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A c a b o ide terr, n o «Diário d e
Noticias», a descrição da c h e g a da a Coimbra dos estudantes
brâSileinols,
a q u e m foi Ceita
uma. r e c e p ç ã o emltusiástioa, p r i n clpalmienite por p a r t e d a A c a d e mia, d a m e s m a cidade.
Conlflesso, p o r é m , o m e u e s p a n t o , a o depatrar c o m o p e r í o d o que transcrevo:
«Os v i s i t a n t e s f o r a m t r a n s p o r t a d o s a o s o m b r o s peitos s e u s
colegas
d e Coimbra que n ã o
c e s s a v a m de erguleir vivas», e t c .
Aquli e s t á o m e u e s p a n t o , ou
melhor, a m i n h a incredulidade:
q u e a gloriosa m o c i d a d e a c a d é mica da Lusa-Atenas tenha esq u e c i d o a Flama, d e s p r e z a n d o a s
r e s p o n s a b i l i d a d e s que sobre si
pesam.
E u conheci b e m a Academia
d e Coimbra e m 1930 e 1931; a
A c a d e m i a d e q u e s e m p r e m e ttinihlaim f a l a d o c o m a d m i r a ç ã o ,
c o m o s e n d o c o n s t i t u í d a por t o d a u m a sérlie de t a l e n t o s o s m o ços, vlVelino d e i n t e l i g ê n c i a s a
desabrochar, c é r e b r o s o n d e f e r vilhavam/ ais Ideias, v i ç o s a s e
frescais...
e aquefflas históriilcas
R e p u b l i c a s , verrldadellros c e n á c u los d e famosa actividade intelecituall.
Assim m e t h i h a m dito que era
C o i m b r a . . . e a s s i m etu m e criara
uma imagem de Estudante de
Coimbra. Mas—-salva a e x c e p ç ã o
narra de u m ou o u t r o grupo—fui
vendo:
A Academia que n o cinema
bocejava com a «Tempestade na
A'slia», p a t e a v a f u r i o s a m e n t e a
«Queda d a Casa. U s h e r » , e a p l a u dia,
deltoSada, qualquer filme
p a c h o l a e imbecil d e s d e que, n a
a l t u r a d o s b e i j o s infalíveds, p u desse soltar comentários torpes;
a A c a d e m i a que, e m qua/queir
LEITOR:
Adquire os teus livros
por nosso intermédio.
Isso nos auxi l i a r á
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m a n i f e s t a ç ã o artística, primaiva
ag malis d a s v e z e s p e r U m a a u s ê n c i a discreta, e recebia o c e l e b r a d o p o e t a d a B a ç a (Conreíla
de Oliveiíra) e n t o a n d o a c a n ç ã o
«O N a b o e o Grelo» ( e x t r a o r d i nária
canção,
exttacirdinória
AcJaldeimia!);
d e Queiroz, d e e s t r a n h a r o facto e a tendência equídea; e a í i nail, e m 1937, a q u i l o q u e o g r a n de escritor s u p e r i o r m e n t e ironiz o u n a s u a MAINEORA c á u s t i c a e
impecável,
vem d e se r e p e t t r
com a m e s m a e x u b e r â n c i a de
altitudes asininas.
a A c a d e m i a que se e m b e b e dava sistematicamente, caçava
g a t o s nats vielals, fazia, «troupes»,
g a n i a fados, c u l t i v a v a o ódiozin h o a o futrica, d e v o r a v a a s a b e n t a . . . e n ã o termava bainho.
E r a a s s i m e m 1930, e n ã o m e
c o n s t a quis, d e e n t ã o parra c á ,
tenha mudado.
No entanto, não acredito. Sem
d ú v i d a o airticuliatla, n o ardor da
nairaiação, e m p o l g a d o p e l o e s p e ctáculo, s e d e i x o u airrastarr por
uma tendência a o exagero, sem
intenção criminosa.
Estou a vêr a c e n a . P r i m e i r o ,
a esfera prolongada—os braeilieCmois ohegarram à s 11 e m e i a ,
quando eram esperados pelas 9
heras—; depois o enturiasmo, o
bemreiro, a e x c i t a ç ã o ; e a i n d a
e x c i t a d o , e n t u s i a s m a d o , fora d e
si, o j o r n a l i s t a . I n s e n s i v e l m e n t e ,
s e m mafdlade—reduz os briosos
e s t u d a n t e s ccfimbrõsis à d e s e l e g a n t e c o n d i ç ã o de c a v a l o s !
Distam
multes anos de u m
caso a o outro caso; a nossa época é tctallmente diferente e n ã o
Ele c o m p r e e n d e c e m t a i s a r r e b a taimelntcs d e rermantiismo d e l i ranitle; o q u e o n t e m e r a r i d í c u l o ,
h o j e faz d ó ; e f o r a m hciroens,
s i m , c o l e g a s , q u e os s r s . e s t u d a n tes coimbrões foram receber e
aiplaudlr...
Li, n ã o m e recendo e m q u e
maravilhoso
livro
d o escritor
m a r a v i l h o s o que foi E ç a d e Q u e i roz, r i s o n h o s c o m e n t á r i o s a u m a
acorrêncla semelhiante.
Foi e m mil o i t o c e n t o s e n ã o
sei q u a n t o s , q u a n d o da c h e g a d a
a Coimbra, de u m a c a n t o r a c é l e bre —Mimi Aguiglia—; o s e s t u d a n t e s de e n t ã o a b r i r a m o p r e c e d e n t e p a r a o que o n t e m , si
v e r a est f a m a , a c o n t e c e u . Arreb a t a d o s , r o m â n t i c o s , delliírrantes,
desaitlrelaram ois cavalos que tiravam a carruagem onde seguia
a Cantorai—e p u x a r a m entursiástioamernrte a o s v a c a i s !
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Mais isto paisiscu-se e m mil o i t o c e n t o s e n ã o sei q u a n t o s , e
M i m i Aguglia,, a l é m d e notafoil í s s í m a c a n t o r a , e r a u m a mulbeir
d e notabilíssdma b e l e z a . . .
N ã o d e i x o u , n o e n t a n t o , Eça
Eu a d i v i n h o a estupeifação dos
e s t u d a n t e s brasileircis, q u e , c e r tamente, esperavam
encontrar
os seus colegas de
corações
c h e i o s ' d e allelgria e b r a ç o s a b e r t o s paira abna<?CIS f r a t e r n a i s . P o i s
n ã o s e n h e r ! Q u a n d o os b r a s i l e i r o s e s p e r a v a m os a b r a ç o s , o s e s tudantes
de C o i m b r a a g a c h a ram-se—e
apcntanam-Ches
o
dorso!
P o r e s t e a n d a r receio, assuistatíaimlelnite, e s t a e m e r g ê n c i a t r i s te: q u e à c h e g a d a a C o i m b r a
de qualquer forasteiro, este, i n t e i r a d o pelas n o t í c i a s dos j o r n a i s , r e c l a m e parra o t r a n s p o r t a r
ao hotel, n ã o u m taxi—mas u m
estudante.
O «Diário do Alentejo»
transcreveu
o artigo
«Fialho de Almeida»,
do nosso
colaborador
Sérgio Augusto
Vieira e o nosso
eco «EQUÍVOCO
Lamentável».
A «Seara
Nova»
transcreveu
«Dialoguete
— No Tribunal
da
História»,
do nosso
colaborador
António
Sérgio e ainda
«Marginália», de Castelo
Branco
Chaves.
O «Boletim
da Ass.
Beneficente dos Empregados
do Comércio
de
Luanda»
também
transcreveu
o Dialoguete
«No
Tribunal
da História»,
de
António
Sérgio.
Agradecemos.
SOL.
N A S C E N T E :
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