Somos a maior cervejaria da América Latina e a maior indústria privada de
bens de consumo do Brasil. Estamos presente em 14 países da América,
em operações que envolvem a produção e comercialização de cervejas,
refrigerantes, outras bebidas não-alcóolicas, malte e subprodutos. Temos
orgulho por quatro de nossas marcas de cerveja estarem entre as 20 mais
consumidas do mundo: Skol, Brahma, Stella Artois e Antarctica. Fazemos
parte da maior plataforma mundial de produção e comercialização
de cerveja desde a aliança global que firmamos com a Interbrew, em 2004,
para a criação da InBev.
Nosso modelo de negócios é baseado na visão de que os consumidores
são a razão de tudo o que fazemos e devem receber toda a nossa atenção.
Construímos marcas fortes para conquistar a preferência por nossos
produtos. Temos o maior portfólio de bebidas no Brasil, com marcas
consagradas nos segmentos de cerveja (como Skol, Brahma, Antarctica
e Bohemia), refrigerantes (em que se destacam Guaraná Antarctica, PepsiCola e H2OH!), isotônicos (Gatorade), chás (Lipton) e água (Fratelli Vita).
Somos também líderes de mercado na Argentina, com a Quilmes Cristal,
na Bolívia (Paceña), no Paraguai (Brahma) e no Uruguai (Pilsen).
Na construção de nossos resultados, damos ênfase também a outras
alavancas, como crescimento de receitas, disciplina financeira, execução
nos pontos-de-venda, gente e cultura.
Em 2007, nosso volume de vendas chegou a 142,9 milhões de hectolitros,
com receita líquida de R$ 19,6 bilhões, crescimento orgânico de 5,8%
e 10,4%, respectivamente, em relação ao ano anterior, sem considerar
o impacto de aquisições e vendas de ativos e conversão de moedas. Nosso
EBITDA, chegou a R$ 8,7 bilhões, 16,0% acima de 2006. O valor de mercado
da Companhia atingiu R$ 79 bilhões em 31 de dezembro de 2007.
Índice
2 / Destaques financeiros
4 / Mensagem aos acionistas
6 / Mapa das operações
8 / Criando valor com
as nossas marcas
14 / Cerveja Brasil
18 / RefrigeNanc Brasil
20 / Quinsa
22 / América Latina Hispânica
excluindo Quinsa (HILA-Ex)
24 / América do Norte
28 / Nosso modelo de negócios
32 / Gente e Cultura AmBev
36 / Responsabilidade social
38 / Responsabilidade ambiental
42 / Governança corporativa
44 / Ações como Investimento
46 / Prêmios
47 / Nosso time
49 / Demonstrações financeiras
Destaques Financeiros
8.667
2.816
2007
EBITDA e margem
Composição da Receita Líquida (%)
Cerveja Brasil
52%
RefrigeNanc
11%
Malte e Subprodutos
América
do norte
HILA-ex
19%
3%
Quinsa 14%
2
1%
44,1%
2007
42,3%
2006
2005
2004
37,8%
3.072
35,4%
2003
2005
2004
2003
2007
2006
2005
2004
2003
EBITDA
39,5%
4.537
1.546
1.162
1.412
8.684
6.305
7.445
2.806
2006
17.614
19.648
Lucro Líquido (R$milhões)
12.007
15.959
Receita Líquida (R$ milhões)
MARGEM
PRINCIPAIS INDICADORES
Valores expressos em milhões de reais
2003
2004
2005
2006
2007
(exceto quando indicado)
Variação (%)
07/06 (**)
Demonstração de Resultados
Receita Líquida
8.684
12.007
15.959
17.614
19.648
10,4%
Lucro Bruto
4.640
7.226
10.216
11.665
13.102
11,4%
Despesas Gerais e Administrativas
2.334
3.611
5.174
5.409
5.859
3,3%
EBIT
2.306
3.615
5.043
6.256
7.243
18,5%
Lucro Líquido
1.412
1.162
1.546
2.806
2.816
0,4%
14.830
33.017
33.493
35.561
35.476
(0,2%)
2.534
1.505
1.096
1.539
2.308
50,0%
Balanço Patrimonial
Ativo Total
Caixa e Equivalentes
Dívida Total
5.980
7.811
7.204
9.567
9.852
3,0%
Patrimônio Líquido
4.363
16.995
19.867
19.268
17.420
(9,6%)
Fluxo de Caixa e Rentabilidade
EBITDA
3.072
4.537
6.305
7.445
8.667
16,0%
35,4%
37,8%
39,5%
42,3%
44,1%
2,1 p.p.
862
1.274
1.370
1.425
1.631
14,5%
32,4%
6,8%
7,8%
14,6%
16,2%
1,6 p.p.
Valor Patrimonial (*)
9,59
25,93
30,40
30,24
28,30
(6,4%)
Lucro por Ação (*)
3,10
1,77
2,37
4,40
4,57
4,1%
Dividendos (ON) – R$/ação
2,09
1,93
1,90
2,80
3,00
7,1%
Margem EBITDA
Investimentos de Capital
Retorno sobre o Patrimônio
Dados por Ação (R$/ mil ações)
Dividendos (PN) – R$/ação
2,30
2,13
2,09
3,08
3,30
7,1%
Payout Dividendos
71%
114%
84%
66%
68%
2,0 p.p.
26.392
40.424
53.646
64.109
79.071
23,3%
3.447
6.305
6.107
7.802
7.369
(5,5%)
Capitalização
Capitalização de Mercado
Dívida Líquida
Participações Minoritárias
196
213
123
223
187
(16,1%)
Ações em Circulação (milhões) (*)
455,0
655,5
653,5
637,2
615,6
(3,4%)
ADRs Equivalentes (milhões) (*)
455,0
655,5
653,5
637,2
615,6
(3,4%)
(*) Valores ajustados pela bonificação de ações realizada em 31/05/2005 e, em 2006 e 2007, pelo grupamento de ações (na proporção de 100 existentes para 1 nova ação).
(**) As variações das contas de resultado estão sendo apresentadas sempre em bases orgânicas, isto é, excluindo os impactos de aquisições ou vendas de ativos e o impacto de conversão de moedas no processo de consolidação.
Relatório Anual 2007
3
Mensagem
aos acionistas
A atenção que damos ao nosso relacionamento com os consumidores permitiu mais uma vez, em 2007,
mantermos e ampliarmos nossa liderança de mercado nos países em que operamos. A cada ano
aperfeiçoamos nossas estratégias de construção de marcas, entregando ao consumidor produtos
alinhados aos seus valores e às suas expectativas, em um processo permanente de inovação que nos
diferencia e agrega valor às nossas marcas e aos nossos resultados. Esse comportamento é apoiado
também por importantes alavancas estratégicas: gente e cultura, disciplina financeira e eficiência
na execução e no gerenciamento de custos.
Além dos investimentos em nossas marcas, iniciativas de crescimento orgânico e aquisições estratégicas
permitiram apresentarmos mais um resultado recorde. O volume de vendas consolidado cresceu 5,8%,
para 142,9 milhões de hectolitros, e a receita líquida atingiu R$ 19,6 milhões, ou 10,4% acima do ano
anterior. O EBITDA cresceu 16,0%, para R$ 8,7 bilhões, com margem de 44,1% – a maior registrada
mundialmente na indústria de bebidas. O lucro líquido, de R$ 2,8 bilhões, ficou em linha com o resultado
2006, refletindo o aumento de amortização de ágio e perdas com conversão de moeda em investimentos
que realizamos fora do Brasil.
Durante 2007, adquirimos duas empresas: a Cintra, no Brasil, e a Lakeport, no Canadá, o que ajudou
a ampliar nosso mercado, especialmente na região de Ontário. No início de 2008, concluímos ainda
a aquisição dos minoritários de Quinsa, e passamos a deter 99,56% do capital votante da empresa.
No ano, investimos R$ 1.630,9 milhões em ampliação das linhas de produção, compra de ativos de giro
e em uma fábrica de garrafas, que será inaugurada em 2008.
Crescemos em todas as operações, lideradas pelo Brasil, com contribuição de 69,4% do EBITDA
e crescimento de 16,8% na geração de caixa. Os volumes aumentaram de forma consistente: 5,5%
em cervejas e 10,6% em refrigerantes.
Quinsa registrou um EBITDA 22,3% acima do ano anterior, mesmo com o impacto negativo da inflação
nos custos, de maiores salários e da crise energética. O desempenho reflete crescimento sólido de volume,
de 9,7% no ano.
HILA-ex reportou um EBITDA negativo de R$ 20,1 milhões, o que representa melhora de R$ 41,8 milhões
com relação ao ano anterior. Esse avanço se deve especialmente ao reposicionamento de nossas marcas,
para enfrentar melhor as condições do mercado local.
Na América do Norte, a evolução do EBITDA foi de 6,4%, fruto principalmente das melhorias de eficiência
no processo produtivo e adoção de diversas iniciativas buscando a redução dos nossos custos.
Em ambiente marcado por forte competição de preços, a aquisição da Lakeport fortaleceu nosso
posicionamento para competir no mercado local.
4
Mantemos a nossa estratégia de distribuir o excesso de caixa gerado pelas nossas operações, reflexo
do foco no gerenciamento do caixa e do capital empregado. No ano, devolvemos aos acionistas R$ 3,1
bilhões em recompra de ações e R$ 2 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio (representando
70,9% do lucro líquido). O payout total somou R$ 5,1 bilhões, 42% acima do montante distribuído em 2006.
Os resultados de 2007 são, acima de tudo, resultado do trabalho da nossa gente, que é movida por uma
permanente insatisfação, pela paixão por aquilo que fazemos e por sonharmos grande, perseguindo
sempre a superação no desempenho.
Por trás dos números, temos uma equipe fantástica, que trabalha duro para que aconteça esse sonho que
pode parecer impossível. Nossa gente é determinada, atua com foco e sabe o quê e como executar. Cresce
com metas desafiadoras e nunca desiste. Mesmo quando as tendências são desfavoráveis ou o mercado
está se movendo contra nós, a nossa gente tem a capacidade de se superar. Esse é o nosso jeito de ser
e representa a nossa maior força.
Carlos Brito
Co-presidente do Conselho de Administração
Victorio Carlos De Marchi
Co-presidente do Conselho de Administração
Relatório Anual 2007
5
Mapa das operações
América do Norte
– representa
as operações da canadense Labatt Brewing
Company Limited (“Labatt”)
Receita Líquida (R$ mm):
3.826
EBITDA (R$ mm):
1.538
Margem EBITDA (%):
CANADÁ
40,2%
Mercado de cerveja (mm HL):
22,88
Consumo per capita (litros):
69,7
Total vendido de cerveja (mm HL) - Doméstico: 9,7
Total vendido de cerveja (mm HL) - Exportação: 1,8
Capacidade instalada de cerveja (mm HL):
14,9
GUATEMALA
EL SALVADOR
REPUBLICA DOMINICANA
VENEZUELA
NICARAGUA
EQUADOR
PERU
Brasil – compreende (i) Cerveja Brasil, (ii)
Refrigerantes e Nanc (Não-Alcóolicos
e Não-Carbonatados) e (iii) vendas de Malte
e Subprodutos
Receita Líquida (R$ mm):
BOLÍVIA
12.455
EBITDA (R$ mm):
6.014
Margem EBITDA:
48,3%
Mercado de cerveja (mm HL):
56,0
Total vendido de cerveja (mm HL):
70,1
Total vendido de refrigerantes (mm HL):
24,5
Capacidade instalada de cerveja (mm HL): 118,1
6
PARAGUAI
103,8
Consumo per capita (litros):
Capacidade instalada de refrig. (mm HL):
BRASIL
66,5
URUGUAI
CHILE
ARGENTINA
America Latina Hispânica – compreende
a participação da AmBev em (i) Quilmes Industrial,
Quinsa, S.A. (“Quinsa”), e (ii) Operações na América
Latina Hispânica, excluindo Quinsa (HILA-Ex)
(i) QUINSA
Receita Líquida (R$ mm):
2,687
Bolívia
EBITDA (R$ mm):
1,135
Mercado de cerveja (mm HL):
Margem EBITDA (%):
42,3%
Mercado cerveja (mm HL)
27.8
Total vendido de cerveja (mm HL):
18,3
Total vendido de refrigerantes (mm HL):
12,2
3,2
Consumo per capita (litros):
32,4
Capacidade instalada de cerveja (m HL):
Paraguai
Mercado de cerveja (mm HL):
Argentina
2,3
Consumo per capita (litros):
37,1
Mercado de cerveja (mm HL):
15,9
Consumo per capita (litros):
41,4
Capacidade instalada de cerveja (mm HL):
15,7
Chile
Capacidade instalada de refrig.(mm HL):
18,8
Mercado de cerveja (mm HL):
Capacidade instalada de cerveja (mm HL):
Mercado de cerveja (mm HL):
Consumo per capita (litros):
(ii) HILA-Ex
Capacidade instalada de cerveja (m HL):
1,3
0,7
Peru
El Salvador
Mercado de cerveja (mm HL):
Consumo per capita (litros):
EBITDA (R$ mm):
(20)
Capacidade instalada (mm HL):
Margem EBITDA (%):
-3%
Mercado de cerveja (mm HL):
45,6
0,8
13,0
-
3,0
Mercado de cerveja (mm HL):
Total vendido de refrigerantes (mm HL):
3,2
Consumo per capita (litros):
Capacidade instalada de cerveja (mm HL):
1,3
18,0
1,4
Equador
Consumo per capita (litros):
Capacidade instalada de cerveja (mm HL):
2,7
28,0
1,0
Mercado de cerveja (mm HL):
10,4
Consumo per capita (litros):
38,0
Capacidade instalada de cerveja (mm HL):
1,0
Capacidade instalada de refrig. (mm HL):
4,9
Guatemala
Total vendido de cerveja (mm HL):
Mercado de cerveja (mm HL):
1,1
24,3
Capacidade instalada de refrig. (mm HL):
681
33,7
0,8
Capacidade instalada de cerveja (mm HL):
Receita Líquida (mm HL):
3,2
5,6
Consumo per capita (litros):
Uruguai
4,1
Nicarágua
Mercado de cerveja (mm HL):
Consumo per capita (litros):
Capacidade instalada (m HL):
República Dominicana
Mercado de cerveja (mm HL):
3,6
Consumo per capita (litros):
36,3
Capacidade instalada de cerveja (mm HL):
1,0
Capacidade instalada de refrig. (mm HL):
3,2
0,8
13,0
-
Venezuela
Mercado de cerveja (mm HL):
26,0
Consumo per capita (litros):
93,0
Capacidade instalada de cerveja (mm HL):
2,8
Fonte: AmBev
Relatório Anual 2007
7
Criando valor com
as nossas marcas
Aliamos tradição e modernidade no portfólio de
pessoas, conhecer seus valores, suas prioridades,
produtos, em uma estratégia clara e direcionada
suas ocasiões de consumo e assim, em conjunto
de criação de valor e inserção de nossas marcas
com outras áreas da Companhia, desenvolver
na vida do consumidor. Para nós, o consumidor
produtos que atendam às expectativas dos públicos
é o chefe, é a razão do nosso negócio, e precisamos
que queremos atingir. Mais do que isso, sabemos
entendê-lo, estar próximos e construir uma relação
da importância de identificar aspirações, antecipar
duradoura de longo prazo.
tendências e apontar novos rumos.
Sem perder características e valores centenários
que acompanham algumas de nossas principais
Valores
marcas – como as cervejas Bohemia, Antarctica,
Brahma, Original e Quilmes –, atuamos de forma
Em uma sociedade cada vez mais informatizada
a garantir o crescimento contínuo dos negócios.
e globalizada, procuramos identificar os valores
Esse trabalho envolve um estruturado sistema
que movem os consumidores, sem deixar de lado
de inteligência de mercado e o uso de técnicas
as influências de características regionais e faixas
de marketing e comunicação que permitem
etárias. Nosso dia-a-dia envolve uma série de
a nossas marcas tornarem-se referências –
pesquisas sobre modos de vida, hábitos de consumo,
até mesmo ícones – e avançarem na preferência
aspirações e valores em todas as nossas regiões
dos consumidores.
de atuação. Só no Brasil, são mais de 2,5 mil pessoas
entrevistadas mensalmente. Essas informações,
Essas ações abrangem não apenas novos
aliadas à troca de experiências nos diferentes
produtos, sabores, extensões de linhas, embalagens,
países, servem de base para aperfeiçoar nossos
campanhas e promoções. Nossas pesquisas
produtos e desenvolver as marcas que nos
de mercado vão além de identificar hábitos de
colocam entre as principais indústrias de bebidas
consumo, expectativas de consumidores e novas
do mundo.
oportunidades de crescimento de volumes.
Buscamos que nossas marcas espelhem esses
Cumprimos o papel de líder no mercado de vários
valores, traduzidos em atributos identificados
países, comprometidos com a constante busca
pelos diferentes consumidores. Elas enfatizam
pela inovação, sintonizados com a realidade
conceitos como juventude, leveza e irreverência
e as complexidades do mundo moderno. Nossa
(Skol), amizade, progresso e celebração (Brahma),
política de marketing tem como missão entender
degustação e conhecimento cervejeiro (Bohemia),
as necessidades do consumidor e as diferentes
qualidade (Antarctica), busca da perfeição (Stella
realidades nas quais ele está inserido. Buscamos
Artois), garra e amizade (Quilmes), entre outras.
conhecer as experiências para entrar na vida das
8
Inovação
Esses conceitos das marcas inspiram todas as nossas inovações. Por meio delas buscamos surpreender
sempre nossos consumidores, seja em nossa comunicação – na TV, em novas mídias ou no ponto-de-venda –,
seja em novos produtos, com líquidos ou em embalagem inovadoras.
Um exemplo de empenho para entender e satisfazer cada vez mais o consumidor foi o lançamento
da cerveja Brahma Fresh exclusivamente para estados da Região Nordeste do Brasil. É uma cerveja pilsen
refrescante, mais suave e de cor mais clara e brilhante do que a Brahma tradicional, desenvolvida para
atender ao gosto regional. Além disso, tornamos a Bohemia Confraria, cerveja tipo abadia, um produto
de linha; criamos novos sabores da H2OH! e de Gatorade; inovamos com o Guaraná Antarctica Ice;
e introduzimos Quilmes Bock e Sout, na Argentina, e Alexander Keith’s Red Amber Ale, no Canadá.
A inovação inerente à nossa atuação também pode ser percebida: (i) nas nossas embalagens, como no pacote
com 18 latas de cerveja Skol, lançado em 2007, ou no lançamento da Bohemia Escura em garrafa long
neck (355 ml) e também em lata (350 ml), sempre buscando melhor atender aos desejos dos nossos
consumidores; (ii) nas mídias e tecnologias utilizadas na comunicação, como, por exemplo, a ação do Mistério
do Código Redondo, com uma estratégia de mídia diferenciada, com intervenções na programação, que
convidou os consumidores de Skol a participarem do desenrolar da campanha, ou a promoção do Dia
do Amigo da Quilmes, que motivou a postagem de mais de 1,5 milhão de vídeos pela Internet, feitos
pelos consumidores em interação com os amigos; (iii) nos diversos eventos proprietários das nossas
marcas, como, por exemplo, o Skol Beats, o Quilmes Rock e o Boteco Bohemia, que estão a cada ano
mais presentes na vida de nossos consumidores, trazendo novas experiências; (iv) no desenvolvimento
de novas ocasiões de consumo, como demonstra o sucesso crescente dos nossos quiosques do chopp
e chopp express; e (v) nas ações de trading nos pontos-de-venda, a exemplo da Real Academia do Chopp,
que treinou durante 2007 mais de 2 mil bares e restaurantes em todo o Brasil.
10
Nossas Principais Marcas
Cervejas
Refrigerantes
Skol – Líder do mercado brasileiro, tem a inovação
Caracu – Cerveja preta, do tipo stout, com sabor
Guaraná Antarctica – Segundo refrigerante mais
como um de seus principais atributos. Foi a primeira
encorpado. É produzida desde 1899. Como não
vendido no Brasil, tem um sabor único do fruto
cerveja em lata do País, introduziu o conceito long
é filtrada, é mais nutritiva, contém levedura
do guaraná cultivado na Amazônia.
neck e novidades no mercado brasileiro, como a Skol
e proteínas.
Geladona (embalagem que conserva o líquido
Pepsi-Cola – Somos o segundo maior engarrafador
gelado por mais tempo) e embalagem com rótulo
Quilmes – Cerveja mais vendida na Argentina.
da PepsiCo no mundo, com produção e distribuição
termosensível.
É produzida em mais de 15 versões, com destaque
em vários países da América do Sul e Central, em
para a Quilmes Cristal. Lançada em 1888, em 2007
uma linha que inclui a tradicional Pepsi-Cola,
ganhou versões stout e bock.
a Pepsi-Twist, de sabor cola com limão, a Pepsi X,
Brahma – Marca que é sinônimo de reunião de
primeiro refrigerante energético do mundo,
amigos e de diversão, é produzida desde 1888.
Além do Brasil, está presente também no Paraguai,
Pilsen e Patrícia – Referências de cerveja no mercado
como a principal marca, e em mais de 30 países
uruguaio, são encorpadas, fortes e de sabor
das Américas e da Europa. Em 2007 ganhou uma
levemente amargo.
versão especial para a Região Nordeste, a Brahma
Fresh, mais clara e leve que a tradicional.
H2OH! – Bebida levemente gaseificada e sem
açúcar. Foi desenvolvida em parceria com a PepsiCo,
Brahva – Comercializada nos países da América
inicialmente no sabor limão. Em 2007 passou
Central, mantém as mesmas características de sabor,
a ser produzida também no sabor tangerina
Antarctica – Clássica cerveja pilsen, fabricada
brilho, transparência e pureza da Brahma. Em 2007
desde 1885, combina tradição e qualidade.
ganhou a versão Extra.
Consolidou sua posição no mercado brasileiro
com a campanha e o Bar da Boa.
e a Pepsi Max, com máximo sabor e sem açúcar.
Ainda produzimos a Sukita, de sabor laranja,
a Soda Limonada e a Tônica Antarctica.
Labatt Blue – Cerveja canadense mais vendida
no mundo. Lançada em 1951 com Labatt Pilsener,
Bohemia – Primeira cerveja do Brasil, produzida
foi batizada como Blue pelos fãs do time de futebol
desde 1853, é líder no segmento premium. Além
Winnipeg Blue Bombers.
do tipo pilsen, tem outras versões de trigo
Isotônicos
Gatorade – Bebida isotônica esportiva mais
(Bohemia Weiss) e dos tipos schwarzbier (Bohemia
Kokanee – Marca com forte presença na Columbia
vendida do mundo, também é resultado da aliança
Escura) e abadia (Bohemia Confraria).
Britânica (Canadá), é produzida na região das
com a PepsiCo.
montanhas Kootenays. Tem sabor suave, limpo
Original – Bebida premium, de sabor marcante,
e com ligeiro gosto de lúpulo.
Chás
destinada a quem sabe apreciar e valorizar uma
cerveja tradicional e de qualidade superior. Criada
Alexander Keith’s – A mais popular cerveja
em 1906, conserva até hoje sua fórmula e o rótulo
da Nova Escócia (Canadá), com singular sabor
Lipton Iced Tea – Líder mundial do segmento
em papel monolúcido originais.
de malte e de lúpulo ligeiramente floral e adocicado.
de chás prontos para beber, é produzido sob
Em 2007, ganhou uma extensão de linha, com
franquia no Brasil.
Serramalte – Cerveja encorpada, com maior
o lançamento da Red Amber Ale.
adição de malte em sua composição e processo
de fabricação mais longo. É produzida desde
Lakeport – Marca canadense agregada ao nosso
1953.
portfólio em 2007. É apresentada em várias
versões, como pilsen, lager, ale, ice e red.
Fratelli Vita – A leveza é uma de suas principais
características, devido ao baixo teor de sais dissolvidos.
Polar – Cerveja de aroma, sabor e amargor suaves,
com distribuição concentrada no Sul do Brasil.
Água
Stella Artois – Marca internacional da InBev,
cerveja superpremium, lançada na Bélgica em 1366,
Liber e Kronenbier – Não-alcóolicas, ampliam
tem sabor balanceado e marcante. É fabricada
as ocasiões de consumo. A Liber é produzida com
também no Brasil e na Argentina, com ingredientes
tecnologia inédita na América Latina, que inclui
de primeiríssima qualidade, amparada em conceitos
o uso de equipamentos especiais para a retirada
como valor inestimável e busca da perfeição.
total do álcool da bebida.
Relatório Anual 2007
13
Cerveja Brasil
Mainstream
O cenário macroeconômico positivo, com crescimento da renda disponível dos consumidores, ajudou
a impulsionar os volumes de cerveja no Brasil. O crescimento foi de 5,5% no ano, com 70,1 milhões
de hectolitros, e a participação de mercado atingiu 68,6%, de acordo com dados da Nielsen. A receita
líquida totalizou R$ 10,2 bilhões, evolução de 11,7%. O EBITDA somou R$ 5,2 bilhões, incremento
de 15,4%. Nossa política de hedge continua sendo importante para mantermos os custos sob controle
e nos proteger contra a pressão no preço das commodities. Além disso, um plano comercial bem-administrado
nos permitiu otimizar investimentos e maximizar a rentabilidade.
Adquirimos durante o ano as instalações da cervejaria Cintra, com o principal objetivo de expandir nossa
capacidade de produção e assim endereçar a demanda crescente nos mercados de cerveja e refrigerantes.
A operação não incluiu a marca nem os ativos de distribuição da empresa.
Nosso crescimento é fruto, especialmente, do nosso trabalho direcionado ao consumidor e de construção
de marcas. A esse conceito se alinha o lançamento da cerveja Brahma Fresh, desenvolvida especialmente
para a Região Nordeste, com uma bebida mais clara e leve do que a original.
A Brahma, por sua vez, conquistou o público em 2007 com a campanha nacional que transforma
a quarta-feira em “Zeca-feira”. Estrelada pelo músico Zeca Pagodinho, reforça a identificação
do brasileiro com o futebol e a importância de encontrar os amigos durante a semana.
Outra campanha bem-sucedida do ano foi a “Código Redondo” da Skol. Em meio a um clima de mistério,
suspense e bom humor, o público foi convidado a tentar descobrir qual é o segredo da qualidade
da cerveja, reconhecida como inovadora, irreverente e de espírito jovem. Para a marca, desenvolvemos
um pacote com 18 latas e em janeiro de 2008, lançamos no mercado carioca a lata termo-sensível Skol,
a primeira comercializada no Brasil que avisa quando a cerveja está em boa temperatura para o consumo.
14
6bZhbVZmXZa„cX^V
YZhYZ&-*(#
7d]Zb^V#
6eg^bZ^gVXZgkZ_V
DM9 É DDB
Yd7gVh^a#
6egZX^ZXdbbdYZgVd#
Premium
Em nossas operações no Brasil, estamos ampliando a participação de cervejas premium
e superpremium. Em 2007, por exemplo, transformamos a Bohemia Confraria, anteriormente disponível
apenas por curto período de tempo, em um produto de linha. Também lançamos a Bohemia Escura em
garrafa long neck (355 ml) e em lata (350 ml). E com a Stella Artois destacamos o valor inestimável
e a sofisticação da marca.
16
Importadas
Ainda criamos oportunidades de degustação para o consumidor. No ano, inauguramos uma Central
de Importação, responsável por trazer para o País diferentes cervejas do mundo, a exemplo das alemãs
Spaten, Löwenbräu, Franziskaner Weissbier e Beck’s; das belgas Leffe, Hoegaarden e Belle-Vue; da argentina
Quilmes e das uruguaias Norteña, Patrícia e Pilsen.
Relatório Anual 2007
17
Refrigerantes
e Nanc Brasil
Atingimos no final do ano a maior participação histórica no mercado brasileiro de refrigerantes,
com 17,5%, de acordo com dados da Nielsen, 0,4 ponto percentual acima de dezembro de 2006.
Os volumes cresceram 10,6%, totalizando 24,5 milhões de hectolitros. A receita líquida cresceu 16,6%,
para R$ 2,1 bilhões, e o EBITDA atingiu R$ 782,6 milhões, uma evolução de 28,8%,alinhado a uma margem
de 37,1%.
Esse desempenho é explicado pelo forte crescimento e desenvolvimento da indústria e pelo ganho
de participação de mercado, impulsionado por inovações que fizemos durante o ano. Reflete ainda
a redução do custo por hectolitro produzido, efeito dos ganhos obtidos com hedge de matéria-prima
(açúcar) e da valorização do real em relação ao dólar.
Mais novidades foram introduzidas nas linhas
Em um mercado que cresce apoiado principalmente na inovação, as marcas fortes são o grande pilar
de chá Lipton, que foram acrescidas do sabor chá
de sustentabilidade do nosso negócio, em um portfólio que combina refrigerantes e bebidas
verde, e do isotônico Gatorade, que ganhou
não-carbonatadas para diferentes situações de consumo.
o sabor Açaí-Guaraná, homenageando os Jogos
Pan-Americanos do Rio de Janeiro 2007, e a versão
O grande destaque de 2007 foi o desempenho H2OH!, levemente gaseificada com toque de frutas e zero
Red como extensão de linha Cool, para amantes
açúcar, lançada em 2006 na versão limão apenas em algumas regiões. Além de ampliar a distribuição para
de esportes radicais.
todo o País, introduzimos o sabor tangerina. A H2OH! é um sucesso de mercado, com crescimento de
dez pontos em participação, por incorporar o conceito de saudabilidade e a vocação de produto natural,
Outras inovações foram introduzidas em embalagens.
associado ao bem-estar.
As versões de 1,5 e 2,5 litros passaram
a ser distribuídas em todo Brasil. Lançamos ainda
Outro grande sucesso em 2007 foi o lançamento do Guaraná Antarctica Ice, calcado em um dos principais
uma garrafa PET de 3,3 litros. É a maior do
atributos do refrigerante que é líder absoluto nesse segmento de sabor: a refrescância de um produto
mercado e foi desenvolvida sob medida para
genuinamente brasileiro com seu sabor único e autêntico. Inicialmente concebido como um lançamento
grandes famílias ou para ocasiões de muito
in-out, mantido no mercado por tempo limitado e apenas no verão, passou a integrar a linha e foi apoiado
movimento.
por campanha jovem e irreverente, que explora a expressão gela-goela. E em parceria com a Kibon,
criamos o Picolé Guaraná Antarctica, também uma bem-sucedida extensão de linha.
Também intensificamos ações em supermercados
de vizinhança, estreitando programas de
relacionamento com esse canal. As ações
envolvem
investimento
em
infra-estrutura
e treinamento, buscando desenvolver de forma
mais integrada a categoria refrigerante e ampliar
espaços nas gôndolas.
Relatório Anual 2007
19
Quinsa
Nosso terceiro maior mercado compreende as operações na Argentina, no Uruguai, no Paraguai,
na Bolívia e no Chile. A região da Quinsa cresceu em 2007 impulsionada por ganhos de participação
de mercado e bom desempenho das marcas premium.
O volume total expandiu-se 6,8% para cerveja e 14,3% para RefrigeNanc. A receita líquida atingiu
R$ 2,7 bilhões, apresentando crescimento maior que os volumes (21,5%), reflexo do aumento de preços
aplicados ao longo do ano e também do mix mais nobre de produtos. O desempenho recorde foi obtido
mesmo com a venda de três marcas de cerveja na Argentina, em dezembro de 2006, como parte
do compromisso assumido pela AmBev no processo de aquisição da Quinsa.
Nosso desempenho na região é amparado especialmente pela marca Quilmes, que isoladamente detém
cerca de 50% do mercado argentino. Consideramos esse desempenho excepcional, refletindo todo
o trabalho que envolve essa marca centenária, identificada com valores de sociabilidade, jovialidade,
humor e garra, direcionada a diferentes perfis sociais e etários dos consumidores. No ano, expandimos
a linha com cervejas escuras, nas versões stout e bock, posicionadas no segmento premium, com
o objetivo de acompanhar a evolução de nossos consumidores e estar presente em diferentes ocasiões
de consumo. O total do crescimento da cerveja premium no 2007 chegou a 62% (sendo que
o crescimento das cervejas escuras foi de 85%, e da Stella Artois foi 77% em comparação com o 2006).
A plataforma de Quilmes assegura seu posicionamento em várias frentes. No ano, promovemos o Quilmes
Rock, um dos maiores festivais de rock da América Latina, que reuniu 200 mil pessoas, em uma linha de
comunicação direcionada ao consumidor jovem, apreciador desse ritmo. Simultaneamente, patrocinamos
o campeonato e a seleção nacional de rúgbi, além da seleção argentina de futebol, como indicativo
da capacidade de Quilmes estar presente na vida de todos os argentinos.
Outro destaque do ano foi o comportamento da premium Stella Artois, que alcançou na Argentina
o quinto maior volume de vendas do mundo dessa marca. No mesmo segmento lançamos a Patagônia, uma
cerveja red de produção limitada e distribuição seletiva, que leva em sua composição lúpulo dessa região
do extremo sul do país. E no isotônico Gatorade inovamos com a linha Propel Fitness Water, sem adição
de açúcar.
A identificação dos consumidores com nossas marcas também acontece na Bolívia, com a Paceña, uma
referência nacional; no Uruguai, com Pilsen, e no Paraguai, com Brahma – que detém a maior participação
de mercado da marca no mundo.
20
HILA-Ex
A HILA-Ex (América Latina Hispânica excluindo Quinsa) abrange Venezuela, Peru, Equador, Guatemala,
República Dominicana, Nicarágua e El Salvador. Em 2007, o ambiente de grande competitividade
e a retração na Venezuela, com amplo crescimento do mercado informal influenciaram o desempenho
de vendas da divisão, em que registramos recuo de 4,6% em cervejas e 12,6% em refrigerantes. A partir
do terceiro trimestre foram observados avanços significativos nas operações na República Dominicana
e na América Central, além de recuperação de participação de mercado no Peru.
Os volumes da unidade de RefrigeNanc reduziram-se principalmente devido ao reposicionamento
de marcas em alguns mercados. Esse impacto foi em parte compensado por economias de custo, devido
a uma mudança favorável no mix de embalagem. No planejamento para 2008, continuamos a buscar
o melhor posicionamento e opções de embalagem para as nossas marcas na região.
Em cerveja, nossa marca Brahma manteve participação relevante nos mercados do Peru, do Equador
e da República Dominicana, posicionada com forte apelo popular, como produto democrático. Inovamos
nesses mercados introduzindo nos pontos-de-venda equipamentos de refrigeração (coolers) e materiais
diferenciados, além de lançarmos embalagens com schrink e selo da marca. Também passamos a oferecer
a Brahma Light, a Budweiser e a Budweiser Light na República Dominicana. Na Guatemala, onde atuamos
com a marca Brahva, lançamos a versão Extra.
Campanhas marcantes, destacando o caráter inovador e a inteligência da escolha, tornaram-se assunto
em conversas de mesa de bar nesses países. Aumentamos também a cobertura de pontos-de-venda, nos
preparando para um crescimento que já foi perceptível na República Dominicana, pode exemplo, onde
avançamos dez pontos de participação de mercado.
A melhora no EBITDA, que passou de R$ 63,9 milhões negativos para R$ 20,1 milhões negativos, reflete
a disciplina financeira e economias em gastos administrativos, resultantes de reestruturação operacional.
Começamos a atuar na região em 2003 – exceto na Venezuela, onde as operações foram iniciadas em 1994.
Continuamos construindo nossos negócios na região. Os volumes de cerveja estão crescendo, estamos
reduzindo custos fixos e chegando próximos a EBITDA e fluxo de caixa equilibrados. Para atingir nossos
objetivos de longo prazo, continuaremos a consolidar nossas alavancas de crescimento, com construção
de marcas, gerenciamento de receitas e custos e disciplina financeira.
Relatório Anual 2007
23
América
do Norte
Nossas operações no Canadá representam o segundo maior mercado da AmBev. Esse é um mercado
maduro, com o permanente desafio de crescimento em market share. Em 2007, apesar do bom
desempenho da economia – especialmente no Oeste, em decorrência dos altos preços do petróleo –,
as vendas de cervejas apresentaram evolução tímida, em um ambiente de acirrada competição.
Nossas vendas, sob esse aspecto, foram muito boas, com volume reportado 5% mais elevado do que ano
anterior. O desempenho reflete dois motivos: o leve crescimento do mercado e o avanço de nossas três
principais marcas no Canadá: Budweiser, Stela Artois e Alexander Keith’s. O volume sofreu uma redução
orgânica de 0,8% em relação a 2006.
O EBITDA totalizou R$ 1,5 bilhão, 6,4% acima de 2006, com margem de 40,2% (38,6% no ano anterior).
O desempenho reflete especialmente a introdução de nossa cultura de gerenciamento de despesas
e disciplina na gestão de custos.
Além disso, a Lakeport foi plenamente integrada à Labatt durante o ano. Nessa aquisição investimos
CAD$ 208,5 milhões, agregando linhas de produtos e marcas que têm destacada presença no segmento
de valor na região de Ontário (Grandes Lagos).
24
O ano foi marcado por várias iniciativas de marketing e inovações. Duas ações bem-sucedidas envolveram
a própria Lakeport: uma embalagem sazonal de 28 garrafas para a Lakeport Pilsener, Honey Lager e Ligh,
possibilitando o incremento de 1,8 ponto percentual na participação de mercado; e o lançamento da
Lakeport Red, uma cerveja mais encorpada. Na mesma linha, introduzimos a Alexander Keith’s Red
Amber Ale, que superou em 73% o volume de vendas em Ontário e 71% em Alberta, em relação
ao planejamento inicial.
As ações com Kokanee envolveram o reforço da marca, destacando-se o lançamento da Kokanee Kube,
uma mochila térmica que associa a bebida ao frio canadense e à sensação de refrescância, tornando-se
o acompanhamento perfeito para atividades ao ar livre.
Com Stella Artois promovemos a experimentação da marca, mostrando o ritual de nove passos para
servir um copo da cerveja com perfeição e conquistando os consumidores com essa iniciativa.
Fizemos ainda várias promoções com Labatt Blue, a exemplo de patrocínio a eventos durante todo o
verão, lançamento de uma embalagem com 18 unidades e uma campanha intitulada “A coisa boa” (The
Good Stuff) tendo como foco a ligação com consumidores fiéis e o varejo. Dessa forma, buscamos
reforçar o posicionamento de cerveja sob medida para comemorar diariamente as tradições.
E com Bud Light, que fabricamos no Canadá sob licença da Anheuser-Bush, aumentamos nossa ligação
com os consumidores por meio de patrocínio ao esporte, a exemplo da Liga Nacional de Hóquei. A marca
tem crescido a uma taxa média de 42% nos últimos três anos.
Relatório Anual 2007
27
Nosso modelo
de negócio
Nossos negócios crescem de forma constante
Outro elemento importante da nossa cultura são
e sustentável porque mantemos um processo
as habilidades gerenciais. Elas são pautadas por:
estruturado de trabalho. Temos três focos muito
ética; avaliações de desempenho baseadas
claros: Gente, Marcas e Gestão. Esses aspectos
exclusivamente em resultados; incentivo para
garantem a oferta de produtos inovadores para
pensar e agir como donos do negócio; liderança
atender os consumidores, a nossa eficiência,
pelo
e a capacidade de criar valor e entregar resultados.
experiências de campo.
Construimos Marcas Fortes
Crescimento de Receitas
Investimos no desenvolvimento de longo prazo
Buscamos de forma permanente o crescimento da
das nossas marcas para mantê-las em destaque
receita líquida. Para isso, temos como prioridade
no mercado. Para isso, entramos na vida de
aproveitar oportunidades nos seguintes aspectos:
exemplo
pessoal;
e
valorização
por
consumidores, procuramos conhecer seus valores,
suas preferências, suas expectativas. Investimos
• Gestão de marcas: construímos marcas fortes,
também em campanhas criativas, para mantê-las
a partir de um profundo conhecimento dos nossos
sempre presentes na lembrança dos consumidores.
consumidores, buscando crescimento de longo prazo;
Buscamos consistentemente estreitar os vínculos
com os consumidores e fortalecer o valor de
• Participação de mercado: nosso compromisso
nossas marcas.
é manter e fortalecer a liderança nos mercados
onde atuamos, bem como avaliar oportunidades
para ingressar em novos mercados nas Américas
Gente e Cultura
onde não operamos atualmente;
Pessoas altamente qualificadas, motivadas
• Consumo per capita: com base em extensas
e comprometidas são um dos nossos principais
pesquisas e no constante acompanhamento
diferenciais. Administramos a contratação e o
do mercado, com foco no comportamento
treinamento de nossa gente, pois queremos
do consumidor e em ocasiões de consumo,
contar com excelentes profissionais. Criamos, por
visamos aumentar o consumo per capita nos
meio do programa de remuneração variável,
nossos mercados; e
participação acionária, incentivos financeiros para
um desempenho e resultados mais elevados.
• Participação dos gastos do consumidor:
procuramos maximizar a participação dos gastos
do consumidor em nossos produtos.
28
Fluxo de caixa operacional (R$ milhões)
A distribuição de marcas nacionais de cerveja em centenas de milhares de pontos-de-venda
7.445
6.305
de distribuição terceirizada.
4.150
3.419
revendedores, estabelecendo padrões de desempenho e estimulando a troca de informações sobre
4.357
No Brasil, mantemos uma rede multimarca, com a distribuição comprometida com o resultado de todo
5.985
operações na distribuição direta nas grandes cidades, ao mesmo tempo em que fortalecemos o sistema
o portfólio. Com o Programa de Excelência AmBev, estimulamos o constante aperfeiçoamento de nossos
7.919
é a característica mais complexa do nosso negócio. Nos últimos anos, temos centralizado nossas
8.667
Execução da distribuição
as melhores práticas.
A execução no ponto-de-venda, para nós, é fundamental para o sucesso do negócio. Ajudamos nossos
clientes a expor os produtos da melhor forma, a programar estoques, a decorar o estabelecimento,
2007
2006
na temperatura ideal. Eles são ao mesmo tempo eficazes ferramentas de marketing, pois são decorados
2005
de equipamentos de refrigeração (coolers) no ponto-de-venda, para que a bebida chegue ao consumidor
2004
a gerenciar receitas e despesas. Em vários de nossos mercados fomos pioneiros na introdução
com imagens relacionadas às nossas principais marcas.
Fluxo de caixa
EBITDA
Eficiência em custos
Pay-out (R$ bilhões)
3,1
Adotamos modelo de Orçamento Base Zero (OBZ), que estimula o comprometimento com o controle
de despesas e custos, sem manter qualquer relação com o ano anterior. Estabelecemos metas
desafiadoras, e cada equipe é responsável pelo próprio orçamento. Cada centro de custos tem um dono,
1,8
sendo o alcance das metas recompensado com o sistema de remuneração variável. As áreas que
0,4
1,6
ultrapassarem os valores orçados perdem direito ao bônus.
Disciplina financeira
2,3
1,8
2,0
2006
2007
Por conta desse modelo, registramos em 2007 mais um ano de geração de caixa recorde, de R$ 8,6 bilhões.
2005
devolver aos acionistas o fluxo de caixa gerado pelas operações.
1,3
operacionais e planos de investimento, combinamos distribuição de dividendos e recompras de ações para
2004
Adotamos como política não reter caixa desnecessário. Após alocar recursos para as necessidades
E devolvemos aos acionistas R$ 5,1 bilhões, sendo R$ 2,0 bilhões em dividendos e R$ 3,1 bilhões
em recompra de ações.
Recompra de ações
Dividendos
Relatório Anual 2007
31
Gente AmBev
32
Investimos continuamente em nossa gente por acreditarmos em seu talento e sua capacidade de assimilar
e disseminar a cultura AmBev e superar desafios. Incentivamos as equipes a pensarem – e agirem – como
donos do negócio, e oferecemos a elas oportunidades de crescimento profissional e pessoal como
reconhecimento ao empenho, à garra e ao espírito empreendedor.
Ao final de 2007, formávamos um time de 37.299 pessoas – das quais cerca de 80% tinham menos
de 35 anos –, conduzidas por um modelo de meritocracia que contempla a oferta de salários fixos,
remuneração variável, programas de capacitação e qualidade de vida e uma série de benefícios.
Nas contratações, privilegiamos pessoas das comunidades próximas às nossas unidades, especialmente
nas funções operacionais. Para os demais cargos, buscamos o preenchimento das vagas por meio
de promoções internas.
Mantemos três programas estratégicos de atração de talentos: o Programa Trainee, que em 2007
selecionou 35 jovens para iniciarem a formação em 2008; o Programa Talentos, que encaminha a áreas
específicas da Companhia os candidatos com alto potencial de desenvolvimento e sólida formação
e selecionou 66 pessoas no ano; e o Programa Estágio, que permite ao estudante universitário, com até
um ano e meio da formatura, ter os primeiros contatos com a vida profissional. Em 2007, mais de 300
estagiários participaram do Programa e muitos deles já fazem parte do nosso time.
Gente AmBev
Brasil
21.085
Quinsa
7.077
HILA-ex
4.209
América do Norte
Total
3.222
35.593
Relatório Anual 2007
33
Faz parte da nossa cultura a crença de que
Prática de Liderar – Promove o alinhamento
Orientação para o Mercado – Promove
o aprendizado é um processo contínuo. Assim,
e define o perfil do líder AmBev. Nesse sentido,
o relacionamento e a sintonia com o mercado,
adotamos o ciclo anual de gente, que inclui
seis programas foram ministrados a 217 profissionais,
os distribuidores, as revendas, as comunidades
definição e desdobramentos de metas, avaliação
e somaram 773 horas em 2007.
e os clientes finais.
Excelência Operacional – Garante a dinâmica
Além de todos esses treinamentos, ministrados
de competências e processo de orientação
e desenvolvimento de nossas equipes.
de treinamentos para o desenvolvimento do
a mais de 18 mil pessoas em 2007, em 75 mil
A Universidade AmBev (UA), com base nesse ciclo,
conhecimento técnico necessário a todas as funções.
horas, a Universidade AmBev é responsável pelo
elabora programas de capacitação e formação
Em 2007, com 37 programas disponíveis, somou
gerenciamento e a disseminação das melhores
para garantir o aprimoramento permanente de
18.357 pessoas e 68.773 horas.
práticas adotadas em todas as unidades da
Companhia. Para isso, promove encontro anual
nossa gente.
Sistema de Gestão – Dissemina e pereniza
em que são expostos os projetos selecionados.
As atividades da UA se estendem a todas
as práticas e ferramentas gerenciais que compõem
Em 2007, o programa Melhores Práticas recebeu
as unidades e níveis organizacionais, por meio
a cadeia de negócio e a abordagem sistêmica.
318 inscrições de regionais no Brasil e na América
decursos e treinamentos externos e in company.
O eixo é responsável pelos programas Green Belts
Latina (Hila-ex), e premiou seis iniciativas.
Esses cursos são presenciais ou baseados em
e Black Belts (Seis Sigma), que envolveram 59
modernas ferramentas como e-learning (UA
pessoas e totalizaram 554 horas em 2007.
on-line) e televisão corporativa (TV AmBev).
Sob essa estrutura, a entidade possui 51
Cultura AmBev – Amplia as referências do jeito
programas, divididos em 251 cursos, em cinco
de ser e agir da Companhia. Em 2007, os seis
eixos temáticos que atendem a todas as funções
programas ministrados sob esse eixo somaram
e níveis hierárquicos.
2.490 horas.
34
Remuneração e benefícios
Nossa política de remuneração e benefícios inclui o pagamento de salários fixos, cujos valores
são baseados em pesquisas anuais de mercado, e remuneração variável, que se dá em dois níveis.
Os colaboradores operacionais participam do Programa de Lucros e Resultados (PLR) e os demais, a partir
do cargo de supervisores, são envolvidos em programa de remuneração variável, em que o valor
do bônus está vinculado ao alcance de metas individuais e coletivas de cada operação. Contamos ainda
com o Programa de Stock Options (opções de ações), direcionado a níveis de alta gerência e superiores.
Nossa política de benefícios também está sintonizada à valorização do empenho das equipes. Ela inclui
planos médico e odontológico sob medida e extensivo aos dependentes, plano optativo de previdência
privada, reembolso das despesas com a aquisição de material escolar para os funcionários e filhos
de funcionários estudantes, cesta de Natal e brinquedos para os filhos dos funcionários, reembolso
de até 70% do custo mensal de cursos de graduação e pós-graduação, sem teto definido, entre outros.
Qualidade de vida, saúde e segurança
Zelamos pela saúde e segurança de nossa gente. Por meio do programa Vida Legal, patrocinado pela
Fundação Antonio e Helena Zerrener (FAHZ), todos os empregados têm acesso a programas preventivos
de doenças e auxílio para a aquisição de materiais escolares, cestas de Natal e brinquedos. Algumas
unidades realizam ginástica laboral durante o expediente para prevenir doenças ocupacionais.
Na área de segurança, mantemos um Plano Diretor de Segurança para que as Comissões Internas
de Prevenção de Acidentes (CIPA), a área de Serviço Especializado de Segurança e Medicina do Trabalho
(SESMT) e os gerentes e supervisores estejam constantemente envolvidos no tema.
As unidades fabris e os centros de distribuição são regidos pelas Diretrizes de Segurança e Saúde
Ocupacional, que trata, entre outros itens, de permissão para trabalhos de risco, inspeções de rota,
bloqueio de energia, e exigências mínimas de segurança para prestadores de serviço.
Nas áreas de Vendas e Distribuição também é realizado o Paz no Trânsito, programa que busca garantir
a integridade física dos profissionais, gerenciar os índices de segurança e reduzir os acidentes de trânsito.
Desde que foi criado no Brasil, em agosto de 2003, o Programa foi fundamental para o alcance de cerca
de 70% de redução do número de acidentes com afastamento na Companhia.
Há ainda o programa Safety First e o Plano Diretor de Segurança, aplicado em todas as unidades fabris
da Companhia na América Latina, criado para promover a disseminação e o desdobramento de assuntos
de segurança já predefinidos e remetidos pela InBev bimestralmente.
Todas as unidades realizam a Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (SIPAT), que ocorre
uma vez ao ano. A partir de 2007, nos CDDs, a SIPAT passou a incluir, entre os temas, a questão do meio
ambiente e consumo responsável.
Com todas essas ações, a Companhia registrou 234 acidentes com afastamento em 2007, 18% menos
do que no ano anterior. A Taxa de Gravidade (TG) ficou em 168 em 2007 ( 314 no ano anterior), o que
representa 44% de redução do número de dias perdidos e 100% do número de dias debitados por
acidentes de trabalho. Devido ao nosso histórico de redução de acidentes desde 2004, conseguimos
uma diminuição na alíquota de seguro acidente de 3% para 2%.
Relatório Anual 2007
35
Responsabilidade
Social
Entendemos que para crescer de forma sustentável
Consumo responsável
é necessário não apenas obter lucros e pagar
Realizamos em 2007 a segunda edição do Gente
do Bem, em que todas as nossas unidades no Brasil
dividendos aos acionistas, mas também criar
Exercemos nosso papel de empresa cidadã ao realizar,
abriram suas portas para colaboradores e convidados
valores para toda a sociedade. Esse comportamento
desde 2001, ações de orientação à população
debaterem o consumo responsável e assistirem ao
norteia nossas relações com os diversos públicos
sobre os riscos associados ao uso indevido do
vídeo educativo “Bebida ou direção: faça a escolha
relacionados ao nosso negócio – consumidores,
álcool. Elas integram o Programa AmBev de Consumo
certa”, desenvolvido pelo Centro de Informações
clientes, fornecedores, revendedores, comunidades,
Responsável, pioneiro no Brasil, norteado pelas
sobre Saúde e Álcool (Cisa). A ação mobilizou
governo e sociedade.
premissas da Organização Mundial da Saúde
cerca de 45 mil pessoas em nossas unidades. Elas
(OMS), que possui dois pilares: conscientização
fizeram blitze em universidades, com a distribuição
Buscamos agregar as três dimensões da sustentabilidade
sobre os riscos de beber e dirigir e estímulo
de adesivos do bumerangue – símbolo do programa –
– econômica, ambiental e social – em toda a nossa
ao cumprimento da lei que proíbe a venda de bebida
e a mensagem “É mais divertido ir e voltar”. Esses
cadeia de negócios, do incremento da produção
alcoólica a menores de idade.
adesivos também foram fixados em todos os veículos
de insumos fornecidos pelos produtores no campo
de nossa frota.
ao pós-consumo, representado por programas
de consumo responsável de bebidas alcoólicas
Lançamos ainda a campanha Bar de Responsa,
e de reciclagem.
com a distribuição de cartazes e material
informativo com dicas para os donos de bares
multiplicarem a mensagem “Bebida alcoólica
somente para maiores de idade e para quem não
vai dirigir”. A ação envolveu bares de São Paulo
(SP), Brasília (DF) e Porto Alegre (RS).
Doamos, no ano, 19,2 mil bafômetros para órgãos
de trânsito e entidades governamentais federais,
estaduais e municipais, entre eles a Polícia Rodoviária
Federal (Ministério da Justiça) e o DENATRAN
(Ministério das Cidades). Ao todo, desde o início
do Programa, doamos cerca de 50 mil bafômetros.
36
Comunidade
e jovens de São Paulo e do Rio de Janeiro por meio de programas e projetos que visam à sustentação
Nosso investimento externo também é pautado
e Novas Mídias, que contribui para a inserção de jovens de baixa renda do município de São Paulo
pela capacidade de agregação de valor às comunidades
ao mundo do trabalho, por meio de programa de formação técnica e sociocultural; e o programa Esporte
com as quais nos relacionamos. Em 2007,
Clube Cidadão, desenvolvido pela Associação Cristã de Moços (ACM) de Porto Alegre e pelo Instituto
atualizamos nossos processos internos e programas
Dunga de Desenvolvimento do Cidadão, para promover a cidadania por meio do esporte coletivo. Além
de excelência para intensificar a responsabilidade
disso, a Fundação Antônio e Helena Zerrenner (FAHZ), um de nossos acionistas controladores, mantém
sócio-ambiental de nossa gente nas unidades
a Escola Técnica Walter Belian e o Hospital Santa Helena.
de uma nova pedagogia provedora de conhecimento, cultura e cidadania; o Instituto Criar de TV, Cinema
fabris, nos Centros de Distribuição Direta e nas
revendas, exercendo, no dia-a-dia, a proximidade
com as pessoas que residem no nosso entorno.
Reciclagem
Na Região Amazônica, em parceria com o governo
Apoiamos iniciativas de incentivo à reciclagem nas comunidades em que estamos presentes, nas ações
estadual, fomentamos a renovação e ampliação
e eventos de marketing, e patrocinamos o Programa Reciclagem Solidária - Cooperativas. Em 2007 demos
dos guaranazais, fornecemos mudas aos agricultores
seqüência e aperfeiçoamos esse programa, que comemorou cinco anos de existência. Desenvolvida em
e apoiamos o desenvolvimento de fontes alternativas
parceria com a ONG Recicloteca – mantida pela AmBev –, e, desde 2007, também com o Compromisso
de renda. A cada ano promovemos o do Dia do
Empresarial para a Reciclagem (Cempre) e a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro,
Guaraná e, desde 2006, em parceria com a GTZ
a iniciativa tem o objetivo de desenvolver e valorizar o trabalho dos catadores de materiais recicláveis
(Agência
Técnica),
organizados em grupos e minimizar os impactos ambientais da deposição de resíduos sólidos. No ano,
realizamos ciclos de capacitação. Durante o Dia do
reforçamos nossa atuação com atividades de apoio à gestão das atividades dos catadores. Ao todo,
Guaraná ocorrem palestras técnicas e os agricultores
já participaram do Programa 36 grupos de nove Estados brasileiros. Os grupos que ingressaram no
visitam a Fazenda Santa Helena, de propriedade
Programa em 2007 arrecadaram cerca de mil toneladas de materiais recicláveis.
Alemã
de
Cooperação
da AmBev, para que conheçam técnicas e equipamentos
de aperfeiçoamento do cultivo da fruta.
Na Região Sul do País, promovemos Dias de Campo,
em que nossos colaboradores, produtores,
cooperativas e técnicos da Embrapa se reúnem
para aprofundar os conhecimentos sobre os processos
de cultivo de malte e novas tecnologias disponíveis.
Nossa política de estímulo ao desenvolvimento das
comunidades inclui a doação de recursos para
a manutenção de projetos sociais externos. Em 2007,
apoiamos, por meio de lei de incentivos fiscais,
várias entidades não-governamentais que atuam
na capacitação de jovens, entre elas a Fundação
Gol de Letra, que atende crianças, adolescentes
Relatório Anual 2007
37
Responsabilidade
Ambiental
a Companhia na redução dos impactos ambientais
Megajoules por hectolitro (MJ/hl)
(SGA),
e
com
procedimentos
documentados,
104,68
107,8
Mantemos um Sistema de Gestão Ambiental
109,1
em todas as atividades, produtos e serviços.
padronizados
treinamento
de
Energia
Em 2007, utilizamos 104,68 megajoules de energia
direta por hectolitro produzido, volume 2,86%
108,7
das operações e no alcance de maior ecoeficiência
113,8
Ambiental determina o empenho de toda
Consumo de Energia por
Hectolitro Produzido
Alinhada às diretrizes da InBev, nossa Política
menor do que no ano anterior, quando foi de 107,79.
Esse resultado decorre, entre outros fatores,
pessoal
da aplicação de diversos projetos de eficiência
e controle operacional, que nos possibilita atuar
energética, entre eles instalação de redutores
preventivamente em relação aos potenciais riscos
de gás natural, caldeiras de alto desempenho
ambientais.
e redutores de energia para liquefação de
gás carbônico.
Comissões Internas de Meio Ambiente (Cima)
foi constituída por 52% de gás natural, 22%
e reaproveitamento de subprodutos.
de óleo combustível e 26% de biomassa.
2007
(GO) –, nossa matriz energética calorífica no ano
de água, utilização de fontes renováveis de energia
2006
unidades de biomassa – Juatuba (MG) e Cebrasa
indicadores de ecoeficiência, como consumo
2005
de treinar nossa gente e monitorar os principais
2004
Com o início da operação das duas novas
2003
atuam em todas as unidades com a função
Os combustíveis alternativos já são adotados em
sete unidades da Companhia no Brasil, e foram
Materiais
Consumo de energia (Kwh/HI)
responsáveis por uma economia de 48.171
8,80
2006
8,54
9,10
2005
ambientais e, ao mesmo tempo, a manutenção
8,76
Nosso compromisso com a redução dos impactos
9,13
toneladas de óleo em 2007.
da competitividade, está expresso também
na busca de eficiência na utilização de matériasprimas, como malte, milho, trigo, arroz e lúpulo.
Buscamos
adotar
os
melhores
processos,
tecnologias e materiais, e treinamos nossas
equipes para o desenvolvimento de embalagens
que atendam às expectativas dos consumidores e,
ao mesmo tempo, minimizem o impacto ao meio
ambiente. Como resultado desse trabalho, nos
últimos três anos conseguimos reduzir em mais
38
2007
5,88% o consumo de embalagens celulósicas.
2004
o consumo de alguns tipos de plásticos e em
2003
de 12% o consumo de vidro, em 11,37%
Relatório Anual 2007
39
40
Emissões atmosféricas
4,18
anaeróbico de efluentes, e, quando possível, a substituição de combustível fóssil por biomassa.
4,30
e de redução do consumo de energia, entre eles o uso de biogás decorrente do processo de tratamento
4,21
Para minimizar as emissões, desenvolvemos projetos de utilização de combustíveis alternativos
4,37
produzido foi de 6,38 quilos, redução de 29,3% em relação a 2002.
Consumo de água
(litro / litro de cerveja))
4,88
As emissões de gases de efeito estufa são inerentes às nossas atividades. Em 2007, o total por hectolitro
A AmBev é a primeira empresa do setor de bebidas do país a receber o registro oficial da ONU para
o MDL – Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, por projeto realizado na fábrica de Viamão (RS).
A empresa, que tinha recebido a aprovação do Governo Federal em julho de 2007, cumpre a última
etapa com o registro da ONU e já pode comercializar créditos de carbono válidos, alinhada ao Protocolo
de Kyoto. Outros dois projetos, das fábricas de Teresina (PI) e de Agudos (SP), também já foram aprovados
pelo Governo Federal.
2007
2006
2005
e na reutilização do recurso. Sintonizados a esses propósitos, nos destacamos mundialmente pela
2004
Fazemos uso sustentável de água, com foco na redução contínua do consumo, na reciclagem
2003
Água
produção de bebida com baixa utilização relativa de água. O benchmark global é de 3,25 litros de água
para a produção de um litro de cerveja. Algumas de nossas unidades são referência, como as de Brasília
(DF) e Curitiba (PR), que atingiram, respectivamente, o índice 3,26 e 3,33. Nossa média ficou próxima
98,1%
98,2%
2007
96,8%
2005
2006
96,5%
2004
Efluentes e resíduos
Reaproveitamento
de resíduos industriais
95,8%
e HILA-ex.
2003
desse índice global em 2007: foi de 4,19 litros de água por litro de bebida, incluindo as unidades do Brasil
Tratamos 100% dos nossos efluentes industriais. As Estações de Tratamento de Efluentes Industriais (ETEI)
estão instaladas em 95% de nossas unidades – as exceções, as unidades de Curitiba (PR) e Camaçari
(BA), encaminham o material para tratamento em estações externas.
No gerenciamento de resíduos sólidos, além de buscarmos continuamente reduzir a quantidade
produzida, promovemos a recuperação, o reuso e a reciclagem. Em 2007 reaproveitamos 98,2%
dos resíduos industriais, que são comercializados, de forma a incrementar a receita da Companhia
e reduzir o impacto ambiental.
Os resíduos de papel e a polpa dos rótulos são usados na fabricação de papel e papelão; bagaço
de malte, fermento úmido e seco e lúpulo compõem alimentação animal; e o lodo proveniente
do tratamento de efluentes é utilizado como fertilizante orgânico e adubo.
Relatório Anual 2007
41
Governança Corporativa
Nosso Conselho de Administração encoraja a Diretoria Executiva a promover e manter uma cultura ética.
Isso estimula a conduta de negócio responsável por toda a gente AmBev.
A experiência dos integrantes do Conselho de Administração e da Diretoria Executiva assegura
a manutenção da competitividade e o alcance dos objetivos de longo prazo. Nossos padrões de governança
se caracterizam ainda pelo alinhamento de objetivos entre acionistas e executivos – garantido, entre
outros meios, pelo sistema de remuneração variável vinculado ao alcance de metas desafiadoras – e pelo
acordo de acionistas.
O bloco controlador é formado por duas entidades que, juntas, detêm 89% do capital votante e 70,1%
do capital total da Companhia: a InBev e a FAHZ. O acordo de acionistas, válido até 2019, confere
à FAHZ direito de veto em questões relacionadas a dividendos, investimentos, aquisições e emissões
de novas dívidas, entre outras.
Composição acionária (*)
InBev
ON
% Circ
PN
% Circ
Total
% Circ
253.527.737
73,7%
122.065.577
44,9%
375.593.314
61,0%
FAHZ
55.964.558
16,3%
-
0,0%
55.964.558
9,1%
Mercado
34.371.321
10,0%
149.629.191
55,1%
184.000.512
29,9%
343.863.616
100,0%
271.694.768
100,0%
615.558.384
100,0%
Em circulação
Tesouraria
TOTAL
Circulação Bovespa
Circulação NYSE
(*) Em 31 de dezembro de 2007
42
1.191.112
7.667.740
8.858.852
345.054.728
279.362.508
624.417.236
30.522.738
8,9%
97.503.309
35,9%
128.026.047
20,8%
3.848.583
1,1%
52.125.882
19,2%
55.974.465
9,1%
Conselho de Administração
• Analisar e monitorar a posição da Companhia
Conselho Fiscal
por meio de análises de seus resultados,
É integrado por nove membros efetivos e dois
desenvolvimento de mercado e permanente
Tem como principais atribuições supervisionar
suplentes, que determinam o direcionamento
benckmarking interno e externo;
a administração, analisar e dar parecer sobre
geral estratégico da Companhia. São responsáveis
as demonstrações financeiras da Companhia.
pela nomeação dos diretores executivos e por
• Analisar, monitorar e propor a uniformização
Nenhum de seus membros integra o Conselho de
garantir que os valores, a ética e a cultura da
de boas práticas;
Administração ou a Diretoria Executiva, sendo um
AmBev sejam praticados e disseminados entre
deles representante dos acionistas minoritários.
a gente AmBev. Todos são acionistas da Companhia
• Analisar e monitorar a performance das marcas
O órgão também executa as funções de Comitê
e nenhum exerce cargo executivo, de forma
da Companhia e estratégias de inovação; e
de Auditoria relacionadas na Lei Sarbanes-Oxley,
a garantir maior independência e autonomia
até a extensão permitida pela legislação brasileira,
dos dois principais órgãos de governança.
• Analisar, monitorar e propor ao Conselho
e sua isenção é garantida pela eleição de membros
Os conselheiros são eleitos nas assembléias gerais
sugestões sobre assuntos jurídicos, tributários
independentes, com mandato de um ano, permitida
de acionistas para um mandato de três anos,
e regulatórios relevantes.
a reeleição.
Diretoria Executiva
Código de Conduta
sendo permitida a reeleição.
A atuação do Conselho tem o apoio dos seguintes
comitês:
É responsável por apresentar, ao Conselho
Somos regidos pelo Código de Conduta dos
Comitê de Finanças – Apóia no acompanhamento
de Administração, propostas de planejamento
Negócios, com o qual nos comprometemos por
do plano anual de investimentos, análise de
de médio e longo prazo e pela gestão dos
meio de assinatura de termo. Qualquer violação
oportunidades de crescimento, estrutura de capital,
negócios da Companhia. É integrada por 13 diretores,
ao documento pode ser relatada ao Comitê
fluxo de caixa, gestão de risco financeiro e política
que têm mandato de três anos, com possibilidade
de Ética, formado pelo diretor-geral da América
de tesouraria.
de reeleição. Nossos diretores são profissionais
Latina, pelos diretores Financeiro, de Gente e Gestão,
experientes, que conhecem os mercados de cervejas
Jurídico e de Relações Corporativas e pelo gerente
Comitê de Operações, Gente e Gestão – Tem
e refrigerantes e atuam na Companhia, em média,
de Comunicação Interna.
por finalidade assistir o Conselho de Administração
há aproximadamente dez anos.
em relação às seguintes matérias:
Os contatos com o Comitê podem ser feitos por
e-mail e pelo terminal de auto-atendimento
• Apresentar ao Conselho de Administração
aGente AmBev, disponível em todas as unidades,
propostas de planejamentos de médio e longo prazos;
e, a partir de 2007, também por telefone, em
ligações gratuitas 0800. Os canais podem ser
• Analisar, propor e monitorar os objetivos anuais
acessados por todos os funcionários, clientes,
de performance da Companhia, bem como os
revendedores fornecedores, e as denúncias
orçamentos necessários para atingir tais objetivos;
encaminhadas têm de ser apuradas em prazo
máximo de oito semanas.
Relatório Anual 2007
43
Ações como
investimento
Nossas ações são negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (códigos AMBV3 e AMBV4) e na New York
Stock Exchange – NYSE, como American Depositary Receipts (ADRs), com os códigos ABV e ABVc.
Na Bovespa, as ações encerraram o ano de 2007 cotadas a R$128,65 (AMBV4) e R$125,00 (AMBV3),
respectivamente 22,1% e 32,6% acima de 2006, já com os devidos ajustes referentes ao grupamento
de ações realizado em agosto de 2007. Os negócios com as ações preferenciais (PN) movimentaram
cerca de R$ 12,6 bilhões, e as ordinárias (ON), R$ 1,8 bilhão.
Na NYSE, nossos ADRs valorizaram 45,6% para as ações preferenciais (ABV) e 54,9% para as ordinárias
(ABVc) em 2007, e o volume negociado atingiu US$ 151,8 milhões e US$ 5,0 milhões respectivamente,
no mesmo período.
Na bolsa brasileira, fomos homenageados na comemoração dos 40 anos do Índice Bovespa (IBOVESPA)
por nossos papéis estarem presentes em todas as carteiras teóricas do índice, desde sua criação,
em 1968. Além da AmBev, apenas mais duas empresas mantêm desde o início seus papéis no principal
indicador do mercado de capitais brasileiro.
Grupamento de ações
Em 2 de agosto de 2007, realizamos um grupamento de ações de emissão da Companhia, na proporção
de 100 ações existentes para 1 nova ação. As ações, já agrupadas, passaram a ser negociadas em cotação
unitária e não mais em lote de 1.000 ações. O grupamento foi aprovado na Assembléia Geral
Extraordinária realizada em 29 de junho de 2007.
Remuneração dos acionistas
Nosso Estatuto Social prevê dividendos mínimos obrigatórios correspondentes a 35% do lucro líquido
anual da Companhia, conforme estabelecido nas normas contábeis da legislação societária brasileira,
incluindo as quantias pagas a título de juros sobre o capital próprio. No ano de 2007, foram distribuídos
aproximadamente R$ 2,0 bilhões em dividendos, incluindo juros sobre capital próprio. O montante
representa 70,9% do lucro líquido reportado no exercício. Além disso, devolvemos aos acionistas
R$ 3,1 bilhões em recompra de ações, totalizando um pay-out de R$ 5,1 bilhões.
44
-50%
jan.03
mar.03
mai.03
jul.03
set.03
nov.03
jan.04
mar.04
mai.04
jul.04
set.04
nov.04
jan.05
mar.05
mai.05
jul.05
set.05
nov.05
jan.06
mar.06
mai.06
jul.06
set.06
nov.06
jan.07
mar.07
mai.07
jul.07
set.07
nov.07
-50%
jan.03
mar.03
mai.03
jul.03
set.03
nov.03
jan.04
mar.04
mai.04
jul.04
set.04
nov.04
jan.05
mar.05
mai.05
jul.05
set.05
nov.05
jan.06
mar.06
mai.06
jul.06
set.06
nov.06
jan.07
mar.07
mai.07
jul.07
set.07
nov.07
AMBV x IBOVESPA - 5 anos
500%
450%
467%
400%
200%
150%
650%
600%
550%
450%
100%
528%
AMBV4
AMBV3
IBOV
350%
300%
250%
214%
180%
100%
50%
0%
ABV x Dow Jones - 5 anos
ABV
ABV/C
S&P 500
500%
400%
428%
350%
300%
250%
200%
150%
50%
67%
0%
Relatório Anual 2007
45
Reconhecimentos
e premiações
Valor Social – Concedido pelo jornal Valor Econômico, na categoria Respeito ao Meio Ambiente, como
um reconhecimento às empresas que consideram o compromisso com a sociedade e o desenvolvimento
sustentável critérios de excelência e de gestão.
Melhores e Maiores – Organizada pela revista Exame, a relação aponta as 500 maiores empresas
do País, além das maiores e melhores de cada um dos setores mais representativos da economia nacional.
Melhores Empresas para se Trabalhar – A classificação, promovida pelas revistas Você S.A. e Exame,
evidencia as 500 maiores empresas em atividade no País, além das maiores e melhores companhias
de cada um dos setores mais representativos da economia brasileira.
Great Place to Work – Realização da revista Época premia as empresas que mais se destacam
Nosso desempenho em 2007
resultou na conquista de vários
reconhecimentos e premiações,
destacando-se:
no gerenciamento de pessoas. Meritocracia e transparência no ambiente de trabalho foram os atributos
que nos levaram às primeiras posições no ranking.
Prêmio SESI de Qualidade no Trabalho – Destaca as companhias que contribuem para
o desenvolvimento social e melhoria da qualidade de vida de seus funcionários, além da racionalização
de recursos naturais em suas unidades. Participaram da edição 2007 do Prêmio cerca de 2.500 empresas
de todo o País.
Empresas Mais Admiradas – Destaque nas categorias Indústria de Bebidas Alcoólicas e não-alcoólicas
em virtude do trabalho nas áreas de responsabilidade social, ética e compromisso com recursos humanos.
O ranking, organizado pela revista Carta Capital, é baseado em pesquisa realizada com os principais
executivos das empresas do setor.
Certificado de Mérito Ambiental – Concedido durante o simpósio Experiências em Gestão de Recursos
Hídricos por Bacia Hidrográfica, realizado em dezembro pelo Comitê Intermunicipal da Bacia dos Rios
Piracicaba, Capivari e Jundiaí.
Prêmio Ambiental Fiec – Outorgado pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará, na categoria
Produção Mais Limpa e Reuso de Água.
Prêmio Gestão Ambiental do Estado de Goiás – Segundo lugar na categoria Atividade industrial
e terceiro lugar na categoria Atividades alimentícias.
Prêmio Ecologia e Ambientalismo – Concedido pela Câmara Municipal da Prefeitura de Curitiba (PR).
46
Nosso
time
1/
2/
3/
4/
5/
6/
7/
8/
9/
10/
11/
12/
13/
14/
15/
16/
Conselho de Administração
Co-presidentes e Conselheiros
1/ Victório Carlos De Marchi
2/ Carlos Alves de Brito
Membros do Conselho
Marcel Herrmann Telles
Carlos Alberto da Veiga Sicupira
José Heitor Attilio Gracioso
Roberto Herbster Gusmão
Vicente Falconi Campos
Diretoria
Luis Felipe Pedreira Dutra Leite
Johan M.J.J. Van Biesbroeck
3/ Luiz Fernando Ziegler de Saint Edmond
10/ Nicolás Ernesto Bamberg
Diretor Geral para a América Latina
Diretor Industrial
Jorge Paulo Lemann
4/ Bernardo Paiva
11/ Michel Dimitrios Doukeris
Roberto Moses Thompson Motta
Diretor Geral para a América do Norte
Diretor de Refrigerantes
Conselho Fiscal
5/ João Maurício Giffoni de Castro Neves
12/ Milton Seligman
Diretor Geral para Quinsa
Diretor para Assuntos Corporativos
Alcides Lopes Tápias
6/ Graham David Staley
13/ Pedro de Abreu Mariani
Álvaro Antônio Cardoso de Souza
Diretor Financeiro e de Relações
Diretor Jurídico
Aloisio Macário Ferreira de Souza
com Investidores
Conselheiros suplentes
7/ Ricardo Tadeu Almeida Cabral de Soares
Ary Waddington
Diretor de Vendas
Conselheiros suplentes
Membros do Conselho
14/ Olivier Lambrecht
15/ Jean-Yves Rotte-Geoffroy
Emmanuel Sotelino Schifferle
Ernesto Rubens Gelbcke
Diretor de Gente e Gestão
8/ Ricardo Manuel Frangatos Pires Moreira
Diretor de TI e Serviços Compartilhados
Diretor para a América Latina Hispânica
16/ Rodrigo Figueiredo de Souza
9/ Carlos Eduardo Klutzenschell Lisboa
Diretor de Logística e Suprimentos
Diretor de Marketing
Relatório Anual 2007
47
Demonstrações Financeiras
50 / Relatório da Administração
62 / Parecer dos Auditores
Independentes
63 / Parecer do Conselho Fiscal
64 / Balanços Patrimoniais
66 / Demonstrações
de Resultados
67 / Demonstrações das
Mutações do
Patrimônio Líquido
68 / Demonstrações das
Origens e Aplicações
de Recursos
70 / Demonstrações
Consolidadas de Fluxo
de Caixa
72 / Notas Explicativas
110 / Informações
aos Investidores
Relatório da Administração
Mensagem aos Acionistas
VISÃO GERAL DA
COMPANHIA DE BEBIDAS
DAS AMÉRICAS – AMBEV
Nossa estratégia contínua de excelência na execução,
HILA-ex reportou um EBITDA negativo de R$20,1 milhões, o
construção de marcas fortes, eficiência de custos e
que representa um ganho orgânico de R$41,8 milhões com
disciplina financeira mais uma vez rendeu resultados
relação ao ano passado. Luiz Fernando Edmond, Diretor Geral
sólidos e consistentes para 2007. O EBITDA consolidado
para América Latina, comenta: “Estamos construindo um
cresceu 16% organicamente, alcançando R$8.666,9
negócio sólido, com a disciplina necessária para tanto.
Com operações em 14 países pelas três Américas, a AmBev
milhões, com um crescimento orgânico de 210 pontos
Estamos caminhando para atingir o breakeven do EBITDA e
é a quinta maior cervejaria do mundo e a líder do mercado
base na margem EBITDA.
do caixa, o que faz parte da nossa estratégia de longo prazo”.
latino americano. As operações da Companhia consistem na
produção e comercialização de cervejas, refrigerantes,
O cenário macroeconômico positivo ajudou a alavancar
O EBITDA para as operações na América do Norte chegaram
outras bebidas não alcoólicas e malte, dividindo-se em três
os volumes de cerveja e de refrigerantes no Brasil, que
a R$1.537,5 milhões, 6,4% acima de 2006 em termos
unidades de negócio:
entregaram crescimento orgânico de 5,5% e 10,6%,
orgânicos, com um crescimento de 270 pontos base em
respectivamente. O aumento de receita líquida se manteve
margem EBITDA. Bernardo Paiva, Diretor Geral para a
• Operações Brasil, representada pelas vendas de (i)
acima da inflação, enquanto o custo cresceu abaixo,
América do Norte, comenta: “2007 foi um ano difícil, com
cerveja (“Cerveja Brasil”); (ii) refrigerantes e bebidas
assegurando incremento na margem bruta. Nossas despesas
tímido crescimento do mercado canadense e acirrada
não alcoólicas e não carbonatadas (“RefrigeNanc”);
com vendas, gerais e administrativas, cresceram 7,9%,
competição. Porém, nossa excelência em gerenciar custos,
excluindo depreciação e amortização, devido principalmente
assim como a aquisição da Lakeport foram muito
• América Latina Hispânica (HILA), dividida em duas
à inflação do período, ao aumento dos volumes e da nossa
importantes para gerar um bom resultado, com ganhos de
operações: (i) Quinsa, composta por operações na
distribuição direta no período. Como conseqüência, o
EBITDA e expansão de margens. Nós continuamos focados
Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai, e (ii) HILA
EBITDA consolidado mostrou um crescimento orgânico de
em
excluindo Quinsa (denominada HILA-Ex), composta
15,4% para cerveja e 28,8% para RefrigeNanc. “Nossa
comprometidos com a rentabilidade a longo prazo”.
fortalecer
nossas
marcas
e
permanecemos
e (iii) malte e sub-produtos;
pelas operações da Companhia em El Salvador,
Equador, Guatemala, Nicarágua, Peru, República
política de hedge fo importante para mantermos os custos
Dominicana e Venezuela; e
sob controle e nos proteger contra a pressão no preço das
Nossa estratégia de payout permanece a mesma, reforçando
commodities. Além disso, um plano comercial bem
o nosso compromisso em distribuir o excesso de caixa aos
• América do Norte, representada pelas operações
administrado nos permitiu otimizar investimentos e
nossos acionistas. Em 2007, nós distribuímos, R$2,0 bilhões
da Labatt Brewing Company Limited (“Labatt”),
maximizar rentabilidade”, diz Luiz Fernando Edmond,
em dividendos, incluindo juros sobre capital próprio, e R$3,1
incluindo vendas domésticas de cerveja no Canadá
Diretor Geral para a América Latina.
bilhões por meio de recompra de ações.
e exportações para os Estados Unidos (“EUA”).
Quinsa continua crescendo, apesar do ambiente desafiador.
“Estamos muito satisfeitos com os resultados de 2007
As
A unidade de cerveja apresentou crescimento orgânico de
e bastante confiantes que 2008 será mais um bom ano para
(a terceira cerveja mais consumida no mundo), Brahma,
6,8% em volumes, 20,2% em EBITDA e 90 pontos base em
a AmBev. Mais uma vez, eu atribuo esse sucesso à nossa
Antarctica, Bohemia, Original, Quilmes, Labatt Blue,
margem EBITDA. O resultado orgânico para RefrigeNanc foi
Gente, que cultiva e pratica a cultura de dono, que
Brahva e Guaraná Antarctica. Além disso, a AmBev é a
um aumento de 14,3% em volumes, 40,3% no EBITDA,
trabalha duro, é ousada, disciplinada e consciente que é
maior engarrafadora da PepsiCo fora dos EUA. Através
alcançando 130 pontos base de expansão de margem.
o trabalho em equipe que nos garante tão boa
de um acordo de "franchising", a Companhia produz,
A margem EBITDA consolidada de Quinsa ficou em 42.3%.
performance”, completa Luiz Fernando Edmond, Diretor
vende e distribui os produtos Pepsi no Brasil e em outros
Geral para a América Latina.
países da América Latina, incluindo Pepsi, H2OH!, Lipton
“O forte crescimento de volume e o excelente desempenho
principais
marcas
da
AmBev
incluem
Skol
Ice Tea e o isotônico Gatorade.
de nossas marcas premium compensaram pressões de custo
devido a maiores gastos com salários, custos de energia
O risco de crédito da AmBev como emissor de dívida em
elétrica e aumento de preços de commodities, o que nos
moeda nacional e estrangeira detém a classificação de
levou a mais um ano de bons resultados”, diz João Castro
grau de investimento segundo a Standard and Poor’s e a
Neves, Diretor Geral para a Quinsa.
Fitch Ratings.
50
CONJUNTURA ECONÔMICA
Em Março de 2007, a Labatt Brewing Company Limited
Patrocinamos um dos maiores centros de Reciclagem
A renda disponível dos consumidores vem crescendo nos
(“Labatt”), subsidiária da AmBev, adquiriu as Units
da América Latina e reaproveitamos mais de 98% dos
últimos anos no Brasil, principal mercado consumidor da
da Lakeport Brewing Income Fund (“Lakeport”), nos
resíduos industriais na forma de subprodutos, o que
AmBev. Este crescimento é um dos fatores que contribuiu
termos da oferta realizada pela Labatt. O valor total
gerou, em 2007, uma receita de R$ 66,7 milhões*.
para o crescimento orgânico de volumes em Cerveja
da operação foi de CAD$208,5 milhões.
Brasil (+5,5%) e RefrigeNanc (+10,6%).
Como resultado deste trabalho, a Companhia recebeu
MEIO AMBIENTE
o prêmio “Valor Social” na categoria Respeito ao Meio
No Canadá, o segundo maior mercado da AmBev,
A AmBev desenvolve suas atividades econômicas de maneira
Ambiente. O prêmio “Valor Social” é uma homenagem
a economia também vem apresentando bom desempenho,
ecoeficiente, reciclando os resíduos da produção e
às empresas que consideram o compromisso com
especialmente no Oeste, onde os altos preços do petróleo
minimizando o impacto sobre a natureza de modo a
a sociedade e o desenvolvimento sustentável de excelência
vêm sustentando um ritmo de crescimento forte ao
preservar nossos recursos naturais. Ao mesmo tempo em
e de gestão. O trabalho em gestão de subprodutos, iniciativa
mercado local.
que busca uma maior competitividade na produção de
integrada ao Sistema de Gestão Ambiental adotado por
bebidas, utiliza tecnologias, matérias-primas e processos
todas as unidades da AmBev, destacou a Companhia entre os
Na Argentina, terceiro maior mercado da AmBev,
para minimizar o impacto ambiental. Para tanto, estabelece
concorrentes do prêmio.
o crescimento forte do mercado ajudou a alavancar
indicadores de ecoeficiência que são sistematicamente
nossas vendas. O volume da Quinsa, cuja principal
monitorados. Somos referência no uso racional de água.
operação é na Argentina, cresceu organicamente 6,8%
Destacaram-se em 2007 as unidades de Curitiba (PR),
para cerveja e 14,3% para RefrigeNanc em 2007.
Brasília (DF), Camaçari (BA) e Agudos (SP), que utilizaram,
* Este número é referente somente às operações no Brasil
e Hila-ex.
para a produção de um litro de cerveja, 3,37, 3,26, 3,44 e
RECURSOS HUMANOS
INVESTIMENTOS
3,61 litros de água, respectivamente. A redução do índice de
A AmBev chegou ao final de 2007 com aproximadamente
No ano de 2007 a AmBev investiu R$ 1.630,9 milhões em
consumo de água obtida no último ano representa uma
37,2 mil funcionários: 22,8 mil no Brasil; 2,9 mil no Canadá;
ampliação das linhas de produção, compra de ativos de
economia de água suficiente para abastecer, por um mês,
6,9 mil nas unidades da Quinsa e 4,6 mil na HILA-Ex.
giro e em uma fábrica de garrafas, que será inaugurada
uma população de 210 mil habitantes.
A AmBev investe permanentemente no desenvolvimento de
no início de 2008.
Devido a projetos de desenvolvimento de fontes alternativas
seus recursos humanos. Em 2007, a Universidade AmBev
INVESTIMENTOS EM CONTROLADAS
de energia, 37% da matriz energética da AmBev para
(UA)
Em 2007, a AmBev comprou a totalidade das quotas da
geração de energia calorífica é composta de combustíveis
comportamentais, idiomas etc.) para mais de 18.000
sociedade
Goldensand
Comércio
e
Serviços
realizou
treinamentos
específicos
(técnicos,
Lda.
provenientes de fontes renováveis. O projeto CDM (Clean
funcionários e distribuidores, totalizando mais de 75.000
(“Goldensand”), controladora da Cervejarias Cintra Indústria
Development Mechanism) da fábrica de Viamão, aprovado
horas de treinamento. Os funcionários ainda contam com os
e Comércio Ltda (“Cintra”). O valor total da operação foi de
pela ONU - UNFCC (United Nations Framework Climate
investimentos da Fundação Antonio e Helena Zerrenner
aproximadamente US$150 milhões, não incluindo a aquisição
Change), foi o primeiro projeto da indústria de bebidas no
(FAHZ) em bolsas de estudo de graduação e pós-graduação.
das marcas e dos ativos de distribuição da Cintra, os quais
Brasil a receber esta certificação. Outros 2 projetos CDM
foram incluídos no negócio posteriormente, em 2008. O
desenvolvidos em unidades da Companhia já estão
A FAHZ também oferece o programa Vida Legal, que
objetivo principal desta operação foi expandir nossa
aprovados pelo governo brasileiro.
estimula hábitos saudáveis, ações preventivas de saúde
capacidade de produção por meio da aquisição das fábricas
e tratamento de doenças crônicas.
da Cintra, para endereçar a demanda crescente nos mercados
de cerveja e refrigerantes.
AmBev Relatório Anual 2007
51
DESTAQUES FINANCEIROS 2007
DIVIDENDOS E AÇÕES
O estatuto social da AmBev prevê dividendos mínimos
obrigatórios correspondentes a 35% do lucro líquido anual
As informações financeiras e operacionais a seguir, exceto onde indicado o contrário, são apresentadas em
da Companhia, conforme estabelecido nas normas
base consolidada e em milhões de Reais, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil; as comparações
contábeis da legislação societária brasileira, incluindo
referem-se ao ano de 2006.
as quantias pagas a título de juros sobre o capital próprio.
No ano calendário de 2007, foram distribuídos R$2,0
Nosso relatório segrega o impacto do resultado orgânico das mudanças de escopo e diferenças de câmbio. As mudanças
bilhões em dividendos, incluindo juros sobre capital
de escopo representam o impacto de aquisições ou vendas de ativos, assim como o início ou término de atividades.
próprio. O montante representa 70,9% do lucro líquido
• O EBITDA consolidado da AmBev atingiu R$8.666,9 milhões em 2007, crescendo 16,0% organicamente.
reportado no exercício.
• A participação da AmBev no mercado de cervejas brasileiro em 2007, segundo a ACNielsen, foi de 67,8%
Além disso, a AmBev devolveu aos acionistas R$3,1
bilhões em Recompra de Ações, totalizando um pay-out
(2006: 68,8%). O volume do segmento Cerveja Brasil cresceu 5,5%, em termos orgânicos, e a receita por hectolitro
atingiu R$144,9 (Média Anual).
• A margem de EBITDA do segmento RefrigeNanc alcançou 37,1%, crescendo 350 pontos base e mantendo a AmBev
de R$5,1 bilhões.
como um benchmark para a indústria. O EBITDA registrado para o segmento foi de R$782,6 milhões, 28,8% acima
Com efeito em 2 de agosto de 2007, a AmBev realizou um
grupamento de ações de emissão da Companhia
na proporção de 100 ações existentes para 1 nova ação.
As ações, já grupadas, passaram a ser negociadas em
de 2006 (Orgânico).
• As operações na Quinsa registraram EBITDA de R$1.135,3 milhões, refletindo o forte crescimento das unidades
de cerveja e refrigerantes.
• HILA-Ex entregou um EBITDA negativo de R$20,1 milhões, o que representou um crescimento orgânico de
cotação unitária e não mais em lote de 1.000 ações.
R$ 41,8 milhões no período ante os R$63,9 milhões negativos em 2006, chegando mais próximo ao break-even.
O grupamento foi aprovado na Assembléia Geral
• A Labatt contribuiu com um EBITDA de R$1.537,5 milhões em 2007, com um crescimento de 270 pontos
Extraordinária realizada em 29 de junho de 2007.
Em
2007,
foram
negociados
aproximadamente
base de margem.
Destaques Financeiros - Consolidado
2006
2007
%
Reportado
%
Orgânico
128.148,0
142.916,1
11,5%
5,8%
4,6%
R$ 12,6 bilhões em ações preferenciais (PN), R$1,8
Volume ('000 hl)
bilhões em ações ordinárias (ON). As ações fecharam o
Cerveja
93.974,0
102.990,3
9,6%
ano de 2007 cotadas a R$128,65 (AMBV4) e R$125,00
RefrigeNanc
34.174,0
39.925,9
16,8%
9,0%
(AMBV3), respectivamente 22,1% e 32,6% acima de
Receita líquida
17.613,7
19.648,2
11,6%
10,4%
2006,
Lucro Bruto
11.665,0
13.102,2
12,3%
11,4%
66,2%
66,7%
50 bps
60 bps
7.444,6
8.666,9
16,4%
16,0%
210 bps
já
com
os
devidos
ajustes
ao grupamento de ações realizado em 2007.
referentes
Margem bruta
EBITDA
Margem EBITDA
42,3%
44,1%
180 bps
2.806,3
2.816,4
0,4%
-
637,2
615,6
-3,4%
-
LPA (R$/ação)
4,40
4,58
3,9%
-
LPA excl.amortização de ágios (R$/ação)
6,42
7,41
15,5%
-
Lucro líquido
No. de ações em circulação (milhões)
Nota: O cálculo por ação é baseado nas ações em circulação (total de ações existentes, menos ações em tesouraria).
52
DESTAQUES FINANCEIROS POR SEGMENTO DE NEGÓCIOS
A tabela abaixo apresenta os destaques financeiros consolidados por segmento de negócios. Os resultados apresentados referem-se aos períodos de doze meses
findos em 31 de dezembro de 2007 e 2006.
AmBev Brasil Consolidado
R$ milhões
Conversão
%
%
Orgânico
2006
Escopo
de Moeda
Orgânico
2007
Reportado
Volume ('000 hl)
87.726,7
931,3
-
5.949,6
94.607,6
7,8%
6,8%
Receita Líquida
10.963,1
63,2
-
1.428,3
12.454,5
13,6%
13,0%
CPV
(3.492,2)
(32,9)
-
(377,4)
(3.902,5)
11,7%
10,8%
7.470,9
30,3
-
1.050,9
8.552,0
14,5%
14,1%
68,1%
-
-
-
68.7%
50 bps
60 bps
(3.038,3)
(228,3)
-
(191,8)
(3.458,5)
13,8%
6,3%
4.432,5
(198,0)
-
859,0
5.093,6
14,9%
19,4%
230 bps
Lucro Bruto
Margem Bruta
SG&A Total
EBIT
Margem EBIT
40,4%
-
-
-
40,9%
50 bps
5.153,7
(3,5)
-
864,0
6.014,2
16,7%
16,8%
47,0%
-
-
-
48,3%
130 bps
160 bps
%
%
2006
Escopo
de Moeda
Orgânico
2007
Reportado
Orgânico
22.566,0
5.833,0
-
2.125,2
30.524,2
35,3%
9,7%
2.004,3
564,8
(301,3)
419,1
2.686,8
34,1%
21,5%
CPV
(808,8)
(238,0)
122,2
(163,6)
(1.088,2)
34,5%
20,8%
Lucro Bruto
1.195,5
326,8
(179,1)
255,4
1.598,6
33,7%
21,9%
Margem Bruta
59,6%
-
-
-
59,5%
-10 bps
20 bps
SG&A Total
(485,0)
(152,0)
75,8
(99,2)
(660,3)
36,2%
20,8%
22,7%
EBITDA
Margem EBITDA
Quinsa Consolidado
R$ milhões
Volume ('000 hl)
Receita Líquida
EBIT
Margem EBIT
EBITDA
Margem EBITDA
Conversão
710,5
174,8
(103,3)
156,2
938,2
32,1%
35,4%
-
-
-
34,9%
-50 bps
30 bps
855,1
222,3
(127,4)
185,4
1.135,3
32,8%
22,3%
42,7%
-
-
-
42,3%
-40 bps
30 bps
%
%
2006
Escopo
de Moeda
Orgânico
2007
Reportado
Orgânico
6.891,7
-
-
(613,9)
6.277,8
-8,9%
-8,9%
Hila-ex Consolidado
R$ milhões
Volume ('000 hl)
Receita Líquida
Conversão
758,1
-
(72,4)
(5,1)
680,6
-10,2%
-0,7%
(457,4)
-
39,3
22,9
(395,2)
-13,6%
-5,0%
300,7
-
(33,2)
17,9
285,4
-5,1%
5,9%
39,7%
-
-
-
41,9%
230 bps
260 bps
SG&A Total
(470,6)
-
42,7
25,1
(402,8)
-14,4%
-5,3%
EBIT
(169,9)
-
9,5
43,0
(117,4)
ns
ns
Margem EBIT
-22,4%
-
-
-
-17,2%
520 bps
560 bps
EBITDA
(63,9)
-
1,9
41,8
(20,1)
ns
ns
Margem EBITDA
-8,4%
-
-
-
-3,0%
550 bps
550 bps
CPV
Lucro Bruto
Margem Bruta
AmBev Relatório Anual 2007
53
América do Norte
R$ milhões
Volume ('000 hl)
Receita líquida
CPV
Lucro Bruto
Margem Bruta
SG&A Total
EBIT
Margem EBIT
EBITDA
Margem EBITDA
%
%
2006
Escopo
Conversão
de Moeda
Orgânico
2007
Reportado
Orgânico
10.963,7
632,8
-
(89,9)
11.506,6
5,0%
-0,8%
3.888,2
186,6
(229,4)
(19,2)
3.826,2
-1,6%
-0,5%
(1.190,2)
(66,3)
69,4
27,1
(1.160,1)
-2,5%
-2,3%
2.697,9
120,3
(160,0)
7,9
2.666,1
-1,2%
0,3%
69,4%
-
-
-
69,7%
30 bps
50 bps
(1.414,8)
(90,7)
79,1
88,7
(1.337,7)
-5,5%
-6,3%
1.283,1
29,7
(80,9)
96,6
1.328,5
3,5%
7,5%
33,0%
-
-
-
34,7%
170 bps
270 bps
1.499,6
35,8
(93,1)
95,2
1.537,5
2,5%
6,4%
38,6%
-
-
-
40,2%
160 bps
270 bps
%
%
Orgânico
OPERAÇÕES BRASIL
AmBev Brasil - Cerveja
R$ milhões
Volume ('000 hl)
Receita Líquida
CPV
Lucro Bruto
Margem Bruta
SG&A Total
EBIT
Margem EBIT
EBITDA
Margem EBITDA
Conversão
2006
Escopo
de Moeda
Orgânico
2007
Reportado
65.654,7
858,5
-
3.611,3
70.124,5
6,8%
5,5%
9.045,0
58,3
-
1.054,8
10.158,1
12,3%
11,7%
(2.573,6)
(30,4)
-
(205,8)
(2.809,8)
9,2%
8,0%
6.471,5
27,9
-
849,0
7.348,4
13,6%
13,1%
71,5%
-
-
72,3%
80 bps
90 bps
(2.549,7)
(176,9)
-
(155,0)
(2.881,6)
13,0%
6,1%
3.921,8
(149,0)
-
694,0
4.466,7
13,9%
17,7%
230 bps
43,4%
-
-
-
44,0%
60 bps
4.478,6
(3,3)
-
690,7
5.166,0
15,3%
15,4%
49,5%
-
-
-
50,9%
130 bps
170 bps
%
%
2006
Escopo
de Moeda
Orgânico
2007
Reportado
Orgânico
AmBev Brasil - RefrigeNanc
R$ milhões
Volume ('000 hl)
Conversão
22.072,0
72,8
-
2.338,3
24.483,1
10,9%
10,6%
Receita Líquida
1.806,4
4,8
-
299,7
2.110,9
16,9%
16,6%
CPV
(877,8)
(2,4)
-
(96,2)
(976,5)
11,2%
11,0%
928,5
2,4
-
203,5
1.134,4
22,2%
21,9%
Margem Bruta
51,4%
-
-
-
53,7%
230 bps
230 bps
SG&A Total
(485,2)
(51,4)
-
(36,6)
(573,2)
18,1%
7,5%
Lucro Bruto
EBIT
Margem EBIT
EBITDA
Margem EBITDA
54
443,3
(49,0)
-
166,9
561,2
26,6%
37,6%
24,5%
-
-
-
26,6%
200 bps
440 bps
607,7
(0,2)
-
175,1
782,6
28,8%
28,8%
33,6%
-
-
-
37,1%
340 bps
350 bps
Malte e outros subprodutos
R$ milhões
Volume ('000 hl)
Conversão
2006
Escopo
de Moeda
Orgânico
2007
%
%
Reportado
Orgânico
-
-
-
-
-
-
-
Receita Líquida
111,6
-
-
73,9
185,5
66,1%
66,1%
CPV
(40,8)
-
-
(75,5)
(116,2)
185,0%
185,0%
70,9
-
-
(1,6)
69,3
-2,3%
-2,3%
63,5%
-
-
-
37,3%
ns
ns
(3,4)
-
-
(0,2)
(3,6)
5,8%
5,8%
-2,7%
Lucro Bruto
Margem Bruta
SG&A Total
EBIT
Margem EBIT
EBITDA
Margem EBITDA
67,4
-
-
(1,8)
65,6
-2,7%
60,4%
-
-
-
35,4%
ns
ns
67,4
-
-
(1,8)
65,6
-2,7%
-2,7%
60,4%
-
-
-
35,4%
ns
ns
ANÁLISE DO DESEMPENHO
FINANCEIRO EM 2007
RefrigeNanc
• Crescimento de volume de cerveja e de refrigerantes de
A receita líquida gerada pela operação de RefrigeNanc
6,8% e 14,3% respectivamente; o volume consolidado
em 2007 cresceu 16,6%, atingindo R$2.110,9 milhões.
cresceu 9,7%.
RECEITA LÍQUIDA
Os principais elementos que contribuíram para esse
A receita líquida aumentou 10,4% em 2007, atingindo
crescimento foram:
R$19.648,2 milhões.
• Crescimento orgânico de 10,6% no volume de vendas,
• Um crescimento orgânico de 8,3% em receita por
hectolitro, alcançando R$88,0.
refletindo (i) leve aumento na participação da AmBev
HILA-Ex
Operações
no mercado de refrigerantes (2007: 17,1%; 2006:
As operações da AmBev no norte da América Latina
A receita líquida gerada pela principal unidade de negócios
17,0%), suportado por nossas inovações no período;
apresentaram uma redução da receita em 2007 de 0,7%,
e (ii) o crescimento desse mercado.
acumulando R$680,6 milhões. Os principais elementos que
da AmBev, representada por nossas operações de cerveja,
refrigerantes e bebidas não carbonatadas no Brasil, cresceu
• Aumento orgânico de 5,4% da receita por hectolitro,
contribuíram para a redução da receita foram (i) uma perda
13,0%, chegando a R$12.454,5 milhões. O desempenho de
que chegou a R$86,2. Esse aumento foi impactado
de 8,9% em volume, principalmente em refrigerantes e (ii)
cada operação é apresentado a seguir.
positivamente (i) pelo reposicionamento de preços
queda de 9,0% da receita por hectolitro.
implementados ao longo de 2007; e (ii) por uma
Cerveja
mudança favorável no mix de produto.
América do Norte
As operações Labatt na América do Norte contribuíram
A receita líquida proveniente das vendas de cerveja no Brasil
em 2007 subiu 11,7%, acumulando R$10.158,1 milhões.
Malte e Sub-produtos
com R$3.826,2 milhões para a receita consolidada da
Os principais elementos que contribuíram para esse
A venda de malte e sub-produtos no Brasil apresentou
AmBev, uma redução orgânica de 0,5% em relação ao
crescimento foram:
um ganho de receita de 66,1%, acumulando R$185,5
ano
• Crescimento orgânico de 5,5% no volume de vendas,
milhões em 2007.
Esse
resultado
é
explicado
por:
• Decréscimo do volume de vendas da Labatt no
refletindo a forte execução e crescimento de mercado.
• Crescimento orgânico de 5,8% da receita por hectolitro, que
anterior.
Quinsa
mercado canadense de 0,8%.
chegou a R$144,9. Esse aumento foi conseqüência (i) do
As operações na Quinsa contribuíram R$2.686,8 milhões
• Redução na exportação da Labatt para os EUA de 0,9%.
aumento de preço em janeiro de 2007; (ii) contínuo
para a receita consolidada da Companhia, representando
• Crescimento orgânico de 0,8% na receita por
crescimento do segmento premium; e (iii) da expansão das
um crescimento orgânico de 21,5%. Os principais elementos
vendas feitas pela estrutura de distribuição direta da AmBev.
que contribuíram para o aumento da receita foram:
hectolitro das vendas domésticas.
• Queda orgânica de 8,4% na receita por hectolitro nas
vendas para exportação.
AmBev Relatório Anual 2007
55
CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS
Quinsa
Brasil
O custo dos produtos vendidos da AmBev em 2007 cresceu
A consolidação em AmBev do custo dos produtos
As despesas com Vendas, Gerais e Administrativas no
8,3%, acumulando R$6.546,0 milhões.
vendidos da Quinsa acumulou em 2007 R$1.088,2
Brasil
milhões, representando um crescimento de 20,8%.
aumentando 6,3% organicamente.
Brasil
somaram
R$3.458,5
milhões
em
2007,
Os principais efeitos que explicam esse aumento são:
O custo dos produtos vendidos na unidade de negócios
Brasil acumulou R$3.902,5 milhões, crescendo 10,8%
Cerveja
• Aumento orgânico de 9,7% no volume vendido, sendo
6,8% em cerveja e 14,3% em RefrigeNanc.
organicamente.
As despesas com Vendas, Gerais e Administrativas atingiram
R$2.881,6 milhões, apresentando um crescimento orgânico
• Aumento orgânico de 7,8% no CPV por hectolitro,
Cerveja
sendo 6,5% em cerveja e 8,7% em RefrigeNanc.
O custo dos produtos vendidos da operação de venda de
As principais razões para esse aumento foram (i)
cerveja no Brasil cresceu 8,0% organicamente, chegando
maiores preços nas commodities, (ii) impactos da crise
a R$2.809,8 milhões. O custo dos produtos vendidos por
energética principalmente na Argentina e (iii) maiores
hectolitro apresentou um crescimento orgânico de 2,4%,
gastos com salários.
de 6,1%. Os principais elementos que geraram o crescimento
de tais despesas operacionais foram:
• O crescimento da estrutura de distribuição direta
da AmBev.
• O crescimento de despesas fixas em linha com
a inflação.
somando R$40,1. Os principais fatores que contribuíram
para este aumento foram (i) perdas com uma mudança
HILA-Ex
desfavorável no mix de embalagens; (ii) maiores gastos
O custo dos produtos vendidos nas operações da AmBev
o que gera um aumento em despesas como frete,
com matéria-prima, como, por exemplo, o milho; (iii)
no
por exemplo.
maiores gastos com embalagem e (iv) impacto da inflação
organicamente,
nos salários, o que foi parcialmente compensado por (v)
O principal efeito que explica essa diminuição é o
RefrigeNanc
ganhos com uma menor taxa de câmbio através de nossa
declínio de 8,9% no volume vendido.
Despesas com Vendas, Gerais e Administrativas para
norte
• O crescimento orgânico de 5,5% em volumes,
da
América
Latina
chegando
a
decresceu
R$395,2
5,0%
milhões.
RefrigeNanc acumularam R$573,2 milhões, aumentando
política de hedge e (vi) menores gastos com logística.
América do Norte
7,5% organicamente. Os principais elementos que geraram
RefrigeNanc
O custo dos produtos vendidos da Labatt no ano de 2007
o crescimento de tais despesas operacionais foram:
O custo dos produtos vendidos da operação de
contabilizou R$ 1.160,1 milhões, uma queda orgânica de
RefrigeNanc no Brasil subiu 11,0%, chegando a R$976,5
2,3%. Esta redução foi uma combinação de volumes 0,8%
milhões. O custo dos produtos vendidos por hectolitro
menores e a queda de 1,5% nos custos unitários de produção.
cresceu
0,3%,
contabilizando
R$39,9,
• O crescimento da estrutura de distribuição direta
da AmBev.
• O crescimento de despesas fixas em linha com
impactado
positivamente por (i) ganhos através de nossos contratos
LUCRO BRUTO
de hedge e (ii) diluição de custos fixos; e negativamente
A AmBev alcançou em 2007 um lucro bruto de
por (iii) perdas com uma mudança desfavorável no mix de
R$13.102,2 milhões, representando um crescimento
gera
embalagem; (iv) maiores gastos logísticos e com salários.
orgânico de 11,4%.
por exemplo.
Malte e Sub-produtos
DESPESAS COM VENDAS, GERAIS
E ADMINISTRATIVAS
Malte e Sub-produtos
O custos dos produtos vendidos de malte e subprodutos no Brasil apresentou um crescimento orgânico
As despesas com Vendas, Gerais e Administrativas
de Vendas, Gerais e Administrativas de R$ 3,6 milhões
de 185.0%, acumulando R$116,2 milhões.
da AmBev totalizaram R$5.859,3 milhões em 2007,
em 2007, crescendo 5,8%.
crescendo 3,3% organicamente.
A análise da evolução dessas despesas em cada
unidade de negócios é exposta a seguir.
56
a inflação.
• O crescimento orgânico de 10,6% em volumes, o que
um
aumento
em
despesas
como
frete,
A venda de malte e sub-produtos gerou despesas
CONTINGÊNCIAS TRIBUTÁRIAS, TRABALHISTAS E OUTRAS
Quinsa
As despesas com Vendas, Gerais e Administrativas na Quinsa
Provisões líquidas para contingências e outras contabilizaram uma despesa líquida de R$25,1 milhões, comparado com uma
acumularam
receita líquida de R$111,8 em 2006. O montante verificado em 2006 foi impactado por reversões de R$314,9 milhões referentes
R$660,3
milhões,
crescendo
20,8%
organicamente. Esse aumento é explicado em sua maior
a processos tributários de PIS e COFINS que foram transitados e julgados em favor da Companhia.
parte por maiores gastos com transporte e salários, além de
maiores despesas com marketing para suportar inovações.
OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS
O saldo líquido de outras receitas e despesas operacionais em 2007 representou uma perda de R$1.483,1 milhões, 55,3%
HILA-Ex
acima da perda registrada em 2006. O detalhamento dos principais lançamentos é apresentado a seguir.
As despesas com Vendas, Gerais e Administrativas das
• Ganho de R$226,5 milhões referentes a acréscimos patrimoniais decorrente de incentivos fiscais concedidos a controladas
operações da AmBev no norte da América Latina
somaram R$402,8 milhões, caindo 5,3%, um resultado
principalmente de menores despesas devido a menores
volumes e ganhos com iniciativas de Orçamento Base
Zero (OBZ).
da AmBev no Brasil, comparado a um ganho de R$165.4 milhões em 2006.
• Despesa de R$227,5 milhões derivado da variação cambial em controladas no exterior, comparada a uma receita de R$79,4
milhões em 2006.
• Despesa de R$1.560,3 milhões relativa amortização de ágio, comparada a uma despesa de R$1.283,0 milhões em 2006. O
aumento da despesa é resultado das aquisições de Lakeport e Cintra, e aumento da amortização do ágio da Labatt em 2007.
América do Norte
Sigla em inglês para Earnings Before Interest and Taxes, equivalente ao resultado operacional antes das receitas
As despesas com Vendas, Gerais e Administrativas da Labatt
e despesas financeiras, provisões e contingências, e outras receitas e despesas operacionais.
somaram R$1.337,7 milhões, uma queda orgânica de 6,3%.
Sigla em inglês para Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization, equivalente ao EBIT somado
Essa diminuição é resultado de ganhos com iniciativas no OBZ,
às despesas com depreciação e amortização.
além de algumas iniciativas de custo na The Beer Store (TBS).
RESULTADO FINANCEIRO
RESULTADO OPERACIONAL
ANTES DAS RECEITAS E DESPESAS
FINANCEIRAS, PROVISÕES E
CONTINGÊNCIAS, E OUTRAS RECEITAS
E DESPESAS OPERACIONAIS
A Companhia apresentou forte desempenho operacional em
2007, evidenciando não somente o expressivo crescimento
orgânico de suas vendas mas também ganhos adicionais de
eficiência que se traduziram em expansão de margens para
além dos níveis já exemplares da Companhia.
O resultado financeiro da Companhia em 2007 foi negativo em R$1.253,0 milhões, comparado a uma perda em 2006 de
R$1.078,3 milhões. A tabela abaixo destaca os principais lançamentos do resultado financeiro da Companhia:
Detalhamento do Resultado Financeiro
R$ milhões
Receitas financeiras sobre equivalentes a caixa
Variação cambial sobre aplicações financeiras
Juros sobre Plano de Ações
Encargos financeiros sobre impostos, contribuições e depósitos judiciais
Outras
Total
Em 2007 a AmBev registrou um crescimento de EBIT
Encargos financeiros sobre dívidas em reais
a receita líquida atingiu 36,9%, 260 pontos base maior do
Juros e variação cambial sobre mútuos
que em 2006.
Encargos financeiros sobre dívidas em moeda estrangeira
Variação cambial sobre financiamentos
aumento de 16%. A margem de EBITDA sobre a receita líquida
foi de 44,1%, 210 pontos base maior do que em 2006.
2006
95,3
111,1
(52,3)
(15,5)
7,7
10,0
48,0
29,8
23,1
33,0
121,8
168,4
340,9
191,5
Despesa Financeira
de 18,5% para R$7.242,9 milhões. A margem de EBIT sobre
O EBITDA da Companhia alcançou R$8.666,9 milhões, um
2007
Receita Financeira
(0,0)
1,8
624,7
523,8
(475,6)
(204,6)
Perdas líquidas sobre instrumentos derivativos
653,4
496,3
Impostos sobre transações financeiras
121,2
131,8
Encargos financeiros sobre contingências e outros
64,1
59,9
Outras
46,2
46,3
1.374,8
1.246,7
(1.253,0)
(1.078,3)
Total
Resultado Financeiro, Líquido
AmBev Relatório Anual 2007
57
A Companhia ressalta que, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, os passivos referentes a operações de swaps e derivativos devem ser
contabilizados por meio da curva de juros estabelecida em seus respectivos contratos; já os ativos referentes a esses mesmos tipos de operações devem ser
contabilizados no menor valor entre o valor de mercado e curva mencionada. O endividamento total da Companhia aumentou R$285,6 milhões em comparação
a 2006, enquanto seu montante de caixa e equivalentes aumentou R$769,3 milhões, demonstrando a forte geração de caixa da Companhia no exercício.
Conseqüentemente, houve uma redução de R$432,4 milhões na dívida líquida da AmBev. A Companhia estima que a razão entre sua dívida líquida e
o EBITDA acumulado dos últimos 12 meses seja de 0,85x.
A tabela a seguir detalha o perfil da dívida consolidada da AmBev:
Detalhamento da Dívida
R$ milhões
Moeda Local
2007
Curto
Prazo
2007
Longo
Prazo
2007
Total
2006
Curto
Prazo
2006
Longo
Prazo
2006
Total
378,5
4.411,0
4.789,5
400,4
3.178,2
3.578,7
Moeda Estrangeira
2.097,8
2.964,9
5.062,7
1.704,2
4.283,7
5.987,9
Dívida Consolidada
2.476,3
7.375,9
9.852,2
2.104,6
7.461,9
9.566,6
1.538,9
Caixa e Equivalentes
-
-
2.308,2
-
-
Aplicações Financeiras
-
-
174,8
-
-
226,1
Dívida Líquida
-
-
7.369,1
-
-
7.801,5
OUTRAS RECEITAS E DESPESAS NÃO OPERACIONAIS
O saldo líquido de outras receitas e despesas não operacionais resultou em 2007 em um ganho de R$40,4 milhões, comparado a uma perda em 2006
de R$28,8 milhões.
Essa diferença é explicada principalmente por:
• Ganho com venda de ativos no valor de R$38,9 milhões, comparado a um ganho de R$4,4 milhões em 2006.
• Provisões para perdas com ativo imobilizado no valor de R$0,4 milhões, comparadas a provisões de R$18,0 milhões em 2006.
58
IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
O resultado líquido de imposto de renda e contribuição social em 2007 foi uma despesa de R$1.592,8 milhões. À alíquota nominal de 34%, a
provisão para imposto de renda e contribuição social teria sido de R$1.515,2 milhões. A conciliação da provisão efetiva com a provisão à alíquota
nominal é apresentada no quadro a seguir:
Imposto de Renda
R$ milhões
Lucro consolidado antes do imposto de renda e da contribuição social
Participações estatutárias e contribuições
Lucro consolidado, antes do imposto de renda, da contribuição social e das participações estatutárias e contribuições
Expectativa de despesa com imposto de renda e contribuição social a alíquotas nominais (34%)
2007
2006
4.526,0
4.307,3
(69,4)
(194,4)
4.456,6
4.112,8
(1.515,2)
(1.398,4)
Ajustes para obtenção da alíquota efetiva:
Juros sobre capital próprio
368,6
500,9
Resultado de controladas no exterior não sujeitas a tributação
25,3
42,4
Ganhos patrimoniais em controladas
78,1
58,5
(485,7)
(395,4)
(81,0)
(33,8)
Amortização de ágio - parcela não dedutível
Variação cambial sobre investimentos no exterior
Adições e exclusões permanentes e outros
Despesa de imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro
Alíquota efetiva de IR e contribuição social
17,1
(89,5)
(1.592,8)
(1.315,3)
35,7%
32,0%
Ajuste Benefício Fiscal decorrente da incorporação da InBev Brasil
Benefício fiscal decorrente da incorporação da InBev Brasil
Despesa de imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro excluindo efeito do benefício fiscal
Alíquota efetiva de IR e contribuição social ajustada por benefício fiscal
350,8
350,8
(1.242,1)
(964,5)
30,3%
25,6%
PARTICIPAÇÕES DE EMPREGADOS E ADMINISTRADORES
A despesa decorrente da provisão a título de participação nos lucros aos empregados e administradores foi de R$69,4 milhões em 2007. Este valor faz parte da
política de remuneração variável da Companhia, segundo a qual mais de 20.000 empregados têm uma parte significativa de sua remuneração sujeita ao
cumprimento de agressivas metas de performance.
Em 2006 a participação dos empregados e administradores nos lucros da Companhia foi de R$194,4 milhões.
PARTICIPAÇÕES MINORITÁRIAS
As despesas com participações minoritárias em subsidiárias da AmBev acumularam em 2007 R$ 47,3 milhões, principalmente em função dos minoritários de Quinsa.
AmBev Relatório Anual 2007
59
LUCRO LÍQUIDO
O lucro líquido alcançado pela AmBev em 2007 foi de R$ 2.816,4 milhões, um aumento de 0,4% comparado ao de 2006. O lucro por ação foi de
R$4,58, representando um crescimento de 3,9%. Excluindo amortização de ágio, esse número sobe para R$7.41, um crescimento de 15,5%.
RECONCILIAÇÃO LUCRO LÍQUIDO AO EBITDA
O EBITDA e o EBIT são medidas utilizada pela Administração da Companhia para demonstrar a performance da Companhia.
O EBITDA é calculado excluindo-se do lucro líquido do exercício os seguintes efeitos: (i) Provisão do IR/Contribuição Social; (ii) Provisão para Participação
de Empregados e Administradores, (iii) Resultado das participações minoritárias, (iv) Receitas (despesas) não operacionais, (v) Resultado financeiro líquido, (vi)
Resultado da equivalência patrimonial, (vii) Outras Receitas (despesas) Operacionais, (viii) Provisões líquidas, e (ix) Despesas de depreciações e amortizações. O
EBIT é o EBITDA subtraído das depreciações e amortizações.
O EBITDA e o EBIT não são medidas contábeis utilizadas nas práticas contábeis adotadas no Brasil ou nos princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados
Unidos da América (US GAAP), não representando o fluxo de caixa para os períodos apresentados e não deve ser considerado como sendo uma alternativa ao
lucro líquido na qualidade de indicador do desempenho operacional ou como uma alternativa ao fluxo de caixa na qualidade de indicador de liquidez. Nossa
definição de EBITDA e EBIT pode não ser comparável ao EBITDA e EBIT ou EBITDA ajustado conforme definido por outras companhias.
Reconciliação Lucro Líquido - EBITDA
2007
2006
Lucro Líquido
2.816,4
2.806,3
Provisão IR/Contribuição Social
1.592,8
1.315,3
Provisão Part. de Empr. e Administradores
69,4
194,4
Participações Minoritárias
47,3
(8,7)
4.526,0
4.307,2
Lucro Antes de Impostos
Receitas (Despesas) Não Operacionais
Resultado Financeiro Líquido
Equivalência Patrimonial
Outras Receitas (Despesas) Operacionais
Provisões, Líquidas
(40,4)
28,8
1.253,0
1.078,3
(3,9)
(1,4)
1.483,1
955,1
25,1
(111,8)
EBIT
7.242,9
6.256,3
Depreciações e Amortizações
1.424,0
1.188,4
EBITDA
8.666,9
7.444,6
60
RELACIONAMENTO COM AUDITORES INDEPENDENTES
A política de atuação junto aos nossos auditores independentes na prestação de serviços não relacionados à auditoria externa se substancia nos
princípios que preservam a independência do auditor.
Estes princípios compreendem:
a) o auditor não deve auditar seu próprio trabalho;
b) o auditor não deve exercer funções gerenciais; e
c) o auditor não deve promover os interesses de seu cliente.
Adotamos políticas e procedimentos de pré-aprovação segundo os quais todos os serviços de auditoria e outros serviços prestados por auditores externos
contratados devem ser aprovados pelo Conselho Fiscal, o qual executa as obrigações de um comitê de auditoria para os propósitos da Lei Sarbanes-Oxley de
2002, em conformidade com a Regra 10A-3(c). O Conselho Fiscal adota uma lista de serviços e limites de valor para a contratação de cada auditor externo, de
acordo com os termos incluídos em uma Lista Básica, por sua vez aprovada pelo Conselho de Administração. Qualquer serviço constante dessa lista é considerado
“pré-aprovado”. Trimestralmente, o Conselho de Administração e o Conselho Fiscal recebem, do Diretor Financeiro, um relatório resumido sobre o progresso
dos serviços prestados pré-aprovados e os honorários correspondentes devidamente autorizados. Quaisquer serviços não apresentados nessa Lista Básica requerem
uma opinião anterior favorável de nosso Conselho Fiscal e a aprovação de nosso Conselho de Administração. Nossa política contém também uma lista de
serviços que não podem ser prestados por nossos auditores externos.
AmBev Relatório Anual 2007
61
Parecer dos Auditores
Independentes
Ao
Conselho de Administração e aos Acionistas da
Companhia de Bebidas das Américas - AmBev
São Paulo - SP
1. Examinamos o balanço patrimonial da Companhia de Bebidas das Américas - AmBev (“Companhia”) e o balanço patrimonial consolidado dessa Companhia
e suas controladas, levantados em 31 de dezembro de 2007, e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens
e aplicações de recursos, correspondentes ao exercício findo naquela data, elaborados sob a responsabilidade de sua Administração. Nossa responsabilidade
é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis.
2. Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreendeu: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a
relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Companhia e suas controladas; (b) a constatação, com base
em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas
contábeis mais representativas adotadas pela Administração da Companhia e suas controladas, bem como da apresentação das demonstrações contábeis
tomadas em conjunto.
3. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial
e financeira da Companhia de Bebidas das Américas - AmBev e a posição patrimonial e financeira consolidada dessa Companhia e suas controladas em 31
de dezembro de 2007, os resultados de suas operações, as mutações do seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes
ao exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.
4. Nosso exame foi efetuado com o objetivo de formarmos uma opinião sobre as demonstrações contábeis, tomadas em conjunto. A demonstração consolidada
do fluxo de caixa representa informação complementar àquelas demonstrações, a qual não é requerida pelas práticas contábeis adotadas no Brasil
e é apresentada para possibilitar uma análise adicional. Essa informação complementar foi submetida aos mesmos procedimentos de auditoria aplicados
às demonstrações contábeis e, em nossa opinião, está apresentada, em todos os aspectos relevantes, adequadamente em relação às demonstrações contábeis
referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2007, tomadas em conjunto.
5. As demonstrações contábeis relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2006, apresentadas para fins comparativos, foram auditadas por outros
auditores independentes, cujo parecer foi emitido sem ressalvas, datado de 26 de fevereiro de 2007.
22 de fevereiro de 2008
KPMG Auditores Independentes
CRC 2SP014428/O-6
Pedro Augusto de Melo
Guilherme Nunes
Contador CRC 1SP113939/O-8
Contador CRC 1SP195631/O-1
62
Parecer do
Conselho Fiscal
O Conselho Fiscal da Companhia de Bebidas das Américas - AmBev (“Companhia”), em conformidade com as atribuições dispostas no Estatuto Social da
Companhia, em seu Regimento Interno e nos incisos do artigo 163 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, examinou: (i) o parecer emitido sem ressalvas
pela KPMG AUDITORES INDEPENDENTES, e (ii) o relato sobre o desempenho da Companhia realizado por sua Administração. Com base nos documentos
examinados e nos esclarecimentos prestados, os membros do Conselho Fiscal, abaixo assinados, opinaram pela aprovação em Assembléia Geral do Relatório
Anual da Administração e das Demonstrações Financeiras encerradas em 31 de dezembro de 2007.
São Paulo, 22 de fevereiro de 2008.
Alcides Lopes Tápias
Aloisio Macário Ferreira de Souza
Álvaro Cardoso de Sousa
Ernesto Gelbke
(Suplente)
Ary Waddington
(Suplente)
Emanuel Sotelino Schifferle
(Suplente)
AmBev Relatório Anual 2007
63
Balanços patrimoniais
levantados em 31 de dezembro de 2007 e de 2006
(Expressos em milhões de reais)
Ativo
Controladora
Consolidado
CIRCULANTE
2007
2006
2007
2006
Caixa e equivalentes
920,8
601,7
2.308,2
1.538,9
Títulos e valores mobiliários
Contas a receber de clientes
Estoques :
-
-
174,8
226,1
952,8
848,6
1.623,1
1.542,7
604,9
589,9
1.457,8
1.363,9
158,1
143,6
362,6
319,2
56,4
45,6
87,2
69,6
Matérias-primas
214,1
235,9
660,8
618,7
Materiais de produção
110,6
110,4
236,6
235,6
Almoxarifado e outros
66,8
63,9
138,3
136,6
Produtos acabados
Produtos em elaboração
(1,1)
(9,5)
(27,7)
(15,8)
Impostos a recuperar (nota 3-a)
Provisão para perdas
514,1
419,2
739,3
687,7
Dividendos e/ou Juros sobre Capital Próprio
106,4
27,6
-
2,7
Imposto de renda e contribuição social diferidos (nota 14-c)
535,9
550,5
649,7
610,0
Despesas antecipadas
316,8
273,8
270,3
331,6
Resultado diferido de instrumentos financeiros
96,4
37,3
126,4
66,9
Outros
96,1
123,5
469,5
461,9
4.101,2
3.468,6
7.880,4
6.817,6
TOTAL DO ATIVO CIRCULANTE
NÃO CIRCULANTE
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
Créditos com pessoas ligadas / controladas (nota 4)
940,3
864,6
0,7
-
Depósitos compulsórios e judiciais
281,7
249,8
405,6
353,0
41,3
72,6
41,6
72,8
-
-
240,6
-
2.335,3
2.851,1
3.036,8
3.566,7
68,2
82,9
103,0
86,0
121,6
132,9
123,3
134,3
Venda financiada de ações
Aplicações financeiras
Imposto de renda e contribuição social diferidos (nota 14-c)
Imóveis, Maqs.e Equip. destinados à venda (nota 6-a)
Despesas antecipadas
Superávit de ativos - Instituto AmBev
Impostos a recuperar (nota 3-a)
Resultado diferido de instrumentos financeiros
18,5
17,0
18,5
17,0
184,6
140,0
207,3
158,9
-
-
145,2
44,4
4,3
18,8
24,8
131,3
3.995,8
4.429,7
4.347,4
4.564,4
17.336,1
21.203,7
15.002,5
17.990,4
15,9
11,4
40,4
35,6
17.352,0
21.215,1
15.042,9
18.026,0
2.606,9
2.265,1
5.593,3
5.338,9
328,5
346,5
388,2
385,0
2.177,1
353,4
2.223,6
429,0
TOTAL DO ATIVO PERMANENTE
22.464,5
24.180,1
23.248,0
24.178,9
TOTAL DO ATIVO NÃO CIRCULANTE
26.460,3
28.609,8
27.595,4
28.743,3
TOTAL DO ATIVO
30.561,5
32.078,4
35.475,8
35.560,9
Outros
TOTAL REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
PERMANENTE
Investimentos
Participação em sociedades controladas diretas e coligadas,
incluíndo ágio e deságio, líquida (nota 5-a)
Outros investimentos
Imobilizado (nota 6)
Intangível (nota 6)
Diferido (nota 7)
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
64
Passivo e Patrimônio Líquido
Controladora
Consolidado
CIRCULANTE
2007
2006
2007
2006
Fornecedores
1.083,6
620,4
2.129,1
1.384,1
Financiamentos (nota 8)
1.201,2
1.239,8
2.420,8
2.038,7
55,5
65,9
55,5
65,9
199,3
261,0
402,4
480,3
109,0
Debêntures (nota 8)
Salários, participações e encargos sociais a pagar
Dividendos a pagar
33,6
106,8
36,4
Imposto de renda e contribuição social a pagar
303,9
113,8
720,9
366,3
Demais tributos e contribuições a recolher
751,4
704,2
1.261,0
1.239,0
Contas a pagar a partes relacionadas (nota 4)
1.212,5
2.424,5
8,5
3,3
Perda sobre derivativos não realizados
546,7
379,6
709,3
405,3
Contas a pagar de marketing
170,2
194,2
181,2
204,1
-
-
25,4
41,0
153,9
163,7
535,7
507,4
5.711,8
6.273,9
8.486,1
6.844,4
Provisão para reestruturação
Outros
TOTAL DO PASSIVO CIRCULANTE
NÃO CIRCULANTE
PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
Financiamentos (nota 8)
2.633,5
2.675,5
5.310,8
5.396,9
Debêntures (nota 8)
2.065,1
2.065,1
2.065,1
2.065,1
450,2
405,7
617,4
405,7
579,1
Diferimento de impostos sobre vendas (nota 8-c)
Passivos associados a questionamentos fiscais e
provisão para contingências (nota 9)
Contas a pagar partes relacionadas (nota 4)
Provisão de benefícios de assistência médica e outros (nota 10)
Imposto de renda e contribuição social diferidos (nota 14-c)
Passivo a descoberto de empresas controladas
Resultado líquido diferido das operações de swap de dívida
Outros
TOTAL DO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
Resultado de Exercícios Futuros
TOTAL DO PASSIVO NÃO CIRCULANTE
Participação dos acionistas minoritários
386,6
421,7
808,4
1.375,6
705,5
-
-
97,4
87,4
224,2
326,6
131,4
18,6
22,8
131,5
244,0
-
-
-
-
-
-
88,4
0,5
0,4
68,6
82,6
7.271,5
6.384,1
9.226,0
9.075,8
158,3
152,3
156,5
149,9
7.429,8
6.536,4
9.382,5
9.225,7
-
-
187,3
222,7
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital social realizado (nota 11-a)
6.105,2
5.716,1
6.105,2
5.716,1
Reserva de capital
9.952,6
12.870,6
9.952,6
12.870,6
Reservas de lucro
Legal
208,8
208,8
208,8
208,8
2.312,2
1.413,3
2.312,2
1.413,3
Ações em tesouraria (nota 11-g)
(1.158,9)
(940,7)
(1.158,9)
(940,7)
TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
17.419,9
19.268,1
17.419,9
19.268,1
TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
30.561,5
32.078,4
35.475,8
35.560,9
Reserva estatutária
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
AmBev Relatório Anual 2007
65
Demonstrações dos resultados
para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006
(Expressas em milhões de reais - exceto quanto ao lucro líquido por lote de mil ações do capital social)
Controladora
Consolidado
2007
2006
2007
2006
25,433.9
22,452.1
37,016.2
32,487.8
(13,722.9)
(12,072.8)
(17,368.0)
(14,874.1)
RECEITA BRUTA
Vendas de produtos
DEDUÇÕES DE VENDAS
Impostos sobre vendas, descontos e devoluções
RECEITA LÍQUIDA
11,711.0
10,379.3
19,648.2
17,613.7
Custo dos produtos vendidos
(4,213.7)
(3,848.9)
(6,546.0)
(5,948.7)
7,497.3
6,530.4
13,102.2
11,665.0
(1,985.7)
(1,775.1)
(4,109.0)
(3,866.7)
(438.8)
(459.0)
(787.9)
(775.5)
3.2
92.0
(25.1)
111.8
(13.5)
4.2
(13.5)
4.3
(727.2)
(549.5)
(948.8)
(770.8)
LUCRO BRUTO
(DESPESAS) RECEITAS OPERACIONAIS
Com vendas
Administrativas
Contingências tributárias, trabalhistas e outras
Honorários da diretoria e do conselho de administração
Depreciação e amortização
Receitas financeiras (nota 13-d)
281,3
189,5
121,8
168,4
(1.058,1)
(953,5)
(1.374,8)
(1.246,7)
(139,2)
143,3
3,9
1,4
34,2
98,2
(1.483,2)
(955,1)
(4.043,8)
(3.209,9)
(8.616,6)
(7.328,9)
3.453,5
3.320,5
4.485,6
4.336,1
8,7
6,8
40,4
(28,8)
3.462,2
3.327,3
4.526,0
4.307,3
(94,7)
63,6
(963,6)
(688,8)
Redução (despesa) com imposto de renda e contrib. social diferidos
(520,2)
(460,4)
(629,3)
(626,5)
LUCRO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES ESTATUTÁRIAS E CONTRIBUIÇÕES
2.847,3
2.930,5
2.933,1
2.992,0
Participações estatutárias e contribuições aos empregados e administradores
(30,9)
(124,2)
(69,4)
(194,4)
2.816,4
2.806,3
2.863,7
2.797,6
-
-
(47,3)
8,7
2.816,4
2.806,3
2.816,4
2.806,3
624,4
64.458,2
-
-
4.510,57
43,54
-
-
4.592,09
44,04
-
-
Despesas financeiras (nota 13-d)
Equivalência patrimonial (nota 5-a)
Outras operacionais, líquidas (nota 16)
LUCRO OPERACIONAL
Receitas (despesas) não operacionais, líquidas (nota 17)
LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO
SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO (nota 14)
Redução (despesa) com imposto de renda e contrib. social sobre o lucro líquido
LUCRO ANTES DA PARTICIPAÇÃO DOS ACIONISTAS MINORITÁRIOS
Participação dos acionistas minoritários
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
Quantidade total de ações do capital social no fim do exercício (em milhares)
Lucro líquido por lote de mil ações do capital social total
no fim do exercício, em reais - R$
Lucro líquido por lote de mil ações do capital social no fim do exercício,
excluídas as ações em tesouraria, em reais - R$
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
66
Demonstrações das mutações
do patrimônio líquido da controladora
para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006
(Expressas em milhões de reais - exceto quanto ao lucro líquido por lote de mil ações do capital social)
Capital social
subscrito e
Reservas
Ações em
Lucros
integralizado
de Capital
Estatutária
Legal
tesouraria
acumulados
Total
5.691,4
13.889,5
471,0
208,8
(393,4)
-
19.867,3
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005
Exercício de opções do plano de ações
Aumento de capital por captalização de reservas
Reservas de lucro
3,4
(3,4)
-
-
-
-
-
21,3
(21,3)
-
-
-
-
-
Adiantamento para futuro aumento de capital
relacionado com o plano
-
3,4
-
-
-
-
3,4
-
-
-
-
(1.762,3)
-
(1.762,3)
Cancelamento de ações em tesouraria
-
(1.046,2)
-
-
1.046,2
-
-
Transferência de reservas para plano acionistas
-
(67,2)
-
-
168,8
-
101,6
Subvenção para investimentos e incentivos fiscais
-
115,8
-
-
-
-
115,8
Lucro líquido do exercício
-
-
-
-
-
2.806,3
2.806,3
Recompra de ações
Apropriação e destinação do lucro líquido do exercício:
Reserva estatutária
-
-
1.333,2
-
-
(1.333,2)
-
Antecipação de dividendos na forma de JCP
-
-
-
-
-
(1.473,1)
(1.473,1)
Dividendos complementares 2005
-
-
(390,9)
-
-
-
(390,9)
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006
5.716,1
12.870,6
1.413,3
208,8
(940,7)
-
19.268,1
Aumento do capital social
128,3
-
-
-
-
-
128,3
Aumento de capital por captalização de reservas
260,8
(260,8)
-
-
-
-
-
Recompra de ações
-
-
-
-
(3.082,6)
-
(3.082,6)
Ágio na subscrição de ações plano
-
(8,1)
-
-
-
-
(8,1)
Cancelamento de ações em tesouraria
-
(2.760,4)
-
-
2.760,4
-
-
Transferência de reservas para plano acionistas
-
(38,2)
-
-
104,0
-
65,8
Subvenção para investimentos e incentivos fiscais
-
149,5
-
-
-
-
149,5
Lucro líquido do exercício
-
-
-
-
-
2.816,4
2.816,4
Apropriação e destinação do lucro líquido do exercício:
Reserva estatutária
-
-
898,9
-
-
(898,9)
-
Antecipação de dividendos na forma de JCP
-
-
-
-
-
(1.084,0)
(1.084,0)
Dividendos antecipados
-
-
-
-
-
(841,8)
(841,8)
Dividendos e JCP prescritos
-
-
-
-
-
8,3
8,3
6.105,2
9.952,6
2.312,2
208,8
(1.158,9)
-
17.419,9
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
AmBev Relatório Anual 2007
67
Demonstrações das origens
e aplicações de recursos
para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006
(Expressas em milhões de reais)
Controladora
Consolidado
2007
2006
2007
2006
2.816,4
2.806,3
2.816,4
2.806,3
Equivalência patrimonial
139,2
(143,3)
(3,9)
(1,4)
Imposto de renda e contribuição social diferidos
520,2
460,4
629,3
626,5
Deságio na liquidação de incentivos fiscais
(34,4)
(39,9)
(34,4)
(39,9)
Ágio amortizado, líquido de deságio realizado
158,7
107,5
1.560,3
1.283,0
Depreciação e amortização
ORIGENS DOS RECURSOS
DAS OPERAÇÕES SOCIAIS
Lucro líquido do exercício
Despesas (receitas) que não afetam o capital circulante
876,3
685,6
1.424,0
1.188,4
Contingências tributárias, trabalhistas e outras
(3,2)
(92,0)
25,1
(111,8)
Encargos financeiros sobre contingências tributárias e fiscais
70,6
31,7
39,6
36,7
(14,6)
(6,3)
14,6
8,7
(7,7)
(9,8)
(7,8)
(10,0)
(334,4)
(341,3)
(484,0)
(470,3)
(1,7)
0,7
(3,2)
(6,1)
-
-
47,3
(8,7)
(79,4)
Provisão para perdas sobre ativos permanentes
Encargos financeiros e variações sobre plano de ações
Variação cambial e encargos sobre financiamentos de longo prazo
Perda (ganho) de participação em controladas
Participação dos acionistas minoritários
Variação cambial sobre controladas no exterior
Subvenção investimentos de controlada
Valor residual do imobilizado e investimentos alienados
Restituição de capital pela controlada
Dividendos recebidos e a receber
88,5
17,8
227,6
(212,9)
(160,0)
-
-
952,8
127,6
187,0
288,6
-
-
297,8
-
963,4
1.060,9
-
-
5.977,2
4.803,7
6.437,9
5.510,6
DOS ACIONISTAS
Aumento de Capital
128,3
-
128,3
-
Incentivos fiscais
149,5
115,5
149,5
268,4
Venda financiada de ações
Alienação de ações em tesouraria
Dividendos e JCP prescritos
96,6
51,3
38,9
78,5
-
105,3
65,8
105,3
8,3
-
8,3
-
11,3
-
11,1
-
-
62,4
-
66,6
670,1
-
233,1
-
De terceiros
Variações no realizável a longo prazo
Despesas antecipadas
Outros impostos e taxas a recuperar
Contas a receber de soc.ligadas
Contingências, tribut., trabalh. E outros
Demais contas a receber e outros
146,5
-
-
2.065,1
Variações no exigível a longo prazo
Debêntures
-
2.065,1
-
Financiamentos
371,2
-
644,0
-
Demais contas a pagar
251,5
3,2
-
4,3
7.897,1
7.206,5
7.630,3
8.098,8
TOTAL DAS ORIGENS
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
68
Controladora
Consolidado
2007
2006
2007
2006
13,4
46,8
34,4
61,4
-
0,7
-
44,5
31,8
147,7
-
Despesas antecipadas
-
20,9
-
20,9
Outros
-
10,6
629,8
36,9
Financiamentos
-
667,9
-
185,9
Diferimento de impostos
-
-
-
-
75,7
6,7
-
-
-
-
245,5
176,6
121,1
215,9
-
264,3
APLICAÇÃO DE RECURSOS
Variações no realizável a longo prazo
Depósitos compulsórios e judiciais
Contas a receber de sociedades ligadas
Outros impostos e taxas a recuperar
Variações no exigível a longo prazo
Contas a pagar sociedades ligadas
Demais contas a pagar
Contingências tributárias, trabalhistas e outras
No ativo permanente
Investimentos, inclusive ágios e deságios
Imobilizado
Diferido
421,1
2.742,3
453,0
2.731,0
1.005,0
812,9
1.630,9
1.425,7
13,2
11,9
15,5
18,7
Em transações de capital
Recompra de ações
3.082,6
1.762,3
3.090,6
1.762,3
Dividendos propostos e pagos
1.925,8
1.864,0
1.925,8
1.864,0
CCL de controlada incorporada
-
-
-
-
CCL de controladora incorporada
-
-
-
-
Variação no capital de minoritários
-
-
35,3
0,5
TOTAL DAS APLICAÇÕES
6.702,4
8.194,0
8.209,2
8.548,2
AUMENTO (REDUÇÃO) NO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO
1.194,7
(987,5)
(578,9)
(449,4)
VARIAÇÕES NO CAPITAL CIRCULANTE
Ativo circulante
No fim do exercício
4.101,2
3.468,6
7.880,4
6.817,6
No início do exercício
3.468,6
2.760,8
6.817,6
5.474,7
632,6
707,8
1.062,8
1.342,9
No fim do exercício
5.711,8
6.273,9
8.486,1
6.844,4
No início do exercício
6.273,9
4.578,6
6.844,4
5.052,1
(562,1)
1.695,3
1.641,7
1.792,3
1.194,7
(987,5)
(578,9)
(449,4)
Passivo circulante
AUMENTO (REDUÇÃO) NO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
AmBev Relatório Anual 2007
69
Demonstrações consolidadas de fluxo de caixa
para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006
(Expressas em milhões de reais)
2007
2006
2.816,4
2.806,3
1.424,0
25,1
82,9
(34,4)
(10,2)
5,6
(3,2)
8,0
83,0
(7,7)
343,2
629,3
227,5
1.560,3
47,3
(3,9)
119,8
(32,1)
(3,2)
17,4
1.188,4
(111,8)
36,7
(39,9)
11,8
18,8
(22,0)
1,4
163,4
(10,0)
424,2
626,5
(79,4)
1.283,0
(8,7)
(1,4)
260,5
(24,0)
(5,5)
-
Redução (aumento) nas contas do ativo
Contas a receber de clientes
Impostos a recuperar
Demais contas a receber e outros
Estoques
Depósitos judiciais
(165,2)
(49,8)
(40,3)
(148,9)
(16,1)
(166,2)
(14,5)
(232,1)
(142,8)
(63,2)
Aumento (redução) nas contas do passivo
Fornecedores
Salários, participações e encargos sociais
Imposto de renda, contribuição social e demais impostos
Desembolsos vinculados à provisão contingencial
Demais tributos e contribuições a recolher
Outros
843,4
(62,1)
253,9
(170,7)
52,8
126,5
286,8
20,7
36,9
(268,2)
93,7
(84,2)
7.918,6
5.985,2
ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
Aplicações financeiras, com vencimento acima de 90 dias
Títulos e depósitos em garantia
Alienação de investimentos
Aquisição de investimentos
Alienação de bens do imobilizado
Aquisição de bens do imobilizado
Caixa inicial - Consolidação de nova empresa
Aumento de capital em subsidiária
Dispêndios na formação do diferido
(224,2)
(430,1)
107,5
(1.630,9)
3,5
(12,7)
(15,5)
180,6
0,1
(2.639,2)
117,6
(1.425,7)
(18,7)
UTILIZAÇÃO DE CAIXA EM ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
(2.202,4)
(3.785,3)
ATIVIDADES OPERACIONAIS
Lucro líquido do exercício
Despesas (receitas) que não afetam o caixa e equivalentes
Depreciação e amortização
Contingências tributárias, trabalhistas e outras
Encargos financeiros sobre contingências tributárias e fiscais
Ganho na liquidação de incentivos fiscais
Provisão (reversão) para perdas em estoques e ativos permanentes
Provisão para reestruturação
Reversão de provisão para perdas sobre investimentos
Encargos financeiros e variações sobre impostos e contribuições
Perda na alienação de bens do permanente
Juros e variações sobre plano de ações
Variação cambial e encargos sobre financiamentos
Redução de imposto de renda e contribuição social diferidos
Variação cambial sobre controladas no exterior que não afetam o caixa
Ágio amortizado, líquido de deságio realizado
Participação de acionistas minoritários
Equivalência patrimonial
Perdas não realizadas sobre derivativos
Recuperação de crédito extemporâneo
Perda de participação em controladas
Baixa de IPI / ICMS irrecuperável
GERAÇÃO DE CAIXA PROVENIENTE DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
70
2007
2006
ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Financiamentos
Captação
Amortização
Variação no capital de minoritários
Aumento de capital
Venda financiada de ações
Recompra de ações
Pagamento de dividendos
9.428,5
(9.384,7)
(4,9)
128,3
54,5
(3.094,3)
(1.952,6)
9.344,8
(7.386,3)
53,0
3,4
72,5
(1.765,1)
(1.790,8)
UTILIZAÇÃO DE CAIXA EM ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
(4.825,2)
(1.468,5)
(121,7)
(29,8)
769,3
701,6
1.538,9
2.308,2
837,3
1.538,9
AUMENTO (DIMINUIÇÃO) NO CAIXA E EQUIVALENTES
769,3
701,6
Informação adicional sobre o fluxo de caixa:
Pagamento de juros sobre empréstimos
Pagamento de imposto de renda e contribuição social sobre o lucro
816,0
631,8
603,1
585,3
EFEITO DE VARIAÇÃO CAMBIAL SOBRE O CAIXA
AUMENTO (DIMINUIÇÃO) NO CAIXA E EQUIVALENTES
Saldo inicial de caixa e equivalentes
Saldo final de caixa e equivalentes
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
AmBev Relatório Anual 2007
71
Notas explicativas
às demonstrações contábeis
para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006
(Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo)
1. CONTEXTO OPERACIONAL
consultores legais. Como a BAH era 100% controlada pela
resultaram na redução dos valores dos ágios iniciais nos
AmBev, não houve emissão de ações na incorporação.
montantes de R$185,6 em Goldensand e R$8,0 em Cintra.
a) Considerações gerais
A Companhia de Bebidas das Américas – AmBev (referida
como “Companhia” ou “AmBev” ou “Controladora”), com
Segue abaixo o balanço patrimonial consolidado ajustado de
(ii) Aquisição Lakeport Brewing Income Fund (“Lakeport”)
abertura da Goldensand:
17.04.07
pela Labatt Canadá
sede em São Paulo, tem por objetivo, diretamente ou
Em 30 de março de 2007, a Labatt Canadá adquiriu 91,43%
Ativo circulante
mediante participação em outras sociedades, no Brasil e em
das Units da Lakeport, e pagou pelas mesmas o montante
Realizável a longo prazo
141,3
outros países nas Américas, produzir e comercializar cervejas,
de CAD$208,5 (equivalentes a R$376,4 em 31 de dezembro
Imobilizado
154,5
chopes, refrigerantes, outras bebidas não alcoólicas e malte.
de 2007), apurando um ágio de CAD$205,9 (equivalentes a
Passivo circulante
A Companhia mantém contrato de “franchising” com a
R$371,8 em 31 de dezembro de 2007), que está sendo
Exigível a longo prazo
345,7
PepsiCo International Inc. ("PepsiCo") para engarrafar,
amortizado linearmente em 10 anos. Após a aquisição
Provisões contingenciais
251,1
vender e distribuir os produtos Pepsi no Brasil e em outros
compulsória das Units não depositadas, a Lakeport se tornará
Participação dos acionistas minoritários (*)
países da América Latina, incluindo o Lipton Ice Tea, o
subsidiária integral da Labatt Canadá, que então realizará os
Patrimônio Líquido
isotônico Gatorade e H2OH!.
procedimentos necessários para assegurar que as Units serão
(*) Participação indireta de Monthiers, subsidiária integral
A Companhia mantém contrato de licenciamento com
delistadas da Toronto Stock Exchange e assegurará os
da AmBev.
a Anheuser-Busch Inc. através da sua subsidiária Labatt
requisitos necessários para notificar e obter a autorização
Brewing Company Limited (“Labatt Canadá”), para produzir,
para cessarem as obrigações de divulgação de informações
engarrafar, vender e distribuir os produtos Budweiser no
da legislação canadense.
Brasil, Canadá, Argentina e outros países e, por meio de
58,4
(6,6)
(319,9)
(iv) Aquisição de 20% de ações ordinárias da subsidiária
Compañia Cervecera AmBev Ecuador S.A.
(“AmBevEcuador”)
Canadá. Além disso, a Companhia produz e distribui Stella
Artois sob licença da Interbrew International B.V. (“InBev”) no
32,7
(iii) Contrato de compra e venda relativo à Cervejaria Cintra
Indústria e Comércio Ltda. (“Cintra”)
Em 05 de março de 2007, a Companhia por meio de sua
controlada Monthiers S.A. (“Monthiers”) adquiriu de Freeville
licença concedida à InBev, distribui Brahma nos Estados
Em 28 de março de 2007, a Companhia anunciou a
Management
Unidos e em determinados países da Europa, Ásia e África.
assinatura de contrato de compra e venda da totalidade das
AmBevEcuador pelo montante de US$1,3, representando um
Ltd.,
120.500
ações
ordinárias
de
A Companhia tem suas ações negociadas na Bolsa de Valores
quotas da sociedade Goldensand Comércio e Serviços Lda.
aumento de participação de 20% no capital social. Com esta
de São Paulo – BOVESPA e na Bolsa de Valores de Nova
("Goldensand"), controladora da Cintra com 95,89% das
transação, a Companhia aumentou sua participação no
Iorque – NYSE, na forma de Recibos de Depósitos
ações. O valor da compra foi de R$43,2 e resultou em um
capital de AmBevEcuador de 80% para 100% e apurou um
Americanos – ADRs.
ágio inicialmente calculado no montante de R$548,7, que
ágio no montante de R$0,8.
está sendo amortizado em 10 anos.
b) Principais eventos ocorridos no período de 2007
e de 2006
(i) Incorporação da subsidiária Beverage Associates
Adicionalmente, a Companhia, através de uma controlada,
adquiriu também 4,11% das ações da Cintra, pelo preço
(v) Aquisição do controle de Quilmes Industrial S.A.
(“Quinsa”)
de aquisição de R$6,5, resultando em um ágio de R$21,0,
Em 8 de agosto de 2006, a Companhia finalizou a operação
que está sendo amortizado em 10 anos. Essas transações
com a Beverage Associates Corp. (“BAC”), os outros
Em 29 de junho de 2007, a subsidiária BAH foi incorporada
não incluíram a aquisição das marcas e dos ativos de
controladores em conjunto de Quinsa, anunciada em 13 de
pela AmBev, com o objetivo de simplificar a estrutura
distribuição da Cintra.
abril de 2006, adquirindo a totalidade das ações da Beverage
Holding Ltd (“BAH”)
societária e reduzir custos das duas empresas envolvidas. A
Associates Holding Ltd. (“BAH”), pelo montante total de
amortização do ágio registrado pela AmBev, fundamentado
Em 30 de setembro de 2007, a Companhia efetuou uma
R$2.738,8, resultando em um ágio no montante de
com base em rentabilidade futura, está sendo, após a
analise detalhada dos ativos e passivos adquiridos dessas
R$2.331,1. Com o fechamento da operação, a participação
incorporação, considerado dedutível para fins fiscais, nos
empresas e procedeu ajustes, principalmente relacionados a
da AmBev no capital social da Quinsa passou de 56,83%
termos da legislação tributária vigente, e na opinião de seus
provisão para contingências e imposto de renda diferido, que
para 91,36%.
72
(vi) Aliança com o Grupo Romero
a) Estimativas contábeis
Em 9 de março de 2006, a Companhia anunciou aliança com
• Aplicações financeiras
As aplicações financeiras, substancialmente representadas
o grupo empresarial Romero, firmada por meio de acordo de
Na elaboração das demonstrações contábeis, é necessário
por títulos e valores mobiliários, títulos governamentais e
alienação de 25% do capital social de sua controlada indireta
utilizar estimativas para contabilizar certos ativos, passivos
certificados de depósito bancário, inclusive denominados em
Compañia Cervecera AmBev Perú S.A.C. (“AmBev Perú”)
e outras transações. Sendo assim, nas demonstrações
moeda estrangeira, são apresentados ao valor de custo,
para a Ransa Comercial S.A., empresa integrante do Grupo
contábeis são incluídas várias estimativas referentes à vida
adicionando, quando aplicável, os rendimentos auferidos
Romero. Em 14 de julho de 2006, a Companhia fechou a
útil do ativo imobilizado, às provisões necessárias para
"pro rata temporis"; quando necessário, é constituída
transação pelo montante de R$8,2. O acordo de acionistas
passivos contingentes, para calcular projeções para
provisão
previa opção adicional de compra em favor do Grupo
determinar a recuperação de saldos do imobilizado,
Adicionalmente, as cotas de fundos de investimentos são
Romero referente a 5% do capital social.
intangível, diferido e imposto de renda diferido ativo, bem
avaliadas a valor de mercado, e quando aplicável, constituída
Em 22 de setembro de 2006 a opção de compra de 5%
como à determinação de provisão para imposto de renda,
provisão com o objetivo de diferir os rendimentos não
do capital social foi exercida pelo montante de R$1,7,
as quais, apesar de refletirem a melhor estimativa possível
realizados de natureza variável.
passando a participação do Grupo Romero no capital
por parte da administração da Companhia, podem
social da AmBev Perú de 25% para 30%.
apresentar variações em relação aos valores reais.
O saldo consolidado de aplicações financeiras, em 31
A administração da Companhia revisa trimestralmente
de dezembro de 2007, inclui depósitos em conta-corrente e
essas estimativas e é de opinião que não existem
aplicações financeiras, concedidos a título de garantia
diferenças significativas.
vinculada com a emissão de títulos da dívida externa
2. APRESENTAÇÃO DAS
DEMONSTRAÇÕES
CONTÁBEIS E PRINCIPAIS
PRÁTICAS ADOTADAS
para
redução
aos
valores
de
mercado.
de controladas, no montante de R$19,3 (R$34,6 em 31
b) Apuração do resultado
de dezembro de 2006).
s receitas e despesas são reconhecidas pelo regime
• Contas a receber de clientes
As demonstrações contábeis individuais e consolidadas
de competência de exercícios.
As contas a receber de clientes são registradas pelo valor
foram elaboradas com base nas práticas contábeis
As receitas de vendas e os respectivos custos são registrados
faturado incluindo os respetivos impostos.
emanadas da Legislação Societária e com as normas
quando todos os riscos e benefícios relacionados aos
expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM.
produtos vendidos são transferidos para o comprador. Uma
Essas demonstrações contábeis não refletem as alterações
receita não é reconhecida se há uma incerteza significativa na
introduzidas pela Lei 11.638/07, conforme mencionado
sua realização.
na Nota 20 (a).
A Companhia está apresentando como informações
c) Ativos circulante e não-circulante
complementares, a Demonstração dos Fluxos de Caixa
preparada de acordo com a NPC 20 – Demonstração dos
• Caixa e equivalentes
Fluxos de Caixa, emitida pelo IBRACON – Instituto de
O caixa e equivalentes a caixa, representado por valores de
Auditores Independentes do Brasil.
liquidez imediata e com vencimento original de até 90 dias,
está apresentado ao custo de aquisição, mais rendimentos
incorridos até a data do balanço, e ajustados, quando
aplicável, ao seu equivalente valor de mercado.
AmBev Relatório Anual 2007
73
Notas explicativas
às demonstrações contábeis
para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006
(Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo)
A provisão para créditos de liquidação duvidosa é constituída em montante considerado suficiente pela
calculada pelo método linear, às taxas anuais mencionadas
administração para cobrir as perdas prováveis na realização dos créditos, conforme apresentado na tabela abaixo:
na Nota 6, dentro dos limites de prazo estabelecidos
na legislação.
Controladora
Saldo inicial
Constituição
Reversão/utilização
O ativo diferido é composto, principalmente, por gastos
2006
2007
2006
incorridos durante a fase pré-operacional, ágio na
134,1
125,9
185,6
169,7
aquisição de controladas incorporadas pela Companhia e
75,1
51,2
100,5
78,6
gastos com implantação e ampliação (vide Nota 7). A
(70,5)
(43,0)
(94,6)
(61,5)
amortização do diferido é calculada pelo método linear, no
Variação cambial (*)
Saldo final
Consolidado
2007
-
-
(5,4)
(1,2)
prazo máximo de dez anos, a partir do início das atividades
138,7
134,1
186,1
185,6
operacionais, quando relacionado a gastos na fase pré-
(*) Variação cambial relativa a provisão para devedores duvidosos das empresas internacionais.
operacional e a partir do mês seguinte ao da incorporação,
quando referente a ágio.
• Estoques
Os estoques são demonstrados ao custo médio das compras
O ágio em investimentos, fundamentado na mais-valia do
ou da produção, ajustados, quando necessário, por provisão
imobilizado, é amortizado com base na expectativa de vida
para redução aos valores de realização.
útil do imobilizado da controlada, enquanto que o ágio
e) Conversão das demonstrações contábeis das
controladas sediadas no exterior
(deságio) atribuído à expectativa de resultados futuros é
As operações de malte localizadas na Argentina e Uruguai
O custo dos estoques inclui gastos incorridos na aquisição,
amortizado no prazo máximo de dez anos e registrado na
têm como moeda funcional o dólar norte-americano, pois
transporte e armazenagem dos estoques. No caso de
rubrica "Outras despesas operacionais". O deságio em
suas receitas e seus fluxos de caixa estão atrelados
estoques acabados e estoques em elaboração, o custo inclui
investimento, atribuído a razões econômicas diversas,
substancialmente a essa moeda. As demonstrações contábeis
as despesas gerais de fabricação baseadas na capacidade
somente será realizado na eventual alienação ou baixa
das controladas sediadas no exterior são elaboradas com
normal de operação.
do investimento.
base tanto na moeda local como na funcional.
O imobilizado é demonstrado ao custo de aquisição e inclui
Os ativos, passivos e patrimônio líquido das controladas
• Demais ativos
os juros incorridos no financiamento durante a fase de
no exterior são convertidos para reais às taxas de câmbio
Os demais ativos circulantes e realizável a longo prazo
construção de certos ativos assim qualificados. Os gastos com
vigentes na data das demonstrações contábeis. Já as contas
são apresentados ao valor de custo, incluindo, quando
manutenção e reparos, quando incorridos, são registrados
do resultado são convertidas e mantidas em reais às taxas
aplicável, os rendimentos auferidos até a data do
em contas de despesas. As perdas com a quebra de garrafas
médias de câmbio de cada mês.
encerramento do exercício. Se necessário, é constituída
e garrafeiras durante a produção são incluídas nos custos dos
A diferença entre o resultado líquido apurado às taxas
provisão para redução aos valores de mercado.
produtos vendidos. Outras perdas na realização do ativo
de câmbio vigentes na data das demonstrações contábeis
imobilizado
e aquele apurado às taxas médias de câmbio do período
d) Permanente
são
tempestivamente
avaliadas
pela
administração da Companhia e, quando aplicável, uma
é registrada na conta "Outras receitas operacionais".
provisão é constituída para fazer face a tais riscos. A
Para conversão das demonstrações contábeis das controladas
Os investimentos em controladas e em controladas em
depreciação é calculada pelo método linear, considerando a
no exterior, foi utilizada a paridade entre a moeda local e o
conjunto são avaliados pelo método da equivalência
vida útil-econômica dos ativos, às taxas anuais mencionadas
dólar
patrimonial e, em sua primeira avaliação, as práticas
na Nota 6.
apresentadas. A taxa de conversão do dólar americano para
contábeis adotadas são uniformizadas àquelas adotadas pela
O intangível é demonstrado ao custo de aquisição e é
reais (“R$”) utilizada em 31 de dezembro de 2007 foi de
Companhia. O valor contábil desses investimentos inclui
composto, principalmente, pelas áreas de distribuição de
R$1,7713 (R$2,138 em 31 de dezembro de 2006).
desdobramento dos custos de aquisição em valor
ex-revendedores adquiridas pela Companhia, com intuito
patrimonial, ágio ou deságio.
de efetuar a venda e distribuição direta. A amortização é
74
americano
(“US$”),
conforme
taxas
abaixo
Moeda
Denominação
País
DOP
Peso dominicano
República Dominicana
GTQ
Quetzal
Guatemala
PEN
Sol peruano
Perú
VEB
Bolívar
Venezuela
Taxa inicial
Taxa final
33,7751
34,1666
7,5962
7,6310
3,1970
2,9940
2.150,00
2.150,00
i) Provisão para contingências e passivos associados
a questionamentos fiscais
A provisão para contingências é estabelecida por valores
atualizados
monetariamente,
referentes
a
questões
ARS
Peso
Argentina
3,07
3,15
trabalhistas, tributárias, cíveis e comerciais em discussão nas
BOB
Boliviano
Bolívia
8,03
7,67
instâncias administrativas e judiciais, com base nas
PYG
Guarani
Paraguay
5.173,04
4.849,90
estimativas de perdas estabelecidas pelos consultores
24,47
21,55
jurídicos internos e externos da Companhia e suas
534,43
495,82
controladas, para os casos em que essas perdas são
UYU
Peso uruguaio
Uruguay
CLP
Peso chileno
Chile
Para a conversão das demonstrações contábeis da Labatt Canadá, foi utilizada a paridade do dólar canadense
consideradas prováveis.
(“CAD”) para reais de R$1,80561 em 31 de dezembro de 2007 (R$1,83582 em 31 de dezembro de 2006).
As reduções de impostos, obtidas com base em decisões
f) Passivos circulante e não-circulante
judiciais resultantes de ações movidas pela Companhia e suas
controladas contra as autoridades tributárias, são objeto de
São demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos
provisionamento até que sejam asseguradas por decisão em
e variações monetárias incorridos até a data de encerramento das demonstrações contábeis.
última instância em favor da Companhia e suas controladas.
g) Operações com derivativos de moedas e juros – Itens financeiros
j) Subvenção para investimentos
A Companhia mantém instrumentos derivativos com o objetivo de efetuar hedge da sua exposição consolidada de riscos
A Companhia e suas controladas têm determinados
de moedas e juros. Em atendimento às normas da CVM, as operações "não designadas contabilmente" são mensuradas
programas de incentivos fiscais estaduais na forma de
ao menor valor entre o seu valor de custo, apurado com base nas condições contratuais entre a Companhia e terceiros
diferimento do pagamento de impostos, com reduções
("curva do papel"), e o seu valor de mercado, e registradas contabilmente nas contas "Ganho sobre derivativos não
parciais ou totais destes. Em alguns Estados, os prazos de
realizado" ou "Perda sobre derivativos não realizada". Para as operações designadas como hedge, a contabilização é
carência e as reduções não são condicionais.
efetuada com base no custo amortizado. Os valores nominais das operações de forward e swap de moedas e juros não
Todavia, quando existentes, as condições referem-se a fatos
são registrados no balanço patrimonial.
sob controle da Companhia. O benefício relativo à redução
no pagamento desses impostos é tratado como reserva para
h) Operações com derivativos de moedas e commodities – Itens operacionais
subvenção de investimentos e registrado no patrimônio
líquido da Companhia e das suas controladas, com base no
A Companhia mantém instrumentos derivativos com o objetivo de efetuar hedge de sua exposição consolidada de custos
regime de competência de registro desses impostos, ou no
de matérias-primas a serem adquiridas e despesas operacionais cujos preços estejam atrelados a oscilação de preços de
momento em que as empresas cumprem com as principais
moedas e commodities.
obrigações fixadas nos programas estaduais, para ter o
Os resultados líquidos desses instrumentos derivativos, designados contabilmente como hedge, são mensurados ao valor
benefício concedido.
de mercado, diferidos e contabilizados no balanço patrimonial da Companhia em "Outros ativos e passivos", e
reconhecidos no resultado quando o objeto de hedge for reconhecido no resultado. No caso de matérias-primas,
o reconhecimento em resultado acontece quando houver a venda do produto, na conta "Custo dos produtos vendidos".
No caso de despesas, o resultado será reconhecido no momento em que a despesa for reconhecida no resultado, na
conta de “Despesas operacionais”.
AmBev Relatório Anual 2007
75
Notas explicativas
às demonstrações contábeis
para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006
(Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo)
Nas demonstrações contábeis da Companhia o benefício
m) Demonstrações contábeis consolidadas
n) Transações com partes relacionadas
operacionais" e totalizou R$212,9 na controladora e R$226,5
As demonstrações contábeis consolidadas incluem as
As transações com partes relacionadas são realizadas em
no consolidado (R$160,0 e R$165,4, respectivamente, em
demonstrações da Companhia e suas controladas diretas
condições usuais de mercado e envolvem, entre outras
31 de dezembro de 2006).
e indiretas, conforme mencionado na Nota 5 (c) e (d).
operações, a compra e a venda de matérias-primas como
As políticas contábeis foram aplicadas de forma uniforme em
malte, concentrados, rótulos, rolhas, garafas e produtos
todas as empresas consolidadas e consistentes com aquelas
acabados diversos.
utilizadas no exercício anterior.
Os contratos de mútuos firmados entre as controladas da
referente às controladas é classificado em “Outras receitas
k)Imposto sobre a renda e contribuição social
sobre o lucro líquido
consolidava
Companhia no Brasil têm prazo de vencimento
O imposto de renda e a contribuição social sobre o lucro
Até
proporcionalmente as demonstrações financeiras da Quinsa,
indeterminado e incidência de encargos financeiros de
líquido são calculados às alíquotas estabelecidas na legislação
que a partir de setembro de 2006 passaram a ser
mercado, exceto por alguns contratos com controladas
aplicável. O encargo referente ao imposto de renda e a
consolidadas integralmente.
onde a Companhia detém a totalidade do capital, sobre
contribuição social é registrado em regime de competência
Adicionalmente, a Companhia consolida os passivos líquidos
os quais não incidem encargos.
de exercícios, com a adição do imposto de renda diferido
e resultados das empresas Agrega Inteligência em Compras
Os contratos envolvendo as controladas da Companhia
calculado sobre as diferenças temporárias entre as bases
Ltda (“Agrega”) e Ice Tea do Brasil Ltda (“ITB”),
sediadas no exterior são geralmente atualizados
contábeis e tributáveis de ativos e passivos.
proporcionalmente à sua participação nas demonstrações
monetariamente pela variação do dólar norte-
Registra-se também o imposto de renda diferido ativo
contábeis dessas empresas.
americano, acrescidos de juros de até 10% ao ano.
correspondente ao benefício tributário futuro sobre prejuízos
Em 31 de dezembro de 2007, o total de passivos líquidos
fiscais e bases negativas de cálculo de contribuição social
registrados na AmBev relativo a essas empresas somam
caso haja expectativa de realização desses benefícios, no
(R$2,1) e os resultados líquidos totalizam R$3,7 ((R$5,8)
prazo máximo de dez anos, com base em projeções de
e (R$3,4), respectivamente, em 31 de dezembro de 2006).
Com
resultados futuros.
A Companhia também procedeu a consolidação das
de
demonstrações contábeis do fundo Taurus Investment SPC
demonstrações
(“Taurus”), um fundo de investimentos controlado direta
a comparabilidade entre os períodos, a Companhia
e integralmente através das controladas da Companhia.
procedeu
Em 31 de dezembro de 2007 e de 2006, as transações do
de dezembro de 2006: (i) de Resultado de equivalência
A Companhia e suas controladas reconhecem os ativos e
fundo correspondiam, basicamente, à aplicações financeiras
patrimonial
passivos atuariais relacionados a benefícios a empregados
e operações com instrumentos derivativos para mitigar a
no montante de R$ 160,0 na Controladora, a parcela
de acordo com os critérios previstos na Deliberação CVM
exposição da Companhia às flutuações dos preços de
relativa aos ganhos e acréscimos patrimoniais com o
n° 371, de 13 de dezembro de 2000.
commodities, das taxas de juros e de moedas.
objetivo de alinhar o tratamento dado no Consolidado;
l) Ativos e passivos atuariais relacionados a
benefícios a empregados
agosto
de
2006,
a
Companhia
o) Reclassificações
o
objetivo
determinados
às
de
melhorar
valores
contábeis,
seguintes
para
Outras
e
a
apresentação
transações
bem
como
reclassificações,
receitas
em
suas
manter
em
31
operacionais,
Os ganhos e as perdas atuariais são reconhecidos como
(ii) complemento de reclassificação dos Depósitos judiciais
receita ou despesa, tendo como base o valor dos ganhos
do ativo para o passivo, como redutor da conta Provisão
e perdas não reconhecidos que exceder, em cada período,
para contingências nos montantes de R$ 72,9 na
ao maior dos seguintes limites: (a) 10% do valor presente
Controladora e R$ 84,3 no Consolidado; e (iii) de
da obrigação atuarial e (b) 10% do valor justo dos ativos
Fornecedores para Dívidas com pessoas ligadas, relativo a
do plano, amortizado pelo tempo de serviço médio futuro
contas a pagar com a FAHZ e InBev, nos montantes de
estimado para os participantes do plano.
R$1,4 e R$3,3, respectivamente.
76
3. IMPOSTOS A RECUPERAR E IMPOSTOS A PAGAR
a) Composição dos impostos a recuperar - curto prazo e longo prazo:
Controladora
Curto Prazo
IPI
ICMS
Consolidado
Longo Prazo
Curto Prazo
Longo Prazo
2007
2006
2007
2006
2007
2006
2007
2006
16,1
31,9
-
-
26,3
43,5
-
-
122,5
116,1
130,8
107,8
132,7
127,6
137,4
111,5
PIS / COFINS
48,5
49,5
29,8
8,5
57,9
55,5
30,8
9,0
IRRF
17,7
10,7
-
-
35,1
27,8
-
-
294,9
197,5
6,3
6,1
372,3
328,3
14,7
14,2
14,4
13,5
17,7
17,6
14,7
14,0
24,4
24,2
IRPJ / CSLL
Outros impostos
Impostos unidades exterior
TOTAL
-
-
-
-
100,3
91,0
-
-
514,1
419,2
184,6
140,0
739,3
687,7
207,3
158,9
b) Composição dos impostos a pagar - curto prazo:
Controladora
Consolidado
2007
2006
2007
2006
Abreviaturas utilizadas:
73,2
77,3
77,0
79,5
IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados
622,5
561,7
643,0
577,3
16,1
26,4
18,8
27,0
7,6
2,6
8,6
3,1
Outros impostos nacionais
32,0
36,2
55,5
58,6
Impostos unidades exterior
-
-
458,1
493,5
751,4
704,2
1.261,0
1.239,0
IPI
ICMS
PIS / COFINS
IRRF
TOTAL
ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
PIS – Programa de Integração Social
COFINS – Contribuição para Financiamento da Seguridade Social
IRRF – Imposto de Renda Retido na Fonte
IRPJ – Imposto de Renda Pessoa Jurídica
CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
AmBev Relatório Anual 2007
77
Notas explicativas
às demonstrações contábeis
para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006
(Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo)
4.
TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS
Empresas
AmBev (*)
AmBev International
Arosuco
Aspen
Brahmaco
Brahma Venezuela
Cintra
CRBS S.A.
Cympay
Dunvegan S.A.
Eagle
Fratelli Vita
Goldensand
Jalua Spain S.L.
Labatt Canadá
Malteria Uruguai S.A.
Malteria Pampa S.A.
Monthiers
Quinsa
Skol
Taurus Investments
Outras nacionais
Outras internacionais
TOTAL
Saldos em 31 de dezembro de 2007
Créditos
Contratos
com
Contas
de mútuos
Controladas
a pagar
a receber
880,8
(1.602,4)
59,5
261,3
0,1
(73,7)
87,7
0,9
(0,9)
218,4
1,2
(22,6)
70,9
0,5
(1,2)
122,7
0,2
68,5
(32,7)
1,4
108,7
(0,9)
360,8
(868,0)
0,2
3,7
(2,4)
266,2
430,2
1,1
(5,0)
104,1
(79,1)
71,5
(40,4)
0,5
546,6
1.459,0
(3,9)
0,2
588,3
(19,8)
80,0
5,4
(15,9)
2.765,4
(2.768,9)
3.035,2
Transações
Contratos
de mútuos
a pagar
(985,7)
(220,2)
(211,1)
(2,7)
(24,9)
(719,0)
(2,6)
(90,0)
(86,2)
(544,3)
(0,3)
(18,5)
(104,7)
(21,0)
(3.031,2)
ocorridas em 2007
Resultado
Vendas
financeiro
líquidas
líquido
454,1
(202,2)
1,5
652,6
(11,8)
0,7
(4,1)
31,2
102,6
1,9
(28,8)
54,5
(15,4)
(7,4)
27,1
13,0
302,4
(8,2)
142,6
313,2
17,6
(74,6)
9,4
5,7
1,7
1.780,0
(0,7)
Empresas
AmBev (*)
Arosuco
Aspen
Brahmaco
Brahma Venezuela
CRBS S.A.
Cympay
Dunvegan S.A.
Eagle
Fratelli Vita
Jalua Spain S.L.
Labatt Canadá
Malteria Uruguai S.A.
Malteria Pampa S.A.
Monthiers
Quinsa
Skol
Taurus Investments
Outras nacionais
Outras internacionais
TOTAL
Saldos em 31 de dezembro de 2006
Créditos
Contratos
com
Contas
de mútuos
Controladas
a pagar
a receber
791,5
(1.678,2)
73,1
8,6
(0,3)
471,0
327,7
1,1
(1,1)
252,7
0,3
(14,5)
81,0
122,7
0,2
76,8
1,5
131,2
(1,1)
643,7
(868,1)
0,2
4,0
(6,0)
230,2
529,6
1,1
(10,0)
33,3
(34,2)
12,0
(0,1)
0,4
698,8
1.495,3
3,0
(1,3)
738,3
6,9
(5,6)
72,3
1,4
(6,4)
2.631,0
(2.626,9)
4.178,9
Transações
Contratos
de mútuos
a pagar
(1.451,8)
(0,4)
(471,1)
(244,6)
(22,6)
(1.065,7)
(2,0)
(80,3)
(616,9)
(18,6)
(176,7)
(24,2)
(4.174,9)
ocorridas em 2006
Resultado
Vendas
financeiro
líquidas
líquido
398,3
(76,6)
549,1
0,3
0,7
(0,1)
74,6
(1,7)
98,1
0,2
88,6
21,6
(17,1)
46,1
135,3
118,7
(27,0)
14,8
(9,7)
1,5
(1,6)
(1,0)
1.412,0
1,1
(*) A AmBev possui valores em “Contas a receber e a pagar” com suas acionistas FAHZ e InBev, cujas demonstrações contábeis não integram as informações consolidadas
da Companhia, portanto, os saldos não foram eliminados.
Denominações utilizadas:
AmBev International Finance Co. Ltd. (“AmBev International”)
Arosuco Aromas e Sucos Ltda (“Arosuco”)
Aspen Equities Corporation (“Aspen”)
Brahmaco International Limited (“Brahmaco”)
78
Cerveceria y Maltería Paysandú (“Cympay”)
Cervejarias Reunidas Skol-Caracu S.A. (“Skol”)
Cervejarias Cintra Indústria e Comércio Ltda. (“Cintra”)
Compañia Brahma Venezuela S.A (“Brahma Venezuela”)
Eagle Distribuidora de Bebidas S.A. (“Eagle”)
Fratelli Vita Bebidas S/A (“Fratelli Vita”)
InBev NV/SA (“InBev”)
Fundação Antônio e Helena Zerrenner – Instituição
Nacional de Beneficência (“FAHZ”)
5. PARTICIPAÇÃO EM CONTROLADAS DIRETAS
a) Movimentação da participação em controladas diretas, incluindo ágio e deságio
Saldo em 31 de dezembro de 2005
Participação
em controladas
Ágio
Total
19.619,4
14,6
19.634,0
143,3
-
143,3
Equivalência patrimonial (i)
Reversão de provisão para perdas sobre investimento
Amortização do ágio
Perda de participação em controlada
12,4
-
12,4
-
(107,5)
(107,5)
(0,7)
-
(0,7)
(1.060,9)
-
(1.060,9)
Variação cambial em controlada no exterior
(17,9)
-
(17,9)
Ganhos e acréscimos patrimoniais sobre controladas
160,0
Dividendos recebidos e a receber
160,0
-
Aporte de capital Agrega
2,2
-
2,2
Redução de capital Anep
(300,0)
-
(300,0)
Aquisição de investimentos (Nota 1 (b)(v))
Saldo em 31 de dezembro de 2006
407,7
2.331,1
2.738,8
18.965,5
2.238,2
21.203,7
(139,2)
-
(139,2)
3,4
-
3,4
-
(2.136,8)
(2.136,8)
Equivalência patrimonial (i)
Reversão de provisão para perdas sobre investimento
Transferência de ágio por incorporação da BAH para o Ativo Diferido
Aquisição Goldensand
Amortização do ágio
Recálculo ágio s/aquisição Goldensand (Nota 1 (b)(iii))
Dividendos recebidos e a receber
Variação cambial em controlada no exterior
Ganhos e acréscimos patrimoniais sobre controladas
Alienação de Investimentos ( v )
Incorporação Miranda Correa
Transferência de ágio por incorporação da Miranda Correa para o Ativo Diferido
Aporte de capital (iii)
Redução de capital (ii)
Ganho de participação em controladas (iv)
Saldo em 31 de dezembro de 2007
(505,5)
548,7
43,2
-
(122,8)
(122,8)
185,6
(185,6)
-
(963,4)
-
(963,4)
(88,3)
-
(88,3)
212,9
-
212,9
(790,0)
-
(790,0)
(46,3)
-
(46,3)
(2,5)
-
(2,5)
73,1
-
73,1
(156,5)
-
(156,5)
1,7
-
1,7
16.753,0
339,1
17.092,1
Em 31 de dezembro de 2007, o saldo de Participações em controladas inclui o saldo de Provisão para passivo a descoberto na Goldensand no valor
de R$ 244,0 registrado, na Controladora, no Exigível a longo prazo.
(i) Esse resultado contempla a amortização do ágio da Labatt ApS na Labatt Canadá no montante de R$1.129,4 (R$969,8, em 31 de dezembro de 2006);
(ii) Redução de capital efetuado na controlada em conjunto Agrega e na controlada Fratelli Vita.
(iii) Aporte de capital efetuado na controlada em conjunto Agrega e na controlada Goldensand.
(iv) Ganho decorrente da variação de percentual nas controladas CRBS e Fratelli Vita.
(v) Alienação dos investimentos Miranda Correa, CRBS e Skol.
AmBev Relatório Anual 2007
79
Notas explicativas
às demonstrações contábeis
para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006
(Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo)
b) Ágio e deságio - Consolidado
Amortização
2007
2006
Custo
Acumulada
Valor residual
Valor residual
16.383,3
(3.134,2)
13.249,1
14.378,6
Ágio
Labatt Canadá
Lakeport (iii)
Quinsa
QIB
BAH (i)
Goldensand (ii)
Cintra (ii)
Cympay
Embodom
Malteria Pampa
Indústrias Del Atlântico
Miranda Correa (i)
AmBev Ecuador
Subsidiárias Labatt Canadá
Subsidiárias da Quinsa
371,8
(27,9)
343,9
-
1.029,9
(521,5)
508,4
635,4
93,4
(43,4)
50,0
59,8
-
-
-
2.233,9
363,1
(24,2)
338,9
-
13,1
(0,9)
12,2
-
26,6
(18,7)
7,9
10,3
224,1
(82,7)
141,4
163,5
28,1
(26,1)
2,0
4,8
5,0
(2,0)
3,0
3,6
-
-
-
3,1
0,8
-
0,8
-
2.983,3
(2.955,5)
27,8
29,8
783,4
(475,4)
308,0
475,7
22.305,9
(7.312,5)
14.993,3
17.998,5
Deságio
AmBev Ecuador
(18,6)
8,2
(10,3)
(12,3)
22.287,3
(7.304,3)
14.983,0
17.986,2
(i) Com a incorporação das controladas BAH e Miranda Correa, o saldo residual do ágio, fundamentado na expectativa de resultados futuros, foi
reclassificado para o grupo de diferido (vide Nota 7).
(ii) Vide Nota 1 (b) (iii).
(iii) Vide Nota 1 (b) (ii).
Em 31 de dezembro de 2007, a Companhia apresenta no seu balanço (Controladora) o saldo residual de ágio no montante de R$339,1 (R$2.238,2
em 31 de dezembro de 2006), nas seguintes controladas: R$338,9 e R$0,2, na Goldensand e Malteria Pampa, respectivamente.
80
c) Informações sobre controladas diretas
Em 31 de dezembro de 2007
Resultado
Controlada
Participação %
Resultado de
Patrimônio
do período
Investimento
Equivalência
Líquido
ajustado
(i)
Patrimonial (i)
Agrega
50,00
7,1
7,0
3,6
3,5
AmBev Bebidas (ii)
99,50
253,9
13,6
252,6
13,6
AmBev International
100
1,3
1,3
1,3
1,3
Anep
100
102,2
31,0
102,2
31,0
Arosuco
99,70
624,3
356,1
585,0
349,1
BAH (iii)
-
-
56,6
-
56,6
100
10,3
-
10,3
-
-
-
-
-
2,1
BSA Bebidas
CRBS (v)
Dahlen
100
38,3
(1,9)
38,3
(1,9)
Eagle
99,96
1.835,6
(380,7)
1.835,1
(380,6)
Fazenda do Poço
91,41
0,6
-
0,6
-
Fratelli Vita
77,97
428,6
86,6
331,8
65,1
Goldensand
100,0
(244,0)
3,4
-
-
Hohneck
50,69
983,9
(101,4)
498,8
(51,3)
Labatt ApS
99,99
12.447,6
(363,2)
12.447,4
(363,1)
Lambic Holding
87,10
353,6
48,0
308,0
41,8
Malteria Pampa
60,00
181,4
59,7
103,4
39,3
17,9
Miranda Correa (iv)
-
-
-
-
Quinsa
34,53
1.386,1
394,8
478,6
80,3
Skol (v)
-
-
-
-
(43,9)
16.997,0
(139,2)
Em 31 de dezembro de 2006
Resultado
Controlada
Participação %
Resultado de
Patrimônio
do período
Investimento
Equivalência
Líquido
ajustado
(i)
Patrimonial (i)
Agrega
50,00
0,1
(4,5)
-
(2,2)
AmBev Bebidas (ii)
99,50
240,2
(2,5)
239,0
(2,4)
100
115,3
19,8
115,3
19,7
99,70
457,4
294,9
424,5
291,0
BAH (iii)
100
448,6
48,0
448,6
48,0
BSA Bebidas
100
10,3
-
10,3
-
99,65
179,2
1,9
178,5
1,9
Anep
Arosuco
CRBS (v)
Dahlen
Eagle
100
40,2
8,6
40,3
8,6
99,96
2.216,3
(159,8)
2.215,7
(159,0)
(2,9)
Fazenda do Poço
91,41
0,6
(3,2)
0,6
Fratelli Vita
77,84
491,4
64,0
382,5
49,8
Honeck
50,69
1.085,3
(80,1)
550,2
(40,6)
Labatt ApS
99,99
13.279,1
(142,1)
13.278,9
(142,0)
Lambic Holding
87,10
305,6
55,6
266,2
48,4
Malteria Pampa
60,00
196,5
43,6
117,9
26,1
Miranda Correa (iv)
Skol (v)
100
43,5
32,1
43,5
32,1
99,96
653,8
(33,2)
653,5
(33,2)
18.965,5
143,3
(i) Alguns valores podem não corresponder diretamente aos percentuais de participação devido aos lucros não realizados entre empresas do grupo.
(ii) Nova denominação social da empresa Pepsi-Cola Engarrafadora Ltda.
(iii) Empresa incorporada pela AmBev em 29 de junho de 2007.
(iv) Empresa incorporada pela AmBev Bebidas em 30 de novembro de 2007.
(v) Vide Nota 5 (a) (v).
AmBev Relatório Anual 2007
81
Notas explicativas
às demonstrações contábeis
para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006
(Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo)
d) Principais participações indiretas relevantes em controladas:
Total de participação
indireta - %
Denominação
2007
2006
Exterior
91,36
91,36
Jalua Spain S.L.
Quinsa
100,00
100,00
Monthiers
100,00
100,00
Aspen
100,00
100,00
6. IMOBILIZADO E INTANGÍVEL
a) Composição
Controladora
2007
Custo
2006
Depreciação
Valor
Valor
Taxas anuais de
acumulada
residual
residual
depreciação (i)
Imobilizado
Terrenos
94,4
-
94,5
92,0
-
1.440,8
(747,3)
693,5
589,8
4,0%
Máquinas e equipamentos
4.112,1
(3.158,8)
953,3
577,2
10,0%
Bens/equipamentos de uso externo
1.368,4
(727,1)
641,3
619,4
20,0%
Prédios e construções
Outros imobilizados
Imobilizado em andamento
Intangível
53,3
(38,0)
15,2
15,0
19,84%(ii)
209,1
-
209,1
371,7
-
7.278,1
(4.671,2)
2.606,9
2.265,1
-
1.209,1
(880,6)
328,5
346,5
20,0%
Consolidado
2007
2006
Depreciação
Valor
Valor
Taxas anuais de
Custo
acumulada
residual
Residual
depreciação (i)
284,7
-
284,7
324,8
-
Imobilizado
Terrenos
Prédios e construções
2.814,5
(1.348,6)
1.465,9
1.424,5
4,0%
Máquinas e equipamentos
8.841,1
(6.528,9)
2.312,2
2.052,9
10,0%
2.298,1
(1.285,3)
1.012,8
1.012,8
20,0%
Bens/equipamentos de uso externo
Outros imobilizados
Imobilizado em andamento
Intangível
82
309,9
(220,0)
89,9
45,2
19,98%(ii)
427,8
-
427,8
478,7
-
14.976,1
(9.382,8)
5.593,3
5.338,9
-
1.342,0
(953,8)
388,2
385,0
20,0%
(i) As taxas podem ter acréscimo de 50% a 100% em decorrência do número de turnos de produção no qual o bem é utilizado
(ii) Taxa média ponderada de depreciação em 31 de dezembro de 2007 e 2006.
A Companhia e suas controladas mantêm bens do ativo imobilizado destinados à venda, em 31 de dezembro de 2007, no valor residual de R$68,2
na Controladora e R$103,0 no Consolidado (R$82,9 e R$86,0 na Controladora e no Consolidado, respectivamente, em 31 de dezembro de 2006),
que estão classificados no realizável a longo prazo, já deduzido da provisão para perda potencial na realização, no montante de R$36,2 na Controladora
e R$37,4 no Consolidado (R$48,2 na Controladora e R$50,4 no Consolidado, respectivamente, em 31 de dezembro de 2006).
b) Bens dados em garantia
Em razão de empréstimos bancários assumidos pela Companhia e suas controladas, em 31 de dezembro de 2007, existem bens móveis e imóveis, cujo
saldo líquido contábil, no montante de R$608,8 (R$454,3 em 31 de dezembro de 2006), foram conferidos como garantias de empréstimos bancários.
Tal restrição não impacta o uso desses bens e as operações da Companhia.
7. DIFERIDO
Controladora
2007
2006
Amortização
Valor
Valor
Custo
acumulada
residual
residual
204,0
(146,6)
57,4
39,4
48,3
(45,6)
2,7
3,8
2.331,1
(416,4)
1.914,8
-
CBB
702,8
(595,0)
107,8
178,0
Astra
109,1
(54,5)
54,6
67,0
Gastos pré-operacionais
Gastos com implantação e ampliação
Ágios – rentabilidade futura (i):
BAH
Miranda Correa
Outros ágios
Outras despesas diferidas
5,5
(3,0)
2,5
-
44,0
(31,6)
12,4
20,2
123,3
(98,4)
24,9
45,0
3.568,1
(1.391,0)
2.177,1
353,4
Consolidado
2007
2006
Amortização
Valor
Valor
Custo
286,9
acumulada
(195,7)
residual
91,2
residual
92,0
53,7
(49,0)
4,7
5,8
BAH
2.331,1
(416,4)
1.914,7
-
CBB
702,8
(595,0)
107,8
178,0
Astra
109,1
(54,5)
54,6
67,0
Gastos pré-operacionais
Gastos com implantação e ampliação
Ágios – rentabilidade futura (i):
Miranda Correa
Outros ágios
Outras despesas diferidas
5,5
(3,0)
2,5
-
44,0
(31,6)
12,4
20,5
162,5
(126,8)
35,7
65,7
3.695,6
(1.472,0)
2.223,6
429,0
(i) Os ágios reclassificados para o diferido (decorrentes de controladas incorporadas) são fundamentados nas projeções de resultados futuros das
operações que sustentaram sua geração.
AmBev Relatório Anual 2007
83
Notas explicativas
às demonstrações contábeis
para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006
(Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo)
8. EMPRÉSTIMOS, FINANCIAMENTOS E DEBÊNTURES
Taxa
Vencimento
Modalidade e finalidade
final
Controladora
Média
Circulante
Ponderada
Moeda
Longo prazo
2007
2006
2007
2006
Em reais
Incentivos fiscais de ICMS
Dez/2017
3,34%
R$
45,4
102,4
169,6
160,5
Investimentos no permanente
Dez/2011
TJLP + 3,86%
R$
163,4
167,1
194,8
331,7
Capital de Giro
Jan/2008
103,50% CDI
R$
46,8
-
-
-
Credito Agroindustrial
Dez/2009
94,00% CDI
R$
-
-
85,3
-
Credito Agroindustrial
Abr/2009
TR + 9,00%
R$
-
-
391,4
-
Capital de giro
Jan/2008
6,47%
USD
24,8
-
-
-
Capital de giro
Jan/2008
5,26%
EUR
438,8
-
-
-
Capital de giro
Mar/2008
2,18%
YEN
379,0
901,0
-
-
Financiamento de importação
Mar/2008
5,80%
USD
50,7
-
-
-
Bond 2011
Dez/ 2011
10,50%
USD
4,6
5,5
885,6
1.069,0
Bond 2013
Set/ 2013
8,75%
USD
26,8
32,4
885,6
1.069,0
Investimentos no permanente
Jan/ 2011
9,89%
UMBNDES
Em moeda estrangeira
Total empréstimos e financiamentos
20,9
31,4
21,2
45,3
1.201,2
1.239,8
2.633,5
2.675,5
Debêntures 2009 (Nota 8 (f))
Jul/ 2009
101,75% CDI
R$
21,9
25,9
817,0
817,0
Debêntures 2012 (Nota 8 (f))
Jul/ 2012
102,50% CDI
R$
33,6
40,0
1.248,1
1.248,1
55,5
65,9
2.065,1
2.065,1
1.256,7
1.305,7
4.698,6
4.740,6
Total debêntures
Total
Taxa
Vencimento
Modalidade e finalidade
final
Consolidado
Média
Circulante
Ponderada
Moeda
Longo prazo
2007
2006
2007
2006
Em reais
Incentivos fiscais de ICMS
Dez/2017
3,34%
R$
45,5
103,6
174,1
161,9
Investimentos no permanente
Dez/2011
TJLP + 3,86%
R$
190,6
167,1
204,3
331,7
Capital de Giro
Jan/2012
14,28%
R$
74,6
63,8
1.190,9
619,5
Crédito Agroindustrial
Dez/2009
94,00% CDI
R$
-
-
85,3
-
Crédito Agroindustrial
Abr/2009
TR + 9,00%
R$
-
-
391,3
-
Bond 2017 (Nota 8 (g))
Jul/2017
9,50%
R$
12,3
-
300,0
-
84
Taxa
Vencimento
Modalidade e finalidade
Consolidado
Média
final
Circulante
Ponderada
Moeda
Longo prazo
2007
2006
2007
2006
Em moeda estrangeira
Capital de giro
Set/2011
6,34%
USD
84,6
118,2
46,5
94,1
Capital de giro
Jan/2008
5,26%
EUR
438,8
-
-
-
Capital de giro
Mar/2008
2,18%
YEN
379,1
901,0
-
-
Capital de giro
Out/2012
BA + 0,35%
CAD
-
16,0
325,0
605,8
Capital de giro
Jan/2008
12,60%
ARS
36,3
37,8
-
-
Capital de giro
Fev/2008
8,34%
UYU
4,6
10,9
-
-
Capital de giro
Set/2008
12,02%
VEB
117,6
57,9
-
87,4
Capital de giro
Dez/2008
7,69%
DOP
103,4
80,6
-
10,0
Capital de giro
Ago/2011
7,59%
GTQ
16,0
19,4
35,9
44,8
Capital de giro
Out/2010
6,60%
PEN
85,3
49,3
114,5
183,9
Capital de giro
Nov/2008
6,88%
BOB
28,7
22,7
-
-
Bond 2011
Dez/2011
10,50%
USD
4,6
5,5
885,6
1.069,0
Bond 2013
Set/2013
8,75%
USD
26,8
32,4
885,6
1.069,0
Financiamento de importação
Out/2011
5,49%
USD
101,4
41,9
3,5
8,1
Investimento no permanente
Mar/2012
7,28%
USD
68,8
149,6
227,6
379,4
Investimento no permanente
Jun/2012
10,25%
DOP
9,6
-
36,3
62,0
Investimento no permanente
Nov/2008
12,10%
ARS
132,9
106,3
-
19,4
Investimento no permanente
Jan/2011
9,89%
UMBNDES
20,9
31,3
21,1
45,4
Notes – Série A (Nota 8 (d) ii)
Jul/ 2008
6,56%
USD
287,1
-
-
345,1
Notes – Série B (Nota 8 (d) ii)
Jul/ 2008
6,07%
CAD
90,3
-
-
91,8
Sênior Notes – BRI (Nota 8 (d))
Dez/ 2011
7,50%
CAD
-
-
160,3
163,0
Outros
Mar/2012
12,17%
ARS
8,9
4,5
12,0
5,3
Outros
Jun/2008
5,19%
PYG
49,2
-
-
-
Outros
Dez/2016
5,88%
USD
2,9
18,9
211,0
0,3
5.396,9
Total empréstimos e financiamentos
2.420,8
2.038,7
5.310,8
Debêntures 2009 (Nota 8 (f))
Jul/2009
101,75% CDI
R$
21,9
25,9
817,1
817,1
Debêntures 2012 (Nota 8 (f))
Jul/2012
102,50% CDI
R$
33,6
40,0
1.248,0
1.248,0
Total debêntures
Total
55,5
65,9
2.065,1
2.065,1
2.476,3
2.104,6
7.375,9
7.462,0
Abreviaturas utilizadas:
• EUR – Euro Com. Européia
• YEN – Iêne Japonês
• ARS – Peso Argentino
• BOB – Peso Boliviano
• UYU – Peso Uruguaio
• PYG – Guaranis Paraguaios
• BA – Bankers Acceptance – Correspondente a 4,786 % a.a. em 31.12.07
• TJLP - Taxa de Juros a Longo Prazo – correspondente 6,25% a.a. em 31.12.07
• CDI – Certificado de Depósito Interbancário – correspondente a 11,12% a.a em 31.12.07
• UMBNDES – Taxa incidente sobre financiamentos do BNDES atrelados a Cesta de Moedas
AmBev Relatório Anual 2007
85
Notas explicativas
às demonstrações contábeis
para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006
(Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo)
a) Garantias
Os empréstimos e financiamentos tomados para ampliação, construção de fábricas e aquisição de equipamentos estão garantidos por hipoteca dos
imóveis das fábricas e alienação fiduciária de equipamentos. Vide Nota explicativa 6 (b).
As subsidiárias da AmBev, com exceção das operações da Labatt e Quinsa, possuem contratos de dívidas e compras de matérias primas garantidas
por avais ou fianças da AmBev.
b) Vencimentos
Em 31 de dezembro de 2007, os empréstimos, os financiamentos e debêntures a longo prazo vencem conforme demonstrado a seguir:
Controladora
Consolidado
2009
1.403,1
1.495,8
2010
105,4
248,9
2011
896,7
1.803,3
2012
1.248,0
2.271,7
2013 em diante
1.045,3
1.556,2
4.698,5
7.375,9
c) Incentivos fiscais de ICMS
Controladora
Consolidado
2007
2006
2007
2006
Financiamentos
45,4
Diferimento de impostos sobre vendas
22,4
102,4
45,5
103,6
16,5
24,1
16,5
Financiamentos
169,6
160,5
174,1
161,9
Diferimento de impostos sobre vendas
450,2
405,7
617,4
405,7
Passivo circulante
Passivo não circulante
Os saldos classificados em financiamentos referem-se a programas oferecidos por determinados Estados, pelos quais o pagamento de uma porcentagem do
ICMS devido é financiado pelo agente financeiro ligado ao Estado, em média, por um período de seis anos a partir da data do vencimento original do ICMS.
Os demais saldos referem-se a diferimento financiado do ICMS devido, por prazos de até doze anos, como parte de programas de incentivo à indústria. As
porcentagens diferidas podem ser fixas ao longo do programa ou variar regressivamente, desde 75% no primeiro ano a 40% no último ano, sendo os valores
diferidos indexados parcialmente por 60% até 80% de um índice geral de preços. A parcela do diferimento de imposto sobre vendas está classificada no
passivo circulante, na rubrica "Demais tributos e contribuições a recolher".
86
d) Labatt Canadá
(i) Capital de giro
Em 26 de junho de 2006, foi contratado um empréstimo de R$717,2 com amortizações de juros semestrais à taxa fixa de 15,88% ao ano e data de vencimento
do principal em 20 de junho de 2011.
Em 14 de janeiro de 2007, foi contratado um empréstimo de R$473,7 com amortizações de juros semestrais à taxa fixa de 12,13% ao ano e data de
vencimento do principal em 18 de janeiro de 2012.
(ii) Senior notes
Em 23 de julho de 1998, a Labatt Canadá firmou um contrato para empréstimo de US$162 milhões, representado por Notas Bancárias da Série A (Notes
– Serie A), e de CAD$50 milhões, em Notas Bancárias da Série B (Notes – Serie B), contratados de um grupo de investidores institucionais. As Notas estão
sujeitas às seguintes taxas fixas de juros: (a) 6,56% ao ano, sobre a parte em dólares norte-americanos; e (b) 6,07% ao ano, sobre a parte em dólares
canadenses.
Em 15 de junho de 2001, a Brewers Retail Inc (“BRI”), empresa consolidada proporcionalmente pela Labatt Canadá, firmou um contrato para
empréstimo de CAD$200 milhões, através de Senior Notes (“Senior Notes – BRI”), com um grupo de investidores institucionais.
e) Cláusulas contratuais
Em 31 de dezembro de 2007, a Companhia e suas controladas atendem os compromissos contratuais de suas operações significativas de empréstimos
e financiamentos, ou possuem uma concordância da contra-parte em relação a eventual desenquadramento.
f) Debêntures
Em 1º julho de 2006, a Companhia efetuou emissão de duas séries de debêntures simples e não conversíveis em ações, sendo a primeira série
(“Debênture 2009”) no montante equivalente a R$817,0, com incidência de juros de 101,75% do CDI ao ano, amortizados trimestralmente a partir
de 1º de outubro de 2006, e vencimento final em julho de 2009, e a segunda série (“Debênture 2012”) no montante equivalente a R$1.248,0, com
incidência de juros de 102,50% do CDI ao ano, amortizados trimestralmente a partir de 1º de outubro de 2006, e vencimento final em julho de 2012.
Os recursos obtidos com a emissão das debêntures foram utilizados para pagamento da aquisição das ações de titularidade da BAC de emissão da
Quinsa.
g) Bond 2017
Em 24 de julho de 2007, a AmBev através de sua subsidiária integral AmBev International Finance Co. Ltd (“AmBev International”), emitiu R$300,0
(“Bond 2017”) em títulos denominados em reais com juros fixos de 9,50% ao ano amortizados semestralmente e vencimento em 24 de julho de 2017.
Estes títulos serão total e incondicionalmente garantidos pela AmBev. Os pagamentos de juros e principal serão em dólares norte-americanos, de acordo
com a taxa de câmbio da data do respectivo pagamento.
AmBev Relatório Anual 2007
87
Notas explicativas
às demonstrações contábeis
para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006
(Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo)
9. CONTINGÊNCIAS
Controladora
2007
Provisões
PIS e COFINS
ICMS e IPI
2006
Depósito
Provisões
Provisões
Líquidas
Judicial
Líquidas
40,4
(40,4)
-
-
168,5
(1,6)
166,9
158,3
IRPJ e CSLL
56,4
(0,4)
56,0
46,9
Trabalhistas
208,7
(129,6)
79,1
85,9
90,9
(6,3)
84,6
130,6
564,9
(178,3)
386,6
421,7
Depósito
Provisões
Provisões
Líquidas
Outros
Total
Consolidado
2007
Provisões
PIS e COFINS
ICMS e IPI
2006
Judicial
Líquidas
70,6
(53,9)
16,7
14,4
430,9
(1,5)
429,4
177,5
IRPJ e CSLL
80,4
(0,4)
80,0
67,1
Trabalhistas
273,2
(135,3)
137,9
135,1
Outros
Total
152,6
(8,2)
144,4
184,8
1.007,7
(199,3)
808,4
579,1
Controladora
Atualização
Saldo em
monetária
Saldo em
2006
Adições
Reversões
Pagamentos
e cambial
2007
72,9
-
(35,1)
-
2,6
40,4
ICMS e IPI
168,9
28,5
(54,2)
(6,5)
31,8
168,5
IRPJ e CSLL
47,2
0,6
(1,5)
(0,1)
10,2
56,4
Trabalhistas
187,8
103,9
(31,8)
(51,1)
-
208,7
PIS e COFINS
Outros
141,2
26,5
(17,7)
(63,4)
4,2
90,9
Total contingências
618,0
159,5
(140,3)
(121,1)
48,8
564,9
(196,3)
(56,8)
71,9
13,1
(10,2)
(178,3)
421,7
102,7
(68,4)
(108,0)
38,6
386,6
(-) Depósitos judiciais
Total contingências, líquido
88
Consolidado
Atualização
Saldo em
2006
PIS e COFINS
monetária
Adições
Reversões
Pagamentos
Saldo em
e cambial
2007
98,6
7,2
0,6
(41,2)
-
5,3
70,5
ICMS e IPI
188,2
239,7
41,7
(63,4)
(12,3)
37,0
430,9
IRPJ e CSLL
67,5
-
6,6
(7,9)
(0,2)
14,4
80,4
Trabalhistas
245,5
0,7
149,5
(59,5)
(61,7)
(1,2)
273,3
Outros
196,8
3,4
75,8
(44,1)
(77,0)
(2,3)
152,6
Total contingências
796,6
251,0
274,2
(216,0)
(151,2)
53,2
1.007,7
(-) Depósitos judiciais
(217,5)
(1,0)
(58,0)
77,2
13,6
(13,6)
(199,3)
579,1
250,0
216,2
(138,9)
(137,6)
39,6
808,4
Total contingências, líquido
Natureza dos principais passivos associados a questionamentos fiscais e provisões para contingências:
a) PIS e COFINS
A Companhia e suas controladas propuseram ações específicas com a finalidade de garantir o direito de recolhimento de PIS e COFINS sobre o
faturamento, desonerando-a do recolhimento dessa contribuição sobre outras receitas nos termos previstos da Lei 9718/98.
Com o advento e promulgação da Lei nº 10.637/02 e Lei no 10.833/03, a Companhia e suas controladas passaram a recolher a referida contribuição
nos moldes previstos na legislação em vigor.
Algumas ações foram julgadas de forma definitiva pelo Supremo Tribunal Federal e as provisões relativas a estes processos já solucionados foram
revertidas quando do trânsito em julgado.
b) ICMS e IPI
A Companhia possui diversos processos administrativos e judiciais referentes aos tributos de ICMS e IPI. Estes processos apresentam vários motivos, dentre os
quais compensações, cumprimento de liminares judiciais para não recolhimento de imposto, creditamentos, entre outros.
Os valores de contingências referentes a ICMS e IPI tiveram um sensível aumento após a aquisição de Cintra.
c) Trabalhistas
A Companhia e suas controladas estão envolvidas em aproximadamente 4.100 processos trabalhistas, considerados como prováveis de perda, com
ex-empregados, relacionados, principalmente, com horas extras, demissões, verbas rescisórias e benefícios, entre outros.
d) Outros processos
A Companhia e suas controladas receberam autos de infração e/ou NFLDs movidas pelo Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS. Estes processos
questionam, entre outros assuntos, a incidência da contribuição sobre os pagamentos de PLR, bem como a retenção desta sobre pagamentos à
fornecedores de serviços.
AmBev Relatório Anual 2007
89
Notas explicativas
às demonstrações contábeis
para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006
(Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo)
A Companhia e suas controladas estão envolvidas em alguns processos impetrados por ex-distribuidores cujos contratos foram rescindidos. A maior
parte destas ações está sendo julgada em primeira instância e apenas algumas estão nas cortes superiores.
A Companhia e suas controladas mantém ainda em andamento outros processos cuja materialização, na avaliação dos seus consultores jurídicos, é
possível de perda, mas não provável. Para estes processos abaixo demonstrados, a administração da Companhia entende não ser necessária a
constituição de provisão para eventual perda:
Controladora
Consolidado
2007
2006
2007
2006
PIS e Cofins
236,1
224,7
289,8
277,0
ICMS e IPI
644,3
823,4
768,3
973,3
IRPJ e CSLL
524,9
421,4
3.319,0
3.051,3
Trabalhistas
84,9
105,6
95,7
118,9
Cíveis
192,0
944,1
239,3
998,5
Outros
234,6
396,6
317,8
457,5
1.916,8
2.915,8
5.029,9
5.876,5
Total
Em 31 de dezembro de 2007, a Companhia e suas controladas não possuem contingências de natureza ativa cuja probabilidade de ganho seja provável
para serem divulgadas.
a) Lucros auferidos no exterior
Durante 2004 e 2005, a Companhia e suas controladas receberam autuações, relacionadas com o entendimento das autoridades fiscais acerca da legislação
brasileira que trata da tributação no Brasil de lucros obtidos por controladas ou coligadas estabelecidas fora do país.
Baseada na opinião de seus consultores jurídicos, a administração da Companhia entende que tais autuações foram efetuadas com base em uma análise
equivocada da legislação acima referida porque, dentre outros pontos: (i) considera hipótese de disponibilização que não existia na legislação vigente no
período referente à autuação; (ii) desconsidera a existência de tratado para evitar dupla tributação, firmado entre Brasil e Espanha; e (iii) por equívoco na
apuração dos valores supostamente devidos.
A Companhia, baseada na opinião de seus consultores jurídicos, não efetuou provisionamento em relação a essas autuações fiscais, as quais totalizam
R$4.443,7 em 31 de dezembro de 2007. Considerando esses fatores, bem como o fato do assunto em questão ainda não ter sido objeto de apreciação
em última instância por parte do Poder Judiciário, a Companhia, baseada na opinião de seus consultores juridicos, considerou que o montante de
R$3.014,9 envolve uma probabilidade de perda possível, enquanto que o montante de R$1.428,8 representa probabilidade remota de perda.
b) Labatt Canadá
Alguns produtores de cerveja e bebidas alcoólicas dos Estados Unidos, Canadá e Europa, foram envolvidos em ações coletivas de perdas e danos
impetradas sob a alegação de marketing de bebidas alcoólicas para consumidores menores de idade. A Labatt Canadá foi envolvida em três dessas
ações, e para duas dessas ações foi excluída do pólo passivo. A Labatt Canadá continuará vigorosamente defendendo essas ações, sendo que nesse
momento não é possível estimar a probabilidade de perda ou estimar o seu montante.
90
Adicionalmente, a Labatt Canadá foi autuada pelo Governo Canadense em relação à taxa de juros, débitos, honorários e outras transações com partes
relacionadas que foram praticadas no passado.
O valor da exposição pode chegar a CAD$ 230,0, equivalente a R$415,3 em 31 de dezembro de 2007 (CAD$200,0, equivalente a R$367,2 em 31 de
dezembro de 2006). Caso a Labatt Canadá seja obrigada a pagar esse montante, CAD$120,0 será reembolsado pela InBev, equivalente a R$216,7,
sendo que o restante, totalizando CAD$110,0, equivalente a R$198,6, encontra-se provisionado na Labatt Canadá na rubrica "Outros passivos
circulantes".
c) Bônus de subscrição de ações
Determinados detentores do bônus de subscrição da Companhia emitidos em 1996 para exercício em 2003, propuseram ações judiciais para subscrever as ações
correspondentes por valor inferior ao que a Companhia entende como estabelecido no momento da emissão do bônus, e ainda receber os dividendos
correspondentes a estas ações desde o exercício de 2003 (hoje em valor aproximado de R$92,5), além de custas e honorários advocatícios.
Caso a Companhia venha a perder a totalidade das referidas ações judiciais, seria necessária a emissão de 5.536.919 ações preferenciais e 1.376.344 ações
ordinárias, recebendo em contra-partida recursos substancialmente inferiores ao valor de mercado das ações.
10. PROGRAMAS SOCIAIS
a) Instituto AmBev de Previdência Privada (“IAPP”)
A AmBev e suas controladas no Brasil têm dois planos de benefícios previdenciários: um no modelo de contribuição definida (aberto a novas adesões) e outro
no modelo de benefício definido (fechado para novas adesões desde maio de 1998), existindo a possibilidade de migração do plano de benefício definido para
o de contribuição definida. Esses planos são custeados pelos participantes e patrocinadora, e são administrados pelo IAPP, cujo objetivo principal é complementar
os benefícios de aposentadoria de seus empregados e administradores. No exercício findo em 31 de dezembro de 2007, a Companhia e suas controladas
contribuíram com R$6,1 (R$5,7 em 31 de dezembro de 2006) ao IAPP.
Com base no relatório do atuário independente, a posição dos planos do IAPP em 31 de dezembro é a seguinte:
Valor justo dos ativos
Valor presente da obrigação atuarial
Superávit de ativos – IAPP
2007
2006
982,3
857,7
(602,9)
(555,3)
379,4
302,4
O superávit de ativos do IAPP está reconhecido pela Companhia em suas demonstrações contábeis, em 31 de dezembro de 2007, no montante de
R$18,5 (R$17,0, em 31 de dezembro de 2006), na conta "Outros ativos", valor estimado como o limite máximo da sua utilização futura, considerando
também as restrições legais que impedem o retorno de eventual superávit atuarial remanescente no momento do encerramento do IAPP, e para o qual
não houve o uso por meio do pagamento de benefícios previdenciários.
AmBev Relatório Anual 2007
91
Notas explicativas
às demonstrações contábeis
para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006
(Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo)
b) Benefícios de assistência médica e outros providos diretamente pela Companhia e controladas
A Companhia e suas controladas provém, diretamente, benefícios de assistência médica, reembolso de gastos com medicamentos e outros para aposentados,
não sendo concedidos tais benefícios para novas aposentadorias. Em 31 de dezembro de 2007, os saldos de R$97,4 e R$224,2, respectivamente, da
Controladora e Consolidado (R$87,4 e R$326,6 da Controladora e Consolidado respectivamente, em 31 de dezembro de 2006), estão reconhecidos nas
demonstrações contábeis da Companhia na conta "Outros", no Exigível a longo prazo, nos seguintes montantes:
Plano
Benefício Pós-
de Pensão
Valor presente da obrigação atuarial
Valor justo dos ativos
Aposentadoria
Labatt
Labatt
AmBev
Total
1.859,9
279,6
163,8
2.303,4
(1.640,6)
-
-
(1.640,6)
219,3
279,6
163,8
662,8
Ajustes atuariais não amortizados
(346,8)
(70,2)
(66,4)
(483,5)
Sub-total
(127,5)
209,4
97,4
179,3
-
-
-
44,9
(127,5)
209,4
97,4
224,2
Déficit do plano
Plano de distribuidores (i)
Total
(i) A obrigação referente ao plano de distribuidores representa a participação pró-rata da Labatt Canadá sobre as obrigações desses planos que serão
custeados pela Labatt Canadá através da alocação de custos de serviços dessas afiliadas.
A movimentação da provisão para benefícios de assistência médica e outros, conforme relatório do atuário independente, foi a seguinte:
AmBev
Saldo em 31 de dezembro de 2006
Encargos financeiros/despesas incorridas
Variação cambial
Ajuste atuarial
Pagamento de benefícios
Saldo em 31 de dezembro de 2007
92
Labatt
Total
87,4
239,2
326,6
17,4
159,9
177,3
-
(3,8)
(3,8)
-
(90,6)
(90,6)
(7,4)
(177,9)
(185,3)
97,4
126,8
224,2
c) Fundação Antônio e Helena Zerrenner Instituição Nacional de Beneficência – FAHZ
Entre as principais finalidades da FAHZ está a de proporcionar a funcionários e administradores das patrocinadoras assistência médico-hospitalar e odontológica,
auxiliar em cursos profissionalizantes e superiores, manter estabelecimentos para auxílio e assistência a idosos, entre outros, por meio de ações diretas ou
mediante convênios de auxílios financeiros a quaisquer entidades.
A movimentação do passivo atuarial da FAHZ, conforme relatório do atuário independente, foi a seguinte:
Saldo em 31 de dezembro de 2006
Encargos financeiros incorridos
215,8
36,8
Pagamento de benefícios
(27,7)
Saldo em 31 de dezembro de 2007
224,9
O passivo atuarial referente aos benefícios providos pela FAHZ foi integralmente compensado por seus ativos em 31 de dezembro de 2007 na mesma
data, e o excesso de saldo de ativos não foi reconhecido pela Companhia em suas demonstrações contábeis em virtude da possibilidade de destinação
de seu uso para outros fins que não exclusivamente relativos ao pagamento de benefícios.
d) Premissas atuariais
As premissas de médio e de longo prazos, adotadas pelo atuário independente nos cálculos de obrigação atuarial foram as seguintes:
Percentual anual (em termos nominais)
AmBev
2007
Taxa de desconto
Labatt
2006
2007
2006
10,8
10,8
5,3
5,0
Taxa de retorno esperado dos ativos
9,6
13,9
7,4
7,4
Crescimento do componente de remuneração
7,1
7,1
3,0
3,0
Crescimento dos custos dos serviços médicos
7,1
6,5
8,5
2,5
AmBev Relatório Anual 2007
93
Notas explicativas
às demonstrações contábeis
para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006
(Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo)
11. PATRIMÔNIO LÍQUIDO
a) Capital social subscrito e integralizado
Em 31 de dezembro de 2007, o capital social da Companhia, no montante de R$6.105,2, estava representado por 624.417 mil ações, sendo 345.055
mil ações ordinárias e 279.362 mil ações preferenciais, todas nominativas e sem valor nominal.
Em AGE, realizada em 29 de junho de 2007, os acionistas da Companhia aprovaram o grupamento de ações representativas do capital social da
AmBev na proporção de 100 ações existentes para 1 ação do capital após o grupamento, sem modificação do capital social. Tendo em vista os ADRs
da Companhia também representarem 100 ações, os mesmos serão negociados sem alteração, passando apenas, cada 1 ADR, a representar 1 ação
preferencial ou ordinária, conforme for o caso.
Em RCA de 26 de junho de 2007, a Companhia aumentou seu capital no montante de R$128,3, mediante a emissão de 43.427 mil ações ordinárias
e 79.944 mil ações preferenciais, em decorrência das deliberações da AGO/E de 27 de abril de 2007.
Em 8 de maio de 2007, a Companhia aumentou seu capital no montante de R$12,0, sem emissão de ações, mediante capitalização da reserva de Incentivo
Fiscal – Reinvestimento de Imposto de Renda.
Em AGO/E de 27 de abril de 2007, a Companhia efetuou os seguintes aumentos no seu capital: (i) R$74,6, sem emissão de ações, mediante a capitalização de
30% do benefício fiscal auferido pela Companhia com a amortização parcial da reserva especial de ágio; e (ii) R$174,2, mediante a emissão de 118.857 mil
ações ordinárias e 55.148 mil ações preferenciais, integralizadas com a capitalização parcial do benefício fiscal auferido pela Companhia com a amortização
parcial da Reserva Especial de Ágio.
b) Movimentações de ações do capital subscrito ocorridas durante o exercício de 2007:
Quantidade de ações - lotes de mil
Descrição
Preferenciais
Ordinárias
Total
29.957.173
34.501.039
64.458.212
AGE de 27.04.07
55.148
118.857
174.005
RCA de 26.06.07
79.944
43.427
123.371
Em 31 de dezembro de 2006
Aumentos:
Cancelamentos:
AGE de 09.04.07
(1.192.508)
(65.367)
(1.257.875)
AGE de 29.06.07
(963.506)
(92.484)
(1.055.990)
Saldo em 31 de julho de 2007
Grupamento de ações (*)
Em 31 de dezembro de 2007
27.936.251
34.505.472
62.441.723
(27.656.889)
(34.160.417)
(61.817.306)
279.362
345.055
624.417
(*) Grupamento de ações na proporção de 100 por 1 – vide Nota 11 (a)
94
c) Capital autorizado
A Companhia está autorizada a aumentar o seu capital social até o limite de 700.000 mil ações, independentemente de reforma estatutária, mediante
deliberação do Conselho de Administração, que deliberará sobre as condições de integralização, as características das ações a serem emitidas e o preço
de emissão, bem como estabelecerá se o aumento se dará por subscrição pública ou particular.
d) Destinações do lucro do exercício e constituição de reservas estatutárias
O estatuto social da Companhia prevê a seguinte destinação do lucro líquido do exercício, após as deduções previstas em lei:
i. Percentual de 35% para pagamento de dividendos obrigatórios a todos os seus
acionistas. Consoante determinação legal, as ações preferenciais
fazem jus a um dividendo 10% superior às ações ordinárias.
ii. Montante não superior a 68,875% do lucro líquido, para a constituição de reserva para investimentos, com o objetivo de financiar a expansão das
atividades da Companhia e de suas controladas, até mesmo para a subscrição de aumentos de capital ou a criação de empreendimentos. Essa reserva
não poderá ultrapassar 80% do capital social. Atingindo esse limite, caberá à Assembléia Geral deliberar sobre o saldo, procedendo à sua distribuição
aos acionistas ou ao aumento de capital.
iii. Distribuição aos funcionários de até 10% do lucro líquido do exercício, com base em critérios predeterminados. Aos administradores é atribuída a
participação até o limite máximo legal.
A participação nos lucros está condicionada ao alcance das metas coletivas e individuais previamente fixadas pelo Conselho de Administração no
início do exercício.
e) Dividendos propostos
Cálculo do percentual dos dividendos aprovados pelo Conselho de Administração sobre o lucro líquido dos exercícios findos em 31 de dezembro:
2007
2006
2.816,4
2.806,3
-
-
Base de cálculo dos dividendos
2.816,4
2.806,3
Dividendos/juros sobre o capital próprio pagos
1.925,8
1.473,1
Lucro líquido do exercício
Reserva legal (5%) (i)
(-) Imposto de renda na fonte
(316,2)
(173,6)
Total de dividendos distribuídos
1.609,6
1.299,5
57,15
46,31
Ordinárias
1.867,36
17,77
Preferenciais
2.054,10
19,54
Percentual dos dividendos sobre a base de cálculo - %
Dividendos líquidos por lote de mil ações em circulação (excluídas as ações em tesouraria) – R$
(i) A reserva legal deixou de ser constituída, considerando-se o disposto na legislação societária, que determina que tal reserva pode deixar de ser
constituída quando, somada às reservas de capital, exceder a 30% (trinta por cento) do capital social da Companhia.
AmBev Relatório Anual 2007
95
Notas explicativas
às demonstrações contábeis
para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006
(Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo)
f) Juros sobre o capital próprio
As companhias têm a opção legal de atribuir aos acionistas juros calculados com base na TJLP sobre o patrimônio líquido, que são dedutíveis para fins
tributários, podendo ser computados nos dividendos obrigatórios quando distribuídos.
Embora registrados nos livros contábeis e fiscais como receita financeira, quando declarados por controladas e coligadas, e despesa financeira, por
ocasião da apropriação dos valores a pagar aos acionistas, esses juros são reclassificados para o patrimônio líquido e demonstrados como dividendos
para fazer refletir a essência da transação, portanto, são considerados como dividendos recebidos e pagos e não transitam pelo resultado.
Consequentemente, nas demonstrações contábeis, os lançamentos mencionados anteriormente são reclassificados, ou seja, os juros sobre o capital
recebidos ou a receber são creditados à conta de investimentos e os juros sobre o capital pagos ou a pagar são registrados a débito de lucros
acumulados.
Os juros sobre o capital próprio e dividendos não reclamados no prazo de 3 anos, a contar da data do início do pagamento, prescrevem e são revertidos
a favor da Companhia (Lei n° 6.404/76, artigo 287, inciso II, item a).
g) Ações em tesouraria
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2007, a Companhia adquiriu no mercado 21.884 mil ações preferenciais, ao custo médio ponderado
de R$122,00, sendo o custo máximo de R$145,00, o custo mínimo de R$102,00 e 2.267 mil ações ordinárias, ao custo médio ponderado de R$114,44,
sendo o custo máximo de R$137,00 e o custo mínimo de R$92,10.
A movimentação das ações em tesouraria da Companhia durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2007 foi a seguinte:
Quantidade de ações - lotes de mil
Descrição
Em 31 de dezembro de 2006
Grupamento de ações (*)
Preferenciais
Ordinárias
Total
Milhões R$
704.125
34.694
738.819
940,7
(697.084)
(34.347)
(731.431)
-
Movimentação ocorrida durante o período:
Recompra de ações do Plano
Aquisições de ações - Mercado
Cancelamentos de ações
Transferência ações para acionistas do Plano de ações
Em 31 de dezembro de 2007
917
278
1.195
117,3
21.884
2.267
24.151
2.955,8
(21.560)
(1.578)
(23.138)
(2.760,4)
(614)
(123)
(737)
(94,5)
7.668
1.191
8.859
1.158,9
(*) Grupamento de ações na proporção de 100 por 1 – vide Nota 11 (a)
Em 12 de dezembro de 2007, foi aprovado o encerramento do programa de recompra de ações lançado em 20 de agosto de 2007. Nesta mesma data,
a Companhia lançou novo programa de recompra de ações ordinárias e preferenciais de sua emissão, até o montante de R$500,0 com vencimento
em 06 de dezembro de 2008, em conformidade com a Instrução CVM n° 10/80 e suas alterações posteriores.
96
12. PLANO DE COMPRA DE AÇÕES (“PLANO”)
A AmBev tem um plano para aquisição de ações por funcionários, visando alinhar seus interesses com os dos acionistas. O Plano é administrado pelo Conselho
de Administração. O Conselho de Administração cria, periodicamente, programas de compra de ações, definindo seus termos e os funcionários a serem
beneficiados, e estabelece o preço pelo qual as ações serão adquiridas.
As opções concedidas a partir de 2006 tem prazo de carência de 5 anos e expiram, impreterivelmente, 10 anos após a sua concessão. Na hipótese de término
da relação de emprego, os direitos às opções de compra de ações sob determinadas condições são extintos; quanto às ações adquiridas pelo empregado, a
Companhia tem o direito de recomprá-las com base nas premissas estabelecidas no Plano.
Não é mais facultado aos beneficiários dos direitos de compra de ações concedidas a partir de 2003, a opção pelo financiamento das compras de ações. Em
31 de dezembro de 2007, o saldo em aberto dos financiamentos refere-se aos planos concedidos anteriormente a 2003 e totaliza R$41,6 no consolidado
(R$72,7 em 31 de dezembro de 2006). Os financiamentos são garantidos pelas ações financiadas.
A movimentação das opções de compra de ações no exercício findo em 31 de dezembro de 2007 foi a seguinte:
Opção de compra – lotes de mil ações
2007
Descrição
2006
Preferenciais
Ordinárias
Preferenciais
Ordinárias
237.478
33.825
365.101
73.020
(235.103)
(33.487)
-
-
Exercidas
(614)
(123)
(155.553)
(31.110)
Canceladas
(350)
(60)
(41.576)
(8.085)
Concedidas
583
-
69.506
-
1.994
155
Saldo de opções de compra de ações
exercíveis no ínicio do exercício
Grupamento de ações (*)
Movimentação ocorrida durante o período:
Saldo de opções de compra de ações
exercíveis ao final do exercício
33.825
(*) Grupamento de ações na proporção de 100 por 1 – vide Nota 11 (a)
AmBev Relatório Anual 2007
97
Notas explicativas
às demonstrações contábeis
para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006
(Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo)
13. TESOURARIA
a) Considerações gerais
A Companhia e suas controladas mantém determinados valores de caixa e equivalentes em moedas estrangeiras, assim como realizam operações de
swap de moedas e juros e operações de commodities e forward de moeda, com o objetivo de proteger-se dos efeitos de variações das taxas de câmbio
sobre a exposição consolidada em moedas estrangeiras, de flutuações em taxas de juros e das oscilações dos preços de matérias-primas, principalmente
alumínio, açúcar e trigo.
Os instrumentos acima mencionados são contratados com a finalidade de proteção, o que não impede que seus resgates possam ocorrer a qualquer
momento, embora seja real a intenção de a Companhia levá-los até o vencimento da operação a ser protegida.
b) Derivativos
A Companhia, com o objetivo de minimizar riscos de exposição a certas flutuações de mercado nas taxas de câmbio, juros e em commodities, contrata
operações de derivativos. Em 31 de dezembro de 2007, os montantes contratados de instrumentos financeiros de derivativos são como segue na tabela
abaixo:
Descrição
2007
2006
Reais/US$
2.412,6
3.086,5
Reais/Iêne
339,4
622,0
Reais/Euros
494,7
-
55,1
78,3
159,6
249,1
1.485,3
825,4
700,8
(137,5)
751,3
508,4
314,2
314,2
Hedge de moedas (i)
Soles Peruanos/US$
Dólar canadense/US$
Dólar canadense/R$
Hedge de juros (i)
CDI x Pre
Juros Pré / Bankers
Acceptance Canadense
Hedge de commodities (i)
Alumínio
Açúcar
Trigo
Milho
94,0
126,6
(23,9)
(76,8)
-
2,2
6.783,1
5.598,4
(i) As operações acima foram apuradas com base no valor de mercado de instrumentos financeiros de hedge de moedas, taxa de juros e commodities.
98
Em 31 de dezembro de 2007, ganhos não realizados sobre rendimentos de natureza variável em operações de derivativos, de acordo com o previsto pela
legislação societária do Brasil, foram limitados ao menor valor entre a "curva" dos instrumentos e o respectivo valor de mercado.
Caso a Companhia tivesse registrado contabilmente seus instrumentos derivativos ao valor de mercado, teria contabilizado ao resultado do exercício
findo em 31 de dezembro de 2007 um ganho adicional no montante de R$164,8 (R$141,7 em 31 de dezembro de 2006), conforme demonstrado na
tabela a seguir:
Ganhos não
Realizados de
Natureza
Instrumentos financeiros
Contábil
Títulos públicos
Swaps / forwards
Forward R$ x CAD Labatt Canadá
Cross Currency Swap Labatt Canadá (*)
Mercado
variável
67,7
80,5
12,8
(322,5)
(316,8)
5,7
142,9
145,1
288,0
(139,2)
(135,8)
3,4
(248,9)
(84,1)
164,8
(*) Swaps para conversão das Notas tomadas a juros fixos em dólares dos Estados Unidos para juros flutuantes em dólares canadenses
(ii) Hedge de commodities e moedas
Essas operações tem como propósito específico minimizar a exposição da Companhia à flutuação de preços de matérias-primas denominadas em
moeda estrangeira a serem adquiridas. Os resultados líquidos, apurados ao valor de custo (equivalentes ao seu valor de mercado), dessas operações
são diferidos e reconhecidos no resultado quando houver a venda do produto correspondente.
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2007, foi registrado no resultado o seguinte efeito referente às operações hedge de moedas e
commodities, na conta "Custos dos produtos vendidos":
Diminuição (Aumento)
líquido no custo
Descrição
Hedge de moedas
Hedge de alumínio
Hedge de açúcar
Hedge de trigo
dos produtos vendidos
(195,9)
12,5
(53,9)
(4,4)
(241,7)
Em 31 de dezembro de 2007, perdas não realizadas no montante de R$126,4 foram diferidas em outros ativos. Esta perda será reconhecida a débito
do resultado da Companhia, sendo o montante de R$119,5 no custo dos produtos vendidos, quando houver a venda do produto acabado
correspondente e o saldo restante na despesa operacional por se tratar de hedge de despesa.
AmBev Relatório Anual 2007
99
Notas explicativas
às demonstrações contábeis
para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006
(Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo)
c) Passivos financeiros
Os passivos financeiros da Companhia, representados, principalmente, pelas operações de emissão de títulos de dívida externa e financiamentos para
importação, estão contabilizados a valor de custo, atualizados monetariamente às taxas iniciais dos juros contratadas, acrescidos de variações
monetárias e cambiais, conforme índices de fechamento de cada período.
Caso a Companhia tivesse adotado o critério de reconhecimento de seus passivos financeiros a valor de mercado, teria apurado uma perda adicional,
antes do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro de aproximadamente
R$466,5, em 31 de dezembro de 2007 (R$580,9 em 31 de
dezembro de 2006), conforme demonstrado na tabela a seguir:
Passivos financeiros
Contábil
Mercado
Notas Série A (i)
287,1
289,6
(2,5)
Notas Série B (ii)
90,3
90,7
(0,4)
(11,4)
Senior Notes - BRI (iii)
Diferença
160,3
171,7
Financiamentos internacionais (outras moedas) (iv)
1.828,9
1.828,9
-
Financiamentos em Reais
1.485,1
1.599,2
(114,1)
Crédito Agroindustrial (iv)
476,7
476,7
-
BNDES/FINEP/EGF (iv)
394,9
394,9
-
Resolução 63 / Compror 63 (iv)
893,3
893,3
-
Bond 2017
312,4
273,3
39,1
Bond 2011 e Bond 2013
1.802,7
2.179,9
(377,2)
Debêntures
2.120,5
2.120,5
-
9.852,2
10.318,7
(466,5)
(i) Notas Bancárias da Série A firmados pela Labatt Canadá em dólares americanos
(ii) Notas Bancárias da Série B firmados pela Labatt Canadá em dólares canadenses
(iii) Notas de Títulos Privados firmados pela Brewers Retail Inc.(BRI) e consolidadas proporcionalmente pela Labatt Canadá em dólares canadenses
(iv) Empréstimos para os quais o valor contábil e o valor de mercado são similares
O critério utilizado para apuração do valor de mercado dos títulos de dívida foi com base em cotações de corretores de investimento, em cotações dos
bancos que prestam serviços à AmBev e à Labatt Canadá e no valor de mercado secundário dos títulos na data-base de 31 de dezembro de 2007, sendo
de aproximadamente 116,75% do valor de face para o Bond 2011, 116,67% para o Bond 2013 e 86,91% para o Bond 2017 (120,75% para o Bond
2011 e 117,13% para o Bond 2013, em 31 de dezembro de 2006); para as Notas Série A e Notas Série B da Labatt Canadá, os preços foram apurados
com base no fluxo de caixa descontado a valor presente, utilizando-se taxas de mercado disponíveis para a Labatt Canadá para instrumentos similares.
100
d) Receitas e despesas financeiras
Controladora
Consolidado
2007
2006
2007
2006
-
-
(52,3)
(15,5)
25,0
56,1
95,3
111,1
16,0
24,9
48,0
29,9
10,0
Receitas financeiras
Variação cambial sobre aplicações financeiras
Juros sobre caixa e equivalentes
Encargos financeiros sobre impostos,
contribuições e depósitos judiciais
Resultado do plano de ações
Juros e variação cambial sobre mútuos
Outras
7,7
9,8
7,7
215,4
76,6
-
-
17,2
22,1
23,1
32,9
281,3
189,5
121,8
168,4
Despesas financeiras
Variação cambial sobre financiamentos
462,0
263,9
475,6
204,6
Perdas líquidas sobre instrumentos derivativos
(726,7)
(585,8)
(653,4)
(496,3)
Juros sobre dívidas em moeda estrangeira
(270,1)
(267,8)
(624,7)
(523,8)
Juros sobre dívidas em reais
(191,5)
(333,5)
(190,5)
(340,9)
Juros e variação cambial sobre mútuo
-
-
-
(1,8)
Impostos sobre transações financeiras
(100,2)
(99,2)
(121,2)
(131,8)
Encargos financeiros sobre contingências e outros
(49,2)
(50,2)
(64,1)
(59,8)
Outras
(40,4)
(23,9)
(46,1)
(46,3)
Resultado financeiro, líquido
(1.058,1)
(953,5)
(1.374,8)
(1.246,7)
(776,8)
(764,0)
(1.253,0)
(1.078,3)
e) Concentração de risco de crédito
Parte substancial das vendas da Companhia é feita a distribuidores, supermercados e varejistas, dentro de ampla rede de distribuição. O risco de
crédito é reduzido em virtude da grande pulverização da carteira de clientes e dos procedimentos de controle que o monitoram. Historicamente, a
Companhia não registra perdas significativas em contas a receber de clientes.
A fim de minimizar o risco de crédito de seus investimentos, a Companhia adotou políticas de alocação de caixa e investimentos, levando em
consideração limites e avaliações de créditos de instituições financeiras, não permitindo concentração de crédito, ou seja, o risco de crédito é
monitorado e minimizado pois as negociações são realizadas apenas com um seleto grupo de contrapartes altamente qualificado.
Na Labatt Canadá são firmados acordos de compensação com suas contrapartes que lhe permitem liquidar ativos e passivos financeiros derivativos
em caso de inadimplência.
AmBev Relatório Anual 2007
101
Notas explicativas
às demonstrações contábeis
para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006
(Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo)
14. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
a) Conciliação da despesa consolidada do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro com seus valores nominais
Lucro consolidado antes do imposto de renda e da contribuição social
Participações estatutárias e contribuições
Lucro consolidado, antes do imposto de renda, da contribuição social e da participação dos acionistas minoritários
Expectativa de despesa com imposto de renda e contribuição social a alíquotas nominais (34%)
2007
2006
4.526,0
4.307,3
(69,4)
(194,4)
4.456,6
4.112,9
(1.515,2)
(1.398,4)
(485,7)
(395,4)
Ajustes para obtenção da alíquota efetiva decorrentes de diferenças permanenes:
Amortização de ágio – parcela não dedutível (i)
Resultado de controladas no exterior não sujeitas à tributação
Juros sobre capital próprio (nota 11(f))
Ganhos patrimoniais em controladas
Variação cambial sobre investimentos
Adições e exclusões permanentes e outros
Despesa de imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro
25,3
42,4
368,6
500,9
78,1
58,5
(81,0)
(33,8)
17,0
(89,5)
(1.592,9)
(1.315,3)
(i) A amortização de ágio indedutível, contempla os efeitos da amortização do ágio da Labatt ApS na Labatt Canadá, no montante de R$1.129,4 no
período findo em 31 de Dezembro de 2007 (R$969,8, em 31 de Dezembro de 2006), gerando um efeito tributário, por não ser dedutível, no
montante de R$384,0 (R$ 329,7 em Dezembro de 2006).
b) Composição do benefício (despesa) com imposto de renda e contribuição social sobre o lucro líquido
Controladora
2007
Consolidado
2006
2007
2006
Corrente
(94,7)
63,6
(963,6)
(688,8)
Diferido
(520,2)
(460,4)
(629,3)
(626,5)
Total
(614,9)
(396,8)
(1.592,9)
(1.315,3)
c) Composição dos impostos diferidos
O imposto de renda e a contribuição social diferidos são registrados para refletir os efeitos fiscais futuros atribuíveis às diferenças temporárias entre
a base fiscal de ativos e passivos e seu respectivo valor contábil.
De acordo com a Instrução CVM nº 371, de 27 de junho de 2002, a Companhia, fundamentada na expectativa de geração de lucros tributáveis
futuros, determinada em estudo técnico aprovado pela Administração, reconheceu também os créditos tributários sobre prejuízos fiscais e bases
negativas de contribuição social de exercícios anteriores, que não possuem prazo prescricional e cuja compensação está limitada a 30% dos lucros
anuais tributáveis. O valor contábil do ativo fiscal diferido é revisado periodicamente e as projeções são revisadas anualmente, caso haja fatores
relevantes que venham a modificar as projeções, estas são revisadas durante o exercício pela Companhia.
102
O imposto de renda e a contribuição social diferidos têm a seguinte origem:
Controladora
Consolidado
2007
2006
2007
2006
60,0
69,1
157,0
98,3
350,8
350,8
350,8
350,8
Provisão para juros sobre capital próprio
-
22,1
-
22,1
Provisão para reestruturação
-
-
11,5
26,8
Provisão para participação dos empregados
29,4
54,0
32,3
57,4
Provisão para despesas de marketing e vendas
57,9
54,5
57,9
54,6
Outros
37,8
-
40,2
-
535,9
550,5
649,7
610,0
107,9
232,0
624,7
771,0
174,2
248,9
277,3
307,0
3,1
3,1
7,6
7,6
1.822,5
2.115,7
1.822,5
2.115,7
33,1
29,7
68,8
82,2
No ativo circulante
Prejuízos fiscais a compensar
Diferenças temporárias:
Ágio Rentabilidade Futura – Incorporações
No realizável a longo prazo
Prejuízos fiscais a compensar
Diferenças temporárias:
Provisões não dedutíveis
Prov. para perdas sobre incentivos fiscal
Ágio Rentabilidade Futura – Incorporações
Provisão para benefícios à empregados
Provisão para perdas imóveis destinados à venda
Provisão para perdas de “Hedge”
Provisão para perdas no recebimento de créditos
Outros
12,3
16,5
12,7
17,2
159,9
130,9
159,9
130,9
9,0
10,3
10,5
11,2
13,3
64,0
52,8
123,9
2.335,3
2.851,1
3.036,8
3.566,7
-
-
34,3
47,8
18,6
22,8
97,2
83,6
18,6
22,8
131,5
131,4
No exigível a longo prazo
Diferenças temporárias
Depreciação acelerada
Outras
A administração considera que os ativos diferidos decorrentes de diferenças temporárias serão realizados na proporção da solução final das
contingências e eventos que as originaram.
Baseada no estudo técnico das projeções de resultados tributáveis computados de acordo com a Instrução CVM nº 371, a Companhia estima recuperar
o crédito tributário decorrente de prejuízos acumulados da controladora e controladas localizadas no Brasil e no exterior, nos seguintes exercícios:
AmBev Relatório Anual 2007
103
Notas explicativas
às demonstrações contábeis
para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006
(Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo)
Valores expressos em milhões de reais
2009
2010
2011
2012
Total
297
243
24
61
625
O saldo de imposto de renda diferido ativo em 31 de dezembro de 2007 inclui o efeito total dos prejuízos fiscais das controladas brasileiras, inclusive os saldos
oriundos da aquisição da empresa Cervejarias Cintra Indústria e Comércio Ltda., ocorrida em maio de 2007, que são imprescritíveis, compensáveis com lucros
tributáveis futuros. Parte do benefício fiscal correspondente aos prejuízos fiscais de controladas no exterior não foi contabilizada como ativo, uma vez que a
administração não está segura de que sua realização seja provável.
Como o resultado do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro decorre não só do lucro tributável, mas também da estrutura tributária e societária
da Companhia, da existência de receitas não tributáveis, despesas não dedutíveis, isenções e incentivos fiscais e de diversas outras variáveis, não existe uma
correlação relevante entre o lucro líquido da Companhia e o resultado do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro. Portanto, recomendamos
que a evolução da utilização do imposto de renda e contribuição social diferidos não seja considerada um indicativo de lucros futuros da Companhia.
15. COMPROMISSOS ASSUMIDOS COM FORNECEDORES
A Companhia dispõe de contratos com determinados fornecedores para adquirir certas quantidades de materiais importantes para os processos de
produção e embalagem, como plásticos para garrafas PET, alumínio, gás natural e ativo imobilizado.
A Companhia tem compromissos assumidos com fornecedores para 2008, 2009, 2010 e 2011, já contratados em 31 de dezembro de 2007, nos
montantes de R$1.777,3, R$884,2, R$898,2 e R$7,3, respectivamente (R$457,9 para 2008 e R$229,3 para 2009, em 31 de dezembro de 2006).
104
16. RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS, LÍQUIDAS
Controladora
Consolidado
2007
2006
2007
2006
212,9
160,0
226,5
165,3
-
-
-
79,4
Recuperação de impostos
26,2
24,0
32,1
24,0
Deságio pela liquidação antecipada incentivo fiscal
34,4
39,9
34,4
39,9
3,4
12,3
3,2
21,9
28,3
-
42,5
12,7
305,2
236,2
338,7
343,2
(1.283,0)
Receitas operacionais
Subvenção para investimentos de controlada
Variação cambial s/ investimentos no exterior
Reversão provisão p/perda de investimentos
Outras receitas operacionais
Despesas operacionais
Amortização de ágio
(122,8)
(107,5)
(1.500,6)
Complemento amortização ágio (i)
(35,8)
-
(59,6)
-
Variação cambial s/ investimentos no exterior
(88,3)
(17,9)
(227,5)
-
Baixa de IPI / ICMS irrecuperável
(13,9)
-
(17,4)
-
(3,3)
(4,4)
(3,3)
(4,4)
(6,9)
(8,2)
(13,5)
(10,9)
(271,0)
(138,0)
(1.821,9)
(1.298,3)
34,2
98,2
(1.483,2)
(955,1)
Impostos s/outras receitas
Outras despesas operacionais
Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas
(i) A Companhia revisou, com base na projeção de resultados futuros da Quinsa, o prazo de amortização dos ágios relacionados
a este investimento, alterando o prazo de amortização de 10 para 7 anos.
AmBev Relatório Anual 2007
105
Notas explicativas
às demonstrações contábeis
para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006
(Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo)
17. RECEITAS (DESPESAS) NÃO OPERACIONAIS, LÍQUIDAS
Controladora
Consolidado
2007
2006
2007
2006
Ganho na alienação de investimentos
-
Ganho de participação em investidas
1,7
-
-
10,2
-
3,2
-
5,6
-
31,3
4,8
-
Receitas não operacionais
Ganho na alienação de bens do imobilizado
Ganho na alienação de imóveis destinados à venda
8,4
-
7,6
Reversão provisão para perda em outros investimentos
-
12,3
3,2
-
Outras receitas não operacionais
-
0,5
3,6
6,1
10,1
12,8
48,9
26,7
Despesas não operacionais
Perda de participação em investida
-
(0,7)
-
-
Provisão para perda sobre ativos permanentes
(0,3)
-
(0,4)
(17,9)
Perda na alienação de bens do imobilizado
(1,0)
(4,6)
-
-
Perda na alienação de imóveis destinados à venda
-
(0,3)
-
(0,3)
Provisão para reestruturação
-
-
(5,6)
(18,9)
(0,1)
(0,4)
(2,5)
(18,4)
(1,4)
(6,0)
(8,5)
(55,5)
8,7
6,8
40,4
(28,8)
Outras despesas não operacionais
Receitas (despesas) não operacionais, líquidas
18. SEGUROS
A Companhia e suas controladas mantém programas padrão de segurança, treinamento, meio-ambiente e qualidade em todas as unidades, que
visam, entre outras coisas, reduzir também os riscos de acidentes. Além disso, mantém contratos de seguros com coberturas determinadas por
orientação de especialistas, levando em conta a natureza e o grau de risco, por montantes considerados suficientes para cobrir eventuais perdas
significativas sobre seus ativos e responsabilidades. As premissas de riscos adotadas, dada a sua natureza, não fazem parte do escopo de uma auditoria
de demonstrações contábeis, consequentemente, não foram examinadas pelos nossos auditores independentes.
106
19. MEIO AMBIENTE
No exercício de 2007, a Companhia e suas controladas realizaram investimentos em construções e equipamentos relacionados ao meio ambiente no
montante de R$32,4 e R$ 48,4 com tratamento de águas, efluentes e disposição de resíduos (R$ 43,4 e R$50,6 no exercício de 2006, respectivamente).
20. EVENTOS SUBSEQUENTES
a) Lei nº 11.638 – alteração da Lei das Sociedades Anônimas
A Lei nº. 11.638 publicada no Diário Oficial da União em 28 de dezembro de 2007 alterou diversos dispositivos da Lei nº.6.404 (Sociedades por Ações). Estas
alterações entram em vigor em 01 de janeiro de 2008.
Dentre as principais alterações introduzidas, destacamos os seguintes assuntos que na avaliação de nossa Administração poderão modificar a forma
de apresentação de nossas demonstrações contábeis e os critérios de apuração de nossa posição patrimonial e financeira e do nosso resultado a partir do
exercício a findar-se em 2008:
• Foi extinta a obrigatoriedade da Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos - DOAR, sendo substituída pela Demonstração dos Fluxos de Caixa –
DFC, já apresentada pela Companhia como informação complementar. Adicionalmente, a Companhia passará a divulgar a Demonstração do Valor Adicionado
– DVA.
• Bens e direitos intangíveis foram segregados dos tangíveis, ficando o ativo permanente classificado em investimentos, imobilizado, intangível e diferido. Essa
alteração na apresentação do ativo permanente já foi introduzida nas demonstrações contábeis de 31 de dezembro de 2007.
• Foi criada a rubrica “ajustes de avaliação patrimonial” no Patrimônio Líquido. Serão considerados ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computados no
resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuído a elementos do ativo e do
passivo, em decorrência da sua avaliação a preço de mercado.
• As despesas pré-operacionais e os gastos de reestruturação que contribuirão, efetivamente, para o aumento do resultado de mais de um exercício social e
que não configurem tão-somente uma redução de custos ou acréscimo na eficiência operacional serão classificadas no Ativo Diferido.
• Os incentivos fiscais não serão mais classificados como reserva de capital, passando a fazer parte do resultado do exercício. Por determinação dos órgãos da
administração, a Assembléia Geral poderá destinar a parcela do lucro correspondente a estes incentivos para a formação da Reserva de Incentivos Fiscais, criada
como parte das reservas de lucros e podendo ser excluída da base de cálculo do dividendo obrigatório.
AmBev Relatório Anual 2007
107
Notas explicativas
às demonstrações contábeis
para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006
(Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo)
• Adicionalmente foram alterados os critérios de avaliação do ativo e do passivo, com destaque para os seguintes pontos:
· Itens de ativo e passivo provenientes de operações de longo prazo, bem como operações relevantes de curto prazo, serão ajustados a valor presente, de
acordo com as normas internacionais de contabilidade;
· O valor de recuperação dos bens e direitos do imobilizado, intangível e diferido deverá ser periodicamente avaliado para que se possa efetuar o registro de
perdas potenciais ou uma revisão dos critérios e taxas de depreciação, amortização e exaustão;
· Os direitos classificados no intangível deverão ser avaliados pelo custo incorrido na aquisição deduzido do saldo da respectiva conta de amortização;
· Instrumentos financeiros “disponíveis para venda” ou “destinados à negociação” passam a ser avaliados a valor de mercado;
· Todos os demais instrumentos financeiros devem ser avaliados pelo seu custo atualizado ou ajustado de acordo com o provável valor de realização, se este
for inferior.
• Nas operações de Transformação, Incorporação, Fusão ou Cisão, entre partes independentes e em que ocorra a efetiva transferência de controle, a avaliação
a valor de mercado dos ativos e passivos será obrigatoriamente a valor de mercado.
• As participações de debêntures, de empregados e administradores, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência
ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa, deverão ser incluídas na demonstração do resultado do exercício.
• Eliminação da possibilidade de registro de reservas de reavaliação para as sociedades por ações. A nova Lei deu opção às companhias para manterem os saldos
existentes e realizarem esses saldos dentro das regras atuais ou estornarem esses saldos até o final do exercício de 2008.
A Administração da Companhia está em processo de avaliação dos efeitos que as alterações acima mencionadas irão produzir em seu patrimônio líquido e
resultado do exercício de 2008, bem como levará em consideração as orientações e definições a serem emitidas pelos órgãos reguladores. Neste momento,
a Administração entende não ser possível determinar os efeitos destas alterações no resultado e no patrimônio líquido para o exercício findo em 31 de
dezembro de 2007.
108
b) Aquisição de participação – Lambic Holding S.A.
Em 24 de janeiro de 2008, a Companhia por intermédio de sua controlada Cervejarias Reunidas Skol Caracu S.A., pagou a empresa Lince Netherlands BV, o
valor de US$46,0 (equivalente a R$82,3), relativo a aquisição de 12,901% das ações da sociedade argentina Lambic Holding S.A.
c) Resultado da oferta pública para aquisição de ações da Quinsa
A Companhia anunciou em 12 de fevereiro de 2008, o encerramento da oferta pública voluntária para a aquisição de até 5.483.950 ações Classe A
e até 8.800.060 ações Classe B (incluindo ações Classe B detidas na forma de American Depositary Shares ("ADS") de emissão da sua subsidiária
Quilmes Industrial (Quinsa), Société Anonyme ("Quinsa"), que representam as ações Classe A e Classe B em circulação (incluindo ações Classe B
detidas na forma de ADSs) que não são de propriedade da AmBev ou de suas subsidiárias.
A AmBev aceitou a compra de 3.136.001 ações Classe A e 8.239.536,867 ações Classe B (incluindo 7.236.336,867 ações Classe B detidas na forma
de ADS) de emissão da Quinsa, representando 57% das ações Classe A e 94% das ações Classe B da Quinsa que não são de propriedade da AmBev
ou de suas subsidiárias, e que foram, com sucesso, depositadas e não resgatadas.
Com a liquidação da oferta, que ocorreu no dia 15 de fevereiro de 2008, a participação votante de AmBev em Quinsa será de 99,56% e a participação
econômica de 99,26%.
AmBev Relatório Anual 2007
109
Informações
aos investidores
Ações em Circulação (31/12/07)
615.558.384 de ações
Dividendos declarados
Lucros gerados
Data do primeiro pagamento
R$/ação
Tipo de ação
Segundo semestre 2003
13-Out-03
1,87
(preferencial)
1,70
(ordinária)
Primeiro semestre 2004
25-Mar-04
Bolsa de Valores
Segundo semestre 2004
8-Out-04
Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa)
Primeiro semestre 2005
15-Fev-05
Segundo semestre 2005
30-Set-05
Códigos: AMBV3 (ON); AMBV4 (PN)
Principais índices dos quais as ações da AmBev
29-Dez-05
participam:
IBX e IBOVESPA
Primeiro semestre 2006
Segundo semestre 2006
31-Mar-06
30-Jun-06
Bolsa de Valores de Nova Iorque (NYSE)
30-Out-06
Códigos: ABVc (ON); ABV (PN)
28-Dez-06
Política de dividendos
Primeiro semestre 2007
31-Mar-07
29-Jun-07
O estatuto social da AmBev prevê dividendos
obrigatórios correspondentes a 35% do lucro
líquido ajustado anual da companhia, conforme
Segundo semestre 2007
10-Out-07
estabelecido na Legislação Societária Brasileira.
31-Dez-07
O dividendo obrigatório inclui as quantias pagas
a título de juros sobre o capital próprio.
As ações preferenciais terão direito à percepção
Desempenho do preço das ações
de dividendos em dinheiro 10% maiores do que
Preço Ações
aqueles pagos às ações ordinárias.
(preferencial)
(ordinária)
0,58
(preferencial)
0,53
(ordinária)
1,72
(preferencial)
1,56
(ordinária)
1,07
(preferencial)
0,97
(ordinária)
0,84
(preferencial)
0,76
(ordinária)
0,63
(preferencial)
0,58
(ordinária)
0,61
(preferencial)
0,55
(ordinária)
0,61
(preferencial)
0,55
(ordinária)
0,74
(preferencial)
0,67
(ordinária)
0,73
(preferencial)
0,66
(ordinária)
0,30
(preferencial)
0,28
(ordinária)
1,59
(preferencial)
1,45
(ordinária)
0,45
(preferencial)
0,41
(ordinária)
31-Dez-05
31-Dez-06
31-Dez-07
06x05
07x06
AMBV4 (PN) – R$
89,76
105,35
128,65
17,4%
22,1%
AMBV3 (ON) – R$
75,14
94,22
125,00
25,4%
32,7%
IBOVESPA – R$
33.455,94
44.473,71
63.886,10
32,9%
43,6%
ABV (PN) – US$
38,05
48,80
71,03
28,3%
45,6%
ABVc (ON) – US$
32,70
43,90
68,00
34,3%
54,9%
1.248,29
1.418,30
1.468,36
13,6%
3,5%
S&P 500 – US$
110
0,68
0,61
Website para investidores
Classificação de risco
Agência
Rating Moeda
Rating Moeda
Local
Estrangeira
Baa1
Baa3
Fitch
BBB
S&P
BBB
Moody´s
Perspectiva
Última
atualização
Nosso site para investidores contém informações
Positiva
14/04/2008
financeiras e operacionais adicionais sobre a
BBB
Estável
05/09/2007
companhia,
BBB
Positiva
02/08/2006
teleconferências. Investidores também podem
bem
como
transcrições
de
se cadastrar para receber automaticamente por email comunicados, fatos relevantes e notificações
Atendimento aos acionistas
Auditores independentes em 2007
sobre eventos e apresentações da Companhia.
Para encaminhar mudanças de endereço, cheques
KPMG
www.ambev-ir.com
de dividendos, consolidações de contas, depósito
Rua Dr. Renato Paes de Barros, 33
direto de dividendos, mudanças de registro,
São Paulo, SP 04530-904
certificados de ações perdidos, participações
Brasil
acionárias e plano de Investimento, dividendos e
Tel.: +55 (11) 2183-3000
capital, entre em contato com:
Fax.: +55 (11) 2183-3001
Publicações
O Relatório Anual da companhia, a Declaração de
Fatos Relevantes e o Formulário 20-F estão
Acionistas de varejo no Brasil
disponíveis gratuitamente no Departamento de
AmBev – Administração Central
Relações com Investidores acima mencionado. Se
você está recebendo cópias duplicadas ou não
Nilson Casemiro
Tel.: + 55 (11) 2122-1402
Rua Dr. Renato Paes de Barros, 1.017 – 4º andar
solicitadas do nosso Relatório Anual, por favor
E-mail: [email protected]
São Paulo, SP 04530-000
entre em contato conosco.
Brasil
Tel.: +55 (11) 2122-1200
Banco depositário no Brasil
Fax: +55 (11) 2122-1526
Banco Itaú
Tel.: + 55 (11) 5029-7780
Envie-nos seus comentários
Sua opinião sobre este Relatório Anual é muito
Informações adicionais
importante para nós. Por favor envie seus
comentários para [email protected].
Banco depositário e agente de
transferência nos EUA
Favor encaminhar solicitações de informações para:
Bank of New York
Investidores
101 Barclay Street
Rua Dr. Renato Paes de Barros, 1.017 – 4º andar
New York, NY 10286
São Paulo, SP 04530-000
Tel.: +1 (888) 269-2377
Brasil
E-mail: [email protected]
Tel.: +55 (11) 2122-1414/1415
AmBev – Departamento de Relações com
E-mail: [email protected]
AmBev Relatório Anual 2007
111
Créditos
Texto
Christina Brentano
Projeto Gráfico
fmcom
Fotos
AmBev
Download

Relatório Anual 2007