FARIA
Linhagem que podemos caracterizar como pertence à média nobreza regional, irá entre 1385 e 1521 evidenciar-se pela sua fidelidade face à Coroa,
como se pode constatar pela presença de elementos seus no cerco de Lisboa
e na batalha de Aljubarrota681, na batalha de Alfarrobeira682, e na batalha de
Toro683, tendo também participado activamente em várias intervenções nas
praças de Norte de África e no Oriente684.
PRESENÇA NAS ORDENS
As primeiras referências a esta linhagem nas Ordens podem ser detectadas durante no período que decorre entre os anos de 1385/1450, nomeadamente pela presença de um comendador da Ordem de Avis. No
entanto, o interesse por parte desta linhagem pelas instituições monástico
militares parece ter não ter tido uma continuidade, uma vez que, podemos
detectar um hiato de duas gerações no que concerne a à presença e ingresso de novos elementos. Na realidade, só nos finais do reinado de D. João
II e princípios do de D. Manuel é que nos surgem novamente referências
à presença de elementos desta linhagem nas Ordens. Assim, no período
que decorre entre 1495 e 1521, podemos constatar a presença de três elementos, dos quais um surge como professo na Ordem de Santiago e dois
afiliados à Ordem de Cristo.
A presença desta linhagem nas Ordens Militares irá surgir por via Álvaro
de Faria I, comendador de Moura e Casal na Ordem de Avis685. Participou
em várias campanhas militares no Norte de África, entre as quais destacamos o cerco de Alcácer Ceguer686, a expedição a Canhete687, e a sua presença em Tânger688. Para esta sua presença no Norte de África muito terá
417 NOBREZA E ORDENS MILITARES – RELAÇÕES SOCIAIS E DE PODER
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Linhagem que podemos caracterizar como pertence à média