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08
Passando a perna
1. Fazer uma encenação da história apresentada.
Materiais necessários: roupas dos tempos bíblicos, panela, colher de pau, pães, algodão, papel, cola, fita adesiva, dois
cordeiros de pelúcia.
Personagens: Narrador, Isaque, Rebeca, Esaú, Jacó.
Observação: à medida que o narrador falar, os personagens deverão representar o que estará sendo narrado.
Narrador: Isaque e Rebeca tiveram dois filhos gêmeos. O mais velho chamava-se Esaú. O mais novo, Jacó. Esaú era vermelho
e peludo como um casaco de pele. Gostava muito de viver no campo e caçar. Jacó gostava mais de ficar em casa. Era um
homem mais sossegado. Isaque gostava mais de Esaú.
Isaque: - Meu filho Esaú. Gosto muito de você, pois você sempre traz uma caça muito saborosa para eu comer.
Esaú: - É mesmo, papai? Que legal!
Narrador: Rebeca preferia Jacó.
Rebeca: - Jacó, você é o meu filho mais querido. Afinal, como você gosta muito de ficar em casa, posso sempre contar com
a sua ajuda nas tarefas domésticas.
Jacó: - Obrigado, mamãe!
Narrador: Certo dia, Jacó estava fazendo um ensopado. Esaú chegou do campo muito cansado.
Esaú: - Jacó, eu estou morrendo de fome! Por favor, me deixe comer esse ensopado que você está fazendo.
Jacó: - Olha, eu até posso deixar. Só que tem uma condição. Você vai ter que passar pra mim os seus direitos de filho mais
velho.
Esaú: - Tudo bem, Jacó. Estou quase morrendo de tanta fome! De que me adianta nessa hora esses direitos de filho mais
velho?
Jacó: - Ah, tem mais um detalhe! Você terá de jurar primeiro!
Esaú: - Está certo!
Narrador: Esaú fez o juramento e passou a Jacó os seus direitos de filho mais velho. Então, Jacó lhe deu pão e o ensopado.
Quando Esaú acabou de comer, levantou-se e foi embora. Assim, ele desprezou os seus direitos de filho mais velho.
Tempos depois, Isaque chamou Esaú para uma conversa.
Isaque: - Meu filho!
Esaú: - Estou aqui, papai.
Isaque: - Você sabe que eu já estou muito velho e logo irei morrer. Estou cego. Portanto, eu quero que você pegue o seu
arco e as suas flechas, vá até o campo e cace um animal. Prepare uma comida saborosa, do jeito que eu gosto, e traga
aqui para mim. Depois que eu comer, eu lhe darei a minha bênção, antes que eu morra. Certo?
Esaú: Certo, pai.
Narrador: Enquanto isso, Rebeca estava escondida ouvindo toda a conversa. Quando Esaú saiu para caçar, Rebeca foi
conversar com Jacó.
Rebeca: - Jacó, você não imagina o que eu acabei de ouvir!
Jacó: - O quê, mamãe?
Rebeca: - Acabei de escutar uma conversa do seu pai com o seu irmão. Ele pediu para Esaú caçar um animal, a fim de
preparar uma comida saborosa. Depois de comer, ele lhe daria a bênção de filho mais velho.
Jacó: - É mesmo, mãe?
Rebeca: - Pois é, meu filho. Agora ouça bem o que eu vou lhe dizer. Você vai pegar dois cabritos dos melhores, para que
eu prepare uma comida bastante saborosa, do jeitinho que o seu pai gosta. Depois, você vai levá-la para ele comer, e ele
vai abençoar você.
Jacó: - Mas mãe! O meu irmão é muito peludo, e eu não! Se o meu pai me apalpar e descobrir que sou eu, ele vai saber
que eu estou tentando enganá-lo. E aí, ao invés de bênção, receberei maldição.
Rebeca: - Nesse caso, que a maldição caia sobre mim. Mas faça o que eu mandei.
Narrador: Jacó fez o que Rebeca lhe pediu. Rebeca preparou uma comida bem gostosa. Em seguida pegou a melhor roupa
de Esaú, e vestiu em Jacó. Com a pele dos cabritos ela cobriu as mãos e o pescoço de Jacó, que tinha a pele lisa. O disfarce
foi tão bem feito que Jacó conseguiu enganar o seu pai. Então recebeu a bênção. Quando Esaú voltou e descobriu toda
a farsa por meio de seu pai, ficou com tanto ódio, que pensou em matar Jacó. Então Jacó fugiu para nunca mais ver a
sua mãe, que veio a falecer antes que ele fizesse as pazes com Esaú. Amigos, quão triste é quando nós desrespeitamos
os nossos irmãos e parentes. Deus quer que nós os valorizemos, que façamos a eles o que nós gostaríamos que eles
fizessem a nós. Essa é a Regra de Ouro.
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