Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus
Ano 9 – Número 72 – AGOSTO de 2014
Nossa Voz
“O FOLCLORE ESTÁ MAIS NO COTIDIANO DAS
Agosto de 2014 Página 7
PESSOAS DO QUE ELAS IMAGINAM!”
Jair Magri
Distribuição Gratuita
In f or m at i v o
1
Prezado benfeitor,
m cada domingo deste mês, a Igreja
Católica no Brasil celebra uma vocação.
No primeiro domingo, a vocação do padre; no
segundo, a dos pais; no terceiro, a dos consagrados e consagradas; e, no último, a dos
leigos, catequistas. Todas elas são chamados
diferentes de Deus para uma missão específica. No entanto, a vocação não existe sem a
missão. As duas andam juntas. Uma sem a outra deixa de ser o que é.
Explico: ao dizer “sim” a Deus em qualquer vocação, somos convocados duas vezes para a missão. Primeiro pelo batismo,
pois todo batizado é missionário; depois, em
qualquer estado de vida, temos a missão de
anunciar Jesus, sua palavra, justiça e verdade. Os desafios e as dificuldades, encontraremos em todas elas, porém, Deus está conosco. (cf. Is 41, 10)
Vocação acertada é vida feliz! Mas a decisão não depende apenas de nossa simples
escolha, é preciso levar em consideração a
vontade de Deus. Por isso, devemos rezar
sempre por nossa vocação. Para que o Senhor nos dê o dom de discernir o melhor
caminho e nos dê o dom da perseverança,
a fim de cumprirmos fielmente o chamado,
seja na vida sacerdotal, na religiosa, na laical
ou na missionária.
Aproveito para fazer um agradecimento
Esta é uma publicação mensal
do Instituto Meninos de São
Judas Tadeu.
Diretor
Pe. Lorival João Back,scj
Jornalistas Responsáveis
Elisângela Borges – MTb 51.973
Bruno Lourenço – MTb 62.799
Projeto gráfico
Rejane Guimarães
Diagramação
Eder Santos
Impressão
Jetgrafia – Gráfica e Serviços
Tiragem
17.000
2
Divulgação
E
a cada pai benfeitor do IMSJT (Instituto Meninos de São Judas Tadeu), pela sensibilidade social aguçada em ajudar a quem mais
precisa. Receba o singelo carinho de nossas
crianças, nossos adolescentes e jovens, para
quem você ajuda a escrever
uma nova história. Que no Pai
do Céu você encontre a fonte
maior para fazer o bem e participar de seu amor infinito.
Abraço e benção!
Padre Lorival João Back,scj
Diretor do IMSJT.
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Envie sugestões, opiniões, dicas
para: [email protected]
www.imsjt.org.br
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Para doações:
B. Brasil - ag 3572-6 | c/c 4.919-0
Bradesco - ag. 2818-5 | c/c 11.000-0
Itaú - ag. 0150 | c/c 73.410-1
Convênios:
Instituto Meninos de São Judas
Tadeu
Associação Dehoniana Brasil
Meridional
Av. Itacira, 2801 – CEP.: 04061-003
Planalto Paulista – São Paulo (SP)
(11) 5586-8666
Agosto de 2014
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Congregação dos Padres
do Sagrado Coração de Jesus
Todos os direitos reservados.
Permitida a reprodução desde que
mencionado a fonte. As matérias assinadas
são de responsabilidade de seus autores.
MISSAS E ATENDIMENTO
RELIGIOSO
Missas:
• Segunda a sexta-feira, às 10h
• Sábado, às 10h e 17h
• Domingo, às 8h, 10h, 12h e 17h
• Dia 21 – missa em memória
de pe. Gregório, às 10h
• Dia 28 – missa em honra a São Judas
Tadeu, às 10h, 14h30, 17h e 20h
Adoração:
• Quarta-feira, às 19h e missa às 20h
• Sexta-feira e sábado, das 9h às 10h
Bênçãos e confissões:
• Diariamente, das 10h às 18h
Batizados e Casamentos:
• Informações na recepção do IMSJT ou
pelo telefone (11) 5586-8666.
RECANTO SÃO JUDAS TADEU
TERÁ NOVAS PISCINAS
Pensando na segurança e no lazer dos atendidos, a atual piscina existente no Recanto será divida
em três, cada qual terá profundidades diferentes: uma rasa, destinada às crianças menores, outra intermediária, para os adolescentes, e outra olímpica, para jovens e adultos. Na etapa atual, estão sendo
retirados os azulejos e as pedras do entorno, será feita nova impermeabilização, revisão hidráulica e
adaptação do filtro e da bomba.
ENCONTRO COM AS FAMÍLIAS
A Creche Padre Dehon/Núcleo Marisa realizou no dia 5 de julho uma manhã diferente com
as famílias das crianças atendidas. No encontro, houve exposição dos trabalhos realizados no
semestre com as crianças, oficinas de reciclagem e brincadeiras, tudo para promover a socialisociali
zação, a interação e a afetividade entre os pequeninos e seus familiares.
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DIRETOR DO IMSJT DÁ ENTREVISTA
NA TV APARECIDA
No dia 23 de junho, pe. João Back, scj, esteve ao vivo na TV Aparecida, no Programa Bem
Bem-Vindo Romeiro, apresentado pelo pe. Evaldo Souza. Em sua entrevista, ele divulgou a instituiinstitui
ção e o livro “Uma história de amor e doação”.
Acesse nosso site e assista: www.imsjt.org.br (no campo “Galeria”, clique em “Vídeos”).
Padre Lorival
João Back, scj
é dehoniano
da
Congregação
dos
Padres do Sagrado
Coração de Jesus,
gaúcho de Crissiumal
décimo filho
e
de Albrecht
e Casilda Back.
É especialista
em Psicopedago
atuou em comunidade
gia e sempre
s de vulneração
social. Dedicou
os primeiros
anos de seu
sacerdócio na
região
Alegre do Pindaré missionária Alto
(MA). Depois,
na Paróquia
trabalhou
São José de Americanóp
em São Paulo
olis,
(SP), onde foi
pároco por
seis anos, e na
coordenação
das pastorais
sociais da Diocese
de
Santo
Amaro
Desde 2005 é
diretor do Instituto (SP).
de São Judas
Meninos
Tadeu. Neste
livro,
quis registrar
com transparênc ele
históricos e a
ia os fatos
bela
de Deus testemunhaexperiência do amor
pessoas generosas. da na vida de tantas
ão
“Do lado
Nossa míst
ica
aberto de
(Padre Dehon
Amor restau
Cristo na
– fundador
Amor
Gratuidade
Solidariedade
Fraternidade
rador
cruz, nasce
da Congrega
o
ção dos Padreshomem de coração
do Sagrado
novo”
Coração de
Jesus).
Nossos valo
res
Integridade
Bondade
Acolhida
Responsabilida
de
Sinceridade
Generosidade
Cidadania
Conheça mais lendo o livro:
“Uma história de amor e doação”
3ª Edição
Revista e
atualizada
“Esta história
de
décadas, regadavárias
por
tantas lágrimas
doloridas
e iluminad
a por
sorrisos vitoriosomuitos
s, fala
por si mesma.
Contudo, os
autores, pe.
Lorival João
Back e Terêzia
Dias, deram
palavras e
nomes às pessoas
e aos fatos,
aos sentimen
e aos atos.
tos
E aqui está,
como
resultado,
um lindo livro!”
Padre Mariano
Weizenmann,scj
Terêzia
Padre Lorival Dias
João Back,
scj
Terêzia Dias,
nascida em Belo
Horizonte (MG)
em
1951, é jornalista,
a primeira dos
seis
filhos de Dimas
e Célia da Silva
Dias e mãe de
dois
filhos. Trabalha
muitos anos
há
na imprensa
católica, tendo
atuado na revista
revista IRaoPovo Família Cristã, na
como redatora e, mais recentemente,
do departamen
comunicação
to de
do
São Judas Tadeu. Instituto Meninos de
Ao escrever
em parceria
com o pe. João esse livro
Back, ela
pretendeu, sobretudo,
mostrar
bondade e a
união das pessoas como a
construir uma
podem
sociedade mais
humana e solidária.
justa,
Nossa miss
Acolher,
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situação de
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risco e de
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vulnerabilidad s, adolescentes
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Uma hist
ória de amo
r e doação
O primeiro passo do diretor pe. João Back, scj, à
frente da instituição foi procurar reestruturá-la, para
que não fechasse as portas. Todas as decisões tomadas eram refletidas e discutidas em equipe, tendo
sempre como objetivo o bem-estar das crianças e
dos adolescentes. Assim, de acordo com o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), reconstruíram-se o papel e a estrutura do Abrigo São Judas Tadeu,
a fim de que o IMSJT (Instituto Meninos de São Judas Tadeu) se mantivesse fiel ao espírito fundacional, e nasceu o NSE (Núcleo Socioeducativo Padre
Gregório Westrupp) para acolher crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade nas dependências de sua sede.
Arquivo IMSJT
TEMPOS DE REESTRUTURAÇÃO (PARTE 2)
2005 E 2006
Terêzi
Padre Loriva a Dias
l João Back,
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scj
“O Instituto
Meninos de
São Judas Tadeu
singular, entre é um oásis
outros, que
restaura a
vida das
adolescentes crianças,
na cidade de e jovens
São Paulo.
Ele nasceu
e vive como
fruto da vida
Congregação e da ação da
dos
Sagrado Coração Padres do
de Jesus –
Dehonianos,
que
crianças, adolescefaz pelas
ntes e
jovens o que
pela sociedad lhes é negado
e e pelo Estado.”
Dom Tomé
Ferreira da
Silva
Gerindo pessoas
CONVITE
Quando Claudia Evangelista foi contratada
pelo IMSJT (Instituto Meninos de São Judas Tadeu), em 2006, assumiu uma das vagas de recepcionista da instituição, no entanto, muito mais a
aguardava. Depois de um tempo, por necessidade da obra, foi para a secretaria e, em julho de
2010, aceitou o convite para trabalhar na área de
RH (Recursos Humanos). Ela conta que, pelo fato
de ter cursado “Gestão de Recursos Humanos”,
as portas se abriram. Contudo, a oportunidade
lhe trouxe grandes desafios, porque este era um
setor que não existia no IMSJT e precisava ser
estruturado (até então, questões burocráticas
relacionadas a funcionários eram de responsa-
8º
bilidade do Departamento Financeiro).
Nesse sentido, Claudinha, como carinhosamente é chamada pela maioria dos funcionários,
foi uma das precursoras do novo departamento
e até hoje está à frente dele. À medida que foi se
dedicando ao trabalho, fez e viu crescer o novo
setor. No início, ela mesma diz que não foi nada
fácil, mas conseguiu se superar e estabelecer o departamento. Muito mais que cuidar de documentos pessoais de funcionários, seu trabalho abrange
uma série de atividades e processos, exigindo dela
muita dedicação.
Em seu cotidiano, há coisas que consegue
planejar, outras não, como por exemplo, os funcionários que a procuram no decorrer do dia
para tirar dúvidas. Porém, dificilmente ela deixa
de ouvi-los atentamente. “Sigo o princípio de
Madre Teresa de Calcutá: ninguém pode sair de
nossa presença da mesma forma que chegou.
Estou aqui na situação de orientadora, o que
eu não souber vou procurar me inteirar para
ajudar”, explica.
Outro ponto importante de seu trabalho é a
questão da legislação. Segundo ela, seguir a lei
é desafiante, primordial, e demanda concentração. “Uma falta de atenção pode prejudicar
alguém, a empresa ou o funcionário.” Mas uma
das coisas primordiais em qualquer trabalho é
que o funcionário goste do que faz, e, sem titubear, Claudia demonstra muito prazer na área
em que atua. E gosta de salientar o carinho,
o comprometimento e o envolvimento com a
obra da maioria dos funcionários, tornando
mais fácil seu trabalho e lhe proporcionando
maior tranquilidade.
Bingo
de Marketing Social
Data: 21 de setembro de 2014 (domingo) – A partir das 17h
Local: Hotel Transamérica – Salões Comandatuba (Av. Nações Unidas, 18.591)
Toda a renda do evento será revertida para o IMSJT (Instituto Meninos de São
Judas Tadeu) e para a Associação Cooperapic.
Adquira o seu convite na recepção de nossa instituição. Valor: R$70,00.
Haverá também coquetel e sorteio de prêmios.
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Teologia da
pequenez
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gumas deliciosas frutinhas atraem o símio. Ele coloca
a mão aberta na cumbuca e pega as frutas. Mas a mão
fechada não sai e ele acaba preso. Você deve estar
pensando: “Que macaco burro... bastaria abrir a mão
e estaria livre.” Realmente... e por que teimamos em
achar que o sucesso se alcança com as mãos fechadas? É cuidar que se ganha em se perder.
Outro exemplo vem da China. Costumam dizer
por lá que na porta da memória existe um soldado
chamado “desejo”. De fato, quando queremos compulsivamente lembrar algo, a porta da memória se fecha. Todos sabem que é preciso dizer para si mesmo:
não quero mais lembrar. É só desapegar-se do desejo
que a porta se abre a gente se recorda. Novamente
é preciso perder para ganhar, dar marcha a ré para
avançar, ser pequeno para triunfar.
É possível que tenha sido neste sentido “radical”
que Jesus tenha dito que é preciso fazer-se como
uma criança para entrar no céu. Santa Teresinha do
Menino Jesus entendeu perfeitamente essa mensagem e a chamou de “pequena via”, ou via do amor.
A simplicidade vale mais. No burocratizado mundo
pós-moderno, a felicidade para por esta palavra de
ordem: “simplifica”!
João Carlos Almeida
(Pe. Joãozinho,scj )
Autor do livro “Primeiro passo para o
sucesso”, da editora Canção Nova.
À venda no site www.loja.cancaonova.
com ou pelo telefone (12) 3186-2600.
Divulgação
Vivemos num mundo em que o que vale é ser
grande, vencedor, dominador, e chegar em primeiro
lugar. Mas não parece que seja essa a lógica de Jesus
no Evangelho. Ele louva o Pai por esconder as coisas
essenciais aos doutores e revelar aos simples, aos pequenos. Afirma que os últimos serão os primeiros e os
primeiros serão os últimos. É radical quando diz que
se alguém quer ganhar vai perder e se alguém aceita
perder vai ganhar. Quer mais? Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado.
Então, o cristão deve ser uma pessoa conformada com o fracasso, com a derrota e a humilhação?
Nada disso. A lógica paradoxal do mestre de Nazaré é
o primeiro passo para o sucesso. Quer ser bem-sucedido? Abra as mãos, os olhos, os ouvidos e o coração.
Quer ser grande? Aceite ser pequeno como um grão
de mostarda. A Bíblia é cheia desses exemplos. Davi
era pequeno e venceu o gigante Golias.
Essa lógica aparentemente contraditória é a chave para compreender o amor. Em seu célebre poema, Camões organiza em prosa e verso esta verdade
maior: “O amor é um fogo que arde e não vê; é ferida
que dói e não se sente; é um contentamento descontente; é cuidar que se ganha em se perder.”
Mas será que essa atitude vital pode dar certo no
mundo dos negócios? Ou seria apenas uma fórmula
piedosa para o rito, a celebração, a prece, a dimensão
espiritual? Vejamos dois exemplos que nos ajudam
a compreender: na África se utiliza uma estratégia
curiosa para caçar macacos. Coloca-se uma cumbuca
com um pequeno furo presa a uma árvore. Dentro, al-
Jair Magri
A dama do
folclore
Formada em Biblioteconomia pela Universidade de São Paulo, Inezita Barroso deixou o
amor pela cultura caipira falar mais alto em sua vida. Tornou-se cantora, instrumentista, atriz,
apresentadora e, acima de tudo, grande incentivadora da música de raiz, tendo gravado diversas
obras do cancioneiro popular. Aos 89 anos de idade, já percorreu todo o país conhecendo e
estudando as tradições regionalistas e, por isso, é considerada referência no assunto; chegou a
receber da Universidade de Lisboa o título de doutora Honoris Causa em folclore brasileiro.
Aos sete anos de idade começou a cantar e
a estudar violão. Esse interesse musical foi influência da família?
A minha família sempre teve uma tradição
musical. Quase todos estudaram música, mas era
rígida, tinha que ser tudo certinho, com professor. Mulher tocar violão era uma coisa bem difícil,
havia preconceito. Então, eu estudava escondida
enquanto uma tia minha fazia aula em casa. Assim
aprendi a tocar. Quando viram que eu estava me
desenvolvendo sozinha, meu pai e minha mãe me
colocaram em uma escola para crianças. A partir daí
o interesse só foi aumentando. Fiz algumas aulas de
canto para crianças, depois conheci a viola caipira e
minha vida foi seguindo dentro da música.
Quando e como resolveu estudar o folclore brasileiro?
Começou nas fazendas dos meus tios no interior de São Paulo. Nas férias escolares, eu passava os
dias nas fazendas deles com os primos, brincando
com tudo que é da roça. Cada ano eu ia para uma
fazenda diferente. Assim conheci colonos caipiras
que tocavam viola e me apaixonei por essa música.
Acho que a primeira música que aprendi foi a “Moda
do Boi Amarelinho”, coisa triste, mas maravilhosa. A
partir daí sempre fiquei em contato com esse mundo. Aprendi a tocar viola, gravei muita coisa e me
agarrei nesse gênero para sempre. Ou seja, meus
contatos iniciais com a viola já me colocaram como
uma “ouvinte”, como uma “recolhedora” de histórias.
Com esse mesmo jeito fui conhecer os interiores do
Brasil inteiro. A infinidade de ritmos que eu conhecia em viagens ia gravando; cada disco gravado era
uma empreitada nova em melodia e ritmo.
Como a senhora define a palavra folclore?
Folclore é o estudo das coisas do povo. Os mitos, as lendas, as histórias, os ditados populares, as
rezas, o artesanato, os cantos de trabalho, os ritmos
mais puros do povo, enfim, o que está ligado às
tradições mais ancestrais da formação cultural do
povo. Geralmente, tudo isso não tem um autor ou
um criador específico. São aspectos que vão se acumulando e se modificando de geração em geração.
Existem diferenças entre folclore, mito e
cultura popular?
São conceitos distintos. O folclore é o nome que se
dá para o estudo das coisas do povo. Logo, os mitos estão incluídos nessas coisas do povo, um está inserido no
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outro. Já cultura popular é uma expressão posterior à do
folclore, tem seu uso mais ligado à sociologia moderna e
à antropologia. Cultura popular, inclusive, abrange conceitos mais amplos que o foco dos estudos folclóricos,
como, por exemplo, os impactos da indústria cultural.
Mas os três são conceitos que dialogam entre si.
Ao estudar o folclore in loco de todo o interior brasileiro, o que mais lhe chamou a atenção?
Nossa, pergunta difícil. Na verdade, difícil é escolher
uma só. Mas fico admirada com a característica do que
posso chamar de “talento nato”. Cansei de conhecer pessoas, trabalhadores e trabalhadoras, que nunca estudaram
uma série na escola, não sabiam ler nem escrever, porém,
compunham como poetas letrados nas grandes cidades. A
percepção artística deles é absurda. Como é que pode isso?
É uma pergunta que eu me faço sempre. De onde vem a
inspiração sem estudo? A poesia está em qualquer lugar.
Com o tempo, as manifestações folclóricas se perderão?
Olha, se pensarmos nas manifestações folclóricas
da minha infância, com certeza, sim. Mas o folclore
também muda, também tem evolução. Os mitos, os
cantos, as histórias, vão mudando. Algumas resistem
mais, outras desaparecem do dia a dia das pessoas. Ficam registros e estudos. Mas o folclore permanecerá.
De um jeito diferente, claro, mas sempre existirá.
Seu programa de tevê, Viola, Minha Viola,
que existe há mais de 30 anos, resgata a música regional. Qual a motivação que a senhora
tem em continuar lutando para que a música
de raiz não se perca?
Já são 34 anos de programa, comemorados
agora em maio. Por ali já passou muita coisa boa, inclusive o folclore que ninguém leva para a televisão:
folias de reis, cururu, capoeira, congada, batuque
de umbigada, coco. Além, claro, do que temos mais
forte para nosso público, que são os compositores,
os intérpretes e os violeiros caipiras. É um formato
simples, mas que ninguém faz na televisão. E assim
vou lutar pela música de raiz até morrer. E não quero
que seja logo não, viu? [risos]
Com qual cultura regional mais se identifica?
Por ser paulista, nascida na Barra Funda, na
rua Lopes de Oliveira, naturalmente me afeiçoei às
tradições do caipira. Isso desde pequena. Mas gosto
muito também da cultura das danças, da música gaúcha e dos ritmos nordestinos. Fiz longas pesquisas
nesses lugares e conheci pessoas maravilhosas.
Dia 22 de agosto, comemora-se o Dia
Mundial do Folclore. Qual mensagem a senhora deixaria às pessoas sobre a importância do
folclore na vida de um povo?
O mês de agosto é uma marca interessante para
que a gente fale do folclore, mas tenha certeza de que
ele está mais no cotidiano das pessoas do que elas
imaginam. Acho que o brasileiro precisa olhar sempre para dentro do próprio país, entender a cultura,
os elementos que nos formaram como nação. Entender essas origens nos ajuda a conhecer o que somos e o que não somos. Assim, é mais interessante
entender se gostamos ou não do que nos é oferecido
pela televisão (e, hoje, mais até pela internet) como
exemplos de qualidade na música, no cinema, no teatro, enfim, na arte em geral. Podem ter certeza de que
o folclore nos indica caminhos sérios.
Primeira
viagem de avião
Compre a passagem no site ou em lojas físicas de companhias aéreas ou agências de turismo. Em caso de necessidades especiais, comunique no ato da compra;
Em voos nacionais, o limite de bagagem a ser despachada, sem custo
adicional, é de 23 kg, já a bagagem de mão é de 5 kg. Transporte na bagagem de mão coisas
de valor (dinheiro, eletrônicos), documentos etc;
Chegue ao aeroporto com antecedência de no mínimo uma hora. Isso evita atrasos e a
perda do voo;
Antes de embarcar, é necessário fazer o check-in (momento de identificação do passageiro, despacho de bagagens e emissão do cartão de embarque) no
balcão da companhia aérea. O check-in pode ser feito também pela internet 72h antes do embarque, assim só será necessário despachar a
bagagem, poupando tempo nas filas;
Para embarcar é preciso ter em mãos a passagem e qualquer documento
oficial com foto (RG, CNH, carteira de trabalho, passaporte válido);
Mais informações: www.infraero.gov.br
Rodrigo Mazur
Assistente financeiro no IMSJT.
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Recorte a folha
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Convide um
amigo
FICHA CADASTRAL
para nos
ajudar
Recorte e colecione
também!
Compota de maçã
07
Colabore espontaneamente, com quanto puder e quando quiser, utilizando-se do boleto bancário que
enviaremos mensalmente a você juntamente com os nossos informativos através dos Correios.
Preencha o cadastro e encaminhe para nós:
- Av. Itacira, 2801 - Plto. Paulista - CEP.: 04061-003 - São Paulo (SP)
[email protected] ou deixe na recepção do IMSJT
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CADASTRO DE NOVO BENFEITOR
Nome
Data de nascimento
/
/
Telefone
Sexo M
F
Celular
Endereço
nº
Complemento
Bairro
Cidade
Estado
CEP
E-mail
Compota de maçã
Rendimento: 6 porções
Tempo de preparo: 1h
IngredIentes:
• 6 maçãs médias
• 1 xícara e meia de açúcar
• 500 ml de água filtrada
• 1 colher (sopa) de suco de limão
• Canela em pau e cravo-da-índia a gosto
Modo de Fazer:
Corte as maçãs ao meio, descasque-as e retire as sementes. Coloque todos os ingredientes numa panela, juntamente com as maçãs.
Deixe cozinhar por 45 minutos, com a panela destampada. Não precisa mexer o tempo
todo, apenas uma vez ou outra, para que todas cozinhem por igual. Conserve em vidro
com tampa. Sirva gelado.
Maria Aparecida Barbosa
Cozinheira do IMSJT.
Parte integrante do informativo nossa voz | agosto de 2014
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o folclore está mais no cotidiano das pessoas do que elas imaginam!