Unidade III
Unidade III
7 Experiências Práticas para você fazer com seus alunos
Exemplos práticos de experiências realizadas pela professora Renata Amadeo em classes do primeiro
ciclo do Ensino Fundamental segundo o seu próprio relato.
7.1 Área temática “corpo humano”
7.1.1 Olhos
Apresentação
Você já reparou na maneira como nós enxergamos as coisas?
Se o ambiente está escuro, não conseguimos visualizar detalhes ou as cores como elas realmente
são. Entretanto, se o ambiente está muito claro, nossa visão também fica dificultada. Por quê?
Nossos olhos são formados por três partes, as quais conseguimos observar externamente: a
esclerótica (a parte branca), a íris (a parte colorida) e a pupila (parte preta). A pupila é a grande aliada
da visão, pois é por meio dela que se dá a entrada da luz, que sensibiliza o nervo ótico, e leva a imagem
para o nosso cérebro.
Materiais
• ambiente escuro;
• uma lanterna para cada dupla.
Descrição do experimento
Separe seus alunos em duplas e dê a eles uma lanterna.
Num ambiente escuro, cada aluno deverá observar os olhos da sua dupla e perceber se a pupila
está ou não dilatada. Em seguida, acenda a lanterna, mas tome o devido cuidado de nunca direcionar
a luz diretamente nos olhos de outra pessoa, pois isso pode machucar. A intenção é apenas deixar o
ambiente um pouco mais claro para que os alunos percebam, por observação, a contração que a pupila
faz na presença de luz, ficando com o diâmetro um pouco menor em relação à primeira observação, no
ambiente escuro.
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Metodologia e Prática do Ensino da Matemática e Ciências
Conclusão
Os nossos olhos foram feitos para enxergar tanto em ambientes claros quando em ambientes escuros.
Assim, a pupila aumenta de tamanho quando precisa captar mais luz e diminui de tamanho quando
existe muita luz no ambiente.
Uma dica importante é nunca olhar diretamente para a luz solar, pois não temos proteção suficiente
para todos os tipos de raios emanados pelo sol.
7.1.2 Dentes
Apresentação
Estar banguela é temporário? Você já reparou que seus dentes têm formatos diferentes?
Quando você quer morder um pedaço de uma maçã, quais dentes você utiliza? Os da frente,
chamados de incisivos.
Quando você quer rasgar um sache de ketchup ou mostarda, quais dentes você utiliza? Aqueles
pontudos, chamados caninos.
E quando você vai mastigar um sanduiche ou uma porção de arroz e feijão? Quais você utiliza? Os
do fundo, chamados molares e pré-molares.
Materiais
• bolacha água e sal;
• água;
• prego;
• papel toalha molhado;
• pistilo ou colher;
• espátula ou colher;
• potinho de metal ou plástico (para que não quebre).
Descrição do experimento
Vamos fazer uma simulação do funcionamento de nossos dentes ao mastigarmos a comida até que
vire bolo alimentar. Cada grupo pode fazer o experimento com um kit para que os alunos sintam como
os dentes trabalham.
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Unidade III
Primeiramente, vamos usar os dentes da frente, os incisivos. Com a bolacha inteira e a colher ou
espátula, apertemos com a parte mais fina até que a bolacha quebre ou seja “mordida”: usamos esses
dentes para partir os alimentos em pedaços menores que caibam na nossa boca.
Para simular os caninos, vamos usar o prego e rasgar o papel molhado, que estará em cima da mesa,
com a pontinha do prego: usamos esses dentes para rasgar os alimentos mais duros.
Para simular como os molares e os pré-molares são usados para amassar e triturar os alimentos, agora
vamos amassar a mesma bolacha com a parte convexa da colher e, ao mesmo tempo, ir misturando um
pouco de água até que fique uma papa, que será a simulação do bolo alimentar.
Conclusão
A mastigação é uma etapa muito importante para a nossa digestão, pois com os alimentos partidos
em pedaços cada vez menores o sistema digestório funciona de modo mais eficiente.
Uma atenção especial deve ser dada aos chicletes: quando mantemos a mastigação do chiclete, nosso
corpo vai se preparando para receber uma quantidade de alimento que não virá, pois nada engolimos.
Com isso, é possível gerar dor de estômago.
7.1.3 Tato
Apresentação
O corpo humano é dotado de cinco sentidos:
• Tato: permite sentir o mundo exterior por meio da pele.
• Paladar: permite sentir sabores e gostos por meio da língua.
• Olfato: permite sentir odores por meio do nariz.
• Audição: permite ouvir o mundo exterior por meio dos ouvidos.
• Visão: permite visualizar o mundo por meio dos olhos.
Nesta experiência vamos estudar mais sobre o tato.
Você consegue distinguir qual o objeto que está em suas mãos utilizando apenas o sentido do tato?
Materiais
• objetos do experimento que serão tateados, como sapato, bolinha de tênis, colher, rolha,
corrente, copo de plástico, copo de metal etc.;
• vendas, ou tecido.
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Metodologia e Prática do Ensino da Matemática e Ciências
Descrição do experimento
Organize a classe em uma roda e dê a cada um dos alunos uma venda para garantir que eles fiquem
de olhos fechados. Combine por qual lado os materiais serão passados ao colega do lado. É preciso
encostar o objeto no amigo no momento da passagem, pois aí está o objetivo do experimento: como
ninguém está vendo, é uma maneira de saber se há uma nova sensação tátil.
Somente após dar início à passagem dos objetos é que começamos a prestar atenção se existe algum
material que foi perdido no caminho.
Quando todos os materiais forem utilizados, guarde-os numa caixa e peça aos alunos que tirem as
vendas. Pela memória, peça que eles identifiquem o que foi passado e que depois justifiquem como foi
o processo pelo qual eles descobriram de qual objeto se tratava.
Conclusão
Os alunos devem levantar suas justificativas em relação à forma, temperatura, maleabilidade, textura,
peso, entre outras características, para distinguir qual era o objeto em questão.
Por exemplo: qual a diferença entre o copo de metal e o copo de plástico? Algumas das justificativas
poderiam ser a maleabilidade maior no copo de plástico, a sensação térmica mais gelada no copo de
metal, entre outras.
7.2 Área temática “seres vivos”: plantas e animais
7.2.1 Classificações: pena, pelo, escamas
Apresentação
Por que ficamos arrepiados quando sentimos frio? Qual a roupa que os animais usam? Pelos, penas
ou escamas e outros revestimentos são o que cobre os animais.
Materiais
• figura de animais diversos;
• placas com os escritos: penas, pelos, ou escamas.
Descrição do experimento
O objetivo deste experimento é ajudar os alunos a separar os animais em suas espécies a partir
de suas características peculiares: mamíferos possuem pelos, peixes têm escamas e aves têm
penas.
157
Unidade III
Além de apontar as diferenças entre eles, podemos realizar esta atividade de diversas maneiras.
No entanto, você verá que o modo que mais anima as crianças será o experimento na forma de
jogo.
Ao mostrar uma foto por vez, as crianças escolhem qual placa levantar. Pode-se também mostrar
várias figuras para que elas as separem conforme o tipo de cobertura de cada animal.
Após o experimento, seria interessante trazer para a aula textos informativos ou um filme que
explique o porquê de os animais ficarem arrepiados. Pode ser que algum aluno já tenha visto um gato
ou um pássaro arrepiado e assim faça a ligação dos fatos.
Conclusão
Seja com escamas, pelos ou penas, os animais também ficam arrepiados. Mas por quê? Para se
proteger do frio! Arrepiamos o nosso pelo para que a nossa cobertura fique mais espessa e assim não
percamos tanto calor para o ambiente. No entanto, também se pode ficar arrepiado por outros motivos,
como é o caso de alguns animais que se arrepiam para parecerem maiores do que são e assim intimidar
seus inimigos.
O peixe baiacu é um exemplo de animal que utiliza essa técnica para parecer maior e conseguir fugir
de predadores: embora ele não tenha pelos para arrepiar, sua pele se estica e infla como uma bexiga.
Com isso, ele ganha a aparência de um corpo maior e consegue, assim, assustar seus predadores, que
acabam fugindo. As aves também eriçam as penas quando estão dispostas a lutar para defender a cria
ou a fêmea.
No nosso caso, seres humanos, o arrepio pode indicar tanto medo quanto frio. Quando isso acontece,
seus pelos ficam em pé porque a pele possui um músculo eretor para cada pelo. Assim, por meio da
contração, o músculo levanta o pelo de modo que, quando fica em pé, possibilitam a retenção de uma
camada de ar sobre a pele, com a função de isolamento térmico e evitando uma consequente perda de
calor.
Na pele de cada ser humano, há vasos sanguíneos que ajudam a regular a temperatura do seu
corpo. Durante o arrepio, tais vasos diminuem de tamanho, reduzindo o volume de sangue que
circula dentro deles. Assim, com menos sangue esfriado circulando, a pele fica com menos cor e
sofre menos perda de calor enquanto que os músculos tremem, também com o objetivo de fazer
mais calor e aquecer o corpo.
7.2.2 Cadeia alimentar
Apresentação
Como podemos obter o equilíbrio entre as espécies? Como os animais e as plantas entram em
extinção?
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Metodologia e Prática do Ensino da Matemática e Ciências
Materiais
Figuras de:
• homem;
• peixe;
• minhoca;
• grama;
• fungos;
• quadra ou espaço em que as crianças possam brincar;
• cartão de objetivo.
Descrição do experimento
Para que as crianças compreendam e sintam o que é de fato a cadeia alimentar, propomos aqui
esta experiência em forma de jogo. É necessário que se explique anteriormente o que são produtores,
consumidores primários, consumidores secundários e decompositores. Neste exemplo, usamos a grama
como produtor, a minhoca como consumidor primário, o peixe como consumidor secundário, o homem
como consumidor terciário e os fungos como decompositores.
As regras do jogo são as seguintes:
• os fungos podem comer seres vivos de qualquer outra figura;
• a grama só pode comer os fungos;
• a minhoca só pode comer a grama;
• o peixe só pode comer a minhoca;
• o homem pode comer o peixe.
Organização do jogo
Cada equipe pode ter de cinco a oito crianças. Assim poderemos ter um jogo com duas, três ou mais
equipes. Separe as equipes por cor, para facilitar o jogo.
Defina o objetivo da equipe: completar a cadeia alimentar da equipe azul ou completar duas cadeias
alimentares das outras duas equipes.
Prepare as cartelas com os espaços das figuras na ordem da cadeia para serem coladas com as
figuras que serão adquiridas na brincadeira.
159
Unidade III
Prepare também envelopes com quatro ou cinco vezes a cadeia alimentar de cada equipe, dependendo
do número de crianças que tiver em cada uma.
Como jogar
Cada equipe escolhe um representante que ficará com a cartela da cadeia e o envelope.
Cada criança sorteará do envelope uma figura e irá a “campo” (centro da quadra) para jogar.
No centro da quadra, ela pergunta para uma outra criança qual a figura que ela tem e compara
as duas para ver qual o ser vivo mais forte. A criança com a figura vencedora volta para a base
(para o seu representante) e dá a ele a figura que ganhou no encontro. Em seguida, continua a
jogar, voltando para o campo. A criança com a figura que perdeu volta para o representante e
sorteia outra figura. O jogo termina quando o representante grita que o objetivo da equipe foi
alcançado.
Tipos de encontros:
• homem e homem: nada acontece;
• homem e peixe: ganha o homem;
• homem e minhoca: nada acontece;
• homem e grama: nada acontece;
• homem e fungo: fungo ganha;
• peixe e homem: homem ganha;
• peixe e peixe: nada acontece;
• peixe e minhoca: peixe ganha;
• peixe e grama: nada acontece;
• peixe e fungo: fungo ganha;
• minhoca e homem: nada acontece;
• minhoca e peixe: peixe ganha;
• minhoca e minhoca: nada acontece;
• minhoca e grama: minhoca ganha;
• minhoca e fungo: fungo ganha;
• grama e homem: nada acontece;
• grama e peixe: nada acontece;
• grama e minhoca: minhoca ganha;
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Metodologia e Prática do Ensino da Matemática e Ciências
• grama e grama: nada acontece;
• grama e fungo: trocam as figuras;
• fungo e homem: fungo ganha;
• fungo e peixe: fungo ganha;
• fungo e minhoca: fungo ganha;
• fungo e grama: trocam as figuras;
• fungo e fungo: nada acontece.
Importante: este jogo é uma cadeia linear, mas na realidade nem sempre é assim. O peixe, por
exemplo, pode comer tanto a minhoca como plantas aquáticas. Se alguma figura entra em extinção, é
necessário que se pare o jogo e que se explique o porquê de isso ter acontecido.
Conclusão: nesta experiência, conseguimos relacionar os agentes da cadeia alimentar e às vezes
expor como acontece uma extinção de espécies.
7.2.3 Sapo, rã ou perereca?
Apresentação
Qual a diferença entre sapo, rã e perereca?
Esses três animais apresentam várias diferenças entre si, tanto na morfologia como no comportamento
e na classificação zoológica.
Todos eles são classificados como anuros, nome dado aos anfíbios que não têm rabo.
A rã tem a pele lisa e brilhante. Suas pernas são longas e correspondem a mais da metade do seu tamanho.
Para nadar, algumas rãs contam com a ajuda das patas traseiras, que podem ser dotadas de membranas.
Saiba mais
Para conhecer mais sobre os anuros, acesse o site: <http://pt.scribd.
com/doc/54975807/PERCEPCAO-DE-ANUROS>.
Os sapos preferem viver em terra firme e somente procuram a água para se reproduzir. No Brasil,
uma das espécies mais comuns é o sapo-cururu (Bufo marinus).
As rãs podem dar saltos de até 1,5 metro de comprimento e 70 centímetros de altura. A família dos
ranídeos é a mais numerosa, embora no Brasil haja uma única espécie dessa família (Rana palmipes). As
demais rãs brasileiras pertencem à outra família, a dos leptodactylídeos.
161
Unidade III
As pererecas, assim como os sapos, preferem ficar fora da água. Elas vivem em árvores e pertencem
a várias famílias. A mais extensa é a dos hylídeos, da qual fazem parte a “perereca da Europa” (Hyla
arborea) e a minúscula grass frog (“perereca da grama”), que mede só 1,75 centímetro.
Algumas características desses animais:
Sapo
• Habitat: prefere viver em terra firme.
• Tamanho: de 2 a 25 centímetros.
• Número de espécies: cerca de 300.
• Características: pele rugosa e cheia de verrugas, com pernas curtas que permitem somente pulos
limitados e desajeitados. Graças às glândulas na região dorsal, libera veneno que pode irritar
nossos olhos e as mucosas, porém o veneno somente pode ser expelido se o sapo sofrer uma
pressão externa, como a possibilidade de ser pisado.
Rã
• Habitat: mora principalmente em lagoas.
• Tamanho: de 9,8 milímetros a 30 centímetros.
• Número de espécies: mais de 4 mil.
Perereca
• Habitat: muito encontrada em galhos de árvores.
• Tamanho: menos de 10 centímetros.
• Número de espécies: mais de 700.
• Características: a perereca é menor que um sapo ou uma rã e tem os olhos esbugalhados,
deslocados para fora. Suas pernas finas e longas permitem grandes saltos de até 2 metros
de distância. Um tipo de ventosa, na ponta dos dedos, ajuda o animal a subir em árvores.
Materiais
• fotos de alguns anfíbios;
• placa com a palavra rã;
• placa com a palavra sapo;
• placa com a palavra perereca;
• tabela de respostas para consulta;
• tabela para pontuação.
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Metodologia e Prática do Ensino da Matemática e Ciências
Descrição do experimento em forma de jogo
Você pode fazer essas placas de cartolina, cada uma representando um conjunto (rã, sapo e perereca)
por cada grupo. Cada grupo deve ter de três a quatro crianças, de modo que elas possam discutir e até
mesmo votar dentro do grupo.
Cada grupo deve sortear uma foto e associá-la a uma placa de identificação. Em seguida, compara‑se
com uma tabela de respostas.
Cada grupo deverá marcar seus acertos na tabela para pontuação para depois estabelecer uma
classificação.
Conclusão
Esta experiência é mais uma explicação e tomada de conhecimento do que propriamente uma
experiência de materiais. No entanto, o conhecimento adquirido faz com que a atividade e a mudança
de ambiente a torne uma experiência.
7.3 Área temática “conceitos físicos”
7.3.1 Boia ou afunda?
Apresentação
Nesta experiência também se trabalha o conceito de densidade, porém de uma forma mais lúdica.
É difícil saber, sem experimentar, quais são os materiais que boiam e quais os que afundam. Um bom
exemplo disso é a berinjela, que por ser grande e preta e por aparentar ser pesada nos dá a impressão
de que afunda na água, mas na realidade ela boia.
Outro teste pode ser feito a partir da forma na qual o objeto se apresenta, que pode fazê-lo
boiar ou afundar. Você já reparou num barco feito de metal? Se somente colocássemos o metal
na água, ele certamente afundaria, porém o barco foi feito para boiar. Como isso pode acontecer?
Materiais
• um aquário com água;
• palito de sorvete;
• palito de churrasco;
• bolinha de gude;
• bolinha de ping-pong;
• bolinha vermelha;
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Unidade III
• bolinha de tênis;
• sandália havaiana;
• chave;
• isopor;
• caneta;
• lápis;
• colar;
• brinco;
• batata;
• berinjela;
• cenoura;
• ovo;
• um pote de vidro com água salgada;
• martelo;
• papel de alumínio.
Descrição do experimento
Este experimento pode apresentar três partes, se você assim o quiser.
Primeira parte
Esta experiência é de observação. Para tanto, você vai precisar de um aquário de vidro. Separe a turma
em dois grupos (de meninos e de meninas) e peça que eles deem suas opiniões antes de demonstrar
se o objeto mostrado irá afundar ou boiar. Anote os palpites. Deixe que as crianças experimentem para
que possam verificar os objetos que boiam. Compare os palpites com o que verificaram por meio da
experimentação e pontue cada palpite correto do grupo. Em seguida, exponha a classificação pelos
pontos marcados.
Segunda parte
O ovo afundou, certo? Como será que fazemos para que ele boie?
Coloque a maior quantidade de sal que possa ser dissolvida no pote de vidro com água e coloque o
ovo para boiar nesse pote. O que aconteceu? O ovo não afunda como no aquário!
164
Metodologia e Prática do Ensino da Matemática e Ciências
Terceira parte
Faça um barco com o papel alumínio e coloque-o na água. Ele boia. Mas se você pegar esse mesmo
papel em formato de barco e amassá-lo ele afundará! Para tanto, é necessário amassar bem o papel,
tarefa para a qual você precisará da ajuda do martelo.
Conclusão
Os objetos afundam se a densidade desses for maior que a do meio em que estão. Ou seja, se o “peso”
– massa pelo volume – que tais objetos ocupam é maior que a massa pelo volume do meio, o isopor
acaba boiando e a chave afundando. Isso também explica o porquê de o ovo flutuar na água salgada:
como a densidade do ovo é muito parecida com a densidade da água, porém um pouco maior, na água
pura ele afunda. No entanto, se colocarmos sal nessa água, o que estaremos fazendo é aumentando a
densidade dessa água de modo que a densidade do ovo seja menor, o que o fará boiar. Essa é a mesma
explicação pela qual boiamos ao entrar no Mar Morto: a quantidade dissolvida de sal nesse mar é
tamanha que nossos corpos não conseguem afundar.
Mas existem outros motivos pelos quais um objeto pode boiar ou afundar. A explicação do
barco, que envolve o conceito de empuxo, é a de quanto de água é deslocada do meio em que
estamos.
Quando entramos numa piscina e queremos boiar, qual a posição em que ficamos? Logicamente, planos
na superfície da água. Permanecer nessa posição faz com que desloquemos uma quantidade de água maior do
que deslocaríamos na vertical, de modo que assim boiamos. Quando queremos afundar, tomamos a posição
de bolinha ou mesmo de agulha (salto de cabeça) para chegarmos até o fundo. Assim, deslocamos a mesma
quantidade de água e a explicação volta a ser a primeira, de densidade. Podemos lembrar também que para
boiar enchemos os nossos pulmões de ar, o que faz com que nossa densidade diminua.
7.3.2 Relógio de sol
Apresentação
Que horas são? Como sabemos as horas? Você sabia que os primeiros relógios só tinham um ponteiro?
De início, começamos a pensar no tempo apenas em dias e noites. Depois, com a necessidade de mais
detalhes, passamos a pensar em horas, e só então os minutos e os segundos começaram a fazer parte
da nossa contagem de tempo. Mas você já percebeu que o sol muda de lugar? Ou será que é o nosso
planeta Terra?
Materiais
• bússola;
• palito de churrasco;
• disco de cartolina.
165
Unidade III
Descrição do experimento
No pátio do colégio, espete o palito em um local com terra ou em uma bolinha de massinha, em um
local onde haja luz do sol. No começo do dia, marque onde a sombra do palito está e, passadas algumas
horas, faça uma nova marcação. Mudou de posição?
Para aprimorar a ideia, localize o leste e o oeste e mostre às crianças que o sol nasce a leste e se põe a oeste.
Mas lembre-se de que as horas exatas neste relógio vão depender do horário de verão e da estação do ano.
Conclusão
A sombra do palito aponta o horário em que estamos, mas e o sol do meio-dia? Normalmente não
temos sombra ao meio-dia, pois o sol está posicionado exatamente em cima de nossos corpos, de modo
que estamos pisando nossa própria sombra. Essa é uma observação muito importante a se mostrar para
as crianças.
7.3.3 Cata-vento
Apresentação
Você já brincou com um cata-vento? O que será que o faz girar? Podemos utilizar essa invenção para
produzir energia?
Materiais
• vento;
• lápis;
• tachinha;
• papel, como no modelo ao lado.
Descrição do experimento
Figura 25: Montagem do cata-vento.
166
Metodologia e Prática do Ensino da Matemática e Ciências
Disponha de um quadrado de papel e dobre-o na diagonal duas vezes para fazer a marcação (passo
1). Recorte nas linhas pretas contínuas. Não recorte as linhas pontilhadas. Depois de cortar, você terá
uma forma geométrica com 8 pontas, sendo 2 em cada canto (passo 2).
Para montar o cata-vento, envergue as pontas de cada canto de forma alternada até o centro do
quadrado (passo 3) e prenda-as com a tachinha de modo a encaixá-la também ao lápis, para você poder
segurar o cata-vento (passo 4).
Ao prender, deixe as abas um pouco soltas para que o cata-vento possa girar.
Sopre!
Conclusão
O cata-vento gira porque ele redireciona o vento com as suas “hélices”. Perceba que, se você soprar
numa outra direção, ele não vai girar ou então girará no sentido contrário.
Esse conceito é aplicado em usinas eólicas, que utilizam a força do vento para girar grandes hélices
e com isso gerar energia. Esse movimento pode ser utilizado na produção de energia elétrica, como a
que utilizamos em casa para ligar a TV, com baixos custos orçamentários e nenhum dano ambiental –
principais vantagens da fonte eólica.
7.3.4 Translúcido, opaco e transparente
Apresentação
Por que conseguimos ver através da janela e não conseguimos ver através da parede? Por que
quando chove fica mais difícil ver através do vidro do carro?
Materiais
• cartolina;
• papel vegetal;
• papel celofane incolor ou envelope plástico;
• um objeto qualquer: lápis, clipe, relógio, foto etc.
Descrição do experimento
Coloque o objeto escolhido atrás de cada um dos tipos de papel e em seguida pergunte aos alunos
o que eles conseguem enxergar.
No caso da cartolina, opaca, eles não vão conseguir enxergar nenhuma parte do objeto.
167
Unidade III
No caso do papel vegetal, translúcido, eles enxergam a silhueta do objeto e o identificam, mas não
veem os detalhes, como a marca do lápis ou ponteiro do relógio.
Já com o papel celofane, transparente, eles enxergam todos os detalhes, como a cor do objeto e
letras pequenas que esse possa ter.
É importante que os alunos saibam o nome dos meios (opaco, translúcido e transparente) e que
consigam dar exemplos em seu dia a dia, como: box do chuveiro, vidro do carro embaçado, janelas,
mesas, óculos etc.
Conclusão
Os meios têm diferentes formas de propagar a luz, que recebem três nomes específicos:
• opaco: não deixa a luz passar;
• translúcido: a luz passa, mas em virtude da irregularidade da superfície do papel ou do meio
(pode-se pedir para que os alunos passem a mão no papel e sintam que ele é mais áspero que o
celofane), a luz que chega aos nossos olhos é desorganizada;
• transparente: a luz passa sem grandes obstáculos.
7.3.5 Gelinho
Apresentação
Por que no verão o sorvete derrete tão depressa?
Materiais
• saquinho plástico, daqueles que se vende pra fazer sacolé;
• groselha;
• água potável;
• forminha de gelo;
• congelador.
Descrição do experimento
Neste experimento, precisamos de um ou dois dias para que o sacolé esteja pronto. Também é preferível
que essa experiência seja feita no verão e que se dê muita atenção à higiene, afinal, iremos saborear o
sacolé. Inclusive, é preciso atentar-se à possível existência de algum aluno que seja alérgico a corantes, que
não possa comer açúcar ou que tenha qualquer outro impedimento em digerir os ingredientes do sacolé.
168
Metodologia e Prática do Ensino da Matemática e Ciências
Desenforme uma forminha de gelo e deixe-a sobre observação durante a preparação do sacolé.
Peça que os alunos observem o gelo logo que entrarem no laboratório: o gelo estará sólido, ou seja, duro.
Prepare a groselha com água potável e groselha e coloque-a nos saquinhos. Dê um nó para que o
líquido não vaze.
Peça que as crianças descrevam a groselha no saquinho: cor, estado físico, consistência etc. Em
seguida, coloque-a no congelador.
Agora, peça aos alunos que observem aquela pedrinha de gelo, mais uma vez. O que aconteceu? O
gelo que estava em estado sólido agora derreteu está em estado líquido.
No dia seguinte, retire o sacolé do congelador e sirva as crianças. Uma sugestão é que seja na hora
do recreio.
Conclusão
Ocorreu uma mudança de estado físico. A pedrinha de gelo que estava no estado sólido passou para
o estado líquido, pois recebeu calor do ambiente – da sala de aula ou laboratório – e derreteu.
Já o sacolé, que estava no estado líquido, perdeu calor para o congelador e passou para o estado
sólido, ou seja, congelou.
É importante que os alunos percebam que o líquido pode adquirir qualquer formato que quisermos,
ao passo que o sólido, não. Portanto, se quisermos fazer um picolé ou gelo no formato de coração, por
exemplo, basta colocar a água numa forminha de coração e deixar congelar.
7.3.6 Ilusão de ótica
Apresentação
Você gosta de cinema?
Então responda: qual é a principal diferença entre filme e fotografia? O movimento, não é? Mas
você sabia que o filme nada mais é que uma sequência de fotografias que, expostas à nossa visão, dão
a sensação de movimento?
Para que essa sensação de movimento ocorra, precisamos ter uma seção de pelo menos 24 quadros
por segundo, pois assim cria-se a sensação em nossa mente de que todas aquelas fotos fazem parte de
um movimento. Porém, isso em relação à nossa visão humana.
Os cachorros, por sua vez, ao assistirem a uma televisão, a qual se utiliza de 30 quadros por segundo,
a enxergarão como uma seção de slides, já que sua visão tem uma descrição de quadros mais rápida que
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Unidade III
a nossa. Para gerar a mesma sensação de movimento a um cão, seria preciso a televisão aumentar a sua
transmissão para 50 quadros por segundo.
Materiais
• modelo de ilusão de ótica (imprima-o num papel de gramatura maior, como os de 120 g/m²);
• 2 cordões ou barbantes de 40 cm cada;
• furador.
Modelo 1
Modelo 2
Figura 26
Descrição do experimento
Pinte e recorte o modelo que você escolheu para a ilusão de ótica.
Cole um círculo no outro de forma que, ao virá-lo verticalmente, ambas as figuras estejam “de pé”.
Com o furador, faça um furo do lado direito e outro do lado esquerdo da figura.
Passe os cordões, um em cada um dos furos, e faça um nó na ponta do cordão para fixá-lo (como
um colar).
Segurando cada cordão com uma das mãos, peça às crianças que enrolem as figuras, girando-as no
ar por diversas vezes, até enrolar os cordões. Em seguida, basta puxar os dois cordões com as mãos: ao
esticar, eles desenrolarão e você verá as duas figuras sobrepostas. A impressão que você terá é que o
passarinho está dentro da gaiola e o leão dentro da jaula.
Conclusão
Nossos olhos foram feitos para enxergar figuras únicas. Tanto é que com a sobreposição das
figuras em pelo menos 24 quadros por segundo já conseguimos enxergar apenas uma figura. A
170
Metodologia e Prática do Ensino da Matemática e Ciências
ilusão de ótica é tudo aquilo que acreditamos ver de uma maneira, mas na realidade é de outra,
de modo a gerar uma confusão em nossos olhos. Nesse caso, são duas figuras que parecem ser
apenas uma.
7.4 Área temática “conceitos químicos”
7.4.1 Papel reciclado
Apresentação
De onde vem todo o papel que tanto utilizamos? Ele é feito a partir da celulose, substância
retirada principalmente das árvores, não digerível pelo ser humano. Como são necessárias
muitas árvores para a produção industrial de papel, uma solução para a preservação florestal
é a reciclagem. Essa atitude preserva as árvores existentes e reduz o custo direto para os
consumidores.
Materiais
• caixa grande impermeável ou tanque;
• cola branca;
• liquidificador;
• jornal;
• balde;
• água;
• tinta (opcional);
• linhas (opcional);
• cascas de cebola assadas (opcional);
• sujeira de apontador de lápis (opcional);
• fotos ou figuras de jornal (opcional);
• tela (como explicação posterior).
Para fazer a tela
• cabide de arame, ou arame solto;
• parte de uma meia-calça, sem furos;
• esparadrapo, pois é mais resistente.
171
Unidade III
Primeiramente, desmanche o cabide e use o arame para formar um quadrado de
aproximadamente 20 cm x 20 cm. Em seguida, prenda as pontas com o esparadrapo, de modo que
ninguém se machuque.
Vista esse quadrado com a região da meia-calça e dê um nó em cada um dos lados.
Corte o restante da meia-calça. Você pode fazer quantos quadrados quiser, ou até mesmo
outras formas, como retângulos, círculos, polígonos etc. Aqui é a sua criatividade quem manda!
Descrição do experimento
Rasgue 30 ou mais folhas de jornal em pedaços de 10 cm x 10 cm (para ajudar a bater mais facilmente
no liquidificador) e deixe de molho durante uma noite para absorver bem a água.
No dia seguinte, pegue um punhado desse papel molhado, adicione três copos de água e triture tudo
no liquidificador. Essa quantidade de água é para não forçar o aparelho.
Despeje a massa de papel na caixa impermeável e repita a operação por mais algumas vezes (cerca
de cinco vezes), dependendo do tamanho dessa caixa.
Coloque aproximadamente duas colheres de sopa de cola branca por cada massa de papel que você
bateu no liquidificador.
Agora é a hora de colocar a tinta e os outros opcionais. Lembre-se de que é melhor colocar as
texturas – linha, casca de cebola, sujeira de apontador e figuras – quando já tiver o material em forma
de papel.
Misture tudo. Pegue a tela que já foi feita, afunde na caixa e conte até 20. Isso fará com que
a massa de papel fique estática. Vá levantando a tela de forma devagar até chegar à superfície e
retire da água.
Deixe a tela secar ao sol. Dependendo da época do ano pode demorar até 2 dias. Tenha
paciência.
Depois que a tela tiver secado, passe a mão por debaixo da tela até que o papel desgrude totalmente
e só então o retire, para não danificá-lo. Mas cuidado com as bordas!
Conclusão
Para preservar a natureza, devemos reduzir, reutilizar e reciclar nossos recursos. E essa experiência
demonstra uma forma de reciclar o papel.
172
Metodologia e Prática do Ensino da Matemática e Ciências
Observação
Após todo o processo de reciclagem, uma ideia é pedir ajuda ao professor
de português para que cada aluno escreva um poema, para depois juntar
todos num caderno reciclado pela turma. Mãos à obra!
7.4.2 Fogo
Apresentação
Desde os primórdios, o fogo era utilizado pelo homem, seja na lareira, seja para preparar algum
alimento. Mas como o fogo é produzido? E como se mantém?
Materiais
• vela;
• fósforo;
• pratinho;
• água;
• vidro de maionese sem tampa.
Descrição do experimento
Prenda a vela (que deve caber dentro do pote de maionese) ao pratinho. Coloque água na base
desse pratinho e peça aos alunos que acendam a vela, tampem com o pote de vidro logo em seguida e
observem.
Conclusão
A vela se apaga. A explicação se dá porque o comburente chega ao fim, nesse caso o oxigênio, de
modo que o fogo se extingue.
Para haver chama, é preciso que haja três bases: comburente, combustível e calor inicial.
Vejamos o fósforo. Peça a um aluno para descrever como se dá o acendimento de um fósforo e
perceba que é difícil para uma criança conseguir detalhar os procedimentos de segurança com o fogo,
momento que pode ser bem propício para chamar atenção para esse assunto.
O fósforo tem o calor inicial dado pelo atrito da ponta vermelha do palito com o lado da
caixa que tem a lixa. O comburente é o oxigênio contido no ar, ao passo que o combustível é
173
Unidade III
a madeira, ou, para ser mais exato, o querosene que está inicialmente no primeiro centímetro
da ponta do palito, sem contar com o próprio produto químico fósforo presente nesta cabeça
vermelha.
Os mais observadores verão que, além de a vela apagar, a água que estava dentro do prato
entrará no pote de vidro. Entretanto, isso tem outra explicação: sabendo que o ar quente ocupa
mais espaço que o ar frio, o ar presente no pote estava quente – em virtude da existência de fogo
–, mas quando esse fogo se apagou, o ar resfriou e ocupou menos espaço, puxando a água que
estava logo na saída do pote.
7.4.3 Substâncias parecidas
Apresentação
Precisamos ter muita atenção quando preparamos qualquer comida ou quando queremos fazer
qualquer experiência, pois existem muitas substâncias que podem ser confundidas, como o açúcar
refinado e o sal. Ambos não são em pó e brancos? Somente quando colocamos na boca é que sentimos
a diferença.
Materiais
• água ou limonada, mas cuidado para as crianças não pensarem que se trata de um lanche;
• sal de fruta;
• fermento em pó;
• sal;
• açúcar;
• quatro copos.
Descrição do experimento
Coloque a água (ou a limonada) nos quatro copos.
Peça aos alunos que misturem uma colher de cada substância em cada copo e que observem o que
acontece.
Conclusão
Em dois dos copos, acontecerá uma borbulha ou efervescência, pois o sal de frutas e o fermento
em pó apresentam uma substância química em comum. Peça para que dois alunos leiam em voz
alta os ingredientes presentes nos dois produtos. Misturado com a água, é o bicarbonato de sódio
que produz o dióxido de carbono, o qual é um gás que se apresenta em borbulhas. Já com o açúcar
174
Metodologia e Prática do Ensino da Matemática e Ciências
e o sal, não acontece esse desprendimento de gás, pois tais substâncias não contêm o bicarbonato
de sódio.
É importante ressaltar que precisamos estar muito atentos quando fazemos qualquer atividade na
cozinha ou mesmo no laboratório, pois muitas substâncias são parecidas. Portanto, não deixe de colocar
etiquetas bem visíveis para não haver confusão.
7.4.4 Separação de misturas
Apresentação
Como podemos separar uma mistura de areia, água, sal e óleo? Podemos ver que essa mistura
apresenta diferentes fases.
Materiais
• 2 béqueres ou copos de vidro, para melhor visualização;
• funil;
• filtro de papel, como aqueles de café;
• água;
• areia;
• sal;
• óleo.
Descrição do experimento
No copo, misturam-se a água, o óleo, a areia e o sal. A partir dessa mistura, conseguimos
ver a formação três fases (camadas): a do fundo da areia, a do meio, com água e sal, e a de
cima, de óleo.
Para fazer a separação, basta derramarmos no outro copo, com cuidado, o óleo que está por cima.
Em seguida, passamos a mistura pelo filtro de papel, onde ficará retida a areia.
Por fim, deixamos a água secar ou evaporar para obtermos o sal.
Conclusão
Nesta experiência usamos diversos tipos de separação, como filtração, evaporação e separação de
fases, métodos esses normalmente usados no nosso dia a dia. É importante que os alunos percebam que
nem todas as substâncias se misturam, como é o caso da água e do óleo, e que algumas jamais poderão
ser separadas.
175
Unidade III
7.4.5 Misturas: bolo de laranja maluco
Apresentação
Se o colégio onde você leciona disponibiliza de um espaço no qual se pode cozinhar, esta certamente
será uma das experiências mais deliciosas, não só pelo sabor, mas pela ótima oportunidade que os
alunos terão ao fazê-la.
Materiais
• ingredientes para o bolo, em anexo com a receita;
• gelo;
• água potável;
• groselha.
Descrição do experimento
Faça a groselha, primeiramente. É importante pedir aos alunos que descrevam os materiais:
groselha – bem vermelha; água – incolor; gelo – sólido. Pegue tais ingredientes e misture-os para
fazer o suco. Após algum tempo, pergunte aos alunos onde estão o gelo e a groselha. É possível
separá-los?
Ficaram todos misturados, pois o gelo sofreu uma transformação física (derretimento), virou água e
se misturou com o suco de groselha.
Para fazer o bolo, é interessante pedir que cada um dos alunos ajude numa tarefa, mas antes
disso eles devem ser lembrados da importância da higiene: ao lidar com culinária, é imprescindível
lavar as mãos e prender o cabelo, procedimentos esses que fazem parte de Ciências também.
Bolo de laranja maluco
Ingredientes
• 2 xícaras de farinha de trigo;
• 1 xícara de óleo (prefira o óleo de milho, que é mais leve);
• 1 laranja com casca;
• 4 ovos inteiros;
• 2 copos grandes de açúcar (400g);
• 1 colher de sopa de fermento.
176
Metodologia e Prática do Ensino da Matemática e Ciências
Modo de fazer
Bata no liquidificador a laranja picada com casca e sem sementes. Junte todos os ingredientes,
menos a farinha e o fermento.
Bata bem. Coloque numa tigela a farinha e o fermento. Junte à mistura os outros ingredientes e bata
bem. Asse em forma untada e polvilhada com farinha. Quando estiver pronto, ainda quente, corte em
quadrados e jogue por cima um copo de suco de laranja bem adoçado.
Conclusão
Transformação física: se dá quando é possível retornar a substância ao estado físico anterior.
Transformação química: se dá quando a substância se torna outra. Por exemplo: depois de assado
o bolo, podemos separar o ovo ou até mesmo a farinha? Não podemos, razão pela qual dizemos que se
trata de uma transformação química. Já o sorvete, depois de derretido, é possível congelar novamente,
mantendo o mesmo sorvete.
8 A Importância dos Estudos do meio
No ensino de Ciências, como já foi largamente discutido neste texto, é de suma importância
relacionar os conceitos ensinados com o ambiente físico e social onde os alunos vivem. Essa relação
permite que o conhecimento se torne significativo para os alunos, tornando o ensino motivador para
eles e também para os professores.
Além dos recursos das experiências como as que relatamos aqui, você pode planejar os estudos do
meio com seus alunos. O estudo do meio é um recurso didático já aplicado no Ensino Fundamental em
outras áreas de estudo. No ensino de Ciências, é também um recurso didático valioso, pois amplia a visão
do aluno e as suas experiências para além dos muros da escola.
Você pode planejar esse tipo de atividade para que alunos dos centros urbanos possam ter um
contato mais próximo com a natureza, visitando parques de preservação ambiental, zoológicos,
jardins botânicos, aquários, centros de pesquisa em ciências, museus, cinemas que programem a
projeção de documentários interessantes e projetos de ensino de ciências junto às universidades
públicas.
Antes de programar essas visitas, é preciso preparar os alunos propondo um levantamento de
problemas e pesquisas temáticas relacionadas ao que eles vão encontrar na visita.
É muito importante que você visite o local antes de levar os alunos. A sua visita é parte do
planejamento, pois as atividades que você poderá proporcionar a eles nesse local dependem do seu
planejamento didático, da forma como você preparou seus alunos e da relação que tem essa atividade
com o seu plano de ensino.
177
Unidade III
Além de fazer o levantamento de questões para que sejam pesquisadas e respondidas durante a
visita, você também precisa preparar junto com seus alunos um roteiro do relatório que eles deverão
elaborar depois da visita.
Em muitos desses locais, é possível entrevistar profissionais que trabalham lá e que em geral
têm informações interessantes para dar aos alunos. As entrevistas mais produtivas são sempre
aquelas bem planejadas, com antecedência. Portanto, antecipe as questões para realizar uma boa
pesquisa.
Ao fazer a sua visita prévia, procure levantar as questões mais interessantes e os conteúdos que
podem ser trabalhados numa visita a esse local. Calcule o tempo que será necessário para obter um bom
resultado. Pense nas questões ligadas ao conforto dos alunos, como transporte, alimentação, instalações
higiênicas, condições climáticas – se for um local ao ar livre e segurança. Essas questões vão ajudar
você a definir qual o tamanho do grupo que você poderá levar e se será preciso pessoas para ajudar.
Muitas vezes, uma atividade de estudo do meio que poderia ter sido muito boa fracassa, por falta de um
planejamento adequado.
Não envolva grupos de faixas etárias muito diferentes na mesma atividade, pois dificilmente todos
aproveitarão da mesma maneira, e você não poderá dar a atenção diversificada de que eles necessitam.
Procure formar grupos homogêneos em cada atividade.
Depois de realizada a visita, você deve reservar algumas aulas para discutir com os alunos os seus
relatos e ajudá-los a sistematizar os conhecimentos adquiridos nessa vivência.
Para todos os conteúdos de Ciências, há interessantes opções de locais para se fazer estudos do meio.
Você pode encontrar várias sugestões de locais de visitas pela internet. No entanto, para ajudar você,
disponibilizamos aqui vários locais para realizar visitas com seus alunos de Ciências em seus projetos de
estudo do meio. Veja no quadro a seguir:
Quadro 15 – Sugestões de museus e centros de ciências
178
Aquário de São Paulo
Rua Huet Bacelar, 407, Ipiranga - São
Paulo-SP
Roteiro educativo preparado por biólogos de
fauna aquática.
Acqua Mundo
Av. Miguel Estéfano, 2001, Enseada Guarujá-SP
Oficinas temáticas, palestras e 49 recintos
(água doce, salgada, aquaterrários e
terrários), habitats marinhos e terrestres.
Aquário de Santos
Av. Bartolomeu de Gusmão, Ponta da
Praia - Santos-SP
Mais de 200 espécies de água doce e salgada,
num total de 4000 animais aquáticos
ocupando seus 30 tanques.
Catavento Cultural e
Educacional
Parque D. Pedro II, no centro da cidade
de São Paulo, entre a Av. do Estado e a
Av. Mercúrio, no Palácio das Indústrias.
Popularizar a ciência e promover a educação
científica de forma lúdica e prazerosa.
Centro de Ciências
Bioespaço
Av. Dr. Octávio Bastos, s/n, Nova São João
- São João da Boa Vista-SP
Tem a finalidade de aproximar as crianças
das ciências biológicas e ciências de terra,
abrangendo os seres vivos e o universo.
Metodologia e Prática do Ensino da Matemática e Ciências
Centro de Memória
da Medicina de Minas
Gerais – Cememor
Av. Alfredo Balena, 190, Centro - Belo
Horizonte-MG
Abriga um vasto acervo de livros,
documentos e quadros.
Ecomuseu de Itaipu
Av. Tancredo Neves, 6001, Foz do IguaçuPR
Exposições voltadas para a sustentabilidade
da natureza.
Estação Ciência
Rua Guaicurus, 1394, Lapa - São PauloSP
Popularizar a ciência e promover a educação
científica de forma lúdica e prazerosa.
Fundação ZooBotânica Belo
Horizonte
Av. Otacílio Negrão de Lima, 8000,
Pampulha - Belo Horizonte-MG
Promove o conhecimento sobre a flora e suas
relações com o ambiente e a fauna.
Instituto Butantã
Av. Vital Brasil, 1500, Butantã - São
Paulo-SP
Parque com museus biológico, histórico, de
microbiologia e história da saúde.
Jardim Botânico de
João Pessoa Benjamim
Maranhão
Av. Pedro II, s/n, Mata do Buraquinho,
Torre - João Pessoa-PB
Reserva de Mata Atlântica com trilhas
abertas a visitantes, possui diversas plantas e
animais.
Jardim Botânico do
Estado de São Paulo
Av. Miguel Stéfano, 3031, Água Funda São Paulo-SP
Preserva as nascentes do Rio Ipiranga e a
área da Mata Atlântica.
Jardim Botânico
Municipal de Paulínia
“Adelmo Piva Junior”
Rodovia Roberto Moreira, 575, Jardim
Vista Alegre - Paulínia-SP
O objetivo principal é a preservação de
espécies de plantas nativas e exóticas
aclimatadas no Brasil.
Museu Botânico
Municipal
Rua Engenheiro Ostoja Roguski, s/n,
Jardim Botânico - Curitiba-PR
Mudi – Universidade
Estadual de Maringá
Av. Colombo, 790, bl. 101, s. 1, Zona 7 Maringá-PR
Integração entre a universidade e a
comunidade, ações científicas, culturais e
educativas.
Museu de Anatomia
Humana Prof. Alfonso
Bovero
Av. Prof. Lineu Prestes, 2.415, Cidade
Universitária, Butantã - São Paulo-SP
Um acervo de peças anatômicas, preparadas
com diferentes técnicas.
Museu de Ciências e
Tecnologia da PUC-RS
Av. Ipiranga, 6681, Parthenon - Porto
Alegre-RS
Em 800 experimentos, os visitantes podem
entrar em contato de maneira lúdica com a
Ciência.
Museu de Ciências
Naturais
Rua Salvatore Renna - Padre Salvador,
875 - Guarapuava-PR
Reúne acervos de zoologia, paleontologia e
geologia das coleções do Prof. Dr. João José
Bigarella e Hipólito Schneider.
Museu de Ciências
Naturais
Rua Francisco Getúlio Vargas, 1130,
Petrópolis - Caxias do Sul-RS
Centro de estudos na área das ciências
biológicas, com finalidades culturais,
acadêmicas, de pesquisa científica e de
difusão do conhecimento.
Museu de Geologia
Rua Banco da Província, 105, Santa
Teresa - Porto Alegre-RS
Exibe belos cristais e exóticos arranjos de
minerais, além de promover exposições e
palestras em escolas.
Museu Exploratório de
Ciências da Unicamp
Cidade Universitária “Zeferino Vaz”,
Barão Geraldo - Campinas-SP
Um ambiente que gera interesse e
curiosidade, possui fóruns e oficinas de
ciências.
Museu de
Microbiologia
Av. Vital Brasil, 1500, Butantã - São
Paulo-SP
Faz parte do complexo científico do Instituto
Butantã.
Museu de Zoologia da
USP
Av. Nazaré, 481 - Ipiranga - São Paulo-SP
Exposições, atividades educativas, publicações
sobre estudos de animais, especialmente
sobre a fauna da Região Neotropical, que
abrange a América do Sul e a América
Central.
Museu do Oratório de
Ouro Preto
Adro do Carmo, 28, Ouro Preto-MG
Magnífica coleção – única em todo o mundo
– de 162 oratórios e 300 imagens dos séculos
XVII ao XX.
179
Unidade III
Planetário de São
Paulo
Av. Pedro Álvares Cabral, Portão 2 Moema/Ibirapuera - São Paulo-SP
Ótima projeção na cúpula de 18 metros de
diâmetro do que seria a visão de um céu
noturno, sem nuvens nem poluição.
Projeto Escolas da
Ciência Praça da
Ciência
Av. Américo Buaiz, s/n, Enseada do Suá Vitória-ES
O site pertence à Secretaria de Educação
de Vitória-ES. Traz informações sobre a
Secretaria e fala sobre a rede Municipal de
ensino.
Sala de Ciência – SESC
Travessa Syriaco Atherino, 100, Centro
-Florianópolis-SC
São demonstrados os fenômenos da
Natureza, implicações no cotidiano e bases
científicas, e as realizações científicas e
tecnológicas do homem
Sesciência
Rua Voluntária da Pátria, 169, Botafogo Rio de Janeiro-RJ
Democratizar o acesso à ciência e auxiliar
professores por meio de diversos seminários
sobre Ciências.
Saiba mais
Você pode recorrer a muitos recursos disponíveis na internet para realizar
o planejamento de suas aulas. Alguns sites possuem ideias e informações
relevantes que podem ser enriquecedores ao seu trabalho. Confira algumas
indicações que podem ser de grande ajuda: <http://www.revistapontocom.
org.br/>, <http://www.rets.org.br/>.
Resumo
Nessa unidade apresentamos algumas experiências práticas, jogos
e dinâmicas que podem ser realizadas com seus alunos. Alertamos
para o desejo de que elas venham a ser apenas modelos ou ideias de
encaminhamentos, pois apostamos que você poderá desenvolver novas
experiências que atendam à necessidade de seus futuros alunos.
Encerramos defendendo a importância dos estudos do meio –
metodologia muito eficaz e necessária para que o aluno perceba a aplicação
do que aprende de forma teórica em classe.
Exercícios
Questão 1. Leia o texto extraído dos PCN de Ciências:
“Os conteúdos devem favorecer a construção de uma visão de mundo, que se apresenta como um
todo formado por elementos inter-relacionados, dentre os quais o homem, agente de transformação. O
180
Metodologia e Prática do Ensino da Matemática e Ciências
ensino de Ciências Naturais deve relacionar fenômenos naturais e objetos da tecnologia, possibilitando
a percepção de um mundo permanentemente reelaborado, estabelecendo-se relações entre o conhecido
e o desconhecido, entre as partes e o todo” (BRASIL (b), 1997, p. 34).
A partir da leitura, escolha a alternativa mais coerente em relação ao que foi compreendido no
estudo deste caderno.
a)O texto indica uma fragmentação dos conteúdos, indicando que se ensine cada tópico
isoladamente.
b)O texto aponta a necessidade de não planejar conteúdos para o ensino de ciências, pois devido às
mudanças rápidas que ocorrem nas tecnologias, seria perda de tempo.
c)O texto mostra como é importante garantir que o aluno compreenda sua função como alguém
capaz de influir no meio em que vive.
d)O texto mostra que o ser humano não tem nenhum poder sobre a natureza.
e)O texto diz que o mundo quase não muda, e que a ciência não interfere nesse processo, que é
muito lento.
Resposta correta: alternativa C.
Resolução do exercício:
a) Alternativa incorreta.
Justificativa: O texto está apontando o contrário, ou seja, que as partes devem fazer parte
do todo.
b) Alternativa incorreta.
Justificativa: o texto não fala de planejamento.
c) Alternativa correta.
Justificativa: o texto aponta o que foi tratado em todo o caderno: a necessidade do aluno se
conscientizar sobre seu importante papel na sociedade..
d) Alternativa incorreta.
Justificativa: o poder do homem para construir e destruir é enorme.
e) Alternativa incorreta.
181
Unidade III
Justificativa: ao contrário, o texto aponta para a necessidade do domínio, por parte do ser humano,
das tecnologias e de outros conhecimentos para enfrentar as mudanças que ocorrem o tempo todo.
Questão 2. Como devem ser tratados o senso comum e o saber popular no ensino de ciências?
I – Com o máximo respeito. O saber popular, principalmente, pode conviver harmonicamente com
o saber científico.
II – O aluno, se respeitado em seu processo, vai construindo as bases que lhe permite discernir um
conhecimento cientificamente aprovado daquele baseado no senso comum.
III – A escola trabalha com o saber científico, que deve ser imposto como verdade. É seu papel, como
instituição, tirar o aluno da ignorância das crendices popularescas.
IV – É preciso excluir do ensino escolar o estudo de textos difíceis, como enciclopédias ou outros
textos informativos de caráter científico, pois não fazem parte do cotidiano da criança e não têm
aplicação prática imediata.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas as afirmativas III e IV são verdadeiras.
b) Apenas as afirmativas II e IV são verdadeiras.
c) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras.
d) Apenas as afirmativas I e III são verdadeiras.
e) Apenas a afirmativa III é verdadeira.
Resposta correta: alternativa C.
Resolução do exercício:
a) Alternativa incorreta.
Justificativa: as afirmativas I e II são verdadeiras, e III e IV são falsas. A escola deve ensinar o saber
científico, fazendo uso dos mais diversos textos informativos, mas é o aluno, que construindo seu
conhecimento com a ajuda da escola, vai confrontando o que já sabia com os novos aprendizados.
Dessa forma, o senso comum vai cedendo lugar à investigação científica. O conhecimento popular pode
ser correto e até mesmo servir de ponto de partida da Ciência.
b) Alternativa incorreta.
182
Metodologia e Prática do Ensino da Matemática e Ciências
Justificativa: idem.
c) Alternativa correta.
Justificativa: idem.
d) Alternativa incorreta.
Justificativa: idem.
e) Alternativa incorreta.
Justificativa: idem.
183
REFERÊNCIAS
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Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000
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Unidade III - Ambiente Virtual de Aprendizado