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DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
PROTEÇÃO DE SISTEMA AÉREO DE DISTRIBUIÇÃO 2B
CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
Durante um curto-circuito, surge uma corrente de elevada intensidade que
pode trazer efeitos mecânicos e térmicos aos equipamentos ligados ao circuito sob
falha. Os efeitos mecânicos, cujas forças são proporcionais ao quadrado da corrente
instantânea, podem deformar condutores e romper materiais isolantes. Já os efeitos
térmicos estão ligados ao tempo de permanência da falha e ao valor eficaz da
corrente e podem produzir um aquecimento excessivo dos materiais condutores e
isolantes, com sua conseqüente deterioração.
Por outro lado, correntes de curto-circuito de pequeno valor podem causar danos
permanentes e / ou temporários a pessoas e animais, se essas correntes não forem
interrompidas em intervalo de tempo adequado.
Para minimizar os efeitos produzidos pelas correntes de falhas, é comum o
uso dos seguintes equipamentos:
- corta-circuitos ou chaves-fusíveis;
- religadores automáticos;
- seccionadores automáticos;
- relês com disjuntores
CHAVES-FUSÍVEIS
Chave-Fusível ou Corta-Circuito – é o dispositivo constituído de um porta-fusível e
demais partes destinadas a receber um elo-fusível.
Elo-Fusível – é uma peça facilmente substituível, composta de um elemento sensível
e demais partes, que completa o circuito entre os contatos de um corta-circuito.
Sobrecorrentes – é a intensidade de corrente superior à máxima corrente permitida
para um sistema, equipamento ou para um componente elétrico qualquer.
Corrente Nominal do Fusível – é o valor de corrente que o fusível pode suportar
continuamente sem deteriorar-se ou exceder os limites de temperatura
especificados, satisfazendo as características de tempo/corrente dessa
especificação.
Elo-Fusível Protegido – é aquele que está sendo instalado do lado da fonte.
Elo-Fusível Protetor – é aquele que está instalado do lado da carga.
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DA CHAVE-FUSÍVEL DO TIPO EXPULSÃO
Por ocasião da circulação de sobrecorrente em uma chave-fusível, devida ao
efeito térmico, o elemento fusível se funde, interrompendo o circuito. A alta
temperatura do arco provoca a queima e a decomposição parcial do revestimento
interno do cartucho, gerando gases que interrompem o arco no instante de corrente
nula. A pressão dentro do cartucho aumenta em função dos incrementos de
temperatura e a geração dos gases cria condições dentro do tubo que ajudam a
desionizar o caminho do arco. A pressão exercida também ajuda a manter a
condição de circuito aberto, uma vez que as partículas ionizadas forçam a abertura
das extremidades do cartucho, sendo expelidas em seguida.
RELIGADOR AUTOMÁTICO
Religador – é um dispositivo interruptor automático, que abre e fecha seus contatos
repetidas vezes na eventualidade de uma falha por ele protegido.
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PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
O religador é um equipamento de proteção a sobrecorrentes utilizado em
circuitos aéreos de distribuição, que opera quando detecta correntes de curtocircuito, desligando e religando automaticamente os circuitos um número
predeterminado de vezes. Quando um religador sente uma condição de
sobrecorrente, a circulação dessa corrente é interrompida pela abertura de seus
contatos. Os contatos são mantidos abertos durante determinado tempo, chamado
tempo de religamento, após o qual se fecham automaticamente para reenergização
da linha. Se, no momento do fechamento dos contatos, a corrente persistir, a
seqüência abertura/fechamento é repetida até três vezes consecutivos e, após a
quarta abertura, os contatos ficam abertos e travados. O novo fechamento só poderá
ser manual.
As operações de um religador podem ser combinadas na seguintes
seqüências:
a) se for ajustados para quatro operações
- uma rápida e três retardadas;
- duas rápidas e duas retardadas;
- três rápidas e uma retardada;
- todas rápidas;
- todas retardadas;
b) para qualquer número de operações menor que quatro, em combinações
similares de operações rápidas e retardadas.
A partir dessa característica de temporização dupla, pode-se coordenar o
equipamento com os fusíveis dos ramais de um alimentador ou outros equipamentos
localizados a jusante.
Geralmente, os fabricantes fornecem a curva média para uma operação
temporizada do religador com variações de ± 10%. Isto significa que, para uma dada
corrente (In), o tempo de operação correspondente pode variar sobre uma reta, de ±
10% na base do tempo e ± 10% na base da corrente. O maior desvio será o limite
aceitável. Nos estudos de coordenação, pode-se levar em consideração essa
tolerância, admitindo-se sempre o caso mais desfavorável, como mostra os gráficos
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Gráfico 1 - Corrente de curto-circuito
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Gráfico 2 – Corrente de curto-circuito em por cento do disparo
CLASSIFICAÇÃO DOS RELIGADORES
Quanto ao número de fases
Monofásicos. São utilizados para proteção de linhas monofásicas ou ramais de
alimentadores trifásicos (uma para cada fase), onde as cargas são
predominantemente monofásicas, pois, na eventualidade de ocorrer uma falha
permanente para terra, será bloqueada somente a fase com falha, enquanto é
mantido o serviço aos consumidores ligados às outras duas fases. Normalmente, a
saída de um ramal sob essas condições não deverá introduzir suficiente
desequilíbrio no alimentador para abrir um equipamento de proteção de retaguarda.
Trifásicos. São utilizados onde é necessário o bloqueio das três fases
simultaneamente, para qualquer tipo de falha permanente, a fim de evitar que cargas
trifásicas sejam alimentadas com apenas duas fases. Podem ser:
- Trifásicos com Operação Monofásica e Bloqueio Trifásico. São constituídos de
três religadores monofásicos, montados num único tanque, com os mecanismos
interligados apenas para ser processado o bloqueio trifásico. Cada fase opera
independentemente em relação às correntes de defeito. Se qualquer das fases
operar o número pré-ajustado para bloqueio, as duas outras fases são abertas e
bloqueadas através do mecanismo que as interliga.
- Trifásicos com Operação Trifásica e Bloqueio Trifásico. São constituídos de um
único religador, que opera e bloqueia sempre trifasicamente, independentemente
do tipo de falha ocorrida, isto é, mesmo que a falha afete uma das fases, todos
os contatos realizam a operação de abertura e religamento.
QUANTO AO TIPO DE CONTROLE.
Controle Hidráulico. Nos religadores com este tipo de controle, as correntes são
detectadas pelas bobinas de disparo que estão ligadas em série com a linha.
Quando, através da bobina, flui uma corrente igual ou superior à corrente mínima de
disparo do religador (pick-up), o núcleo da bobina é atraído para o seu interior,
provocando a abertura dos contatos principais do religador. O mecanismo de
fechamento dos religadores com controle hidráulico pode ser de dois tipos:
- nos religadores com corrente nominal de até 200 A, são empregadas molas de
fechamento, que são carregadas pelo movimento do núcleo da bobina-série;
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nos religadores de correntes nominais de 250, 280, 400 e 560 A, o fechamento é
realizado pela bobina de fechamento, que é energizada pela tensão da linha. O
sistema de controle hidráulico é econômico e simples, eficiente e de grande vida
útil. Essas características são extremamente importantes para áreas de baixa
densidade de carga ou para outras áreas que não requeiram níveis de precisão
acentuados na operação do equipamento, corrente de disparo muito pequenas,
tanto para fase, como para neutro, ou grande velocidade na interrupção.
Controle Eletrônico. Com este tipo de controle, o religamento apresenta maior
flexibilidade e mais facilidade para ajustes e ensaios, além de ser mais preciso,
comparativamente ao de controle hidráulico. Contudo, essas vantagens devem ser
economicamente avaliadas antes de ser procedida a escolha entre um religador com
controle hidráulico e um com controle eletrônico.
O controle eletrônico é abrigado numa caixa separada do religador e permite
as seguintes modificações de ajustes no equipamento, sem que seja necessário sua
abertura:
- característica tempo x corrente;
- níveis de corrente de disparo;
- seqüência de operação.
Para que estas alterações sejam efetuadas, não é preciso desenergizar o
religador nem retirar o seu mecanismo do interior do tanque.
Quanto ao meio de interrupção
Quanto ao meio de interrupção, os religadores se classificam em:
- religadores com interrupção a óleo;
- religadores com interrupção a vácuo.
Os religadores do segundo tipo apresentam possibilidade de período de
trabalho de cerca de 3 a 4 vezes o do primeiro tipo, entre manutenções. Contudo, as
garrafas de vácuo que substituem o óleo são importadas e seu uso deve ser
economicamente avaliado.
SECCIONADOR AUTOMÁTICO
Seccionador automático - é um equipamento utilizado para interrupção automática
de circuitos, que abre seus contatos quando o circuito é desenergizado por um
equipamento de proteção situado à sua retaguarda e equipado com dispositivo para
religamento automático.
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
O seccionador é um equipamento basicamente construído de um elemento
sensor de sobrecorrentes e de um mecanismo para contagem de desligamentos do
equipamento de retaguarda, além de contatos e de dispositivos para travamento na
posição "aberto".
Quando ocorre uma sobrecorrente no circuito passando através do
seccionador, cujo valor seja maior ou igual à corrente de acionamento, o
equipamento é armado e preparado para a contagem. A contagem se inicia quando
a corrente que circula por ele é interrompida pelo equipamento de retaguarda ou cai
abaixo de determinado valor. Após um certo número dessas ocorrências, que
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corresponde ao ajuste do equipamento, ele abre os contatos e permanece travado
na posição "aberto", isolando o trecho com falha.
CLASSIFICAÇÃO
Quanto ao número de fases
Monofásicos. São utilizados exclusivamente para seccionamento automático de
sistemas monofásicos primários de distribuição.
Trifásicos. São utilizados exclusivamente para seccionamento automático de
sistemas trifásicos primários de distribuição.
Quanto ao tipo de Controle
Controle Hidráulico: Esse mecanismo compõe-se de uma bobina-série e do
respectivo êmbolo, um pistão de disparo, uma mola e duas válvula de retenção. Um
seccionador hidráulico opera, quando sua bobina-série é percorrida por um fluxo de
corrente que exceda 160% de sua corrente nominal.
A operação de contagem de um seccionador típico se faz quando o religador de
retaguarda interrompe uma sobrecorrente.
O equipamento pode ser ajustado para mais de uma contagem e caso o número
programado seja completado dentro do período de memória, o dispositivo abrirá
seus contatos e só poderá ser fechado manualmente.
O tempo de rearme dos seccionadores com controle hidráulico é de 1 a 1,5 minutos
por contagem.
Como a corrente mínima de acionamento é 160% da corrente nominal da bobina,
podem-se obter determinadas correntes mínimas de atuação através da simples
troca da bobina série do equipamento.
Controle Eletrônico: As unidades controladas eletronicamente preparam-se para
contar quando ocorre uma sobrecorrente e completam a contagem quando o circuito
for desenergizado. A diferença está no fato de que os seccionadores com controle
eletrônico têm suas operações supervisionadas por circuitos de estado sólido.
Ocorrendo uma falta permanente, o seccionador irá disparar após o número
prefixado de contagens. Caso a falta seja temporária, o circuito armazena a
contagem em uma memória eletrônica até o tempo preestabelecido, para depois,
gradativamente, esquecê-la.
ACESSÓRIOS
Existem acessórios que aumentam a flexibilidade de aplicação dos
seccionadores e são normalmente usados onde a coordenação é particularmente
difícil.
a) Acessório restritor de tensão: Este dispositivo faz com que o equipamento seja
capaz de contar somente as operações do dispositivo situado do lado da fonte e
isto permitirá que o seccionador conte as interrupções somente quando não
existir tensão no mesmo. Este tipo de acessório só foi projetado basicamente
para seccionadores trifásicos hidráulicos.
b) Acessório restritor de corrente: Este acessório, disponível para seccionadores
eletrônicos, desempenha a mesma função que o acessório restritor de tensão
efetua nos seccionadores hidráulicos, embora sua atuação se faça por
comparação de correntes.
c) Acessório restritor de corrente de inrush: Em sistemas onde a coordenação é
prejudicada por altas correntes de inrush e quando este problema não é
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solucionada pelo aumento da corrente de atuação do seccionador, os
equipamentos eletrônicos podem ser usados com o acessório restritor de
corrente de inrush. O acessório restritor de corrente de inrush só é projetado para
os secccionadores com controle eletrônico.
OBS.: Correntes de inrush são as correntes transitórias de energização e
desenergização de circuitos e equipamentos.
RELÉ-DISJUNTOR
DISJUNTOR: é o dispositivo destinado a fechar ou interromper um circuito de
corrente alternada sob condições normais, anormais ou de emergência.
RELÊ TEMPORIZADOR DE SOBRECORRENTE: é o dispositivo com característica
de tempo definido ou inverso e que atua quando a corrente em um circuito de
corrente alternada excede a um valor prefixado.
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
Os dispositivos que supervisionam constantemente todas as grandezas de
um sistema elétrico, ou seja, tensões, correntes, freqüências, potências, bem como
grandezas inerentes aos próprios componentes, como temperaturas, são
denominados relês.
Os disjuntores são dispositivos mecânicos de abertura e fechamento
comandados pelos relês. Os relês, ao detectarem uma perturbação que venha a
comprometer os equipamentos ou o funcionamento normal do sistema, enviam um
sinal elétrico que comanda a abertura de um ou mais disjuntores, de modo a isolar o
equipamento ou parte do sistema afetado pela falha, impedindo que a perturbação
danifique equipamentos, comprometa a operação ou propague-se para outros
componentes não defeituosos.
Fundamentalmente, existem dois princípios de operação de relês
eletromagnéticos:
OPERAÇÃO POR ATRAÇÃO: a operação destes relês é devida à atração de uma
haste para interior de uma bobina ou pela atração de uma armadura pelos pólos de
um eletroimã. Este tipo de relê pode ser usado em circuitos de corrente contínua e
corrente alternada. Sua operação é instantânea.
OPERAÇÃO POR INDUÇÃO: Os relês de indução operam baseados no mesmo
princípio do medidor de energia elétrica, ou seja, pela interação dos fluxos
magnéticos defasados que atravessam um disco ou tambor com as correntes neles
induzidas. Só funcionam com corrente alternada, podendo ser instantâneos ou
temporizados
TIPOS CONSTRUTIVOS DE RELÊS ELETROMAGNÉTICOS
RELÊ ELETROMAGNÉTICO TIPO ARMADURA AXIAL
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O relê eletromagnético do tipo armadura axial consiste de uma bobina que,
quando energizada, atrai para seu interior um núcleo móvel de ferro. O movimento
desta peça atua direta ou indiretamente, comandando a abertura do disjuntor. A
ação de comando pode ser efetuada lenta ou rapidamente, isto é, com ou sem
amortecimento.
RELÊ ELETROMAGNÉTICO COM ARMADURA EM CHARNEIRA
Os relês eletromagnéticos com armadura em charneira consistem de uma
armadura magnética móvel, em torno de um eixo, e de uma peça magnética fixa que
contém uma bobina. Quando a bobina é excitada, se estabelece um fluxo magnético
que atrai a armadura móvel. O movimento de armadura é utilizado para fechar ou
abrir contatos que comandam a abertura do disjuntor.
RELÊ ELETROMAGNÉTICO TIPO DISCO
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Os relês eletromagnéticos do tipo disco consistem de um disco condutor,
geralmente de alumínio, que se movimenta por indução dentro do entreferro de um
núcleo magnético excitado pela corrente que circula na bobina do núcleo. Em geral,
solidário com o disco, existe um contato móvel para comando da abertura do
disjuntor. É possível modificar o tempo de fechamento dos contatos, modificando o
tempo de percurso total do contato móvel.
RELÊ ELETROMAGNÉTICO TIPO TAMBOR
Os relês eletromagnéticos do tipo tambor são uma evolução de disco;
consistem de um tambor condutor, em geral de alumínio, que se movimenta no
entreferro de um circuito magnético múltiplo. Tal formato permite que se obtenha um
grande conjugado motor aliado a uma alta rapidez de ação.
RELÊ ELETROMAGNÉTICO DE BOBINA MÓVEL
Os relês eletromagnéticos de bobina móvel consistem de uma bobina móvel
no interior de um campo magnético. Ao elemento móvel está fixado o contato móvel
para fechamento do circuito de comando do disjuntor.
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TIPO DE RELÊS DE PROTEÇÃO MAIS USADOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS
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São os seguintes:
relê de sobrecorrente;
relê de sobrecorrente direcional;
relê de sobretensão;
relê de subtensão;
relê direcional de potência;
relê de distância;
relê diferencial;
relê de religamento.
Para efeito de proteção, em sistemas de distribuição, são mais importantes os
relês de sobrecorrente e os relês de religamento.
Relê de Sobrecorrente. Os relês de sobrecorrente supervisionam a corrente do
circuito, comandando a abertura de um ou mais disjuntores, quando esta corrente
ultrapassa um valor prefixado. A bobina do relê pode estar ligada diretamente em
série no circuito ou através de um transformador de corrente. Os relês de
sobrecorrente, de acordo com os tempos de atuação, podem ser classificados nos
seguintes tipos:
- Relê de Sobrecorrente Instantâneo. A operação se completa em um intervalo de
tempo muito curto, após a ocorrência de sobrecorrentes, e, praticamente,
independe de suas variações. Não há retardo de tempo propositalmente incluído
na seqüência detecção-operação. O tipo construtivo que mais se adapta a este
modo de operação é o de atração magnética.
- Relê de Sobrecorrentes de Tempo Definido. O tempo de atuação, neste caso,
independe do valor da corrente.
- Relê de Sobrecorrente de Tempo Inverso. O tempo de operação é inversamente
proporcional ao valor da corrente.
- Relês de Sobrecorrente de Tempo Muito Inverso. São relês que apresentam
variações mais acentuadas das características do tempo de atuação com a
corrente de atuação.
Relê de Religamento. Os relês de religamento são relês auxiliares, usados para
comandar o religamento dos disjuntores correspondentes, depois de terem sido
abertos por acionamento dos relês de sobrecorrente. Há possibilidade de diversas
combinações de ordens instantâneas e temporizadas.
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Proteção de sistema aéreo de distribuição