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Data : 27/3/2008
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Classe C é maioria
Vinte milhões de pessoas alcançaram renda familiar de R$ 1,1 mil, nos últimos dois anos, elevando
a população nessa faixa de rendimento. Número de pobres caiu de 93 milhões para 73 milhões
-------------------------------------------------------------------------------Luís Osvaldo Grossmann
Da equipe do Correio
Os economistas adoram discutir os grandes números da economia, o PIB, o nível de emprego e de
investimento, juros, dívida, o sobe e desce das bolsas. Mas a melhor tradução para o especial
momento da economia brasileira pode muito bem vir de uma pesquisa divulgada ontem pela
Cetelem, financeira do banco francês BNP Paribas. Ela sugere que, em dois anos, 20 milhões de
pessoas deixaram os estratos mais pobres e passaram para a classe média. Classe média brasileira,
com renda familiar ao redor dos R$ 1,1 mil mensal, mas ainda assim um impulso que praticamente
dobrou o rendimento disponível.
“Pode-se afirmar que o bem-estar da sociedade brasileira passa por uma pequena revolução”, diz o
estudo encomendado pela Cetelem. Entre 2005 e 2007, a população aumentou de 184 milhões para
187,2 milhões. Mas o ritmo de crescimento da classe C foi bem maior, de 62,7 milhões para 86,2
milhões no mesmo período — passou de 34% para 46% dos brasileiros. Enquanto isso, a classe D/E
encolheu de quase 93 milhões de pessoas para 73 milhões.
Mobilidade
“O outro lado da moeda é o decréscimo de também 12 pontos percentuais da proporção de pessoas
que formam as classes D/E: era de 51%, em 2005, e atingiu 39%, em 2007. É importante ressaltar
que o número de pessoas que passou de D/E para C teve um aumento de renda média mensal de
R$ 580 para R$ 1,1 mil”, diz a pesquisa Observador 2008, que traça o perfil do consumidor e dos
lares do país.
“A migração entre as classes significa um aumento na qualidade de vida e a análise dos últimos
anos mostra a consolidação de uma tendência. Em 2006, tínhamos medo de que o crescimento
fosse apenas pontual, por conta das eleições, mas agora vimos que é contínuo”, avalia o
diretor-executivo de Marketing, Parcerias e Novos Negócios da Cetelem Brasil, Franck
Vignard-Rosez.
Na prática, vários sinais indicam a emergência da classe média no Brasil. Segundo a Associação
Brasileira de Empresas de Pesquisas (Abep), a classe C é o segmento que mais cresce e já
representa 43% da renda disponível para consumo no país. “As pessoas estão migrando da classe D
para a C e aí há uma demanda crescente”, disse, no final de fevereiro, o diretor-presidente da
Natura, Alessandro Carlucci, ao justificar as mudanças na empresa para focar os segmentos de
menor renda.
A Positivo, líder do comércio de computadores no país, comemorou 1,38 milhão de máquinas
vendidas no ano passado apontando para a classe C como responsável pelo boom no consumo.
Ainda em 2007, 37% dos internautas brasileiros estavam nessa faixa de renda, mas devem chegar a
40% este ano e são os principais responsáveis pelo aumento de vendas na rede — relatório recente
da consultoria E-bit mostrou que a maior parte dos 2,5 milhões de novos compradores pela internet
são da classe C. E 70% dessa faixa de rendimentos já possui pelo menos um celular (eram 59% em
2006).
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