeito de Céu Azul, Jaime Luis
Basso, se orgulha de a cidade estar
presente no Programa Cultivando
Água Boa desde o início. “Hoje, nos
nossos rios, se pode ver os peixes,
coisa que não se via antes. Nós precisamos dar valor aos projetos de
conservação da natureza.”
Com os alunos do município
também foram realizadas
visitas técnicas a microbacias, como a do Rio 1 3 ,
O trajeto foi a estrada de seis quilômetros que liga o Tekohá Añete-
te e o Tekohá Itamarã, duas aldeias
que abrigam índios Ava-Guarani.
“A ideia é que todas essas pessoas
possam conhecer os nossos hábitos e também que possamos fazer
uma troca de experiências” conta
o cacique João Meri Alves.
tudo aqui é encantador”, disse Irma
Geci Marques, que aos 60 anos já
fez outros passeios na aldeia, mas
não se cansa de admirar as belezas
naturais do local. O passeio durou
aproximadamente uma hora.
cavalgada; revitalização do Pátio
da Escola Municipal Presidente
Kennedy, com readaptação da cisterna e reaproveitamento da água
da chuva; proteção de nascentes;
passeio passando por trilhas dentro
da Microbacia Santa Maria, Santa
Terezinha e Dois Vizinhos, com
coleta de lixo; acampamento jovem no Sitio Recanto dos Amigos,
enfatizando a parceria homem/natureza, ações de sustentabilidade e
Diversidade
A programação incluiu apresentação de filme sobre o Lago de Itaipu; feira de agricultura familiar;
palestras; trilhas; passeio ciclístico;
No trajeto, o que chamava a atenção eram as moradias. As antigas
ocas deram lugar a casas de madeiras. “A paisagem, o cheiro da mata,
cuidados com a água.
A força das comunidades indígenas esteve presente no encerramento do Encontros e Caminhos na
cidade. As três comunidades indígenas se reuniram no Tekohá Añetete para uma cerimônia da Água. A
celebração, que ocorreu no pátio da
escola indígena, começou com uma
bênção das águas, seguida de muita
dança canto e música.
A ideia é que todas essas pessoas
possam conhecer os nossos hábitos
e também que possamos fazer uma
troca de experiências
João Meri Alves, Cacique
Visita à microbacia do Rio 13
Frei Carlos
Gozzi abençoa
os participantes
na abertura do
Encontros e
Caminhos
N o v e m b ro 2 0 1 4
Nº 26
Itaipu Binacional
E n c o n t ro s e C a m i n h o s
1
3
4
E n c o n t ro s e C a m i n h o s
A microbacia Sanga Golondrina foi a última a realizar o Pacto das Águas
e agora todos os cursos d’água de Entre Rios participam do CAB
Cisterna
Na Escola Francisco Vaz de Lima,
os estudantes comemoraram a instalação de uma cisterna, que além
de recolher a água da chuva para
uso na limpeza do prédio, auxilia
no aprendizado, com aulas sobre
sustentabilidade. Como beleza
também ajuda, a cisterna ganhou
grafitagem, despertando a atenção
dos alunos para as artes. Na festa
preparada para a entrega, as crianças receberam os visitantes com
apresentações culturais.
Na cidade, o “Desafio de Robótica” estimulou estudantes do curso
de Eletrônica do Centro Estadual
de Educação Profissional Pedro
Boaretto Neto a unir tecnologia
com sustentabilidade. O desafio
foi uma oportunidade para que
estudantes colocassem em prática
o que aprendem em sala de aula.
Foram inscritas 35 equipes. “Uma
das principais funções do desafio
é fazer com que os jovens possam
testar os conhecimentos obtidos
em sala. A prática, nessa profissão, é extremamente importante”,
destaca o professor e engenheiro
em telecomunicações, Gelson Leandro Kaul.
GuilherBiazi Sabin
construiu
um robô
com materiais de
uma sala
Cisterna instalada na Escola Francisco Lima
Pedalada pelas ruas da cidade
Itaipu Binacional
Reconhecimento
A cerimônia de encerramento do
Encontros e Caminhos, em Cascavel, foi reservada às artes, com
apresentações de canto, dança e
teatro. Após as apresentações, foram entregues os certificados para
as lideranças que se destacam nas
ações socioambientais. “Se hoje
comemoramos é porque cada um
trabalhou e se doou”, disse a secretária de Cultura, Sílvia Prado.
Feira de trocas
No campo, readequação de estradas rurais
É através de nossa
presença constante
com a juventude
que conseguiremos
manter a consciência
ambiental
“É através de nossa presença
constante com a juventude que conseguiremos
manter a consciência
ambiental”, disse
Edson Gavazzoni,
coordenador das
atividades.
m e
Edson Gavazzoni,
coordenador das atividades
Entrega de certificados na festa de encerramento
It aipu B inac io nal
E nc ontros e C a mi nhos
N o v embro 2014
N º 26
6
Diamante do Oeste
ENCONTROS E CAMINHOS
Resgate histórico e um
olhar para o futuro
Guaíra
Rapel, sobrevivência na mata, plantio de mudas e passeio ciclístico foram destaque em Guaíra
Semeando árvores e esperança
ItaIpulândIa
Maripá
Uma das principais ações foi o plantio de orquídeas e a soltura de balões com sementes de árvores nativas
Rodas de viola e história e visitas à Casa da Memória ajudam a preservar as origens do
município; ações de preservação garantem um ambiente melhor para as futuras gerações
Jovens na oficina de escultura ecológica: aprendizado e preservação
O grupo de motociclistas Katetus da Lama realizou o plantio de 600 mudas
Pacto das Águas na microbacia Sanga Golondrina: todo o município envolvido com a preservação
O Clube Atlético de Entre Rios
recebeu a comunidade com
pompa para o Pacto das Águas
da microbacia Sanga Golondrina – esta foi a última microbacia a efetuar o pacto, todos os
demais cursos d’água da cidade
já integram o Programa Cultivando Água Boa. O pacto abriu
a programação do “Encontros e
Caminhos” no município.
derele, estudante da faculdade
de artes que, junto com os colegas, orientou os participantes da
oficina.
Todos colocaram a mão na massa. A estudante Natieli Buhl, de
13 anos, entendeu bem o objetivo
da oficina. “É legal e não polui o
meio ambiente.”
Agricultura
A prioridade em Entre Rios foi o
contato direto dos jovens com a
natureza. “Baseamos nosso acampamento no sucesso da Expedição
São Francisco, no ano passado”,
explicou Rejane Anderle, coordenadora das atividades. “Nossos jovens aprenderam de perto
a sustentabilidade e preservação
ambiental.”
Arte e sustentabilidade
Na oficina de escultura ecológica, o grupo Juventude Meio Ambiente conciliou arte e sustentabilidade. “Nós procuramos usar
materiais recicláveis por causa
do trabalho do CAB com o meio
ambiente” explica Martina AnN º 26
Estudantes também visitaram
o Centro Avançado de Pesquisa
(CAP), localizado em Santa Helena, onde aprenderam vários conceitos relacionados à agricultura.
A pouca idade da Bruna Vogt
nãoatrapalhou. Ao final da visita, ela entendeu que a solução
para a propriedade da família
pode ser diversificar a produção.
“Quando eu chegar em casa, vou
falar tudo o que vi aqui para o
meu pai”, disse.
A atividade uniu crianças de 8 a
11 anos de idade. “A maioria deles vive em regiões agrícolas, por
isso a ideia de trazê-los. Afinal,
podem entender um pouco mais
e levar o conhecimento para os
pais em casa”, explicou a professora Lilian Balem, que coordenou
o passeio.
O CAP foi criado há mais de 10
anos, através de parceria entre a
Secretaria de Agricultura e Meio
Ambiente de Santa Helena, o
Instituto Agronômico do Paraná e a Itaipu Binacional. No local, são realizados experimentos
agrícolas voltados às pequenas
propriedades.
Para envolver os jovens e despertar a consciência ecológica
e o cuidado com a Terra foram
realizadas, ainda, atividades de
ecoaventura, visita a propriedades produtoras de energia a partir
do biogás, oficina de cartografia
social, plantio de árvores, visita
a participantes do projeto Coleta
Solidária, entre outras. Depois de
tudo, os estudantes foram convidados a tarefas de educomunicação, com a produção de reportagens sobre as atividades das quais
participaram.
Visita de estudantes ao CAP de Santa Helena
Atividades no Zoológico Bosque Guarani, que completou 18 anos
Conversa com pioneiros: resgate da memória histórica
O Encontro e Caminhos em Foz
do Iguaçu reuniu ações de sete
comunidades de aprendizagem
que vêm desenvolvendo atividades de educação ambiental em
microbacias do Município, bem
como a comunidade do Colégio
Estadual Flavio Warken, que desenvolve ações de educação ambiental no entorno da microbacia
do Córrego Brasília, localizada
na Vila C. Foram dois meses de
atividades que demonstraram as
conquistas e o comprometimento
da comunidade.
passeio pelo bosque onde alimentaram os animais.
Inúmeros pontos da cidade foram
envolvidos nos projetos, como os
Rio Boicy, nascentes no bairro Três
Bandeiras, Córrego Pé Feio e o
Bosque Guarani.
O lançamento foi realizado no
Parque Monjolo e reuniu representantes das comunidades de aprendizagem: Água Limpa (Córrego Pé
Feio); Córrego Brasília; Sociedade
de Socorro e Jovens da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Dias (Rio Boicy); Grupo de Escoteiros Guairacá (Arroio Monjolo);
Zoológico Bosque Guarani; Córrego Jupira I; CMEI Três Bandeiras;
CMEI Julia Ferrais.
Atividades de ecoaventura para aprender sustentabilidade
Organizados em uma grande
roda, os grupos foram apresen8
O contato do jovem com a natureza foi prioridade
N ovembro 2014
Encontros e Caminhos
Não há nada melhor que resgatar a
nossa história, para que possamos
entender e, assim, cuidar
Na Vila C, representantes dos moradores se comprometeram a ajudar os alunos do Colégio Professor
Flávio Warken na recuperação do
Córrego Brasília, que sofre com a
urbanização, sendo alvo de lixo e
dejetos. Em parceria com Itaipu um
grupo de alunos fez a coleta da água
para análise para iniciar a tarefa de
desenvolver ações para recuperar o
Córrego Brasília. “A primeira vez
que nós viemos já era bem poluído,
tinha muito lixo. Só que agora está
muito pior. Está com mais entulho
tanto dentro, como no entorno do
córrego”, diz a estudante Letícia Albertini, 16 anos.
Alana, professora
tando as ações, que nos dias seguintes, envolveram toda a comunidade: recuperação de nascentes,
revitalização de rios, intervenções
socioambientais e resgate histórico, em acordo com o centenário
da cidade, e a “maioridade” do
Zoológico Bosque Guarani. “Não
há nada melhor que resgatar a
nossa história, para que
possamos entender e, assim, cuidar”, ressaltou a
professora
Alana.
O
próprio Parque Monjolo foi objeto
de atenção.
Foram realizados ali
mutirões de
limpeza e de valorização, sensibilizando a
comunidade do entorno.
parque; panfletagem; rodas de
conversa; acampamento no parque; e exposição fizeram parte da
programação.
BOICY
O Rio Boicy também recebeu
destaque com a realização de várias intervenções socioambientais
como limpeza, plantio de árvores
e analise físico-química da água.
Pais e alunos do Centro Municipal de Educação Infantil
(CMEI) Júlia Ferrais e
CMEI Três Bandeiras
participaram de reuniões
e de expedições à nascente e
trechos do Rio Boicy.
Em outra atividade, grupo de motociclistas Katetus da Lama realizou
o plantio de 600 mudas de espécies
nativas no Distrito de Oliveira Castro. Com várias manobras radicais,
os trilheiros fizeram um show à parte demonstrando suas habilidades.
BOSQUE
Curso de monitoramento
da água; visitas, entrevistas
e pesquisa com os moradores; canoagem e ciclismo no
E até as mamães puderam comemorar seu dia de maneira diferente: pedalando. A advogada Darlene Torrezan aceitou o desafio de
participar da primeira Pedalada
Ecológica realizada em Guaíra.
O filhou não encarou o percurso, mas o marido a acompanhou.
Além dela, mais de 50 pessoas participaram do evento. “O circuito é
Comunidade de aprendizagem CMEI Julia Ferris
It a i p u B i n a c i on a l
E n c o n t ro s e C a m i n h o s
“Os clubes visam incutir nas
crianças e jovens o hábito saudável
de praticar atividades que desenvolvam os aspectos físico, mental,
espiritual e social, num ambiente
seguro e agradável”, comenta o
diretor-assistente do clube dos desbravadores, Marcos Barbeiro.
Atividades de ecoaventura
Captação de água para
análise fisico-química
O aniversário de 18 anos
do
Zoológico
Bosque Guarani foi comemorado no dia 6 de junho.
Alunos e autoridades do município puderam conferir o resgate histórico através de vídeos
e exposição de fotos. Os participantes também realizaram um
No Centro Multiuso discussões sobre o meio ambiente
maravilhoso e a trilha é bem tranquila. Uma maneira diferente de
comemorar o Dia das Mães.”
O passeio teve início no centro
náutico da cidade. O grupo percorreu cerca de 16 quilômetros em
meio à mata. “Hoje pedalar é uma
demonstração de qualidade de
vida, de vontade de viver melhor”,
afirmou o diretor de Coordenação
e Meio Ambiente de Itaipu, Nelton Friedrich, que participou da
atividade.
Agricultores e lideranças que residem em Maracaju dos Gaúchos
conheceram as ações desenvolvidas pelo Programa Cultivando
Água Boa desenvolvidas em Água
Branca e Sítio dos Italianos.
Passeio
Um passeio pelo Rio Paraná, até o
I taip u Binacio nal
A programação do Encontros e
Caminhos incluiu ainda recuperação de minas de água, uma micro expedição e digitalização de
fotos antigas.
Roda de Memórias: resgate de histórias do município
O município programou, ainda,
oficinas de danças urbanas, trilha ecológica, Roda de Memória,
show de viola caipira e o resgate
de brincadeiras antigas.
Pioneiros
A cidade encerrou as atividades do
Encontros e Caminhos com a exibição do documentário “Maripá, a
historia contada pelo seu povo: céu,
mato e coragem”. O documentário
reuniu as ações do Encontros e Caminhos e depoimentos de pioneiros da cidade.
Também houve ações de cuidado
Henrique
Schanoski, de 80 anos, foi
um dos primeiros
moradores de Maripá
e um dos protagonistas
do vídeo. Em depoimento contou como foi sua
chegada à cidade, quando
Enquanto a coleta seguia, no morro Nossa
Senhora
Aparecida
tudo ainda era mato.
Nº 2 6
Plantio de orquídeas
Nov em bro 2 0 1 4
Nº 26
Nove m b ro 2014
11
Itaipu Binacional
Enco ntro s e Ca mi nho s
10
11
Maripa
ENCONTROS E CAMINHOS
Em comunhão com a natureza
ENCONTROS E CAMINHOS
Missal
Mercedes
Gincana para estimular o
aprendizado sobre meio ambiente
Medianeira
Alunos e professores participaram de atividades em propriedades rurais e no Morro da Salete
Alunos da Escola Paulo Freire e do
Grupo de Escoteiros 25 de julho,
na comunidade de São Roque, junto do instrutor Ricardo Oguino, do
Ricas Trilhas Verdes, fizeram uma
caminhada de dois quilômetros,
enfrentando barro, carrapichos,
urtigas e longas subidas íngremes,
acompanhando um curso d’água.
Uma aula na natureza
A microexpedição
ao Rio do Cedro
levou estudantes do
município para ver,
aprender e plantar
Cumprir tarefas relacionadas a questões ambientais estimulou
os jovens e ajudou na preservação ambiental
Caminhada pela microbacia do Rio Ribeirão
No caminho, eles receberam explicações sobre fauna, flora e, principalmente, sobre árvores centenárias que resistiram à colonização. A
tarde foi reservada para a diversão:
rapel, tirolesa, falsa baiana e um banho refrescante na cachoeira.
A turminha do Ensino Fundamental do Colégio Dom Bosco
provou que uma boa ideia não
tem idade. A partir do festival
de talentos interno da escola, foi
criado o Canto do Saber, projeto
estendido a todas as escolas da cidade. A atividade integrou o Encontros e Caminhos no município
de Matelândia
Horta
Em outra frente, estudantes do Colégio São Roque receberam instruções
sobre Eco-hortas - plantio de hortas
em espaços pequenos. O pátio da
escola já tem um local dedicado ao
plantio de folhas, flores e temperos,
mas estudantes e professores quiseram aprender mais. A produção é
consumida na merenda e o que sobra é vendido para pais e professores,
com a renda revertida para o projeto.
“Esse Canto do Saber é uma bela
ideia, afinal, além de ler e escrever precisamos saber, para que
tenhamos, assim, o gosto de cuidar”, disse o diretor de Coordenação e Meio Ambiente de Itaipu,
Nelton Friedrich, que participou
do festival.
O Encontros e Caminhos contou
ainda com outras ações como educação ambiental, caminhadas, trilhas, fotografias, filmagens, pintura
e artesanato. O almoço de encerramento teve apresentações culturais
e entrega de certificados para os
que realizam projetos voltados à
conservação do meio ambiente.
Esse Canto do Saber é uma bela
ideia, afinal, além de ler e escrever
precisamos saber, para que
tenhamos, assim, o gosto de cuidar
diretor de Coordenação e Meio
Ambiente de Itaipu, Nelton Friedrich
O repertório não teve restrições – os participantes do festival cantaram desde pérolas do
cancioneiro tradicional, passando pelo gospel, sertanejo e pop.
Teve quem usou playback, quem
preferiu cantar à capella (apenas
a voz, sem nenhum instrumento
para ajudar) e alguns privilegiados tiveram a colaboração de mú-
sicos bastante orgulhosos – seus
pais. Foi o caso da Aline Ortiz, de
12 anos. Ela cantou uma música
gospel acompanhada dos acordes
da mãe, Cristiane, com quem já
canta na igreja que frequentam.
“Eu gostei de cantar lá em cima, é
muito legal”, disse a menina.
Recuperação da nascente Linha Ouro Verde
Nº 26
Carta da Terra inspirou atividades no Morro da Salete
Caminhada na natureza começou na cidade em direção à mata
Uma turma de 25 alunos e professores de Medianeira passou dois
dias em comunhão plena com a
natureza. A extensa programação
se dividiu entre o Sítio do João e o
Morro da Salete e foi um dos destaques do Encontros e Caminhos
no município.
delas. “Na época que nós chegamos
aqui, a carne para se alimentar era
da caça de animais e pássaros” conta a aposentada. A atividade teve
por objetivo reunir os pioneiros
para a troca de informações sobre
a colonização de Medianeira e para
aproximar gerações.
que dá nome ao morro, foi colocada
ali. Ferronato, que é o maior fornecedor de alimentos orgânicos da
cidade, principalmente para a merenda escolar, discorreu também
sobre a importância da produção de
alimentos de forma ecológica.
“A agricultura orgânica é uma
atividade que só traz ganhos. Com
a diversificação de culturas, o agricultor ganha mais e polui muito
menos as águas”, disse o diretor
de Coordenação e Meio Ambiente de Itaipu, Nelton Friedrich, que
acompanhou as atividades.
O evento começou com a Caminhada da Natureza, passou por
rodas de memória de pioneiros,
atividades de conscientização
ambiental e outras ações e informações sobre responsabilidade
socioambiental, num ambiente
inspirador: o Morro da Salete,
ponto mais alto da cidade.
Pioneiros
“As pessoas antigamente se
reuniam muito e, hoje, devido à
tecnologia já não se encontram.
Esse evento foi uma forma para
conhecermos o início da nossa cidade e encontrarmos quem
construiu a história do local onde
vivemos”, comentou a educadora
ambiental Marli Rossi.
Na propriedade de Ademir Ferronato, o grupo ouviu histórias do pioneiro, incluindo detalhes de como a
imagem de Nossa Senhora da Salete,
Em outra atividade, uma roda de
histórias, muitos jovens da cidade
conheceram alguns dos pioneiros
de Medianeira. Isa Peterle, que
chegou à região em 1953, é uma
Medianeira também promoveu
uma expedição na microbacia do
Rio Alegria, atividades de lazer e
de gastronomia típica, vivência
das boas práticas sustentáveis, resgate da memória e cultura de algumas das comunidades do município, rodas de conversa, oficinas,
entre outras.
Visita ao Parque Tupã-MBãe
Encontro com pioneiros:
Rio Barreirão
Houve premiações em três categorias: “canário”, “colibri” e
“rouxinol”, mas todos que se encheram de coragem e soltaram a
voz no palco ganharam uma medalha de participação. Quem não
cantou acompanhou o colegua
com palmas.
O Rio Barreirão é de extrema importância para a cidade de Matelândia. Até meados da década de
90, eram as águas do Barreirão
que abasteciam as casas da cidade.
No Encontros e Caminhos, o rio
serviu de ponto de encontro para
uma turma de acadêmicos de Administração. Eles caminharam pelas
margens em um passeio ecológico.
Noite ambiental
O itinerário contou com uma
parada em uma nascente recuperada. Para Carlos Coan, presidente da Associação dos Defensores
da Natureza de Matelândia (Adenam) a visita foi uma forma de
Novem bro 2014
expor o trabalho da associação.
Outra atividade que movimentou os jovens e a comunidade
foi a Noite Cultural Encontros
e Caminhos. Com o total de 16
apresentações de violão, teclado,
flauta, percussão, dança, balé e
teatro, a Casa da Cultura recebeu um grande público. Os alunos foram preparados pelos professores Elerson Dorner, Ivete
Rambo, Neuza Leandro e Renati
Grützmann.
O estudante Ary Parick acredita
que a caminhada contribuiu para
uma visão diferente: “nós saímos
da selva de pedra e pudemos acompanhar a realidade da natureza.”
Ita ipu Bina ciona l
13
Momento de descontração ao som da sanfona de Alvorino Heck
Evandro Mendes de Terra Roxa
abordou vários temas relacionados à fotografia. Lorran Souza
apresentou dicas de utilização de
câmeras digitais e de como obter
boas fotos.
Lazer
Antes do concurso, foi realizada uma oficina de fotografia. O
professor, jornalista e fotógrafo
A oficina tinha um número limitado de 15 inscrições, mas houve
muita procura e, conforme a di-
No concurso de redação, cujo
tema era o combate às drogas,
80 jovens foram com um passeio
para uma sessão de cinema 3D
retora de Cultura Vaniela da Silva, o número foi ampliado para
20 para atender a mais pessoas
interessadas.
em Cascavel. Eles também receberam certificados. “Essa redação me fez aprender bastante”,
explicou Raquel Augusta Franz,
aluna do Ensino Médio. “Pesquisei muito e ainda pedi que minha
família revisasse.”
Peixes
Ainda dentro da programação
do Encontros e Caminhos, a cidade recebeu dez tanques-rede,
doados por Itaipu. “Agradecemos essa entrega, que vai ajudar
bastante na nossa economia”,
explicou o presidente da Associação de Pescadores de Mercedes, Vilberto Hilger. “Sabemos
que nossa mudança de atitude
valerá muito a pena.”
A manhã foi reservada para reunir alunos do Ensino Fundamental e pioneiros da cidade numa
clareira à beira do Rio Cedro.
Primeiro foi a vez das crianças,
que declamaram poemas e cantaram. Depois, os pioneiros contaram suas histórias. Na sequência,
foram plantadas 100 árvores no
entorno da Área de Preservação
Permanente da fazenda. Para
completar a recuperação do Rio
Cedro, autoridades e pioneiros fizeram a soltura de alevinos.
Missal, uma delas a de Carcildo
Winter, que exibia orgulhosamente as fotos da família. ”Saí de
Santa Catarina e não me arrependo”, disse. A comemoração ao final do dia ficou a cargo do gaiteiro
Alvorino Heck.
Encerramento
A cerimônia de encerramento
do Encontros e Caminhos aconteceu no Dia Mundial do Meio
Ambiente (5 de junho), com apresentações de músicas tradicionais
tocadas na sanfona e um concerto
de flauta doce. Na
cerimônia, líderes
do trabalho de
educação
ambiental receberam certificados
de
reconhecimento.
Cedro
Mudas
de árvore
nativa
Na propriedade de Ademir Ferronato, estudantes e professores conheceram o cultivo de orgânicos e ouviram hsitórias do pioneiro
Nº 26
Encontros e Caminhos
Itaipu Binacional
Nº 26
Alunos declamaram poesias e cantaram
O Encontros e Caminhos, em
Missal, teve como principal atividade a microexpedição ao Rio do
Cedro e junto à comunidade de
Linha Caçador. Nesse dia, foram
desenvolvidas diversas atividades.
O público que prestigiou a Noite Cultural pode ver a Exposição das Fotografias vencedoras
do 1º Concurso de Fotografias
“Olhares de Mercedes”. Foram
33 fotógrafos inscritos, sendo 10
premiados com Certificado de
Reconhecimento e um dia de Lazer com acompanhante na Base
das Ricas Trilhas Verdes, empresa que oferece atividades de
aventura (rafting, rapel, tirolesa,
trilhas entre outras).
As margens do Rio
receberam banners
com a história
de cada família fundadora de
14
N o v e m b ro 2 0 1 4
E n c o n t ro s e C a m in h o s
Itaipu Binacional
14
Matelandia
Marechal Cândido Rondom
ENCONTROS E CAMINHOS
E n c o n t ro s e C am i n h o s
It a i p u B i n a c i o n a l
N o ve m b ro 2 0 1 4
Nº 26
Medianeira
ENCONTROS E CAMINHOS
Mundo novo (MS)
15
MErcedes
Missal
Aprendendo com os pioneiros
OurO Verde
dO Oeste
Contato direto com a natureza
Ervas medicinais até no brinde
Quatro Pontes
Limpeza do Arroio Quatro Pontes e recuperação de nascentes foram as principais atividades
Atividades destacaram o cultivo de plantas medicinais no município
Além das atividades ambientais, Ouro Verde
reservou espaço também para a cultura
Ed ção
Car a Nasc mento
ENCONTROS E CAMINHOS
ENCONTROS E CAMINHOS
ENCONTROS E CAMINHOS
Nova SaNta
RoSa
Coordenação
C aud a Ste a
16
Estudantes e representantes de vários segmentos conheceram
a nascente do Córrego Guassu e o Rio Iguatemi
Mundo Novo, no Mato Grosso do Sul, fica a
250 quilômetros de Foz do Iguaçu. Apesar da
distância, também é um dos municípios atendidos
pelo programa Cultivando Água Boa, há 8 anos.
No dia 5 de junho, diversas atividades foram
realizadas com a participação de escolas e moradores da cidade. Entre elas, houve uma microexpedição ao Córrego Guassu, na Fazenda
Estrela, com visita à nascente, prosseguindo
até o Rio Iguatemi por terra e água.
Os cerca de 120 participantes puderam conhecer a parte turística e histórica da região,
além de receberam explicações sobre conservação do solo, curvas de nível, matas ciliares,
entre outras relacionadas ao meio ambiente.
O Rio Guaçu desemboca no Iguatemi afluente
do Paraná. Também foi realizada visita à Mina
Os alunos não ficam só no
banco da escola, eles puderam
conhecer a realidade in loco
da Onça, fonte de água potável às margens do
Iguatemi.
Dorival Schnekemberg, coordenador do
comitê gestor de Nova Santa Rosa
Os alunos receberam certificados em reconhecimento pela participação ativa no Encontros e Caminhos. Tamires Rocha, 16 anos,
contou que o conhecimento não ficou apenas no passeio as margens do rio. “Quando
eu cheguei em casa procurei na internet para
saber mais profundamente sobre o trabalho
de reflorestamento feito pela Itaipu”, disse a
adolescente.
Envolvimento de
todos no cuidado
com a natureza
O secretário de Agricultura da cidade, Alexandre dos Santos, comentou que a participação dos estudantes foi importante para a
preservação do rio e seus leitos. “Os alunos
ficaram muito motivados, alguns nunca tinham conhecido uma nascente”, afirmou.
Os alunos do Colégio Marechal
Gaspar Dutra foram convocados a
pedalar por cerca de 15 quilômetros
em meio à natureza, às margens da
microbacia da Sanga Gabiroba.
A microbacia foi uma das primeiras
a serem recuperadas pelo programa
Cultivando Água Boa e é exemplo
de preservação. O trajeto do passeio ciclístico priorizou a região.
“Os alunos não ficam só no banco
da escola, eles puderam conhecer a
realidade in loco”, destacou Dorival
Schnekemberg, coordenador do comitê gestor de Nova Santa Rosa, que
elaborou o itinerário.
Os participantes também passaram pela Trilha Jaguar Undi. Ali
tiveram explicações sobre agricultura orgânica e familiar e puderem
experimentar alguns produtos.
Mateus Dilkin, de 14 anos, nunca tinha passado pela região, mas
tinha interesse em conhecer. “Foi
legal, os professores contaram a
história do local”, destacou.
N o v e m b ro 2 0 1 4
E n c o n t ro s e C a m i n h o s
Itaipu Binacional
17
18
17
E n c o n t ro s e C am i n h o s
Os jovens do município participaram do projeto “Ecografite”, que
teve por objetivo levar os estudantes
a reconhecer o grafite como intervenção urbana. Na oficina de grafitagem eles aprenderam técnicas
e receberam dicas de Eduardo José
Scorteganha Filho.
Pequenos
Os alunos do Ensino Fundamental tiveram, ainda, uma vasta programação dentro do Encontros e
Caminhos. Na peça de teatro infantil “Piatã”, que tem como tema
a preservação ambiental e a cultura
indígena, as crianças ficaram aten-
Luzia Lúcia Alves,
vereadora
tas e aprenderam direitinho o recado. “Não podemos desrespeitar a
natureza e nem jogar lixo no chão”,
disse a pequena Emili, de 10 anos.
Os pequenos ouviram palestras sobre biodiversidade, apresentação de
vídeos, confecção de cartazes, banners, música, poemas com o objetivo
de promover a consciência ambiental.
Como experiência prática, as crianças aprenderam a cuidar da natureza e respeitar os animais com o
Caminhada pela mata: contato com a natureza
projeto “Peixe, peixinho, peixão”.
Para isso, foram instalados aquários
na Sala Verde da escola e salas de
aula, que ficaram sob os cuidados
das crianças. Eles também assistiram a peças de teatro e vídeos sobre
a vida de peixes nos rios e nos mares
e a importância da recuperação das
sangas no município.
Maiores
As atividades também contemplaram alunos de Ensino de Jo-
vens e Adultos, pioneiros e moradores de diversas comunidades
que participaram de oficinas sobre
o reaproveitamento de peças de
roupa de forma artística: cortar,
trançar, aplicar desenhos.
Houve ainda uma exposição de
fotos da colonização, com relato
dos pioneiros que chegaram entre
1953 e 1959 e lançamento do livro
“Pelos Caminhos da Imigração
Volínia, Russia, ao Brasil”.
Projeto Sala Verde: os pequenos aprenderam a cuidar de peixes
I ta i p u B i n a c i o n a l
Nº 26
N o ve m b ro 2 0 1 4
18
Mundo Novo
Nosso encontro de pioneiros foi algo
que sempre sonhamos fazer, mas
não sabíamos se conseguiríamos
realizar. Durante os Encontros CAB,
deixou de ser apenas um sonho
Em Ouro Verde do Oeste, ao lado
das ações voltadas para o meio
ambiente foram realizadas também manifestações culturais.
De crianças a pioneiros, todos puderam aprender
e colaborar para um meio ambiente melhor
A “EcoBike caminhos de uma experiência” foi uma das atividades
mais intensas da programação do
Encontros e Caminhos em Nova
Santa Rosa.
Nº 26
Chefe da Assessor a de
Comun cação Soc a
G mar P o a
Festa de encerramento: reconhecimento para os que trabalham pelo meio ambiente
15
16
Novembro 2014
Ssoltura de alevinos completou as atividades
Cavalgada pela microbacia
Ass stente do d retor
de Coordenação e
Me o Amb ente
Pedro rno Tone
Novembro 2 0 1 4
13
Nova Santa Rosa
Com quase 6 mil habitantes,
segundo o IBGE, e 25 anos de
emancipação política, Ouro Verde do Oeste promoveu um evento em homenagem aos pioneiros
e pretende transformar em livro
as suas histórias. ”Quando essas
pessoas chegaram, lá pelos anos
59 e 60, trouxeram na bagagem
muita coragem e determinação,
afinal, só encontraram mato aqui.
A gente imagina quantas dificuldades eles tiveram no início, por
isso, é extremamente importante
que nós valorizemos esse pessoal”, reconheceu o prefeito Aldacir
Domingos Pavan.
Duas outras atividades culturais
movimentaram os jovens da cidade: as
oficinas de hip hop
e de kung fu. As
aulas de hip hop
foram orientadas
por Jefferson Sou-
sa, para
quem a dança é uma ferramenta de inclusão soNº 26
Um brinde com chás de vassourinha doce, alfavaca e cidró comemorou as atividades do Encontros
e Caminhos em Patro Bragado. As
ervas medicinais e a agricultura orgânica foram os grandes temas que
conduziram o projeto no município.
cial. “O Hip Hop consegue atingir
pontos da sociedade que as pessoas têm medo de alcançar”, diz.
Tiago Bartolomeu, de 16 anos,
um dos destaques da turma foi
motivado pela família. “Vi meus
primos fazendo e tive vontade de
participar”, conta.
Pioneiros homenageados:
suas histórias
podem virar livro
A programação incluiu ainda
uma cantata em homenagem às
mães com os corais “Caminhos
de Luz” e “Anjos de Ouro” e
distribuição de mudas de plantas medicinais; o 17° Festival da
Canção, com apresentação dos
participantes do município no
festival das Águas da BP3, realizado em 2013 e Show da Orquestra de Viola Caipira.
No encerramento, além da entrega de certificados, foi feita uma
homenagem à agricultura Tercilia
Medin, a Bimba, referência em fitoterápicos de Pato Bragado.
estudantes. Durante o Encontros e
Caminhos, vários estudantes fizeram visita técnica ao sítio e receberam mudas de plantas medicinais.
Em Pato Bragado, a propriedade
de Valmir Anderle também é exemplo. Ele é um agricultor agroecológico e tem uma propriedad
Em sua propriedade ela cultiva
mais de 90 espécies de plantas medicinais, trabalho iniciado com a
ajuda da Pastoral da Criança e da
Itaipu, que doou as primeiras mudas e disponibilizou cursos e treinamentos. “As plantas medicinais
são minha segunda família”, disse.
Ambiente
O cuidado com o meio ambiente
conduziu várias ações em Ouro
Verde do Oeste. Uma delas foi o
monitoramento da qualidade da
Água do Rio São Francisco. Um
grupo de jovens participou em
maio de uma oficina com a bióloga e professora de Engenharia
Ambiental, Michelli Ferronato. Eles recolheram sedimentos do fundo do rio
(pedras, folhas e galhos)
para verificar a presença
de espécies de pequenos
animais. Esse trabalho
permite aferir o nível de
qualidade da água. Para
Michelli, é importante o
envolvimento da população. “Com a participação, a comunidade pode
Em Quatro Pontes, o clima de
aventura marcou as atividades
do “Encontros e Caminhos”. Jovens, com idades entre 14 e 16
anos, pedalaram, fizeram rapel
e, claro, ajudaram na limpeza do
Arroio Quatro Pontes, local de
lazer para os moradores da cidade que vão ali para pescar, nadar,
fazer caminhadas.
Ela ministra palestras sobre o uso
de plantas medicinais e recebe visitas em sua propriedade - já passaram por seu sítio cerca de 600
José Negrini tem mais de 100 itens antigos: “Consertava tudo”
Festival da Canção
buscar soluções melhores para o
seu cotidiano” argumentou.
Foi realizada também uma trilha na Cachoeira Recanto Nossa
Senhora Aparecida, atividades de
recuperação de nascentes, oficinas
de jardinagem e de derivados de
milho, e um encontro com produtores rurais.
Dona Bimba é
referência quando
o assunto é
fitoterápicos
Oficina de Kung Fu
N o v e m b ro 2 0 1 4
E n c o n t ro s e C a m i n h o s
19
Programação teve a segunda edição do Rio + Limpo e também caminhada e passeio de chalana
Super ntendentes
Newton Kam nsk
Obras Ja r Kotz Me o
Amb ente e Marcos
Baumgartner P ane amento
e Coordenação
Textos
Equ pes de reportagem
V s onArt assessor as de
mprensa dos mun c p os
e da ta pu B nac ona
Os estudantes também receberam explicações sobre a microbacia e ações desenvolvidas
Estudantes plantaram 100 mudas de árvores
No leito do rio, foi realizada uma
demonstração de biomonitoramento da qualidade das águas da
microbacia. A avaliação é feita
por meio da coleta de pequenos
animais que ficam nas folhas e
pedras no fundo do rio. A presença ou falta desses organismos
ajuda a aferir a qualidade da água
ou os níveis de poluição.
Enco ntro s e Caminho s
12
Com microexpedição,
aula sobre meio ambiente,
turismo e história
ambiental no viveiro municipal - estudantes aprenderam o preparo da
terra, plantio e cuidado das plantas.
Eles também fizeram o plantio de sementes e receberam mudas de flores
e ervas medicinais.
Auxiliados pela engenheira agrônoma Carmem Szimanskie, eles plantaram cerca de mil mudas de orquídeas
nas árvores da praça. O processo foi
simples, as orquídeas foram envolvidas em juta de fibra natural e presas
ao tronco das árvores com grampos.
Ao final da atividade, as crianças soltaram 200 balões com sementes de
árvores nativas da região.
Itaipulândia
Aventura
Nº 26
eram soltos mais de mil balões
por 30 crianças com idades entre 5 e 7 anos de idade, da Escola
Municipal Dona Leopoldina. Os
balões coloridos e biodegradáveis,
com sementes de ipê, se espalharam pelos céus da cidade. “Essas
sementes não significam só o reflorestamento”, explicou o gerente
de Integração Regional de Itaipu,
Gilmar Secco, “mas o exemplo que
está sendo dado a essas crianças”.
Em Mercedes, entre as várias
atividades realizadas no Encontros e Caminhos, a gincana foi
a que mais estimulou os jovens
estudantes do município. Eles tiveram de cumprir várias tarefas,
todas envolvendo questões ambientais e estimulando o trabalho em equipe. Uma das tarefas
foi fazer o plantio de mudas de
árvores nativas no Arroio Guaçu.
Oficinas de eco-aventura, e de proteção a nascentes levaram os jovens para mais perto da natureza: aprendendo a conviver e apreservar o meio ambiente
En con t ros e C a min h os
Plantio de árvores e flores
It aip u B in acion al
E n co n t ro s e Cam i n h o s
9
Matelândia
A secretária de Meio Ambiente e
Recursos Hídricos de Matelândia
realizou em parceria com a Associação Defensora da Natureza de
Matelândia (Adenam) uma noite
cultural ambiental, com apresentações de música, teatro e dança,
voltadas para o tema sustentabilidade e preservação.
12
10
9
It aipu B in ac ion al
Resgate de brincadeiras antigas
Os alunos dos Colégios Estaduais
Pio XII e Castro Alves reuniram-se na praça do Distrito de Vila
Candeia para uma atividade que
uniu diversão e responsabilidade.
Foram recolhidas centenas de
lâmpadas (fluorescentes e incandescentes), televisores, computadores, baterias, celulares usados
e óleo já utilizado na cozinha.
Apresentação musical no encerramento
Além das atividades culturais, também houve visitas à microbacia do Rio Ribeirão
Ao todo foram três curtas-metragens produzidos inteiramente pelos
jovens. Para Francieli Rebelatto,
coordenadora do curso e orientadora das filmagens, o resultado
final foi surpreendente. “Hoje em
dia, qualquer jovem é conectado de
alguma forma com o audiovisual.
Além de revisitar seu passado
através das rodas de viola e memória e a visita aos museus, Itaipulândia voltou-se para seu futuro. Uma das atividades foi a coleta
de lixo eletrônico, que estimulou
os moradores a fazer o descarte
correto desse tipo de material.
Parque Nacional de Ilha Grande,
também integrou a programação
do Encontros e Caminhos. “Nossa
região tem lindas histórias e Guaíra, principalmente, guarda muitos
segredos. É sempre um prazer dividir um pouco desse conhecimento
e desfrutar dessa paisagem”, comentou Ana Menel, que guiou um
grupo de idosos no passeio.
Nessa oficina, procuramos despertar a sensibilização audiovisual dos
jovens com a cidade”, destacou.
Cinema
Urbano Mertz, da
Secretaria de Agricultura
e Política Ambiental
Outra ação de resgate histórico
aconteceu na prainha da Linha
Jacutinga, onde foi realizada uma
roda de viola e história para recolher memórias de Itaipulândia
- histórias, piadas, fatos e curiosidades do município.
Olhando para a frente
Sequência do trabalho de cuidado com o meio ambiente realizado
pelo CAB depende do envolvimento dos jovens
É importante
envolver os
jovens e as
lideranças neste
processo, para
que o trabalho
possa ter
sequência
Quem está sempre por lá é Gentil
Donini, protagonista da maioria
o gerente de Integração Regional de Itaipu, Gilmar Secco
ENCONTROS E CAMINHOS
Canto do saber empolga
jovens em Matelândia
Marechal
cândido rondoM
As ruas da cidade transformaram-se em cenário para a realização de
curtas-metragens. Os atores, roteiristas, câmeras, diretores e editores foram 25 jovens das cidades de
Marechal Cândido Rondon, Quatro Pontes, Entre Rios do Oeste
e Mercedes que participaram da
oficina “Introdução ao Cinema e
Audiovisual” ministrada por estudantes do curso de Cinema da
Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila).
O prédio em si já tem muito o
que contar: antes da emancipação
dos fatos ocorridos na terra que
um dia se chamou Itacorá, antes pertencente a Foz do Iguaçu.
“Cheguei nos anos 70, o território já se chamava Aparecidinha
D’Oeste”, conta Gentil. “A vida
era difícil, mas com muita força
de vontade, conseguimos chegar
ao que somos hoje.” Ele foi professor, catequista e instrutor da
primeira fanfarra, ajudou a transportar o primeiro sino da igreja
e construiu a primeira quadra de
esportes, entre outras atividades.
Guaíra
ENCONTROS E CAMINHOS
Acima e abaixo, crianças aprendem a cultivar flores e também temperos nas oficinas de eco-horta
No espaço há máquinas usadas
na lavoura, utensílios usados pelos moradores na época da colonização e aparelhos mais recentes como vitrolas e máquinas de
escrever.
Marcos Barbeiro, diretor-assistente do
clube dos desbravadores
En c on t ros e Camin h os
Fóz do Iguaçu
ENCONTROS E CAMINHOS
“A Itaipu já realiza atividades de conservação do meio ambiente há muitos
anos no município. É importante que
a comunidade saiba e veja os resultados deste trabalho”, disse Urbano
Mertz, da Secretaria de Agricultura e
Política Ambiental. “É importante envolver os jovens e as lideranças neste
processo, para que o trabalho possa
ter sequência”, completou.
do município, em 1992, já servia
de sede para reuniões políticas.
Em 2003, as instalações foram reformadas para abrigar a Casa da
Memória.
Uma das atividades foi a visita de
alunos do Ensino Fundamental à
Casa de Memória, atividade que
também celebrou a 12ª Semana
Nacional e a 2ª Semana Municipal dos Museus.
Essas sementes não significam só o
reflorestamento, mas o exemplo que
está sendo dado a essas crianças
Os clubes visam incutir nas crianças e
jovens o hábito saudável de praticar
atividades que desenvolvam os aspectos
físico, mental, espiritual e social
Nove mbro 2014
8
7
As ações do Encontros e Caminhos em Marechal Cândido Rondon tiveram início com a realização
de uma oficina de educomunicação
e continuaram com uma sequência
de palestras, oficinas de eco-hortas
e de de aproveitamento de resíduos
para artesanato, trabalhos de proteção a nascentes, trilha em São
Roque, caminhada.
Casa da Memória: história da cidade
As ações do Encontros e Caminhos em Itaipulândia priorizam
a história do município em meio
a diversas atividades de cuidado e
preservação do meio ambiente.
Passeio pelo Rio Paraná até Ilha Grande
No Centro de Multiuso, catadores, recicladores e alunos do Colégio Mendes Gonçalves puderam
acompanhar discussões importantes sobre o meio ambiente, especialmente os ligados à questão
da coleta e descarte de lixo.
Agricultura
Crianças soltam balões com sementes de árvores
7
Entre Rios do Oeste
Cinema e aventura para
conectar o jovem à natureza
A visita foi guiada pelo diretor de
Agricultura de Guaíra, Sérgio Endres, que também ministrou palestra sobre conservação de solo,
readequação de estradas rurais
e sobre a importância das matas
ciliares nos córregos e minas de
água. O roteiro também incluiu
uma visita em dois abastecedouros comunitários.
N ov e m b ro 2 0 1 4
Nº 26
Nº 2 6
Itaip u Binacional
Pedalada Ecológica de 16 km no meio da mata
Várias atividades de aventura ao
ar livre marcaram o Encontros e
Caminhos em Guaíra. Em uma
delas, jovens participantes do
Clube Desbravadores dos Municípios de Guaíra e Terra Roxa
participaram de um acampamento no quartel da 15ª Companhia
de Infantaria Motorizada, onde
receberam noções de orientação
e sobrevivência na mata, fizeram
trilha noturna e rapel.
VILA C
D retor-Gera Bras e ro
Jorge M gue Samek
Rio Paraná foi
protagonista em Altônia
D retor de Coordenação
e Me o Amb ente
Ne ton M gue Fr edr ch
Cascavel
ENCONTROS E CAMINHOS
Ação e aventura com a
natureza como cenário
Foz do Iguaçu
Dois meses de atividades que mostram comprometimento e continuidade
5
Ita ip u B ina ciona l
No campo, o trabalho se concentrou na readequação de uma estrada rural em Sede Alvorada, distrito da cidade. O cascalhamento e
compactação do solo vão facilitar
o escoamento da produção rural na região e também proteger
o ambiente, porque evitam que
a água da chuva leve sedimentos
para o leito dos rios.
5
ENCONTROS E CAMINHOS
O exemplo das comunidades
de aprendizagem
Encont ros e C a minhos
cheia de sucata. “O lixo de uns
pode ser o ouro de outros”, ensina
o jovem estudante, que demorou
um mês para fabricar o robô que
utilizou na competição.
N o v e m bro 2 0 1 4
Céu Azul
ENCONTROS E CAMINHOS
EntrE rios
do oEstE
Nº 26
4
Altônia
ENCONTROS E CAMINHOS
Nov emb ro 2014
Cascavel preparou uma extensa
agenda de atividades para o “Encontros e Caminhos”, indo da agricultura à robótica, passando por
atividades culturais e esportivas.
6
I t a i pu B i n a c i o n a l
3
Capa
Ações do CAB chegam a
100% das microbacias
Nº 26
Mutirão de limpeza no Bosque Municipal
CADERNO ESPECIAL
Altônia
ENCONTROS E CAMINHOS
A forte presença indígena
marcou programação
Ações de preservação, conscientização e educação ambiental, marcadas pelo envolvimento
comunitário, tiveram início e foram encerradas com bênçãos e orações
Itaipu Binacional
19
Ouro Verde do oeste
20
E n c o n tro s e C a min h o s
It a ip u B in a c io n a l
Curso de recuperação de nascentes
Nº 26
N o v e m b ro 2 0 1 4
Nº 26
Além da coleta, os jovens aproveitaram o dia também para praticar a “falsa baiana” – travessia em
cordas – e rapel. Daiane Krindges,
que puxou a fila no rapel, enfrentou o medo e aproveitou a descida.
”No começo fiquei nervosa, mas
depois foi legal. Foi inesquecível.”
Em cerca de dois meses de atividades, Quatro Pontes também
programou um curso de recuperação de nascentes, na propriedade de Narciso Mombach; palestra
sobre a utilização da água para a
produção de energia elétrica, ministrada por Domingo Fernandez,
da Itaipu; passeio pela Linha Água
Verde, com apresentação do grupo de dança gauchesca da Casa da
Cultura; gincana no Colégio Estadual Quatro Pontes, com plantio
de mudas e coleta de lixo eletrônico; concurso de redação; e o Dia
do Desafio, quando foram plantadas mais de 100 árvores.
No encerramento, o Centro de
Eventos ficou lotado para apresentações de música, teatro e um
vídeo com o retrospecto do que
foi realizado pelo município durante o “Encontros e Caminhos”.
No evento, foram entregues certificados de reconhecimento pelo
trabalho ambiental a várias pessoas, entre elas, Anita Kroll, que faz
artesanato com material reciclável.
“Se a gente olhar bem, nada é realmente lixo, tudo pode ser aproveitado”, disse, orgulhosa. “Eu já
trabalho fazendo arte com esses
materiais há alguns anos e gostaria que as pessoas soubessem
que tudo pode ser reutilizado.”
20
Na abertura das
atividades, passeio de
bicicleta, limpeza das
margens do Arroio
Quatro Pontes e rapel
Os Encontros e Caminhos foram momentos
muito importantes para nossa cidade,
pela prática da cidadania que deu aos
nossos munícipes. O evento foi um círculo
virtuoso, e como tal, deve continuar
Paulo César Feyh, prefeito de Quatro Pontes
Teatro na festa de encerramento
Nov embro 2014
E ncont ros e Ca m inhos
I taipu Binacional
21
Pa o B agado
m
A atividade começou com a pedalada
de 5 quilômetros, do
centro da cidade até o
Arroio, onde a cachoeira que ali se forma
além de refrescar o
dia quente, inspirou o
grupo que arregaçou
as mangas e recolheram o lixo deixado nas
margens pelos que frequentam o
local, mas não têm a consciência
de mantê-lo limpo. “A partir de
agora, começamos um novo caminho, um novo amanhã, um
novo encontro”, disse o cabo Ricardo Oguino, guia dos adolescentes na aventura. Os detritos
totalizaram quatro sacolas com
capacidade para 20 quilos.
Quatro Pontes
m
m
21
ustração e d agramação
Rafae Moura Tam res
Raro e Robson Rodr gues
Fotografia
Adenés o Zane a A exandre
Marchett Roberto Lemos/
V sonArt assessor as de
mprensa dos mun c p os
coordenadores do
CAB nos mun c p os e
ta pu B nac ona
A segunda edição do “Rio + Limpo” foi um dos destaques do Encontros e Caminhos em Altônia.
Jovens e adultos reservaram um dia
inteiro para o trabalho de recolhimento do lixo jogado às margens
do Rio Paraná.
A boa surpresa ficou por conta da
redução no volume de lixo coletado, o que mostra que a população
já está mais consciente e assimilando as orientações recebidas em
atividades anteriores.
Além de recolher a sujeira, os
participantes percorreram a comunidade da Vila Yara para conscientizar os moradores sobre a
destinação e separação corretas
do lixo, ação que colabora para a
conservação e proteção das áreas
de preservação permanente no entorno do rio.
Acampamento
Na sequência da programação, 40
jovens integrantes da Pastoral da
Juventude e do Grupo de Escotei-
ros Desbravadores de Ilha Grande
que participaram do acampamento na APA municipal. As atividades começaram com depoimentos
de pioneiros, bênçãos, roda de
viola e um jantar no restaurante
Portal da Luz.
Na conclusão do acampamento,
os jovens tiveram um momento de
lazer com música e dança, o que integrou ainda mais os adolescentes,
que se divertiram e aprenderam
nas 15 horas que passaram juntos.
Mais
O grupo participou ainda de
uma caminhada e passeio de chalana pelo Rio Paraná, com explicações sobre o Parque Nacional
da Ilha Grande feitas pelo biólogo
Erick Xavier.
A programação do Encontros e
Caminhos contou também com
oficinas de recuperação de nascentes e a terceira edição da Caminhada Internacional na Natureza, com
a participação de quase 400 pessoas.
Na solenidade de encerramento,
a Câmara de Altônia ficou lotada
para o reconhecimento a entidades
e pessoas que ajudam a melhorar o
meio ambiente.
Uma das homenageadas da noite foi Yumiko Moji Arita, a dona
Alice, que trabalha com plantas
medicinais há nove anos, ensinando a quem quiser sobre os
usos das ervas. “Eu me sinto feliz
e grata de meu trabalho ter sido
reconhecido”, disse.
Caderno Espec a encartado
na ed ção número 26
do Jorna do Programa
Cu t vando Água Boa
mpresso em
novembro de 2014
22
Ram ând a
23
San a Te ez nha do Oes e
24
San a He ena
25
San a Te ez nha de a pu
26
São José das Pa me as
m
27
São M gue do guaçu
2
Encon
os e Cam nhos
28
São Ped o
a pu B na c ona
29
Te a Roxa
30
To edo
T ragem
10 000 exemp ares
m
31
D RETOR A DE
COORDENAÇÃO
Av Tancredo Neves 6 731
Foz do guaçu – PR CEP 85 866-900
Fone 45 3520-5724
Fax 45 3520-6998
E-ma cu t vandoaguaboa@
ta pu gov br
Ve a C uz do Oes e
N 26
N o vemb o 2 0 1 4
N º 26
N o vemb ro 2 0 1 4
E n c o n t ro s e Ca m i n h o s
I t a i pu B i n a c i o n a l
3
encontros e caminhos
encontros e caminhos
Fé e trabalho para preservar
o meio ambiente
Céu Azul
A forte presença indígena
marcou programação
Diamante
Oeste
do
Passeios, confraternização e cerimônia Ava-Guarani fizeram parte das ações realizadas no município
Ações de preservação, conscientização e educação ambiental, marcadas pelo envolvimento
comunitário, tiveram início e foram encerradas com bênçãos e orações
Hoje, nos nossos rios, se
pode ver os peixes nadarem,
coisa que não se via antes
Jaime Luis Basso, prefeito de Céu Azul
local. Depois de tudo limpo, a nascente localizada dentro do bosque
também passou por um processo
de recuperação.
Acima e abaixo, estudantes aprendem a proteger uma mina de água
Foi com a bênção de Frei Carlos
Gozzi, num ambiente inspirador – a
Gruta Nossa Senhora de Lourdes –
que a programação do Encontros e
Caminhos teve início no município
de Céu Azul. O local foi escolhido
por reunir em um mesmo espaço
natureza e fé.
Nos dias que se seguiram, estudantes e a comunidade participaram de
diversas atividades, incluindo a limpeza do Bosque Municipal Geraldo Batista Chaves. Colchão, pneu,
tampos de pias, televisores e
mais uma variedade de objetos e lixo foram retirados do
Em outra frente, alunos do Colégio
Estadual Monteiro Lobato e do Colégio Estadual Boa Vista, acompanhados por professores, visitaram
um abastecedouro comunitário no
interior do município, numa aula
a céu aberto sobre área de proteção
permanente, reserva legal, mata ciliar, conversação de solo e estradas
rurais. Eles também visitaram a
propriedade de Gabriel Parizotto,
onde aprenderam o que é uma alimentação saudável e o cultivo de
uva orgânica.
Com os alunos do município
também foram realizadas
visitas técnicas a microbacias, como a do Rio 1 3 ,
onde são desenvolvidas as ações do
Programa Cultivando Água Boa.
Encerramento
Frei Carlos Gozzi que abençoou a
abertura do Encontros e Caminhos
e também deu sua bênção aos participantes na cerimônia de encerramento do projeto. “Este é apenas o
início. Poucos de nós ainda trabalhamos em prol do meio ambiente, não podemos deixar que esse
movimento pare por aqui”, disse.
A solenidade teve apresentações de
música e teatro, com jovens alunos
da Fundação Cultural.
O prefeito de Céu Azul, Jaime Luis
Basso, se orgulha de a cidade estar
presente no Programa Cultivando
Água Boa desde o início. “Hoje, nos
nossos rios, se pode ver os peixes,
coisa que não se via antes. Nós precisamos dar valor aos projetos de
conservação da natureza.”
Uma das atividades do Encontros
e Caminhos em Diamante do Oeste, possibilitou aos moradores das
cidades de Cascavel, Toledo, São
José das Palmeiras, Santa Helena
e Medianeira a oportunidade de se
aproximar da cultura Avá-Guarani, através de uma caminhada, que
reuniu cerca de 60 pessoas.
O trajeto foi a estrada de seis quilômetros que liga o Tekohá Añete-
te e o Tekohá Itamarã, duas aldeias
que abrigam índios Ava-Guarani.
“A ideia é que todas essas pessoas
possam conhecer os nossos hábitos e também que possamos fazer
uma troca de experiências” conta
o cacique João Meri Alves.
tudo aqui é encantador”, disse Irma
Geci Marques, que aos 60 anos já
fez outros passeios na aldeia, mas
não se cansa de admirar as belezas
naturais do local. O passeio durou
aproximadamente uma hora.
Diversidade
No trajeto, o que chamava a atenção eram as moradias. As antigas
ocas deram lugar a casas de madeiras. “A paisagem, o cheiro da mata,
A programação incluiu apresentação de filme sobre o Lago de Itaipu; feira de agricultura familiar;
palestras; trilhas; passeio ciclístico;
cavalgada; revitalização do Pátio
da Escola Municipal Presidente
Kennedy, com readaptação da cisterna e reaproveitamento da água
da chuva; proteção de nascentes;
passeio passando por trilhas dentro
da Microbacia Santa Maria, Santa
Terezinha e Dois Vizinhos, com
coleta de lixo; acampamento jovem no Sitio Recanto dos Amigos,
enfatizando a parceria homem/natureza, ações de sustentabilidade e
cuidados com a água.
A força das comunidades indígenas esteve presente no encerramento do Encontros e Caminhos na
cidade. As três comunidades indígenas se reuniram no Tekohá Añetete para uma cerimônia da Água. A
celebração, que ocorreu no pátio da
escola indígena, começou com uma
bênção das águas, seguida de muita
dança canto e música.
A ideia é que todas essas pessoas
possam conhecer os nossos hábitos
e também que possamos fazer uma
troca de experiências
João Meri Alves, Cacique
Visita à microbacia do Rio 13
Frei Carlos
Gozzi abençoa
os participantes
na abertura do
Encontros e
Caminhos
Mutirão de limpeza no Bosque Municipal
4
E n c o n t ro s e C a min h o s
Ita i pu Bi na c i ona l
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5
encontros e caminhos
encontros e caminhos
Cascavel
Tecnologia e
sustentabilidade
Ações do CAB chegam a
100% das microbacias
Em Cascavel, as atividades contemplaram
diversas áreas, indo do campo à robótica
Entre Rios
do Oeste
A microbacia Sanga Golondrina foi a última a realizar o Pacto das Águas
e agora todos os cursos d’água de Entre Rios participam do CAB
Ao lado e acima, flagrantes do Desavio de Robótica
Jovens na oficina de escultura ecológica: aprendizado e preservação
Cascavel preparou uma extensa
agenda de atividades para o “Encontros e Caminhos”, indo da agricultura à robótica, passando por
atividades culturais e esportivas.
cheia de sucata. “O lixo de uns
pode ser o ouro de outros”, ensina
o jovem estudante, que demorou
um mês para fabricar o robô que
utilizou na competição.
No campo, o trabalho se concentrou na readequação de uma estrada rural em Sede Alvorada, distrito da cidade. O cascalhamento e
compactação do solo vão facilitar
o escoamento da produção rural na região e também proteger
o ambiente, porque evitam que
a água da chuva leve sedimentos
para o leito dos rios.
Cisterna
Na cidade, o “Desafio de Robótica” estimulou estudantes do curso
de Eletrônica do Centro Estadual
de Educação Profissional Pedro
Boaretto Neto a unir tecnologia
com sustentabilidade. O desafio
foi uma oportunidade para que
estudantes colocassem em prática
o que aprendem em sala de aula.
Foram inscritas 35 equipes. “Uma
das principais funções do desafio
é fazer com que os jovens possam
testar os conhecimentos obtidos
em sala. A prática, nessa profissão, é extremamente importante”,
destaca o professor e engenheiro
em telecomunicações, Gelson Leandro Kaul.
GuilherBiazi Sabin
construiu
um robô
com materiais de
uma sala
6
E n c o n t ro s e C a min h o s
m e
Na Escola Francisco Vaz de Lima,
os estudantes comemoraram a instalação de uma cisterna, que além
de recolher a água da chuva para
uso na limpeza do prédio, auxilia
no aprendizado, com aulas sobre
sustentabilidade. Como beleza
também ajuda, a cisterna ganhou
grafitagem, despertando a atenção
dos alunos para as artes. Na festa
preparada para a entrega, as crianças receberam os visitantes com
apresentações culturais.
Cisterna instalada na Escola Francisco Lima
Pedalada pelas ruas da cidade
Pacto das Águas na microbacia Sanga Golondrina: todo o município envolvido com a preservação
O Clube Atlético de Entre Rios
recebeu a comunidade com
pompa para o Pacto das Águas
da microbacia Sanga Golondrina – esta foi a última microbacia a efetuar o pacto, todos os
demais cursos d’água da cidade
já integram o Programa Cultivando Água Boa. O pacto abriu
a programação do “Encontros e
Caminhos” no município.
Reconhecimento
A cerimônia de encerramento do
Encontros e Caminhos, em Cascavel, foi reservada às artes, com
apresentações de canto, dança e
teatro. Após as apresentações, foram entregues os certificados para
as lideranças que se destacam nas
ações socioambientais. “Se hoje
comemoramos é porque cada um
trabalhou e se doou”, disse a secretária de Cultura, Sílvia Prado.
No campo, readequação de estradas rurais
Feira de trocas
É através de nossa
presença constante
com a juventude
que conseguiremos
manter a consciência
ambiental
“É através de nossa presença
constante com a juventude que conseguiremos
manter a consciência
ambiental”, disse
Edson Gavazzoni,
coordenador das
atividades.
Edson Gavazzoni,
coordenador das atividades
Entrega de certificados na festa de encerramento
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derele, estudante da faculdade
de artes que, junto com os colegas, orientou os participantes da
oficina.
Todos colocaram a mão na massa. A estudante Natieli Buhl, de
13 anos, entendeu bem o objetivo
da oficina. “É legal e não polui o
meio ambiente.”
Agricultura
A prioridade em Entre Rios foi o
contato direto dos jovens com a
natureza. “Baseamos nosso acampamento no sucesso da Expedição
São Francisco, no ano passado”,
explicou Rejane Anderle, coordenadora das atividades. “Nossos jovens aprenderam de perto
a sustentabilidade e preservação
ambiental.”
Arte e sustentabilidade
Na oficina de escultura ecológica, o grupo Juventude Meio Ambiente conciliou arte e sustentabilidade. “Nós procuramos usar
materiais recicláveis por causa
do trabalho do CAB com o meio
ambiente” explica Martina AnN º 26
N o vemb ro 2 0 1 4
Estudantes também visitaram
o Centro Avançado de Pesquisa
(CAP), localizado em Santa Helena, onde aprenderam vários conceitos relacionados à agricultura.
A pouca idade da Bruna Vogt
nãoatrapalhou. Ao final da visita, ela entendeu que a solução
para a propriedade da família
pode ser diversificar a produção.
“Quando eu chegar em casa, vou
falar tudo o que vi aqui para o
meu pai”, disse.
A atividade uniu crianças de 8 a
11 anos de idade. “A maioria deles vive em regiões agrícolas, por
isso a ideia de trazê-los. Afinal,
podem entender um pouco mais
e levar o conhecimento para os
pais em casa”, explicou a professora Lilian Balem, que coordenou
o passeio.
O CAP foi criado há mais de 10
anos, através de parceria entre a
Secretaria de Agricultura e Meio
Ambiente de Santa Helena, o
Instituto Agronômico do Paraná e a Itaipu Binacional. No local, são realizados experimentos
agrícolas voltados às pequenas
propriedades.
Para envolver os jovens e despertar a consciência ecológica
e o cuidado com a Terra foram
realizadas, ainda, atividades de
ecoaventura, visita a propriedades produtoras de energia a partir
do biogás, oficina de cartografia
social, plantio de árvores, visita
a participantes do projeto Coleta
Solidária, entre outras. Depois de
tudo, os estudantes foram convidados a tarefas de educomunicação, com a produção de reportagens sobre as atividades das quais
participaram.
Visita de estudantes ao CAP de Santa Helena
Atividades de ecoaventura para aprender sustentabilidade
O contato do jovem com a natureza foi prioridade
E n c o n t ro s e Ca m i n h o s
I t a i pu B i n a c i o n a l
7
encontros e caminhos
encontros e caminhos
O exemplo das comunidades
de aprendizagem
Ação e aventura com a
natureza como cenário
Foz do Iguaçu
Rapel, sobrevivência na mata, plantio de mudas e passeio ciclístico foram destaque em Guaíra
Dois meses de atividades que mostram comprometimento e continuidade
O grupo de motociclistas Katetus da Lama realizou o plantio de 600 mudas
Atividades no Zoológico Bosque Guarani, que completou 18 anos
Conversa com pioneiros: resgate da memória histórica
O Encontro e Caminhos em Foz
do Iguaçu reuniu ações de sete
comunidades de aprendizagem
que vêm desenvolvendo atividades de educação ambiental em
microbacias do Município, bem
como a comunidade do Colégio
Estadual Flavio Warken, que desenvolve ações de educação ambiental no entorno da microbacia
do Córrego Brasília, localizada
na Vila C. Foram dois meses de
atividades que demonstraram as
conquistas e o comprometimento
da comunidade.
passeio pelo bosque onde alimentaram os animais.
Inúmeros pontos da cidade foram
envolvidos nos projetos, como os
Rio Boicy, nascentes no bairro Três
Bandeiras, Córrego Pé Feio e o
Bosque Guarani.
O lançamento foi realizado no
Parque Monjolo e reuniu representantes das comunidades de aprendizagem: Água Limpa (Córrego Pé
Feio); Córrego Brasília; Sociedade
de Socorro e Jovens da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Dias (Rio Boicy); Grupo de Escoteiros Guairacá (Arroio Monjolo);
Zoológico Bosque Guarani; Córrego Jupira I; CMEI Três Bandeiras;
CMEI Julia Ferrais.
Organizados em uma grande
roda, os grupos foram apresen8
E n c o n t ro s e C a min h o s
Não há nada melhor que resgatar a
nossa história, para que possamos
entender e, assim, cuidar
Alana, professora
tando as ações, que nos dias seguintes, envolveram toda a comunidade: recuperação de nascentes,
revitalização de rios, intervenções
socioambientais e resgate histórico, em acordo com o centenário
da cidade, e a “maioridade” do
Zoológico Bosque Guarani. “Não
há nada melhor que resgatar a
nossa história, para que
possamos entender e, assim, cuidar”, ressaltou a
professora
Alana.
O
próprio Parque Monjolo foi objeto
de atenção.
Foram realizados ali
mutirões de
limpeza e de valorização, sensibilizando a
comunidade do entorno.
Curso de monitoramento
da água; visitas, entrevistas
e pesquisa com os moradores; canoagem e ciclismo no
Ita i pu Bi na c i ona l
parque; panfletagem; rodas de
conversa; acampamento no parque; e exposição fizeram parte da
programação.
BOICY
O Rio Boicy também recebeu
destaque com a realização de várias intervenções socioambientais
como limpeza, plantio de árvores
e analise físico-química da água.
Pais e alunos do Centro Municipal de Educação Infantil
(CMEI) Júlia Ferrais e
CMEI Três Bandeiras
participaram de reuniões
e de expedições à nascente e
trechos do Rio Boicy.
VILA C
Na Vila C, representantes dos moradores se comprometeram a ajudar os alunos do Colégio Professor
Flávio Warken na recuperação do
Córrego Brasília, que sofre com a
urbanização, sendo alvo de lixo e
dejetos. Em parceria com Itaipu um
grupo de alunos fez a coleta da água
para análise para iniciar a tarefa de
desenvolver ações para recuperar o
Córrego Brasília. “A primeira vez
que nós viemos já era bem poluído,
tinha muito lixo. Só que agora está
muito pior. Está com mais entulho
tanto dentro, como no entorno do
córrego”, diz a estudante Letícia Albertini, 16 anos.
Atividades de ecoaventura
“Os clubes visam incutir nas
crianças e jovens o hábito saudável
de praticar atividades que desenvolvam os aspectos físico, mental,
espiritual e social, num ambiente
seguro e agradável”, comenta o
diretor-assistente do clube dos desbravadores, Marcos Barbeiro.
Em outra atividade, grupo de motociclistas Katetus da Lama realizou
o plantio de 600 mudas de espécies
nativas no Distrito de Oliveira Castro. Com várias manobras radicais,
os trilheiros fizeram um show à parte demonstrando suas habilidades.
Captação de água para
análise fisico-química
E até as mamães puderam comemorar seu dia de maneira diferente: pedalando. A advogada Darlene Torrezan aceitou o desafio de
participar da primeira Pedalada
Ecológica realizada em Guaíra.
O filhou não encarou o percurso, mas o marido a acompanhou.
Além dela, mais de 50 pessoas participaram do evento. “O circuito é
Comunidade de aprendizagem CMEI Julia Ferris
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Pedalada Ecológica de 16 km no meio da mata
Várias atividades de aventura ao
ar livre marcaram o Encontros e
Caminhos em Guaíra. Em uma
delas, jovens participantes do
Clube Desbravadores dos Municípios de Guaíra e Terra Roxa
participaram de um acampamento no quartel da 15ª Companhia
de Infantaria Motorizada, onde
receberam noções de orientação
e sobrevivência na mata, fizeram
trilha noturna e rapel.
BOSQUE
O aniversário de 18 anos
do
Zoológico
Bosque Guarani foi comemorado no dia 6 de junho.
Alunos e autoridades do município puderam conferir o resgate histórico através de vídeos
e exposição de fotos. Os participantes também realizaram um
Guaíra
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No Centro Multiuso discussões sobre o meio ambiente
maravilhoso e a trilha é bem tranquila. Uma maneira diferente de
comemorar o Dia das Mães.”
O passeio teve início no centro
náutico da cidade. O grupo percorreu cerca de 16 quilômetros em
meio à mata. “Hoje pedalar é uma
demonstração de qualidade de
vida, de vontade de viver melhor”,
afirmou o diretor de Coordenação
e Meio Ambiente de Itaipu, Nelton Friedrich, que participou da
atividade.
Agricultura
Agricultores e lideranças que residem em Maracaju dos Gaúchos
conheceram as ações desenvolvidas pelo Programa Cultivando
Água Boa desenvolvidas em Água
Branca e Sítio dos Italianos.
A visita foi guiada pelo diretor de
Agricultura de Guaíra, Sérgio Endres, que também ministrou palestra sobre conservação de solo,
readequação de estradas rurais
e sobre a importância das matas
ciliares nos córregos e minas de
água. O roteiro também incluiu
uma visita em dois abastecedouros comunitários.
Passeio pelo Rio Paraná até Ilha Grande
Os clubes visam incutir nas crianças e
jovens o hábito saudável de praticar
atividades que desenvolvam os aspectos
físico, mental, espiritual e social
Marcos Barbeiro, diretor-assistente do
clube dos desbravadores
No Centro de Multiuso, catadores, recicladores e alunos do Colégio Mendes Gonçalves puderam
acompanhar discussões importantes sobre o meio ambiente, especialmente os ligados à questão
da coleta e descarte de lixo.
Passeio
Um passeio pelo Rio Paraná, até o
Parque Nacional de Ilha Grande,
também integrou a programação
do Encontros e Caminhos. “Nossa
região tem lindas histórias e Guaíra, principalmente, guarda muitos
segredos. É sempre um prazer dividir um pouco desse conhecimento
e desfrutar dessa paisagem”, comentou Ana Menel, que guiou um
grupo de idosos no passeio.
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9
encontros e caminhos
encontros e caminhos
Resgate histórico e um
olhar para o futuro
Semeando árvores e esperança
Itaipulândia
Maripá
Uma das principais ações foi o plantio de orquídeas e a soltura de balões com sementes de árvores nativas
Rodas de viola e história e visitas à Casa da Memória ajudam a preservar as origens do
município; ações de preservação garantem um ambiente melhor para as futuras gerações
Crianças soltam balões com sementes de árvores
Casa da Memória: história da cidade
As ações do Encontros e Caminhos em Itaipulândia priorizam
a história do município em meio
a diversas atividades de cuidado e
preservação do meio ambiente.
do município, em 1992, já servia
de sede para reuniões políticas.
Em 2003, as instalações foram reformadas para abrigar a Casa da
Memória.
Uma das atividades foi a visita de
alunos do Ensino Fundamental à
Casa de Memória, atividade que
também celebrou a 12ª Semana
Nacional e a 2ª Semana Municipal dos Museus.
No espaço há máquinas usadas
na lavoura, utensílios usados pelos moradores na época da colonização e aparelhos mais recentes como vitrolas e máquinas de
escrever.
O prédio em si já tem muito o
que contar: antes da emancipação
Quem está sempre por lá é Gentil
Donini, protagonista da maioria
dos fatos ocorridos na terra que
um dia se chamou Itacorá, antes pertencente a Foz do Iguaçu.
“Cheguei nos anos 70, o território já se chamava Aparecidinha
D’Oeste”, conta Gentil. “A vida
era difícil, mas com muita força
de vontade, conseguimos chegar
ao que somos hoje.” Ele foi professor, catequista e instrutor da
primeira fanfarra, ajudou a transportar o primeiro sino da igreja
e construiu a primeira quadra de
esportes, entre outras atividades.
Essas sementes não significam só o
reflorestamento, mas o exemplo que
está sendo dado a essas crianças
Outra ação de resgate histórico
aconteceu na prainha da Linha
Jacutinga, onde foi realizada uma
roda de viola e história para recolher memórias de Itaipulândia
- histórias, piadas, fatos e curiosidades do município.
o gerente de Integração Regional de Itaipu, Gilmar Secco
Olhando para a frente
Além de revisitar seu passado
através das rodas de viola e memória e a visita aos museus, Itaipulândia voltou-se para seu futuro. Uma das atividades foi a coleta
de lixo eletrônico, que estimulou
os moradores a fazer o descarte
correto desse tipo de material.
Resgate de brincadeiras antigas
Os alunos dos Colégios Estaduais
Pio XII e Castro Alves reuniram-se na praça do Distrito de Vila
Candeia para uma atividade que
uniu diversão e responsabilidade.
ambiental no viveiro municipal - estudantes aprenderam o preparo da
terra, plantio e cuidado das plantas.
Eles também fizeram o plantio de sementes e receberam mudas de flores
e ervas medicinais.
Auxiliados pela engenheira agrônoma Carmem Szimanskie, eles plantaram cerca de mil mudas de orquídeas
nas árvores da praça. O processo foi
simples, as orquídeas foram envolvidas em juta de fibra natural e presas
ao tronco das árvores com grampos.
Ao final da atividade, as crianças soltaram 200 balões com sementes de
árvores nativas da região.
A programação do Encontros e
Caminhos incluiu ainda recuperação de minas de água, uma micro expedição e digitalização de
fotos antigas.
O município programou, ainda,
oficinas de danças urbanas, trilha ecológica, Roda de Memória,
show de viola caipira e o resgate
de brincadeiras antigas.
Plantio de árvores e flores
eram soltos mais de mil balões
por 30 crianças com idades entre 5 e 7 anos de idade, da Escola
Municipal Dona Leopoldina. Os
balões coloridos e biodegradáveis,
com sementes de ipê, se espalharam pelos céus da cidade. “Essas
sementes não significam só o reflorestamento”, explicou o gerente
de Integração Regional de Itaipu,
Gilmar Secco, “mas o exemplo que
está sendo dado a essas crianças”.
Também houve ações de cuidado
Foram recolhidas centenas de
lâmpadas (fluorescentes e incandescentes), televisores, computadores, baterias, celulares usados
e óleo já utilizado na cozinha.
Apresentação musical no encerramento
10
E n c o n t ro s e C a min h o s
Ita i pu Bi na c i ona l
Roda de Memórias: resgate de histórias do município
Pioneiros
A cidade encerrou as atividades do
Encontros e Caminhos com a exibição do documentário “Maripá, a
historia contada pelo seu povo: céu,
mato e coragem”. O documentário
reuniu as ações do Encontros e Caminhos e depoimentos de pioneiros da cidade.
Henrique
Schanoski, de 80 anos, foi
um dos primeiros
moradores de Maripá
e um dos protagonistas
do vídeo. Em depoimento contou como foi sua
chegada à cidade, quando
Enquanto a coleta seguia, no morro Nossa
Senhora
Aparecida
tudo ainda era mato.
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Plantio de orquídeas
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11
encontros e caminhos
encontros e caminhos
Cinema e aventura para
conectar o jovem à natureza
Marechal
Cândido Rondom
Canto do saber empolga
jovens em Matelândia
Além das atividades culturais, também houve visitas à microbacia do Rio Ribeirão
Sequência do trabalho de cuidado com o meio ambiente realizado
pelo CAB depende do envolvimento dos jovens
As ações do Encontros e Caminhos em Marechal Cândido Rondon tiveram início com a realização
de uma oficina de educomunicação
e continuaram com uma sequência
de palestras, oficinas de eco-hortas
e de de aproveitamento de resíduos
para artesanato, trabalhos de proteção a nascentes, trilha em São
Roque, caminhada.
“A Itaipu já realiza atividades de conservação do meio ambiente há muitos
anos no município. É importante que
a comunidade saiba e veja os resultados deste trabalho”, disse Urbano
Mertz, da Secretaria de Agricultura e
Política Ambiental. “É importante envolver os jovens e as lideranças neste
processo, para que o trabalho possa
ter sequência”, completou.
Nessa oficina, procuramos despertar a sensibilização audiovisual dos
jovens com a cidade”, destacou.
Aventura
Alunos da Escola Paulo Freire e do
Grupo de Escoteiros 25 de julho,
na comunidade de São Roque, junto do instrutor Ricardo Oguino, do
Ricas Trilhas Verdes, fizeram uma
caminhada de dois quilômetros,
enfrentando barro, carrapichos,
urtigas e longas subidas íngremes,
acompanhando um curso d’água.
No caminho, eles receberam explicações sobre fauna, flora e, principalmente, sobre árvores centenárias que resistiram à colonização. A
tarde foi reservada para a diversão:
rapel, tirolesa, falsa baiana e um banho refrescante na cachoeira.
Cinema
Acima e abaixo, crianças aprendem a cultivar flores e também temperos nas oficinas de eco-horta
É importante
envolver os
jovens e as
lideranças neste
processo, para
que o trabalho
possa ter
sequência
Urbano Mertz, da
Secretaria de Agricultura
e Política Ambiental
As ruas da cidade transformaram-se em cenário para a realização de
curtas-metragens. Os atores, roteiristas, câmeras, diretores e editores foram 25 jovens das cidades de
Marechal Cândido Rondon, Quatro Pontes, Entre Rios do Oeste
e Mercedes que participaram da
oficina “Introdução ao Cinema e
Audiovisual” ministrada por estudantes do curso de Cinema da
Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila).
Ao todo foram três curtas-metragens produzidos inteiramente pelos
jovens. Para Francieli Rebelatto,
coordenadora do curso e orientadora das filmagens, o resultado
final foi surpreendente. “Hoje em
dia, qualquer jovem é conectado de
alguma forma com o audiovisual.
Horta
Em outra frente, estudantes do Colégio São Roque receberam instruções
sobre Eco-hortas - plantio de hortas
em espaços pequenos. O pátio da
escola já tem um local dedicado ao
plantio de folhas, flores e temperos,
mas estudantes e professores quiseram aprender mais. A produção é
consumida na merenda e o que sobra é vendido para pais e professores,
com a renda revertida para o projeto.
O Encontros e Caminhos contou
ainda com outras ações como educação ambiental, caminhadas, trilhas, fotografias, filmagens, pintura
e artesanato. O almoço de encerramento teve apresentações culturais
e entrega de certificados para os
que realizam projetos voltados à
conservação do meio ambiente.
Caminhada pela microbacia do Rio Ribeirão
A turminha do Ensino Fundamental do Colégio Dom Bosco
provou que uma boa ideia não
tem idade. A partir do festival
de talentos interno da escola, foi
criado o Canto do Saber, projeto
estendido a todas as escolas da cidade. A atividade integrou o Encontros e Caminhos no município
de Matelândia
“Esse Canto do Saber é uma bela
ideia, afinal, além de ler e escrever precisamos saber, para que
tenhamos, assim, o gosto de cuidar”, disse o diretor de Coordenação e Meio Ambiente de Itaipu,
Nelton Friedrich, que participou
do festival.
Esse Canto do Saber é uma bela
ideia, afinal, além de ler e escrever
precisamos saber, para que
tenhamos, assim, o gosto de cuidar
diretor de Coordenação e Meio
Ambiente de Itaipu, Nelton Friedrich
O repertório não teve restrições – os participantes do festival cantaram desde pérolas do
cancioneiro tradicional, passando pelo gospel, sertanejo e pop.
Teve quem usou playback, quem
preferiu cantar à capella (apenas
a voz, sem nenhum instrumento
para ajudar) e alguns privilegiados tiveram a colaboração de mú-
sicos bastante orgulhosos – seus
pais. Foi o caso da Aline Ortiz, de
12 anos. Ela cantou uma música
gospel acompanhada dos acordes
da mãe, Cristiane, com quem já
canta na igreja que frequentam.
“Eu gostei de cantar lá em cima, é
muito legal”, disse a menina.
Houve premiações em três categorias: “canário”, “colibri” e
“rouxinol”, mas todos que se encheram de coragem e soltaram a
voz no palco ganharam uma medalha de participação. Quem não
cantou acompanhou o colegua
com palmas.
Noite ambiental
A secretária de Meio Ambiente e
Recursos Hídricos de Matelândia
realizou em parceria com a Associação Defensora da Natureza de
Matelândia (Adenam) uma noite
cultural ambiental, com apresentações de música, teatro e dança,
voltadas para o tema sustentabilidade e preservação.
Oficinas de eco-aventura, e de proteção a nascentes levaram os jovens para mais perto da natureza: aprendendo a conviver e apreservar o meio ambiente
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Matelândia
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Recuperação da nascente Linha Ouro Verde
Rio Barreirão
O Rio Barreirão é de extrema importância para a cidade de Matelândia. Até meados da década de
90, eram as águas do Barreirão
que abasteciam as casas da cidade.
No Encontros e Caminhos, o rio
serviu de ponto de encontro para
uma turma de acadêmicos de Administração. Eles caminharam pelas
margens em um passeio ecológico.
O itinerário contou com uma
parada em uma nascente recuperada. Para Carlos Coan, presidente da Associação dos Defensores
da Natureza de Matelândia (Adenam) a visita foi uma forma de
expor o trabalho da associação.
No leito do rio, foi realizada uma
demonstração de biomonitoramento da qualidade das águas da
microbacia. A avaliação é feita
por meio da coleta de pequenos
animais que ficam nas folhas e
pedras no fundo do rio. A presença ou falta desses organismos
ajuda a aferir a qualidade da água
ou os níveis de poluição.
O estudante Ary Parick acredita
que a caminhada contribuiu para
uma visão diferente: “nós saímos
da selva de pedra e pudemos acompanhar a realidade da natureza.”
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13
encontros e caminhos
encontros e caminhos
Em comunhão com a natureza
Mercedes
Gincana para estimular o
aprendizado sobre meio ambiente
Medianeira
Alunos e professores participaram de atividades em propriedades rurais e no Morro da Salete
Cumprir tarefas relacionadas a questões ambientais estimulou
os jovens e ajudou na preservação ambiental
Em Mercedes, entre as várias
atividades realizadas no Encontros e Caminhos, a gincana foi
a que mais estimulou os jovens
estudantes do município. Eles tiveram de cumprir várias tarefas,
todas envolvendo questões ambientais e estimulando o trabalho em equipe. Uma das tarefas
foi fazer o plantio de mudas de
árvores nativas no Arroio Guaçu.
Carta da Terra inspirou atividades no Morro da Salete
Uma turma de 25 alunos e professores de Medianeira passou dois
dias em comunhão plena com a
natureza. A extensa programação
se dividiu entre o Sítio do João e o
Morro da Salete e foi um dos destaques do Encontros e Caminhos
no município.
que dá nome ao morro, foi colocada
ali. Ferronato, que é o maior fornecedor de alimentos orgânicos da
cidade, principalmente para a merenda escolar, discorreu também
sobre a importância da produção de
alimentos de forma ecológica.
“A agricultura orgânica é uma
atividade que só traz ganhos. Com
a diversificação de culturas, o agricultor ganha mais e polui muito
menos as águas”, disse o diretor
de Coordenação e Meio Ambiente de Itaipu, Nelton Friedrich, que
acompanhou as atividades.
Caminhada na natureza começou na cidade em direção à mata
delas. “Na época que nós chegamos
aqui, a carne para se alimentar era
da caça de animais e pássaros” conta a aposentada. A atividade teve
por objetivo reunir os pioneiros
para a troca de informações sobre
a colonização de Medianeira e para
aproximar gerações.
O evento começou com a Caminhada da Natureza, passou por
rodas de memória de pioneiros,
atividades de conscientização
ambiental e outras ações e informações sobre responsabilidade
socioambiental, num ambiente
inspirador: o Morro da Salete,
ponto mais alto da cidade.
Pioneiros
“As pessoas antigamente se
reuniam muito e, hoje, devido à
tecnologia já não se encontram.
Esse evento foi uma forma para
conhecermos o início da nossa cidade e encontrarmos quem
construiu a história do local onde
vivemos”, comentou a educadora
ambiental Marli Rossi.
Na propriedade de Ademir Ferronato, o grupo ouviu histórias do pioneiro, incluindo detalhes de como a
imagem de Nossa Senhora da Salete,
Em outra atividade, uma roda de
histórias, muitos jovens da cidade
conheceram alguns dos pioneiros
de Medianeira. Isa Peterle, que
chegou à região em 1953, é uma
Medianeira também promoveu
uma expedição na microbacia do
Rio Alegria, atividades de lazer e
de gastronomia típica, vivência
das boas práticas sustentáveis, resgate da memória e cultura de algumas das comunidades do município, rodas de conversa, oficinas,
entre outras.
Visita ao Parque Tupã-MBãe
Outra atividade que movimentou os jovens e a comunidade
foi a Noite Cultural Encontros
e Caminhos. Com o total de 16
apresentações de violão, teclado,
flauta, percussão, dança, balé e
teatro, a Casa da Cultura recebeu um grande público. Os alunos foram preparados pelos professores Elerson Dorner, Ivete
Rambo, Neuza Leandro e Renati
Grützmann.
O público que prestigiou a Noite Cultural pode ver a Exposição das Fotografias vencedoras
do 1º Concurso de Fotografias
“Olhares de Mercedes”. Foram
33 fotógrafos inscritos, sendo 10
premiados com Certificado de
Reconhecimento e um dia de Lazer com acompanhante na Base
das Ricas Trilhas Verdes, empresa que oferece atividades de
aventura (rafting, rapel, tirolesa,
trilhas entre outras).
Encontro com pioneiros:
Antes do concurso, foi realizada uma oficina de fotografia. O
professor, jornalista e fotógrafo
Evandro Mendes de Terra Roxa
abordou vários temas relacionados à fotografia. Lorran Souza
apresentou dicas de utilização de
câmeras digitais e de como obter
boas fotos.
retora de Cultura Vaniela da Silva, o número foi ampliado para
20 para atender a mais pessoas
interessadas.
Lazer
A oficina tinha um número limitado de 15 inscrições, mas houve
muita procura e, conforme a di-
No concurso de redação, cujo
tema era o combate às drogas,
80 jovens foram com um passeio
para uma sessão de cinema 3D
em Cascavel. Eles também receberam certificados. “Essa redação me fez aprender bastante”,
explicou Raquel Augusta Franz,
aluna do Ensino Médio. “Pesquisei muito e ainda pedi que minha
família revisasse.”
Peixes
Ainda dentro da programação
do Encontros e Caminhos, a cidade recebeu dez tanques-rede,
doados por Itaipu. “Agradecemos essa entrega, que vai ajudar
bastante na nossa economia”,
explicou o presidente da Associação de Pescadores de Mercedes, Vilberto Hilger. “Sabemos
que nossa mudança de atitude
valerá muito a pena.”
Na propriedade de Ademir Ferronato, estudantes e professores conheceram o cultivo de orgânicos e ouviram hsitórias do pioneiro
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encontros e caminhos
encontros e caminhos
Missal
Uma aula na natureza
A microexpedição
ao Rio do Cedro
levou estudantes do
município para ver,
aprender e plantar
Com microexpedição,
aula sobre meio ambiente,
turismo e história
Estudantes e representantes de vários segmentos conheceram
a nascente do Córrego Guassu e o Rio Iguatemi
Mundo Novo, no Mato Grosso do Sul, fica a
250 quilômetros de Foz do Iguaçu. Apesar da
distância, também é um dos municípios atendidos
pelo programa Cultivando Água Boa, há 8 anos.
No dia 5 de junho, diversas atividades foram
realizadas com a participação de escolas e moradores da cidade. Entre elas, houve uma microexpedição ao Córrego Guassu, na Fazenda
Estrela, com visita à nascente, prosseguindo
até o Rio Iguatemi por terra e água.
Os estudantes também receberam explicações sobre a microbacia e ações desenvolvidas
Estudantes plantaram 100 mudas de árvores
Mundo Novo (MS)
Momento de descontração ao som da sanfona de Alvorino Heck
Alunos declamaram poesias e cantaram
Os cerca de 120 participantes puderam conhecer a parte turística e histórica da região,
além de receberam explicações sobre conservação do solo, curvas de nível, matas ciliares,
entre outras relacionadas ao meio ambiente.
O Rio Guaçu desemboca no Iguatemi afluente
do Paraná. Também foi realizada visita à Mina
da Onça, fonte de água potável às margens do
Iguatemi.
Os alunos receberam certificados em reconhecimento pela participação ativa no Encontros e Caminhos. Tamires Rocha, 16 anos,
contou que o conhecimento não ficou apenas no passeio as margens do rio. “Quando
eu cheguei em casa procurei na internet para
saber mais profundamente sobre o trabalho
de reflorestamento feito pela Itaipu”, disse a
adolescente.
O secretário de Agricultura da cidade, Alexandre dos Santos, comentou que a participação dos estudantes foi importante para a
preservação do rio e seus leitos. “Os alunos
ficaram muito motivados, alguns nunca tinham conhecido uma nascente”, afirmou.
O Encontros e Caminhos, em
Missal, teve como principal atividade a microexpedição ao Rio do
Cedro e junto à comunidade de
Linha Caçador. Nesse dia, foram
desenvolvidas diversas atividades.
A manhã foi reservada para reunir alunos do Ensino Fundamental e pioneiros da cidade numa
clareira à beira do Rio Cedro.
Primeiro foi a vez das crianças,
que declamaram poemas e cantaram. Depois, os pioneiros contaram suas histórias. Na sequência,
foram plantadas 100 árvores no
entorno da Área de Preservação
Permanente da fazenda. Para
completar a recuperação do Rio
Cedro, autoridades e pioneiros fizeram a soltura de alevinos.
As margens do Rio
receberam banners
com a história
de cada família fundadora de
Cedro
Mudas
de árvore
nativa
Missal, uma delas a de Carcildo
Winter, que exibia orgulhosamente as fotos da família. ”Saí de
Santa Catarina e não me arrependo”, disse. A comemoração ao final do dia ficou a cargo do gaiteiro
Alvorino Heck.
Encerramento
A cerimônia de encerramento
do Encontros e Caminhos aconteceu no Dia Mundial do Meio
Ambiente (5 de junho), com apresentações de músicas tradicionais
tocadas na sanfona e um concerto
de flauta doce. Na
cerimônia, líderes
do trabalho de
educação
ambiental receberam certificados
de
reconhecimento.
Cavalgada pela microbacia
Ssoltura de alevinos completou as atividades
Festa de encerramento: reconhecimento para os que trabalham pelo meio ambiente
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encontros e caminhos
encontros e caminhos
Nova Santa
Rosa
Aprendendo com os pioneiros
Ouro Verde
do Oeste
Além das atividades ambientais, Ouro Verde
reservou espaço também para a cultura
Os alunos não ficam só no
banco da escola, eles puderam
conhecer a realidade in loco
Dorival Schnekemberg, coordenador do
comitê gestor de Nova Santa Rosa
Luzia Lúcia Alves,
vereadora
Envolvimento de
todos no cuidado
com a natureza
Em Ouro Verde do Oeste, ao lado
das ações voltadas para o meio
ambiente foram realizadas também manifestações culturais.
De crianças a pioneiros, todos puderam aprender
e colaborar para um meio ambiente melhor
A “EcoBike caminhos de uma experiência” foi uma das atividades
mais intensas da programação do
Encontros e Caminhos em Nova
Santa Rosa.
Os alunos do Colégio Marechal
Gaspar Dutra foram convocados a
pedalar por cerca de 15 quilômetros
em meio à natureza, às margens da
microbacia da Sanga Gabiroba.
A microbacia foi uma das primeiras
a serem recuperadas pelo programa
Cultivando Água Boa e é exemplo
de preservação. O trajeto do passeio ciclístico priorizou a região.
“Os alunos não ficam só no banco
da escola, eles puderam conhecer a
realidade in loco”, destacou Dorival
Schnekemberg, coordenador do comitê gestor de Nova Santa Rosa, que
elaborou o itinerário.
Os participantes também passaram pela Trilha Jaguar Undi. Ali
tiveram explicações sobre agricultura orgânica e familiar e puderem
experimentar alguns produtos.
Mateus Dilkin, de 14 anos, nunca tinha passado pela região, mas
tinha interesse em conhecer. “Foi
legal, os professores contaram a
história do local”, destacou.
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Os jovens do município participaram do projeto “Ecografite”, que
teve por objetivo levar os estudantes
a reconhecer o grafite como intervenção urbana. Na oficina de grafitagem eles aprenderam técnicas
e receberam dicas de Eduardo José
Scorteganha Filho.
Pequenos
Os alunos do Ensino Fundamental tiveram, ainda, uma vasta programação dentro do Encontros e
Caminhos. Na peça de teatro infantil “Piatã”, que tem como tema
a preservação ambiental e a cultura
indígena, as crianças ficaram aten-
tas e aprenderam direitinho o recado. “Não podemos desrespeitar a
natureza e nem jogar lixo no chão”,
disse a pequena Emili, de 10 anos.
Os pequenos ouviram palestras sobre biodiversidade, apresentação de
vídeos, confecção de cartazes, banners, música, poemas com o objetivo
de promover a consciência ambiental.
Como experiência prática, as crianças aprenderam a cuidar da natureza e respeitar os animais com o
Caminhada pela mata: contato com a natureza
Ita i pu Bi na c i ona l
Nosso encontro de pioneiros foi algo
que sempre sonhamos fazer, mas
não sabíamos se conseguiríamos
realizar. Durante os Encontros CAB,
deixou de ser apenas um sonho
projeto “Peixe, peixinho, peixão”.
Para isso, foram instalados aquários
na Sala Verde da escola e salas de
aula, que ficaram sob os cuidados
das crianças. Eles também assistiram a peças de teatro e vídeos sobre
a vida de peixes nos rios e nos mares
e a importância da recuperação das
sangas no município.
Maiores
As atividades também contemplaram alunos de Ensino de Jo-
vens e Adultos, pioneiros e moradores de diversas comunidades
que participaram de oficinas sobre
o reaproveitamento de peças de
roupa de forma artística: cortar,
trançar, aplicar desenhos.
Houve ainda uma exposição de
fotos da colonização, com relato
dos pioneiros que chegaram entre
1953 e 1959 e lançamento do livro
“Pelos Caminhos da Imigração
Volínia, Russia, ao Brasil”.
Projeto Sala Verde: os pequenos aprenderam a cuidar de peixes
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Com quase 6 mil habitantes,
segundo o IBGE, e 25 anos de
emancipação política, Ouro Verde do Oeste promoveu um evento em homenagem aos pioneiros
e pretende transformar em livro
as suas histórias. ”Quando essas
pessoas chegaram, lá pelos anos
59 e 60, trouxeram na bagagem
muita coragem e determinação,
afinal, só encontraram mato aqui.
A gente imagina quantas dificuldades eles tiveram no início, por
isso, é extremamente importante
que nós valorizemos esse pessoal”, reconheceu o prefeito Aldacir
Domingos Pavan.
Duas outras atividades culturais
movimentaram os jovens da cidade: as
oficinas de hip hop
e de kung fu. As
aulas de hip hop
foram orientadas
por Jefferson Sou-
sa, para
quem a dança é uma ferramenta de inclusão soN º 26
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cial. “O Hip Hop consegue atingir
pontos da sociedade que as pessoas têm medo de alcançar”, diz.
Tiago Bartolomeu, de 16 anos,
um dos destaques da turma foi
motivado pela família. “Vi meus
primos fazendo e tive vontade de
participar”, conta.
Pioneiros homenageados:
suas histórias
podem virar livro
A programação incluiu ainda
uma cantata em homenagem às
mães com os corais “Caminhos
de Luz” e “Anjos de Ouro” e
distribuição de mudas de plantas medicinais; o 17° Festival da
Canção, com apresentação dos
participantes do município no
festival das Águas da BP3, realizado em 2013 e Show da Orquestra de Viola Caipira.
Ambiente
O cuidado com o meio ambiente
conduziu várias ações em Ouro
Verde do Oeste. Uma delas foi o
monitoramento da qualidade da
Água do Rio São Francisco. Um
grupo de jovens participou em
maio de uma oficina com a bióloga e professora de Engenharia
Ambiental, Michelli Ferronato. Eles recolheram sedimentos do fundo do rio
(pedras, folhas e galhos)
para verificar a presença
de espécies de pequenos
animais. Esse trabalho
permite aferir o nível de
qualidade da água. Para
Michelli, é importante o
envolvimento da população. “Com a participação, a comunidade pode
Festival da Canção
José Negrini tem mais de 100 itens antigos: “Consertava tudo”
buscar soluções melhores para o
seu cotidiano” argumentou.
Foi realizada também uma trilha na Cachoeira Recanto Nossa
Senhora Aparecida, atividades de
recuperação de nascentes, oficinas
de jardinagem e de derivados de
milho, e um encontro com produtores rurais.
Oficina de Kung Fu
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encontros e caminhos
encontros e caminhos
Ervas medicinais até no brinde
Contato direto com a natureza
Pato Bragado
Limpeza do Arroio Quatro Pontes e recuperação de nascentes foram as principais atividades
Atividades destacaram o cultivo de plantas medicinais no município
Visita a propriedade de cultivo orgânico e medicinal
Um brinde com chás de vassourinha doce, alfavaca e cidró comemorou as atividades do Encontros
e Caminhos em Patro Bragado. As
ervas medicinais e a agricultura orgânica foram os grandes temas que
conduziram o projeto no município.
No encerramento, além da entrega de certificados, foi feita uma
homenagem à agricultura Tercilia
Medin, a Bimba, referência em fitoterápicos de Pato Bragado.
estudantes. Durante o Encontros e
Caminhos, vários estudantes fizeram visita técnica ao sítio e receberam mudas de plantas medicinais.
Em Pato Bragado, a propriedade
de Valmir Anderle também é exemplo. Ele é um agricultor agroecológico e tem uma propriedade modelo, que foi visitada em junho pelo
Brinde com ervas medicinais para celebrar o encontro
australiano André Leu, presidente
da Federação Internacional de Movimentos de Agricultura Orgânica,
e pela canadense Adriana Michael,
jornalista responsável pela publicação Organics & Wellness.
Eles já haviam visitado o Brasil algumas vezes e já tinham tido contato com o CAB, mas ainda não
haviam conferido in loco. “Esta é
minha segunda vez no Brasil, que
considero um dos países nos quais
a agricultura orgânica cresce em
larga escala,” explicou André. “Em
minhas conversas mundo afora,
o país sempre serve de exemplo,
principalmente por ter colocado
regras para o uso da produção orgânica”, completou.
As ações do Encontros e Caminhos incluíram ainda uma Cavalgada Ecológica com almoço
no Centro de Tradições Gaúchas;
palestra para estudantes das escolas, distribuição de mudas de
ervas medicinais para estudantes; apresentação da peça de teatro “O valor das ervas medicianis
na saúde do nosso povo”.
Em sua propriedade ela cultiva
mais de 90 espécies de plantas medicinais, trabalho iniciado com a
ajuda da Pastoral da Criança e da
Itaipu, que doou as primeiras mudas e disponibilizou cursos e treinamentos. “As plantas medicinais
são minha segunda família”, disse.
Ela ministra palestras sobre o uso
de plantas medicinais e recebe visitas em sua propriedade - já passaram por seu sítio cerca de 600
Em Quatro Pontes, o clima de
aventura marcou as atividades
do “Encontros e Caminhos”. Jovens, com idades entre 14 e 16
anos, pedalaram, fizeram rapel
e, claro, ajudaram na limpeza do
Arroio Quatro Pontes, local de
lazer para os moradores da cidade que vão ali para pescar, nadar,
fazer caminhadas.
Na festa de encerramento, reconhecimento pelo trabalho ambiental desenvolvido no município
Nas escolas os
alunos ouviram
palestras
sobre diversos
assuntos
Dona Bimba é
referência quando
o assunto é
fitoterápicos
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Quatro Pontes
Curso de recuperação de nascentes
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A atividade começou com a pedalada
de 5 quilômetros, do
centro da cidade até o
Arroio, onde a cachoeira que ali se forma
além de refrescar o
dia quente, inspirou o
grupo que arregaçou
as mangas e recolheram o lixo deixado nas
margens pelos que frequentam o
local, mas não têm a consciência
de mantê-lo limpo. “A partir de
agora, começamos um novo caminho, um novo amanhã, um
novo encontro”, disse o cabo Ricardo Oguino, guia dos adolescentes na aventura. Os detritos
totalizaram quatro sacolas com
capacidade para 20 quilos.
Além da coleta, os jovens aproveitaram o dia também para praticar a “falsa baiana” – travessia em
cordas – e rapel. Daiane Krindges,
que puxou a fila no rapel, enfrentou o medo e aproveitou a descida.
”No começo fiquei nervosa, mas
depois foi legal. Foi inesquecível.”
Em cerca de dois meses de atividades, Quatro Pontes também
programou um curso de recuperação de nascentes, na propriedade de Narciso Mombach; palestra
sobre a utilização da água para a
produção de energia elétrica, ministrada por Domingo Fernandez,
da Itaipu; passeio pela Linha Água
Verde, com apresentação do grupo de dança gauchesca da Casa da
Cultura; gincana no Colégio Estadual Quatro Pontes, com plantio
de mudas e coleta de lixo eletrônico; concurso de redação; e o Dia
do Desafio, quando foram plantadas mais de 100 árvores.
No encerramento, o Centro de
Eventos ficou lotado para apresentações de música, teatro e um
vídeo com o retrospecto do que
foi realizado pelo município durante o “Encontros e Caminhos”.
No evento, foram entregues certificados de reconhecimento pelo
trabalho ambiental a várias pessoas, entre elas, Anita Kroll, que faz
artesanato com material reciclável.
“Se a gente olhar bem, nada é realmente lixo, tudo pode ser aproveitado”, disse, orgulhosa. “Eu já
trabalho fazendo arte com esses
materiais há alguns anos e gostaria que as pessoas soubessem
que tudo pode ser reutilizado.”
Na abertura das
atividades, passeio de
bicicleta, limpeza das
margens do Arroio
Quatro Pontes e rapel
Os Encontros e Caminhos foram momentos
muito importantes para nossa cidade,
pela prática da cidadania que deu aos
nossos munícipes. O evento foi um círculo
virtuoso, e como tal, deve continuar
Paulo César Feyh, prefeito de Quatro Pontes
Teatro na festa de encerramento
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encontros e caminhos
encontros e caminhos
Trabalhando pelo
desenvolvimento
Santa Tereza
do Oeste
Ramilândia
Ações começaram no Dia do Trabalho e envolveram estudantes na preservação ambiental
Resgate da memória no campo e cidade
A comunidade se reuniu para trocar histórias sobre a formação da cidade e registrar dados das mcrobacias
Tropeada Transparaná
A noite de comemoração dos
servidores municipais pelo Dia
do Trabalhador, em Ramilândia,
também marcou os 10 anos de
participação no Programa Cultivando Água Boa e o lançamento
da programação do Encontros e
Caminhos no município. “Estamos desde o começo com o programa, o que nos ajudou bastante
com o escoamento da produção
agrícola, facilitou o transporte escolar e protegeu nosso meio ambiente,” disse Ubaldo de Barros,
prefeito de Ramilândia.
O gerente do Departamento de
Interação Regional, Gilmar Secco, representou Itaipu na cerimônia. “O que nós mais queremos
com os Encontros e Caminhos é
que nesses 45 dias, a sustentabilidade vire foco principal nas discussões dos municípios.”
A programação do evento incluiu a visita técnica dos alunos
da Escola Municipal Arlindo
Gouveia a uma das microbacias
do município. Ali puderam ob-
servar uma nascente de água,
plantar mudas de árvores nativas em áreas de proteção do curso de água,
aprendendo o valor da
preservação ambiental.
A parte cultural ficou a cargo de
apresentações de jovens talentos
do município, que puderam mos-
trar o que sabem
cantando, dançando e fazendo arte.
No encerramento do Encontros
e Caminhos, o reconhecimento
às pessoas que trabalham para a
conservação ambiental no município.
A memória do Município de Santa Tereza do Oeste foi contemplada em duas ações programadas no
Encontros e Caminhos. Uma delas
foi a realização de um almoço com
os pioneiros, que foram divididos
por década de chegada à cidade,
desde 1920 a 1970. Em outra frente, mais ampla, foi feita a Cartografia Socioambiental, com o objetivo de fazer o resgate histórico das
comunidades rurais e suas microbacias, com visitas in loco para levantamento dos dados históricos
e ambientais, com recursos áudio
visuais e confecção de maquetes.
O contato direto com a natureza,
com observação de flora e fauna
e alertas sobre os cuidados com o
meio ambiente foi proporcionado
pela Microexpedição nas Bacias
do Rio Paraná e Rio Iguaçu, que
reuniu catadores, alunos de escolas
municipais e estaduais, igrejas, associações, pastorais, cooperativas,
merendeiras, feirantes entre outros
representantes da sociedade.
Almoço e palestras
Moradores da comunidade São
Luiz participaram de palestras e
um almoço especial. A reunião
celebrou a readequação de 17 quilômetros de estradas, 514 hectares de
áreas preservadas; e inclui a entrega
do novo distribuidor de dejetos da
comunidade.
A palestra abordou o tratamento
e procedimento caso o agricultor encontre algum animal peçonhento como cobra, aranha ou
escorpião. “O inverno, período
de hibernação junto com o tempo de limpeza e plantio da terra,
é quando o produtor se expõe ao
contato com animais”, explicou a
enfermeira da Vigilância Sanitária
Municipal, Franciele Matos.
As atividades recreativas e de lazer também tiveram espaço garantido. A Virada Cultural teve uma
programação extensa, reunindo
exposição das fotos, imagens e
peças históricas resgatadas pelos
pioneiros; apresentação de grupos
de capoeira, ginástica rítmica e de
teatro.
A 5ª etapa da Tropeada Histórica
Transparaná também integrou o
Encontros e Caminhos. Os cavaleiros, que saíram de Paranaguá
em direção a Foz do Iguaçu, par-
ticiparam de um almoço em Santa
Tereza do Oeste.
Reconhecimento
Um jantar especial no dia 12 de junho celebrou o aniversário da cidade
e o encerramento do Encontros e Caminhos. Na cerimônia, foram entregues certificados ambientais para os
atores municipais que se destacam
na preservação de meio ambiente.
A educadora ambiental Solange Oliveira foi uma das homenageadas.
“O que eu aprendo eu espalho para
outras pessoas”, ensinou.
Atividade da Virada Cultural
Queremos trabalhar
ainda mais para
sermos cada vez
mais merecedores
das parcerias
do Cultivando
Água Boa
Ubaldo de Barros,
prefeito de Ramilândia
Microexpedição às Bacias do Paraná e Iguaçu
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encontros e caminhos
encontros e caminhos
Cuidado com as águas foi
foco de ações
Reconhecer para expandir
Santa Helena
Santa
Terezinha
de Itaipu
Municípios mostrou que grandes resultados só são possíveis com ações coletivas
Uma microexpedição para conhecer a nascente do Rio Morenão e a
limpeza da prainha e do lago movimentaram os moradores
Coral infantil na cerimônia de lançamento do Encontros e Caminhos
Conhecer de perto a nascente do
Rio Morenão, na localidade de Linha Santa Clara, foi uma das principais atividades do Encontros e
Caminhos em Santa Helena. Os participantes percorreram as margens
da nascente e receberam instruções
sobre como preservar e analisar a
qualidade da água e do próprio canal de escoamento do rio, trabalho
coordenado pelo professor de química Mauri Jorge May.
A microexpedição contou com a
presença de agricultores, moradores da região, alunos, professores,
organismos do setor rural, Sin-
dicato dos Trabalhadores Rurais,
Instituto Emater, Itaipu, Secretaria
de Agricultura, Meio Ambiente
e Abastecimento e do prefeito de
Santa Helena, Jucerlei Sotoriva, que
também participou da parte prática
da análise de leito e da água do rio.
Segundo um dos moradores da
localidade, Anibaldo Meurer, a
nascente está em melhores condições que há alguns anos, quando as terras eram utilizadas para
agricultura e o plantio feito até a
margem do rio. Atualmente, os
produtores da região desenvolvem algumas ações de preserva-
ção, como manter a vegetação nas
encostas do córrego.
A expedição integra um plano
maior de recuperação de nascentes e cuidados com o meio ambiente, que inclui adequação de
estradas e práticas de conservação
de solo, entre outras ações.
Limpeza
Em outra atividade do Encontros
e Caminhos, o lixo às margens da
prainha e do lago foram recolhidos
pelos pescadores, que munidos de
luvas, botas e bastante disposição,
dividiram-se em grupos para cole-
tar latas, garrafas e sacolas plásticas.
toneladas de lixo do rio.
O material se juntou ao que foi
coletado em abril do ano passado,
com a baixa do Lago de Itaipu:
centenas de garrafas de agrotóxicos dos anos 1970/80/90, algumas
ainda lacradas e com conteúdo
intacto.“Se um perigo desses bate
em algum lugar e abre, é um desastre! Nossos peixes seriam todos contaminados”, apontou Lírio Hoffmann. Os recipientes de
agrotóxico repousavam no fundo
do lago junto a pneus, pequenos
botijões de gás, brinquedos e panelas. No total, foram retiradas 2
Cultura
Nos 53 dias de programação do
“Encontros e Caminhos”, Santa
Terezinha de Itaipu mostrou que
bons resultados são possíveis graças ao trabalho de todos. Além de
fortalecer e dar visibilidade às ações
de preservação do meio ambiente,
o momento também foi de reconhecer o trabalho das pessoas para
expandir as possibilidades de ações
do Programa Cultivando Água Boa,
desenvolvidos no município.
Um dos melhores exemplos de
trabalho e envolvimento coletivos
é o Corredor da Biodiversidade
Santa Maria, uma faixa verde que
começou a ser formada em 2003
A cultura também ganhou destaque na programação do Encontros
e Caminhos. Uma exposição resgatou a história da música por meio
de uma mostra de discos de vinil.
Rogério Arnold e Romeu Bonatto
são colecionadores e disponibilizaram o acervo para a exposição.
Além dos discos a exposição também resgatou aparelhos para reprodução utilizados nos anos 50
e 60, como toca-discos, fabricado
em 1950 e um rádio, de 1951.
Coleta de lixo eletrônico
e hoje liga as áreas de proteção do
reservatório de Itaipu ao Parque
Nacional do Iguaçu.
Durante o Encontros e Caminhos, o corredor recebeu a visita de estudantes e moradores
da cidade. Antonio Correa,
presidente da Associação dos
Catadores de Materiais Recicláveis de Santa Terezinha
de Itaipu, havia muito tempo
não entrava em uma mata. “É
uma sombra muito boa e fazia
tempo que eu não respirava
aquele ar puro que tem lá dentro.”
Coleta
Plantio de mudas de palmito
Em outra frente de ação, Santa
Terezinha de Itaipu conseguiu
arrecadar 5,5 toneladas de lixo
eletrônico – celulares, baterias,
televisores, computadores, teclados, entre outros. O material,
coletado durante uma campanha,
foi vendido e o dinheiro arrecadado, repassado para a Associação dos Catadores de Recicláveis de Santa Terezinha
de Itaipu (Acaresti).
na limpeza do pátio e dependências
da escola. “Sabemos que estamos
ajudando a escola e a natureza com
essa atitude”, disse Santina.
Peixes
Ainda dentro da programação
do Encontros e Caminhos foi realizada uma feira de peixe vivo
reunindo piscicultores que cultivam os peixes em tanques-rede.
“O pessoal valoriza o pescador e
nos ajuda a trocar telas e tanques.
Hoje, se não fosse por eles, eu
não estaria na pesca”, comentou
o piscicultor Olmiro Vogel. Sua
produção é de 7 mil peixes por
ano, dos quais 5.500 vão para a
merenda escolar.
Reconhecimento
Na festa de encerramento, várias pessoas receberam o certificado pela
contribuição nas
atividades ambientais do município. Bianca Franco participa
do Programa de Formação de
Educadores Ambientais (FEA)
e tem forte participação em projetos ambientais. “Sempre que
posso levo os projetos para a faculdade. Assim a gente consegue
atrair mais pessoas. Aqui na cidade nós temos o apoio de todo
mundo” comentou Bianca.
“Esse é um momento de demonstrar o que nós estamos fazendo em relação ao meio ambiente. E, também faz parte do
projeto identificar as boas práticas ambientais. Uma das maneiras de valorizar essas
pessoas é promover essa
certificação ambiental”
explicou o gestor do
Encontros e Caminhos
de Santa Terezinha,
Paulo Squinzani.
Cisternas
Na Escola Monteiro
Lobato, foram entregues duas cisternas para
aproveitamento da água
da chuva. Clair Rouver,
Noêmia Santos, Santina
de Jesus e Maria Luiza
da Silva, zeladoras da
escola, serão as responsáveis pelo uso da água
Apresentação na festa de entrega de cisternas na Escola Monteiro Lobato
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Na feira do peixe vivo,
piscicultores conseguem
renda com a venda da
produção em tanques-rede
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encontros e caminhos
encontros e caminhos
Criando uma terra nova
são josé das
palmeiras
São Miguel do Iguaçu
A história que
vivenciamos é
melhor que a que
lemos nos livros
Cuidados com o meio ambiente inspiraram nome para atividades do Encontros e Caminhos
Leonice Lenz Marques,
coordenadora dos
Encontros e Caminhos
Cavalgada Ecológica
“Terra Nova – recuperando e
protegendo vidas” foi o nome
escolhido para as ações do Encontros e Caminhos em São José
das Palmeiras. O evento de lançamento do projeto aconteceu
durante a 29ª festa do município
e 22ª Festa do Peão.
Na festa, ficou estabelecido que, a
partir de agora, a cada ano, o campeão do rodeio será homenageado
com plantio de uma árvore nativa
para simbolizar o cuidado com a
natureza. Além disso, foi feita a
entrega simbólica das 40 mil mudas de árvores a serem plantadas
no município, lembrando os 40
anos da Itaipu Binacional.
Uma das atividades reuniu dez
jovens do Colégio Estadual São
José das Palmeiras, que viveram
uma grande aventura: foram conhecer os resultados das ações do
Programa
Cultivando Água
Boa no município, como a proteção de nascentes e o apoio à produção rural.
A microexpedição começou na
comunidade Codal, a 15 quilômetros de São José, onde os jovens
foram visitar uma nascente coberta e protegida, um dos trabalhos que mais orgulham Quirino
Kessler, gestor de bacias hidrográficas. “Quando viemos aqui pela
primeira vez, aqui não tinha nada,
só a água exposta. Protegemos e
cobrimos a nascente e plantamos
a mata ciliar”, explicou. Na última
etapa da expedição, uma surpresa
– uma queda d’água para aplacar
o calor traiçoeiro.
Além dessa expedição, também
foi realizada uma trilha ecológica
e o repovoamento de peixes no
Arroio do Encontro por estudantes da cidade.
Os estudantes permaneceram no
foco das ações. Em maio, as-
Resgate histórico e cultural
sistiram a palestras sobre combate
á dengue e sobre hortas verticais.
Também foram realizadas atividades esportivas, com o objetivo de
formar cidadãos por meio da inclusão social e estimular o espírito
de grupo. Participaram alunos das
escolinhas de futebol e vôlei.
Conhecer de perto as histórias de quem construiu a cidade para aprender a
preservar para o futuro foi um dos objetivos das ações
O Encontros e Caminhos em São
Miguel do Iguaçu priorizou ações
de preservação ambiental, cultura
e agricultura. O destaque cultural
ficou a cargo de um dia especial de
palestras e círculos de debates, reunindo cerca de 300 professores da
rede municipal de ensino de São Miguel do Iguaçu. O tema da discussão
foi sobre o papel do educador dentro
do contexto da educação ambiental.
Rural
A programação do Encontros e
Caminhos foi bastante variada.
Em abril, foi realizada uma Cavalgada Rural, reunindo dezenas
de cavaleiros, com o objetivo de
resgatar as tradições culturais e
proporcionar momentos de confraternização.
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Um dos palestrantes foi o diretor de
Coordenação e Meio Ambiente da
Itaipu Binacional, Nelton Friedrich.
Sua fala foi pautada no diálogo sobre
os conteúdos e valores da ética do
cuidado, solidariedade e compreensão ambiental. “Somos fios de uma
teia da vida” destacou Friedrich.
Quilombola
Duas turmas do colégio de São Mi-
guel do Iguaçu conheceram a Comunidade Quilombola Apepu para
ver de perto o que se lê nos livros
de história. A comunidade reúne
negros descendentes de escravos.
Os estudantes foram recepcionados por Aurora Correa, de 72
anos, uma das líderes da comunidade e aprenderam o significado de
“Apepu” (laranja muito comum na
Visita à comunidade quilombola Apepu
Orientação sobre formação de hortas
Visita à comunidade indígena
Diversão também fez parte da
programação. Uma roda de viola
alegrou a comunidade, ajudando
a resgatar a cultura regional. Na
Roda de Memória, foi promovido encontro entre os pioneiros e
os moradores mais jovens quando recordações e histórias foram
compartilhadas.
localidade), conheceram o lugar e
ouviram histórias dos moradores.
Pioneiros
Histórias também conduziram as
atividades de jovens de duas escolas
que, num dia chuvoso, caminharam
pela Rua Floresta, a primeira rua da
cidade, na companhia de pioneiros.
No tempo da colonização, as distâncias eram longas, não havia as
facilidades atuais de deslocamento
e contato com outras pessoas, e foi
isso que todos os três pioneiros quiseram frisar aos mais novos.
Antônio Daniel Neto, 66 anos,
lembra-se de datas e fatos com
clareza. “Lembro bem que a gente
achava tudo difícil, mas hoje em
dia, me sinto muito feliz de ter
escolhido essa terra para viver e
Repovoamento de peixes no Arroio do Encontro
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Roda de Viola
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ela me acolheu.”
Para que a história não se perca,
os depoimentos dos pioneiros
foram transformados em um livro - “Histórias e Estórias de São
Miguel do Iguaçu”.
Encontros
No encerramento do Encontros e
Caminhos, os alunos do Ensino de
Jovens e Adultos da Escola Henrique Ghellere puderam rememorar
todas as ações Programa Cultivando Água Boa no município numa
exposição de fotos em destaque no
saguão. “Decidimos fazer essa retrospectiva para fixarmos que a história que vivenciamos é melhor que
a que lemos nos livros”, explicou
a coordenadora dos Encontros e
Caminhos, Leonice Lenz Marques.
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encontros e caminhos
encontros e caminhos
Valorizando a história para
planejar o futuro
Terra Roxa
São Pedro
do Iguaçu
De teatro à expedição ao Rio Paraná
O cuidado ambiental vivenciado por diversos segmentos da comunidade
Após dois anos de pesquisas e coleta de documentos, professor reúne histórias da cidade em livro
O lançamento do Encontros e Caminhos em São Pedro do Iguaçu foi
celebrado junto com o 4º Encontro
dos Pioneiros. No evento, foi lançado o livro “São Pedro do Iguaçu:
Histórias, Causos e Lendas”, do
professor Luiz Carlos Salamí.
Em São Pedro do Iguaçu desde
1977, Salamí conta que sentiu a necessidade de registrar a história da
cidade conversando com alunos.
“Percebi que nossa juventude não
conhecia nada sobre a origem e as
histórias da cidade”, contou. “Não
podia deixar tudo isso se perder.”
Foram dois anos de pesquisas e
coleta de documentos para contar
a história de muitas pessoas, como
Luzia Oliveira. “A história da minha família foi difícil, mas com
A cima, ao lado e no detalhe ações do Rio Mais Limpo
muito esforço, vencemos. Agora,
com o livro, posso mostrar para os
meus netos. Tem muita coisa aqui
que os mais novos não acreditam.”
Cadastro rural
As atividades do Encontros e Caminhos incluíram também uma
palestra sobre o recém-regulamentado Cadastro Ambiental Rural (CAR) com a engenheira agrônoma, Gláucia Dias.
O CAR foi aprovado junto com
o novo Código Florestal, há dois
anos, mas apenas em maio foi dis-
ponibilizado na internet. O prazo
para que os produtores rurais façam o cadastramento termina em
maio de 2015. O cadastramento é
obrigatório e gratuito e ampara os
produtores rurais caso precisem
requerer serviços do governo, além
de facilitar o acesso ao crédito rural.
Notícias da ANA a
um clique de distância
A Casa de Cultura Ademir Antonelli ficou lotada nas três apresentações da peça “As Quatro Estações
da Alma”, que integrou a programação de abertura do Encontros e
Caminhos em Terra Roxa.
Cadastre-se no site
boletimaguas.ana.gov.br/cadboletim
No evento, a diretora de Cultura
e responsável pelos projetos de
Meio Ambiente do município,
Claudinéia Vilar Sônego, ressaltou a importância do projeto. “A
ideia é sermos agentes multiplicadores dentro do Projeto Encontros e Caminhos, e, para atingir estes objetivos, apostamos na
coletividade”, ressaltou.
para receber o Boletim Água em seu
e-mail e fique informado sobre as
principais notícias da ANA.
Acompanhe a ANA no Facebook, no
Twitter e no Youtube.
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Exposição
twitter.com/anagovbr
Fotos contando a história
dos pioneiros e retratando
momentos curiosos foram
reunidas para compor uma
exposição itinerante, que
passou por vários locais
públicos. As fotos foram
coletadas junto a estudantes do município. O objetivo foi despertar a atenção
para o passado e refletir sobre a
evolução e o progresso alcançados.
Na programação, duas atividades
ligadas à vida no campo: cavalgada
e roda de viola. A cavalgada tem
sido um esporte-lazer crescente no
município, onde o contato com a
natureza e os diferentes caminhos
ajuda a integrar cidade e meio rural. E para estimular a vocação dos
tocadores e cantadores de moda de
viola ou música de raiz, foi realizada uma Roda de Viola reunindo
vários moradores da cidade no Sítio
São Pedro, de Pedro Sonego.
Flores no caminho
Outra ação desenvolvida dentro do Encontros e Caminhos foi
o plantio de flores nas principais
avenidas da cidade. Em parceria
com o projeto Formação de Educadores Ambientais (FEA), mais
de mil mudas de cravo-amarelo
foram plantadas no município
com a ajuda de estudantes. “Envolver as crianças nessa tarefa
mostrou o interesse delas em cui-
A ideia é sermos agentes
multiplicadores dentro do Projeto
Encontros e Caminhos
Claudinéia Vilar Sônego, diretora de Cultura e
responsável pelos projetos de Meio Ambiente
Oficina de língua polonesa
dar do meio ambiente e carinho
com a cidade onde vivem”, destacou a diretora do Meio Ambiente,
Carla Simões.
Na Expedição ao Parque Nacional de Ilha Grande e na ação
Rio+Limpo – realizada em parceria com o Consórcio Intermunicipal
para a
Conservação do
Rema-
nescente do Rio Paraná e Áreas
de Influência (Coripa) – estudantes e outros moradores da cidade
puderam manter contato direto
com a natureza, contemplando o
Rio Paraná até a foz do Rio Piquiri onde os dois rios se encontram.
Na ação Rio+Limpo foi a vez de
colocar mãos à obra e ajudar na
coleta do lixo acumulado nas margens dos dois
rios.
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encontros e caminhos
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Toledo
Vera Cruz
do Oeste
Um caminho além do leito do rio
Atividades aliaram resgate da importância do Rio Toledo com a promoção da consciência ambiental
Nessa visita os
alunos podem
vivenciar na prática
o que estudam
na teoria
Uma aula sobre plantas medicinais
Alcenia May, professora
Além da visita a uma propriedade de cultivo de ervas medicinais, programação
incluiu também visita ao aterro sanitário e barracão de reciclagem
Enfrentando uma manhã chuvosa, alunos participantes do Projeto Florir Toledo, dos Centros da
Juventude e da Escola Municipal
São Luiz deram início à programação dos Encontros e Caminhos – Expedição Rio Toledo.
Plantio de árvores e flores
Apresentação cultural
Cerca de 50 jovens descobriram
que a história do município corre por aquela nascente e a área,
que hoje é uma frondosa floresta,
foi o marco zero da cidade. Naquele território, jovens ajudaram
no monitoramento participativo do rio, coletando a água para
análise da qualidade; plantaram
mudas de árvores nativas; e, com
professores e instrutores de educação ambiental, passearam pela
copa das árvores numa expedição
sensorial, na qual espelhos sob o
queixo permitem observar o que
há em cima.
Batizada “Um caminho que vai
além do leito do rio”, a expedição
teve uma ampla e intensa programação. “Queremos realizar um
resgate da importância histórica,
cultural, social e ambiental do Rio
Toledo, que deu nome ao município, por meio de atitudes que promovam a consciência ambiental”,
explicou a secretária de Comunicação Social e coordenadora do
evento, Rosselane Giordani.
A expedição incluiu ações em
sete escolas municipais. Em cada
unidade escolar foram desenvolvidas atividades que exploraram
a diversidade de significados histórico, cultural, ambiental e social
que permeiam o Rio Toledo por
meio de palestras e oficinas sobre
plantas medicinais, condimentares e aromáticas; distribuição
de sementes ou folhas secas de
plantas medicinais; apresentações
teatrais; exposições itinerantes;
depoimento de pioneiros;
apresentações musicais; oficinas sobre meio ambiente e
cultura; coleta de eletrônicos;
oficina de poesia e grafitagem.
“É importante para apreendermos mais. A cada palestra, a cada
pessoa que a gente conhece é algo
a mais de bom acrescentado em
nossa vida, principalmente sobre
o meio ambiente”, avaliou.
Encerramento
Toledo escolheu o Dia do Meio
Ambiente para encerrar a programação. Houve apresentações culturais
e como lembrança,mudas
de alecrim e sachês
de sal com ervas finas.
Em Vera Cruz do Oeste, um dos
grandes destaques das ações do
Programa Cultivando Água Boa é
o cultivo de plantas medicinais. Por
isso, uma das ações do Encontros
e Caminhos foi a visita dos alunos
do 1º ano do Ensino Médio da Casa
Familiar Rural Getúlio Prate à propriedade de Guiomar Neves.
que estudam na teoria” disse a
professora Alcenia May.
A agricultora explicou os usos de
várias espécies e o funcionamento do secador de folhas e guiou o
grupo pela sede da Cooperativa
Gran Lago, onde são embaladas e
processadas as plantas medicinais.
Sem medo de perguntar, os estudantes sanaram as dúvidas sobre separação do lixo. “É importante que vocês também passem
isso pra frente em suas casas,”
disse a secretária de Meio Ambiente do município,
Sílvia Maccari, que
guiou o grupo na
visita.
No passeio, os alunos, que também estudam agricultura e pecuária, puderam integrar conteúdos. “Nessa visita
os alunos podem vivenciar
na prática o
Biogás
A expedição também incluiu
a visita de adolescentes dos
Centros da Juventude e do
Projeto Florir Toledo à
propriedade do agricultor e suinocultor Paulo
Lunkes, no distrito de São
Luiz do Oeste, onde puderam conhecer um biodigestor e os princípios
da utilização de dejetos
animais para produção
de energia.
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A Associação de Catadores de
Vera Cruz do Oeste é presidida
por Félix Ranzan, de 72 anos, um
exemplo de vida e cuidado com
o meio ambiente. “Sou jardineiro aposentado. Poderia estar
em casa, descansando, mas não
consigo”, contou. “O barracão é
muito perto de casa, passava aqui
todo dia, gostava do que via e
sabia que essas ações poderiam
melhorar. E cá estou eu, indo
pro segundo mandato.”
O estudante Yuri Nathan
Maschio viu uma grande
oportunidade no encontro.
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Pacto das Águas: comprometimento
Pacto
No encerramento das atividades do Encontros e
Caminhos, Vera Cruz
do Oeste celebrou
mais um Pacto das
Águas, dessa vez,
na comunidade
da microbacia do
Jacutinga Alta.
Após a solenidade,
foram entregues os
certificados de reconhecimento para os
que se destacaram
na preservação ambiental.
Grafitagem
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Outro destaque na programação do Encontros e Caminhos
em Vera Cruz do Oeste foi a visita de estudantes ao aterro municipal e ao barracão para triagem
de recicláveis.
A turma passou observando todos os estágios de separação do
lixo no barracão de recicláveis: a
triagem, a separação, a estocagem
e a compactação.
Visita à Associação de Catadores: exemplo
Visita ao aterro sanitário
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Jornal Cultivando Água Boa ed. 26/Encarte (pdf / 7.29 MB)