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F i l o s o f i a
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R e l i g i ã o
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I m o r t a l i d a d e
Internet
C i ê n c i a
espaço
espírita
espírita
Página 05
Saiba mais sobre
Blaise Pascal
Pesquisa e tex to de
Maria Massucatti
Divulgação
Sem proselitismo nem idolatria, mas com muitos relatos, excelentes
palestrantes e um clima de amor, fraternidade e reconhecimento no ar,
Uberaba sedia 1º Encontro Nacional dos Amigos de Chico Xavier e sua Obra
Páginas 6, 7 e 8
Tríplice aspecto:
Mensagem
Reflexão
Reprodução/Espiritismo & Ciência
Afinal, o
Espiritismo é
ou não é
Religião?
Divulgação
Página 3
Joanna de
Ângelis fala
sobre as horas
de aflição
Página 5
Álbum de Família
..................................................................................................................
Qual a postura
espírita diante
de um crime
brutal?
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Página 3
a origem da vida na terra
Texto de Luiz Miiler aborda a formação do globo, com base em ‘A Gênese’, de Allan Kardec
Jornal Espírita de Circulação Regional • Ano VI • Número 22 • Junho de 2008 • E-mail [email protected] • Distribuição Gratuita
espaço espírita
Opinião
Junho de 2008
2
Joaquim Pires Jr.
Editorial
Os estudos esvaziaram?
A ordem é persistir!
Uma das tarefas mais difíceis no dia-a-dia da casa quanto oscila este público. Há casas que passam meses
espírita é a manutenção de horários específicos de es- com grupos de quatro ou cinco estudantes, e de retudos da instituição. Ao passo que as palestras públicas, pente, chega-se a 10, 12, 15 participantes por um bom
reforçadas pela aplicação de passes espirituais e tempo.
E se refletirmos sobre a situação, veremos que o
distribuição de água fluidificada, não raro tornam-se
as atividades com maior freqüência, os grupos de estudo – por demandar maior esforço – naturalmente
estudos, principalmente em casas menores, penam enfrenta resistência nas demais casas religiosas.
Os pais das crianças católicas são pródigos em
para manter uma mínima participação do público.
Neste aspecto, pode surgir, principalmente entre mandar seus filhos à chamada catequese. Mas são
os dirigentes, um certo “desânimo” – até porque como poucos os que se envolvem e se aprofundam nos
a maioria não possui os dons da vidência mediúnica, e estudos da Doutrina da Igreja Romana. Igualmente, as
vislumbra apenas o público encarnado que está escolas dominicais das igrejas evangélicas nossas
presente aos estudos. Tem-se então a impressão de irmãs também penam para ter suas salas cheias.
Já os cultos ou missas com maior apelo visual estão
que o trabalho está sendo em vão.
sempre registrando bom público.
Mas este é um ledo engano.
A situação não é diferente na
As atividades de estudo na casa
Quem já está na casa
casa espírita. Vencer o comodismo e
espírita são primordiais. Mesmo em
a preguiça mental ainda são desafios
épocas de baixa freqüência
espírita há maior
a serem alcançados.
(repetimos: baixa freqüência de
tempo, conhece o
O ideal, mesmo enquanto o
encarnados) a persistência e a
público
for acanhado, é ter um dirimanutenção destas atividades
panorama dos
gente bem preparado – que tenha
devem ser consideradas como
horários de estudos.
didática, que faça uma aula
urgentes.
Vencer o comodismo
preparada com antecedência, com
Sabe-se que é difícil coordenar
fluência verbal e boa comunicação,
um grupo com três ou quatro
e a preguiça mental
que siga boas apostilas – as do
alunos/tarefeiros, mas temos de
ainda são desafios a
Estudo Sistematizado da FEB, além
pensar que o próprio fato de a casa
das apostilas da Federação Espírita
espírita estar com as portas abertas,
serem alcançados
do Paraná, da Federação Espírita de
em dia e horário fixos, para o estudo,
São Paulo e também os Roteiros
já é um ato de caridade para com o
irmão que sofre e está em busca de esclarecimento, para o Estudo do Evangelho da Fundação Allan Kardec
do Amazonas são bons exemplos de materiais didáticos
isto sem falar no lenitivo da prece.
Mesmo se o dirigente se defrontar com alunos que completos para estudos à disposição dos dirigentes.
Há ainda o antigo Curso de Orientação e Educação
demonstrem inibição ou receio de participar do grupo
– e isto também é comum: muitas vezes o dirigente Mediúnica (COEM), ainda existente em algumas casas,
sozinho tem de fazer a abertura, a prece inicial, que segue tendo seu valor, e os estudos seqüenciais de
conduzir o estudo e finalizar a reunião, com a prece obras da Codificação e também do médium Francisco
Cândido Xavier, que são enriquecedores. Além do
final –, a ordem é persistir.
A Espiritualidade Amiga está sempre apoiando e Pentateuco de Kardec, as Séries André Luiz e Emmanuel
intuindo para o Bem. Sempre amparando e se esforçando podem ser estudadas com muito proveito.
Uma coisa é certa: o estudioso espírita nunca
no sentido de preparar novos trabalhadores e fortalecer
os que são assíduos, no sentido de que eles também poderá esquecer a assertiva do Cristo, expressa no
possam futuramente, participar de forma mais ampla capítulo 18, versículo 20, do Evangelho de Mateus:
“Onde estiverem dois em meu nome, aí Eu estarei”.
destes estudos, e quem sabe até coordená-los.
Quem já está na casa espírita há maior tempo, Uma promessa do Cristo jamais ficará sem o justo
conhece o panorama dos horários de estudos. Sabe o cumprimento.
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espaço espírita é uma publicação espírita regional. Circula em casas espíritas de Balneário Piçarras, Penha,
Barra Velha, Itajaí, Navegantes, Guaramirim, Gaspar, Joinville, Araquari, Balneário Camboriú e Florianópolis.
• Consultor doutrinário: Joaquim Ladislau Pires Júnior • Secretária de redação: Ana Paula Alves da Silva
• Jornalista Responsável: Juvan de Souza Neto (SC 01359 JP)
• Reportagem, edição e diagramação: Juvan Neto e Luiz Garcia
Colunistas e colaboradores: Jouglas Laffitte, Paulo Beduschi, Wilmar Manske, Luiz Miiler, Maria Massucati
e Lucia Helena Purper. Tiragem: 2.000 exemplares. Impressão: Editora Perfil, Rio Negrinho - SC.
Para críticas e sugestões: Espaço Espírita - Caixa Postal 6 - 88380.000 - Balneário Piçarras - SC.
Fones (47) 3347-0480 e 3456-3402 - Endereço eletrônico: [email protected]
REFLEXÃO
ESPÍRITA
Porque vão tão cedo?
Há uma queixa que une corações do mundo inteiro,
que, embora, possam apresentar idéias contrárias em
muitos pontos, nesse encontram a unanimidade: Por que
as pessoas que amamos partem para o mundo espiritual
tão cedo?
Em primeiro lugar, cumpre esclarecer que por mais que
amemos uma pessoa isso não nos dá o direito de propriedade
sobre ela, pois a mesma tem sua própria senda a trilhar.
Cada alma que conhecemos, e isso inclui nossos entes
queridos, tem sua trajetória evolutiva, sua história pessoal
de conquistas e resgates que não está ao nosso alcance
controlar.
Por outro lado, por estarmos tão concentrados em
nós mesmos, nos nossos assuntos, na nossa vida
individual, nos negócios, no trabalho, nos estudos, na
rotina, aprendemos a nos acostumar com a presença das
pessoas que amamos perto de nós, de tal maneira que
não percebemos no dia a dia sua existência.
Na verdade, a maior parte da Humanidade ainda só
aprende a valorizar quando “perde”. Ou seja, para que
tenhamos a exata noção da relevância da presença
daquele Ser impõe-se sentirmos a sua ausência. É o
aprendizado através do contraste: É preciso que fiquemos
doentes para valorizarmos a saúde; é preciso que haja
trevas para que aprendamos a dar valor à luz; para que
aprendamos a dar valor a alguém muito importante na
nossa vida é indispensável que essa pessoa se ausente.
Lamentável que muitos só despertam quando é tarde
demais.
A solução é aproveitarmos o momento presente, é
não economizarmos em amor, em gratidão, em sorrisos,
em partilha de alegrias, de instantes de celebração, em
chances de dizer com todas as letras a importância dessas
pessoas para nós, falando para elas em alto e bom tom:
eu te amo!
E se elas efetivamente vão embora mais cedo do que
esperávamos é porque já cumpriram sua missão.
Alegremo-nos por elas e dirijamos em sua direção
pensamentos de amor e harmonia, cientes de que elas
estarão fazendo o mesmo por nós, onde quer que estejam.
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espaço espírita
Ancestralidade
A Ciência e a Religião
debatem o intrincado
tema. Kardec nos traz
respostas em questões
do “Livro dos Espíritos
Junho de 2008
Ciência
SAIBA MAIS:
Origem da Vida
na Terra
••• Luiz Miiler
Arquivo/EE
Articulista Espírita - Joinville - SC.
E-mail: [email protected]
O Planeta Terra, hoje, apresenta uma
fantástica variação de sistemas de vida. A
chamada biodiversidade é uma riquíssima
fonte para o desenvolvimento da vida nos
diversos reinos da Natureza. Mas nem
sempre foi assim. Nos remotos tempos da
formação do planeta não havia a menor
possibilidade da presença de seres vivos.
Donde vieram os seres vivos? Hoje a vida
se garante através da reprodução sexuada e
assexuada porque já temos as bases
biológicas lançadas em nosso mundo. Mas,
e antes dessas bases serem formadas? Como
elas foram estruturadas? Quem foram seus
ancestrais? Ou melhor: Será que houve
ancestrais?
A questão da origem da vida em nosso
planeta gerou, ao longo do tempo, discussões
desencontradas, tanto na área religiosa como
na científica.
A Teologia, mais propriamente a Bíblia,
nos mostra a idéia criacionista onde os seres
vivos teriam sido criados por Deus de
maneira milagrosa: Deus quis, como num
passe de mágica, e os seres vivos apareceram, prontos, cada espécie organizada,
acabada...
A Doutrina Espírita também procurou
estudar essa questão através de perguntas
formuladas aos Espíritos, e por reflexões
feitas por Allan Kardec, o Codificador do Espiritismo. Em “O Livro dos Espíritos”, nas
questões 43 e seguintes, vamos encontrar
respostas dos Espíritos de Luz dizendo-nos
que “No começo tudo era caos; os elementos
estavam em confusão. Pouco a pouco cada
coisa tomou o seu lugar. Apareceram então
os seres apropriados
ao estado do globo.”
Na questão 44 do
mesmo livro, Allan
Kardec indagando os
Imortais de onde vieram
os seres vivos, obteve
a seguinte resposta: “A
Terra lhes continha os
germens que aguardavam o momento
favorável para se desenvolverem. Os
princípios orgânicos se congregaram, desde
que cessou a atuação da força que os
mantinha afastados, e formaram os germens
de todos os seres vivos (...)”. Allan Kardec
apresenta no seu livro “A Gênese”, a teoria da
geração espontânea que foi longamente
debatida, sendo aceita por uns e repelida por
outros. Era a idéia da Abiogênese contra a
Biogênese. Não era, ainda, possível provar a
teoria da Geração Espontânea (Abiogênese).
Na década de 30, do século passado,
surge no cenário uma proposta para
explicar a origem da vida na Terra. A hipótese
foi elaborada por Aleksander Ivanovitch
Oparin (1894-1980), membro da Academia
de Ciências de Moscou. Ele sugeriu que a
Para Jorge Andréa, houve um “princípio espiritual”, confirmando o que os Espíritos repassaram a Kardec
vida tenha surgido espontaneamente na
Terra, sendo que a matéria orgânica surgiu
a partir de compostos inorgânicos.
A hipótese de Oparin, que foi apoiada
pelo biólogo J. B. S. Haldane e, mais tarde,
testada em laboratórios americanos por
Stanley Miller, Sidney Fox e outros pesquisadores, obteve apoio do
mundo científico, e se
constituiu numa teoria,
a mais moderna para
explicar a origem da vida
na Terra.
Segundo essa teoria,
a atmosfera terrestre
primitiva apresentava
uma composição diversa da atual. Talvez fosse
rica em gases como metano, amônia,
hidrogênio e vapor de água. Naquela
amosfera inóspita para a vida, rica em gases
tóxicos e sem oxigênio livre, exposta a altas
temperaturas, cortadas por constantes
centelhas elétricas e varridas pelos raios
ultravioleta da luz solar, pois ainda não havia
a camada de ozônio que hoje nos protege,
aqueles gases devem ter-se combinado
originando moléculas orgânicas de
aminoácidos.
Em 1954, na Universidade de Chicago,
Stanley Miller e Harold Urey executaram,
experimentalmente em laboratório, uma
pesquisa colocando num balão de vidro uma
mistura de metano, amônia, hidrogênio e
vapor de água. O conjunto foi submetido a
alta temperatura e os gases eram varridos
por uma centelha elétrica constante.
Ao fim de muitas horas, recolheram
gotículas de água que se acumularam na face
interna do balão de vidro e nelas pesquisaram
a presença de aminoácidos. O resultado foi
positivo. Estava provado experimentalmente que moléculas orgânicas como
aminoácidos, podem ser obtidas espontaneamente a partir de moléculas simples
sem atividade biológica.
A hipótese de Oparin estava confirmada
e já podia ser chamada de teoria, a despeito
de que, posteriormente, outras experiências
tenham sido levadas a efeito ficando provado
que a vida também poderia vir da mistura de
outros gases. Isso, porém, em nada contraria
a Teoria de Oparin; apenas nos informa de
que a Natureza provavelmente dispõe de
vários meios para a obtenção natural de
aminoácidos.
O raciocínio de Oparim nos leva a
concluir que os primeiros seres vivos
foram células que
surgiram sem ancestrais biológicos.
E que surgiram
espontaneamente
na Natureza, no
correr de um
tempo
imensamente
vasto e
i n c a lculável. Allan Kardec questionou os Espíritos
3
Jorge Andréa,
não admite
idéia de “acaso”
Dr. Jorge Andréa dos Santos,
renomado pesquisador espírita, diz em
seu livro "Dinâmica Espiritual da
Evolução", quando se refere à origem
da vida em nosso planeta, o seguinte:
"Ainda reforçando essas idéias,
podemos lembrar e reafirmar que as
grandes e contínuas descargas elétricas
na atmosfera planetária daquela época
influenciariam os grupos químicos
existentes até que, num determinado
momento, ao lado de outros fatores,
conseguiram transformar o inorgânico
em orgânico. O caminho estava
desbravado. Dos hidrocarbonetos aos
aminoácidos o tempo seria imenso e o
passo ainda pequeno e vacilante".
Os homens de ciência passaram a
ter um outro problema para resolver,
pois a hipótese de Oparin foi inicialmente qualificada como A MODERNA
TEORIA DA GERAÇÃO ESPONTÂNEA.
Ainda que se fizesse explicar que a
geração espontânea nada tinha a ver
com aquela defendida por Van Helmont
e muitos outros, nos séculos passados,
pois referia-se a uma formação natural
das primeiras células vivas em
condições primitivas do Planeta, o
assunto deu muita discussão. Diante de
tais polêmicas, mudou-se o nome para
Teoria Heterotrófica da Origem da Vida.
E por que heterotrófica?
Porque um organismo heterotrófico simples, unicelular, exige uma
complexidade enzimática e biológica
muito menor do que a de um organismo
autotrófico. Essas primeiras células
nutriam-se das proteínas e de outros
compostos orgânicos que compunham
aquela “sopa milenar” que se acumulara
nas águas mornas dos primeiros
oceanos do nosso Planeta. (...)
Recorrendo novamente ao Dr. Jorge
Andréa, no livro já citado, destacamos
o seguinte: “Estamos nos referindo a um
Princípio Espiritual por não admitirmos
que os fenômenos da vida sejam resultado de “acasos”, e sim de “necessidades”
que um campo orientador poderá
conduzir, a fim de alcançar uma
determinada posição; posição que é
ordem, harmonia, equilíbrio e
finalidade. Dessa forma, esse campo de
unificação ou espiritual teria condições
mais evoluídas, estaria em posição
mais avançada, como energia que
sofreu evolução e já se encontra em
posição de orientação”.
Dia 21 de junho tem
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espaço espírita
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NOSSOS CAMINHOS
Junho de 2008
Doutrina
4
Paciência, amor e humildade:
O sublime ideal de Chico
Médium ultrapassou
barreiras da teoria e
praticou como ninguém
o Evangelho de Jesus
por 75 anos seguidos
••• Thiago Baccelli
Orador espírita, psicólogo
clínico e graduado em Direito
De “O Consolador” da lavra mediúnica
de Francisco Cândido Xavier, pelo espírito
Emmanuel, questão 351: “Como entender o
“amor a nós mesmos”, segundo a fórmula do
Evangelho? – O amor a nós mesmos deve ser
interpretado como a necessidade de oração
e de vigilância, que todos os homens são
obrigados a observar. Amar a nós mesmos
não será a vulgarização de uma nova teoria
de auto-adoração. Para nós outros, a
egolatria já teve o seu fim, porque o nosso
problema é de iluminação íntima, na marcha
para Deus. Esse amor, portanto, deve
traduzir-se em esforço próprio, em autoeducação, em observação do dever, em
obediência às leis de realização e de
trabalho, em perseverança na fé, em desejo
sincero de aprender com o único Mestre, que
é Jesus Cristo. Quem se ilumina, cumpre a
missão da luz sobre a Terra. E a luz não
necessita de outros processos para revelar a
verdade, senão o de irradiar espontâneamente o tesouro de si mesma. Necessitamos
encarar essa nova fórmula de amor a nós
mesmos, conscientes de que todo bem
conseguido por nós, em proveito do
próximo, não é senão o bem de nossa
própria alma, em virtude da realidade de uma
só lei, que é a do amor, e um só dispensador
dos bens, que é Deus”.
Estudando os componentes psicológicos do indivíduo, mediante técnicas
apropriadas, através da análise clínica,
podemos determinar valores seguros a
respeito da personalidade humana, os quais
nos permitem não apenas identificar, mas
também analisar e compreender os nossos
problemas e conflitos mais diversos.
Quando voltamos o olhar para dentro de
nós mesmos, em geral, remexemos em
cicatrizes profundas, de um pretérito que
permanece vivo na atual Existência.
Caso à parte é do nosso inesquecível
Chico, que volveu ao plano físico da Terra
com a missão de dar seqüência à obra de
Kardec.
A paciência e a humildade que emanavam de sua personalidade exalavam doce
e suave fragrância que encantava e atraía a
todos! E, de simples trabalhador na seara do
Mestre, Chico tornou-se referência para
muitos irmãos, das mais diversas nacionalidades e religiões.
Embora não haja unanimidades em
nosso meio, é fácil constatar que o “Mineiro
do Século”, Francisco Cândido Xavier, é
respeitado e querido mesmo por aqueles que
seguem outra fé, que não a do Espiritismo.
Chico sempre foi assim: Espírita convicto, fraterno, sincero e autêntico, debalde em
seu coração sempre houvesse espaço para o
espírito ecumênico do verdadeiro Cristão.
Desde tenra idade, o legítimo Apóstolo
de Jesus, teve na dor uma companheira fiel
que lhe ensinou preciosas lições, não
consentindo que ele cedesse espaço aos
possíveis melindres de vaidade e de personalismo (tão comuns aos médiuns em
nosso meio).
De família eminentemente católica,
Chico passou por naturais dificuldades em
casa quando começou a aflorar sua mediunidade, ainda na infância.
Além disso, Ele também sofreu vários
outros sérios percalços, por exemplo: a falta
de uma família bem estruturada, a falta de
recursos financeiros, as armadilhas impetradas pelos espíritos das trevas contra Ele,
Divulgação/EE
Chico Xavier não esmoreceu, seguiu firme na
lida cotidiana, na luta pelo pão de cada dia
etc. No entanto, nada disso conseguiu demovê-lo nem um pouquinho da senda do
Seu sublime ideal!
Chico não esmoreceu, seguiu firme na
lida cotidiana, na luta pelo pão de cada dia
(material e espiritual), e através de diversos
e constantes exemplos de amor e de fé conseguiu superar os entraves de um mundo
ainda de provas e expiações, alcançando
assim surpreendente êxito no Seu Mandato
Mediúnico.
Seus mais de 400 livros psicografados,
sob a égide dos Benfeitores Espirituais
trazem o reflexo da Verdade (aquilo que já
nos pode ser revelado), um roteiro seguro
capaz de direcionar os nossos passos no
caminho do Bem!
Entretanto, Chico não foi um pretenso
teórico, pois, se destacou principalmente no
trabalho da caridade aos mais necessitados,
ou seja, no legítimo amor ao próximo, que
praticou durante toda a Sua Vida!
Plantão Doutrinário
Este espaço é destinado a tirar dúvidas doutrinárias a respeito do Espiritismo.
Mande sua carta para: Espaço Espírita - Caixa Postal nº 6
CEP 88380-000 - Piçarras - SC. Ou envie e-mail para [email protected]
Na minha casa espírita, surgem muitos comentários e até mesmo críticas às obras doutrinárias do espírito Ramatis,
principalmente as psicografadas pelo médium Hercílio Maes. Dizem que não são obras espíritas. O que vocês me
orientam? (Aline Paula, de Navegantes - SC.)
De fato, Aline, as obras do espírito Ramatis são obras espiritualistas. Embora Ramatis seja um nobre espírito, e haja grande
moralidade em seus ensinamentos, seus livros devem ser lidos com critério. Ou melhor: o ideal é orientar sempre o novato na
casa espírita a começar por Kardec - O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espíritismo, O LIvro dos Médiuns, A
Gênese e O Céu e o Inferno, e ainda o excelente O que é o Espiritismo? Em seguida, vêm as obras de Chico Xavier, que são
o complemento natural da Codificação. Depois que o aprendiz espírita tiver um bom embasamento doutrinário, aí sim, pode
habilitar-se a ler obras de outras linhas filosóficas, e reter sempre o bem. Quanto a Ramatis, suas obras não são espíritas, mas há
conteúdo espírita em muitas delas. Para ter este discernimento, o ideal é conhecer sempre Kardec por primeiro.
espaço espírita
Reflita com Joanna:
Blaise Pascal, um expoente
da Codificação Espírita
Em Florianópolis visite o
icef
instituto de cultura espírita da capital
Rua Joe Colaço, 149
Bairro Santa Monica
CEP 88.037.010 • Fone (48) 3879.5690
Florianópolis • Santa Catarina
Saite: www.icef-sc.com.br
Nascido em 1623, na França, Blaise Pascal fixou a
prosa francesa e era um verdadeiro intelectual
○
○
inspirou outros gênios, como Rousseau
(1712-1778) e Bérgson (1859-1941).
Seus escritos têm sido objeto de estudos
psicológicos e também psicanalíticos.
Encontramos mensagens dele no
Evangelho Segundo o Espiritismo
datadas de 1860 e 1862 e no Livro dos
Médiuns, capítulo XXXI, item XIII.
○
Em outubro de 1654, passeava ele de
carruagem e os cavalos se assustaram
sobre a ponte Neuilly, sendo que dois deles,
rompidos os arreios, foram precipitados
da ponte e os outros com a carruagem
ficaram suspensos no abismo, salvando a
vida do cientista. Este fato teria lhe
provocado violento abalo, fazendo-o
dedicar-se às questões religiosas.
Após sua morte foi encontrado costurado no forro de sua vestimenta, um
bilhete datado de 23 de novembro de
1654, em que ele relata uma espécie de
êxtase que ele teria experimentado
Aristocrático na vida, na cultura e
até na religião, encontrou na unidade de
seu gênio as exigências do espírito
científico e as da fé mais ardente.Escritor
e pensador incomparável, foi o
verdadeiro fundador da prosa literária
francesa, com um estilo pioneiro. Nas
famosas CARTAS PROVINCIAIS, contribuiu para fixar a prosa francesa.
Estava trabalhando para uma
grande obra: “Apologia da Religião
Cristã”. Não concretizou seus objetivos;
mas, encontrados após sua morte em 19
de agosto de 1663, com 39 anos; os
textos foram publicados com o nome:
“Pensamentos”, seu livro mais profundo
e admirável. É dessa obra prima da
literatura francesa a célebre frase: “O
coração tem razões que a própria razão
desconhece”.
Combatido no século XVIII como
espírito reacionário por alguns —
sobretudo por Voltaire (1694-1778);
○
Nos sentimos tão bem ao lermos
mensagens tão elevadas contidas nas
Obras da Codificação Espírita; pois bem:
a partir desta edição vamos saber um
pouco destes Espíritos Luminares:
dificuldades, preconceitos, solidão, em
fim , adversidades que achamos que só
aparecem em nossas vidas. Hoje vamos
nos encontrar com Blaise Pascal.
Certo dia um menino de dez anos
bateu com uma colher num prato, e
escutou atentamente o som, que só
parou quando o pequeno pôs a mão
sobre o prato. Outros tantos meninos
devem ter observado a mesma coisa
mas, só um gênio como Blaise Pascal
resolveu investigar sobre o som e
escreveu: Traite dês sons.
Nasceu a 19 de junho de 1623, na
localidade francesa de Clermont –
Ferrand, cedo demonstrou sua genialidade.
Órfão de mãe aos três anos, seu pai,
Ettiene Pascal, matemático e alto
funcionário do Estado, cuidou de sua
educação pessoalmente, orientando-o
para o campo das ciências físicas e
lingüísticas.
Certo dia o pai o encontrou a riscar
com um pedaço de giz, “rodas e barras”
no assoalho de seu quarto, que nada
mais eram, do que os círculos e as linhas
retas da Geometria, na linguagem
infantil. Mais tarde provaria numa
brincadeira o 32º teorema de Euclides,
do qual ele nunca ouvira falar.
O acidente
○
Articulista e dirigente do Centro Espírita
Paz do Senhor, de Joinville - SC
○
••• Maria Apª Massucatti
Arquivo/Juvan Neto
Para ajudar o pai, encarregado do
controle fiscal da Normandia, aos
dezenove anos, construiu uma máquina
aritmética, considerada a primeira
calculadora digital de que se tem notícia.
A família de Pascal era devota e
adotava rigorosos princípios cristãos.
Entretanto só após ter sofrido um
acidente de carruagem na ponte de
Neuilly, em Rouen, o cientista sentindo
um vazio do coração, percebeu a
necessidade de Deus.
○
Maior figura da prosa
francesa, Pascal aliou
o seu rigoroso espírito
científico com a fé
mais ardente em
Deus e sua Criação
○
Momentos de aflição e prova surgem
pelo caminho, inesperados, concitando à
disciplina espiritual indispensável ao
processo evolutivo do ser.
Águas serenas que são açoitadas por
fortes vendavais; paisagens tranqüilas que
se modificam ao império de tempestades
violentas; climas de paz que se convertem
em campos de lutas rudes; viagem segura,
que se torna perigosa, objetivos próximos
de conquistados, que se perdem de
repente; saúde que cede à enfermidade;
amigos dedicados, que vão adiante;
adversários vigorosos, que surgem
ameaçadores; problemas econômicos, que
aparecem, constringentes, tantos são os
motivos de aflição e prova, que ninguém
avança, na Terra, sem os experimentar.
Enquanto domiciliado no corpo,
espírito algum se encontra em segurança,
vitorioso, isento de experiências difíceis, de
possíveis insucessos.
Os momentos de prova e aflição
constituem recursos de aferição dos valores
morais de cada um, mediante os quais o
homem deve adquirir mais valiosas
expressões iluminativas. Por isso, todos
somos atingidos por tais métodos de
purificação.
Suporta o vendaval do testemunho
com serenidade; recebe a adaga da
acusação indébita com humildade; aceita
o ácido da reprimenda injusta com
nobreza; medita diante do sofrimento com
elevação de sentimentos.
Todos os momentos difíceis cedem
lugar a outros; os de paz e compreensão.
Não te desalentes, exatamente
quando deves fortalecer-te para a luta.
São os instantes difíceis que as
resistências morais devem estar temperadas, suportando as constrições que
ameaçam derruir as fortalezas íntimas.
Quando estiveres a ponto de
desfalecer, procura refúgio na oração.
Orando, renovar-se-ão tuas paisagens
mentais e morais, elevando-te o ânimo e
reconfortando- te espiritualmente.
Jesus, que não tinha qualquer dívida
a resgatar e que é o Sublime Construtor da
Terra, enquanto conosco não esteve isento
dos momentos de aflição, demonstrando,
amoroso, como vencê-los a todos, e, ao
mesmo tempo, ensinando a técnica de
como retirar do aparente mal as proveitosas
lições da felicidade.
Considera-Lhe os testemunhos, e, em
qualquer momento em que sejas
defrontado pela aflição ou prova, enfrenta
as circunstâncias e extrai do amor a parte
melhor da tua tarefa de santificação. (Do
livro “Oferenda”).
A Falange do Consolador
○
Psicografia de Divaldo Franco
Nobres personalidades que marcaram a Doutrina
○
••• Joanna de Ângelis
5
Grandes Espíritas
○
Momentos
de aflição
e de prova
Junho de 2008
Especial
FONTES
1 - O Evangelho Segundo o Espiritismo,
Allan Kardec, editora FEB
2 - O Livro dos Médiuns, Allan Kardec,
editora FEB
3 - Expoentes da Codificação, editora
da Federação Espírita do Paraná
4 - Revista Universo Espírita nº 51/
Editora Universo Espírita
espaço espírita
diário de
BORDO
Junho de 2008
Especial
6
Acompanhe o relato do jornalista Luiz Garcia sobre a viagem de grupo
liderado por Jeferson Ostrufka até o 1º Encontro Nacional dos Amigos de
Chico Xavier, em Uberaba - MG, cidade de onde Chico Xavier irradiou o
exemplo de homem que emprestou ao Espiritismo sua face mais caridosa
Viagem à Meca do Espiritismo
Fotos Luiz Garcia
••• Luiz Garcia
Jornalista e dirigente espírita do C.E. Trabalhadores da Última Hora
Em sua vida e
obra, Chico Xavier
deu tanta projeção às
idéias espíritas e
encarnou tão bem o
modelo cristão que,
mesmo sem nenhum
esforço intencional, a
cidade que abrigou a
segunda metade da
vida do maior
médium brasileiro
converteu-se
naturalmente na Meca
do Espiritismo. Não é
à toa que a cidade é
ainda destino de
muitos espíritas e
simpatizantes que lá
buscam vestígios de
sua passagem. Os que
lá foram entre os dias
19 e 20 de abril
encontraram mais. A
cidade sediou nesse
período o 1º Encontro
Nacional dos Amigos
de Chico Xavier e Sua
Obra, promovido
pelas AMEs (Alianças
Municipais Espíritas)
de Uberaba e da
cidade de Pedro
Leopoldo, também
Minas Gerais, berço
dos primeiros 40 anos
do médium e sede da
segunda edição do
Encontro no ano que
vem.
Talvez tenhamos
sido a única
“delegação”
catarinense no
encontro: eu, Juvan
de Souza Neto,
Jéferson Ostrufka e
Dorival Strelow.
Explico a dúvida: não
havia controle à
entrada; as portas do
Clube Sírio Libanês
estavam abertas para quem
quisesse entrar. Não havia
inscrições nem taxas, uma
exigência dos idealizadores –
os médiuns Carlos Baccelli e
Geraldo Lemos Neto – que
não queriam restringir a
participação só aos espíritas
que pudessem pagar. Mas
não me surpreenderia se
fôssemos mesmo as poucas
almas catarinenses no
evento. Percorrer mil
quilômetros de carro não é
uma das experiências mais
confortáveis e convidativas.
Para chegarmos à cidade
onde Chico Xavier fez de si
uma ponte luminosa entre
dois mundos, tivemos de
enfrentar uma viagem de 13
horas, uma viagem que
começou na madrugada de
uma sexta-feira.
Sexta, 02h45min – Saí
de Balneário Piçarras em
direção a Barra Velha, onde
Juvan e Dorival me
esperavam. A próxima
parada seria Joinville, de
onde Jéferson, nosso
principal “médium de
transporte”, nos levaria com
seu carro por mais doze
intermináveis horas até
aquela que é um celeiro de
casas espíritas – são mais de
cem numa cidade com uma
população de menos de 300
mil habitantes. A diferença:
Joinville, a maior do Estado
com população de quase 500
mil, tem pouco mais de 10
centros federalizados.
Para cortar caminho,
pegamos a rodovia que
atravessa a Serra TapiraíJuquiá, quase duas horas de
curvas, duas horas para
lembrar como Einstein
estava certo quando disse
Uberaba tem 110 centros espíritas como o L.E. Pedro e Paulo. A maioria vive lotada
Presentes no Encontro: Weimar Oliveira (FEEGO), Nestor Masotti (presidente da FEB) e Marlene Nobre (presidente da AME-Brasil)
que a menor distância entre
dois pontos nem sempre é
uma reta. Depois do
ziguezague sem fim,
passando por Sorocaba, deu
para engatar uma conversa
no carro que valha aqui
alguma referência.
Repercutimos a tese, cada
vez mais popular,
especialmente em Uberaba,
de que Chico seria a
reencarnação de Allan
Kardec. Juvan fez referência
ao livro de Weimar Muniz de
Oliveira, um tratado que deu
fôlego à tese e silenciou
muitos céticos.
16h – Última parada
antes de chegar à fronteira
de São Paulo e Minas Gerais:
uma esticada nas pernas,
banheiro e mais um café.
Faltavam apenas pouco
menos de 50 quilômetros até
Uberaba. Juvan, que já fora
outras três vezes à cidade,
adiantou a programação
daquela noite após um banho
e breve descanso no hotel.
Visitaríamos o Centro
Espírita Bittencourt
Sampaio, onde nos
encontraríamos com o mais
popular médium uberabense
depois de Chico, Carlos
Baccelli, intermediário de
obras que lhe custaram a
antipatia de confrades mais
ortodoxos e menos dispostos
a aceitar “supostas
novidades” no Espiritismo.
Se desse tempo, a noite ainda
nos levaria até o Centro
Espírita Aurélio Agostinho,
onde prestava serviço outro
procurado médium , Celso de
Almeida Afonso, c0-autor de
vários livros espíritas
também.
18h45h – Chegamos ao
Centro Espírita Bittencourt
Sampaio, depois de nos
hospedarmos no Hotel São
José, simples e acolhedor,
onde fomos recebidos pelo
próprio proprietário, seu
Hélio Veloso de Matos,
“coincidentemente” espírita,
cidadão honorário da cidade,
vice-presidente do Centro
Espírita Aurélio Agostinho e
também irmão do presidente
da União Espírita Mineira.
Luiz Carlos Barbosa Nunes,
assessor de Baccelli e
trabalhador da casa, iniciou
os comentários sobre o
Evangelho, ao mesmo tempo
em que os passistas deram
início também aos trabalhos,
de modo a permitir que
todos pudessem se beneficiar
dos serviços de fluidificação.
Baccelli, aproveitando a data
simbólica – 18 de abril –
decidiu remontar aos
primeiros dias da
Codificação. Eu mesmo, que
suspeito das coincidências,
achei interessante o fato de
estarmos ali justamente 151
anos após o marco inicial do
Espiritismo, o lançamento de
sua obra inaugural, o Livro
dos Espíritos. Baccelli fez
referência a um fato pouco
conhecido entre a maioria
dos Espíritas: que a primeira
edição da obra não continha
as 1019 questões da versão
atual. Era uma edição com
176 páginas e 550 perguntas
e respostas. E uma diferença
fundamental: a inscrição
dessas respostas às
indagações de Kardec fez uso
de uma mediunidade de
efeitos físicos, sem a
intervenção de médiuns de
psicografia, por exemplo. O
Livro dos Espíritos foi todo
escrito utilizando a “cesta de
bico”, em cujas bordas as
médiuns encostavam suas
mãos e, pela doação de fluido
magnético (ectoplasma), os
espíritos manipulavam a
cesta fazendo-a movimentarse. Nisso os Espíritos
Superiores tinham uma
preocupação fundamental,
observou Baccelli: garantir
que suas idéias fossem
preservadas, imunes às
impressões do psiquismo
pessoal ou às limitações
cognitivas dos médiuns.
Já eram quase 21h
quando Baccelli encerrou os
trabalhos. Ainda dava tempo
de acompanhar os
momentos finais no Aurélio
Agostinho, onde o médium
Celso de Almeida Afonso
repetia a rotina de
psicografia consoladora em
benefício tanto daqueles que
ali buscam informações de
parentes e amigos na outra
dimensão da vida, quanto de
outros que reforçavam em
tais testemunhos a fé na
sobrevivência do espírito.
Continua na página 08
espaço espírita
Painel Fotográfico
Junho de 2008
7
1º Encontro Nacional dos Amigos de
Chico
Xavier
e sua obra
Fotos Marília Espírita (www.mariliaespirita.jor.br)/Blog do Amigo Espírita/Luiz Garcia
Numa manhã de
domingo inspirada,
o médium Carlos
Baccelli sentenciou:
“Espiritismo é
Jesus, Kardec e
Chico Xavier”
Espírita Emmanuel,
Caio Ramaciotti, do Grupo o, São Paulo
de São Bernardo do Camp
O presidente da FEB, Ne
stor Masotti, com Marival
Veloso, presidente da Un
ião Espírita Mineira (UEM)
Este senhor é André Luiz, irmão de Chico (cujo nome
inspirou o autor espiritual Carlos Chagas). Ele está
com 90 anos, na foto, com Eurípedes Higino dos Reis
u os temas
AME-Brasil, abordo Ciência
Marlene Nobre, da
la
pe
já confirmados
da Série André Luiz
No local, a venda de
liv
além do lançamen ros de Chico a preços acessíveis,
to de “Militares no
Além”, póstumo
e,
Geraldinho Lemos Neto, de Belo Horizont
que
o
Chic
de
s
obra
de
pediu a reedição
UEM
não estão mais sendo editadas pela
Emoção: o encontro entre
Baccelli, Eurípedes e Adeli
no
Dr. Elias Barbosa, autor
de várias obras com Chico
Coral Harmonia, de
Birigüi, canta para
te da FEB, concede
Chico
Nestor Masotti, presiden
Mundo Maior
TV
da
a,
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rdi
Sa
J.
ra
entrevista pa
espaço espírita
Especial
Junho de 2008
8
Última parte do relato em que Luiz Garcia destaca as vibrações sentidas durante
o encontro, e detalha o que os palestrantes falaram sobre o cândido Chico Xavier
diário de
BORDO A dimensão humana de Chico
Parte Final
Continuação da página 06
Divulgação
transformara nossas vidas. Uberaba,
de alguma forma, representava o
Sábado, 6h30 – O relógio
interesse de fortalecer o
biológico despertou antes
compromisso com a causa espírita.
mesmo do celular. Sono
Não que fosse necessário percorrer
profundo a noite inteira,
mil quilômetros para isso, mas, de
depois do cansaço de uma
alguma forma, a viagem tinha um
viagem insone. Hora de tomar
sentido provocativo, porque nos
café e seguir até o Centro
punha em contato mais próximo com
Espírita Pedro e Paulo, onde o
o exemplo de Chico e de outros
médium Carlos Baccelli
companheiros de ideal que seguiam
desenvolvia uma concorrida
os passos do médium com maior
sessão de psicografia para
fidelidade e dedicação.
almas saudosas e angustiadas
pela ausência de familiares
Domingo, 8h – De volta ao
desencarnados. Enquanto a
Sírio Libanês, começamos a manhã
mão do médium deslizava sem
de palestras acompanhando uma
vacilo sobre o papel, quase
prévia do valioso trabalho de resgate
duzentas pessoas se
biográfico de Chico Xavier em Pedro
apertavam no salão simples,
Leopoldo, antecipado pelo
mas acolhedor,
pesquisador Jhon Harley Marques.
acompanhando os
Em seguida, o emocionante
comentários evangélicos de
depoimento de Flávio Mussa
confrades espíritas que
Convidados cantaram com Sérgio Santos ao final do encontro. Repórter Saulo Gomes marcou presença
Tavares, quando relembrou a
também vinham à cidade para
presença de Chico na história da
adotivo de Chico, que pareceu
e também para os Espíritos Irmão
o Encontro. Enquanto as
família e a trajetória do irmão Carlos
herdar do pai espiritual o olhar
José, Odilon Fernandes, Maria
folhas se acumulavam sobre a
Vitor (na encarnação anterior Santos
humilde e cortês. Saudou-me e
Rodrigues Salvador (Domingas),
mesa, passistas derramavam
Dumont), acometido por acidente
seguiu em sua lida de administrador
Paulino Garcia, Bezerra de Menezes,
as bênçãos dos bons fluidos
que o deixaria paraplégico,
do espaço. Depois, detive-me, por
Spartaco Guilhardi, Ramiro Gama,
sobre os presentes. Depois, a
cumprindo previsão do médium
instantes, a imaginar que, alguns
Inácio Ferreira e Eurícledes Formiga.
hora mais esperada, a leitura
antes mesmo de seu nascimento. Em
anos antes, aquelas mesmas paredes
das mensagens psicografadas.
seguida, o médium Geraldo Lemos
que eu enxergava ali haviam sido
10h30 – Guiados pela amiga
Em cada uma, a emoção
Neto apresentou interessantes cartas
testemunhas de episódios singulares
Jussara Veloso
vertida em lágrimas das
pírita de Sena,
pessoais de Chico, evidenciando
da vida daquele homem fantástico.
pessoas que
Site Amigo Es
detalhes da dimensão humana do
Quantos, deste ou do mundo outro,
trabalhadora
recebiam os
médium. Lançou ali também mais
não tinham buscado ali o consolo, o
do Centro
recados do
uma obra póstuma de Chico,
ouvido sensível e o olhar compassivo
Espírita Jesus
Além. Num
“Militares do Além”, e cobrou da
de uma alma que fez da própria vida
de Nazaré e
gesto de
União Espírita Mineira a reedição de
sua obra-prima.
“filha
gratidão, a
livros de Chico esgotados há tempo.
espiritual” de
maioria delas
Encerrando o evento, Carlos Baccelli
13h – Chegamos ao Clube Sírio
Maria
beijava a mão
deu seu testemunho pessoal sobre a
Libanês, centro de Uberaba, que
Rodrigues
do médium, que
vida e obra do “cisco de Deus”.
ainda se enchia para ouvir a primeira
Salvador, a
por sua vez,
Aplaudido,
defendeu com
palestrante, Marlene Nobre, diretora
dona
numa
da Folha Espírita. A médica
Domingas
manifestação de
Juvan Neto veemência o
estudo nos centros
(desencarnada pontuou a
humildade, não
espíritas das obras
fabulosa
em 2005),
devolvia a mão
vier
psicografadas pelo
contribuição da
deixamos o
da pessoa sem
Xa
ico
Ch
de
sa
Ca
nta na
médium, pediu a
obra psicografada
Pedro e
antes retribuirCoral de Birigui ca
superação das
por Chico para a
Paulo para cumprir o “roteiro
lhe o beijo. Pela
intrigas no meio
ciência espírita,
obrigatório” de quem visita a
natureza dos sentimentos que
espírita, e
antecipando
Uberaba espírita. No cemitério
motivavam os que ali estavam,
lembrou, uma
conhecimentos que
municipal, conhecemos o mausoléu
era possível sentir predominar
vez mais, que
só mais tarde
que presta homenagem à vida do
uma atmosfera de muita paz e
Chico Xavier foi
viriam a ser
maior médium brasileiro. Depois,
fraternidade. Observei Juvan,
um grande
ratificados pela
fomos à casa
de Chico,
sempre com o olhar atento no
médium porque,
ciência leiga.
onde
médium uberabense,
Juvan Neto
acima de tudo,
Seguiram-se as
atualmente
de quem se
de
.
km
0
foi um grande
palestras de Caio
06
funciona um
tornou defensor
1.
a,
rras a Uberab
ns
homem. Na
Ramacciotti, Manoel De Balneário PIça
museu. Em
em muitas das
ge
isa
pa
s
, além de bela
carona das
Tibúrcio Nogueira e
cada parede,
questões
reflexões espíritas
emoções
Weimar Muniz de
fragmentos
polêmicas
evocadas por Baccelli, o público se
Oliveira.
em sua
suscitadas pela
levantou para acompanhar o cantor
Mas seriam à noite e no dia
memória.
obra de Baccelli,
e compositor espírita Sérgio Santos
seguinte os momentos mais
Fotos,
especialmente a
na execução da canção que é quase
emocionantes. Sobre as palestras da
objetos,
ditada pelo
um hino em homenagem ao
documentos, noite, Juvan e Dorival poderiam
Espírito Inácio
médium inesquecível.
descrever melhor a emoção quando
as famosas
Ferreira. Era ali,
Depois, já no carro de volta a
Adelino da Silveira foi às lágrimas ao
boinas;
naquele mesmo
Santa Catarina, ouvimos “Cisco de
relembrar sua convivência com
tudo
centro onde
Deus” mais algumas vezes,
Chico, ou quando Oceano Vieira de
compondo
também
ia e Jeferson
embalando as reflexões de uma
Melo apresentou um vídeo inédito
Jussara, Luiz Garc
um
funcionava um
ra
so
es
of
Pr
,
na
al
Do
Doriv
, casa onde
ré
za
Na
viagem que nos deixou pelo menos a
com
cenas
exclusivas
do
médium.
Eu
mosaico
asilo, que o
de
s
su
Je
em frente ao C.E.
, em Uberaba
m
certeza de que, ante o exemplo
e
Jeferson
cabulamos
a
programação
da
vida
e
medianeiro
iu
éd
m
o
m
co
Domingas atuava
ainda radiante e persistente do
da noite, ambos indispostos. No
do cotidiano do
emprestava a mão
médium mineiro, podemos, sim,
quarto, aproveitamos para falar,
homem de hábitos simples e missão
para o ex-diretor do
servir bem mais e melhor à causa do
além das impressões da viagem,
grandiosa. Na sala, cruzei com
Sanatório Espírita de Uberaba,
Evangelho.
sobre o quanto o Espiritismo
Eurípedes Higino dos Reis, filho
espaço espírita
Junho de 2008
Espiritualidade
9
Saiba mais:
Fala, Dr. Ricardo!
O Espiritismo é
uma religião?
Descartes e o Espiritismo
“No sentido filosófico, o Espiritismo é uma religião,
e nós nos ufanamos disso” – Allan Kardec
Da obra “Paixões
da Alma”
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
Antes de discorrer sobre o espiritismo
e a religião, devemos nos perguntar o que é
religião. Segundo o dicionário Aurélio
(1999) religião é:
1. Crença na existência de uma força
ou forças sobrenaturais, considerada(s)
como criadora(s) do Universo, e que como
tal deve(m) ser adoradas(s) e obedecida(s).
2. A manifestação de tal crença por meio
de doutrina e ritual próprios, que envolvem
em geral, preceitos éticos.
Como se vê, na definição clássica de
religião transparece uma dualidade que
envolve uma crença num ser superior, e um
aspecto de culto institucionalizado.
Para Allan Kardec o que é a Doutrina
Espírita? No livro ‘O Que é o Espiritismo’
(2003/1864, p. 12), no seu preâmbulo
afirma: “O Espiritismo é ao mesmo tempo
uma ciência de observação e uma doutrina
filosófica. Como ciência prática, ele consiste
nas relações que se podem estabelecer com
os Espíritos; como filosofia, ele compreende
todas as conseqüências morais que
decorrem dessas relações”. Também afirma:
“O Espiritismo sendo independente de toda
forma de culto, não prescreve nenhum deles,
e não se ocupa de dogmas particulares, não
é uma religião especial, porque não tem nem
seus sacerdotes e nem seus templos” (id.
Ibid, p.190). Explica ainda: “Eis porque sem
ser, em si mesmo, uma religião, ele (o
Espiritismo) leva essencialmente às idéias
religiosas, as desenvolve naqueles que não
as têm e as fortifica naqueles em que elas
são hesitantes” (id. Ibid, p.107).
Na Revista Espírita, Kardec (Discurso
de 1/11/1868, Revista Espírita, Vol.11, apud:
Rizzini, 1987, p.95) também diz: “No
sentido filosófico, o Espiritismo é uma
religião, e nós nos ufanamos disso, porque
ele é a Doutrina que funda os laços da
fraternidade e da comunhão de pensamentos,
não sobre uma simples convenção, mas
sobre as mais sólidas bases: as leis da
Natureza. Por que então declaramos que o
Espiritismo não é uma religião? Por isso:
só temos uma palavra para exprimir duas
idéias diferentes e que, na opinião geral, a
palavra religião é inseparável da idéia de
culto; revela exclusivamente uma idéia de
○
Articulista espírita
forma e o Espiritismo não é isso”.
Conclui-se destas passagens que para
Allan Kardec, o Espiritismo é uma doutrina
científica e filosófica de conseqüências
morais, e deixa o título de religião para os
cultos dogmáticos, com hierarquia sacerdotal
e templos instalados para a adoração, mas
reconhece num sentido filosófico que o
Espiritismo é religião, porque de uma certa
forma a religião serve de laço que une as
pessoas em uma “comunhão de sentimentos,
princípios e crenças” (Herculano Pires, apud:
Rizzini, 1987, p. 99).
Podemos citar também Carlos
Imbassahy (apud: Rizzini, 1987, p. 100): “O
espiritismo tem, pois, um lado religioso,
visto que nele se ensina e prega o que pregam
as outras religiões...”.
Ou citar também Carlos Toledo Rizzini
(1987, p. 103): “Allan Kardec evitou aplicar
à dita doutrina o termo religião, notando que,
no sentido usual, tal palavra não exprime a
real natureza dela. Mostrou que há dois
conceitos diferentes e uma única voz para
designá-los. Achava, portanto, que o
Espiritismo é religião somente em certo
sentido. Considerando o sentimento
religioso (ou necessidade) um estado
íntimo individual, presente mesmo nos
povos primitivos – parece mais consentâneo com sua índole declarar o Espiritismo
uma religião interior”.
É neste sentido que se pode compreender a afirmação da FEB no 2º Congresso Espírita Internacional Panamericano: “No Brasil a Doutrina Espírita, sem
prejuízos nos seus aspectos científicos e
filosóficos, é fundamentada no Evangelho
de Cristo, certo de ser o Consolador
Prometido de que nos falam aqueles
mesmos Evangelhos. Por isso é que nós
outros, que vivemos no Brasil ligados à
doutrina espírita, consideramo-la a religião”.
○
••• Jorge Cordeiro
Bibliografia:
FERREIRA,
Aurélio
Buarque
de
Holanda(1999). Novo Aurélio Século XXI:
Dicionário da Língua Portuguesa, 3ª ed.,Rio
de Janeiro: Nova Fronteira.
KARDEC, Allan (2003/1864). O que é o
Espiritismo, 52ªedição, Araras: IDE
KLOPPENBURG, Boa Ventura (1997).
Espiritismo, 6ªedição, São Paulo: Edições Loyola
RIZZINI, Carlos Toledo(1987). Fronteiras do
Espiritismo e da Ciência, São Paulo: LAKE
Dr. Ricardo Di Bernardi
Apesar de se considerar moderna, e até
elegante, a referência pejorativa aos
postulados de Newton e Descartes, que
estariam sendo substituídos pela visão atual
da Física Quântica, cumpre-nos prestar uma
homenagem a um dos maiores vultos da
Humanidade, René Descartes.
Filósofo, físico e matemático francês
(Touraine 1596, Estocolmo (1650), deixou
em muitas de suas obras conteúdos nitidamente espiritualistas, dentre as quais
destacamos: "Regras para a Direção do
Espírito" (1628), "Meditações Metafísicas"
(1641) e principalmente "Paixões da Alma"
(1649), que nos impressionam pela profundidade e sensibilidade espiritual
em pleno século 17 obscurecido
pelo fanatismo religioso.
Descartes criou a geometria analítica e sua física mecanicista serviu de base para
Galileu e Newton desenvolverem suas pesquisas. No
terreno da filosofia, considerava
essencial para a existência do
homem o ato de pensar. Teve a
sabedoria de dizer que sua ética
sempre a consideraria provisória. São
expressões cartesianas: Assim como o
calor e o movimento procedem do corpo, os
pensamentos procedem da alma. Nos seus
escritos sempre procurou distinguir corpo
e alma como elementos distintos embora
inter-relacionados.
Segundo Descartes existiria no cérebro
uma glândula que seria o local onde a alma
se fixaria mais intensamente conforme diz
em "Carta a Mersenne", de 24 de dezembro
de 1640. Provavelmente seria a pineal esta
glândula, coincidindo com a posição das
modernas doutrinas espiritualistas e se
aproximando dos atuais conceitos espíritas.
Desconhecendo, na época, os circuitos
elétricos ou as noções de matéria fluídica,
consegue num maravilhoso lampejo intuitivo admitir a existência de um "ar muito sutil"
que chamou de "espíritos animais". Os "espíritos animais" seriam, para Descartes, corpos muito pequenos que se moviam depressa como as partes da chama de uma tocha.
Na visão cartesiana a pineal seria
captadora de todas as impressões corporais
através de uma energia que circula no
organismo: os "espíritos animais". Considerava que estas energias depois de captadas
pela pineal seriam transmitidas à alma.
Também sob a regência desta glândula, os
chamados "espíritos animais" permitiriam
que a alma atuasse sobre o corpo.
Ao contrário de certas correntes religiosas, Descartes afirma em seus trabalhos que
Centro Espírita
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da Última Hora
Em Balneário Piçarras,
divulgando a Terceira Revelação
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Reflita:
"A união da alma com o corpo se faz
conjuntamente em todas as partes do
corpo e não se situa em apenas um local."
(Página 88.)
"As paixões da alma são sentidas no
coração graças ao movimento dos
"espíritos animais" (circuitos energéticos)
que ligam o coração à glândula cerebral
(pineal)." (Páginas 77- 97.)
"Orgulhoso é aquele que
imagina ter méritos e por eles
deve ser estimado." (Páginas 135155.)
"Vergonha é uma espécie de
tristeza fundada no amor próprio
e na desconfiança. Provém do
temor de sermos censurados."
(Páginas 135-155.)
"Zombaria é uma alegria
sutilmente mesclada com ódio."
(Páginas 135-155.)
"Inveja é um desgosto
(mescla de tristeza e ódio) com o
bem que se vê acontecer a outros."
(Páginas 135-155.)
"Humildade consiste em perceber a
própria debilidade e compreender a
possibilidade de se cometer as falhas que
outros cometem." (Páginas 135-155.)
"As lágrimas não estão presentes nas
grandes tristezas como o riso não está
presente nas grandes alegrias." (Páginas
99-134.)
"A generosidade consiste em
conhecer que nada nos pertence exceto o
livre-arbítrio (livre disposição das
vontades)." (Páginas 135-155.)
"O conhecimento da verdade é
fundamental para que a alma possa
superar as suas paixões." (Páginas 77-97.)
Nossos agradecimentos a este
Espírito que, muitos séculos atrás, já nos
trouxe tanto ensinamento e, hoje, sem
dúvida, é um Espírito ainda mais
iluminado pelo amor e pela sabedoria
universal.
a morte nunca sobrevém por culpa da alma,
mas somente porque alguma das principais
partes do corpo se lesiona. Hoje, estudamos
na ciência espírita que as lesões orgânicas
determinam a perda do fluido vital com o
conseqüente desligamento do binômio
perispírito-espírito do corpo físico.
Observemos, com atenção, a semelhança do pensamento cartesiano com a
visão doutrinária espírita, guardadas as
devidas proporções e não nos esquecendo de
que foram seus escritos efetuados há mais de
três séculos.
Lançamento da Edições Espíritas Pedro e Paulo
Senhor & Mestre
A beleza evangélica do pensamento
Espírita Cristão de Irmão José, em
lições diversas para nossa reflexão e
meditação. Uma obra para
ser divulgada e sentida...
Pedidos: LIVRARIA ESPÍRITA
EDIÇÕES “PEDRO E PAULO”
Uberaba • Minas Gerais
Fone/fax: (34) 3322-4873
espaço espírita
Paulo Beduschi
SABEDORIA
DO
DO LIVRO
LIVRO DOS
DOS ESPÍRITOS
ESPÍRITOS
Vitória sobre o materialismo
799. De que maneira o Espiritismo pode contribuir para o progresso?
Destruindo o materialismo, que é uma das chagas da sociedade, ele faz os homens compreenderem onde está o seu verdadeiro interesse. A
vida futura não estando mais velada pela dúvida,
o homem compreenderá melhor que pode assegurar o seu futuro através do presente. Destruindo
os preconceitos de seita, de casta e de cor, ele
ensina aos homens a grande solidariedade que
os deve unir como irmãos.
•••
A compreensão acurada dos ensinamentos espíritas só pode advir do estudo criterioso das obras
de Allan Kardec e das boas obras complementares. A partir deste estudo, passa-se a ver que o
Espiritismo, como o próprio Codificador atesta, é
o cumprimento da promessa do Consolador prometida pelo Cristo. As leis espíritas, posto que
são leis naturais, existem de todo o sempre.
Kardec apenas as compilou, criteriosamente,
como uma verdadeira ciência de observação.
O estudioso espírita, ao ver que esta
racionalidade e estes critérios de Kardec, aliados
à razão, mostram a beleza do Evangelho de Jesus, confirmam tudo que está nas Leis Antigas e
nos profestas, elucidam as antigas dúvidas da
humanidade, verá que o materialismo não existe.
Sentirá que a matéria é uma grande ilusão.
A vitória sobre este mesmo materialismo através das ferramentas oferecidas pelo Espiritismo é a grande contribuição que a Terceira Revelação oferece aos homens. Não que outras “ferramentas” oferecidas pelas diversas filosofias e
crenças não cumpram sua parte. Mas o Espiritismo, por sua força moral e lógica, triunfou ontem, triunfa hoje e triunfará amanhã e sempre
sobre o materialismo. (JSN)
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Junho de 2008
Doutrina
Vá ao Centro Espírita mais próximo
de sua casa e conheça o Espiritismo
Visite uma Casa Espírita
•CIDADE/CENTRO
10
•ATIVIDADES
•LOCALIZAÇÃO
Barra Velha
C.E. Jesus
de Nazaré
2ª feira - 20h
4ª feira - 18h45
4ª feira - 20h
3ª feira - 14h30
Sábado - 17h
Domingo - 10h
Estudo do Evangelho , Grupo Mediúnico + Vibrações
Conversa fraterna e orientação sob a ótica espírita
Palestras públicas, tratamento fluidoterápico e Evangelização
Grupo de Senhoras Voluntárias - Trabalho Artesanal
Estudo Seqüencial do Livro dos Espíritos e Vibrações
Debate sobre “O Evangelho Segundo o Espiritismo” e Passes
Rua Lauro
Ramos, 130
Centro - Fone (47)
456.3402 ou
3456.0227
Gaspar
C.E. Caminho
3ª feira - 20h
- 21h
4ª feira - 19h30
Palestra espírita pública e aplicação de passes
Curso do Livro dos Espíritos
Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita
Rua Alessandro
Pires, s/nº-bairro
Santa Terezinha
Itajaí
C.E. Anjo
da Guarda
Palestra espírita pública e aplicação de passes
2ª feira - 20h
3ª e 5ª feira - 15h30 Palestra pública e passes
2ª e 6ª feira - 19h30 Atendimento fraterno
3ª e 5ª feira - 15h Atendimento fraterno
Estudo seqüencial do Livro dos Espíritos
3ª feira - 14h
Estudo seqüencial do Livro dos Espíritos e Passes
6ª feira - 20h
Estudos espíritas para infância e juventude
Sábado - 10h
Rua 15 de
Novembro, 405,
centro de Itajaí.
Próximo à Polícia
Federal
Navegantes
C.E. O Bom
Pastor
2ª feira - 20h
3ª feira - 15h
- 20h
4ª feira - 20h
6ª feira - 20h
Estudo Sistematizado do Livro dos Espíritos
Passe e Atendimento Fraterno
Palestra pública e aplicação de passes
Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita
Palestra pública e aplicação de passes
Rua Itamar da Luz,
168
Centro
da Cidade
Fone 319-3977
Penha
C.E. Luz do
Caminho
2ª feira - 20h
2ª feira - 16h
3ª feira - 20h
3ª feira - 15h
Sábado - 19h
Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita
Atendimento Fraterno, Evangelho e Passe
Estudo Seqüencial do Livro dos Espíritos
Grupo de Apoio aos Depressivos - Tratamento psicossocial
Palestra Pública, Passe e Atendimento Fraterno
Rua Jahiel M.
Tavares, 785. Fone
3345-5044 - Armação, esquina com
Mercado Provesi
Baln. Piçarras
C.E. Allan
Kardec
2ª feira - 20h
5ª feira - 20h
Sábado - 20h
Estudos do Livro dos Espíritos
Palestra Pública e Passe
Palestra Pública e Passe
Rua Joaquim
L. das
Neves, 29 - Centro
Baln. Piçarras
C.E.Trabalhadores
da Última Hora
2ª feira - 20h
Estudo Sistematizado do Espiritismo - Unidade 100
6ª feira - 20h
Palestra Pública e Passes
Rua Mário Brás de
Santana,104,centro.Ao
lado de Tina Cabeleireira Fone: (47) 3470480
Baln. Piçarras
C.E. Luz do
Evangelho
2ª feira - 19h
3ª feira - 20h
5ª feira - 14h
6º feira 14h
Sábado
Estudo e reunião mediúnica
Reunião Doutrinária e Palestra
Encontro Fraterno
Orientações e aplicação de passes
Fluidoterapia (das 9h às 12h e das 14h às 18h)
Rua João de Deus
Carvalho, nº 2100
Bairro Santo Antônio
Joinville
C.E. Paz
do Senhor
4ª feira
6ª feira
4ª feira
6ª feira
4ª feira
2ª feira
-
Atendimento fraterno (também às 14h25)
Atendimento fraterno (também às 19h50)
Palestras doutrinárias (também às 15h)
Palestras doutrinárias (também às 20h45)
Estudo da Doutrina Espírita (Esde) (também às 14h30)
Estudo do Livro dos Espíritos (também terças, 13h30 e 14h25
Rua João Pessoa,
172
Saguaçu
Joinville - SC.
Fone (47)
3425-9278
2ª feira
2ª feira
3ª feira
3ª feira
3ª feira
4ª feira
5ª feira
Sábado
Domingo
- 20h
- 20h
- 14h
- 16h
- 20h
- 16h
- 14h
- 15h
- 19h
Palestra e passe espiritual
Evangelização de 4 a 11 anos
Núcleo de Costura
Estudo Sistematizado da Doutrina (ESDE)
Estudo Sistematizado e Livro dos Espíritos
Atendimento fraterno e passe espiritual
Núcleo de Costura
Atendimento fraterno e passe espiritual
Juventude (11 a 22 anos)
Rua João Pessoa,
Rua
172 Laureano José
de
Almeida, 46
Saguaçu
Bairro
São- SC.
Joinville
João
FoneItajaí
(47) - SC.
(principais atividades)
Itajaí
C.E. Jesus
Nazareno
13h45
19h
14h30
20h
13h30
19h30
Em Penha, todas as terças-feiras, 15h:
Grupo de Apoio aos Depressivos (GAD)
Atendimento médico especializado - Trabalho gratuito e não-religioso
No Centro Espírita Luz do Caminho
Rua Jahiel Moacir Tavares, 785, Armação (Rua do Superm. Provesi)
Militares
no Além
3425-9278
Centro Espírita
Rua Jerônimo
Gotas de Luz Corrêa, 636, centro
A casa espírita de Guaramirim
Guaramirim
Palestras e passes às Quartas-feiras, 20h
NOSSA MISSÃO É A DO LIVRO: LUZ
DO ALTO PARA NOSSOS CAMINHOS
Fone 3373.3919
espaço espírita
Doutrina
Junho de 2008
11
Espíritas do futuro
A sempre importante
Evangelização Espírita
Divulgação
Evangelização e
formação moral das
novas gerações é
uma das principais
atividades da
Casa Espírita
Texto adaptado a partir de
publicação da Federação
Espírita Brasileira (FEB)
Crianças participam de atividade de evangelização numa casa espírita: ambiente
deve ser didático e fraterno, com o amor como técnica pedagócia e sem misticismos
são levados aos alunos através de
situações práticas da vida, pois a
metodologia empregada pretende
que o aluno reflita e tire
conclusões próprias dos temas
estudados, pois só assim se efetiva
a aprendizagem real.
As aulas são realizadas num
ambiente de descontração, como
recomenda a Didática moderna, sem
misticismo, com respeito e grande
aproveitamento, pois o aluno
participa, questiona, se informa,
dirime dúvida, reflete e conclui.
As aulas prevêem ainda
situações de aprendizagem em que
o aluno é convocado a opinar
quanto à prática dos ensinamentos
evangélico-doutrinários que,
segundo Kardec, determinarão uma
grande melhora no progresso
moral da Humanidade.
O Evangelizador é muito mais
que um monitor, é o companheiro,
o amigo, o conselheiro, aquele que
dá vida e dinamismo à aula, aquele
que impregna os conteúdos da
lição com o calor da certeza que
tem na tarefa que realiza. Não é
um mero transmissor de informações. Os conhecimentos por ele
veiculados guardam a pujança da
sua fé e do seu ideal. Vale-se dos
recursos técnico-pedagógicos
indispensáveis, mas utiliza o
amor como técnica por excelência.
Os evangelizadores espíritas,
cada vez mais conscientizados da
importância do seu trabalho,
estudam a Doutrina Espírita,
aprofundando conhecimentos
doutrinários, e se aperfeiçoam ou
se preparam em técnicas de
ensino, para melhor atender as
exigências do processo ensinoaprendizagem. Tecnologia, conhecimento espírita e evangélico,
dedicação, consciência da necessidade de auto-aperfeiçoamento
são os pré-requisitos que o
evangelizador espirita sabe que
deve adquirir para o bom desempenho de sua tarefa.
Não há mais dúvida de que a
evangel ização espírita da
criança e do jovem tem por
objetivo a formação moral das
novas gerações, embasada nos
ensinamentos do Espiritismo e
do Evangelho. Também isto não
constitui novidade para aqueles
que têm acompanhado o esforço
de quantos se dedicam a esse
mister.
Qual a postura espírita diante de um assassinato brutal?
“(...) Não vos cabe dizer de um criminoso: “É um miserável; deve-se
expurgar da sua presença a Terra; muito branda é, para um ser de tal
espécie, a morte que lhe infligem.” Não, não é assim que vos compete falar.
Observai o vosso modelo: Jesus. Que diria ele, se visse junto de si um
desses desgraçados? Lamentá-lo-ia; considerá-lo-ia um doente bem digno
de piedade; estender-lhe-ia a mão. Em realidade, não podeis fazer o
mesmo; mas, pelo menos, podeis orar por ele, assistir-lhe o Espírito
durante o tempo que ainda haja de passar na Terra.
Pode ele ser tocado de arrependimento, se orardes com fé. É tanto
vosso próximo, como o melhor dos homens; sua alma, transviada e
revoltada, foi criada, como a vossa, à imagem do Deus perfeito. Assim,
orai por ele; não o julgueis: não tendes esse direito. Só Deus o julgará.”
o a cometida
Brutalidades com
rdoni:
contra Isabella Na
m de oração
homicidas precisa
Nuvem de Testemunhas
Os Espíritos podem conhecer os
nossos pensamentos mais secretos?
- Conhecem, muitas vezes, aquilo que desejáveis
ocultar a vós mesmos; nem atos nem
pensamentos podem ser dissimulados para eles.
(“O Livro dos Espíritos”, questão número 457)
••• Da Redação
O que se faz, na área da
infância e juventude, no Brasil, sob
a denominação de Evangelização
Espírita Infanto-Juvenil, é a
transmissão do conhecimento
espírita e da moral evangélica
pregada por Jesus – que foi apontado pelos Espíritos Superiores,
que trabalharam na Codificação,
como modelo de perfeição para
toda a Humanidade. (KARDEC,
Allan. “O Livro dos Espíritos”.
Trad. de Guillon Ribeiro. 60. ed.
Rio de Janeiro, FEB, 1984. Questão
625, p. 308.)
O currículo adotado tem seu
conteúdo programático calcado nas
Obras Básicas e constitui um curso
de Espiritismo que se desenvolve
ao longo dos anos de sua duração.
Como a preocupação não é
somente com a transmissão de
conhecimentos mas, sobretudo,
com a formação moral, e como a
formação moral se inspira no
Evangelho, parece-nos muito
apropriada a denominação de
“evangelização espírita” dada a
essa tarefa, por expressar, na sua
abrangência, exatamente o que se
realiza em nossos agrupamentos
de crianças e jovens.
O ensinamento espírita e a
moral evangélica são os elementos com os quais se trabalha
nestas aulas. Esses conhecimentos
Lições dos Espíritos através da psicografia de Carlos Baccelli
Elisabeth de França. Médium: Sr. E. Vézy. Sociedade de Paris.
Revista Espírita: Jornal de Estudos Psicológicos - Ano V, 1862 (nº 4 abril de 1862). Allan Kardec. Federação Espírita Brasileira
Evidentemente que a
resposta acima, quanto ao
conhecimento que os espíritos
possam ter do pensamento
dos homens, refere-se àqueles
cuja condição evolutiva lhes
permite sondar o íntimo das
criaturas, de vez que, de
maneira geral, os
desencarnados não percebem
dos homens mais do que os
próprios homens conseguem
fazê-lo.
Espíritos existem que
Irmão José, abnegado servidor
sequer ainda lograram a
ausculta de si mesmos na vida além da morte! Os espíritos,
porém, atentos à vida dos homens na Terra, com o propósito
de influenciá-los para o bem ou para o mal, sondam-lhes o
íntimo e podem ter acesso ao móvel de suas ações, anulandoas ou incrementando-as conforme seus desejos.
O pensamento é voz que se articula – embora os ouvidos
humanos se revelem moucos para ele, eis que ecoa de modo
completamente audível para os que, fora do corpo, se põem
a registrá-lo.
Quem vive em sintonia com alguém saberá, inclusive,
antecipar as emoções, como se entre ambos, o estado de
transe se fizesse espontâneo e natural.
Os espíritos considerados obsessores ferrenhos são
entidades que se especializaram nas artimanhas de dominar,
através do pensamento, as suas vítimas, sem que
necessariamente tenham que estar próximos, à feição de dois
espíritos, ou mais, que ocupassem o mesmo corpo.
Os casos obsessivos mais complexos de serem erradicados
são justamente aqueles em que, entre vítima e algoz, se
estabelecem uma interdependência psíquica.
As pessoas cujos pensamentos pairam em região superior
elevam-se e não oferecem campo de atuação para os
desencarnados que pululam ao seu redor, agindo inteiramente
alheios à sua capacidade de influenciação.
Acontece com os espíritos fenômenos semelhante ao que
acontece com os médiuns quando se dispõem à tarefa do
intercâmbio: se estes para captarem o pensamento dos
espíritos, necessitam, digamos, mediunizá-los, evocando-lhes
a lembrança como ponto de fixação da mente, os espíritos
carecem de um ponto de interação com os encarnados; este
ponto de interação pode ser o interesse em comum,
sentimentos antagônicos, inclinações que se identificam... o
ódio atrai tanto quanto o amor; a diferença é que o ódio
algema e o amor liberta!
Sabendo o que foram os homens e o que fizeram em
existências anteriores, porque na maioria das vezes lhes
compartilharam as experiências, os espíritos, em seus contatos
com os encarnados, podem lhes revelar certas faltas ocultas
da personalidade, facilitando-lhes o trabalho do
autoconhecimento.
Educar o pensamento e vigiar a ação constituem-se, por
isso mesmo, em expedientes indispensáveis para quem
reclame maior independência de atitude na vida, sem que se
transforme em joguete de entidades espirituais levianas e
irresponsáveis.
Cercados por uma “nuvem de testemunhas”, conforme a
sabia advertência do Apóstolo, que os homens não se
esqueçam de que nada que pensem, falem ou façam passará
desapercebido aos olhos da Lei.
Do livro “Se teus olhos forem bons”
Acesse já: www.leepp.com.br
espaço espírita
Mensagens Psicografadas por Geraldo Lemos Neto
O galardão da iniqüidade
“E este adquiriu um campo com
o galardão da iniqüidade, e ele foi
chamado campo de sangue”.
Pedro, o Apóstolo,
em Atos – capítulo 1,
versículos 18 e seguintes.
O Novo Testamento está
repleto de ensinamentos para o
espírito eterno.
O Ato dos Apóstolos, escrito
por Lucas, registrou as memórias
de Pedro, o apóstolo, acerca da
traição de Judas Iscariótis.
É de notar-se que dentre os
doze discípulos chamados ao
serviço redentor diretamente por
Jesus de Nazareth, um dos mais
letrados e de melhor posição social,
chamado Judas Iscariótis, foi
justamente aquele que, afastandose das coisas do espírito eterno,
traiu a espiritualidade sublime que
a Boa Nova anunciava, se
desviando para focalizar sua
atenção no imediatismo das
vantagens da hora.
Judas é bem o símbolo que nos
alerta sobre a traição íntima que
diariamente todos nós cometemos
contra a espiritualidade superior e
os reais objetivos da vida humana,
quando, em detrimento dos mais
altos apelos, preferimos a
estagnação e o comodismo, a
ilusão e o vício.
Incapazes de sustentar o facho
vivo da luz esclarecedora no imo da
própia alma, escolhemos a
compactuação com as sombras,
adiando a construção espiritual da
Vida Superior em nós.
Falando aos colegas sobre a
ação infeliz de Judas, Pedro lembra
aos companheiros, que o traidor,
desviando recursos amealhados
pelo grupo dos discípulos com fim
caritativos, houvera comprado um
terreno, e, com o galardão de sua
iniqüidade, depois de trair a
confiança do mestre, acabou por
enforcar-se neste mesmo campo,
consumido de remorsos, razão pela
qual a referida gleba de terra
passou a ser conhecida entre o
populacho como o campo de sangue.
A imagem é forte, bem o sei,
mas é revestida de profunda
significação para todos aqueles que
se candidatam ao discipulato com o
Cristo.
Ora, se este fato lamentável
ocorreu no próprio colégio de
discípulos arregimentado pelo
Divino Senhor para a renovação do
mundo, é certo que a sina ingrata
seguiria séculos afora o
desenvolvimento das sociedades
terrestres.
Assim, pois, caros amigos,
podemos concordar, sem
dificuldades, que o mesmo haverá de
ocorrer conosco nas fileiras do
Espiritismo, a Verdade Consoladora
que Jesus nos enviou como a
terceira revelação.
O espírito de Erasto na
comunicação inserida no Evangelho
Segundo o Espiritismo, estudado na
noite de hoje, claramente nos
exorta a ter redobrada atenção,
afastando o nosso coração do
galardão da iniqüidade.
Também em nossas fileiras
doutrinárias haveremos de
encontrar os novos Judas traindo os
valores mais altos da
espiritualidade que o chamado da
Doutrina Espírita nos faculta, em
câmbio infeliz por alguns trocados
terrestres.
Ao coração atento não será
difícil identificá-los:
São médiuns que se rendem à
presunção de ocupar elevada
posição;
São dirigentes de casas
espíritas que se convertem em
déspotas da opinião;
São colaboradores das tarefas
que cedem à tentação da
maledicência em torno dos
companheiros;
São expositores e palestristas
que aceitam receber vantagens
pecuniárias em troca de seminários
e cursos;
São freqüentadores que apenas
Reflita conosco:
O que diz Allan
Kardec sobre o
conhecimento
espírita e
espiritualista:
“Os que desejem tudo conhecer de uma
ciência devem necessariamente ler tudo o
que se ache escrito sobre a matéria, ou,
pelo menos, o que haja de principal, não
se limitando a um único autor. Devem
mesmo ler o pró e o contra, as críticas
como as apologias, inteirar-se dos
diferentes sistemas, a fim de poderem
julgar por comparação.
Por esse lado, não preconizamos, nem
S
KIN
P
RINT
internet provider
Junho de 2008
Últimas
se aproximam de nossas lides com o
intuito de obter vantagens pessoais;
São escritores que abdicam da
humildade para favorecer o próprio
ego em sanha vaidosa;
São magnetizadores que se
aproveitam da boa fé alheia em
insinuante sensualidade;
São irmãos enfermos, enfim,
que preferem chantagens
emocionais acompanhando a lei do
menor esforço.
Atenção, pois, com os Judas
modernos do Espiritismo!
Embora a prepotência, o
egoísmo, o orgulho e a vaidade de
que são portadores, sabemos que
eles serão a minoria infeliz a
assombrar as nossas casas de
oração e trabalho com os seus
mesquinhos interesses humanos.
Normalmente encontramo-los
em destaque na mídia e no
movimento organizado, ocupando
altas tribunas de vaidosa ilusão,
pretendendo conduzir multidões,
esquecidos de que as vantagens
iníquas de que se locupletam
somente os destina ao “campo de
sangue” da desilusão e da morte.
Felizmente, de acordo com o
ensinamento das sagradas
escrituras, não são mais do que um
doze avos do total dos servidores
chamados a servir.
A grande maioria dos
trabalhadores da última hora
permanece humilde e dedicada,
zelosa da sublime oportunidade que
Deus lhe concedeu para fazer luz na
face da terra, sendo reconhecida
pelas lágrimas que enxuga e pelos
esclarecimentos que promove em
torno dos próprios passos.
Theophorus
Mensagem psicografada em
reunião pública do Centro Espírita
Luz, Amor e Caridade na noite de 11
de fevereiro de 2008, por Geraldo
Lemos Neto
•••
Estudo da noite: O Evangelho
Segundo o Espiritismo, cap. 20, item
3 e 4.
criticamos obra alguma, visto não
querermos, de nenhum modo, influenciar
a opinião que dela se possa formar.
Trazendo nossa pedra ao edifício,
colocamo-nos nas fileiras. Não nos cabe
ser juiz e parte e não alimentamos a
ridícula pretensão de ser o único
distribuidor da luz. Toca ao leitor separar
o bom do mau, o verdadeiro do falso”.
O Livro dos Médiuns, capítulo 3º, “Do Método”
12
Lindos casos de
Chico Xavier
Exercício de paciência
Todo sábado o grupo de voluntários que trabalhava
com Chico saía para fazer caridade. Daí, de repente, chega
um conhecido do médium, totalmente bêbado, que havia
virado alcóolatra. Impacientes, a equipe pedia a Chico para
irem logo fazer caridade, mas o paciente Chico acolheu o
bêbado com alegria e pediu para ele começar a cantar
algumas músicas.
“Cante aquela do Nelson Gonçalves, depois aquela do
Altemar Dutra”.
O bêbado, feliz, foi cantando, e o grupo ficando mais
impaciente para sair. O bêbado tanto cantou tanto que ficou
bom do porre.
Daí Chico falou para o grupo: “Pronto irmãos, fizemos
nossa primeira caridade de hoje”.
O bêbado, feliz, se ajoelhou aos pés de Chico, chorando:
“Só você me entende e é meu amigo...”
Depois Chico disse ao grupo: “Ele perdeu a esposa e os
filhos em um acidente de carro e sente-se culpado por isso,
a partir daí virou alcóolatra. Não podemos julgar nossos
irmãos”, concluiu.
O sapo, paciente jardineiro
Quando psicografava o maravilhoso livro Paulo e
Estevão, do Espírito Emmanuel, o Chico, via, ao seu lado, um
sapo feio, gorduchão, que o amedrontava muito...
No princípio, distava-lhe alguns metros. Depois, à
proporção que a grande obra chegava ao fim, o sapo estava
quase aos pés do médium.
Isto lhe dava um mal estar intraduzível.
Emmanuel, observando-lhe o receio, diz-lhe: - O sapo é
um animal inofensivo, um abnegado jardineiro, que limpa
os jardins dos insetos perniciosos. Não compreendo, pois,
sua antipatia pelo pobre batráquio... Procure observá-lo mais
de perto, com simpatia, e acabará sentindo-lhe estima.
Após ponderação justa de seu Guia, o Chico começou a
ter simpatia pelo sapo, e achar-lhe até certa beleza, particular
utilidade, um verdadeiro servidor.
Terminou a recepção do formoso livro e Emmanuel,
completando o asserto, pondera-lhe, bondoso: - O homem,
Chico, será um dia, uma Estrela de Cinco Raios, quando possuir
os pés, as mãos, e a cabeça alevantados, liberados. Já possui
tres raios: as mãos e a cabeça, faltando-lhes os dois pés,os
quais serão libertados quando perder a atração da Terra.
Existem, no entanto, germens, animais, seres outros, com
os cinco raios voltados para baixo, para a Terra, sugando-lhe
o seio, vivendo de sua vida. Assim é o sapo, coitado, que luta
intensamente para levantar um raio, pelo menos a cabeça. O
boi já possui a cabeça alevantada, já que progrediu um pouco.
É preciso, pois, que o Homem sinta a graça que já guarda
e lute, através dos três raios já suspensos, à aquisição dos
outros dois. Que saiba sofrer, amar, perdoar, renunciar, até
libertar-se do erro, dos vícios, das paixões, e, desta forma,
terá livres os pés para transformar-se numa Esrela de Cinco
Raios e participar da vida de outras Constelações, em meio
das quais brilha uma Estrela Maior, que é Jesus.
Fonte: Chico Xavier na intimidade - Ramiro Gama
Chico Pescados
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